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Língua Portuguesa Colégio Santa Dorotéia 1 Assunto e suporte teórico: Leitura, compreensão e produção de texto; Linguagem, comunicação e interação Linguagem verbal e linguagem não verbal Atividades de Apoio – folhas avulsas Google Classroom Texto 1 Decifrando a escrita da vida Todas as culturas tendem a atribuir um poder mágico à palavra escrita. A tradição judaico-cristã repousa sobre um livro, a Bíblia, que vem sendo lido com unção e respeito há milhares de anos. A expressão árabe "Maktub", estava escrito, diz que o Destino deve estar escrito. Os adivinhos, por sua vez, leem o futuro nas linhas das mãos, nas folhas do chá, nos búzios, que passam então a adquirir o significado de mensagens. São crenças de natureza religiosa ou mágica, mas às quais a ciência acabou recorrendo, ainda que em caráter de metáfora, para responder à pergunta que sempre intrigou a humanidade: como se transmitem os caracteres hereditários? De que maneira o ser que vai nascer é "informado" - no sentido de receber uma forma? Difícil questão. Muito mais difícil que decifrar os hieróglifos, por exemplo. Neste caso, o achado da pedra de Rosetta, com os misteriosos caracteres egípcios ao lado da familiar escrita grega, resolveu o problema. No caso da hereditariedade, era preciso, em primeiro lugar, achar onde estava a mensagem, o que só ocorreu no século vinte, com a descoberta dos cromossomos e dos genes. E aí constatou-se que a escritura da vida é dada pela disposição de substâncias químicas dentro da grande molécula do ácido desoxirribonucleico, o DNA. Cada gene é, portanto, um texto. Um texto que, decifrado, permite responder por que uma pessoa tem tal ou qual doença, tal ou qual defeito congênito. E permitirá também corrigir esses defeitos, mediante a engenharia genética. "No começo era o Verbo.". Exatamente: no começo, era a palavra, o texto. O que está escrito - não no Livro do Destino, mas em nossas células - condiciona nossa existência. Estamos aprendendo a nos comunicar com a natureza, mas na linguagem desta. Mil histórias poderão ser agora contadas. Histórias para as quais o final feliz não é só um exercício ficcional, mas é uma gloriosa possibilidade. SCLIAR, Moacyr. In: Omint fala com você. São Paulo:Omint Assintencial, n.10, out.200. Colégio Santa Dorotéia Área de Códigos e Linguagens Disciplina: Língua Portuguesa Ano: 1º – Ensino Médio Professora: Jane Teixeira Aluno(a): ________________________________________________ Nº: _____ Turma: _____ Atividades para Estudos Autônomos Data: 6 / 3 / 2018

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Page 1: Colégio Santa Dorotéia Atividades para Estudos Autônomos · repousa sobre um livro, a Bíblia, que vem sendo lido com unção e respeito há milhares de anos. A expressão árabe

Língua Portuguesa

Colégio Santa Dorotéia 1111

Assunto e suporte teórico: Leitura, compreensão e produção de texto;

Linguagem, comunicação e interação

Linguagem verbal e linguagem não verbal

Atividades de Apoio – folhas avulsas

Google Classroom

Texto 1

Decifrando a escrita da vida Todas as culturas tendem a atribuir um poder mágico à palavra escrita. A tradição judaico-cristã

repousa sobre um livro, a Bíblia, que vem sendo lido com unção e respeito há milhares de anos.

A expressão árabe "Maktub", estava escrito, diz que o Destino deve estar escrito. Os adivinhos, por sua

vez, leem o futuro nas linhas das mãos, nas folhas do chá, nos búzios, que passam então a adquirir o

significado de mensagens.

São crenças de natureza religiosa ou mágica, mas às quais a ciência acabou recorrendo, ainda que em

caráter de metáfora, para responder à pergunta que sempre intrigou a humanidade: como se

transmitem os caracteres hereditários? De que maneira o ser que vai nascer é "informado" - no sentido

de receber uma forma?

