colégio estadual professor jaelson biácio · web view2012-02-10 · ensino fundamental e...
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Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio Ensino Fundamental e Médio
Rua: Duque de Caxias, 65 – Fone: (44) 3572-1158
Projeto Político-Pedagógico
Piquirivaí / Campo Mourão – Paraná
2005
Colégio Estadual Professor Jaelson BiácioEnsino Fundamental e Médio
Rua: Duque de Caxias, 65 – fone: (44) 3572-1158
Projeto Político-Pedagógico
A Proposta do Projeto Político-Pedagógico vem atender a Deliberação do Conselho Nacional da Educação e Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
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SECRETÁRIO DE ESTADOMAURÍCIO REQUIÃO
CHEFE DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃOJOÃO LUIZ CONRADO
DIRETORA DO ESTABELECIMENTO DE ENSINOMARLI VIEIRA DA SILVA
PROFESSORAS PEDAGOGASMARISA ZANELLA CASTELLI
NEIR DA SILVA SILVÉRIO
DIGITADORESANGELA M. C. FERREIRA RIBEIRO
MARIA JULIA PELISSARI OLIVEIRA
LUZINETE APARECIDA DA SILVA
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO..........................................................................................08
2. INTRODUÇÃO...............................................................................................10
3. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA..................................................................... 11
4. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO..........................................................12
5. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO.........................................................................13
5.1 – Dos Princípios e Fins da Educação Nacional...........................................13
6. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR............................14
7. FUNDAMENTAÇÃO DA ESCOLA.................................................................15
8. OBJETIVOS GERAIS....................................................................................16
8.1 – Objetivos Específicos...............................................................................16
9. FUNÇÃO DA ESCOLA..................................................................................17
10. ASPECTOS E ESPAÇOS FÍSICOS............................................................18
10.1 – Localização e Vizinhança.......................................................................18
10.2 – Segurança da Escola..............................................................................19
10.3 – Área da Escola........................................................................................19
10.4 – Distribuição do Espaço Físico.................................................................19
10.5 – Abastecimento de Água..........................................................................19
10.6 – Rede de Esgoto.......................................................................................20
10.7 – Abastecimento de Energia Elétrica..........................................................20
10.8 – Coleta de Lixo..........................................................................................20
11. OFERTAS DE CURSOS E TURMAS...........................................................21
11.1 – Turmas Atendidas....................................................................................21
11.2 – Organização de Turmas do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio Ensino Fundamental e Médio.............................................................................21
12. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO.......................................................22
12.1 – Clientela: Alunos / Pais............................................................................22
12.2 – Professores, Funcionários, Direção e Pedagogos..................................22
13 – MATERIAL..................................................................................................23
13.1 – Mobiliário.................................................................................................23
13.2 – Recursos Tecnológicos e Equipamentos................................................23
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13.3 – Recursos Didáticos..................................................................................23
14. RECURSOS HUMANOS.............................................................................24
MARCO SITUACIONAL15. DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO
E DA ESCOLA....................................................................................................26
15.1 – Levantamento de dados da realidade Educacional, Social e
Econômica..........................................................................................................29
15.1.1 – Pesquisa realizada com 81 alunos do Colégio Estadual Professor
Jaelson Biácio – Ensino Fundamental................................................................29
15.1.2– Pesquisa realizada com 48 alunos do Colégio Estadual Professor
Jaelson Biácio – Ensino Médio...........................................................................31
15.1.3 – Pesquisa realizada com 18 professores do Colégio Estadual Professor
Jaelson Biácio Ensino Fundamental e Médio.....................................................34
15.1.4 – Pesquisa Sócio-Econômica - 62 Famílias ...........................................37
16. A ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA
PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO – PRÁTICA...............................43
MARCO CONCEITUAL17. CONCEPÇÕES DA SOCIEDADE, HOMEM, EDUCAÇÃO,
CONHECIMENTO, ESCOLA, ENSINO – APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO,
CULTURA, CIDADANIA.. .45
17.1 – Sociedade................................................................................................45
17.2 – Homem....................................................................................................45
17.3 – Educação................................................................................................ 45
17.4 – Conhecimento..........................................................................................45
17.5 – Escola......................................................................................................46
17.6 – Ensino-Aprendizagem.............................................................................46
17.7 – Avaliação.................................................................................................47
17. 8 – Cultura....................................................................................................47
17.9 – Cidadania.................................................................................................47
17.10 – Como Acontece a Proposta de Recuperação de Estudos....................48
17.11 – Regime de Progressão Parcial.............................................................48
17.12 -Tecnologia...............................................................................................48
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17.13 PNEF: Programa Nacional de Educação Fiscal.......................................49
18. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA..........................51
19. ORGANOGRAMA........................................................................................52
20. PRINCÍPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA..................................................53
20.1 – Acesso, Permanência e Qualidade de Ensino........................................53
20.2 – Capacitação Continuada de Educadores................................................54
21. O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA.......................................................55
21.1 – Fundamentação da Proposta Curricular do Ensino Fundamental...........55
21.2 – Fundamentação da Proposta Curricular do Ensino Médio......................56
22. TRABALHO COLETIVO...............................................................................57
22.1 – Projetos Desenvolvidos pela Escola........................................................57
23. O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÌTICO
PEDAGÓGICO? ................................................................................................63
MARCO OPERACIONAL24. REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO...................................................................................................64
24.1 – Plano de Ação da Escola.........................................................................65
24.2 – Plano de Ação do Professor Pedagogo...................................................69
24.3 – Plano de Ação do Administrador.............................................................73
24.4 – Intervenções Pedagógicas......................................................................75
25. O PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE
ESCOLAR...........................................................................................................77
25.1 – Diretor .....................................................................................................77
25.2 – Professor Pedagogo................................................................................77
25.3 – Professor.................................................................................................78
25.4 – Secretário................................................................................................79
25.5 – Bibliotecária.............................................................................................79
25.6 – Merendeira...............................................................................................79
25.7 – Serviços Gerais.......................................................................................80
25.8 – A.P.M.F. – Associação de Pais, Mestres e Funcionários........................80
25.9 – Conselho Escolar.....................................................................................80
25.10 – Grêmio Estudantil..................................................................................81
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25.11 – Regimento Interno.................................................................................81
26 – RECURSOS FINANCEIROS / RECEITAS.................................................85
27 – CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR,
HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS............................................................87
27.1 – Horário Escolar do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino
Fundamental e Médio do Ano Letivo de 2005....................................................87
27.2 – Horário de Entrada e Saída ....................................................................87
27.3 – Organização da Hora Atividade...............................................................87
28. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS
EDUCATIVOS....................................................................................................90
28.1 – Biblioteca.................................................................................................90
28.2 – Laboratório...............................................................................................90
29. CRITÉRIO PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR
PROFESSOR EM RAZÃO DA ESPECIFICIDADE............................................92
30. DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL
DOCENTE E NÃO DOCENTE, DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES
EXTRACURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO – PEDAGÓGICO.........96
31. INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS..........................97
32. PRÁTICA AVALIATIVA.................................................................................98
32.1 – Avaliação Institucional.............................................................................98
33. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO.............................99
34. ANEXO......................................................................................................100
34.1 – Proposta Curricular................................................................................101
34.2 – Projeto: Cultura Afro-Brasileira..............................................................298
34.3 – Projeto: Agenda 21................................................................................300
34.4 – Projeto: Tecnologia no Ambiente Escolar .............................................306
34.5 – Projeto: Programa Nacional de Educação Fiscal .................................308
35 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO............................................................310
36 – ASSEMBLÉIA E ASSINATURA PARA APRESENTAÇÃO DO PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO À ESCOLA E À COMUNIDADE...........................312
37 – ASSEMBLÉIA E ASSINATURA PARA COMPLEMENTAÇÃO DO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO À ESCOLA E À COMUNIDADE,,,,,,,,,.314
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1. APRESENTAÇÃO
Este Projeto Político-Pedagógico está sendo elaborado, observando as
exigências da Secretaria de Estado da Educação, para garantir a unidade de
trabalho dentro da Filosofia da Educação Nacional, apresentando metas
prioritárias como:
Integrar os princípios que norteiam a Escola, de democracia na ação
administrativa e pedagógica e na construção do saber, dentro das
disciplinas e de toda ação educativa;
Efetivar a verdadeira integração entre a Comunidade e Escola,
oportunizando auxílio mútuo e trabalhos participativos;
Aprimorar o nível de ensino, proporcionando aos educandos atividades
enriquecedoras de participação social e construção de saberes e oferecendo
ao educador condições de atualização e valorização da tarefa educativa;
Como marco filosófico, queremos que o educando seja um ser que se
relaciona consigo, com os outros e com a natureza. “Solidário”, capaz de
auxiliar o outro. “Livre”, responsável para agir espontaneamente. Queremos
educandos comprometidos, não mero expectador, mas, de operar
transformações. “Colaborador”, na construção da sociedade, na esperança
de construir um mundo melhor. Que viva valores verdadeiros e humanos na
busca de uma convivência fraterna e justa. Que se torne consciente, crítico,
com coragem de enfrentar os grandes desafios que a nossa sociedade
oferece;
Que tenha consciência de que a liberdade humana é uma conquista e que
lhe cumpre a tarefa de conquistá-la e preservá-la;
Quanto à sociedade, a concebermos e a queremos justa, solidária e
democrática. Justa, de acordo com os princípios que oportunizem:
educação, moradia, emprego, salários justos e benefícios sociais,
respeitando a dignidade do ser humano para que possa sentir-se realizado e
feliz. Solidária, na qual os educandos encontrem apoio e confiança, que os
conhecimentos adquiridos, afastem-os da miséria e marginalização.
Democrático, com a participação efetiva de todos os cidadãos da elaboração
de leis e normas, com igualdade de direitos e de oportunidades políticas
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sociais, onde todos tenham voz ativa e não haja exploração do homem pelo
homem.
Quanto ao marco operacional, a escola optou por uma política
educacional crítico-transformadora, cujo processo educacional procura influir
sobre a comunidade escolar, baseando-se em valores cristãos de justiça,
solidariedade, fraternidade, respeito, de doação efetiva nas deliberações e
transformações sociais da realidade, principalmente do campo, a qual, a grande
maioria de nossos educandos vive e tira o seu sustento.
Na elaboração deste Projeto Político-Pedagógico pretendemos definir
metas para uma escola “aberta” em que a participação e colaboração coletiva
atinjam o nível de construção democrática, compromissada com o processo
educacional.
Para que tudo isso se configure, faz-se estabelecer metas, cujas bases
se respaldam em:
Interação em nível de afetividade da escola com a comunidade;
Prestação de serviços à comunidade;
Absorção de auxílios que possam vir da comunidade em forma de serviços;
Ensino que privilegie os saberes úteis e sua comunidade, necessários às
transformações da sua realidade e da realidade da comunidade;
Avaliação que se configure como diagnóstico do que se precisa fazer para
se aperfeiçoar e melhorar, voltado ao processo de ensino-aprendizagem e
não apenas a resultados;
Atividades curriculares e extracurriculares voltadas ao desenvolvimento do
censo crítico, à transformação da realidade, à participação efetiva com a
vida da comunidade;
Atividades que venham ao encontro das reais necessidades dos educandos
que vivem e sobrevivem no e do campo, garantindo a melhoria da qualidade
de vida.
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2. INTRODUÇÃO
O presente Projeto Político-Pedagógico contou com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio Ensino Fundamental e Médio. Procuramos ouvir aos professores, alunos, representantes dos pais, funcionários, direção e professores pedagogos para analisarmos as propostas anteriores que deram certo, e onde deveríamos mudar, para que pudéssemos melhorar.
As dificuldades encontradas para a elaboração foram muitas. Em primeiro lugar, procuramos fazer um diagnóstico de nossa escola através de questionário dirigido aos professores, alunos e pais. Em um segundo momento, procuramos reunir os mesmos para um momento de reflexão. Os pais e alunos foram representados pela Associação de Pais e Mestres e Funcionários (A.P.M.F.) e Conselho Escolar.
A partir desta reflexão, nos sentimos seguros para iniciar a construção deste Projeto Político-Pedagógico. Nosso projeto antigo foi consultado, e várias propostas foram reaproveitadas, e procuramos enriquecer as idéias já existentes ao nosso contexto escolar. Procuramos nos inspirar na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº. 9.394/96), além desta fonte, procuramos auxílio nas obras de Veiga, Paulo Freire, Saviani, Vygostsky, Pedro Demo e outros. Também trocamos experiências entre professores, pedagogos e diretores de outros estabelecimentos de ensino, como também as orientações das coordenadoras pedagógicas do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão. Esta pesquisa toda para que pudéssemos estar seguros na elaboração do mesmo. Este Projeto Político-Pedagógico trabalhará os valores, os conhecimentos e as relações que são os seus grandes pilares da educação, sendo que os Fundamentos Ético-Políticos que a sustentam juridicamente e Epistemologicamente que definem as nossas linhas pedagógicas e os Fundamentos Didáticos que apontam os princípios da Identidade, Diversidade e Autonomia. Também no cotidiano da escola, deve-se dar ênfase à cultura da justiça social e da paz, tarefa fundamental para um projeto que instiga as práticas políticas levando em conta os aspectos da diversidade, da situação histórica e particular da comunidade, proporcionando ao educando compreender o campo como um espaço emancipatório.
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IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio
Rua: Duque de Caxias, nº. 65
CEP: 87.318-000
Piquirivaí – Campo Mourão – Pr
Telefone / Fax – (44) 3572-1158
Entidade Mantenedora:
Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Núcleo Regional de Educação – Campo Mourão
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4. PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO
O que é o Projeto Político-Pedagógico?
No sentido etimológico, o Projeto Político-Pedagógico significa “lançar para diante”.
Ao construirmos o projeto da nossa Escola, planejamos a intenção do que temos que fazer e realizar para o futuro “lançamo-nos para diante”, com base no que temos, buscando o possível. É antever um futuro diferente do presente, visando à melhoria da qualidade de ensino. Ele está sendo construído e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola. O Projeto Político-Pedagógico está buscando novos rumos, nova direção, essa ação intencional no sentido de compromisso com a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. O Projeto Político-Pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe pedagógica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo. Essa prática de construção de um projeto deve estar amparada por concepções teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus agentes. Só assim serão rompidas as resistências em relação a novas práticas educativas. Os agentes educativos devem sentir-se atraídos por esta proposta, pois só assim terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia. Não é algo pronto, acabado, ele é flexível, requer continuidade das ações, democratização do processo de tomada de decisões. O que queremos é resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, diálogo, fundado na reflexão coletiva, que parta da prática social e esteja compromissada em solucionar os problemas da educação e do ensino em nossa escola, visando um princípio pedagógico da valorização dos diferentes saberes no processo educativo.
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5. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
A Filosofia da Educação do País e do Estado expressa dos “Princípios e Fins da Educação Nacional”. (Título II, art. 2º e 3º da Lei 9.394/96, Diretrizes e Bases da Educação Nacional), Capítulo III, sessão I, Da Educação, art. 206, da Constituição Federal, República Federativa do Brasil, 1988. Essa filosofia de Educação é resultante de uma ação educativa a nível nacional.
5.1 - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Artigo 2º - A Educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade em ideais de solidariedade humana.
Tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Artigo 3º - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I – Igualdade e condições para o acesso e permanência na escola;II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;IV – Respeito à liberdade e apreço a tolerância;V – Coexistência de instituições privadas de ensino;VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;VII – Valorização do profissional da educação escola;VIII – Gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino;IX – Garantia de padrão de qualidade;X – Valorização da experiência extra-escolar;XI – Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
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6. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
O Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - Ensino Fundamental e Médio tem por filosofia a formação integral do aluno, garantindo o acesso, a permanecia e educação de qualidade.
È claro que cada estabelecimento de ensino encontra-se inserido em uma realidade diferente, porém todos buscam a valorização do educando para uma prática consciente, onde se permita a flexibilidade numa visão holística, em uma aprendizagem continuada.
Sabemos que não há proposta perfeita e ideal, por isso buscamos um rumo, uma direção, com intenção de uma educação de qualidade para todos, na formação do cidadão compromissado, participativo, responsável, crítico e criativo, viabilizamos uma proposta flexível, aberta a mudanças quando necessário, dentro da realidade de nosso educando, o qual vive no campo.
A idéia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse princípio filosófico e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independente das peculiaridades de cada indivíduo e / ou grupo social.
A Constituição Federal do Brasil assume o princípio de igualdade como pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa, quando reza no caput do seu Art. 5º que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e a propriedade” (C.F. – Brasil, 1998).
Para que a igualdade seja real, ela tem que ser relativa. Isto significa que as pessoas são diferentes, tem necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento as peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir as oportunidades existentes.
A escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as primeiras fases do desenvolvimento. Ela tem papel primordial no desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos, já que é na escola que a criança e o adolescente começam a conviver num coletivo diversificado, fora do contexto familiar.
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7. FUNDAMENTAÇÃO DA ESCOLA
A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar. Definida a sua postura, a escola vai trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano. Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social, seus agentes devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo. Essa proposta ganha força na construção de um Projeto Político-Pedagógico. Devemos nos mobilizar pela garantia do acesso e da permanência do aluno na escola. Não basta esperar por soluções que venham verticalmente dos sistemas educacionais. Urge criar propostas que resultem de fato na construção de uma escola democrática e com qualidade social, fazendo com que os órgãos dirigentes do sistema educacional, possam reconhecê-la como prioritária e criem dispositivos legais que sejam coerentes e justos, disponibilizando os recursos necessários à realização dos projetos em cada escola. Do contrário, a escola não estará efetivamente cumprindo o seu papel, socializando o conhecimento e investindo na qualidade do ensino. A escola tem um papel bem mais amplo do que passar conteúdos. Porém, deve modificar a sua própria prática, muitas vezes, fragmentada e individualista, reflexo da divisão social em que está inserida.
O Sistema Educacional Brasileiro vem tendo mudanças profundas e necessárias, fazendo com que todos os envolvidos com a educação, façam reflexões, no sentido de transformar a realidade existente e fazer com que o educando se prepare para o mundo do trabalho e da cidadania. Vivemos hoje numa época, na qual os progressos da tecnologia não nos permitem que fiquemos acomodados, utilizando recursos que eram usados a vinte ou trinta anos atrás, estamos lidando com alta tecnologia, computadores, internet, satélite e toda modernidade do novo milênio. Por outro lado, estamos assistindo toda miséria de uma sociedade que não tem acesso a essa modernidade e a uma vida digna. Sociedade esta, que tem perdido suas esperanças, seus direitos, seus empregos, etc.
Diante de tantas mudanças, sentiu-se a necessidade da reformulação do Projeto Político-Pedagógico, em atendimento a Secretaria de Estado da Educação e seguindo orientações das Reformulações Curriculares e da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (Lei 9.394/96).
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8. OBJETIVOS GERAIS
Dinamizar o processo de transformação da escola, adequando-a a um melhor funcionamento, para tornar-se efetivamente um centro de cultura e prestação de serviços à comunidade;
Oferecer aos pedagogos, diretor, professores, alunos, funcionários e pais condições de desenvolvimento pessoal, cultural e intelectual, oportunizando maior interação da escola com a comunidade;
Desenvolver a capacidade de torna-se agente de mudança social, oportunizando-lhe a prática de sua criatividade e do despertar do seu senso crítico.
8.1 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Realizar atividades curriculares e extracurriculares que levem o educando a participação ativa na escola, na família, na comunidade e na sociedade em geral;
Oferecer um ensino reflexivo, criativo e transformador que desperte no educando uma nova consciência de resgate à dignidade;
Oportunizar conhecimentos críticos de sua realidade, desenvolvendo-lhe atitudes que exigem o respeito à vida na solidariedade e interação com o próximo e com a natureza, ambiente o qual está inserido;
Buscar a formação de cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.
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9. FUNÇÃO DA ESCOLA
Atualmente a função da escola é de maneira tão ampla, que se faz necessário repensá-la com um todo, pois a mesma é vista como a principal responsável pela preparação do homem para pleno exercício da cidadania. Portanto exige sistematização e sociabilização do conhecimento.
A escola, em primeiro lugar, deve trabalhar e favorecer o ensino aprendizagem de qualidade para o cidadão, que deve ser respeitado em suas diferenças e seus valores, com idéias globalizantes, contemplando aspectos históricos, construindo, elaborando, desenvolvendo, seu intelecto, psicomotor e efetivo.
A função da escola é comprometer-se com a verdadeira formação do aluno, trabalhando dentro da realidade dos mesmos, articulando-se com a comunidade, criando no alunado a consciência crítica e a necessidade de participar com responsabilidade, com visão de mundo mais ampla, e ao mesmo tempo, articulada com seu mundo familiar e do trabalho o qual está inserido.
A escola deve permitir flexibilidade, incentivando a democracia e a solidariedade, promovendo a integração aluno, natureza, vida e justiça, construindo as relações humanas, dentro de uma sociedade que necessita de agentes conscientes, críticos e que promovam a transformação necessária, para viver em sociedade onde o mesmo esteja inserido.
A escola de qualidade tem a obrigação de evitar a repetência e evasão. Tem que garantir a meta qualitativa do desempenho satisfatório de todos. A escola precisa estar compromissada com interesses reais e coletivos da população, no sentido de definir as ações educativas necessárias para a formação do cidadão.
Para que a escola proporcione conhecimentos históricos, científicos, sociais e tecnológicos, é necessária uma escola democrática, que se trabalhe em equipe, que se tenha organização ousada por parte dos educadores, pais, alunos e funcionários, pois temos que nos alicerçar nos pressupostos de uma teoria pedagógica crítica e viável, que parta da prática social e esteja comprometida em solucionar os problemas da educação e do ensino de nossa escola.
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10. ASPECTOS E ESPAÇOS FÍSICOS
Aqui estamos desde 1975, quando a escola foi criada como extensão do Colégio Estadual João D' Oliveira Gomes, com o nome de Complexo Escolar Dr. Horácio Amaral – Ensino de 1º Grau. Em 1979 implantou-se a Lei 5.692/71, onde a escola já funcionava nos períodos vespertino com duas turmas (5ª e 6ª séries) e no noturno com quatro turmas (5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries). Em 1982 cria-se a Escola Piquirivaí – EPG, através da Resolução 64/82 de 29 de julho de 1982. Em 1983 passa a denominar-se Escola Estadual Piquirivaí. Decreto nº. 3.037 de 09 de outubro de 1980. Em 1984 a escola foi reconhecida através da Resolução 7.419/84 (D.O.E.29/10/84). Foi um grande passo, pois findou a preocupação quanto à validade da documentação para os alunos concluintes de 8ª série que ingressa no 2º grau. Em 1987, em homenagem ao Professor Jaelson Biácio (Professor de Língua Portuguesa e Advogado), que morreu em um grave acidente de carro, a escola passa a chamar-se Escola Estadual Professor Jaelson Biácio – EPG. Com a autorização de funcionamento do 2º grau, em 1993 – Resolução 179/93 (D.O.E. 06/04/1993) passa a denominar–se Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – EPSG. Em 1998 a Secretaria de Estado da Educação reconhece o Curso de 2ºgrau, Resolução 55/98. Com a implantação do Ensino Médio em 1999, passa a denominar-se: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental. O prédio que utilizamos pertence ao Município de Campo Mourão onde são atendidos alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental (1ª à 4ª série) a cargo do Município, e de (5ª à 8ª séries e Ensino Médio), a cargo do Estado.
10.1 – Localização e Vizinhança
O Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se a Rua Duque de Caxias, nº 65, fone/fax (44) 3572-1158 - Distrito de Piquirivaí a 20 quilômetros da cidade de Campo Mourão, na Região Noroeste do Estado do Paraná. O colégio confronta-se com casas residenciais e o Cartório de Registro Civil Gideon. Na sua lateral esquerda com Avenida Principal Elias Simão, casas residenciais e uma mercearia, ao lado direito da escola temos a Rua Padre Anchieta e a Rodovia BR 369 e aos fundos da escola o Estádio Municipal Horácio Amaral. Na comunidade, próxima a escola, encontra-se a Igreja Católica Nossa Senhora da Conceição, como também um Posto de Saúde que atende a nossa população. O prédio que utilizamos para o Ensino Fundamental e Médio pertence ao município de Campo Mourão é compartilhado pela Escola Municipal Narciso Simão.
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10.2 – Segurança da Escola
A segurança do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio é boa, isto porque é cercada com muros altos, há três portões que permanecem fechados durante as aulas para garantir a segurança de nossos alunos e assim evitar a invasão de pessoas estranhas nas dependências da escola.
As paredes são de alvenaria, em bom estado de conservação, iluminação e higiene. O teto é coberto com folhas de amianto e forrado em madeira. No período noturno, a segurança é realizada pelo guarda plantonista da escola municipal a qual funciona no mesmo prédio.
10.3 – Área da Escola
- Área total do terreno: 6.048 m2
- Área construída: 957 m2
- Área livre: 5.091 m2
A área livre está ornamentada com jardins, árvores, gramado e uma área destinada à horta escolar.
No espaço construído temos uma quadra de esporte com cobertura em zinco e com paredes de alvenaria. A obra ainda necessita de alguns acabamentos como arquibancadas e banheiros. A mesma é o lugar predileto para os alunos que praticam Educação Física, jogos, brincadeiras e atividades extraclasse.
10.4 – Distribuição do Espaço Físico
O Colégio possui uma cantina, sete salas de aula em alvenaria em bom estado de conservação, laboratório de Física, Química e Biologia, sala de informática compartilhada com a sala dos professores.
O espaço físico da secretaria é subdividido em quatro espaços, sendo utilizado pela direção, pedagogas e secretárias e um sanitário. Contamos também com uma biblioteca, uma sala de aula e um depósito, os quais são construídos em madeira com estado razoável de conservação. O salão usado como refeitório, bem como a cozinha, é compartilhado pelo nosso colégio e pela Escola Municipal Narciso Simão. Compartilhamos também, os sanitários masculino e feminino, com cabines exclusivas e pias para uso dos alunos. Os mesmos são de alvenaria e encontram-se em bom estado de conservação, iluminação e higiene.
10.5 – Abastecimento de Água No Distrito de Piquirivaí, a origem da água vem de uma nascente (mina de água), e de um poço artesiano, a qual é depositada em um reservatório, posteriormente é tratada e distribuída à comunidade.
A água que consumimos no Colégio é depositada em reservatório próprio, para a utilização e necessidades das escolas. Contamos com dois
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bebedouros no pátio com cinco torneiras cada e um bebedouro refrigerado, ambos em bom estado de conservação e higiene.
10.6 – Rede de EsgotoNão temos rede de esgoto no Distrito, por isso temos fossas sépticas,
onde são depositados todos os detritos do Estabelecimento de Ensino.
10.7 – Abastecimento de Energia Elétrica A energia elétrica utilizada na escola é fornecida pela COPEL
(Companhia Paranaense de Energia Elétrica). As instalações, na maioria são embutidas, em bom estado de conservação e segurança para a população estudantil.
10.8 – Coleta de LixoA coleta do lixo da escola, como também da comunidade, é feita pelo
mesmo sistema de Campo Mourão (IGIELETRICA), onde é realizada através de caminhões lixeiros, uma vez por semana. Também contamos com um agente ambiental o qual recolhe o lixo reciclável semanalmente.
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11. OFERTAS DE CURSOS E TURMAS
O Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - Ensino Fundamental e Médio tem por finalidade atender o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª e o Ensino Médio, conforme disposto na Constituição Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), e, é mantido pelo Governo do Estado do Paraná.
11.1 – Turmas AtendidasO Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio atende hoje o Ensino
Fundamental e Médio.
Ensino Fundamental1 Turma de 5ª Série Matutino1 Turma de 6ª Série Matutino1 Turma de 7ª Série Matutino1 Turma de 8ª Série Matutino
Ensino Médio1 Turma de 1ª Série Noturno1 Turma de 2ª Série Noturno1 Turma de 3ª Série Noturno Total de AlunosEnsino Fundamental: 103 alunosEnsino Médio: 62 alunos
11.2 – Organização de Turmas do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio
O Colégio oferece no período da manhã, Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries com apenas uma turma de cada série. No período noturno há também uma turma de cada série de 1º ao 3º ano do Ensino Médio.
A organização do Colégio é a seguinte:a) no período da manhã, são oferecidas 24 aulas de 50 minutos,
perfazendo um total de vinte horas semanais e no final do ano letivo totalizarão 800 horas de trabalho efetivo em sala de aula.
b) no período noturno, temos a mesma carga horária, computada às oitocentas horas anuais.
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12. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
12.1 – Clientela: Alunos / Pais
O Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio, atende uma clientela cujo nível socioeconômico apresenta uma minoria de filhos de fazendeiros, onde a grande maioria é sitiantes, donos de chácaras e assalariados, os quais possuem uma renda média baixa.
Contamos com uma clientela, filhos de diaristas, arrendatários e empregados de fazenda com baixa renda. Contamos com 80% de alunos pertencentes à zona rural, necessitando de transporte escolar, conveniado Estado / Município.
A faixa etária dos alunos atendidos por este estabelecimento de ensino varia de 10 a 33 anos de idade.
Temos alunos casados que cursam o Ensino Médio, como também deparamos com alunos fora da faixa etária cursando o Ensino Fundamental.
As dificuldades que encontramos são relacionadas à indisciplina de alguns alunos, isto porque, falta uma “melhor” estrutura familiar, sendo um dos motivos, os pais terem que se ausentar o dia todo para trabalhar, não dando a devida atenção às necessidades fundamentais do adolescente.
A principal atividade praticada pelos nossos alunos é o futebol. A escola, para muitos, é o único ponto de encontro para o entretenimento. Por esta razão, há uma grande participação da comunidade nos eventos que a escola realiza. A maioria dos alunos gosta das atividades que a escola oferece, porém muitos demonstram desinteresse pelos estudos, principalmente os adolescentes.
Somente uma pequena parcela dos alunos tem perspectivas de cursar uma faculdade e continuar os estudos futuramente.
Atualmente, pela necessidade e falta de emprego na zona rural, devido à tecnologia avançada, as famílias estão migrando para as cidades ou outros grandes centros em busca de melhoria de vida para seus filhos.
Toda nossa comunidade, entre zona rural e urbana, é composta por 1.502 habitantes, segundo dados fornecidos pelo IBGE / 2000, sendo 512 na área urbana e 990 na área rural.
12.2 – Professores, Funcionários, Direção e Pedagogos
O Colégio Estadual Jaelson Biácio - Ensino Fundamental e Médio, conta hoje, com uma equipe de 18 professores, sendo: 02 de Língua Portuguesa; 02 de Matemática; 01 Língua Inglesa; 01 de Filosofia; 01 de Arte; 01 de Educação Física; 01 de Física; 01 de Química; 02 de História; 02 de Geografia, 01 de Geografia do Paraná, 01 de Biologia, 01 de Ciência, 01 de Ensino Religioso; uma Diretora com carga horária de 20 horas na direção e 20 horas de como docente e 02 Professoras Pedagogas com carga horária de 20 horas semanais cada.
Também contamos com duas secretárias, uma com carga horária de 20 horas e outra com 40 horas semanais; uma bibliotecária com 40 horas e duas auxiliares de serviços gerais, ambas com 40 horas semanais.
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13. MATERIAL
13.1 – Mobiliário
A organização do mobiliário reflete a concepção educativa adotada pela escola e pelos professores. Assim, numa sala de aula, a simples disposição do mobiliário, pode facilitar ainda melhor o trabalho do professor para com os alunos. Nessa organização o aluno deve assumir a responsabilidade da ordem, do zelo e os cuidados com os bens públicos, dos quais faz uso. Quando o espaço é tratado desta maneira, o bem público passa a ser objetivo de aprendizagem, respeito e valorização, por parte do aluno.
