colÉgio estadual unidade polo ensino … · “o projeto da escola depende, sobretudo, da ousadia...
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COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
JANDAIA DO SUL 2012
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.................................................................................................. 6 2. FILOSOFIA DA ESCOLA..................................................................................... 8 2.1. HINO DO COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO.................................... 9 3. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 10 3.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA....................................................................... 12 OBJETIVOS E PRINCÍPIOS.................................................................................... 12 FINALIDADES........................................................................................................... 13 3.2. HISTÓRIA............................................................................................................ 13 3.3. ASPECTOS E ESPAÇOS FÍSICOS................................................................... 15 3.3.1. LOCALIZAÇÃO E VIZINHANÇA................................................................ 16 3.3.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA...................................................................... 16 3.3.3. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA.......................................... 16 3.3.4. COLETA DE LIXO........................................................................................... 16 3.4. DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL............................ 17 3.4.1. OBJETIVOS GERAIS ..................................................................................... 17 3.4.1.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................ 18 3.5. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA...................................................................... 19 3.6. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR......................... 20 3.6.1. DIAGNÓSTICO ............................................................................................... 21 3.6.2. REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA.......................................................................................................................
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3.6.3. COMUNIDADE ESCOLAR - DISCENTES ................................................. 24 3.6.4. COMUNIDADE ESCOLAR - DOCENTES................................................. 28 3.6.5. DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA ........................................................ 30 3.6.6. PESSOAL ADMINISTRATIVO..................................................................... 30 3.7. O PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR....................................................................................................................
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3.7.1. DIRETOR......................................................................................................... 31 3.7.2. EQUIPE PEDAGÓGICA................................................................................ 34 3.7.3. DOCENTES...................................................................................................... 38 3.7.4. SECRETÁRIA.................................................................................................. 40 3.7.5. AGENTE EDUCACIONAL II........................................................................ 43 3.7.6. BIBLIOTECÁRIA............................................................................................ 44 3.7.7. LABORATORISTA......................................................................................... 46 3.7.8. AGENTE EDUCACIONAL I......................................................................... 47 3.7.9. COMPETE AOS DISCENTES....................................................................... 51 3.8. ORGANIZAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS 52 3.8.1. BIBLIOTECA.................................................................................................... 52 3.8.2. LABORATÓRIO DE QUÍMICA/FÍSICA E CIÊNCIAS/ BIOLOGIA...... 53 3.8.3. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I................................ 53 3.8.4. LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA.......................................................... 56 3.8.5. LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA......................................................... 56 3.8.6. SALA DE LEITURA E ARTE....................................................................... 57 3.9. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA....................................... 59 3.10. ORGANIZAÇÃO DE TURMAS EM RAZÃO DA ESPECIFICIDADE.... 60 3.11. EDUCAÇÃO INCLUSIVA............................................................................... 60 3.12. PROGRAMAS EDUCACIONAIS E RECURSOS PARA A ESCOLA........ 63
3.12.1. PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL – PNFE............. 63 3.12.2. PROGRAMA NACIONAL LIVRO DIDÁTICO – PNLD......................... 63 3.12.3. PROGRAMA FICA COMIGO - COMBATE A EVASÃO ESCOLAR... 64 3.12.4. ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA................................. 66
3.12.5. ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO OBRIGATÓRIO................................. 69
3.12.6. PROGRAMA NACIONAL BIBLIOTECA DA ESCOLA – FNDE.......... 70 3.12.7. PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – PNAE.. 71 3.12.8. PROGRAMA NACIONAL DE TRANSPORTE ESCOLAR.................... 71 3.12.9. PROJETO OLHAR BRASIL........................................................................ 72 3.13. PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO – MAIS EDUCAÇÃO........................
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3.13.1. MACROCAMPO – APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM – MATEMÁTICA...........................................................................................................
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3.13.2. MACROCAMPO – ESPORTE E LAZER – FUTSAL................................ 81 3.13.3. MACROCAMPO – CULTURA E ARTE – DANÇA .................................. 82 3.13.4. MACROCAMPO – CULTURA E ARTE – TEATRO................................ 84 3.13.5. MACROCAMPO – ESPORTE E LAZER – LUTAS – TAEKWONDO.. 86 3.13.6. MACROCAMPO – CULTURA DIGITAL – INFORMÁTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO........................................................................
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3.13.7. PROGRAMAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO NA EDUCAÇÃO BÁSICA................
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3.13.8. MACROCAMPO – APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM – MATEMÁTICA...........................................................................................................
89
3.13.9. MACROCAMPO – ESPORTE E LAZER – HORA TREINHAMENTO – FUTSAL.....................................................................................................................
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3.13.10. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM.................................................... 92 3.13.11. PLANO PERSONALIZADO DE ATENDIMENTO............................... 94 3.13.12. CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL.. 96 3.14. RECURSOS MATERIAIS................................................................................ 98 3.14.1. MOBILIÁRIO................................................................................................. 98 3.14.2. RECURSOS TECNOLÓGICOS E EQUIPAMENTOS............................ 98 3.14.3. RECURSOS DIDÁTICOS.............................................................................. 98 3.14.4. RECURSOS FINANCEIROS/RECEITAS.................................................. 98 3.15. DADOS DO DESEMPENHO ACADÊMICO................................................. 100 3.15.1. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - IDEB 102 3.15.2. PROVA BRASIL............................................................................................. 102 3.16. AS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE - A ESCOLA QUE TEMOS E QUE QUEREMOS.............................
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4. FUNDAMENTAÇÃO............................................................................................. 106 4.1. CONCEPÇÃO DE HOMEM............................................................................... 108 4.1.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE.................................................................... 108 4.1.2. CONCEPÇÃO DE MUNDO............................................................................ 110 4.1.3. CULTURA........................................................................................................ 111 4.1.4. TECNOLOGIA................................................................................................. 112 4.1.5. CIDADANIA..................................................................................................... 113 4.1.6. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO......................................................... 114 4.1.7. PLANEJAMENTO............................................................................................ 115 4.1.8. CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM......................................... 116 4.1.9. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO................................................................... 117
4.1.10. CURRÍCULO.................................................................................................. 118 4.1.11. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO....................................................... 120 4.1.12. INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA.................................................................. 121 4.1.13. CONCEPÇÃO DE ESCOLA......................................................................... 123 4.1.14. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E TRABALHO....................................... 124 4.2. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA................................................ 126 4.2.1. GRANDES PRINCÍPIOS E VALORES HUMANOS.................................. 127 5. PROPOSIÇÃO DAS AÇÕES................................................................................. 129 5.1.REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO............................................................................................................
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5.2. INSTANCIAS COLEGIADAS............................................................................ 130 5.2.1. CONSELHO DE CLASSE............................................................................... 130 5.2.2. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS – APMF........ 131 5.2.3. CONSELHO ESCOLAR................................................................................. 132 5.2.4. GRÊMIO ESTUDANTIL................................................................................. 133 5.3. AVALIAÇÃO ....................................................................................................... 134 5.3.1. SISTEMA DE AVALIAÇÃO........................................................................... 135 5.3.2. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO............................................................. 135 5.3.3. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO....................................................................... 137 5.3.4. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS................................................................... 137 5.3.5. PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO........................................................ 139 5.3.6. PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO............................................................... 140 5.3.7. DA PROGRESSÃO PARCIAL....................................................................... 140 5.4. CONSELHO DE CLASSE: UM ESPAÇO DE DECISÕES COLETIVAS... 141 5.5. INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS......................... 145 5.6. FORMAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES........................................ 146 5. 6.1. GRUPO DE ESTUDOS.................................................................................... 146 5.6.2. ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE................................................. 147 5.6.3. REUNIÕES....................................................................................................... 148 5.7. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR....... 148 6. REGIME E FUNCIONAMENTO........................................................................ 149 6.1. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO.......................................................... 149 6.2. OFERTAS DE CURSOS / MODALIDADES.................................................... 150 6.2.1. ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS............................................. 150 6.2.2. ENSINO FUNDAMENTAL............................................................................ 151 6.2.3. ENSINO MÉDIO.............................................................................................. 151 6.2.4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO.......................................................................................................
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6. 3. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA...................................................................... 153 6.3.1. PLANO DE AÇÃO............................................................................................ 154 6.3. 2. PLANO DE AÇÃO DO DIRETOR............................................................... 160 6. 3. 3. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA..................................... 166 6.4. PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA......................................... 169 6.4.1. PROJETO HORA DA LEITURA................................................................. 169 6.4.2. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR..................................................................... 171 6.4.3. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS............................................................ 174 7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.............................. 175 7.1. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL...................................................................... 175 7.1.1. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA COMUNIDADE ESCOLAR........ 176 7.2. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 177
7.3. MINIPROJETOS................................................................................................. 178 8. CALENDÁRIO ESCOLAR.................................................................................... 186 8.1. MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL................................ 189 8.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR.................................................. 190 9. MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO.................................................... 290
COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de
convocar os que vivem em torno da escola, e
dentro da escola, no sentido de participarem, de
tomarem um pouco o destino da escola na mão,
também. Tudo o que a gente puder fazer nesse
sentido é pouco ainda, considerando o trabalho
imenso que se põe diante de nós que é o de
assumir esse país democraticamente.”
Paulo Freire
Jandaia do Sul
2012
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é a organização do trabalho pedagógico de acordo com
especificidades, níveis e modalidades de ensino, para a sua construção tivemos momento de
reflexão e discussão crítica sobre os problemas sociais, econômicos e políticos, que afetam o
cotidiano escolar.
“O projeto da escola depende, sobretudo, da ousadia de seus agentes, da ousadia de
cada comunidade escolar em assumir a sua “cara” tanto para dentro, nas menores
manifestações de seu cotidiano, quanto para fora, no contexto histórico em que ela se
insere”. (GADOTTI e ROMÃO, 1997).
O Projeto Político Pedagógico, contou com a participação de todos os segmentos da
comunidade escolar. Procuramos ouvir aos professores, alunos, pais, funcionários, para
analisarmos as propostas anteriores que deram certo, e onde deveríamos mudar, para que
pudéssemos melhorar.
A partir desta reflexão, nos sentimos seguros para iniciar a construção deste projeto.
Nosso projeto antigo foi consultado, e procuramos enriquecer as idéias já existentes no nosso
contexto escolar.
Procuramos nos inspirar na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n.
9.394/96, Estatuto da Criança e do Adolescente, além destas fontes, procuramos auxílio em
várias literaturas educacionais.
Para Veiga (1995) o Projeto Político Pedagógico tem a ver com a organização do
trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um todo e como
organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social imediato,
procurando preservar a visão de totalidade, buscando assim, a organização do trabalho
pedagógico na sua globalidade.
Também trocamos experiências entre professores, outros estabelecimentos de ensino,
como também as orientações da equipe de ensino do Núcleo Regional de Educação, esta
pesquisa toda para que pudéssemos estar seguros na elaboração do projeto.
E, diante dos avanços educacionais significativos e das mudanças na estrutura e
funcionamento do ensino, faz-se necessário a reelaboração do Projeto Político Pedagógico e
que corresponda ao nível de transformação da sociedade, garantindo a qualidade de ensino e o
acesso de todos ao conhecimento universal.
Este projeto trabalhará os conhecimentos sistematizados, os valores humanos, a
educação inclusiva e as relações que são os nossos grandes pilares, sendo que os fundamentos
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ético-políticos que sustentam juridicamente e epistemologicamente definem as nossas linhas
pedagógicas e os fundamentos didáticos que apontam os princípios da identidade, diversidade
e autonomia. Também no cotidiano da escola, deve-se dar ênfase à cultura da justiça social e
da paz, tarefa fundamental para um projeto que instiga as práticas políticas levando em
consideração os aspectos da diversidade, da situação histórica e particularmente da
comunidade.
É necessário criar propostas que resultem na construção de uma escola democrática e
com qualidade social, fazendo com que os órgãos dirigentes do sistema educacional, possam
reconhecê-la como prioritária e criem dispositivos legais que sejam coerentes e justos,
disponibilizando os recursos necessários à realização de projetos educacionais.
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2. FILOSOFIA DA ESCOLA
À nossa escola caberá o papel da transmissão/assimilação ativa do saber elaborado,
promovendo uma aprendizagem significativa, visando desenvolver potencialidades,
criatividades e a integração dos educandos.
A maior preocupação dessa Instituição de Ensino é acima de tudo, tornar o aluno um
cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres. E tem como prioridade a formação de
valores morais, éticos e culturais, objetivando a compreensão do avanço tecnológico, a
importância da preservação ambiental, da cidadania e da solidariedade, além do
desenvolvimento do raciocínio lógico, espacial e matemático, articulados criticamente com a
realidade social.
Com o diálogo preparamos nossos alunos para enfrentar de forma sólida, os desafios
que irão aparecer ao longo de suas vidas, portanto, trabalhamos para a formação consciente e
livre, a autonomia intelectual e o pensamento crítico, a reflexão do mundo do trabalho,
fornecendo elementos para a tomada de decisão quanto ao futuro profissional e incentivando-
os à continuidade de estudos posteriores.
A escola lançará mão de palestras, reuniões e reflexões, atitudes e ações que façam
prevalecer à dignidade humana, cultivando a capacidade de observar, analisar, interpretar e
criticar construtivamente e estimular o interesse pela cultura, arte, ciência, pesquisa e esporte.
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2.1. HINO DO COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO
Letra e música: Prof. João Welter Júnior.
Estribilho:
É na Unidade Polo,
Que alguém nos dá sua mão,
Para cultivar o solo
De nossa Educação...
Solo: Coral:
Quem quiser buscar progresso: É na Unidade Polo.
Quem quiser buscar guarida: É na Unidade Polo.
Quem quiser obter sucesso: É na Unidade Polo.
Quem quiser vencer na vida: É na Unidade Polo.
F i n a l e:
Mestres e Alunos trabalham unidos
No campo sublime da Educação.
Juntos entoam acordes ouvidos
Por DEUS e a VIRGEM, na eterna Mansão.
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3. INTRODUÇÃO
Desde os anos 90, o Projeto Político Pedagógico vem sendo construído e propondo
novos caminhos, para uma escola diferente. Todas as questões que envolvem o fazer
pedagógico e as sua relações com o currículo, conhecimento e com a função social da escola,
obriga a um pensar e uma reflexão contínua de todos os envolvidos neste processo.
Que conhecimentos nossos alunos precisarão ter para de fato, exercer a sua cidadania,
nesta sociedade tão cheia de conflitos. Conflitos estes que estão presentes no espaço escolar,
nas relações pessoais, no confronto das idéias, e também no surgimento de novas concepções,
das dúvidas e da necessidade do diálogo entre os sujeitos aprendentes. Queremos que nossos
alunos sejam um ser que se relaciona consigo, com os outros e com a natureza:
• Solidário, capaz de auxiliar o outro;
• Livre, responsável para agir espontaneamente;
• Queremos alunos comprometidos, não como mero expectador, mas capaz
de operar transformações;
• Colaborador, na construção da sociedade, na esperança de construir um
mundo melhor;
• Que vivam valores verdadeiros e humanos na busca de uma convivência
fraternal e justa;
• Que seja consciente, crítico, com coragem para enfrentar os grandes
desafios que a sociedade oferece;
• Que tenha consciência de que a liberdade humana é uma conquista e que
lhe cumpre a tarefa de conquistá-la e preservá-la.
Quanto à sociedade, a concebemos e a queremos justa, solidária e democrática.
Justa, de acordo com os princípios que oportunizem: educação; moradia, emprego,
salários justos e benefícios sociais, respeitando a dignidade do ser humano para que possa
sentir-se realizado e feliz.
Solidária, a qual os alunos encontrem apoio e confiança, que os conhecimentos
adquiridos, afastem-nos da miséria e marginalização.
Democrática, com a participação efetiva na elaboração de leis e normas, com
igualdade de direitos e de oportunidades políticas sociais.
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Nossa escola optou por uma política educacional crítico-transformadora, cujo
processo educacional procura influir sobre a comunidade escolar, baseando-se em valores de
justiça, solidariedade, fraternidade, respeito efetivo nas deliberações e transformações sociais.
Tais situações serão apresentadas no decorrer deste documento, nas linhas e nas
entrelinhas de cada parágrafo, resgatando o aspecto histórico de como cada momento foi
sendo produzido e construído. Pois este documento é o resultado de um esforço conjunto dos
profissionais da educação desta unidade escolar com o objetivo de respaldar as ações
administrativas e pedagógicas no âmbito deste estabelecimento de ensino.
Sabemos que nenhum Projeto Político Pedagógico pode ser dado como pronto e
acabado sob pena de se cristalizar e deixar de acompanhar os movimentos da história.
Portanto, nossa reflexão continua baseada principalmente na prática pedagógica
cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos encaminhem para uma “práxis”
responsável e compromissada com uma escola pública de qualidade.
Este Projeto Político Pedagógico está sendo reelaborado, observando as exigências da
Secretaria de Estado da Educação, para garantir a unidade de trabalho dentro da filosofia da
educação nacional, apresentando metas prioritárias como:
• Integrar os princípios que norteiam a escola, democracia na ação
administrativa e pedagógica e na construção do saber, dentro das disciplinas
contempladas na matriz curricular e de toda a ação educativa;
• Efetivar a verdadeira integração entre comunidade e escola, oportunizando
auxílio mútuo e trabalhos participativos;
• Aprimorar a qualidade de ensino, proporcionando aos alunos atividades
enriquecedoras de participação social e oferecendo ao educador condições de
atualização e valorização da tarefa educativa.
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3.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio.
ENDEREÇO: Avenida Anunciato Sonni nº 2149. BAIRRO: Guadalajara.
TELEFONE / FAX: (43) 3432-3115
DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: Estadual LOCALIZAÇÃO: Urbana
ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná
CÓDIGO DO MUNICÍPIO: 1220 CÓDIGO DA ESCOLA: 00028
SITE: jdsunidadepolo.seed.pr.gov.br
E-MAIL: polojandaia1@ bol.com.br – [email protected]
MUNICÍPIO: Jandaia do Sul. NRE: Apucarana
Atualmente, a escola está sob a gestão do Professor Alessandro Cristiano Garbelim,
eleito pela comunidade escolar e com alunos regularmente matriculados em três turnos de
funcionamento, com turmas do Ensino Fundamental e Médio e Programas de Atividades
Complementares Curriculares no período contraturno e norteará todo o seu trabalho por este
Projeto Político Pedagógico, nos termos da legislação em vigor.
OBJETIVOS E PRINCÌPIOS
O Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio, objetiva sua ação
educativa, fundamentada nos princípios da universalização de igualdade de acesso, da
obrigatoriedade da Educação Básica e da gratuidade escolar.
A proposta é contribuir para constante melhoria das condições educacionais, visando
assegurar uma educação de qualidade, emancipatória e inclusiva, buscando formar cidadãos
críticos, conscientes dos seus direitos e deveres, garantindo o acesso, a permanência e o
sucesso, num ambiente criativo, inovador e de respeito ao próximo.
Ser uma escola reconhecida pela qualidade de ensino, democrática, participativa e
como espaço cultural de socialização e desenvolvimento do educando.
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FINALIDADES
O Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio tem por finalidade:
atender o disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente, ministrar o Ensino
Fundamental e Médio observadas, a legislação e as normas especificamente aplicáveis.
3.2. HISTÓRIA
O Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio, é uma escola pública
estadual, que busca atender à comunidade cada vez melhor, num resgate à cidadania, como
marco referencial além do conhecimento sistematizado.
Entrou em funcionamento em fevereiro de 1975, atendendo a demanda da população
do bairro Guadalajara e a zona rural: Santo Antonio do Humaitá e São Pedro do Guaporé,
com capacidade para 500 alunos. Com sua implantação gradativa as exigências aumentaram,
aumentando também sua capacidade.
Com a aprovação do Plano de Reorganização, formou-se o Complexo Escolar "Carlos
Gomes", composto pela Unidade Polo de Jandaia do Sul - Ensino de 1º Grau de 5ª a 8ª séries,
Escola John Kennedy - Ensino de 1º Grau de 1ª a 4ª séries e Escola Carlos de Campos -
Ensino de 1º Grau de 1ª a 4ª séries.
Desde então, a escola foi administrada pelos seguintes diretores:
• Geremias Reis - 1975 a 1976
• Áureo Segantini - 1977 a 1978
• Antonio Alves de Miranda - 1979
• Euza de Souza Junqueira - 1980
• Natalina Hernandes Bedini - 1981
• Geremias Reis - 1982
• Gervásio Tarosso - 1983 a 1984
• Antonio Alves de Miranda - 1985 a 1987
• Aparecida de Lima Simm - 1988 a 1992
• Iraci Casemiro da Costa Medina - 1993 a 1995
• Zélia Marson da Silva - 1996 a 1997
• Paulo Roberto de Almeida - 1998 a 2001
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• Vilma Tereza Sanches Pereira - 2002 a 2008
• Alessandro Cristiano Garbelim - 2009 até a presente data.
Nossa escola está em constante transformação para promover melhoria nos resultados
do trabalho, tanto no que se refere aos processos administrativos, e principalmente, quanto ao
processo pedagógico, cujo desenho vem se aperfeiçoando no diálogo com os professores, na
incorporação de orientações didáticas das políticas adotadas pela Secretaria de Estado de
Educação, nas experiências adquiridas pela observação de práticas de outras escolas, como
também em literatura voltada para a educação.
O diálogo só é possível pela opção de gestão democrática e uso de seus mecanismos
formais que possibilitam aos sujeitos conhecimentos de diversas naturezas, sobretudo, através
do fortalecimento e exercício de práticas no ambiente escolar, voltadas para mobilização
política e à discussão, conseguiremos incentivar a comunidade escolar a participar mais
efetivamente dos caminhos a serem percorridos, de forma transparente e democratizante.
Esse movimento produz boas perspectivas para o desenvolvimento das ações nesta
escola, que sendo receptiva à comunidade de seu entorno, torna-se inclusiva, abrindo suas
portas, contribuindo para a educação de qualidade, marco referencial da escola em
cumprimento da sua função social, buscando sempre, não só garantir matrícula aos alunos,
mas também a permanência e o sucesso.
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3.3. ASPECTOS E ESPAÇOS FÍSICOS
O Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio, situado à Avenida
Anunciato Sonni, nº 2149 - Jandaia do Sul - PR - Núcleo Regional de Apucarana - PR, foi
inaugurado em novembro de 1974.
Entrou em funcionamento no início do ano de 1975, sendo criado oficialmente através
do Decreto nº 335/75 de 07/02/75.
Com a aprovação do Plano de Reorganização, através do Decreto 2995, conforme
Diário Oficial nº 03 de 03/03/77, formou-se o complexo Escolar "Carlos Gomes", composto
pela Unidade Polo de Jandaia do Sul - Ensino de 1º Grau de 5ª a 8ª Séries, Escola John
Kennedy - Ensino de 1º Grau de 1ª a 4ª Séries e Escola Carlos de Campos - Ensino de 1º Grau
de 1ª a 4ª Séries, sendo que a homologação do Plano de Implantação do referido Complexo
Escolar deu-se através do Parecer 087/76, Resolução 07/77.
De acordo com a Resolução 2744/81 de 24/11/81, Diário Oficial nº 1199 de 29/12/81
este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Escola Unidade Polo Ensino de 1º
Grau. A partir de 1986 passou a denominar-se Escola Estadual Unidade Polo Ensino de 1º
Grau Regular e Supletivo de acordo com a Resolução 4940/86 de 14/11/86, Diário Oficial nº
2414 de 28/11/86.
Passou a denominar-se Colégio Estadual Unidade Polo Ensino de 1º Grau Regular e
Supletivo e de 2º Grau Supletivo, de acordo com a Resolução 5.048/92, Artigo 1º de
07/01/92.
Com a municipalização de 1ª a 4ª Séries de acordo com a Resolução 4054/93, o
Colégio Estadual Unidade Polo deixa de atender esta modalidade de Ensino.
A partir de 11/09/98 o colégio passou a denominar-se Colégio Estadual Unidade Polo
Ensino Fundamental e Médio, de acordo com a Deliberação nº 003/98 - CEE, Resolução
Secretarial nº 3120/98 - SEED, Diário Oficial 11/09/98.
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3.3.1. LOCALIZAÇÃO E VIZINHANÇA
O Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio, localiza-se no Bairro
Guadalajara a Avenida Anunciato Sonni, No 2149, fone/fax (43) 3432 – 3115, na região
Norte do Estado do Paraná. O colégio confronta-se com casas residenciais.
3.3.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O abastecimento de água utilizada no nosso colégio é fornecido pela SANEPAR
(Saneamento Paraná).
A água que consumimos é depositada em reservatório próprio, para utilização e
necessidades da escola. Contamos com torneiras em bebedouros no pátio, em bom estado de
conservação e higiene.
3.3.3. ABASTECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
A energia elétrica utilizada na escola é fornecida pela COPEL (Companhia Paranaense
de Energia Elétrica). As instalações, na maioria são embutidas, em bom estado de
conservação e segurança para a comunidade escolar.
3.3.4. COLETA DE LIXO
A coleta de lixo da comunidade escolar, é feita pelo município, é realizada através de
caminhões lixeiros, diariamente.
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3.4. DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Artigo 2º - A Educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade em ideais de solidariedade humana.
Tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV – Respeito à liberdade e apreço a tolerância;
V – Coexistência de instituições privadas de ensino;
VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – Valorização do profissional da educação escola;
VIII- Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
IX – Garantia de padrão de qualidade;
X – Valorização da experiência extra-escolar;
XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
3.4.1. OBJETIVOS GERAIS
• Ofertar a Educação Básica, atendendo as diretrizes e bases as educação nacional
em conformidade com a Lei no 9394/96.
• Proporcionar ao educando formação básica comum indispensável ao exercício
da cidadania e favorecer os meios para progressão de estudos.
• Dinamizar o processo de transformação da escola, adequando-a a um melhor
funcionamento, para tornar-se efetivamente um centro de cultura e prestação de
serviços à comunidade.
18
3.4.1.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Realizar atividades curriculares e extracurriculares que levem o educando a
participação ativa na escola, na família, na comunidade e na sociedade em
geral.
• Oferecer um ensino reflexivo, criativo e transformador que desperte no
educando uma nova consciência de resgate à dignidade.
• Oportunizar conhecimentos críticos de sua realidade, desenvolvendo-lhe
atitudes que exigem o respeito à vida na solidariedade e interação com o
próximo e com a natureza.
• Buscar a formação de cidadãos conscientes, capazes de compreender e
criticar a realidade, atuando na superação das desigualdades e do respeito ao
ser humano.
19
3.5. FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
A função social da escola é a de promover, ao aluno, acesso ao conhecimento
sistematizado e, a partir deste, a produção de novos conhecimentos, a fim de possibilitar
condições de emancipação humana.
A escola é uma instituição criada pela sociedade constituída, em função dela própria,
para formação básica do indivíduo, que se modifica através da aquisição de conhecimentos e
modifica a sociedade na qual está inserido.
A escola é um espaço constituído de diversas dimensões: a pedagógica, a
administrativa, a política, a social, a cultural, a humana. Cada dimensão atende a
determinados campos de ação. A pedagógica atende questões pertinentes ao processo ensino-
aprendizagem; a administrativa cuida de questões de infra-estrutura e de pessoal; a política,
do processo decisório; a social, da relação escola x comunidade; a cultural; a humana se
relaciona com sentimentos, conceitos e preconceitos de cada ser humano da comunidade
escolar.
O eixo central da escola é o pedagógico e as questões administrativas são atividades-
meio para sua realização, mas para que o pedagógico tenha êxito é preciso que todas as outras
dimensões funcionem interligadas, visando a sua finalidade maior, que é o de garantir o
direito ao saber científico, tecnológico, cultural e ético, para a formação básica do educando.
Portanto, a escola está para transformar as relações sociais e não para reproduzir a
sociedade tal qual está à organização face ao modo de produção vigente. A escola está para
humanizar, oferecer condições à emancipação, à participação e não para adaptar os indivíduos
a situações de dominação. Neste sentido, a escola está voltada para desenvolver todas as
potencialidades humanas, hominizar segundo Gramsci.
20
3.6. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
O Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio, tem por finalidade a
formação integral do aluno, garantindo o acesso, a permanência e o sucesso, bem como a
educação de qualidade.
A construção do Projeto Político Pedagógico, visa atender as exigências legais
conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9394/96, Art. 12, Inciso I e Art. 13
e 14, que prevê a participação dos profissionais da educação na construção coletiva deste
processo; e principalmente estabelece parâmetros que contribuam com mudanças da prática
pedagógica e administrativa voltadas para a superação de barreiras e entraves que dificultam a
aprendizagem dos alunos.
Nesta nova perspectiva, os profissionais desta escola estão cientes, perceptíveis às
mudanças e a colaborarem sempre que forem convocados a repensar e acompanhar essa
prática pedagógica.
A proposta atende também aos princípios norteadores previstos no Art. 3º. Da LDB
9394/96.
Com base nesses princípios, pretendemos colaborar para sanar os problemas que
envolvem a aprendizagem dos alunos, assim, estaremos promovendo o desenvolvimento do
educando com um ensino de qualidade.
Sabemos que não há proposta perfeita e ideal, por isso buscamos um rumo, uma
direção, com intenção de uma educação de qualidade para todos, na formação do cidadão
compromissado, participativo, responsável, crítico e criativo, viabilizando uma proposta
flexível, aberta a mudanças quando necessário.
A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e
valoriza a diversidade, partindo desse princípio e tendo como cenário ético os direitos
humanos, possibilitando a participação de todos, a todas as oportunidades, independente das
peculiaridades de cada indivíduo ou grupo social.
21
3.6.1. DIAGNÓSTICO
3.6.2. REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA
A Educação Básica tem por objetivo a formação do cidadão, indispensável à
participação e democratização da sociedade, diminuindo as desigualdades sociais.
A Educação Básica no Brasil é composta por três etapas: Educação Infantil – que
atende cerca de cinco milhões de crianças de 0 a 6 anos; Ensino Fundamental – que atende
cerca de 36 milhões de alunos de 7 a 14 anos, e; Ensino Médio – que atende cerca de 7
milhões de jovens de 15 a 17 anos.
Em todo o mundo, o desempenho da educação/escolaridade depende, em parte, das
características da escola, dos professores, do ensino, das condições de vida e características
das famílias. Há uma interdependência entre o processo educativo e o desenvolvimento social
de um país. O desenvolvimento social implica na qualidade de vida da população,
independentemente do desenvolvimento econômico.
Essa realidade implica nos índices de escolaridade verificada na rede pública,
conforma dados do MEC:
• 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais são analfabetos. E 33
milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente alfabetizados;
• 4,3 milhões de crianças entre 4 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre 15
e 17 anos estão fora da escola;
• 28% da população com 11 anos ou mais não completam a 4ª série;
• 59% dos alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente;
• 52% dos alunos da 4ª série não dominam habilidades elementares da
matemática;
• Entre 31 países investigados, o Brasil ficou em último lugar na média de
desempenho em matemática;
• Somente 42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série;
• 1,4 milhões de crianças, entre 10 e 17 anos, estão trabalhando no lugar
de estudar e mais 4,8 milhões são obrigados a trabalhar e estudar ao
mesmo tempo.
O Relatório de Monitoramento da Educação para Todos, lançado pela Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), mostra que a taxa de
22
reprovação no Ensino Fundamental é de 18,7%, um de cada cinco precisa voltar à estaca zero
no ano seguinte, cerca de 7 milhões de crianças e jovens, com média de 2,9% de reprovação.
Na década de 1980, perto de 36% dos estudantes repetiam de ano, em média, nos anos
1990 cerca de 30% - na 8ª série é de 18,7%, sendo que o Brasil é o país que tem o maior
índice de reprovação.
O mesmo se observa no Ensino Médio: o número era de 6%, em 1998, e chegou a
12,7% em 2007.
Esses dados persistiram mesmo com as políticas educacionais adotadas nos últimos
anos, quando foi desenvolvida uma reforma educacional nos diferentes níveis de ensino,
especialmente na educação básica. A reforma compreendeu mudanças na forma de gestão, na
formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação centralizada nos
resultados, de programas de educação à distância, bem como mudanças na forma de
financiamento da educação.
Todos os dados de alfabetização e escolarização demonstram avanços quando
comparados com os da década passada. Em 2004 foi verificado um avanço na faixa etária do
ensino básico de 5 e 6 anos, onde a porcentagem de crianças fora da escola caiu de 21,3% para
18,2%.
Na faixa de 7 a 14 anos não houve variação, que ficou em 2,8%. De 15 a 17 anos
também houve tendência de estabilidade, mas com ligeiro aumento de 17,6% para 17,8%.
Esses dados levam o mesmo pesquisador a considerar que “a estabilidade na taxa de
escolarização de 7 a 14 anos é preocupante. O aumento de 9.400 no número de crianças fora
da escola de 2003 a 2004 de 7 a 14 anos não é nada positivo, já que o ensino nesta faixa etária
é obrigatório desde 1971”. Mas aponta um dado positivo importante: “O que é positivo é a
melhora da média de anos de estudo, fato que provavelmente está ligado aos programas de
correção de fluxo escolar”.
Esses dados relativos a educação traduzem de certo modo, a desigualdade no país e
induzem a uma reflexão crítica a respeito de que a educação é direito de todos. A análise do
padrão educacional brasileiro suscita perguntas quanto à situação básica de outros países.
Considerando que os objetivos de desenvolvimento que os Chefes de Estado e de
Governo de 189 países se comprometeram a cumprir, para o ano de 2015, durante a Cúpula do
Milênio das Nações Unidas, celebrada em 2000. Naquela ocasião foram priorizados com
Objetivos do Milênio – componentes da agenda global do século XXI. O que segue:
1- Erradicar a extrema pobreza e a fome;
2- Atingir o ensino básico universal;
23
3- Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
4- Reduzir a mortalidade infantil;
5- Melhorar a saúde materna;
6- Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças;
7- Garantir a sustentabilidade ambiental; 8- Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Contudo, após esses anos os números apresentados pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), ressalta que ainda falta muito para se
alcançar um direito básico: a alfabetização.
A Unesco aponta, que a quinta parte da população adulta do planeta não tem acesso à
educação e, portanto, não sabe ler nem escrever. Destaca que em 12 países se reúnem as três
quarta partes dos analfabetos do mundo. A Ásia meridional e ocidental apresenta uma taxa de
alfabetização de apenas 58,6%, seguida pela África Subsahariana (59,7%) e os estados Árabes
(62,7%). A situação na América Latina e Caribe também é preocupante. Mais da metade dos
países da região investem em educação menos de 5% de seu produto interno bruto (PIB), e
alguns governos apenas 1% a este setor.
A problemática relativa à educação dos povos constitui uma preocupação mundial o
que se explica pela centralidade que o conhecimento assumiu nos processos produtivos e nos
desafios para o exercício da cidadania plena no mundo contemporâneo.
24
3.6.3. COMUNIDADE ESCOLAR - DISCENTES
Pensando numa escola em tempos de mudanças vertiginosas, deve se partir do que é
fundamental na interação escola/aluno, a apropriação de meios para se situar no mundo em
que vive, entendendo as relações que nele se estabelecem, acompanhando e participando de
sua transformação.
O colégio está localizado em um bairro popular, atende a comunidade de renda
familiar média/baixa, onde os pais são trabalhadores.
RENDA FAMILIAR ENS.FUNDAMENTAL
ENS.MÉDIO/MAT ENS. MÉDIO/NOT TOTAL
Sem Renda 00 00 00 00 Até 1 salário 38 04 06 48 1 a 3 salários 122 85 64 271 3 s 5 salários 05 03 04 12 Mais de 5 salários 00 00 00 00 TOTAL GERAL DE MATRÍCULA ATIVA
181 90 75 346
Nestas condições, os pais não dispõem de muito tempo para atenderem seus filhos no
que se refere à aprendizagem e a saúde dos filhos.
ENS.FUNDAMENTAL ENS. MÉDIO/MAT ENS. MÉDIO/NOT TOTAL ESCOLARIDADE PAI MÃE PAI MÃE PAI MÃE
Analfabeto 08 12 06 03 03 03 35 Ens. Fund. Completo 25 20 15 14 13 15 102 Ens. Fund. Incompleto 92 102 33 39 30 32 328 Ens. Médio Completo 29 30 12 18 10 11 109 Ens. Médio Incompleto 11 11 06 07 07 06 48 Ens. Sup. Completo 04 06 01 03 03 01 18 Ens. Sup. Incompleto 00 01 02 01 00 00 04 Pós – Graduação 00 02 00 00 00 01 03 Não Informada 03 03 14 08 08 04 40
TOTAL GERAL DE MATRÍCULA ATIVA
181 90
75
346
25
O período de funcionamento diurno é formado, por alunos de área urbana e rural, sendo que a maioria não exerce nenhum tipo de atividade profissional, a não ser a própria escola.
MORADIA ENS.FUNDAMENTAL
ENS. MÉDIO/MAT ENS. MÉDIO/NOT TOTAL
Própria 81 42 45 168 Alugada 58 20 20 98 Cedida 47 20 09 76 TOTAL GERAL DE MATRÍCULA ATIVA
181
90 75 346
Contamos com alunos pertencentes à zona rural, necessitando de transporte escolar,
conveniado Estado/Município.
TRANSPORTE ESCOLAR
ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO MÉDIO TOTAL
ZONA URBANA 44 23 67
ZONA RURAL 34 51 85
TOTAL GERAL DE MATRÍCULA ATIVA
181
165
346
A faixa etária dos alunos atendidos por este estabelecimento de ensino varia de 10 anos
a 20 anos de idade. Recebem o benefício Bolsa Família.
ENS.FUNDAMENTAL
ENS. MÉDIO/MAT ENS. MÉDIO/NOT TOTAL BOLSA FAMÍLIA
63 28
07
98
TOTAL GERAL DE MATRÍCULA ATIVA
181
90 75 346
26
A organização pedagógica em nossa escola está pautada para o atendimento
educacional especializado de alunos com Deficiência Intelectual, Deficiência Física
Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos Funcionais
Específicos, apresenta-se da seguinte forma:
TURMA
DI
DFN
6º ANO “A” 07 - 7º ANO “A” 03 - 7º ANO “B” 05 01
TOTAL 15 01
Temos alunos casados que cursam o Ensino Médio, como também deparamos com
alunos com distorção idade série cursando o Ensino Fundamental.
SÉRE
MATRÍCULA ATIVA
ATÉ 12 ANOS
ATÉ 13 ANOS
ATÉ 14 ANOS
ATÉ 15 ANOS
ATÉ 16 ANOS
+ 16 ANOS
5ª 54 00 08 04 01 01 00 6ª 43 00 00 08 03 00 00 7ª 32 00 00 00 05 01 00 8ª 46 00 00 00 00 05 03 TOTAL
175 00 08
12 09 07 03
O período noturno é composto pela sua maioria de alunos que exercem atividades
profissionais durante o dia, na área comercial, industrial e agrícola.
As dificuldades que encontramos são relacionadas à indisciplina, um dos motivos é a
ausência dos pais no acompanhamento da vida escolar, isto está sendo ocasionado por alguns
fatores como:
• Longa permanência dos pais fora de casa: hoje, a maioria dos pais
trabalham fora, logo, acabam tendo pouco tempo para seus filhos, pois
ausentam-se de suas casas durante a maior parte do dia, tornando o espaço
doméstico um local de breve encontros e relações efêmeras.
• Avanço significativo dos meios de comunicações: que tendem a
massificar a informação entregue as crianças sem que estas tenham tempo
para refletirem sobre as histórias ouvidas. A TV, o rádio e a internet são
os meios de comunicação mais eficientes no que diz respeito ao
entretenimento e à informação, ou seja, estes meios de comunicação
27
modernos estão ocupando um lugar que antes pertenciam a outras pessoas
e outras práticas.
• Jeito moderno de viver da nossa sociedade: atualmente as pessoas
conduzem sua vida de maneira muito diferente do passado: não há mais
tempo para reuniões familiares, com vizinhos ou amigos e nem tampouco
para troca de experiências. Comumente as pessoas vivem num grande
isolamento e numa constante correria para tentar garantir ao menos a
sobrevivência. Assim, parece-nos que quanto mais modernos forem os
modos de vida, piores as condições de vida, não só materiais, mas também
emocionais.
A maioria dos alunos gosta das atividades que a escola oferece, porém muitos
demonstram desinteresse pelos estudos.
As famílias que configuram nosso colégio têm acesso ao lazer e cultura.
A escola é um espaço de integração, uma rede que tem como preocupação
fundamental, a valorização do conhecimento humano, a qualidade de ensino e que estabelece
uma parceria efetiva e afetiva com seus alunos, professores, funcionários, direção e pais.
A escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais, para passar
informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as questões
pedagógicas.
28
3.6.4. COMUNIDADE ESCOLAR - DOCENTES
NOME DISCIPLINA FUNÇÃO C/H VÍNCULO
Adriana Cristina Corseti Farinazo Ciências Professor 03 QPM
Adriana Oliveira Braga Silva Sociologia Professor 06 REPR
Alessandra de Oliveira Arte Professor 08 QPM
Ana Paula Gonçalves Santos História Professor 03 REPR
Anadélia Hauser Marconi CELEM - Espanhol Professor 08 QPM
Andréa Augustinho Teodoro Gomes Arte Professor 06 PSS
Aparecida Cavalari Borges de Barros Ling. Portuguesa Professor 16 QPM
Aroldo Oribes da Silva Geografia
Sociologia
Professor
Professor
12
06
QPM
QPM
Célia Regina Raniero De Vecchi Matemática
MC Aprofundamento
da Aprendizagem
Professor 16
04
QPM
QPM
Clélia Aparecida da Silva Ceciliano Sala de Apoio -
Português
Professor 08 QPM
Daleti Pereira de Almeida Professor da Lei
15308/06
Professor 13 QPM
Diva Mara da Silva História
Ensino Religioso
Sociologia
Professor 06
03
04
QPM
QPM
QPM
Donizeti Augusto Calsavara Geografia Professor 18 QPM
Elinéia da Silva de Oliveira Educação Física Professor 16 QPM
Elisabet Gonçalves Martins Física Professor 12 QPM
Eloísa Cristina Romani Fernandes Mais Educação-
Danças
Professor 04 QPM
Gislene Mendes Martins Educação Física Professor 02 QPM
Greiciane Ferreira Malta Ronca Professor de Apoio
c.Alternativa
Professor 16 QPM
Iolanda Leite da Silva Sala de Recursos
Multifuncional Tipo I
Professor 16 QPM
Izabela Daiane Pereira Matemática Professor 04 REPR
29
João Vamberto Bonfim Educação Física Professor 16 QPM
Keli Leandra Manchini Filosofia Professor 06 REPR
Lucilei Marques da Silva MC – Esporte e Lazer Professor 04 REPR
Márcia Cristina de Souza Fajardo LEM - Inglês Professor 16 QPM
Maria das Dores Nacari Martins Filosofia Professor 06 QPM
Maria Encarnacion Camacho dos
Santos
Mais Educação -
Midias
Professor 04 QPM
Maria Inês de Figueiredo Cruz Sociologia Professor 02 QPM
Maria Odete Felipe Arte Professor 12 QPM
Marlete Favaro Mais Educação –
Invest.Científico
Professor 04 QPM
Milton De Martini Lopes Villar Matemática Professor 17 QPM
Miriam Fajardo Língua Portuguesa Professor 16 QPM
Nilson Lopes Andrade Disciplinas Técnicas Professor 20 QPM
Paulo Henrique Valério Arte
Mais Educação -
Teatro
Professor 04
04
REPR
REPR
Regina Lucia Batista e Silva História Professor 16 QPM
Rodrigo Dorabiato Soncini Mais Educação -
Esportes
Professor 04 QPM
Romilda Retamiro Faria Geografia Professor 06 QPM
Rosangela Borin Yamaguchi Ciências Professor 16 QPM
Rosangela de Oliveira Vicentin Sala de Apoio -
Matemática
Professor 08 QPM
Rosangela Maculan Carrenho Biologia Professor 12 QPM
Rosemary Claudia Marques LEM - Inglês Professor 08 QPM
Vilma Cavalaro Janólio Química Professor 12 QPM
Vitor Camilo Fabrício História Professor 23 QPM
30
3.6.5. DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA
NOME FUNÇÃO C/H VÍNCULO
Alessandro Cristiano Garbelim Diretor 40h QPM
Lucyene A. Azoni de Carvalho Azolin Equipe Pedagógica 20h QPM
Maria das Dores Nacari Martins Equipe Pedagógica 20h QPM
Marlene Alencar dos Santos Equipe Pedagógica 40h QPPE
Teresa Favaro Equipe Pedagógica 40h QPM
3.6.6. PESSOAL ADMINISTRATIVO
NOME FUNÇÃO C/H VÍNCULO
Aparecido Filho da Silva Ag. Educacional I 40 REPR
Chilenia Gomes de Oliveira Secretária 40h QPPE
Fatima Aparecida Bondioli Possebon Ag. Educacional II 40h QFEB
Luzia de Jesus Theodoro Ag. Educacional I 40h QFEB
Maria do Carmo Pereira Ag. Educacional I 40h REPR
Maria Janolio Porsse Ag. Educacional I 40h PEAD
Noeli Aparecida S. de C. Pereira Ag. Educacional II 40h QFEB
Roberto Natal Gomes Ag. Educacional I 40h QFEB
Rozalina Maria de Souza Lebrão Ag. Educacional I 40h QFEB
Valquíria de França Paulino Ag. Educacional II 40h QFEB
Vera Lucia Gonçalves Ag. Educacional I 40h QFEB
31
3.7. O PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR
3.7.1. DIRETOR
A direção escolar é composta pelo diretor e diretor auxiliar, escolhidos
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, sendo responsável pela
efetivação da gestão democrática, e a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais.
São atribuições do diretor, administrar, dirigir e coordenar todas as atividades da
escola.
As atividades do diretor incluem:
• cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
• responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
• coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar;
• coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
• implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
• coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
• convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
• elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
• prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho
Escolar e fixando-os em edital público;
• coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a
legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,
encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;
• garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os
órgãos da administração estadual;
• encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente
escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
32
• deferir os requerimentos de matrícula;
• elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo
com as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à
apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de
Educação para homologação;
• acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o
cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária, conteúdos aos discentes e
estágios;
• assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
• promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e
propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
• propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,
após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura
ou fechamento de cursos;
• participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los
ao Conselho Escolar para aprovação;
• supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a
exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
• presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
• definir horário e escalas de trabalho dos Funcionários que atuam nas Áreas de
Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares e equipe dos
Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e
Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o
Educando;
• articular processos de integração da escola com a comunidade;
• solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento na
demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as
instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
33
• disponibilizar espaço físico e horário adequado para a realização dos encontros
presenciais e atendimento aos alunos, hora atividade dos professores tutores e
da Prática Profissional Supervisionada dos alunos inerentes ao(s) Curso(s)
Técnico(s) em nível Médio do Eixo Tecnológico de Apoio Educacional –
ProFuncionário;
• participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem
inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,
juntamente com a comunidade escolar;
• cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e
epidemiológica;
• viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular
plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas
Estrangeiras Modernas –CELEM;
• disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
• assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento
de ensino;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar;
• possibilitar a atuação da Equipe Multidisciplinar no âmbito escolar referente a
Educação das Relações Étnico-Raciais.
34
3.7.2. EQUIPE PEDAGÓGICA
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação
de Diretrizes Curriculares em consonância com a política educacional e orientações da SEED.
A equipe pedagógica é a mediadora entre os alunos, à escola e a comunidade.
Compete à equipe pedagógica:
• coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político
Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
• orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em
uma perspectiva democrática;
• participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
• coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica
Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da
Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
• orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
• promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à
elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
• participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais
do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
• organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-
ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
• coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção
decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
• subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
35
• organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
• proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
• coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
• participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
• orientar e acompanhar a distribuição e disponibilização, conservação e
utilização dos livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de
ensino, fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação/MEC – FNDE;
• coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• planejar com o coletivo escolar os critérios pedagógicos de utilização dos
espaços da biblioteca;
• acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e
Biologia e de Informática;
• propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
• coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
• colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da
Secretaria de Estado da Educação;
• coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a
partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a
serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
• avaliar as instalações da parte concedente do estágio não obrigatório e sua
adequação à formação cultural e profissional do aluno;
36
• exigir do aluno a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis)
meses, de relatório das atividades, quando tratar-se de estágio não obrigatório;
• zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário
para outro local em caso de descumprimento de suas normas, quando tratar-se
de estágio não obrigatório;
• elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de
seus educandos, quando tratar-se de estágio não obrigatório;
• acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação Formação em Serviço dos Profissionais da
Educação Básica do Sistema Estadual de Ensino– Profuncionário.
• promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
• coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
• participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
• orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,
conforme legislação em vigor;
• organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias
letivos, horas e conteúdos aos discentes;
• orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros Registro de Classe;
• registrar o acompanhamento da vida escolar do aluno;
• organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
docentes do estabelecimento de ensino;
• solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
• coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto
Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
37
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial,
se necessário;
• acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
• acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
• acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
• orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educacionais especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações
físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;
• manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de
alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de
informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho
pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
• acompanhar a oferta e o desenvolvimento do Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas – CELEM;
• assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• elaborar seu Plano de Ação;
• assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra qualquer tratamento
discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero,
orientação sexual, credo, ideologia, condição sócio cultural;
• viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada
aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
• participar da equipe multidisciplinar da Educação das Relações Étnico-Raciais,
subsidiando professores, funcionários e alunos;
38
• fornecer informações ao responsável pelo Serviço de Atendimento à Rede de
Escolarização Hospitalar no Núcleo Regional de Educação e ao pedagogo que
presta serviço na instituição conveniada;
• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
3.7.3. DOCENTES
A escola propõe um perfil de professor constituído por sólida formação humana,
cidadã e profissional, no qual o conhecimento seja permeado por uma postura crítica em que
se façam opções, adotando compromissos, entendendo-se como agente histórico de
transformação.
Compete aos docentes:
• participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
• elaborar, com a equipe pedagógica, a Proposta Pedagógica Curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico
e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
• participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos
livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
• elaborar seu Plano de Trabalho Docente;
• desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do
conhecimento, pelo aluno;
• proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos
alunos,quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
• proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-
se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto
Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,
estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer
do período letivo;
39
• participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos
com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e
apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
• participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola,
com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;
• participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
• assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra qualquer tratamento
discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero,
orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio cultural , entre outras;
• viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada
aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
• participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto
ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à
Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contraturno, a fim de realizar ajustes
ou modificações no processo de intervenção educativa;
• estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação
artística;
• participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais
serão registradas e assinadas em Ata;
• propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da
cidadania;
• zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à
equipe pedagógica;
• cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
40
• cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado da Educação;
• manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de
ensino;
• participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da
escola com as famílias a comunidade;
• desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
• dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em
vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa;
• participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de Programas a
serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que
lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria de
Estado da Educação;
• trabalhar a temática da Educação das Relações Ético Raciais e para a o Ensino
de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena nas disciplinas,
quando o conteúdo exigir;
• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar;
3.7.4. SECRETÁRIA
A secretaria tem responsabilidade de manter organizada e atualizada à
documentação escolar.
Compete a(o) Secretária(o) Escolar:
41
• conhecer o Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno e a
vida legal do estabelecimento de ensino;
• distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais
funcionários;
• receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;
• organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções
normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;
• efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência e conclusão de curso;
• elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados
às autoridades competentes;
• encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser
assinados;
• organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de
forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da
regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos
escolares;
• responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,
respondendo por qualquer irregularidade;
• manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;
• organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da
escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;
• atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando
informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e
funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do
Regimento Escolar;
• zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da
secretaria;
• orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe
com os resultados da frequência e do aproveitamento escolar dos alunos;
42
• cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da
secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação
comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
• organizar o Livro Ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor
competente a sua frequência, em formulário próprio;
• secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;
• conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;
• comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na
secretaria da escola;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular e
plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna, Atividades Complementares
no Contraturno, quando desta oferta no estabelecimento de ensino;
• auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizados os dados no
Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;
• fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando
solicitado;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
43
3.7.5. AGENTE EDUCACIONAL II
Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria, sob a coordenação
da secretária:
• cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,
quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,
necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,
classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;
• atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e
orientações;
• cumprir a escala de trabalho previamente estabelecida;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por
iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao
aprimoramento profissional de sua função;
• controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações
sobre os mesmos a quem de direito;
• organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu
setor;
• efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico
Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;
• organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da
escola;
• classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando
a movimentação de expedientes;
• realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial
do estabelecimento, sempre que solicitado;
• coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e
atualizando o sistema informatizado;
• executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
44
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• anexar a Ficha Individual de Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização
Hospitalar à Ficha Individual do Aluno e, posteriormente, arquivar na Pasta
Individual;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
3.7.6. BIBLIOTECÁRIA
A biblioteca conduzirá o educando as fontes de pesquisa e consulta para professores e
comunidade em geral, objetivando favorecer a formação de alunos críticos, reflexivos e com
hábitos e interesse pela leitura.
Compete ao funcionário que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do
estabelecimento de ensino:
• cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando
organização e funcionamento;
• atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de
livros, de acordo com Regulamento próprio;
• auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na Proposta
Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino;
• auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre
outros;
• encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das
necessidades indicadas pelos usuários;
• zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;
• registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;
• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da
biblioteca;
• manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela
sua manutenção;
45
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
46
3.7.7. LABORATORISTA
Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química, Física e
Biologia do estabelecimento de ensino:
• cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química,
Física e Biologia;
• aplicar, em regime de cooperação e de corresponsabilidade com o corpo
docente e discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e
equipamentos;
• preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a
realização de atividades práticas de ensino;
• receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do
laboratório;
• utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do
laboratório;
• assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;
• zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos instrumentos e equipamentos
de uso do laboratório, assim como, pela preservação dos materiais de consumo;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou
acidente ocorridos no laboratório;
• manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,
solventes, reagentes e demais materiais de consumo;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
47
Compete ao funcionário indicado pela direção para atuar no Laboratório de Informática
do estabelecimento de ensino:
• cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,
assessorando na sua organização e funcionamento;
• auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais
e equipamentos de informática;
• preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais
necessários para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;
• assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;
• zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;
• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional de sua função;
• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do
laboratório de Informática;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função.
3.7.8. AGENTE EDUCACIONAL I
Cabe aos serviços de manutenção e limpeza, as tarefas de higiene e conservação do
estabelecimento de ensino.
Compete aos funcionários que zelam pela segurança e atuam nos serviços de
conservação, manutenção e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:
• zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas
estabelecidas na legislação sanitária vigente;
48
• utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com
antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;
• zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer
irregularidade à direção;
• auxiliar no acompanhamento da movimentação dos alunos em horários de
recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança
dos estudantes, quando solicitado pela direção;
• atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais
temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e
de alimentação;
• auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas,
andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a
participação no ambiente escolar;
• auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto à
alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e
as correspondentes ao uso do banheiro;
• auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas
atividades escolares;
• cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado
o seu período de férias;
• participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
• coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o
devido destino, conforme exigências sanitárias;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que
concernem à especificidade de sua função;
49
• coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término
dos períodos de atividades escolares;
• zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas
disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de
ensino;
• comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à
segurança dos alunos;
• percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos
quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;
• encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que
necessitarem de orientação ou atendimento;
• observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e
irregularidades;
• acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se
fizer necessário;
• auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de
comunicados no âmbito escolar;
• cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado
o seu período de férias;
• participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
• zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais
didático pedagógicos;
• auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de
equipamentos e materiais didático pedagógicos;
• atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à
estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
50
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
São atribuições do funcionário que atua na cozinha do estabelecimento de ensino:
• zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as
normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;
• selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de
qualidade nutricional;
• servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e
segurança;
• informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição
do estoque da merenda escolar;
• conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda
escolar, conforme legislação sanitária em vigor;
• zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da
merenda escolar;
• receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e
da merenda escolar;
• cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado
o seu período de férias;
• participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa
própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento
profissional;
• auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer
necessário;
• respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação
ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de
Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
51
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;
• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
específicas da sua função.
3.7.9. COMPETE AOS DISCENTES
• Manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar;
• Realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes;
• Atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino,
nos respectivos âmbitos de competência;
• Participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas
pelo estabelecimento de ensino;
• Comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante
do seu segmento;
• Cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações
escolares;
• Compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio
da escola, quando comprovada a sua autoria;
• Cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino;
• Providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e
necessário ao desenvolvimento das atividades escolares;
• Tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas;
• Comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos
gerais, sempre que lhe for solicitado;
• Comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares;
• Manter-se em sala durante o período das aulas;
• Apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas;
• Comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor
competente;
• Apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou
adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas;
52
• Apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis,
quando criança ou adolescente, em caso de falta às aulas;
• Responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os
pertencentes à biblioteca escolar;
• Observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal,
deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo
estabelecido para o seu deslocamento;
• Respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios
estabelecidos;
• Cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.
3.8. ORGANIZAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS
3.8.1. BIBLIOTECA
A Biblioteca David Gonçalves, do Colégio Estadual Unidade Polo Ensino
Fundamental e Médio visa prestar serviços de informação às atividades de ensino à
comunidade escolar contribuindo com a melhoria da qualidade da educação, e desenvolvendo
nos alunos o gosto pela leitura, pela pesquisa e apoio aos trabalhos escolares.
O acervo é de livre acesso à comunidade escolar, sempre acompanhado por uma
pessoa responsável pela biblioteca, tem por finalidade orientar a pesquisa, leitura e a
informação aos nossos alunos, professores, funcionários e comunidade em geral.
Nossa biblioteca é um espaço de aprendizagem, de desenvolvimento cultural,
autonomia intelectual e de formação ética, tornando-se assim um espaço agradável com
ambiente que gere transformação com mudanças de hábitos de leitura, visando um
aprofundamento científico e conseqüentemente a melhoria da qualidade de ensino.
Os empréstimos são para os alunos regularmente matriculados neste estabelecimento
de ensino, os quais deverão registrar o empréstimo e devolver no prazo de 07 dias, evitando
assim penalidades.
53
3.8.2. LABORATÓRIO DE QUÍMICA/FÍSICA E CIÊNCIAS/ BIOLOGIA
O Laboratório de Química e Física, Ciências/Biologia do nosso colégio, é utilizado
diariamente pelos nossos professores e alunos que objetivam aproximar a teoria e a prática.
Busca-se um aprendizado significativo, onde a prática permite redimensionar o
conhecimento adquirido através das teorias, tem como finalidade levar o educando a
desenvolver pequenos projetos experimentais, aplicando os conhecimentos científicos com
finalidades práticas, onde os professores dessas áreas poderão contribuir para o
desenvolvimento do raciocínio crítico, a compreensão e a aplicação do processo e
investigação científica, para que possam adquirir conhecimentos básicos que permitam atuar
convenientemente em situações concretas, possibilitando também o manuseio e a
manipulação de materiais do laboratório.
As aulas no laboratório sempre são sob a monitoria de laboratorista e nossos
professores, graduados nas respectivas disciplinas, que se utilizam dos diversos equipamentos
que compõe o acervo didático do laboratório, além de microscópio, balança de precisão,
possuem também, modelos de anatomia e diversos elementos químicos, físicos e biológicos.
3.8.3. SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I
O Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, instituído pelo
MEC/SEESP por meio da Portaria Ministerial nº 13/07, integra o Plano de Desenvolvimento
da Educação – PDE, destinando apoio técnico e financeiro aos sistemas de ensino para
garantir o acesso ao ensino regular e a oferta do AEE aos alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação. No contexto da Política
Nacional de educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, o Programa tem como
objetivos:
� Apoiar a organização da educação especial na perspectiva da educação
inclusiva;
� Assegurar o pleno acesso dos alunos púbico alvo da educação especial no
ensino regular em igualdade de condições com os demais alunos;
� Promover o desenvolvimento profissional e a participação da comunidade
escolar.
54
O Brasil promulga a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
(ONU/06), por meio do Decreto nº 6949/09, assumindo o compromisso de assegurar o acesso
das pessoas com deficiência a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e de
adotar medidas que garantam as condições para sua efetiva participação, de forma que não
sejam excluídas do sistema educacional geral em razão da deficiência. A inclusão educacional
é um direito do aluno e requer mudanças na concepção e nas práticas de gestão, de sala de
aula e de formação de professores, para a efetivação do direito de todos à escolarização. No
contexto das políticas públicas para o desenvolvimento inclusivo da escola se insere a
organização das salas de recursos multifuncionais, com a disponibilização de recursos e de
apoio pedagógico para o atendimento às especificidades dos alunos público alvo da educação
especial matriculados no ensino regular. Fundamentada nos marcos legais e princípios
pedagógicos, da igualdade de condições de acesso à participação em um sistema educacional
inclusivo, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
(2008), define a Educação Especial com modalidade de ensino transversal a todos os níveis,
etapas e modalidades, que disponibiliza recursos e serviços e o atendimento educacional
especializado, complementar ou suplementar, aos alunos com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação no ensino regular.
As salas de recursos multifuncionais cumprem o propósito da organização de
espaços, na própria escola comum, dotados de equipamentos, recursos de acessibilidade e
materiais pedagógicos que auxiliam na promoção da escolarização, eliminando barreiras que
impedem a plena participação dos alunos público alvo da educação especial, por meio do
desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, centradas em um novo fazer pedagógico
que favoreça a construção de conhecimentos pelos alunos, subsidiando-os para que
desenvolvam o currículo e participem da vida escolar com autonomia e independência, no
ambiente educacional e social.
A sala de recursos multifuncionais é um espaço para a realização do atendimento
educacional especializado de alunos que apresentam, ao longo de sua aprendizagem, alguma
necessidade educacional especial, temporária ou permanente.
Segundo o Parecer nº 13/09 – CNE/CEB :
Art. 4º. Para fins destas Diretrizes, considera-se público alvo do AEE:
I - Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de
natureza física, intelectual, mental ou sensorial.
II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um
quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas
55
relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa
definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett,
transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra
especificação.
III– alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um potencial
elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano, isoladas ou
combinadas: intelectual, liderança, psicomotora, artes e criatividade.
Esses alunos que, muitas vezes, não têm encontrado respostas às suas necessidades
educacionais especiais no sistema de ensino, poderão ser beneficiados com os recursos de
acessibilidade por meios de ajudas técnicas e de tecnologias assistivas, utilização de
linguagens e códigos aplicáveis e pela abordagem pedagógica que possibilite seu acesso ao
currículo.
