com a unificação do direito comercial ao direito civil, desaparece a distinção entre sociedade...

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limitadas no novo Código Civil Com a unificação do Direito Comercial ao Direito Civil, desaparece a distinção entre sociedade civil e sociedade comercial. O código contemplou a existência das sociedades "não personificadas", divididas entre "sociedades comuns " e "sociedades em conta de participação ", e das "sociedades personificadas", divididas em "sociedades simples " e "sociedade empresarial ".

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  • Com a unificao do Direito Comercial ao Direito Civil, desaparece a distino entre sociedade civil e sociedade comercial. O cdigo contemplou a existncia das sociedades "no personificadas", divididas entre "sociedades comuns" e "sociedades em conta de participao", e das "sociedades personificadas", divididas em "sociedades simples" e "sociedade empresarial".
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  • As Sociedades Limitadas representam cerca de 97% do total de sociedades empresrias existentes no Brasil Duas so as principais formas societrias existentes no Brasil: Sociedades Annimas e Sociedades de Responsabilidade limitada. O Novo Cdigo Civil tratou de ambas, sendo que veremos na sequncia, as principais alteraes que envolveram as sociedades limitadas.
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  • Abrangncia do Novo Cdigo Civil em relao s Sociedades Limitadas O Novo Cdigo Civil foi bastante abrangente em relao s Sociedades Limitadas, tratando, ao longo de 32 artigos, de assuntos como: Quotas, administrao, conselho fiscal, assemblia de scios, reduo do capital social e dissoluo da sociedade; dispondo ainda que a sociedade limitada rege-se, nas omisses, pelas normas da sociedade simples (art. 1.053), bem como, facultando ao empresrio adotar, de forma supletiva, as normas da sociedade annima (art. 1.053, pargrafo nico).
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  • Sociedade limitada rege-se, nas omisses Art. 1.053 NCC Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omisses deste captulo, pelas normas da sociedade simples. Pargrafo nico. O contrato social poder prever a regncia supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade annima.
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  • Sociedades Limitadas na lupa As Sociedades Limitadas, representam cerca de 97% do total de sociedades empresrias existentes no Brasil. Analisaremos, a partir de agora, quatorze pontos importantes no Novo Cdigo Civil em relao s Sociedades Limitadas.
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  • Da administrao Art. 1.060 a 1063 do NCC permitida a administrao da empresa por no-scios, desde que estabelecida no contrato social. A renncia do administrador somente ser reconhecida aps registro e publicao, para que tenha efeito e validade perante terceiros.
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  • Da administrao Art. 1.060 a 1063 do NCC Art. 1.060. A sociedade limitada administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. Pargrafo nico. A administrao atribuda no contrato a todos os scios no se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade. Art. 1.061. Se o contrato permitir administradores estranhos, a designao deles depender de aprovao da unanimidade dos scios, enquanto o capital no estiver integralizado, e de dois teros, no mnimo, aps a integralizao.
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  • Da administrao Art. 1.060 a 1063 do NCC Art. 1.062. O administrador designado em ato separado investir-se- no cargo mediante termo de posse no livro de atas da administrao. 1 Se o termo no for assinado nos trinta dias seguintes designao, esta se tornar sem efeito. 2 Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada sua nomeao no registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade, estado civil, residncia, com exibio de documento de identidade, o ato e a data da nomeao e o prazo de gesto.
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  • Da administrao Art. 1.060 a 1063 do NCC Art. 1.063. O exerccio do cargo de administrador cessa pela destituio, em qualquer tempo, do titular, ou pelo trmino do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, no houver reconduo. 1 Tratando-se de scio nomeado administrador no contrato, sua destituio somente se opera pela aprovao de titulares de quotas correspondentes, no mnimo, a dois teros do capital social, salvo disposio contratual diversa. 2 A cessao do exerccio do cargo de administrador deve ser averbada no registro competente, mediante requerimento apresentado nos dez dias seguintes ao da ocorrncia. 3 A renncia de administrador torna-se eficaz, em relao sociedade, desde o momento em que esta toma conhecimento da comunicao escrita do renunciante; e, em relao a terceiros, aps a averbao e publicao.
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  • CAPITAL SOCIAL vedada a contribuio de scios por meio de prestao de servios. Durante cinco anos todos os scios respondero, entre si, pelo total de bens do capital social, que poder ser aumentado desde que seja dado um prazo de 30 dias para o exerccio de direito de preferncia pelos demais scios. A reduo de capital para a restituio aos scios est sujeita ao prazo de 90 dias para oposio de credores; ficando o scio livre para ceder sua quota a outros scios. Destacando-se ainda a novidade relativa s quotas sociais, agora prevendo a possibilidade de quotas iguais e desiguais.
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  • Das quotas - NCC Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada scio. 1 Pela exata estimao de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os scios, at o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade. 2 vedada contribuio que consista em prestao de servios.