13.2 – Recursos Tecnológicos e Equipamentos
O mundo vive em acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia está presente direta ou indiretamente em atividades bastante comuns. A escola faz parte do mundo e para cumprir suas funções de contribuir para a formação do indivíduo que possa exercer plenamente a realidade, deve estar aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demanda.
Atualmente é colocada à disposição da escola, uma série de recursos tecnológicos e equipamentos, como: computador, televisão, parabólica, videocassete, retroprojetor, mimeógrafo, aparelho de som, microscópio, DVD e outros, mas o professor não pode deixar os recursos importantes que até hoje fazem parte do seu dia-a-dia como o giz, lousa, ilustrações, mapas, globos terrestres, discos, livros, dicionários e outros.
13.3 – Recursos Didáticos
Os recursos didáticos desempenham um papel importante no processo de ensino aprendizagem, desde que se tenha clareza das possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta, e de como eles podem ser inseridos numa proposta global de trabalho.
Quando a seleção de recursos didáticos é feita pelo grupo de professores, pedagogos e diretor da escola, cria-se uma oportunidade de potencializar o seu uso e escolher, dentre a vasta gama de recursos didáticos existentes, os quais são os mais adequados à sua proposta de trabalho pedagógico.
Dentre os diferentes recursos, os livros, ainda hoje são um dos materiais de mais forte influência na prática do ensino brasileiro.
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14. RECURSOS HUMANOS
Pessoal Técnico, Docente e Administrativo
TÉCNICO
NOME FUNÇÃO CARGA HORÁRIA
VÍNCULO
Marli Vieira da Silva Diretora 20 QPM
Marisa Zanella Castelli Profª Pedagoga 20 QPM
Neir da Silva Silvério Profª Pedagoga 20 QPM
DOCENTE
NOME FUNÇÃO CARGA HORÁRIA
VÍNCULO
Ana Lúcia Kozan Professora 07 TF57
Ana Makohim Kozeliski Professora 04 SCO2
Antônia Elizabeth de Lima Professora 15 TF57
Danielle Miranda de Morais Professora 07 PEPR
Délia de Matos Durant Professora 12 SCO2
Flávia C. Praxedes Santili Professora 07 SCO2
João Carlos Rosetto Professor 07 SCO2
José Carlos da Silva Professor 05 SCO2
Josimeri N. da Silva Chrun Professora 07 SCO2
Karina Casanova Professora 20 QPM
Lucimara A. de Lima Batista Professora 16 QPM
Lucivânia Aparecida Balsari Professora 16 TF57
Marli Vieira da Silva Professora 15 SCO2
Maurílio Santos Professor 15 TF57
Melissa M Akiama Matsumoto Professora 14 REPR
Paulo César da Costa Professora 16 QPM
Sandro Pereira da Silva Professor 12 SCO2
Susi Ani Pelissari Versari Professora 15 PEPR
ADMINISTRATIVO
NOME FUNÇÃO CARGA HORÁRIA
VÍNCULO
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Luzinete Aparecida da Silva Secretária 40 CLAD
Maria Julia Pelissari Oliveira Téc.
Administrativo
40 PEAD
Angela M. C. Ferreira Ribeiro Téc.
Administrativo
20 PEAD
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
NOME FUNÇÃO CARGA HORÁRIA
VÍNCULO
Idalina Mendes da Silva Aux. de Serv. 40 CLAD
Etelvina Vian Giacomolli Aux. de Serv. 40 CLAD
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MARCO SITUACIONAL
15. DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA
A Educação Básica tem por objetivo a formação do cidadão, indispensável à participação e democratização da sociedade, diminuindo as desigualdades sociais. A Educação Básica no Brasil é composta por três etapas: educação infantil (que atende hoje cerca de cinco milhões de crianças de 0 a 6 anos, em creches ou pré-escolas, geralmente mantidas pelo poder municipal); ensino fundamental (que atende cerca de 36 milhões de alunos de 7 a 14 anos, tem caráter obrigatório, é público, gratuito e oferecido de forma compartilhada pelos poderes municipal e estadual) e ensino médio (que atende cerca de 7 milhões de jovens de 15 a 17 anos e é oferecido basicamente pelo poder estadual). No Brasil, existe um contingente ainda expressivo, embora decrescente, de jovens e adultos com pouca ou nenhuma escolaridade, o que faz da Educação de Jovens e Adultos um programa especial que visa dar oportunidades educacionais apropriadas aos brasileiros que não tiveram acesso ao ensino fundamental na idade própria, cujo atendimento representa, aproximadamente, três milhões de alunos. No que se refere às comunidades indígenas, a Constituição garante-lhes o direito de utilizar suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem, o que se justifica pela existência de cerca de 1.600 escolas indígenas, que hoje possuem cerca de 80 mil alunos índios. Apesar do grandioso número de alunos, mais de 50 milhões, o grande desafio da educação brasileira, que está sendo enfrentado hoje, não é mais a oferta de vagas, mas sim a necessidade de construir escolas onde se aprenda mais e melhor. Relativamente à questão curricular e à qualidade da educação, pode-se dizer que currículos compreendem a expressão dos conhecimentos e valores que uma sociedade considera que devem fazer parte do percurso educativo de suas crianças e jovens. Eles são traduzidos nos objetivos que se deseja atingir, nos conteúdos considerados os mais adequados para promovê-los, nas metodologias adotadas e nas formas de avaliar o trabalho desenvolvido. A definição de quais são esses conhecimentos e valores vem sendo modificada nos últimos anos, devido às demandas criadas pelas transformações na organização da produção e do trabalho e pela conjuntura de redemocratização do país. Portanto, a meta de melhoria da qualidade da educação impôs o enfrentamento da questão curricular como aquilo que deve nortear as ações das escolas, dando vida e significado ao seu projeto educativo sempre voltado a atender as diversidades. Era preciso, portanto construir referências nacionais para impulsionar mudanças na formação dos alunos, no sentido de enfrentar antigos problemas da educação brasileira e os novos desafios colocados pela conjuntura mundial e pelas novas características da sociedade como a urbanização crescente. Por outro lado, essas referências precisavam indicar pontos comuns do processo
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educativo em todas as regiões e, ao mesmo tempo, respeitar as diversidades regionais, culturais e políticas existentes. Em todo o mundo, o desempenho da educação / escolaridade depende, em parte, das características da escola, dos professores, do ensino que os alunos recebem, das condições de vida e características das famílias. Há uma interdependência entre o processo educativo e o desenvolvimento social de um país. O desenvolvimento social implica na qualidade de vida para a população, independentemente do desenvolvimento econômico. O país pode ser uma grande economia e não ser desenvolvido socialmente. Nesse caso, sua população não desfruta dos direitos que deveriam ser assegurados pelo Estado, como saúde, moradia, transporte, segurança e educação. Temos uma economia consolidada, mas contraditoriamente existem milhões de miseráveis, desprovidos de políticas públicas sociais, resultados da absurda concentração de renda no país. Essa realidade se reflete nos índices de escolaridade verificada na rede pública, conforme dados do MEC: 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais são analfabetos. E 33
milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente alfabetizados; 4,3 milhões de crianças entre 4 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre 15 e
17 anos estão fora da escola; 28% da população com 11 anos ou mais não completam a 4ª série; 59% dos alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente; 52% dos alunos de 4ª série não dominam habilidades elementares da
Matemática; entre 31 países investigados, o Brasil ficou em último lugar na média de
desempenho em Matemática; somente 42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série; 1,4 milhões de crianças, entre 10 e 17 anos, estão trabalhando no lugar de
estudar e mais 4,8 milhões são obrigados a trabalhar e estudar ao mesmo tempo.
Esses dados persistiram mesmo com as políticas educacionais adotadas nos últimos 8 anos do governo federal, quando foi desenvolvida uma reforma educacional nos diferentes níveis de ensino, especialmente na educação básica. A reforma compreendeu não apenas Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, mas também mudanças na forma de gestão, na formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação centralizada nos resultados, de programas de educação à distância e de distribuição do livro didático para o nível fundamental, bem como mudanças na forma de financiamento da educação. Como a reforma foi prescrita, sem envolver os grupos que atuam nas bases educacionais, não chegou a se solidificar por não atender ao desenvolvimento social necessário à população marginalizada e excluída. As políticas educacionais até então adotadas, induziram os Sistemas Estaduais à municipalização e à nuclearização do ensino. O Paraná, um dos pioneiros a assumir as reformas propostas pelo governo federal, induziu a que os municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1ª a 4ª série. Por outro lado, os municípios não dispunham de infra-estrutura suficiente para dar suporte a uma educação de qualidade. A proposta de municipalização inclui, como medida administrativa de economia, a
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nuclearização das escolas. Isso descaracterizou as comunidades rurais estimulando a migração, da população do campo para a cidade. Como a reforma educacional, priorizou pela centralidade de currículo utilizando-se de Parâmetros Curriculares Nacionais, esta não atendeu as especificidades do Paraná. Quanto mais se falou em qualidade de ensino, mais fragilizaram as aprendizagens, mais se perdeu a qualidade cognitiva. As novidades organizacionais, curriculares e pedagógicas não atenderam aos objetivos prioritários da escola. Conforme exposto pelas pesquisas, essa realidade é devido a um conjunto complexo de fatores a serem considerados desde as condições de trabalho, a formação e remuneração dos professores, a difusão de teorias e práticas pedagógicas com precário vínculo frente às necessidades e demandas da realidade escolar e a flexibilização das práticas avaliativas. Ao invés de solucionar estas questões, comprovaram-se resultados totalmente insatisfatórios como pudemos observar acima. E quanto à realidade educacional em nosso município, houve uma grande evolução em termos de atendimento a nova política educacional conforme segue: O Município de Campo Mourão possui na Rede Estadual 15 estabelecimentos de ensino que atendem o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série. Destes, uma unidade de ensino está localizada na zona rural e funciona em regime de colaboração com o Município e na Rede Municipal são cinco estabelecimentos. Na Rede privada, o Município conta com seis unidades que ofertam de 1ª a 8ª, num total de 13.772 alunos matriculados. Esta modalidade de ensino é organizada em oito anos com atendimento em regime de seriação e em tempo parcial. O ano letivo é distribuído em 200 dias de trabalho efetivo com os alunos, totalizando 800 horas anuais conforme a legislação. No que se refere ao Ensino Médio, nosso Município conta com três estabelecimentos na Rede Privada, quatorze na Rede Estadual e um na Rede Federal, num total de 4.864 alunos matriculados. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (I.B.G.E.), em 2000, a população entre 15 a 17 anos, no município de Campo Mourão era de 4.424 jovens, sendo que destes, 79,5% freqüentavam a escola. Em 2001 a 2005, houve aumento na oferta, suprindo a demanda de 4.864 jovens que freqüentam o Ensino Médio. Quanto aos alunos com Necessidades Educacionais e Especiais, os Estabelecimentos de Ensino de Campo Mourão vem ampliando seu atendimento através da implantação de Salas de Recursos; Classes Especiais; Centros de Atendimento Especializado para Deficientes Visuais e Auditivos; Escola Especial para Surdos com Instrutor de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) a alunos surdos, professores e comunidade; Professores Intérpretes de LIBRAS no Ensino Regular; Programas de Iniciação Profissional, Equoterapia, entre outros, em Escola Especial; cabines telefônicas adaptadas para deficientes físicos e surdos. Ainda contam com rampas de acesso, corrimões e banheiros adaptados nos Centros Municipais de Educação Infantil, e, em alguns Estabelecimentos de Ensino Fundamental, Médio e Superior. Estes atendimentos especializados são realizados por profissionais com formação na área específica, e assim, como no ensino regular, esses
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professores participam de formação continuada em Educação Especial para melhor atender os educandos com necessidades especiais, tendo como pressuposto os direitos humanos. No Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio, no ano de 2000, o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série contava com 180 alunos, atualmente conta com 120. No Ensino Médio em 2000, foram matriculados 102 e atualmente conta apenas com 65 alunos matriculados. As possíveis causas dessa diminuição do número de alunos se devem ao grande número de latifundiários que se instalaram nesta região, fazendo com que os pequenos proprietários vendessem suas terras, imigrando para os grandes centros, provocando assim o êxodo rural, também se levando em consideração o controle de natalidade reduzindo o número de filhos nas famílias. Conscientes desta problemática, nossa escola está trabalhando no intuito de resgatar a importância de fixar o homem do campo, mostrando-lhe alternativas de produzir e sobreviver numa pequena propriedade auto-sustentável, através de projetos de pesquisa, palestras, filmes, feiras e experimentos.
15.1– Levantamento de dados da nossa realidade Educacional, Social e Econômica
15.1.1 – Pesquisa realizada com 81 alunos do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental
1 - Você gosta da escola na qual estuda?
-Sim 72 89,0%
Por quê?
-Bons professores, direção e funcionários 37 45,7%-Bons amigos 18 22,2%-Escola organizada, limpa e legal 10 12,3%-Escola tranqüila, não têm violência 16 19,8%
-Não 09 11,0%
2 - Como você avalia a sua escola?Pontos Positivos (maior índice de respostas)
-Bons professores 20 24,7%-Boa direção 16 19,8%-Bons funcionários 16 19,8%
30
-Boa merenda 15 18,5%-Atividades esportivas na quadra 14 17,2%
Pontos negativos (maior índice de respostas)
-Não responderam 33 40,7%-Quadra de esportes ruim 20 24,8%-Sala de aula da 8ª série ruim 15 ¨18,5%-Má explicação de alguns professores 13 16,0%
3 - Para você como seria uma aula ideal?
-Aprendendo de forma divertida 22 27,0%-Professores legais que sabem explicar a matéria 20 24,8%-Maior participação dos alunos 15 18,6%-Aulas ao ar livre 14 17,2%-Com vídeos para ajudar nos conteúdos expostos 10 12,4%
4 - Como você gostaria de ser avaliado em sala de aula?
-Através de trabalhos, no dia-a-dia 30 37,0%-Como está hoje 20 24,8%-Conceito participativo 18 22,2%-Avaliações em grupo ou dupla 07 8,6%-Mais tarefas para casa e menos atividades em sala 06 7,4%
5 - Quais as atividades extraclasse que deveriam ocorrer na escola?
-Esportes 25 30,9%-Aulas Práticas 18 22,2%-Excursões 12 14,9%-Vídeos 10 12,3%-Teatro 10 12,3%-Filmes 06 7,4%
6 - De que maneira você poderá contribuir para o enriquecimento das aulas?
-Demonstrando bom comportamento 25 30,9%-Colaborando com os professores 20 24,7%-Participação dos alunos 20 24,7%-Com sugestões e opiniões 16 19,7%
7 - Para que você está estudando?
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-Para ter um futuro melhor e brilhante 25 30,9 %-Ter um bom trabalho, com bom salário 23 28,5%-Ser “alguém” na vida 14 17,3%-Adquirir conhecimento 14 17,3%-Preparação para o vestibular 05 6,0%
8 – O que você espera para o futuro?
-Educação de qualidade 25 30,9 %-Ver o mundo melhor 21 25,9%-Oportunidade de bons empregos 20 24,7%-Expectativa de passar no vestibular 15 18,5%
9 – Você tem incentivo da família para estudar?
-Sim 50 61,8%-Ás vezes 31 38,2%
10 – Seus pais ou responsáveis participam das atividades e eventos que a escola
promove?
-Sim 50 62,0%-Às vezes 23 28,0%-Não 08 10,0%
15.1.2 – Pesquisa realizada com 48 alunos do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Médio
1 – Você gosta da escola na qual estuda?
Sim 43 89,6 %
Por quê?-Aqui temos tudo o que precisamos para aprender (recursos humanos e materiais)
10 23.3 %
-Não têm violência igual a outras escolas 10 23,3 %-Direção e equipe pedagógica empenhada em suas funções 08 18,6 %-Têm vários eventos e atividades extracurriculares 05 11,6 %-Há um bom entrosamento entre alunos e direção 05 11,6 %-Tem bons professores 05 11,6 %
Não 05 10,4 %
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Por quê?-Regras muito rígidas 02 40,0 %-Há muita falta de professores, prejudicando os conteúdos 02 40,0 %-Não gosto de estudar 01 20,0 %
2 – Como você avalia sua escola?Pontos Positivos
-Professores e direção empenhados em suas funções 15 31,3 %-Não responderam 08 16,7 %-Escola bem estruturada 05 10,4 %-Poucos alunos por sala, escola calma e tranqüila 05 10,4 %-Escola participativa, preocupada com os alunos 05 10,4 %-As aulas de Educação Física (dinâmicas) 03 6,2 %-Alguns bons professores 03 6,2 %-Refeitório com bons lanches 02 4,2 %-Oportunidade de participação da comunidade nos eventos 02 4,2 %
Pontos Negativos
-Não responderam 30 62,6 %-Excesso de rigidez na escola (professores e direção) 07 14,7 %-Pouco empenho de alguns professores com excesso de faltas 06 12,5 %-Proteção para com alguns alunos 02 4,2 %-Falta de novas tecnologias nos laboratório 01 2,0 %-Falta de respeito para com os colegas 01 2,0 %-Poucos funcionários (serviços gerais) 01 2,0 %
3 – Para você, como seria uma aula ideal?
-Não responderam 13 27,0 %-Aulas mais criativas e conteúdos melhor explicados 13 27,0 %-Aulas diferentes, diversificar teoria x prática, com explicações mais claras, dinâmicas (atividades no laboratório, textos ao ar livre, música, vídeo, DVD)
12 25,0 %
-Onde todos os alunos tivessem interesse em aprender 06 12,6 %-Houvesse maior entrosamento e respeito entre professor / aluno
04 8,4 %
4 – Como você gostaria de ser avaliado em sala de aula?
-Através de trabalhos, provas e participação, levando em conta minha capacidade e dificuldades
20 41,7 %
-Não responderam 11 23,0 %-Pelo esforço e interesse pelos conteúdos e atividades extraclasse
08 16,7 %
-Trabalhos diversificados e criativos 05 10,4 %-Avaliações bem diversificadas e com intervalos curtos, com 03 6,2 %
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gabarito, debates e outros-Pelo meu exemplo, humildade e caráter 01 2,0 %
5 – Quais as atividades extraclasse que deveriam ocorrer na escola?
-Atividades esportivas interclasse (torneios), gincanas, informática, artesanato, culinária, basquete, vôlei, etc.
21 43,7 %
-Viagens, passeios em feiras, aulas que motivem os alunos, atividades ao ar livre
14 29,2 %
-Aulas de violão, vídeo, axé, fank, teatro, dança 04 8,3 %-Não responderam 04 8,3 %-As atividades extraclasse não deveriam ocorrer durante o período de aula
02 4,2 %
-Atividades que a comunidade pudesse participar mais 02 4,2 %-Palestras sobre auto-estima, sucesso, espiritualidade e outros 01 2,1 %
6 – De que maneira você poderá contribuir para o enriquecimento das aulas?
-Com novas idéias, questionamentos, participando das aulas e nas atividades
15 31,3 %
-Prestando atenção e demonstrando mais interesse 15 31,3 %-Sugerindo novas idéias aos professores e direção / dialogando 09 18,7 %-Não responderam 09 18,7 %
7 – Para que você está estudando?
-Para ser feliz, ter um futuro melhor e ser um ótimo profissional 28 58,3 %-Para ter um bom emprego e dar uma vida melhor a minha família
07 14,6 %
-Para formar-me, fazer uma faculdade e ter uma profissão 06 12,5 %-Para enriquecer meus conhecimentos 05 10,4 %-Para construir uma vida digna e ser independente financeiramente
02 4,2 %
8 – O que você espera para o futuro?
-Fazer uma faculdade e ser um bom profissional 14 29,1 %-Conquistar um bom emprego 09 18,8 %-Crescer e ser uma pessoa muito importante, com sucesso e sabedoria
09 18,8 %
-Não responderam 07 14,6 %-Que seja melhor que o presente 05 10,4 %-Especializar-me em uma determinada área 04 8,3 %
9 – Você tem incentivo da família para estudar?
Sim 44 91,7 %Não 0 0 %Às Vezes 04 8,3 %
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10 – Seus pais ou responsáveis participam das atividades e eventos que a escola promove?
Sim 20 41,70 %Às Vezes 20 41,70 %Não 08 16.60 %
15.1.3 – Pesquisa realizada com 18 professores do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - Ensino Fundamental e Médio1 – Que tipo de alunos queremos formar?
-Cidadãos conscientes, críticos, participativos, dinâmicos para bem atuar na comunidade (transformar sua realidade)
11 61,1 %
-Alunos formadores de opinião, conscientes de seus deveres como cidadãos
05 27,8 %
-Alunos que sejam capazes de agir e interagir em sociedade 02 11,1 %
Para qual sociedade?
-Uma sociedade mais justa, humana e que busque as transformações, participando da vida política do país, sabendo escolher seus representes com sabedoria
09 50,0 %
-Mais justa e igualitária com menor imposição da classe dominante
05 27,8 %
-A que temos e na qual o aluno está inserido, ou seja, competitiva
04 22,2 %
2 – Você se sente realizado com seu desempenho? O que poderia melhorar?
-Sim, porém deveria haver uma participação maior da família na escola e maior interesse dos alunos, objetivando sua formação
06 33,3 %
-Sim, é possível crescer sempre, buscando novos meios para melhorar nosso trabalho
06 33,3 %
-Não, gostaria de ter mais subsídios, material didático, estrutura física, outros
03 16,7 %
-Em partes, necessitando de mais tempo para pesquisas 03 16,7 %
3 – Que experiências queremos que os nossos alunos vivenciem no dia a dia na nossa escola?
-Experiências que os levem a refletir sobre suas práticas sociais, culturais, políticas e econômicas p/ que sejam capazes de mudar sua realidade, visando uma transformação social
05 27,8 %
-Experiências que os possa ajudar em seu futuro pessoal e profissional, que os preparem para viver no mundo do trabalho valorizando-se e o próximo
04 22,2 %
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-Procurar significados, entender e aplicar valores morais, responsabilidade, respeito, disciplina e amizades
03 16,7 %
-Experiência da construção do conhecimento que é a função da escola
03 16,7 %
-A realidade da sociedade em que vive 02 11,1 %-A vivência escolar, nos seus aspectos positivos fazendo com que o educando se interesse mais pelas aulas, pelos eventos por tudo que a escola promove em prol do aluno
01 5,5 %
4 – Quais conceitos básicos são necessários, para preparar o educando ao pleno exercício da cidadania?
-Respeito, responsabilidade, liberdade de expressão e justiça para formar um cidadão
04 22,2 %
-Formar conceitos que possam auxiliá-los no dia-a-dia e torná-los cidadãos críticos e capazes de lutar por mudanças pessoais e da sociedade
04 22,2 %
-Desenvolver os valores morais, éticos e religiosos, para que tenham respeito por si próprios
04 22,2 %
-Criatividade, compromisso, uma prática pedagógica onde o professor deverá auxiliar o aluno a assumir uma postura de vida desenvolvendo seu potencial intelectual
03 16,7 %
-Ser consciente da sua função como aluno, tendo respeito por si e pelos demais
02 11,1 %
-O aluno deverá estar preparado para enfrentar os desafios do dia a dia
01 5,6 %
5 – Quais as dificuldades que você encontra em sua prática diária?
-Escassez de recursos físicos e pedagógicos 08 44,5 %-Falta de interesse, participação e baixo auto-estima do aluno 06 33,3 %-Sistema de ensino injusto, falta de respeito pelo profissional da educação
04 22,2 %
6 – Na prática pedagógica diária, você encontra apoio da Direção e Equipe Pedagógica?
-Sim 09 50,0 %-Sim, dentro das possibilidades, a equipe sempre apóia 06 33,3 %-Sim, é possível manter um relacionamento construtivo Quando temos compromisso com o nosso trabalho. Tenho encontrado apoio didático e companheirismo
03 16,7 %
7 – Em nossa escola, que mudanças deveriam ocorrer para melhorá-la ainda mais?
-Promover projetos interdisciplinares para aproximar mais os alunos e com outras escolas
06 33,3 %
-Em atividades extraclasse que envolvam todos os alunos, melhorando a convivência entre as turmas e trazendo a 05 27,8 %
36
comunidade para debater os problemas -Melhorar a estrutura física 04 22,2 %-Nossa escola está bem 03 16,7 %
Qual sua participação? Dê exemplos:-Projetos “dia dos namorados”, folclore, reuniões, palestras, campanhas, gincanas e outras atividades extracurriculares.
8 – Como termos uma escola mais democrática?
-Realizando periodicamente reuniões pedagógicas entre professores, direção e equipe pedagógica, alunos, pais e comunidade local, analisando as diferentes opiniões
09 50,0 %
-É necessária a participação de profissionais e educandos numa parceria constante, efetiva, consciente e responsável, discutindo seus problemas
09 50,0 %
9 – O que poderia ser feito, para que se efetive o ensino-aprendizagem baseado no concreto, unindo teoria e prática?
-Realizar aulas práticas (laboratório), atividades, estudos bibliográficos, projetos interdisciplinares, pesquisas para que o aluno tenha uma participação mais ativa e construir seu conhecimento
09 50,0 %
-Os conteúdos devem ser de acordo com a realidade dos educandos
09 50,0 %
10 – Como você poderia trabalhar seus conteúdos programáticos em aulas extracurriculares?
-De forma interdisciplinar. Por meio de projetos, pesquisa de campo, palestras, visita a museus, laboratórios, leitura de textos complementares, notícias de jornais, TV, internet, etc.
10 55,6 %
-Através de situações concretas para fixação de conteúdos, reportagens com temas polêmicos, entre outros
08 44,4 %
11 – Dentro de sua prática pedagógica, seus alunos têm apresentado resultados positivos na apreensão dos conteúdos dados?
-Sim, de forma gradativa 08 44,4 %-Nem sempre, devido à falta de interesse e participação 07 38,9 %-Depende do anseio do aluno, da base familiar, de sua vivência na sociedade
03 16,7 %
12 – O que significa construir o Projeto Político Pedagógico como prática social coletiva?
-Todos participando estaremos mais comprometidos com quem faz parte da escola. Ela precisa mudar e nós fazemos parte desta mudança
0950,0 %
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-Ouvindo todas as opiniões (alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários, direção e comunidade), visando o mesmo fim, a aprendizagem
0633,3 %
-Construir uma escola mais real enquanto modificada pela sociedade
03 16,7 %
15.1.4 – Pesquisa Sócio-Econômica / 62 Famílias1 – Há quanto tempo reside nesta comunidade?
-11 a 19 anos 13 21,0 %-Entre 20 e 30 anos 13 21,0 %-Mais de 30 anos 13 21,0 %-5/6 anos 06 9,7 %-9 a 10 anos 06 9,7 %-0/2 anos 04 6,4 %-7/8 anos 04 6,4 %-3 a 4 anos 03 4,8 %
2 – Sua família reside:
-Zona Rural 37 59,7 %-Zona Urbana 25 40,3 %
Onde morava anteriormente:
-Zona Rural 46 74,2 %-Zona Urbana 16 25,8 %
3 – Qual o motivo que escolheu esta comunidade para morar?
-Local tranqüilo para se viver 26 42,0 %-Bom local para trabalhar e produzir 15 24,2 %-Por ser uma região produtiva e fácil acesso à cidade 07 11,3 %-Não responderam 06 9,7 %-Antiga propriedade dos pais 02 3,2 %-Mais próximo de recursos 02 3,2 %-Facilidade para os filhos estudarem 01 1,6 %-Nasci aqui e minha família toda mora aqui 01 1,6 %-Porque comprei terras neste local 01 1,6 %-Por motivo de casamento 01 1,6 %
4 – Tipo de casa em que mora?
-Madeira 33 53,3 %-Mista 23 37,1%-Barraco 03 4,8 %-Não responderam 03 4,8 %Mora em casa:
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-Própria 34 54,9 %-Cedida 20 32,3 %-Alugada 03 4,8 %-Financiada 02 3,2 %-Não responderam 02 3,2 %-Outros 01 1,6 %
5 – Abastecimento de água:
-Poço 23 37,1 %-Rede Pública 20 32,2 %-Mina 15 24,2 %-Não respondeu 04 6,5 %
6 – A iluminação de sua casa é:
-Rede Elétrica 62 100 %
7 – Sistema de esgoto:
-Fossa 62 100 %
8 – Destino do lixo:
-Coletado 33 53,2 %-Enterrado e / ou queimado 23 37,1 %-Reciclado 05 8,1 %-Jogado em terreno baldio 01 1,6 %
09 – Na sua casa têm horta?
-Sim 52 83,9 %-Não 10 16,1 %
10 – Qual é a principal diversão da família?
-Passear nos finais de semana 22 35,5 %-Assistir televisão 13 21,0 %-Jogar futebol 06 9,7 %-Reunião com a família / amigos 06 9,7 %-Não responderam 06 9,7 %-Churrasco com os amigos 03 4,8 %-Viajar 02 3,2 %-Pescar 02 3,2 %-Rodeio 01 1,6 %-Baile 01 1,6 %
11 – Quantas pessoas há na família? 164 pessoas (média) = 2,64 pessoas por família
-Feminino 91 55,5 %
39
-Masculino 73 44,5 %
12 – Número de filhos: 92 filhos / Média = 1,48 filhos por família Qual a idade de seus filhos?
-Acima de 14 anos 68 73,9 %-Entre 07 a 14 anos 15 16,3 %-Menores de 07 anos 09 9,8 %
13 – Têm filhos menores de 14 anos sem estudar?
-Não 36 58,1 %-Não responderam 26 41,9 %
14 – Situação Conjugal:
-Casado 30 48,4 %-Não responderam 26 42,0 %-Viúvo 04 6,4 %-Separado 01 1,6 %-Somente vivem juntos 01 1,6 %
15 – Quais os principais problemas que enfrentam na localidade em que mora?
-Estradas rurais ruins 12 19,4 %-Falta de asfalto 10 16,2 %-Excesso de barro / poeira 08 12,9 %-Desemprego 08 12,9 %-Não responderam 06 9,7 %-Melhorar o atendimento médico no posto de saúde 04 6,5 %-Nenhum 03 4,8 %-Falta de união / religião 03 4,8 %-Falta de diversão 03 4,8 %-Fofoca 02 3,2 %-Falta posto policial 24 horas 02 3,2 %-Excesso de agrotóxicos 01 1,6 %
O que precisa ser feito para melhorar?
-Não responderam 48 77,5 %-Uma melhor administração 04 6,5 %-Geração de empregos 03 4,8 %-Mais diversão 02 3,2 %-Mais médicos no posto de saúde 02 3,2 %-Valorização da família 01 1,6 %-Mais indústrias 01 1,6 %-Mais indústrias 01 1,6 %
16 – Número de pessoas que trabalham na família: 67 pessoas
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-Não responderam 26 38,8 %-Autônomo 17 25,4 %-Empregado com carteira assinada 17 25,4 %-Empregado sem carteira assinada 07 10,4 %
17 – Renda familiar (mensal)
-Não responderam 25 40,3 %-Não tem renda fixa 13 21,0 %-Até um salário mínimo 10 16,1 %-Entre 01 a 03 salários 07 11,3 %-Entre 03 e 06 salários 05 8,1 %-Entre 06 e 10 salários 02 3,2 %
18 – Nível de escolaridade da família e profissão:Analfabeto 1ª a
4ª série
5ª a 8ª
série
E.Médio Incompl.
E.Médio Compl.
Superior Incompl
Superior Completo
Especiali-zação
Pai 04 19 06 03 02 01 - -Mãe 03 19 04 06 02 - 01 01
Filhos(as)
02 08 12 36 14 04 01 02
* A maioria dos pais freqüentou somente o Ensino Fundamental Incompleto (1ª a 4ª séries).* A maioria dos filhos cursou ou está cursando o Ensino Médio.
