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COMANDO DA 5ª REGIÃO MILITAR SEÇÃO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL RUA TRINTA E UM DE MARÇO, S/N – PINHEIRINHO CURITIBA/PR CEP 81150-900 FONE (41) 3316-4835 EXÉRCITO BRASILEIRO BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA SEÇÃO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL COMANDO DA 5ª REGIÃO MILITAR SSAS CARTILHA DO USUÁRIO

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COMANDO DA 5ª REGIÃO MILITAR

SEÇÃO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

RUA TRINTA E UM DE MARÇO, S/N – PINHEIRINHO

CURITIBA/PR CEP 81150-900

FONE (41) 3316-4835

EXÉRCITO BRASILEIROBRAÇO FORTE, MÃO AMIGA

SEÇÃO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIASOCIAL

COMANDO DA 5ª REGIÃO MILITAR

SSAS

CARTILHA DO USUÁRIO

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Comando da 5ª Região MilitarRua 31 de Março, S/N Bairro PinheirinhoCEP 81150-900Curitiba / PR

ComandanteGen Bda Carlos Alberto MANSUR

Seção do Serviço de Assistência SocialCel PAULO ROBERTO Souza Santos

Elaboração1º Ten Patrícia MANICA2º Ten ANA AMÉLIA Barbosa Bonetti

RevisãoCel PAULO ROBERTO Souza Santos

CapaJOSYANE

Colaboração SSAS 11ª Região Militar

COMANDO DA 5ª REGIÃO MILITARSEÇÃO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

CURITIBA2016

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Sumário

Assistência Social no Exército Brasileiro..............................................................4

Missão da SSAS/5...................................................................................................4

Benefícios Sociais...................................................................................................5

a) Auxílio Transporte (AT)...................................................................................5

b) Auxílio Alimentação (AA)................................................................................5

c) Auxílio Natalidade (AN)...................................................................................5

d) Auxílio Pré-Escolar (APE)..............................................................................5

e) Auxílio Invalidez (AI).......................................................................................5

f) Isenção de Imposto de Renda (IR)................................................................6

g) Melhoria de Reforma (MR).............................................................................6

h) Auxílio Funeral (AF)........................................................................................6

Assistência Social....................................................................................................7

a) Promoção da Qualidade de Vida..................................................................7

b) Estímulo ao Estudo.........................................................................................7

c) Educação Financeira......................................................................................7

d) Inclusão Social.................................................................................................8

e) Proteção à Vida...............................................................................................9

f) Apoio Funerário................................................................................................9

Assistência Psicológica.........................................................................................10

Assistência Espiritual............................................................................................10

Programas Nacionais........................................................................................10

1) PPREB – Programa de Preparação e Apoio à Reserva e Aposentadoriado Exército Brasileiro.........................................................................................10

2) PASFME –Programa de Assistência Social às Família dos Militares e Servidores Civis participantes de Missões Especiais...................................10

3) PPDQ –Programa de Prevenção à Dependência Química.....................11

4) PAPD –Programa de Assistência à Pessoa com Deficiência..................11

5) PASE –Programa de Apoio Socioeconômico............................................12

6) PVV–Programa de Valorização da Vida....................................................12

PREVENÇÃO AO SUICÍDIO NO ÂMBITO DA 5ªREGIÃO MILITAR: dirigido aos comandantes de todos os níveis..................................................................13

1. Mitos sobre o comportamento suicida....................................................14

2. Fatores de Risco........................................................................................15

3. Nossos Soldados.......................................................................................16

4. Avaliação e Manejo de Militares com risco de Suicídio........................17

Onde buscar ajuda?..........................................................................................19

5. Promoção de Qualidade de Vida no Exército............................................20

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Assistência Social no Exército Brasileiro

_______________________________________A Assistência Social no Exército Brasileiro é regulada pela Portaria nº560, de 24 de maio de 2016, que aprova as Instruções Gerais para oFuncionamento do Sistema de Assistência Social do Exército SASEx– EB10-IG-02.013 e pela Port nº 114- DGP, de 04 de julho de 2016,que aprova as Instruções Reguladoras do Sistema de AssistênciaSocial no Exército, (EB30-IR-50.011).A Diretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social –DCIPAS –é o órgão de direção setorial da atividade no Exército, noqual funciona a Subdiretoria de Assistência Social.A Seção do Serviço de Assistência Social da 5ª Região representa onúcleo regional de apoio socioassistencial na área do Paraná e SantaCatarina.

Missão da SSAS/5

_______________________________________A SSAS tem a missão de propor, coordenar e supervisionar aexecução das atividades assistenciais na área da 5ª Região Militar.Para tanto, cabe à SSAS/5 a prestação de serviços à Família Militarnas áreas de assistência social, psicológica e jurídica, bem como oacompanhamento dos processos de concessão de benefícios sociais,no âmbito da 5ª Região Militar.Divulgar os serviços socioassistenciais oferecidos pelo ExércitoBrasileiro, prestar os esclarecimentos necessários aos usuários e criarfacilidades de acesso a esses serviços, buscando contribuir paramelhoria da qualidade de vida dos integrantes da Família Militar, sãoobjetivos que a SSAS perseguirá de forma permanente.

