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COLÉGIO ESTADUAL SEBASTIÃO CARDOSO LEAL ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO CAMPO LARGO 2010

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COLÉGIO ESTADUAL SEBASTIÃO CARDOSO LEAL ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

CAMPO LARGO 2010

ÍNDICE

1 Apresentação....................................................................................... 2 1.1 Objetivos gerais................................................................................... 2 – Organização da entidade escolar...................................................... 3

2.1 – Identificação da Instituição............................................................ 3 2.2 – Aspectos históricos da escola....................................................... 3 2.3 – Relação do corpo docente e técnico administrativo...................... 4 2.4 – Organização do espaço escolar.................................................... 5 2.5 – Perfil da comunidade atendida...................................................... 6

2.5.1 – Nível sócio-econômico e cultural dos pais......................... 6 2.6 – Número de alunos por turma e turnos.......................................... 7

8 3 – Marco situacional................................................................................ 11

3.1 – Organização do tempo e do espaço escolar................................. 12 4 – Marco Conceitual................................................................................. 14

4.1 – Educação inclusiva....................................................................... 15 5 – Marco Operacional.............................................................................. 24 6 – Avaliação institucional do Projeto Político Pedagógico................. 29 7 – Referências.......................................................................................... 30 Proposta Curricular 32

Apresentação

O presente documento é resultado de uma construção coletiva entre professores, equipe

pedagógica, direção, funcionários, pais e alunos, o que acaba por desvencilhar a idéia da

divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico, criando condições para gerar

uma outra forma de organização do trabalho pedagógico, já que há a participação de todos os

setores da instituição. Outra vantagem da coletividade na construção da proposta pedagógica é

a possibilidade de constante reorganização e melhoramento da escola, visto que há uma

reflexão do cotidiano escolar. Porém, esta construção requer continuidade das ações,

descentralização, democratização do processo de tomada de decisões, a instalação de um

processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório e exige um tempo razoável de reflexão

e ação, para se ter um mínimo necessário à consolidação da proposta.

As ações e avaliações realizadas na instituição, especialmente quando se dá em

coletividade, é indispensável para ampliar as possibilidades e apressar as mudanças que se

fazem necessárias, dentro e fora dos muros da escola.

A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto educativo, uma

vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico em função de seus alunos e da qualidade

do processo de ensino aprendizagem. Nessa perspectiva, é fundamental que ela assuma suas

responsabilidades, sem esperar que as esferas administrativas superiores tomem essa

iniciativa, mas que lhe dêem as condições necessárias para levá-la adiante, sendo fundamental

o fortalecimento das relações e o constante contato entre a escola e o sistema de ensino.

OBJETIVOS GERAIS

Seguindo as determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

LDBEN 9394/96, a Escola deve procurar desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação

indispensável para o exercício da cidadania e fomecer-lhe meios para progredir no trabalho e

em estudos posteriores.

A fim de atingir o objetivo maior do colégio, qual seja o de propiciar a todos a formação

básica para o exercício da cidadania, cabe à instituição escolar trabalhar de acordo com o

artigo 3 do título II da LDB de 1996 e artigo 206 da Constituição Federal de 1988, ministrando o

ensino com base nos princípios de igualdade ao acesso, liberdade para aprender e ensinar,

valorização da experiência extra-escolar, entre outros.

Outros objetivos do colégio são:

* desenvolver mecanismos que possibilitem a participação do alunado na comunidade;

* desenvolver condições de aprendizagem aos alunos, sempre respeitando seu espaço e

tempo próprios, por meio de diferentes possibiliades pedagógicas;

* preparar o aluno para o mundo do trabalho, por meio de preparação escolar e

parcerias com instituições privadas ou do governo.

2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

2.1 Identificação da Instituição

Nome da Escola: Colégio Estadual Sebastião Cardoso Leal

Código da Escola: 01309

Código INEP: 41369858

Endereço: Rua Cassemiro Karman, s/nº.

Bairro: Itambezinho

Telefone: (41) 3754-1000 (telefone público em frente ao colégio, pois o colégio não

possui telefone próprio instalado nas dependências)

E-mail: [email protected]

Local: Zona rural

CEP: 83.600-970

Município: Campo Largo (código 0420)

Estado: Paraná

Dependência administrativa: Estadual

Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul (NRE-AM Sul)

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de autorização: Resolução nº. 929/99 de 13/03/1999

Ato de reconhecimento: Resolução nº. 2301/05 de 23/09/2005

Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar nº. 100/01 de 15/01/2001

Modalidades de ensino: seriada

Ensino fundamental – 5ª a 8ª série

Ensino Médio – 1ª a 3ª série

Distância da Escola do NRE-AMSul: aproximadamente 70 km

2.2 Aspectos históricos da escola

O Colégio Estadual Sebastião Cardoso Leal – Ensino Fundamental e Médio foi criado na

gestão do Governo Estadual do Paraná Jaime Lerner e do Prefeito Municipal de Campo Largo,

Newton Puppi, pela Resolução N.° 929/99, de 13 de março de 1999.

O referido colégio funciona nas dependências da Escola Rural Municipal Luiz Rivaben,

tendo como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná, destina-se à oferta da boa

qualidade de ensino, ao acesso ao conhecimento científico e à permanência de seus alunos no

processo pedagógico.