Profissões
-Estudante 33 35,1 %-Agricultor 20 21,3 %-Dona de casa 19 20,2 %-Autônomo 03 3,2 %-Tratorista 02 2,1 %-Professora 02 2,1 %-Motorista 02 2,1 %-Escriturário 02 2,1 %-Serviços gerais 02 2,1 %-Viajante 02 2,1%-Cabeleireira 02 2,1%-Assessor 01 1,1 %-Cozinheiro 01 1,1 %-Administrador 01 1,1 %-Secretária 01 1,1 %-Vigia 01 1,1 %Total de pessoas que responderam 94
19 – O que você pensa a respeito da escola que seu (sua) filho(a) estuda?
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-Não responderam 26 41,9 %-Boa 19 30,6 %-Regular 11 17,8 %-Ótima 05 8,1 %-Ruim 01 1,6 %
Sugestões para melhorar
-Não responderam 44-Aulas de informática / mais tecnologia 03-Maior participação dos pais 03-Professores mais capacitados / mais assíduos 02-Mais organização e empenho de todos 02-Mais ajuda do governo 02-Havendo mais diálogo entre os educadores 02-Aulas mais dinâmicas 02-Mais cursos p/ professores e alunos / mais projetos 02
20 – Procura visitar a escola em que seu(s) filho(s) estuda(m)?
-Não responderam 26 41,9 %-Ás vezes 19 30,7 %-Com freqüência 12 19,3 %-Só quando é chamado 05 08,1 %
21 – O que o(a) senhor(a), enquanto responsável, espera da escola para a formação de seu(sua) filho(a)?
-Preparação para o trabalho e para o futuro 25 40,3 %-Uma boa formação / conhecimento 18 29,1 %-Boa formação dos professores / direção 10 16,1 %-Não responderam 09 14,5 %
22 – Na sua opinião, qual a contribuição que os pais podem dar à escola para melhorar a educação?
-Participando das atividades e decisões 17 27,5 %-Acompanhando e incentivando o aprendizado do(a) filho(a)
15 24,1 %
-Participando de reuniões 14 22,6 %-Visitar / ir à escola quando é chamado 08 12,9 %-Orientando melhor seu(s) filho(s) nas atividades escolares 08 12,9 %
23 – Além das disciplinas que seu(sua) filho(a) estuda, o que mais o(a) senhor(a) gostaria que ele(ela) aprendesse?
-Informática 27-Línguas estrangeiras (espanhol, inglês, alemão e francês) 22-Ensino religioso 18-Dança / teatro / música / artesanato 18
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-Cursos profissionalizantes (primeiros socorros, secretariado, eletrônica, artesanato, manicure, auxiliar de enfermagem, administração, turismo, comércio, contabilidade)
16
-Esporte (futebol, basquete, voleibol, natação) 08-Política / cidadania 03-Total 112
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16. A ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO - PRÁTICA A Escola que temos e que queremos Nos últimos anos, a discussão da educação como um direito subjetivo tem-se evidenciado em todo o mundo. A Declaração de Jomtien de Educação para Todos (1990), da qual o Brasil é signatário, é um marco internacional e se constitui numa referência ao colocar a política educacional, a política social e o desenvolvimento como elementos fundamentais na construção de uma sociedade democrática e justa. A educação é um direito social e não uma questão de mercado. A educação enquanto organizadora e produtora da cultura se produz por meio de relações mediadas pelo trabalho, entendendo trabalho como produção material e cultural de existência humana. Para isso, a escola precisa investir em uma interpretação da realidade que possibilite a construção de conhecimentos potencializadores, de modelos de agricultura, de novas matrizes tecnológicas, da produção econômica e de relações de trabalho e da vida a partir de estratégias solidárias, que garantam a melhoria da qualidade de vida dos que vivem no e do campo. A educação deve pensar o desenvolvimento levando em conta os aspectos da diversidade, da situação histórica particular de cada comunidade, os recursos disponíveis, as expectativas, os anseios e necessidades. O currículo precisa ser estruturado a partir de uma lógica de desenvolvimento que privilegie o ser humano na sua integralidade, possibilitando a construção de sua cidadania e inclusão social, colocando os sujeitos do campo de volta ao processo produtivo com justiça, bem-estar social e econômico. A educação para o desenvolvimento leva em conta a sustentabilidade ambiental, agrícola, agrária, econômica, social, política, cultural, a equidade de gênero, racial e étnica. Portanto, não são apenas os saberes construídos na sala de aula, mas também aqueles construídos na produção, na família, na convivência social, na cultura, no lazer e nos movimentos sociais. A sala de aula é um espaço específico de sistematização, análise e de síntese das aprendizagens se construindo assim, num local de encontro das diferenças, pois é nelas que produzem novas formas de ver, estar e se relacionar com o mundo. A educação, isoladamente, pode não resolver os problemas do campo e da sociedade, mas é um dos caminhos para a promoção da inclusão social, educacional e do desenvolvimento sustentável. Dentro desta realidade e com a mudança de concepção sinalizada na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional nº. 9.394/96, reflexo dos movimentos internacionais pela inclusão social, aponta-se uma ressignificação da inclusão educacional ampliando-se não apenas a sua abrangência - desde a Educação Infantil até o Ensino Superior - bem como o público alvo a que se destina: alunos com necessidades educacionais especiais. As necessidades especiais dos educandos são definidas pelos problemas de desenvolvimento da aprendizagem apresentados pelos mesmos,
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em caráter temporário ou permanente, bem como pelos recursos e apoios que a escola deverá proporcionar, objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem, e compreendem:-dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento;-dificuldades de comunicação e sinalização;-condutas típicas;-superdotação / altas habilidades. A escola deve ser um espaço democrático, significativo e singular para trabalhar com a diversidade humana, respeitando as limitações, percebendo as potencialidades para a aprendizagem e considerando as especificidades de cada educando, a favor da inclusão de todos. A inclusão, antes de ser educacional é social, portanto, é uma conquista de toda a sociedade. Diante dessa realidade, pretendemos fazer com que todas as pessoas que integram nossa comunidade escolar se mobilizem para a mudança da concepção de educação especial tendo como pressuposto os direitos humanos. Nesse contexto, nossa escola está se organizando, para melhorar a qualidade educacional e priorizando o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais, onde na atual realidade, há urgência na realização de adaptações e remoção de barreiras arquitetônicas como: rampas de acesso, corrimões, banheiro adaptado, também necessidade de formação continuada aos professores, equipe pedagógica e funcionários, salas de apoio pedagógico especializado, entre outros. Em nosso colégio atendemos alunos limítrofes, condutas típicas como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade e outros distúrbios de aprendizagem e comportamentais. Porém as adaptações curriculares e de conteúdos, ainda não são suficientemente adequadas, mas estamos buscando atender estas peculiaridades. A escola está se organizando para atender a todos, sejam educandos com, ou sem, necessidades educacionais especiais, visando um trabalho mais humano, dentro da diversidade, para isso, todos os profissionais que nela estão inseridos, devem adequar-se às necessidades de seus alunos. A diversidade deve ser respeitada, tendo em vista que todas as pessoas são diferentes e aprendem em ritmos, formas e maneiras diferentes. O primeiro passo para que a escola se torne inclusiva, é a mudança de mentalidade de toda a equipe nela inserida, o segundo passo é a remoção das barreiras arquitetônicas, e o último passo são as adaptações de objetivos, conteúdos, métodos de ensino, avaliação e temporalidade, para que o educando adquira, dentro de suas limitações, sucesso na aprendizagem e a turma toda se beneficie dessa adversidade, criando um ambiente acolhedor, participativo e solidário. As salas de aula jamais serão homogêneas, por isso cabe ao professor, diversificar sua metodologia e práticas pedagógicas, para que todos tenham oportunidade de adquirir e aprimorar seus conhecimentos, obtendo progressão nas diversas áreas sejam elas: acadêmicas, culturais, sociais, afetivas, entre outras.
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MARCO CONCEITUAL
17. CONCEPÇÕES DA SOCIEDADE, HOMEM, EDUCAÇÃO, CONHECIMENTO, ESCOLA, ENSINO – APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO
17.1 – Sociedade
Para a sociedade que queremos, faz-se necessário proporcionar ações que contribuam para o pleno desenvolvimento do cidadão que vive no e campo, viabilizando uma sociedade mais esclarecida, que tenha conhecimento do seu processo histórico e compreenda que as relações que ocorrem entre os indivíduos não são naturais, mas sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca construir oportunidades de participação efetiva, de indivíduos que a compõe, com direitos e deveres. Ainda que gere o conformismo, queremos construir uma sociedade em que vigore e valorize o ser que respeita as diferenças individuais dos cidadãos.
17.2 – Homem
O homem só pode existir efetivamente na exata medida em que vai se relacionando com a natureza, através da prática social, e consigo mesmo, pelo cultivo da própria subjetividade. Estas três dimensões atuam de maneira integrada, interligada e complementar no processo real da vida das pessoas. Tornar viável a existência dos homens numa dada realidade histórica e social, significa hoje construir a efetiva cidadania e garantir a todos os indivíduos humanos, sem qualquer forma de discriminação, as condições para o exercício pleno de todas estas três práticas, de modo que possa ser um produtor e fruidor de bens naturais, sociais, e culturais na sociedade a qual vive.
17.3 – Educação
Pretendemos uma educação voltada para transformação social, sendo esta libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um conhecimento científico, político e cultural, visando formar um cidadão consciente de seus direitos e deveres, preparando-o para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro e com o meio ambiente de forma equilibrada, onde prevaleça o respeito e a dignidade humana.
17.4 – Conhecimento
O conhecimento é construído através das relações de trabalho dos homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção, gerando uma concepção de homem, ideologia, cultura e sociedade.
Queremos para nossa escola, um conhecimento dinâmico com liberdade na troca de experiências, que busque inovações, procurando sair das atividades rotineiras, instigando o aluno a cursar, pôr em prática o conhecimento científico mediado pela escola em seu ambiente de trabalho, seja ele no campo ou na
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cidade, adquirindo senso crítico e autonomia para tomar suas próprias decisões. O conhecimento é percebido quando há manifestações de mudança de atitude e comportamento, frente à situação vivida e a prática social. Portanto, o conhecimento mediador, num processo ação-reflexão-acão simultaneamente, possibilita a transformação social de um povo.
17.5 – Escola
A escola é um local de desenvolvimento da consciência crítica da realidade, é uma organização de prestação de serviços educacionais, lugar para abrigar e mediar os projetos educacionais, como espaço, tempo, como instância social, que sirva de base mediadora e articuladora, preocupando-se com o domínio dos conhecimentos formais, os quais nosso educando possa utilizar em seu dia-a-dia. Ao delinear o papel da instituição escolar, não se está buscando uma uniformização dos estabelecimentos escolares, uma vez que cada escola tem sua história, suas peculiaridades e sua identidade. O objetivo é identificar os aspectos desejáveis e comuns a todas as escolas brasileiras responsáveis pela educação dos indivíduos. A escola que estamos construindo deve ser um espaço acolhedor que garanta o acesso, a permanência e os avanços efetivos na aprendizagem do aluno. As diferenças individuais devem estar sempre presentes e a atenção à diversidade deve ser o eixo norteador da inclusão educacional.
17.6 – Ensino-Aprendizagem
Aprender é uma tarefa árdua, na qual se convive o tempo inteiro com o que ainda não é conhecido. Para o sucesso do ensino-aprendizagem, é fundamental que exista uma relação de confiança e respeito mútuo entre professor e aluno, de maneira que a situação escolar possa dar conta de todas as questões de ordem afetiva. Para que o ensino-aprendizagem possa acontecer, é necessário investir em ações que potencializem a disponibilidade do aluno para a aprendizagem, o que se traduz, por exemplo, no empenho em estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios sobre um assunto, adquiridos no campo, juntamente com seus familiares e o que está sendo apreendido sistematicamente sobre ele na escola. Essa disponibilidade exige ousadia para se buscar soluções e experimentar novos caminhos visando transformar sua realidade, relacionando teoria à prática. Os processos de ensino-aprendizagem adquirem um enfoque social e chamam à discussão: o modo como devem ser entendidas as relações entre desenvolvimento e aprendizagem, a importância da relação na qual vivem nossos educandos, relação esta entre cultura e educação, o papel da ação educativa ajustada às situações de aprendizagem e às características da atividade mental construída pelo educando em cada momento da aprendizagem.
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17.7 – Avaliação
Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de conhecimento e da aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão. A avaliação da aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e professor, com a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a prática educativa. A avaliação da aprendizagem na escola tem dois objetivos: auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino-aprendizagem, e responder à sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado. O processo de avaliação envolve três momentos: a descrição e a problematização da realidade escolar, a compreensão crítica da realidade descrita e problematizada e a proposição de alternativas de ação, momento de criação coletiva. A avaliação, do ponto de vista crítico, não pode ser instrumento de exclusão dos alunos menos favorecidos, quando não se leva em consideração as particularidades dos educandos, principalmente das áreas rurais, onde há um difícil acesso à escola, entre outros problemas como: época de plantio, colheita e / ou excesso de chuvas, dificultando o transporte dos mesmos à escola. Portanto, a avaliação deve ser democrática, favorecendo o desenvolvimento da capacidade do educando em aprimora-se de conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente.
17.8 - Cultura
A cultura é resultado de toda a produção e segundo SAVIANE, “para sobreviver o homem necessita extrair da natureza ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo da cultura.” (1992, p 19)
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar várias dimensões da ação humana, entre eles a concepção de cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a leva-los à produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel político fundamental.” (SAVIANI, apud, Frigotto, 1994 p. 189).
Analisando a realidade na qual convivemos em nossa escola consideramos que se faz necessário uma concepção de cultura que identifique, conheça e vivencie o multiculturalismo, que vise à transformação do ser humano, da sociedade e do mundo.
Não existe uma cultura superior ou inferior a outra, o que temos é uma diversidade cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano.
17.9 - Cidadania
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O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar cidadão consciente, (sujeito de direitos), organizado e participativo do processo de construção político-social e cultural.
Angel Pino in (Boff SEVERINO A. J., ZALUARA e outros 1992, p. 15-25), “consideram que o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um direito e o exercício desse direito. Sem este, aquele é uma mera fórmula”. Portanto, a educação como um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida coma a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo sua inserção na sociedade.
A realidade social e educacional atual de nosso país requer o enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração constitucional dos direitos sociais (dentre eles a educação) e a negação da prática desses direitos; da ideologia que associa a pobreza material à cultural; de recolocar-se o problema da escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado; recolocar a questão do trabalho como atividade de produção/apropriação de conhecimento não apenas como mera operação mecânica, em repensar a relação escola/trabalho.
17.10 – Como Acontece a Proposta de Recuperação de Estudos
Nosso colégio atende, em sua maioria, alunos oriundos da zona rural, os quais utilizam transporte escolar para se locomoverem até a escola. Portanto, a recuperação de estudos não ocorre em contra-turno do período escolar, mas sim durante o período letivo, no qual os professores, dentro de cada disciplina, proporcionam aos alunos com dificuldades de aprendizagem, revisão dos conteúdos defasados através de textos, pesquisas, atividades extra classe, entre outros, visando sempre à progressão no processo ensino-aprendizagem.
17.11 – Regime de Progressão Parcial
No momento, nosso colégio oferece o Regime de Progressão Parcial, o qual está inserido no Regimento Escolar. Contudo, no presente ano, devido a ocorrência de vários problemas e dificuldades em relação ao pouco comprometimento de alguns alunos e professores, quanto a entrega de trabalhos e atividades de “dependência” após a data prevista, também por nossa escola não ofertar contra-turno, pelo fato da maioria de nossos alunos residirem na zona rural, os quais utilizam o transporte escolar, estamos estudando a possibilidade de não ofertar a partir do ano de 2006 este Regime de Progressão.
17.12 – Tecnologia
A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
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O uso de tecnologias como apoio ao ensino e à aprendizagem vem evoluindo vertiginosamente nos últimos anos, podendo trazer efetivas contribuições à educação. Entretanto, para evitar ou superar o uso ingênuo dessas tecnologias, é fundamental conhecer as novas formas de aprender e de ensinar, bem como de produzir, comunicar e representar conhecimento, possibilitadas por esses recursos, que favoreçam a democracia e a integração social.
É preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a qual não apenas, se reforme o ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem.
Dessa forma, a tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.
O Colégio Estadual Jaelson Biácio EFM, tem como intenção, trabalhar através de um projeto interdisciplinar e no plano de trabalho docente também estará contemplando o uso de recursos tecnológicos como apoio ao processo ensino e aprendizagem, favorecendo dessa forma, o aprendizado contextualizado do aluno e a construção do conhecimento.
17.13 – PNEF: Programa Nacional de Educação Fiscal
Em julho de 1997 é aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, CONFAZ, a criação de um grupo de trabalho constituído por representantes das Secretarias Estaduais da Fazenda, da Secretaria da Receita Estadual e do Ministério da Fazenda para implantar o programa Nacional de conscientização tributária e despertar a prática da cidadania. Em 2002, o PNFE é regulamentado pela portaria n 413 – Ministério da Fazenda e Ministério da Educação.
A principal característica deste início do século é a velocidade das mudanças que ocorrem em todas as áreas: econômicas, sociais, culturais, científicas, tecnológicas, institucionais e do campo humano. Isso ocorre por diversos fatores: globalização, abertura do mercado, transnacionalização da produção, consciência ecológica, reconhecimento dos direitos humanos e aprimoramento da cidadania. O mundo cada vez mais dinâmico, digamos assim, e o estado deve acompanhar todas essas mudanças sem deixar de garantir o estudo a todas as crianças, considerando as exigências e a natureza da cidadania, estimulando o desenvolvimento dos cidadãos em formação. Nesse contexto surge a discussão da Educação Fiscal, visando a conscientização da sociedade quanto a função do estado de arrecadar impostos e ao dever do cidadão contribuinte de pagar tributo. Entretanto, a Educação Fiscal não é apenas isso; é, principalmente, um desafio, pois se trata de um processo de inserção de valores na sociedade, como o de percepção de tributo que assegura o desenvolvimento econômico e social, e com o devido conhecimento de seu conceito, sua função e sua aplicação.
O Plano Nacional de Educação Fiscal tem como premissa a conscientização e a sensibilização do aluno sobre a importância da função socioeconômica do tributo. Nesta função, o aspecto econômico, refere-se a otimização da receita pública, e o aspecto social, diz respeito a aplicação dos
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recursos em benefício da população. A proposta deixa de lado, portanto, o objetivo imediato do aumento de arrecadação, passando a focalizar o interesse social. O Programa Nacional de Educação Fiscal tem escopo muito mais amplo; busca o entendimento, pelo cidadão, da necessidade e da função social do tributo, assim como dos aspectos relativos á administração dos recursos públicos.
Com o envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos gastos públicos, estabelece-se controle social sobre o desempenho dos administradores públicos e asseguram-se melhores resultados sociais. O aumento da cumplicidade do cidadão em relação ás finanças públicas torna mais harmônica sua relação com o Estado. Este é o estágio de convivência desejado e esperado.
O Colégio Estadual Jaelson Biácio EFM, tem como intenção trabalhar a Educação Fiscal através de um projeto interdisciplinar e também nos planos docentes onde os alunos devem se engajar em tarefas significativas, motivadoras e do mundo real.
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18. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
A escola, de forma geral, dispõe de dois tipos básicos de estruturas:
administrativa e pedagógica. A primeira assegura, praticamente, a locação e a gestão de recursos humanos, físicos e financeiros. A pedagógica, que, teoricamente, determina as ações da administração “organizam as funções educativas para que a escola atinja eficientemente e eficaz suas finalidades".
A escola deve assumir como um de suas principais tarefas, “o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa”. A escola procura alicerçar o conceito de autonomia, enfatizando a responsabilidade de todos, sem deixar de lado os outros níveis da esfera administrativa educacional. A autonomia é importante para: “a criação de uma identidade para a escola, de um ethos cientifico e diferenciador, que facilite a adesão dos diversos atores e a elaboração de um projeto próprio”. A escola cria seu Projeto-Político Pedagógico e tem autonomia para executá-lo e avaliá-lo ao assumir uma nova atitude de liderança, no sentido de refletir sobre as finalidades sóciopolíticos e culturais da escola. “Assim, torna-se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampliada de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. É essa concepção de Projeto Político-Pedagógico como espaço conquistado que deve construir o elemento diferencial para o aparente consenso sobre as atuais formas de orientação da prática pedagógica”. (Pinheiro, 1998)
A autonomia implica também responsabilidade e comprometimento com as instâncias colegiadas que representam a comunidade (Conselho Escolar, A.P.M.F., Grêmio Estudantil, e outras) para que haja participação e compromisso de todos em prol da melhoria da qualidade de ensino.
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19. ORGANOGRAMA
Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - Ensino Fundamental e Médio
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Diretor
Corpo Docente
Auxiliar de ServiçosGerais / Merendeira
Instâncias Colegiadas
Alunos
Auxiliar Administrativo
Comunidade
20. PRINCÍPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
Artigo nº. 14, I e II (L.D.B.) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394/96.
Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: - Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;- Participação da comunidade escolar e conselhos escolares ou equivalentes. Nosso colégio desenvolve uma gestão democrática centrada nos valores e princípios democráticos pela natureza social da escola. O trabalho por ela desenvolvido visa o cumprimento da função social e política da educação escolar, que é a formação social do cidadão participativo, responsável, crítico e criativo, através da produção e socialização do saber historicamente acumulado pela humanidade. A gestão democrática neste estabelecimento constitui um processo pedagógico dinâmico onde há um envolvimento harmonioso entre o corpo docente, discente, funcionários e comunidade em geral, baseada na conjunção de liberdade e co-responsabilidade nas decisões a serem tomadas em prol da melhoria do processo ensino aprendizagem.
A gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras. A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização. Esta propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais da qual a escola é mera executora.
20.1 – Acesso, Permanência e Qualidade de Ensino
Princípios que nortearão a escola democrática;- Igualdade;- Qualidade.
a) Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, garantida pela mediação da mesma.
b) Qualidade: não pode ser privilégio de minorias econômicas sociais. O desafio da escola é o de propiciar uma qualidade de ensino para todos. A escola de qualidade que queremos deve evitar, de todas as maneiras possíveis à repetência e a evasão escolar. Tem que garantir metas qualitativas do desempenho satisfatório de todos. “Qualidade para todos”. É preciso garantir a permanência dos educandos que ingressarem nela, e esta competência de
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qualidade para todos, depende dos meios, por isso a qualidade implica consciência crítica e capacidade de ação, saber e mudar.20.2 – Capacitação Continuada de Educadores
De acordo com a LDB n° 9.394/96:
Dos Profissionais da Educação Titulo VI, Artigo. 63. III, 67. IIArt. 63. Os institutos superiores de Educação manterão:III – programas de educação continuada para os profissionais de educação dos diversos níveis;
Art.67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais de educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público.II – Aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim.
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com as escolas e seus projetos.
A formação continuada deve estar centrada na escola e fazer parte do Projeto Político-Pedagógico. Assim, compete a escola:a) proceder ao levantamento de necessidades de formação continuada de seus profissionais;
b) elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio dos órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na avaliação do referido programa.
Assim, a formação continuada dos profissionais, da escola compromissada com a construção do Projeto Político-Pedagógico, não deve limitar-se aos conteúdos curriculares, mas se estender à discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade.
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21. O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA
21.1 – Fundamentação da Proposta Curricular do Ensino Fundamental
As diretrizes norteadoras da educação fundamental estão contidas na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental.
O Ensino Fundamental deverá atingir sua universalização, sob responsabilidade do Poder Público considerando a indissociabilidade entre acesso, permanência e qualidade da educação escolar. O direito ao Ensino Fundamental não se refere apenas à matrícula, mas ao ensino de qualidade, até sua conclusão.
Para garantir melhor equilíbrio e desempenho dos seus alunos, faz-se necessário ampliar o atendimento social com projetos voltados à educação, à alimentação escolar, ao livro didático a ao transporte escolar.
Reforçando o Projeto Político-Pedagógico da escola, como a própria expressão da organização educativa da unidade escolar, surgem os conselhos escolares, que deverão orientar-se pelo princípio democrático da participação.
A gestão da educação e a cobrança de resultados, tantos das metas como dos objetivos proposto neste Plano, envolverão a comunidade, os alunos, os pais, os professores e demais trabalhadores da educação.
Deve-se assegurar a melhoria da infra-estrutura dos prédios escolares, de modo que possam favorecer a utilização de tecnologias educacionais, o acesso de alunos com necessidades especiais e a prática de atividades artístico-culturais, esportivas e recreativas.
A busca da qualidade requer investimentos em diferentes frentes, como na formação inicial continuada de professores, em uma política de salários dignos através do Plano de Carreira, na qualidade do livro didático, em recursos televisivos e de multimídia e na disponibilidade de materiais didáticos. Mas esta qualificação almejada implica colocar, também, no centro de debate, as atividades escolares de ensino aprendizagem e a questão curricular como de inegável importância para a política educacional.
Pode-se garantir a universalização do Ensino Fundamental com qualidade, assegurando o direito de acesso e permanência, adequando o currículo, a organização escolar, os calendários e dispondo de programas específicos para atrair e garantir a melhor qualidade do ensino aprendizagem, combatendo a repetência e evasão escolar.
Quanto à evasão, o Poder Público deve investir em novas metodologias de ensino junto aos alunos, na implantação de processos de aceleração, em qualquer hipótese, desde que fique garantida uma efetiva aprendizagem.
As políticas educacionais devem adotar uma postura diferente frente à reprovação, e quando se fizer necessário, proporcionar a aceleração de estudos para os que entram em defasagem de idade escolar. É preciso melhorar o fluxo escolar no Ensino Fundamental, mas acima de tudo, assegurar que durante a permanência na escola, os alunos aprendam cada vez mais o que estás sendo proposto, objetivo que deve integrar a proposta pedagógica da escola.
A avaliação deve ser um mecanismo que viabilize ao professor elementos para uma reflexão continua sobre sua prática, sobre a criação de
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novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados ou inadequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Ela deve ocorrer sistematicamente, durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não somente após o fechamento de etapas de trabalho como é o habitual.
O Ensino Fundamental deve ter a duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública. Este terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante o desenvolvimento da capacidade de aprender, a compreensão do ambiente natural e social do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.
21.2 – Fundamentação da Proposta Curricular do Ensino Médio
O Ensino Médio no Brasil está mudando. A consolidação do Estado democrático, as novas tecnologias e as mudanças na produção de bens, serviços e conhecimentos exigem que cada escola possibilite aos alunos integrarem-se no mundo contemporâneo na dimensão fundamental da cidadania e do trabalho.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96) vem conferir uma nova identidade ao Ensino Médio, determinando que “O Ensino Médio é a etapa final da educação básica” (Art.36) o que concorre para a construção da sua identidade. O Ensino Médio passa a ter característica de terminalidade, o que significa assegurar a todos os cidadãos a oportunidade de consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, aprimorar o educando como pessoa humana; possibilitar o prosseguimento e estudos; garantir a preparação básica para o trabalho e a cidadania; dotar o educando dos instrumentos que o permitam “Continuar Aprendendo, tendo em vista o desenvolvimento da compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos”. (Art.35, incisos I a IV). (...) é preciso que o ensino médio defina sua identidade como última etapa da educação básica mediante um projeto que, conquanto seja unitário em seus princípios e objetivos, desenvolva possibilidades formativas que contemplem as múltiplas necessidades socioculturais e economias dos sujeitos que o constituem – adolescentes, jovens e adultos, reconhecendo-os não como cidadão e trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeito de direitos no momento em que cursam o ensino médio. (Ramos apud CIAVATA, 2004, p.41). Portanto, para que o Ensino Médio defina sua nova identidade, é necessário que identifique os sujeitos que o constituem e o meio social em que se inserem, no sentido de estabelecer uma sintonia com as características sociais, culturais e cognitivas desse “aluno sujeito”, através de um processo educativo centrado no mesmo e que possibilite o desenvolvimento pleno de suas potencialidades.
O Ensino Médio, portanto é a etapa final de uma educação de caráter geral, afinada com a contemporaneidade, com a construção de competências básicas, que situem o educando como sujeito produtor de conhecimento e participante do mundo do trabalho, e com o desenvolvimento da pessoa, como “sujeito em situação" – cidadão.
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22. TRABALHO COLETIVO
22.1 – Projetos Desenvolvidos pela Escola
Usamos como prática transformadora os projetos educativos interdisciplinares, realizados em horários extraclasse.
Os projetos educativos formulados na escola são elaborados juntamente com os alunos e equipe escolar. Eles são realizados mediante um processo contínuo de reflexão sobre a prática pedagógica, em que a equipe escolar discute, propõe, realiza, acompanha, avalia e registra as ações que vão desenvolver para atingir os objetivos coletivamente delineados.
Nesse processo, a equipe escolar, produz seu conhecimento, construindo e reconstruindo cotidianamente na sala de aula, com base em estudos teóricos e na área de educação e em outras áreas do ensino aprendizagem, na troca de experiências entre eles, com outros agentes da comunidade, incluindo alunos e pais.
Ao elaborar seus projetos educativos, o professor e a escola discutem e expõem, de forma clara, valores coletivos, delimitam prioridades, define resultados desejados e incorpora a auto-avaliação ao seu trabalho, em função dos conhecimentos da comunidade em que atua e de sua responsabilidade para com ela.
Elaboramos projetos educativos claramente definidos que permitem investimentos que estejam de acordo com as diferentes necessidades da comunidade e que busquem, cada vez mais, um equilíbrio entre as condições de trabalho de cada escola.
No trabalho por projetos, cabe ao professor e o diretor, coordenar a elaboração dos mesmos e buscar, nas demais instituições da comunidade, (órgãos públicos, privados e empresas), a possibilidade de realização de parcerias e convênios de cooperação.
Projeto: Dia Internacional da MulherData: 08/03Objetivo: Conscientizar os alunos referentes à origem desta, a valorização e o papel da mulher na sociedade e no mercado de trabalho, através de debates, painéis, cartazes, palestras e passeios.Períodos: Matutino e noturnoLocal: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio E.F.M.Participantes: Todos os alunos, professores e funcionários em geral.Metodologia: Realização de debates e confecção de cartões e cartazesÁrea de Ensino: Química e Geografia
Projeto: Comemoração da Páscoa Data: 24/03
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Objetivo: Confraternizar com a comunidade em geral, alunos, professores, funcionários, direção e equipe pedagógica, visando uma integração entre ambos, dando ênfase ao verdadeiro sentido da Páscoa.Períodos: NoturnoLocal: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio E.F.M.Participantes: Todos os alunos, professores, funcionários e comunidade.Metodologia: Confecção de cartazes, painéis, gincana, bingos.Área de Ensino: Todas as disciplinas.
Projeto: Evento Esportivo / Torneio InterclasseDatas: 1ª etapa 09/04 2ª etapa 15/10Objetivo: Desenvolver no educando noções como solidariedade, disciplina, equilíbrio e concentração, resgatando e favorecendo a auto-estima dos alunos, desenvolvendo as habilidades esportivas como também cultivando as práticas de cultura e de paz.Período: Manhã e tarde.Local: Quadra de esportes do Colégio.Participantes: Alunos, professor de Educação Física e comunidade escolar.Metodologia: Realização de jogos interclasses.Área de Ensino: Educação Física
Projeto: Comemoração Dia das MãesData: 06/05Objetivo: Valorizar a figura materna buscando uma integração das mães com seus filhos, enfatizando sua responsabilidade em parceria com a escola na educação dos filhos. Os alunos desenvolveram juntamente com professores, atividades artísticas, poesias, murais, cartazes, músicas, jogos, brincadeiras, lembranças e brindes numa confraternização conjunta, escola-família-comunidade.Local: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - E.F.M.Metodologia: Apresentações artístico-culturais, com premiação para as mães.Área de Ensino: Todas as disciplinas.