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Benefícios Sociais

_______________________________________

a) Auxílio Transporte (AT)

O AT destina-se ao custeio parcial das despesas executadas pelomilitar ou servidor civil no deslocamento diário de sua residência parao trabalho e vice-versa.O militar ou servidor civil que desejar receber o AT deve manifestarsua vontade perante à administração militar preenchendo o formuláriode Solicitação de Auxilio Transporte, nele incluindo as informaçõesprevistas no art. 7º da IR 70-21 (Instruções Reguladoras paraconcessão do Auxílio Transporte no âmbito do Exército Brasileiro) eanexando cópia do comprovante de residência.O benefício será implantado na folha de pagamento, no valorcorrespondente a 22 dias de transporte coletivo realizado no percursomais adequado, deduzido do desconto do valor mensal de 6% dosoldo ou salário base do beneficiário.

b) Auxílio Alimentação (AA)

Regulado pelo Decreto nº 3.887, de 16 Ago 01, o AA é devido aoservidor civil no exercício de cargo público. É pago por dia detrabalho, limitado ao máximo de 22 dias mensais, sendo creditado emcontracheque.Sua implantação é de responsabilidade do Setor de Pagamento dePessoal Civil e deve ser efetivada de ofício quando o servidor civil seapresentar à Organização Militar pronto para o serviço.

c) Auxílio Natalidade (AN)

O AN, previsto no art. 77 do Decreto nº 4.307, de 18 Jul 02, é umdireito pecuniário devido ao militar por motivo de nascimento de umfilho, quer esteja na ativa ou na inatividade, e corresponde ao valor deum soldo do seu posto ou graduação.

No caso de parto múltiplo, o valor é acrescido de 50% para cadarecém-nascido.Para recebê-lo, o militar necessita comunicar o fato à administração,apresentando a cópia da certidão de nascimento da criança.

d) Auxílio Pré-Escolar (APE)

O APE destina-se a assegurar a assistência pré-escolar aosdependentes dos miliares e servidores civis do Exército,compreendidos na faixa etária de 0 a 5 anos de idade (Port nº 014-Cmt Ex, 16 Jan 08 -art. 4º e 12). O valor é de R$ 321,00 (trezentos evinte e um reais), em todo o território nacionalPara recebê-lo, é necessário que o interessado manifeste suavontade pelo preenchimento da Ficha Cadastro, conforme dispõe oart. 8º da IR 70-17 (Instruções Reguladoras para a aplicação e aexecução da Assistência Pré-Escolar no Ministério do Exército),anexando cópia da Certidão de Nascimento do menor assistido.

e) Auxílio Invalidez (AI)

O AI é devido ao militar que necessitar de internação especializada,assistência ou cuidados permanentes de enfermagem, ainda que emsua residência.Seu valor corresponde a 25% do seu soldo ou ao valor fixo de R$1.520,00, o que for maior, de acordo com o art. 55 da Lei nº 12.702,de 07 Ago 12.Para sua concessão, o militar deve comparecer à Junta Médica(encaminhado pela SIP/OPIP, caso pertença ao quadro de inativos, oupor sua OM de vinculação), pois o laudo favorável do médico perito doExército é indispensável ao deferimento do processo. O auxílioinvalidez é suspenso em caso de constatação que o militar exerçaatividade remunerada.

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f) Isenção de Imposto de Renda (IR)

Servidores civis aposentados e militares inativos portadores dedoenças graves fazem jus ao benefício da isenção de IR (art. 6°, XIV,Lei n° 7.713, de 22 Dez 88).São capituladas pela Receita Federal como doenças graves: AIDS,alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação porradiação, osteíte deformante, doença de Parkinson, esclerosemúltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrosecística, hanseníase,nefropatia grave, hepatopatia grave, neoplasia maligna, tuberculoseativa e paralisia irreversível e incapacitante.Caso se enquadre na situação de isenção, o interessado deveprocurar a SIP, que irá instruir o processo, encaminhar o requerente àJunta Médica para elaboração do laudo pericial e prestar asorientações necessárias para que o pedido seja protocolado naReceita Federal, órgão que homologa o benefício.

g) Melhoria de Reforma (MR)

A MR é um benefício concedido ao militar, reformado porincapacidade física, que teve o seu estado de saúde agravado aponto de se tornar inválido (art. 108, itens III, IV e V da Lei nº6.880/80). Resulta na concessão de proventos do posto ou graduaçãoimediatamente superior, sendo necessário que o interessado sejasubmetido à inspeção de saúde para emissão de laudo pericial, cujosprocedimentos estão regulados nas Normas Técnicas para PeríciasMédicas no Exército - NTPMEx.

h) Auxílio Funeral (AF)

O AF, previsto no art. 76 do Decreto nº 4.307, de 18 Jul 02, é devido:ao militar, por morte de cônjuge, companheira ou outro dependentedireto (§ 2º, do art. 50º da Lei 6.880, de 09 Dez 80); à viúva de militar,por morte de dependente; e ao beneficiário da pensão, por morte domilitar ou da viúva de militar.Seu valor corresponde à última remuneração bruta do falecido, nãopodendo ser inferior ao soldo de subtenente.

