coleta e preparaÇÃo de material botÂnico

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CONSIDERAÇÕES É fundamental o incremento do acervo do Herbório IAN, pois o acréscimo do número de exemplares botânicos maximizaró as informações sobre a flora amazônica que a Embrapa eo Brasil terão para futuros estudos. O aumento dos espécimes incorporados ao Herbório e Xiloteca fornecerão subsídios para estudos de variabilidades intra e interespecífica, órea de distribuição das espécies e facilitaró também as identificações botânicas. Torna-se importante a colaboração de todos os pesquisadores/usuórios do Herbório e Xiloteca no incremento do acervo, visto que as vantagens trazidas pelo aumento de exemplares refletiró na qualidade das informações que serão processadas. COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS BOTÃNICAS Equipamentos necessários à coleta: Caderno, lápis ou caneta e borracha - para registrar as informações inerentes a cada amostra coletada. Trena ou fita métrica - para medir o diâmetro e/ou circunferência das árvores. Podâo, terçado, tesoura de poda, faca, facâo ou canivete - usado no corte de ramos a serem coleta dos. Peconha, escadas de alumínio ou de corda e equipamento de alpinismo - para coletar material botânico nas árvores e ou arbustos. Jornal- para acondicionar as amostras coletadas. Folhas de papelâo - para intercalar entre as folhas de jornal que contêm as amostras coletadas. Folhas de alumínio corrugado -sâo dispostas após as folhas de papelão. Prensas de madeira - para prender as pilhas formadas pelos jornais contendo os exemplares intercalados com papelão e folhas de alumínio Corda de sisal ou náilon - para amarrar a prensa; o material botânico deve ser comprimido para que as folhas possam permanecer da maneira que foram dispostas e ao secarem não fiquem enrugados. Sacos de plástico (25X12cm ou 90X60cm) - para acondicionar o material botânico coletado. Álcool 90· GL- para borrifaras amostras coletadas. Álcool 70% - para conservar flores e frutos. Recipientes de vidro (tipo nescafé/maionese) - para acondicionar flores e frutos em meio líquido. GPS (Global Position Situation) - utiliza-se para medir a posição geográfica do espécime a ser coletado. Binóculos de longo alcance- para observar a copa das árvores a fim de localizar flores e frutos. Botas - para caminhar na floresta. Etiquetas adesivas ou pedaços de papel vegetal - para marcar as amostras colocadas nos recipientes de vidro. Estufa elétrica ou outra fonte' de calor - para desidratar o material prensado. Sílica gel- para acondicionar material destinado a estudos de DNA. Sacos de plástico com fechos herméticos com aproximadamente 10X20cm, 1OX15cm e 15X30cm - para acondicionar amostras destinadas ao estudo deDNA. Lupa conta-fios (10x a 20x) - para exame rápido de elementos florais e amostras de madeira. Sacos de plástico com capacidade de 40 e 60 litros - para acondicionar amostras que serão conservadas em álcool. Isopor com gelo - para colocar as amostras a serem utilizadas no estudo de DNA. f ~ 8 " Promover o avanço do conhecimento científico sobre a 3 região e viabilizar soluções tecnológicas, competitivas e l sustentáveis para o agronegócio da Amazônia Oriental - do País,em benefício da sociedade". MISSÃO DA EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental Ministério da Agricultura e do Abastecimento Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental Trav. Dr. Enéas Pinheiro s/n, Caixa Postal 48, Fone: (91) 299-4500 Fax: (091) 276-9845 CEP 66.095-100, E-mail: [email protected] Http://www.cpatu.embrapa.br HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: Segunda à Sexta, das 7:30 às 11:30h e das 12:30 às 16:30h. Texto: Joaquim Ivanir Gomes, Pesquisador 11 Regina Célia Viena Martins do Silva, Pesquisador 11 Giorgio Cristino Venturieri, Pesquisador 11 Revisão: Maria de Nazoré M. dos Santos I I GOVERNO FEDERAL Trabalhando em todo o Brasil COLETA E PREPARAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO Amazônia Oriental Befém 2001

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Page 1: COLETA E PREPARAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO

CONSIDERAÇÕES

É fundamental o incremento do acervo do HerbórioIAN, pois o acréscimo do número de exemplares botânicosmaximizaró as informações sobre a flora amazônica que aEmbrapa e o Brasil terão para futuros estudos. O aumento dosespécimes incorporados ao Herbório e Xiloteca fornecerãosubsídios para estudos de variabilidades intra einterespecífica, órea de distribuição das espécies e facilitarótambém as identificações botânicas.