Difícil questão. Muito mais difícil que decifrar os hieróglifos, por exemplo. Neste caso, o achado da

pedra de Rosetta, com os misteriosos caracteres egípcios ao lado da familiar escrita grega, resolveu o

problema. No caso da hereditariedade, era preciso, em primeiro lugar, achar onde estava a mensagem,

o que só ocorreu no século vinte, com a descoberta dos cromossomos e dos genes. E aí constatou-se

que a escritura da vida é dada pela disposição de substâncias químicas dentro da grande molécula do

ácido desoxirribonucleico, o DNA. Cada gene é, portanto, um texto. Um texto que, decifrado, permite

responder por que uma pessoa tem tal ou qual doença, tal ou qual defeito congênito. E permitirá

também corrigir esses defeitos, mediante a engenharia genética.

"No começo era o Verbo.". Exatamente: no começo, era a palavra, o texto. O que está escrito - não no

Livro do Destino, mas em nossas células - condiciona nossa existência. Estamos aprendendo a nos

comunicar com a natureza, mas na linguagem desta. Mil histórias poderão ser agora contadas. Histórias

para as quais o final feliz não é só um exercício ficcional, mas é uma gloriosa possibilidade.

SCLIAR, Moacyr. In: Omint fala com você. São Paulo:Omint Assintencial, n.10, out.200.

Colégio Santa Dorotéia Área de Códigos e Linguagens Disciplina: Língua Portuguesa Ano: 1º – Ensino Médio

Professora: Jane Teixeira Aluno(a): ________________________________________________ Nº: _____ Turma: _____

Atividades para

Estudos Autônomos

Data: 6 / 3 / 2018

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Língua Portuguesa

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Com base no texto lido, resolva as seguintes atividades.

QUEST�� 1

O 1º§ do texto permite-nos empreender uma concepção ampla de leitura, que vai além da decodificação de letras. EXPLICITE essa afirmativa. ___________________________________________________________________________________

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QUEST�� 2

No texto, o tema é abordado fazendo-se um paralelo entre o verbal e o não verbal. EXPLIQUE essa afirmação. ___________________________________________________________________________________

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QUEST�� 3

Podemos depreender desse texto que a linguagem faz parte do universo humano: o homem cria linguagens para representar dados do seu mundo, ele interpreta dados desse mesmo mundo como linguagens.

a) TRANSCREVA passagens que mostram esses dois procedimentos.

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b) Esses dois procedimentos mostram também a variedade de linguagens presente no universo

humano. INDIQUE algumas delas.

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QUEST�� 4

Podemos deduzir, ainda, que a descoberta científica muitas vezes está associada à identificação de uma linguagem. Enquanto essa linguagem não é identificada, o problema permanece indecifrável.

a) TRANSCREVA a passagem que comprova essa afirmação.

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________________________________________________________________________________ b) EXPLIQUE qual foi a “pedra de Rosetta” da ciência nesse caso.

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QUEST�� 5

COMENTE a seguinte afirmação: “Cada gene é, portanto, um texto.” __________________________________________________________________

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__________________________________________________________________ (Atividades adaptadas do livro Português para o Ensino Médio – Língua, Literatura e Produção de Textos de Nicola, Floriano e Ernani – Editora Scipione)

PARA SABER MAIS: Sobre a Pedra de Rosetta, consulte http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_de_Roseta

Texto 2

Os meninos-lobo Cláudio de Moura Castro

No velho conto de Rudyard Kipling Mogli, o Menino-Lobo, o autor descreve uma criança que, adotada por uma loba, cresce sem jamais haver usado uma só palavra humana, até ser encontrada e se integrar à sociedade. O conto é atraente, mas cientificamente absurdo. Porém, houve outros casos, supostamente reais, de crianças criadas por animais. E também casos reais (até recentes) de crianças que cresceram isoladas e sem oportunidades de aprender a falar.