Caso as despesas com o funeral tenham sido custeadas por umterceiro, o benefício será restrito ao valor dos comprovantes fiscaisapresentados até o limite do mencionado auxílio. O AF deve ser pago em até 48 horas após a comunicação do óbito àadministração, sendo necessária a apresentação da Certidão de Óbitoe, em caso de ressarcimento a terceiro, a juntada dos comprovantesde despesas.

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Assistência Social

_______________________________________Na área de assistência social, a SSAS/5 realiza ações de orientação eapoio técnico para prevenção, resolução ou redução de situaçõessociais que possam trazer prejuízos para a qualidade de vida dosintegrantes da Família Militar.Os trabalhos socioassistenciais da SSAS/5 são desenvolvidos nasseguintes frentes:

a) Promoção da Qualidade de Vida

Atividades desenvolvidas com o intuito de contribuir para melhoria daqualidade de vida do militar e do servidor civil, tanto no ambiente detrabalho quanto na vida particular, tais como eventos deconfraternização, campanhas, orientações e palestras motivacionais.Áreas de LazerAs áreas de lazer são espaços organizados com a finalidade depromover o intercâmbio social, recreativo, desportivo, cultural,educacional, assistencial e cívico, entre os militares, seus familiares ea sociedade.

b) Estímulo ao Estudo

A SSAS/5, baseada no Termo de Cooperação nº 09/2008, firmadoentre o Ministério da Defesa (MD) e a Confederação Nacional dosEstabelecimentos de Ensino (CONFENEN), busca ampliar a gama deinstituições de ensino oferecedoras de descontos nas mensalidadespara a Família Militar, oportunizando a realização de estudos emdiversas áreas.Os estabelecimentos de ensino filiados à CONFENEN aderem aoprotocolo, sujeitando-se às condições do acordo, mediante assinaturado Termo de Adesão, cujo cadastro é gerenciado pela SSAS/5.Os benefícios desse termo são válidos para todos os membros daFamília Militar, bastando, para tanto, apresentarem a documentaçãocomprobatória de vínculo com o Exército nas secretarias dasinstituições de ensino correspondentes.

c) Educação Financeira

A SSAS, no campo financeiro, presta orientação à Família Militar nosentido de contribuir para que seus membros possam desenvolver acapacidade de bem administrar seus orçamentos, alcançando emantendo o equilíbrio financeiro adequado.O usuário, para evitar situações de desajuste econômico, poderecorrer ao atendimento individualizado da SSAS, que irá orientá-lo,em casos extremos, na formalização do requerimento para obtençãode Auxílio Financeiro.

AuxílioFinanceiroA concessão do Auxílio Financeiro está regulada pela Port nº 402, de07 Mai 14, EB10-IG-02.003, e sua autorização está vinculada aoprocessual comprobatório sobre sua necessidade.O interessado deve requerê-lo em sua OM, que, em caso dedespacho favorável, encaminhará o processo para a SSAS.A Assistente Social da SSAS emitirá um Parecer Social, a fim deidentificar a composição familiar, os aspectos socioeconômicos e asatisfação das necessidades básicas, à luz da renda familiar,relacionando-os com as condições de moradia, alimentação,educação, saúde e lazer.

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A SSAS, após analise, submeterá o processo à DCIPAS, que definiráo valor a ser concedido e a modalidade aplicável ao Auxílio Financeirosolicitado.Existem três modalidades: Auxílio Financeiro Indenizável, AuxílioFinanceiro Não Indenizável e Auxílio Financeiro Misto.O Auxílio Financeiro tem o objetivo de evitar o desajuste financeirodeflagrado por gastos imprevisíveis, inevitáveis e que extrapolam oorçamento da pessoa, decorrente de uma das situações abaixo:-motivo de saúde;-sinistro que afete bens essenciais; e-imposição de gastos processuais judiciários.

d) Inclusão Social

A 5ª Região Militar possui convênio com escolas especializadas noatendimento a portadores de necessidades educativas especiais.O interessado deve manifestar-se por meio de requerimento próprio ese submeter à inspeção de saúde para participar do programa.