Projeto: Festa JulinaDatas: 02 e 03/07Objetivo: Realizar evento de danças folclóricas, envolvendo toda a comunidade escolar, resgatando a cultura popular brasileira, a socialização da comunidade, visando também angariar fundos em prol de nossa instituição, onde os recursos arrecadados serão investidos em materiais didático-pedagógicos e equipamentos.
Com a festa julina, objetiva-se também, a participação de todos os alunos em diversas atividades, e na arrecadação de produtos que serão utilizados na festa (prendas), sendo que a equipe destaque receberá como premiação uma viagem recreativa.Período: Integral (manhã, tarde, noite).
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Local: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio –E.F.M.Metodologia: Atividades artístico-culturais e realização de bingos.Área de Ensino: Todas as disciplinas.Projeto: Homenagem aos Estudantes e PaisData: 11/08Objetivo: Homenagear todos os alunos e seus respectivos pais, visando uma inter-relação entre pais e filhos, proporcionando momentos agradáveis, despertando em ambos uma maior afetividade, valorizando o papel da família e sua participação na educação de seus filhos, melhorando a auto-estima, autoconfiança e respeito mútuo. A homenagem aconteceu através de gincanas artístico-culturais e esportivas, sorteio de brindes e coquetel.Período: NoturnoLocal: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – E.F.M.Participantes: Alunos, pais e comunidade.Metodologia: Atividade recreativa e esportiva entre pais e filhos, com sorteio de brindes, entrega de cartões e mensagens.Área de Ensino: Educação Física, Língua Portuguesa e Inglesa.
Projeto: Aniversário do Distrito de PiquirivaíData: 19/08Objetivo: Resgatar os valores históricos e culturais do nosso Distrito, visando valorizar os pioneiros e contribuições por eles prestadas.Período: ManhãLocal: Avenida Elias Simão (centro).Participantes: Toda comunidade, alunos, autoridades e convidados.Metodologia: Desfile Cívico.Área de Ensino: Todas as disciplinas.
Projeto: Semana da PátriaData: 03 a 07/09Objetivo: Despertar o espírito de patriotismo, evidenciando suas virtudes de modo consciente no meio social onde vive conhecendo e respeitando os símbolos pátrios.Período: Matutino e noturnoDuração: uma semanaMetodologia: Hasteamento e arriamento das bandeiras, poesias, mensagens, apresentações pelos alunos.Participantes: Alunos, professores, equipe pedagógica, direção e funcionários.Local: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - E.F.M.Área de Ensino: Todas as disciplinas.
Projeto Agenda 21 (Meio Ambiente)Datas: 05/07, 23/09 e 27/10Objetivo: Despertar a consciência dos alunos e comunidade em geral com relação à preservação e cuidados com o meio ambiente para que as próximas gerações não venham sofrer com o desequilíbrio da natureza.
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Período: Matutino e noturno.Local: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio-E.F.M.Participantes: Alunos, professor, funcionários, equipe pedagógica, direção e comunidade em geral.Metodologia: Através de palestras, pesquisas bibliográficas e de campo, vídeos e passeios turísticos.Área de Ensino: Ciências.Parceria: Secretaria Municipal do Meio Ambiente / Núcleo Regional da Educação
Projeto: Palestra: DST / AIDS / DrogasDatas: 18/06 1ª etapa
06/10 2ª etapaObjetivo: Despertar no aluno a importância do autocuidado e respeito com seu corpo, através da valorização da vida, dando ênfase ao amor, respeito, dignidade para consigo e com o próximo.Período: Manhã e noite.Participantes: Alunos, pais, professores, equipe pedagógica, funcionários e direção.Metodologia: Palestras, mostra de vídeo, orientações e troca de experiências.Área de Ensino: Biologia e Ciências.Parceria: Secretaria Municipal da Saúde
Projeto: Literatura Viva (Sarau)Data: 01/11Objetivo: Inserir a teoria a partir da prática, lendo textos e obras poéticas de todos os tempos, compreendendo a cultura como realização humana, e a literatura enquanto expressão de uma realidade, através de experiências concretas.Período: Manhã e noite.Participantes: Alunos, professores, direção e funcionários.Metodologia: O sarau será realizado através de estudos e pesquisas de textos escolhidos pelos alunos, estudo sobre a ambientação e comportamentos de um sarau, com apresentação final a comunidade escolar.Área de Ensino: Língua Portuguesa e Inglesa.
Projeto: Cultura Afro-BrasileiraDatas: Durante todo o ano letivoObjetivo: Despertar a sensibilidade, a solidariedade e o respeito pela diversidade cultural, possibilitando a valorização das manifestações artístico-culturais, tanto eruditas quanto populares.Período: Manhã e noite.Participantes: Todos os alunos da escola, professores, equipe pedagógica, direção e funcionários.Metodologia: Através de pesquisas, leitura de textos, histórias em quadrinhos, vídeos, palestras, confecção de cartazes, poesias e danças.
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Área de Ensino: História, Geografia, Língua Portuguesa, Inglesa, Arte, Matemática, Educação Física e Filosofia.
Projeto: Feira com Ciência e Educação para o CampoDatas: 14/10 e 17 à 21/10Objetivo: Buscar alternativas econômicas dentro da propriedade rural bem como o uso racional dos recursos ambientais, pois o Distrito de Piquirivaí possui um potencial agrícola, podendo possibilitar novas alternativas de renda para as famílias, bem como a permanência do jovem no campo.Período: Integral - 14/10 – Colégio - 17 à 21/10 – MaringáParticipantes: Alunos, professor, comunidade, pedagogos, direção, funcionários e convidados (técnico agrícola / agrônomo).Metodologia: Demonstrar através de maquetes, uma propriedade rural de subsistência auto-sustentável, bem como incentivá-los a pesquisa, entrevistas, debate com agricultores do distrito, técnicos da área, bem como descobrir os problemas e soluções para as pequenas e grandes propriedades rurais onde vivem.Área de Ensino: Todas as disciplinas.Parceria: Secretaria de Estado da Educação / Núcleo Regional da Educação
Projeto Fera - II Festival de Artes da Rede EstudantilData: 07 a 13 / 11Objetivos - Estimular experiências nas diversas modalidades e linguagens artísticas, desenvolvendo a interdisciplinaridade, trabalhando o conhecimento, a arte e a cultura, contribuindo para a reflexão sobre a arte e educação e, ainda, promovendo o intercambio entre regiões para enriquecer o tempo e o espaço escolar.Metodologia - Apresentações artístico-culturais.Participantes – Alunos, professores e equipe pedagógica entre outros.Período - IntegralLocal – Arapongas - PRÁrea de Ensino - Arte, Língua Portuguesa e Inglesa.Parceria: Secretaria de Estado da Educação / Núcleo Regional da Educação
Projeto: Energia elétrica: seu futuro está em nossas mãos;Cronograma: Março a Maio de 2007;Objetivo: Orientar os alunos a reduzir o gasto com energia elétrica e água, a fim de poupar dinheiro para sua economia doméstica e conscientiza-los a agir de maneira racional aos recursos do meio-ambiente, como forma de preservá-los para dele auto-sustentar. Período: Noturno;Participantes: Alunos, pais, professores, equipe pedagógica, direção e comunidade;Área de Ensino: Geografia e Matemática;
Projeto: Painéis
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Data: Fevereiro a março de 2007Objetivo: Proporcionar aos alunos o estudo e conhecimento de pintores consagrados de diversos períodos do processo histórico, técnicas utilizadas por cada um e suas características, finalizando com a reprodução de obras dos pintores estudados nos muros do Colégio.Período: Noturno;Local: Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio;Participantes: Alunos do Ensino Médio;Metodologia: Uso de retro projetores; Pintura de painéis; Utilizar a mistura das cores; Elaboração de mosaicos para a moldura das obras;Área de ensino: Língua Portuguesa e Artes;
Projeto de teatro Data: Outubro/2007Objetivo: Oportunizar a leitura de vários gêneros textuais, desenvolver a escrita e a oralidade do gênero teatral bem como a linguagem musical e corporal.Período: Manhã e NoiteParticipantes: Alunos do Ensino Fundamental e Médio Metodologia: Leitura de obras, elaboração do texto teatral, oficina de teatro e apresentação das peças.Área de ensino: Língua Portuguesa
Projeto: Primeira Corrida Rústica – Jaelson BiácioData: 15 de AgostoObjetivo: Incentivar os alunos para a prática da modalidade de atletismo.Período: Manhã.Local: Ruas do Distrito de Piquirivai.Participantes: Alunos, professores de todas as disciplinas e comunidade escolar e demais comunidades.Metodologia: Realização em várias categorias.Área de ensino: Educação Física.
Projeto: Educando para a CidadaniaData: agosto a outubro/2007Objetivo: Conscientizar os alunos do ensino fundamental e médio sobre a problemática dos Direitos Humanos, envolvendo questões como as drogas, o tabagismo, o alcoolismo, as DSTs, a gravidez na adolescência, as profissões; na sua formação cultural como cidadão na comunidade.Período: Manhã e noiteParticipantes; Alunos, professores, equipe pedagógica, direção e comunidade.Metodologia: Apresentação de trabalhos através de teatro, paródia, cartazes, salas ambientes, etc.Área de ensino: Todas as disciplinas
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23. O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO – PEDAGÓGICO?
Em primeiro lugar o Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio pretende padrões mínimos de qualidade no ensino, por isso pretende-se que o espaço da escola não seja um “continente", um recipiente que abriga alunos, livros e professores, queremos um local em que se realizam atividades de ensino aprendizagem. Queremos da “Escola” mais que quatro paredes, clima, espírito de trabalho, produção de aprendizagem, relações sociais de formação pessoal.
A escola que pretendemos, têm que gerar idéias, sentimentos, movimentos no sentido da busca do conhecimento, tem que despertar interesse em aprender, além se ser alegre, aprazível e confortável, tem que ser pedagógica. Há uma “docência do espaço”. Os alunos aprendem dele lições sobre relação entre o corpo e a mente, movimento e pensamento, o silêncio e o barulho do trabalho que constroem conhecimentos.
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24. 1 – Plano de Ação da EscolaEIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
Gestão
Democrática
Compartilhar com a equipe e a
comunidade os sonhos, as
esperanças as dúvidas e os anseios
surgidos na busca de mudança para
construir uma nova realidade;
Oportunizar momentos no
decorrer do primeiro semestre onde a
comunidade escolar tenha conhecimento do Plano de Ação da gestão democrática
onde esteja flexível a possíveis alterações no que se refere a
Conselho de Classe do 1º e 2º bimestre.
Conselho Escolar;
Conselho de Classe;
Representante de turma / Grêmio
Estudantil;
A.P.M.F.;
Participação dos pais;
Reuniões coletivas para exposição com todos os segmentos e posteriores
momentos com grupos menores
para reavaliação de critérios.
Atuando nas ações da comunidade escolar, em parceria com o conselho
tutelar e promotoria;
Propor medidas que melhorem o
aproveitamento escolar;
Reivindicar e defender os interesses estudantis;
Entre outras planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos
financeiros;
Exercer um papel importante dentro da
escola, como instância de formação primeira;
Troca de experiências de pais e toda a
comunidade escolar.
Todo o processo será desenvolvido
no período de janeiro de 2006 a
dezembro de 2007.
.
Direção, equipe pedagógica, professores,
representantes de turma,
Grêmio Estudantil,comunidade
escolar e instâncias
colegiadas.
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EIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
Proposta
Pedagógica
Identificar o aluno como foco no
processo educativo, trabalhando para o fortalecimento da unidade escolar,
onde todos possam, juntos, planejar e
executar ações para que a escola cumpra a sua função que foi discutida no Projeto Político-Pedagógico.
Criar condições para o desenvolvimento de potencialidades
do educando ajudando a torná-lo
um ser humano completo em todas suas dimensões;
Adequação das diretrizes curriculares
junto ao Projeto Político-Pedagógico;
Reunião com todos os segmentos da
comunidade escolar para:
- Estabelecer contratos, discutir regras, direitos e deveres;- Discutir a função da escola, entre outros;- Identificação dos problemas de aprendizagem para encaminhamentos metodológicos;
Equipe Pedagógica: oferecer condições
para melhorar o processo de ensino-
aprendizagem;
Materiais e equipamentos;
Recuperação de estudos através de
voluntários ou contra-turno (estagiários);
Reuniões com toda a comunidade escolar;
Atendimento aos pais e alunos
individualmente;
Conselho de classe e pré-conselho.
Anual.
Todos os segmentos:
equipe pedagógica,
direção, professores,
alunos e instâncias
colegiadas.
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EIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
Formação
Continuada
Oportunizar a formação e
capacitação a professores,
funcionários, pais e alunos.
Capacitação geral: palestras, reuniões, seminários, fóruns
e gincanas;
Professores: grupos de estudo,
hora atividade, reuniões, oficinas e conselho de classe;
Funcionários: palestras, grupos
de estudo, reuniões setoriais, cursos e
encontros para troca de
experiências;
Pais: palestras e reuniões;
Alunos: Conferências.
Recursos humanos da própria escola;
Parceria com o município e sociedade
civil;
Parceria com as Instituições de Ensino
Superior (I.E.S.);
Núcleo Regional de Educação;
A.P.M.F.
Conselho Escolar.
Bimestral, semestral e de acordo com as necessidades.
Conselho Escolar,
A.P.M.F.,
SEED / NRE;
Equipe Pedagógica.
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EIXO OBJETIVOS DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVEIS
Qualificação dos espaços e
dos equipamentos
da escola
Promover a aprendizagem do
educando viabilizando a
readequação dos espaços
existentes na escola para
melhor aproveitamento
pedagógico;
Estabelecer com as instâncias
colegiadas um padrão para
provimento dos espaços
educativos com equipamentos tecnológicos,
estabelecendo normas;
Prover a unidade de ensino com novos espaços
educativos.
- Laboratório;- Sala de vídeo;- Salão social;- Biblioteca;- Quadra esportiva;- Sala dos professores;- Refeitório;- Equipamentos em geral;
Professores: grupos de estudo, hora atividade, reuniões, oficinas, conselho de classe, e encontros para troca de experiências;
Funcionários: palestras, grupos de estudo, reuniões setoriais e cursos.
Pais: palestras e reuniões
Alunos: Conferências
Capacitação e treinamento do corpo
docente e funcionários para operar
equipamentos;
Disponibilizar recursos financeiros: A.P.M.F.,
Estado, Município, ONGs.e parcerias;
Solicitar os equipamentos a
FUNDEPAR / SEED e A.P.M.F.;
Solicitar a FUNDEPAR recursos financeiros e /
ou construção.
Início do ano letivo;
Datas comemorativas;
Semana pedagógica ou quando julgar necessário.
Anualmente e sempre que se
fizer necessário.
Direção;
Equipe Pedagógica;
Funcionários;
Pais;
Conselho Escolar;
A.P.M.F.;
Grêmio Estudantil;
FUNDEPAR
SEED.
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24. 2 – Plano de Ação do Professor Pedagogo
Introdução O trabalho da Equipe Pedagógica deverá estar direcionado de acordo com a
necessidade da escola e se traduz numa organização didática que compreende os
conteúdos, os métodos e a avaliação do ensino.
Os alunos deverão ser atendidos de maneira que alcancem os objetivos
propostos para a série que está cursando tendo atendimento específico de
acompanhamento efetivo quando houver defasagem na assimilação dos conteúdos,
visando sempre à melhoria da qualidade de ensino.
Objetivos Gerais Proporcionar aos alunos, objeto do conhecimento no mundo da ciência e da
linguagem, o desenvolvimento de seus pensamentos, suas habilidades e
suas atitudes, visando estimular o raciocínio científico, para que tenham
autonomia a fazer uma leitura crítica da realidade a qual estão inseridos.
Objetivos Específicos Promover a relação entre escola e a comunidade, realizando o diagnóstico da
mesma;
Dar atendimento aos alunos, pais ou responsáveis, informando sempre que
possível às famílias da comunidade, parecer sobre o desempenho escolar de
seus filhos, quanto à aprendizagem e procedimentos atitudinais dos mesmos;
Atender e planejar com professores, assessorando-os quanto à seleção de
conteúdos e transposição de acordo com os objetivos expressos no Projeto
Político-Pedagógico;
Discutir e organizar ações com os professores para atendimento dos alunos
que estão com dificuldades de aprendizagem;
Incentivar os alunos na realização das atividades proposta pelos professores;
Estudar, analisar e assessorar os professores quanto à avaliação da
aprendizagem;
Estudar e divulgar referencial bibliográfico atualizado, bem como conhecer e
avaliar teorias de educação;
Organizar e coordenar, juntamente com o diretor, o conselho de classe e,
planejar com o coletivo, medidas de intervenção dos problemas levantados;
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Discutir os dados do aproveitamento escolar com os professores, diretor e
comunidade;
Coordenar a elaboração do Projeto Político-Pedagógico;
Auxiliar o professor na escolha do livro didático para ser utilizado na escola;
Colaborar com a organização de turmas, calendário letivo e distribuição de
aulas por disciplina e horário do intervalo;
Planejar e organizar espaços e tempo na escola para projetos de recuperação
de estudos;
Incentivar os alunos na realização das atividades proposta pelos professores;
Organizar a hora atividade do professor, para estudo, planejamento e reflexão
quanto ao processo ensino-aprendizagem;
Promover reuniões para troca de experiências e métodos de avaliações entre
os profissionais da educação;
Orientar, quando necessário, os professores, no preenchimento dos registros
de classe pertinentes aos conteúdos, atividades pedagógicas, registros de
freqüência e vistá-los periodicamente;
Estabelecer relação entre o planejamento, a prática e o registro de classe;
Agendar e coordenar, junto com a direção e professores, atividades culturais,
como passeios, jogos e apresentações em outros estabelecimentos ;
Participação e colaboração em eventos promovidos pela escola;
Participar de seminários, cursos, palestras, reuniões, fóruns, congressos e
grupos de estudo, visando melhor aperfeiçoamento e rendimento de seu
trabalho.
Discutir, analisar e criar uma sistemática permanente de avaliação da
Proposta Pedagógica e plano anual, a partir do rendimento escolar, em
grupos de estudo.
Ações Metodológicas
Quanto aos professores, devemos apoiá-los e incentivá-los em grupos de
estudos em uma didática dos conteúdos a partir do conhecimento real e imediato
que o aluno traz, investigando seu mundo, seu ambiente social, sua forma de
expressão, planejando toda a intervenção pedagógica que deve ser organizada com
71
base científica em direção ao saber elaborado pelo aluno.
Quando se atribui ao pedagogo às tarefas de coordenar e prestar assistência
didático-pedagógica aos professores, não se está supondo que ele deva ter domínio
dos conteúdos e métodos de todas as disciplinas, sua contribuição vem do campo
do conhecimento implicado no processo docente-educativo, operando uma
intersecção entre a teoria pedagógica e os conteúdos e métodos específicos de
cada disciplina do ensino, entre o conhecimento pedagógico e sala de aula.
O pedagogo está inserido nos objetivos educativos, nas implicações
psicológicas, sociais, culturais, no ensino, nas peculiaridades do processo de
ensino-aprendizagem, na detecção de problemas de aprendizagem entre os alunos,
na avaliação, no uso de técnicas, recursos de ensino, entre outros.
As tarefas dos professores estão diretamente ligadas às metodologias
específicas das disciplinas, que, por suporte, são de competência do professor.
Portanto não se trata obviamente, de submeter o trabalho do professor ao controle
do pedagogo. Ao contrário, são especialistas que devem se respeitar, sem
imposição dos métodos e sem romper drasticamente com os modos usuais de agir.
Desta forma, é necessário, e absolutamente indispensável, que estes profissionais
se disponham a trabalhar junto, revendo suas ações e como conseqüência a
concepção das áreas do conhecimento.
Para isso, torna-se fundamental que os pedagogos contribuam com a
construção de um projeto envolvendo os professores para que pesquisem, estudem
e assumam uma proposta única como encargo coletivo.
Para pensar-se numa escola concreta, devemos levar em consideração
os aspectos internos, sem deixar de analisar a sociedade em que ela está inserida e
os aspectos que lhe são específicos.
Como pedagogos comprometidos com nosso ambiente escolar, devemos
estimular os professores a trabalhar conteúdos a partir do conhecimento real e
imediato que o aluno traz, investigando seu mundo, seu ambiente, sua forma de
expressar, planejando toda intervenção pedagógica que deve ser organizada com
base científica em direção ao saber elaborado pelo aluno, promovendo a difusão do
conhecimento junto ao professor.
A organização da escola e o planejamento sistemático do trabalho
pedagógico, suas atividades obrigatórias para a transformação da escola pública,
devem ser exercidas por todos os que nela atuam. Tendo em vista esta
transformação, faz-se necessário um amplo debate sobre a função social da escola
72
e o trabalho dos educadores, pensando que todo trabalho pedagógico deve trazer
em seu bojo, a produção e a construção da cidadania, apesar dos descompassos de
escola e a crise dos paradigmas existentes neste início de milênio, mais do que
nunca, devemos repensar a educação e seu futuro, lembrando sempre que a
construção do saber se mediatiza através da colaboração de todos os envolvidos no
processo ensino-aprendizagem.
Cronograma do Trabalho do Professor Pedagogo
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL
- Férias docentes
e discentes.
- Reunião pedagógica eadministrativa;
- Semana pedagógica;
- Planejamento anual do
estabelecimento de ensino
- Planejamento docente;
- Comemoração da Páscoa;
- Dia Internacional da Mulher;
- Apoio nas pesquisas
referentes à Cultura Afro -
Brasileira;
- Palestra sobre saúde.
- Conselho de Classe;
- Evento Esportivo (torneio interno);
- Aconselhamento Didático-
Pedagógico.
MAIO JUNHO JULHO AGOSTO
- Comemoração do Dia das Mães;
- Escola e Comunidade
(poesias, teatros, lembranças);
- Encontro com
- Evento: Escola e Comunidade;
- Palestra: DST / AIDS – Drogas;
- Férias Docentes e Discentes;
- Conselho de Classe;
-Palestra: Agenda 21;
- Aconselhamento Didático -
- Comemoração do Dia dos Pais e
Estudante;
- Aniversário do Distrito;
- Dia do Folclore;
73
Professores para Reunião;
- Verificação dos Livros Registro
de Classe.
- Festas Juninas. Pedagógico e Disciplinar. - Verificação do
Livro Registro de Classe.
SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
- Semana da Pátria (Concurso
de Pipas no Estádio);
- Encontro com Professores para
Reunião Pedagógica;
- Palestra: Agricultura Auto-
sustentável;
- Palestra Agenda 21.
- Conselho de Classe;
- Homenagem ao Dia do Professor
com apresentações
(poesias, poemas e teatro);
- Verificação do Livro Registro de
Classe;
- Aconselhamento Didático-
Pedagógico e Disciplinar;
- Palestras DST / AIDS;
- Mostra de Artes, Ciências e Letras.
-Torneio Inter-Classes;
- Dia do Diretor;
-Encontro com Professores para
Reunião Pedagógica;
- Calendário Escolar.
- Pré-Conselho 8ª Série do Ensino
Fundamental e 3º ano do Ensino
Médio;
- Verificação dos Livros Registro de
Classe;
- Conselho de Classe Final;
- Comemoração do Natal;
- Formaturas e Baile;
- Dia do Orientador Educacional.
Responsáveis: Professora Pedagoga Marisa Zanella CastelliProfessora Pedagoga Neir da Silva Silvério
24.3 – Plano de Ação do Administrador Metas a Serem Atingidas O Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - Ensino Fundamental e Médio
traçou metas, envolvendo a Direção, Professores Pedagogos, Professores,
Funcionários, A.P.M.F. (Associação de Pais, Mestres e Funcionários), Conselho
Escolar, Grêmio Estudantil e Comunidade em geral.
Objetivos Gerais
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Estabelecer as metas de trabalho democrático como coerência, promovendo
acontecimentos e fatos vinculados a escola e a comunidade;
Promover condições de trabalho a todos os funcionários existentes, para que
possam desempenhar suas atividades, atendendo os objetivos da educação e do
processo educativo;
Promover integração entre escola e comunidade, proporcionando um ambiente
saudável, onde os pais e comunidade possam estar integrados no processo
ensino-aprendizagem dos seus filhos.
Objetivos Específicos Traçar diretrizes e ações para nortear o trabalho técnico e administrativo;
Participar, orientar e organizar as atividades e projetos desenvolvidos na escola;
Estabelecer um clima participativo de todos os envolvidos com a escola, onde
sintam prazer no seu local de trabalho, pois acreditamos que partindo deste
princípio, a produção será mais enriquecedora.
Ações Metodológicas Elaborar o plano de ação, abrangendo as questões administrativas, pedagógicas
e financeiras;
Acompanhar as matrículas para 2006;
Realizar reunião com secretários e auxiliares administrativos, esclarecendo
normas a serem cumpridas diante da rematrícula do aluno;
Representar oficialmente a Escola perante autoridades e instituições;
Participar, representar e responder por todos os atos e atitudes que vier a
acontecer na escola;
Reorganizar o calendário escolar. O calendário vem aprovado pelo Núcleo
Regional de Educação, porém adaptamos datas cívicas e religiosas de nossa
comunidade;
Realizar e participar de reuniões quando necessário, com o pessoal envolvido na
escola;
Organização de turmas, turnos e equipe de trabalho;
Elaborar, junto ao corpo docente, discente, pessoal administrativo, comunidade,
Associação de Pais, Mestres e Funcionário, Conselho Escolar, o Projeto Político-
Pedagógico;
Responder pelo patrimônio e recursos financeiros da escola;
Planejar, acompanhar e rever estratégias quanto à repetência e evasão escolar;
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Planejar e participar, dar continuidade aos Projetos educativos da escola;
Oportunizar e organizar palestras;
Promover festas para angariar fundos para manutenção da escola;
Realizar o encerramento do ano letivo com formatura, cerimônia religiosa, etc;
Oportunizar aos alunos passeios educativos;
Reformulação do Plano Curricular e Regimento Escolar, quando necessário;
Organização da Semana Pedagógica;
Participação dos Conselhos de Classe.
Metas a Serem Atingidas (Projeções Futuras) Concluir a quadra de esportes (iluminação, piso, arquibancada);
Rampas, corrimões e banheiros adaptados para alunos com necessidades
educacionais especiais;
Construção de três salas de aula, biblioteca e videoteca;
Implantação do projeto de xadrez;
Contar, no quadro próprio, com inspetor de aluno, guarda noturno (horário de
aula);
Implantar sala de informática com instrutor;
Incentivar a profissionalização dos alunos e comunidade, através de cursos de
artesanato, culinária, entre outros, aumentando assim a renda familiar;
Proporcionar curso de violão para os educandos.
24.4 – Intervenções Pedagógicas
Em nosso colégio, a Direção, Equipe Pedagógica e Professores, sempre que
necessário, procuram orientar e auxiliar os educandos na solução de seus
problemas, proporcionando um ambiente acolhedor e amigável, onde os mesmos se
sintam amados e respeitados como seres humanos e cidadãos conscientes de seus
direitos e deveres.
Aos educandos com dificuldades de aprendizagem, são utilizadas várias
estratégias, para que possam superar suas defasagens, através de pesquisas,
filmes, textos, apresentações verbais, entre outras, visando resgatar no aluno seu
canal e ritmo de aprendizagem, de forma individualizada e/ou em pequenos grupos.
E, havendo necessidade de intervenção de profissionais da área da saúde como:
pediatra, psiquiatra, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros, os mesmos são
encaminhados a Unidade de Saúde do próprio distrito.
76
Quanto aos projetos de Educação Fiscal e Tecnologia no Ambiente Escolar,
tanto como os demais projetos, a equipe pedagógica procura orientar os professores
a fim de que fiquem bem claros os seus objetivos dentro da proposta pedagógica da
escola e plano de ação da escola.
Quanto aos alunos indisciplinados, a direção e equipe pedagógica dialoga
com os mesmos, individualmente, convida seus pais ou responsáveis para juntos
orientar e tomar as medidas cabíveis. Quando estas intervenções não surtirem
efeito, os Conselhos Escolar e Tutelar são acionados pela escola para auxiliar na
tomada de decisões em relação a cada caso, sempre visando o bom andamento
escolar.
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25 – O PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR
25.1 – Diretor
Diretor administra, dirige e coordena todas as atividades da escola.As atividades do diretor incluem:-Cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar;-Coordenar o planejamento das atividades, dos serviços do estabelecimento;-Cuidar do recrutamento e dispensa de pessoal;-Montar o horário com o apoio da equipe técnico-pedagógica;-Dar atendimento aos professores, alunos, pais e comunidade;-Coordenar o funcionamento da secretaria e responder pelo orçamento anual; -Cuidar para que as leis referentes ao ensino sejam cumpridas, de acordo com o regimento escolar;-Integrar a escola à comunidade e a família, organizando reuniões e promovendo eventos comemorativos;-Representar a configuração da autoridade administrativa, responsável geral pelo desenvolvimento das atividades escolares e pelo adequado desempenho de um grupo de profissionais com relação ao alcance de um objetivo estabelecido. Em suas atividades ele deve administrar: os recursos materiais necessários à escola; o pessoal em geral (distribuição de funções); o corpo discente (organização das aulas); e a estrutura total da escola (incluindo a formal e informal);
A função do diretor abrange três dimensões: pedagógica, social e burocrática. Para a execução destas funções, dele são separadas três habilidades: técnica, humana e conceitual.
A LDB 9.394/96 estabelece em seu Capítulo I, Seção II, Artigo 15, § 1º que para o cargo de diretor, é exigido o nível universitário, recomendando-se a formação pedagógica.
25.2 – Professor Pedagogo
O Professor Pedagogo é o mediador entre os alunos, à escola e a comunidade. Suas funções, entre outras são:-Realizar o diagnóstico da comunidade;-Atender pais e alunos;-Atender e planejar com professores, assessorando quanto à seleção de conteúdos e transposição didática de acordo com os objetivos expressos no Projeto Político-Pedagógico;-Viabilizar formação continuada aos profissionais da escola;-Discutir e organizar ações com os professores para o atendimento dos alunos que estão com dificuldades de aprendizagem;-Estudar, analisar e assessorar o professor quanto à avaliação da aprendizagem;-Estudar e divulgar referencial bibliográfico atualizado, bem como conhecer e avaliar teorias da educação; -Organizar e coordenar juntamente com o diretor, o conselho de classe, e planejar com o coletivo as intervenções para os problemas levantados;-Discutir os dados do aproveitamento escolar com os professores e a comunidade;-Organizar, coordenar a elaboração coletiva do Projeto Político-Pedagógico;
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-Analisar e escolher material didático;-Organizar turmas, calendário letivo, distribuição das aulas e disciplinas, horário semanal de aulas e recreio;-Planejar e organizar espaços e tempos da escola para projetos de recuperação de estudos;-Organizar a hora-atividade dos professores para estudo, planejamento e reflexão do processo ensino-aprendizagem;-Organizar o currículo escolar, o Conselho Escolar, A.P.M.F. e o Grêmio Estudantil.
25.3 – Professor Os professores do Ensino Fundamental e Médio são profissionais responsáveis por transmitir ao aluno, informações sobre vários campos do conhecimento, que formam o currículo escolar estabelecidos pelo Ministério da Educação, desde as 5ª séries até o pré-vestibular. Procuram propiciar ao aluno um ensino dinâmico e criativo, que estimule a aprender, raciocinar, adequando os ensinamentos a cada faixa etária e a cada contexto sócio-econômico. Ao mesmo tempo em que ensinam, os professores também formam os jovens nos aspectos de hábitos e atitudes, transmitindo lições de disciplina, solidariedade, respeito ao próximo e consciência de cidadania. Portanto, o professor deverá ter três qualidades fundamentais: à atitude do verdadeiro educador, domínio de conteúdos e capacidade de fazer com que o aluno se interesse pelos conteúdos.