O Colégio, que se fica na zona rural do município de Campo Largo, iniciou seu trabalho,

com alunos e professores, em março de 1999, com a 5a série do Ensino Fundamental, sendo

que a implantação das demais séries – 6a, 7a e 8aséries – ocorreu de forma gradativa até o ano

de 2002. A partir do ano de 2006 iniciou-se a implantação – também gradativa – do ensino

médio. Neste mesmo ano outra mudança significativa ocorrida na escola foi a alteração do

turno de funcionamento. Até então, o funcionamento do colégio era no período vespertino,

passando para o matutino.

A clientela atendida é de moradores que distam até 20 km da instituição, e

dependendem de transporte escolar. Em relação ao total de alunos atendidos pelo colégio,

poucos são os que moram nas proximidades da instituição. Nos dias de muita chuva o acesso

às estradas para chegar até alguns alunos é precário, e a ausência dos estudantes é bastante

relevante, haja vista a relação do número de alunos por turma (são poucos alunos em cada

turma e em dias de muita chuva a sala de aula acaba perdendo, em média, um terço de

alunos).

Como a ausência dos alunos acontece por motivos externos, todo conteúdo é repassado

e revisado para que não haja prejuízo da possibilidade de aprendizagem.

2.3 Organização do espaço escolar

2.3.1 Aspectos físicos

O Colégio Estadual Sebastião Cardoso Leal possui seu espaço físico formado por 01

secretaria pertencente ao Estado e 01 secretaria pertencente ao Município, 01 laboratório de

ciências, química e biologia (ainda sem equipamentos e materiais), 01 laboratório de

informática, 01 biblioteca (utilizada em conjunto com a Escola Municipal e utilizada como sala

de aula), 01 cozinha, 01 almoxarifado, 06 salas de aula, 01 quadra esportiva (não coberta), 06

banheiros para uso dos alunos (sendo 03 femininos e 03 masculinos, além de dois banheiros

para cadeirantes); 03 banheiros para uso dos funcionários.

No ano de 2009 teve início uma reforma nas depedências do colégio, realizada pela Cia

de Cimentos Itambé. Foram reformadas três salas de aula e os banheiros dos alunos.

2.3.2 Recursos humanos

Atualmente, o Colégio é constituído pela seguinte Equipe: uma diretora, uma pedagoga,

16 professores, uma auxiliar de serviços gerais, uma funcionária administrativa.

Os professores, funcionários e alunos utilizam transporte escolar, cedido pela Prefeitura

Municipal de Campo Largo, visto que sem o mesmo a Escola não funcionaria já que os a

maioria dos alunos, professores e funcionários moram em localidades que distanciam de 10 a

35 Km da Instituição.

Do quadro funcional do Colégio Estadual Sebastião Cardoso Leal, estão lotados na

instituição somente cinco funcionários, sendo os demais contratados pelo Processo Seletivo

Simplificado – PSS.

Nome: Regiane Maria Ferreira dos Anjos

Função: diretora

Formação escolar: graduação em Biologia, especialização em Oficinas Naturais

Nome: Kassia Regina Wiezzer

Função: pedagoga

Formação escolar: graduação em Pedagogia, especialização em Psicopedagogia

Clínica e Institucional

Nome: Alessandro Iavorski

Função: professor (Matemática)

Formação escolar: graduação em Matemática, especialização para professores de

Matemática

Nome: Denise Rotband Marchtein

Função: professor (Língua Portuguesa)

Formação escolar: graduação em Letras Português/Inglês, especialização em

Literatura brasileira e Construção de texto.

Nome: Tânia Márcia Schipiura

Função: Professora (Geografia)

Formação escolar: graduação em Geografia

2.3.3 Recursos materiais

O Colégio Estadual Sebastião Cardoso Leal é estruturado com os equipamentos

enviados pelos programas do Governo Federal, Estadual e Municipal. Sendo assim, além do

mobiliário das salas de aula e da direção, fazem parte dos recursos materiais:

* livro didático público, do programa do Governo do Estado;

* livros didáticos, do programa do FNDE

* armários e livros da “Biblioteca do Professor”, do FNDE;

* armário e livros da coleção “Literatura para todos”, do FNDE;

* equipamentos do laboratório de informática, do programa estadual “Paraná Digital”;

* TV’s pendrive (uma para cada sala de aula), do programa estadual;

* equipamentos para laboratório de ciências, química e biologia (alguns);

2.4 Perfil da comunidade atendida

O Colégio Estadual Sebastião Cardoso Leal – Ensino Fundamental e Médio, localizado

no Bairro Itambezinho, a 35 km da sede do Município de Campo Largo, fazendo parte

integrante da área metropolitana de Curitiba, tem seu alunado formado por estudantes com

idade entre 10 a 19 anos, que residem na própria região e nas localidades de Rio Bonito, Água

Comprida, São João do Povinho, Vargedo, Rio dos Matos, Barra, Descalvado e Passa Três,

sendo que a grande maioria mora em casa própria de madeira e possuem horta e bebem água

de fontes.

2.4.1 Família

O número de pessoas que compõem a família é, em média, entre 04 (quatro) e 05

(cinco) pessoas, sendo que famílias com três pessoas são em menor número que a

porcentagem das famílias com mais de seis pessoas, conforme tabela abaixo:

Número médio de componentes na família

Porcentagem

Três pessoas 12%

Quatro pessoas 26%

Cinco pessoas 27%

Seis pessoas 17%

Sete pessoas 18%

Como forma lazer praticam esportes, fazem leituras, andam de bicicleta, assistem

televisão, pescam e participam dos eventos da Igreja.