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e) Proteção à Vida

Para assegurar o atendimento médico tempestivo e eficiente aosmembros da Família Militar abrangidos em sua área de jurisdição, nassituações de urgência e emergência, a 5ª Região Militar disponibilizaaos assistidos:-Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) móvel;-Evacuação terrestre para tratamento de saúde;-Evacuação aérea para tratamento de saúde; e-Transporte UTI Aeromédico.Em caso de necessidade, o usuário deverá acionar a Seção FUSExpara que sejam adotadas as providências necessárias.

f) Apoio Funerário

Para orientar os membros da Família Militar no enfrentamento desituações de óbito, auxiliando na adoção de todas as providências

necessárias, o Comando da 5ª Região Militar mantém um serviço deapoio funerário.O serviço funciona 24 horas por dia e em todos os dias da semana,inclusive nos feriados. Em caso de necessidade, o interessado deveacioná-lo por meio do telefone (41) 9211-4502

Assistência Psicológica

_______________________________________A SSAS procura evitar o surgimento ou agravamento de conflitosemocionais no seio da Família Militar, prestando assistênciapsicológica em nível primário.A Assistência Psicológica consiste na promoção do bem-estarpsicossocial, realizada individualmente (atendimentos agendados) ouem grupo (palestras).As pessoas participantes do Programa de Prevenção à DependênciaQuímica –PPDQ –contam com atendimento especial nesta área.Também é da responsabilidade dessa área as ações ligadas aoPrograma de Valorização da Vida –PVV, que busca prevenir o suicídiono universo da Família Militar.Com exceção dos inscritos no PPDQ, os demais interessados devemagendar o atendimento individualizado.

Assistência Espiritual

_______________________________________A Assistência Espiritual consiste em trabalho de apoio religioso queobjetiva alentar e confortar os membros da Família Militar. Sua execução se dá por meio de acolhimentos, visitas, orientações eintercessões.Trata-se de uma medida assistencial desenvolvida em coordenaçãocom o Serviço de Capelania da 5ª RM, potencializando e fortalecendoas ações regionais no campo espiritual.

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Programas Nacionais

_______________________________________A SSAS é responsável, na área da 5ª RM, pela implantação eexecução dos Programas de abrangência nacional coordenados pelaDiretoria de Civis, Inativos, Pensionistas e Assistência Social –DCIPAS – quais sejam:

1) PPREB – Programa de Preparação e Apoio à Reserva e Aposentadoria do Exército Brasileiro

Regulado pela Port n° 063 –Cmt Ex, de 4 Fev 15, o PPREB tem afinalidade de criar um espaço para reflexão sobre as questões queenvolvem a reserva ou aposentadoria, buscando suavizar o impactovivenciado na transição do serviço ativo para a inatividade.O programa oferece aos militares e servidores civis uma oportunidadede planejar o futuro, estimulando a preparação individual para amanutenção ou melhoria da qualidade de vida na fase pós-caserna.O Programa está estruturado em seis áreas de interesse: Educação eEmpreendedorismo, Integração Social e Familiar; Lazer e Saúde. Podem participar do PPREB, voluntariamente, os militares com maisde 25 anos de serviço ativo e os servidores civis em condiçõesanálogas, além de militares da reserva remunerada ou reformados,servidores civis aposentados e pensionistas.Os projetos e ações do programa são elaborados de acordo com ademanda do público alvo.

2) PASFME –Programa de Assistência Social às Família dos Militares e Servidores Civis participantes de Missões Especiais

O Programa tem por objetivo prevenir ou minimizar o surgimento ouagravamento de situações de vulnerabilidades sociais que possam vira acometer o núcleo familiar dos militares e servidores civisparticipantes de missões especiais.

O PASFME será desenvolvido segundo as diretrizes estabelecidaspela Port –Cmt Ex nº 507, de 28 Mai 14, no sentido de contribuir paraa estabilidade psicossocial dos militares, servidores civis e familiares,durante o período de afastamento do convívio familiar provocada porsituações especiais.

3) PPDQ –Programa de Prevenção à Dependência Química

A SSAS/5, na execução deste programa da DCIPAS regulado pelaPort n° 040 –Cmt Ex, de 28 Jan 15, desenvolverá atividadespreventivas no sentido de orientar a Família Militar, especialmente osjovens, sobre as consequências do uso de drogas lícitas e ilícitas.O PPDQ pretende criar uma rede de serviços voltada ao atendimentode pessoas que apresentem quadro de uso abusivo de álcool eoutras drogas, respeitados os direitos individuais de autonomia eliberdade.

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4) PAPD –Programa de Assistência à Pessoa com Deficiência

O PAPD, alinhado às políticas públicas inclusivas, tem o objetivo degarantir direitos e tratamento digno às pessoas com deficiências.A SSAS, balizada pelo PAPD e objetivando minimizar as dificuldadesenfrentadas por esse público, busca atender as reais necessidadesdas pessoas com deficiência, considerando suas demandas nas maisdiversas áreas, como educação, saúde, habilitação e reabilitação,acessibilidade dentre outras.

