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COLÉGIO ESTADUAL ANITA ALDETI PACHECO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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COLÉGIO ESTADUAL ANITA ALDETI PACHECO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

FIGUEIRA

2012

COLÉGIO ESTADUAL ANITA ALDETI PACHECO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Anita Aldeti Pacheco – Ensino Fundamental e Médio, apresentado ao 32º Núcleo Regional de Educação de Ibaiti conforme orientações da CADEP/SEED.

2

FIGUEIRA 2012

SUMÁRIOApresentação ......................................................................................................... 06

Introdução .............................................................................................................. 08

1. Objetivos Gerais ....................... ...................................................................... 10

2. Objetivos Específicos ........................................................................................ 11

3. Identificação do Estabelecimento ...................................................................... 12

MARCO SITUACIONAL

1. Organização da Entidade Escolar...................................................................... 13

2. Organização Pedagógica .................................................................................. 14

3. Proposta de Trabalho do Colégio para Articulação com a Família e a Comunidade ........................................................................................................... 16

4. Acompanhamento e Avaliação do Projeto Político Pedagógico ....................... 18

5. Aspectos Históricos do Estabelecimento ........................................................... 18

6. Caracterização da População .......................................................................... 23

7. Dinâmica Escolar – interação e relacionamento entre pais e a comunidade

escolar ...................................................................................................................

24

8. Descrição da Realidade Brasileira do Estado do Município e da Escola ......... 25

3

9. Critérios da Organização Interna da Escola .................................................... 28

10. Espaço Físico ................................................................................................. 31

11. Ofertas de Cursos e Turmas ............................................................................ 34

MARCO CONCEITUAL1. Conceituando o Projeto Político Pedagógico ................................................... 35

2. O Projeto Político Pedagógico apresenta........................................................ 36

3. Concepção de Sociedade Homem, Educação, Conhecimento, Escola,

Ensino, Aprendizagem e Avaliação .................................................................... 38

4. Princípios Didáticos Pedagógicos ................................................................... 40

5. Princípios da Gestão Democrática: Acesso, Permanência, Capacitação

Continuada de Educadores e Qualidade do Ensino-Aprendizagem ......................

41

6. Sistematização da Vida Escolar ....................................................................... 44

7. Recuperação de Estudos ................................................................................. 48

8. Promoção ......................................................................................................... 49

9. Evasão Escolar ................................................................................................. 50

10. Inclusão ........................................................................................................... 50

11. Currículo da Escola Pública: Dinâmica do Currículo: Reflexão sobre o

Trabalho Pedagógico.............................................................................................. 51

MARCO OPERACIONAL

4

1. Redimensionamento da Organização do Trabalho Pedagógico....................... 53

2. Estrutura de Curso ............................................................................................. 55

3. Trabalho Coletivo; Prática Transformadora, o que a Escola Pretende do

Ponto de Vista Político Pedagógico ................................................................... 65

4. Tipo de Gestão .................................................................................................. 67

5. Recursos que a Escola dispõe para realizar os projetos ................................... 78

6. Critérios para elaboração do calendário escolar, horários letivos e não letivos. 79

7. Critérios para Organização de Turma e Distribuição por Professor em Razão

de Especificidade ................................................................................................... 80

8. Diretrizes para Avaliação de Desempenho do Pessoal Docente e Não

Docente, do Currículo, das Atividades Extra-Curriculares e do Projeto Político

Pedagógico ...........................................................................................................

80

9. Inclusão do estágio não obrigatório................................................................... 81

10. Intenção de Acompanhamento de Egressos ................................................. 82

11. Atividades Complementares Curriculares em Contraturno ............................ 83

12. Sala de Apoio .................................................................................................. 84

13. Equipe Multidisciplinar de Educação da Relação Étnico-Raciais ................... 84

14. O Currículo em Construção ............................................................................. 85

15. Práticas Avaliativas .......................................................................................... 85

12. Referências Bibliográficas .............................................................................. 86

5

APRESENTAÇÃO

A abertura democrática em nosso país possibilitou que a educação ocupe

um maior espaço no Cenário Nacional, em busca de um caminho que efetive o

anseio da população brasileira e principalmente dos profissionais da educação na

construção de uma escola pública, democrática, laica, e de qualidade para todos.

Em 1986, foi realizado em Goiânia a Carta Magna por ocasião da IV

Conferência Brasileira de Educação (Carta de Goiânia), apresentando novas

propostas para educação. Seu marco histórico, já continha contribuições do

professorado, que junto com os Deputados Federais Constituintes participavam da

elaboração da Constituição Federal.

Muitas foram das discussões para se buscar o consenso dentro do que

fosse possível, para que houvesse a participação da sociedade civil organizada, que

se fez presente nas discussões sobre a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional.

No Art. 21 da LDB nº 9394/96: a educação escolar compõe-se: educação

básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; a

primeira fragmentação/desarticulação que se percebe refere-se à educação para

crianças de 0 a 06 anos (educação infantil - creche de 0 a 3 anos e pré-escola de 4

a 6 anos) e ao ensino médio, na medida em que, para este nível de ensino, fica

demarcado a histórica dicotomia/dualidade estrutural entre Formação Geral, Ensino

Técnico e Educação Profissional (Decreto 2.208, de 17 de abril de 1997).

A segunda fragmentação/desarticulação diz respeito às próprias

modalidades que aparecem, ora no corpo da lei, ora como disposições gerais ou

transitórias. Referimo-nos às modalidades de Educação de Jovens e Adultos (Arts.

37 e 38), Educação Profissional (Arts. 39 e 42), Educação Indígena (Arts. 78 e 79),

Educação a Distância (Arts. 80 e inciso III do Art. 87), Educação da População Rural

(Art. 28), Educação Especial (Art. 58 a 60), e mais recentemente a educação de

afro-descendentes/afro-brasileiros (Lei 10.639/03, de 09/01/03, que inclui no

6

currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “história e cultura

afro-brasileira – Arts. 26A, 79 A e79 B”); modalidades estas que atravessam toda a

educação básica.

Promulgada em 1996, a nova LDB sob nº 9394/96 aponta os caminhos

políticos na área da educação para as próximas décadas.

Dentre as questões da nova Lei encontra-se o Projeto Político Pedagógico,

que pela primeira vez busca redimensionar a importância da escola e de seus

profissionais, cabendo aos sistemas de ensino o papel de coordenação, apoio e

incentivo as escolas, fazendo com que consigamos assegurar a Gestão Democrática

na Escola, pois somente mantendo a organização e a participação de todos os

envolvidos no processo educacional, conseguiremos impor a vontade do grupo e

assegurar os princípios da Gestão Democrática em nossa Escola.

Não se discute a propriedade da Lei 9394/96 em situar os estabelecimentos

de ensino e os profissionais da educação como responsáveis pela elaboração de

seu projeto de escola, cabendo informar à sua comunidade sobre a execução da

proposta pedagógica, conforme registram os artigos 12, 13 e 14 Título IV da nova lei

de ensino, que trata “Da Organização da Educação Nacional”.

Art. 12 – Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e

as de seu sistema de ensino terão a incumbência de:

I – elaborar e executar sua proposta pedagógica. (...)

II – informar os pais e responsáveis sobre a freqüência dos alunos, bem

como sobre a execução de sua proposta pedagógica.

Art. 13 – Os docentes incumbir-se-ão de:

I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino;

II – elaborar e cumprir o plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica

do estabelecimento de ensino (...)

Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática

do ensino público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e

conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola (...)

O Projeto Político Pedagógico tem grande importância dentro da escola,

considerando que este visa à formação do cidadão para determinada sociedade,

7

que cobrará sempre da escola uma formação que propicie competência profissional

e vivência democrática, crítica, responsável e ética.

O principio adotado pela LDBEN regula as normas e efetividades de nossas

ações. Nesse sentido, o projeto político pedagógico se torna nosso instrumento de

trabalho uma vez que define as políticas e os princípios filosóficos otimiza os

recursos pedagógicos e financeiros, mobilizando os diferentes setores para

consecução dos objetivos.

Não elaborá-lo significa abrir mão de um documento que legitima nossas

ações.

INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Anita Aldeti Pacheco –

EFM – ocorre é se evidencia, por meio de ações e atividades que levam à melhoria

contínua da qualidade na educação, partindo de um trabalho coletivo, com a

participação de todos os membros da comunidade escolar, sendo um instrumento de

orientação voltada para as ações como processo pedagógico e transformador da

aprendizagem, do ensino e de uma educação democrática.

Entende-se que o Projeto Político Pedagógico é uma ação intencional e o

resultado de um trabalho coletivo, que busca metas comuns que intervenham na

realidade escolar, portanto, é um documento que facilita e organiza as atividades,

sendo mediador de decisões, da condução das ações e da análise dos seus

resultados e impactos. Ainda se constitui num retrato da memória histórica

construída, num registro que permite à escola rever a sua intencionalidade e sua

história. A ideologia em relação ao tipo de sujeitos que a escola pretende formar dá

o tom político ao projeto. Por meio dessa explicação ideológica e de objetivos

articulados com as ações, é possível distinguir entre uma prática que se preocupa

com a formação de cidadãos críticos, participativos, responsáveis e sujeitos de sua

própria história e outra de repasse e repetição de conteúdo sem estar atenta ao

desenvolvimento humano.

Segundo Veiga (2004, p. 14)

8

A principal possibilidade de construção do projeto político pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, do diálogo, fundado na reflexão coletiva.

Nesse sentido, consideramos que o Projeto Político Pedagógico prevê todas

as atividades da escola, do pedagógico ao administrativo, devendo ser uma das

metas do Projeto construir uma escola democrática, capaz de contemplar vontades

da comunidade na qual ele surge, tanto na sua elaboração quanto na sua

operacionalização, desde professores, técnicos, pais, representantes de alunos,

funcionários e outros membros da comunidade escolar.

A construção do projeto é gradativa: passo a passo, com a participação de

todos os envolvidos, ele irá se estruturando e ampliando, ganhando corpo e

consistência. É um processo que, coordenado pelo gestor, vai contar com a

colaboração de todos os segmentos envolvidos na vida da escola, passando por

conflito e divergências, até que os consensos sejam alcançados. Sua formulação é

um momento oportuno para equipe identificar os diferentes aspectos da vida escolar

que requerem reflexão para ser modificado.

Portanto o Projeto Político Pedagógico constitui-se em um instrumento

valioso de mediação entre ansiedades, desejos e intenções dos sujeitos escolares e

o planejamento concreto de suas ações cotidianas. O Projeto concebido, executado

e avaliado na perspectiva do coletivo poderá vir a constituir-se na ferramenta por

excelência para a escola construindo assim sua autonomia, a partir da

ressignificação de suas práticas e de todo trabalho escolar.

9

1. OBJETIVOS GERAIS

O presente Projeto Político Pedagógico tem como objetivos:

Superar a desarticulação e a fragmentação observadas constantemente nas

práticas educativas, será um instrumento de reflexão sobre os objetivos

educacionais e as estratégias de ação, um plano elaborado de forma refletida,

consciente, sistematizada e principalmente, coletiva, onde terá a participação

de todos os envolvidos (professores, gestores, equipe pedagógica, alunos e

pais).

Refletir sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação do seu

papel social e a clara definição dos caminhos, formas operacionais e ações a

serem empreendidas por todos os envolvidos no processo educativo. Seu

processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da

comunidade escolar, do contexto social e cientifico, constituindo-se em

compromisso político e pedagógico coletivo, criando questionamentos sobre o

que queremos com a escola e os rumos a seguir dentro de limites e

possibilidades.

Preparar para a capacitação política dos cidadãos de uma nova sociedade,

que se deseja mais justa e humana, onde se pretende recriar seres humanos

novos, críticos, criativos, capazes de preparar condições que tornarão

possíveis novas estruturas sociais pautadas na fraternidade, na solidariedade,

na justiça social e na verdadeira cidadania para todos. Assim pretende-se

criar novas metas sociais que venham contribuir para o estabelecimento de

uma sociedade mais justa e humana.

Desta forma, por meio do Projeto Político Pedagógico em ação, se formarão

as personalidades dos alunos e se fortalecerá cada um dos membros da escola que

conscientes dos objetivos a serem trabalhados, seu significado e os valores que os

sustentam, reavaliarão, na sua própria prática, as suas vidas e as suas prioridades.

10

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Adotar uma metodologia concreta a partir de um planejamento reelaborado

dos conteúdos, ultrapassando a repetitividade, a visão fragmentada e

descontextualizada.

Estabelecer um diálogo aberto entre professores e alunos permitindo o

enriquecimento de ambas as partes no processo de aprendizagem, sendo

assim, instrumento de crescimento, tanto para o aluno como para o professor.

Oferecer uma ação pedagógica de afetividade entre professor e aluno para

que haja sucesso no contínuo processo de redimensionamento da

aprendizagem.

Trabalhar a interdisciplinaridade entre as disciplinas para superar a

fragmentação, havendo trocas de experiências e a compartimentalização do

conhecimento.

Elaborar projetos, redefinir objetos, buscar conteúdos significativos que

resultem em metodologias inovadoras, com intuito de viabilizar a

aprendizagem dos alunos.

Ofertar aos educandos práticas pedagógicas concretas para construção do

conhecimento, sendo o professor o mediador desta metodologia.

11

3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

3.1. COLÉGIO ESTADUAL ANITA ALDETI PACHECO – EFM – CÓDIGO 00028ENDEREÇO: Rua Pessegueiro, 969 – Jardim Aurora - Fone/Fax: 043-35471489.

3.2 MUNICÍPIO: Figueira CÓDIGO: 0774

3.3 DEPENDENCIA ADMINISTRATIVA: Secretaria do Estado da Educação

3.4 NRE: Ibaiti CÓDIGO: 45007

3.5 ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

3.6 ATO DE AUTORIZAÇÃO DO COLÉGIO: 3.909/82 – DOE 11/04/1983

3.7 ATO DE RECONHECIMENTO DO COLÉGIO: 3.523/88 – DOE 21/11/1988

3.8 ATO DE RECONHECIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL: 2.239/94 DOE

11/05/1994

3.9 ATO DA RENOVAÇÃO DO RECONHECIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL: 2.454/02 – DOE 18/07/2002

3.10 ATO DE RECONHECIMENTO DO ENSINO MÉDIO: 195/2004 – DOE

16/02/2004

3.11 ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR: 2122/2000 – DOE 28/06/2000

3.12 DISTÂNCIA DO COLÉGIO DO NRE: 35 Km

3.13 LOCALIZAÇÃO DO COLÉGIO: Zona Urbana

3.14 E-MAIL DO COLÉGIO: [email protected];gov.br

12

MARCO SITUACIONAL

1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.

A organização da entidade escolar está contida na oferta do ensino básico

na modalidade de Ensino presencial Fundamental de 6º a 9º ano e Ensino Médio,

sendo ofertado nos períodos matutino, vespertino e noturno. O público atendido está

distribuído em 07 turmas no período matutino, representados por 93 alunos de

Ensino Fundamental e 107 alunos de Ensino Médio, 06 turmas no período

vespertino, representados por 112 alunos de Ensino Fundamental, 20 Ensino Médio

e 06 turmas no período noturno, representados por 171 alunos de Ensino Médio. Há

também há Casa Familiar Rural, com 02 turmas de Ensino Médio em qualificação

profissional com 27 alunos, totalizando 533 alunos de todo o Estabelecimento de

Ensino. Para atender ao alunado, a unidade escolar dispõe Direção e Direção -

Auxiliar, 41 professores, 2 pedagogos e 4 funcionários.

1.1 TURNO DE FUNCIONAMENTO: Matutino – Vespertino - Noturno.

1.2 AMBIENTES PEDAGÓGICOS:Laboratório de Informática, Física, Química, Biologia e Biblioteca.

1.2.1 LABORATÓRIO DE FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA.

A sala específica para o laboratório encontra-se em fase de montagem para

serem utilizadas com os alunos em atividades práticas.

1.2.2 BIBLIOTECA

A unidade escolar disponibiliza para atender alunos e professores de

biblioteca. A mesma tem seu atendimento pela equipe técnico pedagógico e por

13

técnicos administrativos. Assim, disponibiliza de profissionais para atender às

necessidades dos alunos, quando requeiram alguma informação, o mesmo

acontecendo com os professores. Possui um acervo variado, principalmente na área

de literatura.

1.3 ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE NO HORÁRIO ESCOLAR:

A organização da hora-atividade se dá por disciplina e por professor na sua

área de forma individual e no mesmo turno que trabalham. A sua utilização é para o

planejamento das aulas, confecção de materiais, correção de provas e para o

aperfeiçoamento dos professores. Além disso, também é utilizada para organização

do trabalho com a equipe técnico-pedagógico, direção para planejamento de

projetos que venham ser desenvolvidos pela disciplina do professor ou pelo coletivo

da escola.

1.4 O Colégio possui alunos com necessidades educacionais especiais e

dificuldades de aprendizagem, sendo que o corpo docente está consciente da

inclusão desses alunos em classe comum do ensino, porém necessita de ajuda de

professores especializados e curso de capacitação para prover atendimento aos

mesmos. Existe também a necessidade de adaptar os espaços físicos para receber

alunos com mobilidade na coordenação.

2. ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DO COLÉGIO:

2.1 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR: A escola funciona no sistema seriado, adotando o regime bimestral para

efeitos avaliativos. Seu horário de funcionamento está distribuído da seguinte

maneira: horário matutino das 07h30min às 11h50min, horário vespertino das 13h00

horas às 17h e 20 min e horário noturno dás 19h00min às 23h10min.