Em relação à religião, 90% dos pais dos alunos são católicos e 10% pertencem a outras

religiões.

2.4.2 Nível sócio-econômico e cultural dos pais

A profissão dos pais é bastante diversificada, prevalecendo agricultores e operários; já

as mães são, na maioria, donas de casa e trabalham na agricultura. A maioria dos alunos, fora

do horário escolar, ajuda seus pais na roça cortando lenha ou no carvão para ajudar no

orçamento.

Profissão dos pais Porcentagem Profissão das mães Porcentagem

Lavrador 36% Do lar 60%

Operário 19% Lavradora 32%

Motorista 14% Outras atividades (enfermeira, doméstica, agente comunitária)

08% Minerador 10%

Chacreiro 09%

Aposentado 08%

Carvoeiro 04%

Em relação ao nível sócio-econômico, a maioria das famílias encontra-se na faixa de 01

a 03 salários mínimos, conforme tabela:

Renda familiar Porcentagem

Sem renda 12%

Até 01 salário mínimo 37%

De 01 a 03 salários 35%

De 03 a 05 salários 13%

Mais de 05 salários 03%

Aproximadamente 40% dos alunos participa do programa Bolsa Família, do Governo

Federal.

Mais da metade dos pais dos alunos da instituição não possuem o ensino fundamental

completo (66%) e somente 3% dos pais completaram o Ensino Médio, o que corresponde a um

nível cultural-escolar baixo.

Escolaridade Porcentagem

Analfabetos 18%

4ª série incompleta 28%

4ª série completa 35%

8ª série incompleta 03%

8ª série completa 10%

Ensino médio incompleto

03%

Ensino médio completo

03%

2.4.3 Número de alunos por turma e turnos

No ano de 2005, no turno da tarde, forma atendidas 04 (quatro) turmas, sendo uma de

cada série (5ª a 8ª) num total de 104 matrículas no início do ano letivo.

O ano de 2006 teve mudanças significativas na instituição:

* Início da implantação do Ensino Médio, que trouxe como consequência, a alteração do

nome da Escola para Colégio;

* Alteração do turno de funcionamento da instituição do período da tarde para a manhã.

* Aumento no número de matrículas (reflexo do número de alunos que voltaram a

estudar – tanto no Ensino Médio quanto nas demais séries do ensino fundamental).

Foram registradas 120 matrículas no início do ano letivo de 2006, distribuídas nas 5

turmas atendidas – quatro da segunda etapa do ensino fundamental e uma turma de ensino

médio.

Tabela referente às matrículas de 2006:

Série N.° de turmas Turno Alunos matriculados

5a 01 Manhã 24

6a 01 Manhã 28

7a 01 Manhã 18

8a 01 Manhã 19

1ª 01 Manhã 31

Tabela referente às matrículas de 2007:

Série N.° de turmas Turno Alunos matriculados

5a 01 Manhã 26

6a 01 Manhã 23

7a 01 Manhã 29

8a 01 Manhã 17

1ª 01 Manhã 19

2ª 01 Manhã 23

Tabela referente às matrículas de 2008:

Série N.° de turmas Turno Alunos matriculados

5a 01 Manhã 30

6a 01 Manhã 23

7a 01 Manhã 15

8a 01 Manhã 24

1ª 01 Manhã 8

2ª 01 Manhã 9

3ª 01 Manhã 15

Tabela referente às matrículas de 2009:

Série N.° de turmas Turno Alunos matriculados

5a 01 Manhã 32

6a 01 Manhã 27

7a 01 Manhã 13

8a 01 Manhã 14

1ª 01 Manhã 24

2ª 01 Manhã 12

3ª 01 Manhã 14

Tabela referente às matrículas de 2010:

Série N.° de turmas Turno Alunos matriculados

5a 01 Manhã 23

6a 01 Manhã 18

7a 01 Manhã 27

8a 01 Manhã 12

1ª 01 Manhã 13

2ª 01 Manhã 24

3ª 01 Manhã 8

Nota-se que o número de alunos matriculado tem uma queda bastante significativa no

final do ensino médio. Isso se dá porque os alunos acabam indo em busca de trabalho e os

horários que conseguem para trabalhar os limita a escolher entre o emprego e o estudo. Na

maioria dos casos, os alunos abandonam a escola, pois consideram mais importante ter uma

renda.

A partir do ano letivo de 2009 foi realizado atendimento diferenciado para alunos que

trabalham em turnos em uma das empresas da região.

3 MARCO SITUACIONAL

O Colégio Estadual Sebastião Cardoso Leal é uma instituição que visa atingir seus

objetivos com qualidade, de maneira prática, objetiva e prazerosa. Objetiva formar o ser

humano integral, ciente de suas ações e possibilidades, numa perspectiva histórico-crítica.

A instituição toma por base para desenvolver suas atividades os resultados de

aprendizagem do alunado durante o decorrer do ano letivo, já que este dado é consequência

de um trabalho realizado seriamente e em conjunto entre os docentes, equipe pedagógica e

direção, funcionários e comunidade escolar.

O índice de reprovação é, em geral, muito baixo, menor que os dados de evasão – esta

que ocorre pelo motivo principal da necessidade dos alunos trabalharem para complementar a

renda familiar e/ou constituição de família (as meninas não raramente abandonam o colégio

para casar e, pela cultura local, os maridos não permitem que as mesmas deem continuidade

aos estudos porque isso se torna, segundo os mesmos, “desnecessário”). Os alunos não tem

perspectiva de vida ou de trabalho além do local em que estão. Além disso, não há incentivo

por parte da maioria dos pais/responsáveis, pois para “trabalhar ali, não precisa de muito

estudo”. Alguns alunos, inclusive, já comentaram muitas vezes de desistir alegando que “minha

mãe falou que ela só fez até a quarta série; eu cheguei na quinta, então já estou com

vantagem, posso parar de estudar”.

