coletanea de leis da saude

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Leis de saúde mental, coletânea de leis saúde, concurso rubelita/mg

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    CONTEDO:

    Levantamento provisrio de leis estaduais gerais e normativas sobre SADE.

    RESPONSABILIDADE TCNICA:

    GDI - Referncia Legislativa

    SUPERVISO:

    Maria Beatriz Gontijo dos Santos

    ELABORAO:

    Sheyla Abreu de Brito Mello

    Telefone para contato: 290-7668

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  • suM.Kl()

    Lei 305, de 15 de dezembro de 1948 Institui cursos de educadoras sanitrias, abre crdito especial e contm outras providncias 5

    Lei 1.085, de 30 de abril de 1954 Dispe sobre o regime de subvenes e auxlios Estado a obras de assistncia pblica mantidos por instituies particulares, sem fina- lidade lucrativa, e contem outras providncias 7

    Lci 2.938, dc 6 dc novembro dc 1963 Autoriza a publicao da "Revista de Sade Pblica", rgo da. Secretaria de Estado da Sade 10

    Lei 4.098, de 23 de maro de 1966 Estabelece noturnas gerais de proteo, promoo e recuperao da sade complementares ao Cdigo Nacional de Sade 13

    Lei 7.622, de 17 de dezembro de 1979 Probe o uso de fume em coletivos interniunicipais 28

    Lei 9.546, de 30 de dezembro de 1987 Dispe sobre a obrigatoriedade de realizao de exames laborato riais para o diagnstico da sndrome de imunodeficincia adqui rida, da doena de Chagas, da sfilis e da hepatite B, por todos o estabe-lecimentos hemoterpicos do Estado, e d outras providncias 29

    Lei 9.731 de 9 de dezembro de 1988 Probe fumar em recintos que menciona e d outras providncias 31

    Lei 9.990, de 20 de novembro de 1989 Cria o Programa Estadual de Atendimento ao Alcolatra e d outras providncias 32

    Lei 10.196, de 27 dc junho dc 1990 D nova redao ao art. 1 da Lei n 7.622, de 17 de dezembro de 1979, que dispe sobre a proibio de fumar nos coletivas intermu-nicipais e d outras providncias 34

    Lei 10.478, de 8 de julho de 1991 Probe fumar nos coletivos interestaduais ao longo do seu trajeto em territrio do Estado 35

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    Lei 10.619, de 14 de janeiro de 1992

    (1' Obriga os rgios do Sistema nico de Sade do Estado de Minas Cie- ~ rais - SUS-MG - a fornecer cpias dos resultados de exames comple-

    r mentares aos pacientes e d. outras providncias 36 ir Lei 10.860, de 5 de agosto de 1992

    Institui a obrigatoriedade de notificao, em carter de urgncia, dos casos de morte enceflica 37

    o Lei 10.868, de 25 de agosto de 1992 ~L Dispe sobre a aplicao gratuita dos testes de acuidade visual e audi-

    tiva nos alunos da pr-escola e do 1 grau das redes pblica e parti- cular de ensino 38

    Lei 11.037, de 14 de janeiro de 1993 Estabelece a obrigatoriedade de publicao de estatsticas hospitalares 39

    Lei 11.053, de 30 de maro de 1993 Estabelece a obrigatoriedade do desenvolvimento dc programas de con- trole de infeco hospitalar 41

    ~+ Lei 11.260, de 28 de outubro de 1993 Toma obrigatrio o oferecimento, pelo Estado, da vacinao trplice vi- ral - MMR - nos casos que menciona e d outras providncias 43

    Lei 11.335, de 20 de dezembro de 1993 Dispe sobre a assistncia integral, pelo Estado, sade reprodutiva da mulher e do homem. 45

    Lei 11.553, de 3 de agosto de 1994 t ' Dispe sobre a. ao do Estado com vistas ao favorecimento da reali-

    zao de transplantes 47 Lei 11.618, de 4 de outubro de 1994

    Estabelece as diretrizes para a cooperao do Estado com os consr- cios administrativos intermunicipais de sade e d outras providncias 49

    Lei 11.619, de 4 de outubro de 1994 Obriga o Estado a oferecer, gratuitamente, o exame do caritipo e a triagem metablica para diagnstico da fenilcetonuia e do

    pezinho" pipo-

    I

    hipo- tireoidismo congnito - "exame do peho" 53

    t _ Lei 11.802, de 18 dc janeiro dc 1995 Dispe sobre a promoo da sade e da reintegrao social do porta-dor de sofrimento mental; determina a implantao de aes e ser-vios de sade mental substitutivos aos hospitais psiquitricos e a extino progressiva destes; regulamenta as internaes, especial-mente a. involuntria, e d outras providncias 55

  • Lei 11.804, de 18 de janeiro de 1995 Torna obrigatrio o uso do copo desca rtvel em estabelecimentos co-merciais que vendem bebidas 62

    Lei 11.829, de 14 de junho de 1995 Dispe sobre o ressarcimento ao poder pblico de despesas decorren-tes de atendimento prestado, no mbito do Sistema nico de Sade - SUS -, a beneficirio de plano de sade, seguro-sade ou outra mo-dalidade de medicina de grupo 64

    Lei 11.868, de 28 de julho de 1995 Dispe sobre a preveno e o tratamento do cncer de mama e do cn- cer ginecolgico 66

    Lei 11.983, de 14 de novembro de 1995 Institui o Fundo Estadual de Sade - FES - e d outras providncias 68

    Lei 12.075, de 11 de janeiro de 1996 Acrescenta dispositivos Lei n. 11.553, de 3 de agosto de 1994, que dispe sobre a ao do Estado com vistas ao favorecimento da reali zao de transplantes 72

    Lei 12.080, dc 12 dc janeiro de 1996 Obriga o Estado a adotar medidas de preveno da crie, da doena periodontal e do cancer bucal e d outras providncias 73

    Lei 12.296, de 13 de setembro de 1996 Institui a Campanha Estadual de Preveno da Sndrome de Imunodeficincia Adquirida - AIDS - e das Demais Doenas Sexual-mente Transmissveis 75

    Lei 12.306, de 23 de setembro de 1996 Acrescenta dispositivos Lei n 11.553, de 3 de agosto de 1994, que dispe sobre a ao do Estado com vistas ao favorecimento da realizao de transplantes 78

    Lei 12.370, de 4 de dezembro de 1996 Estabelece normas para a comercializao de solvente e de produto que contenha essa substncia 79

    Lei 12.504, de 30 de maio de 1997 Assegura o oferecimento gratuito, pelo Estado, do exame para diagnstico da deficincia de alfa-l-anGlripsina e d outras providncias 81

    Lei 12.587, de 22 de julho de 1997 Disciplina a administrao de medicamento a aluno nas escolas pblicas estaduais e d outras providncias 82

  • ~

    Lei 305, de 15 de dezembro de 1948

    Institui cursos dc educadoras sanitrias, abre crdito especial e contm outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei:

    Art. 1 - Fica o Poder Executivo autorizado a cria doze cursos de educadoras sanitrias, destinados formao de auxiliares de entetmag_em, visitadoras, dietistas, puericultoras e assistentes sociais.

    Pargrafo nico - Esses cursos sero instalados nas cidades que, segundo se apurar na Secretaria de Sade e Assistncia, oferecerem melhores condies pela existncia de outros servios j organizados ou pelas possibilidades do meia

    Art. 2 - Os cursos, que sero ministrados gratuitamente e tero a durao mdia de uni ano, destinar-se-o a pessoas do sexo feminino e s podero funcionar com o mnimo de 10 e o mxima dc 20 alunas .

    Art. 3 - O pessoal administrativo e docente de cada curso, que no puder ser recrutado en tre os funcionrios estaduais, ser contratado a ttulo precrio e poder perceber gratificaes arbitradas pelo Secretrio de Sade e Assistncia, mediante aprovao do Governador do Estado, observado o limite fixado no artigo 7 desta lei.

    Art. 4 - As disciplinas constitutivas dos cursos sero fixadas em portarias do Secretrio de Sade e Assistncia, tendo em vista as necessidades de pessoal tcnico especializado para os servios de Sade Pblica e as possibilidades e exigncias de cada regio do Estado.

    Art. 5 - Alm de outras que possam ser exigidas em regulamento, so condies essenciais para a matrcula aos cursos estabelecidos nesta lei:

    a) idade mnima de 18 e mxima de 35 anos; b) apresentao de diploma de curso normal, ginasial ou de outro que, a tuizi do Secretrio dc Sande c Assistncia, demonstre habilitao necessria da candidata; c) aprovao em exame de suficincia cultural, em testes

    vocacionais e de higidez fisica e mental.

    Art. 6 - A aprovao final nos cursos assegurar s

  • diplomadas o direito preferencial de nomeao para os cargos de visitadoras, educadoras sanitrias, auxiliares de enfermagem, dietistas e microscopistas da Secreta ria de Sade e Assistncia, bem como o de matrcula gratuita, independentemente da prestao de exame vestibular, nas escolas de enfermagem mantidas pelo Estado.

    Pargrafo nico - O Governador do Estado, mediante proposta do Secretrio de Sade e Assistncia, poder conceder bolsas de estudos destinadas s melhores alunas que terminarem os cursos institudos nesta lei.

    Art. 7 - A despesa anual com a realizao de cada curso fica limitada ao mximo de Cr$ 50.000,00 (cinquenta m il cruzeiros), destinando-se obrigatoriamente a metade desta quantia para o custeio do mate rial.

    Art. 8 - Para atender s despesas decorrentes do disposto no artigo anterior, fica o Poder Executivo autorizado a abrir o crdito especial de Cr$ 600.000,00 (seiscentos mil cruzeiros), relativo ao exerccio de 1949.

    Art. 9 - Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies cm contrrio.

    Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execuo desta lei pe rtencer, que a cumpram e faam cumprir to inteiramente como nela se contem.

    Dada no Palcio da liberdade, Belo Horizonte, 15 de dezembro de 1948.

    Milton Soares Campos - Governador do Estado

  • Lei 1.085, de 30 de abril de 1954

    Dispe sobre o regime de subvenes e auxlios do Estado a obras de assistncia pblica, mantidos por instituies particulares, sem finalidade lucrativa, e contm outras providncias.

    C) Povo do bastado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - A cooperao financeira do Estado com as obras de assistncia pblica, de iniciativa privada, sem finalidade lucrativa, far-se- pela concesso de auxlios extraordinrios e subvenes ordinrias.

    Pargrafo nico - Para os fins desta lei, consideram-se obras de assistncia pblica os hospitais, estabelecimentos para-hospitalares, e assistenciais, que pe rtenam a instituies particulares, scm finalidade lucrativa, existentes, c as que vierem a ser criadas.