14

2.2 PARTE DIVERSIFICADA DA MATRIZ CURRICULAR COMPOSTA PELAS DISCIPLINAS:

No Ensino Fundamental e Médio: Língua Estrangeira Moderna.

2.2.1 LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: Inglês

2.2.2 COMO SÃO OFERTADOS OS ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ: Inserido na disciplina de História e Geografia.

2.2.3 COMO É OFERTADO O ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA: São Ofertadas no Ensino Médio como disciplinas do método comum da Matriz

Curricular.

2.2.4 PROJETOS INTEGRADOS AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Cultura Afro-Brasileira e Africana, meio ambiente, inclusão digital, projetos de

incentivo a leitura, olimpíada de matemática, olimpíadas de Português, simulados

preparatórios para vestibulares, simulados para averiguação de aprendizagem,

ENEM, AVA, festival de música e dança, homenagem ao Dia das Mães, projeto pais

na escola, projeto aluno nota 10, visita técnica no UTFPR, visitas às Instituições de

Ensino Superior, Semana Cultural e Desportiva, festas das Datas Comemorativas

(Halloween) e outros que surgem no decorrer das atividades da escola.

2.2.5 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO:

A avaliação não se restringe somente sobre sucessos ou fracassos do

aluno, deve ser compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de

alimentar, sustentar, orientar e organizar a intervenção pedagógica. Acontece

contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do conhecimento

15

construído pelo aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou não da

expectativa de aprendizagem que o professor tem em determinados momentos da

escolaridade, em função da intervenção pedagógica realizada.

2.2.6 FORMAS DE REGISTROS AVALIATIVOS:Notas.

2.2.7 PERIODICIDADE DE REGISTRO DE AVALIAÇÃO:Bimestral

2.2.8 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS: Sala de apoio, atendimento individualizado, monitoria, sala de recursos.

2.2.9 PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS:

À medida que os conteúdos são propostos, onde os mesmos são realizados

em grupo ou de forma individual, avaliação de diversos tipos de exercícios, desta

forma é feito uma verificação da aprendizagem, caso o aluno não alcance o objetivo

desejado o professor retorna o mesmo conteúdo até que o aluno atinja a

aprendizagem.

3. PROPOSTA DE TRABALHO DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE:

3.1 REUNIÕES DE ACOMPANHAMENTO: Bimestrais

3.2 GRUPOS DE ESTUDOS PARA PAIS:Palestras, festividades.

16

3.3 INSTÂNCIAS COLEGIADAS APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar.

3.3.1 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS.A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é o órgão destinado a

promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores e a direção do

estabelecimento de ensino e propor medidas que visem ao aprimoramento do

ensino ministrado e assistência, de modo geral, ao corpo discente.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários será regida por estatuto

próprio aprovado pela Secretaria de Estado da Educação.

3.3.2 GRÊMIO ESTUDANTILO Grêmio Estudantil é uma entidade autônoma representativa dos interesses

dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio, com finalidades educacionais,

culturais, cívicas, desportivas e sociais.

A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio Estudantil são

estabelecidas em estatuto próprio, em consonância com a Lei 7.398/85 da

Presidência da República.

3.3.3 CONSELHO ESCOLARO Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,

deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer, o Projeto Político Pedagógico da

escola, critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento

com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com as

diretrizes e políticas educacionais traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre os

vários segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de

garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.

17

4. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICOPERIODICIDADE:

A avaliação será através do acompanhamento periódico das ações

propostas no Projeto Político Pedagógico, analisando o cumprimento das metas e

possíveis mudanças no decorrer do ano letivo, para efeitos de aprimoramento do

mesmo. Isso será feito através de reuniões que contemplem toda a comunidade

escolar.

5. ASPECTOS HISTÓRICOS DO ESTABELECIMENTO

5.1 HISTÓRICO

O Colégio Estadual “Anita Aldeti Pacheco” – Ensino Fundamental e Médio

foi inaugurado no dia 10 de setembro de 1950, no Governo do Senhor Moisés

Lupion, com o nome de Grupo Escolar de Figueira. Figueira era distrito de Curiúva,

cujo prefeito era o Senhor Tobias José Borges. O Colégio começou a funcionar no

dia 13 de outubro do mesmo ano, com aproximadamente 100 (cem) alunos. Contava

com duas professoras: Iracema Trevisani Borges e Linei Terezinha dos Santos. O

decreto de criação do Grupo Escolar de Figueira é de N.º 16122, de 08 de março de

1955. Em 29 de novembro de 1966, através do Decreto N.º 3092 do Governador

Paulo Pimentel, o Grupo Escolar de Figueira passou a denominar-se Grupo Escolar

Anita Aldeti Pacheco.

O referido Estabelecimento foi criado com o objetivo de ofertar um Ensino

Primário de melhor qualidade, tanto na parte pedagógica quanto na material e física

à clientela aqui existente, pois antes da criação desse Estabelecimento as quatros

primeiras séries eram ofertadas no sistema multiseriadas.

O nome do Colégio é de origem social, o nome da patronesse foi indicado por

sua filha Alcinira Pacheco Ribeiro, que era Diretora do Estabelecimento. A

patronesse Anita Aldeti Pacheco, foi professora no Município de Curiúva e fundou

uma escola em Itiberê 7, uma das vilas do Município.

A reorganização do Estabelecimento deu-se a partir de 1980, pela

implantação da Reforma na educação, Resolução N.º 3909/82, que autorizou o

funcionamento, considerando os termos da lei Federal N.º 5692/71, quando passa a

18

denominar-se Escola Estadual “Anita Aldeti Pacheco” – EPG (1ª a 4ª séries),

pertencente ao Complexo Escolar Governador Parigot de Souza.

Em 1985 foi autorizado o funcionamento do 2º Grau para atender ao antigo

anseio dos jovens de nosso município, que se deslocavam para os municípios

vizinhos para poder concluir seus estudos. O ensino de 2º Grau iniciou-se com o

curso Técnico em Contabilidade, alterando-se a denominação do Estabelecimento,

de Escola Estadual “Anita Aldeti Pacheco” – EPG para Colégio Estadual “Anita Aldeti

Pacheco” – EPSG. A resolução que autorizou o funcionamento do Ensino de 2º Grau

é a de N.º 3721/85 de 24 de julho de 1985, publicada no Governo do Senhor Álvaro

Dias. O reconhecimento do curso Técnico em Contabilidade se deu a 10 de

novembro de 1988, através da Resolução N.º 3523/87. Em 1990, o curso Técnico

em Contabilidade que era de três anos, pela nova grade curricular, passa a ter

quatro anos. Por não apresentar os requisitos necessários para ofertar a quarta

série, o curso de Técnico em Contabilidade deixa de ser ofertado, passando a

denominar-se curso Auxiliar em Contabilidade, de acordo com a Resolução N.º

4442/91 de 24 de dezembro de 1991.

Pela Resolução N.º 776/91 de 1º de março de 1991 foi autorizado o

funcionamento das quatro últimas séries do 1º Grau, de forma gradativa, no período

noturno. O reconhecimento deu-se pela Resolução N.º 2239/94 de 29 de abril de

1994.

Em 1992 o ensino de 1º Grau (1ª a 4ª séries) é municipalizado, ficando então

desativado o ensino de 1ª a 4ª séries, conforme Resolução N.º 3223/92. O

Estabelecimento passa a ofertar o ensino de 1º Grau, de 5ª a 8ª séries e o curso

Auxiliar de Contabilidade.

Através da Resolução 4825/94 de 10 de outubro de 1994, foi autorizado o

funcionamento do curso Magistério no Estabelecimento, reconhecido pela

Resolução Secretarial N.º 762/98, em 26 de março de 1998, em caráter excepcional,

exclusivamente para fins de cessação gradativa de suas atividades escolares a

partir do ano letivo de 1997. O curso cessou em 1999 com a Resolução N.º 1010/98.

Em 1996, conforme ata de reunião realizada com os professores, equipe

pedagógica, conselho Escolar e Associação de Pais, Mestre e Funcionários, o

Colégio firmou o Termo de Adesão ao Programa Expansão, Melhoria e Inovação no

Ensino Médio do Paraná – PROEM, de acordo com a Resolução N.º 4394/96

comprometendo-se a implantar, a partir do início de 1997, o curso de Educação

19

Geral, de 2º Grau, em substituição às habilitações profissionalizantes do mesmo

grau. O curso foi implantado, mas não foi reconhecido, por decisão da SEED, uma

vez que as mudanças advindas da LDB de 20/12/96, que criou o Ensino Médio,

inviabilizou o processo de reconhecimento. Os históricos escolares dos anos de

1999 e 2000 foram sendo expedidos pelo Colégio Estadual Manoel Ribas, da cidade

de Telêmaco Borba, que se reporta ao Núcleo Regional de Telêmaco Borba.

Em 1999, o NRE de Telêmaco Borba, procedeu à análise da Proposta de

Adequação Curricular do Ensino Médio para que esta vigorasse no mesmo ano,

fundamentada no parecer N.º 015/98 CEB/CNE e nas Resoluções N.º 03/98

CEB/CNE e 3492/96 – SEED.

A proposta do Estabelecimento de ensino para ofertar o Ensino Médio está

em consonância com a lei 9394/96, com valores e princípios que norteiam as

Diretrizes Curriculares Nacionais. Sendo que em 18/11/89, o Departamento de

Ensino de Segundo Grau – SEED aprovou a proposta curricular do Ensino Médio,

nos turno diurno e noturno (Parecer 533/99 – Protocolo 3744278-0). A implantação

foi gradativa, a partir de 1999, sua operacionalização foi acompanhada pelas

equipes Pedagógicas do Estabelecimento de Ensino e do NRE, para que os

resultados fossem subsidiados o processo de monitoramento e avaliação da

implantação das novas diretrizes curriculares nos Estabelecimentos de Ensino

Médio do Estado do Paraná.

O curso de Ensino Médio foi reconhecido pela Resolução N.º 195/04 de 16 de

fevereiro de 2004.

No ano de 2002 foi criado o Núcleo Regional de Educação no Município de

Ibaiti, devido à distância em relação ao Núcleo Regional de Telêmaco Borba. Onde

todas as escolas pertencentes ao Município de Figueira optaram por pertencer a

este Núcleo.

DIRETORES:- ALCINIRA PACHECO RIBEIRO – primeira Diretora, designada pela

Secretaria de Educação e Cultura através do Decreto N.º 502, em 16 de fevereiro de

1961. Permaneceu até setembro de 1969.

- ROSA SARAIVA MUNIZ – em setembro de 1969, assume a Direção do

Grupo, o número do decreto que a nomeou não foi encontrado. A pedido da própria,

dispensa deu-se em 11 de fevereiro de 1970, através da Portaria 972/70.

20

- YEDA TREVISANI BORGES, a terceira Diretora, foi designada pela Portaria

N. º 350/70, em 12 de fevereiro de 1970. Em 08 de outubro de 1971 passou a

Diretora Símbolo 7F, pela Resolução N. º 4403/71.

- TEREZINHA MELO GALDINO – em 04 de agosto de 1983, pela Resolução

N.7 2827/83 é designada para Diretora a Professora através de eleições (1ª eleição

realizada pelo Estado para escolha de diretores). A publicação foi feita no Diário

Oficial 1599 de 12 de agosto de 1983.

- MARIA DAS DORES DE LIMA – em 1985 a professora assume a direção do

2º grau Técnico em Contabilidade.

- MARIA BERNARDETE SIQUEIRA DE CASTRO – Em 1985, elege-se

diretora através da segunda eleição para Diretores do Estado do Paraná, designada

pela Resolução Nº 171/86 em 1º de janeiro de 1986. Em 1987 é reeleita pela

Resolução N.º 487/87. Em 1992 retorna-se novamente, sendo designada diretora

pela Portaria N.º 27/92, permanecendo até 1995, sendo que no período de 1993 a

1995 foi referendada pelo Conselho Escolar para continuar no cargo.

- DAISE DINIZ DE SOUSA – assume a direção, através de eleições,

designada pela Resolução N.º 3471/89, em 02 de janeiro de 1990, permanecendo

até 31 de dezembro de 1991. Dia 06 de outubro de 1995, elege-se novamente,

conforme Resolução N.º 4626/95, assumindo o cargo em 01 de Janeiro de 1996.

Sendo reeleita em 1997, para um mandato de 03 anos, Resolução N.º 4301/97.

- NEUSA DOS SANTOS – assume a direção, através de eleições, designada

pela Resolução N.º 3069/01 DOE 31/01/02 em 02 de janeiro do ano de 2002,

permanecendo, até 31 de dezembro de 2003, elegeu-se novamente, conforme

Resolução N.º 4254/02 – DOE 23/01/04 permanecendo até dezembro de 2005.

Dando continuidade aos seus trabalhos foi eleita novamente em 2006 pelo voto

direto, designado pela Resolução 58/2006 – DOE 1201/2006, permanecendo na

direção até 2008. Em nova eleição foi reeleita no ano 2008, designada pela

Resolução nº 5909/2008 – DOE 24/12/2008. Devido as mudanças de endereços foi

permitido a escolha da Direção Auxiliar efetuada nas dependências do

Estabelecimento de Ensino através Assembléia da Comunidade Escolar no ano de

2009 ficando designada ROSÂNGELA GOUVEIA, pela Resolução 01279/10 – DOE

16/03/2010. O Colégio realizou um Projeto Político Pedagógico em 1993 e outro em

2000 com o objetivo de melhorar a aplicabilidade da aprendizagem, visando oferecer

21

um ensino de melhor qualidade aos alunos, bem como transformá-los em

verdadeiros cidadãos.

Desde 1993 o Colégio mantém Convênio com o Centro de Integração

Empresa – Escola (CIEE), criando uma oportunidade para os alunos aplicarem seus

conhecimentos em atividades práticas, preparando-se para o futuro. Esses alunos

atuam como estagiários nas empresas locais.

Em 1995, foi elaborado Plano Decenal, com o objetivo de ofertar um ensino

de melhor qualidade.

Em 1996 foi criadas a Bandeira do Colégio, com as cores pretas, brancas e

amarelas. O preto simboliza o carvão; o amarelo, a riqueza material do carvão e o

branco, simbolizam a paz. Paz, que é tão necessária num ambiente como o nosso,

que deseja alunos conscientes e que saibam participar ativamente do processo de

cidadania.

Por vários anos, o estabelecimento realizou: exposições de trabalhos

manuais, desfiles de 7 de Setembro, Feiras de Ciências. Comemora datas festivas

como: Páscoa, Corpus Christi, Dia das Mães, dos Pais, do Município, do Mineiro,

Dia Mundial do Meio Ambiente, etc. Realiza jogos inter-séries (período contrário das

aulas), teatros, palestras, apresentações artísticas, gincanas culturais e esportivas,

missas e cultos religiosos. Em 1999, cadastrou-se no Projeto Amigo da Escola, etc.

O Estabelecimento elaborou vários projetos, como: Projetos de Leitura,

Projeto de Meio Ambiente, Projeto Resgate do Patriotismo, Projeto de Atividades

Religiosas, Projeto Inclusão Digital, Maratona de Matemática e Simulados que estão

sendo colocados em prática até hoje.

Em 2000 elaborou o Projeto Pau-Brasil para ser trabalhado durante o ano. O

colégio possui fotos e vídeos que registram as várias atividades realizadas.

Em 2005, conforme determinação da SEED pela Resolução N.º 3794/04 foi

estabelecido como média 6,0 (seis vírgula zero) como padrão mínimo de aprovação.

Alguns professores que atualmente fazem parte do corpo docente do Colégio,

aqui cursaram uma parte de seus estudos: Edmilson B. Gefuni, Ceila Aparecida

Gefuni, Magali Ribeiro de Souza Sugiyama e Rosângela Gouveia Rauen o antigo

primário; Ana Maria de Andrade Miyashita, Léia Borges da Silva, Neusa dos Santos,

Nilda Aparecida da Costa e Terezinha Muniz do Nascimento os cursos Técnico em

Contabilidade e Magistério.

22

O Colégio desde a sua fundação está inserido na comunidade, dando

atendimento a um grande número de crianças, jovens e adultos, ofertando-lhes

instrução e oportunizando-lhes o desenvolvimento de suas potencialidades para o

pleno exercício da cidadania, tendo como prioridade o bem estar dos que para cá se

dirigem, tanto para ensinar, como para aprender.

E tudo isso baseado na FÉ, ESPERANÇA EM DEUS e nos ideais

democráticos.

6 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

O Município de Figueira está localizado ao norte do Paraná, a 315

quilômetros de Curitiba. Sua área é de 115 Km2, faz divisa com os municípios de

Curiúva, Sapopema e Ibaiti. O município tem aproximadamente 980 alunos

matriculados, do pré-escolar ao ensino médio, instalados em 10 escolas. Desse

total, 533 alunos estão freqüentando o Colégio Estadual Anita Aldeti Pacheco –

Ensino Fundamental e Médio, nos turno matutino, vespertino e noturno. O nível

sócio-econômico da população de Figueira é caracterizado entre médio e baixo

poder aquisitivo. A atividade econômica do município está baseada – numa parcela

bastante significativa – na extração do carvão, nos serviços rurais (bóias frias), na

agricultura e – em menor escala – no comércio urbano e funcionários da Usina

Termelétrica de Figueira e Madeireiras. Desta forma, a nossa clientela é formada por

alunos que apresentam poder aquisitivo entre médio baixo, sendo que

aproximadamente 15% são crianças, jovens e adultos de zona rural. A faixa etária

atendida é de 10 a 20 anos, com as naturais exceções de pessoas, com maior

idade, que retornam à escola.