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  • Das quotas - NCC Art. 1.056. A quota indivisvel em relao sociedade, salvo para efeito de transferncia, caso em que se observar o disposto no artigo seguinte. 1 No caso de condomnio de quota, os direitos a ela inerentes somente podem ser exercidos pelo condmino representante, ou pelo inventariante do esplio de scio falecido. 2 Sem prejuzo do disposto no art. 1.052, os condminos de quota indivisa respondem solidariamente pelas prestaes necessrias sua integralizao.
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  • Das quotas - NCC Art. 1.057. Na omisso do contrato, o scio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja scio, independentemente de audincia dos outros, ou a estranho, se no houver oposio de titulares de mais de um quarto do capital social. Pargrafo nico. A cesso ter eficcia quanto sociedade e terceiros, inclusive para os fins do pargrafo nico do art. 1.003, a partir da averbao do respectivo instrumento, subscrito pelos scios anuentes.
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  • Das quotas - NCC Art. 1.058. No integralizada a quota de scio remisso, os outros scios podem, sem prejuzo do disposto no art. 1.004 e seu pargrafo nico. tom- la para si ou transferi-la a estranhos, excluindo o primitivo titular e devolvendo-lhe o que houver pago, deduzidos os juros da mora, as prestaes estabelecidas no contrato mais as despesas. Art. 1.059. Os scios sero obrigados reposio dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer ttulo, posto, autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distriburem com prejuzo do capital.
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  • LIVROS SOCIETRIOS So trs os livros obrigatrios: Livro de Atas da Administrao Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal Livro de Atas da Assemblia
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  • Denominao social nome da empresa A denominao social deve designar o propsito da sociedade, sendo permitido figurar o nome de um ou mais scios.
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  • DO NOME Art. 1.155. Considera-se nome de empresrio a firma ou a denominao adotada, de conformidade com este captulo, para o exerccio de empresa. Pargrafo nico. Equipara-se ao nome de empresrio, para os efeitos da proteo da lei, a denominao das sociedades simples, associaes e fundaes. Art. 1.156. O empresrio opera sob firma constituda por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designao mais precisa da sua pessoa ou do gnero de atividade. Art. 1.157. A sociedade em que houver scios de responsabilidade ilimitada operar sob firma, na qual somente os nomes daqueles podero figurar, bastando para form-la aditar ao nome de um deles a expresso e companhia ou sua abreviatura. Pargrafo nico. Ficam solidria e ilimitadamente responsveis pelas obrigaes contradas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo.
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  • RGOS DE DECISO Caso o nmero de scios seja superior a dez ou exista previso no contrato social obrigatria a assemblia de scios (art. 1.072, 1). As micro e pequenas empresas com menos de dez scios que desejarem evitar a assemblia devem deixar isso claro no contrato social (art. 1.072, 3) e, quanto ao Conselho Fiscal, sua existncia facultativa.
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  • As deliberaes dos scios Art. 1.072. As deliberaes dos scios, obedecido o disposto no art. 1.010, sero tomadas em reunio ou em assemblia, conforme previsto no contrato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato. 1 A deliberao em assemblia ser obrigatria se o nmero dos scios for superior a dez. 2 Dispensam-se as formalidades de convocao previstas no 3 do art. 1.152, quando todos os scios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. 3 A reunio ou a assemblia tornam-se dispensveis quando todos os scios decidirem, por escrito, sobre a matria que seria objeto delas. 4 No caso do inciso VIII do artigo antecedente, os administradores, se houver urgncia e com autorizao de titulares de mais da metade do capital social, podem requerer concordata preventiva. 5 As deliberaes tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos os scios, ainda que ausentes ou dissidentes. 6 Aplica-se s reunies dos scios, nos casos omissos no contrato, o disposto na presente seo sobre a assemblia.
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  • PARTICIPAO NOS LUCROS Os scios so obrigados a repor quantias ou lucros retirados caso sua distribuio ocorra com prejuzo do capital social.
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  • PUBLICAES Passa a ser obrigatria a publicao de anncio de convocao para as assemblias de scios, quando necessrias (as assemblias). Outros atos renncia do administrador, reduo do capital social, dissoluo, fuso, ciso e incorporao da sociedade devero ser publicados em jornais. Assim, por exemplo, um pequeno comrcio do bairro pode ter de realizar assemblias anuais e publicar em jornais anncios de convocao de reunies.
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  • QUORUM O Novo Cdigo Civil estabelece quorum para diversas deliberaes na empresa, as quais devem ser registradas nos rgos competentes. Por exemplo, alteraes contratuais visando incorporao, cessao do estado de liquidao exigem 75% do capital social; enquanto outros assuntos, como a remunerao dos administradores e pedido de concordata, o quorum de 50% do capital social.
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  • RESPONSABILIDADES Cada scio tem responsabilidade restrita ao valor de suas quotas sociais, porm todos respondem solidariamente para completar o pagamento do capital social. Os scios que explicitamente aprovarem deliberaes infringentes lei ou ao contrato social respondero ilimitadamente pelos seus atos. Ocorrendo confuso da pessoa jurdica por exemplo, o scio utilizar cheque da empresa para gastos pessoais haver o risco de passar a ter responsabilidade ilimitada e ter os seus bens pessoais penhorados, bem como quando o scio paga um fornecedor com cheque pessoal. Vale dizer, nesse caso, antes do novo Cdigo Civil, a jurisprudncia dos Tribunais Ptrios j vinha tomando decises no sentido de aplicar nesses casos a chamada Teoria da Desconsiderao da Pessoa Jurdica, que, agora a partir do novel Cdigo Civil, ficou legalizado.