Atribuições dos docentes:
-Fazer o planejamento anual da disciplina junto ao pedagogo no início do ano letivo;-Selecionar livros, textos, materiais e atividades complementares, vídeos, dinâmicas de grupo, experiências, passeios e visitas, estabelecendo um cronograma, aplicando e avaliando no dia-a-dia as atividades planejadas;-Dar aulas sobre os assuntos programados dentro de sua disciplina;-Propor jogos recreativos e exercícios para estimular o desenvolvimento global do educando;-Desenvolver atividades que explorem conhecimentos gerais como: notícias de jornais e datas comemorativas, entre outros, promovendo um relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, pais, e com os diversos segmentos da sociedade;-Elaborar instrumentos de avaliação diversificados;-Organizar tarefas coletivas para estimular a socialização dos educandos, resguardando sempre o respeito e integridade;-Organizar debates e atividades que gerem discussões, para estimular o desenvolvimento da opinião e ação crítica do conhecimento filosófico - científico do aluno;-Procurar perceber e entender as dificuldades e necessidades individuais de cada aluno, assegurando que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor, raça, religião ou classes sociais;-Ser assíduo e pontual nos seus compromissos, chegando com 10 minutos de antecedência para o ajuste de seus materiais;-Comunicar com antecedência, sempre que possível, os atrasos e faltas eventuais, para que sejam tomadas as providências necessárias;-Participar ativamente de reuniões, comemorações e atividades cívicas promovidas no estabelecimento de ensino.
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25.4 – Secretário
Segundo a LDB 9.394/96, no capítulo I, Seção II, ARTIGO 7º, o Secretário tem responsabilidade de manter organizada e atualizada a documentação dos educandos. E, no artigo 15, § 1º, o Secretário Escolar deverá ter formação de nível médio, no mínimo. No capítulo II, artigo 4º determina que: sob a supervisão do Diretor, a pessoa responsável pelo manuseio e reprodução dos documentos arquivados será o Secretário da Unidade Escolar, pessoalmente ou por pessoa habilitada, por ele autorizado.
Atribuições do secretário:
-A secretária e / ou secretários terão como encargo, todo serviço de escrituração, documentação escolar e correspondência do estabelecimento;-Cumprir e fazer cumprir as determinações de seus superiores hierárquicos, distribuindo tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos seus auxiliares;-Redigir as correspondências que lhe for confiada, em tempo hábil, mantendo em dia, o protocolo, arquivo escolar e assentamento do pessoal discente, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação, bem como ajudar e zelar pela conservação dos bens materiais distribuídos na secretaria.
25.5 – Bibliotecária
A bibliotecária conduzirá o educando as fontes de pesquisa e consulta para professores e comunidade em geral, objetivando favorecer a formação de alunos críticos, reflexivos e com hábitos e interesses pela leitura e amor ao livro.
Atribuições da Bibliotecária:
-Catalogar todo material da biblioteca, controlando a entrada e saída dos mesmos;-Incentivar o hábito e habilidade da leitura e da pesquisa;-Zelar pela guarda e manutenção de equipamentos e de outros materiais de ensino-aprendizagem;-Efetuar tarefas correlatadas as suas funções.
25.6 – Merendeira
Cabe a merendeira a preparação dos alimentos, mantendo a higiene e conservação dos mesmos, assim como dos utensílios e local onde a merenda é servida. A mesma deverá comparecer ao trabalho, devidamente trajada conforme normas e padrão de higiene da secretaria de saúde (avental, touca e luvas).Atribuições da Merendeira
-Preparar e servir a merenda escolar, controlando a quantidade e a qualidade da mesma;
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-Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho, procedendo à limpeza e arrumação;-Informar ao diretor das necessidades de reposição de estoque;-Cuidar dos equipamentos de trabalho com atenção e higiene.
25.7 – Serviços Gerais
Cabe aos serviços de manutenção e limpeza, as tarefas de higiene e conservação do estabelecimento de ensino.
A execução das tarefas de manutenção e limpeza estará sobre a subordinação da direção do estabelecimento.
Atribuições dos Serviços Gerais:
-Zelar pela conservação das instalações e equipamentos escolares, manter em ordem as instalações, providenciando os materiais necessários;-Manter limpas as dependências internas e externas, bem como os mobiliários do estabelecimento;-Executar as demais tarefas compatíveis com sua função;-Receber e conferir a chegada de materiais;-Tirar poeira dos móveis e mobiliários;-Varrer e lavar pisos, paredes, portas e janelas;-Lavar e desinfetar sanitários.
25.8 – A.P.M.F. – Associação de Pais, Mestres e Funcionários
Composição:Presidente: Moacir RaimundoVice-Presidente: Alcides Scheffer1º Secretário: Marilaine Guilherme da Silva2º Secretário: Maria Luiza Pelissari Sambati1º Tesoureiro: José Castorino de Lima2º Tesoureiro: Cleusa Bonfim1º Diretor Sociocultural Esportivo: Sônia Janete Chandoha2º Diretor Sociocultural Esportivo: Urcino PereiraRepresentante dos Professores: Susi Ani Pelissari VersariRepresentante dos Funcionários: Idalina Mendes da SilvaRepresentante dos Pais: Clarice de Lima
Cabe ao Presidente a responsabilidade na assinatura dos cheques e outros documentos, destacando que qualquer irregularidade nas prestações de contas, o mesmo responderá com o patrimônio próprio. Suas demais atividades são regulamentadas no próprio estatuto, sendo relacionadas com a escola e a comunidade.Ato de Criação – 30/05/1984
25.9 – Conselho Escolar
Composição:Presidente: Marli Vieira da Silva
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Representante do Corpo Docente: Susi Ani Pelissari VersariRepresentante do Corpo Discente: Ana Paula LinaresRepresentante dos Pais: Marcio BaidaRepresentante da Equipe Pedagógica: Marisa Zanella CastelliRepresentante dos Assistentes Administrativos: Luzinete Aparecida da SilvaRepresentante dos Auxiliares de Serviços Gerais: Etelvina Vian GiacomoliRepresentante da Comunidade Civil: Lucilene M. BonfimRepresentante do Grêmio Estudantil: Talyta Maiara Fiorini
Órgão máximo de direção de uma escola pública, segundo o artigo 6º, § 1º da Deliberação 016/99 do Conselho Escolar de Educação. Tem por principal atribuição estabelecer à proposta pedagógica à escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento.
25.10 – Grêmio Estudantil
Composição:Presidente: Talyta Maiara Fiorini Vice–Presidente: Letícia de LimaSecretário Geral: Islaine Helena Fedrigo1º Secretário: Daiane Aparecida de Paula FilomenoTesoureiro Geral: Cleide Boiko1º Tesoureiro: Nadir Fernandes SantanaDiretor Social: Daiane LucenaDiretor de Imprensa: Bruno Leonardo AlvesDiretor de Esportes: Fernando Augusto FedrigoDiretor de Cultura: Sandro José BonetteDiretor de Saúde e Meio Ambiente: Éderson dos Santos
O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
I – Representar condignamente o corpo discente;II – Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;III – Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;IV – Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;V – Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições, assim como a filiação às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas);VI – Lutar pela democracia permanente na escola, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação da escola.
O quadro funcional do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio vem trabalhando de forma participativa e democrática, visando à melhoria da qualidade do ensino. Equipe essa compromissada no processo educacional, objetivando o sucesso e progressão do aluno.Ato de criação - 21/06/2005
25.11 – Regimento Interno
Dos Direitos, Deveres e sanções dos Alunos
Dos Direitos
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Além daqueles que lhe são outorgados por toda legislação aplicável, constituirão direitos dos alunos; 1º) Tomar conhecimento, no ato da matrícula, das disposições do Regimento Escolar do Estabelecimento de Ensino.2º) Solicitar na Secretaria deste estabelecimento de Ensino, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, a segunda chamada das provas que vier a perder, devendo justificar devidamente, através de atestados médicos, certidões ou declarações para a realização das avaliações.3º) Solicitar revisão de notas no prazo de 48 horas a partir da divulgação das mesmas (via secretaria);4º) Ter oportunidade para defender-se;5º) Organizar-se em associações culturais, cívicas e desportivas, segundo normas estabelecidas pela direção do Estabelecimento;6º) Informar-se através de boletins ou de outras formas de comunicação, referente seu rendimento escolar e sua freqüência;7º) Requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si, quando maior de idade, ou através dos pais ou responsáveis, quando menor de idade;8º) Nomear um representante de sala e um professor monitor para representá-los, sempre que se fizer necessário;9º) Liberdade de expressão com educação;10º) Discutir com a equipe pedagógica e professores, a qualidade e metodologia didática da escola;11º) Solicitar orientação dos Professores, Orientadora Educacional e Direção do Estabelecimento de Ensino para auxiliar na solução de seus problemas;12º) Apresentar sugestões à Direção do Estabelecimento, que visem melhorias de aspectos qualitativos de ensino.
Dos Deveres
Constituirão deveres do aluno, além daqueles previstos na legislação e normas de ensino aplicáveis:1º) Cooperar na manutenção de higiene e conservação das instalações escolares;2º) Relacionar-se respeitosamente com os professores, colegas e funcionários do Estabelecimento de Ensino;3º) Cumprir, executar tarefas escolares e entregar os trabalhos de pesquisa e outros, no prazo determinado pelo professor;4º) Possuir e trazer o material escolar proposto pela Escola, conservando-o em perfeito estado de uso e ordem;5º) Evitar ocupar-se durante as aulas de qualquer trabalho estranho a elas;6º) Comparecer pontualmente às aulas e demais atividades escolares, apresentar-se limpo e devidamente uniformizado, sendo proibido o uso de mini - micro saias e decotes ousados.7º) Permanecer na sala de aula durante o intervalo de uma para outra, ficando a critério do professor seguinte a liberação do aluno ou não para ir ao banheiro, tomar água e outros;8º) Permanecer no Estabelecimento de Ensino durante todo o período de aula, podendo ausentar-se somente com a autorização da direção ou equipe pedagógica;9º) Manter uma atitude ética na escola e na comunidade;10º) É expressamente proibido fumar, fazer uso de bebidas alcoólicas, drogas e outras substâncias tóxicas e/ou inflamáveis na sala de aula, corredor e/ou pátio do
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Colégio, o aluno que infringir esta determinação, será encaminhado à direção do colégio e ao conselho tutelar. Os pais serão notificados e responsabilizados.11º) O material cedido pelo Estabelecimento de Ensino, deverá ser devolvido ao colégio, quando da desistência, transferência ou término do ano letivo, ficando condicionada a transferência à devolução dos mesmos;12º) É vedado o uso de celulares durante os horários de aula e no pátio do Colégio;13º) Cumprir horários, evitando atrasos na entrada e após o intervalo.Manhã – 07h30min às 11h45min Noite – 18h45min às 23h00min 14º) Em caso de indisciplina, os pais ou responsáveis serão convocados a comparecer à escola e junto ao conselho escolar para solucionar o problema.15º) Para a transferência de aluno, o pai ou responsável deverá requerê-la com três dias de antecedência, junto com a secretaria da escola.16º) Se o aluno destruir qualquer bem da escola, os pais ou responsáveis serão comunicados para ressarcir os danos causados ou o aluno o consertará e prestará serviço ao colégio.17º) Os livros que os alunos retirarem da biblioteca por empréstimo, deverão ser devolvidos no prazo estipulado, estando sujeito à multa de R$ 0,50 ao dia e se extraviar o livro ou paga em dinheiro ou doa outro livro.18º) É proibido o uso de boné na sala de aula.19º) Não é permitido o namoro ou manifestações de namoro (contato físico) dentro da sala de aula e no pátio do colégio.20º) Atitudes que devem ser evitadas em sala, sob pena de ser encaminhadas à direção:-Não é permitido atrapalhar e tumultuar a aula com conversas, bolinhas de papel, vaias, batucadas, gritos, vocabulário impróprio, desenhos, bilhetes, etc.-Comer, mascar chicletes ou chupar balas durante as aulas;-Entrar ou sair da sala de aula, sem portar autorização do professor;-Brigar ou faltar com respeito com colegas, professores e funcionários do Colégio;-Permanecer na porta da sala ou sair da mesma nos intervalos.21º) É de responsabilidade de o aluno entregar aos pais ou responsáveis a correspondência enviada pelo Colégio (boletins, comunicados, convites, convocações, outros).22º) O colégio não se responsabiliza pelo aluno antes ou após o horário de funcionamento dos dois turnos do Colégio.23º) Comunicar a direção através de bilhete ou telefonema, quando tiver necessidade de deixar o colégio antes do horário, necessitar faltar (colocar o motivo).
È vedado ao aluno pertencente ao Estabelecimento de Ensino:-Entrar e sair da sala, durante as aulas, sem autorização do respectivo professor;-Ausentar-se do Estabelecimento de Ensino, em horário escolar, sem expressa autorização da Direção, dos pais ou responsáveis, quando menor de idade.-Promover jogos, excursões, coletas, listas de pedidos ou campanhas e vendas, sem a prévia autorização da Direção;-Circular no Estabelecimento de Ensino, fora do seu turno de Estudo, sem motivo que o justifique;-Interromper a aula em outras turmas, exceto em situações extremamente necessárias;-Entrar em sala de aula, após 15 minutos do início, sem autorização expressa da Direção;
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No desrespeito das normas mencionados e esgotados todos os recursos disponíveis da Orientação Pedagógica e Direção, serão tomadas medidas disciplinares.
Das Sanções
A infração dos deveres e transgressões das proibições, sujeita a aluno, conforme a gravidade da falta, as seguintes penalidades:-Advertência verbal;-Contato com os pais ou responsáveis, através do Professor Pedagogo, com registros na ficha pedagógica do aluno;-Suspensão, no caso de faltas graves cometidas pelos alunos, tais como: uso de violência, brincadeiras que resultem em danos físicos ou morais ao colega, professor ou funcionário, com seqüência imprevisível, apelidos deprimentes, ausência premeditada à aula, desacato à autoridade, dano ao patrimônio da escola e reincidência na indisciplina.-Os danos ao patrimônio escolar deverão ser ressarcidos pelo aluno infrator ou por seus responsáveis. Quando a gravidade e a repetição e permanência de condutas anti-sociais desafiarem todas as medidas pedagógicas, o Colégio Estadual Profº Jaelson Biácio - Ensino Fundamental e Médio encaminhará aos órgãos competentes a responsabilidade de aplicar as sanções cabíveis. As infrações caracterizadas como crime de contravenção por um aluno no interior dos limites do Colégio serão comunicadas as autoridades competentes, para que ocorra a devida apuração do ato infracional.
Das Disposições Gerais e Transitórias
- O Estabelecimento de Ensino será regido pelo Regulamento Interno aprovado pelo Conselho Escolar, respeitando as normas do mesmo.
- O presente Regimento Interno entrará em vigor na data de sua publicação.
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26 – RECURSOS FINANCEIROS / RECEITAS
Recursos que o colégio dispõe para realização dos seus projetos
O Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – E.F.M. recebe recursos financeiros da Fundepar, Fundo Rotativo, que tem por finalidade a manutenção e outras despesas relacionadas com as atividades educacionais, estes recursos estão destinados à compra de materiais de consumo como: gêneros alimentícios para complementação da merenda escolar, materiais de expedientes, esportivos, limpeza, didático, escolar, utensílios de copa e cozinha, atividades extracurriculares, reparos no prédio, reposição de material para o laboratório de física, química e biologia e outros como: lâmpadas, equipamentos, livros, enciclopédias, fitas de vídeo e DVDs.
Recebemos também do Programa Dinheiro Direto na Escola (P.D.D.E.), recursos para garantir uma educação de qualidade para todos, a partir das diretrizes de democratização do acesso e garantia de permanência em todos os níveis de ensino e da gestão, tendo como objetivos:- Contribuir para manutenção e melhoria da infra-estrutura física e pedagógica da instituição de ensino,- Reforçar a autonomia gerencial e participação social da instituição de ensino;- Concorrer para a equidade na oferta de elevação da qualidade do ensino fundamental;
Finalidades dos Recursos recebidos do P.D.D.E.-Aquisição de material permanente;-Manutenção, conservação e pequenos reparos na unidade escolar;-Aquisição de materiais de consumo necessários ao funcionamento da escola;-Implementação de projetos pedagógicos;-Desenvolvimento de atividades educacionais.
Projeto Escola Cidadã – É em recurso financeiro exclusivamente para a complementação de gêneros alimentícios para a merenda escolar. Este recurso veio de encontro às necessidades alimentares dos nossos alunos, pois muitos deles não se alimentavam com verduras e frutas, mas com a aquisição de produtos in natura e leguminosas, nossa merendeiras fazem lanches ricos, obedecendo um cardápio balanceado, objetivando despertar no aluno uma reeducação alimentar.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (A.P.M.F.) do colégio fazem um trabalho coletivo junto à comunidade e os alunos, arrecadando fundos para a melhoria de ensino aprendizagem e conservação do patrimônio, visando uma boa imagem do estabelecimento. Estas arrecadações são realizadas durante o ano letivo, em épocas determinadas, através de bingos, rifas, bailes, festa junina e outras atividades que visam angariar recursos que serão posteriormente investidos na escola no desenvolvimento de projetos educacionais. Todos os recursos financeiros obtidos pela escola, serão revertidos em prol do educando.
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Os recursos financeiros da gestão 2004/2005 foram investidos na aquisição de uma TV 29', um DVD, um aparelho de som, dois microfones sem fio, um lava jato, construção de duas mesas de ping-pong, três cortinas black out para o laboratório, a construção do piso para o acesso à quadra de esportes, seis floreiras para ornamentação do colégio, sementes e adubo para as flores e horta e verbas para a realização de viagens. As necessidades do nosso Estabelecimento de Ensino, foram supridas com os recursos da Associação, conforme itens acima citados, pois as verbas destinadas, não atendem “todas” prioridades de que nossos alunos reivindicam.
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27 – CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS LETIVOS E NÃO LETIVOS
O Calendário Escolar do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio tem a carga horária mínima para o ano letivo que será de 800 horas distribuídas em 200 dias de efetivo trabalho em sala de aula.
O calendário escolar ordena o tempo, prevê os dias letivos e não letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano se divide, os feriados cívicos e religiosos, as datas reservadas a avaliação, os períodos para reuniões técnico-pedagógicas, cursos e projetos, conselho de classe e eventos a serem realizados por este estabelecimento.
27.1. Horário Escolar do Colégio Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio do Ano Letivo de 2005
O horário escolar, que fixa o número de horas por semana e que varia em razão das disciplinas constantes nas diretrizes curriculares, estipula também o número de aulas por professor.
Para o Ensino Fundamental e Médio, a carga horária mínima para o ano letivo é de 800 (oitocentas horas), distribuídos por 200 (duzentos) dias de trabalho efetivo em sala de aula.
27.2 – Horário de Entrada e Saída
FUNÇÃO NA ESCOLA MANHA NOITEENTRADA SAÍDA ENTRADA SAÍDA
Assistente Administrativo 07h20min 11h45min 18h40min 23h00minDireção e Professores Pedagogos 07h20min 11h45min 18h40min 23h00min
Auxiliar de Serviços Gerais 07h15min 12h15min 18h30min 23h00minProfessores 07h20min 11h45min 18h40min 23h00minAulas / Alunos 07h25min 11h45min 18h45min 23h00min
27.3 – Organização da Hora Atividade A escola oferece a Hora Atividade conforme a Lei Estadual nº. 13.807 de 30/09/2002 dentro da organização conforme o horário escolar deste estabelecimento no qual o professor a realiza individualmente e, sempre que necessário com o auxílio da equipe pedagógica da escola. Nosso estabelecimento por ser de porte 2, não disponibilizamos de vários professores na mesma área de atuação, inviabilizando agrupamento dos mesmos por disciplina. Na Hora Atividade, o professor tem à sua disposição, um acervo bibliográfico, computador, vídeo-cassete, DVD e laboratório de física, química e biologia, onde o mesmo tem a oportunidade de estudar, planejar e aprofundar-se em seus conteúdos, visando um melhor preparo e qualidade ao ministrar suas aulas.
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COLÉGIO ESTADUAL PROF° JAELSON BIÁCIO – E.F.MPIQUIRIVAI – CAMPO MOURÃO – PARANÁ
CALENDÁRIO - 2005JANEIRO 2005 FEVEREIRO 2005 MARÇO 2005D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 01 01 02 03 04 05 01 02 03 04 05
02 03 04 05 06 07 08 06 07 08 09 10 11 12 06 07 08 09 10 11 1209 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 13 14 15 16 17 18 1916 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 31 30 31 Dias Letivos = 13 Dias Letivos = 22
ABRIL 2005 MAIO 2005 JUNHO 2005D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 01 02 01 02 03 04 05 06 07 01 02 03 043 04 05 06 07 08 09 08 09 10 11 12 13 14 05 06 07 08 09 10 11
10 11 12 13 14 15 16 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 1817 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30 Dias Letivos = 19 Dias Letivos = 20 Dias Letivos = 22
JULHO 2005 AGOSTO 2005 SETEMBRO 2005D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 01 02 01 02 03 04 05 06 01 02 03
03 04 05 06 07 08 09 07 08 09 10 11 12 13 04 05 06 07 08 09 1010 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 1717 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 31 Dias Letivos = 09 Dias Letivos = 22 Dias Letivos = 21
OUTUBRO 2005 NOVEMBRO 2005 DEZEMBRO 2005D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 01 01 02 03 04 05 01 02 03
02 03 04 05 06 07 08 06 07 08 09 10 11 12 04 05 06 07 08 09 1009 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 11 12 13 14 15 16 1716 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31 Dias Letivos = 19 Dias Letivos = 20 Dias Letivos = 12
Dias Letivos
1º semestre 105 dias 2º semestre 94 diasFer. Mun. (01) diastotal 200 dias
Início/Término Férias Recesso Planejamento Feriado
EVENTOS DO CALENDÁRIO – 2005
Férias Docentesjaneiro 31 ias julho 14 ias dezembro 12 ias recessos 04 diastotal 60 dias
Férias Discentesjaneiro 31 dias fevereiro 09 diasjulho 18 diasdezembro 12dias total 70dias
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24/03 – Comemoração da Páscoa09/04 – Evento Esportivo (torneio interno)06/05 – Comemoração do dia das Mães ( trabalhar poesias – declamar )02 e 03/07 – Festa julina19/08 – Aniversário do distrito03 a 07/09 – Semana da pátria (concurso de pipas no estádio )30/09 – Mostra de Artes, Ciências e Letras15/10 – Evento Esportivo ( torneio interno )17/11 – Manhã e Noite literária08/12 – Missa em Ação de Graças17/12 – Formatura (Colação de grau e baile )
SEMANA PEDAGÓGICA: 02 A 06 Fevereiro de 2006
CONSELHO DE CLASSE E REUNIÕES PEDAGÓGICAS
CONSELHO DE CLASSE: - 1° Bimestre – 30/04 - 2º Bimestre – 30/07 - 3º Bimestre – 01/10 - 4º Bimestre – 16/12
Obs: O conselho de classe do 4º bimestre da 8ª Série A e 3° ano A do ensino Médio será no dia 01/12/2005.
As reuniões pedagógicas serão marcadas pela equipe pedagógica e avisadas com antecedência.
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28 - CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS
O Colégio Estadual Jaelson Biácio - E.F.M. conta com alguns espaços educativos acessíveis a toda a comunidade escolar, nos quais são utilizados para a realização de pesquisas, reuniões, eventos, entre outros, para alunos, professores, equipe pedagógica, pais e comunidade. Um desses espaços utilizados para a realização de eventos é o refeitório que têm esta dupla função. A escola possui laboratório de ciências, onde utiliza-se também como sala de vídeo. Contamos com quatro salas de aula e espaços livres cobertos para uso dos alunos e professores, podendo ser expostos nas paredes, trabalhos pedagógicos realizados pelos mesmos; uma biblioteca com diversidade de livros, vídeo-cassete, televisão e retroprojetor; pátio aberto com árvores e bancos para descanso e o hall de entrada para apresentações; secretaria com quatro salas, nas quais atuam a direção, equipe pedagógica e secretárias.
28.1 - Biblioteca
A biblioteca Vivian Silvana Becher, do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio tem por finalidade subsidiar a pesquisa, leitura e a informação ao educando, professores, funcionários e comunidade em geral em todos os níveis. Ela deve ser um espaço de aprendizagem, de desenvolvimento cultural, autonomia intelectual e pensamento crítico e a formação ética, tornando-se assim, um espaço aprazível através de um ambiente que gere transformação com mudanças de hábitos nos quais o educando possa ampliar o universo da leitura. Pretendemos em curto prazo, que nossa biblioteca seja reformada e ampliada no seu acervo bibliográfico, para que nossos professores possam melhor direcionar seus projetos, pesquisas, visando um aprofundamento cientifico do educando e conseqüentemente a melhoria da qualidade de ensino. Pretendemos construir na escola, uma política de formação de leitores, mas para isso, temos que provocar momentos de leitura (dias chuvosos ou criar momentos exclusivos), pois para aprender a ler e criar hábitos de leitura é preciso “aprender a ler lendo”, e para que isso aconteça precisamos desenvolver muito mais do que a capacidade de ler. A escola terá que se mobilizar internamente, pois criar bons hábitos de leitura requer muitos esforços. O professor deverá conscientizá-los de que a leitura é algo interessante e desafiador, com a leitura o educando terá mais autonomia e independência. Outro projeto que estamos dando continuidade é o que podemos chamar de "Roda de Leitores”, periodicamente os alunos tomam emprestados livros (do acervo da biblioteca) para ler em casa, como também ocorre semestralmente o Projeto Feirão do Livro, onde há troca, venda e doação de livros entre alunos, isto para que criemos bons leitores.
28.2 - Laboratório
O laboratório de Química, Física e Biologia do Colégio Estadual Jaelson Biácio, tem como finalidade viabilizar e reestruturar as atividades teórico-práticas relacionadas a estas disciplinas, levando os educandos a desenvolverem pequenos projetos experimentais, aplicando os conhecimentos científicos com finalidades
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práticas, onde os professores dessas áreas deverão desenvolver nos mesmos o raciocínio crítico, a compreensão e a aplicação do processo de investigação científica, para que possam adquirir conhecimentos básicos que permitam atuar convenientemente em situações concretas, possibilitando o manuseio dos materiais do laboratório.
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29 - CRITÉRIO PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR EM RAZÃO DA ESPECIFICIDADE
Distribuição de Aulas por Série
5ª SÉRIE
NOME DO PROFESSOR DISCIPLINASQUANTIDADE DE
AULAS / SEMANAL
Susi Ani Pelisari Versari Língua Portuguesa 03
Lucivania Aparecida Balsarin Educação Artística 02
Paulo César da Costa Educação Física 02
Delia de Matos Durant Matemática 05
Maurílio Santos Ciências 03
Melissa M. Akiama Matsumoto História 02
Marli Vieira da Silva Geografia 03
Lucivania Aparecida Balsarin Ensino Religioso 01
Karina Casanova L.E. M-Inglês 02
Danielle Miranda de Morais Literatura Infanto-Juvenil 02
6ª SÉRIE
NOME DO PROFESSOR DISCIPLINASQUANTIDADE DE AULAS / SEMANAL
Susi Ani Pelisari Versari Língua Portuguesa 03
Lucivania Aparecida Balsarin Educação Artística 02
Paulo César da Costa Educação Física 02
Delia de Matos Durant Matemática 05
Maurílio Santos Ciências 03
Melissa Mayumi Akiama Matsumoto História 03
Marli Vieira da Silva Geografia 03
Karina Casanova L.E. M-Inglês 02
Karina Casanova Literatura Infanto-
Juvenil
02
7ª SÉRIE
93
NOME DO PROFESSOR DISCIPLINASQUANTIDADE DE AULAS / SEMANAL
Susi Ani Pelisari Versari Língua Portuguesa 03
Lucivania Aparecida Balsarin Educação Artística 02
Paulo César da Costa Educação Física 02
Sandro Pereira da Silva Matemática 05
Maurílio Santos Ciências 03
Melissa Mayumi Akiama Matsumoto História 03
Marli Vieira da Silva Geografia 03
Karina Casanova L.E. M-Inglês 02
Danielle Miranda de Morais Literatura Infanto-
Juvenil
02
8ª SÉRIE
NOME DO PROFESSOR DISCIPLINASQUANTIDADE DE AULAS / SEMANAL
Susi Ani Pelisari Versari Língua Portuguesa 03
Lucivania Aparecida Balsarin Educação Artística 02
Paulo César da Costa Educação Física 02
Sandro Pereira da Silva Matemática 05
Maurílio Santos Ciências 03
Melissa Mayumi Akiama Matsumoto História 03
Marli Vieira da Silva Geografia 03
Karina Casanova L.E. M-Inglês 02
Danielle Miranda de Morais Literatura Infanto-
Juvenil
02
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
QUANTIDADE
94
NOME DO PROFESSOR DISCIPLINAS DE AULAS / SEMANAL
Antonia Elizabeth de Lima Língua Portuguesa 04
José Carlos da Silva Arte 02
Paulo César da Costa Educação Física 02
Lucimara Aparecida de Lima Matemática 03
Josimere Nunes da Silva Física 02
João Carlos Rosetto Química 02
Flávia Carla Praxedes Santili História 02
José Carlos da Silva Geografia 02
Karina Casanova L.E.M - Inglês 02
Lucivania Aparecida Balsarin Filosofia 02
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
NOME DO PROFESSOR DISCIPLINASQUANTIDADE DE AULAS / SEMANAL
Antonia Elizabeth de Lima Língua Portuguesa 04
Paulo César da Costa Educação Física 02
Lucimara Aparecida de Lima Matemática 05
Josimere Nunes da Silva Física 02
João Carlos Rosetto Química 02
Flávia Carla Praxedes Santili História 02
Ana Lúcia Kozan Geografia 02
Karina Casanova L.E.M –Inglês 02
Lucivania Aparecida Balsarin Filosofia 02
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
NOME DO PROFESSOR DISCIPLINASQUANTIDADE DE AULAS /
95
SEMANALAntonia Elizabeth de Lima Língua Portuguesa 04
Paulo César da Costa Educação Física 02
Lucimara Aparecida de Lima Matemática 05
Josimere Nunes da Silva Física 02
João Carlos Rosetto Química 02
Flávia Carla Praxedes Santili História 02
Ana Makohim Geografia 02
Karina Casanova L.E.M. – Inglês 02
Lucivania Aparecida Balsarin Filosofia 02
Ana Makohim Geografia do Paraná 02
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30. DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE, DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO -PEDAGÓGICO
O Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - E.F.M. tem como objetivo na avaliação dos docentes e não docentes (funcionários), verificar a qualidade das ações dos mesmos, a infra-estrutura e os serviços de cada um dentro da escola.
Ramos e Moraes (2000) colocam que a avaliação do desempenho docente, dos funcionários, do currículo, das atividades extracurriculares e do Projeto Político-Pedagógico, contribui para a melhoria da qualidade de ensino, independente do nível. Sendo processo imprescindível quando o docente e os funcionários pretendem qualificar suas ações em direção a um ensino mais qualitativo, mais adequado à realidade e mais humano.
Acreditamos que este processo de avaliação auxiliará a tomada de decisão na hora certa, e conseqüentemente a qualificação do ensino aprendizagem.