O Professor da sala de recursos multifuncionais tem como atribuições:
� Atuar, como docente, nas atividades de complementação ou suplementação
curricular específica que constituem o atendimento educacional especializado
dos alunos com necessidades educacionais especiais;
� Atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição
de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno com necessidades
educacionais especiais ao currículo e a sua interação no grupo;
� Promover as condições para a inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais em todas as atividades da escola;
� Orientar as famílias para o seu desenvolvimento e a sua participação no processo
educacional;
� Informar a comunidade escolar acerca da legislação e normas educacionais
vigentes que asseguram a inclusão educacional;
� Participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do
atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos;
� Preparar material específico para uso dos alunos na sala de recursos;
� Orientar a elaboração de materiais didático-pedagógicos que possam ser
utilizados pelos alunos nas classes comuns do ensino regular;
� Indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros
recursos existentes na família e na comunidade;
� Articular, com gestores e professores, para que o projeto político pedagógico da
escola se organize coletivamente numa perspectiva de educação inclusiva.
56
O professor da sala de recursos multifuncionais deverá participar das reuniões
pedagógicas, do planejamento, dos conselhos de classe, da elaboração do projeto político
pedagógico, desenvolvendo ação conjunta com os professores das classes comuns e demais
profissionais da escola para a promoção da inclusão escolar.
3.8.4. LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
A escola possui uma sala informatizada com 20 computadores, conectados à internet
de fibra ótica, cujos alunos são estimulados a utilizar as ferramentas de informática de forma
criativa e relacionadas aos diversos saberes.
Além disso, a secretaria está informatizada com acesso à internet.
3.8.5. LABORATÓRIO DE MATEMÁTICA
A matemática desempenha um papel fulcral nas sociedades atuais. É fator de
desenvolvimento, estimula e promove o raciocínio estruturado aplicado aos problemas
concretos do cotidiano.
O Laboratório de Matemática é caracterizado por atividades experimentais, realizadas
pelo aluno e pelo professor, com o intuito de construir conceitos, levando questões a serem
discutidas, relacionando conteúdos escolares com atividades vivenciadas no cotidiano, onde o
aluno desenvolve sua própria linguagem relacionada a sua compreensão, interpretando e
realmente apreendendo a matemática.
O Laboratório de Matemática possui um pequeno acervo que é utilizado pelos alunos
como material de pesquisa durante as aulas. Encontram-se nesse acervo, materiais didático-
pedagógicos:
• Relógio didático;
• Conjuntos sólidos geométricos;
• Tangram em madeira;
• Torre Hanói;
• Conjunto barra de medidas;
• Conjunto números e sinais;
• Dominó educativo - subtração;
• Dominó educativo - multiplicação;
57
• Escala Cuisinare;
• Conjunto Dourado;
• Conjunto réguas numéricas.
O Laboratório de matemática será o local adequado para:
• Efetuar um estudo interativo (aluno/professor);
• Aulas de matemática;
• Resolver problemas curriculares, experimentação ou modelação
matemática;
• Construção de materiais didáticos;
• Trabalhos de grupos (professor/aluno) no âmbito da investigação em
matemática;
• Realização de atividades de apoio pedagógico a alunos com
dificuldades de aprendizagem;
• Construção e exposição de materiais didáticos (jogos, textos...).
O espaço do Laboratório de Matemática deve ser marcado por um ambiente dinâmico,
interativo, cooperativo e estimulante para o desenvolvimento do aluno e para que se promova
a interação entre os diversos significados que serão apreendidos.
3.8.6. SALA DE LEITURA E ARTE
GUIMARÃES (l995: 88) afirma que “o ato de ler implica um mergulho na própria
existência – esta considerada como produto das determinações não apenas internas, mas
externas aos sujeitos – no resgate dos significados já produzidos ao longo da vida e no
confronto destes com a proposta feita pelo autor. No processo que se concretiza, o sujeito-
leitor recupera seus conhecimentos e crenças, implementa seu raciocínio e se reorganiza
internamente, marcado por uma nova interação.”
Ou seja, o ato de ler é compreendido em seu sentido de produção de significados e,
por essa razão, abarca as possibilidades de utilização de diversas linguagens.
Considerando que o gosto pela leitura se constrói através de um longo processo onde
sujeitos desejantes encontram nela uma possibilidade de interlocução com o mundo, espera-se
que o professor seja uma agente fundamental na mediação entre alunos e material, um
impulsionador e guia no sentido de um contato cada vez mais intenso e desafiador entre o
leitor e a obra a ser lida.
58
Se entendemos leitura como uma dos caminhos de inserção no mundo e de satisfação
de necessidades amplas do ser humano (estéticas, afetivas, culturais, além das intelectuais), é
de se esperar que as alternativas propostas estejam direcionadas para a superação de uma
visão utilitarista das linguagens – onde é privilegiado apenas seu domínio técnico – no sentido
da compreensão de que estas constituem produções humanas e, como tal, são passíveis de
manipulação, construção, desconstrução e reconstrução.
A Sala de Leitura é um espaço aberto para se pensar e praticar de modo crítico a
leitura de literatura. Conseqüentemente ela se divide em duas seções principais: uma voltada
para a reflexão do ato de leitura (o livro) e outra para a prática da leitura crítica de obras
literárias.
No livro são apresentados alguns conceitos que podem ajudar a pensar a leitura como
uma atividade lúdica prazerosa – mas também complexa e que possui uma longa e bela
história. Ele parte do princípio de que quanto mais nos aproximamos das várias camadas que
compõe o texto literário e quanto melhor as compreendemos, mais a leitura fica rica,
inteligente e interessante.
O objetivo da Sala de Leitura não é o de criar ou formar críticos literários, mas sim o
de despertar o interesse do público pela atividade de leitura crítica: ler é gostoso, pensar sobre
a obra lida e procurar expressar as suas idéias sobre ela só aumenta esse prazer.
A Sala de Leitura tem como principal objetivo:
• Oportunidade de acesso a livros, revistas, jornais, folhetos, catálogos,
vídeos, DVDs, CDs e outros recursos;
• Espaço privilegiado de incentivo à leitura como fonte de informação,
prazer, entretenimento e formação de leitor crítico, criativo e
autônomo;
• Planejar e desenvolver, com os alunos, atividades vinculadas à
Proposta Pedagógica da escola;
• Cultivar o espaço como lugar onde a prática de leitura não esteja
restrita à pesquisa e consulta, mas voltada para a satisfação de
necessidades mais amplas do ser humano (culturais, afetivas,
estéticas, etc.);
• Estimular o uso da literatura como elemento essencial para a
formação do leitor;
59
• Estimular o trabalho com a oralidade no texto literário, aproveitando
as várias possibilidades de leitura;
• Constituir acervo diversificado de literatura e de material didático-
pedagógico para alunos e professores;
• Expandir as formas de interpretação de textos escritos para diferentes
campos de linguagem (teatro, artes plásticas, música, cinema, etc.);
• Proporcionar acesso de alunos a novas tecnologias, desmistificando
seu uso e viabilizando-o como nova possibilidade de linguagem;
• Orientar os alunos nos procedimentos de estudos, pesquisas e leitura;
• Zelar pela segurança, preservação, manutenção e conservação dos
equipamentos, do acervo e do ambiente, orientando a comunidade
escolar para o uso responsável.
A formação escolar do educando não pode prescindir do atendimento às exigências do
mundo contemporâneo que demandam acesso cotidiano a fontes de informação e cultura
atualizadas e diversificadas; a escola se apresenta como um dos espaços privilegiados de
desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita; o desenvolvimento dessas habilidades
requer local e ambientes apropriados
3.9. HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
O horário escolar, que fixa o número de horas semanal, varia em razão das disciplinas
constantes na matriz curricular.
Para o Ensino Fundamental e Médio, a carga horária mínima exigida para o ano letivo
é de 800 horas, distribuídos em 200 dias de trabalho efetivo com a comunidade escolar.
O horário de funcionamento da escola, para a entrada e saídas dos alunos, está assim
estabelecido:
TURNO
ENTRADA
SAÍDA
PERÍODO - MANHÃ 7h 30min 11h 45min
PERÍODO – TARDE 13h 17h
PERÍODO – NOITE 19h 23h
60
3.10. ORGANIZAÇÃO DE TURMAS EM RAZÃO DA ESPECIFICIDADE
A organização das turmas da escola é a seguinte:
No período da manhã, são oferecidas 25 aulas de 50 minutos, perfazendo um total de
800 horas de trabalho efetivo em sala de aula.
No período da tarde, são oferecidos cursos de: Língua Estrangeira Moderna –
Espanhol, Sala de Recursos Multifuncional Tipo I, Complementação Curricular: Hora
Treinamento Futsal e Laboratório de Matemática e Mais Educação: Teatro, Dança,
Taekwondo, Futsal, Tecnologia da Informação e Jogos Matemáticos.
No período da noite, são oferecidas 25 aulas de 45 e 50 minutos, computada às 800
horas anuais.
3.11. EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A partir de meados do século XX, com a intensificação dos movimentos sociais de luta
contra todas as formas de discriminação que impedem o exercício da cidadania das pessoas
com deficiência, emerge, em nível mundial, a defesa de uma sociedade inclusiva. No decorrer
desse período histórico, fortalece-se a crítica às práticas de categorização e segregação de
alunos encaminhados para ambientes especiais, que conduzem, também, ao questionamento
dos modelos homogeneizadores de ensino e de aprendizagem, geradores de exclusão nos
espaços escolares.
Os mais recentes tratados internacionais têm refletido um desejo mundial de construção
de uma sociedade que não só reconhece a diferença como um valor humano irrefutável, como
também promove condições plenas para o desenvolvimento das potencialidades de todos os
seres humanos, na sua singularidade.
A Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Direitos das Pessoas
com Deficiência adota o paradigma da total inclusão educacional, o acesso à educação se dá
apenas em um sistema educacional inclusivo em todos os níveis: [...] Que as crianças com
deficiência devem desfrutar plenamente todos os direitos humanos e liberdades fundamentais
em igualdade de oportunidades com as outras crianças e relembrando as obrigações
assumidas com esse fim pelos Estados Partes na Convenção sobre os Direitos da Criança
(ONU, 2006).
Sobre o Direito das Pessoas com Deficiência, artigo 24, diz:
61
1. O pleno desenvolvimento do potencial humano e do senso de
dignidade e auto-estima, além do fortalecimento do respeito pelos
direitos humanos, pelas liberdades fundamentais e pela diversidade
humana;
2. O desenvolvimento máximo possível da personalidade e dos
talentos e criatividade das pessoas com deficiência, assim de suas
habilidades físicas e intelectuais;
3. A participação efetiva das pessoas com deficiência em uma sociedade
livre. (ONU, 2006)
Como noções gerais para a organização de um sistema educacional inclusivo a Convenção
exige o quanto segue:
[...]
1. As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema
educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com
deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e
compulsório, sob a alegação de deficiência;
2. As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental
inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as
demais pessoas na comunidade em que vivem;
3. Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais
sejam providenciadas;
a. As pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, no âmbito do
sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; e
b. Efetivas medidas individualizadas de apoio sejam adotadas em
ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social,
compatível com a meta de inclusão plena. (ONU, 2006).
O impacto de tais ações é perceptível nas informações trazidas pelo censo escolar
MEC/INEP 2009, que denota o acréscimo no percentual de alunos público-alvo da educação
especial, matriculados nas classes comuns do ensino regular. Em 2002, este número era de
28%, enquanto em 2009 este percentual passou para 60%.
Neste contexto, todos os atores sociais envolvidos no processo educacional, passa
por grande transformação, necessárias para a construção da escola como espaço plural de
valorização dos diferentes saberes, como pressuposto para o desenvolvimento da escola
inclusiva.
62
Neste sentido, há um conjunto de ações voltadas para os alunos, pais, professores,
gestores, com a finalidade de solidificar e ampliar as condições necessárias para garantia do
direito à educação.
A educação inclusiva vem se tornando uma realidade cada dia desafiadora para os
sistemas de ensino, pois o direito à educação não se configura apenas pelo acesso,
materializado na matrícula do aluno junto ao estabelecimento escolar, mas também pela sua
participação e aprendizagem ao longo da vida.
A acessibilidade na escola é concebida como uma premissa para o pleno acesso dos
alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, compreendendo desde a acessibilidade arquitetônica e na
comunicação, passando pela produção de materiais didáticos acessíveis e o uso de recursos de
tecnologia assistiva na escola.
Na perspectiva de inclusão de todos os alunos, independente de características físicas,
intelectuais ou sensoriais, a escola deve promover respostas pedagógicas de acordo com as
necessidades de cada um. A escola deve efetivar mudanças nas práticas pedagógicas em
classes comuns, adotar uma pedagogia interativa e interdisciplinar que estimule as
potencialidades dos alunos.
Nesta perspectiva queremos saberes relacionados à tecnologia digital (laboratórios
montados, internet instalada) e professores treinados. Garantir aos alunos e professores acesso
a um conteúdo educacional especializado completo e a modernos recursos multimídia que
possibilitem a construção do conhecimento e o exercício crítico da cidadania. Aulas dinâmicas,
oportunidades para o desenvolvimento de projetos colaborativos envolvendo alunos e
professores, diversidade de conteúdos e riqueza de informações, temas contextualizados, jogos
organizados por área de conhecimento e nível de ensino, acesso a publicações de conteúdos
curriculares, reportagens com enfoque educacional e atualidades. Enfim, a chance de integrar-
se ao mundo digital, colocando-se em pé de igualdade com alunos que estudam em escolas
particulares e de usar todos os recursos tecnológicos em benefício da educação e da construção
da cidadania. Entre outros saberes relevantes que deve ordenar o ensino é a problematização
dos saberes populares, levando o aluno a saber os porquês dos acontecimentos e assim,
motivar-se a refletir sobre o fato para além da percepção cotidiana, normalmente estruturada
sobre o senso comum. Perceber a necessidade de ver os conhecimentos de forma sistematizada
buscando conhecer os seus princípios científicos. Discutir as dimensões históricas e as
implicações político-sociais e as relações entre eles. A escola é também lugar de
questionamentos do saber instituído e de produção criativa de conhecimentos novos,
63
vinculados as necessidades populares. Os conteúdos da cultura popular e os conteúdos do
arsenal cultural universal devem ser objetos de estudo e de mútuo confronto no interior da
escola. (MEC, 2010).
3.12. PROGRAMAS EDUCACIONAIS E RECURSOS PARA A ESCOLA
3.12.1. PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FISCAL - PNFE
O Programa Nacional de Educação Fiscal, foi criado por um grupo de trabalho
constituído por representantes das Secretarias Estaduais da Fazenda, Secretaria da Receita
Estadual e do Ministério da Fazenda e aprovado pelo Conselho Nacional de Política
Fazendária – CONFAZ - para implantar o programa nacional de conscientização tributária e
despertar a prática da cidadania.
A principal característica deste início de século é a velocidade das mudanças que
ocorrem nas áreas econômicas, sociais, culturais, científicas, tecnológicas, institucionais e
humanos. Isso ocorre por diversos fatores, entre eles, a globalização, abertura de mercado,
transnacionalização da produção, consciência ecológica, reconhecimento dos direitos
humanos e o aprimoramento da cidadania. Nesse contexto surge à educação fiscal, é um
desafio, pois se trata de um processo de inserção de valores na sociedade, como o de
percepção de tributo que assegura o desenvolvimento econômico e social, com o seu conceito,
sua função e sua aplicação.
3.12.2. PROGRAMA NACIONAL LIVRO DIDÁTICO - PNLD
Os programas de material didático executados no âmbito do Ministério da Educação
são destinados a prover as escolas de educação básica das redes federal, estaduais, municipais
e do Distrito Federal de obras didáticas, pedagógicas e literárias, bem como de outros
materiais de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular e gratuita.
“A arte de ler é a arte de pensar com um pouco de ajuda”
Émile Faguet, no texto acima, nos leva a ver o objeto livro para além de um suporte
para a produção da escrita. O livro a que se refere o autor é aquele que ajuda o leitor a
exercitar sua capacidade de reflexão crítica. Por arte entendemos a capacidade de produzir
algo que provoque os sentidos. Assim, a leitura como a arte de pensar seria a transformação
64
de uma arte – a do autor – em outra - a arte do leitor – numa espécie de releitura, que, por sua
vez requer a apropriação e reelaboração. Os objetivos do Ministério da Educação ao propor
uma política de distribuição de materiais mais ampla, de forma a oferecer aos alunos, além
dos livros didáticos outros textos que possam contribuir significativamente para a formação
de cidadãos críticos e participativos, capazes de pensar e reelaborar, de transitar com
desenvoltura e independência entre as diferentes esferas; indivíduos inseridos nas relações que
se estabelecem por meio do texto escrito.
A recente publicação do Decreto No 7.084/10, e o texto do artigo 32 da Lei de
Diretrizes e Bases – LDB dão respaldo à tão almejada qualidade da educação, que se
aproxima, cada vez mais, do reconhecimento do papel da leitura independente para a
ampliação do universo de referencias dos alunos e, conseqüentemente, para a formação de
indivíduos capazes de ler, interpretar e reelaborar a realidade, por meio do acesso à
informação.
São objetivos dos programas de material didático:
o Melhoria do processo de ensino e aprendizagem nas escolas públicas, com a
conseqüente melhoria da qualidade da educação;
o Garantia de padrão de qualidade do material de apoio à prática educativa
utilizado nas escolas públicas;
o Democratização do acesso às fontes de informação e cultura;
o Fomento à leitura e o estímulo à atitude investigativa dos alunos; e
o Apoio à atualização e ao desenvolvimento profissional do professor.
3.12.3. PROGRAMA FICA COMIGO - COMBATE A EVASÃO ESCOLAR
O Programa de Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida foi
apresentado como Fica Comigo. O combate a evasão escolar é a sua principal meta,
entendendo que o acesso à escola e à educação é um direito subjetivo e inalienável através do
qual, segundo a LDB e o próprio ECA, a criança e o adolescente têm direito à educação,
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho.
Esta defesa expressa, sobretudo, a compreensão da função social da escola como
espaço necessário para a apropriação dos conhecimentos de forma sistematizada, que,
possibilite a cada sujeito compreender os processos contraditórios da sociedade atual e que, de
65
forma instrumentalizada, humanizada, inclusiva, consciente, não discriminatória e coletiva,
possa transformar a sua prática social e a dos homens historicamente.
A garantia do acesso à escola para nossos educandos, portanto, é um compromisso
de todos: do Estado, da Família, do Ministério Público, dos Agentes de Saúde, dos integrantes
das Secretarias Municipais, dos Conselhos Comunitários, dos Conselhos de Direitos e
Tutelares, dos demais órgãos oficiais, não oficiais e, enfim, de toda a sociedade civil.
O objetivo do programa é pautado na necessidade de:
• Promover a inserção no Sistema educacional das crianças e dos adolescentes
que tenham sido excluídos, por evasão ou por não acesso à escola.
• Criar uma rede de enfrentamento à evasão e exclusão escolar.
• Esta rede, por sua vez, implica na aproximação dos órgãos oficiais que podem
e devem ser buscados pela escola no sentido de oferecer o suporte necessário
para mediar a prevenção da evasão, localização do aluno ausente e mediações
de ações, para o retorno e permanência do aluno na escola.
Com estes fins, a SEED assume o papel de mediar o contato com Secretarias do
Estado, Ministério Público, Patrulha Escolar, no sentido de instrumentalizar a escola sobre as
ações que competem a cada segmento e que podem ser buscados por ela, uma vez esgotadas
as suas possibilidades de retorno e permanência do aluno. Isto se faz necessário também no
enfrentamento aos principais motivos de evasão, que podem estar situados em fatores para
além dos pedagógicos (violência contra a criança e o adolescente, drogadição, trabalho
infantil ou outros), os quais devem ser comunicados e acompanhados por órgãos competentes.
Para a instrumentalização do Programa foi criada a “FICA” (Ficha de Comunicação
do Aluno Ausente). Tal instrumento tem como objetivo acompanhar os casos de evasão de
todos os alunos a partir do momento em que apresentem ausência de 5 dias consecutivos e 7
dias alternados. Ao pontuar a necessidade de envolver a todos os alunos da Educação Básica
deve-se lembrar que o ECA, nos seus artigos 1º e 2º, dispõe sobre a proteção integral à
criança e ao adolescente, considerando criança a pessoa até doze anos de idade incompletos e
adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
É necessário destacar que a FICA tem sido utilizada como um importante instrumento,
não somente de comunicação do aluno ausente, mas de análise dos principais motivos que
levam à evasão escolar. Análises estas, que possibilitam o acompanhamento e a mediação na
busca de órgãos competentes que possam dar suporte às escolas.
66
3.12.4. ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA
O tema violência escolar tem sido uma preocupação de diversos segmentos sociais e
nos últimos anos está presente de forma reincidente na mídia.
A violência é um fenômeno social e diferenciado histórica e culturalmente, sobre esta
questão Chauí (1994, p. 336) argumenta que:
(......) Desde a Antiguidade clássica (greco-romana) até nosso dias, podemos
perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios para evitá-la,
controlá-la. Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos
como padrões de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos
sociais que pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a
conservação do grupo social.
A violência escolar não é um problema fácil de ser resolvido, é uma situação histórica
e de grande complexidade, a escola, enquanto espaço de violência, é percorrido por um
movimento ambíguo: de um lado, pelas ações que visam ao cumprimento das leis e das
normas determinadas pelos órgãos centrais, e, de outro, pela dinâmica dos seus grupos
internos que estabelecem interações, rupturas e permitem a troca de idéias, palavras e
sentimentos.
Os estabelecimentos de ensino não podem ser vistos como reflexo da opressão, da
violência, dos conflitos que acontecem na sociedade. É importante argumentar que as escolas
também produzem suas próprias formas de violência, no sentido de contrapor a interpretação
da escola como um espaço de reprodução, de preservação do que existe.
Para compreendermos a violência escolar é necessário definirmos o conceito de
violência, que segundo Schimidt (2002) na escola pode-se abordá-la em três dimensões, que
são: a violência em torno da escola, a violência dentro da escola e a violência da escola.
Para Bourdieu et Passeron, a verdadeira violência da escola é “primeiramente a
violência simbólica, invisível, que mascara uma dominação social e naturaliza o viés da
suposta insuficiência do “mau aluno”, que é um desajustado à ordem dominante, reforçada
pela escola (apud Debardieux, 2000, p.400).
Esta violência é caracterizada pelas formas de organização do tempo e espaço escolar,
da relação professor e aluno, dos métodos escolares e pela homogeneização que é exercida
por meio de mecanismos disciplinares, que uniformizam os movimentos, os gestos e as
atitudes dos alunos, dos professores, dos diretores, impondo aos corpos uma atitude de
submissão e docilidade.
67
Assim como a escola tem esse poder de dominação que não tolera as diferenças, ela
também é recortada por formas de resistência. Compreender esta situação implica em aceitar a
escola como um lugar que se expressa numa extrema tensão entre forças antagônicas.
Neste sentido para compreendermos como se desenvolvem as relações entre os
agentes que atuam na escola, é importante que pensemos esses agentes como sujeitos que
transcendem a sua posição hierárquica da escola. O aluno precisa ser visto como um sujeito
que, além da escola, vive em um espaço social, tem uma história e se diferencia das outras
com quem convive na escola.
Um sujeito é definido por Charlot (2000), como:
• Um ser humano, aberto a um mundo que não se reduz ao aqui e agora,
portador de desejos, movido por esses desejos, em relação com outros
seres humanos, eles também sujeitos;
• Um ser social, que nasce e cresce em uma família (ou em um substituto
da família), que ocupa uma posição, em um espaço social, que está
inscrito em relações sociais;
• Um ser singular, exemplar único da espécie humana, que tem uma
história, interpreta o mundo, dá um sentido a esse mundo, à posição que
ocupa nele, às suas relações com os outros, à sua própria história, à sua
singularidade.
Pensar este sujeito como resultado de determinantes históricas, de pertencimento a um
grupo social e de uma singularidade, é o primeiro passo para podermos tratar das formas de
violência que acontecem dentro da escola e são próprias do ambiente escolar.
Nas investigações realizadas na França com os vitimizados não aparece somente uma
visão da delinqüência na escola, associada aos atos agressivos e danos ao patrimônio, mas,
sobretudo das pequenas agressões, que são denominadas por school bullying e por
incivilidade.
O school bullying pode ser traduzido pela idéia de trote ou provas repetidas entre
alunos. Podemos dizer que uma criança e um adolescente é vítima de bullying quando outra
criança ou adolescente ou mesmo em grupo caçoam dele e insultam-no, também quando é
ameaçada, batida, empurrada e quando recebe mensagens injuriosas ou maldosas.
A violência virtual, na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários
depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o
espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo
fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender. Mais
68
recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mail ameaçadores, mensagens
negativas e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de
cyberbullying, ainda mais cruel que o bullying.
Conforme afirma SCHILLING “a escola entra neste debate contemporâneo sobre a
violência, ora como vítima da violência externa, ora como algoz, quando vista como uma
instituição com sua cota própria de violência”.(SCHILLING, 2004, p. 60).
Tem-se uma contradição na escola a ser superada, ou seja é possível enfrentar a
violência na escola se a prática docente e discente são em vários momentos autoritárias? A
escola também é um lugar de reprodução das desigualdades sociais, da exclusão e promoção
de violências. Desta forma, é possível transformar a escola numa instituição construtora e
promotora da democracia e da justiça?
Para SCHILLING “este é o objetivo da escola: possibilitar o acesso aos bens
científicos e culturais promovidos pela humanidade. Igualmente é nessas práticas que
conquistamos o exercício da liberdade de expressão, do acesso à informação que possibilite o
usufruto dos direitos civis e políticos, dos direitos sociais e econômicos”. (SCHILLING,
2004, p.69).
Desta forma, a partir da compreensão acima, pode-se afirmar que a gestão democrática
da escola e na escola pode ser considerada uma referência para a superação da violência. O
papel pedagógico da escola tem como objetivo desenvolver e promover um processo de
humanização fundamentado no acesso ao conhecimento científico, que é próprio da
humanidade e se constitui como um direito e uma necessidade para o indivíduo tornar-se
humano.
Deve-se então compreender que a centralidade da escola e do processo pedagógico
está no ensinar e no aprender. Esta centralidade aparece como um direito de todos os
educandos. A prática docente deveria ter como objetivo pensar o processo pedagógico a partir
de duas perspectivas: a primeira, com relação à garantia de direitos à escolarização; e a
segunda, com relação ao processo de aprendizagem do conhecimento escolar.
A violência escolar deve ser pensada e enfrentada a partir do trabalho coletivo e o
exercício efetivo da gestão democrática. Compreende-se que além do caráter científico e
político que a escola deve ter sobre o processo histórico, político e social, a questão da
compreensão e desenvolvimento da prática da gestão democrática pode e deve ser um dos
principais instrumentos de enfrentamento da violência escolar.
69
3.12.5. ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO OBRIGATÓRIO
O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular, um ato educativo
assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a integração dos estudantes
com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um recurso pedagógico que permite ao aluno o
confronto entre os desafios profissionais e a formação teórico-prática adquiridas nos
estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais com percepção crítica
da realidade e capacidade de análise das relações técnicas do trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem
executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas ao
desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando, prevalecendo sobre o aspecto
produtivo.
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula está presente por ser o
momento de inserção do aluno na realidade, para o entendimento do mundo do trabalho, com
o objetivo de prepará-lo para a vida profissional, conhecer formas de gestão e organização,
bem como articular conteúdo e método de modo de propicie um desenvolvimento
ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia para que o aluno trabalhador tenha
acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as necessidades da
escola conforme previsto na legislação vigente:
• Lei No 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
• Lei No 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
• Lei No 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente,
em especial os artigos, 63, 67 e 69 entre outros, que estabelece os princípios de
proteção ao educando;
• O Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho –
CLT, que estabelece que as partes envolvidas devem tomar os cuidados
necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes,
considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos relacionados aos
ambientes, condições e formas de organização do trabalho;
• Deliberação No 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação;
• Instrução No 006/2009 – SUED/SEED.
70
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos alunos
do Ensino Médio.
Objetivo geral - Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo
do trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da prática social,
contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação integral do aluno, bem como
reconhecer as dimensões pedagógicas que se desenvolvem em todos os aspectos da vida
social e produtiva.
Objetivos específicos:
• Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao currículo do
Ensino Médio;
• Oportunizar experiência profissional diversificada de acordo com a Proposta
Curricular;
• Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no
campo de estágio;
• Possibilitar a inserção do educando no mundo do trabalho
O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas desde que
esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a Proposta Pedagógica Curricular
do curso.
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de inserção
do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os conhecimentos
construídos ao longo das séries em reflexão e compreenda as relações existentes entre a teoria
e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de seleção,
organização e integração dos conhecimentos construídos, porque possibilita ao estudante
contextualizar o saber, não apenas como educando, mas como cidadão crítico e ético, dentro
de uma organização concreta do mundo do trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.
3.12.6. PROGRAMA NACIONAL BIBLIOTECA DA ESCOLA - FNDE
O Programa Nacional Biblioteca da Escola, desenvolvido pelo Ministério da
Educação, tem como objetivo incentivar o hábito da leitura e o acesso à cultura para alunos,
professores e a comunidade em geral. O programa consiste na aquisição e distribuição de
71
livros de literatura brasileira e estrangeira, infanto-juvenil, clássica, de pesquisa, de referência
e outros materiais de apoio, como atlas, enciclopédias, globo e mapas.
O PNBE distribui livros a beneficiários diferentes, mediante seis ações de incentivo
à leitura: Literatura em minha casa – 4ª a 8ª séries (distribuído para uso pessoal e propriedade
do aluno); Palavra da Gente – educação de jovens e adultos ( distribuído para uso pessoal e
propriedade do aluno); Biblioteca Escolar (distribuído para a biblioteca da escola e uso da
comunidade escolar ): Biblioteca do Professor ( distribuído para uso pessoal e de propriedade
do professor) e Casa da Leitura (distribuído para uso de toda a comunidade do município).
3.12.7. PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – PNAE
De caráter complementar, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, iniciado em
1955, transfere recursos financeiros para os estados e municípios para compra de gêneros
alimentícios de forma a garantir a alimentação escolar dos alunos da educação infantil
(creche e pré-escola) e do ensino fundamental, inclusive das escolas indígenas, matriculados
em escolas públicas e filantrópicas. Vale ressaltar que os entes federados (estados e
municípios) devem complementar a verba recebida de forma que o montante do recurso seja o
suficiente para aquisição da alimentação escolar que atenda às necessidades nutricionais dos
alunos durante sua permanência em sala de aula.
3.12.8. PROGRAMA NACIONAL DE TRANSPORTE ESCOLAR
Considerando que o Brasil é um país de dimensões continentais, que apresenta
disparidade em todos os aspectos, é fácil depreender que no campo educacional isso não seria
diferente. Sabemos que as nossas escolas, sobretudo nas séries finais do ensino fundamental e
no ensino médio apresentam carências. Sabemos, ainda, que muitos municípios sofrem com a
falta de escolas em algumas localidades, o que obriga os alunos residentes nessas áreas a se
deslocarem para escolas no meio urbano. Para contribuir com os municípios na locomoção
desses alunos, existem no Brasil, dois programas voltados para o transporte dos estudantes,
quais sejam, o Programa Nacional Transporte Escolar – PNTE e o Programa Nacional de
Apoio ao Transporte do Escolar – Pnate.
O Programa Nacional de Transporte Escolar – PNTE, contribui financeiramente com
os municípios e organizações não-governamentais para a aquisição de veículos automotores
72
destinados ao transporte diário dos alunos da rede pública de ensino fundamental residentes
na área rural e das escolas de ensino fundamental que atendam a alunos com necessidades
educacionais especiais.
Já o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar – Pnate, criado em junho
de 2004, tem como objetivo garantir o acesso e a permanência nos estabelecimentos escolares
dos alunos do ensino fundamental público residentes em área rural que utilizam transporte
escolar.
3.12.9. PROJETO OLHAR BRASIL
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que existem 153 milhões de
indivíduos cegos no mundo, por erros refracionais não corrigidos: miopia, hipermetropia e
astigmatismo. Este número ultrapassa os 300 milhões, caso se considere os indivíduos com
presbiopia (vista cansada), conforme Relatório das Condições de Saúde Ocular Brasil 2007.
No Brasil, os dados epidemiológicos disponíveis mostram que os problemas de refração
que podem ser corrigidos são expressivos e interferem no rendimento escolar das crianças e
jovens, bem como no desempenho das atividades diárias de adultos e idosos.
Os erros de refração, na sua maioria, são passíveis de correção por meio do uso de
óculos, medida aparentemente simples, porém ainda de difícil resolução no Sistema Único de
Saúde. Percebe-se que a oferta de consulta com especialista em oftalmologia não corresponde
à demanda, é proporcionalmente menor, assim como o custo e aquisição dos óculos que,
muitas vezes, inviabiliza o tratamento adequado.
Evidencia-se a necessidade da realização de novas ações que interrompa o fluxo
crescente da demanda, e ampliem o acesso da população aos serviços de oftalmologia. Isso
inclui o fornecimento de óculos. Todas essas ações que devem ser incorporadas à rotina dos
serviços de saúde em integração com as metas da educação.
O Projeto Olhar Brasil tem como objetivo atuar na identificação e na correção de
problemas de visão em alunos matriculados na rede pública de ensino da Educação Básica,
priorizando, inicialmente o atendimento ao Ensino Fundamental ( 1ª a 8ª série/1º ao 9º ano),
em alfabetizados cadastrados no “Programa Brasil Alfabetizado” e na população com idade
igual ou acima de 60 anos. A implementação desse projeto permitirá reduzir as taxas de evasão
decorrente de dificuldades visuais, facilitar o acesso à diversidade de contextos sociais e,
também, garantir melhoria na qualidade de vida da população com idade igual ou acima de 60
anos.
73
Os alunos da Educação Básica e do programa de alfabetização, em razão do esforço
visual requerido, podem manifestar distúrbios oculares, como dores de cabeça, tonturas,
cansaço visual e olhos vermelhos. Esses sintomas ocorrem principalmente quando estão lendo,
escrevendo, pintando ou desenhando com objetos próximos dos olhos. Problemas
preexistentes, não identificados, e sem o devido tratamento, podem comprometer a efetividade
do processo ensino/aprendizagem, levando-os ao desinteresse, consequentemente, à evasão da
escola.
74
3.13. PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM
CONTRATURNO – MAIS EDUCAÇÃO
O Programa Mais Educação, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da
Educação (PDE), como uma estratégia do Governo Federal para induzir a ampliação da jornada
escolar e a organização curricular, na perspectiva da Educação Integral.
Trata-se da construção de uma ação intersetorial entre as políticas públicas
educacionais e sociais, contribuindo, desse modo, tanto para a diminuição das desigualdades
educacionais, quanto para a valorização da diversidade cultural brasileira.
Essa estratégia promove a ampliação de tempos, espaços, oportunidades educativas e
o compartilhamento da tarefa de educar entre profissionais da educação e de outras áreas, as
famílias e diferentes atores sociais, sob a coordenação da escola e dos professores. Isso porque a
Educação Integral, associada ao processo de escolarização, pressupõe a aprendizagem conectada
a vida e ao universo de interesses e de possibilidades das crianças, adolescentes e jovens.
Os princípios da Educação Integral são traduzidos pela compreensão do direito de
aprender como inerente ao direito à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e à
convivência familiar e comunitária; e como condição para o próprio desenvolvimento de uma
sociedade republicana e democrática. Por meio da Educação Integral, se reconhece as múltiplas
dimensões do ser humano e a peculiaridade do desenvolvimento de crianças, adolescentes e
jovens. (Decreto no 7.083/2010).
Conforme a Instrução no 004/2011 – SUED/SEED - Entende-se por Atividades
Complementares Curriculares de Contraturno, atividades educativas, integradas ao Currículo
Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visam
ampliar a formação do aluno.
As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno têm os seguintes
objetivos:
1. Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no
território em que está situada, em contraturno, a fim de atender às
necessidades socioeducacionais dos alunos.
2. Ofertar atividades complementares ao currículo escolar em contraturno
vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo às
demandas educacionais e aos anseios da comunidade.
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3. Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,
democratizando o acesso ao reconhecimento e aos bens culturais.
Nossa Escola participa das atividades complementares curriculares em contraturno,
dos macrocampos e atividades, como segue:
3.13.1. MACROCAMPO - APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM - MATEMÁTICA
Justificativa - A história da matemática é entrelaçada por jogos matemáticos.
O Papiro Rhind ( 1850 a.C. ) é o documento mais antigo que contém
problemas que muitos consideram como jogos matemáticos.
Piaget e Vygotsky são os teóricos que contribuíram para o jogo se tornar uma
proposta metodológica – com base científica, para a educação matemática. Mesmo com
algumas divergências teóricas, estes autores defendem a participação ativa do aluno no
processo de aprendizagem.
Segundo Piaget, a atividade direta do aluno sobre os objetos do conhecimento é o
que ocasiona aprendizagem, ação do sujeito mediante o equilíbrio das estruturas cognitivas.
Sendo que a aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento. Nesta
concepção de aprendizagem “... o jogo é elemento do ensino apenas como possibilitador de
colocar o pensamento do sujeito como ação. O jogo é o elemento externo que irá atuar
internamente no sujeito, possibilitando-o a chegar a uma nova estrutura de pensamento”
(Moura, 1994, p.20).
Na concepção Piagetiana, o jogo assume a característica de promotor da
aprendizagem. Ao ser colocado diante de situações de brincadeiras, a criança compreende a
estrutura lógica do jogo e, consequentemente, a estrutura matemática neste jogo.
Conforme Kami & Declark (1994, p. 169), os “jogos em grupo fornecem
caminhos para um jogo estruturado no qual eles (os alunos) são intrinsecamente motivados a
pensar e a lembrar as combinações numéricas. Jogos em grupo permitem também que as
crianças decidam qual jogo elas querem jogar, quando e com quem. Finalmente, esses jogos
incentivam interação social e competição”.
76
Para Vygotsky, o jogo é visto como um conhecimento feito ou se fazendo, que
se encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria atividade. Seu uso requer
um planejamento que permite a aprendizagem dos elementos sociais em que está inserido (
conceitos matemáticos e culturais).
Conteúdo – Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias e Tratamento da
Informação.
No jogo deve haver possibilidade de se usar estratégias, estabelecer planos, executar
jogadas e avaliar a eficácia desses elementos nos resultados obtidos, sobretudo relacionando-
os com os conteúdos estruturantes da Matemática.
Jogos de Ordenação – são aqueles que, para solucionar o problema, tem que se colocar
os números em determinados lugares seguindo exigências prévias.
Cálculo - jogos de cálculo são problemas verbais que exigem operações matemáticas
desde as mais simples até as mais complexas.
Força Física – os jogos de força física são todos os esportes que se utilizam de força
física e estratégia mental para ganhar o jogo.
Estratégia/ Desafios – os jogos de estratégia/desafios são aqueles que exigem capacidade
de raciocínio, lógica, planejamento e inteligência.
O jogo é toda e qualquer competição em que se deve ter um objetivo a ser alcançado
onde, no final, deve haver um vencedor.
O jogo deve permitir que os jogadores assumam papéis interdependente, opostos ou
cooperativos onde as regras devem ser pré estabelecidas que não podem ser modificadas no
decorrer de uma jogada.
Objetivo - Potencializar as aprendizagens matemáticas significativas por meio de resoluções
de problemas.
Encaminhamento Metodológico – A dinâmica do projeto se dará de acordo com as
seguintes etapas e regras:
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- Introdução: Serão feitas apresentações prévias de cada um dos jogos que serão trabalhados
no projeto, especificando qual competência matemática ou lógica que será necessária para a
prática destes. E eventualmente serão exploradas algumas curiosidades e histórias com
relação aos jogos e com relação aos conteúdos matemáticos explorados nas atividades.
- Desenvolvimento: As atividades acontecerão em duplas, e em grupos maiores dependendo
das regras e particularidades de cada jogo. O professor e o assistente acompanharão os grupos
individualmente observando e intervindo quando perceberem que as regras do jogo não estão
sendo cumpridas de acordo com o que foi exposto na introdução da atividade.
- Conclusão: Serão realizados debates com relação às dificuldades que os alunos sentiram em
jogar um jogo que necessitavam saber matemática e ou, pensar logicamente para poder
vencer.
O jogo desempenha um papel importantíssimo na Educação Matemática. "Ao permitir a
manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos
intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança"
(Kishimoto, 1994, p. 22).
Através do jogo, existe a possibilidade de ensinar matemática visando desenvolver o
raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de
resolver problemas.
Os jogos, convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a
construção do conhecimento matemático.
O uso de jogos e curiosidades no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com
que os adolescentes gostem de aprender essa disciplina. “Os jogos devem ser utilizados não
como instrumentos recreativos na aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando para
trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos
matemáticos.”
Os jogos trabalhados devem ter regras, esses são classificados em três tipos:
1. Jogos estratégicos, onde são trabalhadas as habilidades que compõem o
raciocínio lógico. Com eles os alunos lêem as regras e buscam caminhos para
atingirem o objetivo final, utilizando estratégias para isso. O fator sorte não
interfere no resultado.
78
2. Jogos de treinamento, os quais são utilizados quando o professor percebe que os
alguns alunos precisam de reforço em um determinado conteúdo. Neles quase
sempre o fator sorte exerce um papel preponderante e interfere nos resultados
finais, o que pode frustrar as idéias anteriormente colocadas.
3. Jogos geométricos, que têm como objetivo desenvolver a habilidade de
observação e o pensamento lógico. Trabalha se figuras geométricas, semelhança
de figuras, ângulos e polígonos.
O jogo traz na sua estrutura e forma de jogar alguns aspectos que pode auxiliar na
construção de conceito, como:
1. Noção Espacial – quando o jogo é organizado em um espaço determinado,
obedecendo às regras.
2. Representação – quando se observa o que está acontecendo em cada momento do
jogo, concentrando atenção nas peças que estão sendo utilizadas para atingir o
objetivo.
3. Antecipação e Planejamento – quando precisa prestar atenção para imaginar
previamente, antecipar a jogada identificando qual peça utilizará.
4. Busca de diferentes soluções – o jogo auxilia e incentiva o aluno a adotar uma
atitude de pesquisa e questionamento em busca de soluções.
5. Identidade – no jogo há respeito pelas regras, pelo outro e pela vez de jogar.
O jogo permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e
divertido.
Nesse sentido há três aspectos que por si só justificam a incorporação dos jogos
matemáticos, são: o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de
relações sociais.
Infraestrutura - As atividades serão desenvolvidas em sala de aula, pátio, Laboratório de
Informática, TV Pendrive, Laboratório de Matemática.
Avaliação – O processo avaliativo, nos Jogos Matemáticos, deve possibilitar o trabalho com o
novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.
79
Conforme Lima, 2002 – “o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas
insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas
práticas educativas”.
É importante ressaltar que os jogos com regras são importantes para o
desenvolvimento do pensamento lógico, pois a aplicação sistemática das mesmas encaminha a
deduções. São mais adequados para o desenvolvimento de habilidades de pensamento do que
para o trabalho com algum conteúdo específico.
Nesta perspectiva, as regras e os procedimentos devem ser apresentados aos
jogadores antes da partida e preestabelecer os limites e possibilidades de ação de cada jogador.
A responsabilidade de cumprir normas e zelar pelo seu cumprimento encoraja o
desenvolvimento da iniciativa, da mente alerta e da confiança em dizer honestamente o que
pensa. Os jogos estão em correspondência direta com o pensamento matemático. Em ambos
tem regras, instruções, operações, definições, deduções, desenvolvimento, utilização de normas
e novos conhecimentos (resultados).
De maneira geral, o jogo cumprirá, portanto, uma dupla função – lúdica e educativa –
aliando, às finalidades do divertimento e prazer, outras, como o desenvolvimento afetivo,
cognitivo, físico, social e moral, manifestadas em um grande número de competências: escolha
de estratégias, ações sensório-motoras, interação, observação e respeito a regras.
Tal objetivo não exclui, porém, a dimensão lúdica do jogo, na medida em que sejam
preservadas a disposição e a intencionalidade em participar.
Espera-se com os Jogos Matemáticos que os alunos além de exercitarem a Matemática
e a lógica implícita na prática dos jogos, desenvolvam habilidades necessárias para o bom
desenvolvimento da sociedade na qual estão inseridos, como por exemplo:
- Tenham um ambiente diferenciado para a interação social;
- Exercitem a superação da frustração causada pela derrota;
- Compreendam que a vitória surge do conjunto de estratégias corretas e não pela sorte;
- Se tornem mais críticos com relação às conseqüências que determinadas escolhas
podem oferecer.
80
Resultados Esperados:
Para o aluno:
Oportunizar a interação social;
Estabelecer regras, que podem ou não ser modificadas no decorrer de uma rodada;
Trabalhar a frustração pela derrota, no sentido de minimizá-la;
Estudar o jogo antes de aplicá-lo( o que só é possível jogando);
Existe uma competição entre os jogadores e os adversários, pois almejam vencer e para isso
aperfeiçoam-se e ultrapassam seus limites;
Durante o desenrolar de um jogo, o aluno se torna mais crítico, alerta e confiante, expressando
o que pensa, elaborando perguntas e tirando conclusões sem necessidade da interferência ou
aprovação do professor;
O aluno se empolga com o clima de uma aula diferente, o que faz com que aprenda sem
perceber;
O fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que descobrir as melhores
estratégias.
Para a escola - As situações de jogo são consideradas parte das atividades pedagógicas,
justamente por serem elementos estimuladores do desenvolvimento. É esse raciocínio de que
os sujeitos aprendem através dos jogos que nos leva a: Atividade Livre; Prazer desde a análise
e execução; Exercitar tempo e espaço; Proporcionar laços entre quem pratica; Respeitar as
regras; Aliar diversão e aprendizagem; Desenvolver potenciais: mental, criativo, intelectual,
afetivo, lógico, físico de modo harmonioso; Matemática mais próxima do aluno.
Para a comunidade - Ressaltar a grande importância da solução de problemas, pois vivemos
em um mundo o qual cada vez mais, exige que as pessoas pensem, questionem e se arrisquem
propondo soluções aos vários desafios os quais surgem no trabalho ou na vida cotidiana.
Critérios de participação - Alunos regularmente matriculados no estabelecimento de ensino,
no ensino fundamental de 5ª a 8ª séries, onde são detectados índice de abandono, repetência e
alunos que desempenham papel de liderança em relação aos seus colegas.
81
3.13.2. MACROCAMPO - ESPORTE E LAZER - FUTSAL
A versão mais aceita, para o surgimento do futebol de salão no Brasil, é a de que ele
começou a ser praticado nos idos de 1940 por jovens frequentadores da Associação Cristã de
Moços, em São Paulo. Não demorou muito o esporte recém criado ganhou adeptos em outros
Estados, estabelecendo-se regras elementares, procurando disciplinar sua pratica. Dentro de
pouco tempo organizavam-se times, disputando torneios abertos. Convém destacar que o
amor e a tendência natural do brasileiro pelo futebol transfundiram para o futsal, em razão da
valorização imobiliária e de outros fatores socioeconômicos que implicaram na quase
extinção dos antigos campos de várzea. E o futsal passou à falta de espaços principalmente
nas áreas urbanas, a ser praticado em quadras originalmente destinadas a jogos de basquete e
vôlei, daí explicar-se a “febre” do futebol de salão. Hoje seguramente o futsal é a recreação e
lazer desportivo da preferência de mais de 12 (doze) milhões de brasileiros, tendo assim,
grande relevância não só na manifestação esporte-performance, como também nas outras
manifestações (esporte-educação e esporte participação). Sendo que o professor poderá
utilizar-se do futsal para desenvolver em seus alunos as capacidades atencionais, perceptivas e
antecipatórias, bem como estimular as relações sociais entre os alunos, onde se busca
diminuir as possíveis limitações tentando superá-las ou compensá-las grupalmente, pois há
uma grande necessidade e possibilidades de combinação de movimentos, com muita
velocidade. Assim o professor poderá utilizar-se deste esporte como instrumento de ensino,
com competência para direcionar e adaptar suas regras, de acordo com seus objetivos.
Atividades esportivas – Futsal – apoio às práticas esportivas e mediadoras para o
desenvolvimento integral disciplinar e social dos educandos.
Tem como objetivo:
• Promover a saúde pela cooperação, socialização e superação de limites
pessoais e coletivos.
• Incentivar o uso e valorização dos preceitos morais, éticos e estéticos
possibilitados pelo esporte.
• Organizar festival esportivo.
Atividades baseadas em práticas corporais, e esportivas promotoras de práticas de
sociabilidade, com ênfase no resgate a cultura local, bem como o fortalecimento da
diversidade cultural. Perspectiva das atividades, com livre escolha na participação e
construção e valores pelos próprios sujeitos envolvidos, atribuindo significado às práticas
desenvolvidas, com criatividade e criticidade. Desenvolver pesquisa e estudar as regras
82
oficiais e sistemas táticos com discussões e reflexão sobre noções de ética nas competições
esportivas.
Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas,
arbitragens, súmulas e noções de preenchimento. Apropriação acerca das diferenças entre
esporte da escola, o esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer. Compreender por
meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva.
Resultados esperados para o aluno: • Analisar situações problemas e busca de soluções, a socialização, a
inclusão e a melhoria do desempenho escolar. Resultados esperados para a escola:
• Destaque para o duplo aspecto educativo do esporte e do lazer,
desenvolvimento da educação pelo esporte, incorporando as práticas de
esporte como modo de vida cotidiana.
Resultados esperados para a comunidade:
• Compreender a função social do esporte, reconhecendo a influência da
mídia, da ciência e da indústria cultural do esporte.
3.13.3. MACROCAMPO - CULTURA E ARTE – DANÇA
A dança pode apresentar-se de modo diferente em cada cultura. Constituindo-se
em possibilidades de expressão e comunicação humana, de desejos individuais e coletivos.
Os conteúdos serão desenvolvidos em 3 eixos norteadores:
• Elementos Formais;
• Movimento Corporal;
• Tempo e Espaço.
Composição: Coreografia de gênero
• Folclórica;
• Popular;
• Étnica;
• Cultural e espetáculo;
• Performance e modernas.
Movimentos e períodos:
• Dança popular brasileira;
• Paranaense;
83
• Africana;
• Indígena;
• Hip-hop;
• Musicais;
• Dança moderna e contemporânea.
Objetivos:
� Reconhecer a importância das diferentes manifestações culturais presentes
na dança;
� Conhecer a origem e o contexto histórico em que se desenvolveram os
diferentes tipos de dança;
� Criar e vivenciar atividades de dança, por intermédio da elaboração de
composições coreográficas;
� Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros que identificam as diferentes danças.
Sendo o movimento corporal o elemento central da dança, a ação pedagógica de
complementação curricular “Dança”, baseia-se em atividades de experimentação do
movimento de improvisação, em composições coreográficas e processos de criação,
articulando os conteúdos, tornando o conhecimento significativo para o aluno, conferindo-lhe
sentido a aprendizagem. As atividades serão desenvolvidas de forma contextualizada,
dinâmica e prazerosa, a partir de pesquisas em grupo, assim, os alunos serão reunidos na
quadra de esportes, pátio e/ou sala de aula da escola, onde possam se movimentar livremente,
realizando exercícios de relaxamento, expressão gestual e corporal, dando ênfase à
importância do trabalho em grupo. Em seguida a prática pedagógica atrelará teoria à prática,
fazendo um recorte histórico, delimitando os tempos e espaços das diferentes formas de
registro gráfico da formação inicial dos passos sequenciais; o uso de diferentes adereços;
propostas de criações, improvisações e execuções coreográficas individuais e coletivas;
identificação do gênero a que pertence a dança e em que época foi concebida. Considerando o
contexto social e cultural dos alunos e seus conhecimentos e suas escolhas de ritmos e estilos,
para que possamos organizar um festival aberto a comunidade, a fim de apresentar tudo o que
foi desenvolvido no decorrer do ano.
Avaliação: Participação e frequência efetiva no projeto. Transformações quanto a
compreensão do significado da dança, em termos culturais e sociais. Produção de trabalhos
de danças nos variados estilos. Serão feitas contextualização dos tipos de danças com textos
84
dos significados de cada movimento a musicalidade e a história da dança, apresentação de
slides com TV pendrive e vídeos das danças e em seguida aula prática. Todas as danças serão
estudadas, mas será dada maior ênfase ao estilo de dança escolhido para apresentações.
Resultados esperados para o aluno:
� Compreender as diferentes formas de dança, suas origens e práticas
contemporâneas e sua função social, produção de trabalhos com dança,
visando atuação em sua realidade singular e social.
Resultados esperados para a escola:
� Priorizar os alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
Espera-se que ao trabalhar a dança com os alunos, o projeto contribua para o
sucesso do processo ensino-aprendizagem, pois a disciplina e dedicação
exigidas favoreçam o estudo nas demais áreas curriculares, sobretudo,
estilizando a dança como instrumento pedagógico alternativo, oportunizando
aos alunos o desenvolvimento criativo de suas potencialidades.
Resultados esperados para a comunidade:
� Entender a dança como expressão, compreender as realidades próximas e
distantes, perceber o movimento corporal nos aspectos sociais, culturais e
históricos.
3.13.4. MACROCAMPO - CULTURA E ARTE – TEATRO Desde a antiguidade clássica, o teatro é um dos mais poderosos recursos
pedagógicos. De um lado, possibilita o contato vivo e reflexivo com a obra artística de autores
consagrados, bem como a recriação de contextos históricos e o estudo de costumes. De outro,
leva à auto descoberta, ao auto conhecimento, do controle emocional, ao estudo psicológico, à
expressão de sentimentos e ao domínio dos recursos corporal e vocal. Por mais singela que
seja, a peça teatral, os atores precisarão de algum conhecimento e treino, e de uma orientação
capaz de imprimir ao espetáculo unidade e convencimento. A própria experiência de
treinamento para interpretar um personagem pode ser, ela mesma, educativa para o próprio
aluno. Ele aprendera sobre a sua própria pessoa ao se comparar com a personalidade
imaginaria que ira representar. Além de desenvolver aspectos culturais, o aluno terá maior
facilidade para trabalhar nas questões referentes à coletividade e ao relacionamento humano.
Portanto, a escola acredita que é fundamental o aluno possuir um canal para expressar-se
artisticamente.
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Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica: elementos formais
– personagens, ação e espaço cênico; composição: representação cenográfica; movimentos e
períodos: história do teatro e as relações de tempo e espaço presentes no espaço cênico, atos
cenografia, iluminação e música.
Objetivos:
� Desenvolver a intuição e a razão por meio das percepções, sensações,
emoções, elaborações e racionalizações;
� Propiciar ao aluno uma melhor maneira de relacionar-se consigo e com o
outro;
� Compreender os movimentos e períodos artísticos importantes da historia do
teatro;
� Possibilitar uma ampla visão do funcionamento da produção teatral pelas
relações entre o corpo, a voz e o espaço, visando à expressão criadora dos
alunos com o foco no estudo da personagem.
Serão desenvolvidos exercícios teatrais, predominantemente sob forma de jogos
teatrais e dramáticos, para a compreensão e vivencia dos diversos elementos formais presentes
no teatro, em especial, as performance dos personagens. Dessa maneira será trabalhado
exercícios de relaxamento, aquecimento e com elementos formais do teatro, sendo:
personagem – expressão gestual, corporal e facial. Composição: jogos teatrais, imposições e
transposição de texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros
exercícios cênicos.
A dramatização evidenciará mais o processo de aprendizagem do que a finalização, a
montagem de uma peça. É no teatro e em seus gêneros propostos como jogo do riso, do
sofrimento e do conflito, que se vêem refletidas as maneiras de sentir o mundo por meio de
um ser criado (o personagem) num mundo criado (a cena) assim, a avaliação supera o papel
de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagem
socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros
comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria
produção, de modo que leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a
compreensão mais efetiva da realidade.
Resultados esperados para o aluno:
� Compreenda e valorize as obras teatrais como bens culturais;
� Viabiliza o pensar simbólico por meio da dramatização individual ou
coletiva;
86
� Oportunize a analise, a investigação e a composição de personagens, de
enredos e de espaços de cena;
� Permite a interação critica dos conhecimentos trabalhados com outras
realidades socioculturais.
Resultados esperados para a escola:
� Manifestação das formas de trabalho artístico que os alunos já executam,
para que sistematizem com mais conhecimentos suas próprias produções;
� Produção e exposição de trabalhos artísticos, a considerar os recursos
existentes na escola.
Resultados esperados para a comunidade:
� Compreender as diferentes formas de representação presentes no cotidiano,
suas origens e praticas contemporânea, enquanto fator de transformação
social.
3.13.5. MACROCAMPO - ESPORTE E LAZER - LUTAS – TAEKWONDO Acesso aos processos históricos das lutas e suas relações às questões histórico-
culturais, origem e evolução, assim como o valor contemporâneo destas manifestações para o
homem.
Taekwondo – vivenciar à prática das manifestações corporais relacionadas às lutas e
suas variações, como motivação ao desenvolvimento cultural, social, intelectual, afetivo e
emocional.
Objetivo:
� Conhecer o próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas
habilidades físicas, motoras e perspectivas;
� Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros;
� Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os
diferentes tipos de golpes.
As lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordadas de maneira
reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver capacidades
físicas. Uma das possibilidades de se trabalhar com as lutas na escola é a partir de jogos de
oposição, cuja característica é o ato de confrontação que pode ocorrer em duplas, trios ou até
mesmo em grupos. Sendo que o objetivo da luta é vencer o companheiro de maneira hídrica,
87
impondo-se fisicamente ao outro. Além disso, deve haver o respeito às regras e, acima de
tudo, à integridade física do colega durante a atividade.
Avaliação - Os jogos de oposição podem aproximar os combatentes, mantendo contato
à distância como o Taekwondo. Além dos jogos de oposição, para trabalhar com o conteúdo
de lutas, poderá propor pesquisas, seminários, visitas às academias, analisar aspectos como
participação, envolvimento e respeito aos colegas e as regras.
Resultados esperados para o aluno:
� Adquirir corpo e mente fortes e saudáveis, com grandes benefícios na sua
maneira de viver, adquirindo disciplina, respeito e humildade, oferecendo
mais confiança, competitividade com perseverança e ter um espírito
construtivo e positivo.
Resultados esperados para a escola:
� Propiciar além do trabalho corporal, a aquisição de valores e princípios
essenciais para a formação do ser humano, como por exemplo: cooperação,
solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento da filosofia que
geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo outro.
Resultados esperados para a comunidade:
� Conhecer a filosofia e os valores de uma modalidade esportiva pode
mostrar muito aos alunos. O ato de lutar é algo próprio da cultura humana,
tanto por questões de sobrevivência, quanto de lazer. Nessa tarefa, é
importante mostrar em qual contexto uma determinada luta surgiu e como
ela se inseriu na cultura de sua época.
3.13.6. MACROCAMPO - CULTURA DIGITAL - INFORMÁTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Verificando o modo como utiliza o computador, seja como ambiente tecnológico,
como ferramenta mental, como ambiente social na hora de estudar, produzir, comunicar,
interagir e trabalhar com os colegas e com os alunos da escola, de forma individual, em
grupos e entre grupos.
As atividades serão propostas e acompanhadas pelo professor, com as orientações
pedagógicas necessárias aos desafios provocados pelo uso do computador, dos programas e
ferramentas.
88
Conteúdos - Software educacional, Informática e Tecnologia da Informação –
promoção da apropriação crítica das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação,
contribuindo para a alfabetização tecnológica e formação cidadã.
Objetivos:
� Fornecer noções básicas de Informática, fomentando a inteligência geral,
livre e colaborativa oferecida pela rede mundial de computadores;
� Conhecer e vivenciar atividades com recursos básicos de computadores e
Internet;
� Utilizar o computador e redes nas atividades educativas.
A utilização dos recursos da informática e conhecimentos básicos de tecnologia da
informação em um cenário sócio-cultural que afeta e modificam nossos hábitos, nossos
modos de trabalhar e de aprender, além de introduzir novas necessidades e desafios
relacionados à utilização das tecnologias.
Utilização do Laboratório de Informática conectado a Internet, que possa usar
para as atividades, navegar nos sites, programas e portais de domínio público, jornais e blogs.
Assim poderá conhecer mais e melhor o que são e como são esses espaços e contribuir com
repertório de experiências virtuais que poderá utilizar em seus próprios textos e na sua prática
escolar.
Resultados esperados para o aluno:
� Oportunizar a utilização dos meios digitais com autonomia e participação,
individual e cooperativa. Assim, refletir sobre o impacto da tecnologia e
suas contribuições na vida cotidiana e na atuação escolar.
Resultados esperados para a escola:
� Desenvolver habilidades necessárias a manejo do computador e de
programas que possibilitam a elaboração e edição de textos, a
comunicação interpessoal, interatividades, navegação e pesquisa de
informações, produção e cooperação.
Resultados esperados para a comunidade:
� Utilizar os conhecimentos tecnológicos nos espaços escolares e na
comunidade organizada, em comunicação colaborativa com a rede
mundial de computadores, como ferramenta de desenvolvimento,
inovação, participação ativa na sociedade e emancipação.
89
3.13.7. PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM
CONTRATURNO NA EDUCAÇÃO BÁSICA
O programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno é um
Programa da Secretaria Estadual de Educação que deve ser concebido como um projeto
educativo, integrado, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, visando o
empoderamento educacional de todos os sujeitos envolvidos através do contato com os
equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no território em que está situada. Assim,
ao pretender reconstruir a condição de ambiente de aprendizagem à comunidade, a escola estará
contribuindo para uma cidade educadora, visualizando e ampliando as possibilidades educativas
fora do espaço escolar.
Para que o programa alcance seus objetivos é fundamental que a comunidade se reúna
com a finalidade de discutir e analisar o contexto onde a escola está inserida e as necessidades
socioeducacionais dos alunos e apresentar proposições de atividades a serem definidas pela
escola. A discussão coletiva tem por objetivo a melhoria da qualidade do ensino, da convivência
social, a diminuição das diferenças de acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno deverá suprir
as demandas pedagógicas da escola e responder os anseios da comunidade, visando obter
resultados para o aluno, escola e comunidade.
Em conformidade com o Plano de Metas, a organização das atividades complementares
curriculares em contraturno, em nossa escola está organizada nas áreas do conhecimento,
articuladas aos componentes curriculares, nos seguintes macrocampos: Aprofundamento da
Aprendizagem – Laboratório de Matemática e Esporte e Lazer – Hora Treinamento Futsal.
3.13.8. MACROCAMPO: APROFUNDAMENTO DA APRENDIZAGEM – MATEMÁTICA A proposta será implementada na forma de laboratório, onde o conhecimento
matemático poderá ser experimentado em cada situação. A dinâmica de jogos permitirá a
construção coletiva de jogos, que será feita em conjunto pelos alunos e professor. As novas
abordagens de resolução de problemas, etnomatemática e modelagem matemática subsidiarão
a construção do conhecimento, permitindo uma ponte de ligação entre a realidade vivenciada
e a prática de sala de aula.
90
A abordagem será ampla atendendo os Conteúdos Estruturantes e a partir deles seus
desdobramentos: números e álgebra; grandezas e medidas; geometrias; tratamento da
informação.