    Art. 2 - Os auxlios extraordinrios podero ser concedidos mediante condies constantes de casos ocorrentes, para a construo, ampliao, remodelao e equipamento dos hospitais, estabelecimentos para-hospitalares e assistenciais.

    Art. 3 - A subveno ordinria seri concedida para auxiliar o custeio da assistncia gratuita, prestada pelos estabelecimentos, para-hospitalares e assistenciais, a pessoas desprovidas de recursos.

    1 - A subveno ordinria ser estipulada anualmente na base do nmero de leitos ocupados durante o ano, de acordo com a classificao adotada pela Secretaria de Sade e Assistncia, atravs de seus rgos competentes e dentro das normas a serem estabelecidas pelo Regulamento desta lei.

    2 - A subveno ordinria ser concedida tendo em vista a espcie de assistncia proporcionada pelas instituies a serem subvencionadas. 3 - Aos hospitais, que possurem ou construrem pavilhes de isolamento para doenas contagiosas e mantiverem servios especializados, poder ser atribuda maior subveno.

    Art. 4 - As instituies hospitalares e para-hospitalares e assistenciais, quc tiverem ou vierem a receber a subveno ordinria, de que trata esta lei, devero internar e

  • proporcionar a necessria assistncia s pessoas, comprovadamente desprovidas de recursos, que lhes forem encaminhadas pelo Gove rno, por intermdio da Secretaria de Sade e Assistncia, dentro do limite de 10% do total de leitos destinados assistncia gratuita.

    Art. 5 - A Secretaria de Sade e Assistncia exercer, atravs de seus rgos competentes, o controle da inscrio das obras que venham a ser subvencionadas, promovendo os inquritos necessrios sobre suas condies de instalao, manuteno e funcionamento, e fiscalizar a aplicao das subvenes e auxlios concedidos.

    Pargrafo nico - A Secretaria de Sade e Assistncia, por seus rgos tcnicos, organizar um fichrio censitrio de todas as instituies hospitalares, para-hospitalares e assistenciais existentes no Estado, e, em colaborao com a Secreta ria de Viao e Obras Pblicas, far o estudo de plantas e projetos, para a remodelao, ampliao e consertos dos edificios existentes, bem como para a construo de novos estabelecimentos.

    Art. 6 - Com base no nmero, capacidade e espcie das obras inscritas, dc acordo com as informaes fornecidas pelos rgos competentes, a Secretaria. de Sade e Assistncia propor anualmente a verba global das subvenes que deva constar do oramento do futuro exerccio, dentro das disponibilidades permitidas pela arrecadao da Taxa de Assistncia Hospitalar.

    Art. 7 - O Conselho Estadual de Sade e Assistncia, criado pela Lei n 301, de 14 de dezembro de 1948, continuar como rgo consultivo da Secreta ria de Sade e Assistncia, para os fins de aplicao desta lei.

    1 - O Conselho Estadual de Sade e Assistncia ter sede na Capital do Estado e se compor de cinco membros de livre nomeao do Governador do Estado, alm do Secretrio de Sade e Assistncia, que ser o seu presidente nato, e dos representantes dos rgos competentes da Secretaria de Sade e Assistncia.

    2 - O exerccio de funo de membro do Conselho Estadual de Sade e Assistncia no ser remunerado, constituindo servio pblico de natureza relevante.

    Art. 8' - O Governo criar Conselhos Municipais de Sade e Assistncia, nas sedes dos Municpios do Estado, sendo seus membros nomeados pelo Governador, e escolhidos dentre pessoas representativas de cada uma dos respectivos Municpios.

    Pargrafo nico - Os Conselhos Municipais dc Sade e Assistncia tero, no mnimo, cinco, e, no mximo, dez membros

  • cada um.

    Art. 9 - As instituies beneficiadas se obrigam s condies especificadas nesta lei e seu poste rior regulamento e tero suas inscries canceladas, ao deixarem de cumprir, quaisquer dos dispositivos estabelecidos.

    Pargrafo nico - As instituies, que tiverem suas inscries canceladas, podero reabilitar-se, mediante condies expressas no regulamento desta lei.

    Art. 10 - O Poder Executivo baixar o regulamento necessrio execuo da presente lei, dentro do prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar de sua publicao.

    Art. 11 - Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas a Lei n 301, de 14 de dezembro de 1948, e demais disposies em contrrio.

    ivlando, portanto, a todas as auto ridades, a quem o conhecimento e execuo desta lei pe rtencer, que a cumpram e faam cumprir, to inteiramente como nela se contm.

    Dada no Palcio da Liberdade, Belo Horizonte, 30 de abril de 1954.

    Juscelino Kubitschek de Oliveira. - Governador do Estado

    ~

  • Lei 2.938, de 6 de novembro de 1963

    Autoriza a publicao da "Revista de Sade Pblica", rgo da Secretaria de Estado da Sade.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - Fica a Secretaria de Estado da Sade autorizada a publicar, trimestralmente, a "Revista de Sade Pblica", que ter carter cientfico e noticioso.

    Pargrafo nico - A 'Revista de Sade Pblica", diretamente subordinada ao Secretrio de Estado da Sade, divulgar assuntos de interesse da sade pblica e conter:

    I - artigos originais sobre assuntos mdicos, odontolgicos, farmacCalicos, dc engenharia sanitria, dc educao sanitria, de enfermagem e outras especialidades;

    II - resumos de artigos publicados em outras revistas nacionais ou estrangeiras;

    1II - noticirio cm geral, dentro das finalidades da revista;

    IV - reportagem sobre servios, atividades e campanhas empreendidas pelo Governo no setor da sade pblica;

    V - informaes mdicas, odontolgicas e de outras especialidades, de interesse dos profissionais do interior do Estado, especialmente dos funcionrios da Secreta ria de Estado da Sade;

    VI - informaes bibliogrficas.

    Art. 2 - A "Revista de Sade Pblica" ser distribuda, preferencialmente, e na forma das instrues que forem baixadas pelo Secretrio de Estado da Sade, aos mdicos em exerccio da profisso no Estado, aos dentistas e farmacuticos, funcionrios

    `

    da Secretaria, a revistas congneres, bib liotecas, instituies e rgos de sade pblica nacionais e estrangeiras .

    Art. 3 - A "Revista de Sade Pblica" poder inserir publicidade remunerada de laboratrios, indstrias e organizaes especializadas em produtos cientficos ou quaisquer anncios compatveis com os objetivos da revista.

    Art. 4 - A renda obtida na forma do artigo anterior ser recolhida aos cofres do Estado, sendo que a Secreta ria de Estado da Sade far consignar, anualmente, no Oramento, verba prpria para atender a despesas resultantes desta lei.

    10

  • Pargrafo nico - Na forma em que for autorizado pelo Secretrio de Estado da Fazenda, e como adiantamento de dotao oramentria, a renda oriunda de publicidade e assinaturas da "Revista de Sade Pblica" poder ser ap licada no pagamento de despesas provenientes dos servios de impresso, reviso, distribuio, organizao de reportagens e trabalhos especiais de colaborao.

    Art. 5 - A "Revista de Sade Pblica" ser di rigida por uma Comisso Diretora, que se compor do Diretor Cientfico, do Diretor Administrativo e do Diretor Redator.

    1 - Ao Diretor Cienfifico caber a orientao mdico-cientfica da revista, observados os fins especficos a que se destina; ao Diretor Administrativo competir a superviso do setor administrativo, inclusive de contabilidade e prestao de contas aos rgos competentes; ao Diretor Redator incumbir a direo e orientao da parte redatorial, sendo o responsvel para o efeito de registro legal da revista .

    2 - Os membros da Comisso D iretora, escolhidos entre servidores da Secretaria, sero designados em Portaria do Secretrio de Estado da Sade.

    Art. 6 - A "Revista de Sade Pblica" ter tambm um Conselho Cientfico, composto de 5 (cinco) membros, designados pelo Secretrio de Estado da Sade, mediante indicao da Comisso Diretora.

    Pargrafo nico - Ao Conselho Cientfico competir o exame das colaboraes originais, opinando sobre o seu valor cientfico e sobre a convenincia e oportunidade de sua publicao.

    Art. 7 - O Secretrio de Estado da Sade poder designar servidores do quadro da Secretaria para prestarem servios "Revista de Sade Pblica".

    Art. 8 - A "Revista de Sade Pblica" conceder, anualmente, um prmio, denominado "Carlos Chagas", ao melhor trabalho sobre Sade Pblica, escrito por profissional que resida em Minas Gerais h, pelo menos, dois (2) anos.

    1 - O "Prmio Carlos Chagas" constar de um diploma de honra e certa quantia em dinheiro que o oramento do Estado consignar anualmente.

    2 - O Secretrio de Estado da Sade baixara poItana regulando a concesso do prmio, no prazo de sessenta dias, a partir da vigncia desta lei.

    Art. 9 - O Secretrio dc Estado da Sade baixar as instrues que se fizerem necessrias execuo da presente

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  • lei.

    Art. 10 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Art. 11 - Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao.

    Dada no Palcio da Liberdade, ein Belo Horizonte, aos 6 de novembro de 1963.

    Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execuo desta lei pe rtencer, que a cumpram e faam cumprir, tio inteiramente como nela se contm.

    Jos de Magalhes Pinto - Governador do Estado

    ~

    ~

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    12

  • Lei 4.098, de 23 de maro de 1966

    Estabelece norrnas gerais de proteo, promoo e recuperao da sade complementares ao Cdigo Nacional de Sade.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - Ficam estabelecidas, nos termos do art. 4, da Lei tederal n 2.312, de 3 de setembro de 1954, e em carter complementar ao Decreto Federal n 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961 (Cdigo Nacional de Sade), normas gerais de proteo, promoo e recuperao da sade a serem observadas no Estado.

    Art. 2 - Cabe, precipuiamente, Secretaria de Estado da Sade planejar, coordenar, executar e orientar as medidas de carter geral que visem proteo e recuperao da sade do individuo, bem corno promover e incentivar os estudos e pesquis as sobre problemas de interesse mdico-sanitrio no Estado.

    Pargrafo nico - A norma contida no artigo abrange a prestao, direta ou indireta, de assistncia mdica de qualquer na-

    i , tureza aos que no disponham de meios ou recursos para prov-la. Art. 3 - O Governo do Estado poder, para execuo de

    programas de sade e obedecidas as disposies da. legislao vigente, firmar convnios ou acordos com o Governo Federal, os governos de outros Estados, as Prefeituras Municipais, Fundaes, instituies autrquicas ou p rivadas e entidades estrangeiras ou internacionais, de carter oficial ou privado.

    Pargrafo nico - A Secretaria promover todos os entendimentos necessrios com instituies oficiais ou privadas, direta ou indiretamente interessadas nos problemas de sade, visando adoo e execuo de planos integrados de sade para as diversas regies do Estado.