Os alunos que freqüentam o período diurno apresentam maior participação,

melhor rendimento e menor evasão em relação aos alunos matriculados no período

noturno. A principal característica desses alunos é a idade cronológica adequada ao

ano que estão cursando a maioria ainda não trabalha fora e por isso pode dispor de

seu tempo para melhorar o aprendizado através de pesquisas e atividades

extraclasse.

Já os alunos do período noturno apresentam menor participação e

desempenho no aproveitamento da aprendizagem e a evasão é significativa. A

23

maioria dos alunos do período noturno apresenta um perfil diferenciado dos alunos

do período diurno, uma vez que trabalha o dia todo, alguns para contribuir no

orçamento familiar, outro para manter suas famílias. Com isso, eventualmente,

chegam atrasados e, freqüentemente cansados, além de não dispor de tempo para

atividades extraclasse.

7 DINÂMICA ESCOLAR INTERAÇÃO E RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E A COMUNIDADE ESCOLAR

A escola tem uma parcela significativa de responsabilidade no sucesso ou

fracasso escolar. E, ela precisa repensar em muitos aspectos na sua organização. É

urgente fazer uma reflexão sobre o elevado número de alunos que freqüentam a

escola e muitas vezes não alcançam o sucesso escolar.

O cotidiano da escola implica uma série de relações nem sempre fáceis de

contornar: professor/professor, aluno/professor, professor/pais, pais/direção,

direção/professor, direção/alunos. Por serem relações humanas são cheias de

contradições, complexidade, problemas, conflitos, desencontros, rivalidade, falta de

compromisso, entre outros. Tudo isso criam situações que atrapalham o

desenvolvimento do ensino aprendizagem na escola.

Podemos criticar a escola realmente existente, mas temos excelentes motivos

para defendê-la, para dedicar a ela o melhor de nossos esforços, para convertê-la

não só em nosso objeto de estudo e trabalho, mas numa causa ampla, generosa,

democrática.

A escola está sempre em busca de nova visão, uma nova identidade, porque

a sociedade está em crise e a escola reflete a crise da sociedade. Trata-se de um

consenso que aponta para outro: precisamos reformar a escola e o sistema

educacional, tanto quanto precisamos de novas políticas e de novos incentivos para

educação, ou seja, estamos convencidos de que precisamos mobilizar energias para

dinamizar a escola e a educação, estimular o controle democrático da comunidade,

tornar a escola um valor nacional.

24

8. DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA DO ESTADO DO MUNICIPIO E DA ESCOLA.

Durante as décadas de 70 e 80 a tônica da política brasileira recaiu sobre a

expansão das oportunidades de escolarização, havendo um aumento expressivo no

acesso à escola básica. Todavia, os altos índices de repetência e evasão apontam a

grande insatisfação com o trabalho realizado pela educação no País.

A oferta de vagas esta universalizada no País. O maior contingente de

crianças fora da escola encontra-se no Nordeste. No Sul e no Sudeste a

desequilíbrios na localização das escolas e, no caso das grandes cidades

insuficiência de vagas, provocando a existência de um número excessivo de turnos.

Nas últimas décadas houve crescente participação do setor público na oferta

de matrículas, sendo que o setor público na oferta de matrículas responde por

88,4% e setor privado responde por 11,6% da oferta, em conseqüência da situação

econômica do País (PCN-1997).

A situação é grave ao se observar a evolução da distribuição da população

por nível de escolaridade. Houve avanço na escolaridade da 1ª fase do Ensino

Fundamental, é também verdade que em relação aos demais níveis de ensino ou

escolaridade ainda é muito insuficiente, considerando a importância do Ensino

Fundamental e Médio para assegurar a formação de cidadãos aptos a participar

democraticamente da vida social, esta situação indica a urgência das tarefas e o

esforço que o estado e a sociedade civil deverão assumir para superar em médio

prazo esse quadro existente.

Além das desigualdades regionais, as diversidades encontradas e o quadro

de escolarização desigual do País, revelam a extrema concentração de renda e

níveis elevados de pobreza.

Portanto, sabemos que a história do Brasil foi marcada pela exclusão e de

manutenção de privilégios da minoria.

Com a globalização surgiu à necessidade de alargamento das fronteiras no

campo educacional, onde diversos órgãos internacionais interferiram e enfatizaram o

desenvolvimento de políticas e práticas da educação. Como a descentralização da

gestão educacional, a melhoria do ambiente de aprendizagem, a formação inicial e a

capacitação dos professores.

Cabe a sociedade civil ocupar seu assento nas questões educacionais, partir

para uma ação político-social para concretizar as ações, como: reduzir o

25

analfabetismo, universalizar a educação básica e promover o processo de inclusão,

com efetiva qualidade, assim estaremos caminhando rumo a um novo horizonte

educacional, que dependerá da participação de cada um de nós no sentido de fazer

nossos governantes apresentarem ações concretas para educação que almejamos.

Muito tem sido os avanços da Educação no Estado do Paraná.

A SEED do Paraná tem compromisso com a democratização e com os

resultados. Democratizar os espaços das escolas, com eleição direta de diretores,

delegação às mesmas para formulação de seus Projetos Políticos Pedagógicos,

eleições de seus Conselhos escolares, autonomia administrativa e financeira, etc. E

resultado, em educação, é aluno aprendendo, passando de ano.

Isso é o que espera do governo do Paraná, profissionais da educação, os

milhões de pais e mães paraenses que confiam à escola pública à formação de seus

filhos. Este é o verdadeiro foco do Estado do qual, todas as ações decorrem e pelo

qual são justificados.

O Estado do Paraná, através de sua Secretaria de Estado de Educação,

assume em 1991, o desafio de elaborar sua política educacional embasada na

escuta às escolas e na valorização das experiências desenvolvidas pelos seus

educadores, bem como em suas preocupações, desejos e propostas.

Nesse sentido busca fazer com que governo e magistério somem esforços na

busca da qualidade necessária ao ensino no Estado, questionando o fracasso

escolar como algo congruente á função escolar, o ato de executar políticas prontas

como tarefa do professor, e a prática do centralismo do poder pensar e propor tão

enraizadas em Sistemas de Governos.

O entendimento de que a “expectativa de melhoria de qualidade do ensino é

maior e mais vibrante na alma do agente direto da ação pedagógica do que junto

aos burocratas do ensino, presos a rituais alienados, quando não perdidos em

perfuntórias discussões sobre temáticos pseudocientíficos que só interessam aos

que cultuam o mito do poder mudar o mundo pela magia o discurso” devolve ao

professor, autor que é, da ação pedagógica, a condição de sujeito da decisão na

construção do projeto político-pedagógico da Escola como conteúdo fundamental da

proposta de educação para o Estado do Paraná.

O município de Figueira presta atendimento a Educação Básica – Educação

Infantil: Creche crianças de 0 a 03 anos de idade, Educação Pré Escolar para

crianças de 04 a 06 anos, Ensino Fundamental de 1º a 5º Ano para crianças a partir

26

de 06 anos e EJA Fase I (Programa de Educação de Jovens e Adultos 1º a 5º Ano).

Sendo essas modalidades de Ensino de competência e responsabilidade do governo

municipal.

O Ensino Fundamental de 6º a 9º Ano e Ensino Médio possui as APEDE

(Ação Pedagógica Descentralizada – Ensino de 6º a 9º Ano). Sendo de competência

e responsabilidade do governo estadual.

A formação profissional dos docentes do nosso município (Educação Infantil e

Ensino Fundamental de 1º a 5º Ano) é de 98% com ensino superior e 70% com Pós

Graduação e (Ensino Fundamental 6º a 9º Ano e Ensino Médio) é 98% com Pós

Graduação.No município, é muito pequeno o número de crianças de 0 a 14 anos que não

freqüentam a escola, devido à ajuda prestada pelo Conselho Tutelar do município.

Atualmente o município conta com um número expressivo de crianças, jovens

e adultos em sala de aula.

A qualidade nem sempre é garantida, a condições são precárias, como

inexistência de laboratórios de informática e de ciências e na indisponibilidade de

biblioteca, na insuficiência do próprio conteúdo na ausência de condições de

trabalho. Sabemos que se exigem recursos, equipamentos, mas requer também

conhecer em profundidade nossos alunos e suas demandas. Mas do que isso se

exige compromisso dos professores para enfrentar os desafios de uma realidade tão

complexa e tão desigual como a nossa. Este, alias, é um dos compromissos de nós

educadores e de nossos governantes em níveis: municipal, estadual e federal, pois

para chegarmos ao primeiro mundo devemos investir na educação.

O Colégio Estadual Anita Aldeti Pacheco – Ensino Fundamental e Médio tem matriculado 205 alunos no Ensino Fundamental e 325 do Ensino Médio, a

direção da escola trabalha de forma conjunta com o colegiado escolar, formado por

pais, alunos, funcionários, professores e equipe pedagógica. O trabalho em conjunto

com a comunidade busca diminuir as dificuldades encontradas, não medindo

esforços para tornar agradável o ambiente escolar, esta forma de trabalho também

faz surgir soluções para questões do ensino na aprendizagem e a permanência do

aluno na escola.

Na área pedagógica são trabalhados conteúdos em sala de aula que focam

assuntos sobre a paz, a família, preconceito racial, uso indevido de drogas e

27

agenda 21, fazendo parte das aulas ainda temas de literatura diversificada, músicas,

teatros, etc.

No período matutino e vespertino são ministradas aulas de apoio nas

disciplinas de Português e Matemática.

São realizadas reuniões por turmas para que sejam detectados problemas na

aprendizagem, a partir disso tomamos providências sugeridas por professores,

equipe pedagógica e direção.

Na área de recursos físicos estamos em novo endereço com novas

instalações e com a ajuda do Governo Estadual estamos melhorando as estruturas

físicas para dar um bom atendimento ao nosso alunado e, as atividades na Escola

estão sendo realizadas no decorrer de ano contando com o apoio de pais ou

responsáveis, alunos e comunidade em geral.

9. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA.

A estrutura organizacional do Estabelecimento tem a seguinte composição:

– EQUIPE PEDAGÓGICA Direção

Equipe Pedagógica

Corpo docente

Conselho de Classe

– EQUIPE ADMINISTRATIVA Secretária

Assistente Administrativo

Auxiliar de Serviços Gerais

– ÓRGÃOS COMPLEMENTARES

28

Associação de Pais, Mestres e Funcionários

Grêmio Estudantil

PESSOAL ADMINISTRATIVO

EQUIPE ADMINISTRATIVAGrau de VÍNCULO

Escolaridade  

DIREÇÃO  

Neusa dos Santos Pós Graduação Prof-QPM

EQUIPE PEDAGÓGICA  

Maria Ivone Leite Olenik Pós Graduação Prof-QPM

Rosângela Gouveia Rauen Pós-Graduação Prof-QPM

EQUIPE ADMINISTRATIVA  

André Luis Pereira Ensino Médio QFEB

Denize Diniz Curso Superior QPPE

Maria Soledade Bucco Ensino Médio QPPE

Bruno Ribeiro de Lima Ensino Médio QPPE

Rosângela de Azevedo Rafael Ensino Médio QFEB

ÁREA DIDÁTICA: PROFESSORES

Aline da Liz Carneiro Pós Graduação Prof-QPM

Ana Maria de Andrade Miyashita Pós Graduação Prof-QPM

Anália Pereira Curso Superior Prof-REPR

Andréa Sidor Crespim Curso Superior Prof-REPR

Carla Aparecida Galonetti Silva Pós Graduação Prof-REPR

Ceila Aparecida Gefuni Pós Graduação Prof-QPM

Edivani Costa Oliveira de Abreu Pós Graduação Prof-QPM

Edmilson Benedito Gefuni Curso Superior Prof-QUP

Eliane Antunes Pós Graduação Prof-REPR

Eliane Alves Carvalho Pós Graduação Prof-QPM

29

Eliane Aparecida Lopes Jorge Curso Superior Prof-REPR

Elieti Aparecida da Silva Curso Superior Prof-REPR

Erenita Aparecida de Jesus Rocha Pós Graduação Prof-REPR

Euza Shigueko Sugiyama Pós Graduação Prof-QPM

Felipe Augusto Gaudêncio Pós Graduação Prof-QPM

Fernanda Marques da Silva Curso Superior Prof-REPR

Gustavo de Carlos Brenag Acadêmico Prof-REPR

Ivone Maria da Silva Pós Graduação Prof-QPM

Jocelândia Sene Silva Pós Graduação Prof-REPR

Karla Roberta Rocha Acadêmica Prof-REPR

Leia Borges da Silva Pós Graduação Prof-QPM

Magali Ribeiro de Souza Sugiyama Pós Graduação Prof-QPM

Márcia Aparecida Pereira de Jesus Pós Graduação Prof-REPR

Maria Bernardete Siqueira de Castro Pós Graduação Prof-REPR

Maria Dircione da Silva Pós Graduação Prof-REPR

Maria Isabel Garcia Pós Graduação Prof-QPM

Mariane de Melo Bueno Curso Superior Prof-REPR

Marlene Ramos Bispo Pós Graduação Prof-REPR

Marta Gomes de Lima Pós Graduação Prof-REPR

Michele Bento Magalhães Pós Graduação Prof-REPR

Pricila Bresqui Santos Pós Graduação Prof-REPR

Rosangela Bueno de Freitas Curso Superior Prof-REPR

Rosângela Gouveia Rauen Pós Graduação Prof-QPM

Rosemeyre Alves Moisés Pós Graduação Prof-QPM

Sergio Tomio Takarasi Pós Graduação Prof-REPR

Simone Carvalho de Lima Pós Graduação Prof-REPR

Teresinha de Jesus Muniz Pós Graduação Prof-REPR

Teresinha Silva da Rocha Pós Graduação Prof-REPR

Valdinéia Aparecida S. de Oliveira Curso Superior Prof-REPR

Vera Márcia Soares Pós Graduação Prof-REPR

Zenilda Isabel Batista de Barros Pós Graduação Prof-QPM

30

AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS

NOME FORMAÇÃO  VÍNCULO

Ângela Aparecida Bento 2º GRAU QFEB

Itamar Gonçalves dos Santos 2º GRAU QFEB

Ester Martins Santos Castro 2º GRAU QFEB

Luciana dos Santos ENSINO FUND. QFEB

Sonia Franco de Lima Marques 2º GRAU QFEB

Teresinha Conceição de Pontes ENSINO FUND. READ

Valdenir Cabeças dos Santos 2º GRAU QFEB

Regina de Sousa ENSINO FUND. QFEB

Maria Natalina Viana Giraldi ENSINO FUND. QFEB

10 ESPAÇO FÍSICOO Colégio Estadual Anita Aldeti Pacheco – Ensino Fundamental e Médio está

localizado no bairro Jardim Aurora.

A área do terreno é de 4.560m2, a área construída é de 2.225,11 m2 e a área

livre 2.334,89m2. O Colégio possui uma quadra de esportes com 717 m2, sendo a

área total do terreno cercada por muro.

A construção do Colégio é de 02 blocos, todos construídos em alvenaria em

ótimo estado de conservação.

31

INSTALAÇÕES ESCOLARES (BLOCO 1)

DependênciaQuantidade

Dimensões(m2)

Estado deConservação

AdequadaInadequada

Observações

Hall de Entrada 25,15 m2 Ótimo Adequada -

Sala dos professores 24,36 m2 Ótimo Adequado -

Sala da Direção 11,72 m2 Ótimo Adequado -

Secretaria do Colégio 24,15 m2 Ótimo Adequado -

Hall da Secretaria 12,21 m2 Ótimo Adequada

Sala da Equipe

Pedagógica 24,78m2 Ótimo Adequada -

03 - Sala de Aula 52,00 m2 Ótimo Adequada -

Laboratório de

Informática

75,05 m2 Ótimo Adequada -

Laboratório de Ciências,

Química e Biologia

(adaptado para sala de

aula).

74,40 m2 Ótimo Adequada -

Sanitário - Sala dos

Professores 2,10 m2 Ótimo Adequada -

Almoxarifado Sala

Professores 3,30 m2 Ótimo Adequada -

Passarela 124,60 m2 Ótimo Adequada -

32

INSTALAÇÕES ESCOLARES (BLOCO 2)

DependênciaQuantidade

Dimensões(m2)

Estado deConservação

AdequadaInadequada

Observações

04 - Salas de Aula 52,00 m2 Ótimo Adequada -

Biblioteca 24,25 m2 Ótima Inadequada

Refeitório 83,31 m2 Ótimo Adequada -

Cantina 24,29 m2 Ótima Adequada -

Depósito de Merenda 8,74 m2 Ótimo Adequada -

Depósito Geral 5,94 m2 Ótimo Adequada -

Sanitário Masculino 21,57 m2 Ótimo Adequada -

Sanitário Feminino 21,57 m2 Ótimo Adequada -

Sanitário Funcionário 2,61 m2 Ótimo Adequada -

Lavanderia 2,61 m2 Ótimo Adequada -

Passarela 172,25 m2 Ótimo Adequada -

Pátio 635,15 m2 Ótimo Adequada

QUADRA DE ESPORTE

DependênciaQuantidade

Dimensões(m2)

Estado deConservação

AdequadaInadequada

Observações

Quadra 01 717m2 Ótimo Adequada

33

O serviço de tratamento de água pertence à SANEPAR; rede de esgoto

através de fossa; energia elétrica COPEL; linha telefônica OI e todas as contas

pagas pela SEED.