Objetivo: • Reconhecer a matemática trabalhada em sala de aula, situações do
cotidiano;
• Buscar soluções para problemas enfrentados no dia a dia, através da
abordagem matemática e da resolução de problemas;
• Vislumbrar na prática de jogos a compreensão matemática;
• Explorar os recursos midiáticos, adequando situações cotidianas à
compreensão da matemática;
• Tomar como foco de estudos o universo matemático dentro da perspectiva
lúdica;
• Compreender as relações matemáticas através da convivência coletiva e da
experimentação de jogos;
• Incorporar a matemática básica como subsidio para o aprendizado
matemático subsequente;
• Conceber a matemática como pratica cotidiana.
A ação metodológica se estruturará na dinamicidade dos conteúdos trabalhados
diante da realidade percebida e vivenciada pelos alunos engajados no programa, de modo a
tornar o contato com a matemática, uma relação próxima e prazerosa. Aulas assumirão caráter
dinâmico, lúdico e experimental, de modo que o interesse pela matemática desponte, tornando
os alunos empenhados em sua compreensão. O uso de mídias também será bastante
produtivo, uma vez que, os recursos tecnológicos disponíveis na atualidade preponderam uma
abordagem contemporânea do conhecimento. Portanto, o uso dessas ferramentas, sejam elas
respectivas, à mídia impressa, televisiva, de rádio ou informática contribuirão com o
desenvolvimento desse trabalho, engajando ainda mais os alunos no trato com a matemática.
As atividades serão desenvolvidas em sala de aula, TV Pendrive, laboratório de informática e
laboratório de matemática.
Resultado Esperado para o aluno:
• Domínio da matemática como forma de interação social;
• Desenvolvimento da capacidade de abstração através da prática de jogos;
• Confecção de jogos diversos atendendo aos conteúdos de matemática;
91
• Prática e atuação matemática no cotidiano;
• Interpretação da sociedade através das abordagens matemáticas
contemporâneas.
Resultado Esperado para a escola:
• Se propõe ao atendimento para alunos que demonstram dificuldade em
aprender os conteúdos relativos a matemática, de modo que estes estejam
em contato direto com a experimentação, através de interações dinâmicas e
inclusive de jogos.
Resultado esperado para a comunidade:
• A socialização é um fator de grande relevância, pois a partir do momento
que os jogos participaram do processo de ensino e aprendizagem dos
alunos, estes passam a aceitar o ponto de vista das demais, a limitar sua
própria liberdade em favor dos outros, a próxima e prazerosa. Aulas
assumirão caráter dinâmico, lúdico e experimental, de modo que o interesse
pela matemática desponte, tornando os alunos empenhados em sua
compreensão. O uso de mídias também será bastante produtivo, uma vez
que os recursos tecnológicos disponíveis na atualidade preponderam uma
abordagem contemporânea do conhecimento. Portanto, o uso dessas
ferramentas, sejam elas respectivas, à mídia impressa, televisiva, de rádio
ou informática contribuirão com o desenvolvimento desse trabalho,
engajando ainda mais os alunos no trato com a matemática.
A avaliação da aprendizagem se dará de forma continua, diagnostica, cumulativa
e permanente ocorrendo diariamente, durante o desenvolvimento das atividades seguindo os
critérios de observação e analise. Essa pratica possibilitará a percepção doa avanços obtidos e
das dificuldades constatadas, oportunizando ao professor, a orientação e o direcionamento
pedagógico e a retomada de conteúdos, quando necessário. Ceder, a discutir e a compreender,
garantindo uma aprendizagem satisfatória, desenvolvendo raciocínio lógico matemático e
visando o seu progresso como estudante e profissional.
3.13.9. MACROCAMPO: ESPORTE E LAZER – HORA TREINAMENTO FUTSAL Objetivos:
Promover a saúde pela cooperação, socialização e superação de limites pessoais e coletivos.
92
Incentivar o uso e valorização dos preceitos morais, éticos e estéticos possibilitados pelo
esporte.
Organizar festival esportivo.
Encaminhamentos Metodológicos
Atividades baseadas em práticas corporais, e esportivas promotoras de práticas de
sociabilidade, com ênfase no resgate a cultura local, bem como o fortalecimento da
diversidade cultural. Perspectiva das atividades, com livre escolha na participação e
construção e valores pelos próprios sujeitos envolvidos, atribuindo significado às práticas
desenvolvidas, com criatividade e criticidade. Desenvolver pesquisa e estudar as regras
oficiais e sistemas táticos com discussões e reflexão sobre noções de ética nas competições
esportivas.
Local de Realização ( Infraestrutura)
As atividades serão desenvolvidas em sala de aula, pátio, quadra de esportes.
Resultados esperados:
Para o aluno
Analisar situações problemas e busca de soluções, a socialização, a inclusão e a melhoria do
desempenho escolar.
Para a escola
Destaque para o duplo aspecto educativo do esporte e do lazer, desenvolvimento da educação
pelo esporte, incorporando as práticas de esporte como modo de vida cotidiana.
Para a comunidade
Compreender a função social do esporte, reconhecendo a influência da mídia, da ciência e da
indústria cultural do esporte.
Avaliação
Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas,
arbitragens, súmulas e noções de preenchimento. Apropriação acerca das diferenças entre
esporte da escola, o esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer. Compreender por
meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva.
3.13.10. SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
93
As Salas de Apoio à Aprendizagem, considera:
• A ação pedagógica para o enfrentamento dos problemas relacionados à
aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos
finais do Ensino Fundamental, no que se refere aos conteúdos básicos
dessas disciplinas;
• A implantação do Ensino Fundamental de nove anos e o estabelecimento
no Plano e Metas da SEED.
Atribuições dos professores de Sala de Apoio à Aprendizagem:
a) Elaborar o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica,
Professores Regentes, de acordo com o disposto no Projeto Político Pedagógico para Língua
Portuguesa e Matemática, adequados à superação das dificuldades pertinentes a cada série,
como segue:
i) 5ª série/6º ano: oralidade, leitura, escrita. Formas especiais e quantidades nas
suas operações básicas e elementares, dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
ii) 8ª série/ 9º ano: oralidade, leitura, escrita. Reconhecer as características e
propriedades dos triângulos e quadriláteros;porcentagem; leitura, construção e interpretação de
tabelas e gráficos; identificar e reconhecer números nas suas diversas representações;
operações com números;cálculo de perímetro e área de polígonos; cálculo de conversão de
medidas (tempo, temperatura, comprimento e capacidade); noções de função afim e
quadrática.
b) Desenvolver em sala o Plano de Trabalho Docente definido.
c) Organizar e disponibilizar, para o coletivo de Professores regentes da turma e
Equipe Pedagógica, pastas individuais dos alunos ( de acompanhamento do processo de ensino
e aprendizagem).
d) Manter o Livro Registro de Classe atualizado.
e) Comunicar, por escrito, à Equipe Pedagógica, as faltas consecutivas dos alunos.
f) Decidir, com a Equipe Pedagógica e os Professores regentes, a permanência ou
a liberação dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem.
g) Elaborar materiais didático-pedagógicos considerando as necessidades de
aprendizagem dos alunos das Salas de Apoio à Aprendizagem.
h) Participar do Conselho de Classe.
i) Participar de formação continuada promovida pela SEED/NRE/Escola.
94
j) Preencher e entregar os documentos referentes ao Programa no prazo
preestabelecido.
As salas de Apoio à Aprendizagem fazem parte do programa de atividades
curriculares complementares e, portanto, devem funcionar em contraturno escolar, sendo:
uma (01) Sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e uma (01) de Matemática
para alunos matriculados no 6º ano/ 5ª série e uma (01) Sala de Apoio à Aprendizagem de
Língua Portuguesa e de Matemática para alunos matriculados no 9º ano/8ª série,
independentemente do número de turmas ofertadas a essas séries/anos, nas instituições de
ensino da Rede Pública Estadual. (Instrução n. 007/2011 – SUED/SEED).
3.13.11. PLANO PERSONALIZADO DE ATENDIMENTO
O Plano Personalizado de Atendimento – PPA tem por objetivo central, corrigir a
distorção idade/série e a regularização da vida escolar, tendo em vista:
• Matrícula;
• Reduzir a evasão escolar;
• Diagnóstico da realidade;
• Reprovação com 2 ou mais anos consecutivos;
• Alunos com idade para ingressar no mercado de trabalho, sem
perspectiva de futuro, alheio a sua condição de vida.
• Ausência de orientação pedagógica junto aos professores e alunos;
• Falta de conhecimento para trabalhar com esta realidade.
Sendo assim, a escola oportunizará um plano de estudos independentes que consiste
de um planejamento de conteúdos básicos de cada série: Entendemos como o conjunto de
disciplinas do núcleo com aprendizado em 3 áreas do conhecimento cognitivo, sendo:
• Línguas e Comunicação;
• Ciências Exatas;
• Conhecimento Social e Cultural.
Ação imediata :
• Revisão de conteúdos, metodologia e avaliações;
• Recuperação de estudos melhor aproveitamento por parte dos
estudantes;
Princípios essenciais:
95
• Resgatar a cidadania na escola;
• Valores morais, éticos e humanos;
• Processos interrompidos;
• Oportunizar os alunos;
Conhecendo o papel que a escola tem na vida do sujeito e da sociedade. Respalda-se:
• Equipe Pedagógica e Administrativa – cabe fazer o levantamento dos alunos
em distorção idade/série, com dois ou mais anos.
• Ao professor cabe elencar os conteúdos essenciais em cada disciplina das
séries finais do Ensino Fundamental.
• Ao aluno cabe, através de convocação do colégio, informar aos pais ou
responsáveis, sobre todas as atividades do PPA.
• Cabe à família o acompanhamento e a orientação do aluno em casa, para os
estudos independentes, visando o bom desempenho nas avaliações e o
desenvolvimento de ensino aprendizagem.
Flexibilização Curricular é adequar e produzir materiais didáticos e pedagógicos tendo
em vista as necessidades específicas dos alunos:
• É importante ressaltar que flexibilizar o currículo não significa reduzi-lo,
mas torná-lo acessível o que é muito diferente de empobrecê-lo.
• O processo de flexibilização não pode ser entendido como uma mera
modificação na estrutura curricular, pois há conhecimentos que são
imprescindíveis a todos os alunos;
• Há saberes que são essenciais/pré-requisitos para outras aprendizagens e que
devem ser mantidos, garantindo assim ao aluno o acesso às informações
consideradas fundamentais para a construção do conhecimento.
• O professor deverá buscar conhecer cada aluno, suas peculiaridades e
consequentemente as suas necessidades e propor ações que favoreçam a
aprendizagem de todos os alunos presentes na sala de aula.
• Estas ações devem estar em consonância com o Projeto Político Pedagógico
da escola e devem ser planejadas a partir dos conteúdos curriculares para a
série, levando em consideração os conteúdos essenciais, aos quais os alunos
devem ter acesso para terem sucesso e alcançarem a série seguinte.
O Currículo deve ser flexível o suficiente para responder à diversidade e às
necessidades de aprendizagem de todos os alunos presentes na escola.
96
Adaptação curricular é toda e qualquer ação pedagógica que tenha a intenção de
flexibilizar o currículo para oferecer respostas educativas às necessidades específicas dos
alunos, no contexto escolar. (EDLER CARVALHO, 1996)
(...) adaptar não é recortar conteúdos, porque o que recortamos são
possibilidades para o futuro” (Pastor e Torres, 1998 )
(...) podemos definir as adaptações curriculares como modificações que
são necessárias realizar em diversos elementos do currículo para adequar
as diferentes situações, grupos e pessoas para as quais se aplica. As
adaptações curriculares são intrínsecas ao novo conceito de currículo. De
fato, um currículo inclusivo deve contar com adaptações para atender à
diversidade das salas de aula. (LANDÍVAR, 1999, p. 53).
Adaptações curriculares de pequeno porte “Compreendem modificações menores, de
competência específica do professor. Elas constituem pequenos ajustes nas ações planejadas a
serem desenvolvidas no contexto da sala de aula”. (Escola Viva. Vol. 06/MEC-2000)
3.13.12. CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL
Em meados da década de 80, a redemocratização do país foi o cenário propício para
que os professores de Línguas Estrangeiras, organizados em associações e após pesquisa junto
aos alunos, liderassem um amplo movimento pelo retorno da pluralidade da oferta de língua
estrangeira nas escolas públicas.
Como forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história
paranaense, a Secretária Estadual de Educação do Paraná (SEED) criou em 15 de agosto de
1986 o Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna (CELEM).
Dentro de uma política educacional que valoriza a diversidade cultural, a Resolução
3904/2008 - SEED, que regulamenta o funcionamento do CELEM, considera “a importância
que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do
ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre
outras culturas."
Adentrando especificamente ao idioma Espanhol, este conquista uma ampliação
significativa no ano de 2010, em decorrência da implementação da Lei Federal 11.161/2005, a
qual dispõe sobre a oferta obrigatória da Língua Espanhola nos estabelecimentos de ensino
médio.
97
No Colégio Estadual Unidade Polo-Ensino Fundamental e Médio o curso do
CELEM foi implantado pelo Decreto nº 1.043/07, considerando a Resolução nº 3.879/08-
SEED, Deliberação nº 016/99-CEE e o Parecer Conjunto nº 11/10 do NRE.
Temos em funcionamento no período da tarde:
Turmas
1ª SÉRIE 2ª SÉRIE
23 alunos 14 alunos
As aulas de língua estrangeira se configuram como espaço de interações entre
professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam no dia-a-dia.
Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem
mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das
línguas na sociedade. DCE, 2008.
Desta forma, espera-se que o aluno:
� use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
� vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
� compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
� tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
� reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; relacionam-se,
atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-se
mutuamente. Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de
comunicação - produção e compreensão de textos verbais e não-verbais - é também inseri-os
na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas comunidades locais, mas
capazes de se relacionar com outras comunidades e outros conhecimentos.
Conforme, a DCE 2008, será buscado também ensinar o aluno que o trabalho
em sala de aula parta de um texto de linguagem num contexto em uso, sob a proposta de
construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de
estruturas linguísticas, para tanto, será priorizado:
� Compreender a diversidade linguística cultural.
98
� Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita.
� Interpretar trechos orais e escritos na língua estrangeira estudada,
ampliando a visão de mundo e a compreensão da sociedade.
Temos a convicção de que conhecer um segundo idioma é algo fundamental
na atualidade, principalmente na área profissional, pois no que concerne ao ensino de línguas
estrangeiras, o campo profissional torna-se cada vez mais exigente.
“Conocer la Lengua Española, no es conocer sólo sus aspectos linguísticos... Es
conocer una nueva cultura, sus costumbres y tradiciones, que mismo lejos se hacen tan cerca
de nosotros.”
3.14. RECURSOS MATERIAIS
3.14.1. MOBILIÁRIO
A organização do mobiliário reflete a concepção educativa adotada pela escola e pelos
professores. Assim, numa sala de aula, a disposição das carteiras pode facilitar o trabalho do
professor. Nessa organização o aluno deve assumir a responsabilidade da ordem, do zelo e os
cuidados com o bem público.
3.14.2. RECURSOS TECNOLÓGICOS E EQUIPAMENTOS
A tecnologia está presente direta ou indiretamente em atividades bastante comuns. A
escola, para cumprir sua função social, deve estar aberta e incorporar novos hábitos,
comportamentos, percepções e demandas.
É colocada à disposição da escola, uma série de recursos tecnológicos e equipamentos,
como: computador, televisão Pendrive, parabólica, vídeo, retroprojetor, aparelho de som,
microscópio, DVD e Data Show.
3.14.3. RECURSOS DIDÁTICOS
Os recursos didáticos desempenham papel importante no processo de ensino
aprendizagem.
99
A seleção desses recursos é feita pelo grupo de professores, direção e equipe
pedagógica, cria-se uma oportunidade para potencializar o seu uso e escolher os mais
adequados a proposta de trabalho pedagógico
.
3.14.4. RECURSOS FINANCEIROS/RECEITAS
O Colégio Estadual Unidade Polo-Ensino Fundamental e Médio, recebe recursos
financeiros da Entidade Mantenedora – Secretaria de Estado da Educação, Fundo Rotativo,
que tem por finalidade a manutenção e outras despesas relacionadas às atividades
educacionais.
PDDE - Programa Dinheiro Direto na Escola, recursos para garantir uma educação
de qualidade para todos, a partir das diretrizes de democratização do acesso e garantia de
permanência em todos os níveis de ensino e da gestão, tendo como objetivos:
• Contribuir para manutenção e melhoria da infra-estrutura física e pedagógica
da escola;
• Reforçar a autonomia gerencial e participação social da instituição de ensino;
• Concorrer para a equidade na oferta de elevação da qualidade do ensino
fundamental.
Projeto Escola Cidadã - recurso financeiro exclusivamente para a complementação
de gêneros alimentícios para a merenda escolar.
APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários - todos os recursos financeiros
obtidos pela escola, são revertidos em prol do educando e investidos em projetos
educacionais.
100
3.15. DADOS DO DESEMPENHO ACADÊMICO
Temos uma comunidade fixa com um perfil sócio-econômico e cultural médio baixo,
oriundos de bairros centrais, da periferia da cidade e da zona rural, com valores morais,
religiosos, materiais e intelectuais diversificado. A educação enquanto organizadora e
produtora da cultura se produz por meio de relações mediadas pelo trabalho, entendendo
trabalho como produção material e cultural de existência humana. Para isso, a escola precisa
investir em uma interpretação da realidade que possibilite a construção de conhecimentos
potencializadores, de modelos de agricultura, de novas matrizes tecnológicas, da produção
econômica e de relações de trabalho e da vida a partir de estratégias solidárias, que garantam a
melhoria da qualidade de vida dos que vivem no e do campo.
Alunos com idade superior à série respectiva SÉRIE
ALUNOS COM IDADE SUPERIOR Á SÉRIE RESPECTIVA
TAXA DE DISTORÇÃO
5ª 14 26% 6ª 11 26% 7ª 06 19% 8ª 08 17% TOTAL 39 22%
Taxa de abandono TAXA DE ABANDONO ENSINO FUNTAMENTAL – ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO 2009 2010 2009 2010 9,7 1,7 6,2 7,0
Diante dessa realidade, pretendemos fazer com que as pessoas que integram nossa
comunidade escolar se mobilizem para uma mudança na concepção de educação, tendo como
pressuposto os direitos humanos.
Nesse contexto, nossa escola está se organizando, para melhorar a qualidade
educacional e priorizando o atendimento de alunos limítrofes, condutas típicas como
transtorno do déficit de atenção, hiperatividade e outros distúrbios de aprendizagem e
comportamentais. A diversidade deve ser respeitada, tendo em vista que os alunos aprendem
em ritmos, formas e maneiras diferentes.
As salas de aulas não são homogêneas, por isso cabe ao professor, diversificar sua
metodologia e práticas pedagógicas, para que todos tenham oportunidades de adquirir e
aprimorar seus conhecimentos, obtendo progressão nas diversas áreas seja elas: acadêmicas,
101
culturais, sociais e afetivas entre outras. A escola deve ser um espaço democrático,
significativo e singular para trabalhar com a diversidade humana, respeitando as limitações,
percebendo as potencialidades para a aprendizagem e considerando as especificidades de cada
educando, a favor da inclusão.
Considerando essas informações que nos permitem ter mais clareza sobre diversos
aspectos da educação, vamos analisar de modo mais efetivo o nosso contexto escolar, a seguir:
Ensino Fundamental
5ª 6ª 7ª 8ª
Aprovado 40 29 39 50
Reprovado 08 05 01 08
Desistente 01 00 01 01
Total 49 34 41 59
Ensino Médio - Manhã
1ª 2ª 3ª
Aprovado 49 35 26
Reprovado 05 02 01
Desistente 02 00 00
Total 56 37 27
Ensino Médio - Noite
1ª 2ª 3ª
Aprovado 18 23 24
Reprovado 02 00 01
Desistente 03 04 05
Total 23 27 30
102
3.15.1. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - IDEB
O IDEB foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa pioneira de reunir num só
indicador dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: Aprovação e
Desempenho dos estudantes – obtidos, respectivamente, a partir do Censo Escolar e da Prova
Brasil. Agrega ao enfoque pedagógico das avaliações a possibilidade de resultados sintéticos,
facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas.
As metas do IDEB para escolas, municípios e Unidades da Federação foram estabelecidas
considerando cada estágio de desenvolvimento educacional dessas unidades de referência e,
também, a administração das desigualdades entre elas. O Plano de Desenvolvimento da Educação
estabelece como metas que, até 2022, ano do bicentenário da Independência, o IDEB do Brasil
para os anos iniciais seja 6,0 e para os anos finais 5,5 – média que corresponde a um sistema
educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos.
Na nossa escola o IDEB, é:
2005 2007 2009 4,0 3,6 4,1
3.15.2. PROVA BRASIL PROVA BRASIL, IDEB E PROJEÇÕES – PARANÁ PROVA BRASIL PROJEÇÕES
Mat Port Média
IDEB
2005
IDEB
2007
IDEB
2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
238,13
246,23 4,95
3,3
4,0
4,1
3,3 3,5 3,8 4,2 4,5 4,8 5,1 5,3
PROVA BRASIL, IDEB E PROJEÇÕES – ESCOLA
PROVA BRASIL PROJEÇÕES
Mat Port Média
IDEB
2005
IDEB
2007
IDEB
2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
247,39 248,17 4,93 4,0 3,6 4,1 4,1 4,2 4,5 4,9 5,2 5,5 5,7 6,0
A Prova Brasil é uma avaliação nacional que tem como objetivo a produção de informações
sobre os níveis de aprendizagem em Língua Portuguesa, com ênfase em leitura, e em Matemática,
na resolução de problemas. Idealizada para produzir informações sobre o ensino oferecido por
município e por escola, da rede pública urbana, rural e do campo de ensino, de 4ª e 8ª séries do
ensino fundamental Os resultados de desempenho são expressos em uma escala de proficiência por
103
disciplina. Na escala de Língua Portuguesa existem dez níveis para explicar s desempenho dos
estudantes e na Matemática treze níveis.
Sendo assim, a Prova Brasil tem como objetivo auxiliar nas decisões e no direcionamento de
recursos técnicos e financeiros dos estados e municípios, quanto a comunidade escolar no
estabelecimento de metas e implantação de ações pedagógicas e administrativas, objetivando a
melhoria da qualidade do ensino.
Nossa Escola PROVA BRASIL MATEMÁTICA LÍNGUA PORTUGUESA 2005 2007 2009 2005 2007 2009 252,59 241,05 247,39 216,15 213,90 248,17
A Prova Brasil expõe à sociedade os resultados gerais de sua avaliação e coloca à
disposição de diretores, professores, alunos e especialistas uma série de informações sobre as redes
e cada estabelecimento de ensino:
• Resultados para cada uma das escolas participantes – esses dados permitem aos
professores e diretores a verificação, nas principais áreas, temas ou tópicos avaliados,
de quais conhecimentos os alunos já se apropriaram ou não. Assim, esses educadores
contam com informações sobre as dificuldades apresentadas pelos estudantes, criando-
se espaço de diálogo e reflexão em busca de melhores estratégias de ensino e
aprendizagem, com vista à elevação da qualidade de ensino no âmbito de cada
estabelecimento. Fundamentam o uso pedagógico da avaliação e podem demarcar
metas e objetivos a serem alcançados pelas escolas.
• Dados sobre as escolas das redes – essas informações tornam possível aos diretores
uma visão do conjunto das unidades de ensino compreendidas por sua administração.
Os eventuais problemas de aprendizagem, apontados em determinadas áreas, podem
servir de parâmetro para a escolha das melhores estratégias de qualificação e de quais
aspectos devem ser focados na formação continuada dos professores.
• Resultados desagregados – as informações apresentadas por rede, em cada região,
Unidade da Federação, município e unidade escolar são indicativas da qualidade e da
equidade do ensino ministrado.
• Distribuição percentual de alunos nos níveis da escola – constitui indicadores do grau
de equidade das redes e de cada estabelecimento de ensino, uma vez que permite
responder às seguintes perguntas: Muitos alunos aprendem pouco? Poucos alunos
aprendem muito? Qual o nível de aprendizagem da maioria dos aluno? Os alunos
104
brasileiros têm um desempenho muito desigual? Qual é a proporção de alunos de cada
uma das escolas e das redes de ensino que apresenta um desempenho igual ou superior
à média nacional?
• Resultado de desempenho – a população é informada sobre os resultados obtidos pelas
diferentes redes de ensino, as distintas condições de oferta da educação e as
desigualdades educacionais que possam existir no país. A utilização de tais
informações contribui para o estabelecimento de ações administrativas direcionadas
tanto à correção de distorções e superação de desafios peculiares à área educacional
brasileira, quanto à preservação das conquistas e ganhos do setor.
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3.16. AS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE -
A ESCOLA QUE TEMOS E QUE QUEREMOS
O papel da escola é desenvolver no educando a capacidade de pensar, viabilizando o
saber científico, histórico e cultural acumulados. A capacidade de transformar seus
conhecimentos em ações produtivas, desenvolvendo o senso crítico para a construção de uma
sociedade mais justa, ciente do exercício de sua cidadania, como também ser um agente
transformador do meio em que vive. A transmissão de conhecimento científicos escolares
teve sua origem na educação socialista. No Brasil, o dualismo das classes sociais, do acesso
aos bens e serviços produzidos pelo conjunto da sociedade, se enraíza no tecido social através
de séculos de escravismo e discriminação do trabalho manual. Na educação, apenas na metade
do século XX, o analfabetismo se coloca como uma preocupação das elites intelectuais e a
educação do povo se torna objeto de políticas de Estado.
No início era uma escola de elite, voltada para a burguesia, hoje se popularizou como
“Escola para todos”; viabilizando a igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola.
A prática que a escola desenvolve: conhecer e refletir sobre o que ensinamos, como
ensinamos, e porque ensinamos. Ter uma reflexão e postura sincera ajuda encontrar o ponto
certo os ajustes necessários e a determinar o quanto precisamos mudar.
Não basta dizer, para a comunidade que a escola é importante. É preciso mostrar à
sociedade através de seus trabalhos, publicações de alunos e professores; de participação na
busca de soluções para os problemas comunitários; realizar projetos e atividades dirigidas ao
público, à comunidade; fazer exposições de materiais; organizar e participar de seminários e
fóruns sobre assuntos de interesse comunitário onde se situa; dar a voz à escola através de
publicações e manifestações nas mídias, desenvolver trabalhos voltados ao lazer, esporte,
cultura, arte e convivência fraterna com a comunidade local e regional. Dessa forma a escola
estará se firmando como instituição social necessária e significativa para a vida dos alunos e
da comunidade.
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4. FUNDAMENTAÇÃO
Educação é um processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral
do ser humano, visando a sua melhor integração individual e social. Ela se desenvolve na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas organizações civil, militar e eclesiástica,
nas entidades culturais e políticas e, principalmente, nas instituições escolares.
Compreende-se a escola como uma das instâncias educativas na sociedade e o trabalho
pedagógico que nela se desenvolve, como uma prática social da educação.
Conforme Vieira Pinto (2000):
• A educação é um processo, portanto é o decorrer de um fenômeno (a
formação do homem) no tempo...;
• A educação é um fato existencial. Refere-se ao modo como (por si
mesmo e pelas ações exteriores que sofre) o homem se faz se homem.
(...) Pode-se dizer (...) que é o processo pelo qual o homem adquire sua
essência (real, social, não metafísica). É o processo constitutivo do ser
humano;
• A educação é um fato social. (...) É o procedimento pelo qual a
sociedade se reproduz a si mesma ao longo de sua duração temporal.
Contudo, neste processo de auto-reprodução está contida, desde logo,
uma contradição (...). Daí deriva o duplo aspecto do fato social da
educação: incorporação dos indivíduos ao estado existente e progresso,
isto é, necessidade de ruptura do equilíbrio presente, de adiamento, de
criação do novo;
• A educação é um fenômeno cultural. Não somente os conhecimentos,
experiências, usos, crenças, valores, etc. (...) mas também os métodos
utilizados pela totalidade social para exercer sua ação educativa são
parte do fundo cultural da comunidade e dependem do seu grau de
desenvolvimento. (...). O método pedagógico é função da cultura
existente;
• A educação se desenvolve sobre o fundamento do processo econômico
da sociedade. Porque é ele que: determina as possibilidades e as
condições de cada fase cultural; determina as probabilidades
107
educacionais na sociedade (...); proporciona os meios materiais para a
execução do trabalho educacional, sua extensão e sua profundidade...;
• A educação é uma atividade teleológica. A formação do indivíduo
sempre visa um fim;
• A educação é uma modalidade de trabalho social;
• A educação é um fato de ordem consciente. É determinada pelo grau
alcançado pela consciência social e objetiva suscitar no educando a
consciência de si e do mundo;
• A educação é um processo exponencial, isto é, multiplica-se por si
mesma com sua própria realização. Quanto mais educado, mais
necessita o homem educar-se e, portanto, exige mais educação;
• A educação é por essência concreta. Pode ser concebida a priori, mas o
que a define é sua realização objetiva, concreta. Esta realização
depende das situações históricas objetivas, das forças sociais presentes,
(...) dos interesses em causa, etc.;
• A educação é por natureza contraditória, pois implica simultaneamente
conservação (...) e criação.
A historicidade pertence à essência da educação. (...) A educação é histórica não
porque se executa no tempo, mas porque é um processo de formação do homem para o novo
da cultura, do trabalho, de sua auto consciência.
Compreende-se, portanto, que o próprio processo da educação e, em específico, a
escola, é um dado cultural, é uma elaboração histórica do homem.
O processo educacional deve contemplar um tipo de ensino e aprendizagem que
ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizados” e desemboque em um processo de
produção e de apropriação de conhecimento e transformá-lo, possibilitando, assim, que o
cidadão torne-se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e
buscando alternativas de superação da realidade.
108
4.1. CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem é ser complexo. A sua formação ou deformação está intimamente ligada ao
meio sociocultural e à base biológica.
Afirma Vygotsky que as características tipicamente humanas não estão presentes
desde o nascimento do indivíduo, nem são meras pressões do meio externo. Elas resultam da
interação dialética do homem e seu meio sociocultural. Ao mesmo tempo em que o ser
humano transforma o seu meio para atender suas necessidades básicas, transformando-se a si.
A base biológica do funcionamento psicológico é o cérebro, visto como órgão
principal da atividade mental. O cérebro é um sistema aberto, de grande plasticidade, que
poderá ser moldado, ao longo do processo educativo. O desenvolvimento da atividade mental
se processará através da mediação dos seres humanos entre si e deles com o mundo, com a
utilização de instrumentos técnicos e sistemas de signos, destacando-se entre eles a
linguagem.
À escola, como instituição social da educação compete propiciar meios para o
desenvolvimento intelectual do homem, na busca de sua autonomia e realização pessoal em
toda plenitude.
O ser humano, na atualidade, é competitivo e individualista, resultado das relações
impostas pelo modelo em vigor. No entanto, a luta deve ser por um homem social, voltado
para o bem estar do grupo pelo qual faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela
apropriação dos conhecimentos, modifica também a sociedade por meio do movimento
dialético “do social para o individual para o social”. Destarte, torna-se sujeito da história.
4.1.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações
diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem,
havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo
relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a
base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade, sendo que: “A
sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe
resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as
contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade.
Nesse sentido a sociedade cria o homem para si”. (Pinto, 1994).
109
A sociedade é a mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos
homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das contradições
geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não
pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento
da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis históricas, ou
seja, de leis que se constituem historicamente.
Atílio Boron (1986) questiona, que tipo de sociedade deixa como legado estes quinze
anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênea e fragmentada,
marcada por profundas desigualdades de todo tipo – classe, etnia, gênero, religião, etc. – que
foram exarcebadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma sociedade dos “dois terços”
ou uma sociedade “com duas velocidades” como costuma ser denominada na Europa, porque
há um amplo setor social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e que
não pode ser “reconvertido” em termos laborais, nem inserir-se no mundo do trabalho formal
dos capitais desenvolvidos. Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as
políticas conservadoras, foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e
científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto, aquela na qual
os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade de
participação do conjunto de membros da sociedade em todos os processos decisórios que
dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).
Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia participativa conclui
que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina que não há verdades
eternas e absolutas nas relações ente sociedade e o Estado e que estas se fazem e se refazem
pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de uma democracia substantiva,
participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade social, continua sendo um
horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.
O mundo é o local onde ocorrem as interações homem-homem e homem-meio social
caracterizadas pelas diversas culturas e pelo conhecimento. Devido à rapidez dos meios de
comunicação e tecnológicos e pela globalização torna-se necessário proporcionar igualmente
ao homem alcance dos objetivos materiais, políticos, culturais e espirituais para que sejam
superadas as injustiças sociais, diferenças, distinções e divisões na tentativa de se formar o ser
humano. Isto será possível se a escola for um espaço que contribua para a efetiva mudança
social.
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4.1.2. CONCEPÇÃO DE MUNDO
Os processos de globalização do mundo econômico e da mundialização da cultura,
desencadeados pela sociedade tecnológica em que vivemos, recolocam as questões da
sociabilidade humana em espaços cada vez mais amplos, trazendo as questões de identidade
pessoal e social cada vez mais complexas.
Vygotsky, inspirado nos princípios do materialismo dialético, considera o
desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um processo de apropriação
pelo homem da experiência histórica e cultural. Nesta perspectiva a premissa é de que o
homem constitui-se como tal, através de suas interações sociais, portanto, é visto como
alguém que transforma e é transformado nas relações produzidas em uma determinada
cultura. É por isso que seu pensamento costuma ser chamado de sócio-interacionista.
Nas últimas décadas, novas formas de convivência humana foram se desenvolvendo,
novos paradigmas foram colocados, mas tanto no modelo do mundo capitalista, quanto na
tentativa frustrada do socialismo, a verdade não reina soberana em nenhum deles. Dessa
forma está se buscando um novo modelo explicativo da sociedade atual.
No contexto em que o homem é um ser que interage socialmente no seu meio, faz-se
necessário que ele tenha uma formação básica geral, com desenvolvimento do pensamento
reflexivo, crítico e atuante para com maior facilidade, ter acesso ao mundo do trabalho, mas
também vincular-se à prática social, na qual o exercício da afetividade, da sensibilidade da
ética far-se-ão presentes, no mundo contemporâneo.
Quanto à ciência e a tecnologia caminham a passos gigantescos não é possível
conduzir o processo ensino-aprendizagem, no ensino médio, de forma estanque,
compartimentalizada, especializada, como se cada qual – professor e aluno – olhasse apenas
ao redor de seu umbigo e alheio ao que se passa no mundo, no universo.
A visão do mundo precisa ser global. A economia e a sociedade necessitam de
homens, capazes de se adaptarem à realidade, com flexibilidade e criatividade, para enfrentar
novos padrões de produtividade e competitividade impostos pelo avanço tecnológico, valores
éticos e humanizado.
111
4.1.3. CULTURA
Conforme diz Saviani, “para sobreviver o homem necessita extrair da natureza ativa e
intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de
transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura.” (1992, p.19).
Costuma-se aceitar que a idéia atual de cultura, de maneira geral, começou a se formar
a partir do século XIX: são práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado de
espaço. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que
permeiam e identifica uma sociedade. É também o aspecto da vida social que se relaciona
com a produção do saber, arte, folclore, mitologia, costumes, etc., bem como à sua
perpetuação pela transmissão de uma geração à outra.
A Constituição Brasileira apresenta uma versão bastante objetiva do que seja cultura:
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se
incluem:
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos, urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
A principal característica da cultura é o mecanismo adaptativo: a capacidade de
responder ao meio de acordo com mudança de hábito, mais rápida do que a evolução
biológica.
Além disso, a cultura é também um mecanismo cumulativo. As modificações trazidas
por uma geração passam à geração seguinte de modo que a cultura transforma-se perdendo e
incorporando aspectos mais adequados à sobrevivência, reduzindo o esforço das novas
gerações.
O ambiente exerce um papel fundamental sobre as mudanças culturais, embora não
único: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais
quanto por transformações da consciência social.
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Através dos conteúdos aprendidos em sala de aula, relacionamos com as
manifestações culturais regionais. Organizando visita a exposição de arte, teatros, cinemas e
museus e até mesmo artistas na escola expondo seus trabalhos e suas idéias, o aluno precisa
perceber que o folclore se relaciona com todas as disciplinas. São comuns casos de alunos que
nunca foram ao cinema ou ao teatro. “A cultura torna esses alunos mais sensíveis à ação
transformadora da arte”.
4.1.4. TECNOLOGIA
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação ao propor a formação tecnológica como eixo
do currículo assume, segundo Kuerger (2000), a concepção que aponta como a síntese, entre o
conhecimento geral e o específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e
tratar metodologicamente os conteúdos.
O uso de tecnologias como apoio ao ensino e a aprendizagem vem evoluindo
vertiginosamente, podendo trazer efetivas contribuições à educação. Entretanto, é
fundamental conhecer novas formas de aprender e de ensinar, bem como de produzir,
comunicar e representar conhecimento, possibilitadas por esses recursos, que favoreçam a
democracia e a integração social.
Nesse contexto é preciso implementar no sistema educacional, uma tecnologia
mediante a qual não apenas, se reforme o ensinamento, mas também que facilite a
aprendizagem.
Dessa forma, a tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das
desigualdades ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações
entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.
Nossa escola, tem como intenção, trabalhar através de projetos diferenciados
possibilitando o acesso dos alunos às novas tecnologias e também no plano de trabalho
docente estará contemplado o uso de recursos tecnológicos como apoio ao processo ensino
aprendizagem, favorecendo dessa forma, o aprendizado contextualizado e a construção do
conhecimento.
113
4.1.5. CIDADANIA
A origem da palavra cidadania vem do latim “civitas”, que quer dizer cidade. A
palavra cidadania foi usada em Roma antiga para indicar a situação política de uma pessoa e
os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer.
Segundo Dalmo Dallari:“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à
pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não
tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões,
ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. (Dallari, 1998,p.14).
Cidadania é o conjunto de direitos e deveres que regem a vida e o modo de atuação de
um indivíduo na sociedade.
A cidadania comporta, genericamente, três dimensões:
• Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de
pensamento: direito de propriedade e de conclusão de contratos; direito à
justiça;
• Política: direito de participação no exercício do poder político, como eleito ou
eleitor, no conjunto das instituições de autoridade pública;
• Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social, desde a
segurança até o direito de partilhar do nível de vida segundo os padrões
prevalecentes da sociedade.
Conforme Barros Rosas, neste quadro sintético, apresenta uma percepção sobre como
se processa a “evolução” do Ser Humano até o Ser Cidadão.
O Ser Humano O Ser Indivíduo O Ser Pessoa O Ser Cidadão
A Dimensão do
convívio social
A Dimensão do
mercado de
trabalho e consumo
A Dimensão de
encontrar-se no
mundo
A Dimensão de
Intervir na
realidade
O Homem torna-se
Ser Humano nas
relações de
convívio social
O Ser Humano
torna-se indivíduo
quando descobre
seu papel e função
social
O Indivíduo torna-se
Pessoa quando toma
consciência de si
mesmo, do outro e do
mundo
A Pessoa torna-se
Cidadão quando
intervém na realidade
em que vive
114
Quem garante os
Direitos do Ser
Humano? A
Declaração
Universal dos
Direitos Humanos
Quem garante os
Direitos do
Consumidor? O
Código do
Consumidor
Quem garante os
Direitos da Pessoa? A
própria pessoa (amor
próprio e auto-estima)
Quem garante os
direitos do Cidadão?
A Constituição e
suas leis
regulamentares
Angel Pino “considera que o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um
direito e o exercício desse direito. Sem este, aquele é uma mera fórmula”.
Mas o papel do cidadão não é feito somente de direitos. É preciso que ele seja
consciente de suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo
organismo que é a coletividade, a nação e o estado.
4.1.6. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os
homens e a natureza. Dessa forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas
pelo trabalho.
Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho e nem
dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador não domina as formas de
produção e sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels “a classe que tem à
disposição os modos de produção material controla concomitante os meios de produção
intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias daqueles que carecem desses
meios ficam subordinadas a ela” ( Frigoto, 1993, p. 67).
Ainda neste sentido, Andery (1988, p. 15) confirma que “Nesse processo do
desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-relações e interferências
recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica será o determinante
fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso
comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes
antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições
sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do
homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo
modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando, portanto, a forma de interferir na
115
realidade. Essa interferência traz conseqüências para a escola, cabendo a ela garantir a
socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. Conforme
Veiga (1995, p.27). “O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa
forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo,
portanto, o objeto de trabalho do professor.
Para Boff, “Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar
consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto representa um
caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não
transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em
ação”. (2000, p. 82).
O conhecimento ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando mudanças
interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade.
Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é sempre
“intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa (2003, p. 59). Portanto, há de
se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como destaca Severino, “educar
contra-ideologicamente é utilizar, com a devida competência e criatividade, as ferramentas do
conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas
mediadoras de sua existência real”. (1988, p. 88)
4.1.7. PLANEJAMENTO
Planejar significa, a partir da realidade do estudante, pensar ações pedagógicas
possíveis de serem realizadas no intuito de possibilitar a produção e internalização de
conhecimentos por parte do educando. Além disso, o planejamento deve contemplar a
possibilidade de um movimento de ação-reflexão-ação na busca constante de um processo de
ensino aprendizagem produtivo. Portanto, não cabe mais uma mera lista de conteúdos. Deve
se dar ênfase as atividades pedagógicas: o conteúdo em sala de aula será resultado da
discussão e da necessidade manifestada a partir do conhecimento que se tem do próprio
estudante. Logo, de posse de alguns dados referentes ao conhecimento internalizado pelo
educando, passa-se a reflexão e discussão sobre os conhecimentos historicamente
sistematizados. Essa forma permite que professor e aluno avancem em seus conhecimentos e
se constituam como sujeitos reflexivos. A escola deve elaborar, por disciplina, aqueles
conteúdos necessários pertinentes a cada série que serão o ponto de partida.
116
4.1.8. CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM
O desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado que realiza num
determinado grupo cultural, a partir da interação com outros indivíduos da sua espécie.
O aprendizado depende das condições biológicas do indivíduo e da dimensão social
que fornecem instrumentos e símbolos que medeiam à relação do indivíduo com o mundo.
Como condição biológica entende-se o desenvolvimento perfeito do organismo humano e,
como dimensão social, o ambiente humano e natural impregnados de significado cultural. A
aprendizagem é que possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento.
Segundo Vygotsky, o aprendizado pressupõe uma natureza social específica e um
processo, através do qual os indivíduos penetram na vida intelectual daqueles que o cercam.
Desse ponto de vista, o aprendizado é o aspecto necessário e universal, uma espécie de
garantia de desenvolvimento das características psicológicas especificamente e culturalmente
organizada.
O aprendizado se processa informalmente fora da escola, no entanto, é na escola que
se introduzem elementos novos no desenvolvimento do ser humano, de forma sistematizada.
O desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados. Através da interação
com o meio físico e social, o ser humano realiza uma série de aprendizados.
Vygotsky identifica dois níveis de desenvolvimento: um que se refere às conquistas já
efetuadas, que ele chama de nível de desenvolvimento real ou efetivo, e o outro, o nível de
desenvolvimento potencial, que se relaciona às capacidades em vias de serem construídas. O
desenvolvimento real é aquilo que o indivíduo é capaz de fazer, de forma autônoma e
desenvolvimento potencial é aquilo que ele faz em colaboração com os outros elementos do
seu grupo social. Entre estes dois níveis encontra-se a zona de desenvolvimento proximal que
define aquelas funções que ainda não amadureceram, portanto, aquilo que é zona de
desenvolvimento proximal hoje, será nível de desenvolvimento real amanhã. No seu
cotidiano, observando, experimentando, imitando e recebendo instruções de pessoas mais
experientes de sua cultura, aprende a fazer perguntas e também obter respostas para uma série
de questões.
O indivíduo, como membro de um grupo sociocultural determinado, vivencia um
conjunto de experiências e opera o material cultural, como conceitos, valores, idéias, objetos
concretos, concepção de mundo a que têm acesso, construindo o seu conhecimento,
desenvolvendo suas funções psicológicas superiores. À escola compete desenvolver os
conhecimentos construídos na experiência pessoal dos educandos, os chamados conceitos
117
cotidiano ou espontâneo, através de ensino sistemático, elaborado em sala de aula,
transformando-o em conceitos científicos.
4.1.9. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem,
com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento
global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes
curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos,
neste contexto dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração
pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos
diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas, sendo vedado submeter
o aluno e a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
A avaliação é parte integrante e fundamental do processo educativo. Por meio dela, o
professor fica sabendo como está a aprendizagem dos alunos e obtém indícios para refletir e
melhorar a sua própria prática pedagógica. Um bom processo de ensino-aprendizagem na
escola inclui uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho, seja um tópico da matéria ou
um trimestre.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos
os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações
educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo
ensino e aprendizagem.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão
sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento
de ensino.
A reunião do Conselho de Classe, tem por finalidade analisar as informações e dados
apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,
oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares
estabelecidos.
A recuperação de estudos, conforme regimento escolar:
118
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos.
§ 1º - A recuperação de estudos em nosso Estabelecimento, ocorrerá de duas formas:
a) com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos
de avaliação;
b) com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre cada
instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados.
4.1.10. CURRÍCULO
O currículo extrapola o fazer pedagógico abrangendo elementos como grade
curricular, disciplinas, conteúdos e conhecimento. É necessário resgatar os saberes que o
aluno traz de seu cotidiano. Elencando o objeto do conhecimento, este não deve ser
trabalhado de forma superficial e desvinculado da realidade. Está enraizada, em nossa ação
pedagógica diária, uma metodologia tradicional que entende o conhecimento como um
produto pronto para apenas se repassado, considerando somente a interação unilateral entre
professor e aluno. Todavia é preciso que o objeto do conhecimento seja tratado por meio de
um processo que considere a interação/mediação entre educador/educando como uma via de
mão dupla em que as relações de ensino aprendizagem ocorram dialeticamente.
As etapas históricas do desenvolvimento da humanidade não são formas esvaziadas
das quais se exalou a vida porque a humanidade alcançou formas de desenvolvimento
superiores, porém, mediante a atividade criativa da humanidade, mediante a práxis, elas se
vão continuamente integrando no presente (e portanto aufgehoben no sentido dialético) cria
natureza humana, isto é, a “substância“ que inclui tanto a objetividade quanto a subjetividade,
tanto as relações materiais e as forças objetivas, quando a faculdade de “ver” o mundo e de
explicá-lo por meio dos vários modos de subjetividade – cientificamente, artisticamente,
filosoficamente, poeticamente, etc. (KOSIK, 2002, p.150).
A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um número cada
vez maior de estudantes oriundos das classes populares. Ao assumir essa função, que
historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a necessidade de
discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer para
o país.
119
A depender das políticas públicas em vigor, o papel da escola define-se de formas
muito diferenciadas. Da perspectiva das teorias críticas da educação, as primeiras questões
que se apresentam são: Quem são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que
referências sociais e culturais trazem para a escola?
Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido,
mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e
como dele lhe é possível participar.
Ao definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui para
determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre
currículo têm, em sua natureza, um forte caráter político.
Nestas diretrizes, propõe-se uma reorientação na política curricular com o objetivo de
construir uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos.
Para isso, os sujeitos da educação Básica, em geral oriundos das classes assalariadas,
urbanas ou rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e culturais
(FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na
escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares.
Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de
socialização do conhecimento, pois essa função na instituição escolar é especialmente
importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade,
algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão
filosófica e do contato com a arte.
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado,
estabelecendo-se, entre eles relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a
rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal dado
a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às
contradições sociais, políticas e econômicas, presente na estruturas da sociedade
contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a
criação artística, nos contextos em que se constituem.
Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica, colocando em
perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos conhecimentos
historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo escolar.
Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em
diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização)
e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade
120
de“...uma transformação emancipadora. É desse modo que uma contraconsciência,
estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada
colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa”(MÈSZÀROS, 2007, p.
212).
Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual
for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis
necessidades especiais para aprendizagem. Essas características devem ser tomadas como
potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar,
para todos. (DCE – 2008, p. 16)
4.1.11. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Historicamente, as concepções acerca da alfabetização foram constituindo como
uma prática plural e multifaceteada, com diferentes sentidos e significados, no contexto sócio-
histórico-cultural-econômico e político, sob a égide de diferentes paradigmas, que mudaram
as decisões metodológicas e os procedimentos didáticos. (Freire ?)
O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma tecnologia inventada
e aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde os desenhos e símbolos usados
inicialmente até a extraordinária descoberta de que, em vez de desenhar ou simbolizar aquilo
de que se fala, podiam ser representados os sons da fala por sinais gráficos, criando-se assim o
sistema alfabético; desde a escrita em tabletes de barro, em pedra, em papiro, em pergaminho,
até a também extraordinária invenção do papel; desde o uso de estiletes e pincéis como
instrumentos de escrita até a invenção do lápis, da caneta. E convenções foram sendo criadas:
convenções sobre o uso do sistema alfabético, resultando no sistema ortográfico; a convenção
de que as palavras devem ser separadas, na escrita, por um pequeno espaço em branco; no
mundo ocidental, a convenção de que se escreve de cima para e da esquerda para direita.
Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a aquisição de uma
tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação: codificação de sons em letras
ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas em sons; a aprendizagem do uso adequado
de instrumentos e equipamentos: lápis, caneta, borracha, régua...; a aprendizagem da
manipulação de suportes ou espaços de escrita: papel sob diferentes formas e tamanhos,
caderno, livro, jornal...; a aprendizagem das convenções para o uso correto do suporte: a
direção da escrita de cima para baixo, da esquerda para a direita.
121
A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para
seu uso é que se chama alfabetização.
O paradigma do letramento surge no cenário educacional brasileiro a partir dos meados
dos anos 80, colocando em evidência as diferentes dimensões do aprender a ler e escrever.
Apenas com a aquisição da tecnologia da escrita, não se tem entrada no mundo da
escrita, é necessário: o desenvolvimento de competências para o uso da leitura e da escrita nas
práticas sociais que as envolvem. Ou seja, não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e
escrever apenas como um processo de codificação e decodificação, é necessário também saber
usar a tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma
adequada e eficiente: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes
suportes, para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores, para diferentes
funções: para informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginário, no estético,
para ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para
apoio à memória, para catarse...
A esse desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da escrita é que se
chama letramento. (SEED, 2010).
4.1.12. INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
O famoso historiador francês Philippe Áries, afirmou que a infância foi uma
invenção da modernidade, constituindo-se numa categoria social construída recentemente na
história da humanidade. Em seus estudos, analisa diferentes significados atribuído à infância,
nos séculos XVII e XVIII. Áries afirma que é no fim da Idade Média que se inicia um processo
de mudança, pois a infância passa a ser encarada como sinônimo de fragilidade e ingenuidade,
sendo alvo de atenção dos adultos.
No século XVIII, a concepção sobre a infância passa pelo disciplinamento e pela moral,
exercidas por um processo educacional impulsionado pela Igreja e pelo Estado. Essa
concepção marca a educação das crianças, no período do capitalismo industrial, no século
XIX.(MEC, 2007).
Conforme Áries, o sentimento de infância data do século XIX. Até então, as crianças
eram tratadas como adultos em miniatura ou pequenos adultos. Os cuidados especiais que elas
recebiam, quando os recebiam, eram reservados apenas aos primeiros anos de vida, e aos que
eram mais bem localizados social e financeiramente. A partir dos três ou quatro anos, as
crianças já participavam das mesmas atividades dos adultos, inclusive orgias, enforcamentos
122
públicos, trabalhos forçados nos campos ou em locais insalubres, além de serem alvos de todos os tipos de atrocidades praticados pelos adultos, não parecendo existir nenhuma
diferenciação entre elas e os mais velhos. (Frota, 2007).
Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa compreender
que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da fase adulta
(Kuhlmann,1998).
Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é resultado de
determinações sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e cultural.
Significa ainda considerar, no contexto da práxis pedagógica, que a criança emite opiniões e
desejos de acordo com as experiências forjadas nos diferentes grupos sociais e de classe social
ao qual pertence. Portanto, é importante perceber que “as crianças concretas, na sua
materialidade, no seu nascer, no seu viver ou morrer, expressam a inevitabilidade da história e
nela se fazem presentes, nos seus mais diferentes momentos “(Kuhlmann, 1998, p.32).
Para Kramer(1995) o conceito de infância se diferencia conforme a posição da criança
e de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Portanto, não há uma
concepção infantil homogênea, uma vez que as crianças e suas famílias estão submetidas a
processos desiguais de socialização e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à
escola, reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os diferentes conhecimentos
acumulados pela humanidade e sistematizados como conteúdo pela escola, respeitando a
singularidade da infância.
Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as formas que as
crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar-se com o mundo: a
grande capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto, o que exige proteção e
cuidados; o desenvolvimento da autonomia e autocuidados; o intenso desenvolvimento físico-
motor; a ação simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o
brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da identidade, por
meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos (Faria & Salles, 2007).
A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção histórica foi
uma das grandes contribuições dos estudos de Vigostsky (2007) que, ao analisar o
desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da inteligência e das
características essencialmente humanas.
Conforme Rego (1995), “a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de sua
interação com membros de seu grupo e de sua participação em práticas sociais historicamente
123
construídas, que a criança incorpora ativamente as formas de comportamento já consolidadas
na experiência humana” (SEED, 2010).
Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser adolescente é
viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas, ajudam a traçar o
perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do
desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa
perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por
crises, que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a adolescência
não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. (Frota, p.147-160,2007).
Conforme Frota 2007, “ Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a
adultície, vem do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade,
palavra derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações
fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da infância à
adolescência.”
Para Áries (1978, p.46) diz que a adolescência, surgiu sob o signo da modernidade, no
século XX. Ele se expressa: O primeiro adolescente moderno típico foi o Siegried de Wagner;
a música de Siegried, pela primeira vez, exprimiu a mistura de pureza (provisória), de força
física, de naturalismo, de espontaneidade e de alegria de viver que faria do adolescente o herói
do século XX, o século da adolescência.
4.1.13. CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola é considerada por todos, como um espaço e lugar privilegiado de
aprendizagem, espaço de produção e socialização de saberes, que auxilia na formação da
competência acadêmica, humana e na transformação da sociedade.
A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de caráter social,
político e econômico. Essas transformações originam-se nos pressupostos que vêm sendo
direcionados aos modos de vida. Os modos de vida estão sendo vivenciados pela escola. São
variantes de diversos matizes, que se multiplicam a cada dia. Observamos situações
espetaculares, dignas, responsáveis, equilibradas, criativas. Mas, enfrentamos também,
situações lastimáveis, como se as pessoas estivessem perdendo o senso da aprendizagem, do
bem-viver, de relacionar-se, de aprender, de querer e de respeitar-se. Este é o ponto das
discussões, encontros, leitura e reformas no cotidiano da escola. Sempre buscando considerar
124
que a escola tem papel social expressivo na construção e reconstrução daqueles que passam
parte de suas vidas sendo orientados e preparados por ela.
Para tanto, a escola deve ser democrática, acolhedora, mediadora e significativa para o
aluno.
Analisando nossas concepções, vamos encontrar inseridos os valores que precisamos e
gostaríamos de trabalhar, como: solidariedade, fraternidade, justiça, igualdade, liberdade,
mediação, respeito, diversidade e aceitação.
Para isso, é indispensável socializar o saber historicamente acumulado, como
patrimônio universal da humanidade, fazendo com que seja criticamente apropriado pelos
estudantes, que trazem consigo o saber popular, o saber da comunidade em que vivem e atuam.
A escola poderá dessa forma, não apenas contribuir significativamente para a
democratização da sociedade, como também ser um lugar privilegiado para o exercício da
democracia participativa, para o exercício de uma cidadania consciente e comprometida com
os interesses da maioria socialmente excluída ou dos grupos sociais privados dos bens culturais
e materiais produzidos pelo trabalho. Assim a escola contribuirá efetivamente para afirmar os
interesses coletivos e construir um país de todos, com equidade, humanidade e justiça social.
4.1.14. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E TRABALHO
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996), objetiva
promover a transição da escola para o mundo do trabalho, na mira de um competente
desempenho profissional, em níveis básico atualmente definido como de “Formação inicial e
continuada de trabalhadores”: de nível técnico, com a denominação de “Educação Profissional
Técnica de nível médio; e de nível tecnológico, agora chamada de “Educação Profissional
Tecnológica, de graduação e pós-graduação.”
Deve-se salienta que a educação profissional no Brasil ultrapassa os limites do sistema
escolar convencional. Não é um assunto de interesse apenas de governo ou de classe
empresarial. Na medida em que o país aprimora seu processo de democratização, associações,
sindicatos, como, por exemplo, a Central Única de Trabalhadores, e a Força Sindical,
empresas, movimentos sociais e igrejas somam esforços com o poder público na preparação
para o trabalho, assim como as organizações não-governamentais, incluídas no chamado
Terceiro Setor.
O pensamento brasileiro contemporâneo sobre educação profissional está sintonizado
com o processo histórico que vive a humanidade, considerando revolucionário pelas mudanças
125
significativas que o caracterizam: na economia, que apresenta novos modos de produção,
tecnologias cada vez mais avançadas, altos níveis de competitividade, um mercado de trabalho
mais exigente, empresas mais sofisticadas: nas tecnologias de comunicação, que provêem a
sociedade com um volume ilimitado de informações que fluem de forma instantânea, graças à
tecnologia do satélite sob o conceito de tempo virtual: e também em política, que enfatiza a
prática da democracia. É um cenário de profundas mudanças, que mostra uma nova estrutura
social, cunhada de várias formas: “Sociedade da Informação”, “Sociedade pós-industrial”,
“Sociedade pós-capitalista”, “Nova Idade Média”, “Terceira Onda”, segundo Tedesco (1995),
invocando autores como Peter Drucker, Alain Min ou Alfin Toffler: “Idade do Acesso”
(RIFKIN, 2000) e “Idade dos Extremos” (HOBSBAWN, 1995).
Essa nova ordem social tem consequências e impactos na formação de recursos
humanos e da consciência política dos cidadãos, mostrando de maneira irrefutável a
importância da educação na produção e transmissão do conhecimento, na incorporação de
valores democráticos, tais como a equidade, a mobilidade social e a crença na necessidade de
educação continuada para todos os cidadãos em um mundo em mudança, como fator de
sobrevivência da humanidade.
O binômio educação e trabalho não pode ser considerado isolado do conceito de
educação integral mas é um aspecto fundamental desse novo mundo e do futuro da
humanidade ( CEPAL; UNESCO, 1990, p.175). De diferentes enfoques, esses autores ligam
educação ao desenvolvimento econômico e ao poder, à competitividade mundial, à igualdade
de oportunidades para todos os cidadãos, à participação na riqueza nacional, a necessidade de
educação continuada, para renovar o conhecimento obsoleto, e à nova categorização do
trabalho em: “ serviços rotineiros de produção, serviços pessoais e serviços simbólico-
analíticos” (REICH, 1994, p. 162). Esse binômio integra o paradigma de educação para este
século XXI, baseado no conhecimento, no progresso técnico, na inovação e criatividade para
alcançar educação de qualidade, cada vez mais necessária, dadas as consequências da nova
ordem social na formação de recursos humanos e da consciência política. (ARAÚJO;
CAPANEMA, 2003).
126
4.2. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição Federal vigente e
abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras. Ela exige a compreensão em
profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Visa também romper com a
separação entre concepção e execução, o pensar e o fazer, teoria e a prática.
A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da
escola, tendo em vista sua socialização. Esta propicia a prática da participação coletiva, que
atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade, que
supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que
elaboram políticas educacionais da qual a escola é mera executora.
A participação requer reflexão, ação e compromisso com o propósito de atingir o bem
comum, realizando o desejo da coletividade, cada indivíduo assume com o todo da escola,
isto é, tornando se co responsável pelos resultados das decisões tomadas. Pela
responsabilidade que adquire ao participar, o sujeito torna se cidadão e, dessa forma portador
dos direitos que lhe renderam o cumprimento de seus deveres.
Quando a escola estabelece a gestão democrática com o princípio norteador do ensino,
de acordo com a lei, fica assegurada a autonomia na construção de projetos pedagógicos, na
elaboração das propostas de trabalho.
A gestão democrática em educação está intimamente articulada ao compromisso sócio
político com os interesses coletivos, conforme afirma RIOS,
“A democracia, entendida como um regime fundamentado na
participação, apoia se, na presença de um povo formado pela soma da individualidades,
diferenciando se dão separadamente, mas identificando se com seu desejo comum: a
qualidade, que se transforma em poder de ação e de transformação”( RIOS, 201)”.
A escola, enquanto entidade educadora, deve cuidar da formação do estudante como
ser humano, cidadão e futuro profissional. Sua missão não resgata nas relações de
conhecimento, formação e pesquisa realizadas dentro de seus muros, mas se projeta para uma
educação mais ampla enquanto lugar privilegiado para análises, reflexões, estudos, discussão
e elaboração de projetos. As suas ações precisam ultrapassar os limites da escola para
interagir com a sociedade, discutir e implementar ações conjuntas.
127
4.2.1. GRANDES PRINCÍPIOS E VALORES HUMANOS
A prática administrativa e pedagógica da escola, as formas de convivência no
ambiente escolar, os mecanismos de formulação e das situações de aprendizagem, os
procedimentos de avaliação, os valores e princípios estão fundamentados na LDB.
• A ética da identidade;
• A estética da sensibilidade;
• A política da igualdade.
A ética da identidade – educar sob inspiração da ética não é transmitir valores morais
(honestidade, caridade, lealdade, etc.), mas criar as condições para que as identidades se
constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à
igualdade, a fim de que orientem suas condutas por valores que respondam às exigências do
seu tempo. A escola, como lugar, de convivência, por excelência, de jovens educandos e
adultos educadores, tem a grande responsabilidade na formação da identidade de futuras
gerações.
A ética da identidade tem como fim mais importante a autonomia. No âmbito de
aprender a ser, os jovens vivem, na escola, de forma sistemática, os desafios de suas
capacidades. As situações de aprendizagem programadas pela escola devem encaminhar para
o sucesso, elevando a auto-estima dos educandos, desenvolvendo condições para por si sós,
elaborarem juízos de valor e escolhas inevitáveis a realização de um projeto próprio de vida,
levando em conta os recursos que o meio oferece para incorporar a responsabilidade e a
solidariedade.
A estética da sensibilidade – deve realizar um esforço permanente para desenvolver
no âmbito do trabalho e da produção (aprender e fazer).
Como expressão de identidade nacional, a estética da sensibilidade facilita o
reconhecimento e valorização da diversidade cultural brasileira e das formas de perceber e
expressar a realidade própria dos gêneros, das etnias e das regiões e grupos sociais do país.
A estética da sensibilidade deve ser, não apenas, um princípio inspirador do ensino de
conteúdos ou atividades expressivas, mas uma atitude diante de todas as formas de expressão
que deve estar presente no desenvolvimento do currículo e na gestão escolar.
A estética da sensibilidade promove, portanto, a política da inclusão, do respeito à
liberdade e apreço à tolerância.