As tentativas dos alunos permanecerem na escola são inúmeras, haja vista que qualquer

motivo é suficiente para que eles desistam dos estudos, pois “vão trabalhar na roça mesmo”.

Se o aluno não está tendo o sucesso esperado, comenta em parar de estudar; se reprova o

ano letivo (seja por nota ou por falta), diz que vai parar de estudar. Por esta realidade, o colégio

sempre busca a valorização do aluno, na tentativa de mostrar que ele é importante e que pode

ter uma vida melhor com os estudos. Esse relato justifica os números de evasão superarem os

números de reprovação.

Quando o aluno tem cinco faltas injustificadas consecutivas ou sete alternadas no mês é

preenchida a ficha do programa FICA, conforme as instruções especificadas nas diretrizes do

programa.

No ano letivo de 2005, dos 104 alunos matriculados, o índice de reprovação apresentado

foi menor que 1% (apenas um aluno). Este índice é ainda mais significativo considerando que

os equipamentos físicos e pedagógicos são relativamente carentes, visto que não há muito

material alternativo para o desenvolvimento das aulas. Não há, também, laboratório para

realização de experiências e amostras do conteúdo para os alunos, espaço físico diferenciado

ou sala de apoio com materiais variados.

Uma das razões que leva ao bom desempenho da aprendizagem é o trabalho realizado

no colégio, dentro e fora da sala de aula. Para isso, o corpo técnico e o quadro docente são

compostos por profissionais envolvidos com o processo ensino-aprendizagem. São todos

profissionais com formação na área (alguns em fase de conclusão de curso superior)

selecionados pela Secretaria de Educação do Estado por concurso ou por processos de

seleção simplificada. Mesmo após o início do trabalho, o profissional ainda tem a oportunidade

de aperfeiçoamento de seus conhecimentos por meio de cursos de formação continuada,

organizados e ofertados pela Secretaria de Educação, e os quais os professores são

incentivados pela instituição a participarem.

Outro fator que favorece o bom desempenho das atividades docentes é a relação de

trabalho existente na instituição. O ambiente é bastante agradável e prazeroso, resultado de

respeito mútuo.

Os pais dos alunos também colaboram para a manutenção deste ambiente na escola.

Participando das reuniões, festas e eventos que acontecem na escola, os pais dos alunos e

toda a comunidade escolar têm a oportunidade de fortalecer os vínculos com os profissionais

do colégio e colaborar para a melhoria das relações de trabalho. Porém, como muitos moram a

uma distância bastante significativa, é um tanto complicado para que consigamos que todos os

pais se façam presentes nas reuniões, haja vista a dificuldade com transporte.

3.1 Organização do tempo e do espaço escolar

Até o ano de 2005, o funcionamento da escola era no período vespertino, com as turmas

da segunda etapa do ensino fundamental. A partir do ano letivo de 2006, a escola passou ter

seu horário de funcionamento no período da manhã, com as aulas iniciando às 7h25 e

encerrando às 11h35. O horário é assim organizado por motivos diversos, sendo os principais:

as conduções que levam os alunos da manhã devem buscar os alunos que estudam no período

da tarde, portanto, deve haver compatibilidade nos horários; a distância da escola até o centro

de Campo Largo é grande e os professores que lecionam em outras escolas no período da

tarde devem chegar em tempo hábil para suas aulas.

As primeiras aulas são de 50 minutos, enquanto as últimas têm duração de 45 minutos,

sem prejuízo ao desenvolvimento das atividades educacionais.

Outra organização que se faz necessária é a hora atividade dos professores. Até então,

o horário de aula diário era organizado de tal forma que, na maior parte da semana, os

professores realizavam suas horas atividades sozinhos, visto a quantidade de docentes que

iam à escola em cada dia. Com o início da implantação do Ensino Médio na instituição, o

número de docentes, conseqüentemente, aumentou – o que permite que professores das

diferentes áreas possam trocar experiências e conhecer o conteúdo/trabalho que o professor

da outra disciplina está realizando com determinada turma, além de aproveitar o tempo para

desenvolver trabalhos interdisciplinares. Não há possibilidade de implantação da “hora-

atividade concentrada”, proposta pela SEED, haja vista que os professores comparecem no

colégio em dias específicos e não há possibilidade de virem nos dias determinados por

disciplina para cumprimento das horas-atividades. Sendo assim, procura-se organizar o horário

dos professores de maneira que haja o maior contato possível uns com os outros, em especial,

os docentes de áreas afins (até mesmo seguindo – sempre que possível – as instruções da

SEED). Esta organização se dá baseada na idéia de que, com trabalhos interdisciplinares, a

formação do individuo crítico e cidadão se torna um objetivo cada vez mais possível de se

atingir.

A qualidade de ensino demandada pelo século XXI não se refere somente à melhoria

dos processos cognitivos ou da educação para o desenvolvimento de mapas conceituais. O

fator cidadania passa a integrar o conceito contemporâneo de qualidade em educação. Uma

das lutas deste milênio é pela universalização da cidadania e isso demanda uma nova

pedagogia da qualidade.