Faz tempo, meninos-lobo e outros jovens criados sem interação humana despertaram o interesse da psicologia cognitiva e da linguística. A razão é que seriam um experimento natural que permitiria responder a uma pergunta crucial: esses jovens, sem conhecer palavras, poderiam pensar como os demais humanos?

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Língua Portuguesa

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A questão em pauta era decidir se pensamos porque temos palavras ou se seria possível pensar sem elas. Como os meninos-lobo não conheciam palavras, se podiam pensar, teria de ser sem elas. Nos diferentes casos de crianças criadas em isolamento, ficou clara a enorme dificuldade de ajustamento que elas encontraram ao ser reabsorvidas pela sociedade. Muitas jamais se ajustaram, fosse pelo trauma do isolamento, fosse pela impossibilidade de pensar humanamente sem palavras. Mas o fato é que não desenvolveram um raciocínio (abstrato) classicamente humano. O interesse pelos meninos-lobo feneceu. Mas se aprendeu muito desde então, e hoje não se acredita que o pensamento sem palavras seja possível, pelo menos, o pensamento simbólico que é a marca dos seres humanos. Ou seja, Mogli não seria capaz de pensar. "Vivemos em um mundo de palavras", diz o celebrado antropólogo Richard Leakey. "Nossos pensamentos, o mundo de nossa imaginação, nossas comunicações e nossa rica cultura são tecidos nos teares da linguagem... A linguagem é o nosso meio... É a linguagem que separa os humanos do resto da natureza. "Para o neuropaleontólogo Harry Jerison, precisamos de um cérebro grande (três vezes maior do que o de outros primatas) para lidar com as exigências da linguagem. Portanto, se pensamos com palavras e com as conexões entre elas, a nossa capacidade de usar palavras tem muito a ver com a nossa capacidade de pensar. Dito de outra forma, pensar bem é o resultado de saber lidar com palavras e com a sintaxe que conecta uma com a outra. O psicólogo Howard Gardner, com sua tese sobre as múltiplas inteligências, talvez diga que Garrincha tinha uma "inteligência futebolística" que não transitava por palavras. Mas grande parte do nosso mundo moderno requer a inteligência que se estrutura por intermédio das palavras. Quem não aprendeu bem a usar palavras não sabe pensar. No limite, quem sabe poucas palavras ou as usa mal tem um pensamento encolhido. Talvez veredicto mais brutal sobre o assunto tenha sido oferecido pelo filósofo Ludwig Wittgenstein: "Os limites da minha linguagem são também os limites do meu pensamento". Simplificando um pouco, o bem pensar quase que se confunde com a competência de bem usar as palavras. Nesse particular não temos dúvidas: a educação tem muitíssimo a ver com o desenvolvimento da nossa capacidade de usar a linguagem. Portanto, o bom ensino tem como alvo número 1 a competência linguística. Pelos testes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), na 4a série 50% dos brasileiros são funcionalmente analfabetos. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), a capacidade linguística do aluno brasileiro corresponde à de um europeu com quatro anos a menos de escolaridade. Sendo assim, o nosso processo educativo deve se preocupar centralmente com as falhas na capacidade de compreensão e expressão verbal dos alunos. Ao estudar a Inconfidência Mineira, a teoria da evolução das espécies ou os afluentes do Amazonas, o aprendizado mais importante se dá no manejo da língua. É ler com fluência e entender o que está escrito. É expressar-se por escrito com precisão e elegância. É transitar na relação rigorosa entre palavras e significados. No conto, Mogli se ajustou à vida civilizada. Infelizmente para nós, Kipling estava cientificamente errado. Nossa juventude estará mal preparada para a sociedade civilizada se insistirmos em uma educação que produz uma competência linguística pouco melhor do que a de meninos-lobo.