128
A política da igualdade – outro princípio norteador da Educação tem seu ponto de
partida no reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da
cidadania, como fundamento de preparação do educando para a vida.
Não basta ao indivíduo reconhecer os direitos e deveres é preciso incorporar com
protagonismo o ideal de respeito ao bem comum. Respeito ao bem comum com protagonismo
constitui uma das finalidades mais importantes da igualdade e se expressa por condutas de
participação e solidariedade, respeito e senso de responsabilidade pelo outro e pelo público.
A política da igualdade defende a diversidade afirmando que oportunidades iguais
para todos não são suficientes para promover igualdade entre desiguais. É preciso ser
praticada, garantindo igualdade de oportunidades e diversidades de tratamento dos alunos e de
professores para aprender e aprender para ensinar os conteúdos curriculares, atendendo aos
padrões mínimos de qualidade de ensino definidos na LDB.
Os fundamentos do ensino são inspirados pelos princípios e valores da estética da
sensibilidade, da ética da identidade e da política da igualdade, que trabalhados na prática
pedagógica para a qualidade do ensino e aprendizagem dos alunos, trarão contribuição
decisiva na formação do caráter e da personalidade dos educandos.
129
5. PROPOSIÇÃO DAS AÇÕES
5.1.REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO
A organização democrática no âmbito escolar fundamenta-se no processo de
participação e co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões coletivas,
para a elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico.
O trabalho pedagógico compreende todas às atividades teórico práticas desenvolvidas
pelos profissionais do estabelecimento de ensino para a realização do processo educativo
escolar.
Se a escola é democrática, devemos primar por ações democráticas, buscando assim,
lutar por uma sociedade mais justa e de inclusão social.
Essa é a finalidade da educação, embora a escola não possibilitará, sozinha, aos
cidadãos esses níveis de clareza e entendimento, mas a escola é um instrumento necessário
para se chegar a esse patamar de compreensão e ação.
Assim, o ensino implica na democratização do acesso à educação escolar e busca a
apropriação ativa do conhecimento para que o mesmo provoque mudanças significativas no
sujeito. De acordo com PARO (1995), afirma que:
“É preciso, pois, antes de mais nada, refletir a respeito da
necessidade de um novo objetivo para a escola pública, já que nova é a sua população
usuária. Mas isto não significa reivindicar um ensino mais pobre para populações pobres,
no pressuposto de que estas podem se contentar com menos ou de que têm menos
competência intelectual para se apoderar de um saber mais elaborado, mas sim buscar o
provimento de um ensino adequado ao interesses dessa população.
130
5.2. INSTÂNCIAS COLEGIADAS
5.2.1. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no
Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando
alternativas que busquem garantira efetivação do processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe reunir-se-á bimestralmente em datas previstas em Calendário
Escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados
apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,
oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógica educativa, estão sendo
cumpridos de maneira coerente.
São atribuições do Conselho de Classe:
• Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem
ao processo ensino e aprendizagem;
• Propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos
para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;
• Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao
processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos
alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da
escola;
• Acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e
analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e
aprendizagem;
• Atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de
avanço do aluno para série/etapa subseqüente ou retenção, após a
apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o
131
desenvolvimento integral do aluno, independente do número de
disciplinas;
• Receber e analisar pedidos de revisão de resultados finais até 72
(setenta e duas) horas úteis após sua divulgação em edital.
5.2.2. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS - APMF
Pessoa Jurídica de Direito Privado, é um órgão de representação de Pais, Mestres e
Funcionários da Escola, regida por estatuto próprio, com objetivos claros de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família / escola / comunidade, para
apreciação do Conselho Escolar e Equipe Pedagógica.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF), deve participar na assistência
aos educandos, buscar integração entre a comunidade escolar, acompanhar o cumprimento da
proposta pedagógica, participar dos eventos próprios do Colégio, obedecendo às regras e
estatuto, incentivar a participação dos pais, alunos, professores e funcionários em consonância
com o Conselho Escolar nas atividades da escola. Colaborar com alunos carentes, promover
encontros e palestras educacionais e manter em dia toda documentação pertinente a
associação, apresentar balancetes de despesas e fiscalizar os recursos financeiros na escola,
registrar toda e qualquer contribuição financeira oriundas de promoções e doações e manter
parcerias com todos os segmentos da sociedade em benefício da educação. Sendo que a
participação da Associação de Pais, Mestres e Funcionários vem contribuir para o bem
comum do colégio e de todo segmento que precisar de melhorias em termos de união,
participação e trabalho.
A APMF se reúne por convocação da Direção para discutir assuntos pertinentes a
comunidade escolar, como: entraves no processo ensino aprendizagem, encaminhamento de
alunos com mau comportamento, aquisição de uniformes, materiais escolares, materiais
esportivos e materiais didáticos pedagógicos. .
A APMF está composta:
Presidente: Rosinez Fernandes da Silva
Vice-Presidente: Salete dos Santos Farias
1º Secretário: Chilenia Gomes de Oliveira
2º Secretário: Valquíria de França Paulino
1º Tesoureiro: Ermelinda Albergoni
2º Tesoureiro: José Carlos Gonçalves
132
1º Diretor Social Cultural Esportivo: Antonio Carlos Ribeiro
2º Diretor Social Cultural Esportivo: Guilherme Alexandre Calixto Matos
5.2.3. CONSELHO ESCOLAR
Por se tratar de um Órgão Colegiado, representativo na Comunidade Escolar, de
natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, tem por finalidade promover
articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim
de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento, sobre as atividades da escola, em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, o mesmo tem importância
na tomada de decisões relativas, as diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas,
administrativas e financeiras da escola, e para diminuir dúvidas e tomar decisões quanto às
questões pedagógicas no âmbito de sua competência, ajudar na solução dos problemas e
alternativas para melhoria do desempenho escolar e, fiscalizando a gestão pedagógica,
administrativa e financeira da escola e garantindo a legitimidade de suas ações.
Composição do Conselho Escolar:
• Diretor: Alessandro Cristiano Garbelim
• Representante da Equipe Pedagógica: Lucyene A.A. de C. Azolin
• Representante do corpo docente: Aparecida C. B. de Barros
Célia Regina R. De Vecchi
• Representante dos funcionários administrativos: Chilenia Gomes de Oliveira
• Representante dos funcionários de serviços gerais: Rozalina Maria de Souza
Lebrão
• Representante do corpo discente: Johnatan Henrique da Silva
• Representante dos pais de alunos: Rosinez Fernandes da Silva
Cleide de Fátima Ribeiro
Ermelinda Albergoni
• Representante do Grêmio Estudantil: Filipe Augusto dos Santos
• Representante dos movimentos sociais organizados da comunidade: Vilma Tereza
Sanches Pereira
133
5.2.4. GRÊMIO ESTUDANTIL
Dentro da escola surgem, quase que naturalmente, diferentes grupos que se articulam
informalmente em torno das mais variadas razões e motivos. A organização do grêmio
estudantil é um deles e favorece o relacionamento e a convivência entre os alunos. Por ser
institucionalizado, pode representar melhor a rica experiência que é a busca coletiva dos
anseios, desejos e aspirações dos estudantes.
É um órgão representativo, resultado da vontade dos alunos, obedecendo estatuto
próprio tem por finalidade participação efetiva na escola, bem como trabalho e formação de
eventos que possam valorizar a educação. Organizado dessa forma, exerce papel importante
na formação do aluno, devendo ter uma dimensão social, cultural e também política.
O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
• Representar condignamente o corpo discente;
• Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos co Colégio;
• Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;
• Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores
e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;
• Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional.
A Diretoria do Grêmio Estudantil será constituída pelos seguintes cargos:
• Presidente: Paula Goulart Ferreira
• Vice-Presidente: Maisa Trindade Fagundes
• Secretário-Geral: Larissa Castaldelli Grigoleto
• 1º Secretário: Fernanda Cristina Ferreira da Cruz
• Tesoureiro-Geral: Gustavo Henrique Melchior Santana
• 1º Tesoureiro: Sabrina Marques Goncim
• Diretor Social: Vanessa Cristina Scoassabia
• Diretor de Imprensa: Anne Caroline da Silva
• Diretor de Esportes: Felipe Augusto dos Santos
• Diretor de Cultura: Alcides Rafael Trombela
• Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Matheus Gustavo Todisco
134
5.3. AVALIAÇÃO
Com muita clareza a lei define que a avaliação não pode ser aceita como um
simples instrumento classificatório, mas de acompanhamento da construção da aprendizagem,
indicando um processo contínuo e cumulativo, que venha incorporar todos os resultados
obtidos durante o período letivo.
Cuidar para que as avaliações das disciplinas visem, de fato, ao acompanhamento
da aprendizagem, ao aperfeiçoamento dos estudos, da união entre a teoria e a prática do
pensamento crítico inter e multidisciplinar do estudante e igualdade à revisão da ação, da
metodologia e do planejamento do professor, abandonando seu caráter punitivo e dominador.
Artigo 24, inciso V, da LDB 9394/96:
a) “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais:
b) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos.”
Possibilita, ainda a lei, os avanços nos cursos e nas séries e mantém a
obrigatoriedade dos estudos de recuperação, de preferência paralela ao período letivo,
situações que devem merecer de cada instituição de ensino um rigoroso programa, capaz de
promover a valorização real dos alunos nelas envolvidos. E é nesse sentido que a
aprendizagem como um processo contínuo, com registros permanentes do aproveitamento
escolar, pode se tornar um indicativo seguro para apontar alunos que precisam de recuperação
da aprendizagem, antes que o resultado final se concretize.
Dentre as dificuldades que se coloca sobre a avaliação, estão presentes ainda muitas
questões do passado, como: provas, trabalhos, recuperação, apropriação dos conceitos
mínimos, o empenho dos estudantes no processo, as condições objetivas da prática docente,
em relação à correção, critérios, pareceres e notas.
Compreendemos que a avaliação deve permear todas as atividades pedagógicas,
principalmente na relação professor/aluno e no tratamento dos conhecimentos trabalhados
neste espaço. Portanto, a intervenção do professor ajuda a construir as mediações necessárias
para a construção do conhecimento.
135
5.3.1. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
O sistema de avaliação será trimestral composto pela nota 5,0 (cinco vírgula zero)
resultante de no mínimo 2 (duas) avaliações com instrumentos diversificados, mais a nota 5,0
(cinco vírgula zero), referente a avaliação das atividades diárias realizadas pelo aluno;
totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero).
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem
freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo.
5.3.2. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Os instrumentos de avaliação são os meios e recursos utilizados para alcançar
determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e em função dos
conteúdos e critérios estabelecidos. O importante é destacar que este fim não é a aquisição
pura e simples de conhecimento, mas o seu processo de (re) elaboração e as ações a que
conduz os alunos em relação a uma prática social, tendo em vista a própria condição humana.
Os instrumentos de avaliação utilizados pelo professor serão definidos de acordo com
os critérios pré-estabelecidos no Plano de Trabalho Docente.
Há diferentes instrumentos de avaliação possíveis de serem usados em sala de aula,
podendo ser avaliação individual:
• Avaliações orais - podem ser realizadas em diferentes momentos do percurso
escolar. Não necessariamente marcadas com datas específicas, mas registradas
de maneira que todos os alunos tenham a possibilidade de se manifestar
oralmente sobre determinado conteúdo.
• Avaliações escritas objetivas e dissertativas - ao serem elaboradas pelos
professores. Devem conter critérios específicos, tais como: muitas turmas, pouco
tempo para corrigir avaliações objetivas. Poucas turmas, mais tempo para
corrigir avaliações dissertativas. O ideal seria que se mesclassem avaliações
escritas dos dois tipos, tanto objetivas quanto dissertativas para um equilibrado
panorama da turma. Inclusive para que o professor pudesse receber de volta do
aluno o “conteúdo” específico e as relações que este aluno conseguiu estabelecer
com os saberes mediados pelo professor.
136
• Trabalhos individuais parciais - são relatórios de atividades que os alunos
realizam de pesquisa, de estudo. Fruto de atividades individuais que reflete o
quanto o aluno se apropriou de determinado saber.
• Trabalhos individuais totais - chamado de portfolio, é o registro de tudo o que foi
feito em sala de aula, durante o percurso. Avaliações deste tipo são também
utilizadas por professores de Arte.
• Auto – avaliação – com critérios bem definidos a priori.
Considerando os instrumentos de avaliação coletiva podemos ter:
• Debates – é uma forma de envolver toda a classe em um determinado assunto.
Dois ou três alunos para ficarem como observadores e fazendo um registro
escrito das ações dos outros e dois grupos grandes que deverão sustentar as
idéias a favor ou contra determinado assunto. O ideal seria que ao término do
debate os alunos invertessem a ordem das ideais, ou seja, quem foi a favor
tivesse que argumentar contra o assunto e vice-versa. O hábito de ser capaz de
“ver” os dois lados de um mesmo tema deve ser incentivado na escola. Os jovens
tendem a ser extremistas e parciais. Estaremos assim oportunizando a
compreensão de fenômenos sociais, a argumentação e a negociar significados.
• Painéis – são atividades que dão prazer aos alunos e ilustram o espaço escolar.
Solicitar aos alunos que elaborem cartazes com o que aprenderam, organizando
murais, esteticamente e visualmente agradáveis facilita o aprendizado, além de
buscar acordos por meio do discurso.
• Seminários – a partir das atividades da sala de aula é possível organizar
seminários, tanto internos à escola, quanto externos à comunidade escolar. È a
preparação dos alunos para o enfrentamento de um público, seja ele de colegas
ou não.
• Trabalhos em grupo - os já conhecidos trabalhos em grupo podem ter uma nova
vitalidade. Em vez do costumeiro eu tiro xérox, eu faço a capa, eu escaneio as
figuras e eu procuro na internet, organizar em sala de aula uma ida à biblioteca,
uma leitura posterior de tudo que se encontrou sobre um determinado assunto,
uma discussão comum e finalmente a decisão do que é pertinente apresentar e
relatar por escrito. “Para se realizar uma pesquisa é preciso promover o
confronto entre os lados, as evidências, as informações coletadas sobre
137
determinado assunto e o conhecimento teórico acumulado a respeito dele.”
André e Ludke (1986. p.01).
É necessário que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas de aulas
caminhem juntas, para que a prática, ajuizando a teoria, permita avanços tanto no
procedimento metodológico da escola, como no programa social da educação, que passa
necessariamente pela avaliação, capaz de apontar caminhos para toda construção e
reconstrução dos currículos, da atuação dos professores e do conjunto de cada escola.
A LDB 9394/96, trouxe mudanças significativas para este novo olhar para a
avaliação tanto no aspecto pedagógico como da legalidade, a escola tem proporcionado
momento de estudo e de discussão deste tema, que não se esgotou até o presente momento.
5.3.3. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Os critérios de avaliação são compreendidos como um referencial que gera
parâmetros que devem ser previamente estabelecidos e descritos na Proposta Pedagógica
Curricular, no Plano de Trabalho Docente e coerente com as Diretrizes Curriculares. Estes
devem ser conhecidos pelos alunos, favorecendo a transparência, a orientação do trabalho
discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de aprendizagem.
Os critérios decorrem dos conteúdos essenciais que serão sistematizados e utilizados
para avaliar o conhecimento do aluno. Para tanto, eles devem ser pensados no momento da
elaboração do plano de trabalho docente e devem acompanhar a prática pedagógica desde os
conceitos e os conteúdos que serão trabalhados até a forma (metodologia) e o momento em
que forem valorados (peso) pelo respectivo sistema de avaliação. Portanto, critérios,
instrumentos, forma e conteúdo caminham numa mesma perspectiva.
“Os critérios são princípios que servirão de base para o julgamento da qualidade dos
desempenhos, compreendidos aqui, não apenas como execução de uma tarefa, mas como
mobilização de uma série de atributos que para ela convergem.”Depresbiteris ( 2007, p.37).
5.3.4. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos é direito dos alunos independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos, se dará de forma permanente e concomitante ao
processo ensino e aprendizagem.
138
Recorremos a LDB 9394/96, a qual estabelece que a escola contemple os estudos de
recuperação, afirmando que:
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de
acordo com as seguintes regras comuns:
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
(...)
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos;
A Deliberação 007/99, discorre sobre recuperação de estudos:
Art. 10. O aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a
aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo
estabelecimento.
Parágrafo Único – A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de
estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado
insuficiente.
Art. 11. A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento
contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe
possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
Art. 13. A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao
processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
Em nosso estabelecimento de ensino, a recuperação de estudos ocorrerá de duas
formas:
• Com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos
instrumentos de avaliação, e;
• Com a reavaliação do conteúdo já reexplicado em sala de aula.
O aluno que não assimilou o conteúdo em tempo previsto por várias razões tem o
direito ao acesso a esse conhecimento, assim buscamos oportunizar a recuperação do
conhecimento de forma paralela. Portanto, como afirma PARO, (2001, p.136):
“A recuperação, paralela ou a posteriori se for destacada do processo normal, parece
constituir mais um remendo do que uma solução. Já que não conseguiu fazer com que parte
dos alunos alcançasse o desempenho esperado, dar-lhe o reforço e recuperação. Por que não
tomar medidas que evitem problema, tomando o ensino efetivamente eficaz, em vez de só
remediá-lo? Se a recuperação surge como medida paralela ou posterior ao processo normal
139
de ensino, como elemento corretor ou “recuperador” desse processo, ela assume já uma
conotação de certo modo negativa ao reconhecer que o processo “normal” de aprendizagem
não se deu da forma que desejava.”
A recuperação de estudos de acordo com Vasconcellos (2003, p.82) consiste na
retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os
alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por
meio de metodologias diversificadas e participativas.
5.3.5. PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO
A reclassifcação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de experiência do aluno
matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa
de estudos compatível com a experiência e desempenho, independentemente do que registre o
seu histórico escolar.
A reclassificação, possibilita:
• Aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
• Avanço nos cursos e nas séries, mediante verificação da aprendizagem.
De acordo com a Deliberação no 09/01 – CEE:
• Artigo 25 – O resultado do processo de reclassificação realizado pela
escola, devidamente documentado, será encaminhado à SEED para
registro.
• Artigo 26 – Caberá ao órgão competente da SEED, acompanhar durante
dois anos, o aproveitamento escolar do aluno beneficiado por processo de
reclassificação, nos casos que julgar necessário.
E, em conformidade com a Instrução no 02/09 - SEED/CDE:
• Normatiza os procedimentos para o registro da reclassificação na
documentação escolar.
• A reclassificação dar-se-á de acordo com a Proposta Pedagógica, o
Regimento Escolar do Estabelecimento de Ensino e ao disposto na
Instrução Conjunta nº 20/08-SUED/SEED.
• Destina-se ao aluno com matrícula e frequência no Estabelecimento de
Ensino;
• O resultado da avaliação deverá ser registrado em Ata, cópia da Ata e as
avaliações serão arquivadas na Pasta Individual do aluno.
140
5.3.6. PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com
a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais e informais, podendo
ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série anterior,
na própria escola;
II. por transferência, para alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
5.3.7. DA PROGRESSÃO PARCIAL
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo
aprovação final em até 03 (três) disciplinas, em regime seriado, poderá cursá-las subsequente
e concomitantemente às séries seguintes, conforme artigo 17 da Deliberação nº 09/01-CEE.
O Colégio Estadual Unidade Polo-Ensino Fundamental e Médio, não oferta aos seus
alunos matrícula com Progressão Parcial.
Contudo, as transferências recebidas de alunos com dependência em até 03 (três)
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
141
5.4. CONSELHO DE CLASSE: UM ESPAÇO DE DECISÕES COLETIVAS
O Conselho de Classe é realizado por série e por turmas, ocorre ao final de cada
trimestre, e conta com a presença de professores, equipe pedagógica e direção da escola. É um
momento para análise dos avanços dos alunos, do desempenho dos professores e da equipe
escolar, onde o Diretor é mediador e tem como objetivo conduzir a reunião de Conselho de
Classe de forma democrática, usando sempre o bom senso para resolver situações de conflito,
que possam surgir e não perdendo de vista o resgate da auto-estima dos alunos. Sendo
necessário que todos os envolvidos sejam conscientes de que a escola deve ser um espaço de
ensinar e aprender.
Objetivos:
• Geral - ressignificar o Conselho de Classe para que ele funcione na
análise das condições de ensino.
• Para a Direção - focar as reuniões na análise das condições
institucionais que interferem na aprendizagem, favorecendo a
comunicação entre professores e criação de momentos de debate
coletivo.
• Para a Equipe Pedagógica - levantamento de dados de aprendizagem
por meio de fichas em Pré Conselho de Classe realizados por professor
Coordenador de Turma, para organização e consolidação das
informações para dar visibilidade aos pontos que necessitam de maior
atenção.
• Para os professores – analisar o percurso dos alunos com base no
Projeto Político Pedagógico da escola.
• Para os alunos – avaliar a própria aprendizagem e se tornar
protagonista no processo educativo.
• Para os pais – acompanhar a aprendizagem.
São funções do Professor Coordenador de Turmas:
• Aconselhar a classe e orientá-la nas suas dificuldades;
• Fornecer informações gerais a classe, oriundas da Direção ou de outro
departamento da escola;
• Fornecer informações sobre os alunos, em reuniões com pais, em Conselho
de Classe e sempre que for solicitado;
142
• Orientar alunos que apresentarem comportamentos inadequados;
• Procurar conhecer melhor, cada aluno da classe, a fim de compreendê-los
bem;
• Entregar os Boletins da Turma;
• Intermediar reivindicações da classe, junto à Direção ou outros
departamentos da escola;
• Orientar e participar das iniciativas da Turma, incentivando a participação
da mesma
• Analisar o perfil da Turma: dificuldades, relacionamento, freqüência, ouvir
e falar, para apresentar em reuniões de estudo ou Conselho de Classe; nos
eventos promovidos pela Escola;
• Procurar sempre a harmonia entre os membros da Turma, auxiliando-os nos
momentos de discordância e conflito;
• Valorizar os aspectos positivos da classe;
• Participar das reuniões da Turma, para as quais for convidado;
• Oportunizar a Turma, momentos de discussão e reflexão sobre as próprias
dificuldades;
• Manter a Direção e Equipe Pedagógica informados dos problemas da
Turma;
• Realizar com a Turma a reunião que antecede o Conselho de Classe, com o
objetivo de traduzir o pensamento da mesma e explicitar críticas e
sugestões aos vários setores da Escola;
• Participar à Turma as decisões tomadas no Conselho de Classe;
• Designar a troca de lugares de alunos no mapeamento da sala sempre que
houver necessidade;
• Fazer registro dos problemas mais sérios e encaminhar a Equipe
Pedagógica;
• Programar e coordenar atividades festivas, eventos e cívicas de acordo
com o calendário da Escola;
• Acompanhar e orientar o desempenho do “Líder de Turma”.
O Pré Conselho de Classe, realizado pelo professor coordenador de turmas, nos oferece
os indicadores para a efetivação do Conselho de Classe, são:
143
• Ficha de acompanhamento – em que o professor Coordenador de
Turma aponta as dificuldades e faz orientações específicas para os
alunos, nos aspectos em que deve estar mais atento e também,
orientações aos pais sobre o tipo de acompanhamento a fazer.
• O rendimento escolar individual e geral da turma.
• Boletim – emitido a cada final de bimestre, apresenta os resultados
de aproveitamento e os índices de freqüência por disciplina e geral.
• Agenda Escolar – para registro e informações do dia a dia.
Essa prática tem possibilitado verificar:
• A postura do educador frente ao processo ensino-aprendizagem;
• A coerência entre a prática pedagógica e a proposta da escola;
• Aproximação e melhor relacionamento entre professor e aluno;
• O comportamento do aluno frente à classe, ao professor e à escola;
• Se há coerência entre critérios de avaliação adotados pelos diferentes
professores;
• Avaliação do trabalho do professor pela visão do aluno.
No momento do Conselho de Classe, são apresentadas reivindicações e sugestões para
melhoria do trabalho pedagógico para o próximo bimestre. Os resultados apresentados
possibilitam-nos fazer:
• Levantamento de grupos de alunos, para atendimento especial do
professor;
• A avaliação global do aluno e o levantamento das suas dificuldades;
• A avaliação dos envolvidos no trabalho educativo e no estabelecimento
de ações para a superação das dificuldades;
• A definição de critérios para a avaliação e sua revisão, quando
necessária;
• A avaliação da prática docente, enquanto motivação e produção de
condições de apropriação do conhecimento, no que se refere: à
metodologia, aos conteúdos e a totalidade das atividades pedagógicas
realizadas;
• Levantamento de alunos infreqüentes e com rendimento insatisfatório,
que necessitam de atendimento especial da escola;
144
• Acompanhamento de todo o processo ensino-aprendizagem pela
coordenação e direção, para atuação mais imediata diante de alguma
divergência com a proposta da escola, orientando o professor sobre sua
didática, sua metodologia e seu critério de avaliação.
Após o Conselho, são elaborados gráficos do rendimento escolar. Que
permite uma visão geral do resultado, para redirecionamento da ação pedagógica.
Esse procedimento de análise permite que a equipe escolar procure novos
caminhos e estabeleça outras ações, para que todos tenham oportunidade de aprender,
garantindo o direito do aluno a um ensino de qualidade e o cumprimento da função social da
escola.
145
5.5. INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS
A escola deve ser um espaço democrático, significativo e singular para trabalhar com
as diversidades humanas, respeitando as limitações, percebendo as potencialidades pra
aprendizagem e considerando as especificidades de cada educando.
“Estudos têm demonstrado que a evasão escolar pode ocorrer por diversos motivos e
dentre eles estão às repetências constantes, a necessidade do trabalho infantil para compor a
renda familiar, a pobreza e a falta de comida em casa, a longa distância entre a escola e a casa,
a falta de transporte, a falta de uniforme e material escolar, que dificultam a ida à escola todos
os dias, além dos motivos de ordem mais social como o abuso sexual, dentro e fora de casa,
ou até mesmo na escola; exploração sexual, a violência física ou psicológica com a criança ou
entre seus familiares, o abuso físico e/ou psicológico na escola e/ou em casa, a não
valorização do ensino por parte dos adultos, o casamento e/ou gravidez precoces, o uso e
tráfico de drogas, a falta de segurança na localidade ou próximo à escola, brigas de gangues e
dificuldades no acompanhamento dos conteúdos curriculares.”(Missão Criança, 2001)
Nossa escola é um espaço acolhedor e tem como premissa garantir o acesso, a
permanência e os avanços efetivos na aprendizagem. As diferenças individuais devem estar
presentes e à atenção à diversidade deve ser o eixo norteador da inclusão educacional.
Neste estabelecimento de ensino foi possível realizar matrículas de alunos egressos e
oriundos do ensino fundamental e médio, diante disso, estamos contribuindo no combate a
evasão escolar, a exclusão e a repetência que são os grandes desafios da escola.
Aos que não tiveram oportunidade de ingressar à escola em idade própria, procuramos
viabilizar ambiente favorável á aprendizagem de forma acolhedora e atrativa, onde o aluno
possa sentir-se bem aceito, participando nas tomadas de decisões, fazendo parte de um
processo democrático, visando sua permanência e progresso no processo educacional.
146
5.6. FORMAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que atuam na escola,
uma vez que ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação e na qualificação dos
profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional
articulado com a escola e seus projetos.
A formação continuada deve estar centrada na escola e fazer parte do Projeto Político
Pedagógico. Assim, compete a escola:
• Proceder levantamento das necessidades de formação continuada de seus
profissionais:
• Elaborar seu programa de formação continuada, contando com a participação
e o apoio dos órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na
concepção, na execução e na avaliação.
Assim, a formação continuada dos profissionais da escola compromissada com a
construção do Projeto Político Pedagógico, não deve limitar-se aos conteúdos curriculares,
mas se estender à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.
5. 6.1. GRUPO DE ESTUDOS
O Grupo de Estudos é uma modalidade de formação continuada descentralizada, que
oportuniza a participação de profissionais de educação da Rede Pública Estadual,
profissionais das escolas conveniadas e comunidade escolar.
O Grupo de Estudos propicia aos profissionais da educação e comunidade escolar
participação em encontros de estudos, com conteúdos voltados à sua área de formação e/ou
interesse, e às questões sócio-educacionais demandadas pela Secretaria de Estado da
Educação.
A natureza do Grupo de Estudos está vinculada à leitura, reflexão e discussão, entre os
participantes, sobre determinada área do conhecimento educacional, culminando com uma
produção final e tendo como objetivo propiciar subsídios teórico-práticos que, aprofundando
os conhecimentos dos profissionais da educação, contribua, efetivamente, para o
aprimoramento das práticas educacionais.
O Grupo de Estudos, fundamentado nos princípios de uma gestão, que valoriza os
profissionais da educação como agentes do processo educativo, oportuniza o momento
147
coletivo de aprendizagem, aprofundamento, debates e reflexões conduzidos pelos
participantes.
5.6.2. ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE
Conforme a Lei nº 13807/2002, observar o art.3º que diz:
Art. 3º. Hora-atividade é o período em que o professor desempenha funções da
docência, reservado a estudos, planejamento, reunião pedagógica, atendimento à comunidade
escolar, preparação de aulas, avaliação dos alunos e outras correlatas, devendo ser cumprida
integralmente no local de exercício.
Bem como, diz a Lei Complementar nº 103/04:
Art. 31. É garantida a hora-atividade para o Professor em exercício de docência,
correspondente a 20% (vinte por cento) da carga horária do seu regime de trabalho.
Parágrafo único – A hora-atividade deverá ser cumprida na escola, podendo ser
cumprida fora da escola, excepcionalmente, em atividades autorizadas pela Secretaria de
Estado da Educação, desenvolvidas no interesse da educação pública.
As atividades pedagógicas a serem desenvolvidas neste período, serão realizadas nas
dependências do estabelecimento de ensino, pelos docentes de todas as disciplinas, sempre
que necessário com o auxílio da equipe pedagógica da escola.
A escola disponibiliza local adequado para os encontros por área de atuação ou
disciplina, onde o professor tem a sua disposição, acervo bibliográfico, computador, vídeo,
DVD, laboratório de informática, laboratório de química, física e biologia, laboratório de
matemática.
Na Hora Atividade o professor terá a oportunidade de estudar, planejar e aprofundar-
se em seus conteúdos, visando um melhor preparo e qualidade ao ministrar suas aulas. Os
trabalhos serão direcionados com o objetivo de:
� Elaboração de projetos;
� Execução de grupos de estudo;
� Atendimento a aluno com dificuldades de aprendizagem;
� Preparação de aulas;
� Organização do processo avaliativo;
� Preenchimento de documentos escolares;
� Preenchimento do Livro Registro de Classe;
148
� Preparação, correção e análise de avaliações;
� Efetivação de atividades;
� Elaboração do Plano de Trabalho Docente;
� Elaboração da Proposta Pedagógica Curricular;
� Planejamento;
� Reunião Pedagógica;
� Atendimento à comunidade escolar.
5.6.3. REUNIÕES
As reuniões pedagógicas, conselho de classe e de planejamento serão realizadas
bimestralmente, marcadas em calendário escolar. Sendo necessárias reuniões pedagógicas
para resolver problemas que eventualmente possam surgir, haverá convocação extraordinária.
5.7. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar será elaborado de acordo com a legislação vigente e conforme
normas emanadas da Secretaria Estadual de Educação.
O Calendário Escolar é organizado anualmente, pelo estabelecimento de ensino,
apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar, atendendo ao disposto na legislação, que define
o início e término do ano letivo e fixará os dias letivos, dias de trabalho escolar, dias de
estudo, reuniões pedagógicas, conselhos de classe, recesso escolar e demais eventos,
garantindo o mínimo de 800 horas e 200 dias letivos previstos para cada nível e modalidade
de ensino.
149
6. REGIME E FUNCIONAMENTO
6.1. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
ASPECTOS FÍSICOS DEPENDÊNCIAS
Salas de aula 16
Sala de Direção 01
Sala de Equipe Pedagógica 02
Sala de Professores 02
Sala de Secretaria 01
Biblioteca 01
Sala de Leitura e Arte 01
Laboratório de Informática 01
Laboratório de Matemática 01
Laboratório de Química, Física e Biologia 01
Cantina 01
Cozinha 01
Refeitório 01
Almoxarifado 01
Pátio coberto 02
Pátio descoberto 01
Quadra coberta 01
Sanitários para Professores – masculinos 01
Sanitários para Professores – femininos 02
Sanitários para alunos – masculinos 07
Sanitários para alunos – femininos 11
Banheiros para alunos – masculinos 08
Banheiros para alunos – femininos 08
Bebedouro 01
150
6.2. OFERTAS DE CURSOS / MODALIDADES
6.2.1. ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS
A preocupação com a ampliação do tempo de ensino obrigatório, no Brasil, não é
recente, o que pode ser observado na legislação educacional ao longo da história da educação
brasileira, como uma demanda da sociedade em virtude de transformações sociais,
econômicas e políticas.
A importância dessa decisão política relaciona-se, também, ao fato de recentes
pesquisas mostrarem que 81,7 % das crianças de seis anos estão na escola, sendo que 38,9 %
freqüentam a educação infantil, 13,6 % pertencem às classes de alfabetização e 29,6 % estão
no ensino fundamental ( IBGE Censo Demográfico 2000).
Em 2005 foi promulgada a lei no 11.114/05, que altera o artigo 6º da LDB, tornando
obrigatório a matrícula da criança aos seis anos de idade no Ensino Fundamental.
Diante da responsabilidade de elaborar normas para a implantação do Ensino
Fundamental de nove anos no Estado do Paraná, o Conselho Estadual de Educação expediu a
Deliberação no 03/06, com deliberações complementares que normatizou o processo de
implantação.
Mais que uma determinação legal, o Ensino Fundamental de nove anos configura-se
como a efetivação de um direito, especialmente às crianças que não tiveram acesso às
instituições educacionais. Considerando que o cumprimento da determinação legal,
isoladamente, não garante a aprendizagem das crianças, é fundamental um trabalho de
qualidade no interior da escola, que aproprie a aquisição do conhecimento, respeitando as
especificidade da infância nos aspectos físico, psicológico, intelectual, social e cognitivo.
Para uma implementação qualitativa do Ensino Fundamental de nove anos, é importante
compreender que o conceito de infância sofreu transformações historicamente, o que se
evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates educacionais, em
especial a partir da década de 1980, no Brasil. Os debates políticos em torno da constituição
de 1988 e os estudos diversas áreas do conhecimento contribuíram para o questionamento da
concepção de naturalização das desigualdades sociais e educacionais, até então predominante,
para o reconhecimento de que as condições de desigualdade das crianças eram determinadas
por fatores econômicos, culturais e sociais. Assim, à medida que a sociedade organizada
exerceu pressão sobre o Estado, este passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da
criança como sujeito de direitos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, o
151
Estatuto da Criança e do Adolescente, nos anos 1990, a LDB no 9394/96, além de textos
curriculares que tratam da especificidade da infância (KRAMER, 2006). Se no contexto
político, as diferentes concepções sobre a infância influenciaram ou justificaram as políticas
educacionais, com limites e possibilidades; no contexto pedagógico, a discussão e definição
de uma concepção de infância é primordial na condução do trabalho. Esta concepção orientará
os conceitos sobre ensino, aprendizagem e de desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a
metodologia, a avaliação, a organização de espaços e tempos com atividades desafiadoras, o
planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor mas por todo os profissionais
da instituição.(SEED, 2010).
6.2.2. ENSINO FUNDAMENTAL
TURMAS MANHÃ TOTAL ALUNOS
6º Ano 01 32
7º Ano 02 44
8º Ano 02 48
9º Ano 01 35
Total 06 159
6.2.3. ENSINO MÉDIO
TURMAS MANHÃ NOITE TOTAL ALUNOS
1ª série 01 01 52
2ª série 01 01 41
3ª série 01 01 58
Total 03 03 151
152
6.2.4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM CONTRATURNO
MODALIDADES TARDE TOTAL ALUNOS
Sala de Recursos Multifuncional Tipo I 01 13
Celem - Espanhol 02 36
SAA - Português – 6º Ano 01 06
SAA - Português – 9º Ano 01 06
SAA - Matemática – 6º Ano 01 06
SAA - Matemática – 9º Ano 01 08
PPA - AMPARE 01 40
MC - AA - Matemática 01 10
MC - Cultura Arte – Teatro 01 90
MC – Cultura Arte – Dança 01 90
MC- Esporte Lazer - Futsal 01 90
MC - Esporte Lazer - Taekwondo 01 90
MC – Tecnologia da Informação 01 90
MC - Acompanhamento Pedagógico -
Matemática
01 10
MC – Hora Treinamento Futsal 01 28
153
6.3. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
Pontos fortes da escola:
• Informatização da escola/internet
• Regimento Escolar
• Envolvimento da equipe docente nos projetos da escola
• Equipe docente qualificada
• Bom relacionamento humano
• Apoio pedagógico
• Experiência acumulada
• A escola possui bom sistema de informações
Pontos fracos da escola:
• Baixa participação dos pais nos momentos relevantes para o
sucesso escolar dos filhos
• Evasão escolar (colaboração com a renda familiar; dificuldades
financeiras; ambiente familiar; ausência de aporte familiar;
violência social)
• Alunos usuários de drogas
• Indisciplina envolvendo relacionamento entre corpo docente e
discente
• Distorção idade/série
Problemas que devem ser atacados prioritariamente:
• Prevenção ao uso de drogas
• Diminuir o índice da reprovação
• Formação continuada
• Fortalecer a relação escola/família
• Projetos de intervenção (para garantir o ensino aprendizagem de
qualidade)
• Reavaliar o sistema avaliativo (para garantir um processo
avaliativo justo)
154
6.3.1. PLANO DE AÇÃO
ÁREAS
METAS
AÇÕES
PARCERIAS
PERÍODO
GESTÃO DE
ESPAÇO
QUADRA DE ESPORTES
* articular junto a Prefeitura Municipal a conclusão da quadra de esportes
* reunir com a Prefeitura Municipal apontando as necessidades de concluir a quadra esportiva; * agendar visita para análise da obra; * acompanhar todos os encaminhamentos para a conclusão da quadra.
* Prefeitura Municipal * APMF
* 1º semestre/2011
* aumentar o número de leitores
* garantir o acesso dos alunos ao espaço da biblioteca; * garantir e incentivar o empréstimo semanal de livros; * promover aulas de leitura, a serem realizadas na biblioteca * garantir a realização de atividade habitual de todas as turmas * incentivas a leitura de todos os funcionários da escola
* Toda a escola * Professores * Equipe Ped. *Bibliotecária * Direção
* Todo o ano letivo
GESTÃO DE
ESPAÇO BIBLIOTECA
* informatização da Biblioteca
* adquirir a assinatura de algum periódico informático * contactar
* Direção * Professor * Funcionário * Editoras e jornais
* 1º semes/2011
155
entidades, tais como jornais de circulação regional e nacional, bem como editoras visando doações * requisitar a compra de materiais de pesquisa digitais * aquisição de novos exemplares e periódicos
* SEED
GESTÃO DE ESPAÇO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
* formação continuada aos professores, para o uso pedagógico do Laboratório de Informática
*disponibilizar conteúdos e recursos educacionais multimídia e digitais, soluções e sistemas de informações pela SEED/MEC nos próprios computadores, por meio do Portal do Professor ( dia a dia) * dinamizar e qualificar os processos de ensino e de aprendizagem com vistas à melhoria da qualidade da educação básica * refletir sobre o impacto da tecnologia e suas contribuições na vida cotidiana e na atuação profissional * buscar soluções aos desafios
*Direção * Equipe Pedagógica * Professor * CRTE - NRE
*Hora Atividade Concentrada * Formação Continuada
156
provocados pelas múltiplas possibilidades para dinamizar a prática pedagógica e a vivência dos alunos
GESTÃO DE ESPAÇO REFEITÓRIO
* tornar o refeitório um espaço educativo e de promoção da cidadania
* incentivar os alunos para que se alimentem sentados à mesa * zelar pelo não desperdício de merenda * zelar pelo bom uso do bebedouro
* Direção * Professor * Alunos * Aux. Cozinha
* Diariamente
GESTÃO
PEDAGÓGICA
* aumentar o porcentual de aproveitamento dos alunos de modo geral e por turma
* acompanhar a manutenção e a periodicidade das atividades com descritores de leitura da matriz de referencia selecionadas das DCEs e organizado no PTD com base nas necessidades de aprendizagem dos alunos * cuidar para que todos os alunos sejam acompanhados no processo de aprendizagem e cuidando para que haja avanço em todas as séries
* Direção * Professor * Equipe Pedagógica
* Durante o ano letivo
157
GESTÃO DE
ENSINO
APRENDIZAGEM
*acompanhamento dos trabalhos dos professores junto a Equipe Pedagógica * Planejamento
* analisar adequação das atividades cotidianas ao currículo * acompanhar o planejamento dos professores – PTD * planejar de forma que os conteúdos tenham sequência didática e se aproximem em algum momento do conhecimento prévio dos alunos, facilitando as assimilações * promover reuniões de estudo para discutir o currículo da escola * garantir horários para planejamento e espaços de troca entre os professores e Equipe Pedagógica * analisar o caderno dos alunos e dar devolutivas sobre os mesmos aos professores * promover reuniões para discussões e análises em pequenos grupos dos cadernos e
* Direção * Professor * Equipe Pedagógica * Escola/Família * Direção * Professor * Equipe Pedagógica
* Diariamente * Quinzenalmente * Bimestralmente * Semestralmente * Semanal * Quinzenal * Bimestral
158
posteriormente fazer a socialização das observações
* Hora Atividade Concentrada
* garantir encontros semanais de 4h para encontro de formação continuada para professores de todas as áreas do conhecimento
* Direção * Equipe Pedagógica * Professor * NRE * IES
* Semanal * Quinzenal * Bimestral
*avaliar o índice de proficiência da escola no IDEB/2010
* promover encontros com toda equipe escolar, com pauta previamente planejada visando avaliar o IDEB/2010 * analisar junto de toda equipe escolar os avanços e metas alcançadas em 2010, revalidando ações e estabelecendo novas ações para melhora nos índices de 2011
* Direção * Equipe Pedagógica * Professor
* Início do ano letivo
GESTÃO DE RESULTADO
* Transformar em dados e índices de aprendizagem os resultados da escola * Agenda Escolar
* acompanhar as avaliações, tabulações, senso escolar e transformá-los em gráficos e números da escola * instrumento de comunicação entre família/esc.
* Direção * Equipe Pedagógica * Direção * Professor * Equipe Ped.
* Bimestral e como resultado final * Durante o ano letivo
159
* registrar os eventos diários realizados pela escola *registro de acompanhamento Pedagógico
*Família/Escola * necessidade de ser retomada, objetivo não alcançado em 2010
A escola cuidará de:
• Acompanhar e gerenciar os índices de acesso, permanência, aprovação e
aproveitamento escolar dos alunos;
• Dar atendimento sistemático aos alunos com dificuldades de
aprendizagem, para atingir o nível de desempenho desejado;
• Incentivar e valorizar os alunos com bom desempenho acadêmico;
• Divulgar os direitos e deveres a toda comunidade escolar;
• Desenvolver e fortalecer laços afetivos e o bem estar emocional dos
educadores, educandos e funcionários para que amenizem as tensões
diárias;
• Estimular o educando para desenvolver cada vez mais suas aptidões e
interesses individuais, através da expressão oral, escrita, cultural e
artística;
• Participar social e política, assim como exercício de direitos e deveres
políticos, civis e sociais, adotando no dia-a-dia, atitudes de solidariedade,
cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o
mesmo respeito;
• Desenvolver no aluno o sentimento de confiança em suas capacidades
afetivas, físicas, cognitiva, ética, estética,
de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir
com perseverança na busca de conhecimento e no exercício
da cidadania;
• Propiciar aos professores oportunidades de formação continuada enquanto
seres humanos, cidadãos e profissionais da educação, aprimorando sua
capacidade de encaminhar mudanças que respondam às necessidades
emergentes da sociedade e da educação;
160
• Articular os projetos pedagógicos e atividades, procurando integrar
diferentes áreas e conteúdos curriculares de educação básica, assegurando
a organicidade e especificidade do processo de formação;
• Zelar pela aprendizagem dos alunos e capacidade de estabelecer
estratégias de recuperação para os que dela necessitarem;
• Priorizar a utilização das verbas públicas de forma transparente e de
acordo com as necessidades, para atingir o objetivo maior que é a
construção de uma escola pública de qualidade.
Para que isso aconteça, pretendemos atrair os pais para o colégio através de:
• Reuniões trimestrais para tomarem conhecimento do rendimento escolar
dos filhos;
• Palestras com assuntos variados, como: saúde, qualidade de vida, a
importância da escola para o aluno e outros;
• Promover encontros que favoreçam a reflexão com relação à família;
• Fazer exposições dos trabalhos dos alunos em sala de aula.
Cabe à educação básica, como todo processo educativo, promover a formação do ser
humano e dar-lhes subsídios, pois a grande maioria dos alunos do ensino médio tem
perspectivas em prosseguir seus estudos futuramente.
6.3. 2. PLANO DE AÇÃO DO DIRETOR
O nosso Plano de Ação está embasado pelas Leis que regem a Educação do Estado
do Paraná, e numa dimensão mais ampla, no Brasil, têm-se aqui propostas de ações que
venham contribuir para a continuidade de qualidade de educação que se oferta no Colégio
Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio, inovando e buscando novos avanços,
para que o objetivo geral, centrado nesse plano seja atingido em sua máxima plenitude. Há
que se considerar a necessidade de dar continuidade aos processos já iniciados e, que através
das propostas aqui elucidadas, encontrarão a possibilidade de veicular ainda maior conquistas
para os educandos, educadores, funcionários, comunidade escolar e, principalmente, os
reflexos que as mesmas podem inferir sobre a comunidade local. Têm essas propostas de
trabalho a intenção específica de tornar cada vez melhor resultado do processo ensino
aprendizagem, que poderá direcionar ações compromissadas com a sociedade. Propõe-se,
dessa forma, uma gestão coletiva e participativa, onde todos são construtores da educação.
161
Ações Metodológicas
• Uma liderança ativa, que não deixe dúvida sobre os objetivos, utilizando os
recursos disponíveis de forma transparente e oferecendo serviços com
qualidade; e ainda, um controle que permita monitorar, avaliar, corrigir e
delegar autoridade, redirecionar os processos em busca da excelência.
• Estreitar relações entre Escola/APMF/Conselho Escolar/Grêmio e Sociedade,
incentivando-os a uma participação efetiva.
• Organizar a gestão do espaço escolar de forma democrática, articulando-a com
a sociedade (eventos, gincanas, campeonatos).
• Organizar experiências educativas escolares e extracurriculares (excursões,
palestras, debates);
• Encaminhar aos órgãos competentes e suas instâncias e com a sociedade civil
processos de discussões das políticas públicas, implantação de cursos,
reformas, aquisição de materiais;
• Elaborar o plano de ação, abrangendo as questões administrativas,
pedagógicas e financeiras;
• Acompanhar as matrículas para 2012;
• Realizar reunião com secretária e auxiliares administrativos, esclarecendo
normas a serem cumpridas diante da rematrícula do aluno;
• Representar oficialmente a escola perante autoridades e instituições;
• Participar, representar e responder por todos os atos e atitudes que vier a
ocorrer na escola;
• Reorganizar o calendário escolar;
• Realizar e participar de reuniões quando necessário, com o pessoal envolvido
na escola;
• Organização de turmas, turnos e equipe de trabalho;
• Elaborar, junto ao corpo docente, discente, pessoal administrativo,
comunidade. APMF, Conselho Escolar, o Projeto Político Pedagógico;
• Responder pelo patrimônio público e recursos financeiros da escola;
• Planejar, acompanhar e rever estratégias quanto à repetência e evasão escolar;
• Planejar, participar e dar continuidade aos projetos educativos da escola;
• Oportunizar e organizar palestras a comunidade escolar;
• Realizar o encerramento do ano letivo com formatura, cerimônia religiosa;
162
• Oportunizar aos alunos passeios educativos;
• Reformulação da Proposta Pedagógica Curricular e Regimento Escolar,
quando necessário;
• Organização da Semana Pedagógica;
• Participação nos Conselhos de Classe.
• Promover o inter-relacionamento entre toda a comunidade escolar,
enfatizando a relação horizontal entre todos os atores da educação, seja pais,
alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários, comunidade e direção.
Sendo embasada no respeito mútuo e na afinidade para a resolução de
problemas, os quais serão tratados coletivamente;
• Implantar programas de atendimento de reforço monitorado pelos próprios
alunos, com apoio da equipe pedagógica e demais esferas constituintes do
estabelecimento escolar;
• Incentivar os educando, através de concursos diversos (leitura, poesia, arte,
etc) e também do melhor rendimento na sala de aula, no que compete à todas
as disciplinas, premiando os destaques do colégio;
• Possibilitar para os alunos do ensino médio a oportunidade de realização de
testes vocacionais, que situem o educando na amplitude de ações que pode
desempenhar em sua vida profissional;
• Incentivar a participação dos educandos em concursos, gincanas, olimpíadas e
maratonas diversas que ocorram fora do estabelecimento de ensino;
• Possibilitar a ampliação de cursos de formação continuada para a comunidade
escolar, ampliando as diversas áreas do conhecimento;
• Ampliar o acervo bibliográfico que subsidia o trabalho docente, com a
atualização de temas;
• Dar suporte para que o livro Didático público seja utilizado pelo corpo
docente, assim como a TV Pendrive, pois ambas vieram para contribuir com o
ensino aprendizagem;
• Manter a assinatura de revistas que sejam escolhidas coletivamente e que
tenham valoração metodológica pedagógica;
• Estabelecer critérios que melhor norteiem os conselhos de classe, dando ao
professor condições de refletir sobre os problemas encontrados e,
163
coletivamente, buscar soluções possíveis, que tenham como objetivo maior o
sucesso do educando;
• Proporcionar a fluência de informações em tempo apto, para que cursos,
projetos, e atividades diversas, ou até mesmo questões internas e corriqueiras
ao estabelecimento de ensino, que remetem ao corpo docente não sejam
passados despercebidos;
• Incentivar a formação do professor, ofertando, dentro do possível, subsídio
para que a realização de cursos possa ocorrer, sem prejuízo aos discentes;
• Construir coletivamente o calendário de atividades extracurriculares para o
ano letivo, com flexibilidades;
• Delegar poderes aos professores, enquanto agentes da intermediação do
conhecimento, tornando-os capazes de agir, dentro das normas legais e
regimentais;
• Oportunizar encontros de confraternização entre os docentes e suas
respectivas famílias, para que se estreite cada vez mais a relação profissional;
• Fomentar a criatividade e a inovação docente, garantindo a ação com
resultados de sucesso dentro do processo educativo;
• Continuar valorizando cada professor, dentro de suas habilidades específicas;
• Ofertar à equipe pedagógica a liberdade para a tomada de decisões e
coordenação de atividades que se referem à melhoria da qualidade de ensino;
• Possibilitar a proximidade profissional ainda maior entre equipe pedagógica e
corpo docente, para que os problemas coletivos e/ou específicos sejam
minimizados ou até eliminados com maior agilidade, através de orientação e
coordenação contínua desse segmento;
• Estreitar ainda mais as relações entre equipe pedagógica e direção,
possibilitando a execução adequada do que determina e pressupõe a equipe de
ensino e as Diretrizes Curriculares que dão sustentáculo à educação de
qualidade;
• Criar meios, junto à equipe pedagógica, de elaboração de projetos que venham
contribuir para a minimização da evasão e retenção escolar;
• Garantir a efetivação da construção coletiva do Projeto Político Pedagógico,
com vistas a atingir os objetivos reais, considerando o marco situacional,
164
elaborando propostas de ação e avaliando continuamente os resultados
advindos da sua execução;
• Manter relacionamento democrático e colaborativo com as instâncias
deliberativas e constitutivas dos órgãos que fazem parte do estabelecimento,
acatando sugestões e solicitando a participação ativa dos mesmos, dentro de
suas respectivas funções;
• Oportunizar e demonstrar os resultados do processo educativo e as ações
desempenhadas pelo corpo docente e discente, assessorados pela equipe
pedagógica;
• Optar pela tomada de atitudes coletivas, evidenciando a colaboração de todos
os membros que compõem a comunidade escolar;
• Continuar atendendo às famílias com o compromisso e responsabilidade,
ligado à intenção primordial que contempla a educação dos respectivos filhos;
• Continuar prestando contas de todo e qualquer recurso recebido e aplicado na
escola, demonstrando sempre a transparência da gestão;
• Garantir a manutenção do laboratório do colégio com reposição permanente
de materiais necessários ao desempenho de aulas práticas nas áreas de
ciências, física, química e biologia;
• Avaliar e debater com toda a comunidade escolar formas de combate ao alto
índice de evasão escolar, o mesmo deve com os índices de repetência;
• Combater a prática do Bullying cada vez mais freqüente nas escolas e que
serve como fator para a evasão escolar;
• Estruturar um lugar dentro do nosso colégio para abrigar o cantinho da leitura,
sala específica para o professor de língua portuguesa onde poderão ocorrer
todas as atividades relacionadas à disciplina;
• Ampliar o acervo bibliográfico, bem como os recursos áudio- visuais, para
que o acesso ao conhecimento seja mais facilitado;
• Disponibilizar um funcionário que possa assessorar o corpo docente em suas
atividades técnicas (reprodução de atividades mimeografada, impressão de
provas, trabalhos, etc.);
• Adquirir recursos materiais que contribuam para a melhoria da metodologia
utilizada pelo professor;
165
• Criar meios que integrem a comunidade local à comunidade escolar,
promovendo feiras, apresentações culturais, eventos desportivos, palestras
com profissionais diversos;
• Lutar pela implantação de projetos sócio-educativos e profissionalizantes que
venham de encontro com a necessidade da comunidade escolar e com o
município de Jandaia do Sul;
• Investigar a necessidade da obtenção de recursos materiais e pedagógicos,
dentre outros equipamentos, para a possível aplicação de recursos, dentro da
legalidade;
• Entrosar a comunidade escolar na busca e captação de recursos para a
melhoria das condições da execução do processo ensino aprendizagem,
trabalhando em promoções plausíveis que veiculem a efetivação dos objetivos
almejados pela maioria;
• Maximizar o atendimento da biblioteca, buscando a inovação do acervo
bibliográfico;
• Lutar para que o laboratório de acesso à rede mundial online, através da
internet seja acessível aos professores e aos alunos, enquanto fonte de
pesquisa e atualização de conhecimento;
• Buscar junto às faculdades e universidades da região, parcerias que
beneficiem os formandos do ensino médio que obtiverem maior e melhor
rendimento, segundo uma média prévia e coletivamente designada, a
receberem gratuitamente o direito às inscrições para o vestibular de sua
preferência;
• Expandir, num contexto regional os resultados do processo ensino
aprendizagem obtidos pelo estabelecimento, primando sempre pela melhoria
da qualidade de ensino e otimização de resultados relativos à formação do
educando;
• Programar a possibilidade de aceitar a parceria de voluntários, que possam
contribuir com a diversificação de oportunidades de aprendizado ofertada aos
educandos, trazendo para o Âmbito escolar a inserção de oficinas de
artesanato, culinária, dentre outras atividades;
• Incentivar através das práticas educativas a manutenção da família no campo,
visto que estamos inseridos em um município essencialmente agrícola,
166
oferecendo cursos aos pais e alunos sobre a importância do agronegócio e a
abrangência dessa ação;
• Garantir que a quadra de esportes esteja em condições para a prática de
educação física e a viabilização junto ao governo de estado para a construção
de vestiários;
• Estruturar o espaço físico para que seja implantada a Rádio Polo sendo que
toda sua programação seja elaborada pelos alunos e coordenada pelos
professores;
• Aproveitar nossos talentos para a criação do cantinho da música aproveitando
o tempo de intervalo para a realização das atividades culturais;
• Desenvolver programas e ações que busquem melhorar o rendimento de
nossos alunos no IDEB;
• Buscar junto ao Governo Estadual recursos que possibilitem a construção de
um Anfiteatro já que a escola dispõe de espaço físico e necessita de um lugar
adequado para suas reuniões e atividades culturais;
• Implantar a Fanfarra e o coral do colégio, garantindo o estudo musical e a
participação em eventos musicais deste gênero em toda a nossa região;
• Organizar na escola espaço físico para atividade de educação física (jogos);
• Adequar o espaço físico, dentro das normas arquitetônicas, privilegiando a
acessibilidade;
• Viabilizar recursos provenientes de ações conjuntas com nossos educandos
possibilitando que cada sala de aula possua armários destinados aos livros
didáticos evitando assim que um número elevado levado para casa.
6. 3. 3. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
O trabalho da Equipe Pedagógica deverá estar de acordo com a necessidade da escola
e se traduz numa organização didática que compreende os conteúdos, os métodos e a
avaliação do processo educacional.
Objetivo Geral - Proporcionar aos alunos, objeto do conhecimento no mundo da
ciência e da linguagem, o desenvolvimento de seus pensamentos, suas habilidades e suas
atitudes, visando estimular o raciocínio científico, para que tenham autonomia a fazer uma
leitura crítica da realidade.
167
Objetivos Específicos
• Promover a relação entre escola e a comunidade, realizando o diagnóstico da
mesma;
• Dar atendimento aos alunos, pais e comunidade, informando sempre que
possível às famílias, parecer sobre o desempenho escolar de seus filhos,
quanto à aprendizagem e procedimentos atitudinais;
• Atender e planejar com professores, assessorando-os quanto à seleção de
conteúdos e transposição de acordo com os objetivos expressos no Projeto
Político Pedagógico;
• Discutir e organizar ações com os professores para atendimento dos alunos
que estão com dificuldades de aprendizagem;
• Incentivar os alunos na realização das atividades propostas pelos professores;
• Estudar, analisar e assessorar os professores quanto à avaliação da
aprendizagem;
• Estudar e divulgar referencial bibliográfico atualizado, bem como conhecer e
avaliar teorias de educação;
• Organizar e coordenar, juntamente com o diretor, o conselho de classe e,
planejar com o coletivo, medidas de intervenção dos problemas levantados;
• Discutir os dados do aproveitamento escolar com os professores, diretor e
comunidade;
• Coordenar e elaboração do Projeto Político Pedagógico;
• Auxiliar o professor na escolha do livro didático;
• Colaborar com a organização de turmas, calendário escolar e distribuição de
aulas por disciplinas;
• Planejar e organizar espaços e tempo na escola para projetos de recuperação
de estudos;
• Organizar a hora atividade do professor, para estudo, planejamento e reflexão
quanto ao processo ensino aprendizagem;
• Promover reuniões para troca de experiências e métodos de avaliação entre os
profissionais da educação;
• Orientar, quando necessário, os professores, no preenchimento do livro
registro de classe, pertinentes aos conteúdos, atividades pedagógicas, registro
de freqüência e vista-los periodicamente;
168
• Estabelecer relação entre o Plano de Trabalho Docente, a prática pedagógica
e o registro de classe;
• Agendar e coordenar, junto à direção, atividades culturais, passeios, jogos e
apresentações;
• Participar e colaborar em eventos promovidos pela escola;
• Participar de seminários, cursos, palestras, reuniões, fóruns, congressos e
grupos de estudos, visando melhor aperfeiçoamento e rendimento de seu
trabalho;
• Discutir, analisar e criar uma sistemática permanente de avaliação da
Proposta Pedagógica e Plano de Trabalho Docente, a partir do rendimento
escolar.
Quando se atribui a Equipe Pedagógica a tarefa de coordenar e prestar assistência
didático-pedagógica aos professores, não se está supondo que ele deva ter domínio dos
conteúdos e métodos de todas as disciplinas, sua contribuição vem do campo do
conhecimento implicado no processo docente educativo, operando uma intersecção entre a
teoria pedagógica e os conteúdos e métodos específicos de cada disciplina do ensino, entre o
conhecimento pedagógico e a sala de aula.
A Equipe Pedagógica está inserida nos objetivos educativos, nas implicações
psicológicas, sociais, culturais, no ensino, nas peculiaridades do processo de ensino-
aprendizagem, na detenção de problemas de aprendizagem dos alunos, na avaliação, no uso
de técnicas e recursos de ensino, entre outros.
As tarefas dos professores estão diretamente ligadas às metodologias específicas das
disciplinas, que, por suporte, são de competência do professor. Desta forma, é necessário, e
indispensável, que estes profissionais se disponham a trabalhar junto, revendo suas ações e
como conseqüência a concepção das áreas do conhecimento.
Para isso, torna-se fundamental que os pedagogos contribuam com a construção de um
projeto envolvendo os professores para que pesquisem, estudem e assuma uma proposta única
como encargo coletivo.
Como equipe pedagógica comprometida com nosso ambiente escolar, devemos
estimular os professores a trabalhar conteúdos a partir do conhecimento real e imediato que o
aluno traz, investigando seu mundo, seu ambiente, sua forma de expressar, planejando toda
intervenção pedagógica que deve ser organizada com base científica em direção ao saber
elaborado, promovendo a difusão do conhecimento.
169
A organização da escola e o planejamento sistemático do trabalho pedagógico e suas
atividades, devem ser exercidas por todos os que nela atuam. Tendo em vista esta
transformação, faz-se necessário um amplo debate sobre a função social da escola e o trabalho
dos educadores, devemos repensar a educação e seu futuro, lembrando sempre que a
construção do saber se mediatiza através da colaboração de todos os envolvidos no processo
ensino aprendizagem.
6.4. PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA
Os projetos educativos formulados na escola são elaborados juntamente com os alunos
e equipe escolar. Eles são realizados mediante um processo contínuo de reflexão sobre a
prática pedagógica, em que a equipe escolar discute, propõe, realiza, acompanha, avalia e
registra as ações que vão desenvolver para atingir os objetivos coletivamente delineados.
Nesse processo, ao elaborar seus projetos educativos, o professor e a escola discutem
expõem, de forma clara, valores coletivos, delimitam prioridades, define resultados desejados
e incorpora a auto-avaliação ao seu trabalho, em função dos conhecimentos da comunidade
em que atua.
Os projetos são elaborados de forma clara e definidos, que permitem investimentos
que estejam de acordo com as diferentes necessidades da comunidade e que busquem, cada
vez mais, um equilíbrio entre as condições de trabalho da escola.
No trabalho por projetos, cabe a direção da escola, coordenar e buscar, nas demais
instituições da comunidade, a possibilidade de realização em parceria e convênios de
cooperação.
6.4.1. PROJETO HORA DA LEITURA
Leitura é uma atividade permanente da condição humana, uma habilidade a ser
adquirida desde cedo e treinada em várias formas. Lê-se para entender e conhecer, para
sonhar, viajar na imaginação, por prazer ou curiosidade. A leitura é fundamental no
desenvolvimento do ser humano, e a escola possui um papel importante no desenvolvimento
do hábito de ler, apesar das dificuldades encontradas com os acervos disponíveis. Toda
criança que lê e tem acesso a livros tem maior facilidade em aprender e conhecer o mundo; a
leitura facilita a compreensão dos conteúdos estabelecidos.
170
O projeto “Hora da Leitura”, terá como objetivo maior despertar o hábito da leitura
nos alunos da escola, visto que a formação de um leitor compreende, antes de tudo, o ler pelo
simples prazer.