Ao avaliar o desempenho dos professores e funcionários deste Colégio, o critério será a apreciação do desempenho sistemático de cada indivíduo no cargo e no seu potencial de desenvolvimento, pois toda avaliação será contínua, tornando-se um processo para estimular o valor, a excelência, a responsabilidade, o compromisso, a dedicação, a eficiência, as qualidades ou os defeitos, mas sempre com o intuito de que essa avaliação seja construtiva para cada professor ou funcionário, voltada para a melhoria contínua da qualidade de ensino e do desempenho profissional.
A avaliação do desempenho será de natureza pedagógica, pois terá uma dinâmica aberta ao crescimento e as mudanças que reflitam no processo do ensino-aprendizagem. O mesmo será aplicado aos funcionários em geral. Este sistema deverá ser entendido como parte do compromisso de trabalho dos funcionários. Assim como avaliamos nossos docentes e não docentes, também avaliamos nosso currículo e atividades extracurriculares, observando as práticas pedagógicas aplicadas e a verificação do andamento dos conteúdos para que haja as mudanças necessárias e novas tomadas de decisões. Como avaliamos o “todo” da escola, não deixamos de avaliar o desempenho de nossa instituição de ensino, como forma de rever e aperfeiçoar os projetos sócio-políticos, promovendo a permanente melhoria da qualidade e pertinência das atividades extracurriculares e curriculares desenvolvidas. A utilização eficiente, ética e relevante dos recursos humanos e materiais da instituição traduzida em compromissos científicos e sociais, asseguram a qualidade e a importância de seus produtos e sua legitimação junto à comunidade escolar e a sociedade.
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31. INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS
A escola deve ser um espaço democrático, significativo e singular para trabalhar com as diversidades humanas, respeitando as limitações, percebendo as potencialidades para a aprendizagem e considerando as especificidades de cada educando, a favor da inclusão de todos.
A inclusão antes de ser educacional é social, portanto, é uma conquista de toda a sociedade.
Acredita-se numa sociedade sem exclusão social, sem discriminação de gênero, de crença, de etnia, que construa e consolide valores políticos e cultuais no resgate da ética, da solidariedade, do companheirismo e do compromisso com a transformação social.
A escola que estamos construindo deve ser um espaço acolhedor que garanta o acesso, a permanência e os avanços efetivos na aprendizagem do aluno. As diferenças individuais devem estar sempre presentes e à atenção à diversidade deve ser o eixo norteador da inclusão educacional.
Visando a inclusão social e educacional, adotada por este estabelecimento de ensino, foi possível realizar matrículas de alunos egressos oriundos do Ensino Fundamental e Médio, diante disso, estamos contribuindo no combate a evasão escolar, a exclusão e a repetência que são os grandes problemas nas escolas.
Aos que não tiveram oportunidade de ingressar à escola em idade própria, procuramos viabilizar ambiente favorável à aprendizagem de forma acolhedora e atrativa, onde o aluno passa a sentir-se bem e aceito, participante ativo nas tomadas de decisões, fazendo parte de um processo democrático, visando sua permanência e progressão no processo educativo.
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32. PRÁTICA AVALIATIVA
32.1 – Avaliação Institucional
A Avaliação Institucional é hoje um desfio para todas as instituições de ensino, pois possibilita analisar suas ações administrativas, técnicas e pedagógicas de maneira descontextualizada, crítica e participativa, permitindo perceber suas possibilidades e limitações bem como apontar caminhos para a tomada de decisão em relação ao pensar e ao agir institucional, em busca da qualificação do ensino-aprendizagem.
Quando tratamos de um processo qualitativo de avaliação, entendemos a qualidade como faces de um mesmo processo. Não dá para construir qualidade sem avaliação, nem avaliação sem qualidade, à medida que dois processos se desenvolvem pelos mesmos princípios. Devem ser processos éticos, transparentes e dinâmicos que se desdobram no atendimento de vários critérios, tais como: ouvir as pessoas envolvidas, considerar a diversidade e a especificidade do contexto, implementar praticidade e viabilidade nas ações e recorrer às estratégias tanto quantitativa quanto qualitativas, capazes de validar os dados da realidade.
A avaliação institucional vem em busca de mecanismo de transformação. Esta visão de transformação está centrada em mudanças qualitativas quando todas as pessoas envolvidas mudarem suas posturas, sua forma de pensar e agir, qualificando o seu trabalho (é nisto que estamos investindo atualmente), percebendo o quanto à avaliação pode estar contribuindo no desenvolvimento das diferentes dimensões humanas: políticas, epistemológicas e estéticas.
Paulo Freire (1996), em seu livro “Pedagogia da Autonomia, diz: Saberes necessários a prática educativa”, (pequeno em tamanho e grande em qualidade), a dimensão política voltada para a questão da criatividade, a epistemológica voltada para a questão da curiosidade e da estética para a criatividade todas elas eticamente articuladas.
Com o processo de avaliação institucional, a escola manifesta a sociedade que quer crescer, quer melhorar, e para isso se torna aberta, flexível, autocrítica, revelando ser uma instituição séria e comprometida com seu processo de qualificação. Quer auto conhecer-se? Como está o seu ensino? Pesquisa? A extensão? A gestão? E com esses resultados busca replanejar, repensar, dar outros sentidos e significados as suas ações sempre respeitando as diferenças e o direito a igualdade, em todos os seus aspectos, sejam eles: sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia.
99
33 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Damos início ao Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio - E.F.M. reunindo a comunidade escolar, funcionários, A.P.M., Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil. Todos estes segmentos puderam manifestar-se em relação à elaboração do mesmo de forma democrática e participativa, onde posteriormente terão a oportunidade de acompanhar o andamento do mesmo.
A avaliação envolve três momentos: a descrição e a problematização da realidade escolar, a compreensão crítica da realidade e proposição de alternativas de ação realizadas ao Projeto Político-Pedagógico e o momento de criação coletiva.
É preciso entender o Projeto Político-Pedagógico da escola como uma reflexão de seu cotidiano. Para tanto, ela precisa de um tempo razoável de reflexão e ação, para se ter um mínimo necessário à consolidação de sua proposta.
A construção do Projeto Político-Pedagógico requer continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de tomada de decisão e instalação de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório.
Finalmente, há que se pensar que o movimento de luta e resistência dos educadores é indispensável para ampliar as possibilidades e apressar as mudanças que se fazem necessária.
A avaliação e o acompanhamento do PPP serão realizados no decorrer do ano nos encontros pedagógicos, nas reuniões de APMF, Grêmio, Conselho Escolar e da comunidade nas reuniões com os pais, onde todos poderão democraticamente opinar e apresentar sugestões de mudanças quando necessário.
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SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
2. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL2.1 Artes
2.2 Ciências
2.3 Educação Física
2.4 Ensino Religioso
2.5 Geografia
2.6 História
2.7 Língua Portuguesa
2.8 Matemática
2.9 L.E.M. – Inglês
3. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO MÉDIO3.1 Arte
3.2 Biologia
3.3 Educação Física
3.4 Física
3.5 Geografia
3.6 História
3.7 Língua Portuguesa
3.8 Matemática
3.9 Química
3.10 Filosofia
3.11 L.E.M. - Inglês
3.12 Sociologia
103
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR
É a instituição escolar que no mundo moderno apresenta-se como forma de
acesso aos conhecimentos e é a escola pública, gratuita e universal, que se constitui
como a alternativa que assegura a maioria da população, do contato com a cultura
formal e com o conhecimento científico.
Dessa forma, a escola tem como função socializar os conceitos já elaborados
sobre a realidade, o que contribui para a própria ciência e para assegurar a todos os
cidadãos o direito de acesso aos conhecimentos já produzidos. Daí a relevância do
currículo escolar, pois é a partir dele que se faz a seleção dos conhecimentos
advindos dos diversos campos da ciência, organizando-os em disciplinas.
A proposta curricular tem como base disciplinar os conteúdos científico-
tecnológicos, históricos, filosóficos e sociais das disciplinas que compõem a matriz
curricular.
É através da Educação que conseguimos formar cidadãos, pessoas críticas,
capazes de solucionar problemas, desenvolver projetos de vida, pessoas
conscientes do seu verdadeiro papel na sociedade.
Para tanto, é preciso que todos possam ter uma Educação de qualidade.
Qualidade implica em organização, diretriz ou norte, parâmetros, normas, enfim, é
necessário que fique bem claro que meios devemos utilizar para obtermos os fins
que desejamos.
Neste sentido, estas diretrizes não têm a função de circunscrever ou limitar as
práticas docentes, mas de darem curso, através dessas mesmas práticas, ao
contínuo processo de ensino nesta escola pública que almejamos.
A Proposta Curricular é de certa forma flexível, no sentido que o professor
terá liberdade de adequar seu planejamento de acordo com a realidade da sua
escola, porém a Proposta Curricular garante um conteúdo universal para todo o
Território Nacional, proporcionando que o aluno não seja prejudicado numa possível
transferência, garantido conseqüentemente o direito de acesso e permanência.
Portanto o Currículo deve estar de acordo com as diretrizes, a escola deve
manter uma organização interna, ter um calendário e programas específicos que
possa atrair e garantir a qualidade da Educação.
104
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
1 - Apresentação Geral da Disciplina
De acordo com as Diretrizes faz necessária uma reflexão a respeito
da dimensão histórica dessa disciplina, partindo da história da arte no Brasil com a
vinda da família real de Portugal, destacando-se um grupo de artistas franceses que
ficou conhecido como Missão Francesa, fundando então a Academia de Belas Artes
e no Paraná, em 1946, foi fundado o Liceu de Curitiba, oferecendo aulas de desenho
e pintura e artes manuais. Foi a partir da segunda metade dos anos 50, com os
movimentos artísticos, influenciando artistas brasileiros e valorizando então a
expressividade e criatividade.
Outros artistas imigrantes trouxeram novas idéias e experiências
adaptando-se à realidade e refletindo a real importância da arte na sociedade.
Surgiram novas propostas que tinham como propostas atividades livres. Novos
movimentos artísticos, Bienais e festivais; que nos anos 60 foram alvos de
represálias. O ensino de arte tornou-se obrigatório no ensino fundamental e no
ensino médio, cabendo ao professor trabalhar com o aluno o domínio de materiais,
deixando de lado a expressividade e o trabalho criativo. Com a proposta de Ana Mae
Barbosa, de que a arte é muito mais do que o fazer artístico, pois compreende uma
articulação entre produção, a critica, a historia e a estética, abrangendo a discussão
e análise dos trabalhos artísticos dentro dos contextos culturais em que foram
criados.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais passam a considerar a
música, as artes visuais, o teatro e a dança como linguagens artísticas autônomas
no Ensino Fundamental.
De acordo com as Diretrizes Curriculares o ensino de Artes no
Ensino Fundamental contemplará as formas de relação da arte com a sociedade,
numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte
com a linguagem.
O ensino de Artes deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e
passa a se preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade e
sua transformação.
O ensino de Artes e suas diferentes formas de pensar são
conseqüências do momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações
105
socioculturais, econômicas e políticas. Na educação o ensino de Artes amplia o
repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artístico e
contextualizado aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas
diversas representações.
A articulação dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,
aliados à práxis no ensino de Artes, possibilita a apreensão dos conteúdos
específicos da disciplina e das possíveis relações entre seus elementos
constitutivos, balizando--se para isso nos conteúdos estruturantes propostos para
esta disciplina. Os conteúdos são selecionados a partir de uma análise histórica,
com base num projeto de sociedade que visa a superação das desigualdades e
injustiças, vindo a constituir-se em uma abordagem para a compreensão desta
disciplina.
A arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é
transformar e nesse processo o sujeito também se cria. A arte, quando cria uma
nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas criações
artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. É a partir
dessa idéia contemplada nas Diretrizes, que o ensino de Arte tem como um dos
objetivos resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a
importância de criar, atividade esta, que foi suprimida no seu processo histórico
pelas sociedades capitalistas, quando o sujeito não se identifica como o produto de
seu trabalho.
2 - Objetivos Gerais
Resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a
importância de criar.
Levar o aluno a criar formas singulares de pensamentos, a apreender e
expandir suas potencialidades criativas, tornando um cidadão conhecedor de seus
valores, direitos e deveres, desenvolvendo assim, seu senso estético, crítico, político
e social.
3 - Conteúdos
Conteúdos Estruturantes:
106
Elementos básicos das linguagens artísticas; produções/manifestações artísticas;
elementos contextualizadores.
Elementos básicos das linguagens artísticas – Visa a criação artística, gerando
signos que possibilitam a interpretação para o espectador. Esses elementos são
matéria-prima para a construção de conhecimentos estéticos e alguns deles,
apresentam-se como pontos comuns entre as linguagens. O ritmo, a harmonia, a
simetria, a tonalidade e a intensidade são alguns exemplos que podem ser
observados em pinturas, músicas, em encenações teatrais e em composições
coreográficas.
Produções / Manifestações Artísticas – Esse conteúdo estruturante também vai
estar presente em todas as linguagens artísticas: pintura, escultura, dança, teatro e
música. Elementos contextualizadores: Visam ampliar e aprofundar a apreensão do objeto
de estudo. Abrangem a contextualização história (social, política, econômica e
cultural), autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias correntes
artísticas e as relações identirárias (local/regional/global), tanto do autor, como do
aluno com a obra. Esse conteúdo estruturante estará permeando a prática
pedagógica em todas as linguagens artísticas, ao mesmo tempo em que constrói
uma possível relação entre elas e permite uma melhor apreensão dos conteúdos em
Arte.
5a sérieConteúdos Estruturantes:
Elementos básicos das linguagens artísticas.
Produção/manifestação artísticas.
Elementos contextualizadores.
Conteúdos Específicos: Tipos de desenho: livre, memorizado, observação.
O ponto, a linha e o plano.
Aula expositiva e pratica.
Estudo das cores: primárias, secundárias, quentes e frias.
Cultura africana: origens, música, religião, etc.
Expressividade com cores e linhas.
107
Contraste de cores.
Datas comemorativas.
História da pintura.
História do movimento ritmado.
6a sérieConteúdos Estruturantes: Elementos básicos das linguagens artísticas.
Produção/manifestação artísticas.
Elementos contextualizadores.
Conteúdos Específicos: As linhas e as formas.
Sinais e símbolos.
Estudo das cores – como expressar.
A natureza: árvores e animais.
Recorte e colagem (origami, etc.).
Datas comemorativas.
História em quadrinhos.
Simetria e assimetria.
Interpretação teatral.
Uso das cores em diversas atividades: tinta guache, nanquim, etc..
Desenvolver habilidades corporais.
Aula pratica e teórica.
7a sérieConteúdos Estruturantes:
Elementos básicos das linguagens artísticas.
Produção/manifestação artísticas.
Elementos contextualizadores.
Conteúdos Específicos: Escala cromática.
Publicidade/cartazes.
Ilustração de texto.
Datas comemorativas.
108
Luz e sombra.
O jogo dramático no cotidiano.
A arte indígena.
A arte africana.
Aula pratica e pesquisa
Colagem.
História da música.
8a sérieConteúdos Estruturantes:
Elementos básicos das linguagens artísticas.
Produção/manifestação artísticas.
Elementos contextualizadores.
Conteúdos Específicos: As formas geométricas e a arte.
A expressividade das linhas e as composições.
Técnicas de pintura.
Publicidade e propaganda.
O rádio e a televisão.
Colagem.
Folclore: arte e sabedoria.
4 - Metodologia da Disciplina
Os conteúdos devem ser abordados partindo do conhecimento prévio dos
alunos, incluindo as idéias pré-concebidas do ensino da arte.
A cada conteúdo será realizada discussões em sala de aula sobre a
importância que estes têm na vida prática do aluno. Os trabalhos serão realizados
em grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitas a museus, teatros, bibliotecas,
visando atender a toda diversidade que se encontra inserida na comunidade escolar.
O ensino de Artes neste estabelecimento de ensino partirá da concepção
adotada nas Diretrizes Curriculares para a disciplina, cabendo ao professor na sua
prática pedagógica considerar:
109
As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na
região, as várias dimensões de cultura, entendendo toda
manifestação artística como produção cultural;
As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar
como ponto de partida para a ampliação dos saberes em arte;
As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a
compreensão dos processos de criação e execução nas
linguagens artísticas;
A experimentação como meio fundamental para ressignificação
desse Componente Curricular, levando em conta que essa prática
favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção
por meio dos sentidos.
5 - Critérios de Avaliação
Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se
estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem seus procedimentos,
inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão usados no
processo de ensino e aprendizado.
Durante o processo de ensino e aprendizagem o professor possibilitará
momentos de avaliação individual e coletiva; no início, durante e no final do
processo a fim de observar os avanços e as dificuldades apresentadas pelos alunos,
a fim fazer as intervenções necessárias. Para tanto, fará uso de diversos
instrumentos como: trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas, pesquisas,
exposição de trabalhos, entre outras.
As proposições pedagógicas e curriculares, aqui apresentadas, potencializam
a efetivação de instituições escolares inclusivas acolhendo efetivamente: as pessoas
com necessidades especiais de todos os tipos, moradores do campo, populações
indígenas, grupos afro-descendentes, entre outros.
É importante neste processo termos em vista que o aluno tem um capital
cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente aprende em outros
espaços sociais (família, grupo, associações, religião e outros), e um percurso
escolar distinto entre os mesmos, pois pela amplitude do conhecimento artístico
(música, artes visuais, teatro e dança), cabendo ao professor reconhecer esses
conhecimentos durante o processo de avaliação de seus alunos.
110
6 - Referências Bibliográficas
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.
POUGY, E. Descobrindo as Artes Visuais. São Paulo: Editora Ática, 2001.
PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 2001.
HAILER, M. A. Caderno de Artes. São Paulo: Editora FTD.
MIRIAM, C.; PISCOQUE, G.; GUERRA, M. T. Didática do Ensino da Arte. São
Paulo: Editora FTD, 1998.
DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.
CARDIOLLI, M. Diversidade e Pertinência na Construção Curricular. Currículo e
Inclusão.
111
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Partindo do princípio que a Ciência era tida como matéria descritiva baseada em
termos técnicos presentes nos livros didáticos, restringindo-se a um conjunto de
dados isolados e estanques, tornou-se indispensável através da observação tentar
compreender o mundo em que vivemos. Isso é justificado, porque o acesso ao
conhecimento científico, histórico e socialmente acumulado parte de fatos concretos
da prática social e das diversas formas objetivas e dinâmicas da natureza, em um
movimento de compreensão das conotações existentes entre elas. Estas uma vez
descobertas são demonstradas, por via experimental, até onde seja possível.
É objeto de estudo da Ciência o fenômeno vida em toda sua diversidade de
manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos
organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de
organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus
elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais
componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a
transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo,
transformadas e transformadoras do ambiente.
Ao longo da história da humanidade várias foram as explicações para o
surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram
e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração
filosófica ou religiosa. O aprendizado deve permitir a compreensão da natureza viva
e dos limites dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos
e a compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo
uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar.
“Desde o surgimento da humanidade, o homem tenta resolver seus problemas e
ensaia explicações sobrenaturais. Produzir ciência faz parte da atividade humana.
Ensinar como o conhecimento é produzido exige pensá-lo numa dimensão de
historicidade, considerando que o processo de produção é determinado pelas
condições sociais da época. A ciência nasceu da contemplação da natureza.
Explicações sobrenaturais para os fenômenos satisfaziam às civilizações primitivas.
Essas explicações eram passadas de pai para filho dentro das pequenas
112
comunidades, e isso perdurou até a instituição da escola, centrada no professor,
dono do saber, que através de exposições, transmitia aos seus alunos, receptores
passivos que devem devolvê-lo nas provas tal como foi recebido, sem nenhum
questionamento. Surge a ciência experimental onde o mundo é observado a partir
do real, do observável. A dificuldade na aquisição de novos conhecimentos não está
existência de conhecimento prévio dos alunos, baseados em idéias intuitivas ou pré-
conceituais e sim na forma como esses conhecimentos são adquiridos. Sendo
assim, no ensino de ciências , o aluno deve encontrar espaço para incorporar tanto
os conhecimentos atualmente disponíveis quanto os mecanismos de produção
desses conhecimentos.”
O conhecimento de Ciência deve subsidiar a análise e reflexão de questões
polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos
naturais e à utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana
no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos,
enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa levando ao
educando a compreensão dos avanços biotecnológicos, considerando a Bioética e
o desenvolvimento sustentável, bem como sensibilizar o educando a respeito das
conseqüências das agressões ambientais e do impacto negativo do
desenvolvimento das tecnologias voltadas ao suprimento e ampliação do sistema
capitalista para a manutenção da vida no planeta. Como também, desenvolver
hábitos de saúde pessoal, social e ambiental, visando bens coletivos onde o homem
como agente racional, construtivo e modificador tenham como prioridade a
conservação da vida e do ambiente, usufruindo sem destruir.
Cabe então a o professor, por sua vez, ajudar a interpretar, observar os
fenômenos e a familiarizar-se com eles, uma vez que o ensino é entendido como o
processo que promove a transmissão dos conhecimentos existentes na mente do
professor para a mente dos alunos, relacionando problemas atuais com o
desenvolvimento científico.
A carga horária total são 40 (quarenta) semanas sendo 3 (três) aulas semanais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Na escola, somam-se experiências, informações e afeto. Ao desenvolver e
possibilitar ao aluno o exercício da solidariedade, da cooperação, do respeito às
113
normas, à opinião dos colegas e às diferenças culturais, a escola promove
oportunidades para o exercício da cidadania de forma consciente, contribuindo para
a formação de uma postura participativa de indivíduos ciosos de seus direitos e
deveres.
Os alunos não podem ser encarados como meros receptáculos de
informações. Eles devem ter participação ativa, com experiências que merecem
consideração. Os alunos não são todos iguais: vêm de lares diferentes e são
portadores de culturas diversas; possuem vivências e expectativas próprias em
relação à escola, à vida. Em comum, tem a curiosidade, o desejo de decifrar o que
parece um novo código e um novo mundo, os colegas, o espaço classe-professor. A
motivação dos alunos, seu progresso e suas novas aquisições alimentam o trabalho
do professor. Educadores e alunos são desse modo, cúmplices no processo de
ensino-aprendizagem.
O estudo de ciências deve contribuir para que os alunos compreendam
melhor o mundo e suas transformações, possam agir de forma responsável em
relação ao meio ambiente e aos seus semelhantes e reflitam sobre as questões
éticas que estão implícitas na relação entre ciência e sociedade. Nesse processo, o
papel do educador é fundamental. Sua atitude é sempre uma referência para os
alunos: a consideração das múltiplas opiniões, a persistência na busca de
informações, a valorização da vida e o respeito às individualidades serão
observados e servirão de exemplo na formação dos valores dos estudantes.
O conhecimento científico tem o mérito de ampliar nossa capacidade de
compreender e atuar no mundo como construções humanas, como elas se
desenvolvem, por acumulação, continuidade e ruptura de paradigmas, relacionando o
desenvolvimento científico com a transformação da sociedade. Por isso, o ensino de
ciências deve oferecer ao aluno oportunidade de reflexão e ação e prepará-lo para
reivindicá-las por amadurecimento próprio.
O ensino de ciências pode alcançar esse objetivo se estiver vinculado a
situações cotidianas, nas quais o aluno seja convidado a posicionar-se diante de
fatos e fenômenos novos. Dessa forma, o ensino de ciências busca entender a
relação entre o desenvolvimento das ciências naturais e o desenvolvimento
tecnológico, associando diferentes tecnologias aos problemas que se propuseram e
propõem solucionar, bem como entender o impacto das tecnologias na sua vida
pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na
vida social identificando o trabalho científico como resultado de gerações de homens
114
e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo, valorizando-
o como instrumento para o exercício da cidadania competente.
Graças à abrangência e à natureza dos objetos de estudo das ciências, o
trabalho escolar pode ser efetivado de forma bastante dinâmica, despertando o
interesse do estudante para a observação de fenômenos da natureza e dos mais
diversos produtos tecnológicos, tanto os que estão próximos como os mais distantes
no espaço e no tempo procurando estabelecer relações entre o “comum” e o
“diferente”, entre conceitos conhecidos e novas hipóteses, entre variados fenômenos
e até produtos tecnológicos, com base nos mais diversos elementos do nosso
universo.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para que o currículo de Ciências se efetive na escola é preciso que o processo de
ensino e de aprendizagem partilhem da concepção de ciência como construção
humana onde conhecimentos científicos são passíveis de alteração ao longo da
história da humanidade e marcados por intensas relações de poder. A partir dessa
compreensão da ciência, o tratamento dos conteúdos, na escola, exige
conhecimentos científicos de outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos
naturais que ocorrem no mundo. A química, a física, a biologia, a geociências, a
astronomia, e outras áreas contribuem significativamente para o estudo, a explicação
e a compreensão dos fenômenos naturais, objeto de estudo da disciplina de Ciências.
Esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma abordagem
crítica, que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os
conteúdos historicamente constituídos. Essa abordagem propõe conteúdos
estruturantes e específicos de 5ª a 8ª séries, por considerar que o professor, autor do
planejamento de suas ações pedagógicas, conhece os conteúdos específicos
determinados historicamente em cada uma das séries finais do Ensino Fundamental.
É importante que o professor de Ciências estabeleça as relações entre os
diversos conteúdos específicos, pois, a articulação entre os conhecimentos físicos,
químicos e biológicos possibilita ir além da abordagem “tradicional” dos conteúdos,
sendo que estes conhecimentos precisam estar articulados de modo a favorecer a
compreensão dos fenômenos estudados.
115
A disciplina de Ciências tem como principal função o estudo dos fenômenos
naturais de forma crítica e histórica promovendo a competências e o
desenvolvimento de valores, livre de um experimentalismo superficial e sem
significado.
Dessa forma, o professor deixa de ser apenas o transmissor de conteúdos –
assim como os alunos deixam de ser meros receptores – e adota uma postura
estimuladora, capaz de criar um ambiente não somente questionador como também
transformador da realidade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino aprendizagem
possibilitando ao professor, uma interação constante com os educandos, gerando
contribuições importantes como parâmetro de apropriação dos conteúdos tratados
nesse processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma constante e
a partir de critérios estabelecidos pelo professor considerando aspectos, como os
conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, sua prática
social, a análise entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações
e interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo
de ensino aprendizagem.
Nesse sentido, é imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo,
a fim de que os critérios de avaliação estabelecidos estejam diretamente ligados ao
propósito principal do processo de ensino aprendizagem, ou seja, a aquisição dos
conteúdos específicos e a ampliação de seu referencial de análise crítica da
realidade, por meio da abordagem articulada.
Pode-se pensar como critério avaliativo o quanto e de que forma o aluno se
apropriou do conhecimento científico, no que se refere à importância do conteúdo
utilizando-se dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar
os avanços na aprendizagem, a medida em que interpretam, produzem, discutem,
relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam argumentando o seu
ponto de vista.
116
A Avaliação pode ser um instrumento de aferição no processo educativo,
deve ser considerada com seriedade e maturidade para que sua real função seja
consolidada na escola.
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA –
TECNOLOGIA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Astronomia e astronáuticaConhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
Sol, fonte de luz e calor;
Sistema solar: posição
da Terra e dos demais
planetas
Sol composição química;
Sistema solar;
Composição da Terra.
Planeta Terra; Biosfera,
Sol.
Estrelas: constelações
e *orientação;
Instrumentos
construidos para
estudar os astros:
lunetas, *astrolábio,
telescópio, satélites,
foguetes, estação
espacial;
Telecomunicações:
satélites,internet,
*ondas *GPS;
Utilização dos satélites
na meteorologia;
investigação do Espaço
Sideral e estação
espacial.
Planeta Terra:
Movimento de rotação;
Movimento de
Movimento da Terra e
suas
Conseqüências – ritmos
117
translação;
Inclinação do eixo da
Terra ;
Força gravitacional;
*Medidas de tempo:
relógio do sol,
ampulhetas, relógios
analógicos e digital,
calendário.
biológicos;
A lua como satélite
natural da Terra:
influência sobre a
biosfera, marés;
O ser humano no
espaço: Astronautas;
*Relação de adaptação
do homem às viagens
espaciais. ;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:: Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
População: densidade
demográfica e fatores
que
Influenciam.
Comunidade: transferência
de matéria e energia,
(teias e cadeias
alimentares);
Fotossíntese : importância
do processo de produção e
armazenamento de
energia
Química (glicose)
Seres vivos – seres
vivos;
Seres vivos – ambiente;
Biosfera – Ecossistema
– Comunidade –
População –
Indivíduo;
Habitat e nicho
ecológico; Divisões da
Biosfera: biociclos
terrestre,marinho
e de dulcícola;
Teias e cadeias alimen-
tares: produtores,
consumidores e
decompositores.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:: O solo no ecossistemaConhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
Tecnologia utilizada no - Composição do solo; - Combate à erosão:
118
preparo do solo para o
cultivo.
Estados físicos da água;
*Forças de atração e
repulsão entre as
partículas da água;
Mudanças de estado
fisico
da água: ciclo da água;
pressão e temperatura;
*Densidade;
* Pressão exercida pelos
líquidos;
*Empuxo;
Água como recurso
energético.
-Tipos de solo: arenoso,
argiloso, calcário e
húmus;
- Agentes de
transformação do solo:
água, ar e seres vivos.
- Utilidade do solo;
-Adubação: orgânica e
inorgânica
(compostagem e
fertilizantes).
-*Correção do PH dos
solos;
- Processos que
contribuem para o
empobrecimento do
solo:queimadas,
desmata-mento e
população, dentre outros;
- Composição da água;
*Potencial de hidrogênio
(Ph);
Salinidade;
Água como solvente
universal;
* Pureza.
tipos de erosão;
- Mata ciliar;
-Contaminação do solo:
doenças – prevenção e
tratamento;
- Condições para manter
a fertilidade do solo:
curvas de nível, faixas de
retenção, terraceamento,
rotação de culturas,
culturas associadas.
Ciclo da água;
Disponibilidade da água
na natureza;
Água e os seres vivos;
Habitat aquático;
Contaminação da água:
doenças – preservação e
tratamento;
Equilíbrio ecológico.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:: Ar no ecossistema
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
Existência do ar,
Ausência do ar:
vácuo;* Aplicação do
Composição do ar;
Oxigênio (O2) e Gás
carbônico (CO2) –
-O ar e os seres vivos;
*Pressão atmosférica e a
audição;
119
vácuo;
Atmosfera: camadas;
Propriedades:
Compressibilidade,
expansão e exercer
pressão;
Movimentos do ar:
formação dos ventos e
tipos de vento, brisa
terrestre e marítima;
Velocidade e direção
dos ventos.
*Resistência do ar;
Pressão atmosférica;
Aparelhos que medem a
pressão do ar;
*Pressão atmosférica e
umidade;
*Meteorologia e previsão
do tempo.
Fotossíntese, respiração e
combustão;
Outros elementos
presentes no ar.
Contaminação do ar:
doenças causadas por
bactérias e vírus –
Prevenção e tratamento;
Poluição do ar: agentes
causadores Causas e
conseqüências: efeitos
nocivos resultantes do
contato com esses
agentes;
Medidas para diminuir a
poluição do ar.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Poluição e contaminação da água, do ar e do solo.
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
Poluição térmica;
Medidas contra a
poluição – fontes
alternativas de energia:
energia eólica,
hidrelétri ca, energia
solar entre outras;
Fenômenos:
superaquecimento do
Noções sobre gases
tóxicos, resíduos
industriais, metais
pesados, chuva ácida,
elementos radioativos,
dentre outros;
Causa e conseqüência da
poluição e contaminação
da água, do ar e do solo:
efeitos nocivos nos seres
Equilíbrio e conservação
da natureza: fauna, flora,
ar,
água e solo;
Agentes causadores e
transmissores de
doenças;
Prevenção e tratamento
das doenças
120
planeta, efeito estufa,
buraco na camada de
ozônio (alterações de
temperatura e
mudanças de estado
físico da matéria)
vivos e no ambiente.