11. OFERTA DE CURSOS E TURMAS

O Colégio Estadual Anita Aldeti Pacheco, oferta o Ensino Fundamental e

Médio. O Ensino Fundamental funciona no período Matutino e Vespertino,

possuindo:

PERIODO MATUTINO

ANOS Nº de TURMAS Nº ALUNOS

6º Ano 1 34

7º Ano 1 27

8º Ano 1 27

9º Ano 1 32

PERIODO VESPERTINO

ANOS Nº de TURMAS Nº ALUNOS6º Ano 1 25

7º Ano 1 48

8º Ano 1 26

9º Ano 1 14

O Ensino Médio tem suas atividades nos períodos Matutino e Noturno:

PERIODO MATUTINO

ANOS Nº DE TURMAS Nº ALUNOS

1ª 2 45

2ª 3 55

3ª 1 34

34

PERIODO VESPERTINO

ANOS Nº de TURMAS Nº ALUNOS

1ª 1 20

PERIODO NOTURNO

ANOS Nº DE TURMAS Nº ALUNOS

1ª 2 62

2ª 2 53

3ª 2 57

MARCO CONCEITUAL

1. CONCEITUANDO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Para Vasconcelos (2004a, p.169):

O Projeto político Pedagógico é o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. É um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança da atividade prática da instituição neste processo de transformação.

O Projeto Político Pedagógico é portanto, um documento que facilita e

organiza as atividades, sendo mediador de decisões, da condução das ações e da

análise dos seus resultados e impactos. Ainda se constitui num retrato da memória

histórica construída, num registro que permite à escola rever a sua intencionalidade

e sua história.

35

2. O PROJETO POLÍTICO APRESENTA:Filosofia do Colégio, Objetivo do Colégio, Concepção Educacional,

Princípios Didáticos Pedagógicos, Análise das Contradições, Diretrizes Curriculares

que norteiam as ações pedagógicas do Colégio.

2.1 FILOSOFIA DO COLEGIO A Filosofia do Colégio está fundamentada:

1- Nos direitos da criança e do adolescente à educação, assim como no

acesso ao conhecimento historicamente construído pela humanidade, dando

possibilidades que, este ou esta, interaja com esses conhecimentos.

2- Na participação de todos no processo de construção de um projeto

que viabilize a aprendizagem efetiva, nas perspectivas críticas, criativa e

emancipatória do educando.

3- Na Construção coletiva do conhecimento desencadeado a partir das

trajetórias de vida individual e social de cada educando, buscando a construção de

sujeitos críticos, criativos e atuantes na realidade social em que estão inseridos,

respeitando as diferentes culturas e vivências experimentadas por cada um.

4- Na educação integral: relação entre suas necessidades e o

desenvolvimento de modo a interpretar a sua realidade no contexto onde está

inserido.

5- No desenvolvimento de uma nova postura que levem as novas

relações sociais (solidária e humanizadora) nos diversos âmbitos: culturais, afetivos,

éticos, familiares, de gênero e étnico.

6- Num espaço aberto para reflexão e debate de ideias, propiciando

momentos de construção intelectual, social, física, etc.

7- Num espaço de sensibilização e conscientização coletiva acerca da

necessidade de preservar o meio ambiente e buscar formas de desenvolvimento

social e econômico sem a destruição da natureza.

8- Num espaço de ampliação dos conhecimentos por meio de pesquisa

e a troca de saberes sobre a cultura e valores humanos.

9- Num ambiente de inclusão, tentando construir assim uma sociedade

36

democrática, calcada na igualdade e na liberdade, onde os direitos humanos sejam

respeitados e protegidos, repudiando-se as desigualdades sociais e todas as

perversas formas de exclusão de qualquer individuo, que tem o direito extensivo,

particularmente aqueles grupos minoritários que têm estado em situação de

desvantagem no que tange a qualidade de vida, dignidade, participação na vida

familiar e comunitária, igualdade de oportunidade em saúde, educação, trabalho,

lazer e participação social.

2.2 OBJETIVOS DA ESCOLA

2.2.1 Objetivos Gerais - Proporcionar condições materiais e didático pedagógicas ao corpo docente,

discente, administrativo e servidores gerais, para o desenvolvimento de uma

concepção transformadora, uma vivência responsável, crítica e solidária, onde cada

um seja capaz de recriar o seu hoje a partir do seu ontem, para projetar, propor e

controlar criticamente o seu amanhã.

- Realizar um planejamento conjunto para que a interdisciplinaridade seja

concretizada, tornando-se uma prática constante em todos os segmentos da escola.

2.2.2 Objetivos Específicos- Oferecer um ensino valorizando os conhecimentos prévios dos alunos, adquiridos

em sua experiência de vida considerando suas necessidades e a realidade do

contexto social;

- Desenvolver uma educação ética preocupada com valores progressistas, contra

quaisquer discriminações de raça, cor, credo, sexo, classe social e orientação

política. Que prime pela paz, contra qualquer tipo de violência e que desenvolva os

valores ecológicos e por uma cultura da sustentabilidade;

- Utilizar uma metodologia de ensino que articule a teoria e prática na formação

integral do indivíduo e ao conhecimento escolar, capacitando o aluno a agir de forma

autônoma e com consciência crítica.

- Desenvolver um ensino que desperte o interesse do aluno pelo conhecimento

através do incentivo à pesquisa para que o mesmo possa estabelecer relações,

interpretar situações, desenvolver raciocínio lógico e resolver problemas;

37

- Promover palestras para esclarecer assuntos referentes a questões sociais e

temas contemporâneos;

- Elaborar conteúdo específico e condizente com as diferentes faixas etárias,

interesse e realidade dos alunos, permitindo a troca de experiências;

- Praticar um sistema de avaliação diagnóstica e formativa que incorpore a

capacidade de auto avaliação do educando.

3. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE, HOMEM, EDUCAÇÃO, CONHECIMENTO, ESCOLA, ENSINO APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO.

A educação é um processo contínuo um caminho em direção à ordem e à

estabilidade, conforme determinados valores éticos passado. Deve-se refletir e

tentar explicar os processos da ação educativa, sempre considerando sua evolução

histórica, pois isso possibilitaria a tomada de decisões que pudesse levar a

transformação social.

A educação é uma parte da sociedade, uma instituição social, um produto

histórico, reflexo da sociedade na qual se insere e onde a coletividade se impõe

sobre o indivíduo. Deve procurar estabelecer o consenso, a manutenção e a

continuidade do grupo social, transformando o homem num ser social, interiorizando

os valores e as maneiras de ser, pensar e agir do seu grupo. Isso tudo serviria para

se criar e manter mecanismos de regulação social, valorizando então a disciplina, a

obediência e o respeito à autoridade.

A Escola, compreendida como uma unidade social responsável pela

educação define atitudes, comportamentos, posições, papéis. Possui uma dinâmica

própria e sem desconsiderar as relações estabelecidas pela sociedade, de onde

recebe valores, normas e obrigações, não pode ser entendido apenas como reflexo

desta sociedade, devendo ter consciência da sua responsabilidade singular de

reflexão e criação. Assim, a escola se revela também como um espaço onde os

protagonistas da ação educativa, inspirados por princípios fundamentais para o

desenvolvimento e o aperfeiçoamento humano, podem sobrepujar as mazelas e

contradições presentes nesta mesma sociedade.

Ensinar, aprender e avaliar não são momentos separados. Formam um

contínuo em interação permanente.

38

Por muito tempo a pedagogia focou o processo de ensino no professor,

supondo que, como decorrência, estaria valorizando o conhecimento. O ensino,

então ganhou autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e

o processo de aprendizagem ficou relegado a segundo plano. Hoje se sabe que é

necessário ressignificar a unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que, em

última instância, sem aprendizagem o ensino não se realiza.

A perspectiva construtivista na educação é configurada por uma série de

princípios explicativos do desenvolvimento e da aprendizagem humana que se

complementam, integrando um conjunto orientado a analisar, compreender e

explicar os processos escolares de ensino e aprendizagem.

Aprendizagem e avaliação caminham paralelamente. A avaliação subsidia o

professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a

criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser

revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de

aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o instrumento de

tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para

reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita

definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam

maior apoio.

A avaliação deve ser compreendida como elemento integrador entre a

aprendizagem e o ensino; conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação

da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; conjunto de

ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e como; elemento de

reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa; instrumento que

possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e

possibilidades; ação que ocorre durante todo o processo de ensino aprendizagem e

não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes

etapas de trabalho. Uma concepção desse tipo pressupõe considerar tanto o

processo que o aluno desenvolve ao aprender como o produto alcançado.

Pressupõe também que a avaliação se aplique não apenas ao aluno, considerando

as expectativas de aprendizagem, mas às condições oferecidas para que isso

ocorra. Avaliar a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino oferecido se, Por

exemplo, não há a aprendizagem esperada significa que o ensino não cumpriu com

sua finalidade: a de fazer aprender.

39

4. PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS

A aprendizagem é o processo através do qual a criança apropria-se

ativamente do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo conhece.

Para que o aluno aprenda, ele necessitará interagir com os outros: alunos e

professores.

Com essas interações o aluno vai gradativamente ampliando suas formas de

lidar com o mundo, vai construindo significados para suas ações e para experiências

que vive. Com uso da linguagem, esses significados ganham maior abrangência

dando origens a conceitos, ou seja, significados partilhados por grande parte do

grupo social.

O princípio da aprendizagem significativa supõe como passo inicial, verificar

aquilo que o aluno já sabe, para a partir desse conhecimento apropriar-se do

conhecimento científico.

A aprendizagem se dá a partir do momento da síntese, isto é, quando o aluno

supera uma visão parcial e confusa, adquire uma visão mais clara e unificadora.

O conhecimento é fruto de uma relação mediada entre sujeito que aprende, o

sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Os processos de produção do

conhecimento permitem, ao aluno, sair do papel de passividade e fazer parte dessa

relação, através do desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, entre

elas a linguagem.

Selecionar conteúdos relevantes e atualizados, operar metodologias

participativas que priorizem a socialização de experiências, pesquisa e a troca de

saberes.

A diversidade dos educandos são realidades e fatos que a escola e os

educadores terão que saber como lidar possibilitando novos métodos de ensino.

Vygotsky afirma que a criança constrói seu pensamento através da interação

com o ambiente e da compreensão das relações entre todas as coisas.

Piaget demonstra as estruturas cognitivas (fases) como características da criança no

seu desenvolvimento biológico em busca do equilíbrio.

Paulo Freire constata que a leitura de mundo precede à leitura da palavra.

Afirma que para construirmos uma sociedade democrática ou aberta é preciso

engajar a educação nesse processo de conscientização. Nesse aspecto desenvolve

o conceito de Consciência, que é articulada com a práxis. Segundo ele para se

40

chegar à essa consciência, que é ao mesmo tempo desafiadora e transformadora,

são imprescindíveis o diálogo, a fala e a convivência.

Potencializar o espaço escolar para que o aluno permaneça na escola, requer

compromisso político com a educação manifestado em uma série de medidas

concretas que, embora não sejam de responsabilidade exclusiva das escolas,

precisam ser assumidas por elas, em sua diversidade formativa para que o aluno

perceba - se como sujeito desse processo.

A ação pedagógica deve considerar o que os alunos conseguem realizar em

cada momento de sua aprendizagem, para se construir uma verdadeira ação

educativa.

5. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO, PERMANÊNCIA, CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES E QUALIDADE DO ENSINO-APRENDIZAGEM.

A conjuntura pela qual atravessa a instituição escolar no atual estágio da

globalização, quando a “sociedade mundializada” sofre transformações profundas

em todos os âmbitos e dimensões, com todas as “penúrias” docentes e discentes,

exige repensar sobre o que se pode e deve fazer na escola a fim de, realmente

construir um mundo mais justo e humano. Esta exigência conduz a repensar uma

nova organização do trabalho pedagógico, na realidade hodierna, a partir de outras

finalidades e propostas que necessitam ser feitas com uma outra compreensão de

planejamento e avaliação – binômio indissolúvel – que se alicerce no compromisso

de formar “seres humanos fortes intelectualmente, ajustados emocionalmente,

capazes, tecnicamente e ricos de caráter”. (FERREIRA, 2003, p. 113).

O planejamento, assim concebido, é um instrumento de participação.

Diferentemente do modelo clássico de planejamento que se impõe com determinada

concepção tecnocrática, sistêmica e impositiva, o planejamento participativo.

O que seria, então, planejamento participativo? Três são os componentes

básicos do planejamento participativo.

a) O processo de formação da consciência crítica (que envolve a

autocrítica) na comunidade por meio do que se elabora o conhecimento adequado

41

das questões que devem ser tratadas, no sentido da superação da exclusão, da

marginalidade social e da injustiça. Trata-se do momento em que, a coletividade

responsável pela direção do processo pedagógico que irá formar cidadão em cada

aluno, partindo do conhecimento científico e do conhecimento da realidade onde vai

atuar, assume um posicionamento crítico sobre as decisões a serem tomadas.

b) Com a consciência crítica destes “conteúdos” (o conhecimento cientifico

na sua forma mais elaborada) segue a necessidade de tomar decisões concretas de

enfrentamento dos problemas, partindo das prioridades que devem ser

estabelecidas coletivamente, seguidas dos caminhos alternativos e das propostas de

ação, isto é; do nível de reconhecimento teórico, parte-se para a ação, dentro de um

contexto coletivamente construído e planejado.

c) Surge então a necessidade de organizar o trabalho pedagógico. A

capacidade de organização é que vai garantir a exeqüibilidade do que foi

coletivamente planejado e revelar a competência dos profissionais da educação. É

aí que se revelam os compromissos democráticos de todos os responsáveis pelo

processo educacional, na garantia de fazer acontecer a todos os educandos o que

foi proposto como fundamental para sua formação cidadã.

A escola tem uma parcela significativa de responsabilidade no sucesso ou

fracasso escolar. E ela precisa repensar muitos aspectos da organização

educacional. É urgente fazer uma reflexão sobre os motivos do elevado número de

alunos que freqüentam aulas de reforço ou recuperação e que, apesar deste espaço

de estudo, muitas vezes, não alcançam o sucesso escolar.

Esta situação gera desconforto entre os educadores comprometidos com a

construção do conhecimento e com o respeito às individualidades inerentes a cada

sujeito.

Em muitos casos, a família pode ser a vilã dos problemas de aprendizagem

e conseqüentemente insucesso escolar, por sua falta de atenção, valorização e

diálogo. As crianças e adolescentes estão carentes de reconhecimento; precisam

ser elogiadas. No entanto, muitas vezes recebem mais crítica do que auxílio e

compreensão. As cobranças, a falta de tato e o despreparo para resolver certas

situações acarretam maiores problemas. Em outros casos, os pais sufocam os filhos

nos primeiros anos de alfabetização, até dificultado o trabalho das professoras, com

a demasiada ansiedade em vê-los lendo e escrevendo. No entanto, deixam de

acompanhar o filho quando está nos anos posteriores. Aí acontece um “choque”. As

42

crianças sentem-se menos importantes e muitas estacionam na construção das

aprendizagens. Parece que os pais já não vibram por elas, parecem

desinteressados.

E a escola está cumprindo o seu papel de oportunizar a construção de

conhecimentos, despertando o desejo de aprender, inspirando os alunos,

promovendo o desenvolvimento do educando. A liberdade de aprender

permanentemente, de ensinar e pesquisar desenvolve estratégias e atividades

originais no ambiente escolar, elas são significativas, por serem únicas e capazes de

envolver, despertar e completar. Devemos refletir constantemente sobre nossa

prática e responsabilidade em promover a construção do ser-sujeito, pesquisador,

reflexivo e consciente de suas capacidades e potencialidades, estamos sempre

acompanhando cada caso para saber o que ocorre com cada aluno, com suas

diversas peculiaridades, visando sempre, o aprender para a vida, ensinando com

liberdade e amor, desenvolvendo integralmente o educando.

Há muitos casos em que o aluno realmente apresenta limitações em algumas

aprendizagens, para sistematizar alguns conhecimentos, ou por diferentes motivos,

não quer aprender, não tem desejo, não valoriza o espaço escolar ou tem problemas

de aprendizagem, isto ocorre no universo da educação, mas a escola deve ser

diferente, mostrar em nossas ações a sua capacidade de aprender, despertando no

educando o seu saber, o prazer de aprender, ensiná-lo a valorizar o seu

conhecimento e que será de extrema importância para a sua vida. Temos muitos

objetivos e queremos educandos sedentos de saber e educadores comprometidos,

conscientes da importância do trabalho que desempenham, apaixonados pelo que

fazem. Também eles sedentos pelo saber, pela construção, pela alegria de

descortinar os horizontes e que busquem na pesquisa permanente as respostas

para uma educação cada vez melhor, na qual se criem soluções conjuntas e todos

se sintam responsáveis, tanto família quanto escola, pela formação e promoção

humana, resultando no sucesso escolar.

43

6. SISTEMATIZAÇÃO DA VIDA ESCOLAR: Matrícula, Transferência, Diplomas e Certificados, Freqüência do aluno, Boletim Bimestral.

A matrícula é o ato formal que vincula o educando ao Estabelecimento de

Ensino autorizado, conferindo-lhe condições de aluno.