Torna-se importante a colaboração de todos ospesquisadores/usuórios do Herbório e Xiloteca no incrementodo acervo, visto que as vantagens trazidas pelo aumento deexemplares refletiró na qualidade das informações que serãoprocessadas.

COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS BOTÃNICAS

Equipamentos necessários à coleta:Caderno, lápis ou caneta e borracha - para registrar as informaçõesinerentes a cada amostra coletada.Trena ou fita métrica - para medir o diâmetro e/ou circunferência dasárvores.Podâo, terçado, tesoura de poda, faca, facâo ou canivete - usado no cortede ramos a serem coleta dos.Peconha, escadas de alumínio ou de corda e equipamento de alpinismo -para coletar material botânico nas árvores e ou arbustos.Jornal- para acondicionar as amostras coletadas.Folhas de papelâo - para intercalar entre as folhas de jornal que contêm asamostras coletadas.Folhas de alumínio corrugado - sâo dispostas após as folhas de papelão.Prensas de madeira - para prender as pilhas formadas pelos jornaiscontendo os exemplares intercalados com papelão e folhas de alumínioCorda de sisal ou náilon - para amarrar a prensa; o material botânico deveser comprimido para que as folhas possam permanecer da maneira queforam dispostas e ao secarem não fiquem enrugados.Sacos de plástico (25X12cm ou 90X60cm) - para acondicionar o materialbotânico coletado.Álcool 90· GL- para borrifaras amostras coletadas.Álcool 70% - para conservar flores e frutos.Recipientes de vidro (tipo nescafé/maionese) - para acondicionar flores efrutos em meio líquido.GPS (Global Position Situation) - utiliza-se para medir a posição geográficado espécime a ser coletado.Binóculos de longo alcance- para observar a copa das árvores a fim delocalizar flores e frutos.Botas - para caminhar na floresta.Etiquetas adesivas ou pedaços de papel vegetal - para marcar as amostrascolocadas nos recipientes de vidro.Estufa elétrica ou outra fonte' de calor - para desidratar o materialprensado.Sílica gel- para acondicionar material destinado a estudos de DNA.Sacos de plástico com fechos herméticos com aproximadamente 10X20cm,1OX15cm e 15X30cm - para acondicionar amostras destinadas ao estudodeDNA.Lupa conta-fios (10x a 20x) - para exame rápido de elementos florais eamostras de madeira.Sacos de plástico com capacidade de 40 e 60 litros - para acondicionaramostras que serão conservadas em álcool.Isopor com gelo - para colocar as amostras a serem utilizadas no estudo deDNA.

f~8

" Promover o avanço do conhecimento científico sobre a 3

região e viabilizar soluções tecnológicas, competitivas e lsustentáveis para o agronegócio da Amazônia Oriental -do País,em benefício da sociedade".

MISSÃO DA EMBRAPA

Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaCentro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental

Ministério da Agricultura e do AbastecimentoCentro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental

Trav. Dr. Enéas Pinheiro s/n, Caixa Postal 48,Fone: (91) 299-4500

Fax: (091) 276-9845 CEP 66.095-100,E-mail: [email protected]

Http://www.cpatu.embrapa.br

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:

Segunda à Sexta, das 7:30 às 11:30h edas 12:30 às 16:30h.

Texto:Joaquim Ivanir Gomes, Pesquisador 11

Regina Célia Viena Martins do Silva, Pesquisador 11Giorgio Cristino Venturieri, Pesquisador 11

Revisão:Maria de Nazoré M. dos Santos

I IGOVERNOFEDERAL

Trabalhando em todo o Brasil

COLETA E PREPARAÇÃODE MATERIAL BOTÂNICO

Amazônia OrientalBefém 2001

Page 2: COLETA E PREPARAÇÃO DE MATERIAL BOTÂNICO

Procedimentos:

o primeiro passo éanotar as informações inerentesao espécime do qual se desejacoletar amostras tais como: data,coletor, local onde está sendorealizada a coleta, altura ecircunferência da árvore, tipo desolo, coloração da flor, espessurada casca, presença de látex etc.