Prevenção e tratamento
dos efeitos nocivos
resultantes do contato
com agentes químicos;
Fenômenos: efeito estufa,
superaquecimento do
planeta, buraco na
camada de ozônio e
poluentes responsáveis.
relacionadas à poluição
e contaminação do ar,
da água e do solo;
Saneamento básico:
esta-
ções de tratamento da
água (ETA), de esgoto
(ETE) e do lixo,
(Aterros sanitários,
reaproveitamento e
reciclagem do lixo);
Doenças relacionadas à
falta de saneamento
básico e prevenção;
*Biodigestor;
Fenômeno: efeito estufa,
superaquecimento do
planeta, buraco na
camada de ozônio e
seus efeitos nocivos aos
seres vivos e ao
ambiente.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA
E TECNOLOGIA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Biodiversidade – características básicas dos seres.
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
121
Biológicos
Temperatura;
*Calor;
Diferenças entre os
conceitos de calor e
temperatura;
Equilíbrio Térmico;
*Transferência de calor;
*Transmissão de calor;
*Isolamento térmico;
Movimento e locomoção.
Metabolismo-
Transformação
da matéria e da
energia:fotossíntese;
- respiração;
- fermentação;
- decomposição;
- combustão.
Características básicas
que
diferenciam os seres
vivos dos não-vivos;
Relações de
interdependência entre
os seres vivos;
Seres vivos;
Ambiente;
Adaptações e controle
da temperatura corporal
nos organismos;
Interações da pele com
o meio: proteção do
organismo, regulação de
água e temperatura.
COMTEÚDOS ESPECÍFICOS: Biodiversidade – Classificação e adaptações morfofisiológicasConhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
*Capilaridade;
*Fototropismo;
*Geotropismo;
*Movimento e
locomoção:
*Osmose;
Absorção;
Fotossíntese;
Respiração;
Modos de agrupar os
seres vivos;
Critérios de
classificação
dos seres vivos;
Cinco reinos dos seres
122
referencial, impulso,
velocidade, aceleração.
Transpiração;
Gutação;
Fermentação;
Decomposição;
*Hibridação.
vivos;
Biosfera: adaptações
dos seres vivos (Animais
e vegetais) nos
ambientes terrestres e
aquáticos;
Biotecnologia da
utilização industrial de
microorganismos e
vegetais: industria
farma- ceutica química e
alimentícia ( organismos
geneticamente modifica-
dos) dentre outras;
Vegetais:
reprodução e
hereditarie-
dade;
polinização;
fecundação;
formação do fruto e
semente;
disseminação;
Animais:
digestão; (alimentação)
respiração;
circulação;
excreção;
locomoção;
coordenação;
relação com o ambiente;
reprodução;
hereditariedade *
123
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo Conhecimentos Fsicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
*Diagnósticos: exames
clí nicos por
imagens; Tratamento:
radioterapia;
-intoxicações por
agentes físicos:
elementos radi- oativos,
pilhas, baterias, dentre
outros.
Imunização artificial:
-soros, vacina e
*medicamen-
tos;
*Diagnósticos:* exames
clíni
cos.
*Tratamento:
quimioterapia.
Doenças causadas por
animais:
parasitores, zoonozes e
verminoses;
Doenças causadas por
microorganismos:
parasitores, infecções
bacterianas, viroses,
protozooses e micoses;
Intoxicações causadas
por plantas tóxicas;
* Prevenção e
tratamento: alopatia.
7ª. SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA -
TECNOLOGIA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Níveis de organização dos seres vivos – organização celular.
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
*Unidades de medida;
*Equipamentos para
observação e descrição
de células: microscópios
e lupas
*Unidades de medida;
Conceitos básicos:
Colóides, osmose, difusão,
substâncias orgânicas e
inorgânicas.
Aspectos morfofisiológi-
cos básicos das células;
Células animais e
vegetais (membrana,
parede celular,
124
citoplasma e núcleo);
Divisão celular:
mitose (células
somáticas)
* Câncer;
Divisão celular: meiose
(gametogênese);
*Anomalias
cromossômicas
Aspectos morfo-
fisiológicos básicos dos
tecidos animais e
vegetais;
Conceitos básicos:
*biosfera *ecossistema,
comunidade, população,
indivíduo, sistemas,
órgãos, tecidos e
células, organelas,
moléculas e átomos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Corpo humano como um todo integrado
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
Conservação dos
alimen-
tos:*embalagens;
Fenômenos mecânicos
Conservação dos
alimentos;
Aditivos químicos;
Os alimentos;
Tipos e funções dos
alimentos, nutrientes;
Alimentação e saúde;
Efeitos dos aditivos
125
da digestão:
mastigação, deglutição,
movimentos
peristálticos;
Fenômenos físicos da
respiração;
Trocas gasosas;
Tecnologias envolvidas
no diagnóstico e
tratamento das doenças
cardiovasculares;
Tecnologia envolvida
na doação de sangue e
de órgãos;
*Tecnologia de
reprodução in vitro
*inseminação artificial;
*Tecnologias
associadas ao
diagnóstico e
tratamento das DSTs –
AIDS;
Tecnologias envolvidas
na manipulação
genética;
*Cronagem e células
tronco;
*Tecnologias
Nutrição: Necessidades
nutricionais;
*Alimentos diet e light;
Fenômenos químicos da
digestão;
Transformação dos
alimentos;
Aproveitamento dos
nutrientes;
Reações químicas
Transformações:
- Emulsificação das
gorduras (sabões)
Enzimas e suas ações;
Fenômenos químicos da
respiração;
O oxigênio e a respiração;
Trocas gasosas;
Coagulação sanguínea;
Composição do sangue;
Eliminação de resíduos
*Hemodiálise;
químicos no organismo;
Sistema digestório
(digestão);
Alimentação saudável;
* Disfunções do sistema
digestório: prevenção;
* Aspectos preventivos
da obesidade, anorexia,
bulimia, etc.
Sistema respiratório;
Disfunções do sistema
respiratório: prevenção;
Aspectos preventivos do
enfizema pulmonar, da
asma, da bronquite
dentre outros;
Sistema cardiovascular;
Disfunções do sistema
cardiovascular:
prevenção;
*Aspectos preventivos do
Acidente Vascular
Cerebral (AVC), do
enfarte, da hipertensão e
de arteriosclerose,
dentre outros;
Sistema urinário;
* Disfunções do sistema
126
associadas ao
aconselhamento
genético como forma
de prevenção e má
formação genética;
*Objetos e aparelhos
fabricados para corrigir
deficiências dos órgãos
dos sentidos;
*Tecnologias utilizadas
para diagnosticar
problemas relacionados
aos sistemas sensorial,
nervoso, endócrino,
locomotor, genital,
digestório, respiratório,
cardiovascular e
urinário;
*Próteses que
substituem parte e
funções de alguns
órgãos do corpo;
*Aparelhos e
instrumentos que o
homem constrói para
corrigir algumas
deficiências físicas;
*Correções de lesões
ósseas e musculares:
Traumatismo, fraturas e
lesões.
Sabor, texturas e odores;
* Composição química do
álcool;
*Teor alcoólico das
bebidas: reações que
ocorrem no sistema
nervoso e no organismo
com a liberação de
neurormônios, como por
exemplo a adrenalina.
urinário: prevenção;
* Aspectos preventivos
da nefrite, cistite, etc.
Sistema genital
feminino;
Disfunções do sistema
genital feminino:
prevenção;
Sistema genital
masculino
Disfunções do sistema
genital masculino:
prevenção;
Métodos anticoncepcio-
nais – tipos – ação no
organismo – eficácia,
acesso, causas e
conseqüências do uso;
* Reprodução in vitro;
Inseminação artificial;
* Manipulação genética:
células tronco e
clonagem;
Aconselhamento
genético – reprodução
127
Hereditariedade;
Causas e
conseqüências de
gravidez; Precoce –
prevenção.
Doenças sexualmente
transmissíveis, AIDS,
prevenção;
Sistema sensorial;
Portadores de
necessidades
educacionais especiais:
deficiência congênita e
adquirida ( causas,
conseqüências,
prevenção);
Sistema nervoso;
Disfunções do Sistema
nervoso; - prevenção
Efeitos das drogas
(lícitas e ilícitas) no
sistema nervoso:
prevenção ao uso de
drogas;
Sistema endócrino;
Disfunções do Sistema
endócrino;
Sistema esquelético;
128
Disfunções do sistema
esquelético: prevenção
Sistema muscular;
Disfunções do sistema
muscular: prevenção.
8ª. SÉRIE
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE – MATERIA E ENERGIA
TECNOLOGIA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Introdução à química
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
*Valores nutricionais;
Embalagens;
Rótulos;
Tecnologia de
produção;
Tecnologia de
aplicação.
A química no cotidiano:
- química nos alimentos;
- adubos e inseticidas;
- substância química em
casa
- substâncias químicas e a
medicina;
-*a química e o
funcionamento do corpo;
-* as substâncias que
ingerimos.
*Efeito dos aditivos no
organismo;
*Efeitos no organismo;
*Intoxicações;
* Doenças provocadas
pelos inseticidas e
outros produtos
químicos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:Transformação da matéria e da energiaConhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
Ponto de fusão; Matéria; * Sistema sensorial;
129
ponto de ebulição;
Solidificação;
Liquefação;
*Estado físico plasma;
Condutibilidade;
Magnetismo;
Solubilidade – dureza e
calor específico;
Fracionamento das
misturas;
Partículas elementares
do átomo;
Número de massa;
Representação do
átomo;
Isoátomos;
Energia atômica;
*Poluição Térmica;
*Tecnologias que
causam danos ao
sistema nervoso
central: radiação,
metais pesados,
drogas, automedicação.
*Fenômenos;
superaquecimento do
planeta, efeito estufa,
buraco na camada de
ozônio;
A luz e a visão;
Propagação retilínea da
luz e a formação de
sombras: Reflexão da
Luz e as cores dos
Propriedades gerais da
matéria;
*Hidrólise;
Substâncias e misturas;
Elementos químicos
Substâncias simples e
compostas
Misturas;
Átomo:
- Classificação dos
elementos químicos;
- Ligações químicas;
- Reações químicas;
- Funções químicas;
- Equações químicas
.
*Fenômenos:
- Superaquecimento do
planeta, efeito estufa,
buraco na camada de
ozônio e poluentes
responsáveis.
* Respiração celular;
* Fisiologia celular.
*Matéria viva e matéria
bruta
*Organização dos seres
vivos;
* Níveis de organização
dos seres vivos;
*Sais minerais;
Elementos químicos
naturais;
*Carências nutricionais
*Prevenção e tratamento
das doenças
relacionadas aos efeitos
de radiação;
*Tratamento do câncer;
* Ação dos elementos
radioativos no corpo
humano;
*Fenômenos:
- Superaquecimento do
planeta
130
objetos;
Olho humano como
instrumento óptico;
Modelo físico do
processo de visão;
Espelhos, lentes e
refração;
Poluição visual;
Fibras ópticas;
Propagação do som no
ar;
Velocidade do som;
O som e a audição;
*A qualidade do som;
Reflexos sonoros: eco,
*poluição sonora.
- efeito estufa
- buraco na camada de
ozônio e seus efeitos
nocivos aos seres vivos
e ao ambiente; Sistema
sensorial.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Astronomia e Astronáutica
Conhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
*Sol: fonte de luz e
calor;
*Radiação;
Instrumentos para
estudar os astros:
astrolábio, lunetas,
telescópios, satélites,
foguetes, estações
espaciais,
radiotelescópio;
*Planeta Terra:
Movimento de rotação
(dias e noites) e
movimento de
translação (estações do
ano);
Sol: composição química;
*Sistema solar:
composição da Terra.
*Planeta Terra: Biosfera;
*Sol: produção de
vitamina D;
Movimento da terra e
suas conseqüências –
ritmos biológicos;
*A lua como satélite
natural da Terra:
influencias sobre a
biosfera, marés;
*Diagnóstico, tratamento
e prevenção dos efeitos
131
*Inclinação do eixo da
terra em relação ao
plano da órbita;
Força gravitacional;
Medidas de tempo -
Instrumentos para
marcar o tempo: relógio
de sol, ampulhetas,
relógios analógicos e
digitais, calendários;
*Desenvolvimento da
Astronáutica e suas
aplicações;
Telecomunicações:
satélites, internet,
ondas, fibra óptica,
dentre outros;
*Exploração
aerofotogra- métrica
(monitoramento por
imagens de satélites) ;
*Utilização dos satélites
na meteorologia;
*Investigação do
espaço sideral por meio
de foguetes, sondas
espaciais, ônibus
espacial e estação
espacial;
*Estrelas: constelações
e orientação;
*Sistema solar: posição
da Terra e dos demais
planetas.
das radiações do sol sob
o corpo humano:
queimadura, insolação e
câncer de pele;
* O ser humano no
espaço: astronautas;
*Relação de adaptação
do homem às viagens
espaciais;
* Sol; fonte de luz e
energia- Fotossíntese:
processo e
armazenamento de
energia;
*Estrutura da Terra –
atmosfera,litosfera e
hidrosfera.
132
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS: Segurança no TrânsitoConhecimentos Físicos Conhecimentos Químicos Conhecimentos
Biológicos
Movimento,
deslocamento, trajetória
e referencial;
Velocidade, velocidade
média e aceleração;
Distância;
Tempo;
Inércia;
Resistência do ar;
Força de atrito,
Aerodinâmica,
Equipamentos de
segurança nos meios
de transporte.
A relação entre força,
massa e aceleração.
Maquinas simples;
Deslocamento de
veículos automotores;
velocidade; Segurança
no trânsito: Prevenção
de acidentes.
Teor alcoólico das bebidas
e suas conseqüências no
trânsito.
Acidentes de trânsito
relacionados ao uso de
drogas (álcool) – causas
e conseqüências;
Tempo de reação e
reflexo comparado entre
um organismo que não
ingeriu drogas (álcool) e
um que ingeriu;
Efeitos do álcool e outras
drogas no organismo;
Prevenção de acidentes.
BIBLIOGRAFIA
CRUZ, Daniel. O Meio Ambiente, 5ª. série; 20ª. edição; Ed. Ática.
CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos, 6ª. série; 21ª. edição; Ed. Ática.
CRUZ, Daniel. O Corpo Humano, 7ª. série; 22ª. edição; Ed. Ática.
133
CRUZ, Daniel. Química e Física, 8ª. série; 27ª. edição; Ed. Ática.
BARROS, Carlos-Paulino Wilson R.; Ciências – Meio Ambiente, 5ª. série-72ª.
edição- Ed. Ática.
BARROS, Carlos-Paulino Wilson R.; Ciências – Os Seres Vivos, 6ª. série-66ª.
edição- Ed. Ática.
BARROS, Carlos-Paulino Wilson R.; Ciências – O Corpo Humano, 7ª. série-65ª.
edição- Ed. Ática.
BARROS, Carlos; Paulino Wilson R.; Ciências – Física e Química, 8ª. série-58ª.
edição- Ed. Ática.
VALLE, Cecília. Terra e Universo, 5ª. série -1ª. edição – Ed. Positivo
VALLE, Cecília. Vida e Ambiente, 6ª. série -1ª. edição – Ed. Positivo
VALLE, Cecília. Ser Humano e Saúde, 7ª. série -1ª. edição – Ed. Positivo
VALLE, Cecília. Tecnologia e Sociedade, 8ª. série -1ª. edição – Ed. Positivo
KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed. Ver e ampl. – São Paulo:
Editora da Universidade de São Paulo, 2004
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática
Educativa. São Paulo: Paz e Terra,1996
SEED. Diretrizes Curriculares da disciplina de Ciências do ensino fundamental,
2006.
134
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O trabalho que será realizado tende a demonstrar o alargamento da
compreensão das práticas corporais seja do esporte , da dança , da ginástica , dos
jogos , das brincadeiras e brinquedos na escola pode representar uma reorientação
nas formas de conceber o papel da Educação Física na formação do aluno. Isso
significa identificar as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a corporalidade
que surgem no cotidiano de cada cultura escolar na sua especificidade nas suas
manifestações de expressões de alegria , raiva , dor , violência , preconceito ,
sexualidade dentre outras que tem sentido amplo no corpo e são historicamente
produzidos.
Na Escola a Educação Física tem o papel de sair do senso comum para o
senso crítico aos alunos, utilizando as diversas praticas e manifestações corporais,
sendo uma construção de um conhecimento sistematizado através de ações
pedagógicas auxiliando na formação do futuro cidadão.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-Proporcionar ao educando condições de participar do processo educativo nas
práticas formativas, desportivas e recreativas, respeitando em suas diferentes fases
de maturação físico-biológico-cronológica, e suas limitações e capacidades do
momento visando um desenvolvimento global do ser.
-Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e
construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando as características físicas e
de desempenho de si próprio e de outros, sem discriminar por características
pessoais, físicas, sexuais ou sociais.
-Assumir atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade e na dos
esportes buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta pelo diálogo.
-Compreensão dos aspectos históricos sociais relacionados , aos esportes e
às ginásticas.
135
-Participação em jogos, lutas e esportes dentro do contexto escolar de forma
recreativa.
-Participação em jogos, lutas e esportes dentro do contexto escolar de forma
competitiva.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª SÉRIE
O corpo como construção histórico-socialDimensões biológicas, histórica, cultural e social do corpo; possibilidades de
manifestação corporal;
Saúde/doença: elementos básicos;
O como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e tabus
corporais;
Limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo, saudável/ doente, livre/aprisionado:
o corpo excluído: corpos femininos, infantis, masculinos,de velhos: suas
manifestações;
O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
Conhecimento do Corpo:Interação corporal; reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade do
outro;
Relaxamento e descontração
Movimentar-se: o corpo se desloca;
Educação dos sentidos: cheiros, gostos, nos, imagens, senso tátil;
Manifestações esportivas:Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
O sentido da competição esportiva:
Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
Elementos básicos constitutivos dos esportes; arremessos, deslocamentos, passes,
fintas;
136
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
Manifestações ginásticas:Origem da ginástica e mudança no tempo;
Princípios básicos de diferentes ginásticas;
Práticas ginásticas;
Cultura da rua, cultura do circo, malabares, acrobacia, etc.
Jogos, brincadeiras e brinquedos:A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Pro que brincamos?
Oficina de construção de brinquedos;
Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, todas as crianças;
Diferentes manifestações com e sem materiais;
Diferenças entre jogo e esporte.
Manifestações estéticas corporais na dança e no teatro;A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
Diferentes tipos de dança;
Por que dançamos?
Danças tradicionais e folclóricas;
Desenvolvimento de formas corporais e expressivas;
Mímica imitação e representação;
Expressão corporal com e sem materiais.
O corpo como construção histórico-social: conhecimento do corpo de vista
biológico, (ossos, músculos, articulações, órgãos).
Conhecimento do corpo: vivências corporais e (técnicas de laboratório)
afetivo-alongamento.
Danças
Manifestações esportivas: fundamentos do voleibol, basquetebol, handebol e
Ginástica Olímpica.
Jogos, brincadeiras e brinquedos
Regras e o Esporte
Históricos dos Esportes
137
Copa do Mundo
6ª SÉRIE
O corpo como construção histórico-socialPossibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
Saúde/doença: elementos básicos;
Corpo e a sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer e
sofrimento;
O como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e tabus
corporais;
O corpo dos trabalhadores; sacrifício e violência;
Conhecimento do Corpo:Autoconhecimento corporal: somatização das emoções; dor, prazer, medo, etc.
Relaxamento e descontração
Movimentar-se: o corpo se desloca;
Exploração corporal do mundo circundante da escola;
Educação dos sentidos: cheiros, gostos, nos, imagens, senso tátil;
Manifestações esportivas:Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
O sentido da competição esportiva:
Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
Elementos básicos constitutivos dos esportes; arremessos, deslocamentos, passes,
fintas;
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
Manifestações ginásticas:Diferentes tipos de ginástica;
Princípios básicos de diferentes ginásticas;
Cultura da rua, cultura do circo, malabares, acrobacia, etc.
Jogos, brincadeiras e brinquedos:A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
138
Oficina de construção de brinquedos;
Brin1uedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, todas as crianças;
Diferentes manifestações com e sem materiais;
Diferenças entre jogo e esporte.
Manifestações estéticas corporais na dança e no teatro;A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
Diferentes tipos de dança;
Por que dançamos?
Desenvolvimento de formas corporais e expressivas;
Mímica imitação e representação;
Expressão corporal com e sem materiais.
O corpo como construção histórico-social: conhecimento do corpo de vista
biológico, (ossos, músculos, articulações, órgãos).
Danças
Manifestações esportivas: fundamentos do voleibol, basquetebol, handebol e
Ginástica Olímpica.
Jogos, brincadeiras e brinquedos
Regras e o Esporte
Históricos dos Esportes
Copa do Mundo
7ª SÉRIE
O corpo como construção histórico-socialPossibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
Corpo e a sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer e
sofrimento;
O como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e tabus
corporais;
O corpo dos trabalhadores; sacrifício e violência;
O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
Conhecimento do Corpo:Interação corporal; reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade do
outro;
139
Relaxamento e descontração
Movimentar-se: o corpo se desloca;
Educação dos sentidos: cheiros, gostos, nos, imagens, senso tátil;
Manifestações esportivas:Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
O esporte como fenômeno de massa:
Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
O sentido da competição esportiva:
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
Manifestações ginásticas:Origem da ginástica e mudança no tempo;
Diferentes tipos de ginástica;
Práticas ginásticas;
Cultura da rua, cultura do circo, malabares, acrobacia, etc.
Jogos, brincadeiras e brinquedos:A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Diferentes manifestações com e sem materiais;
Diferenças entre jogo e esporte.
Manifestações estéticas corporais na dança e no teatro;A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
Diferentes tipos de dança;
Desenvolvimento de formas corporais e expressivas;
Mímica imitação e representação;
Expressão corporal com e sem materiais.
O corpo como construção histórico-social: conhecimento do corpo de vista
biológico, (ossos, músculos, articulações, órgãos).
Danças
Manifestações esportivas: fundamentos do voleibol, basquetebol, handebol e
Ginástica Olímpica.
Jogos, brincadeiras e brinquedos
140
Regras e o Esporte
Históricos dos Esportes
Copa do Mundo
8ª SÉRIE
O corpo como construção histórico-socialSaúde/doença: elementos básicos;
Corpo e a sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer e
sofrimento;
O como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e tabus
corporais;
O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, etc.
O corpo dos trabalhadores; sacrifício e violência;
Limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo, saudável/ doente, livre/aprisionado:
o corpo excluído: corpos femininos, infantis, masculinos,de velhos: suas
manifestações;
Conhecimento do Corpo:Interação corporal; reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade do
outro;
Massagem e automassagem;
Movimentar-se: o corpo se desloca;
Exploração corporal do mundo circundante da escola;
O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.
Manifestações esportivas:O esporte como fenômeno de massa:
Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
O sentido da competição esportiva:
Elementos básicos constitutivos dos esportes; arremessos, deslocamentos, passes,
fintas;
Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
Manifestações ginásticas:Origem da ginástica e mudança no tempo;
141
Princípios básicos de diferentes ginásticas;
Cultura da rua, cultura do circo, malabares, acrobacia, etc.
Jogos, brincadeiras e brinquedos:Oficina de construção de brinquedos;
Brin1uedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, todas as crianças;
Diferentes manifestações com e sem materiais;
Diferenças entre jogo e esporte.
Manifestações estéticas corporais na dança e no teatro;A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
Diferentes tipos de dança;
Por que dançamos?
Danças tradicionais e folclóricas;
Desenvolvimento de formas corporais e expressivas;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O movimento humano deve ser entendido como uma prática social, é através
do movimento que o ser humano se relaciona com o mundo, aprende sobre si
mesmo, age sobre o meio ambiente, enfim aprende a viver na sua totalidade.
A Educação Física Escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para
que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva,
visando seu aprimoramento como seres humanos. Cabe assinalar que os alunos
portadores de necessidades especiais não podem ser privados de aulas de
Educação Física
O estudo do corpo em movimento na Educação Física, objetiva atingir a
Consciência do Domínio Corporal, trabalhada, através dos pressupostos do
movimento expressos na Ginástica, Danças e Jogos. Os grandes jogos, pequenos
jogos, trabalhados individualmente e coletivamente, através de filmes sobre a
temática: Danças, Esportes, utilização de música para as aulas de ginástica. Temos
a utilização do esporte como meio de Educação para o ser humano, o jogo como
fator de Educação, uma Aptidão Física voltada à Saúde.
Assim, a ação educacional, sob o ponto de vista biológico destes
pressupostos, deve ser ultrapassada através de uma prática com significado
histórico-crítico.
142
A Educação do Corpo em movimento deverá proporcionar ao Educando uma
tomada de Consciência e domínio de seu corpo e, a parti daí, contribuir para o
desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem. Ela deverá permitir a
exploração motora, as descobertas a sua realização, vivendo através das atividades
propostas momentos que lhes dêem condições de criar novos caminhos a partir de
experiências vividas criando novas formas de movimento, podendo assim, atingir
níveis mais elevados em seu Conhecimento.
A ação educativa deve ser um instrumento que prepara o homem para
reivindicações, seu direito de opinar, discutir, criticar e alterar a ordem social e ter
acesso à cultura e a história de seu tempo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
Os critérios da avaliação deverão adequar-se ao conteúdo ministrado no decorrer
das aulas, levando em consideração as dificuldades encontradas pelos alunos no
seu dia-a-dia e seu desenvolvimento motor. Assim sendo, a avaliação será
formativa, somativa e contínua.
Ressaltando que os instrumentos de avaliação serão os seguintes: pesquisas
bibliográficas, trabalhos individuais e em grupos em sala de aula e atividades físicas.
BIBLIOGRAFIA
BRACHT, Valter; CRISÓRIO, Ricardo (orgs.). A Educação Física no Brasil e na
Argentina: identidade, desafios, perspectivas. Campinas: Autores Associados, 2003.
CAPARROZ, Francisco. Entre a educação física na escola e a educação física da
escola. Vitória CEFD/UFES, 1997.
CASTELLANI FILHO, LINO. Educação Física no Brasil; a história que não se conta.
2 ed. Campinas; Papirus, 1991.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física: uma
antologia. Rio de Janeiro: Ao livro Técnico, 1986.
143
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação
física. São Paulo: Scipione, 1992.
KUNZ, Elenor. Transformação, didático-pedagógica do esporte. Ijuí, Unijuí, 1994.
VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e Conhecimento na Escola: por uma Cultura
Escolar de Educação Física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (org.) Educação
Física/ciências do esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Curitiba:
SEED/SUED, 2006.
144
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DO ENSINO RELIGIOSO – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso, área do conhecimento da Base Nacional Comum, tem como
objeto de estudo o fenômeno religioso e o conhecimento veiculado é o entendimento
desse fenômeno constatado no convívio social.
Visa subsidiar o educando no entendimento que ele tem a respeito do fenômeno
religioso que experimenta e observa em seu contexto, um conhecimento que gera o saber
de si, superando as concepções conteudista de doutrinação religiosa e ou ensino de
religião. Uma interação entre educando (sujeito) fenômeno religioso (objeto) e
conhecimento (objetivo).
Está fundamentado nas ciências humanas, sociais e na religião, suporte mínimo
necessário para o desenvolvimento do Ensino Religioso como saber, não como saber em
si, a informação pela informação, mas, o saber de si, o entendimento de si, na construção
de significados pela releitura (análise, interpretação) dos elementos do fenômeno
religioso, pois, para todo ser humano, culturas e tradições religiosas são elementos
significativos, densos e tensos que se conectam na formação do cidadão, por isso
fundamentado na fenomenologia religiosa.
O ser humano, ser em relação, está em constante luta pela sobrevivência e procura
dar significado à existência. Ao longo da história desenvolveu várias formas de significado
à sua existência, várias formas de relacionamento com o mundo, com os seus
semelhantes e com o Transcendente, na busca de superar sua limitação, sua finitude.
Diante da complexidade da técnica, da industrialização, do racionalismo e da
secularização, busca respostas a indagações como: Quem sou? De onde vim? Para onde
vou? Indagações estas, que provocam o desenvolvimento de um conhecimento
possibilitando representar um ser humano dotado de um outro nível de relações: A
Transcendência. Capacidade inerente ao ser humano, que possibilita integrar o que lhe é
exterior, bem como rebelar-se contra os problemas, recusando encarar o desconhecido
como barreira definitiva, transformando-o em projetos.
Cada grupo, trás no bojo de sua cultura o substrato religioso, e este unificado a vida
coletiva, diante de seus desafios e conflitos, tornando a Transcendência, sua
145
companheira de todas as etapas e projetos, enquanto desejo e utopia. Recusar a
Transcendência lhe é trágico, pois significa resignar-se a sua mediocridade.
É na reflexão do conhecimento que possibilita compreender a finitude humana, e é
nesta finitude que fundamenta o Fenômeno Religioso possibilitando ao ser humano
construir-se na liberdade.
Com esta concepção entende-se que é também a escola o espaço de construção e
socialização do Conhecimento Religioso.
A partir do entendimento do reeleger que significa reler o Fenômeno Religioso, no
contexto da realidade sócio-cultural, que poderemos responder as exigências da
educação para o século XXI.
Pedagogicamente, torna-se necessário o entendimento das relações entre as
concepções do Ensino Religioso e suas conseqüências práticas. Enquanto disciplina,
enquadra-se no padrão comum a todas as outras áreas do conhecimento e tem como
objeto: o Estudo das diferentes manifestações do sagrado no coletivo e seu objetivo é
analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que
o contextualiza no universo cultural. O conteúdo abordado pelo Ensino Religioso terá,
também a preocupação com os processos históricos de constituição do sagrado,
buscando explicitar os caminhos percorridos até a concretização de simbologias e
espaços que se organizam em territórios sagrados, ou seja, a criação das tradições.
Nesse entender se estabelecem à relação entre as concepções de Ensino Religioso
e sua conseqüente prática no cotidiano da sala de aula, em que a concepção determina a
relação ensino aprendizagem através do tratamento didático, da metodologia utilizada e
da avaliação.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O objetivo do Ensino Religioso é proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que
compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto do
educando; subsidiar o educando na formação do questionamento existencial, em profundidade,
para dar sua resposta devidamente informada; analisar o papel das tradições religiosas na
estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações socioculturais; facilitar a
compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das tradições religiosas; refletir o
146
sentido da atitude moral como conseqüência do fenômeno religioso e expressão da consciência
e da resposta pessoal e comunitária do ser humano; possibilitar esclarecimentos sobre o direito
à diferença na construção de estruturas religiosas que tem na liberdade o seu valor inalienável;
desenvolver a capacidade de dialogar com as diferentes Tradições Religiosas, respeitando os
diferentes jeitos de expressão da Fé; compreender que o mito é a forma mais antiga de
elaboração e construção do conhecimento religioso, uma tentativa de explicação do mundo
usando símbolos e metáforas; compreender as práticas religiosas, os mistérios e os desígnios
do Transcendente; respeitar as diferentes formas de celebrar os acontecimentos da vida de seu
povo, as diferentes expressões e Idéias do Sagrado nas Tradições Religiosas; valorizar o direito
à Expressão Religiosa do outro aprendendo a conviver, respeitar e reverenciar o Transcendente
do outro; entender os diferentes significados dos Símbolos Religiosos na vida e convivência das
pessoas e grupos; promover o respeito e reverência ao Transcendente, que é um só expresso
das mais diversas maneiras pela Simbologia Religiosa; identificar nas Narrativas Sagradas orais
e escritas: os acontecimentos religiosos e os fatos marcantes, origem de mitos e segredos
Sagrados na história dos povos; reconhecer as Palavras Sagradas orais e escritas dos povos,
culturas e grupos religiosos; entender os rituais, as celebrações, práticas religiosas expressão
da crença dos grupos; reconhecer as diferentes tradições religiosas suas crenças, seus mitos,
seus símbolos, máximas, textos sagrados e forma de expressar sua relação com o
transcendente e despertar o respeito pelo sagrado do outro; seus símbolos religiosos e
significados, as diferentes idéias do Transcendente, o espaço sagrado.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
5º SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Paisagem religiosa
Símbolos
Texto Sagrad
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Respeito à diversidade Religiosa
Lugares Sagrados
147
Textos Orais e Escritos – Sagrados
Organizações Religiosas
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Identidade Religiosa (diferentes Igrejas e diferentes Religiões)
- As Raízes Culturais – conceitos de Igreja e Religião
- Cristianismo;
- Afro – brasileira;
- Indígena;
- Espírita;
- Candomblé;
- Judaísmo;
- Fé Bahá’i;
-Islamismo;
- Budismo;
- Xintoísmo;
- Hinduísmo;
- Confucionismo;
- Umbanda;
- Origem e História das Tradições Religiosas.