A matricula será requerida pelo interessado ou por seus responsáveis,

quando menor de dezoito (18) anos, e deferida pelo Diretor do Estabelecimento, em

conformidade com os dispositivos regimentais, no prazo máximo de sessenta (60)

dias.

Em caso de impedimento do interessado ou de seus responsáveis, a

matrícula poderá ser requerida por procurador.

O período da matrícula será estabelecido no calendário do Estabelecimento

de Ensino.

É assegurado ao aluno não vinculado ao estabelecimento de ensino, a

possibilidade de ingressar na escola a qualquer tempo, desde que se submeta a

processo de classificação, previsto no Regimento Escolar, sendo que o controle de

freqüência se fará a partir da data efetiva da matrícula.

O ingresso no Ensino Médio é permitido aos concluintes:

a) do Ensino Fundamental ou de seu correspondente legal ofertado por

Estabelecimento de Ensino regularmente autorizado a funcionar;

b) de estudos equivalentes aos de Ensino Fundamental reconhecidos pelo

C.E.E.;

c) da Educação para Jovens e Adultos autorizada pela autoridade

competente.

Os alunos portadores de necessidades especiais serão preferencialmente

matriculados na rede regular de ensino, respeitado o seu direito a atendimento

adequado, também em instituições especializadas.

A matrícula por transferência é aquela pela qual o aluno, ao se desvincular

de um estabelecimento de ensino, vincula-se ato contínuo, a outro congênere, para

prosseguimento dos estudos em curso.

A transferência feita para estabelecimento não autorizado estará

automaticamente invalidada, permanecendo o vínculo do aluno com o

estabelecimento de origem.

44

Os registros referentes ao aproveitamento e a assiduidade do aluno, até a

época da transferência, são atribuições exclusivas do estabelecimento de origem,

devendo ser transpostos para a documentação escolar do aluno no estabelecimento

de destino, sem modificação.

Em caso de dúvida quanto à interpretação dos documentos, o

estabelecimento de destino deverá solicitar ao de origem, antes de efetivar a

matrícula, os elementos indispensáveis ao seu julgamento.

O aluno, ao se transferir, em qualquer época deverá receber do

estabelecimento de origem o histórico escolar contendo:

- Identificação completa do estabelecimento de ensino;

- Identificação completa do aluno:

- Informação sobre:

a) todas os anos ou períodos, etapas, ciclos ou fases cursadas no

estabelecimento ou em outros freqüentados anteriormente;

b) aproveitamento relativo ao ano, série, período letivo, ciclo ou fase;

c) declaração de aprovação ou reprovação.

Síntese do sistema de avaliação do rendimento escolar adotado pelo

estabelecimento;

Assinatura do Diretor e do Secretário do Estabelecimento, e também os

nomes por extenso, digitalizados, por carimbo, ou em letra de forma, bem como o

número e o ano dos respectivos atos de designação ou indicação.

No caso de transferência em curso, o aluno deverá receber, além do

histórico escolar, sua ficha individual de transferência, com síntese do respectivo

sistema de avaliação.

O estabelecimento de origem tem o prazo de trinta (30) dias a partir da data

de recebimento do requerimento, para fornecer a transferência.

Em caso de impossibilidade de cumprimento do acima citado, o

estabelecimento deverá fornecer declaração, na qual consta o ano e para qual o

aluno está apto a se matricular, anexando cópia de grade curricular e compromisso

de expedição de documento definitivo com prazo prorrogado por mais trinta (30)

dias.

A direção do estabelecimento de ensino é responsável pela observância dos

prazos estipulados, sob pena de representação junto à SEED, e quando for o caso,

de outras comunicações legais:

45

No caso de recolhimento de arquivos escolares pelo órgão local ou regional

de ensino, a este caberá expedir a documentação de transferência, até que haja o

credenciamento de um estabelecimento de ensino para tal.

A matrícula com progressão parcial, é aquela por meio da qual o aluno,

não obtendo aprovação final em até três (03) disciplinas, em regime seriado, poderá

cursá-la subsequente e concomitantemente aos anos seguintes.

O regime de progressão parcial exige, para aprovação, a freqüência

determinada em lei e o aproveitamento estabelecido no Regimento Escolar.

O estabelecimento de ensino adota o regime de progressão parcial e havendo

incompatibilidade de horário estabelecerá plano especial de estudo para a disciplina

em dependência, plana esse devidamente registrado em relatório que deverá

integrar a pasta individual do aluno.

É vedada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência de

disciplina no Ensino Fundamental.

A expedição de certificado ou diploma de conclusão do curso só poderá

ocorrer depois de atendida plenamente a matriz curricular e sua respectiva carga

horária.

Concluído o curso e restando disciplina em dependência a expedição do

certificado ou diploma só poderá ser feita após a eliminação da disciplina em

dependência.

Será obrigatória às aulas e a todas as atividades escolares sendo apurada do

primeiro ao último dia do ano letivo.

A freqüência será apurada no Ensino Fundamental de 6º a 9º ano e Ensino

Médio, conforme a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, exigida a freqüência de

setenta e cinco por cento (75%) do total de horas letivas para aprovação.

São dispensados da freqüência às aulas os alunos que venham a se

enquadrar nas situações prescritas pela Lei nº 7.692/88 e pelo Decreto nº 1.044/69.

São dispensados da freqüência às aulas práticas de Educação Física os

alunos enquadrados nas situações prescrita pela Lei nº 7.692/88 e pelo Decreto nº

69.450/71.

São isentos de freqüência ás aulas os alunos amparados pelo Decreto nº

1.044/69, pela Lei Federal nº 6.202/75 e pelo disposto na Constituição Federal

vigente, pelo prazo comprovadamente necessário, durante o qual serão atribuídos a

esses estudantes, como compensação da ausência às aulas, exercícios domiciliares

46

com acompanhamento da escola, sempre compatíveis com seu estado de saúde e

as possibilidades do estabelecimento.

Aos alunos que se encontram nas situações previstas acima será permitido o

seguinte atendimento:

a) dispensa de freqüência enquanto perdurar comprovadamente, a situação

excepcional;

b) atribuição de exercícios, provas, testes, trabalhos e tarefas para elaboração

e execução domiciliar, que serão computados para a avaliação.

O tratamento previsto acima, não poderá ser aplicado se a situação

excepcional do aluno perdurar durante todo o ano letivo, quando será reprovado.

Terão freqüência facultativa em atividades de Educação Física conforme o

Decreto Lei nº 69.450/51 e Lei nº 7.692 de 20 de dezembro de 1988, os alunos que

apresentarem as seguintes situações:

a) ao aluno que comprove exercer atividade profissional em jornada igual

ou superior a seis (06) horas;

b) ao aluno maior de trinta (30) anos de idade;

c) ao aluno que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em outra

situação, comprove estar obrigada à prática de Educação Física na Organização

Militar em que serve;

d) ao aluno amparado pelo Decreto Lei 1.044 de 21 de junho de 1969;

e) ao aluno de curso de pós-graduação;

f) à aluna que tenha prole.

O estabelecimento de ensino dará ciência ao aluno no ato da matrícula, do

funcionamento das aulas de Educação Física do curso do Ensino Fundamental e do

Ensino Médio.

A transferência é a passagem do vínculo do aluno do estabelecimento de

ensino em que se encontrava regularmente matriculado, para outro.

Entende-se por transferência a passagem de uma modalidade de ensino para

outra ou de um curso para outro, no mesmo grau de ensino, dentro de um mesmo

estabelecimento de ensino.

As transferências de alunos de estabelecimentos vinculados a outros

sistemas de ensino sujeitam-se as presentes normas, respeitadas, porém, as do

sistema de origem, quanto à sua concessão e às características da documentação.

47

Os registros referentes ao aproveitamento e à assiduidade do aluno, até a

época de transferência, são atribuições exclusivas do estabelecimento de origem,

devendo os mesmos ser transpostos para a documentação escolar do aluno no

estabelecimento de destino, sem modificações.

Em caso de dúvida quanto à interpretação dos documentos, o

estabelecimento de destino diligenciará junto ao de origem, no sentido de obter os

elementos indispensáveis ao seu julgamento, sem o que a matrícula não poderá

efetivar-se.

A transferência é concedida mediante requerimento do aluno, se maior, ou se

um responsável, se menor.

O estabelecimento não poderá conceder transferência a aluno que com ele

não tenha mais vínculo.

O estabelecimento não pode negar a expedição do histórico escolar do aluno.

Os boletins e notas bimestrais são entregues diretamente aos alunos quando

os mesmos possuem idade superior a dezoito (18) anos e, para os pais quando

menores.

7. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter aprovação

mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo

estabelecimento.

A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a cerca de estudos e os

conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado

insuficiente.

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições

que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

O estabelecimento de ensino deverá proporcionar recuperação de estudos,

preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurando as condições

pedagógicas.

48

O estabelecimento proporciona aos alunos com deficiências no aprendizado

salas de apoio no período contrário ao das aulas, ofertando aulas de português e

matemático para os alunos do 6º ano do ensino fundamental.

Conta também com o apoio da sala de recursos que constitui um conjunto de

serviços, ofertados pela escola que objetiva dar respostas educativas para as

dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos com necessidades

educacionais especiais.

Os serviços da Sala de Recursos destinam-se ao atendimento de alunos com

necessidades educacionais especiais decorrentes de deficiência mental ou distúrbio

de aprendizagem.

O apoio pedagógico especializado da sala de recursos realiza-se em contra-

turno, por meio da oferta de recursos humanos, técnicos, físicos e outros materiais,

tendo como objetivo possibilitar o acesso e a complementação do currículo comum

ao aluno. Fazendo com que o aluno seja incluso e receba apoio para que

desenvolva suas habilidades tendo um bom desempenho e alcançando resultados

significativos.

8. PROMOÇÃOApós a apuração dos resultados finais de aproveitamento e de freqüência

serão definidas as situações de aprovações e reprovação dos alunos:

- Serão considerados aprovados os alunos que apresentarem freqüência igual ou

superior a 75% do total de horas letivas e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero),

- Serão considerados reprovados os alunos que apresentarem freqüência inferior a

75% do total de horas letivas e rendimentos inferiores a 6,0.

9. EVASÃO ESCOLAROs alunos evadidos são acompanhados através das fichas do Projeto Fica e

tomadas as devidas providências conforme regulamento do referido projeto.

49

10. INCLUSÃO

O Projeto Político Pedagógico é um instrumento necessário para a ação e

transformação da e na escola. Para tanto, deve promover a ação coletiva voltada

para a inclusão e diversidade, possibilitando assim a formação de pessoas críticas

capazes de mobilizarem-se na sociedade de forma a garantir o reconhecimento de

sua cidadania.

A elaboração de um PPP inclusivo deve assegurar educação escolar que

propicie respostas educacionais a todos os alunos inclusive aqueles que apresentam

Deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e Altas

Habilidades/Superdotação, atendidos pela Educação Especial.

O meio de inclusão está desafiando a construir uma sociedade democrática,

calçada na igualdade, na liberdade, onde os direitos humanos sejam respeitados e

protegidos, repudiando-se as desigualdades sociais e todas as formas perversas de

exclusão de qualquer individuo, que tem o direito extensivo, particularmente aqueles

grupos minoritários que têm estado em situação de desvantagem no que tange a

qualidade de vida, a dignidade, a participação na vida familiar e comunitária, a

igualdade de oportunidade em saúde, educação, trabalho, lazer e participação

social.

A inclusão almeja a construção de uma sociedade compromissada com as

memórias, que valorize a diversidade humana, respeita a dignidade de cada

indivíduo, a igualdade de direitos e oportunidades e o exercício efetivo da cidadania,

com liberdade de expressão do pensamento e de escolha.

O exercício da cidadania não pode se restringir, somente, a questão de

direitos e deveres de uma parcela da população, devendo abranger também as

questões referentes aos grupos excluídos ou rejeitados pela sociedade.

Acredita-se que a educação inclusiva não se faça somente com atos legais, e

sim com ações e relações realizadas na escola e na sociedade, para efetivar o

compromisso de transformar nossa sociedade injusta e excludente, numa sociedade

igualitária.

De acordo com a LDBEN (1996), o Art. 59. Os sistemas de ensino

assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – Currículos, métodos,

técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas

necessidades.

50

Resolução CNE/CEB Nº 02/2001

Art. 8° As escolas da rede regular de ensino devem prever na organização de

suas classes comuns:

III – flexibilizações curriculares, que considerem o significado prático e

instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos

diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos

que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o

projeto pedagógica da escola respeitada a frequência obrigatória.

11. O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA; DINÂMICA DO CURRÍCULO; REFLEXÃO SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO E CONFIGURAÇÃO DA MATRIZ TEÓRICA.

O projeto educativo e/ou proposta pedagógica consiste, portanto, no plano

global da instituição. Isso significa dizer, que ele compreende um instrumento de

reflexão sobre os objetivos educacionais e as estratégias de ação, um plano

elaborado de forma refletida, consciente, sistematizada e, principalmente, coletiva.

A participação de todos os envolvidos (professores, gestores, equipe

pedagógica, alunos e pais) é o princípio básico que recupera, no plano das

organizações, concepções e execução resgatando o sentido humano e valorativo do

planejamento.

Planejar significa antecipar mentalmente uma ação a ser realizada. Trata-se,

pois, de uma ação consciente pela qual o indivíduo concebe uma coisa futura e

motivada pelo desejo e a vontade se esforça pela realização. Planejar implica

definições claras sobre o que fazer, para quê, como e para quem e, é fundamental

recuperar a imprescindibilidade das atividades para a qualidade do trabalho

pedagógico, pois o ato de planejar torna-se o momento de decisão sobre a

construção de um futuro.

O Projeto Educativo compreende um instrumento de transformação da escola

na medida em que expressa o compromisso do grupo com uma caminhada definida

em conjunto. Nesse sentido, destaca como finalidade do Projeto Educativo:

- Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum.

51

- Ser um canal de participação efetiva.

- Dar um referencial de conjunto para a caminhada.

- Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola.

- Ser um instrumento de transformação da realidade.

- Colaborar na formação dos participantes.

Adotando uma perspectiva processual ou prática do currículo, pode-se dizer

que, se o currículo se concretiza em realizações práticas, então o planejamento

curricular tem a vem com a operação de dar forma à prática do ensino. Nesse

sentido, o plano estabelece uma ligação entre a intenção e a ação. Cabe aos

professores a tarefa de planejar o currículo. De certa forma, todos se dedicarem a

essa atividade, os professores estão pensando a prática antes de realizá-la.

Três aspectos estão implicados no planejamento curricular:

a)- a substantividade e ordenação dos conteúdos do currículo;

b)- a configuração das atividades mais adequadas para atingir as finalidades

estabelecidas;

c)- as condições de espaço, tempo, dotação de recursos e estrutura

organizativa.

O planejamento, enquanto função dos professores deve servir para pensar a

prática antes de realizá-la, identificar os problemas-chave e dotá-la de uma

determinada racionalidade, de um fundamento e de direção coerente com a

intencionalidade que deve dirigi-la, isto é, a programação. Quem oferece um modelo

de planejar a prática curricular está propondo uma forma de pensá-la, ressaltando os

aspectos que considera essenciais na mesma.

A função do planejamento curricular é justamente dar forma ou ordenação

pedagógica aos conteúdos, o planejamento é uma atividade que o professor elabora

os conteúdos e suas metodologias, adequando os conteúdos às condições de

aprendizagens dos alunos.

É importante que o coletivo dos professores da unidade escolar, em conjunto

discutam sobre as seguintes questões:

- Quais conhecimentos/atitudes e valores que vamos trabalhar

prioritariamente considerando a realidade da escola?

52

- Que conhecimentos/atitudes e valores esperamos que as crianças

desenvolvam ao longo do ano letivo?

- Quais as metodologias, recursos e atividades mais adequadas para o

desenvolvimento do currículo?

- Como será feita a avaliação e quais os instrumentos e critérios adotados

na avaliação?

Portanto, podemos entender por planejamento curricular o mesmo sentido

atribuído ao plano de ensino na literatura em Didática.

MARCO OPERACIONAL

1. REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.

Para que ocorra a organização do trabalho pedagógico escolar é necessário

envolver a comunidade, haver autonomia e a formação inicial e continuada do gestor

para que se possa realmente atingir a gestão democrática. A construção de um

projeto educativo coletivo constitui a identidade da escola.

Nesta perspectiva, sendo a gestão vista como uma nova forma de

administrar, em que a comunicação e o diálogo estão envolvidos, cabe ao gestor

assumir a liderança deste processo, tendo principalmente a função pedagógica e

social, competência técnica e política. Ao assumir esse papel o gestor deve buscar

articulação de toda a comunidade escolar em torno do Projeto Político Pedagógico,

o que implica uma liderança democrática capaz de interagir com todos os

segmentos da comunidade escolar.

A liderança de uma gestão escolar democrática, nesse sentido, requer do

gestor uma significativa habilidade e também sensibilidade para que possa obter o

máximo de contribuição e participação dos membros da comunidade.

Esta configuração exige que se compreenda que, a partir do momento em

que se busca uma nova organização do trabalho na Escola, também as relações de

trabalho em seu interior deverão ser repensadas e reestruturadas. Esta mudança

nas relações de trabalho deve ter como base a possibilidade da real participação

53

dos diferentes segmentos, a possibilidade de exercer com maior ênfase a cidadania,

ter maior liberdade de expressão e mais espaço para demonstrar conhecimento e

trocas, tornando a comunidade escolar cada vez mais responsáveis, criativos e

autônomos no envolvimento com o processo de melhoria da educação.