Entre as tendências da educação para o século XXI, ganhou força em todo o mundo a

necessidade de formação de um cidadão solidário capaz de circular democraticamente no seio

de diversas culturas em busca do que é humano e indispensável a todas as pessoas. No

âmbito dessa ótica, a chamada competitividade em educação subordina-se aos fins maiores de

solidariedade e da justiça.

3.2 Quadro de funcinários e docentes

A necessidade de ter a equipe de funcionários (administrativo, serviços gerais, corpo

docente) é grande, tanto quanto em qualquer outro estabelecimento de ensino. Porém, todos

os anos há uma preocupação, em especial da direção e equipe pedagógica, de quando o

quadro de funcionários e docentes será completado.

Como a escola se localiza na zona rural, a escolha das vagas existentes não é

primordial para muitos professores, auxiliares administrativos e serviços gerais. Nota-se que a

escola é escolhida por muitos (professores, principalmente) para complementação de carga

horária ou por falta de opção. Há somente um professor com padrão na escola, o que significa

uma espera grande no início de todo ano letivo para completar o quadro de professores, com

os candidatos do Processo de Seleção Simplificado (PSS).

Outro fator que merece destaque é o não comprometimento, durante o ano letivo, dos

professores que assumem as aulas. O colégio é pequeno em estrutura e em número de turmas

(uma turma de cada série do ensino fundamental e médio), o que leva muitos professores a

acreditar que podem faltar porque não terá problema, já que são poucos alunos e que não há

possibilidade frequente de realizar reposição das aulas perdidas, haja vista que todos

dependem de transporte escolar e que este só funciona em dias já determinados no calendário

escolar, não sendo fácil a possibilidade de funcionamento em outros dias para, por exemplo,

reposição de aulas.

Uma alternativa encontrada para a reposição das aulas no caso de falta de professor é a

mudança no horário, mas isso é algo que traz transtornos quando se torna algo corriqueiro.

Tendo em vista o disposto em lei e objetivando o atendimento educacional integral aos

alunos que se encontram em situação especial, será realizado um trabalho de complementação

de carga horária e conteúdos para que não haja prejuízo em seu aprendizado, atendendo o que

consta nas Diretrizes Curriculares de cada etapa. São utilizadas as seguintes legislações para

amparo legal: LDB nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional); Resolução

nº01/02 – CNE/CEB (Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo):

Deliberação nº02/02 – CEE e Instrução nº018/08 – SUED/SEED.

Segundo a LDB, em seu artigo 28:

Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Não são necessárias alterações no calendário escolar conforme permite o item II, porém,

há autonomia da escola em relação à organização de conteúdos curriculares (item I) para

atender as peculiaridades da realidade da clientela local.

No que tange a educação no campo e as necessidades de adequação, a Resolução

nº01/02 – CNE/CEB define que:

Art. 5. As propostas pedagógicas das escolas do campo, respeitadas as diferenças e o direito à igualdade e cumprindo imediata e plenamente o estabelecido nos artigos 23, 26 e 28 da Lei 9.394, de 1996, contemplarão a diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia.

Parágrafo único. Para observância do estabelecido neste artigo, as propostas pedagógicas das escolas do campo, elaboradas no âmbito da

autonomia dessas instituições, serão desenvolvidas e avaliadas sob a orientação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica e a Educação Profissional de Nível Técnico.

Art.7. É de responsabilidade dos respectivos sistemas de ensino, através de seus órgãos normativos, regulamentar as estratégias específicas de atendimento escolar do campo e a flexibilização da organização do calendário escolar, salvaguardando, nos diversos espaços pedagógicos e tempo de aprendizagem, os princípios da política de igualdade.

§ 2º. As atividades constantes das propostas pedagógicas das escolas, preservadas as finalidades de cada etapa da educação básica e da modalidade de ensino prevista, poderão ser organizadas e desenvolvidas em diferentes espaços pedagógicos, sempre que o exercício do direito à educação escolar e o desenvolvimento da capacidade dos alunos de aprender e de continuar aprendendo assim o exigirem.

O atendimento aos alunos das escolas do campo, principalmente em situações

especiais, é colocado como responsabilidade do estabelecimento de ensino. Entende-se a

importância do atendimento ao aluno exposta em tal documento.

De acordo com a Deliberação nº02/02 – CEE , em seu artigo 3º, ressalta-se a

importância do cumprimento das horas garantidas de efetivo trabalho letivo, mesmo com as

adequações necessárias para o atendimento aos alunos da educação no campo:

Art. 3. Pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente organizado, também, em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias no decorrer do ano letivo. Parágrafo único. O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei.

Por fim, a Instrução nº018/08 – SUED/SEED apresenta algumas sugestões de atividades

para serem realizadas com os alunos:

9. Sugestões de atividades que poderão ser desenvolvidas com os alunos, quando necessário, para a complementação da carga horária, além das aulas normais: a) palestras, abordando temas emergentes; b) feiras, atividades culturais e/ou esportivas com a comunidade escolar; c) teatro e exibição de filmes, abordando temas sociais contemporâneos; d) outros.

4 MARCO CONCEITUAL

O paradigma inovador na ciência propõe que o homem seja visto como um ser indiviso,

que haja o reconhecimento da unidualidade cérebro-espírito levando à reintegração sujeito-

objeto.