Objetivo geral - Proporcionar condições para que os alunos vivenciem o prazer da
leitura e as descobertas desse fantástico mundo.
Objetivos específicos:
• Promover a integração pessoal, social e cultural do aluno;
• Instigar o hábito da leitura;
• Possibilitar a vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação;
• Estimular o desejo de diferentes leituras;
• Melhorar o nível de concentração para interpretar textos e problemas
científicos;
• Ampliação do material utilizado para o desenvolvimento do projeto.
O projeto será desenvolvido no período de março a dezembro de 2011, no Colégio
Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio, com o objetivo de realmente incentivar
o hábito de leitura e fazendo com que os alunos passem a gostar mais de ler. Compreenderá
duas situações, Baú da Leitura e a Sala de Leitura. O Baú da leitura é uma grande caixa
contendo vários livros. O professor leva a referida caixa para a sala de aula ou outro ambiente
previamente organizado e os alunos são convidados a ler os livros que estão dentro da mala
ou outras obras que tenham escolhido previamente na biblioteca. A coordenação da escola
junto com os professores estabeleceu 15 minutos de leitura, na escola inteira, alternando os
dias da semana, para que todas as salas de aula, professores e funcionários, tenham a
oportunidade de participar deste momento. Na sala de leitura será destinada às aulas de
Literatura e Arte e seus professores responsáveis.
A aplicação de um projeto desta natureza visa a contribuir na formação pessoal, social
e cultural dos alunos, no que diz respeito à manipulação da materialidade linguística a sua
disposição, de modo a desenvolver uma prática discursiva plural e eficiente. O projeto de
leitura “Hora da Leitura” destinado a alunos do Colégio Estadual Unidade Polo- Ensino
Fundamental e Médio, constitui-se de ações calcadas no compromisso que a escola tem na
formação de um leitor eficiente, proporcionando-lhes oportunidades para ler de todas as
formas possíveis, visto que a leitura é um processo que se estende pela a vida afora.
171
6.4.2. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
A Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual Unidade Polo, em conformidade com a
Resolução nº 1150/02 – SEED e Resolução nº 3399/10 – GS/SEED, assim está composta:
Professor Pedagogo – Marlene Alencar dos Santos
Agente Educacional – Rozalina Maria de Souza Lebrão
Representante das Instâncias Colegiadas – Lucyene Aparecida Azoni
Professores Àreas Humanas – Regina Lucia Batista e Silva
- Marcia Cristina Fajardo
Professores Àreas Exatas – Celia Regina Raniero
Professores Àreas Biológicas – Aparecida de Fátima Dias
Num mundo de grandes desigualdades, nem sempre é fácil lidar com a diferença. Ela
está em toda parte. Na abordagem de temas mais complexos, ou simplesmente se a proposta
exige um exercício crítico rigoroso, podemos dizer que, mesmo entre os mais semelhantes,
habitam numerosas diferenças – afinal, cada ser humano é único no conjunto de suas
características.
Objetivos:
• Valorizar aprendizagens vinculadas às relações com pessoas de diferentes etnias
no conjunto da sociedade.
• Cuidar para que se dê sentido construtivo à participação dos diferentes grupos
sociais, étnico-raciais na construção da nação brasileira, aos elos culturais e
históricos de diferentes grupos.
• Produzir conhecimento e identificar situações de exclusão provocadas pelas
diferenças físicas, intelectuais, diferenças de cor, raça ou credo.
• Incentivar e transmitir os conhecimentos produzidos empregando outras
linguagens: da corporeidade e da arte, marcas da cultura de raízes africana, ao
lado da escrita e da leitura.
O que norteará nosso trabalho, será:
• Valorizar o múltiplo, o plural, a mistura de muitas diferenças na sala de
aula e fora dela, porque a vida fica completa e mais enriquecedora assim – ou seja,
considerar distintos padrões como belezas possíveis, incorporar saberes de
diferentes origens, respeitar crenças e costumes, não com a superioridade da
aceitação, mas com a convicção de que nesse plano não existe, nem deve existir,
172
um dono da verdade.
• Caminhar para além do senso comum, dando ouvidos ao que é dito, mas
questionando sempre, buscando, junto aos demais, desvendar como tal ou qual
pensamento ou discurso foi construído, de que maneira ele afeta a vida das
pessoas, a que e a quem serve. Tudo isso para não deixar certas falas, ditados,
piadas ou afirmações sem base alguma se tornem falsas verdades – repetidas de
tal maneira que acabam servindo de molde para pensamento preconceituoso.
• Exercitar a escuta de vários possíveis interlocutores sobre esses temas
movimentos sociais, lideranças locais, integrantes de associações religiosas e
culturais – numa atitude de real consideração, consciente de que trazem olhares e
reflexões distintos dos nossos, que podem nos enriquecer e nos ajudar a ver outros
ângulos da questão.
• Aprofundar os próprios conhecimentos e estimular que outros o façam,
sobre a História, as culturas e os saberes de africanos e afro-descendentes que
participam da formação do nosso país, acreditando que esse processo levará a uma
redescoberta de nós mesmos.
• Permitir que os estudos nos transformem internamente, ou seja, que as
informações e as ideias surgidas e trazidas por este plano de ação se espalhem
para além da esfera do saber acumulado – e eventualmente compartilhado – e se
estendam para nosso comportamentos pessoais e compreensão do mundo.
• Socializar as informações, sabendo que as mudanças de atitude somente se
realizam nas relações entre nós e os outros, e que o conhecimento produzido
somente se legitima na socialização. O processo é o de aprender compartilhando,
porque o diálogo e o trabalho conjunto são os veículos, por excelência, da
aprendizagem.
Ações a serem desenvolvidas:
• A família e a escola têm o papel fundamental na luta contra o preconceito e a
discriminação. Cabe à escola refletir, portanto, sobre algumas questões: como a
experiência escolar reforça imagens esteriotipas e preconceituosas nos estudantes?
Como a escola se contrapõe, vai na contramão e oferece possibilidades para as
crianças e adolescentes e jovens negros, indígenas e deficientes físicos e
intelectuais, construam uma justa imagem de si mesmos?
• Sexualidade, orientação sexual, relações étnico-raciais e diversidades.
173
• Promover atividades que possibilitem o estudo da Cultura Afro-Brasileira e
Africana. Sensibilizando os alunos da importância de conhecer a história dos
negros e a herança cultural que estes trouxeram para o Brasil. Serão utilizados
mapas, textos, revistas, livros, jornais, poesias, músicas e vídeos.
• Na organização de um livro, por meio de paródias, de músicas, de blog na
internet. Promover algumas apresentações e debates ao vivo – jornal falado,
palestras, musicais, teatro e o Festival de Dança Afro.
• Este trabalho será realizado em sala de aula de forma coletiva, com
estudos de textos, confecção de máscaras, danças, músicas, relacionados ao tema.
Será incentivado o interesse para a programação de TV, como novelas, filmes e
documentários que tenham uma visão crítica sobre o assunto.
• Nas Diretrizes Curriculares, Proposta Pedagógica Curricular, Projeto
Político Pedagógico e Plano de Trabalho Docente, estão inseridos a temática e
serão desenvolvidas no cotidiano escolar.
• Uma ação que pode ser desenvolvida é a produção e disseminação de campanhas
periódicas, veiculadas na escola e na comunidade, com o objetivo de sensibilizar
as pessoas quanto aos padrões físicos que são impostos aos jovens atualmente e
que geram baixa autoestima e, muitas vezes, preconceitos e exclusão do convívio
social. Tratar-se-á de produzir campanhas que valorizem e apreciem a diversidade
física.
• O material didático escolar é precário, falta conteúdo e em poucos livros
paradidáticos, etc.
Essas ações foram idealizadas para serem desenvolvidas na escola e em sala de
aula de forma complementar a outras atividades relacionadas ao tema: Inclusão Social.
Viver em sociedade implica a necessidade de uma postura em relação às diferenças
– essa tende a ser uma condição comum até para quem busca compreender a ética ou a justiça.
174
6.4.3. DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS
A Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana é obrigatória em todos os níveis de ensino do Colégio Estadual Unidade
Polo-Ensino Fundamental e Médio.
A Lei nº 11645/08 acrescenta o Artigo 26-A à Lei nº 9394/96 que determina a
obrigatoriedade nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, nas instituições
públicas e privadas do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
Todas as disciplinas que compõe a matriz curricular devem contemplar ao longo
do ano letivo, a Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, como objetivo de proporcionar aos alunos uma educação compatível
com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
A educação para as relações étnicos-raciais, concebe o reconhecimento das
diferenças como ponto de partida para a construção de identidades e desenvolvimento das
condições de igualdade.
Nesse contexto, a disciplina os estudos sobre o Geografia do Paraná será inserido
na disciplina de Geografia e História do Paraná será inserido na disciplina de História.
E os estudos de: História e Cultura Africana, Afro-Brasileira Indígena, Política
Nacional de Educação Ambiental, Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal,
Enfrentamento à Violência, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo,
LGBT e Inclusão será trabalhado em todas as disciplinas da matriz curricular de forma
interdisciplinar, assim como as demais devem atender as necessidades de uma educação
voltada à diversidade, possibilitando aos alunos a análise e a percepção das contribuições dos
diferentes grupos humanos à constituição nacional.
175
7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação do Projeto Político Pedagógico, será semestral para a realimentação e
reorganização do trabalho pedagógico. Que envolverá diferentes momentos: a descrição e a
problematização da realidade escolar, a sua compreensão crítica e a proposição de ações a ser
realizadas observando se os objetivos estão sendo atingidos.
O compromisso, a cautela e a responsabilidade devem alicerçar o trabalho docente que
busca a qualidade do ensino. Assim, de acordo com Freire,
“...Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos
injusta, menos violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo
“não” a qualquer possibilidade em face dos fatos, defende a capacidade do ser humano em
avaliar, de compreender, de escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo”.
(Freire, 1997, p. 58 e 59).
Portanto, avaliar as ações requer reflexão de sua atuação e assumir responsabilidade
que lhes permitirá construir uma identidade equilibrada e a transformação do sujeito crítico e
autônomo.
7.1. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A avaliação institucional é hoje um desafio para todas as instituições de ensino, pois
possibilita analisar suas ações pedagógicas, técnicas e administrativas, de maneira
descontextualizada, crítica e participativa, permitindo perceber suas possibilidades e
limitações bem como apontar caminhos para a tomada de decisão em relação ao pensar e ao
agir institucional, sempre em busca da qualificação do ensino aprendizagem.
Proceder à avaliação da escola, nos permite levantar dados que podem redimensionar
o trabalho da gestão escolar. Na nossa escola tivemos alunos não aprovados e evadidos. Quais
são as causas destes problemas? Vários motivos – o não reconhecimento como um problema
sério no ano anterior e, portanto, a não dedicação de esforços para elucidar as causas dele e
combatê-las; problemas metodológicos no encaminhamento pedagógico geral da escola;
problemas sociais que podem levar ao aumento da necessidade das famílias em contar com a
força de trabalho dos seus filhos para a subsistência doméstica; dificuldades no diálogo
escola/família provocando o afastamento da família do ambiente escolar; pequena
preocupação e/ou baixa organização no processo de mapeamento dos alunos potenciais para a
176
evasão; pequena preocupação e/ou baixa organização no mapeamento das necessidades
pedagógicas das diferentes turmas, séries e disciplinas (falta de realização de bons conselhos
de classe; de turma; ausência de discussão pedagógica com os docentes; falta de diálogo com
os alunos).
A avaliação institucional vem em busca de discussões coletivas, sobre o currículo da
escola, suas escolhas metodológicas, as definições de conteúdo e as práticas avaliativas, são
mecanismos de transformação. Esta visão de transformação está centrada em mudanças
qualitativas, considerando a diversidade e a especificidade do contexto, implementar
praticidade e viabilidade nas ações e recorrer às estratégias, capazes de validar os dados da
realidade.
O processo de avaliação institucional vem contribuir no desenvolvimento das
diferentes dimensões humanas: políticas, epistemológicas e estéticas, todas eticamente
articuladas.
7.1.1. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA COMUNIDADE ESCOLAR
A avaliação do desempenho será de natureza pedagógica, pois terá uma dinâmica
aberta ao crescimento profissional e as mudanças que reflitam no processo ensino
aprendizagem. Este sistema deverá ser entendido como parte do compromisso de trabalho,
verificando a qualidade das ações, a infra-estrutura e os serviços de cada um no contexto
escolar, para que haja as mudanças necessárias e novas tomadas de decisões. Como avaliamos
o “todo” da escola, não deixamos de avaliar o desempenho de nossa escola, como forma de
rever e aperfeiçoar os projetos sócio-políticos, promovendo a permanente melhoria das
atividades curriculares. Tudo isto dentro do princípio e método democráticos, nos quais o
diálogo e a disposição em defender a melhoria da educação pública são pré-condições.
177
7.2. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este Projeto Político Pedagógico está voltado para uma educação democrática e para a
construção e o exercício da cidadania. Para sua aplicação, é necessário que haja coerência
entre o que foi estabelecido e a ação educativa. Assim, se quisermos que os nossos alunos
sejam participativos, éticos, críticos, solidários, autônomos, responsáveis e afetivos, devemos
agir da mesma forma.
Todo processo de gestão e de desenvolvimento educacional precisa de
acompanhamento avaliativo, com o fim de corrigir rotas, encontrar novas alternativas,
aperfeiçoar os procedimentos, sendo a escola um dos principais espaços de convivência social
do ser humano, ela tem o papel fundamental no desenvolvimento da consciência de cidadania
e direitos humanos, portanto deve ser um ambiente acolhedor e democrático. Portanto é
importante que:
O ensino seja avaliado periodicamente para fins de retro alimentação de seu
desempenho na formação da aprendizagem, visando o seu aperfeiçoamento.
Assim a nossa escola, visa à formação básica do educando e, exige contínuo processo
avaliativo que acompanhe seu desempenho e desenvolvimento nas várias dimensões
envolvidas em seus objetivos e propósitos. É necessário a complementação e o
acompanhamento do Projeto Político Pedagógico, pois o mesmo não é e não deverá ser um
projeto pronto e acabado, requer continuidade das ações, flexibilidade e democratização no
processo de tomadas de decisões e momentos de criação coletiva, visando sempre à melhoria
da qualidade da escola pública no processo ensino-aprendizagem. Além disso, cumpre mais
que uma finalidade burocrática, ao ser um documento que se constitui na processualidade das
práticas, indicando direções e indicadores para averiguar o resultado das ações desenvolvidas
pela escola. É, portanto um documento que facilita e organiza as atividades, sendo mediador
entre as decisões, a condução das ações e a análise dos seus resultados e impactos. E ainda, se
constitui num retrato da memória histórica construída, num registro que permite a escola rever
a sua intencionalidade e sua história.
178
7.3. MINIPROJETOS
Projeto: Dia Internacional da Mulher
Data: 08/03
Objetivo: Sensibilizar os alunos referentes à origem desta, a valorização e o papel da mulher
na sociedade sua contribuição no mundo do trabalho, através de debates, painéis,
cartazes e palestras.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Alunos, professores e comunidade escolar.
Metodologia: Realização de debates, confecção de cartazes e homenagens.
Área de Ensino: Todas as disciplinas.
Projeto: Comemoração da Páscoa
Data: 24/03
Objetivo: Confraternizar com a comunidade em geral, visando uma integração, dando ênfase
ao verdadeiro sentido da Páscoa.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade escolar
Metodologia: Confecção de cartazes e painéis
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Qualidade de Vida
Data: 1º semestre e 2º semestre
Objetivo: Utilizar do processo ensino aprendizagem, através de ciências sistematizadas de
diversas dimensões da cultura do movimento humano, com atividades físicas
contribuindo na melhoria da qualidade de vida.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Alunos do ensino fundamental e médio
Metodologia: Aulas práticas e teóricas
Área de Ensino: Educação Física
179
Projeto: Evento Esportivo / Jogos Inter-classes / Copa Recreio
Data: 1º semestre e 2º semestre
Objetivo: Desenvolver no educando noções de solidariedade, disciplina, equilíbrio e
concentração, resgatando e favorecendo a auto-estima, desenvolvendo as
habilidades esportivas e cultivando as práticas de cultura e da paz.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade escolar
Metodologia: realização de jogos inter-classes.
Área de Ensino: Educação Física
Projeto: Comemoração Dia das Mães
Data: 06/05
Objetivo: Valorizar a figura materna buscando uma integração, enfatizando sua
responsabilidade, em parceria com a escola na educação dos filhos.
Período: Manhã e Tarde
Participantes: Comunidade escolar
Metodologia: Confecção de painéis e cartões
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Meio Ambiente
Data: 05/06
Objetivo: Despertar nos alunos e comunidade, os cuidados e a relação com o meio ambiente
sua preservação
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade Escolar / Fafijan
Metodologia: Através de palestras, pesquisas de campo, passeios turísticos e arrecadação de
material eletroeletrônico descartáveis.
Área de Ensino: Todas as disciplinas
180
Projeto: Festa Junina
Data: 23/06
Objetivo: Realizar evento de danças folclóricas, envolvendo a comunidade escolar, regatando
a cultura popular e a socialização.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade escolar
Metodologia: Atividades artístico-culturais, brincadeiras, danças, comidas típicas.
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Direitos e Deveres
Data: Durante o ano letivo
Objetivo: Promover um estudo de reflexão do ECA, sobre direitos e deveres para que possam
exercer sua cidadania plena.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Alunos do ensino fundamental e médio
Metodologia:Palestra
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Educação para o Trânsito
Data: No 1º Semestre
Objetivo: Realizar palestras com o Código Nacional de Trânsito, envolvendo a comunidade
escolar, com foco nos problemas enfrentados no dia a dia por motoristas e
pedestres.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade escolar
Metodologia: Atividades com Palestras e Passeata
Área de Ensino: Todas as disciplinas
181
Projeto: Laboratório Química/Física
Data: 15 de março e 05 de julho
Objetivo: Observar as mudanças do estado físico da água no cotidiano.
Período: Manhã e Noite
Participantes: Alunos do Ensino Fundamental e Médio
Metodologia: Visita ao Laboratório de Química e Física da FAFIJAN.
Área de Ensino: Ciências/Biologia
Projeto: Homenagem aos Estudantes
Data: 11/08
Objetivo: Homenagear os alunos, proporcionando momentos agradáveis.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade escolar
Metodologia: Baile de Máscaras - Atividade recreativa
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Vamos Ler/ Tribuna do Norte
Data: durante o ano letivo
Objetivo: Formar novos e permanentes leitores, críticos e conscientes, instrumentaliza
professores e alunos para o exercício pleno da cidadania e levar o jornal na sala de
aula como instrumento pedagógico no processo educacional.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade Escolar/comunidade externa
Metodologia: Oficinas pedagógicas, encontros periódicos, palestras educacionais e culturais,
visitas culturais e eventos.
Área de Ensino: Todas as disciplinas
182
Projeto: Gincana Solidária
Data: 21/02 a 19/03
Objetivo: Envolver a comunidade externa, na arrecadação de produtos alimentícios que serão
doados a entidade filantrópica.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade Escolar/ comunidade externa
Metodologia: Atividades com arrecadação de gelatina e material de higiene pessoal.
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Olimpíada Brasileira de Matemática
Data: 16/08
Objetivo: Participar da Olimpíada Brasileira de Matemática
Período: Manhã e Noite
Participantes: Alunos do ensino fundamental e médio
Metodologia: Desenvolver o raciocínio e incentivar a participação dos alunos em atividades
avaliativas de matemática através de prova escrita.
Área de Ensino: Matemática
Projeto: Redação
Data: Durante o ano letivo
Objetivo: Desenvolver o hábito da leitura e a produção de textos.
Período: Manhã e Noite
Participantes: Alunos do ensino fundamental e médio
Metodologia: Técnicas de redação, na produção de textos, através de aulas expositivas.
Área de Ensino: Língua Portuguesa
Projeto: Semana da Pátria
Data: 07/09
Objetivo: Despertar a espírito patriótico, evidenciando suas virtudes de modo consciente no
meio social, conhecendo e respeitando os símbolos pátrios
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade Escolar
Metodologia: Hasteamento e arriamento das bandeiras, poesias, mensagens apresentação de
alunos e os hinos pátrios.
183
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Palestra: DST/ AID/ Drogas
Data: 1º semestre e 2º semestre
Objetivo: Despertar no aluno a importância do autocuidado e respeito com seu corpo, através
da valorização da vida, dando ênfase ao amor, respeito, dignidade para consigo e
com o próximo.
Período: Manhã e Noite
Participantes: Comunidade Escolar
Metodologia: Palestras e orientações
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Hora da Leitura
Data: Durante todo o ano letivo
Objetivo: Inserir a teoria a partir da prática, lendo textos e obras literárias de todos os tempos,
compreendendo a cultura como realização humana, e a literatura enquanto
expressão de uma realidade.
Período: Manhã e Noite
Participantes: Comunidade Escolar
Metodologia: Leitura semanal, com horário determinado, onde toda comunidade escolar faz
leituras das diferentes literaturas por 10 minutos.
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Dia do Professor
Data: 13/10
Objetivo: Valorizar o profissional da educação.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Alunos do ensino fundamental e médio
Metodologia: Festividade
Área de Ensino: Comunidade escolar
184
Projeto: Mostra Artístico Cultural
Data: 20/10
Objetivo: Oportunizar aos alunos diferentes atividades culturais, com a participação de
alunos da rede municipal, particular e APAE.
Período: Manhã e Tarde
Participantes: Alunos do ensino fundamental e médio.
Metodologia: Festividade, jogos, brincadeiras, teatro, circo.
Área de Ensino: Comunidade escolar
Projeto: Aniversário da Escola
Data: Novembro
Objetivo: Resgatar os valores históricos e culturais da nossa escola, visando valorizar os
pioneiros e contribuições por eles prestadas.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade Escolar/comunidade externa
Metodologia: Através de palestras, montagem de acervo fotográfico.
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Cultura Afro-Brasileira
Data: Durante todo o ano letivo
Objetivo: Despertar a sensibilidade, a solidariedade e o respeito pela diversidade cultural,
possibilitando a valorização das manifestações artístico-culturais, eruditas e
populares.
Período: Manhã, Tarde e Noite
Participantes: Comunidade Escolar / Equipe Multidisciplinar
Metodologia: Através de pesquisas, leituras de textos, palestras,
Área de Ensino: Todas as disciplinas
Projeto: Visita a Câmara Municipal
Data: Durante o ano letivo
Objetivo: Conhecer o processo dos projetos encaminhados pelo legislativo municipal.
Período: Noite
Participantes: Alunos do ensino fundamental e médio
Metodologia: Visita à Câmara Municipal
185
Área de Ensino: História Projeto: Mini Mostra de Profissões
Data: 04/11
Objetivo: Orientar os alunos do ensino médio, quanto à escolha de uma graduação e ou
profissão, oportunizando esclarecimento sobre os diferentes cursos oferecidos
pelas instituições de ensino superior.
Período: Manhã e Noite
Participantes: Alunos do ensino fundamental e médio.
Metodologia: Palestras com profissionais de instituições de ensino superior.
Área de Ensino: Comunidade escolar
186
8. CALENDÁRIO ESCOLAR
CALENDÁRIO ESCOLAR / 2012 - MANHÃ - TARDE Janeiro Fevereiro Março
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 1 2 3
1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 22
8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24
22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31
29 30 31
1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval Abril Maio Junho
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2
8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 22 3 4 5 6 7 8 9 19
15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23
29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
6 Paixão – 21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi – 5 OBMEP – 1ª Fase
Julho Agosto Setembro
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 3 1 2 3 4 1
8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 19
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22
29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29
30
07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência - 15 OBMEP – 2ª Fase
Outubro Novembro Dezembro
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 1
7 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 11
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22
28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29
30 31
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nac. da Consciência Negra 14 Feriado Municipal
Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes
Início/Término Janeiro 31 janeiro/férias 30
Planejamento / Replanejamento fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15
Férias julho 18 dez/recesso 12
Recesso dezembro 12 outros recessos 3
Semana Pedagógica Total 68 Total 60
Formação Continuada SEED e NRE
Conselho de Classe / Reunião Pedagógica
Jandaia do Sul, 13 de janeiro 2012.
187
CALENDÁRIO ESCOLAR / 2012 - NOITE Janeiro Fevereiro Março
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 1 2 3
1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 23
8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24
22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31
29 30 31
1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval Abril Maio Junho
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2
8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 22 3 4 5 6 7 8 9 19
15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23
29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi
21 Tiradentes 5 OBMEP - 1ª Fase Julho Agosto Setembro
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 3 1 2 3 4 1
8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 19
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22
29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29
30
07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência 15 OBMEP - 2ª Fase
Outubro Novembro Dezembro
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 1
7 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 12
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22
28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29
30 31
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nac. da Consciência Negra 14 Feriado Municipal
Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes
Janeiro 31 janeiro/férias 30
fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15
julho 18 dez/recesso 12
dezembro 12 outros recessos 3
Total 68 Total 60
Início/Término
Planejamento / Replanejamento / Contraturno
Férias Conselho de Classe / Reunião Pedagógica / Contraturno
Recesso Complementação de Carga Horária
Semana Pedagógica
Formação Continuada SEED e NRE Jandaia do Sul, 13 de janeiro de 2012.
188
CALENDÁRIO ESCOLAR / 2012 - CELEM - ESPANHOL - TARDE
Janeiro Fevereiro Março
D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1ªsérie D S T Q Q S S 1ªsérie
1 2 3 4 4 dias 1 2 3 8 dias
1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 4 5 6 7 8 9 10
8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 11 12 13 14 15 16 17
15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 2ªsérie 18 19 20 21 22 23 24 2ªsérie
22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 5 dias 25 26 27 28 29 30 31 9 dias
29 30 31
1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval
Abril Maio Junho
D S T Q Q S S 1ªsérie D S T Q Q S S 1ªsérie D S T Q Q S S 1ªsérie
1 2 3 4 5 6 7 8 dias 1 2 3 4 5 9 dias 1 2 8 dias
8 9 10 11 12 13 14 6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9
15 16 17 18 19 20 21 13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16
22 23 24 25 26 27 28 2ªsérie 20 21 22 23 24 25 26 2ªsérie 17 18 19 20 21 22 23 2ªsérie
29 30 8 dias 27 28 29 30 31 8 dias 24 25 26 27 28 29 30 7 dias
6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi
21 Tiradentes 5 OBMEP - 1ª Fase
Julho Agosto Setembro
D S T Q Q S S 1ªsérie D S T Q Q S S 1ªsérie D S T Q Q S S 1ºsérie
1 2 3 4 5 6 7 4 dias 1 2 3 4 9 dias 1 8 dias
8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15
22 23 24 25 26 27 28 2ªsérie 19 20 21 22 23 24 25 2ªsérie 16 17 18 19 20 21 22 2ªsérie
29 30 31 5 dias 26 27 28 29 30 31 9 dias 23 24 25 26 27 28 29 7 dias
30
25 -Comp. Carga Horária da 2ª série 07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência
15 OBMEP - 2ª Fase
Outubro Novembro Dezembro
D S T Q Q S S 1ªsérie D S T Q Q S S 1ªsérie D S T Q Q S S 1ªsérie
1 2 3 4 5 6 9 dias 1 2 3 8 dias 1 5 dias
7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8
14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 9 10 11 12 13 14 15
21 22 23 24 25 26 27 2ªsérie 18 19 20 21 22 23 24 2ªsérie 16 17 18 19 20 21 22 2ªsérie
28 29 30 31 9 dias 25 26 27 28 29 30 8 dias 23 24 25 26 27 28 29 5 dias
30 31
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nac. da Consciência Negra 14 Feriado Municipal
Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes
Início/Término Janeiro 31 janeiro/férias 30
Planejamento/Replanejamento/Contraturno fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15
Férias julho 18 dez/recesso 12
Recesso dezembro 12 outros recessos 3
Semana Pedagógica Total 68 Total 60
Formação Continuada SEED e NRE
Conselho de Classe / Reunião Pedagógica / Contraturno 1ª Série "A" - 2ª e 4ª feira - 13h15 às 14h 55
Aulas do L.E.M. Espanhol 1ª Série "A" 2ª Série "A" - 3ª e 5ª feira - 13h15 às 14h 55
Aulas do L.E.M. Espanhol 2ª Série "A" Jandaia do Sul, 27 de fevereiro de 2012.
189
8.1. MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 001 - Apucarana MUNICÍPIO: 1220 - Jandaia do Sul ESTABELECIMENTO: 00028 – Colégio Est. Unidade Polo Ensino Fund. e Médio ENDEREÇO: Avenida Anunciato Sonni, nº 2149 – BAIRRO: Guadalajara TELEFONE: (43) 3432-3115 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4039 - ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ANO TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
DISCIPLINAS / ANOS
6º
7º
8º
9º
Arte 2 2 2 2 Ciências 3 3 3 4 Educação Física 3 3 3 3 Ensino Religioso* 1 1 - - Geografia 3 3 3 3 História 3 3 4 3 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4
BASE NACIONAL COMUM
Subtotal 23 23 23 23 L.E.M. – Inglês
2
2
2
2
Subtotal 2 2 2 2
PARTE DIVERSIFI-
CADA Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 *Ensino Religioso – Disciplina de Matrícula Facultativa.
Jandaia do Sul, 10 de agosto de 2011.
190
8.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
O currículo do Ensino Fundamental deve satisfazer as necessidades básicas da
aprendizagem dos educandos, assim como a: água-cidadania, ar-cultura, terra-conhecimento,
fogo-paixão pelo conhecimento são as necessidades vitais para nossa sobrevivência. O
conhecimento artístico, científico e cultural é essencial para o pleno exercício da cidadania. É
crucial o convívio das diferenças sócio-econômicas, étnicas e culturais.
A partir do momento em que não temos todas as classes sociais se encontrando na
escola pública, estamos construindo uma escola para pobres e não uma escola para todos.
A cultura provém basicamente de dois aspectos: um relativo a tradições culturais e
outro ao acervo de conhecimentos culturais: costumes e valores dos diferentes grupos,
experiências, saberes acumulados da história mundial.
Há uma comparação entre o elemento terra e o conhecimento, em que o conhecimento
é direito de todos. Ele pode ser adquirido como “posse da terra” no sentido capitalista, ou no
seu domínio para o convívio social.
É fundamental que a escola recupere, aprenda a descoberta da paixão pelo
conhecimento e a coletividade nesse processo é fundamental.
O professor deve ter garantido um espaço onde narrem suas experiências, reflitam
criticamente sobre práticas e trajetórias vividas, pois a formação cultural destes é parte do
processo de construção da cidadania.
Para a formação adequada do professor é necessária condições dignas de vida,
melhoria salarial, formação continuada e acesso a tecnologia.
Entende-se por fogo o desejo do ser humano na busca do conhecimento enfrentando
desafios e necessitando do coletivo.
O acesso ao conhecimento científico, artístico e cultural e a possibilidade de aprender
se tornar vitais nesse sentido, e é básico que a escola exerça esse papel.
A escola será para todos se conseguirmos criar um ambiente em que todos sejam
acolhidos, respeitando suas diferenças sócio-culturais. Fazer com que os alunos sintam-se
responsáveis.
Dar oportunidade para o aluno promover manifestações culturais, diálogos, palestras,
filmes educativos, excursões, acampamentos, danças, teatros, jogos, etc., alunos com maior
liberdade de expressão.
A escola além de preparar o educando para o exercício da cidadania, tornou-se o
centro de todas as necessidades sociais: hospital, restaurante, assistente social, como também
191
atender todas as reivindicações da sociedade como propaganda, distribuidora de alimentos e
leite para pessoas carentes.
A escola deve retomar seu papel como instituição onde o aluno adquira paixão pelo
conhecimento, cultura e cidadania.
192
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: ARTE
O ensino de Arte é identificado pela visão humanista e filosófica que demarcou as
tendências tradicionalista e escolanovista. Embora ambas se contraponham em proposições,
métodos e entendimento dos papéis do professor e do aluno, ficam evidentes as influências
que exerceram nas ações escolares de Artes. Essas tendências vigoraram desde o início do
século e ainda hoje participam das escolhas pedagógicas e estéticas de professores de Arte.
Entendemos que no Ensino de arte a educação estética (humanização dos sentidos)
pode ser trabalhada como agente integrador, sendo esta uma mediadora do ensino-
aprendizagem, como pensou e agiu Platão, ação esta brilhantemente defendida por Hebert
Read. Levar o homem e reconhecer-se como humano ocorre quando temos acesso aos bens
culturais que a humanidade construiu ao longo dos anos, e entre eles está o conhecimento
artístico. Educar esteticamente consiste em ensinar o Homem a ver, ouvir, movimentar-se,
atuar e sentir, o que não acontece de forma livre e espontânea. Assim, perguntamos: O que
ensinar sobre arte nas escolas? Como ensinar? E como avaliar? O que são conteúdos escolares
e artísticos?
Conteúdos escolares são os saberes universais que constituem o mundo da cultura, e,
entre eles, está a arte. No contexto escolar, o objeto de estudo da disciplina Arte são os
conteúdos específicos contemplados nas diferentes áreas artísticas, entre elas música, dança,
teatro e artes visuais, em um determinado tempo e espaço historicamente construído pelo
Homem. Nesta perspectiva, os conteúdos escolares em arte serão abordados em direção a uma
totalidade e que possa abarcar dois eixos: primeiro, os conteúdos estruturantes (a matéria-
prima, os elementos formais, a composição e as técnicas de cada uma das linguagens
artísticas); e segundo, a abordagem sócio-histórica (artistas, obras, época, gênero e
movimentos e períodos históricos).
É fundamental que como professores de Arte conheçamos e organizemos o conteúdo da
disciplina que lecionamos para que, a partir dele, possamos construir caminhos para torná-lo
mais acessível à apropriação deste pelos alunos. A sistematização e organização curricular dos
conteúdos em Arte não consiste de uma listagem linear e estanque, mas sim de uma diretriz,
um caminho que possa promover a apreensão, subjetivação e objetivação teórica e prática do
saber artístico, de forma gradativa e que aos poucos possa ser aprofundada.
A nossa ação pedagógica em sala de aula, conforme o encaminhamento metodológico
193
que abaixo descrevemos, propicia a práxis artística (unidade entre a teoria e a prática
artística), por meio de vivências e do entendimento histórico e teórico das experiências
vivenciadas. Acreditamos que o docente do ensino fundamental vivenciando experiências
pedagógicas, didáticas e artísticas, ou seja, participando deste processo consegue conduzir o
processo ensino-aprendizagem de forma mais completa.
Entretanto, historicamente a disciplina Arte enfrenta a dificuldade de sua singularidade
quanto ao espaço de trabalho, pois, cabe à escola, em conjunto com o professor, promover
espaços sociais e tempo para o desenvolvimento das atividades artísticas, de acordo com os
instrumentos, técnicas e materiais, considerando-se as seguintes especificidades: a linguagem
artística a ser trabalhada e o nível e modalidade de ensino a ser contemplado.
Histórico
Desde o desembarque dos primeiros Jesuítas na Bahia em 1549, têm sido utilizados
recursos pedagógicos da arte na Educação. Durante o período colonial a companhia de Jesus
aplicava os ensinamentos de arte e ofícios por meio da retórica, literatura, música, teatro,
dança, pintura, escultura, e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da idade média e
renascentista, dando ênfase a produção local.
Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, muda o panorama.
Funda-se a Academia de Belas Artes por um grupo de pintores franceses na qual os alunos
poderiam aprender as artes e ofícios artísticos em estilo neoclássico, propunham exercícios de
cópia e reprodução de obras consagradas. No Paraná em 1886 foi criada a Escola de Belas
Artes e indústria por Antonio Mariano de Lima contribuindo para o bom desempenho das
artes plásticas e música. Após a proclamação da república em 1890 os positivistas
valorizavam o ensino de arte e o desenho geométrico. Nas primeiras décadas da república
ocorreu a semana de arte moderna em 1922. Um importante marco para a arte brasileira
associados aos movimentos nacionalistas da época.
Com o trabalho do músico e compositor Villa Lobos, o ensino da arte se generalizou e
uma mesma metodologia foi adotada na maioria das escolas brasileiras, tornou-se obrigatório
o ensino de música através do canto orfeônico. Em 1956, a antiga Escola de Arte de Guido
Viaro passa a denominar-se Centro Juvenil de Artes Plásticas, ligado ao Departamento de
Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Paraná a partir da década de 1960, as
produções e movimentos artísticos se intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os
194
movimentos contrários a elas; na música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o
Teatro Oficina e o Teatro de Arena de Augusto Boal e no cinema, com o Cinema Novo de
Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova
realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime
militar. Com o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos e
vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao regime foram
perseguidos e exilados. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7°
determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a
partir da 5a série) e do Ensino Médio, na época denominados de 1º e 2º Graus,
respectivamente. As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas
dimensões artística, filosófica e científica e articulam-se com políticas que valorizam a arte e
seu ensino na rede estadual do Paraná. Um exemplo dessas políticas é a Instrução Secretarial
n. 015/2006 que estabelece o mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as
disciplinas do Ensino Médio,proporcionando maior equidade entre elas, o que resultou no
aumento do número de aulas de Arte. Além disso, os livros de literatura universal e os livros
de fundamentos teórico-metodológicos de todas as áreas de arte enviados às escolas da rede; a
produção e distribuição do Livro Didático Público de Arte; o acesso, nas escolas, a
equipamentos e recursos tecnológicos (computador, TV, portal, canais televisivos); a
diversificação das oportunidades de formação continuada com os grupos de estudo autônomos
e os simpósios e seus mini-cursos ampliam as possibilidades de estudar e estimulam os
estudos do professor pesquisador.
204
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As propostas de arte serão desenvolvidas através de atividades práticas, visando à
criatividade, espontaneidade, estética e o conhecimento.
Logo após a compreensão dos conceitos teóricos do assunto a ser estudado, os alunos
desenvolverão atividades práticas que favoreçam o conhecimento mais profundo da teoria
aplicada.
As atividades serão efetuadas na sala de aula, por não ter na escola sala especial para
o desenvolvimento das mesmas. Algumas das atividades serão feitas individualmente e outras
no coletivo, visando o bom desempenho também nos trabalhos em grupo.
Os conteúdos estão organizados de forma que contemple todas as áreas. Para isso
foram selecionados conteúdos a serem aprofundados em cada semestre. Neste sentido, o
trabalho no Ensino Fundamental propõe um caminho novo para entender o fazer humano
durante a sua jornada pela história, de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos.
.Além da metodologia citada acima, conforme a Lei nº 10.639 de 30 de janeiro de 2003
e a complementar nº 11645 de 2008 serão destacados conteúdos de bogolam (Estamparia)
característica dos povos africanos, e o trançado das cestarias indígena contemplando as
culturas afro e indígena.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina Arte apresenta duas funções: a diagnóstica e processual.
Na função diagnóstica, a qual é processual, contínua, permanente e cumulativa, tem-se como
ponto de partida os conhecimentos artísticos construídos historicamente pelo Homem e
expressos na escola como conteúdo artístico. Já como ponto de chegada, está a apreensão
destes conteúdos pelos alunos a partir da sistematização e mediação dos mesmos pelo
professor na relação ensino-aprendizagem. E a processual por pertencer a todos os momentos
da prática pedagógica. A avaliação baseia-se na reflexão e no questionamento da práxis
artística que foi desenvolvida no encaminhamento metodológico pelo professor. Desta forma,
além de ensinar, também cabe a nós avaliar o ensinar e o aprender durante o processo de
desenvolvimento do trabalho pedagógico da disciplina arte, tornando consciente ao aluno o
que foi aprendido e a nós o que foi ensinado.
Entretanto, avaliar também consiste em construir uma síntese (sistematização do
conhecimento apreendido) do que os alunos estão aprendendo, sem nenhum julgamento, a
205
qual pode ser: descritiva e por meio de registro. A avaliação descritiva comunica o andamento
do processo ensino-aprendizagem, comparando-se o que o aluno sabia no início do processo e
os saberes que adquiriu durante este movimento. Já na avaliação por registro, tudo o que é
vivenciado e produzido pelo aluno é registrado de forma concreta e material, por exemplo:
fotos, portfólio, obras artísticas produzidas e gravações de vídeo e áudio, entre outras.
Toda avaliação das diferentes linguagens artísticas pode ser realizada por duas formas:
a informal e a formal. Na informal, o discente manifesta os conteúdos escolares que foram
aprendidos e o docente os que foram ensinados; e na formal, o docente seleciona os conteúdos
trabalhados e verifica se houve ou não aprendizagem pelo discente, e para tal utiliza-se de
diversos instrumentos de avaliação, tais como: ficha de registro e de observação,
dramatização, auto-avaliação, relatos, vivências, sínteses, etc.
Mas ainda indagamos: como sabemos que o aluno aprendeu? Como ele expressa esta
aprendizagem? Creio que nesta situação, torna-se necessário que critérios de avaliação sejam
estabelecidos, para que haja clareza dos conteúdos que o aluno apreendeu ou não, e daqueles
que está a caminho de apreender ou não, desde que o foco esteja no processo e não no
resultado da práxis pedagógica artística. Assim, o aluno expõe os diferentes níveis de
apropriação e aprofundamento que efetivou ou não, e que pode vir a realizar. Como critérios
de avaliação, destacamos: a vivência e produção de diferentes trabalhos artísticos, o
desenvolvimento da sensibilidade do homem, a apreensão de produtos artísticos que o
indivíduo construiu em suas práticas sociais e ao longo do tempo e espaço histórico, o
desenvolvimento e aprimoramento dos órgãos dos sentidos para compreensão, criação,
produção e fruição do trabalho artístico e a valorização da função social do artista, sua obra e
seu tempo e espaço histórico, para a coletividade e para si próprio.
Desta forma, concluímos que não basta aprender um conteúdo escolar para
mensuração de notas e aprovação de ano escolar, embora estas precisem existir no contexto
escolar; é primordial ir além disso, ou seja, de aprender um conteúdo escolar em função de
uma necessidade social e a compreensão e utilização do mesmo, rumo a uma intervenção e
transformação na sociedade e em si mesmo.
CRITÉRIOS:
Serão avaliados através de pesquisa, composições, produções, e prova escrita,
avaliações estas que irão formar as notas, as quais somadas resultarão na média final.
Pesquisa: 3,0 pontos
206
� composições: 3,0 pontos
� produções; 2,0 pontos
� Prova escrita: 2,0 pontos
A recuperação será paralela e acontecerá sempre que for observada a não apropriação dos
conteúdos de um dos blocos de estudo.
RECURSOS DIDÁTICOS
Livro Didático Público: Arte – Ensino Médio 2a Edição Secretaria de Estado da Educação
� Laboratório de informática (Multimídia Caras: História da Arte Volumes de 01 a 12 –
Internet – InfoArt)
� TvPendrive
� Aula expositiva complementada com quadro e giz.
� Radio
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
Pesquisa;
� composições
� produções
� Prova escrita.
5. REFERÊNCIAS
http://artes.seed.pr.gov.br/
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/genre.php?genreid=18
Lei nº 10.639, de janeiro de 2003 História e Cultura Afro-brasileira
Lei complementar nº 11.645 de 2008 História e Cultura Indígena
Lei 9795 de 1999 Inclusão
207
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
Secretaria do Ensino Fundamental – SEF 2008
PROENÇA, Graça – Descobrindo a História da Arte – 2ª ed.São Paulo, Ática 2008,
(Biblioteca do CEJS – 2 exemplares).
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.2005.
ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual, uma psicologia da visão criadora.3. ed. São
Paulo.Pioneira l986.
MARTINS, Mirian Celeste. - Didática do ensino da arte A língua do mundo; poetizar, fruir,
e conhecer arte. F.T.D. 1998.
DONDIS, A. Donis. Sintaxe da linguagem visual . ed. Martins Fontes.
NEVES, Iara Conceição Bittencourt.(org). Ler e escrever compromisso de todas as áreas.
Ed. Da Universidade UFRGS. 4ª edição. Porto Alegre.1998.
ALMEIDA,Betânio de. A educação estético visual no ensino escolar. Ed. Livros
Horizontes, 1980.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo. Ática, 1985.
BECKETT, Wendy, História da Pintura. São Paulo: Editora Ática, 1997.
CUMING, Robert. Para Entender Arte. São Paulo: Ática, 1998
LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO – ARTE – ENSINO MÉDIO. Secretaria de Estado da
Educação. do Paraná. Curitiba 2006
.
DIRETRIZES CURICULARES DA REDE PÚBLICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO
PARANÁ, Curitiba 2008
LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo. ed summus 1986.
208
BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. São Paulo: Perspectiva, 2001.
VIOLA Spolin, Improvisação para o teatro. Ed Perspectiva, São Paulo 1963.
LEITE, Luiza Barreto. O Teatro na Educação Artística. Ed Achiamé Rio de Janeiro 1980.
BOAL, Augusto. 200 exercícios através do teatro.13ª edição,Ed Civilização Brasileira Rio de
Janeiro 1997.
209
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: CIÊNCIAS
A observação da Natureza e dos fenômenos naturais caracteriza o objetivo da
disciplina de Ciências. A interpretação dos fenômenos naturais, as relações entre esses
elementos e a vida, assim como a co- relação tempo, espaço, matéria, forças e energia são
áreas de trabalho para o estudo das Ciências Naturais.
O desmembramento de todas as possíveis relações entre os itens anteriormente
citados é um vasto e rico material a ser trabalhado, e para quem não é do meio científico,
somente através do método científico tornou possível sua organização, compreensão e
transmissão.
A apropriação sistematizada do conhecimento historicamente construído proporciona
ao “ser humano uma cultura científica de repercussões sociais, econômicas e políticas”
DCE pag 41, que vai se aprimorando e se lapidando conforme novas questões
contemporâneas forem surgindo e exigindo novos pareceres à luz do conhecimento
científico. Isso conota a provisoriedade e a constante construção dos saberes.
Dimensão Histórica da Disciplina de Ciências
Contar e recontar os primórdios da historio da Ciências, nos remete à própria História
Humana, porem se nos ativemos a organização estabelecida por Gaston Bachelard (1884 –
1962), o conhecimento científico é dividido em três grandes períodos, o pré- cientifico que
abrange” a busca da superação das explicações míticas, com base em sucessivas
observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso
registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII.
Dentre inúmeras publicações Corpus Aristotelicum, de Aristóteles; Almagesto, de
Ptolomeu (1515); De Humani Corporis Fabrica, de Vesálius (1543); Systema Naturae, de
Lineu (1735); podem representar este período, em que se registrava o conhecimento
científico em grandes obras que o divulgava.
. O segundo grande período, chamado de estado científico, em que “o método
científico, como estratégia de investigação, é constituído por procedimentos experimentais,
levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em leis ou teorias. Isso produz
um conhecimento (científico) a respeito de um determinado recorte da realidade, o que
rompe com a forma de construção e divulgação do conhecimento feita no período pré-
científico.” DCE pag 46.
210
Nesse período buscou-se uma uniformização de metodologia, sendo questionados os
modelos explicativos construídos e utilizados no período pré- científico, pois a nova visão
científica tinha o Universo como infinito e o mundo mutável. No entanto não era inegável a
contribuição do conhecimento do período pré- científico como os estudos da geração
espontânea, retomada por Pasteur, entre tantos outro exemplos.
O terceiro período abrange o estado do “novo espírito científico” em que, segundo
Sevcenko ( 2001), “mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas
ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de dois terços após a Segunda Guerra
Mundial. Ainda, cerca de setenta por cento de todos os cientistas, engenheiros, técnicos e
pesquisadores formados desde o início do século XX ainda estão vivos, continuam a
contribuir com pesquisas e produzir conhecimento científico.” DCE pag 49
No Brasil o ensino de modo geral passou por várias fases, evoluindo como em todo o
mundo, e sendo influenciado pelo Estado, regimes vigentes e por filosofias das mais
diversas correntes.
“ O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação
na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes
profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades
contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO, 2005, p. 162).
No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração
de campos de referência como a Biologia, a Física, a Química, a Geologia, a Astronomia,
entre outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que
ultrapassam os campos de saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins
educacionais e fins sociais” (MACEDO e LOPES, 2002, p. 84), de modo a possibilitar ao
educando a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da investigação da
Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.
Apesar da consolidação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar
e dos investimentos em pesquisas científicas desde os anos de 1950, na década de 1980 o
ensino de Ciências orientava-se por um currículo centrado nos conteúdos e atrelado a
discussões sobre problemas sociais que se avolumaram no mundo, o que mudava
substancialmente os programas vigentes. Isso ocorreu porque as crises ambientais, o
aumento da poluição, a crise energética e a efervescência social, manifestada em
movimentos como a revolta estudantil e as lutas antissegregação racial, ocorridas entre
211
1960 e 1980, determinaram profundas transformações nas propostas das disciplinas
científicas em todos os níveis de ensino (KRASILCHIK, 2000, p. 89).
O objetivo primordial do ensino de Ciências, anteriormente focado na formação
do futuro cientista ou na qualificação do trabalhador, voltou-se, neste momento histórico, à
análise das implicações sociais da produção científica, com vistas a fornecer ao cidadão
elementos para viver melhor e participar do processo de redemocratização iniciado em
1985.
O método científico fortemente marcado e utilizado como estratégia de investigação
no ensino de Ciências cedeu espaço para aproximações entre ciência e sociedade, com
vistas a correlacionar a investigação científica a aspectos políticos, econômicos e culturais.
Nesse sentido, em termos práticos, o currículo escolar valorizou conteúdos científicos mais
próximos do cotidiano, no sentido de identificar problemas e propor soluções.
Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado
do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para
o ensino de 1° grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia históricocrítica. Este
documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do Paraná, visando
debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento
metodológico. Esse programa analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.
O Currículo Básico, no início dos anos 1990, ainda sob a LDB n. 5692/71, apresentou
avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando sua legitimidade e
constituição de sua identidade para o momento histórico vigente, pois valorizou a
reorganização dos conteúdos específicos escolares em três eixos norteadores e a integração
dos mesmos em todas as séries do 1º Grau, hoje Ensino Fundamental, a saber, 1. Noções de
Astronomia; 2. Transformação e Interação de Matéria e Energia; e 3. Saúde - melhoria da
qualidade de vida.
Com a promulgação da LDB n. 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases para a
Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que
propunham uma nova organização curricular em âmbito federal.
O Currículo Básico para o Estado do Paraná foi, oficialmente, substituído pelos PCN
cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina de Ciências, pois,
nesse documento o quadro conceitual de referência da disciplina e sua constituição histórica
como campo do conhecimento ficaram em segundo plano.
Com os PCN, os conteúdos escolares das Ciências Naturais foram reorganizados em
eixos temáticos, a saber: 1. Terra e Universo; 2. Vida e Ambiente; 3. Ser humano e Saúde;
212
e, 4. Tecnologia e Sociedade. No entanto, o ensino desses conteúdos sofreu interferência
dos projetos curriculares e extracurriculares propostos por instituições, fundações,
organizações não-governamentais (ONGs) e empresas que passaram a intervir na escola
pública nesse período histórico de orientação política neoliberal.
Além disso, tal proposta considerava que tudo que fosse passível de aprendizagem na
escola poderia ser considerado conteúdo curricular. O conceito de conteúdo curricular
passou a ser entendido, então, em três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal.
Neste momento histórico houve a supervalorização do trabalho com temas, como por
exemplo, a questão do lixo e da reciclagem, das drogas, dos valores, da sexualidade, do
meio ambiente, entre outros. Entretanto, os conceitos científicos escolares que
fundamentam o trabalho com esses temas não eram enfatizados.
A ênfase no desenvolvimento de atitudes e valores, bem como no trabalho
pedagógico com os temas transversais, esvaziaram o ensino dos conteúdos científicos na
disciplina de Ciências. Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário
político nacional e estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com
objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma
nova identidade para o ensino de Ciências.
A versão definitiva das Diretrizes Curriculares de 2008 é o amparo para a organização
dos planos de trabalho docente e direcionamento dos conteúdos estruturantes e básicos.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Foram elencados os conteúdos estruturantes entendidos como saberes fundamentais,
capazes de organizar os campos de estudo da disciplina, essenciais para a compreensão do seu objeto
de estudo e de suas áreas afins:
- Astronomia
- Matéria
- Sistemas Biológicos
- Energia
- Biodiversidade
CONTEÚDOS BÁSICOS:
6º ano:
Universo, Sistema Solar, Movimentos Terrestres, Movimentos Celestes, Astros.
213
Constituição da Matéria.
Níveis de Organização.
Formas de Energia, Conservação da Energia, Transformação da Energia.
Organização dos Seres Vivos, Ecossistemas e Evolução dos Seres Vivos.
7º ano:
Astros, Movimentos Terrestres, Movimentos Celestes.
Constituição da Matéria.
Célula, Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos.
Formas de Energia, Transformação de Energia.
Origem da Vida, Organização dos Seres Vivos e Sistemática.
8º ano:
Origem e Evolução do Universo.
Constituição da Matéria.
Célula, Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos.
Formas de Energia.
Evolução dos Seres Vivos.
9º ano:
Astros, Gravitação Universal.
Propriedades da Matéria.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos, Mecanismos de Herança Genética.
Formas de Energia, Conservação da Matéria.
Interações Ecológicas.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A aprendizagem dos conteúdos depende em grande parte do comportamento do
professor, pois ele é o mediador no processo ensino-aprendizagem e, também depende da postura do
aluno frente ao seu aprendizado.
Sabemos hoje que o estudante constrói ativamente seu conhecimento a partir de um
saber prévio que ele traz para a escola. Por isso, o que ele sabe inicialmente é de importância
fundamental para a aprendizagem de novos conceitos.
214
O ensino de Ciências, nesta perspectiva, deve ser um meio para que professores e alunos
compreendam criticamente as inter-relações, fenômenos e objetos da Ciência. Isto deve ser
concretizado a partir dos conteúdos abordados em cada série no decorrer do ano letivo que
metodologicamente conduzem ao processo ensino-aprendizagem e a do Meio Ambiente, da
valorização do relacionamento com respeito aos diversos grupos étnico-raciais, sendo capazes de
corrigir posturas, atitudes e palavras que impliquem desrespeito e discriminação ( Lei 10.639/03),
(Lei 11.645/ 08) e ( Lei 9.795/99)
O professor deve facilitar o processo de aprendizagem selecionando experiências
apropriadas, encorajando o debate, estimulando os alunados a apresentarem seus pontos de vista,
expondo temas selecionados, informando, apontando relações, questionando a classe com perguntas
e problemas desafiadores, trazendo exemplos, usando textos variados, ilustrações, fitas de vídeo,
DVD, pesquisas, transparência, entrevistas, jogos e atividades interdisciplinares desenvolvidas
através dos projetos: AGRINHO, gincana cultural e ecológica, manifestos ecológicos, por exemplo.
Para que o conteúdo específico de Ciências seja assimilado em toda sua “complexidade
de relações conceituais”, não separados por áreas de conhecimento, mas transmitindo ao alunado
uma visão abrangente da disciplina, o professor de Ciências deve fazer uma intermediação com uso
de estratégias que estabeleçam relações interdisciplinares e contextualizadas com questões na área de
tecnologia, vida em sociedade, cultura e ética.
Todos esses procedimentos metodológicos e outros que possam surgir no decorrer do ano
letivo visam contribuir para desenvolver nos alunos, uma consciência crítica, reflexiva e ativa,
promovendo o respeito mútuo, o respeito ao outro e a possibilidade de falarmos sobre nossas
diferenças sem medo, sem receio e sem preconceito.
Recursos Pedagógicos:
Tv Paulo Freire;
Portal Dia a Dia da Educação.
DCEs
Projeto Araribá – Produção Coletiva
Livro didático atual ( Fernando Gewandsznajder – 20011 a 2013)
215
Revista Veja
Jornal Tribuna Popular
Jornal Folha de Londrina
4. AVALIAÇÃO
O senso comum, apenas, não é suficiente para julgarmos o desempenho do aluno, por
isso, estabelece-se parâmetros para uma avaliação mais competente, tornando possível um maior
desenvolvimento do indivíduo.
A avaliação deverá mensurar o quanto o aluno se apropriou dos conteúdos propostos, e se
dará ao longo do processo de ensino-aprendizagem, sendo esse processo de forma sistemática e
gradativa a partir de critérios estabelecidos pelo professor considerando o processo cognitivo, as
relações e integrações estabelecidas pelo aluno em seu cotidiano.
Desse modo a avaliação deverá ser:
• Um processo contínuo e sistemático, portanto, deve ser constante e planejada,
fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno;
• Funcional, porque verifica se os objetivos previstos estão sendo atingidos;
• Orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigi-los;
• Integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não apenas os aspectos
cognitivos são analisados, mas igualmente os comportamentais e a habilidade
psicomotora;
• Diagnóstica, pois permite a retomada aos conteúdos não assimilados, revendo a prática
utilizada e assim recuperando o conteúdo não apropriado pelo aluno.
INSTRUMENTOS
Prova escrita – É uma forma eficaz de avaliar se o aluno aprendeu o conteúdo.
216
Prova oral – Pode ser desenvolvida por entrevista e questões respondidas oralmente,
avaliando conhecimentos e habilidade de expressão oral. O número de perguntas formuladas deve
ser limitado, para que todos os alunos tenham a oportunidade de participar. Por não haver registro
escrito e por ser uma avaliação imediata, a prova oral caracteriza-se, em relação às demais
modalidades de avaliação, pela maior subjetividade.
Trabalhos de pesquisa feitos em casa e em sala de aula – Devem ser avaliados com
reserva, pois nem sempre é o aluno quem executa o trabalho sozinho. Assim é interessante que, após
a entrega, o aluno ou grupo descreva as etapas do trabalho, as dificuldades de execução, as fontes,
etc. A participação da família deve ser orientada e incentivada.
Trabalhos em grupo– ajudam a reforçar o aprendizado, pois motivam o aluno à
reflexão e à prática. O professor precisa corrigir as atividades rapidamente, para comentar as
diferentes respostas enquanto o assunto ainda estiver “fresco” na memória dos alunos e o interesse
“vivo”.
Trabalhos integrados – Com o termo “integrado” queremos sugerir que determinadas
tarefas sejam realizadas (em grupo ou individualmente) em conjunto com outros alunos. O professor
de Ciências pode propor um trabalho em conjunto com História, por exemplo, sugerindo um tema
comum a essas disciplinas.
Simulado: a cada semestre será aplicado um simulado de todas as disciplinas, no valor
2,0 ( dois pontos), contendo 5 questões de múltipla escolha.
Mostra cultural: trabalho integrado, em que todos os alunos do colégio se mobilizam
para fazerem apresentações culturais variadas, definidas em reuniões que possibilitem a todos
desenvolver capacidades de pesquisa e apresentação de algum tema cultural.
A avaliação do processo de construção de conceitos pode ser efetivamente realizada
ao solicitar ao aluno que interprete situações determinadas, cujo entendimento demanda os conceitos
que estão sendo discutidos, ou seja, que interprete uma história, uma figura trechos de textos, uma
situação-problema ou um experimento. São situações que também induzem a realizar comparações,
estabelecer relações, executar determinadas formas de registro, entre outros procedimentos que
desenvolveu no transcorrer de sua aprendizagem.
O erro ou o engano precisa ser tratado não como incapacidade de aprender, mas como
elemento que sinalize ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para reorientar a
prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais adequada de seu conhecimento.
217
5. REFERÊNCIAS
Projeto Político Pedagógico Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio.
2011
REGIMENTO ESCOLAR, Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio.
2011
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências da Educação
Básica/ superintendência da Educação, 2008
SANTOS, W. L. P. e MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem –
PCN, no contexto da educação brasileira. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências. V.02, n.2,
dez. 2002. Disponível em http://www.fae.ufmg.br.PDF. Último acesso em 05/10/2006.
CARVALHO, A. M. P. e GIL-PÉRES, D. Formação de professores de ciências. São Paulo: Cortez,
2001.
VALE, J. M. F. Educação científica e sociedade. In: Questões atuais no ensino de ciências
(Educação para a ciência). Roberto Nardi (org.). Educação São Paulo: Escrituras Editora, 1998.
CARAZAS, R. G. R. A escola como poder (artigo). Revista Profissão Docente Online. Disponível
em http://www.Uniube.br/institucional/proreitoria/propep/revista/vol03 Último acesso em
25/01/2006.
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo do Estado do Paraná.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos.
Documento de inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira.
218
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
A história da Educação Física no Brasil nos remete à época do descobrimento
e a escravidão de índios e negros, onde seus escravistas queriam impor hábitos e práticas
diferentes a que sua cultura os habituava. Depois pela Ginástica Alemã, com a tentativa de dar
a importância ao intelecto e o físico do homem, tinha a função higienista. Com a tentativa de
buscar o interesse do aluno veio a escolanovismo. Mas com ditadura militar, a educação
baseou-se na Pedagogia Tecnicista com princípios racionais, e como meta a eficiência e
produtividade com a finalidade de atingir uma melhor performance esportiva.
Nos tempos atuais a Educação Física Escolar, entendida como área de
conhecimento que introduz e integra o aluno na cultura corporal do movimento, tem como
máxima proporcionar aos educadores atividades diversificadas das manifestações corporais,
contribuindo desta forma na construção de uma autonomia que possibilitará ao aluno adaptar
as atividades às realidades e possibilidades de suas características físicas, psíquicas,
cognitivas, sociais e econômicas.
Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na construção de
valores conceituais, entre eles: ética, higiene, identidade cultural, respeito ao meio ambiente,
orientação sexual e relações de trabalho e consumo.
Percebe-se que a Educação Física Escolar, pode contribuir de forma significativa para o
desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é necessário que toda a comunidade escolar a
assuma como área de conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso da
educação formal.
Sendo assim as diversas formar de manifestações da cultura corporal podem ser
reproduzidas, transformadas e construídas, aumentando as possibilidades de inclusão nas
aulas de Educação Física
Objetivos Gerais
• Contribuir para desenvolvimento geral do educando, dimensionando a Educação
Física Escolar, para além de uma visão somente prática e seletiva, valorizando os
aspectos afetivos, cognitivos, sociais, culturais e econômicos dos alunos.
• Relacionar a diversidade de manifestações da cultura corporal de seu ambiente e de
outros, com contexto em que são produzidas e valorizadas.
• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido.
219
• Ampliar o campo de intervenção da Educação Física, para além das abordagens
centradas na motricidade.
• Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes
e estejam de acordo com a capacidade congniscitiva do aluno.
• Analisar, compreender e manipular os elementos que compõem as regras como
instrumentos de criação e transformação.
• Desenvolver as práticas corporais, tendo como princípio básico o desenvolvimento
do sujeito unilateral.
• Promover a inclusão.
• Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o
coletivo.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
6º ano
CONTEÚDOS/ESTRUTURANTES CONTEÚDOS/BÁSICOS
Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
220
7º ano
CONTEÚDOS/ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS/BÁSICOS
Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
Capoeira
221
8º ano
CONTEÚDOS/ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS/BÁSICOS
Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador
Capoeira.