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  • Teoria da Desconsiderao da Pessoa Jurdica NCC - Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurdica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confuso patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministrio Pblico quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relaes de obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou scios da pessoa jurdica.
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  • Scios Cnjuges A proibio legal existe quando casados sob o regime da comunho universal de bens ou obrigatria (maiores de 60 anos); razo pela qual, tem-se sugerido, conforme o caso, a mudana do regime de bens, agora permitido pela nova legislao. VEDAO DE SOCIEDADE ENTRE CNJUGES CASADOS (art. 977): - com COMUNHO UNIVERSAL DE BENS - com SEPARAO DE BENS OBRIGATRIA obs: o regime de casamento poder ser alterado com autorizao judicial (pargrafo 2 do artigo 1.639). VENDA e NUS REAL DE BENS IMVEIS DA PESSOA JURDICA (art. 978): dispensa autorizao do outro cnjuge AVAL OU FIANA, NUS REAL SOBRE IMVEIS DO PATRIMNIO PESSOAL(art. 1.647): somente com autorizao do outro cnjuge
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  • Do Regime de Bens entre os Cnjuges Art. 1.639. lcito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. 1 o............... 2 o admissvel alterao do regime de bens, mediante autorizao judicial em pedido motivado de ambos os cnjuges, apurada a procedncia das razes invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
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  • AVAL OU FIANA, NUS REAL SOBRE IMVEIS DO PATRIMNIO PESSOAL Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cnjuges pode, sem autorizao do outro, exceto no regime da separao absoluta: I - alienar ou gravar de nus real os bens imveis; II - pleitear, como autor ou ru, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiana ou aval; IV - fazer doao, no sendo remuneratria, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meao. Pargrafo nico. So vlidas as doaes nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cnjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossvel conced-la.
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  • Scios Cnjuges NCC - Art. 977. Faculta-se aos cnjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que no tenham casado no regime da comunho universal de bens, ou no da separao obrigatria.
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  • Scios estrangeiros A redao do artigo 1.134 d margem discusso sobre a possibilidade de scios estrangeiros participarem, no Brasil, por intermdio das limitadas.
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  • Da Sociedade Estrangeira NCC - Art. 1.134. A sociedade estrangeira, qualquer que seja o seu objeto, no pode, sem autorizao do Poder Executivo, funcionar no Pas, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os casos expressos em lei, ser acionista de sociedade annima brasileira. 1 o Ao requerimento de autorizao devem juntar-se: I - prova de se achar a sociedade constituda conforme a lei de seu pas; II - inteiro teor do contrato ou do estatuto; III - relao dos membros de todos os rgos da administrao da sociedade, com nome, nacionalidade, profisso, domiclio e, salvo quanto a aes ao portador, o valor da participao de cada um no capital da sociedade; IV - cpia do ato que autorizou o funcionamento no Brasil e fixou o capital destinado s operaes no territrio nacional; V - prova de nomeao do representante no Brasil, com poderes expressos para aceitar as condies exigidas para a autorizao; VI - ltimo balano. 2 o Os documentos sero autenticados, de conformidade com a lei nacional da sociedade requerente, legalizados no consulado brasileiro da respectiva sede e acompanhados de traduo em vernculo.
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  • Prazos NCC - art. 2.031 as empresas legalmente constitudas tiveram o prazo de um ano, a contar da vigncia do Novo Cdigo Civil (11 de janeiro de 2003), para adaptarem-se s novas regras; posteriormente foi regulamentado pela lei 11.127, de 2005. NCC - Vigente - Art. 2.031. As associaes, sociedades e fundaes, constitudas na forma das leis anteriores, bem como os empresrios, devero se adaptar s disposies deste Cdigo at 11 de janeiro de 2007. (Redao dada pela Lei n 11.127, de 2005)(Redao dada pela Lei n 11.127, de 2005)
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  • DISSOLUO DAS SOCIEDADES O NCC estabelece mais formalidades ao responsvel pela liquidao da sociedade, quais sejam: Averbar no rgo de registro (Junta Comercial); Averbar e publicar o ato de dissoluo; Documentos como inventrio, balano geral, relatrio da liquidao e contas finais; averbao da ata de encerramento.
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  • EXCLUSES DE SCIOS Pela nova norma, os scios minoritrios somente podem ser excludos por justa causa (atos de inegvel gravidade), desde que haja previso no contrato social. possvel a excluso do scio falido ou que tenha sua quota liquidada por credor em processo de execuo. Os demais scios podem transferir para si ou para terceiros a quotas do scio negligente. Os outros casos de excluso somente podem ser feitos judicialmente, visando a proteo dos scios minoritrios; cujo quorum, para tal procedimento, passa de 51% cinqenta e um por cento) do capital social para 75% (setenta e cinco por cento).