    Art. 4 Compete Secretaria elaborar regulamentos e normas tcnicas que permitam disciplinar as atividades de assistncia mdico-sanitria no Estado.

    Art. 5 - A Secretaria poder, nos lermos da lei, solicitar a colaborao de tcnicos de notria competncia, estranhos ao seu quadro de pessoal, para o planejamento e a orientao de campanhas e programas de sade.

    Art. 6 - O municpio que promover e executar programas de

    L U

    ~

    13

  • ~

    sade dever subordin-los s normas gerais estabelecidas pela legislao federal e estadual vigentes.

    Art . 7 - As atividades do Governo do Estado visando soluo de problemas de sade no municpio devero contar, sempre que possvel, com a cooperao de ordem financeira ou material e de pessoal, das Prefeituras ou das comunidades.

    Art. 8 - dever da comunidade, da famlia e do indivduo cumprir e fazer cumprir as medidas recomendadas pelas autoridades sanitrias competentes.

    CAPTULO 1 Da notificao obrigatria.

    Art. 9 - Constituem objeto de notificao obrigatria os casos confirmados ou suspeitos das doenas constantes da relao estabelecida pelo art. 9, do Decreto Federal n 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961 (Cdigo Nacional de Sade), a saber: hastomicoses, bouba, hruceloses, cncer, cancro venreo, carbnculo, clera, coqueluche, dengue, difteria, desenterias, doenas de Chagas, eritema infeccioso, escarlatina, espiroquctose ictero-hemorrgica, esquistossomose, exantema sbito, lebre amarela, febres tifide e paratitide, gonococcia, gripe, hepatites por vrus, leishmanioses, lepra, linfogranuloma venreo, malrio, meningite crebro-espinhal epidmica, meningo-encefalites epidmicas, oftalmias do recm-nascido, parotidite epidmica, pnfigos, peste, po liomielite anterior aguda, quarta molstia, raiva, riquetsioses, rubola, sarampo, sfilis, ttano, tracoma, tuberculose, varicela, variola (inclusive alastrim) e outras viroses humanas.

    1 - Alm das doenas mencionadas no artigo constituem objeto de notificao obrigatria os infortnios do trabalho.

    2 - Casos espordicos ou surtos de doenas no includas na relao constante deste artigo podero ser objeto de notificao sem o carter de obrigatoriedade.

    3 - A Secretaria poder propor alteraes na relao de doenas constantes do artigo, submetendo as modificaes aprovao do Conselho Nacional de Sade.

    4 - A ocorrncia de qualquer das doen as quarentenveis previstas pelo Regulamento Sanitrio Internacional, ou seja, varola, febre amarela, peste, clera, tipo exantemtico transmitido polo piolho e febre recorrente transmitida pelo piolho, ser obrigatoriamente comunicada tambm s autoridades federais de sade.

    5 - A notificao, que poder ter carter sig iloso, dever ser feita s autoridades sanitrias pelo mdico que tenha assistido o doente e, na sua falta, por farmacutico,

    14

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    1

    enfermeira, responsvel por laboratrio de anlises clnicas, autoridades civis e militares, responsveis por estabelecimentos coletivos, pblicos ou privados, ou pelo chefe da famlia ou qualquer pessoa que tenha tido conhecimento do caso.

    6 - A ocorrncia de zoonoses transmissveis ao homem dever ser notificada por veterinrio, pelo fazendeiro ou criador ou por qualquer pessoa que delas tenha tido conhecimento

    CAPTULO II

    Das doenas transmissveis

    Art. 10 - Compete s autoridades sanitrias do Estado a coordenao, execuo e superviso de medidas visando ao controle ou erradicao das doenas transmissveis no territrio estadual.

    Pargrafo nico - O controle das doenas transmissveis dever ser realizado, fundamentalmente, pelas unidades sanitrias, sub a orientao dos servios tcnicos especializados.

    Art. 11 - As atividades contra as doenas transmissveis abrangero as scguintcs medidas gerais:

    I - Notificao; II - Investigao epidemiolgica; ffi - Isolamento; IV - Assistncia mdica; V - Desinfeco e expurgo; VI - Assistncia social, readaptao e reabilitao; VII - Medidas de imunizao; VIII - Quimioprofilaxia . ; IX - Educao sanitria; X - Controle de portadores e comunicantes; XI - Proteo sanitria da gua, do leite e outros

    alimentos; XII - Controle de animais com responsabilidade

    epidemiolgica na patologia humana; XI II - Estudos e pesquisas; XIV - Treinamento e aperfeioamento de pessoal

    especializado.

    Art. 12 - Notificada a ocorrncia de caso positivado ou suspeito de doena transmissvel, caber autoridade sanitria competente confirmar ou esclarecer o diagnstico, tomar as medidas de controle adequad as ao doente, aos comunicantes e populao em geral e providenciar ou o rientar, quando houver indicao, o isolamento hospitalar ou domiciliar do doente.

    Pargrafo nico - Em casos especiais, quando houver pe rigo

    15

  • ~

    de disseminao coletiva de doena transmissvel, a juizo da autoridade sanitria competente, poder ser exigida a quarentena de portadores de germes e comunicantes, devendo, na eventualidade ser abonadas as faltas a aulas ou servios de qualquer espcie, nos termos do art. 11, 2, do Decreto Federal n 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961 (Cdigo Nacional de Sade).

    Art. 13 - A autoridade sanitria competente realizar a in-vestigao epidemiolgica dos casos notificados, sempre que.. esta possa fornecer dados de interesse para o con trole da doena.

    Art. 14 - bm circunstncias especiais de notificao do bito, quando houver suspeita de ter sido causado por doena transmissivel, cuja disseminao represente perigo srio para a comunidade, a autoridade sanitria poder promover o exame cadavrico, inclusive viscerotomia e necrpsia, sempre que for necessrio elucidao do diagnstico .

    Art. 15 - Em casos especiais, a autoridade sanitria poder, ouvido o rgo central da Secretaria de Estado da Sade, requisitar auxlio de autoridade policial para o cumprimento integral de medidas preventivas dc interesse coletivo.

    Art. 16 - Sempre que houver recurso profiltico de eficcia comprovada contra doena transmissvel, cuja incidncia no Estado constitua problema de sade, dever ser ele empregado gratuitamente, em campanha. sistemtica.

    Pargrafo nico - A comunidade poder cooperar, voluntariamente, com auxlio financeiro para a realizao da campanha.

    Art. 17 - A vacinao antivarilica ser realizada de modo sistemtico e, em certos casos, obrigatrio, nos termos do a rt . 18 do Decreto Federal n 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961 (Cdigo Nacional de Sade), e as revacinaes sero procedidas

    periodicamente. 1 - E vedado s pessoas que no apresentarem atestado de

    vacinao antivarilica: I - posse em cargos ou funes pblicos, para-estatais ou

    autrquicos estaduais ou nas sociedades de economia mista; II - matrcula nos estabelecimentos de ensino pblico ou

    privado; - internamento em asilos, creches, patronatos ou outras

    instituies educativas ou de assistncia social; IV - obteno de carteira de identidade.

    2 - Os atestados dc vacinao fornecidos pel as autoridades sanitrias sero gratuitos.

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  • t 1 J

    Art. 18 - A Secretaria, pelos seus rgiios prprios, promover a coordenao, orientao e execuo das atividades contra a tuberculose e a. lepra no Estado.

    Pargrafo nico - Sero proporcionadas facilidades para o diagnstico precoce e o tratamento dos doentes em estabelecimentos especializados mantidos pelo Estado ou por entidades pblicas autrquicas, para-estatais ou privadas, com as quais a Secretaria de Estado da Sade mantenha regime de cooperao.

    Art. 19 - A Secretaria cooperar com os rgos federais competentes na luta contra as endemias rurais.

    Art. 20 - A Secretaria executar medidas visando ao controle das doenas venreas.

    Pargrafo nico - O tratamento dos doentes portadores de molstias venreas ser obrigatrio e gratuito, podendo a autoridade sanitria competente determinar o isolamento compulsrio dos doentes contagiantes.

    CAPTULO 111 Das doenas transmissveis e acidentes pessoais

    Art. 21 - Compete Secretaria de Estado da Sade planejar e executar ou coordenar e orientar as medidas visando ao controle das doen as no transmissveis de importncia sanitria, tais como cncer, afeces crdio-vasculares, diabete, doenas carenciais, intoxicaes e ou tras.

    Pargrafo nico - A regra inclui a colaborao da Secretaria com as entidades privadas que se dediquem ao estudo, tratamento e preveno das doenas referidas no artigo.

    Art. 22 - A Secretaria, atravs dos seus rgos competentes, promover campanhas educativas visando preveno dos acidentes pessoais.

    CAPTULO N Do saneamento

    Art. 23 - O Governo do Estado, atravs dos rgos competentes da Secretaria de Estado da Sade, estabelecer os padres e noras de saneamento a serum observados no Estado.

    Art. 24 - O Governo do Estado, atendidos os requisitos da lei, assistir tcnica e financeiramente o municpio, visando . soluo dos seus problemas de saneamento bsico, particularmente os referentes ao abastecimento de gua e remoo dos dejetos.

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  • 1 - A assistncia tcnica e financeira prevista neste artigo dever ser concedida em carter prioritrio aos municpios que organizarem os servios respectivos em autarquias municipais.

    2 - A Secretaria de Estado da Sade, por seus rgos especializados, poder exercer o controle sanitrio dos servios de saneamento.

    Art. 25 - O abastecimento de gua dos meios de transporte interestadual ficar sujeito, no territrio do Estado, ao controle sanitrio dos rgos competentes da Secreta ria.

    Art. 26 - Os mananciais, que possam ser uti lizados para abastecimento de gua por mais de um municpio, ficaro sujeitos ao controle de poluio e contaminao pel as autoridades sanitrias do Estado.

    Art. 27 - As autoridades sanitrias competentes participaro dos planos de zuneamento das reas urbanas e rurais, nos termos do art. 34 e pargrafo do Decreto Federal n 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961 (Cdigo Nacional de Sade).

    Pargrafo nico - As autoridades sanitrias devero opinar, sempre, sobre os projetos dc lotcamento com o fim dc formao ou extenso de ncleos urbanos.

    Art. 28 - A construo de edificios e prdios destinados a moradia obedecer, obrigatoriamente, aos requisitos da higiene da habitao, visando proteo da sade e ao bem-estar dos moradores.

    Art. 29 - A construo ou adaptao de edificios e prdios para sede de estabelecimentos comerciais ou industriais dever atender alm dos requisitos de higiene da habitao, aos preceitos da segurana do trabalho.