9º ano
CONTEÚDOS/ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS/BÁSICOS
Esporte Coletivos
Radicais
Jogos e Brincadeiras Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
222
Dança Danças criativas
Danças circulares
Ginástica Ginástica rítmica
Ginástica geral
Lutas Lutas com instrumento mediador
Capoeira
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os Conteúdos Estruturantes propostos pelas DCEs – esporte, dança, ginástica,
lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os
alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade
corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
Ao tratar dos conteúdos propostos, as aulas têm como objeto de ensino as
manifestações corporais e sua potencialidade formativa, para firmar valores e sentidos que
melhorem a formação do aluno e evitem discriminação, produzindo um espaço pedagógico
repleto de significados
O professor de Educação Física pode ser um mediador para sistematizar, organizar
e produzir uma cultura conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a
comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. Todos estes elementos, de forma direta
ou indireta estão pautados na corporalidade, entendida como expressão criativa e consciente
do conjunto de manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais, possibilitando a
comunicação e a interação do sujeito com o outro, com seu meio social e natural.
4. AVALIAÇÃO
Processo contínuo e sistemático de obter informações, de diagnosticar
progressos, de orientar os alunos para a superação de suas dificuldades.
223
Serão utilizados instrumentos e técnicas diversificadas como trabalhos em
grupos, participação em atividades extraclasse, discussões debates e avaliações teóricas e
práticas.
Avaliação no dia a dia da participação, o acato as regras.
A recuperação dos conteúdos será paralela, e equivalente ao peso das avaliações
trimestrais previstas no Projeto Político Pedagógico e conforme o Regimento Escolar.
5. REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física, Cadernos
CEDES, v. 19, n. 48 Campinas, 1999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação, Diretrizes
curriculares da Educação Básica. Educação Física; 2008.
Introdução às diretrizes curriculares. Profª Yvelise F. S. Arco-Verde (org.), Curitiba.
SEED, 2006.
224
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO
Na disciplina de Ensino Religioso o encaminhamento metodológico propõe
planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem trabalhados em sala de aula.
Uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de
investigação, análise e ensino.
O Ensino Religioso, valorizando o pluralismo e a diversidade cultural presente
na sociedade brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem, o transcendente
na superação da finitude humana e que determina subjacentemente o processo histórico da
humanidade, assim umas das problematizações propostas é a abordagem do conhecimento
religioso, tendo como objetivo de estudo Sagrado que será a base a partir da qual serão
trabalhados os conteúdos, proporcionando o conhecimento dos elementos básicos que
compõe o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto
do educando. Aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é função de estudo
superando a idéia do Ensino Religioso como função catequética e a idéia é trabalhar com
valores humanos e princípios éticos, avançando para o Ensino Religioso, como
conhecimento religioso. Analisando o papel das tradições religiosas na manutenção das
diferentes culturas e manifestações socioculturais, possibilitando esclarecimentos nas
tradições religiosas de matriz Oriental, Ocidental, Africana e Indígenas e o Fenômeno
Religioso no Ensino Religioso e no cotidiano na sala de aula, buscando a superação das
tradições aulas de religião e entender essa disciplina como processo pedagógico cujo
enfoque é entendido cultural sobre o sagrado e a diversidade religiosa.
Tendo como foco o Fenômeno Religioso define como objetivo de estudo o
Sagrado como foco do Fenômeno Religioso, por contemplar algo que está presente em
todos ás tradições religiosas, favorecendo, assim uma abordagem ampla dos conteúdos
específicos da disciplina. O Sagrado perpassará todo currículo de Ensino Religioso, de
modo a permitir uma análise mais completa de sua presença nas diferentes manifestações
religiosas.
225
2. CONTÉÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
A forma de apresentação dos conteúdos específicos, explicita a intenção a partir de
abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco
conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de manifestações
religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da comunidade.
Paisagem Religiosa
Universo simbólico Religioso
Texto Sagrado
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares Estaduais de Ensino Religioso para os anos finais do Ensino
Fundamental deve ser desenvolvido de modo que permita que os alunos compreendam que o
sagrado integra o sentimento e a racionalidade , culminando em uma dimensão de totalidade.
Dessa forma a prática envolve procedimento de problematização, observação, registro,
análise, descrição, representação e pesquisa sobre os conteúdos a serem desenvolvidos.
O Ensino Religioso oferece aos alunos os estímulos para que se desenvolvam sua
capacidade de análise crítica sobre a realidade que o cerca redimensionando o papel do
educando na sociedade.
4. AVALIAÇÃO A avaliação é concebida como parte integrante é indissociável de todos os momentos
do processo ensino/aprendizagem. Tem como função diagnosticar e orientar a intenção
pedagógica. Apresenta também função socializadora e formativa no processo da construção
do conhecimento.
No Ensino Religioso a avaliação não se ocupa em gerar notas, nem aprovar ou
reprovar, mas em verificar e conduzir o processo de aprendizagem.
226
Para o educando conhecer a própria religião e a religião do outro pode ser instrumento
necessário para o convívio pacífico e respeitoso entre as pessoas de diferentes crenças e
culturas.
5. REFERÊNCIAS
Parâmetros Curriculares Nacionais Editora CAM – Ave Maria – S.P.1997.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
SEED/2008.
Ensino Religioso, capacitação para um novo Milênio – Fórum Nacional Permanente do
Ensino Religioso.
Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003.
227
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: GEOGRAFIA
O objeto de estudo da geografia é o planeta Terra, bem como, as alterações provocadas
por fatores naturais, e, principalmente pelo Homem, ou seja, o espaço geográfico.
Estabelecer relações com a natureza fez parte das estratégias de sobrevivência dos grupos
humanos, que, através da observação foram adquirindo um melhor entendimento da dinâmica
dos elementos naturais, tais como: a dinâmica das estações do ano, a dinâmica dos ventos, o
movimento das marés, as variações climáticas. Conhecimentos que os ajudaram numa relação
maior com a natureza e modificá-la em benefício próprio.
“Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser
singular, que atua no Mundo a partir do modo como o compreende e como dele é possível participar” (DCE-
2008)
Os Mesopotâmicos e Egípcios, por exemplo, analisaram os regimes fluviais dos rios
Tigre e Eufrates e Nilo respectivamente, associado aos estudos de geometria, para demarcarem
áreas de cultivo, já que as cheias desses rios contribuíam para o processo de irrigação de áreas
agricultáveis.
As incursões marítimas pelo Mediterrâneo e posteriormente pelo Atlântico, também
necessitaram de um maior conhecimento geográfico, com o intuito de expansão do Mundo
Conhecido até a Antiguidade Clássica, como forma de ampliação das fronteiras políticas e
econômicas.
Dessa forma a apropriação os conhecimentos geográficos é muito mais que um saber
escolar, pois o mesmo vincula-se diretamente com a vida do aluno, que detentor deste saber,
pode sem dúvida utilizá-lo como ferramenta de transformações pessoal, e, principalmente
social do Mundo no qual se insere.
Dessa forma, a disciplina de geografia pretende:
* Desenvolver no aluno o conhecimento científico e tecnológico objetivando uma
postura crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e ação, formação de
hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável e manutenção de
seu habitat.
* Reconhecer o ser humano como agente de transformações intencionais por ele
produzidas em seu ambiente, sabendo que todo conhecimento científico produzido é fruto do
estudo e tecnologias de cada época histórica.
* Desenvolver no aluno o espírito de conhecimento da história da geografia no
desenvolvimento da humanidade.
228
* Ampliar as noções espaciais que já foram desenvolvidas nos anos iniciais desse nível
de ensino.
* Desenvolver a capacidade de analisar os fenômenos geográficos e compará-los em
diferentes instâncias.
*Promover o domínio do conhecimento relativo a biodiversidade e as relações
ecológicas. Da mesma forma, estabelecer uma visão analítica referente a variabilidade
climática e suas regiões de domínio.
* Elaborar uma análise crítica sobre a pesquisa científica, dos avanços científicos e
tecnológicos. Desta forma poderá ter clareza sobre as transformações sociais e físicas no
planeta.
*Estabelecer idéias sobre a Educação ambiental e o desenvolvimento humano, social,
político e econômico.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTE/BÁSICOS DA DISCIPLINA
A disciplina de geografia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre si
e com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes.
Os Conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem
hierarquizados.
“Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do
conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de geografia, porque demarcam
e articulam o que é próprio do conhecimento geográfico”.(DCEs /PR).
Os mesmos são:
1- Dimensão econômica do espaço geográfico
• Deve possibilitar ao aluno a compreensão sócio-histórica das relações de
produção capitalista, para que ele reflita sobre as questões
socioambientais, políticas, econômicas e culturais, materializadas no
espaço geográfico.
229
2- Dimensão política do espaço geográfico
• Possibilitar que o aluno compreenda o espaço onde vive a partir das
relações estabelecidas entre os territórios institucionais entre os territórios
que a eles se sobrepõem como campos de forças sociais e políticas.
3- Dimensão Cultural demográfica do Espaço Geográfico
• Perceber a construção cultural singular e também a coletiva, que pode
caracterizar-se tanto pela massificação da cultura quanto pelas
manifestações culturais de resistência.
4- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
• Compreender a gênese da dinâmica da natureza bem como as alterações
nela causadas pelo homem, abordar também as questões da pobreza, da
fome, do preconceito, materializadas no espaço geográfico.
CONTEÚDOS 6º ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A mobilidade populacional e as
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manifestações socioespaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico.
CONTEÚDOS 7º ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
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CONTEÚDOS 8º ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço brasileiro. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios to continente americano. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. O comércio em suas implicações socioespaciais. A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
232
CONTEÚDOS 9º ano
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. A revolução técnico-cientifico-informacionale os novos arranjos no espaço da produção. O comércio mundial e as implicações socioespaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
233
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
- Apresentar os conceitos fundamentais da geografia-paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade, adaptando os mesmos a uma versão mais crítica
- Procurar articular a teoria a prática, de forma, que ambas se complementem numa
perspectiva contextualizada.
- Trabalhar os conteúdos específicos, fazendo uma adequação bastante seletiva dos
mesmos, visando harmonizá-los com os conteúdos estruturantes.Dessa forma dar-se-á um
resultado mais eficaz da prática pedagógica.Ainda é importante salientar que outros conteúdos
podem ser complementares aos programáticos, desde que estejam em articulação com os
primeiros.
Esta adaptação deve ser levada ao campo de discussão sempre que houver uma situação
emergente do campo geográfico, para que ocorra de fato uma justificativa a proposta de
trabalho.
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento
geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um
planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação
(CAVALCANTI,1998).
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento cuja finalidade não é simplesmente aferir ao aluno
uma classificação numérica, ou seja, através de notas ou menções, mais sim tem o intuito da
formação integral do mesmo. Onde as notas são meramente indicadores para retomada da
prática pedagógica adotada pelo docente.
A partir dos levantamentos obtidos através do processo de avaliação, cabe ao
professor uma análise minuciosa das maiores dificuldades e potencialidades no contexto da
sala de aula
A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua, devendo priorizar o
desenvolvimento do cognitivo do aluno, bem como, sua promoção cidadã.
Conceber e utilizar a avaliação em geografia, como instrumento de aprendizagem que
permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
234
Toda avaliação deve ser registrada também, através de testes objetivos e subjetivos,
pesquisas, relatórios, produção de novos saberes através dos conteúdos apropriados e
criatividade.
O processo de recuperação contemplará todo aluno que não obtiver nota 10,0 durante
o processo de avaliação trimestral.
235
5. REFERÊNCIAS
FREIRE-MAIA, N. A Ciência por Dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.
GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico- crítica: primeiras aproximações. Campinas/ SP:
Autores Associados, 1997.
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia. Curitiba. 2006
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como Trabalhar a Lei. Nº 10.639/2003 e as Diretrizes
Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana na Escola. Curitiba. 2006
236
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: HISTÓRIA
A História, enquanto disciplina escolar, terá como espaço de tempo abordado os anos
de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se expor as principais características
do currículo da disciplina, suas permanências e mudanças, juntamente com a inserção da
produção historiográfica nas práticas escolares. Além disso, as sugestões para os conteúdos
estruturantes devem privilegiar campos da investigação da história cultural, social, econômica
e política, com significativa tematização dos mesmos e à luz da Nova História Cultural,
inserindo-se, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão.
A intenção e o objetivo da história é que o aluno desenvolva a capacidade de observar,
extrair informações e interpretar características da realidade do seu entorno, estabelecendo
relações entre as conjunturas atuais e históricas, pois quando nos propomos a levar aos alunos
os vastos conteúdos históricos, o mesmo não pode se limitar a uma simples enumeração
cronológica dos fatos ou pertencer ao modelo eurocentrista de estudo sobre a História.
Dessa forma, o ensino de História favorece a formação do aluno com o cidadão,
construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, de certa forma, que assuma a
participação nas esferas sociais, políticas, econômicas, através de uma crítica da realidade na
qual se insere, além de possibilitar ao aluno refletir sobre os seus valores e suas práticas
cotidianas e relacioná-las com as problemáticas históricas, proporcionando, por sua vez, uma
integração entre o passado e o presente.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
6º ano
Os Diferentes Sujeitos suas Culturas, suas Histórias. Conteúdos Estruturantes:
Relações de trabalho Relações de Poder Relações Culturais
Conteúdos Básicos:
A experiência humana no tempo
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo
As culturas locais e a cultura comum
237
7º ano
A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em
Diferentes Tempos e Espaços.
Conteúdos Estruturantes:
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos:
As relações de propriedade
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
As relações entre campo e cidade
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
8º ano
O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência.
Conteúdos Estruturantes:
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos:
História das relações da humanidade com o trabalho
O trabalho e a vida em sociedade
O trabalho e as contradições da modernidade
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
238
9º ano
Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das Instituições Sociais.
Conteúdos Estruturantes:
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos:
A constituição das instituições sociais
A formação do Estado
Sujeitos, guerras e revoluções.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Por possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como pronta e
definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes Curriculares de
História, elaboradas por uma equipe de professores da SEED, possuem como fundamentação
teórico-metodológica o suporte na historiografia intitulada Nova História Cultural ou Nova
Esquerda Inglesa, que realizam a crítica aos modelos das “verdades”, das generalizações e dos
determinismos. Essa nova proposta metodológica norteia o trabalho dos professores de
história para que abordem com maior ênfase, em sala de aula, a história cultural, a história
“vista de baixo para cima”, a utilização de documentos históricos, tematização entre a macro e
a micro história, amenizando, desta forma, os modelos eurocêntricos e pré-estabelecidos.
A interdisciplinaridade da História comas demais Ciências Humanas deve ser encarada como
forma de contribuição para o saber histórico. Essas ciências auxiliares, tais como a geografia,
sociologia, antropologia, etc, ajudam o aluno a uma maior compreensão da diversidade
cultural e das diferentes formas de linguagem e expressões com a qual a História trabalha.
Outras formas alternativas de encaminhar as práticas pedagógicas em relação à Educação do
Campo são projetos como: horta escolar, jardinagem, alimentação saudável, remédios
caseiros, plantio de mata ciliar, etc, de forma conjunta e articulada, inserida num contexto
maior da escola, sendo assumido pela comunidade escolar.
239
Referente a cultura afro-brasileira, o ensino de história procura demonstrar a possibilidade do
convívio pacífico dos diversos grupos étnico-raciais, reforçando a auto-estima dos alunos
negros e procurando demonstrar a importância de seus antepassados para a formação da nação
brasileira. Tudo isso possui o objetivo primordial de desconstruir o mito da democracia racial,
que é a condição necessária para se alterar a produção e o ensino da história do negro no
Brasil.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, através do desenvolvimento das
atividades em sala de aula e fora dela, pesquisas, textos, relatórios, questões de múltipla
escolha, cruzadas e outras, que possibilitarão uma análise crítica do processo de ensino-
aprendizagem tanto do professor quanto dos alunos.
Esse método avaliativo, articulado com os conteúdos estruturantes, deverá privilegiar todos os
educandos e não apenas aqueles que possuem facilidade de memorização, minimizando a
competição e o individualismo e promovendo a socialização do conhecimento.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação será contínua pela qual o aluno com aproveitamento insuficiente dispõe
de condições que lhe possibilitam a apreensão de conteúdos. Será adequada às dificuldades do
aluno. Será durante todo o ano letivo.
5. REFERÊNCIAS
Kátia Correa Peixoto Alves e Regina Célia de Moura Gomide Belisário. Diálogos com a
história. Curitiba, Positivo, 2004.
Magda Madalena Peruzin Tuma. História do Paraná Viver é descobrir. São Paulo, FTD,
2001.
Schmidt Mario. Nova História Crítica. Editora Nova Geração, 2001.
SEED – Diretrizes curriculares de História para o ensino fundamental.
BUENO, Vilma de Lara. Aprendendo a História do Paraná. Editora Positivo.
MARTINS, Romário. História do Paraná. Curitiba: Travessa dos Editores, 1995.
240
TIRADENTES, J. A., Sociedade em construção – história e cultura afro-brasileira. Lei
10.639.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Histórias dos Índios no Brasil. Editora Companhia das
Letras.
241
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
O processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se com a educação
jesuítica. O sistema jesuítico de ensino organizava-se, então, a partir de dois objetivos:
primeiro, uma pedagogia que por meio da catequese indígena visava à expansão católica e a
um modelo econômico de subsistência da comunidade. Segundo, esse sistema objetivava a
formação de elites subordinadas à metrópole, “favorecendo o modelo de sociedade
escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do país colonizador” (LUZ-
FREITAS, 2007 s/p).
Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às escolas de ler e
escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram de
gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.
No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português
“era a língua da burocracia” (ILARI, 2007). A interação entre colonizados e colonizadores
resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos portugueses, num
primeiro momento, com vistas ao conhecimento necessário para a dominação da nova terra.
Essas línguas continuaram sendo usadas por muito tempo na comunicação informal por
grande parte da população não escolarizada.
Entretanto, a partir do século XVIII, essa situação de bilinguismo passou a não
interessar aos propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para isso,
a unificação e padronização linguística constituíram-se fatores de relevância.
Em 1758, um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma
oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam
catequizado índios e produzido literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil.
Foi nesse contexto, e influenciado por alguns ideais iluministas, que o Marquês de
Pombal tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil.
Dentro dessas medidas, em 1772, foi criado o subsídio literário, um imposto que
insidia sobre a carne, o vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos
ensinos primário e secundário. No entanto, a falta da infra-estrutura e de professores
especializados acabou por gerar uma lacuna, que as aulas régias tentaram preencher. Além
disso, a escolarização sofria interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação
permaneceu até 1808, com a vinda da família real ao Brasil.
Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino
superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que
242
emergia. Essas instituições de ensino, portanto, privilegiaram as camadas superiores da
sociedade. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e
escrever a língua portuguesa, continuaram negligenciadas.
Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa
passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo privilegiava as
disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância
(LUZ-FREITAS, 2004).
Seguindo os moldes do ensino de Latim, o ensino de Língua Portuguesa fragmentava-
se no ensino de Gramática, Retórica e Poética. Os professores eram “estudiosos autodidatas
da língua e de sua literatura, com sólida formação humanística, que, a par de suas atividades
profissionais (...) e do exercício de cargos públicos, que quase sempre detinham, dedicavam-
se também ao ensino” (SOARES, 2001, s/p).
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa
disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino
da Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja
pela discussão dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção da
proposta.
A nossa proposta tem como base a concepção sociointeracionista de linguagem. Em
outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de
comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e
com os outros.
Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a
linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente perante
os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que geram a
linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem garante sua
própria existência e significação.
Dentro dessa mesma perspectiva, concebemos língua como um sistema de signos
histórico-social que permite ao homem a (re)construção da realidade. Assim, apropriar-se de
uma língua significa também apreender seus significados culturais.
243
É válido assinalar que uma língua não se encontra isolada de outros aspectos da
cultura, como valores, normas e atitudes. Pelo contrário, a língua é um todo coerente e o
sujeito, imerso nela desde seu nascimento, aprende a captar sutis diferenças no tom de voz, na
atitude corporal, nos gestos e em outros elementos não-verbais. Por isso, apesar da
predominância do trabalho lingüístico, sustentamos a importância de valorizar a pluralidade
de linguagens, já que essas também veiculam valores, ideologias, estereótipos e diferentes
visões de mundo.
O ensino da Língua Portuguesa tem por objetivo, proporcionar a interação do aluno em
diferentes situações na sociedade, apoiada nas DCEs, dando ênfase à língua viva, dialógica,
em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. A prática da linguagem
é o ponto central do trabalho pedagógico, considerando sempre as práticas lingüísticas que
aluno traz ao ingressar na escola. É partindo desse princípio que serão trabalhados os saberes
necessários ao uso da norma padrão e o acesso aos conhecimentos para o multiletramentos.
Para alcançar este objetivo devemos desenvolver amplamente o Conteúdo Estruturante
da disciplina, que é O Discurso, enquanto prática pedagógica. Sendo assim, cabe à escola
possibilitar aos alunos participação em diferentes práticas sociais que utilizem e desenvolvam
a leitura, a oralidade e a escrita.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL - 6º ano
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
A seleção dos gêneros, será feita nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente,
ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
244
• Argumentos do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
245
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
GÊNEROS DISCURSIVOS – 7º ano
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
A seleção dos gêneros, será feita nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente,
ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Ambigüidade;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Contexto de produção;
• Interlocutor;
246
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica.
GÊNEROS DISCURSIVOS – 8º ano
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
A seleção dos gêneros, será feita nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente,
ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
247
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambigüidade;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como: aspas, travessão, negrito;
• Concordância verbal e nominal;
248
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambigüidade;
- significado das palavras;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
GÊNEROS DISCURSIVOS – 9º ano
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
A seleção de gêneros, será feita nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto
Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente,
ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade
adequado a cada uma das séries.
249
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Argumentos do texto;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Contexto de produção;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
250
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como: aspas, travessão, negrito, etc.;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Argumentos;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Segundo as Diretrizes, a Língua Portuguesa tem como conteúdo estruturante o
discurso, enquanto prática social, sendo assim, o professor embasarei as práticas de leitura,
oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais, verbais e não-verbais. Esse trabalho
utilizará atividades diversificadas, que priorizem o entendimento da função e estrutura do
texto em questão. No que diz respeito à prática de oralidade, os alunos terão possibilidade de
251
trabalhar com textos orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar idéias. Com esse
intuito, será direcionado debates orais, seminários dramatizações, júri simulado, declamações,
entrevistas, etc.
Com relação à escrita, serão apresentadas atividades de produção de texto que
assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o professor precisará
esclarecer qual o objetivo da produção, para quem se escreve, quais as situações reais de uso
do gênero textual em questão, ou seja, qualquer produção deve ter sempre um objetivo claro,
pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas possibilitará, ao aluno, um
novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear, para
trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade”
É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não serão
abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica da análise lingüística, que não
considera a gramática fora do texto.
Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor fará uso de
livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet, DVD,
CD, TV multimídia, jogos, etc. Que servirão para ampliar o contato e a interação com a língua
e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão
trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade, drogas,
meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.
Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os
conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os
discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos. Para isso, é
relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se
defrontam, manifestando diferentes opiniões.
LEITURA É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; ampliando também o léxico
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
252
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos,
imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual; com as diferentes possibilidades de sentido
(ambigüidade) e com outros textos;
• Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da
finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/ das idéias, dos elementos que
compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador,
quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende
à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos
• Estimule o uso de figuras de linguagem no texto;
• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
• Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que
compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante,
se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de
autoridade, etc.).
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
253
• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como
de expressões que denotam ironia e humor; figuras de linguagem no texto;
- Argumentos das idéias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma
crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas
entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.).
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
- Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu
uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.
• Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais,
emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas
esferas.
LITERATURA
Partindo dos pressupostos teóricos apresentados na Estética da Recepção e na Teoria
do Efeito, as professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar elaboraram o
Método Recepcional, o qual é sugerido, nestas Diretrizes, como encaminhamento
metodológico para o trabalho com a Literatura.
Optou-se por esse encaminhamento devido ao papel que se atribui ao leitor, uma vez
que este é visto como um sujeito ativo no processo de leitura, tendo voz em seu contexto.
Além disso, esse método proporciona momentos de debates, reflexões sobre a obra lida,
possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de expectativas.
254
Essa proposta de trabalho, de acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem como
objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de
outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural;
transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola, da
comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o sucesso das
atividades. Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor delimitar o tempo de
aplicação de cada uma delas, de acordo com o seu plano de trabalho docente e com a sua
turma.
4. AVALIAÇÃO
Para que avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da
aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos. Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos
avanços e dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor.
Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do aluno, sua
interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem como a
capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização textual, para
perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc. Sendo assim, a avaliação será
diagnóstica, somatória e cumulativa.
Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os
objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão
utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em
grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre
teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por
meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será feita
conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de
avaliação.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando
que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca
do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos
aprendam e participem mais das aulas.
255
O professor deverá observar:
• Oralidade:
Será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. O professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos
e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, a
argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se
posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos
políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista
o resultado esperado.
• Leitura:
Serão avaliadas as formas que os estudantes empregam para a compreensão do texto
lido. O sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e
conseqüência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no
texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das
informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros.
É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se compreende
o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz inferências corretas; se
reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso
avaliar a capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos,
imagens, etc. Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte
de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras
atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
• Escrita:
É preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como
produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua
produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus
aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a
256
linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a
coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve
se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No
momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi
alcançada, há relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições,
se é necessário substituir parágrafos, idéias ou conectivos.
• Análise Linguística:
É no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os seus aspectos
discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os elementos
linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e
contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto.
É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos
avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da
prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais
eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora. Ainda,
ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no
Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes
instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos
orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. A
recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por meio de
recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será feita conforme o
previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.
257
5. REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed. Tradução de Michel e Yara
Vieira. São Paulo: Hucitec, 1992.
FARACO, Carlos A.; TESSA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin.
Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.
FAVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Língüística textual: uma introdução. São Paulo:
Cortez, 1988.
GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: GERALDI, João
W. (org.). O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Atica, 1997.
_____________ Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.
KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7. ed. Campinas, SP:
Pontes, 2000.
____________ MORAES, S.E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos
da escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1999.
KOCH, lngedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3. ed. São Paulo:
Contexto, 1990.
LEI Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 que institui a inserção dos conteúdos de história e
cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Caderno “Cultura Afro”. Seed, Paraná,
2004
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA
DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa.
Curitiba, 2008.
258
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA
DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba, 2006.
______________ “Caderno Temático da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” –
2005.
SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
_______________ Letramento e alfabetização: as muitas facetas. 26 ANPED: GT
Alfabetização, leitura e escrita, outubro de 2003.
259
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: MATEMÁTICA
O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante: o
desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da leitura,
da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem. Propiciar
reflexões que favoreçam a formação integral do cidadão, promovendo o convívio pacífico dos
diversos grupos étnico-raciais e moradores da zona rural através da prática de leitura, análise e
produção de gráficos, abordando questões raciais e do campo em problemas matemáticos. E,
com a intenção de colaborar com o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos profissionais
da educação que buscam concretizar o sonho de uma escola para todos, aceitando as
diferenças e as diversidades explícitas e não explicitas, ressaltando os educandos com
dificuldades de aprendizagem e socialização.
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir, calcular,
resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar
logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as
informações, localizar, representar, etc.
A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna,
apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do
futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e
políticas.
Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso que o
saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a distância
entre a Matemática da escola e a Matemática da vida.
Visando desenvolver a Educação Matemática enquanto campo de investigação e
produção de conhecimentos de natureza científica e a melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem matemática - natureza pragmática.
Para Miguel e Miorim (2004, p.70), ’’a finalidade da Educação Matemática é fazer
com que o estudante compreenda e se aproprie da própria matemática concebida como um
conjunto de resultados métodos, procedimentos, algoritmos etc.’’. Outra finalidade apontada
pelos autores “é fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento
matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser
humano e particularmente, do cidadão, isto é, do homem público”.
A disciplina de matemática na Educação Básica visa um processo de ensino e
aprendizagem que contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades
260
matemáticas, generalizações e apropriações da linguagem adequada para descrever e
interpretar fenômenos ligados à matemática e as outras áreas do conhecimento. Assim a partir
do conhecimento matemático, seja possível o estudante argumentar as questões sociais,
políticas, econômicas e históricas. Sendo assim, é importante trabalhar a matemática de forma
interdisciplinar para que o aluno seja capaz de:
- visualizar seu papel de cidadão dentro de uma sociedade dinâmica que requer a cada
momento que se reconheça os direito e deveres de cidadão;
- adotar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou seja, desenvolver sua
capacidade de ‘fazer matemática’ construindo conceitos e procedimentos para resolver
problemas;
- devemos formar cidadãos que sejam capazes de construir e compreender a ação
transformadora na sociedade através do ensino da matemática;
- resgatar o processo ensino aprendizagem enfatizando a importância da disciplina de
matemática.
- pensar logicamente, relacionar idéias estimulando sua curiosidade, seu espírito de
investigação e sua criatividade.
É necessário compreender a Matemática desde suas origens até sua constituição como
campo científico e como disciplina no currículo escolar brasileiro para ampliar a discussão
acerca dessas duas dimensões. As descobertas matemáticas contribuíram para uma fase de
grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso
produtivo de máquinas e equipamentos, tais como: arma de fogo, imprensa, moinhos de
vento, relógios e embarcações.
O início da modernização do ensino da Matemática no país aconteceu num contexto
de mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional o desenvolvimento da
agricultura, o aumento da população nos centros urbanos e as idéias que agitavam o cenário
político internacional, após a Primeira Guerra Mundial.
261
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdos estruturantes são os saberes (conhecimentos de grande amplitude, conceitos
ou práticas) que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar,
considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino. Estes
campos de estudo são considerados fundamentais para a compreensão do processo do ensino
e da aprendizagem em Matemática. Assim sendo, os conteúdos estruturantes para o ensino
fundamental são: Números e Álgebra; Grandezas e Medidas; Geometrias, Tratamento da
Informação e Funções.
2.1.1 Números e álgebra
Propõe-se o estudo dos números, tendo como meta primordial, no campo da
aritmética, a resolução de problemas e a investigação de situações concretas relacionadas ao
conceito de quantidade e com o cotidiano dos alunos.
2.1.2 Grandezas e Medidas
Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os conteúdos de
numeração e os conteúdos de geometria; a idéia principal é a de que medir é comparar.
2.1.3 Geometrias
Propõe-se a partir da realidade explorar o espaço para situar-se nele e analisá-lo,
percebendo os objetos neste espaço para poder representá-los, através da construção de
formas e medições.
2.1.4 Tratamento da Informação
Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar e analisar
dados, que permitem ler e compreender uma realidade.
262
2.1.5 Funções
O estudo das funções envolve atividades ligadas a várias disciplinas sendo muito
importante na integração com a interdisciplinaridade.
A relação entre grandezas por meio de expressões algébricas, tabelas e gráficos, faz com que
o aluno reconheça uma função.
263
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E SEUS DESDOBRAMENTOS
2.2 6º ano
2.2.1 Números e álgebra
- Sistemas de numeração;
- Números naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
- Números fracionários;
- Números decimais;
Grandezas e Medidas
- Sistema Monetário;
- Medidas de tempo;
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área
- Medidas de volume;
- Medidas de ângulos
2.2.3 Geometrias
- Geometria plana;
- Geometria espacial
2.2.4 Tratamento da informação
- Noções de estatística;
- Dados, gráficos e tabelas;
- Porcentagem.
264
2.3 7º ano
2.3.1 Números e álgebra
- Números inteiros;
- Números racionais;
- Equações e inequações do 1º grau
- Regra de três simples;
- Razão e proporção.
2.3.2 Grandezas e Medidas
- Medidas de Ângulos;
- Medidas de temperatura;
2.3.3 Geometrias
- Geometria plana;
- Geometria espacial;
- Geometrias não-euclidianas.
2.3.4 Tratamento da informação
- Pesquisa estatística;
- Média aritmética;
- Moda e mediana;
- Juros simples.
2.4 8º ano
2.4.1 Números e álgebra
- Números racionais e irracionais;
- Sistemas de equações do 1º grau;
- Potencias;
265
- Monômios e polinômios;
- Produtos notáveis.
2.4.2 Grandezas e Medidas
- Relações métricas no triangulo retângulo;
- Trigonometria no triângulo retângulo.
2.4.3 Geometrias
- Geometria plana;
- Geometria espacial;
- Geometria analítica;
- Geometria não-euclidianas.
2.4.4 Tratamento da informação
- Gráfico e informação;
- População e amostra.
2.5 9º ano
2.5.1 Números e álgebra
- Números reais;
- Propriedades dos radicais;
- Teorema de Pitágoras;
- Regra de três composta;
- Equações do 2º grau;
- Equação biquadrada;
- Equação irracional.
2.5.2 Grandezas e Medidas
266
- Relações métricas no triângulo retângulo;
- Trigonometria no triângulo retângulo.
2.5.3 Funções
- Noção intuitiva de função afim;
- Noção intuitiva de função quadrática.
2.5.4 Geometria
- Geometria plana;
- Geometria espacial;
- Geometria analítica;
- Geometrias não-euclidianas
2.5.5 Tratamento da informação
- Noções de análise combinatória;
- Estatística;
- Noções de probabilidade;
- Juros compostos.
267
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O como ensinar matemática está vinculado às reflexões realizadas por educadores
matemáticos. É necessário que seja abordados os conteúdos de forma clara para que o aluno
entenda, permitindo que ele progrida sem dificuldades. Ilustrações, jogos, pesquisas, uso de
materiais manipulativos ajudam o aluno no desenvolvimento do raciocínio lógico, a
construção e a generalização de conceitos e o aprendizado significativo.
O interesse e o entusiasmo do professor pelo que ensina é indispensável, assim como,
o conhecimento teórico de sua disciplina.
O professor deve dar ao aluno não apenas informações, mas, principalmente, deve
desenvolver nele atitudes que permitam a continuidade de seu aprendizado pelo resto da vida,
gerando o gosto pela investigação, a criação de hábitos de estudo, a autoconfiança e a
disciplina.
Encontram-se apontamentos para o exercício da prática docente nas tendências
temáticas e metodológicas da educação matemática. Beatriz D' Ambrosio (1989) elege
algumas tendências metodológicas que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina
matemática. A autora destaca a Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o uso das
Mídias Tecnológicas, a Etnomatemática, a História da Matemática e a investigação
matemática. Assim destacamos algumas considerações sobre as tendências metodológicas
elencadas e estudadas pela Educação Matemática:
Resolução de Problemas
Uma das razões de se ensinar matemática é abordar os conteúdos matemáticos a partir
da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de aplicar
conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de problemas, o
estudante precisa ter condições de buscar várias alternativas que almejam a soluções.
Etnomatemática
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que
produzem conhecimento matemático.
Esta tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas vários
saberes distintos e nenhum menos importante que outro. As manifestações matemáticas são
268
percebidas através de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas, que emergem dos
ambientes culturais. Sendo assim prioriza um ensino que valoriza a historia dos estudantes
através do reconhecimento e respeito de suas raízes.
Modelagem Matemática
Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da matemática
podem ser potencializados quando se problematizam situações do cotidiano.
A modelagem matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de
vida.
De acordo com Barbosa (2001, p.6) a modelagem matemática é entendida como sendo
“um ambiente de aprendizagem no qual os alunos são convidados a indagar e/ou investigar,
por meio da matemática, situações oriundas de outras áreas da realidade. Essas constituem
como integrantes de outras disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos
existem em determinadas circunstâncias”.
Para Bassanezi (2002, p.16), “a modelagem matemática consiste na arte de
transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas
soluções na linguagem do mundo real”.
Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagem oriunda da
modelagem matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao possibilitar
maneiras pelas quais os conteúdos de matemática sejam abordados na prática docente, cujo
resultado será um aprendizado significativo.
Mídias Tecnológicas
No contexto da educação matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por
aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo de
ensino e da aprendizagem.
Os recursos tecnológicos sejam eles o software, a televisão, as calculadoras, os
aplicativos da internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,
potencializando formas de resolução de problemas. O trabalho realizado com as Mídias
tecnológicas insere formas diferenciadas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de
produção de conhecimento.
269
História da Matemática
Considera-se a História da Matemática como elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações - problema, na fonte de busca, na compreensão e como
elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilitam o levantamento e a discussão
das razões para aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por parte do estudante.
Elaborar, problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno
conhecer a matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção e pensar
em um ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados. É uma
possibilidade de dividir com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da
Ciência Matemática, agindo reflexivamente e privilegiando a criatividade e a autonomia na
busca de soluções para os mais diversos problemas.
Máquinas de calcular, computadores, internet, etc., são assuntos do dia-a-dia e a
tecnologia da sociedade contemporânea deve ser utilizada na escola como recurso didático. A
calculadora, por exemplo, utilizada no momento certo e com objetivos bem definidos, pode
ser uma excelente ferramenta, é bom lembrar que tão importante quanto realizar cálculos
corretamente é saber elaborar estratégias de resolução para os problemas propostos.
Investigação Matemática
A proposta do trabalho é ampliar as experiências do professor /aluno, para que, na
exploração das idéias, possam, além de desenvolver a capacidade de pensar e inventar, fazer
do processo de ensino algo dotado de significado e alegria.
Investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de toda
ação pedagógica. (DCEs.2008 p.68)
270
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento para fornecer informações sobre como está sendo
realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor e a equipe
pedagógica conhecerem e analisarem os resultados de seu trabalho, como para o aluno
verificar seu desempenho.
A avaliação deve ser vista como um diagnóstico contínuo, dinâmico, processual e
cumulativa tornando-se um instrumento fundamental para repensar e reformular os métodos,
que realmente o aluno aprenda.
Os instrumentos que serão utilizados pelo professor poderão ser:
- atividades escritas (provas, pesquisas, testes);
- atividades práticas (jogos e materiais manipulativos);
- trabalho em grupo e/ou individual.
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática
para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que
possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações escritas
orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como
materiais manipuláveis, computador e calculadora. ( DCEs 2008, p.69)
Ela deve ser entendida pelo professor como processo de acompanhamento e
compreensão dos avanços dos limites e das dificuldades dos alunos para atingirem os
objetivos das atividades propostas se os resultados não forem satisfatórios, é preciso buscar as
causas e determinar os fatores do insucesso, visando o sucesso escolar.
Portanto, é preciso avaliar o conhecimento matemático, ou seja, sua capacidade de usar
a informação para raciocinar, pensar criativamente e para formular problemas, resolvê-los e
refletir corretamente sobre eles. Sendo assim, a avaliação deve analisar até que ponto os
alunos integraram e deram sentido à informação, se conseguem aplicá-los em situações que
requeiram raciocínio e pensamento criativo e que são capazes de utilizar a Matemática para
comunicar idéias em suas tomadas de decisões.
A recuperação será processual e ocorrerá durante o processo de aprendizagem, baseada
na revisão dos conteúdos que o aluno não se apropriou e através de testes escritos e/ou oral,
trabalhos, pesquisas e jogos.
271
5. REFERÊNCIAS
CENTURIÓN, M.; JAKUBO, L.; LELLIS, M. Matemática na medida certa. 8. ed. São Paulo:
Scipione, 2003.
GIOVANNI, J. R. & PARENTE, E. Aprendendo Matemática (Novo). São Paulo: FTD, 1999.
GIOVANNI, J. R. & BONJORNO. Matemática Fundamental. 1. ed., São Paulo: FTD, 1994.
GIOVANNI, J. R. & GIOVANNI JUNIOR. Matemática: pensar e descobrir. 1. ed., São
Paulo: FTD, 2002.
GIOVANNI, J. R.; CASTRUCCI, B.; GIOVANNI JUNIOR. Conquista da matemática. 1.
ed., São Paulo: FTD, 2002.
ISOLANI, C. M. M. et. al. Matemática e interação: 5ª série, Ensino Fundamental. Curitiba:
Módulo, 1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática.
272
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: LEM INGLÊS No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está vinculado à organização social e
histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às comunidades
indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo. De 1581 a 1640, período
em que se estabeleceu a União Ibérica, os jesuítas foram considerados pelos espanhóis um
entrave para as demarcações territoriais, o que culminou com a expulsão da Ordem dos
territórios portugueses na América. A partir de 1759, foi constituído o ensino régio no Brasil,
o qual era garantido pelo Estado. A língua estrangeira oferecida continuava sendo o latim e os
professores contratados eram não-religiosos.
O ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento com a chegada da família
real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio. Os currículos passaram a oferecer o Inglês e
Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o Colégio Pedro II que se
tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas ali eram o francês, o inglês e o
alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi ofertada neste colégio.
A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e da
gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco Campos, a
qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a função de mediadora no
processo de aprendizagem, o professor se comunicava exclusivamente em língua estrangeira
durante as aulas.
No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em relação ao
inglês. O espanhol começou a ser ensinado em detrimento ao alemão, o italiano e o japonês
por motivo da 2ª Guerra Mundial, e o latim permaneceu como língua clássica. A língua
espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque representava um modelo de
patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo espanhol às suas tradições.
Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela
dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês teve
garantia curricular por ser o idioma mais utilizado no comércio internacional.
Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a
direcionar o foco para a profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o
desenvolvimento econômico do país. Com a promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os
estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de LE. Este, por sua vez, ficou
ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil. Os militares
273
alegavam que as línguas estrangeiras eram prejudiciais à cultura brasileira e ainda, que a
escola não deveria ser porta de entrada de meios anticulturais. Em 1976, o ensino de LE
voltou a ser prestigiado e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau. Porém, uma
condição gerou insatisfação ao quadro de professores: o número de aulas ficou reduzido a
uma aula semanal.
No Paraná houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo de
currículo para LE e dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas Estrangeira no Colégio
Estadual do Paraná. Com a mobilização de professores organizados em associações, a
Secretaria de Estado da Educação oficializou a criação dos Centros de Línguas Estrangeiras
Modernas (CELEMs) em 1986.
Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e
conseqüentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no princípio de que
o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas essenciais ao processo de
ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e oralidade. No entanto, é preciso que
esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas como meio para atingir
fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como experiência de identificação social
e cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça possibilidades para que o aluno perceba e
compreenda a diversidade cultural e lingüística presente na aprendizagem da língua e,
conseqüentemente construa significados em relação ao mundo em que vive.
Dessa forma, o objetivo do ensino de língua estrangeira deixa de ser apenas o
lingüístico e passa a ser um caminho para que o aluno:
• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• Vivencie, na aula de Inglês, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• Tenha maior consciência sobre o papel da Língua Inglesa na sociedade; ·
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho
pedagógico com a Língua Inglesa, com o objetivo de levar o educando à “apropriação crítica
e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para
transformação da realidade.” (DCE, 2008, p. 52)
274
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL – 6º ano GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
275
• Ortografia;
•Concordância Verbal/nominal. ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL – 7º ano GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o
Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto; • Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
276
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas;
• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
277
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL – 8º ano GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com
o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho
Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambigüidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
- Léxico.
278
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos; - ambigüidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
279
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES /BÁSICOS DA DISCIPLINA DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL – 9º ano GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem);
• Léxico.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
280
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Ortografia;
• Concordância verbal / nominal.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
281
QUADRO DE GÊNEROS TEXTUAIS: ESFERAS SOCIAIS DE CIRUCLAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS COTIDIANOS
Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Curriculum Vitae
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências
Vividas
Trava-Línguas
LITERÁRIA / ARTÍSTICA
Autobiografia Biografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas
282
Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção
Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos CIENTÍFICA
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
283
Relatório
Resumo
Verbete
ESCOLAR
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão
Argumentativa
Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor
Carta do Leitor
Cartum
284
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
Tiras
PUBLICITÁRIA
Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
Folder
Fotos
Slogan
Músicas
Paródia
Placas
Publicidade Comercial
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
285
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Discurso Político “de Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
286
PRODUÇÃO E CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog
Chat
Desenho Animado
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência
Webquest
287
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Segundo as Diretrizes, a Língua Inglesa tem como conteúdo estruturante o
discurso enquanto prática social, sendo assim o professor deverá embasar as práticas de
leitura, oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais, verbais e não-verbais. Esse
trabalho utilizará atividades diversificadas, que priorizem o entendimento da função e
estrutura do texto em questão, para só depois trabalhar os aspectos gramaticais que o
compõem. Assim, o ensino deixará “de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem,
no entanto, abandoná-la.” (DCE, 2008, p. 63)
No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os alunos a
textos orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar idéias em Língua Inglesa,
mesmo que com limitações, e ainda possibilitar que exercitem sons e pronúncias desta língua.
Com esse intuito, o professor pode direcionar debates orais, seminários dramatizações, júri
simulado, declamações, entrevistas, etc.
Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção de texto
que assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o professor precisará
esclarecer qual o objetivo da produção, para quem se escreve, quais as situações reais de uso
do gênero textual em questão, ou seja, qualquer produção deve ter sempre um objetivo claro,
pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao
aluno um novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear,
para trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” (DCE, 2008, p. 66).
É importante ressaltar que os trabalhos com os aspectos gramaticais não serão
abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica da analise lingüística, que não
considera a gramática fora do texto.
Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor fará uso
de livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet,
DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc, que servirão para ampliar o contato e a interação com a
língua e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão
trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade, drogas,
meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.
288
4. AVALIAÇÃO Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2008, p. 69), para que a avaliação assuma “o
seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida”,
deixando de ser um simples instrumento de mediação da apreensão de conteúdos. Assim, o
processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e dificuldades dos alunos e
ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que poderá, a partir dele, identificar
“identificar as dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-
las.”(DCE, 2008, p. 71)
Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação do aluno, sua
interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas, bem como a
capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização textual, para
perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc. Sendo assim, a avaliação será
diagnóstica, somatória e cumulativa.
Ainda, ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os
objetivos propostos no Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão
utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em
grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre
teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por
meio de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será feita
conforme o previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de
avaliação.
5. REFERÊNCIAS
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elisabeth; PASQUALIN, Ernesto. New our way. 4ª Ed.
volumes: 1, 2, 3 e 4. Richmond Publishing, 2002.
BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
289
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”,
e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais
para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira
e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental
e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário
Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:
Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
SITES:
Portal dia-a-dia Educação:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas. com. br
http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/
http://www.ingles.seed.pr.gov.
290
9. MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 01 – APUCARANA MUNICIPIO: 1220 – JANDAIA DO SUL
ESTABELECIMENTO: 00028 - COLÉGIO EST. UNIDADE POLO ENS.FUND.E MÉDIO ENDEREÇO: AVENIDA ANUNCIATO SONNI, 2149 – BAIRRO: GUADALAJARA
FONE: (43) 3432-3115
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA
TURNO: MANHÃ
SÉRIES DISCIPLINAS 1ª 2ª 3ª
ARTE 2 2 2 BIOLOGIA 2 2 2 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 FILOSOFIA 2 2 2 FÍSICA 2 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3 MATEMÁTICA 3 2 2 QUÍMICA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 2 2
BASE N
ACIO
NAL C
OM
UM
SUB-TOTAL 23 23 23
*L.E.M - ESPANHOL
4
4
4
PARTE
DIV
ERSIF
ICADA
L.E.M - INGLÊS
2
2
2
SUB-TOTAL 6 6 6 TOTAL GERAL 29 29 29
Observações: Matriz de acordo com a LDB nº 9394/96. *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.
291
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 01 – APUCARANA MUNICIPIO: 1220 – JANDAIA DO SUL
ESTABELECIMENTO: 00028 - COLÉGIO EST. UNIDADE POLO ENS.FUND.E MÉDIO
ENDEREÇO: AVENIDA ANUNCIATO SONNI, 2149 – BAIRRO: GUADALAJARA
FONE: (43) 3432-3115
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: SIMULTÂNEA
TURNO: NOITE
SÉRIES DISCIPLINAS 1ª 2ª 3ª
ARTE 2 2 2 BIOLOGIA 2 2 2 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 FILOSOFIA 2 2 2 FÍSICA 2 2 2 GEOGRAFIA 2 2 2 HISTÓRIA 2 2 2 LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3 MATEMÁTICA 3 2 2 QUÍMICA 2 2 2 SOCIOLOGIA 2 2 2
BASE N
ACIO
NAL C
OM
UM
SUB-TOTAL 23 23 23
*L.E.M - ESPANHOL
4
4
4
PARTE
DIV
ERSIF
ICADA
L.E.M - INGLÊS
2
2
2
SUB-TOTAL 6 6 6 TOTAL GERAL 29 29 29
Observações: Matriz de acordo com a LDB nº 9394/96. *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.
292
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: ARTE
No Ensino Médio a ARTE passa a vigorar como área de conhecimento e trabalho
como várias linguagens, visando a formação artística e estética dos educadores. A área de
ARTE, assim constituída, refere-se às Linguagens Artísticas como as Artes Visuais, a Música,
a Expressão e a Comunicação Pessoal ampliam a formação do educando como cidadão,
principalmente por intensificar as relações dos indivíduos tanto no seu mundo interior como
no exterior. O Educando desenvolve sua cultura de Arte fazendo, conhecendo e apreciando
produções artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o imaginar,
o sentir, o expressar e o comunicar. A realização de trabalhos pessoais assim como,
apreciação de seus colegas e a produção de artista se dá mediante a elaboração de idéias,
sensações, hipóteses e esquemas pessoais, que o educando vai estruturando, e interagindo
com a Arte.
O conhecimento da Arte abre perspectiva para que o educando tenha uma
compreensão do mundo, na qual a dimensão poética esteja presente.
Ao aprender Arte na escola, contribui para a construção da identidade e da
consciência do jovem, que poderá assim compreender melhor a sua inserção e participação na
sociedade, assim sendo, trabalhar ética e estética na produção de Arte dos educandos e de
artistas significa considerar suas possibilidades criadoras correlacionadas com as realidades
sócio culturais e comunicacionais.
É papel do educador incluir em seu planejamento informações sobre a Arte
produzida e recebida nos âmbitos regional, nacional e internacional, bem como possibilitar ao
educando, desenvolver e aprofundar conhecimento em cada modalidade artística.
O enfoque no ensino médio das relações de arte e sociedade, com ênfase na arte e
ideologia, arte e seu conhecimento e arte e trabalho criador tem como referência o fato de
serem as três principais concepções no campo das teorias críticas da arte. Estas formas de
interpretação da arte têm o trabalho criador como categoria fundamental, que possibilita
abordá-las de forma orgânica no conjunto das diretrizes.
É importante explicitar como o ser humano transformou o mundo e a si próprio pelo
trabalho, de modo a construir a arte, a linguagem e a cultura.
Através dos conhecimentos artísticos usufruímos o fazer artístico e do processo
criativo servindo como formas de organização e estruturação do trabalho artístico.
293
No conhecimento contextualizado prima-se pelo conhecimento estético e artístico do
aluno e da comunidade em que está inserido através do resultado de experiências sociais e sua
relação com o conhecimento sistematizado em arte.
A sociedade contemporânea caracteriza-se por novas tecnologias associadas a
diferentes linguagens: visual, musical, cênica, cibernética, as quais enfatizam imagem, som e
movimento, estabelecendo um diálogo por meio de um vocabulário gramatical, visual, com
símbolos próprios que expressam uma intenção e uma representação de mundo. Se educar é
transformar o sujeito crítico, criativo, a partir desta leitura de mundo, a arte estabelece este
diálogo aluno X mundo.
Procura-se viabilizar a aquisição de conhecimentos teóricos- práticos que possibilitem
ao educando a percepção, a leitura e a interpretação de signos verbais e não verbais presentes
na arte e nas suas diferentes linguagens.
Através de a cultura identificar sua identidade, herança cultural e diversidade, perceber e
interpretar a cultura de massa e indústria
cultural, que atende as diferentes intenções da comunicação.
OBJETIVOS
• Instrumentalizar o aluno como conjunto de saberes em arte que lhe permita utilizar
o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.
• Observar as relações entre a Arte e a realidade, investigando, indagando interesse e
curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando a
arte de modo criativo.
• Desenvolver no educando potencialidades crítico-expressivo, estruturando seu
conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo em que vive,
aliando o ver, o pensar, o fazer e o criar.
• Possibilitar a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos seus
posicionamentos e tomadas de atitudes.
• Entender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção,
imaginação e reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a
transformá-la.
• Oportunizar ao aluno o conhecimento tanto erudito como popular, através dos
movimentos artísticos, patrimoniais e seus precursores.
295
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
1ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
Introdução da Arte
Origens: conceitos/definições (livro didático capítulos: 1, 2, 3, 4 e 5)
Funções.
Linguagens.
Elementos Visuais
Ponto (pontilhismo).
Linha (abstracionismo).
Forma (cubismo).
Cor (impressionismo).
Textura (gravura, grafite).
HISTÓRIA DA ARTE
Pré- história
Idade Antigo Egito
Antiguidade clássica
Arte Grega
Arte Romana
Arte Bizantina
Arte Românica
Arte Gótica.
Arte indígena
Arte Brasileira e Afro
296
MÚSICA
Estilos musicais: introduzir a pesquisa sobre os diferentes estilos musicais e sua origem,
bem como suas transformações ao longo da história, até atualidade.
Elementos sonoros: altura, duração, timbre e intensidade.
Qualidades sonoras: melodia, harmonia e ritmo.
Estruturas do som: improvisação ou acompanhamento.
Tempo: leve, médio e rápido.
TEATRO
Elementos da Ação Dramática:
História: roteiro, enredo, drama.
Personagem: expressão verbal e gestual.
Espaço Cênico: cenário, sonoplastia, iluminação.
Ação Dramática: monólogo e improvisação.
Obs: capítulos 9, 11,
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
2ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
Elementos Visuais: ponto, linha, forma, cor, textura e superfície (livro didático, capítulo 7
e 8 )
Qualidades Plásticas: equilíbrio, ritmo e harmonia.
HISTÓRIA DA ARTE
Barroco
Rococó
Neoclassicismo
Romantismo e Realismo
297
Arte do século XX
Expressionismo
Cubismo
Futurismo
Surrealismo
Abstracionismo
Pop art e Op art
Cultura Afro
MÚSICA E DANÇA
Elementos sonoros: altura, duração, timbre, intensidade.
Qualidades Sonoras: melodia harmonia, forma, ritmo, gênero.
Coreografia improvisada.
Danças: folclóricas e populares.
Obs: Capítulos 6, 10,12 e 16 do livro didático
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
3ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
Elementos Visuais: ponto, linha, forma, cor, textura e superfície.
Qualidades Plásticas: equilíbrio, ritmo e harmonia.
HISTÓRIA DA ARTE
Semana da Arte moderna
Contemporaniedade na Arte Brasileira.
Arte Paranaense.
Cultura Regional
Artistas Brasileiros (biografias)
Cultura Afro
298
Obs: capítulos 14, 15 e 17 do livro didático.
TEATRO
� Elementos da Ação Dramática:
� História: roteiro, enredo, drama.
� Personagem: expressão verbal e gestual.
� Ação Dramática; improvisação Teatral, criação de texto, dramaturgia, montagem de
espetáculo.
� Obs: capítulo 18 do livro didático
MÚSICA
� A relação da música com a dança.
� Coreografia improvisada
� História da música e da dança
� Movimento corporal
� Espaço
� Tempo
� Música contemporânea.
� Obs: Capítulo 13,19 e 20 do livro didático
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a interação da
percepção, identificação, do gerir, da forma de organização e interpretação de signos verbais e
não verbais manifestos nos bens culturais materiais e imateriais.
Buscar-se-á formas originais de expressar idéias com o grupo, promovendo
observações, experimentações, discussões e análises para que se possa entrar em contato, não
só com as formas de linguagens técnicas, mas também com idéias e reflexões propostas pelas
diferentes linguagens artísticas.
Devemos contemplar na metodologia do ensino da arte, três momentos da
organização pedagógica o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e apropriação; o
299
trabalho artístico, que é a prática criativa; o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao
aluno um sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, direcionando o aluno a
formação de conceitos artísticos.
Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atividade de produção
artística, mas também compreender o que faz e o que fazem pelo desenvolvimento da
percepção estética, no contato com o fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na
história, política e social, e com o conjunto das relações.
Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos da aprendizagem que
proporcionam conhecimentos específicos sobre a sua relação com o mundo. Tal percepção
possibilita leituras da realidade, permitindo uma reflexão mais ampla a respeito da sociedade
em que o sujeito está inserido e de outras com as quais ele estabelece relações.
No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma devemos
contemplar, na metodologia do Ensino da Arte, estas três dimensões, ou seja, devemos
estabelecer como eixo o trabalho artístico, que é o fazer, o sentir e perceber, que são as formas
de leitura, apropriação e conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/
perceber e um trabalho mais sistematizado, superando o senso comum do conhecimento
empírico.
4. AVALIAÇÃO
A Avaliação da disciplina de artes é diagnóstica e processual. É diagnóstica por
ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos. É processual por
pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Inclui a avaliação do professor, da
classe, sobre o desenvolvimento das aulas e auto-avaliação do aluno.
A avaliação em artes supera o papel de mero instrumento de mediação a
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o
aluno. A ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos discute
dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção. Assim verifica-se o
pensamento estético e leva-se em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da
realidade.
O método de avaliação proposto nas diretrizes inclui observação e registro do
processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos em suas criações. O
professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se
relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo, o aluno
300
também deve elaborar seus registros de forma sistematizada. As propostas podem ser
socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar, refletir e discutir sua
produção com os colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem
dos conteúdos de artes.
A Avaliação, dá ao professor o suporte para controlar a qualidade do ensino
aprendizagem; revê a prática pedagógica que possibilite o aluno dirigir-se para a apropriação
do conhecimento. Nesse sentido a educação assume um caráter dinâmico, contínuo e
cooperativo, que acompanha toda a prática pedagógica e requer a participação de todos os
envolvidos nesse processo educacional.
A função específica da escola deve procurar garantir aos seus alunos a produção do
saber científico historicamente acumulado, sem esquecer as experiências de vida e a realidade
social daqueles a quem deve educar. Este aspecto tem Mérito de elevar o nível de consciência
crítica dos alunos e introduzí-los na atualidade histórica social da sua época, possibilitando-
lhes uma atuação consistente e competente na transformação histórica da sociedade.
A avaliação é ato social em que a sala de aula e a escola devem refletir o
funcionamento de uma comunidade de indivíduos pensantes e responsáveis, que conhecem
sua posição na relação com outras comunidades.
Em arte, a avaliação deverá ser contínua, cumulativa, diagnóstica e criadora de
estratégias que possibilitem o entrelaçamento do conceito com a construção cultural.
A avaliação poderá ser feita através de provas escritas, orais, seminários, pesquisas e
atividades práticas, obedecendo a proposta do projeto político pedagógico da escola.
5. REFERÊNCIAIS
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. 9. Ed. Rio de janeiro: Guanabara, 1987.
OSTROWER, Fayga. Universo da Arte. 7. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1991.
PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência da educação. Departamento
de Ensino Fundamental. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
educação Básica do Estado do Paraná: Ensino Fundamental- Arte. Curitiba, 2008.
_______.Cadernos Temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura afro-brasileira e
africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005.43p.
301
_______Orientações Curriculares de Educação Artística. Texto preliminar, julho 2005.
Versão preliminar, julho 2006.
MARIA, Luzia de (2002): Drummond um olhar amoroso. Rio de Janeiro, Leo Christiano
Editorial.
PILETTI, Nelson (2001): Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental do Rio de
janeiro, Editora Ática.
MARTINS, Mirian Celeste. Didática do Ensino da Arte A Língua do Mundo; Poetizar, fruir, e conhecer arte FTD. 1998 ALMEIDA, Betânio de. A Educação Estético Visual no Ensino Escolar. Ed. Livros Horizontes.1980 CUMING, Robert. Para Entender a Arte. São Paulo. Ática
302
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA - BIOLOGIA
Sendo o fenômeno VIDA a razão da Biologia, não podemos dissociá-la dos diversos
aspectos da evolução do planeta Terra. Observa-se que em cada momento da história da
humanidade ocorreram diferentes concepções do Fenômeno Vida.
Na antiguidade, vemos os Pensamentos Biológicos descritivo, influenciados pela
religião.
Neste período, com a observação em grande variedade de espécies, surge Aristóteles
como fundador da zoologia, e Linné mais tarde como organizador do sistema de classificação.
Como o conhecimento estava voltado para a compreensão da natureza, surgem então as
primeiras universidades.
O pensamento Biológico Mecanicista é observado no século XV com aplicações da
prática do conhecimento.
Destacam-se Descartes, Redi e Newton. O foco da discussão era a origem da vida.
Período que se inicia o fracionamento dos organismos para estudar e compreender.
No século XVIII e XIX, influenciado pelas idéias de Erasmus Darwin, Lamark,
Charles Dawin, Mendel, Schleiden e Schwan, surge o Pensamento Biológico Evolutivo.
A descoberta de fósseis, coleta de animais, estudo da anatomia e embriologia trazem
maior interesse pela evolução, ampliando as idéias da ancestralidade.
No século XVIII e XIX, o uso da Biologia na medicina e na agricultura estimulou a
pesquisa, principalmente na área de bioquímica, biofísica e biologia molecular, contribuindo
para o surgimento da teoria celular.
Baseando se nas descobertas de Mendel surge o Pensamento Biológico da
Manipulação Genética, com a participação de Thomas Hunt Morgan.
Com desenvolvimento aumenta a preocupação das implicações sobre o Fenômeno
Vida.
Em 1838, abre no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro o primeiro curso de
Ensino Médio no Brasil.
O ensino era pautado no Pensamento Mecanicista descritivo, com livros importados da
França.
Em 1930 os primeiros cursos superiores de Ciências Naturais priorizavam o ensino
descritivo, livresco, teórico e memorístico.
Em 1946, pós-guerras mundiais, ocorreram muitas produções científicas.
As aulas práticas eram meramente ilustrativas.
303
Em 1946, o Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECC) se
preocupou com a qualidade do ensino. Nesse ano também teve a produção de materiais
didáticos.
Com a corrida espacial em 1950, o interesse pelas ciências aumentou.
Em 1960, o Biological Sciences Curriculum Study (BSCS) construiu o material
curricular com conteúdos de bioquímica, ecologia e biologia celular, com a intenção de
formar futuros cientistas. Nessa época a escola no Brasil era elitista.
Ainda em 1960, ocorrem mudanças no ensino. Em 1961, a LDB 4024 apresentou a
ciência como fator de desenvolvimento.
Em 1970, as questões ambientais, as implicações do desenvolvimento tecnológico e
científico começaram a se destacar no cenário mundial.
Com a reformulação do Ensino Básico, com a Lei 5692/71, as escolas deixaram de
formar o futuro cientista ou profissional liberal para formar o trabalhador.
Em 1980, ocorreu a redemocratização do Brasil e dos movimentos Pedagógicos.
Uma década após a influência do construtivismo, ainda se observava, em sala de aula
características tradicionais.
Nas décadas de 80 e 90, a Secretaria da Educação do Estado do Paraná iniciou um
programa de reestruturação do ensino de 2°grau.
Embasada na teoria histórico-crítica, a nova proposta estabelece seis temas:
1. relações dos seres vivos e seu meio ambiente;
2. organização dos seres vivos;
3. classificação dos seres vivos;
4. hereditariedade e ambiente;
5. desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia;
6. saúde humana.