As amostras devem sercoletadas com 30cm a 40cm decomprimento, nas quais as folhasestejam maduras, e existam florese/ou frutos. FIG. 1. Coletar botânico anotando as

informações sobre' local de coleta,De modo geral, somente descrição dendrológica da árvore, data,

as amostras férteis devem fazer etc.

parte do acervo dos herbários, D e c a d a p Ia n ta,pois os aparelhos reprodutores recomenda-se coletar nosão essenciais, à identificação mínimo, cinco amostras,taxonômica. E aconselhável sendo uma para o acervocoletar várias flores e frutos paro do Herbário, outra para oque possam ser dissecados sem especialista da família,retirá-/os da exsicata principal. outra para um dos grandes

herbários nacionais e asoutras duas para seremutilizados no processo deintercâmbio científico queocorre entre os herbários.No caso de pequenaservas, as mesmas devemser coletadas com a raiz.

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FIG.2 Exsicatas prontaspara serem introduzidasno Herbário.

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Preparação do material coletado - Após acoleta, o material deverá ser preparqdo edesidratado da seguinte maneira:·

\As amostrasdevem ser dispostasem folhas de jornaldobradas oo . meio,tentando imitar; aomáximo, a disposiçãodaquela planta nanatureza, sempretendo o cuidado deorganizar flores ef o I h da s b[ elhm FIG. 3a. Amostra botânica disposta no jornal para secagemdistendi as. As 10 as naestufa.

de papelão devem ser cortadas do tamanho das prensas, eserão intercaladas entre as folhas de jornal que contêm asamostras coletadas.

As folhas dealumínio corrugado sãodispostas após os depapelão e devem serdistribuídas com ascanaletas na mesmadireção para facilitar apassagem do ar. Asprensas de madeirodestinam-se a prender FIG. 3b. Prensagem do material botânico paraas pilhas formadas pelos secagem. v

jornais contendo os exemplares intercalados com papelão efolhas de alumínio, as quais devem ser amarradas com cordade sisol ou a náilon.

PAPELÃO

""""PLACA DE ALUMINIO

PAPELÃO·(.j#M';·Uf.'Af.i§it-'

PAPELÃO

PLACA DE ALUMíNIO

PAPELÃO

FIG. 3c. Esquema da prensagem de material

omaterial botânico deve ser comprimido para que asfolhas possam permanecer da maneira que foram dispostas e,ao secarem, não fiquem enrugados. O material assimpreparado deve ser desidratado, caso contrário, as folhas epeças florais se soltam e são atacadas por fungos.

A secagempode ser realizada aoso/' ou, o que é muitomelhor, sobre o calor defogões a querosene ououtra fonte de calor. Oscoletores profissionais,geralmente, utilizam nocampo, fogões aquerosene, sobre o qual FIG. 4. Estufa elétrica com circulação de ar para secagem de

eo I o c o m a p r e n s a material botânico e amostras de madeira.

circundada por cortina de lona como proteção contra o vento ea perda de calor.

No Herbário IAN, utilizam-se estufas elétricas paradesidratar o material botânico. Quando for necessário esperarmais de 24 horas para submeter as plantas à secagem, essasdeverão ser borrifadas com álcool 95° GL ou formol a 10% ou15%. O formol que se obtém no comércio está a 40%,podendo ser utilizado na proporção de uma parte para três deágua.

Coletade amostras de madeira

A Xiloteca, daEmbrapa AmazôniaOriental abriga umavaliosa coleção demadeiras amazônicas,

.• servindo de subsídio àu,,=';""~l identificação botânico de

árvores, arbustos, cipósr;, e, mais especialmente,de madeiras comerciais.

FIG.5.Amostras de madeira arquivadasnaXiloteca.

As amostras para compor uma Xiloteca devem serobtidas do tronco da árvore a 1,30m do solo (altura do DAP)de preferência com casca. No caso de árvores comsapopemas, a coleta deve ser feita logo acima dessas raízes.

De acordo com a Série Técnica nO 15 (1991), quedescreve os procedimentos em estudo do Anatomia daMadeira, a amostra ideal para as descrições deve estarcondizente com as dimensões de 5cm x 5cm no sentidotransversal e 10cm no sentido longitudinal. Alguns autoresrecomendam que as amostras para Xiloteca devem atender de12 x 8 x 4cm com casca. Os dados da árvore durante a coletasão os mesmos da etiqueta da exsicata do Herbário. Após acoleta as amostras são secas ao ar livre, à sombra ou estufacom circulação de ar a uma temperatura de 35 a 40°C, por umperíodo de cinco dias.