    Art. 30 - Os edificios de moradia e os estabelecimentos comerciais e industriais devero ser, obrigatoriamente, ligados rede pblica de abastecimento de gua e aos coletores de esgotos.

    1 - Na ausncia de rede pblica de abastecimento de gua e de rede de esgotos, a autoridade sanitria, por seus rgos competentes, indicar as solues adequadas a serem adotadas.

    2 - Compete au proprietrio do imvel a construo de instalaes domiciliares de abastecimento de gua e de remoo dos dejetos, de acordo com as normas aprovadas, cabendo aos moradores a conservao das instalaes.

    Art. 31 - O lanamento de guas residuarias de qualquer

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    natureza em mananciais, guas receptores ou reas territoriais s ser permitido quando no prejudicar a vida humana e a. fauna e a flora aquticas ou terrestres, ou quando for precedido de tratamento recomendado pelos rgos tcnicos da Secretaria.

    Art. 32 - A instalao de indstrias no territrio do Estado ficar condicionada aprovao pelas auto ridades sanitrias dos planos de remoo dos resduos lquidos, gasosos ou slidos.

    Pargrafo nico - As indstrias instaladas no Estado antes da vigncia desta lei ficam obrigadas a promover as medidas necessrias ao cumprimento dos dispositivos do presente artigo, devendo as autoridades sanitrias estabelecer os prazos para a satisfao dessas exigncias.

    Art. 33 - Os projetos, a construo e a manuteno de piscinas para uso coletivo ficaro sujeitos a controle sanitrio dos rgos tcnicos da Secreta ria.

    CAPTULO Da Higiene da. Alimentao

    Art. 34 - A Secretaria de Estado da Sade, por seus rgos especializados, planejar, coordenar e orientar as atividades destinadas a racionalizar no Estado a alimentao da coletividade.

    Pargrafo nico - As autoridades sanitrias podero colaborar com hospitais, estabelecimentos de ensino, organizaes industriais e outras entidades, pblicas ou privadas, na soluo de problemas de nutrio e alimentao,

    Art. 35 - Cabe Secretaria promover inquritos visando a avaliao das condies nutritivas e alimentares da populao nas vrias regies do Estado e investigar a incidncia de doenas decorrentes de carncia alimentar.

    Pargrafo nico - Os inquritos e pesquisas sero realizados, especialmente, em relao a certos grupos de po-pulao, tais como pr-escolares, escolares, operrios e outros.

    Art. 36 - As autoridades sanitrias competentes elaboraro e executaro os planos de combate e preveno das doenas provenientes de carncia alimentar.

    Art. 37 - O Governo do Estado, atravs dos rgos competentes da Secretaria, poder prestar colaborao aos municpios nos trabalhos dc anlise e controle sanitrio dos gneros e produtos alimentcios.

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  • Art. 38 - A Secretaria, pelos seus servios especializados, promover medidas tendentes educao sanitria da populao em matria de alimentao nas vrias regies do Estado.

    Art. 39 - A Secretaria, por intermdio dos rgos competentes, proceder a pesquisas sobre a composio qumica e o valor nutritivo de alimentos utilizados ou que possam vir a ser utilizados na alimentao da coletividade.

    Art. 40 - A Secretaria realizar treinamento e aperfeioamento de pessoal tcnico especia lizado em nutrio e alimentao.

    Art. 41 - Os gneros alimentcios fabricados ou acondicionados no Estado esto sujeitos, para fim de licenciamento, a anlise prvia pelo rgo competente da Secretaria .

    Art. 42 - () emprego dos meios fsicos, hem como a. adio de substncias com a finalidade de conservar ou enriquecer as propriedades nutritivas dos produtos alimentcios e utilizao destes ou da gua de abastecimento pblico como veculo de medicamentos ou com outros objetivos obedecero s normas reguladoras estabelecidas pela legislao federal vigente.

    Pargrafo nico - As autoridades sanitrias do Estado prestaro toda colaborao par integral cumprimento dess as normas.

    CAPTULO VI Da Sade e Ocupao

    Art. 43 - As autoridades sanitrias do Estado, em acordo coin a Secretaria de Estado do Trabalho e Cultura Popular, podero colaborar com os rgos competentes do Ministrio da Sade e do Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social nas atividades de proteo, promoo e recuperao da sade do trabalhador, bem como realizar estudos e pesquisas sobre as relaes entre a sade e as condies de trabalho nas vrias regies do Estado.

    CAPTULO VII Da fiscalizao do exerccio das profisses

    relacionadas com a sade

    Art. 44 - Para efeito desta le i, so consideradas profisses relacionadas com a sade aquelas cujo exerccio se acha regulamentado pelos rgos federais de sade, a saber:

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    mdico, dentista, farmacutico, enfermeiro, laboratorista, operador de Raio X, tcnico de laboratrio, operador de radioterapia, tica, prottico, massagista, parteira, auxiliar de enfermagem, prtico de laboratrio, prtico de farmcia, pedicuro e outras afins.

    1 - O exerccio dessas profisses, no Estado, obedecer legislao federal, vigente, cabendo s autoridades sanitrias estaduais cumprir e fazer cumprir as normas nela estabelecidas.

    2 - Os diplomas, ttulos ou equivalentes, relativos s profisses mencionadas no artigo, sero, nos termos do a rt. 55, pareraf nico, do Decreto Federal n 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961 (Cdigo Nacional de Sade), obrigatoriamente registrados no rgo competente da Secretaria de Estado da Sade, satisfeita a exigncia de prvio registro no rgo federal de sade, e, nos casos previstos pela Iegislao vigente, no Conselho Regional de Medicina, no Conselho Regional de Farmcia, no Conselho Regional de Odontologia e em outros rgos semelhantes.

    3 - As autoridades sanitrias estaduais colaboraro com os Conselhos Regionais mencionados e com outros rgos semelhantes que venham a ser criados, na fiscalizao do exerccio das respectivas profisses.

    Art. 45 - A Secretaria, atravs do rgo competente, licenciar e fiscalizar, no Estado, a instalao e o funcionamento de farmcias, drogarias, depsitos de drogas ou de produtos farmacuticos, ervanarias, bancos de sangue, bancos de leite humano, laboratrios de anlises mdicas e de pesquisas clnicas, gabinetes que utilizem Raio X ou substncias radioativas, estabelecimentos hospitalares, clnicos e ambulatrios mdicos, clnicas odontolgicas, estabelecimentos de psicoterapia, de psicanlise, de fisioterapia, de ortopedia. ou quaisquer outros estabelecimentos que visem direta ou indiretamente preveno e ao tratamento de doenas.

    Art. 46 - Cabe Secretaria de Estado da Sade, por seus servios prprios, cumprir e fazer cumprir, no Estado, as normas estabelecidas pela legislao federal vigente relativas ao comrcio e ao consumo de entorpecentes de qualquer natureza.

    Art. 47 - As autoridades sanitrias estaduais fiscalizaro a venda e o emprego de medicamentos cuja administrao exija receita mdica.

    Art. 48 - As autoridades sanitrias estaduais podero, no desempenho da ao fiscalizadora, colher amostras de drogas e medicamentos, para anlise, c realizar a apreenso daqueles produtos que no satisfizerem s exigncias regulamentares ou

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    forem empregados ou vendidos ilegalmente.

    Art. 49 - Cabe Secretaria cumprir e fazer cumprir, no Estado, as normas da legislao federal vigente relativas produo, manipulao, acondicionamento e ao comrcio de drogas, produtos qumico-farmacutico, plantas medicinais, preparaes oficinais, especialidades farmaceuticas, anti-sptico, desinfetantes, inseticidas, raticidas, produtos para uso odontolgico, produtos biolgicos, produtos de higiene e de toucador, produtos dietticos e quaisquer outros que interessem Sade Pblica.

    CAPITULO VIII Da Sade Internacional

    Art. 50 - Compete s autoridades sanitrias estaduais, observar e fazer observar as determinaes do Regulamento Sanitrio Internacional, do Cdigo Sanitrio Pan-Americano e dos tratados, acordos e convnios internacionais subscritos ou que venham a ser subscritos pelo Brasil .

    CAPTULO IX Da Assistncia Maternidade, Infncia e Adolescncia

    Art. 51 - A Secretaria de Estado da Sade, por seus rgos competentes, planejar, coordenar e executar ou orientar, dire-tamente ou em acordo com rgos federais, as atividades de pro-teo sanitria maternidade, infancia e adolescncia no Estado.

    Pargrafo nico - A Promoo das atividades previstas no artigo se far, essencialmente, atravs das Unidades Sanitrias.

    Art. 52 - O Governo do Estado poder cooperar tcnica e materialmente com as instituies que visem a proteger, atravs de assistncia sanitria, a maternidade, a infncia e a adolescncia.

    Pargrafo nico - A cooperao prevista no artigo ficar condicionada aprovao dos planos e norm as de trabalho pela 04670 Secretaria, cabendo a esta o rientar a sua execuo.

    CAPTULO X Da Sade Mental

    Art. 53 - A Secretaria de Estado da Sade planejar e executar ou orientar no Estado as medidas que visem proteo, promoo e recuperao da. sade mental.

    Pargrafo nico - A execuo das medidas previstas neste artigo ficar a cargo dos rgos especia lizados, e, supletivamente, das Unidades Sanitrias, sob a orientao tcnica dos referidos rgos.

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    Art. 54 - O Governo do Estado, atravs da Secretaria, poder colaborar tcnica e materialmente com as instituies que prestem assistncia especializada a. doentes mentais que no disponham de recurso para prov-la, desde que as entidades beneficiadas se submetam s normas estabelecidas pelas autoridades sanitrias competentes.

    Art. 55 - A Secretaria, por seus rgos competentes, realizar estudos cpidemiolgicos sobre a prevalncia e a incidncia de doenas mentais no Estado.

    Art. 56 - As autoridades sanitrias estimularo a criao e organizao de entidades privadas que visem assistncia social, familia do doente mental e ao egresso de hospitais especializados.

    CAPTULO XI Da Assistncia Mdico-Social

    Art. 57 - As autoridades sanitrias estaduais cooperaro com os rgos federais de sade na orientao, coordenao e fiscalizao das atividades dc assistncia mdico-social no Estado.

    Art. 58 - A assistncia mdico-social visar recuperao da sade do indivduo e sua reintegrao social.

    Art. 59 - O Governo do Estado, por intermdio da Secretaria. de Estado da Sade, poder cooperar tcnica e materialmente com estabelecimentos hospitalares e outras instituies de carter privado que mantenham servios de assistncia mdica onde sejam atendidas pessoas que no disponham de recursos para prov-la

    Pargrafo nico - A cooperao prevista neste artigo ficar condicionada ao cumprimento das exignci as estabelecidas em lei.

    Art. 60 - Cabe Secretaria estimular a criao e a organizao de entidades privadas de assistncia mdico-social.