5) PASE –Programa de Apoio Socioeconômico

Portaria nº 131-DGP, de 18 de julho de 2016 - Instruções Reguladorasdo Programa de Apoio Socioeconômico (PASE) no âmbito doComando do Exército (EB30-IR-50-015). Três eixos de atuação: eixo de atuação (EA) na prevenção; EA naproteção; e EA na promoção social. As ações de promoção social englobam o acompanhamento e o apoioao público-alvo pela equipe da Seção do Serviço de AssistênciaSocial Regional (SSAS/R) nas questões relacionadas: ao planejamento orçamentário familiar; aos cursos de educaçãofinanceira; à orientação, em casos excepcionais, para o pleito deauxílio emergencial financeiro; e outras julgadas pertinentes.A inserção do participante nesse EA deverá atender aos seguintescondicionantes, quando houver a solicitação de auxílio emergencialfinanceiro: ser voluntário; matricular-se em um curso de educaçãofinanceira; indicar um gestor financeiro; e firmar o termo decompromisso de aceitação das exigências estabelecidas para aparticipação nessa ação.

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6) PVV–Programa de Valorização da Vida

É um programa preventivo ao suicídio, elaborado para estabeleceruma rede de apoio aos indivíduos fragilizados da Família Militar e quepossuam características de risco.Coordenado por uma equipe multidisciplinar, com participação demédicos, assistentes sociais e psicólogos, o PVV busca detectarpessoas com sintomas suicidas, oferecendo meios para superar suasangústias.Faz parte do programa a realização de palestras esclarecedorassobre a temática, conscientizando tanto àquelas pessoas vulneráveisquanto a todos que com elas convivam, especialmente no ambientede trabalho e familiar.

PREVENÇÃO AO SUICÍDIO NO ÂMBITO DA 5ªREGIÃO MILITAR: dirigido aos comandantes de todos os níveis

APRESENTAÇÃO

As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais pessoas doque se imagina já tiveram uma intenção em comum. Segundo estudorealizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento,pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8%chegaram a elaborar um plano para isso. No entanto, em 90% dasvezes é possível evitar que esses pensamentos suicidas viremrealidade.

Um artigo publicado no Army Times afirma que o suicídio de militares(inclusive já reformados) representa 20% do total de suicídios nosEstados Unidos. Como os militares representam muito menos do que20% da população total, as taxas de suicídio entre militares é maisalta do que na população.

É um problema tão sério, diz a revista, que o número de suicídios émuito maior do que os dos mortos em combate.

Em função do elevado número de suicídio e de tentativas (conformegráfico), o Comando Militar do Sul recomendou aos Cmt, de todos osníveis, o pleno exercício da ação de comando junto aos respectivossubordinados, além da maior observância dos inequívocos “sinais” decomportamento de risco apresentados pelos militares, principalmentedaqueles que concorrem a escalas de serviço armado, ou realizamatividades com armas de fogo.

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S U I C Í D I O S N O E X É R C I T O

1 3

1 1

2 0

1 8

1 6

1 8

0

5

1 0

1 5

2 0

2 5

2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 2 2 0 1 3 2 0 1 4 2 0 1 5

N R C A S O S D O E B

As entidades médicas acreditam que uma instituição engajada nadefesa pela vida pode transformar esse cenário.

Há na comunidade científica uma infinidade de cartilhas de prevençãoao suicídio, a maioria delas voltadas a profissionais de saúde.Considerando a importância e gravidade do tema dentro do Exército,percebeu-se a necessidade da elaboração de material específico paraos militares e condições peculiares. Sabe-se que algumascaracterísticas são bastante reforçadas no meio militar, como:coragem, bravura, superioridade às adversidades o que corroborapara a dificuldade de falar sobre as suas fragilidades emocionais. Porisso há, nesta cartilha, informações que podem ajudar a desmistificara cultura e o tabu em torno do tema e auxiliar os comandantes aidentificar e instruir os seus militares. Mitos sobre o comportamentosuicida

Segundo Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) mitos são erros epreconceitos que vêm sendo historicamente repetidos, contribuindo

para formação de um estigma em torno da doença mental e docomportamento suicida. O estigma resulta de um processo em quepessoas são levadas a se sentirem envergonhadas, excluídas ediscriminadas. O conhecimento pode contribuir para a desconstruçãodeste estigma em torno do comportamento suicida.

Tabela 1: Mitos sobre o Suicídio

Mitos Verdades

O suicídio é uma decisãoindividual, já que cada umtem pleno direito a exercitaro seu livre arbítrio.

FALSO. Os suicidas estão passandoquase invariavelmente por uma doençamental que altera, de forma radical, asua percepção da realidade e interfereem seu livre arbítrio. O tratamentoeficaz da doença mental é o pilar maisimportante da prevenção do suicídio.Após o tratamento da doença mental odesejo de se matar desaparece.

Quando uma pessoa pensaem se suicidar terá risco desuicídio para o resto davida.

FALSO. O risco de suicídio pode sereficazmente tratado e, após isso, apessoa não estará mais em risco.

As pessoas que ameaçamse matar não farão isso,querem apenas chamar aatenção.

FALSO. Todas as ameaças devem deser encarados com seriedade, a pessoaestá em sofrimento e precisa de ajuda.A maioria dos suicidas fala ou dá sinaissobre suas ideias de morte. Boa partedos suicidas expressou, em dias ousemanas anteriores seu desejo de sematar.