Atualmente, educar na e pela democracia pressupõe um cuidado especial nos

discursos e nas práticas cotidianas da Escola, permitindo que crianças e jovens se

formem como cidadãos para uma sociedade educadora e democrática.

Ao se partir destas considerações, deve-se entender o Projeto Político

Pedagógico da Escola como um instrumento representativo dos interesses da

comunidade escolar e que, para sua efetividade, não pode prescindir da participação

dos componentes que constituem – alunos, pais, professores, equipe pedagógica,

funcionários e direção da escola.

A participação da comunidade escolar se dá principalmente, da

conscientização dos diversos segmentos acerca da importância da participação de

cada um no processo pedagógico. Neste sentido, ressalta-se principalmente a

necessidade de real envolvimento da equipe interna da Escola na consecução dos

objetivos idealizados, cuja atuação é, sem dúvida, determinante para que o processo

pedagógico se desenvolva de forma participativa e democrática.

Alguns pontos fundamentais constituem referenciais no tema abordado,

sendo a sua superação um fator primordial para a efetivação da gestão democrática

e melhoria na organização do trabalho pedagógico:

a) Mesmo ao se considerar que a autonomia da gestão da escola tenha de

fato avançado, comparando-se com épocas anteriores, ainda assim há a

necessidade de uma maior consolidação de seus princípios e um melhor

entendimento por parte da comunidade escola.

b) A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico, considerada e

reconhecida por grande parte da comunidade escolar como aspecto fundamental

para melhoria da gestão e da organização do trabalho pedagógico, ainda necessita

ser realmente internalizada na prática diária das Escolas.

c) A formação pedagógica do gestor apresenta-se como condição

primordial para efetivação da gestão escolar democrática comprometida com a

qualidade da educação e com transformações sociais; então, a garantia da formação

pedagógica do gestor se torna um passo significativo para que a Escola consiga

implementar o processo de gestão democrática.

54

A organização do trabalho pedagógico na escola pública no contexto da

gestão democrática deve reforçar a importância de formação específica do gestor,

no sentido de prepará-lo para sua função.

Reforça-se que é por meio da participação efetiva da comunidade escolar, da

organização do trabalho pedagógico com ênfase no Projeto Político Pedagógico e

nos princípios da gestão democrática, que a escola poderá contribuir para a

superação das contradições da sociedade em que se vive e auxiliar no processo

contínuo de construção de uma sociedade mais humana e democrática.

2. ESTRUTURA DO CURSO

- ENSINO DE FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS

A preocupação com a ampliação do tempo de ensino obrigatório, no Brasil, não

é recente, o que pode ser observado na legislação educacional ao longo da história

da educação brasileira, como uma demanda da sociedade em virtude de

transformações sociais, econômicas e políticas.

A LDB n° 4024/61 estabeleceu quatro anos de escolaridade obrigatória que,

posteriormente, foi ampliada para seis anos, por meio do acordo de Punta Dem Este

e Santiago, de 1970. Em 1971, a LDB n° 5692 tornou obrigatório oito anos de

escolarização. A LDB nº. 9394/96, embora mantivesse a obrigatoriedade de oito

anos de escolarização, acenou para a possibilidade da ampliação para nove anos. O

Plano Nacional de Educação, de 2001, em sua meta 2, propõe a implantação

progressiva do Ensino Fundamental com nove anos de duração, através da inclusão

das crianças de seis anos de idade.

Em 2005 foi promulgada a primeira lei específica do Ensino Fundamental de

nove anos, a lei n° 11.114/05, que altera o artigo 6° da LDB, tornando obrigatória a

matrícula da criança aos seis de idade no Ensino Fundamental. Enquanto esta lei

modifica a idade de ingresso neste nível de ensino, a lei n° 11.274/06 trata da

duração do Ensino Fundamental, ampliando-se para nove anos, com matrícula

obrigatória aos seis.

Diante da responsabilidade de elaborar normas para a implantação do Ensino

Fundamental de nove anos no Estado do Paraná, o Conselho Estadual de Educação

55

expediu a deliberação n° 03/06, promulgada em 05/07/2006. Na sequência foram

publicadas deliberações complementares (a deliberação n° 05/06, a 02/07 e a

03/07), que normatizam o processo de implantação.

O Ensino Fundamental de nove anos configura-se como a efetivação de um

direito, especialmente às crianças que não tiveram acesso anterior às instituições

educacionais. É fundamental um trabalho de qualidade no interior da escola, que

propicie a aquisição do conhecimento, respeitando a especificidade da infância nos

aspectos físicos, psicológico, intelectual, social e cognitivo. Este trabalho exige

compartilhamento de ações por parte dos órgãos que subsidiam a escola na sua

manutenção de estrutura física, pedagógica e financeira. No ano de 2012 o Colégio

Estadual Anita Aldeti Pacheco – ensino fundamental e médio - receberá sua primeira

turma de 6° ano.

O Projeto Pedagógico deste Estabelecimento de Ensino está embasada nas

finalidades do Ensino Fundamental previstas na Lei de Diretrizes e Bases N.º

9394/96 e os Parâmetros Curriculares Nacionais.

O Colégio Estadual Anita Aldeti Pacheco oferta o Ensino Fundamental, com

duração de quatro (4) anos; funciona no período da manhã, das sete horas e trinta

minutos (07h30min) às onze horas e cinquenta minutos (11h50min); com duração de

cinquenta minutos (50) cada aula, contando aproximadamente com noventa e três

divididos em quatro (04) turmas no período matutino (6º,7º 8º e 9º ano); o período

vespertino conta com cento e doze alunos (112), funcionando das 13 horas às

17:20min, distribuídos com seis (6) turmas no (6º, 7º, 8º e 9º ano);

O currículo do Ensino Fundamental é composto pela Base Nacional Comum

e Parte Diversificada, que são assumidas numa dimensão integrada, por estarem

embasadas nos mesmos fundamentos axiológicas e diretrizes pedagógicas.

A Base Nacional Comum está organizada da seguinte forma:

- Língua Portuguesa; Arte; Educação Física; Matemática; Ciências; Historia;

Geografia; Ensino Religioso.

A Parte Diversificada está organicamente integrada a Base Nacional

Comum, contemplando a disciplina de:

- L. E. M. – Inglês;

A carga horária das disciplinas atende os seguintes parâmetros:

56

- O Ensino Fundamental, com duração de quatro (4) anos, carga horária

mínima anual de oitocentas (800) horas, distribuídas por um mínimo de duzentos

(200) dias de efetivo trabalho escolar com alunos.

- Na composição da Base Nacional Comum é fundamental distribuir a

carga horária entre as disciplinas de forma a garantir aos alunos os conhecimentos

necessários para o seu desenvolvimento cognitivo.

A carga horária para o Ensino Fundamental no período de quatro (4) anos

será de três mil e duzentas (3.200) horas, considerando aulas de cinqüenta (50)

minutos, sendo formada por disciplinas da Base Nacional Comum e Parte

Diversificada.

57

2.1 – MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 32 – IBAITI MUNICÍPIO: 0774 – FIGUEIRA

ESTABELECIMENTO: 00028 – ANITA ALDETI PACHECO – E. FUND. MÉDIOENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ao 9º Ano TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS/ANO 6º 7º 8º 9º

LÍNGUA PORTUGUESAARTEEDUCAÇÃO FÍSICA

423

423

423

422

MATEMÁTICA

CIÊNCIAS

4

3

4

3

4

4

4

3

HISTÓRIAGEOGRAFIAENSINO RELIGIOSO *

331

331

33

44

SUB-TOTAL 22 22 23 23

PD

L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

* Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.

58

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 32 – IBAITI MUNICÍPIO: 0774 – FIGUEIRA

ESTABELECIMENTO: 00028 – ANITA ALDETI PACHECO – E. FUND. MÉDIOENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ao 9º Ano TURNO: TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS/ANO 6º 7º 8º 9º

LÍNGUA PORTUGUESAARTEEDUCAÇÃO FÍSICA

423

423

423

422

MATEMÁTICA

CIÊNCIAS

4

3

4

3

4

4

4

3

HISTÓRIAGEOGRAFIAENSINO RELIGIOSO *

331

331

33

44

SUB-TOTAL 22 22 23 23

PD

L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

* Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.

59

2.2 ESTRUTURA DO CURSO – ENSINO MÉDIO

A Proposta Pedagógica deste Estabelecimento de Ensino esta embasada

nas finalidades do Ensino Médio previstas na Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96,

Deliberação nº 014/97, Resolução nº 003/98, Decreto nº 2208/97, Parecer nº 015/98,

Parâmetros Curriculares e Resolução nº 3492/98, e princípios que norteiam as

diretrizes, quais sejam: Os sujeitos da Educação Básica; Fundamentos Teóricos;

Dimensões do Conhecimento e Avaliação.

O Estabelecimento de Ensino dentro da organização pedagógica e

curricular, na garantia da vinculação com o mundo do trabalho e da prática social,

vêem privilegiar a formação para o exercício da cidadania, assegurando a

preparação básica para o trabalho.

Ao organizar o currículo o Estabelecimento de Ensino teve como linha

norteadora princípios pedagógicos, tais como: identidade, diversidade, experiências

pessoais, autonomia, liberdade de expressão, cidadania, contextualização,

valorização e ética.

O Colégio Estadual Anita Aldeti Pacheco oferta o Ensino Médio, com duração

de quatro (4) anos; funciona no período da manhã, das sete horas e trinta minutos

(07h30min) às onze horas e cinquenta minutos (11h50min); com duração de

cinquenta minutos (50) cada aula, contando aproximadamente com cento e sete

alunos (107) divididos em quatro (04) turmas no período matutino 1º,2º e 3º ano; o

período vespertino conta com vinte (20) alunos, iniciando suas atividades das 13

horas às 17:20min, contando com 01 turma de 1º ano; Já o período noturno inicia-se

às 19 hs às 23:30hs, contando com aproximadamente cento e setenta e um (171)

alunos, distribuídos com seis (6) turmas 1º, 2º e 3º.

O Currículo do Ensino Médio será composto pela Base Nacional Comum e

Parte Diversificada, a serem assumidas numa dimensão integradora, por estarem

embasadas nos mesmos fundamentos axiológicas e diretrizes pedagógicas.

A Base Nacional Comum será organizada em quatro áreas de Ensino, que

poderão ser integradas pelas disciplinas potenciais, abaixo relacionados:

Arte, Biologia e Educação Física; Matemática, Física, Química e Biologia;

História e Geografia; Física; Geografia; História; Filosofia e Sociologia.

60

A Parte Diversificada está organicamente integrada a Base Nacional

comum, contemplando disciplinas, conhecimentos, que enriquecerá, complementará

e diversificará o currículo, sendo assim relacionada:

- LEM - Língua Estrangeira Moderna Inglesa.

As cargas horárias das disciplinas áreas atenderão aos seguintes parâmetros:

- o Ensino Médio, com duração mínima de três anos, carga horária

mínima anual de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de

efetivo trabalho escolar com alunos.

- na composição de Base Nacional Comum é fundamental distribuir a

carga horária entre as áreas de ensino de forma a garantir aos alunos os

conhecimentos para alcance das necessidades cognitivas e formativas.

- a carga horária para o Ensino Médio no período de 3 (três) anos, será de

2400 horas, considerando aulas de 50 minutos, sendo, no mínimo 75% (setenta e

cinco) para Base Nacional Comum, o que corresponde a 1800 horas, mínimo de

25% (vinte e cinto) para a Parte Diversificada.

- a Língua Estrangeira Moderna obrigatória será incluída no cômputo da

carga horária da Parte Diversificada do Currículo.

- a base curricular do Ensino Médio deve ser flexível, a ponto de fazer com

que o educando, seja inserido num processo de pluricultura e que seja um sujeito

ativo, que aprenda a aprender. No nível pedagógico a proposta deve ser flexível,

fundamentada na reestruturação permanente e embasada nas diretrizes e nos

respectivos conteúdos estruturantes e por seus quadros teóricos conceituais.

As metodologias deverão ser concretizadas a partir de um planejamento, com

ênfase para o tratamento diferenciado, a interdisciplinaridade, desenvolvendo assim

metodologias histórico-críticas dos conteúdos, que possibilitem realizar trabalhos

participativos na construção do conhecimento, unindo a prática e a teoria, partindo

sempre da prática social empírica atual e contextualizando-a, para chegar a uma

realidade social mais concreta e coerente, que é o ver, julgar e agir.

A avaliação será conduzida tendo em vista os conhecimentos definidos como

produto desejável, e tendo como pressuposto a capacidade do aluno de desenvolvê-

las.

61

2.3 – MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MEDIO

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 32 – IBAITI MUNICÍPIO: 0774 – FIGUEIRA

ESTABELECIMENTO: 00028 – ANITA ALDETI PACHECO – E. FUND. MÉDIOENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

P

DISCIPLINAS/SÉRIE 1º 2º 3º

LÍNGUA PORTUGUESAARTEEDUCAÇÃO FÍSICA

422

322

3-2

MATEMÁTICAFÍSICAQUÍMICABIOLOGIA

3222

2222

4222

HISTÓRIAGEOGRAFIA

22

22

22

FILOSOFIASOCIOLOGIA

22

22

22

SUB-TOTAL 25 23 23

L.E.M. – INGLÊS - 2 2

SUB-TOTAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

62

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 32 – IBAITI MUNICÍPIO: 0774 – FIGUEIRA

ESTABELECIMENTO: 00028 – ANITA ALDETI PACHECO – E. FUND. MÉDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: TARDEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

P

DISCIPLINAS/SÉRIE 1º 2º 3º

LÍNGUA PORTUGUESAARTEEDUCAÇÃO FÍSICA

422

322

3-2

MATEMÁTICAFÍSICAQUÍMICABIOLOGIA

3222

2222

4222

HISTÓRIAGEOGRAFIA

22

22

22

FILOSOFIASOCIOLOGIA

22

22

22

SUB-TOTAL 25 23 23

L.E.M. – INGLÊS - 2 2

SUB-TOTAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96

63

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 32 – IBAITI MUNICÍPIO: 0774 – FIGUEIRA

ESTABELECIMENTO: 00028 – ANITA ALDETI PACHECO – E. FUND. MÉDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

P

DISCIPLINAS/SÉRIE 1º 2º 3º

LÍNGUA PORTUGUESAARTEEDUCAÇÃO FÍSICA

422

322

3-2

MATEMÁTICAFÍSICAQUÍMICABIOLOGIA

3222

2222

4222

HISTÓRIAGEOGRAFIA

22

22

22

FILOSOFIASOCIOLOGIA

22

22

22

SUB-TOTAL 25 23 23

L.E.M. – INGLÊS - 2 2

SUB-TOTAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96OBS: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS

64

3. TRABALHO COLETIVO; PRÁTICA TRANFORMADORA: O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO PEDAGÓGICO.

A escola deve ser uma construção coletiva e permanente, nas questões

sociais e com os valores democráticos, não só do ponto de vista da seleção e

tratamento dos conteúdos, como também da própria organização escolar. As

normas de funcionamento e os valores, implícitos e explícitos, que regem a atuação

das pessoas na escola são determinantes da qualidade do ensino, interferindo de

maneira significativa sobre a formação dos alunos.

Para ser uma organização eficaz no cumprimento de propósitos o

estabelecido em conjunto com os professores, coordenadores e diretor garantirá a

formação coerente de seus alunos ao longo da escolaridade obrigatória, é

imprescindível que a escola discuta e construa o Projeto Político Pedagógico.

Esse projeto deve ser entendido como um processo que inclui a formulação

de metas e meios, segundo a particularidade da escola, por meio da criação e da

valorização de rotinas de trabalho pedagógico em grupo e da co-responsabilidade

de todos os membros da comunidade escolar, para além do planejamento de início

de ano ou dos períodos de “reciclagem”.

A experiência acumulada por seus profissionais é naturalmente a base para a

reflexão e a elaboração do projeto educativo de uma escola. Além desse repertório,

outras fontes importantes para a definição de um projeto educativo são os currículos

locais, a bibliografia especializada, o contato com outras experiências educacionais,

que formulem questões essenciais sobre o que, como e quando ensinar,

constituindo um referencial significativo e atualizado sobre a função da escola, a

importância dos conteúdos e o tratamento a ser dado a eles.

Ao elaborar o projeto, a escola discutiu e explicitou de forma clara os valores

coletivos assumidos. Delimitou suas prioridades, definiu os resultados desejados e

incorporou a auto-avaliação ao trabalho do professor. Assim, reuniu-se a equipe de

trabalho, provocou o estudo e a reflexão contínua, dando sentido às ações

cotidianas, reduzindo a improvisação e as condutas estereotipadas e rotineiras que,

muitas vezes, são contraditórias com os objetivos educacionais compartilhados.

A realização do projeto possibilitou o conhecimento das ações desenvolvidas

pelos diferentes professores, sendo base de diálogo e reflexão para toda a equipe

escolar. Nesse processo evidencia-se a necessidade da participação da

65

comunidade, em especial dos pais, tomando conhecimento e interferindo nas

propostas da escola em suas estratégias. O resultado que se espera é a

possibilidade de os alunos terem uma experiência escolar coerente e bem-sucedida.

Sob o ponto de vista Político Pedagógico, a escola pretende aprender,

ensinar, construir e interagir, mas para que isso aconteça é necessário unir

aprendizagem e ensino, uma vez que, sem aprendizagem o ensino não se realiza.