    Art. 61 - A Secretaria de Estado da Sade, colaborando com os rgos federais, cumprir e far cumprir as normas da legislao vigente que visem preveno das toxicomanias e ao tratamento e recuperao social dos toxicmanos.

    Art. 62 - O Governo do Estado dever, dentro de suas possibilidades, cooperar tcnica e materialmente com as instituies que prestem assistncia mdico-social a pessoas parcial ou totalmente incapacitadas, tais como cegos, surdos-mudos, mutilados, paraliticos e velhos.

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    CAPITULO XII Da Estatstica Mdico-Sanitria

    Art. 63 - Cabe Secretaria de Estado da Sade, pelos rgos prprios, obter, analisar, estudar e divulgar dados estatisticos de interesse para as atividades mdico-sanitrias do Estado.

    Pargrafo nico - Os dados mencionados neste artigo sero, obrigatoriamente, fornecidos s autoridades federais de sade.

    Art. 64 - Os estabelecimentos hospitalares e congneres e as entidades de carter mdico-social, que recebam do Governo do Estado auxlio ou assistncia de qualquer natureza, fornecero, obrigatoriamente, Secretaria de Estado da Sade, dados estatsticos de interesse mdico-sanitrio, quando por ela solicitados.

    CAPTULO XIII Do Laboratrio

    Art. 65 - A Secretaria de Estado da Sade manter em Funcionamento, dentro dos padres federais estabelecidos nos termos do artigo 121, 2, do Decreto Federal no 49.974-A, de 21 de janeiro de 1961 (Cdigo Nacional de Sade), um laboratrio central de Sade Pblica, alm dos laboratrios das Unidades Sanitrias, laboratrios regionais e laboratrios especializados que se faam necessrios.

    Pargrafo nico - O laboratrio central ter, entre outras, as seguintes atribuies:

    I - realizar os exames necessrios elucidao do diagnstico das doenas transmissveis;

    II - produzir vacinas, soros e outros produtos imunizantes, drogas e medicamentos, bem como antgenos de uso nas provas de laboratrios de uti lidade em sade pblica;

    iII - realizar, quando solicitados e dentro de suas possibilidades, anlises e exames para controle sanitrio da gua e dos alimentos;

    IV - realizar, quando solicitados e dentro de suas possibilidades, anlises e exames de drogas, medicamentos e produtos de interesse mdico-sanitrio;

    V - estabelecer padres, mtodos e tcnicas a serem observados pelos laboratrios do Estado e outros, de acordo com as normas estabelecidas pela legislao federal vigente;

    VI - realizar pesquisas e estudos sobre problema de interesse mdico-sanitrio do Estado;

    it - colaborar com a Escola de Sade Pblica nos program as de ensino, treinamento e aperfeioamento do pessoal tcnico e de

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  • laboratrio.

    CAPTULO XIV Da Educao Sanitria

    Art. 66 - Cabe Secretaria de Estado da Sade, atravs dos rgos competentes, planejar, coordenar, executar e orientar as atividades de educao sattiia uo Estado.

    Art. 67 - A Secretaria de Estado da Sade colaborar corn a Secretaria de Estado da Educao na elaborao dos programas de ensino, visando intensificao e ao desenvolvimento dag atividades de educao sanitria nas escolas.

    CAPITULO XV Da Enfermagem

    Art. 68 - A Secretaria de Estado da Sade, atravs dos rgos competentes, planejar, coordenar, orientar e fiscalizar as atividades de enfermagem no Estado, de acordo com a legislao federal vigente.

    Art. 69 - O Governo do Estado, atravs da Secretaria, estimular a formao e promover o aperfeioamento de pessoal de enfermagem de Sade Pblica do Estado.

    CAPTULO XVI Da Odontologia Sanitria

    Art. 70 - A Secretaria de Estado da Sade, atravs dos rgos competentes, planejar, coordenar, executar e orientar, no Estado, atividades de assistcncia odontolgica-sanitria.

    1 - Assistncia odontolgica prevista neste artigo visar proteo, promoo e recuperao da sade dentria da populao, especialmente da criana.

    2" - O Governo do Estado, por intermdio da Secretaria, poder cooperar tcnica e materialmente com instituies de carter oficial ou privado que visem proteo, promoo e recuperao da sade dentria da populao.

    Art . 71 - A Secretaria, atravs da Escola de Sade Publica, promover o treinamento e o aperfeioamento de pessoal tcnico e auxiliar no setor de odontologia sanitria

    Art. 72 - A Secretaria, pelos seus rnlos competentes, realizar estudos cpidcmiolgicos sabre a prevalencia c a incidncia de doenas buco-dentrias de impo rtncia, visando L

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  • obteno de dados para o seu controle, bem como promover, pelos meios ao seu alcance, a educao sanitria-odontolgica da populao.

    CAPTULO XVII Da Formao e Aperfeioamento de Pessoal Tcnico

    Art. 73 - A Secretaria de Estado da Sade promover e facilitar, dentro de suas possibi lidades, a formao e o aperfeioamento de pessoal tcnico, com o objetivo de melhorar o rendimento de trabalho dos seus diferentes rgos.

    1 - Cabe, precipuamente, Escola de Sade Pblica, propiciar a formao e o aperfeioamento de pessoal previsto neste artigo.

    2 - Na eventual impossibilidade de formao e aperfeioamento de pessoal pela Escola de Sade Pblica, em determinados setores de atividades tcnicas, a Secreta ria poder proporcionar meio e facilidades para a realizao de cursos ou estgios cm outros centros de educao e treinamento.

    Art. 74 - A Secretaria de Estado da Sade, atravs da Escola de Sade Pblica, poder colaborar com organizaes e instituies dc sade, nacionais ou estrangeiras, dc carter oficial ou privado, na formao e no aperfeioamento de pessoal tcnico.

    CAPTULO XVIII Do Conselho Estadual de Sade

    Art. 75 - Ao Conselho Estadual de Sade, criado pelo artigo 4 da Lei nmero 301, de 14 de dezembro de 1948, compete:

    a) exanwrar assuntos bsiccis de sade no Estado e sobre eles formular recomendaes;

    b) sugerir diretrizes para os planos e programas gerais de sade;

    c) opinar sobre o plano anual de subvenes preparado pelo rgo competente da Secretaria de Estado da Sade.

    CAPTULO XIX Das Disposies Gerais

    Art. 76 - O Governo do Estado estimular a localizao e fixao de profissionais, cujas atividades se relacionem cum a sade, tais como mdicos, cirurgies-dentistas, farmacuticos e outros, nos municpios onde se faa sentir a sua necessidade.

    Art. 77 - O Governo do Estado, atravs da Secretaria dc Estado da Sade, estabelecer as normas de sade a serem

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  • observadas nas migraes humanas no Estado, cabendo s autoridades competentes a. fiscalizao dessas normas.

    Art. 78 - A Secretaria de Estado da Sade, vis ando . proteo da sade da coletividade, poder promover, diretamente, ou atravs cie entendimentos com instituies oficiais ou privadas, estudos relacionados com a aplicao da energia. nuclear, observada a legislao federal especfica.

    Art. 79 - Cabe s autoridades sanitrias promover estudos sobre as relaes entre os fatores geogrficos, climticos, tnicos, histricos, sociolgicos, culturais e econmicos e as condies de sade da populao nas diversas regies do Estado.

    Art. 80 - O Governo do Estado promover as medidas visando organizao dos servios de sade, de m aneira a descentralizar, sempre que possvel, as atividades mdico-sanitrias, atravs de unidades locais polivalentes, cabendo aos rgos centrais as funes essenciahnente normativas.

    Art. 81 - Na observncia das disposies constantes da presente Lei, fica ressalvada a. competncia do municpio, definida no artigo 19, da Lei n 28, dc 22 dc novembro dc 1947.

    Art. 82 - O no cumprimento de qualquer dispositivo desta lei sujeitar o infrator, sem prejuzo de ao penal cabvel, s penas e sanes previstas pelos regulamentos e pela legislao vigente.

    Art. 83 - O Secretrio de Estado da Sade baixar as instrues que se fizerem necessrias . exata observncia das normas contidas nesta Lei.

    Art. 84 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Art. 85 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao.

    Mando, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execuo desta Lei pertencer, que a cumpram e faam cumprir, to inteiramente como nela se contm.

    Dada no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 23 de maro de 1966.

    Israel Pinheiro da. Silva - Governador do Estado

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    Lei 7.622, de 17 de dezembro de 1979

    Probe o uso de fumo em coletivos intermunicipais. O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes,

    decretou a seguinte lei:

    Art. 1" - Fica proibido fumar no interior de coletivos intermunicipais.

    Art. 2 - Fica o Poder Executivo auto rizado a expedir os atos necessrios execuo desta lei.

    Art. 3 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. a - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Palcio da Inconlidee'ncia, em Belo Horizonte, aos 17 de dezembro de 1979

    Joo Navarro - Presidente da ALMG

    Obs: Esta Lei consta tambm da Coletnea de Normas sobre Transportes e Trnsito.

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  • Lei 9.546, de 30 de dezembro de 1987

    Dispe sobre a obrigatoriedade de realizao de exames laboratoriais para o diagnstico da sndrome de imunodeficincia adquirida, da doena. de Chagas, da sfilis e da hepatite B, por todos o estabelecimentos hetoterpicos do Estado, e d outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - Ser obrigatria a realizao por todos os estabelecimentos hemoterpicos do Estado (servios de hemoterapia, bancos de sangue e servios industriais de derivados de sangue) de exames laboratoriais para o diagnstico da sndrome da imunodeficincia adquirida, da doena de Chagas, da sfilis e da hepatite B, no material coletado de doadores.

    Art. 2" - A obteno de licena inicial de funcionamento e a revalidao de licena junto Secretaria de Estado da Sade ficam condicionadas demonstrao prvia pelos estabelecimentos hemoterpicos de sua capacidade tcnica de realizar os testes para o diagnstico das enfermidades referidas no artigo anterior.

    Art. 3 - Os estabelecimentos hemoterpicos que coletam e processam sangue e derivados (servios de hemoterapia, bancos de sangue e outros) notificaro oficialmente a Secretaria de Estado da Sade, em carter confidencial, os resultados positivos obtidos tios testes referidos no artigo 1 desta Lei, ficando assegurado sigilo sobre a identidade dos doadores.

    Pargrafo nico - O prazo para a notificao dos casos sera de 5 (cinco) dias aps a deteco dos mesmos.

    Art. 4 - Cabe Secretaria de Estado da Sade fiscalizar o cumprimento das normas estabelecidas nos artigos 1 0 2 e 3

    C desta Lei.

    Art. 5 - O descumprimenlo das exigncias contidas nos artigos 1, 2 e 3 desta Lei acarretara multa de 1.000 OTNs e fechamento do estabelecimento.