A educação serve para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar; para saber,

para fazer ou para conviver. Educação está totalmente ligada com todos os momentos da vida

das pessoas e tem o papel de formar sujeitos conscientes de sua ação transformadora na

construção de uma sociedade mais justa. Deve estar centrada na apropriação do saber

elaborado como um instrumento de luta social.

O aluno caracteriza-se como um ser complexo que vive num mundo de relações e que,

por isto, vive coletivamente, mas é único. Portanto, ele precisa ser considerado em suas

inteligências múltiplas, e este desafio instiga os professores a reconstruírem suas práticas

educativas. Com a globalização, os pressupostos de informação foram ampliados, e os alunos

podem acessar com independência o universo da rede de informação.

Nesse contexto, a escola não é mais a única instituição que permite o acesso à

informação e à produção do conhecimento, mas ainda detém o papel forte de ser agência

formal da escolaridade e realizar o acompanhamento e a avaliação das informações do sujeito.

É a insituição que socializa o saber elaborado às camadas populares, entendendo a

apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da

realidade social e atuação crítca e democrática para a transformação desta realidade.

Tradicionalmente, avaliar tem se confundido com a possibilidade de medir a quantidade

de conhecimentos adquiridos pelos alunos e alunas, considerando o que foi ensinado pelo

professor ou professora. Embora muito criticada, a avaliação do desempenho escolar como

resultado do exame que o professor(a) realiza a respeito do aluno(a) ainda é predominante.

Como não se trata apenas de verificar o desempenho do aluno(a), todos os sujeitos

participantes do processo ensino/aprendizagem estão implicados na investigação. Assim como

afirma Esteban “a avaliação é um processo compartilhado, que busca contribuir para uma

melhor compreensão de como o outro - parceiro no processo pedagógico - compreende, como

aprende, o que aprende, o que ensina, como ensina, o que sabe e o que não sabe, não apenas

ao final do processo, mas enquanto o realiza” (2001). Em suma, a avaliação é uma prática

emancipadora, vivenciada entre educador e educando no processo de compreensão e reflexão

crítica.

A recuperação de estudos se dá tanto em nota quanto em conteúdo. Tendo em vista que

a avaliação diagnóstica permite verificar o desenvolvimento do aluno e, como conseqüência, a

ação docente, esta recuperação será planejada, interligando-se ao processo de ensino-

aprendizagem.

Os conteúdos planejados deverão ser retomados e trabalhos com uma metodologia

diferenciada, objetivando melhores dados qualitativos e quantitativos por parte do alunado.

A recuperação será realizada ao longo do ano letivo, sempre que houver necessidade e

reelaborada sempre que se julgar válida tal ação.

Como o colégio apresenta uma gestão democrática, onde todos participam, opinam e

controem, toda e qualquer ação será amplamente discutida para que seja possível uma análise

crítica de cada situação. Assim, pode-se ter certeza de que a ação a ser excecutada não

favorecerá apenas uma parcela reduzida de pessoas (seja do corpo docente ou discente).

Vale ressaltar que, independente da decisão tomada, a análise de cada situação é

baseada em documentos norteadores, que também são a base da organização curricular do

colégio.

4.1 Educação inclusiva

Os preceitos constitucionais determinam que o direito à educação das pessoas

portadoras de deficiência deverá ser garantido pelo Estado por meio de um "atendimento aos

portadores de deficiências, preferencialmente na rede regular de ensino"(artigo 208, Inciso III,

da Constituição Federal).

Por educação especial, modalidade de educação escolar conforme especificado na

LDBEN e no recente Decreto N.° 3298, de 20 de dezembro de 1999, Artigo 24, §1°, entende-se

um processo educacional definido em uma proposta pedagógica, assegurando um conjunto de

recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmeníe para apoiar,

complementar, suplementar e, em alguns casoS, substituir os serviços educacionais comuns,

de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos

educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas

e modalidades da educação (Mazzotta, 1998).

A educação especial, portanto, insere-se nos diferentes níveis da educação escolar:

Educação Básica – abrangendo educação infantil, educação fundamental e ensino médio – e

Educação Superior, bem como na interaçao com as demais modalidades da educação escolar,

como a educação de jovens e adultos, a educação profissional e a educação indígena.

O direito à educação das pessoas que apresentam necessidades especiais requer

fundamentação nos seguintes princípios: a preservação da dignidade humana: a busca da

identidade e o exercício da cidadania.

A fim de atingir o objetivo maior, qual seja de oferecer um sistema educacional inclusivo

o país concordou com a Declaração Mundial de Educação para todos, firmada em Jomtien, na

Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com os postulados produzidos em Salamanca

na Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade.

O atendimento educacional aos educandos com necesidades educacionais especiais

contemplados pelas principais leis precisam ser assegurados na prática, por meio de medidas

concretas conforme estabelece o Parecer N ° 17/2001 e a Resolução N.° 02/2001.

5 MARCO OPERACIONAL

O conteúdo será trabalho no período letivo, conforme o calendário escolar (formulado e

autorizado no início de cada ano letivo), organizado em conformidade com as instruções da

entidade mantenedora.

A ação pedagógica, que leve à produção do conhecimento e que busque formar um

sujeito crítico e inovador, precisa enfocar o conhecimento como provisório e relativo,

preocupando-se com a localização histórica de sua produção. Precisa estimular a análise, a

capacidade de compor e recompor dados, informações e argumentos. Acrescida da valorização

da ação reflexiva e da disciplina tomada como capacidade de estudar, refletir e sistematizar o

conhecimento, instiga o aluno a reconhecer a realidade e a refletir sobre ela (Cunha, 1997).