Se uma pessoa que se FALSO. Se alguém que pensava em

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sentia deprimida e pensavaem suicidar-se, em ummomento seguinte passa ase sentir melhor,normalmente significa que oproblema já passou.

suicidar-se e, de repente, parecetranquilo, aliviado, não significa que oproblema já passou. Uma pessoa quedecidiu suicidar-se pode sentir-se“melhor” ou sentir-se aliviadosimplesmente por ter tomado a decisãode se matar.

Quando um indivíduomostra sinais de melhora ousobrevive à uma tentativade suicídio, está fora deperigo.

FALSO. Um dos períodos maisperigosos é quando se está melhorandoda crise que motivou a tentativa, ouquando a pessoa ainda está nohospital, na sequência de umatentativa. A semana que se segue à altado hospital é um período durante o quala pessoa está particularmentefragilizada. Como um preditor docomportamento futuro é ocomportamento passado, a pessoasuicida muitas vezes continua em altorisco.

Não devemos falar sobresuicídio, pois isso podeaumentar o risco.

FALSO. Falar sobre suicídio nãoaumenta o risco. Muito pelo contrário,falar com alguém sobre o assunto podealiviar a angústia e a tensão que essespensamentos trazem.

Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP), 2014.

Fatores de Risco

A identificação de sinais e fatores de risco é fundamental para oestabelecimento e promoção de fatores de proteção, primordiais naprevenção do suicídio.

O suicídio e o comportamento suicida são fenômenos complexos quenão possuem uma única causa, mas que são influenciados pordiversos fatores que atuam em múltiplos níveis: individual, familiar,comunitário e social (Stone1 & Crosby, 2014).

Principais fatores de risco:

Pessoas, solteiras ou separadas, sem filhos;

Idade de 15 a 29 anos, e idosos;

Histórico familiar;

Perdas recentes (qualquer espécie);

Problemas financeiros;

Uso e abuso de álcool e outras drogas;

Transtornos mentais - depressão, esquizofrenia, bipolaridade(entre outros);

Desempregados ou aposentados/reserva;

Diagnósticos de doenças incapacitantes ou terminais;

Isolamento social;

Terminar um relacionamento;

Ter tentado se matar AO MENOS UMA VEZ.

Atenção! Os principais fatores de

risco para o suicídio são:

• história de tentativa de suicídio;

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• transtorno mental

Pacientes que tentaram suicídio previamente têm de cinco a seisvezes mais chances de tentar suicídio novamente. Estima-se que50% daqueles que se suicidaram já haviam tentado previamente.Com relação a doença mental, sabemos que quase todos os suicidastinham uma doença mental, muitas vezes não diagnosticada,frequentemente não tratada ou não tratada de forma adequada.

Depressão é o diagnóstico mais comum em suicídios consumados.Todos podem se sentir tristes, solitários e instáveis de tempos emtempos, mas marcadamente esses sentimentos passam. Contudo,quando os sentimentos são persistentes e interferem na vida normal,usual da pessoa, eles tornam-se sentimentos depressivos e podemlevar a um transtorno depressivo.

Alguns dos sintomas comuns de depressão são:

• sentir-se triste durante a maior parte do dia, diariamente;

• perder o interesse em atividades rotineiras;

• perder peso (quando não em dieta) ou ganhar peso;

• dormir demais ou de menos ou acordar muito cedo;

• sentir-se cansado e fraco a maior parte do tempo;

• sentir-se inútil, culpado e sem esperança;

• sentir-se irritado e cansado a maior parte do tempo;

• sentir dificuldade em concentrar-se, tomar decisões ou lembrar-sedas coisas;

• ter pensamentos freqüentes de morte e suicídio.

Nossos Soldados

Os limites cronológicos da adolescência são definidos pelaOrganização Mundial da Saúde (OMS) entre 10 e 19 anos e pelaOrganização das Nações Unidas (ONU) entre 15 e 24 anos.

A adolescência é uma fase caracterizada pelo crescimento biológico,alterações psicológicas e sociais, o que por vezes pode incluir aassunção de riscos e testes de limites como meios de buscar umamaior independência (Stone & Crosby1, 2014). Por esse motivo,Freuchen e Grøholt42 (2015) afirmam que, apesar de grandessemelhanças, há diferenças nos aspectos que envolvem o suicídio deacordo com os distintos momentos de vida, sendo que os jovensparecem, por exemplo, ter mais dificuldades interpessoais quandocomparados com os adultos. Deste modo, o adolescente deve serrespeitado em sua singularidade.

A vida na caserna e pressão e o estresse associados ao dia a dia,devido ao novo ambiente, pode se configurar como dispositivosignificativo para potencializar o sofrimento psíquico.

Estressores ambientais advindos da experiência militar podemdesempenhar um papel significativo nas relações com a incidência detranstornos psicológicos (por exemplo: pressão psicológica, pressãonas limitações físicas, internato, afastamento da família e sançõesdisciplinares).