    Pargrafo nico - O estabelecimento interditado somente poder ser reaberto mediante autorizao da Secretaria de Estado da Sade, aps comprovada a. existncia de aparelhamento e

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  • reagentes adequados ao cumprimento do disposto nesta Lei.

    Art. 6 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 7 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da Liberdade, eat Belo Horizonte, aos 30 dc dezembro de 1987.

    Newton Cardoso - Governador do Estado

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  • Lei 9.731 de 9 de dezembro de 1988

    Proibe fumar em recintos que menciona e d outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    4.

    Art . 1 - Fica proibido fumar em recintos fechados pbli-r cos, assim estendidos os locais de trabalho, centros de lazer, sade, educao e similares. Art. 2 - O Poder Executivo expedir os atos necessrios

    execuo desta Lei.

    Art. 3 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao .

    Art. 4 - Revogam -se as disposies em contrrio.

    i Dada no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 9 de dezembro dc 1988.

    Newton Cardoso - Governador do Estado

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    Lei 9.990, de 20 de novembro de 1989

    CS o Programa Estadual de Atendimento ao Alcolatra e d outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por Sus representantes, decretou e eu, eni seu nome, sanciono a segu inte Lei:

    Art. 1 - Fica criado o Programa Estadual de Atendimento ao Alcolatra.

    Art. 2" - C) Programa a que se refere o artigo ante rior destina-se recuperao do alcolatra, promovendo o tratamento do alcoolismo como doena.

    Art. 3 - O tratamento a que se refere o artigo anterior dar-se- em hospital geral, em regime ambulatorial ou mediante pequenos periodos de intemao e frear a cargo de equipe multidisciplinar, da rea da sade ou afim, em consonncia com os grupos de Alcolatras Annimos (AA).

    1 - A desintoxicao c o tratamento das sequelas da doena far-se-o em clinica geral, aloptica e (ou) homeoptica.

    20 - Para garantir a sobriedade do paciente, durante e aps o tratamento haver o concurso de terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, psiclogos e profissionais de ou tras reas, sempre em estreita ligao com os grupos de Alcolicos Annimos.

    Art. 4 - Fica o Poder Executivo autorizado a destinar 10% (dez por cento) dos leitos disponveis nos hospitais da rede estadual de sade para o cumprimento do programa de que trata esta Lei.

    Art. 5 - Fica o Poder Executivo autorizado a promover o recrutamento dos profissionais da rea de sade nos quadros da Secretaria de Estado da Sade, podendo ser celebrados convnios com outras entidades para a participao de outros profissionais.

    Pargrafo nico - Aos profissionais interessados no trata-mento ao alcolatra sero dadas condies para treinamento e es-pecializao em clnicas pblicas ou particulares, que aapresen-tem programa congruente com o proposto nesta Lei.

    Art. 6 - Esta Lei entra cm vigor na data de sua publicao.

    32

  • Art. 7 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada. no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de novembro de 1989.

    Newton Cardoso - Governador do Estado

    ~

    33

  • Lei 10.196, de 27 de junho de 1990

    D nova redao ao art. 1 da Lei n 7.622, de 17 de dezembro de 1979, que dispe sobre a proibio de fumar nos coletivos intermunicipais e d outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1- O art. 1 da Lei n 7.622, de 17 de dezembro de 1979, passa a vigorar com a seguinte redao:

    "Art. 1- proibido fumar nos coletivos intermunicipais".

    Art. 2- 0 Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a partir da sua pub licao.

    Art. 3- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicayio.

    Art. 4"- Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da Liberdade, cm Belo Horizonte, aos 27 dc junho de 1990.

    Newton Cardoso - Governador do Estado.

    Ohs: Esta Lei consta tambm da Coletnea de Normas sobre Transportes e Trnsito.

    34

  • Lei 10.478, de 8 de julho de 1991

    Probe fumar nos coletivos interestaduais ao longo do seu trajeto em territrio do Estado.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1- Fica proibido fumar nos coletivos interestaduais ao longo do seu trajeto em territrio do Estado.

    Art . Z"- Esta Lei ser regulamentada no prazo de 90 (noven-ta) dias, a contar da data de sua publicao.

    Art. 30- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 4- Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio dai,iberdade, em Belo Horizonte, aos OR de julho de 1991.

    Helio Carvalho Garcia - Governador do Estado.

    Obs: Esta Lei consta tambm da Coletnea de Normas sobre Transportes e Trnsito.

    35

  • Lei 10.619, de 14 de janeiro de 1992

    Obriga os rgos do Sistema nico de Sade do Estado de Minas Gerais - SUS-MG - a fornecer cpias dos resulta-dos de exames complementares aos pacientes e d outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1- Ficam os rgos do Sistema nico de Sade do Esta-do de Minas Gerais - SUS-MO - obrigados a fornecer cpias dos resultados de exames complementares aos pacientes.

    Art. 2- 0 Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 60 (sessenta dias), a contar da sua vigncia.

    Art. 3- Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 4"- Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da Liberdade, cm Belo Horizonte, aos 14 dc janeiro de 1992.

    HlioGarcia - Governador do Estado.

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    ~

    Lei 10.860, de 5 de agosto de 1992

    Institui a obrigatoriedade de notificao, em carter de urgncia, dos casos de morte en-ceflica . .

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1- Fica instituda a obrigatoriedade de notificao Secretaria de Estado da Sade, em carter de urgncia, de todos os casos de morte enceflica comprovada, ocorrida nos hospitais pblicos e na rede privada, nos limites do Estado.

    Art. 2- Cabe ao poder pblico a criao de banco de r-gos, tecidos e substncias humanas para fins de transplantes.

    Pargrafo nico- O atendimento aos receptores obedecer ri- gorosamente ordem cronolgica de uma lista. de inscrio, in-luidos a pesquisa e o tratamento, ressalvadas as exigncias m-dicas.

    Art. 3- A permisso para retirada de rgos, tecidos ou substncias humanas dar-se- mediante:

    I- desejo expresso do disponente manifestado em vida, por meio de documento pessoal ou oficial;

    II- manifestao expressa do cnjuge, ascendente ou descen-dente;

    III- autorizao judicial.

    Art. 4- Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 5- Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 05 de agosto de 1992.

    Hlio Garcia - Governador do Estado.

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    Lei 10.868, de 25 de agosto de 1992

    Dispe sobre a aplicao gratuita dos testes de acuidade visual e auditiva nos alunos da pr-escola e do 1 grau das redes pblica e parti-cular de ensino.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou e eu, em seu nome, nos tennos do 8 do art. 70 da Constituio do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei:

    Art. 1- laica obrigatria a aplicao gratuita dos 'Testes de Acuidade Visual e Auditiva nos alunos da pr-escola e do 1 grau das redes pblica e particular de ensino.

    Pargrafo nico- Os testes de que trata este artigo so os iniciais de diagnstico e devero ser aplicados nas escolas ou em centros de sade por profissional treinado por rgo estadual ou municipal de sade.

    Art. 2- A deficincia visual ou auditiva, uma vez consta- tada, dever ser comunicada aos pais do aluno portador da defi-cincia, os quais sero orientados quanto ao encaminhamento da criana para tratamento especifico de sade.

    Art. 3- Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 4- Revogam-se as disposies em contrrio.

    Palcio da Inconfidncia, em Belo Ho rizonte, aos 25 de agosto de 1992.

    Romeu Queiroz - Presidente da Assemblia Legislativa MG.

    ~

    38

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    Lei 11.037, de 14 de janeiro de 1993

    Estabelece a obrigatoriedade de pub licao de estatsticas hospitalares.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - Os hospitais pblicos e privados do Estado ficam obrigados a publicar, anualmente, nos meses de janeiro, abr il, julho e outubro, em rgo oficial do Estado, ndices estatsti-cos referentes a:

    I - mdia de permanncia;

    II - taxa de mortalidade hospitalar;

    TII - taxa de mortalidade operatria;

    IV - taxa de mortalidade ps-operatria.

    Pargrafo nico - A mdia de permanncia e a taxa de morta- lidade hospitalar de que tratam respectivamente os incisos I e II deste artigo referir-se-o, no que couber, a cada um dos se-guintes grupos nosolgicos:

    I - doenas infecciosas e parasitrias;

    II - neoplasmas;

    III - doenas das glndulas endcrinas, da nutrio e do metabolismo, e transtornos imunitrios;

    IV - doenas do s angue e dos rgos hematopoticos;

    V - transtornos mentais;

    VI - doenas do sistema nervoso e dos rgos dos sen tidos;

    VII - doenas do aparelho circulatrio;

    VIIT - doenas do aparelho respiratrio;

    LY - doenas do aparelho digestivo;

    X - doenas do aparelho geniturinrio;

    39

  • XI - complicaes da gravidez, pa rto e puerptio;

    XII - doenas da pele e do tecido celular subcutneo;

    XIII - doenas do sistema osteomuscular e do tecido conjun-tivo;

    XIV - anomalias congnitas;

    XV - infeces originadas no perodo perinatal;

    XVI - sintomas, sinais e afeces mal definidas;

    XVII - leses e envenenamentos.

    Art. 2 - Esta Lei entra em vigor no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data de sua pub licao .

    Art. 3 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da. Liberdade, em Belo Horizonte, aos 14 de janeiro dc 1993.

    Hlio Garcia - Governador do Estado

    40

  • Lei 11.053, de 30 de maro de 1993

    Estabelece a. obrigatoriedade do desenvolvimento de programas de controle de infeco hospitalar.

    O povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, aprovou e eu, em seu nome, nos termos do 8 do art. 70 da Constituio do Estado de Minas Gerais, promulgo a seguinte lei:

    Art. 1 - Ficam as instituies hospitalares do Estado de Minas Gerais obrigadas a desenvolver programas de controle de infeco hospitalar.

    Art. 2 - O programa de cada instituio compreender um sistema ativo de vigilncia epidetniolgica, responsvel pela ge-rao de:

    I - indicadores do comportamento epidemiolgico das infec-es;

    II - normas c rotinas pertinentes matria.

    Pargrafo nico - Os indicadores, as normas e as rotinas referidas neste artigo devero estar disposio dos usurios, dos profissionais da instituio e dos rgos responsveis pela fiscalizao.

    Art. 3 - O programa ser elaborado e conduzido por uma co-misso constituda. por elementos representativos:

    I - do servio mdico;

    II - do servio de enfermagem;

    lll - da administrao.

    Pargrafo nico - Atendendo s peculiaridades de cada ins-tituio e a critrios estabelecidos pelo Sistema nico de Sade - SUS -, a comisso ser acrescida de elementos representativos:

    I - do laboratrio dc anlises clinicas;

    II - dos mdicos residentes;

    lII - da farmcia hospitalar.