Revista VEJA, 8 de junho de 2008.

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(Questões de 6 a 11 - adaptadas da Unimontes/2010)

QUEST�� 6 De acordo com o texto,

a) quanto mais desenvolvemos a nossa competência de uso da linguagem, mais adquirimos destreza,

habilidade e complexidade de realização do nosso pensamento.

b) o uso competente da linguagem tem a ver fundamentalmente com a efetividade do ensino nas séries iniciais até a quarta série.

c) as teses dos pesquisadores modernos confirmam a ideia defendida no conto de Kipling sobre o ajustamento de Mogli à sociedade civilizada.

d) é normal, em nosso meio, devido ao fato de que há múltiplas inteligências, que uma delas se sobreponha à habilidade de uso da linguagem verbal.

e) a capacidade linguística de um aluno brasileiro é correspondente à de um aluno de país desenvolvido.

QUEST�� 7 O pensamento simbólico, marca dos seres humanos, desenvolve-se através do uso da linguagem. Nesse sentido, ela é fundamental, EXCETO

a) na nossa compreensão de como os seres humanos estruturam sua cultura e sociedade e nos

motivos que os levam a interferir nelas.

b) na nossa inserção efetiva em nosso meio social.

c) na preparação dos homens para a possibilidade de terem de enfrentar situações adversas que os forcem a viver no isolamento de outros seres humanos.

d) no desenvolvimento da nossa capacidade de resolver problemas.

e) na capacidade humana de imaginar.

QUEST�� 8 OBSERVE a seguinte afirmação retirada do texto.

“Nossos pensamentos, o mundo de nossa imaginação, nossas comunicações e nossa rica cultura são tecidos nos teares da linguagem....”(5º§)

É possível afirmar, então, que pensamento abstrato e linguagem a) são incompatíveis.

b) encontram-se em situação de oposição em relação a culturas de sociedades designadas como rudimentares.

c) são passíveis de se desenvolverem separadamente.

d) confundem-se.

e) são dicotômicos.

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Língua Portuguesa

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QUEST�� 9 Quando o antropólogo diz que É a linguagem que separa os humanos do resto da natureza...”(5º§), ele expressa a) seu menosprezo à natureza. b) que somos singulares. c) que há um abismo a dividir humanidade e natureza. d) o fato de a sobrevivência da natureza depender das ações humanas. e) a ideia de que a linguagem muitas vezes serve para separar.

QUEST�� 10 O autor do texto desenvolve suas ideias com o intuito de destacar, fundamentalmente,

a) que um princípio básico de um ensino que se quer eficaz é desenvolver as habilidades de uso da

linguagem e do pensamento. b) que a prosperidade de uma sociedade depende de uma boa educação formal. c) a importância da convivência, da vida vivida em conjunto, para o desenvolvimento de um ser

humano saudável. d) a solução que os cientistas encontraram para a antiga querela: Existe pensamento sem linguagem? e) que a boa educação pressupõe o estudo dos meninos- lobo, para que não se repita a história deles.

QUEST�� 11 O fecho das ideias desse texto constitui

a) um apelo a que o jovem, nos limites da família, inicie a preparação para uma educação escolar de

sucesso. b) um alerta para que não nos contentemos com um pensamento e linguagem limitados. c) uma crítica contundente à educação escolar brasileira. d) uma demonstração do caráter primitivo da educação escolar brasileira. e) uma sugestão de como ajustar pessoas sem o convívio social à sociedade letrada.

QUEST�� 12 RELEIA.

“Ou seja, Mogli não seria capaz de pensar.”

JUSTIFIQUE o fato de Mogli não ser capaz de pensar, usando argumentos do próprio texto. ___________________________________________________________________________________

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QUEST�� 13 RELACIONE, segundo o texto, linguagem e pensamento. ___________________________________________________________________________________

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QUEST�� 14

EXPLIQUE a passagem: “... o bom ensino tem como alvo número 1 a competência linguística.” ___________________________________________________________________________________

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QUEST�� 15

RELEIA.