Logo nos primeiros momentos de internato é importante observarpossíveis crises de abstinência advindas de agravos decorrentes do

Depressão é tratávelSuicídio pode ser prevenido

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uso de substâncias psicoativas ou potencialização de transtornosmentais. Trata-se de um período de transição difícil para algunsjovens.

A prevenção inclui a identificação precoce e o corretoencaminhamento de casos de transtornos mentais cuja complicaçãomais grave é o risco de suicídio (Botega53 et al., 2010).

Dentro do contexto do Exército, os seguintes itens podem serutilizados para estabelecer o risco e uma posterior necessidade deintervenção:

O soldado se encontra em crise de abstinência de substânciapsicoativa;

O soldado expressa altos níveis de ansiedade, tensão epreocupação sobre a as atividades militares;

O soldado expressa desesperança ou medo do futuro oumostra sinais de depressão, tais como choro, diminuição desentimentos e da expressão verbal;

O soldado se automutila (faz cortes ou queimaduras na própriapele);

O soldado admite pensamentos freqüentes de suicídio;

O soldado já recebeu tratamento anterior decorrente deproblemas psíquicos;

O soldado fez uma ou mais tentativas de suicídio e/ou admiteque o suicídio é uma opção frequentemente aceitável;

O soldado possui histórico anterior de violência e/ou históricofamiliar de transtornos mentais e casos de suicídio na família;

O soldado expressa (escrita ou verbalmente) ideação suicidaou desejo morrer.

1. Avaliação e Manejo de Militares com risco de Suicídio

A melhor maneira de descobrir se um indivíduo tem risco de suicídio éperguntando para ele. Porém é importante ter claro que ninguém écapaz de prever com exatidão quem irá se suicidar, apenas o riscopode ser estimado. Ao contrário da crença popular, falar a respeitode suicídio não coloca a ideia na cabeça das pessoas. Narealidade, elas ficarão aliviadas de poder falar abertamente sobre oassunto. Nem sempre é tarefa fácil para o não especialista abordarquestões como a doença mental. Para abordagem segura do militarem risco de suicídio, algumas regras gerais devem ser respeitadas.São elas:

O primeiro passo é achar um lugar adequado onde umaconversa tranquila possa ser mantida com privacidade razoável.

O próximo passo é reservar o tempo necessário.

A tarefa mais importante é ouvir efetivamente. Permitir essecontato e ouvir é por si só o maior passo para reduzir o nível dedesespero suicida.

O objetivo é preencher uma lacuna criada pela desconfiança,desespero e perda de esperança e dar à pessoa a esperança de queas coisas podem mudar para melhor.

O QUE PERGUNTAR? (KNOLL, 2010)

É certo que não existe fórmula fechada para abordagem. Delimita-seabaixo algumas possíveis intervenções sugeridas pela literaturaespecializada.

São sugeridas seis perguntas:

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1. Você tem planos para o futuro?

A resposta da pessoa com risco de suicídio é não.

2. A vida vale a pena ser vivida?

A resposta da pessoa com risco de suicídio novamente é não.

3. Se a morte viesse, ela seria bem-vinda?

Desta vez a resposta será sim para aqueles que querem morrer.

Se o militar respondeu como foi referido acima, são indicadas estaspróximas perguntas:

4. Você está pensando em se machucar/se ferir/fazer mal a você/emmorrer?

5. Você tem algum plano específico para morrer/se matar/tirar suavida?

6. Você fez alguma tentativa de suicídio recentemente?

Todas essas questões precisam ser perguntadas com cuidado,preocupação e empatia.

O que evitar? (Knoll1, 2010)

Ficar chocado ou envergonhado e/ou em pânico; Desafiar a pessoa a continuar em frente; Fazer o problema parecer trivial; Dar falsas garantias; Manter a situação em segredo;

BAIXO RISCO

O militar teve alguns pensamentos suicidas, como “Eu não consigocontinuar”, “Eu gostaria de estar morto”, mas não apresenta umaideação.

Ação necessária: Oferecer apoio emocional, orientações e monitoramento de um

possível desenvolvimento de outros sinais de alerta; Encontre-a em intervalos regulares e mantenha contato externo; O militar deverá ser encaminhado a um médico ou a um

profissional de saúde mental para avaliação.

MÉDIO RISCO

A pessoa tem pensamentos suicidas, mas não tem planos de cometersuicídio imediatamente.

Ação necessária: Oferecer apoio emocional; Informar a família; Encaminhar o militar a um psiquiatra, ou médico o mais brevepossível. O militar de referência com maior ligação à pessoa em riscodeve reforçar a importância do apoio dado pela família, pelos amigose colegas; Restringir acesso do militar ao armamento;

ALTO RISCO

O militar tem um plano definido, tem os meios para fazê-lo e planejafazê-lo imediatamente. Deve-se prestar especial atenção àqueles querealizaram tentativas recentes.

Ação necessária:

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Gentilmente falar com a pessoa e remover todos meios decometer suicídio;

Estar junto do militar. Não deixá-lo sozinho;

O militar de referência da pessoa em risco deve entrar emcontato imediato com um profissional da saúde mental oumédico para providenciar encaminhamento adequado(hospitalização). O militar deve ser encaminhadoimediatamente ao pronto-atendimento.