Essa união, além da criação de novos instrumentos de análises, planejamento e

condução da ação educativa na escola, situa-se dentro da perspectiva construtivista.

A perspectiva construtivista na educação é configurada por uma série de

princípios explicativos do desenvolvimento e da aprendizagem humana que se

complementa, para integrar, analisar, compreender e explicar os processos

escolares do ensino aprendizagem.

O marco explicativo e construtivista para o processo de educação escolar, se

dá através da construção histórica e social do educando, na qual interfere fator de

ordem cultural e psicológica, pois a atividade construtivista física ou mental permite

interpretar a realidade e construir novas possibilidades de ação e de conhecimento.

A abordagem construtivista acontece através das interações entre os

educandos, professores e outros agentes educativos. Cabe ao professor, promover

a realização da aprendizagem estabelecendo relação entre o que se pretende

conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o aluno já

possui.

O aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las. Os conhecimentos

gerados na história geral e educativa tem papel determinante na expectativa que o

aluno tem da escola, do professor e de si mesmo, nas suas motivações e interesses,

em seu auto conceito e em sua auto-estima.

Portanto é fundamental que a intervenção educativa escolar propicie um

desenvolvimento na aprendizagem.

Além do contexto escolar para a construção do conhecimento os alunos

contam com a mídia, a família, a igreja e os amigos para construção do

conhecimento. Essas influências somam-se ao processo de aprendizagem escolar,

por isso é importante que a escola as considere e as integre ao trabalho, porém se

as mesmas apresentarem obstáculos é necessário que a escola forneça uma

interpretação dessas diferenças, para que as intervenções pedagógicas ultrapassem

esses obstáculos.

66

Para que o ensino aprendizagem aconteça, além dos fatores citados acima é

preciso manter a boa qualidade do vínculo com o conhecimento, para garantir

experiências de sucessos.

O professor oferecerá propostas claras sobre ensinar e avaliar, a fim de

possibilitar o planejamento de atividades para aprendizagem de maneira adequada e

coerente com seus objetivos, pois é assim que o professor elabora a programação

diária da sala de aula e propõe situações de aprendizagem ajustadas às

capacidades cognitivas dos educandos.

Em síntese o ensino deve potencializar a aprendizagem.

Os educadores possuem um papel essencial diante da civilização. A escola é

um laboratório onde se remodelam e se refazem as vivências cotidianas, por isso é

imprescindível que os educadores e todos os que trabalham nas escolas participem

de cursos de atualizações não apenas na sua área de forma especifica, mas que

estudem ética, educação sexual, diversidade, valores, cultura, arte, informática,

política e outros, porque as transformações sociais são muito velozes se os

profissionais da educação não se atualizarem correm o risco de ficarem

desatualizados.

4. TIPO DE GESTÃO.

A gestão da educação e a função social da escola são os temas mais

frequentes do debate contemporâneo sobre educação.

A educação é um processo tipicamente humano que possui uma

especificidade humana de formar cidadãos por meio de conteúdos “não materiais”

que são as idéias, teorias, valores, conteúdos estes que vão influir decisivamente na

vida de cada um.

Gestão da educação significa a “tomada de decisões” sobre o que e como se

ensina, a partir de que finalidades, a quem se destina e com que objetivos, o que

implica em compromisso. Todas estas tomadas de decisões necessitam ser,

portanto, muito bem pensadas e selecionadas como as melhores dentre o existente,

para que a formação que decorre da educação seja a melhor possível e a mais

humana.

67

O entorno próprio de cada sujeito, hoje, em qualquer parte do mundo mesmo

que em condições diferenciadas, configura-se como um contexto mundial que

penetra nossas vidas, através dos meios de comunicação e da ampla tecnologia,

nas suas formas mais evoluídas, causando, ao mesmo tempo, impactos,

perplexidades e motivações fascinantes. Vivemos um período de transformações

sem precedentes na história da humanidade, que tem recebido muitas

denominações – sociedade do conhecimento, era do conhecimento, redes sociais,

sociedade da comunicação, sociedade global, “aldeia global”, sociedade

mundializada – e que expressam as características dos tempos atuais configurando

novos conceitos de tempo e espaço, gerando novas formas de pensar, sentir e agir

em todas as pessoas da chamada “aldeia global”. O elemento comum entre esses

diversos modos de nomear o cenário atual refere-se ao papel protagônico do

conhecimento na organização social e econômica atual, o que tende a redefinir a

centralidade e a importância da educação e da sua gestão, assim como da

instituição escolar no processo de transmissão e assimilação do conhecimento

cientifico.

Sempre que a sociedade defronta-se com mudanças significativas em suas

bases econômicas, sociais e tecnológicas, novas atribuições passam a ser exigidas

da escola, da educação e da sua gestão. Consequentemente, também sua função

social necessita ser revista, seus limites e possibilidades questionados, pois a escola

e as diversas formas de se fazer educação estão inseridas nas chamadas

“sociedade global”, onde as violentas e profundas transformações no mundo do

trabalho e nas relações sociais vêm causando impactos desestabilizadores à

humanidade e, consequentemente, exigindo novos conteúdos de formação, novas

formas de organização da gestão da educação ressignificando o valor da teoria e da

prática da administração da educação.

É sabido que, da formação que a escola propiciar e administrar dependerá a

vida futura de todos os que a ela tiverem acesso e, é sabido, também, que a escola

está inserida na “sociedade do conhecimento” refletindo os impactos e exigindo

novos conteúdos de formação, novas formas de organização e gestão da educação.

A gestão da educação defronta-se com a responsabilidade de avançar na

construção de seus estatutos teórico-prático a fim de garantir que a educação se

faça com a melhor qualidade para todos, possibilitando, dessa forma, que a escola

cumpra sua função social e seu papel político institucional.

68

Necessário se faz construir uma pedagogia de esperança e uma gestão

democrática de tolerância, respeito, solidariedade e harmonia, nos guiando sempre

ao caminho da verdade.

4.1 PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR. DIRETOR

A direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o

alcance dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, definidos no

Projeto Político Pedagógico.

Compete ao Diretor:

- Submeter o Plano Anual de trabalho à aprovação do Conselho Escolar.

- Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, tendo direito a voto,

nos casos de empate nas decisões ocorridas em assembléia;

- Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas

e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;

- Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes

específicas da administração do estabelecimento, em consonância com as normas e

orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

- Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação as proposta de

modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

- Submeter o calendário escolar à aprovação do Conselho Escolar;

- Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor

alternativas de solução para atender aos problemas de natureza pedagógica,

administrativa e situações emergenciais;

- Propor à Secretaria de Estado da Educação após aprovação do Conselho

Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola,

extinguindo ou abrindo cursos, ampliando o reduzindo o número de turnos e turmas

e a composição de classes;

- Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho

Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão

administrativa;

69

- Coordenar implementação das diretrizes pedagógicas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação;

- Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela

Secretaria de Estado da Educação;

- Analisar e aprovar o Regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao

Conselho Escolar para aprovação;

- Manter o fluxo de informações entre o estabelecimento e os órgãos da

administração estadual de ensino;

- Supervisionar a exploração da Cantina Comercial, onde estas tiverem

autorização de funcionamento, respeitada a lei vigente;

- Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho

Escolar e aos órgãos de administração: reuniões, encontros, grupos de estudos e

outros eventos.

DA EQUIPE PEDAGÓGICA

A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação

e implementação, no estabelecimento de ensino, das diretrizes pedagógicas

emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Compete a Equipe Pedagógica:

- subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar,

organização das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;

- elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do estabelecimento de

ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da

Educação;

- assessorar e avaliar a implantação dos programas de ensino e dos projetos

pedagógicos desenvolvidos no estabelecimento de ensino;

- elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu

responsável.

- orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço

pedagógico;

70

- acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no

sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas à sua melhoria;

- subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações

relativas aos serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do

trabalho escolar;

- promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o

aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos trabalhos de ensino;

- analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em caso de

transferências, de acordo com a legislação vigente;

- propor à Direção a implementação de projetos de enriquecimento curricular

a serem desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

- coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados pelo

estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela

Secretaria de Estado da Educação;

- instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do

estabelecimento de ensino, a partir do rendimento escolar, do acompanhamento de

egressos, de consultas e levantamentos junto à comunidade;

- participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões,

encontros, grupos de estudos e outros eventos;

- exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento no que

concerne à especificidade de cada função;

- coordenar e acompanhar de forma efetiva o estágio, exigindo relatório

periódico do estagiário e avaliando suas atividades.

- zelar pelo cumprimento no estágio não obrigatório do termo de compromisso

firmado entre as instituições.

CORPO DOCENTE

Compete ao Corpo Docente:

- elaborar com a Equipe Pedagógica, o Currículo Pleno do estabelecimento de

ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da

Educação;

71

- escolher juntamente com a Equipe Pedagógica, livros e materiais didáticos

comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da Educação;

- desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do

conhecimento pelo aluno;

- proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica

do conhecimento filosófico-científico pelo aluno;

- promover e participar de reuniões de estudos, encontros, cursos, seminários e

outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

- assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor,

raça, sexo, religião e classe social;

- estabelecer processo de auto-aprendizagem resguardando sempre o respeito

humano ao aluno;

- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com seus colegas,

com alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;

- proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola

com vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem.

- participar de todas as atividades propostas pelo Estabelecimento de Ensino.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de

todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que

os mesmos cumpram suas reais funções.

A Equipe Administrativa, mencionada no caput deste artigo, é composta por

Secretária, Bibliotecária, Assistentes, Administrativos e Auxiliares de Serviços

Gerais.

SECRETARIA

A Secretaria é o setor que tem por seu encargo todo o serviço de escrituração

e correspondência do estabelecimento.

Os serviços da secretaria são coordenados e supervisionados pela direção,

ficando a ela subordinados.

72

O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado

para o exercício dessa função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo

com as normas da Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.

Compete ao Secretário:

- cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus respectivos superiores

hierárquicos;

- distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus

auxiliares;

- redigir a correspondência que lhe for confiada;

- organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,

ordens de serviços, circulares, resoluções e demais documentos;

- rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;

- elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades

competentes;

- apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam se

assinados;

- comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na Secretaria

- organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo e o registro de

assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:

a) da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

b) da autenticidade dos documentos escolares;

c) coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência, adaptação e conclusão de curso;

A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o

expediente da Secretaria conte sempre com a presença de um responsável,

independente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do

estabelecimento.

73

SERVIÇOS GERAIS

Os Auxiliares de Serviços Gerais tem sob seu encargo o serviço de

manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de

ensino, sendo coordenado e supervisionado pela direção, ficando a ele subordinado.

Compete aos Serventes:

- estabelecer a limpeza e manter em ordem as instalações escolares,

providenciando o material e produtos necessários;

- efetuar tarefas correlatas à sua função.

Compete à Merendeira:

- preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e

qualitativamente;

- informar ao Diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de

reposição do estoque;

- conservar o local de preparação da merenda em boas condições de

trabalho, procedendo à limpeza e arrumação;

- efetuar tarefas correlatas à sua função.

4.2 RELAÇÃO ENTRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS.

A prática administrativa e pedagógica dos sistemas de ensino e das escolas,

as formas de convivência no ambiente escolar, os mecanismos de formulação e

implementação de políticas, os critérios de alocação de recursos, e a organização do

currículo e das situações de aprendizagem, os procedimentos e avaliações, deverão

ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que inspiram a

Constituição e a LDB, organizada sob três consignas: sensibilidade, igualdade e

identidade.

A estética da sensibilidade vem substituir a repetição e padronização,

hegemônica na área das revoluções industriais. Ela estimula à criatividade, o espírito

inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para facilitar a constituição de

identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto, o

74

imprevisível e o diferente. Além disso, valorizar a leveza, a delicadeza e a sutileza;

que facilitará o reconhecimento e valorização da diversidade cultural brasileira e as

formas de perceber e expressar as realidades próprias dos gêneros, das etnias, e

das muitas regiões e grupos sociais do país. Nos produtos da atividade humana, a

estética da sensibilidade, valoriza a qualidade; nas práticas e processos, a busca de

aprimoramento permanente. Mas não é apenas um princípio inspirador do ensino de

conteúdos ou atividades expressivas, e sim uma atitude diante de todas as formas

de expressão que deve estar presente no desenvolvimento do currículo e na gestão

escolar. Ela não se dissocia das dimensões éticas e políticas da educação porque

quer promover a crítica à vulgarização da pessoa; às formas estereotipadas e

reducionista de expressar a realidade; às manifestações que banalizam os afetos e

brutalizam as relações pessoais. Finalmente, a estética da sensibilidade não exclui

outras estéticas, mas como forma mais avançada de expressão elas as sub-assume,

explica, entende, critica, contextualiza porque não convive com a exclusão, a

intolerância e a intransigência.

A política da igualdade incorpora a igualdade formal, conquista os períodos

de formação dos grandes estados nacionais. Seu ponto de partida é o

reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da

cidadania, como fundamento da preparação do educando para a vida civil. Para a

sociedade a política da igualdade vai se expressar também na busca da equidade

no processo á educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável, e

outros benefícios sociais e ao combate a todas as formas de preconceito e

discriminação por motivo de raça, sexo, religião, cultura, condição econômica,

aparência ou condição física. Além disso, se traduz pela compreensão e respeito ao

Estado de Direito e a seus princípios constitutivos abrigados na Constituição: o

sistema federativo e ao regime republicano e democrático. Nessa perspectiva a

política da igualdade deverá fortalecer uma forma contemporânea de lidar com o

público e o privado. Incorporado dessa forma, respeito ao bem comum com

protagonismo constitui assim uma das finalidades mais importantes da política da

igualdade e se expressa por condutor de participação e solidariedade, respeito e

senso de responsabilidade, pelo outro e pelo público. Um de seus fundamentos é a

estética da sensibilidade, é deste que lança mão quando denuncia os estereótipos

que alimentam as discriminações e quando, reconhecendo a diversidade afirma que

oportunidades iguais são necessárias, mas não suficientes para oportunizar

75

tratamento diferencia visando promover igualdade entre desiguais. Mas acima de

tudo, a política da igualdade deve ser praticada na garantia de igualdade de

oportunidades e de diversidades de tratamentos dos alunos e dos professores para

aprender e aprender a ensinar os conteúdos curriculares.

A ética da identidade substitui a moralidade dos valores abstratos da era

industrialista e busca a finalidade ambiciosa de reconciliar no coração humano

aquilo que o dividiu desde os primórdios da idade moderna. Essa ética se constitui a

partir da estética e da política e não por negação delas, seu ideal é o humanismo de

um tempo de transição. Como princípio educativo a ética só é eficaz quando desiste

de formar pessoas “honestas ou caridosas”, e reconhece que a educação é um

processo de construção de identidade. E ainda, criar as condições para que as

identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo

reconhecimento do direito à igualdade. Vale dizer que ela se expressa por um

permanente reconhecimento da identidade própria e do outro. Âmbito privilegiado do

aprender a ser como a estética é o âmbito do aprender a fazer e a política do

aprender a conhecer e conviver, a ética da identidade tem como fim mais importante

a autonomia. Com isso, se tornam mais aptas a incorporar a responsabilidade e a

solidariedade, visando formar pessoas solidárias e responsáveis por serem

autônomas. A identidade autônoma responsável e solidária se inspira numa ética

fundada na estética e na política, mas precisa solidamente ancorada em

conhecimentos e competências. Estes é que dão sustentação à análise, à

prospecção e à solução de problemas, à capacidade de tomar decisões à

adaptabilidade as novas situações, à arte de dar significado ao mundo em mutação.

As escolas públicas deverão criar e desenvolver, com a participação da

equipe docente e da comunidade, alternativas e institucionais com identidade

própria, baseada na missão de educação do jovem, usando ampla e

destemidamente as várias possibilidades de organização pedagógica.

A proposta pedagógica é a forma pela qual a autonomia se exerce. O

exercício pleno da autonomia se manifesta na formulação de uma proposta

pedagógica própria, direito de toda instituição escolar. Essa vinculação deve ser

permanente reforçado buscando evitar que as instâncias centrais do sistema

educacional burocratizem. A proposta pedagógica deve refletir o melhor

equacionamento possível entre recursos humanos, financeiros, técnicos, didáticos e

físicos, para garantir tempos, espaços, situações de interação, formas de

76

organização da aprendizagem e de inserção da escola no seu ambiente social, que

promovam a aquisição dos conhecimentos, competências e valores previstos na lei.

A proposta pedagógica antes de tudo deve ser simples, pois é uma

oportunidade para que algumas coisas aconteçam, entre elas: tomada de

consciência dos principais problemas da escola, das possibilidades de solução e

definição das responsabilidades coletivas e pessoais para eliminar ou atenuar as

falhas detectadas. Além disso, deve ser acompanhada por procedimentos de

avaliação de processos e produtos, divulgação dos resultados e mecanismos de

prestação de contas.

O trabalho e a cidadania são previstos como os principais contextos nos

quais a capacidade de continuar aprendendo deve se aplicar, afim de que o

educando possa adaptar-se às condições de mudança na sociedade,

especificamente no mundo das ocupações.