    ~

    41

  • Art. 4 - Decreto do Poder Executivo dispor sobre a apro-vao e a fiscalizao do programa de cada instituio.

    Art. 5 - O programa de controle de infeco hospitalar de-ver estar em efetivo funcionamento para:

    I - a concesso e a renovao do alvari de funcionamento;

    II - a venda de servios ao setor pblico e ao setor priva- do.

    Art. 6 - A instituio que no cumprir o disposto nesta lei estar sujeita s seguintes penalidades:

    I - advertncia;

    II - multa;

    BI - descredenciamento;

    IV - cancelamento do alvar de funcionamento.

    Pargrafo nico - As sanes previstas no artigo no afas-tam a possibilidade da aplicao das pena lidades estabelecidas pela legislao sanitria federal.

    Art. 7 - O Poder Executivo regulamentar esta lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data de sua publicao.

    Art. 8 - Esta lei entra em vigor na data de sua publica-o.

    Art. 9 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Palcio da Inconfidncia, em Belo Horizonte, aos 30 de mar-o de 1993.

    Jos Ferraz - Presidente da Assemblia Legislativa - MG.

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  • Lei 11.260, de 28 de outubro de 1993

    Torna obrigatrio o oferecimento, pelo Estado, da vacinao trplice viral - MMR - nos casos que menciona e d outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - O Estado oferecer vacinao trplice viral - MM M - s crianas que contem mais de 15 (quinze) meses e menos de 12 (doze) anos de idade.

    Pargrafo nico - A vecina de que trata este artigo ser aplicada nos programas de rotina e nas campanhas de vacinao.

    Art. 2 - O Poder Executivo elaborar, no prazo de 60 (ses-senta) dias contados da data de publicao desta Lei, plano fi-sico-financeiro para execuo do programa de vacinao a que se refere o artigo anterior.

    Pargrafo nico - No prazo indicado neste artigo, o Poder Executivo encaminhar Assemblia Le gislativa projeto de lei solicitando autorizao para abertura de crdito adicional e in-dicando os valores especficos necessrios cobertura das des-pesas decorrentes da execuo desta Lei, na forma do artigo 46 da Lei Federal n 4.320, de 17 de maro de 1964.

    Art. 3 - A preveno contra a rubola, sem prejuzo do disposto no artigo 1 desta Lei, atender s seguintes diretri-zes:

    I - realizao de campanhas de esclarecimento peridicas sobre os efeitos teratognicos da doena, seu modo de transmis-so e a necessidade de imunizao;

    II - adoo rotineira dc mtodos sorolgicus para confirma- o do diagnstico;

    III - realizao de estudos epidemiolgicos baseados cm m-todos sorolgicos;

    43

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    IV - promoo de aperfeioamento mdico, tendo em vista a necessidade de capacitao para o diagnstico coreto da doena;

    V - manuteno de programa regular de vacinao anti-rubo-la para niullieres ern idade de procriar, observadas as condies individuais de aplicabilidade.

    Art. 4 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-o, observado o disposto no inciso 1 do artigo 161 da Consti-tuio do Estado.

    Art. 5 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    DADA NO PALCIO DA LIBERDADE, EM BELO HORIZONTE, AOS 28 DE OUTUBRO DE 1993.

    HLIO GARCIA - GOVERNADOR DO ESTADO-MG

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    1. 44

  • Lei 11.335, de 20 de dezembro de 1993

    Dispe sobre a. assistncia integral, pelo Estado, sade reprodutiva da mulher e do homem.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - O Estado promover a assistncia integral sade reprodutiva da mulher e do homem, mediante a adoo de aes m-dicas e educativas que compreendem, principalmente:

    I - o apoio ao planejamento familiar;

    II - o esclarecimento sobre a utilizao de mtodos contra-ceptivos;

    III - o atendimento mdico pr-natal c perinatal;

    IV - a assistncia integral ao recm-nascido;

    V - o incentivo ao aleitamento materno;

    VI - o diagnstico e a correo de estados de ferti lidade; .

    VII - a assistncia preventiva do cncer ginecolgico e de mama;

    VIII - a preveno de doenas sexualmente transmissveis;

    IX - a realizao programas de orientao s exual;

    X - a realizao de programas de assistncia ao climatrio.

    Art. 2 - Os programas estadeais de assistncia sade abrangerao a assistncia sade reprodutiva, com vistas a ga- rantir a integralidade das aes de sade do poder pblico, bem como a favorecer o livre exerccio dos direitos reprodutivos.

    Art. 3 - O poder pblico manter as condies que assegu-rem o cumprimento do disposto no artigo 1, devendo ser observa-das, principalmente, as necessidades de:

    I - prover com os recursos educacionais, tcnicos e cient- ficos necessrios os rgos encarregados da assistncia;

    II - fornecer ao paciente orientao e informaes medicas

    45

  • 41

    ~

    ~

    adequadas, bem como dar-lhe o devido acompanhamento; r

    III - treinar e especializar recursos humanos na rea de sade reprodutiva;

    r IV - desenvolver pesquisas epidemiolgicas, clnicas e tec-

    ("' nolgicas que garantam a assistncia efetiva sade da mulher e E do homem;

    V - informar a populao sobre o contedo mdico, psicol-gico e social dos mtodos e tcnicas de planejamento fami liar e de reproduo humana;

    VI - desenvolver medidas educativas e preventivas no mbito da sade reprodutiva.

    Art. 4 - Os convnios entre o Estado e os municpios no mbito do Sistema nico de Sade - SUS - devero ser celebrados corn base no disposto nesta Lei.

    Art. 5" - 0 Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de sua publicao.

    ~

    Art. 6 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-o.

    Art. 7 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 20 de dezembro de 1993.

    Hlio Garcia - Governador do Estado

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  • Lei 11.553, de 3 de agosto de 1994

    Dispe sobre a ao do Estado com vistas ao favorecimento da realizao de transplantes.

    # (A Lei 12.306/96 acrescenta o a rt. 3 Lei 11.553, renumerando-se os demais)

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 0 - O Estado desenvolver aes que favoream a realizao de transplantes, nos termos da legislao vigente, mediante:

    I - o incentivo doao;

    II - a criao de condies materiais que facilitem a remoo de rgos, tecidos e substncias humanas;

    III - a criao de condies para o aprimoramento dos profissionais da rea..

    Art. 2 - Para atender ao disposto no artigo anterior, o Estado dever:

    I realizar campanhas peridicas de esclarecimento sobre a necessidade da doao e sobre os procedimentos necessrios par a . a sua realizao;

    II - conceder estmulo s pessoas de idade inferior a 65 (sessenta. e cinco) anos e dotadas de capacidade civil plena, residentes no Estado, que manifestarem inteno de doar "post-mortem" rgos para transplantes;

    lII - manter um cadastro estadual de doadores atualizado e franqueado aos interessados;

    IV - manter um cadastro estadual atualizado de pessoas que necessitam de transplante;

    V - garantir o fornecimento de atestado de bito do doador, a ser expedido pela autoridade competente, quando solicitada, no local em que se realizar a remoo do rgo, do tecido, ou da substncia humana;

    VI - criar programas de treinamento e desenvolvimento dos recursos humanos envolvidos na realizao de transplantes;

    47

  • VII - incentivar a realizao de congressos, debates, mesas-redondas e outras atividades relativas a transplantes, promovidas por entidades cientficas.

    #(A Lei 12.075/96 acrescenta os incisos VIII e LX e os 1 e 2 a este artigo)

    Art. 3 - G Poder Executivo regulamentar esta. Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data de sua publicao.

    Art. 4 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 5 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 03 de agosto de 1994.

    Hlio Garcia - Governador do Estado

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  • Lei 11.618, de 4 de outubro de 1994

    Estabelece as diretrizes para a cooperao do Estado com os consrcios administrativos intennunicipais de sade e d outras provi-dncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - O Estado prestar cooperao para o rientar a constituio e a manuteno de consrcios administrativos intermunicipais de sade, nos termos desta Lei.

    Pargrafo nico - A cooperao do Estado consistir na prestao de servio tcnico-profissional relativo organi-zao do consrcio e avaliao de investimentos que excedam as possibilidades de mobilizao de recursos dos municpios consorciados.

    Art. 2 - Considera-se consrcio administrativo inter-municipal de sade, para efeito desta Lei, a associao de municipios com a finalidade de prestao comum das aes e dos servios de sade que lhes correspondam, mediante termo de acordo ou de ajuste.

    Pargrafo nico - Os consrcios referidos no "caput" tero direo nica, prevista em seus atos constitutivos.

    Art. 3 - A direo dos consrcios administrativos intennunicipais de sade ser exercida por um Conselho Diretor composto:

    I - por 1 (um) representante do Conselho Municipal de Sade de cada municpio consorciado, livremente eleito por seus membros;

    II - pelo Prefeito do municipio consorciado ou pessoa por ele desigctada.

    1 - Os membros do Conselho Diretor mencionados no inciso I tero mandato de 2 (dois) anos, vedada a reeleio.

    2^ - Cabe ao Conselho Diretor elaborar o Plano Conjunto de Atendimento Regiona l, observado o disposto no artigo 6 desta . Lei.

    49

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    ~.

    Art. 4 - Os consrcios administrativos intetmunicipais de sade podero propor o remanejamento de parcelas de recursos destinados aos investimentos na rede de servios, cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e s demais aes de sade, conforme o disposto na Lei n 8.142, de 28 de dezembro de 1990, ou na legislao que a suceder.

    Art . 5" - Cabe ao Poder Executivo estadual requerer dos municpios a elaborao do Plano Municipal de Sade, fome-cendo-Ihes a orientao tcnica e a superviso necessrias sua formulao, sem exigncia de contrapartida, respeitados os princpios da autonomia municipal.

    Art. 6 - O Plano Conjunto de Atendimento Regional o instrumento tcnico-legal que compreende:

    I - a agregao das aes e dos servios previstos nos Planos Municipais de Sade;

    II - as aes e os servios complementares a serem exe- cutados ou implementados pelos rgos especializados do Estado.

    Art. 7 - A elaborao do Plano Conjunto dc Atendimento Regional dever obedecer, no mnimo, aos seguintes requisitos:

    I - referncia exclusiva a aes e servios de sade;

    II - observncia estrita aos planos de sade formulados pelos municpios consorciados;

    TJI - levantamento detalhado dos recursos humanos, ma-teriais e financeiros empregados pelo Sistema Unico de Sade, sob responsabilidade e gesto dos municpios consorciados;

    IV - levantamento completo e detalhado da demanda de servios de sade verificada nos ltimos 10 (dez) exerccios, destacando-se a parcela no atendida e a projeo estatstica da demanda por origem e destino;

    V - estudo demogrfico a regio, para dimensionamento e justificao de investimentos futuros;

    VI - aprovao pulos Conselhos Mu nicipais de Sade;

    VII - especificao objetiva e detalhada das obrigaes a cargo do Poder Executivo estadual;

    VIR - incluso das aes grevistas pelos planos pluri-

    50

  • anuais dos municpios e do Estado, no que conceme aos obje-tivos e s metas para as despesas de capital e para as despesas relativas aos programas de durao continuada.