A produção de conhecimento com autonomia, com criatividade, com critícidade e espírito

investigativo provoca a interpretação do conhecimento e não apenas a sua aceitação. Portanto,

na prática pedagógica o professor deve propor um estudo sistemático, uma investigação

orientada, para ultrapassar a visão de que o aluno é um objeto, e toma-lo sujeito e produtor do

seu próprio conhecimento.

A dimensão que se pretende com uma perspectiva sistémica ou holística é que o homem

recupere a visão do todo. Que se sinta pleno, vivendo dentro da sociedade como um cidadão

do mundo e não como um ser isolado em sua própria individualidade.

O grande desafio da visão holística é a superação do saber fragmentado, que foi dividido

na escola em disciplinas isoladas, assemelhando-se ao trabalho na indústria que se tomou

especializado e repartido em setores e, por consequência, os homens passaram, na escola e

no trabalho, a se restringir a tarefas estanques sem a consciência global do processo e do

produto.

Numa recuperação do todo (na superação da fragmentação), a perspectiva de uma

visão holística propõe considerar não somente a razão e a sensação, mas também a intuição e

o sentimento, transpondo o racionalismo reducionista que valoriza o progresso material e

negligencia o progresso humano.

Segundo Cardoso (1995,p.49) ser holístico, compreende "saber respeitar as diferenças,

buscando a aproximação das partes no plano da totalidade. Porque superar não é fazer

desaparecer, mas progredir na reaproximação do todo. Pois o todo está em cada uma das

partes e, ao mesmo tempo, o todo é qualitativamente diferente do que a soma das partes."

Com a visão sistêmica, os docentes precisam instigar seus alunos para a recuperação

de valores perdidos na sociedade moderna, buscando a justiça plena e ampla para todas as

camadas sociais e provocando a formação de valores imprescindíveis como a paz, a harmonia,

a solidariedade, a igualdade e, principalmente, a honestidade. O docente terá de repensar "

para que" e " por que" está formando os estudantes.

No entanto, para atingir tais requisitos, os professores precisam visualizar o aluno como

um ser pleno e com potencialidades para se desenvolver completamente. Para que este

desafio seja transposto em ações concretas, o docente precisa instigar os alunos para

desenvolverem suas inteligências.

A escola entende que seu papel maior é em relação ao processo ensino-aprendizegem.

E, em relação a avaliação da aprendizagem, seu papel é o de ajudar a cumprir sua função

social transformadora, ou seja, favorecer que os alunos possam aprender e se desenvolver.

levando-se em conta o compromisso com a construção de uma sociedade mais jsta e solidária.

O objetivo focado é a aprendizagem, e a avaliação passa a ter a função de diagnosticar

as dificuldades e deficiências que ocorreram, tanto no processo de transmissão quanto no de

assimilaçâo dos conteúdos. Conforme Luckesi afirma, com muita propriedade, em relação à

este assunto da avaliação diagnóstica, "ela terá que ser o instrumento de reconhecimento dos

caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a serem perseguidos". Os dados

levantados, via avaliação, subsidiarão o processo de tomada de decisão para as próximas

etapas.

De nada adianta detectar insuficiência na aprendizagem em determinado conteúdo e

passar ao tema seguinte, sem voltar atrás e reestruturar aqueles pontos onde o grupo

apresentou insucesso. Não se pode permitir que o não assimilado fique sem ser aprendido. No

caso, a avaliação teria apenas a função de cumprir sua formalidade legal após cada bimestre,

ou seja, dar nota ao aluno.

Como instrumento de diagnóstico e informação, a avaliação tem como função mostrar ao

professor e ao aluno os avanços da aprendizagem e suas limitações, permitindo que revisões

sejam feitas, atívidades de fixação e recuperação sejam introduzidas.

Em suma, objetiva-se que o colégio realmente ensine bem a todos e que a avaliação

possa ajudar neste movimento de construção do conhecimento.

Caso haja necessidade, será realizada a recuperação de estudos, que será planejada,

constituindo-se num conjunto integrado do processo de ensino, além de se adequar às

dificuldades dos alunos. A recuperação de estudos visa garantir a aprendizagem por parte de

todos os alunos, especialmente daqueles que têm maiores dificuldades em determinado

momento e conteúdo.

Como o colégio tem seu funcionamento somente em um turno, a recuperação não

ocorre em contra-turno, porém acontece de forma a não prejudicar o desempenho do alunos

nas demais discilpinas. É realizado um planejamento com os alunos e os professores e o aluno

pode realizar a recuperação dos seus estudos.

Além disso, cada professor realiza a retomada de conteúdos sempre que necessário,

além de atividades para recuperação de conteúdos e notas ao final de cada conteúdo

trabalhado.

Após os resultados das avaliações letivas, têm-se o resultado final e a freqüência. Diante

disso, são considerados aprovados os alunos que apresentarem freqüência igual ou superior a

75% do total da carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero). A média anual é obtida pela seguinte fórmula:

1º Tri + 2º Tri + 3º Tri = Média anual

3

O aluno que apresentar freqüência igual ou superior a 75% do total da carga horária e

média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero) será submetido à análise do Conselho de Classe,

que definirá sobre sua promoção ou não.

Será considerado reprovado o aluno que apresentar frqüência inferior a 75% sobre do

total da carga horária do período letivo e qualquer média anual.