A interdisciplinaridade deve ir além de mera justaposição de disciplinas e ao

mesmo tempo evitar a diluição das mesmas em generalidade. De fato

principalmente na possibilidade de relacionar as disciplinas em áreas de projetos de

estudo, pesquisa e ação que a interdisciplinaridade poderá ser uma prática

pedagógica e didática adequada aos objetivos da escola pública. É importante

enfatizar que a interdisciplinaridade, senão chega buscar um “sistema total”, supõe

que um eixo integrador que pode ser objetivo de conhecimento, um projeto de

investigação, e um plano de intervenção. Nesse sentido ela deve partir da

necessidade sentida pelas escolas, professores e alunos de explicar, compreender,

intervir, mudar, prever, algo que desafia uma disciplina isolada e atrair a atenção de

mais de um olhar, talvez vários.

A contextualização significa em primeiro lugar assumir que todo

conhecimento envolve uma relação entre sujeito e objeto. Na escola fundamental ou

média o conhecimento é quase sempre reproduzido das situações originais nas

quais acontecem suas produções. Por esta razão quase sempre o conhecimento

escolar se vale de uma transposição didática para qual, como já destacado, a

linguagem tem função decisiva. Na verdade a contextualização pode ser entendida

como um tipo particular de interdisciplinaridade na medida em que aponta para o

tratamento de certos conteúdos disciplinares como contexto de outros.

O exercício da cidadania é um contexto relevante, pois tanto as práticas

sociais e políticas e as práticas culturais e de comunicação são parte integrante do

77

exercício cidadão, como também, a vida pessoal, o cotidiano, a convivência e as

questões ligadas ao meio ambiente, corpo e saúde.

Será na proposta pedagógica da escola e na qualidade do protagonismo

docente que esses princípios ganharão significado prático. Por homologia pode-se

dizer que é necessária, mas não suficiente entender o que é a interdisciplinaridade e

contextualização. Adquirir esses conceitos, utilizando este parecer ou qualquer outra

leitura disponível é uma aprendizagem abstrata. Ela só ganhará sentido pleno se for

aplicada para reorganizar a aprendizagem que espontaneamente todos os que

labutam na escola construíram sobre o que e como deve ser ensinado aos alunos. A

expressão dessa reorganização será a proposta pedagógica.

Através dessa organização, a escola se tornará um agente de

transformação social, capaz de oferecer ao homem um mundo em constante

evolução. E com isso, proporcionar a sua clientela as mais importantes e variadas

informações, sem nenhuma dificuldade, tornando-a agente de sua própria formação.

E isto poderá ser feito com a utilização dos códigos de linguagem com os

conhecimentos tecnológicos e científicos, tendo como base de apoio a formação

cultural da sociedade, que tem sido construída ao longo da história da humanidade.

5. RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÔE PARA REALIZAR OS PROJETOS.

5.1 – A entidade mantenedora da Escola é o Governo do Estado do Paraná,

sendo que as verbas são repassadas através dos programas:

a)- FUNDEPAR – FUNDO ROTATIVO.

FUNDEPAR – GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DESTINAÇÃO: material de consumo

PRESTAÇÃO DE CONTAS: semestral

b)- PDDE – PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA

FONTE: MEC/FNDE

DESTINAÇÃO: material de consumo e material permanente

PRESTAÇÃO DE CONTAS: feita após o recebimento e emprego da verba.

78

c)- ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONARIOS

PROMOÇÕES VARIADAS, COM FESTAS E RIFAS.

DESTINAÇÃO: material de consumo e permanente.

PRESTAÇÃO DE CONTAS: após as promoções

6. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS.

O Calendário Escolar é elaborado anualmente, e atende os dispostos na

legislação vigente, bem como, às normas baixadas em instrução específica da

Secretaria de Estado da Educação.

Ao estabelecimento cabe elaborar e propor, para apreciação e homologação

do Núcleo Regional de Educação.

O Calendário Escolar, de acordo com as disposições dos órgãos normativos

fixará:

- início e término do ano letivo;

- período para atividades pedagógicas;

- dias destinados as reuniões do Conselho de Classe e outros colegiados;

- dias de comemorações estabelecidas por lei ou próprios do

Estabelecimento;

- período de férias para professores e alunos;

- Deve ter um total de 200 dias letivos.

As alterações do Calendário, determinadas por motivos relevantes, deverão

ser comunicadas à autoridade competente em tempo hábil, para providências

cabíveis.

Quanto a horário é de responsabilidade da Equipe Pedagógica que organiza

na distribuição das aulas durante a semana.

79

7. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADE.

Para distribuição de aula é considerado a carga horária disponível no

estabelecimento de ensino, de acordo com o número de turmas e modalidade de

ensino prevista de acordo com a matriz curricular.

É responsabilidade do NRE acompanhar a distribuição de aulas no

Estabelecimento de ensino.

Primeiro é feito a distribuição de aulas aos professores efetivos, e havendo

aulas remanescentes serão atribuídas aos professores contratados pelo Regime

PSS.

Todos os procedimentos da distribuição de aulas são registrados em Ata.

8. DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE; DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.

Somos humanos, especificamente, porque somos capazes de avaliar a nossa

própria existência de optar, de decidir pelos rumos que ela deve seguir, por esta

razão, ela se integra à comunicação, à produção das relações sociais,

caracterizando-se como uma das atividades mais complexas e indispensáveis para

constituição de nossa humanidade.

A avaliação é uma tela crítica de análise da realidade e, quando

comprometida com a emancipação social, pode contribuir com a compreensão desta

complexa trama política educativa em que as políticas são produzidas e como elas

se materializam no cotidiano escolar, sendo valiosas fontes de informação crítica, de

problematização da realidade, de ressignificação, incorporando-se eticamente aos

processos de tomada de decisão, exercendo a sua função de estratégia democrática

de gestão educacional.

Pode-se afirmar que o compromisso da avaliação é com a qualidade do ponto

de vista ético, com a qualidade social que a instituição decidiu investir.

A qualidade deve ser compreendida nos dinamismos das ações educativas

que buscam a realização de um conjunto de propostas e compromissos que no

80

interior desta instituição educacional se articulam e se organizam em formas e

conteúdos coerentes.

A qualidade educacional, em especial a da escola, deve ser avaliada em

relação ao seu compromisso com a formação plena – constituidora de humanidade –

de seus educandos, isto expresso em ações efetivas como práxis social pedagógica.

A questão de olhar a escola numa concepção para além do fracasso/sucesso

escolar, ou seja, procurando compreender a sua função como

“formadora/constituidora de humanidade” exige muito mais do que um olhar técnico

e, sim um posicionamento político-ético.

A avaliação deve ser dinâmica, articuladora e integrativa. O seu caráter

permanente é de projeto numa orientação pró-ativa, concretizando a dimensão de

conjunto.

Por essa razão torna-se imprescindível na escola a formação de um coletivo

de professores e funcionários capazes de refletir sobre a prática pedagógica-

avaliativa, ressignificando seu pensar, sentir e fazer, questionando as relações de

poder imbricadas no cotidiano institucional e materializadas na avaliação para

romperem com os mecanismos seletivos que reforçam a regulação e construírem o

conhecimento.

A auto-avaliação é o caminho escolhido pela escola para interpretar a sua

história e fortalecer o coletivo pedagógico. A auto-avaliação vai passo a passo

ganhando força e se constituindo em movimento de ética-crítica, movendo a escola

a se rever, a abrir novos caminhos, a reconstruir sua proposta pedagógica

democrática.

A educação, que será produzida pela escola deve ter diálogo, reflexão, ação,

transformação e cultura; conceitos fundamentais, para que a avaliação aconteça. A

crítica construtiva deve ser feita coletivamente, e simultaneamente deverão surgir

propostas que possam ser assumidas com autonomia por todos os educadores e

educandos da escola.

9. INCLUSÃO DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO.

Atendendo a Lei nº 11.788/08, o colégio passa a ofertar o estágio não

obrigatório para os alunos matriculados e aqueles que vieram transferidos,

81

contribuindo no processo educacional, possibilitando ao aluno a complementação de

sua formação profissional, desenvolvendo habilidades e aplicando conceitos teóricos

em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho.

10. INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS.

Um dos maiores desafios que a educação brasileira enfrenta atualmente é a

inclusão de adolescentes e adultos na escola. É um desafio porque a educação

brasileira precisa encontrar e propor alternativas capazes de conciliar crescimento

tecnológico e trabalho assalariado.

Nesse emaranhado de desafios, em se tratando de evasão e reprovação

escolar, temos que reconhecer que nossa educação é ainda deficiente tanto na

formulação de políticas públicas eficazes para manter nossos alunos na escola

como também, no acolhimento de suas experiências significativas, enquanto parte

integrante do currículo escolar.

Também precisamos reconhecer que justamente pela heterogeneidade de

nosso alunado, a articulação de políticas públicas não é tarefa fácil. De nada vale

tratar nossas turmas como se fossem homogêneas, como se tivessem os mesmos

interesses e necessidades e fossem desprovidas de singularidades. Nesse sentido,

acreditamos que somente com a inclusão das experiências e trajetórias dos alunos

no currículo, aliadas à promoção da cidadania e o acolhimento das inúmeras

reivindicações que perpassam o ambiente escolar, chegaremos a algum lugar.

O grande desafio é a formação de um sujeito polivalente, capaz de trabalhar

em equipe e ao mesmo tempo encontrar diversas saídas para um mesmo problema;

um sujeito criativo e inventor. Isto requer metodologias/estratégias diferenciadas em

nosso fazer docente a fim de criarmos condições favoráveis à progressão dos

nossos alunos na escola e fora dos muros dela.

Precisamos entender as novas exigências do mercado e a importância de um

sujeito que tenha, sobretudo, formação humanística, que saiba se relacionar,

entender o outro, trocar idéias... Este mundo, que não pára, está nos forçando a

repensarmos muitos de nossos valores e, com certeza, nossa própria trajetória

educativa, cartesiana, fragmentada e disciplinar. Temos o compromisso de não

somente pensar, mas apostar nos talentos e investir na diversidade de nosso

82

alunado. Educar para a inclusão requer também políticas públicas de educação e

emprego, voltadas para a realidade dos alunos. Pensamos ser este o contexto que

vai fazer o diferencial na formulação e implementação de políticas públicas para a

educação brasileira e nos levará ao encontro de proposta e alternativas para a

inclusão de nossos adolescentes e adultos, tanto na escola como no mundo do

trabalho.

11. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO

As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno, são atividades

educativas, integradas ao currículo escolar, com a ampliação de tempos, espaços e

oportunidades de aprendizagem que visam ampliar a formação do aluno.

As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno tem por

objetivos: promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de

tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território

em que está situada, em contraturno, a fim de atender às necessidades

socioeducativos dos alunos; ofertar atividades complementares ao currículo escolar

em contraturno vinculados ao P.P.P da Escola, respondendo às demandas

educacionais e aos anseios da comunidade; e possibilitar maior integração entre

alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos

bens culturais.

As atividades Complementares Curriculares em Contraturno estão

organizadas em macrocampos: Aprofundamento da aprendizagem, Experimentação

e iniciação científica, Cultura e arte, Esporte e lazer, Tecnologias da informação, da

Comunicação e uso de Mídias, Meio ambiente, Direitos Humanos, Promoção da

Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.

As atividades pedagógicas devem enfatizar o encaminhamento metodológico,

de forma diferenciada, inovadora e significativa para os alunos. Cada atividade

possui o número mínimo de 25 participantes e ocorre em horário contraturno. As

atividades também abrangem todas as disciplinas.

As Atividades Complementares está inserida também a proposta da Hora

Treinamento, dentro do Macrocampo Esporte e Lazer.

83

A Hora Treinamento visa atender as escolas com 05 horas, sendo 04 horas

destinadas à vivência da modalidade esportiva, cultural e artística escolhida e 01

hora de horas atividade destinada ao professor.

A Escola desenvolve dois projetos de Atividades Complementares

Curriculares em Contraturno, um é de Educação Ambiental, que é realizado no

período da tarde e um de Arte - Pintura em Tela, no período da manhã. A Escola

também possui um Projeto Hora Treinamento de Futsal, que é desenvolvido no

período da tarde.

12. SALA DE APOIO

As salas de apoio à aprendizagem fazem parte do Programa de Atividade

Curriculares Complementares e devem funcionar em contraturno escolar.

A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa

e Matemática – é de 04 (quatro) horas-aulas semanais para os alunos e 01(uma)

hora-aula atividade para o professor, e são ofertadas, prioritariamente, em aulas

geminadas, em dias não subsequente.

O funcionamento das salas de apoio à aprendizagem está condicionado à

frequência de alunos, Plano de Trabalho Docente integrado ao Projeto Político

Pedagógico da escola, onde visa auxiliar os alunos do 6º ano para melhorar o

rendimento escolar.

13. SALA DE RECURSO

A Sala de Recursos é um espaço de investigação e compreensão dos

processos cognitivos, sociais e emocionais, visando à superação das dificuldades de

aprendizagem e o desenvolvimento de diferentes possibilidades dos sujeitos.

Definamos a sala de recurso como: um serviço especializado de natureza

pedagógica que apóia e complementa o atendimento educacional realizado em

classes comuns do ensino fundamenta de 6º ao 9º ano.

O funcionamento acontece no período vespertino, conforme calendário

elaborado, bem como, de acordo com o planejamento do professor que é realizado

84

após as avaliações que constam com a participação dos pedagogos, professores da

sala de ensino regular, professor especialista, psicólogo e pais ou responsáveis,

com auxilio de todos os envolvidos.

O registro dos avanços e dificuldades é feitos em relatórios semestrais e a

frequência é controlada pelo livro de registro de classe do estabelecimento de

ensino. As intervenções estão contempladas no relatório, sendo escritas de forma

clara tanto as pedagógicas quanto as psicológicas. A equipe pedagógica do

Estabelecimento de Ensino trabalha em conjunto com o professor auxiliando-o em

todas as etapas de funcionamento da sala de recurso.

14. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR DE EDUCAÇÃO DA RELAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS

A herança das culturas africanas e indígenas esta presente em nosso dia a

dia, porém há necessidade de ressaltar e valorizar o papel importante que tiveram

em nossa história, pois na sociedade brasileira há muito preconceito e

desconhecimento da importância dessas etnias para a nossa cultura.

Considera-se necessário desvelar a presença e importância dessas culturas,

contribuindo para o rompimento de barreiras sociais, por meio de estudos e de um

trabalho educativo crítico.

Faz-se necessário o trabalho realizado pelas Equipes Multidisciplinares dos

Estabelecimentos de Ensino da Rede |Estadual de Educação do Paraná, que

proporciona ao coletivo escolar os princípios básicos dessas culturas.

15. O CURRÍCULO EM CONSTRUÇÃO

As diretrizes Curriculares norteiam a construção do Projeto político

Pedagógico, elas consideram a questão da identidade e da diversidade. Sua

proposta é que a educação seja voltada para a formação necessária para o

enfrentamento com vista à transformação da realidade social, econômica e política

de seu tempo. O currículo é um todo orgânico e vivo, pois está em permanente

85

ajuste e mutação, se organiza em área de conhecimento, correspondendo

exatamente às necessidades e prioridades que se propõem.

16. PRÁTICAS AVALIATIVAS.

A avaliação é uma competência profissional que inclui práticas diversas.

Ao realizar a avaliação faz-se necessário avaliar o desempenho de todos os

envolvidos na Instituição de Ensino: o aluno, o professor, funcionários coordenação

e direção.

A avaliação será: diagnóstica, participativa, somativa e formativa. Ela deverá

envolver toda a comunidade escolar, ter bom senso, diálogo de liberdade com

autoridade, generosidade, querer bem e alegria. A avaliação deve produzir

existência humana e não negá-la. Isto só se faz com tolerância responsabilidade,

para corrigir equívocos e compartilhar outras caminhadas e acreditar que a mudança

é possível no espaço escolar, e faz parte de um projeto de produção de existência

humana, de uma sociedade digna, fraterna e justa.

A avaliação ocorrerá de forma constante devendo contemplar um saber

emancipatório, fortalecendo o poder individual e coletivo; um saber comunicativo,

desenvolvendo a linguagem e o entendimento crítico entre as pessoas; um saber

instrumental possibilitando a explicação causal do trabalho ou do serviço prestado.

Com relação ao Projeto Político Pedagógico, sua avaliação será concebida

como um processo sistemático de busca de subsídios para a melhoria e o

aperfeiçoamento do mesmo, objetivando identificar suas insuficiências e suas

vantagens no processo educativo. Na sua avaliação, participando o coletivo da

escola, buscará identificar se os objetivos foram alcançados, se o processo de

ensino-aprendizagem foi satisfatório.

86

17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARMO, P. S. A ideologia do trabalho. 6. ed. São Paulo: Moderna, 1992.

FERREIRA, Naura S. C. Supervisão educacional para uma escola de qualidade. São Paulo: Cortez, 1999.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e

Terra, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 14 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1996.

LUCKESI, C.C. Prática docente e avaliação. Rio de Janeiro: ABT, 1990.

MORIN, Edgar. Saberes necessários a educação do futuro. São Paulo:

Cortez/Unesco, 2000.

PERRENOUD, P. Construir competências desde a escola. Porto Alegre: ATMED,

1999.

PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens: entre

duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

PERRENOUD, P. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre:

Artes Médicas Sul, 1999.

PETITAT, A. Produção da escola/produção da sociedade. Porto Alegre: Artes

Médicas, 1994.

SAVIANI, D. A nova lei da educação – LDB: trajetória, limites e perspectivas.

Campinas/SP: Autores Associados, 1997.

87

SAVIANI, D. Da nova LDB ao novo plano nacional de educação: por uma outra

política educacional. Campinas, SP: Autores Associados,1999.

88