    Pargrafo nico - Os recursos para elaborao e execuo do Plano Conjunto de Atendimento Regional sero previstos em dotaes especficas do oramento dos municpios consorciados e do oramento do Estado, especialmente no que se refere seguridade social.

    Art. 8 - Os consrcios administrativos intermunicipais de sade prestaro, semestralmente, contas da aplicao dos recursos a eles repassados pelos municpios consorciados, atendendo aos princpios constitucionais e legais de fisca-lizao e controle.

    Art. 9 - Qualquer cidado parte legtima para requerer do Conselho Diretor dos consrcios de que trata esta Lei demonstrativos referentes a:

    I - fontes de recursos destinados ao seu funcionamento;

    II - receita efetivamente realizada;

    ffi - extratos bancrios comprobatrios de movimentao de recursos;

    IV - descrio completa das despesas efetuadas, discri-minadas as de custeio e as de investimentos;

    V - relao de profissionais e horas efetivamente tra-balhadas por tipo de habilitao profissional;

    VI - resultados alcanados coin os trabalhos realizados, em termos de pacientes atendidos e da natureza do atendimento;

    VII - preos unitrios das aes de atendimento.

    Pargrafo nico - Recebida a solicitao de que trata este artigo, o Conselho Diretor ter prazo de 15 (quinze) dias, prorrogvel por igual perodo, para prestar os esclarecimentos devidos .

    Art. 10 - O Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias contados da publicao desta lei, publicar minuta de ajuste com vistas a possibilitar aos municpios interessados a cons tituio dos consrcios administrativos intermunicipais dc sade.

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  • Pargrafo nico - A minuta de ajuste a que se refere o "caput" deste artigo dever prever, no mnimo:

    I - a participao, no Conselho Diretor, dos repre-sentantes dos municpios associados;

    II - a. paridade de representao, garantindo-se a. cada municpio voz e voto;

    III - a forma de escolha dos representantes e a durao dos mandatos;

    IV - a distribuio de responsabilidades e encargos;

    V - a gesto dos recursos pelo Presidente do Conselho Diretor, em conjunto com o Tesoureiro, sob a superviso dos demais membros;

    VI - a inclusu obrigatria de, pelt) menus, um municpio que possua ou tenha condies de criar infra-estrutura. de sade adequada ao atendimento da demanda regional, especialmente no que diz respeito . medicina preventiva e curativa;

    VII. - penalidade e vedaes.

    Art. 11 - (Vetado).

    j- Art. 12 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 1.3 - Revogam-se as disposies em contrrio.

    Dada no Palcio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 04 de outubro de 1994.

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    Hlio Garcia - Governador do Estado

    52

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    Lei 11.619, de 4 de outubro de 1994

    Obriga o Estado a oferecer, gratuitamente, o exame do caritipo e a triagem metablica para diagnstico da fenilcetonria e do hipotireoidismo congnito - "exame do pezinho".

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. P' - rica o Estado obrigado a oferecer gratuitamente populao a realizao:

    I - (Vetado).

    II - da triagem metablica para diagnstico da fenil-cetonria e du hipotircoidismo congnito - "exame du pezinho".

    Pargrafo nico - (Vetado).

    I - (Vetado).

    II - (Vetado).

    Art. 2 - Para o cumprimento do disposto no artigo anterior, o Poder Executivo celebrar convnios ou contratos com rgos ou entidades localizados no Estado, na seguinte ordem de preferncia:

    I - entidades pblicas;

    II - entidades filantrpicas;

    III - demais entidades privadas.

    Art. 3 - (Vetado).

    Art. 4 - O Poder Executivo divulgar amplamente o significado e a importncia dos exames de que trata esta Lei, bem como os locais e as condies para sua realizao.

    Art. 5 - O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data de sua publicao.

    Art. 6 - As despesas para a execuo desta Lei correro conta de dotao oramentria prpria.

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  • Art. 7 - Esta Lei entra em vigor na data. de sua publicao.

    Art. 8 - Revogam-se as disposies em contrrio, em especial a Lei n 8.826, de 5 de junho de 1985.

    Dada no Palcio da Liberdade, eit Belo Horizonte, aos 04 de outubro de 1994.

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  • Lei 11.802, de 18 de janeiro de 1995

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    Dispe sobre a promoo da sade e da reintegrao social do portador de sofrimento mental; determina a implantao de aes e servios de sade mental substitutivos aos hospitais psiquitricos e a extino progressiva destes; regulamenta as internaes, espe-cialmente a involuntria, e d outras providncias.

    O Povo do Estado de Minas Gerais, por seus representantes, decretou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:

    Art. 1 - Toda pessoa portadora de sofrimento mental ter direito a tratamento constante de procedimentos teraputicos, com o objetivo de manter e recuperar a integridade fisica e men-tal, a identidade e a dignidade, a vida fami liar, comunitria e profissional.

    An. 2 - Os poderes pblicos estadual e municipais, de acordo cor os princpios constitucionais que regem os direitos individuais, coletivos e sociais, garantiro e implementaro a preveno, o tratamento, a reabilitao e a insero social ple- na de pessoas portadoras de sofimento mental, sem discriminao de qualquer tipo que impea ou dificulte o usuf ruto desses di-reitos.

    Art. 3 - Os poderes pblicos estadual e municipais, em seus nveis de atribuio, estabelecero a planificao necess-ria para a instalao e o funcionamento de recursos alternativos aos hospitais psiquitricos, os quais garantam a. manuteno da pessoa portadora de sofrimento mental no tratamento e sua inser-o na famlia, no trabalho e na comunidade, tais como:

    I - ambulatrios;

    11 - servios de emergncia psiquitrica em prontos-socor-ros gerais e centros de referncia;

    III - leitos ou unidades de internao psiquitrica em hos-pitais gerais;

    IV - servios especializados cm regime de hospital-dia e hospital-noite;

    V - centros de referncia em sade mental;

    VI - centros de convivncia;

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    VII - tares e penses protegidas.

    Pargrafo nico - Para os fins desta lei, entende-se como centro de referncia em sade mental a unidade regional de fun-cionamento permanente de atendimento ao paciente em crise.

    Art. 4" - O uso de medicao nos tratamentos psiquitricos em estabelecimentos de sade mental dever responder s necessi-dades fundamentais de sade da pessoa portadora de sofrimento mental e ter exclusivamente fins teraputicos, devendo ser re-visto periodicamente.

    Pargrafo nico - So proibictls outras prticas teraputi-cas psiquitricas biolgicas, salvo nas seguintes condies as-sociadas:

    I - indicao absoluta, quando no existirem procedimentos de maior ou igual eficcia;

    II - utilizao, esgotadas as demais possibilidades tera-puticas, em ambiente hospitalar especializado;

    >II - risco de vida iminente decorrente do sofrimento men- tal;

    IV - consentimento do paciente, caso o quadro clnico o permita, e de seus familiares, aps o conhecimento do prognsti-co e dos possveis efeitos colaterais decorrentes da administra-o da. teraputica;

    V - manifestao por escrito e coin assinatura dos membros de equipe de sade mental do estabelecimento onde ser ministra-da a teraputica;

    VI - exame e consentimento, por escrito, de equipe de mdi-cos, sendo 1 (um) do estabelecimento, 1 (um) indicado pela auto-ridade sanitria estadual e 1 (um) indicado pela auto ridade sa-nitria municipal.

    Art. 5 - Fica vedado o uso de celas-fortes, camisas-de- fora e outros procedimentos violentos e desumanos em qualquer estabelecimento de sade, pblico ou privado.

    Art. 6^ - Ficamproibidas as psicocirurgias, assim como quaisquer procedimentos que produzam efeitos orgnicos irrever-sveis, a ttulo dc tratamento dc enfermidade mental.

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    Art. 7 - Ser permitida a construo de unidade psiqui-trica em hospital geral, de acordo com a demanda local e regio-nal.

    Pargrafo nico - O projeto de construo de unidade psi-quitrica dever ser avaliado e autorizado pelas secretarias, administraes e conselhos municipais de sade, seguido de pare-cer final da Secretaria de Estado da Sade e do Conselho Esta-dual de Sade.

    Art. 8 - As unidades psiquitricas de que trata o artigo anterior tero pessoal e estrutura fisica adequados ao tratamen-to de portadores de sofrimento mental e utilizaro as reas e os equipamentos de servios bsicos do hospital geral.

    Pargrafo nico - As instalaes referidas no "caput" deste artigo no podero ultrapassar 10r (dez por cento) da capacidade instalada do hospital geral, at o limite de 30 (trinta) leitos por unidade operacional.

    Art. 9" - A internao psiquitrica ser utilizada como l-timo recurso teraputico, esgotadas todas as outras formas e possibilidades teraputicas prvias, c dever objetivar a mais breve recuperao, em prazo suficiente para determinar a. imedia-ta reintegrao social da pessoa portadora de sofrimento mental.

    1 - A internao psiquitrica, nos termos deste artigo, dever ter encaminhamento exclusivo dos servios de emergncias psiquitricas dos prontos-socorros gerais e dos centros de refe-rncia de sade mental e ocorrer, preferencialmente, em enferma- das de sade mental em hospitais gerais.

    2 - A internao de pessoas com diagnstico principal de sndrome de dependncia alcolica dar-se- em leito de clnica mdica em hospitais e prontos-socorros gerais.

    Art. 10 - A internao psiquitrica exigir laudo de mdico especializado pertencente ao quadro de funcionrios dos estabe-lecimentos citados no 1 do a rt . 9.

    Pargrafo nico - O laudo mencionado neste artigo dever conter:

    I - descrio minuciosa das condies do paciente que ense-jem a sua internao;

    II - consentimento expresso do paciente ou de sua famlia;

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    ffi - as previses de tempo mnimo e mximo de durao da internao.

    Art. 11 - A internao psiquitrica de menores de idade e aquela que no obtiver o consentimento expresso do internado se-r caracterizada pelo mdico autor do laudo como internao in-voluntria.

    Art. 12 - O laudo referido nos arts. 10 e 11 ser remetido pelo estabelecimento que realizar a internao ao representante local da autoridade sanitria e do Ministrio Pblico no prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da internao.

    Art. 13 - Em qualquer caso, a autoridade sanitria local e o Ministrio Pblico podero requisitar complementos e informa-maes do autor do laudo e da direo do estabele