Com o objetivo de superar o ensino tradicional e tecnicista, com a pedagogia histórico-
crítica em 1998, temos as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM)
com estudos em áreas de conhecimento de Biologia – Ciências da Natureza, Matemática e
suas Tecnologias.
Nos PCN temos uma tendência neoliberal, focalizando as competências e habilidades
dos alunos, na qual os projetos são vistos como necessários para a vida do aluno. Os
conteúdos são apresentados de forma reducionista, com ênfase nos resultados da Ciência e
omissão do seu processo de produção histórica.
304
As DCE’s fundamentam-se na concepção histórica da Ciência articulada aos
princípios da Filosofia da Ciência.
Nesta perspectiva, são definidos os Conteúdos Estruturantes e encaminhamentos
metodológicos, a partir da dimensão histórica da Biologia e de marcos conceituais da
construção do pensamento biológico.
A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser entendida e
compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano e
determinada pelas necessidades materiais deste em cada momento histórico. Sofrendo a
influência das exigências do meio social e das ingerências econômicas dele decorrentes ao
mesmo tempo em que nelas interfere.
É objetivo de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua diversidade de
manifestação, assim como as ciências a Biologia não é um saber neutro, mas sim, um
conjunto de fatos científicos socialmente produzidos numa sociedade historicamente
determinada. Com crescente valorização do conhecimento e a capacidade de inovar exige
pessoas capazes de aprender continuamente. Para tanto, a Biologia deve permitir a
compreensão dos avanços tecnológicos, considerando a Bioética, a diversidade cultural,
étnico-racial e o desenvolvimento sustentável, visando bens coletivos priorizando a
conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
Deve relacionar a disciplina de Biologia a diversos conhecimentos específicos entre si
e com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes.
Os Conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem
hierarquizados.
2.1 Organização dos Seres Vivos
Compreender e conhecer a diversidade biológica de maneira a agrupar e caracterizar
as espécies extintas e existentes.
305
Classificação, estudos microscópicos, avanços no campo da Biologia Celular, no
funcionamento dos órgãos e dos sistemas, nas abordagens genética, evolutiva, ecológica e da
Biologia Molecular.
Este Conteúdo Estruturante parte do pensamento biológico descritivo para conhecer,
compreender e analisar a diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a
influência dos demais conteúdos estruturantes, introduzindo-se o estudo das características e
fatores que as determinam.
2.2 Mecanismos Biológicos
Analisa o funcionamento dos sistemas orgânicos dos seres vivos.
Estuda a locomoção, digestão, respiração, componentes celulares e suas funções.
Faz uma comparação evolutiva.
Visão mecanicista do pensamento biológico, macroscópica, descritiva e fragmentada
da natureza.
2.3 Biodiversidade
Entende a Biodiversidade como um sistema complexo de conhecimentos biológicos,
interagindo num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a
diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza,
além dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o
ambiente, possibilitando uma compreensão sobre a organização natural dos seres vivos,
despertando o pensamento evolutivo.
2.4 Manipulação Genética
Conceito biológico Vida como fato natural, independente da ação do homem.
Implicações dos conhecimentos de biologia molecular.
Aplicações do conhecimento biológico, este que interfere e modifica o contexto de
vida e da humanidade, e requer a participação crítica de cidadãos responsáveis pela Vida.
306
CONTEUDOS BÁSICOS
- Classificação dos seres vivos: critérios taxionômicos e filogenéticos.
- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
- Biologia Celular: aspectos físicos e químicos.
- Perpetuação das espécies e embriogênese.
- Teorias evolutivas.
- Transmissão das características hereditárias: genética
- Teorias evolutivas.
- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o
ambiente.
- Histologia animal.
- Engenharia genética
Os conteúdos básicos têm por finalidade direcionar a organização da proposta
pedagógica curricular, tendo como abordagem, conhecimentos fundamentais para cada série
do ensino médio.
A proposta pedagógica curricular nos permite uma visão ampla dos conteúdos,
proporcionando a praticidade em articular os conteúdos básicos com os conteúdos
estruturantes.
3. METODOLOGIA
Com a necessidade da compreensão do fenômeno VIDA, propõe-se uma articulação
entre os meios e os conteúdos, na perspectiva de retomada histórica, da disciplina escolar e
seus determinantes: políticos, sociais e ideológicos.
Apresentar conteúdos específicos e relacioná-los a outras áreas do conhecimento,
proporcionando uma reflexão constante sobre as mudanças conceituais em função da própria
evolução planetária, permitindo assim, uma nova postura diante dos fenômenos biológicos.
Os debates, a aula dialogada, a leitura, a escrita, a atividade experimental, o estudo do
meio, entre tantas outras, devem favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas
percepções em relação ao conhecimento prévio dos fenômenos biológicos assim como o
respeito à diversidade. Mostrar ao aluno que ele faz parte do contesto “Planeta Terra”, sendo
307
assim, promover e conduzir conteúdos referentes a Historia e Cultura Afro-Brasileira
conforme Lei n.10.639/03, Cultura dos Povos Indígenas, conforme Lei n.11.645/08 e
Educação Ambiental, conforme Lei n. 9795/99.
Proporcionar uma interação entre conteúdos específicos oportunizando exposição de
assuntos como: Direitos Humanos; Violência; Drogas; Gênero e Diversidade Sexual e
Educação do Campo.
Os conteúdos específicos de Biologia segundo Saviani (1997) e Gasparin (2002),
necessita apoiar-se em processos pedagógicos como:
• Prática social;
• Problematização;
• Instrumentalização;
• Catarse;
• Retorno á pratica social.
Para cada conteúdo estruturante, propõe-se trabalhar os seguintes conteúdos:
3.1 Organização dos Seres Vivos
· metodologia descritiva;
· observação e descrição dos seres vivos
· discussões;
· metodologia que permita uma abordagem na tentativa de conhecer e compreender a
diversidade biológica, considerando a história;
· pensamento biológico EVOLUTIVO.
3.2 Mecanismos Biológicos
Paradigma mecanicista para explicar os MECANISMOS biológicos (como os sistemas
biológicos funcionam).
3.3 Biodiversidade
Paradigma evolutivo;
308
Parte das contribuições de Lamark e Darwin para superar as idéias fixistas;
Relaciona os conceitos da genética, evolução e ecologia para explicar a diversidade
dos seres vivos.
3.4 Manipulação Genética
Paradigma manipulação genética;
Análise sobre as implicações dos avanços biológicos;
Ênfase na problematização, em provocações e na mobilização do aluno por busca de
conhecimentos necessários para resolver problemas;
Leituras críticas;
Imagens em vídeo, transparências, fotos, textos de apoio;
Aulas dialogadas, experimentação, demonstrações, estudo do meio, jogos didáticos
podem ser algumas metodologias para este conteúdo estruturante.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento cuja finalidade prática é obter informações necessárias
sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela interferir e reformular os processos
de aprendizagem é indispensável uma vez que permite ao professor recolher, analisar e julgar
dados sobre a prática pedagógica e ao mesmo tempo verificar a qualidade do desempenho de
seu trabalho.
A avaliação deve ser: diagnóstica, diária, contínua e qualitativa onde se analisa a
participação do aluno em sala de aula e interesse nas atividades propostas pelo professor.
A avaliação é um dos aspectos do processo ensino-aprendizagem que mais se faz
necessária para uma retomada da ação pedagógica, favorecendo a uma reflexão crítica de
idéias e comportamentos docentes de “senso comum” muito persistente (CARVALHO,
2001).
Conceber e utilizar a avaliação em Biologia, como instrumento de aprendizagem que
permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
Toda avaliação deve ser registrada, seja como observação ou através de testes
objetivos e subjetivos, pesquisas e relatórios.
É assim que o professor verificará de forma reflexiva todo o seu trabalho pedagógico
se houve ou não assimilação e compreensão dos alunos em relação ao que foi trabalhado.
309
De acordo com o PPP da escola, a avaliação é trimestral e será composto pela
somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero), referente a atividades diversificadas, mais a nota
5,0 (cinco vírgula zero) proveniente de duas provas orais e/ou escritas.
È oportunizado aos alunos a recuperação de estudos de forma permanente
concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. A recuperação terá os registros de notas
expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE-MAIA, N. A CIÊNCIA POR DENTRO. Petrópolis: Vozes, 1990.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. DIRETRIZES CURRICULARES DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – Biologia, 2008.
PEZZI, A; GOWDAK, D. O.; MATTOS, N.S. COLEÇÃO BIOLOGIA. 1ª ed. São Paulo,
2010.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Unidade pólo – Ensino Fundamental e
Médio.
310
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física, foi instituída no ano de 1882, após um projeto denominado,
reforma do ensino primário. Rui Barbosa emitiu um parecer que entre outras conclusões
afirmou a importância da ginástica, elevando-a em categoria e autoridade com as demais
disciplinas. Desde então ela vem sofrendo transformações, influências por vários segmentos
como instituições médicas, militares, políticas, bem como por modelos pedagógicos, mais
recentemente a promulgação da Lei 5692/71, tornou-se obrigatória nas escolas e passou a ter
uma legislação específica, integrando a mesma como atividade escolar regular e obrigatória
no currículo de todos os cursos e sistemas de ensino.
A Educação Física é a área do conhecimento que propicia ao aluno a cultura
corporal do movimento e todas as implicações que essa cultura provoca, como o lado
emocional, de lazer, manutenção e melhoria da qualidade de vida, relações interpessoais e
sociais de uma forma mais abrangente. Diante dessas considerações a Educação Física deve
possibilitar uma reflexão a respeito da sua prática, levar o educando a uma leitura crítica das
relações sociais que se apresentam na sociedade e manifestam-se nas práticas desenvolvidas
no fazer pedagógico, interpretando as relações que o cercam e exercitando o respeito humano,
bem como os princípios e valores inerentes ao ser humano.
Objetivos Gerais da Disciplina de Educação Física
• Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido;
• Expor o campo de intervenção da educação física, para além das abordagens centradas
na motricidade;
• Construir os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e
estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno;
• Adicionar a inclusão;
• Superar da educação física o caráter de mera atividade de “prática pela prática”;
• Demonstrar a potencialização das formas de expressão do corpo;
a- Do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama;
b- Do grupo em estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;
311
c- Do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o que foi
proposto pelo próprio grupo, levando a reflexão das formas já naturalizadas de
preconceitos, sobre a domesticação e violência em relação ao corpo;
• Utilizar da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar conceitos
próprios a partir de seu entendimento da realidade bem como relatá-los com clareza e
coerência, relacionando os referenciais trabalhados nas aulas de educação física e
associando-os às outras áreas do conhecimento, partindo de análises próximas e suas
relações com o mundo globalizado;
• Aplicar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o coletivo.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
1.1 ESPORTES
� Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
� Analisar a possível relação entre o esporte de rendimento X qualidade de vida.
� Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
� Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
� Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de tabelas, de
acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre
outros).
� Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.
� Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre
o fenômeno Esporte.
� Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:
� Enquanto meio de Lazer.
� Sua função social.
� Sua relação com a mídia.
� Relação com a ciência.
� Doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.
� Nutrição, saúde e prática esportiva.
� Analisar a apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
312
1.2 JOGOS E BRINCADEIRAS
� Analisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
� Organização de eventos.
� Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de
lazer.
� Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
1.3 GINÁSTICAS
� Analisar a função social da ginástica.
� Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.
� Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).
� Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.
� Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da ginástica com:
tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força;
fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição
corporal, desvios posturais,
� LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da Ginástica pela
Indústria Cultural entre outros.
� Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a
sistematização e planejamento de treinos.
Organização de festival de ginástica.
1.4 DANÇA
� Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artes
marciais, técnicas, táticas estratégias, apropriação da Luta pela Indústria Cultural, entre
outros.
� Analisar e discutir a diferença entre Lutas e Artes Marciais.
� Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira enquanto
jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção e instrumentos, movimentação,
roda etc.
313
1.5 ELEMENTOS ARTICULADORES
� O corpo que brinca e aprende= manifestações lúdicas
� O desenvolvimento corporal e construção da saúde
� A relação do corpo com o mundo do trabalho
� O lazer como elemento essencial à promoção da qualidade de vida
� A diversidade étnico-racial e sua relação com o conhecimento do mundo esportivo
� A mídia e sua influência no esporte-espetáculo
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação Física procurando a integração com o trabalho desenvolvido na escola,
coloca o seu programa curricular no mesmo patamar de seriedade e compromisso com a
produção de conhecimento que conduzirá o processo de ensino e aprendizagem. Este processo
será caracterizado pela participação efetiva do aluno e professor com trocas de experiências,
no desenvolvimento das autonomias do educando e o professor como educador.
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido, levando-se em
conta o momento político, histórico, econômico e social em que está inserido, seguindo as
estratégias=prática social, problematização, instrumentalização, catarse e retorno à prática
social.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação (aluno) para a construção
do conhecimento escolar.
A PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, é o momento em que a prática social é
colocada em questão, analisada e interrogada.
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é colocado à disposição dos alunos para que assimilem e o recriem, ao
incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e profissional (Gasparim,
2002 p.53).
A CARTASE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que assimilou.
O RETORNO A PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo pedagógico na
perspectiva histórico crítica.
314
4. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que poderá ser
individual ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida em forma de notas que
serão registradas no livro de classe (Projeto Político Pedagógico).
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá para revisitar
o processo desenvolvido para identificar lacunas na aprendizagem, bem como planejar e
propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas nas
diversas manifestações corporais, evidenciadas nas = brincadeiras, jogos, ginásticas, esportes
e danças.
5. REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter, A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Cadernos
CEDES, v.19 n.48. Campinas, 1999.
Introdução às diretrizes curriculares. Prof. Yvelise F.S. Arco-Verde (Org.) Curitiba PR.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Física para
o Ensino Médio e Fundamental – Paraná – 2008.
315
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: FILOSOFIA
A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A
filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si
mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos
além de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a
ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte;
pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana. Diz-se que a Filosofia incomoda
certos indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do
mundo. Isto é, questiona a prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e
artística.
Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino
Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a
ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os homens, em
cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e
deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do
problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a disciplina de
Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os
alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.
Objetivos Gerais:
• Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no
processo social através da busca do esclarecimento dos universos que
tecem a existência humana: trabalho, relações sociais e cultura
simbólica;
• Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando
a formação de juízos de valor que subsidiem a conduta do sujeito
dentro da escola e fora dela;
316
• Estimular a atitude de respeito mútuo e o senso de liberdade e
responsabilidade na sociedade em que vive considerando a escola como
parte da vida do aluno.
• Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão
de conceitos, argumentação e problematização.
Objetivos Específicos:
• Oportunizar momentos que facilitem o pensar e o pensar sobre o pensar;
• Trabalhar com textos que incluam termos e conceitos cotidianos que facilitem
a interação no contexto social;
• Debater questões contemporâneas que facilitem a compreensão da realidade a
partir dos problemas filosóficos destacados;
• Realizar atividades que levem o aluno a perceber a multiplicidade de pontos
de vista e articulações possíveis entre os mesmos;
• Ler textos filosóficos de modo significativo;
• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros;
• Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo, de forma
reconstruir os conceitos aprendidos;
• Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando
de posição em face de argumentos mais consistentes.
• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos
discursivos das diversas áreas do conhecimento, e em outras produções
culturais através da produção de conceitos.
• Articular teorias filosóficas e o tratamento de temas e problemas científicos
tecnológicos éticos e políticos, sócio-culturais com as vivências pessoais.
• Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem
317
específica quanto em outros planos: o pessoal, o entorno sócio-político,
histórico e cultural; a sociedade científico-tecnológica.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Os conteúdos apresentados nessa proposta curricular segue as orientações da
DCE de Filosofia, o qual organizou-se também o livro didático público de Filosofia, a partir
de conteúdos denominados conteúdos estruturantes, ou seja, conteúdos que se constituíram
historicamente e são basilares para o ensino de filosofia:
• MITO E FILOSOFIA;
• TEORIA DO CONHECIMENTO;
• ÉTICA;
• FILOSOFIA POLÍTICA;
• ESTÉTICA E;
• FILOSOFIA DA CIÊNCIA.
A partir dos conteúdos estruturantes, adaptamos os conteúdos específicos e
complementares que irão ser trabalhados com os alunos no decorrer do ano letivo.
I – MITO E FILOSOFIA
O que é mito;
Passagem do mito à Filosofia/Razão;
Filosofia, Mito e senso comum;
Nascimento da Filosofia ou surgimento da Filosofia;
Ironia e Maiêutica;
O que é Filosofia;
Mitos contemporâneos;
Mitologia grega/deuses da Mitologia;
O mito da Filosofia, continuidade e ruptura;
As funções do Mito;
318
A contradição do Mito na História;
Contra ideologia;
Mito e Filosofia;
Trajetória da Filosofia;
Campos e reflexões filosóficas.
II – TEORIA DO CONHECIMENTO
• O problema do conhecimento;
• Filosofia e método;
• Perspectiva do conhecimento;
• A Filosofia e o conhecimento em si;
• Trabalho e realização;
• Trabalho alienado;
• O mundo do trabalho e as formas de alienação;
• Conseqüências de alienação na vida social e individual;
• Trabalho realizador e ócio na sociedade contemporânea;
• Os diversos tipos de conhecimentos nos diversos períodos da Filosofia
Antiga;
• Patrística, Medieval, moderna, contemporânea).
III – ÉTICA
• Concepções éticas;
• Liberdade;
• Liberdade em Sartre
• Autonomia e Liberdade
• Objeto da Ética;
• Ética e moral;
319
• O que é valor
a) valores universais
• Determinismo;
• Virtude em Aristóteles e Sêneca
• Amizade
• Poder e força / Estado e Poder
• As relações étnicas: autonomia, heteronomia e anomia;
• Constituinte do campo ético.
• A moral na História;
• A tolerância como virtude;
• Juízo de fato e de valor;
• Cultura Afrobrasileira e africana / Cotas;
• Movimento Feminista – Lei Maria da Penha
• O caso brasileiro
• Moral e Ética
320
IV – FILOSOFIA POLÍTICA
• Invenção da Política;
• Essência da Política;
• Política e Poder;
• Política e Violência;
• Jusnaturalismo / Contratualismo e Materialismo;
• Liberalismo /Neoliberalismo;
• Estruturas de governo;
• Os Partidos Políticos;
• O caso brasileiro;
• Fundamentalismo religioso e a Política contemporânea;
V – FILOSOFIA DA CIÊNCIA
• Concepções de ciência;
• Progresso da ciência;
• Bioética;
• Senso comum e ciência;
• Atitude científica.
• Cientificismo;
• Caráter provisório da ciência.
VI – ESTÉTICA
• Pensar a Beleza;
• A beleza da cultura afro e indígena;
• A Universidade do gosto;
• Necessidade ou fim da arte;
• Cinema e uma nova percepção;
• A arte como forma de conhecer o mundo;
321
• Arte e sociedade;
• Estética e desenvolvimento da sensibilidade e da imaginação
• Concepções de Estética; • Arte e Filosofia;
a) valores universais
288
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as
aulas serão no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir,
planejar e expor idéias, bem como ouvir e respeitar as de outrem configurando um sujeito
crítico e criativo. Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado
exigir: a sensibilização propriamente dita (através de um problema, questionamentos dos
próprios alunos, uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura ao debate),
estudo e reflexão de textos de caráter filosófico - ou que possam dar margem à reflexão de
cunho filosófico. Redação e apresentação de trabalhos, em que os alunos demonstrarão ou não
a apreensão dos temas e problemas investigados através da criação de conceitos. Dessa forma,
cremos estar caminhando em direção ao desenvolvimento de valores importantes para a
formação do estudante do ensino médio: solidariedade, responsabilidade e compromisso
pessoal.
4. AVALIAÇÃO
A proposta de trabalho para os alunos e a Avaliação ocorrerá no sentido de
contribuir tanto para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o
desenvolvimento do aluno; permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua
contribuição para a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e som ativo (em
caráter de zero a dez), conforme o desempenho individual e/ou coletivo. Serão adotados
como instrumentos, além da auto-avaliação:
• Textos produzidos pelos alunos;
• Participação em sala de aula;
• Atividades e exercícios realizados em classe ou extra classe;
• Atividades de pesquisa através do laboratório de informática;
• Testes escritos;
• Apresentação dos temas (oral ou escrita) em estudo;
• Registro das aulas, conforme a necessidade.
290
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: FÍSICA
A Física é uma ciência que tem objeto de estudo, o Universo em toda a sua
complexidade, propõe aos estudantes o estudo da natureza. Contribui para despertar o espírito
crítico do educando, levando a questionar, refletir e estudar o mundo que o rodeia, preparando
para o início da cidadania e ao mundo do trabalho.
Numa economia globalizada onde os fatos econômicos são caracterizados pela
incorporação tecnológica de base micro eletrônica nos setores produtivos e a informatização
caracterizada pelas tecnologias de informações numa economia globalizada.
Pode se afirmar que a tecnologia e as ciências não são neutras, pois elas são resultados
da ação humana sobre a matéria, num processo que envolve o uso de meios de produção, com
base em energia, conhecimento e informação. Num contexto científico que se manifesta de
acordo com o momento político, econômico e social que se combinam mantendo a tecnologia
em processo de construção. Em consequência disso entendemos que a Física deve contribuir
para a formação de sujeitos, porém através de conteúdos que dêem conta do entendimento do
objeto de estudo da Física, ou seja, a compreensão do universo, a sua evolução, suas
transformações e as interações que nele se apresentam.
Com o desenfreado avanço tecnológico é essencial que o educando compreenda e
manuseie instrumentos tecnológicos de seu dia-a-dia.
Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico a humanidade observa a
natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência.
Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos
gregos em explicar as variações climáticas observadas nos céus (astronomia), talvez a mais
antiga das ciências e, com ela, o início dos movimentos.
As pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até o período do
Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida a Geometria Euclidiana,
a Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150 d.C) e à Física de Aristóteles (384 – 322 a.C).
A insuficiência dos modelos explicativas do Universo exigiu novos estudos que
produziram novos conhecimentos físicos. Tais estudos foram estimulados pelas mudanças
econômicas, políticas e culturais iniciadas no final do Século XV com a ampliação da
sociedade comercial.
Esses acontecimentos acentuaram-se ao longo dos séculos seguintes, levaram ao fim a
sociedade medieval e abriram caminho para a Revolução Industrial no Século XVIII.
291
Na Inglaterra, na segunda metade do Século XVIII, o contexto social e econômico
favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas a vapor à
industria trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuir para grandes
transformações sociais e tecnológicas e também para o desenvolvimento da Termodinâmica
(conhecimento técnico).
Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje
compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar.
Esses conteúdos fundamental a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que
o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo – doravante serão denominadas
“conteúdos estruturantes”. Os conteúdos estruturantes devem permear todas as séries.
A lei nº 10.639/2003; a deliberação nº 04/06 CEE e a instrução nº 017/2006 SUED que
estabelece a obrigatoriedade da temática “história e cultura afro-brasileira”.
MOVIMENTO: No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as idéias de
conservação de momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e leis de
conservação, em particular da Lei da Conservação da Energia.
TEMODINÂMICA: No campo da termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a partir
das Leis da termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor (entendido
como energia em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de energia, sobretudo
os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs.
ELETROMAGNETISMO: Estudar o eletromagnetismo possibilita compreender carga
elétrica, o que pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas,
ao estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no tempo leva à
idéia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo magnético, o que
leva às equações de Maxwell. O trabalho sobre o eletromagnetismo enseja, ainda, tratar
conteúdos relacionados a circuitos elétricos e eletrônicos responsáveis pela presença da
eletricidade e dos aparelhos eletroeletrônicos no cotidiano, com a presença da eletricidade em
nossas casas. Esses temas ainda são objetos de estudo em muitas pesquisas, sejam relativas à
tecnologia incorporada aos sistemas produtivos ou aos novos materiais e técnicas. Ao serem
292
abordados na escola, é preciso considerar, também, seu papel nas mudanças econômicas e
sociais da sociedade contemporânea, bem como o fato de não serem acessíveis a todos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
Momentun e inércia;
- conservação de quantidade de movimento
(momentun)
- variação da quantidade de movimento = impulso
- 2ª Lei de Newton;
- 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;
- energia e o princípio da conservação da energia;
- gravitação;
Termodinâmica
- Leis da Termodinâmica;
- Lei zero da Termodinâmica;
- 1ª Lei da Termodinâmica;
- 2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
- carga corrente elétrica, campo e ondas
eletromagnéticas;
- força eletromagnética,
- Equações de Maxwell, Leis de Gauss para
eletrostática, Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei
de Gauss magnética, Lei de Faraday.
- carga corrente elétrica, campo e ondas
eletromagnéticas;
- A natureza da luz e suas propriedades.
293
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do
conhecimento prévio do estudante, no qual incluem as concepções alternativas ou concepções
espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos
físicos no dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as
trazem para a escola quando inicia o processo de aprendizagem.
A partir do conhecimento físico, o estudante deve ser capaz de perceber e aprender em
outras circunstâncias semelhantes às trabalhadas em aula, para transformar a nova informação
em conhecimento.
Os modelos científicos buscam representar o real sob a forma de conceitos e
definições. Os modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a
respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que
compõem a Natureza.
O fazer ciência está associado a 2 tipos de trabalhos: um teórico e um experimental.
Em ambos, o objetivo é estabelecer um modelo de representação da natureza ou de um
fenômeno.
O conhecimento científico pode e deve ser tratado por meio de modelos, visto que o
conhecimento científico também é expresso através deles.
O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino da Física, mas
entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além
das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter
um valor numérico de grandeza.
A História da humanidade é capaz de mostrar a evolução das idéias e conceitos nas
diversas áreas do conhecimento. Em Física, essa evolução traçou um caminho pouco linear,
repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um objeto essencialmente
humano, que é a produção científica.
Entende-se que uma abordagem história dos conteúdos se apresenta útil e rica porque
auxilia os sujeitos a reconhecerem a ciência como construção humana, o que pode tornar o
conteúdo científico mais interessante e compreensível aproximadamente a ciência do
estudante.
A física também pode ser estudada através da experimentação. Os resultados de
muitas pesquisas em ensino de Física são unânimes em considerar a importância das
atividades experimentais para uma melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos.
294
É fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos na ciência, no
processo de construção do conhecimento científico.
É fato que o conhecimento científico evolui na medida em que suas hipóteses são
confirmadas por evidências experimentais. No entanto, é fundamental para a prática
experimental a presença constante de materiais e equipamentos que atendam a grupos
pequenos para facilitar a interação entre eles.
Há algum tempo, consideram o uso de texto no ensino de Física, existem dois tipos de
autores: a dos cientistas com veia literária e dos escritores com veia científica.
Para tal seleção, o professor deve considerar, ainda, a realidade social e cultural onde
a escola está inserida, sem esquecer que ela é, sobretudo, espaço de trabalho como
conhecimento e que também produz conhecimento escolar.
Convivemos diariamente com aparatos tecnológicos dos mais simples aos mais
sofisticados, “as tecnologias são produtos da ação humana, historicamente construídos,
expressando relações sociais das quais dependem, mas que também são influenciados por
eles. Os produtos e processos tecnológicos são considerados artefatos sociais e culturais que
carregam consigo relações de poder intenções e interesses diversos (OLIVEIRA: 2001, p.
101-102).
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser contínua e centralizada no desempenho do aluno em toda a
atividade desenvolvida, e terá função permanente de diagnóstico e acompanhamento do
processo pedagógico. Ou seja, seu objetivo principal será avaliar o processo de aprendizagem
como um todo, não será para verificar a apropriação do conteúdo, mas para a partir dela,
encontrar subsídios para intervir.
Deste modo, será diversificada por intermédio da apresentação de seminários e
exposições; pela elaboração de trabalhos escritos em grupo ou individualmente, pela
participação em sala de aula, além da efetivação de provas e projetos.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
- a compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino planejada;
- a compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
- a compreensão dos conceitos físicos presentes em textos não científicos;
295
- a capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis, e as teorias
físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da
Física.
A recuperação de estudos ocorrerá trimestralmente e todos os alunos poderão fazê-la.
Antes da avaliação de recuperação o conteúdo será revidado em sala.
5. REFERÊNCIAS
Convite à Física – Yoav Bem – Dov – Jorge Zahar Editor
Coleção explorando o Esino da Física – Volume n° 7, Ministério da Educação.
JÚNIOR, João Francisco. Itinerário de uma Crise: A Modernidade
MENEZES, L. C. A Matéria. São Paulo: SBF, 2005
ROCHA, J.F. (Org.) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: EDUFRA, 2002
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento
da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Física: Curitiba, 2008.
Revista Eletrônica de Ensino de Ciências
296
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: GEOGRAFIA “Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo
contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob
suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto da verdade
atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para
as críticas às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade
contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação
artística, nos contextos em que elas se constituem.”(DCEs / PR 2008).
O objeto de estudo da Geografia é o planeta Terra, bem como, as alterações
provocadas por fatores naturais, e, principalmente pelo Homem.
Estabelecer relações com a natureza fez parte das estratégias de sobrevivência dos grupos
humanos, que, através da observação foram adquirindo um melhor entendimento da dinâmica
dos elementos naturais, tais como: a dinâmica das estações do ano, a dinâmica dos ventos, o
movimento das marés, as variações climáticas. Conhecimentos que os ajudaram numa relação
maior com a natureza e modificá-la em benefício próprio.
Os Mesopotâmicos e Egípcios, por exemplo, analisaram os regimes fluviais dos rios
Tigre e Eufrates e Nilo respectivamente, associado aos estudos de geometria, para demarcarem
áreas de cultivo, já que as cheias desses rios contribuíam para o processo de irrigação de áreas
agricultáveis.
As incursões marítimas pelo Mediterrâneo e posteriormente pelo Atlântico, também
necessitaram de um maior conhecimento geográfico, com o intuito de expansão do Mundo
Conhecido até a Antiguidade Clássica, como forma de ampliação das fronteiras políticas e
econômicas.
Dessa forma a apropriação os conhecimentos geográficos é muito mais que um saber
escolar, pois o mesmo vincula-se diretamente com a vida do aluno, que detentor deste saber,
pode sem dúvida utilizá-lo como ferramenta de transformações pessoal, e, principalmente
social do Mundo no qual se insere
Objetivos Gerais
* Possibilitar um aprofundamento sobre as relações sócio espaciais nas diferentes escalas
geográficas.
297
* Estabelecer um estreitamento entre as relações dos conteúdos respeitada à maior
capacidade de abstração do aluno e sua possibilidade de formação conceitual mais ampla
* Desenvolver no aluno o conhecimento científico e tecnológico objetivando uma postura
crítica, reflexiva e investigadora, com autonomia de pensamento e ação, formação de hábitos
e atitudes em relação ao meio ambiente, desenvolvimento sustentável e manutenção de seu
habitat.
* Reconhecer o ser humano como agente de transformações intencionais por ele produzidas
em seu ambiente, sabendo que todo conhecimento científico produzido é fruto do estudo e
tecnologias de cada época histórica.
* Desenvolver no aluno o espírito de conhecimento da história da geografia no
desenvolvimento da humanidade.
* Promover o domínio do conhecimento relativo à biodiversidade e as relações ecológicas.
Da mesma forma, estabelecer uma visão analítica referente à variabilidade climática e suas
regiões de domínio.
* Elaborar uma análise crítica sobre a pesquisa científica, dos avanços científicos e
tecnológicos. Desta forma poderá ter clareza sobre as transformações sociais e físicas no
planeta.
* Estabelecer idéias sobre a Educação ambiental e o desenvolvimento humano, social,
político e econômico.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
A disciplina de Geografia deve relacionar diversos conhecimentos específicos entre
si e com outras áreas de conhecimento; priorizar o desenvolvimento de conceitos
cientificamente produzidos e propiciar reflexões constantes sobre as mudanças de tais
conceitos em decorrência de questões emergentes.
Os Conteúdos Estruturantes são interdependentes e não devem ser seriados nem
hierarquizados.
“Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do
conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de geografia, porque demarcam e
articulam o que é próprio do conhecimento geográfico”. (DCEs / PR).
Os mesmos são:
298
1. Dimensão econômica do espaço geográfico
� Deve possibilitar ao aluno a compreensão sócio-histórica das relações de
produção capitalista, para que ele reflita sobre as questões
socioambientais, políticas, econômicas e culturais, materializadas no
espaço geográfico.
2. Dimensão política do espaço geográfico
� Possibilitar que o aluno compreenda o espaço onde vive a partir das
relações estabelecidas entre os territórios institucionais entre os
territórios que a eles se sobrepõem como campos de forças sociais e
políticas.
3. Dimensão Cultural demográfica do Espaço Geográfico
� Perceber a construção cultural singular e também a coletiva, que pode
caracterizar-se tanto pela massificação da cultura quanto pelas
manifestações culturais de resistência.
4. Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
� Compreender a gênese da dinâmica da natureza bem como as alterações
nela causadas pelo homem, abordar também as questões da pobreza, da
fome, do preconceito, materializadas no espaço geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
� Fronteiras Naturais e Questão Ambiental
� Espaço Geográfico, Lugar e Paisagem
299
� A Representação do Espaço geográfico: a Cartografia
� A Formação do Espaço Natural: Placas Tectônicas e Estrutura Geológica
� A Formação do Espaço Natural: Dinâmica Interna e Externa
� O Espaço Brasileiro: Relevo e Estrutura Geológica
� A Erosão e a Contaminação dos Solos
� As Fronteiras Naturais do Mundo
� As Fronteiras Naturais do Brasil
� Impactos Ambientais em Biomas Brasileiros
� A Atmosfera e a Poluição do Ar Atmosférico
� O Espaço Natural Brasileiro
� Estado, Território e Fronteiras Políticas
� Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas
� Oriente Médio: Território e Territorialidade
� A Formação do Território Brasileiro
� Administração Político-Administrativa do Brasil
� População Mundial
� Fronteiras Econômicas
� Fronteiras Tecnológicas 3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
� Procura articular a teoria a prática, de forma, que ambas se
complementem numa perspectiva contextualizada.
� Trabalhar os conteúdos específicos, fazendo uma adequação bastante
seletiva dos mesmos, visando harmonizá-los com os conteúdos
estruturantes. Dessa forma dar-se-á um resultado mais eficaz da prática
pedagógica. Ainda é importante salientar que outros conteúdos podem
ser complementares aos programáticos, desde que estejam em articulação
com os primeiros.
Esta adaptação deve ser levada ao campo de discussão sempre que houver uma
situação emergente do campo geográfico, para que ocorra de fato uma justificativa a proposta
de trabalho.
300
O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do
conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente,
mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação
(CAVALCANTI, 1998).
Desta forma os conteúdos estruturantes se apropriaram dos seguintes aspectos:
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento cuja finalidade não é simplesmente aferir ao aluno
uma classificação numérica, ou seja, através de notas ou menções, mais sim tem o intuito da
formação integral do mesmo. Onde as notas são meramente indicadores para retomada da
prática pedagógica adotada pelo docente.
A partir dos levantamentos obtidos através do processo de avaliação, cabe ao
professor uma análise minuciosa das maiores dificuldades e potencialidades no contexto da
sala de aula.
A avaliação deve ser: diagnóstica, diária e contínua, onde se analisa a participação
do aluno em sala de aula e interesse nas atividades propostas pelo professor.
Conceber e utilizar a avaliação em Geografia, como instrumento de aprendizagem
que permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.
Toda avaliação deve ser registrada também, através de testes objetivos e subjetivos,
pesquisas, relatórios, empenho e criatividade. Verificará de forma reflexiva todo o seu trabalho
pedagógico se houve ou não assimilação e compreensão dos alunos em relação ao que foi
trabalhado.
5. REFERÊNCIAS
Lúcia Marina e Tércio, Geografia Geral e do Brasil. editora ática FREIRE-MAIA, N. A Ciência por Dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.
301
GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico- crítica: primeiras aproximações. Campinas/ SP:
Autores Associados, 1997.
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia. Curitiba. 2006
SEED, GOVERNO DO PARANÁ. Como Trabalhar a Lei. Nº 10.639/2003 e as Diretrizes
Curriculares para a Educação das relações Étnico-raciais e História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana na Escola. Curitiba. 2006
Livro Didático Público do Estado do Paraná – Secretaria de Estado da Educação.
Geografia– Ensino Médio. Curitiba SEED/.
302
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: HISTÓRIA
A História, enquanto disciplina escolar, terá como espaço de tempo abordado os
anos de 1970 até os dias atuais. Através deste recorte, objetiva-se expor as principais
características do currículo da disciplina, suas permanências e mudanças, juntamente com a
inserção da produção historiográfica nas práticas escolares. Além disso, as sugestões para os
conteúdos estruturantes devem privilegiar campos da investigação da história cultural, social,
econômica e política, com significativa tematização dos mesmos e à luz da Nova História
Cultural, inserindo-se, assim, conceitos relativos à consciência histórica e a reflexão.
A intenção e o objetivo da história é que o aluno desenvolva a capacidade de
observar, extrair informações e interpretar características da realidade do seu entorno,
estabelecendo relações entre as conjunturas atuais e históricas, pois quando nos propomos a
levar aos alunos os vastos conteúdos históricos, o mesmo não pode se limitar a uma simples
enumeração cronológica dos fatos ou pertencer ao modelo eurocentrista de estudo sobre a
História.
Dessa forma, o ensino de História favorece a formação do aluno com o cidadão,
construindo sua ética e sua cidadania, e possibilitando, de certa forma, que assuma a
participação nas esferas sociais, políticas, econômicas, através de uma crítica da realidade na
qual se insere, além de possibilitar ao aluno refletir sobre os seus valores e suas práticas
cotidianas e relacioná-las com as problemáticas históricas, proporcionando, por sua vez, uma
integração entre o passado e o presente.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Temas: Algumas Sugestões de Subtemas/conteúdos
1ª série – Cultura / trabalho
Produção cultural da
Humanidade
Religiosidade: - sociedades politeístas e teocráticas; - as grandes religiões monoteístas; - pluralidade religiosa; Comunicação escrita e produção do saber:
- os povos ágrafos; - da palavra escrita à palavra impressa; - o mundo em rede; - produção e apropriação das ciências;
303
O mundo do trabalho em
Diferentes épocas e Sociedades
- o conceito de trabalho; - relações de produção; - a construção do trabalho assalariado; - trabalho escravo e trabalho livre; - o trabalho da mulher, da criança em diferentes épocas e
sociedades; - terceirização, desemprego e trabalho informal no mundo
contemporâneo; 2ª série - Trabalho
O acesso a terra e a
propriedade em diferentes épocas e sociedades
- propriedade capitalista; - reforma agrária; - formas coletivas de propriedade;
A urbanização e a
Industrialização em Diferentes épocas e
Sociedades;
- as cidades na História; - Industrialização e vida urbana no século XIX; - Urbanização e industrialização nas sociedades
contemporâneas; - Industrialização e urbanização no Brasil; - Industrialização e urbanização no Paraná – estudo de
caso;
3ª série - Poder
O Estado e as relações de
poder em diferentes épocas e sociedades;
- O Estado no mundos antigo e medieval; - A formação dos Estados Nacionais; - O Estado Imperialista e a crise do Estado - Relações de poder e violência;
As relações de dominação
e resistência em diferentes épocas e sociedades;
- Relações de dominação e resistência nas sociedades
antigas; - Relações de dominação e resistência na Sociedade
medieval; - Relações de dominação e resistência na sociedade
moderna; - Relação de dominação e resistência na sociedade
contemporânea (séculos XVIII e XIX); - Relações de dominação e resistência na atualidade;
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Por possuir como princípio a recusa de uma concepção de história tida como pronta e
definitiva, sem diálogo com outras vertentes historiográficas, as Diretrizes Curriculares de
História, elaboradas por uma equipe de professores da SEED, possuem como fundamentação
304
teórico-metodológica o suporte na historiografia intitulada Nova História Cultural ou Nova
Esquerda Inglesa, que realizam a crítica aos modelos das “verdades”, das generalizações e dos
determinismos. Essa nova proposta metodológica norteia o trabalho dos professores de
história para que abordem com maior ênfase, em sala de aula, a história cultural, a história
“vista de baixo para cima”, a utilização de documentos históricos, tematização entre a macro e
a micro história, amenizando, desta forma, os modelos eurocêntricos e pré-estabelecidos.
A interdisciplinaridade da História comas demais Ciências Humanas deve ser encarada
como forma de contribuição para o saber histórico. Essas ciências auxiliares, tais como a
geografia, sociologia, antropologia, etc, ajudam o aluno a uma maior compreensão da
diversidade cultural e das diferentes formas de linguagem e expressões com a qual a História
trabalha.
Outras formas alternativas de encaminhar as práticas pedagógicas em relação à
Educação do Campo são projetos como: horta escolar, jardinagem, alimentação saudável,
remédios caseiros, plantio de mata ciliar, etc., de forma conjunta e articulada, inserida num
contexto maior da escola, sendo assumido pela comunidade escolar.
Referente à cultura afro-brasileira, o ensino de história procura demonstrar a
possibilidade do convívio pacífico dos diversos grupos étnico-raciais, reforçando a auto-
estima dos alunos negros e procurando demonstrar a importância de seus antepassados para a
formação da nação brasileira. Tudo isso possui o objetivo primordial de desconstruir o mito
da democracia racial, que é a condição necessária para se alterar a produção e o ensino da
história do negro no Brasil.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ser diagnóstica e contínua, através do desenvolvimento das
atividades em sala de aula e fora dela, pesquisas, textos, relatórios, questões de múltipla
escolha, cruzadas e outras, que possibilitarão uma análise crítica do processo de ensino-
aprendizagem tanto do professor quanto dos alunos.
Esse método avaliativo, articulado com os conteúdos estruturantes, deverá privilegiar
todos os educandos e não apenas aqueles que possuem facilidade de assimilação,
minimizando a competição e o individualismo e promovendo a socialização do conhecimento.
A recuperação dos estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
de ensino aprendizagem através da retomada de conteúdos a partir dos diagnósticos
oferecidos pelos instrumentos de avaliação utilizados.
305
Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também professores e a instituição
escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões práticas e discursivas e
principalmente em seus princípios políticos com qualidade e a democracia.
5. REFERÊNCIAS
BURNS, Edward Macnall. História da Civilização Ocidental: do homem das cavernas Às
naves espaciais – v. 1 e 2 . Ed São Paulo: Globo, 1999.
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HISTÓRIA / vários autores. Ensino Médio – Curitiba: SEED – PR, 2006.
PARANÁ. Semana de Estudos Pedagógicos Descentralizados – Educação no campo.
Curitiba: SEED, 2005.
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BERTONHA, J. F. Fascismo, Nazismo e Integralismo. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2002.
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306
HOUTART, François. Religião e modos de produção pré-capitalistas. SP:
PEDRO, Antonio. História da Civilização Ocidental: Integrada. São Paulo: FTD, 1997.
PILETTI, Nélson e PILLETI, Claudino. História e vida: da origem da humanidade à Idade
Média. V. III. Ed. Ática, São Paulo, 1999.
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SAES, Décio. A formação do Estado Burguês no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
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SEVCENKO, Nicolau. A corrida para o século XXI. São Paulo: Companhia das letras, 2001.
PETTA, N. L; OJEDA, E. C. B. História: Uma abordagem Integrada. 2ª ed. São Paulo,
Moderna, 2004.
NUNES, A. C.S; BERTELLO, M. A. Palavra em ação. Mini manual de pesquisa: História.
1.d. Uberlândia: Clarauto, 2003.
307
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
A Língua Portuguesa nem sempre teve papel de destaque no sistema de ensino do
país e, como disciplina, só passou a integrar os currículos nas últimas décadas do século XIX.
No entanto, as experiências de ensino de português começam com os jesuítas que as
utilizavam com o intuito exclusivo de catequizar os indígenas, servindo como “arma” no
intuito de manter a “obediência à fé, ao rei e à lei”.
Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às escolas de ler e escrever,
mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram de gramática latina
e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.
No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português
“era a língua da burocracia” (ILARI, 2007). A interação entre colonizados e colonizadores
resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos portugueses, num
primeiro momento, com vistas ao conhecimento necessário para a dominação da nova terra.
Essas línguas continuaram sendo usadas por muito tempo na comunicação informal por
grande parte da população não escolarizada.
Entretanto, a partir do século XVIII, essa situação de bilinguismo passou a não
interessar aos propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a colônia e, para isso,
a unificação e padronização linguística constituíram-se fatores de relevância.
Em 1758 um decreto do Marquês de Pombal tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do
Brasil, proibindo o uso da Língua Geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado
índios e produzido literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil.
Foi nesse contexto, e influenciado por alguns ideais iluministas, que o Marquês de Pombal
tornou obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil.
Dentro dessas medidas, em 1772, foi criado o subsídio literário, um imposto que insidia sobre
a carne, o vinho e a cachaça, e que era direcionado para a manutenção dos ensinos primário e
secundário. No entanto, a falta da infraestrutura e de professores especializados acabou por
gerar uma lacuna, que as aulas régias tentaram preencher. Além disso, a escolarização
sofria interferência da educação clássica e europeizante. Tal situação permaneceu até 1808,
com a vinda da família real ao Brasil.
Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino
superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que
emergia. Essas instituições de ensino, portanto, privilegiaram as camadas superiores da
308
sociedade. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e
escrever a língua portuguesa, continuaram negligenciadas.
Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa
passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo privilegiava as
disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância
(LUZ-FREITAS, 2004).
Seguindo os moldes do ensino de Latim, o ensino de Língua Portuguesa fragmentava-
se no ensino de Gramática, Retórica e Poética. Os professores eram “estudiosos autodidatas
da língua e de sua literatura, com sólida formação humanística, que, a par de suas atividades
profissionais (...) e do exercício de cargos públicos, que quase sempre detinham, dedicavam-
se também ao ensino” (SOARES, 2001, s/p).
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa
disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino
da Língua Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja
pela discussão dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção da
proposta.
A nossa proposta tem como base a concepção sociointeracionista de linguagem. Em
outras palavras, mais do que uma representação do pensamento ou um instrumento de
comunicação, entendemos linguagem como o produto da interação do sujeito com o mundo e
com os outros.
Nesse sentido, linguagem e sociedade são realidades indissociáveis: de um lado, é a
linguagem que possibilita ao homem apreender o mundo e posicionar-se criticamente perante
os outros. Por outro lado, são as atividades sociais e históricas dos homens que geram a
linguagem, suas renovações e alterações. É no espaço social que a linguagem garante sua
própria existência e significação.
O trabalho com gêneros, sejam eles os mais diversificados possíveis, no entanto não
exclui o ensino de gramática nem impede que o professor apresente regras gramaticais aos
seus alunos, contudo essas regras precisam reforçar a compreensão de que como se estrutura
um texto, como essas regras se juntam para produzirem determinados efeitos de sentido, e não
centrar-se apenas em suas nomenclaturas e classificações.
309
Este ensino deve ter por objetivo empregar a língua oral em diferentes situações de
uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão
implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos. Desenvolvendo o
uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais,
considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes
textuais e o contexto de produção/leitura. Como também, aprimorar, pelo contato com os
textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos,
propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a
expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita Propiciar o
contato com a Cultura Afro-Brasileira e Africana, ressaltando a contribuição dada à nação
brasileira e à valorização da diversidade étnico-racial;
Enfim, a partir dessas considerações, fica evidente que as DCEs (2009) propõem o
trabalho com uma língua “viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente
reflexiva e produtiva” (p. 48). Para isso, é importante que a escola considere as práticas
linguísticas que o aluno apresenta ao ingressar nela, para que daí sejam trabalhados os saberes
relativos ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para a construção do
multiletramento, possibilitando que seus alunos se utilizem da leitura, escrita e oralidade
como forma de participação na sociedade letrada.
2. CONTEÚDOS
GÊNEROS TEXTUAIS A SEREM TRABALHADOS NO ENSINO MÉDIO
- Contos
- Crônicas
- Contos de fada contemporâneo
- Textos dramáticos
- Narrativas em Geral
- Romance
- Sinopse de Filmes
- Charge
- Cartum
- Tiras
- Novela Fantástica
310
- Poemas
- Fábulas
- Textos argumentativos
- Diários
- Testemunhos
- Biografia
- Artigos de opinião
- Carta de leitor
- Carta ao leitor
- Reportagem / Notícia
- Manchete
- Editorial
- Letras de Música
- Paródia
- Propaganda / Slogan
- Carta de emprego
- Carta de reclamação
- Carta de solicitação
- Curriculum Vitae
- Resumo
- Resenha
- Relatório Científico
- Debate regrado
- Diálogo / discussão argumentativa
- Júri simulado
- Telejornal
- Teatro
- Blog
- Chat
- Fotoblog
- Vídeo Clip
* A partir de determinados gêneros será trabalhada as Escolas Literárias, baseando-se na
Estética da Recepção/Método Recepcional.
311
PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE – ANÁLISE LINGUÍSTICA
- Conteúdo temático
- Papel do locutor e interlocutor
- Intencionalidade do texto
- Finalidade do texto
- Informalidade
- Referência textual
- Argumentos do texto
- Conteúdo de produção
- Intertextualidade
- Discurso ideológico no texto
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, expressões facial, corporal e gestual, entre
outros
- Discurso direto e indireto
- Elementos composicionais do gênero
- Contexto de produção do texto literário
- Progressão referencial
- Léxico
- Adequação do discurso ao gênero
- Turnos de fala
- Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódia entre outras)
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto
- Partículas conectivas do texto
- Progressão referencial do texto
- Divisão do texto em parágrafo
- Processo de formação de palavras
- Acentuação gráfica/ortográfica
- Concordância verbal/nominal
- Sintaxe de regência
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das
classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,
negrito) figuras de linguagem
312
- Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia
- Adequação da fala ao contexto (uso de gírias, repetições, conectivos, etc)
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito
- Vícios de linguagem
- Elementos semânticos
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos de Língua Portuguesa serão trabalhados de forma a oportunizar o
domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, interligando teoria, prática e realidade,
possibilitando, desta forma, a emancipação e autonomia do educando em relação ao
pensamento e às práticas de linguagem.
A concepção sociointeracionista em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas
baseadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade,
privilegiando a relação teoria-prática, na busca da apreensão das diferentes formas do saber.
O trabalho com a prática da escrita poderá ser desenvolvido através de atividades de
discussão sobre o tema, leitura de textos sobre o mesmo assunto (gêneros diferentes),
adequação da linguagem ao gênero, organização de parágrafos, coerência e coesão textual,
argumentatividade, tipos de discursos, vícios de linguagem e outras. Nesse trabalho, tanto o
professor quanto o aluno precisam planejar o que será produzido; em seguida escrever a
primeira versão sobre a proposta apresentada e posteriormente fazer a revisão, reestruturação
e reescrita do texto. Por meio desse processo, o aluno perceberá que a reformulação da escrita
é um importante recurso para o aprimoramento dessa prática.
A prática da leitura compreende a análise de diferentes linguagens na forma verbal e
não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors...), cinética (sonora,
olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética. Os diferentes níveis de leitura possibilitam
identificar os elementos da construção do texto, localizar as informações explícitas,
subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto e
estabelecer relações intertextuais.
Os mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma descontextualizada,
mas a partir do texto, para que o educando possa reconhecê-los como elementos de construção
textual dos gêneros estilísticos e do cotidiano, pois o objetivo do ensino da língua é orientar
para o uso social da linguagem, de acordo com a norma padrão, utilizando-se a prática
orientada da produção oral e escrita de textos pertencentes aos diversos gêneros do discurso.
313
O ensino da Língua Portuguesa deve ter o texto como material lingüístico articulador
da metodologia. Portanto, as aulas terão como ponto básico o trabalho com o texto, entendido
como um material verbal, produto de uma determinada visão de mundo, de uma intenção e de
um momento de produção. O aluno desenvolverá, cada vez melhor, um controle sobre os
processos interacionais, utilizando também os recursos tecnológicos de informação e de
comunicação, tais como: televisão, rádio, Internet, as formas de uso dessas tecnologias e as
relações existentes entre elas e o homem.
Debates sobre os textos lidos, produção de textos sobre temas como: o racismo no
Brasil, cotas nas universidades para afrodescendentes, mercado de trabalho, etc. Discussões,
pesquisas e outras atividades que tenham como foco a criança e o jovem negro, a sua família
em diferentes contextos sociais e profissionais, o espaço dos afrodescendentes e de sua cultura
nos meios de comunicação em massa, interpretação de letras de músicas relacionadas à
questão racial, acesso aos gêneros musicais do samba e rap, produção de poemas referentes ao
povo afrodescendentes e sua cultura
O ensino da literatura será pensado a partir dos pressupostos teóricos da Estética da
Recepção e da Teoria do Efeito. Tendo também a Semiótica como uma teoria bastante eficaz
no estudo das significações, tendo por objetivo formar um leitor capaz de sentir e de expressar
o que sentiu, com condições de reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de
subjetividades que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que
está presente na prática de leitura. A escola, portanto, deve trabalhar a literatura em sua
dimensão estética.
Trata-se, de fato, da relação entre o leitor e a obra, e nela a representação de mundo do
autor que se confronta com a representação de mundo do leitor, no ato ao mesmo tempo
solitário e dialógico da leitura.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção que ele
significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de
pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura
coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão preenchidos conforme o
conhecimento de mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças, os valores, etc.,
que o leitor carrega consigo.
314
4. AVALIAÇÃO
A avaliação na condição de contínua e diagnóstica aponta as dificuldades, possibilita
que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo
(professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.
Avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades básicas:
apresentar aos alunos seus progressos, avanços, dificuldades e possibilidades no processo
ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua prática
em sala de aula. Assim, o professor, além de observar em que medida e com que diversidade
os objetivos foram alcançados, pode planejar e decidir se é preciso intervir ou modificar as
atividades que vem propondo.
A avaliação, entendida como constitutiva da prática educativa, não pode estar ancorada
em momentos específicos ou entendida como documento burocrático do rendimento dos
alunos. Por isso, deve ser contínua, diagnóstica e dialógica. Contínua, porque deve ocorrer em
todo o processo ensino-aprendizagem; diagnóstica porque tem, como finalidade, detectar
dificuldades que possam gerar ajustes ou mudanças da prática educativa; dialógica, porque
não se aplica apenas aos alunos, mas ao ensino que se oferece.
Portanto, essa avaliação será processual, contínua e participativa,,envolvendo
atividades de escrita, compreensão de textos, focos gramaticais, exercícios de fonética e
literatura. Sendo assim, o professor será flexível, e deverá verificar e valorizar o progresso do
aluno envolvendo-o num trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem.
Os procedimentos relacionados a seguir podem ser usados para efetivar o processo de
avaliação.
Auto-avaliação: Os alunos, no final de cada unidade ou de cada projeto, podem registrar seu
desempenho nos trabalhos realizados, suas dificuldades e progressos em atividades
consideradas importantes. Assim, aos poucos, pretende-se que o próprio aluno tome
consciência do que sabe, do que deve aprender,
Avaliação longitudinal: No final de um determinado período, os textos devem ser
comparados (ou diferentes versões de um mesmo texto) produzidos por um mesmo aluno e
verificar os avanços e problemas que apresentam. Assim, o professor, se for o caso, poderá
reorganizar suas estratégias de abordagem ou procedimentos em relação a determinados
conteúdos.
315
Avaliação tradicional: A avaliação tradicional, a "prova" individual, deve ser considerada
como apenas mais um dentre os vários instrumentos de diagnóstico. Mais do que atribuir
notas, é importante que tal avaliação permita, ao aluno, ser informado qualitativamente sobre
o que precisa aprender. Anotações e comentários do professor devem oferecer indicações
claras que possibilitem progressos efetivos.
Avaliação formativa: Considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a
intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa o professor e o aluno acerca do ponto
em que se encontram, ajuda-os a refletir. Faz o professor procurar caminhos para que todos os
alunos aprendam e participem mais das aulas. Sob essa perspectiva, pode ser realizada
levando em consideração os seguintes aspectos:
Oralidade: Será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa
entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso
deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a
participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor
suas idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao
defender seus pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos
orais com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de
suas próprias falas, mais ou menos, tendo em vista o resultado esperado.
Leitura: Ao ser avaliada, deve-se considerar as estratégias que os estudantes empregaram em
seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao
texto. Não é demais lembrar que a avaliação deve considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos. O professor pode propor questões abertas,
discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a
partir do texto.
Escrita: É preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como
produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua
produção e o resultado dessa ação. Na produção textual, os critérios e parâmetros de avaliação
devem estar bem claros para o professor e definidos para o aluno, que precisa estar inserido
em contextos reais de interação comunicativa. É a partir daí que o texto escrito será avaliado
nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar
como avaliador tanto dos textos que os rodeia quanto do seu próprio.
316
Literatura
Na literatura será avaliada a prática da leitura, proficiência do leitor e a capacidade de
estabelecer relações com outros textos. É fundamental que o professor, dentro do processo de
avaliação, seja flexível, verifique e valorize o progresso de cada aluno, envolvendo-o num
trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem,
objetivando a inclusão de todos no processo de ensino-aprendizagem com sucesso
É preciso considerar que as sugestões dadas anteriormente para procedimentos
avaliativos não esgotam as possibilidades de valorização dos alunos e de diagnóstico da
prática escolar. É o professor que, em sala de aula, irá elaborar as formas de registro mais
eficientes e adequadas para garantir uma ação educativa efetivamente transformadora. Ainda,
ao avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no
Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes
instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos
orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática. A
recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por meio de
recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será feita conforme o
previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.
5. REFERÊNCIAS
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alternativas metodológicas. Porto Alegre. Mercado Aberto. 1993.
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Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.
FARACO, Carlos; MOURA, Francisco. Linguagem Nova. São Paulo: Ática, 2002
GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: GERALDI, João
W. (org.). O texto na sala de aula. 2. ed. São Paulo: Atica, 1997.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.
KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7. ed. Campinas, SP:
Pontes, 2000.
317
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1990.
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cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Caderno “Cultura Afro”. Seed, Paraná,
2004.
PAZINI, Maria C. Oficinas de texto: teoria e prática. In: Proleitura. Ano 5, n. 19, abril/1998:
UNESP, UEM, UEL.
Regimento Escolar do Colégio Estadual Unidade Pólo Ensino Fundamental e Médio SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA DA
EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa //2009.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SUPERINTENDÊNCIA DA
EDUCAÇÃO.“Caderno Temático da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” –
2005.
SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
Terra, Ernani _ Nicola, José de - São paulo - Scipione, 2004 - ( Coleção de olho no mundo do trabalho). SITES: Portal Dia-a-dia Educação: htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.br
318
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: MATEMÁTICA
O ensino da Matemática para o Ensino Médio passou a ser visto como instrumento
para a compreensão, investigação, a relação inter-relação com o ambiente, e seu papel de
agente de modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de
conhecimento técnico, o processo do discernimento político. (Paraná.1993)
O objeto de estudo da Educação Matemática, ainda, encontra-se em processo de
construção, mas, pode-se dizer que ele ainda está centrado na prática pedagógica da
Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento.
A Matemática tem como finalidade principal contribuir na formação da cidadania,
uma vez que permite a quem utiliza descrever diferentes aspectos da realidade, estabelecer
relações entre eles e tirar conclusões a partir deles.
A conquista da cidadania está ligada a inserção dos indivíduos, como cidadão no
mundo do trabalho, no da cultura e no das relações sociais.
Para a inserção no mundo do trabalho, os novos métodos de produção exigem
indivíduos que assimilem informações rapidamente, que saibam propor, resolver problemas,
que sejam capazes de se adaptar a contínuas mudanças. Deste modo, o papel do ensino da
Matemática não é preparar mão de obra especializada para determinados ramos de atividade,
mas sim, desenvolver uma educação que coloque o aluno frente aos desafios que lhe
permitam desenvolvimento de atividades de responsabilidades, compromisso e satisfação,
possibilitando a identificação em outras áreas do conhecimento, como Economia, Física,
Química, Sociologia, Composição Musical, Coreografia, Esportes, etc.
Para a inserção do individuo no mundo das relações sociais, é importante salientar que
a compreensão e a tomada de decisões, diante de questões políticas e de problemas sociais
contemporâneos, dependem da leitura e da interpretação de informações complexas.
A Matemática deve propiciar reflexões que favoreçam a formação integral do cidadão
tendo em vista a construção de um mundo mais humanizado, promovendo o convívio pacífico
dos diversos grupos étnico-raciais e moradores da zona rural, estimulando a prática de
leituras, análise e produção de gráficos, abordando questões raciais, do campo e de outros
grupos, pois a intenção é de colaborar com o trabalho dos profissionais da educação que
buscam concretizar o sonho de uma escola para todos, aceitando as diferenças e as
diversidades explícitas e não explícitas, ressaltando os alunos com dificuldades de
aprendizagem e socialização.
319
A sociedade em que vivemos exige cada vez mais a capacidade de organizar o
pensamento, ler e interpretar dados quantitativos.
A Ciência constitui-se, como uma das principais atividades de intervenção na
realidade. Essa ação intencional do homem sobre a realidade, que tem raízes na atividade
prática, proporciona a elaboração de construções mentais que podem antecipar novas
atividades, numa relação dialética entre concreto e abstrato. Essa relação entre concreto e
abstrato, acompanha o desenvolvimento da Matemática ao longo de toda sua história, na
medida em que “aparecem sucessivamente períodos em que o trabalho matemático inspira-se
diretamente na experiência sensível e períodos onde as noções, os resultados mal-estruturados
da fase anterior são sistematizados e generalizados, de forma aparentemente abstrata”
(MACHADO,1994,p.11)
A Matemática contribui para a compreensão das informações, pois alem de contar e
calcular, ela oferece recursos que nos permitem analisar, medir dados estatísticos e aplicar
cálculos de probabilidade, os quais representem conexões importantes com outras áreas do
conhecimento.
Ensinamos a matemática devido à sua especificidade na construção do conhecimento e
na formação do individuo. Aprender a matemática é interpretar, criar significado, construir
seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber estes
mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e
transcender o imediatamente sensível.Visa desenvolver a Educação Matemática enquanto
campo de investigação e de produção de conhecimento – natureza científica – e à melhoria da
qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática – natureza pragmática.Trabalhar a
matemática de forma interdisciplinar e de forma que o educando seja capaz de visualizar o seu
papel de cidadão dentro de uma sociedade dinâmica que requer a cada momento que se
reconheça os direitos e deveres de cidadania.Estabelecer conexões entre diferentes temas
matemáticos e entre estes diferentes temas e o conhecimento de outras áreas do currículo.
Desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução de problemas, de comunicação, bem
como o espírito crítico e criativo.
É importante e necessário compreender a matemática desde sua origem até sua
constituição atual no campo científico. A matemática teve sua origem com os babilônios por
volta de 2.000 a.C., período que demarcou o nascimento da Matemática empírica. A
320
Matemática cientifica surgiu com os Gregos nos séculos VI a V a. C., época em que a
educação Matemática foi valorizada e ensinada aos filhos da aristocracia.