Ao encerrar o processo de avaliação, o estabelecimento de ensino registrará, no

histórico escolar, a condição de aprovado ou reprovado de cada aluno.

A recuperação de estudos ocorre paralela e concomitantemente, e se dá por meio de

atividades avaliativas em sala de aula e trabalhos individuais relacionados aos conteúdos que o

aluno não obteve o sucesso esperado. É facultado ao professor a aplicação de uma prova de

recuperação à turma.

O colégio não oferta o sistema de dependência para os alunos que não atingirem média

e freqüência necessária para sua promoção.

Para que seja possível uma educação de qualidade, o Colégio divulga amplamente

todos os cursos e eventos para capacitação dos profissionais que atuam no espaço escolar.

Além dos cursos de capacitação ofertados pela Secretaria Estadual de Educação, os

professores participam de simpósios, palestras, reuniões, congressos e demais eventos que

venham a contribuir para a atualização dos docentes.

Ainda visando a educação de qualidade, o colégio procura amparar sempre o corpo

discente: no caso de faltas de professores sem aviso prévio, faz-se alteração em horários e os

professores em hora atividade adiantam suas aulas, trocando essas horas (que é um direito

adquirido) em outro dia – no lugar do professor faltoso. Porém, como há transtorno caso isso

aconteça frequentemente, faz-se um trabalho de conscientização com os docentes. Se houver

reincidênciade faltas ou o descaso do professor com seu trabalho docente, é mandado falta no

Relatório Mensal de Faltas (RMF).

No caso dos professores faltarem por motivo de capacitação, é realizado o atendimento

aos alunos de outras maneiras, mas o professor responsável pela disciplina deixa todo o

trabalho previsto em seu plano de trabalho docente para ser trabalhado com as turmas. No

retorno, o professor faz a retomada dos conteúdos com os alunos.

Para a integração dos alunos, professores e funcionários, o Colégio realiza a “Semana

Cultural e Esportiva”, também prevista em calendário escolar. Este trabalho é realizado pelo

colégio com o nome de “Semana do Estudante”, já que as atividades são planejadas e voltadas

para o alunado. Os professores e funcionários participam elaborando, auxiliando e realizando

atividades para e com os alunos. As atividades são planejadas visando o resgate da cultura

(especialmente a local), o incentivo ao esporte, o trabalho em equipe, a interação dos alunos a

temas atuais (saúde, preconceito, ética, meio-ambiente, entre outros) e o trabalho

interdisciplinar.

Além da integração do aluno com professores, funcionários e colegas, faz-se necessário

possibilitar ao estudante sua integração no mundo de trabalho. Para isso, a escola tem parceria

com o CIEE – Centro de Integtração Estudante e Escola, já que, conforme a lei nº 11.788 de

25/09/08, em seu Art. 1º, §1º “o estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de

integrar o itinerário formativo do educando”

6 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Como o Projeto Político Pedagógico é resultado de uma construção coletiva e é um

documento que preenche os interesses da instituição escolar, este deve ser submetido a uma

rigorosa avaliação – também coletiva – de sua prática, com a finalidade de ser atualizado e

modificado sempre que houver necessidade e interesse do colégio ou da comunidade escolar.

Essa atualização se dará de maneira democrática e coletiva, por meio de reuinões na

instituição com os funcionários, corpo docente, alunado, pais de alunos, juntamente com a

equipe pedagógica e direção.

Outra maneira de avaliação deste documento é durante as semanas programadas

durante o ano letivo pela Secretaria de Educação do Estado.

7 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Lei nº 9394. Brasília: MEC, 1996.

_______. Diretrizes Curriculares do ensino fundamental. Brasília: MEC.

_______. Diretrizes Curriculares do ensino médio. Brasília: MEC.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. A educação Ambiental: a formação do sujeito

ecológico. São Paulo: Cortez, 2008. COMAD. Livro para educadores - O caminho é a prevenção. Programa Educacional de

Resistência às Drogas e à Violência. Campo Largo, 2009. HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio, uma perspectiva construtivista. Porto

Alegre: Hoffmann, 1993. _______, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à

universidade. Porto Alegre: Hoffmann, 1993. JAPIASSU, H.Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

LUCKESI. Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. Lisboa: Cortez, 1996.

MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicos-

Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília: MEC, 2004.

PARANÁ. Caderno de apoio para elaboração do Regimento Escolar. Curitiba:

SEED/CGE, 2007. _______. Currículo básico para a escola pública do Paraná: construindo a escola

cidadã. Curitiba:SEED/DEPG, 1992. _______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Ensino Religioso. Curitiba:

SEED/DEB, 2008. _______. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba: SEED, 2006. _______. Educação ambiental. Cadernos temáticos – desafios educacionais

contemporâneos. Curitiba: SEED/DEB, 2008. _______. Enfrentamento à violência na escola. Cadernos temáticos – desafios

educacionais contemporâneos. Curitiba: SEED/DEB, 2008. _______. Eu acompanho a avaliação escolar do meu filho. E você? Material de

apoio. Coordenação Planejamento e Avaliação. Curitiba: SEED/DPPE, 2009. _______. Prevenção ao uso indevido de drogas. Cadernos temáticos – desafios

educacionais contemporâneos. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

_______. Programa FICA comigo: enfrentamento à evasão escolar. Curitiba: SEED,

2009. _______. Subsídios para elaboração do estatuto do Grêmio Estudantil. Curitiba:

SEED, 2009. REGO, Tereza C. Vygostky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Rio de

Janeiro: Vozes, 1995.