É importante ficar próximo para evitar tentativas durante otrajeto e garantir a chegada do militar em segurança;

Informar a família.

ATENÇÃO

Em todas as circunstâncias, o médico da OM deve se certificarse o militar está sendo efetivamente atendido por equipeespecializada e monitorar a evolução do tratamento. Para serefetiva, a prevenção do suicídio deve envolver observaçãocontínua, envidando esforços para que se evite o abandono dotratamento;

Dificultar e impedir o militar com risco de suicídio de ficarpróximo ou ter facilitado o seu acesso a meios que possamlevar ao suicídio;

Converse com o militar sobre a possibilidade de mobilizarquem possa ajudá-lo (familiares, amigos, militares maispróximos). Após, entre em contato com essas pessoas. Mesmoque a permissão não seja dada, tente localizar alguém queseria particularmente compreensivo com ele; e

Jamais esquecer da complexidade e seriedade que envolvem otema do suicídio, manter discrição e sigilo em todas as ações,fazendo com que apenas os elementos essencialmentenecessários tenham conhecimento da situação.

Onde buscar ajuda?

O CVV — Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica,reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Prestaserviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção dosuicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sobtotal sigilo.Realizam mais de um milhão de atendimentos anuais poraproximadamente 2.000 voluntários em 18 estados mais o DistritoFederal. Os contatos são feitos pelo telefone 141 (24 horas),pessoalmente (nos 72 postos de atendimento) ou pelo sitewww.cvv.org.br via chat, VoIP (Skype) e e-mail.

Seções de Saúde das OM. Seção de Assistência Social- Cmdo da 5ª Região Militar-

www.5rm.eb.mil.br Telefone: (41) 3316- 4835

Hospital Geral de CuritibaEndereço: Praça Marechal Alberto Ferreira de Abreu - Batel, Curitiba -PR, Telefone:(41) 3281-7500 / Pedir ramal seção de Saúde Mental.

Hospital de Guarnição de Florianópolis Endereço: R. Silva Jardim, 441 - Centro, Florianópolis – SCTelefone:(48) 3025-4814/ Pedir ramal da seção de Saúde Mental.

CAPS-Centros de Atenção Psicossocial - Dispositivo doSistema Único de Saúde (SUS) Para acesso aos serviços, as pessoaspodem ir diretamente as unidades localizadas em diversas cidades doParaná e Santa Catarina.Disque Saúde - 0800 61 1997

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5. Promoção de Qualidade de Vida no Exército

Orientar, estimular e incentivar os integrantes da força acombater situações de conflito através do esporte, da vidafamiliar, da religiosidade, do lazer e da convivência social;

Incentivar a socialização- importante aspecto na convivênciagrupal- em todos os momentos possíveis. São nessasoportunidades em que os comandantes podem atuar naprevenção contra o suicídio nas suas fileiras, ao promoveremsempre que possível atividades que possam reunir os seussubordinados e familiares: datas festivas, comemorações dealguma vitória ou aspecto importante para a OM, concursos emque se tenha a participação familar, atividades decongraçamento entre oficiais, praças e servidores civis, dentreoutras. (QUINTELA FILHO, 2008)

Preferir a liderança participativa (mais democrática) emdetrimento da delegativa e principalmente da autocrática(autoritária), por ser o estilo que mais harmoniza com anecessidade de influenciar o comportamento humano econduzir pessoas ao cumprimento do dever, além de permitir aconstrução dos vínculos de coesão, colaboração e odesenvolvimento do trabalho de equipe, em melhorescondições.

REFERÊNCIAS

ABP. Associação Brasileira de Psiquiatria. Suicídio: informando paraprevenir/ Associação Brasileira de Psiquiatria, Comissão de Estudos ePrevenção de Suicídio. – Brasília: CFM/ABP, 2014.

ANDRADE, José Eduardo. Suicídio no Exército: como prevenir. 1ªed. Rio de Janeiro: ECEME, 2005.

FREUCHEN, A. & GRØHOLT, B. (2015). Characteristics of suicidenotes of children and young adolescents: An examination of thenotes from suicide victims 15 years and younger. Clinical ChildPsychology and Psychiatry, 20(2), 194 206.

STONE, D. M. & CROSBY, A. E. (2014). Suicide prevention: State ofthe art review. American Journal of Lifestyle Medicine, 404-420.

Botega, N.; Bertolote, J. M.; Hetem, L. A. & Bessa, M. A. (2010).Debate – matéria de capa: Prevenção do suicídio. Revista Debates,2(1), 10-20.

Knoll, J. L. (2010). Suicide in Correctional Settings: Assessment,Prevention, and Professional Liability. Journal of Correctional HealthCare, 16(3), 188-204.

QUINTELA FILHO, Crispiniano Batista. Fatores relacionados aosuicídio no Exército Brasileiro: medidas preventivas. Rio deJaneiro, 2008.