Entre os séculos IV a II a.C., foi criada a biblioteca de Alexandria para onde foram os
Matemáticos da época , dentre eles o Grego Euclides, o qual deu origem a grandes conteúdos
Matemáticos que estão presentes até hoje.
Entre os séculos VIII e IX, o ensino passou mudanças significativas com o surgimento
de escolas e a organização do Sistema de Ensino, os quais contribuíram para o grande avanço
do Progresso científico e econômico para o mundo.
No Brasil, já no século XVI, os jesuítas instalaram o Colégio Católico com a educação
de caráter clássico-humanista. No meio do século XIX e no início do século XX, o ensino da
Matemática foi discutido em encontros internacionais que o legitimou como disciplina
escolar. Os antes, pesquisadores se tornaram também Professores e passaram a se preocupar
mais diretamente com as questões de ensino e esta revolução se manifestou em diversos
países da Europa.
Estas discussões também chegaram ao Brasil por intermédio do Colégio Pedro II, no
Rio de Janeiro, que entre os Professores estava o já citado, o Euclides de Medeiros Guimarães
Roxo. A partir daí, surgiram várias tendências Matemáticas, como: empírico-ativista,
tecnicista, construtivista, socioetnocultural, histórico- critica até o advento da Matemática
Moderna dos nossos tempos.
321
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Conteúdos Estruturantes são os saberes (conhecimentos de grande amplitude,
conceitos ou práticas) que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objetivo de ensino.
Constituem-se historicamente e são legitimados socialmente. Estes conteúdos são
selecionados a partir de uma análise histórica da ciência de referencia e da disciplina escolar.
Estes campos de estudo são considerados fundamentais para a compreensão do processo do
ensino e da aprendizagem em Matemática.
Números e Álgebra
Na resolução de alguns problemas exige-se a manipulação de constantes e incógnitas.
Neste caso, as propriedades das operações com números reais e com os polinômios é
fundamental nesta manipulação. Deve-se enfatizar que a álgebra não deve-se reduzir apenas a
memorização de formulas e expressões. Deve-se enfatizar sim, o que significam estas
propriedades, possibilitando o estudo das relações entre as grandezas. Dar significado aos
procedimentos de manipulação ressaltando a idéia de variação quando uma grandeza varia em
relação à outra, ou seja, são dependentes.
Grandezas e Medidas
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os
conceitos e as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar , considerados fundamentais para a sua compreensão. Constitui-se historicamente e
são legitimados nas relações sociais.
Funções
Funções como conteúdo estruturante têm um papel de grande destaque na modelagem
de problemas reais e por fornecerem formas eficientes de estudá-los.
A linguagem gráfica das funções, apresentadas sob várias formas, por sua
comunicação direta e global, ganha cada vez mais destaque na sociedade atual. O estudo das
funções ganham relevância especial não apenas pela capacidade de leitura e interpretação de
gráficos funcionais, que dão significado às variações das grandezas envolvidas, mas também
pela possibilidade de análise para estimar resultados e fazer previsões. Os gráficos são
322
importantes instrumentos para tornar mais significativas as resoluções de equações e
inequações algébricas.
Geometrias
A utilização de conhecimentos geométricos para leitura, compreensão e ação sobre a
realidade tem longa tradição na história da humanidade.
Na resolução de diferentes situações-problema, seguramente se faz necessária uma boa
capacidade de visão geométrico-espacial, o domínio das idéias de proporcionalidade e
semelhança, a compreensão dos conteúdos de comprimento, área e volume bem como saber
calculá-los. Deve-se salientar que a semelhança de triângulos permitiu o desenvolvimento da
trigonometria do triangulo retângulo, criada para solucionar problemas práticos de calculo de
distancias inacessíveis.
Saber utilizar as coordenadas cartesianas de pontos no espaço possibilita a descrição
de objetos geométricos numa linguagem algébrica, ampliando consideravelmente os
horizontes da modelagem e da resolução de problemas geométricos, por meio da interação
entre essa duas áreas da matemática.
Tratamento da Informação
Propõe-se o conteúdo estruturante Tratamento da Informação pelas possibilidades de
entender e participar das dinâmicas da sociedade, englobando neste contexto a estatística e a
matemática financeira.
O desenvolvimento do espírito crítico, da capacidade de analisar e de tomar decisões,
diante de diversas situações da vida em sociedade, exige informação. Para interpretar com
autonomia e crítica deve-se compreender bem a linguagem presentes nos gráficos e tabelas ou
seja, a linguagem pictográfica, compreender a importância da amostra para as conclusões de
uma pesquisa e ter claro que a atribuição de probabilidades é, sobretudo, uma forma de
quantificar a incerteza do resultado a ser obtido.
Na resolução de problemas de contagem, o importante é a habilidade de raciocínio
combinatório, o desenvolvimento da capacidade de formular estratégias para a organização
dos dados apresentados em agrupamentos que possam ser contados corretamente.
A importância da Matemática Financeira com suas aplicações práticas são importantes
nas atividades cotidianas de quem precisa lidar com dívidas ou crediários, interpretar
323
descontos, entender reajustes salariais, escolher aplicações financeiras, entre outras atividades
de caráter financeiro.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
. Números Reais;
. Números Complexos;
. Sistemas Lineares;
. Matrizes e Determinantes;
. Polinômios;
. Equações e Inequações;
. Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
. Medidas de Área;
. Medidas de Volume;
. Medidas de Grandezas Vetoriais;
. Medidas de informática;
. Medidas de Energia;
. Trigonometria.
FUNÇÕES:
.Função Afim;
.Função Quadrática;
. Função Polinomial;
. Função Exponencial;
. Função Logarítmica;
. Função Trigonométrica;
. Função Modular;
. Progressão Aritmética;
. Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS:
. Geometria Plana;
324
. Geometria Espacial;
. Geometria Analítica;
. Geometrias não Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
. Análise Combinatória;
. Binômio de Newton;
. Estudo das Probabilidades;
. Estatística;
. Matemática Financeira.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O estudo da matemática deve ser iniciada através de situações reais que possibilitem
ao aluno tomar conhecimento sobre o assunto. É necessário a retomada dos conteúdos numa
visão mais ampla de conhecimento matemático.
O ensino matemático tem como pressuposto o caráter social do conhecimento
historicamente produzido, a evolução e a lógica de sua elaboração.
A matemática é fundamentada na formação do cidadão, nenhuma atividade da vida
contemporânea, da música à informática, do comércio à metodologia, da medicina à
cartografia, das engenharias às comunicações, existe sem que a matemática não compareça de
maneira insubstituível para codificar, ordenar, quantificar e interpretar: compassos musicais,
taxas e dosagens, coordenadas, tensões, freqüências e quantas outras variáveis houver.
É importante que o educandos adquiram a percepção que são indivíduos, mergulhados
no seu tempo histórico que pesquisam e criam o conhecimento matemático, assim podem
avaliar as conseqüências sócio-culturais da incorporação de todo conhecimento produzido
pela humanidade.
Para o exercício da prática docente o professor fará uso das Tendências temáticas e
metodológicas, como proposta para as Diretrizes Curriculares de Matemática.
Possibilitar ao educando um ensino que o possibilite fazer análises, discussões, conjecturas,
apropriações de conceitos e formulações de idéias para que o homem amplie seu
conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
325
Cabe ao Professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem das
aplicações,. Superando uma perspectiva utilitária, sem perder o caráter científico da disciplina
e de seu conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica, cujo papel
é oferecer condições para apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados pela
aparência da realidade.
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de
linguagem adequada para observar, descrever e interpretar fenômenos matemáticos de outra
áreas do conhecimento.
Como recursos utilizam: Resolução de problemas, etnomatemática, modelagem matemática,
mídias, como: software, televisão, calculadoras, computadores, aplicativos da internet entre
outros.
Resolução de Problemas
Etnomatemática
Modelagem Matemática
Mídias Tecnológicas
História da Matemática.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação como componente do processo de ensinar e aprender terá dentre outras
finalidades, a de informar se o aluno processou certos conhecimentos mínimos que o
credenciam a continuar na trajetória rumo ao alcance dos objetivos estabelecidos. Pois o
homem faz uso da matemática independente do conhecimento escolar, nas mais diversas
atividades humanas.
Avaliar, seguindo a concepção de Educação Matemática, tem um papel de mediação
no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser
vistos como integrantes de um mesmo processo, e para que isso aconteça é fundamental a
utilização de diferentes linguagens, considerando as diferentes aptidões do educando.
Dessa forma a avaliação deve ser planejada como parte do processo ensino
aprendizagem, permitindo utilizar-se de entrevistas, observações, discussões, trabalhos em
grupos, maquetes, construções de material facilitador da aprendizagem matemática, resolução
com cálculos de atividades aplicativas, integração da abstração quando possível com o
326
cotidiano e caso contrário, saber que por muitas vezes a abstração é presente nas várias áreas
científicas.
Diante destes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de alguns critérios:
Comunicação matematicamente, oral ou por escrito, compreensão por meio da leitura, o
problema matemático, elaboração de um plano que possibilite a solução de problema,
encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático, realiza o retrospecto
da solução de um problema. A determinação desses critérios deve ser flexível e levar em
conta a progressão de desempenho de cada aluno, as características da classe em que o aluno
se encontra e as condições em que o processo de ensino e aprendizagem se concretiza. Os
argumentos, a criatividade e principalmente o raciocínio, devem ser reconhecidos para que os
conteúdos possibilitem conexões e se fomente um conhecimento flexível com várias
possibilidades de aplicações, incluindo a valorização do progresso do aluno, tornando ele
próprio como o referencial de análise.
Então a avaliação contemplará os diferentes momentos do ensino da matemática com
oportunidade de análise pedagógica da metodologia utilizada e através de erros constatados
possibilitarem ao aluno novas formas de estudo, ou seja, avaliação será instrumento de
medida na aquisição de conhecimento, tornando o aluno responsável e interessado pelo que
deve aprender.
Antes de tudo, a avaliação dever ser uma orientação para o professor, como ponto de
partida, para a continuidade de sua prática docente levando o aluno a organizar suas idéias,
relacionar conceitos e tomar decisões, ou seja, contínua diversificada considerando não
somente uma formação matemática dirigida para o desenvolvimento social intelectual do
aluno, como também seu esforço individual, sua cooperação com os colegas, a construção de
sua personalidade.
Instrumentos de avaliação: Resolução de situações-problemas, provas, testes, trabalhos em
grupos e individuais, interpretações, exercícios em classe e em casa, etc..
A recuperação de estudos é feita sempre que perceber a dificuldade de aprendizagem por
parte do aluno, proporcionando sempre a oportunidade da recuperação de conteúdos
“estudos” e por conseguinte de notas. Na prática ela se concretiza fazendo um reforço dos
conteúdos em que a maioria tem dificuldade e oportunizando com uma nova avaliação com o
valor de 100%. Todos têm o direito de se recuperar, tanto nos conteúdos, como nas “notas”.
Da seguinte forma: na avaliação o aluno faz duas avaliações diversificadas valendo 2,0 e 3,0
respectivamente, mais quatro avaliações feitas por trabalhos diversificados valendo 1,5; 1,5;
1.0 e 1,0. Ao s constatar que se faz necessário reforçar a aprendizagem dos conteúdos, que
327
quase sempre é, se faz o reforço de conteúdos e se dá uma nova oportunidade aos alunos com
uma avaliação com valor 100%.
5. REFERÊNCIAS
PAIVA, Manoel
Matemática, volume único/Moderna;
GIOVANNI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GEOVANI JR., José Ruy.
Matemática Fundamental. São Paulo, FTD.
LONGEN, Adilson. Matemática, vol.1, 2, 3. Curitiba, POSITIVO, 2004.
MARCONDES, Carlos Alberto; GENTIL, Nelson; SÉRGIO, Emilio Greco. Matemática.
São Paulo, Ática, 2003.
PAIVA, Manoel, Matemática. 1ª ed. São Paulo, Moderna, 1999.
PARANÁ – Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento
de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Educação Básica em Matemática: Curitiba,
2008.
SILVA, Jorge Daniel; FERNANDES, Valter dos Santos, Matemática. São Paulo, IBEP. Curitiba: Ed. Positivo, 2004.
Livro Didático Público – Ensino Médio. SEED-PR.
Diretrizes Curriculares para a Educação do Campo do Estado do Paraná
Diretrizes Curriculares para a construção de currículos inclusivos.
Diretrizes Curriculares para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história
e cultura afro-brasileira e africana
Olimpíada Brasileira de Matemática
ENEM.
328
Projeto Político Pedagógico, Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio.
2011
Regimento Escolar, Colégio Estadual Unidade Polo Ensino Fundamental e Médio. 2011
329
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: QUÍMICA
O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria e
presentes na formação das diversas civilizações foi estimulado por necessidades humanas, tais
como: a comunicação, o domínio do fogo e, posteriormente, o domínio do processo de
cozimento.
Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos
unguentos, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser
classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de ações
e procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico desde o século
XVII.
No século XVIII, por Lavoisier, deu início à fase moderna dessa ciência. A química
ganhou não só uma linguagem universal, mas também conceitos fundamentais.
Os conhecimentos e as práticas dessa ciência estão presentes no nosso cotidiano,
através da procura de novos produtos nas novas áreas específicas surgidas nos últimos anos:
biotecnologia, química fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos.
O objeto de estudo da Química (Substâncias e Materiais) encontra-s sustentado pela
tríade Composição, Propriedades e Transformações.
A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o que se
ensina do que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na Natureza e os benefícios
que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o seu equilíbrio. Para tanto
a Química e a Tecnologia Química devem colocar-se dentro de um contexto em que os
alunos terão a possibilidade de compreende-los como um todo, para analisar criticamente a
sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida.
Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportuniza-se o
desenvolvimento de sua capacidade de investigação crítica, posicionando-se junto, os
problemas que são advindos da Química, em seus aspectos econômicos, industriais,
sanitários, ambientais,... O desenvolvimento da disciplina de Química proporcionará a
discussão da função da Química na sociedade e despertará o espírito crítico e o pensamento
científico.
330
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes para o estudo da Química foram colocados de forma que
fossem representativos do campo de conhecimento da disciplina, constituído historicamente.
Selecionaram-se, então, os seguintes conteúdos estruturantes: Matéria e sua natureza;
Biogeoquímica e Química sintética.
MATÉRIA E SUA NATUREZA: estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da
matéria, a essência da matéria e caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e representações.
BIOGEOQUÍMICA: caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e
atmosfera.
QUÍMICA SINTÉTICA: caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos
farmacêuticos, indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes),
fertilizantes, agrotóxicos. Avanços tecnológicos, obtenção e produção de materiais artificiais
que podem substituir os naturais
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Matéria e sua natureza
CONTEÚDOS BÁSICOS:
MATÉRIA
SOLUÇÃO
LIGAÇÃO QUÍMICA
REAÇÕES QUÍMICAS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Biogeoquímica
CONTEÚDOS BÁSICOS:
RADIOATIVIDADE
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Química Sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS
GASES
FUNÇÕES QUÍMICAS
331
EQUILÍBRIO QUÍMICO
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico
historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam a escola eles não estão
totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu dia-a-dia e na interação com os
diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são elaboradas.
Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião de pessoas
com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e idéias que dependem da sua vivencia
cotidiana. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de encaminhamento
metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.
Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário
proporcionar condições para a construção de conhecimentos científicos, através de uma
linguagem clara e acessível a respeito dos conhecimentos químicos.
É importante salientar que a química possui um caráter experimental e
interdisciplinar. A experimentação desempenha uma função essencial na consolidação e
compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a teoria e a prática. Muitas vezes,
para a assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em conjunto com outras ciências.
Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de temas
relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes temas abordados corretamente
devem intervir positivamente na qualidade de vida das pessoas e da sociedade.
As ações pedagógicas podem ser auxiliadas por recursos como: filmes, TV
multimídia, internet, músicas, documentários, revistas, jornais, livros de apoio, leitura de
textos diversificados, que podem constituir elemento motivador para a aprendizagem da
Química contribuindo para a criação do hábito da leitura; demonstrações experimentais que
propiciem aos alunos uma reflexão sobre a teoria e a prática, visando a construção e
elaboração dos conceitos.
Serão desenvolvidos alguns temas que contemplem as relações étnico-raciais da
cultura afro-brasileira e africana, história e cultura dos povos indígenas o uso indevido de
Drogas e educação ambiental.
332
4. AVALIAÇÃO
A verificação do desempenho dos alunos deve ampliar-se, de forma que seja
contínua e sistemática. É importante não apenas diagnosticar o que o educando aprendeu
sobre teorias, fatos e conceitos, mas sobre tudo verificar se ele é capaz de aplicar o que
aprendeu na resolução de problemas variados, transferindo seu conhecimento para novas
situações, se ele é capaz de analisar situações complexas, de chegar a soluções apropriadas, de
criticar hipóteses e teorias.
Não podemos deixar de considerar que um aluno, mesmo tendo um resultado menos
favorável, pode, contudo, ter progredido muito mais do que outro que apresentou um
resultado melhor.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o
contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção
acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental dos
conceitos químicos.
Dentre os instrumentos de avaliação utilizados, podemos citar: provas escritas,
relatórios, simulados, exercícios, tarefas de casa, trabalhos, atividades em sala, leitura e
interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre
outras.
333
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AXT,R. O papel da Experimentação no Ensino de Ciências, In: Moreira, M.A.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro Didático
Público de Estado do Paraná: Química. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento
da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Química, 2008.
FELTRE, Ricardo, Química, São Paulo, Moderna, 2004.
FONSECA, Martha Reis Marques da. Completamente Química. São Paulo: FTD, 2001
SARDELLA, Antonio. Química: série Novo Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, 2003.
334
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: L.E.M - INGLÊS O ensino das línguas estrangeiras modernas teve início com a chegada da Família
Real Portuguesa ao Brasil, em 1808. Mais tarde, em 1937, é instituída a primeira Escola
Pública de nível secundário, fundada por D. Pedro II, em que apresentava um currículo nos
moldes franceses e em seu programa constavam 7 anos de francês, 5 de inglês e 3 de alemão,
que se manteve até 1929.
Em 1942, com a Reforma Capanema, a educação ficou centralizada no Ministério da
Educação que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas, sendo privilegiadas: o
inglês, o francês e o espanhol, em substituição ao alemão.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica com os Estados Unidos
intensificou-se, tornando maior a necessidade de se aprender inglês.
Em 1986, no Paraná, criou-se o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM –
no Colégio Estadual do Paraná que oferecia o ensino de vários idiomas e expandiu-se por
todo o Estado.
Com a publicação da LDB (Lei nº. 9.394), em 1996, foi determinado a obrigatoriedade
de pelo menos uma LEM no Ensino Fundamental, escolhida pela comunidade escolar, já no
Ensino Médio, além de uma LEM como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade
escolar, teria uma segunda, em caráter optativo, dependendo da disponibilidade da instituição.
Em 2005, foi criada a Lei nº. 11.161, que decreta obrigatoriedade para a escola, a oferta
da língua espanhola, sendo facultativa para o aluno, e os estabelecimentos de ensino têm 5
anos para implantá-la, a partir da data de sua publicação.
Assim, o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena
participação social, pois é através dela que o homem se comunica, tem acesso à informação,
expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz
conhecimento... Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e
cultural atribui à escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o
acesso aos saberes lingüísticos necessário para o exercício da cidadania - direito inalienável
de todos.
Nesse contexto, a aprendizagem de línguas estrangeiras tornou-se indispensável, seja
dentro e/ou fora do ambiente escolar. A sociedade brasileira reconhece um valor educacional
formativo na experiência de aprender outras línguas na escola.
335
Dessa forma, a proposta de trabalho de Língua Inglesa no ensino médio fundamenta-se
na preocupação em desenvolver no aluno, não só um domínio técnico das formas lingüísticas,
mas também em capacitá-lo a desempenhar competentemente seu papel de usuário da língua.
Nesse aspecto, este tipo de trabalho significa desenvolver conhecimentos suficientes a
fim de que o aluno possa participar do processo de construção de sentidos, utilizando não
apenas seu conhecimento da língua – estrutura e vocabulário – mas também seu
conhecimento de mundo e do contexto sócio-histórico em que vive. Com isso, pretende-se um
aluno ativo e participante que possa utilizar a língua como instrumento de acesso a
informações e a outras culturas e grupos sociais.
Nesta perspectiva, é preciso trabalhar a língua como discurso, entendida como prática
social significativa (oral e/ou escrita), para que seja compreendida num contexto preciso,
percebendo sua significação em uma enunciação.
Língua e cultura são indissociáveis, é algo que se constrói e é construído percebendo a
diversidade cultural contrastando outras culturas com a sua própria.
O desenvolvimento da língua ocorre com a interação social, que leva em conta fatores
sociais, comunicativos e culturais, que, agregando aos estudos lingüísticos do falante e o uso
efetivo que ele faz da língua criando condições que permitem interpretar e para isso é preciso
que o interfira criticamente na sociedade.
Ensinar e aprender línguas são também ensinar e aprender percepções de mundo de
maneiras de construir sentidos é formar subjetividades, independentemente do grau de
proficiência atingido. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas de ver o mundo,
de avaliar paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir sentidos do e no
mundo.
A língua estrangeira será trabalhada de maneira a proporcionar: a inclusão social; o
desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade; o reconhecimento da
diversidade cultural e o processo das identidades transformadoras.
A LEM no Ensino Fundamental deverá ser articulada com as demais disciplinas da
grade curricular, objetivando desenvolver formas de pensamento relacionando os vários
conhecimentos, para que o estudante perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem
muitas vezes estar relacionadas.
336
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTE / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Discurso como prática social, a língua entendida como interação verbal e produtora de
sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder, realizada por meio de
práticas discursivas que envolvem a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a escrita nas
múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.
LEITURA
• Identificação do tema
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Referência textual
• Partículas conectivas do texto
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto
• Polissemia
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
• Léxico
337
ESCRITA
• Tema do texto
• Interlocutor
• Finalidade do texto
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Situacionalidade
• Intertextualidade
• Temporalidade
• Referência textual
• Partículas conectivas do texto
• Discurso direto e indireto
• Elementos composicionais do gênero
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto
• Polissemia
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem
• Ortografia
• Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
• Conteúdo temático
• Finalidade
• Aceitabilidade do texto
• Informatividade
• Papel do locutor e interlocutor
• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...
• Adequação do discurso ao gênero
338
• Turnos de fala
• Variações lingüísticas
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.)
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito
• Pronúncia
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA O que sustenta este documento é uma abordagem que valoriza a escola como
um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a
transformação da realidade. A escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios
necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o
processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão
sobre os fenômenos Lingüísticos e Culturais como realizações discursivas, as quais se
revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo.
Os conhecimentos lingüísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por finalidade o uso
efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos. Serão selecionados a partir dos erros
resultantes das atividades e da dificuldade dos alunos.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao contrastar a
sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico-crítico e socialmente
constituído e, assim, elabore a consciência da própria identidade. Em relação à escrita, não
podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade interacional e significativa.
O objetivo da Língua Inglesa será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de
interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. O ensino
da língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do currículo objetivando
relacionar os vários conhecimentos. Fazer com que o aluno perceba que conteúdos com
disciplinas distintas podem, muitas vezes, estar relacionados entre si mesmo que não haja
obrigatoriedade no desenvolvimento de projetos envolvendo inúmeras matérias.
339
Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima os professores farão
uso de livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, revistas, internet,
DVD, CD, TV multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a interação com a
língua e a cultura.
Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão
trabalhados ainda temas como sexualidade, drogas, meio-ambiente entre outros que
possibilitem o estímulo do pensamento crítico do aluno.
LEITURA
• Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considerar os conhecimentos prévios dos (as) alunos (as);
• Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e
ideologia;
• Proporcionar análises para estabelecer referência textual;
• Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas;
• Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilizar textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacionar o tema com o contexto atual;
• Oportunizar a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
• Instigar o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor;
• Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
340
ESCRITA
• Planejar a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, intenções,
intertextualidade,
• Aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;
• Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência
textual;
• Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas;
• Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhar a produção do texto;
• Acompanhar e encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos /das idéias,
dos elementos que compõe o gênero;
• Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que denotam ironia e humor;
• Estimular produções em diferentes gêneros;
• Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
ORALIDADE
• Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração
a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;
• Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Preparar apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em
seu uso;
• Formal e informal;
• Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e
outros;
• Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
341
4. AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e,
portanto, deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um
elemento de reflexão contínua do professor sobre a sua prática educativa e revela aos alunos
seus avanços, progressos, dificuldades e possibilidades no processo ensino-aprendizagem.
Assim, o processo avaliativo deverá servir para reflexão acerca dos avanços e
dificuldades dos alunos e ainda, servirá como norteadora do trabalho do professor, que
poderá, a partir dele, “identificar as dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos
que busquem superá-las.” (DCE, 2009, p. 71). Segundo Luckesi (1995, apud DCE, 2009, p.
69), para que a avaliação assuma “o seu verdadeiro papel, ela deve subsidiar a construção da
aprendizagem bem-sucedida”, deixando de ser um simples instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos. Para que isso se efetive, o professor deverá observar a participação
do aluno, sua interação verbal, o uso que este faz da língua durante as atividades propostas,
bem como a capacidade que ele demonstra para levantar hipóteses a respeito da organização
textual, para perceber a intencionalidade do texto e seu autor, etc.
Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somatória e cumulativa. Ainda, ao
avaliar o desempenho dos alunos, serão levados em consideração os objetivos propostos no
Regimento e no Projeto Político-Pedagógico da escola e serão utilizados os seguintes
instrumentos: provas, trabalhos orais e escritos (individuais e em grupos), produção de textos
orais e escritos que demonstram capacidade de articulação entre teoria e prática.
Faz-se importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos com os
devidos comentários, para que eles possam entender o processo de aprendizagem e, assim,
buscar a superação das suas dificuldades.
A recuperação para o aluno que não atingir resultado satisfatório se dará por meio
de recuperação de conteúdo. A expressão dos resultados desse processo será feita conforme o
previsto no Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.
342
5. REFERÊNCIAS
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elisabeth; PASQUALIN, Ernersto. New our way. 4ª
Edição.Volumes: 1, 2, 3 e 4. Richmond Publishing, 2002.
BRASIL/MEC, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília- DF, 2004.
_______. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”,
e dá outras providências. In: Brasil. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais
para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira
e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. 2004.
_______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental
e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário
Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.
________. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:
Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
htpp://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/atividadeseducativas.com.br http://www.diaadia.pr.gov.br/cdec/ http://www.ingles.seed.pr.gov.
343
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: CELEM ESPANHOL
O panorama do ensino de línguas estrangeiras no Brasil vem sofrendo constantes
mudanças devido a organização social no decorrer da história, pois é na estrutura
organizacional do currículo que se vêem as transformações da sociedade e seus anseios.
Desde a chegada dos portugueses ao Brasil houve a preocupação de se ensinar uma
língua ao povo conquistado para que este fosse mais facilmente dominado. “Naquele
contexto, coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos
que habitavam o território”, (DCE, 2006, p.15). Mais valorizado ainda foi o ensino de línguas
estrangeiras depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808.
Em 1837, o Colégio Pedro II, primeiro em nível secundário no Brasil, dava grande
espaço ao ensino de línguas apresentando em seu currículo sete anos de francês, cinco de
inglês e três de alemão. Em 1916, com a publicação de Cours de Linguistic Génerele, por
Ferdinand Saussure, inauguram-se os estudos da linguagem em caráter científico, sendo a
língua objeto de estudo para a Lingüística.
Em 1942, a Reforma Capanema atribuiu ao ensino secundário um caráter patriótico e
as línguas privilegiadas são o francês, o inglês e espanhol, que é introduzido no lugar do
alemão. Nesta época, “o ensino de línguas deveria ser orientado não só para objetivos
instrumentais, mas também para objetivos educativos e culturais”, (LEFFA, 1999, p.17)
Mas após a Segunda Guerra Mundial, com a dependência econômica e cultural do
Brasil, em relação aos Estados Unidos, intensificou-se o ensino de Língua Inglesa nas escolas
e, com isso, a necessidade de aprender inglês tornou-se cada vez maior, em detrimento do
ensino de outras línguas estrangeiras.
Em 1996, a Lei das Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, no. 9.394, de 20
de dezembro, determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna,
escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental, ou seja,
“na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da
quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a
cargo da comunidade escolar”, (ART. 26, Inciso 5º ).
Com relação ao Ensino Médio a Lei determina que seja “incluída uma língua
estrangeira moderna como disciplina obrigatória, e uma segunda, em caráter optativo pelo
aluno, dependendo das disponibilidades da instituição”, (ART. 36, Inciso III).
344
Está muito claro que a língua a ser ensinada no ensino fundamental ou médio não é
obrigatoriamente a língua inglesa, mas sim uma língua que seja escolhida pela comunidade
escolar.
Em decorrência do crescimento das relações comerciais com países de região
fronteiriça, no Paraná, houve criação, no ano de 1986, do Centro de Línguas Estrangeiras
Modernas – doravante chamado CELEM, que oferece aulas de inglês, espanhol, francês e
alemão, no Colégio Estadual do Paraná. Esses Centros de Línguas funcionam no contra turno
escolar e oferecem uma possibilidade de estudos sem custo financeiro a alunos da rede
pública estadual. A sua implantação foi expandida para outros colégios da rede e depende
para funcionar da disponibilidade de docentes e do interesse da comunidade escolar.
Atualmente, o CELEM está presente em muitos estabelecimentos de ensino público e oferece
aulas de espanhol, entre outras línguas, a alunos da rede pública estadual do Paraná.
Cumpre informar também que, no ano de 2005, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
sancionou uma lei, de no 11.161, que obriga escolas públicas e particulares a ofertarem, nas
grades curriculares para o ensino médio, o ensino de língua espanhola. As escolas devem
regularizar suas ofertas até o ano de 2010. Esta lei estabelece que,
“Art. 1º O ensino da língua espanhola, de oferta
obrigatória pela escola e de matrícula facultativa
para o aluno, será implantado, gradativamente,
nos currículos plenos do ensino médio.
§ 1º O processo de implantação deverá estar
concluído no prazo de cinco anos, a partir
da implantação desta Lei”
Devido esta expansão no ensino de Língua Espanhola, ocasionado por vários fatores
econômicos e culturais, deve-se ter em conta que a aprendizagem de uma Língua Estrangeira,
qualquer ela que seja, propicia um espaço de reflexão sobre a língua como prática social, de
forma a refletir os sentidos oferecidos pelas múltiplas culturas inseridas em cada sociedade,
pois
o ensino da língua deve provar ao aluno que há muitas maneiras de ver a realidade,
que há inúmeras formas de fazer e expressar coisas, e que as diferenças não representam
necessariamente questões morais de certo e errado. Assim os alunos conseguirão cria
tolerância para com outros pontos de vista e outras formas de comportamento, (RIVERS,
1975, p. 262).
345
Por outro lado, se considerarmos que a expansão de uma língua estrangeira é também
a expansão de um conjunto de discursos ideológicos, é fundamental observar se o ensino
dessa segunda língua corrobora para a perpetuação de idéias de dominação ou emancipação.
Deve-se ter em conta que o ensino de línguas não deve privilegiar questões de ensino de
culturas certas ou erradas. O ensino de língua estrangeira deve garantir que os alunos não se
tornem consumidores passíveis de outra cultura e de conhecimento, e sim, cidadãos críticos
que compreendem outras culturas e pontos de vista diferentes dos seus pra assim poder
respeitá-los, pois “a não aceitação da diferença é responsável por numerosos e nefastos
preconceitos sociais”, (GOFFMAN, 1988, p.42).
Nessa perspectiva, a responsabilidade do ensino da língua estrangeira amplia-se e
exige-se uma reflexão ampla do educador sobre o modo como se ensina e para que se está
ensinando. Somente assim haverá uma apropriação crítica e histórica do conhecimento para
uma maior compreensão da realidade sócio-cultural do aluno, tornando-o um agente
transformador e democrático do seu ambiente de convívio, pois
a interação só é possível quando o falante consegue de fato
incorporar a língua estudada, buscando dar sentido aos conhecimentos que adquiriu, não
os sentidos da sua própria tradição cultural, baseados nos valores internalizados desde a
infância, mas sim novos significados, a partir de novas perspectivas. Para interagir é preciso
não estranhar, não pré-julgar e não discriminar (GOETTENAUER, 2005, p.69).
O CELEM deve ser voltado para a formação básica do cidadão, além de fornecer
subsídios para se progredir no trabalho e estudos posteriores, possibilitando a apropriação de
conhecimento da língua estrangeira como uma compreensão criticada sociedade, tornando os
discentes mais conscientes e críticos.
Ensinar e aprender línguas é aprender as percepções de mundo e maneiras de
construir sentidos. O ensino de língua estrangeira amplia as perspectivas do aluno de ver o
mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e cria novas possibilidades de construir
sentidos do e no mundo.
No ensino de L.E., a língua objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações
com a cultura, o sujeito e a identidade (...), ou seja, ensinar e aprender línguas é também
ensinar e aprender percepções de mundo. (DCE,2008, p. 55).
A língua estrangeira no CELEM será trabalhada de maneira a proporcionar a
inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel da aprendizagem das línguas na
346
sociedade, assim como o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção
das identidades transformadoras.
Será desenvolvido um trabalho com os diversos gêneros textuais manifestados em
forma de diferentes linguagens inseridas no mundo globalizado, buscando ampliar a
compreensão de diversos tipos de textos para a melhor preparação do aluno para diferentes
situações que enfrentará como aprendiz de uma nova língua, pois
“o ensino de Línguas Estrangeiras deve a compõem, ou seja, aqueles manifestados
em forma de textos diversos efetivados nas práticas discursivas (DCE, 2006 apud BAKTHIN,
1988)”.
Assim será possível a construção de significados, aumentando as possibilidades de
entendimento de mundo do aluno como um instrumento de comunicação universal para
contribuir na transformação e crescimento do cidadão.
Para tanto, espera-se que, ao final do curso do CELEM, o aluno seja capaz de:
1. Vivenciar formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas;
2. Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e
passíveis de transformação na prática social;
3. Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade, possibilitando o acesso à
informação, ao conhecimento e o entendimento do mundo;
4. Ativar procedimentos interpretativos proporcionando a construção de significados e
possibilidades para que o aluno entenda o mundo e contribua para a transformação da
sociedade (DCE, 2006, p.32).
Será buscado também ensinar o aluno de forma que o trabalho em sala parta de um
texto de linguagem num contexto em uso, sob a proposta de construção de significados por
meio do engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas lingüísticas, (DCE,
2006, p.37).
Para tanto, será priorizado:
1. Compreender a diversidade lingüística cultural;
2. Usar a língua estrangeira em situações de comunicação oral e escrita;
3. Interpretar trechos orais e escritos na língua estrangeira estudada, ampliando a visão
de mundo e a compreensão da sociedade.
347
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
Segundo a DCE (2008) “os conteúdos estruturantes se constituem através da história,
são legitimados socialmente”, (p.37). Por isso, a língua, deve ser entendida como interação
verbal e produtora de sentidos, marcada por relações pragmáticas e contextuais de poder.
Desse modo, o “discurso” vai ser entendido como “prática social”, realizada por meio das
práticas discursivas que envolvem a oralidade, a leitura de mundo, a prática escrita nas
múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo, fazendo parte do conteúdo
estruturante.
Sabedores de que os Gêneros do discurso organizam nossa fala, e de que aprendemos
a moldar nossa fala às formas de gêneros que encontramos no dia a dia, é fundamental que se
apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los. Portanto, o
objetivo deste curso será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita
variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar ao aluno textos
pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião,
etc., de suma importância para o crescimento educacional do aluno, sempre aproveitando o
conhecimento prévio que o aluno já possui.
Dessa maneira será trabalhada a Lei no 10.639/03, que trata das Relações étnico-
raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na escola. Esta temática será trabalhada
através de ações que propiciem o contato com a cultura africana e afro-descendente, dentro da
Língua Espanhola, culminando em exposições de obras literárias de escritores negros,
documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e preconceito, procurando destacar a
contribuição da cultura dos povos negros.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação, tanto no 1º quanto no 2º ano do curso de línguas.
1ª SÉRIE ESFERA COTIDIANA
• Álbum de família
348
• Cartão postal
• Carta pessoal
• Bilhetes
• Convites
• Provérbios
• Trava-línguas
• Músicas
ESFERA LITERÁRIO-ARTÍSTICA
• Autobiografias
• Histórias em quadrinhos
• Letras de Músicas
• Poemas
ESFERA ESCOLAR
• Exposição oral
• Diálogos
• Cartazes
ESFERA DA IMPRENSA
• Charge
• Entrevista (oral e escrita)
• Notícias
• Horóscopo
ESFERA PUBLICITÁRIA
• Comercial de Tv
• Folders
349
• Músicas
• Paródias
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situcionalidade;
• Intertextualidade;
• Discurso direto e indireto;
• Polissemia;
• Marcas Linguísiticas: coesão, coerência, pontuação, figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Temporalidade;
• Polissemia;
• Ortografia;
• Concordância nominal/verbal;
• Elementos composicionais do gênero;
• Acentuação gráfica;
• Discurso direto e indireto;
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Papel do interlocutor e locutor;
350
• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas;
• Turnos de fala;
• Semântica;
• Adequação de fala ao contexto
2ª SÉRIE
ESFERA COTIDIANA
• Carta pessoal;
• Cartão social;
• Curriculum vitae;
• Canções culturais;
• Diário;
ESFERA LITERÁRIO/ARTÍSTICA
• Biografia;
• Contos de Fadas;
• Histórias em quadrinhos;
• Poemas/paródias;
• Narrativas (aventura, ficção);
• Letras de Músicas;
ESFERA ESCOLAR
• Exposição oral;
• Diálogos;
• Resumos;
• Relatos;
• Textos de Opinião;
351
ESFERA DA IMPRENSA
• Artigo de Opinião;
• Caricatura;
• Charge;
• Entrevista;
• Horóscopo;
• Reportagens;
• Sinopses de filmes;
ESFERA PUBLICITÁRIA
• Anúncios;
• Caricaturas;
• Comercial de TV;
• Músicas;
• Paródias;
• Slogans;
• Folders;
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situcionalidade;
• Intertextualidade;
• Discurso Direto e Indireto;
• Polissemia;
• Marcas Lingüísticas: coesão, coerência, pontuação, figuras de linguagem.
352
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Temporalidade;
• Polissemia;
• Ortografia;
• Concordância nominal/verbal;
• Elementos composicionais do gênero;
• Acentuação gráfica;
• Discurso direto e indireto;
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Papel do Interlocutor e locutor;
• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas...;
• Turnos de fala;
• Semântica;
• Adequação de fala ao contexto
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA A escola tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não
apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção.
Para tanto, deve-se trabalhar uma abordagem que valorize a escola como um espaço social
responsável pela apropriação crítica e histórica do aluno de conhecimento enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a
transformação da realidade.
353
Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada neste projeto visa possibilitar a
análise e reflexão sobre os fenômenos Lingüísticos e culturais como realizações discursivas,
as quais se revelam na/pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo,
possibilitando o discente “conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e
de construir significados” (DCE, 2006, p. 39).
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com o
texto, bem como com os conhecimentos prévios dos alunos. Moita Lopes descreve a leitura
como um processo interacional no qual o fluxo de informação opera em ambas direções,
leitor-texto, e este autor acrescenta ainda que,
“o ato de ler aqui é visto como um processo que envolve tanto a
informação encontradas em página impressa – um processo perceptivo – quanto a
informação que oleitor trabalhar para o texto – seu pré-conhecimento, um processo
cognitivo”. (1996, p. 138).
A proposta do ensino para L.E.M. deve considerar a leitura como interação
entre os diferentes tipos de textos e deve ocorrer na interação da relação leitor, texto, autor.
“Para tanto, é importante trabalhar a partir de diferentes gêneros discursivos abordando
assuntos relevantes presentes na mídia nacional e internacional” (DCE, 2006, p.39).
Para tanto será trabalhado com textos como anedotas, cartões, convites,
curriculum vitae, comunicados, causos, biografias, contos, histórias em quadrinhos, lendas,
diálogos, cartazes, paródias, pinturas, poemas, romances, mapas, anúncios de jornais, músicas
comerciais de TV, charges, carta ao leitor, entrevista, filmes, e-mails, site de relacionamentos,
entre outros gêneros passiveis de trabalho.
Segundo Leffa (1996) a leitura é basicamente um processo de representação. É
como um processo de triangulação que envolve leitor, leitura sociológica e texto. Por isso,
deve-se pensar, ao ensinar, que a leitura encarada numa perspectiva crítica promove a
construção e a percepção de mundo do sujeito leitor, tornando-o capaz de criar significados e
sentidos que contribuam para uma maior compreensão diante do texto. Lendo, os alunos têm a
possibilidade de conhecer mais sobre a vida dos autores espanhóis e hispano-americanos,
saber mais sobre a cultura de seus países e sobre as possíveis outras leituras de mundo de cada
um deles. Assim há a possibilidade dos alunos se depararem também com diferentes variações
lingüísticas, fonéticas e léxicas provenientes dos textos lidos escritos por diversos autores
advindos de diferentes países e suas variações.
Ao se trabalhar os textos propõem-se uma análise lingüística discursiva dos
elementos não só de natureza lingüística, mas, principalmente, os de fins educativos, visando
354
a abordagem de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária, conforme os interesses dos
alunos. Vale ressaltar a importância de se trabalhar os diversos gêneros textuais, com
diferentes graus de complexidade da estrutura e no desenvolvimento dos alunos como
cidadãos inseridos numa sociedade multicultural.
É importante destacar que os conteúdos gramaticais serão definidos a partir
das escolhas temáticas e textuais, enfatizando a interpretação do conteúdo, pois o uso do texto
é fundamental para o desenvolvimento da compreensão da leitura, da escrita e da oralidade.
Para o desenvolvimento destes diferenciados textos serão observados os
diferentes níveis de aprendizagem e bagagem de conteúdos dos alunos, bem como será dada
especial atenção ao Ensino Noturno, considerando suas peculiaridades.
Através da leitura será pedido aos alunos para que estes pesquisem mais
autores e mais especificidades dos mesmos para que os discentes entrem mais em contato com
outros autores não vistos em sala de aula. Esta pesquisa permite a docente uma conversa
informal sobre o texto lido e os autores pesquisados pelos alunos para que possíveis dúvidas
possam ser dirimidas devido ao trabalho de pesquisa desenvolvido.
O trabalho com vídeos e filmes também será importante no processo de
aprendizagem de Língua Espanhola, e permitirá a docente a realização de produções de textos
a partir dos filmes assistidos.
A de se ressaltar que o trabalho com a leitura não se realiza apenas na utilização
de textos. Pode-se desenvolvê-la utilizando textos não-verbais como charges. Estes serão
trabalhados com os alunos para que os mesmos possam entender o contexto cultural da charge
para poder assim, interagir com o humor exposto na mesma.
Esse processo de construção de sentido, apoiado na bagagem cultural e com
acesso permanente a Língua Espanhola, são fundamentais na prática social do cidadão para
interpretar os discursos de sua comunidade e compreender os discursos de outros povos
diferentes dos já apropriados em sua cultura. Esse conhecimento de outras culturas faz-se
mister pelo fato de que abre “os horizontes culturais” dos alunos fazendo com que eles
possam enxergar pontos de vista culturais diferentes dos seus, possibilitando a compreensão,
a relevância a aspectos culturais.
Para tanto, esta proposta metodológica apóia-se no uso de livros didáticos e
paradidáticos. Além desse material, serão utilizados outros livros didáticos de apoio, bem
como dicionários, textos variados (de revistas e jornais, verbais e não-verbais) vídeos, DVDs,
fitas de áudio, CD-ROM, Internet, visando o trabalho com textos autênticos.
355
Serão promovidos reflexões, juntamente com o aluno, de forma a desvendar os
valores subjacentes, abordando criticamente uma leitura do mundo e, ao mesmo tempo, levá-
lo a contemplar a diversidade regional e cultural presente na aprendizagem que uma Língua
Estrangeira possibilita ao seu aprendiz.
Na parte relativa à leitura, serão propiciadas práticas de leitura de textos de
diferentes gêneros; considerar os conhecimentos prévios dos alunos; utilizar textos não-
verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e
outros; relacionar o tema com o contexto atual; oportunizar a socialização das idéias dos
alunos sobre o texto, bem como deve também contextualizar a produção: suporte/fonte,
interlocutores, finalidade, época.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e, portanto,
deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. É um elemento de
reflexão contínua do professor sobre sua prática educativa e revela aos alunos suas
dificuldades, progressos e possibilidades.
Nesta proposta vê-se que a avaliação deve fornecer dados sobre o desenvolvimento
das capacidades do educando.
É importante nesse processo o feedback das avaliações aos alunos com os devidos
comentários, para que os mesmos possam entender o processo de aprendizagem e, assim,
buscar a superação das suas dificuldades. Entende-se que o papel da avaliação é diagnosticar
o avanço do conhecimento, caracterizando-se como um processo contínuo de
comprometimento com o saber científico, cultural e social.
Nesse sentido, é necessário que o professor tenha uma visão de conjunto no
processo de avaliação levando em conta que para que um processo de aprendizagem seja
efetivo, ele deve contemplar a avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva. Na
avaliação contínua, é necessário que o professor e os alunos analisem quanto e como
conseguiram aproximar-se dos objetivos propostos, tendo em vista que “os erros são efeitos
da própria prática sendo o resultado do processo de aquisição de uma nova língua”(DCE,
2006, p.49).
É preciso lembrar que o processo de aprendizagem não é linear, não acontece da
mesma forma e, ao mesmo tempo, para diferentes pessoas. Dessa forma, cabe ao professor
356
avaliar, priorizar o processo de crescimento do aluno e não apenas mensurar o conhecimento
por ele alcançado.
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para fazer com que
o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as necessidades
de seus alunos. E, através dela será possível perceber quais são os conhecimentos lingüísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – assim como as práticas – leitura, escrita,
oralidade o que ainda não foram suficientemente trabalhadas e que precisarão ser abordadas
mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em língua
estrangeira.
Assim, para a avaliação dos alunos do CELEM serão utilizadas provas objetivas
e discursivas, leitura de textos de diversos gêneros textuais, como jornal, cartas, textos
literários, publicitários, debates, seminários, bem como leitura para desenvolvimento de
interpretações de textos. Será também desenvolvida uma pasta, um portfólio, no qual
constarão as produções escritas dos alunos, desenvolvidas durante o ano, para que estes
possam acompanhar seu crescimento, suas dificuldades no estudo da língua alvo.
Serão desenvolvidos também diálogos orais e escritos, elaboração de narrações,
resumos de livros lidos, preparação de poesias embasadas em autores espanhóis e hispano-
americanos lidos, serão preparados teatros, assistidos filmes na língua alvo para que os
discentes se acostumem auditivamente com a língua estudada, jogos lúdicos envolvendo
temas gramaticais entre outras atividades que se julgarem necessárias para o desenvolvimento
da aprendizagem discente. Todas estas atividades serão desenvolvidas de forma individuais e
em grupos para promover a interação entre os alunos na sala.
Para que essa avaliação aconteça com êxito, faz-se mister que a mesma deixe
de ser utilizada, como “recurso de autoridade e assuma papel de auxiliadora do
crescimento”(LUCKESI, 2005, p.166).
A média a ser alcançada pelos alunos é de 60 pontos, um total de 240 pontos ao
final de cada ano. Para alcançarem estes pontos as atividades avaliativas serão distribuídas da
seguinte maneira:
a) Leitura: 15 pontos
b) Produção Textual (diálogos, poesias, narrações, resumos): 15 pontos
c) Teste mensal (seminários, teatros, debates): 20 pontos
d) Portfólio: 20 pontos
e) Prova bimestral (objetiva e discursiva): 30 pontos
Espera-se que no final do curso de CELEM, com relação à leitura, o aluno:
357
• Identifique a idéia principal do texto;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Localize informações explícitas no texto;
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Amplie seu léxico.
Com relação à escrita espera-se que o aluno concluinte do CELEM consiga elaborar
textos atendendo:
• Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
• À continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal.
Espera-se também que o discente use recursos textuais como: coesão e coerência,
informatividade, etc.: utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, substantivo, etc., bem como também expresse suas idéias com
clareza.
Com relação à oralidade espera-se que o aluno: • Utilize do discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal);
• Apresente suas idéias com clareza, coerência, mesmo que na língua
materna;
• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário
em língua;
• Organize a seqüência de sua fala, e também análise dos argumentos
apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados.
• A recuperação será organizada de forma paralela e permanente,
concomitante ao processo de ensino aprendizagem, com a retomada do
conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos de avaliação,
sendo, portanto “reexplicado” e reavaliado.
358
RECURSOS DISPONÍVEIS Para o desenvolvimento das aulas de Língua Espanhola do CELEM, os recursos
disponíveis são: quadro de giz, giz, aparelho de rádio, TV Pendrive, revistas com materiais
autênticos, bem como jornais de países de fala de língua espanhola. Mais materiais serão
utilizados no desenvolvimento das aulas como: dicionários bilíngües e monolíngües, livros
didáticos, assim como filmes em Língua Espanhola, Laboratório de Informática.
5. REFERÊNCIAS BAKHTIN, M.(Volochinov). Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 988.
BRASIL. Lei no 10639, 09 de janeiro de 2003. Parecer do Conselho Nacional de Educação.
Cadernos Temáticos História da Cultura Afrobrasileira e Africana. Ministério da Educação –
Ministério Nacional de Educação, 2004.
GOETTENAUER, E. Espanhol: Língua de Encontros. In: SEDYCIAS, j. (org.) O ensino do
Espanhol no Brasil. São Paulo: Parábola, 2005.
GOFFMAN, E. Estigma. Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada. Rio de
Janeiro: LTC, 1988.
LEFFA, V. J. O Ensino de línguas estrangeiras no contexto nacional. Contexturas, APLIESP,
n.4, p. 13-24, 1999.
____________A Interação na Aprendizagem das Línguas. Ed. Pelotas: Educat, 2006.
____________Professor de Línguas Estrangeiras: construindo a profissão. Ed. EDUCAT.
Pelotas, 2006.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96. APP-SINDICATO. 1996.
MOITA LOPES, L. P. Oficina de Lingüística Aplicada. São Paulo: Mercado das Letras: 1996,
p. 95-107.
359
RIVERS, W. M. A Metodologia do Ensino de Línguas Estrangeiras. São Paulo: Pioneira,
1975.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação
Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Ensino Fundamental: Língua
Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Instrução Normativa no. 019/2008. Centro de
Línguas Estrangeiras Modernas. (CELEM) Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Resolução no.
3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas. (CELEM). Curitiba, 2008.
360
1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA – SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
A contextualização histórica da realidade brasileira acentua um descompasso
entre educação formal e a educação especial. E que o descompasso é ainda maior entre a
teoria e a prática, entre o discurso oficial e a realidade.
Essa disciplina vem com o intuito de levar os alunos a superar essa visão
padronizada e classificatória, educando-os para que haja entendimento da diversidade
existente entre os seres humanos tratando o de forma natural e aceitável, em vez de
discriminatória e que a concepção das diferenças deve ser vistas de forma qualitativa e não
quantitativa, evitando assim o estabelecimento de classificações. Também é necessário
entender que as deficiências geram necessidades educativas especiais, são diversidades que
demandam recursos específicos e respostas educacionais diferentes.
A compreensão da Educação Especial como modalidade que dialoga e compartilha
os mesmos princípios e práticas da educação geral são recentes e exige das famílias, alunos,
profissionais da educação e gestores das políticas públicas um novo olhar sobre o aluno com
necessidades educacionais especiais.
Buscamos um novo olhar em que valores como compreensão, solidariedade e crença
no potencial humano superem atitudes de preconceito e discriminação em relação às
diferenças. Convidamos a um novo olhar que inspire a educação na e para a diversidade, em
que currículos que marginalizam as diferenças deem espaço à construção de práticas
curriculares calcadas no compromisso com a pluralidade das manifestações humanas
presentes nas relações cotidianas da escola.
No entanto, a construção dessa nova ética social é um processo complexo e de longo
prazo. Envolve mobilização coletiva, pois é assim que se provocam mudanças sociais.
Nesse percurso, exige-se disposição para dialogar, confrontar ideias e valores,
compartilhar experiências, articular ações e não negar, jamais, o passado. Não neguemos a
construção histórica que possibilita, atualmente, vislumbrar novos caminhos, refletir sobre
erros e acertos e propor alternativas para superação de práticas que não mais respondam às
necessidades sociais. (DCES)
A compreensão do currículo como território político comprometido com a
heterogeneidade e as diferenças culturais que compõem a realidade da escola, tal como
versam as teorias educacionais críticas, empreende uma visão renovada e ampliada de
currículo, em ligação estreita com o conhecimento, o trabalho e a cultura, enfatizando-o como
prática social, prática cultural e prática de significação.
361
Conceber o currículo como prática de significação, imerso em relações sociais (de
poder) é tomá-lo como ato político de tradução de interesses de determinados grupos e não de
outros, é concebê-lo como espaço disputado, contestado, conflitivo, que envolve relações
hierárquicas e assimétricas particulares (SILVA, 2004). Assim, entende-se que todos os
aspectos das políticas, textos e práticas curriculares podem favorecer ou dificultar a chamada
atenção à diversidade.
Entende-se currículo como uma construção social, diretamente ligada a um momento
histórico, a uma determinada sociedade e às relações que esta estabelece com o conhecimento.
No currículo, múltiplas relações se constituem, explícitas ou “ocultas”, que envolvem reflexão
e ação, decisões político-administrativas sistematizadas no órgão central da Educação, e as
práticas pedagógicas desenvolvidas na escola (SACRISTÁN apud SAVIANI, 1998).
Conceber e praticar uma educação para todos pressupõe a prática de currículos
abertos e flexíveis comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos
os alunos, sejam elas especiais ou não. Inúmeros estudiosos (CARVALHO, 2001, 2004;
FERREIRA; GUIMARÃES, 2003 LANDÍVAR, 1999; GONZÁLEZ, 2001) são unânimes em
afirmar que não deve haver um currículo diferenciado ou adaptado para alguns alunos.
Com a implementação da atual Lei de Diretrizes e Bases e a clara intenção do
princípio inclusivo que a fundamenta, a adoção e a implementação de currículos abertos e
flexíveis, que atendam à diversidade do alunado presente na escola, passou a ser objeto de
discussão nas diretrizes curriculares e nos cursos de formação continuada dos sistemas de
ensino.
Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve
oportunizar aos alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças
sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, sobretudo, em
condições semelhantes aos demais, pois a escola tem como fim desenvolver as capacidades
acadêmicas, cognitivas, afetivo- emocional e sociais que potencializem o desenvolvimento
pessoal de cada um.
362
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA MATEMÁTICA
A matemática não deve ser vista como algo pronto e acabado. O conhecimento
matemático e cultural em constante construção e elaboração. É produzido na relação do
homem com a natureza e no interior das relações sociais, como forma de resposta às
necessidades humanas. Na perspectiva ensinar aprender matemática deverá ser muito mais
do que reconhecer símbolos, manejar fórmulas, utilizar regras e técnicas, resolver problemas
e cálculos padronizados. É, sobretudo, interpretar, construir e elaborar conceitos, criar
significados, tanto quanto saber aplica-los no dia-a-dia. É importante que a matemática
desempenhe, de forma equilibrada, seu papel na formação das capacidades intelectuais, na
estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico dedutivo do aluno, na
sua aplicação a problemas, situação de vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho,
além de ser um instrumento importante para a construção de saberes em diferentes áreas do
conhecimento. Portanto, o ensino da matemática objetiva a formação do raciocino e do
pensamento independente e criativo e, dessa forma instrumentalizar os alunos a adquirirem
novos conhecimentos teóricos práticos.
Deste modo é importante propor atividades que oportunize o aluno a vivencia de experiências
reais, de comparar sobre as ações de seu cotidiano sintetizando, refletindo, abstraindo, criando
hábitos de estudo com precisão, ordem e clareza, propiciando a discussão sobre os assuntos e
resultados obtidos.
363
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
• Números e operações;
• Medidas;
• Geometria;
• Situações problemas;
• Raciocínio matemático
• história dos números,
• seriação,
• classificação,
• conjuntos,
• quantidades,
• ordens,
• numerais ordinais,
• grandeza numérica,
• símbolos numéricos,
• unidade, dezena, centena,
• operações matemáticas,
• corpo no espaço,
• deslocamento,
• unidade de tempo;
• cores;
• espessura;
• textura;
• quantificação;
• organização;
• comparação;
• correspondências;
• construções simples;
• sinais convencionais;
• vivencias diárias;
• direções de sentido;
• linhas;
• calendário;
• relógio;
• unidades de medidas;
• sistema monetário.
364
LINGUA PORTUGUESA
Trabalhar a língua portuguesa significa trabalhar em prol de uma realidade social
participativa, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso a informação,
expressa e define seus pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo e produz
conhecimento. Cabe a escola adequar o ensino da língua portuguesa conforme a necessidade
real, isto é, considerando os diferentes níveis de conhecimento prévio, de forma que o aluno
seja capaz de interpretar diferentes textos que circulam socialmente e como cidadão, produzir
textos eficazes nas mais variadas situações. É a linguagem que nos acompanha onde quer que
estejamos e assim nos constituímos enquanto sujeitos do mundo e serve também para articular
não apenas relações que estabelecemos com ele, como também junto com o trabalho
caracterizar a nossa humanidade, diferenciando-nos dos animais. Comunicar-se claramente
parte do princípio de que nossas palavras dirigem-se a interlocutores concretos, isto é, pessoas
que ocupam espaços bem definidos na estrutura social mais do que isso, as nossas ideias
sobre o mundo se constroem nesse complexo processo de interação. A linguagem é ponto
fundamental para que o individuo se comunique, interaja na sociedade que ele se insere.
Dessa forma ele produzirá sua linguagem própria para troca e produção coletiva do
conhecimento, pois a linguagem é uma forma de ação-individual. Ler e escrever são
conhecimentos que não se tem, se constroem. Enxergamos as coisas mais distantes através da
leitura. Ler e escrever são conhecimentos estratégicos e instrumentos de vida e assim utilizar
os conhecimentos construídos através da prática, adquirindo progressivamente uma
competência em relação à linguagem, ampliando-a para melhorar a capacidade de
compreensão tanto na comunicação oral quanto escrita. Desenvolver a linguagem oral,
gestual, gráfica e alternativa para expressar e comunicar ideias e interpretação atendendo
diferentes intenções e situações de comunicação.
365
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos
• Leitura
• Escrita
• Oralidade
• Leitura e compreensão;
• situações comunicativas;
• produção de pequenos textos;
• linguagem oral;
• funcionamento da escrita;
• expressão subjetiva;
• comunicação alternativa.
ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO
Desenvolver a criança como um todo nos seus aspectos: físico, motor, social, afetivo
e cognitivo.
Conteúdos Estruturantes/Conteúdos Básicos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos.
• Psicomotricidade;
• Independência na locomoção;
• Cuidados pessoais;
• Comunicação;
• Desempenho escolar;
• Lazer e recreação;
• Formação de conceitos.
• equilíbrio;
• respiração;
• ritmo;
• relaxamento;
• coordenação viso motora;
• condutas neuromotoras;
• esquema corporal;
• condutas perceptivas motoras;
• organização e orientação espacial;
• organização e orientação temporal;
• percepção visual, tátil, olfativa e gustativa;
• movimento;
366
• tempo;
• espaço;
• função social da linguagem;
• usos e funções dos símbolos;
• representação de idéias;
• reconhecimento de idéias presentes em símbolos;
• semelhanças e diferenças;
• dança;
• brincadeiras;
• brinquedos;
• jogos;
• música;
• noções de grandeza;
• noções de direção e sentido;
• noções de distância;
• noções de lateralidade;
• cuidados pessoais.
3. METODOLOGIA
De acordo com a LDB n. 9.394/96 e sua regulamentação pelas Diretrizes Nacionais
da Educação Especial (Resolução n. 02/01), a Educação Especial é conceituada e praticada
como modalidade educacional cujo fim é oferecer recursos e serviços educacionais
especializados aos alunos que apresentam necessidades educacionais em todo o fluxo
educacional. Conforme foi abordado, porém, nem sempre entendeu-se assim.
Tratar a Educação Especial como integrante do sistema educacional que se realiza
desde a Educação Infantil, até os mais elevados níveis da Educação Superior, é uma realidade
que delineia contornos a partir dos movimentos mundiais a favor da inclusão. Ora, se o
princípio filosófico norteador do movimento inclusivo repousa na ideia de uma escola
democrática e comprometida com os interesses e necessidades de todos os alunos, foi preciso
redimensionar as práticas dessa modalidade de educação, já que o critério básico de
organização previa locais distintos dos convencionais, para o atendimento especializado.
O uso de materiais didáticos, de recursos tecnológicos e atividades investigativas,
desencadeiam um processo de ensino aprendizagem que considera os aspectos
367
socioculturais e colocam o aluno como sujeito participante e colaborador de sua própria
aprendizagem de modo a ter condições de estabelecer relações adequadas entre
informações, conhecimentos e habilidades para resolver situações- problema.
Partindo do pressuposto de que todas as atividades devem ser estimulantes para o
desenvolvimento do senso critico a abordagem iniciará dos elementos vivenciados
pelos alunos com temas que favoreçam o diálogo e a compreensão.
A criança com deficiência intelectual ou distúrbios de aprendizagem, por suas
próprias limitações, quase sempre crescem com restrita interação com o meio e a realidade
que a cerca.
Na elaboração do programa, devem-se observar as áreas do desenvolvimento
(cognitiva, motora, sócio afetivo e emocional de forma a subsidiar os conceitos e conteúdos
defasados no processo de aprendizagem).
Os conteúdos devem ser trabalhados com metodologia e estratégias diferenciadas,
recursos variados, jogos, materiais concretos numa abordagem prazerosa, estimulando o aluno
a aprender.
O programa deve ser aplicado em grupo de até 10 alunos com cronograma pré
estabelecido conforme a necessidade de cada aluno.
O acompanhamento pedagógico do aluno deverá ser registrado em relatório
bimestral devendo este ser arquivado na pasta individual do aluno. Este relatório, contribui
para reavaliação da prática docente e intervenções futuras no processo ensino aprendizagem.
O aluno frequentará a Sala de Recursos Multifuncional tipo I o tempo necessário para
superar as atividades e obter êxito na aprendizagem em sala comum.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação é um instrumento para fornecer informações sobre como está sendo
realizado o processo ensino-aprendizagem como um todo, tanto para o professor conhecer e
analisar o resultado do seu trabalho, quanto para o aluno verificar seu desempenho.
A avaliação deve ser vista como um processo diagnóstico contínuo e dinâmico
tornando-se um instrumento fundamental para repensar e reformular as intervenções para que
realmente o aluno aprenda.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
368
CARVALHO, Rosita Edler. (2005). Educação Inclusiva: Com os pingos nos ‘is’. 3ª ed.
Porto Alegre, RS: Mediação.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9394/96. Brasília, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Política
Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP: 1994.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola
Viva. Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola - Alunos com
necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEESP, 2000. V. 1