“Nossa juventude estará mal preparada para a sociedade civilizada se insistirmos em uma educação que produz uma competência linguística pouco melhor do que a de meninos-lobo.”

a) Pela passagem em destaque pode-se inferir qual é o ponto de vista do autor do texto sobre a

educação no Brasil. EXPLICITE-o.

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b) RELACIONE a passagem em destaque com a tirinha de Mafalda abaixo.

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Língua Portuguesa

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GABARITO

1) Embora a leitura seja relacionada à palavra escrita e consagrada a ela, o que é reforçado pela tradição

judaico-cristã com a Bíblia, o destino, as linhas das mãos, as folhas de chá e os búzios, dentre outras não citadas no texto, é que há linguagens que também possibilitam múltiplas leituras e que, por sua vez, não são escritas. Por esse motivo o texto, em seu 1º§, estabelece uma concepção de leitura ampliada, não mera decodificação do código escrito.

2) Ao longo de texto, o autor faz um paralelo entre os cromossomos e os genes – linguagem não verbal – e o

texto escrito – linguagem verbal. “Cada gene é, portanto, um texto. Um texto que, decifrado, permite responder por que uma pessoa tem tal ou qual doença, tal ou qual defeito congênito”.

3)

a) SUGESTÃO DE RESPOSTAS “Os adivinhos, por sua vez, leem o futuro nas linhas das mãos, nas folhas do chá, nos búzios, que passam então a adquirir o significado de mensagens. “ (1º§) “...a escritura da vida é dada pela disposição de substâncias químicas dentro da grande molécula do ácido desoxirribonucleico, o DNA.” (3º§) “Estamos aprendendo a nos comunicar com a natureza, mas na linguagem desta.” (4º§)

b) As linhas das mãos, as folhas do chá, os búzios, dentre outros elementos como a natureza, gestos, símbolos, imagens...

4)

a) “O que está escrito - não no Livro do Destino, mas em nossas células - condiciona nossa existência.”

b) A pedra de Rosetta foi descobrir que a escritura da vida é dada pela disposição de substâncias químicas dentro da grande molécula do ácido desoxirribonucleico, o DNA. Isso foi, pois, a descoberta de uma linguagem.

5) Resposta pessoal. 6) a 7) c 8) d 9) b 10) a 11) c 12) Conforme é defendido pelo texto, Mogli, personagem de história infantil criado na selva apenas por animais

durante os primeiros anos de vida, não seria capaz de pensar se levado em consideração que o pensamento só existe por meio de palavras. Ele, portanto, na vivencia apenas com bicho, não teria desenvolvido a linguagem com palavras, logo, não teria desenvolvido o pensamento.

13) O autor, no texto, reforça a ideia de Ludwig Wittgenstein, que defende que o pensamento é da extensão da

linguagem. Quem tem a capacidade de usar bem a linguagem tem o pensamento desenvolvido na mesma proporcionalidade.

14) SUGESTÃO DE RESPOSTA - Segundo o autor, o ensino deve ter como preferência o desenvolvimento da

capacidade linguística dos alunos, para que saibam exercitar a linguagem de maneira abrangente e adequada a cada situação de uso.

15)

a) Para o autor, antes de qualquer outro conteúdo a ser ensinado na escola, deve-se ensinar a fluência na língua materna. Nada mais adianta saber outros conteúdos como fatos históricos, informações científicas, se o estudante não domina a língua com que se aprendem essas conteúdos.

b) Assim como o autor critica indiretamente a escola conteudista, que baseia seu ensino em dados e fatos, mas pouco desenvolve a linguagem, Mafalda, a personagem da tirinha, critica sua professora, que ensina seus alunos a repetir frases, mas parece não desafiá-los a usar o pensamento, tampouco explorar a complexidade da linguagem.