- Influência das Tradições Religiosas na cultura e na construção dos valores éticos.
- As concepções de vida, de relação com o mundo, com o Transcendente (divindades).
- Religião e Religiosidade:
- O Transcendente; e
- As possíveis respostas da vida além da morte: ressurreição, ancestralidade, reencarnação e
nada.
148
6º SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Paisagem religiosa
Símbolos
Texto Sagrado
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Universo Simbólico Religioso
Ritos
Festas Religiosas
Vida e Morte
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Ethos:
- Alteridade: Eu, Eu - outro e o outro somos nós;
- Saber conviver com o diferente;
- A reverencia ao Sagrado do outro;
- As regras básicas do amor nas Culturas e Tradições Religiosas;
- Sensibilidade, respeito e solidariedade;
- Os valores se aproximam e nos aproximam;
- Limites e a busca do ser na essência (realização humana);
- Ética e Relacionamento social;
- O papel das Religiões na construção do Ethos e na humanização do homem.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso, enquanto disciplina da Área de Conhecimento "Educação Religiosa"
(Res. CEB/CNE n.º 02/98), enquadra-se no padrão comum de todas as áreas de conhecimento.
149
A metodologia utilizada para esta área, ocorre através da leitura, e aprendizado que surge
dentro da sala de aula. O Ensino Religioso vem promover o estudo dos elementos básicos que
compõe o fenômeno religioso no cotidiano da diversidade cultural religiosa do Brasil.
Oportunizar a construção e a discussão de planejamento pedagógico-didático, que considere os
Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Religioso no universo pluralista do currículo
escolar. Incentivar e socializar a pesquisa e a produção científica nesta área do conhecimento.
O Ensino Religioso não é uma mera informação de conteúdos religiosos, um saber pelo
saber. Mas, a proporcionar ao estudante o conhecimento dos elementos básicos que compõe o
Fenômeno Religioso para que possa entender melhor a sua busca dos Transcendentes.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá
registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter
facultativo da matrícula na disciplina. No entanto, a avaliação não deixar de ser um dos
elementos integrante do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim,
cabe, ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o
processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como
parâmetros os conteúdos tratados e os seus objetivos. Através da elaborar de
instrumentos que o auxiliem no registro de quanto a turma e ou / o aluno apropriou dos
conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso devendo ser utilizados em diferentes
situações de ensino aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
FONAPER, Ensino Religioso Culturas e Tradições Religiosas, Caderno Temático nº2,
2001.
FONAPER, Ensino Religioso Referencial curricular para a Proposta Pedagógica da Escola.
Caderno Temático nº1, 2000.
GPER. www.pger.or
PORTUGAL, Maria das Graças. Coordenação Editorial. Gráfica da Assembléia Legislativa
do Estado do Paraná – 2005
150
SEED. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Versão
Preliminar, julho 2006.
SEED: Formação Continuada. Grupo de Estudos. Ensino Religioso, 2005.
SEED: Formação Continuada. Grupo de Estudos. Ensino Religioso, 2006.
151
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de geografia visa possibilitar uma melhor percepção das
alterações produzidas pelos seres humanos e pela própria natureza das paisagens
terrestres e as transformações culturais, sociais e políticas. Essa ciência nos leva a
refletir sobre tais transformações e a analisar a realidade, que nos cerca em termos
desde local a mundial.
Considerando, então, que cada conceito geográfico se constituí em diferentes
momentos históricos e em função das transformações sociais, políticas e
econômicas, que alteram maneiras e ritmos de produzir e organizar o espaço, foram
ressignificados várias vezes é fundamental que se explicite quais referenciais
teóricos serão adotados.
Assim, para a formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais
de seu tempo, assume-se, nestas diretrizes o quadro conceitual das teorias críticas
da geografia, que incorporam, em suas construções conceituais, conflitos e as
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço
geográfico.
O ensino da geografia tem como pressuposto que o ensino médio deve estar
a serviço da inteligência e do resgate dos significados humanos presentes nos
conteúdos escolares, refazendo as teias de relações das nossas tradições e raízes
culturais da memória coletiva.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A geografia cabe fornecer subsídios que permitam ao aluno, compreender a
realidade que o cerca em sua dimensão de tempo e espaço, tanto física como
humana e no contexto de suas transformações, velocidade e complexidade, por ser
esta disciplina fundamental na contribuição para a formação plena do cidadão.
CONTEÚDO POR SÉRIE/ANO
152
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A dimensão econômica da produção do /no espaço;
A dimensão sócio-ambiental;
A dinâmica cultural demográfica;
A questão geopolítica;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
5ª SÉRIE:
Orientação e localização;
A importância dos mapas e dos gráficos;
A terra e o universo;
A atmosfera e seus fenômenos;
Poluição atmosférica e as paisagens terrestres;
Os tipos de clima do planeta;
As atividades econômicas;
A população brasileira;
O espaço paranaense;
E outros;
6ª SÉRIE:
O território brasileiro;
A população brasileira;
O espaço rural e urbano;
A urbanização;
Os problemas ambientais das cidades brasileiras;
As regiões brasileiras e seus diversos aspectos;
O relevo paranaense;
O clima;
Hidrografia;
7ª SÉRIE:
Construção do espaço geográfico;
O trabalho e a transformação da natureza;
As sociedades capitalistas;
153
A globalização;
O mundo desenvolvido e subdesenvolvido;
América Latina e América Anglo-saxônica;
África e a regionalização da África;
A regionalização da Ásia e seus problemas;
Vegetação e fauna do Paraná;
População paranaense;
Imigração e colonização;
8ª SÉRIE:
A revolução tecnológica;
A dinâmica do espaço global;
A expansão das multinacionais;
Os fluxos populacionais as migrações internacionais;
O capitalismo e a sociedade de consumo;
O meio ambiente e a problemática ecológica;
América desenvolvida;
Europa desenvolvida Austrália e Nova Zelândia: economia
Língua e religião paranaense;
Habitação e alimentação no Paraná;
Indústria e comércio no Paraná;
Turismo no Paraná;
CONTEÙDOS COMPLEMENTARES
Cultura afro-brasileira;
Datas Comemorativas;
Ética e cidadania;
Agenda 21
Dentro destes conteúdos, serão desenvolvidos projetos a serem trabalhados
no decorrer do ano letivo. Exemplos: dia da árvore, realizar aulas diferentes
destacando a importância das árvores, (realizando plantio visita a áreas de
preservação etc.); trabalhar a agenda 21 escolar onde projetos de melhoria da
qualidade de vida dos alunos serão aplicados no decorrer do ano letivo etc.
154
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O estudo da geografia no ensino fundamental será através da apresentação
de alguns conceitos e temas básicos para a compreensão do espaço geográfico,
como: grupos sociais, sociedade, trabalho, atividades econômicas, além dos
conteúdos específicos por série.
No ensino fundamental, deverá buscar formas para que o aluno compreenda
bem o espaço geográfico e os conceitos básicos para a compreensão da geografia
como: lugar, paisagem, relações sociais, e etc. e temas atuais, presentes no dia-a-
dia dos alunos serão inseridos ao conteúdo estudado em cada série.
No período matutino, os conteúdos serão tratados de modo a valorizar os
saberes, a cultura, técnicas, os anseios pertinentes á realidade do aluno do campo,
mas de forma contextualizada com os saberes sistematizados historicamente
acumulados.
Também serão contemplados estudos de valorização da diversidade cultural,
principalmente a cultura afro-brasileira e africana, quando trabalhados os temas
como relações sociais, divisão social do trabalho, classes sociais e sempre que for
pertinente, uma vez que está materializado no espaço geográfico o preconceito que
se tem em relação a essa cultura bem como de outras minorias étnicas, sempre
combatendo qualquer espécie de discriminação, seja por motivo religioso, opção
sexual, opção política, condutas típicas, deficiências, etc.
Os alunos com necessidades especiais, terão um tratamento diferenciado
quando necessário ( considerando a deficiência de cada um) mais seu saber será
compartilhado da mesma forma que os demais “alunos”. Os mesmos deverão usar
os sentidos que possuem mais desenvolvidos para compreender de forma mais
significativa o conteúdo geográfico.
O desenvolvimento teórico-metodológico sempre se dará de forma
contextualizada, nas diversas escalas de tempo e espaço.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação se dará de forma contínua (a qualquer momento do processo
ensino-aprendizagem) e será diagnóstica (considerando que cada indivíduo possui
momentos diferentes de aprendizagem, servindo de parâmetro para uma retomada
155
de conteúdos, bem como de outras formas de avaliação, metodologias,
intervenções, etc.) Será vista como processo (que deve levar em conta não só os
resultados das tarefas realizadas, o produto, mas também o que ocorreu no
caminho), como também se dará de forma diversificada (trabalhos extra-classe,
avaliações orais, avaliações escritas-objetivas e subjetivas, tarefas diversas,
relatórios, desenhos, etc.), podendo ser individuais ou grupos.
Dessa forma pensamos ser possível estabelecer um vínculo de confiança
entre professor e aluno (desmistificando a avaliação) a fim de promover momentos
de conforto para a conseqüente aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
VEIGA, I.P repensando a Didática. Campinas, Papirus, 1996.
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das relações Étinico-Raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Brasília, 2005.
Geografia: Espaço e Vivência 5ª, 6ª, 7ªe 8ª série- Levon Boligan- Editora Atual 2001.
OLIVEIRA, M.S.N. A Educação que Acredito. UFRO – Campus Guajará Mirim, RO
2002
Lucci, E.A. BRANCO A.L. Geografia Homem& Espaço. São Paulo Saraiva, 2004.
Mendonça, F. Geografia Sócio-Ambiental. In Revista Terra Livre, nº 16, AGB
Nacional, 2001.
Camargo, João Borba. Geografia: física, humana e econômica do Paraná.
SEED Diretrizes Curriculares da disciplina de Geografia do Ensino Fundamental,
2006.
156
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO ENSINO FUNDAMNETAL
1.APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de história passou a fazer parte integrante do contexto escolar
brasileiro, a partir da terceira década do séc. XIX, tendo como base a teoria
positivista orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos
oficiais escrito como fonte e verdade histórica e valorização dos heróis. Neste
contexto a narrativa histórica reproduzia a extensão da história Ocidental, tendo por
pressuposto o modelo conservador de sociedade garantia a legitimação dos valores
aristocráticos, no qual o processo histórico conduzido por líderes, excluía a grande
massa brasileira formada por pessoas comuns, uma vez que neste momento não
eram vistas como agentes capazes de contribuir para a transformação da sociedade.
Até metade do séc. XIX, o ensino de história se ocupava em reforçar o caráter moral
e cívico dos conteúdos escolares, contribuindo para a legitimidade do projeto
nacionalista.
Durante o regime militar a disciplina de história manteve o seu caráter
estreitamente político, pautado no estudo das fontes oficiais, enfatizando apenas o
ponto de vista factual. Cabe ressaltar que neste contexto histórico a disciplina de
história foi agregada às disciplinas de Geografia formando a área de Estudos Sociais
e sofrendo um redutor de carga horária uma vez que teve que dividir seu espaço
com Organização Social Política Brasileira (OSPB) e Educação Moral e Cívica
(EMC).
Ao propor esta modalidade o Estado tinha por objetivo cercear o instrumento
intelectual politizador do professor de história dando a este um caráter reprodutor.
Somente a partir da década de 80, com o fim do período militar é que o ensino de
história passou a ser reestruturado tendo como pressuposto teórico a história social,
pautada no materialismo histórico dialético. Na década de 90 a SEED – Pr propôs
um currículo básico fundamentado na pedagogia histórico crítica. A partir de 2003
teve inicio o processo de elaboração de novas diretrizes curriculares para o ensino
de história para a rede de ensino do Estado do Paraná.
2.OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
157
- Considerar e aprofundar os conhecimentos já adquiridos nas primeiras séries do
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;
- dar condições para que o educando possa se adaptar com flexibilidade as novas
condições ou situações de ocupação e aperfeiçoamento, quer seja no trabalho ou
nos estudos;
- Possibilitar a compreensão dos fundamentos e dos processos científicos e
tecnológicos produtivos, pratica e teoricamente;
- Conscientizar o educando que devemos agir com respeito à sociedade, aos
indivíduos da sociedade e a si próprio;
- Valorizar o trabalho em grupo e ações críticas e cooperativas para a construção
coletiva do conhecimento;
- Valorizar a leitura de textos complementares como forma de ampliar
conhecimentos, bem como, a produção escrita;
- Possibilitar ao educando o entendimento de que o processo histórico se dá no
enfrentamento das desigualdades sociais;
- No reconhecimento político, na valorização dos traços e especificidades culturais
que caracterizam as diferenças das minorias.
3. CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
5ª Série Das Origens do Homem ao Século XVI – Diferentes Trajetórias, Diferentes Culturas
3.1 - Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão Política
- Dimensão Econômico e Social
- Dimensão Cultural
3.2 – Conteúdos Específicos
Produção do Conhecimento Histórico- O historiador e a produção do conhecimento histórico
158
- Tempo, temporalidade
- Fontes. Documentos
- Patrimônio material e imaterial
- Pesquisa
Articulação da História com outras áreas do conhecimento- arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia
e outras.
Observação: O estudo da produção do conhecimento histórico e a articulação da
História com outras áreas do conhecimento se faz necessário em todas as séries do
ensino fundamental, não necessariamente no início do ano letivo como está posto
para a 5ª série.
Arqueologia no Brasil- Lagoa Santa: Luzia (MG)
- Serra da Capivara (PI)
- Sambaquis (PR)
Povos indígenas no Brasil e no Paraná- Ameríndios do território brasileiro
- Kaingang, guarani, Xetá e Xokleng
A chegada dos europeus na América - (des) encontros entre culturas
- resistência e dominação
- escravização
- catequização
Formação da sociedade brasileira e americana- América portuguesa
- América espanhola
- América franco-inglesa
- Organização político-administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias)
- Manifestações culturais (sagrada e profana)
159
- Organização social (família patriarcal e escravismo)
- Escravização de indígenas e africanos
- Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios)
3.3 - Conteúdos Complementares
A Humanidade e a História - De onde viemos, quem somos, como sabemos?
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações- Teorias do surgimento do homem na América
-Mitos e lendas da origem do homem
- Desconstrução do conceito de Pré-história
- Povos àgrafos, memória e história oral
As primeiras civilizações na América- Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas
- Ameríndios da América do norte
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia- Egito, Núbia, Gana e Mali*
- Hebreus, gregos e romanos*
Observação: não se trata aqui, de “esgotar” a história destas civilizações, mais sim,
levantar alguns aspectos como religiosidade, organização social.
Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política- reconquista do território
- religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo
- comércio (África, Ásia, América e Europa)
Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa- Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa(Zimbabwe) e outros
- Comércio
- Organização política-administrativa
160
- Manifestações culturais
- Organização social
- Uso de tecnologias :engenho de açúcar, a batea, construção civil...
Diáspora Africana
6ª Série do Ensino FundamentalDas Contestações a Ordem Colonial ao Processo de Independência do Brasil –
Século XVII ao XIX
Conteúdos Estruturantes- Dimensão Política
- Dimensão Econômico-Social
- Dimensão Cultural
Conteúdos Específicos
Expansão e consolidação do território- Missões
- Bandeiras
- Invasões estrangeiras
Colonização do território “paranaense”.- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização política e administrativas
Movimentos de contestação- Quilombos (BR e PR)
- Irmandades: manifestações religiosas-sincretismo
- Revoltas Nativistas e Nacionalistas
- Inconfidência mineira
- Conjuração baiana
- Revolta da cachaça
161
- Revolta do maneta
- Guerra dos mascates
Chegada da família real ao Brasil
- De Colônia a Reino Unido
- Missões artístico-científicas
- Biblioteca nacional
- Banco do Brasil
- Urbanização na Capital
- Imprensa régia
O processo de Independência do Brasil- Governo de D. Pedro I
- Constituição outorgada de 1824
- Unidade territorial
- Manutenção da estrutura social
- Confederação do Equador
- Província Cisplatina
- Haitianismo
- Revoltas regenciais:
Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha
Conteúdos Complementares
Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombalina- Reforma e Contra-Reforma
Independência das treze colônias inglesas da América do Norte
Diáspora africana
Revolução Francesa- Comuna de Paris
- Invasão napoleônica na Península Ibérica
162
O processo de Independência das Américas- Haiti
- Colônias espanholas
7ª Série do Ensino FundamentalPensando a Nacionalidade: Do Século XIX ao XX – A Constituição do Ideário de Nação no Brasil
Conteúdos Estruturantes- Dimensão Política
- Dimensão Econômico–Social
- Dimensão Cultural
Conteúdos EspecíficosA Construção da Nação - Governo de D. Pedro II
- Criação do IHGB
- Lei de Terras. Lei Euzébio de Queiroz – 1850
- Início da imigração européia
- Definição do território
- Movimento Abolicionista e Emancipacionista
Emancipação Política do Paraná (1853)- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização política-administrativa
- Migrações internas (escravizados,libertos e homens livres pobres) e externas
(europeus)
- Os povos indígenas e a política de terras
A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra de Tríplice Aliança
O processo de abolição da escravidão
163
- Legislação
- Resistência e negociação
- Discursos
- Abolição
- Imigração - senador Vergueiro.Branqueamento e miscigenação (Oliveira
Vianna,Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Silvio Romero,no Brasil. Sarmiento na
Argentina)
Os primeiros anos da República- Idéias positivistas
- Imigração asiática
- Oligarquia, coronelismo e clientelismo
- Movimentos de contestação: campo e cidade
- Movimentos messiânicos
- Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro
- Movimento operário: anarquismo e comunismo
- Paraná:
- Guerra do Contestado
- Greve de 1917 – Curitiba
- Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná.
Langue de
Morretes, João Turim
Conteúdos Complementares
Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)- Ludismo
- Socialismo
- Anarquismo
Relacionar : Taylorismo, Fordismo, Toyotismo
Colonização da África e da Ásia
Guerra Civil e Imperialismo estadunidense
164
Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé
Questão Agrária na América Latina- Revolução Mexicana
Primeira Guerra Mundial
Revolução Russa
8ª Série do Ensino FundamentalRepensando a Nacionalidade Brasileira: Do Século XX ao XXI – Elementos Constitutivos da Contemporaneidade
Conteúdos Estruturantes- Dimensão Política
-Dimensão Econômico-Social
-Dimensão Cultural
Conteúdos Específicos
A Semana de 22 e o Repensar da Nacionalidade- Economia
- Organização Social
- Organização político-administrativa
- Manifestações culturais
- Coluna Prestes
A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930-1945)- Leis trabalhistas
- Voto feminino
- Ordem e disciplina no trabalho
- Mídia e divulgação do regime
- Criação do SPHAN, IBGE
- Futebol e Carnaval
165
- Contestação à ordem
- Integralismo
- Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
Populismo no Brasil e na América Latina - Cárdenas – México
- Perón – Argentina
- Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil
Construção do Paraná Moderno - Governos de:
- Manoel Ribas, Moysés Lupion, Bento Munhoz de Rocha Neto e Ney
Braga
-- Frentes de colonização do Estado, criação de estruturas administrativas
- Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...
- Movimentos culturais
- Movimentos sociais no campo e na cidade
- Ex:Revolta dos colonos na década de 50 – Sudoeste
- Os Xetá
O Regime Militar no Paraná e no Brasil- Repressão e Censura, uso ideológico dos Meios de Comunicação
- O Uso ideológico do futebol na década de 70
- O tricampeonato mundial
- A criação da liga nacional (campeonato brasileiro)
- Cinema Novo
- Teatro
- Itaipu, Sete Quedas e a Questão da Terra
Movimentos de Contestação no Brasil- Resistência Armada
- Tropicalismo
- Jovem Guarda
- Novo Sindicalismo
- Movimento Estudantil
166
Paraná no Contexto Atual
Redemocratização- Constituição de 1988
- Movimentos populares rurais e urbanos: MST (Movimento dos sem-terra),MNLM
(Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.
- Mercosul
- Alca
O Brasil no Contexto AtualA Comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão
Conteúdos Complementares
A Crise de 1929
Ascensão dos Regimes Totalitários na Europa
Movimentos Populares na América Latina
Segunda Guerra Mundial
Independência das Colônias Afro-Asiáticas
Guerra Fria
Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina- Política de Boa Vizinhança
- Revolução Cubana
- 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende
- Censura aos Meios de Comunicação
- O uso ideológico do futebol na década de 70
- A copa da Argentina – 1978
167
Movimentos de Contestação no Mundo- Maio de 68 – França
- Movimento Negro
- Movimento hippie
- Movimento Homosexual
- Movimento Feminista
- Movimento Punk
- Movimento Ambiental
Fim da Bipolarização Mundial - Desintegração do bloco Socialista
- Neoliberalismo
- Globalização
- 11 de setembro nos EUA
África e América Latina no Contexto Atual
4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para que o ensino de história contribua para a construção da consciência
histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com os seus
alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou seja,
como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objetivo de
estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas
praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas de
forma consciente ou não. Para estuda-las o historiador adota um método de
pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar, por meio dos
documentos e das perguntas que faz aos mesmos, respostas as suas indagações. A
partir desse trabalho o historiador produz uma narrativa histórica, que tem como
desafio contemplar a diversidade das experiências políticas, econômico-sociais e
culturais.
A produção do conhecimento histórico é essencial para que os alunos
possam compreender os limites do livro didático, as diferentes interpretações de um
168
mesmo acontecimento histórico; a necessidade de ampliar o universo de consultas
quando se pretende entender melhor diferentes contextos históricos; a importância
do trabalho do historiador e da produção do conhecimento histórico para
compreensão do passado; que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o
passado; que pode ser complementada com novas pesquisas podendo ser refutadas
ou validadas pelo trabalho de investigação do historiador. Possibilita contribuir ainda
para que os alunos valorizem e contribuam para a preservação de documentos, dos
lugares de memória como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos de
fotografias, de documentos escritos e audiovisuais, entre outros.
Para que os alunos possam ampliar o conteúdo apresentado pelo livro
didático o uso da biblioteca é fundamental, para tanto, é necessário que sejam
orientados pelo professor de História a conhecer o acervo específico, as obras que
poderão ser consultadas ao longo de cada ano letivo, bem como os procedimentos
para se apropriar dos conhecimentos que estão nos livros, compreendendo os
diferentes conteúdos da disciplina. Este procedimento metodológico deverá ser
retomado pelo professor de modo que os alunos possam ir adquirindo autonomia na
busca do conhecimento. Nesta perspectiva, não cabe o modelo de trabalho em
História restrito a cópia do que os livros trazem, tal procedimento exigirá que o
professor problematize o que pretende que os alunos investiguem, com vistas a
ampliar; refutar ou validar a análise de determinado conteúdo trazido no livro didático
de História. Com isto os alunos adquirem o hábito de problematizar o que é
apresentado como dado ou natural, com vistas a contribuir para a formação da
consciência histórica.
5 – CRITERIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História nestas diretrizes
objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida
e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem.
Nesta perspectiva, a avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de
todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não
como um elemento externo a este processo.
169
De acordo com este entendimento, refutam-se as práticas avaliativas que
priorizam o caráter classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função da
aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as
concepções pedagógicas definidas no projeto político pedagógico da escola, e que
acabam por materializar, por meio da avaliação, um modelo excludente de
escolarização e de sociedade que a escola pública tem o compromisso de superar,
com vista a diminuição das igualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa
e mais humana.
6 - BIBLIOGRAFIA
- SCHIMIDT, Mario. Livro didático – Nova Historia Critica – Ed. Nova Geração.
- SEED – PR, Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de
currículos inclusivos – DOCUMENTO PRELIMINAR.
- MACEDO, José Rivair –Brasil uma Nova Historia em Construção – São Paulo – Ed. Brasil, 1996.
- JAIME, Carlos Bassanezi Pinsky – HISTORIA DA CIDADANIA - São Paulo, 2005
- BOUTEN, Leônidas – HISTORIA PARANAENSE. Ed. d
170
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESAENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Após a Proclamação da República, a sociedade brasileira reconheceu a
instituição escolar como necessária à formação dos cidadãos. Naquele período
foram construídas grandes escolas, pois antes a escola era, de forma geral, um
lugar onde se aprendia e não um espaço construído com fins educacionais. Mas
poucos eram os cidadãos que tinham acesso a escola, mais de 75% da população
brasileira era analfabeta em 1920.
Só em 1940 é que houve grandes preocupações com a escolarização, com o
aumento de vagas nas escolas e a oferta da educação obrigatória por 4 anos. A
partir desta data é que as classes populares tiveram acesso aos bancos escolares,
antes reservados somente para a elite.
Pela concepção elitista da escola, o ensino não supria as necessidades das
classes menos favorecidas, que não alcançavam êxito. E como as vagas para o
ginásio eram poucas havia o teste de admissão, sendo estas preenchidas quase que
na totalidade por elementos das classes mais elevadas.
Em 1961 foi aprovada a lei com a obrigatoriedade da oferta de ensino
primário às crianças de 07 a 10 anos, em 1969 ampliada para a população entre 07
e 14 anos, e desde os anos 70 a escola pública de 1ªa 8ª série tornou-se uma
realidade.
Hoje o grande desafio da escola é estabelecer uma proposta de ensino que
reconheça e valorize práticas culturais da sua clientela, sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido, que constitui-se em patrimônio universal.
A língua deve se percebida como o discurso realizados durante toda a vida
pelos sujeitos, que são capazes de refletir e tomar decisões.
O ensino da Língua Portuguesa é uma das mais importantes
responsabilidades do professor, pois é a condição para a aprendizagem das demais
disciplinas, além de ser instrumento indispensável para a participação social do
sujeito, em todas as esferas da vida: profissional, política, cultural. Partindo da
experiência lingüística adquirida pelas crianças no meio familiar e social, elas
gradativamente são estimuladas a dominar a norma-padrão culta da língua.
171
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Os objetivos do ensino de língua portuguesa a partir da concepção de língua
como discurso que ocorre nas diversas práticas do dia-a-dia nortearão todo o
processo. Por isso faz-se necessário habilitar o aluno a:
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso.
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas, considerando-
se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes
textuais e o contexto de produção/leitura.
- Refletir sobre os textos produzidos, lidos e ouvidos, atualizando o gênero e o
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização.
- Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, permitindo a expansão
lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante é o texto que possibilitará saberes mais amplos da
disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um
corpo estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente. O
texto não deve ser entendido como isolado em si mesmo e estático, ele é feito de
sentidos entre interlocutores, pois é uma dimensão disciplinar da realidade, e é
neste sentido que deve ser trabalhado, sempre com vista às necessidades dos
alunos.
Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e
que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua
estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais, etc.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas se as práticas de leitura, escrita e oralidade, interagirem entre si e constituírem uma prática sócio-cultural,
172
contribuindo, dessa forma, para com o aprimoramento da competência lingüística
dos nossos estudantes.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Tendo como orientadores os estudos feitos e a leitura minuciosa das
Diretrizes e Bases que norteiam o ensino de Língua portuguesa, bem como a
adoção do livro didático fornecido pelo governo, optou-se pelos conteúdos que se
seguem, pois acredita-se que ao serem trabalhados, estarão proporcionando ao
nossos alunos o eficaz aprendizado da disciplina em questão.
5ª SÉRIE
- Leitura, compreensão e interpretação de diferentes gêneros de textos, tais
como:
- bilhete
- cartas
-cartão postal
- contos
- anúncios publicitários
- poemas
- resumos
- convite
- tiras
- história em quadrinhos
- cartazes
- relatos cotidianos
- Elaboração de textos dos diferentes gêneros trabalhados.
- Atividades orais das atividades propostas: dar opiniões, interpretação, etc..
6ª SÉRIE
- Leitura, compreensão e interpretação de diferentes gêneros de textos, tais
como:
- texto de opinião
- entrevista
173
- conto
- notícia
- poemas
- charges
- anúncios classificados
- resumos
- tiras
- cartazes
- relatos cotidianos
- Elaboração de textos dos diferentes gêneros trabalhados.
- Atividades orais das atividades propostas: dar opiniões, interpretação, etc..
7ª SÉRIE
- Leitura, compreensão e interpretação de diferentes gêneros de textos, tais
como:
- teatral
- narrativo
- propaganda;
- notícia;
- charge;
- cartum;
- crônica;
- poema;
- descritivo;
- dissertativo;
- Elaboração de textos dos diferentes gêneros trabalhados.
- Atividades orais das atividades propostas: dar opiniões, interpretação, etc..
Os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados para contribuírem para o
entendimento das atividades, reflexão, posicionamento a respeito do mesmo por
parte do aluno e posterior utilização das mesmas em suas produções sejam elas
orais ou escritas, quando os mesmos precisarem utilizar da variante padrão da
língua.
174
8ª SÉRIE
- Leitura, compreensão e interpretação de diferentes gêneros de textos, tais
como:
- teatral
- narrativo
- propaganda;
- notícia;
- charge;
- cartum;
- crônica;
- poema;
- descritivo;
- dissertativo;
- conto;
- crítica.
- Elaboração de textos dos diferentes gêneros trabalhados.
- Atividades orais das atividades propostas: dar opiniões, interpretação, etc..
Os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados para contribuírem para o
entendimento das atividades, reflexão, posicionamento a respeito do mesmo por
parte do aluno e posterior utilização das mesmas em suas produções sejam elas
orais ou escritas, quando os mesmos precisarem utilizar da variante padrão da
língua.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Reciclagem do lixo;
- Textos com enfoque na cultura Afro-brasileira;
- Cidadania;
- Saúde.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
175
Fundamentar a metodologia do trabalho pedagógico com a Língua materna
na natureza social do discurso e da própria língua significa compreender que são os
produtos das ações com a linguagem que constituem os objetos de ensino.
Nessa perspectiva, é a partir das experiências dos alunos que a Língua se
transforma em objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua produção oral
ou escrita ou de sua leitura. Trabalhando dessa forma, valoriza-se os alunos
enquanto sujeitos da linguagem, os quais selecionam os recursos mais coerentes
para interpretar, no caso da leitura, e para significar, quando produzem seu texto
oral ou escrito.
A racionalidade não se exercita com a escrita como acreditam algumas
pessoas, devemos considerar a língua em sua perspectiva histórica e social, e isso
pode ser realizado através de situações reais do uso da língua, valorizando a
produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do
processo interativo.
Se a escola é democrática deve garantir a socialização do conhecimento a
toda a comunidade escolar, não faz sentido a exclusão de alunos do processo, com
a justificativa de que falam errado ou não sabem se expressar, o que deve acorrer é
a utilização dos conhecimentos lingüísticos dos alunos como ponto de partida e
promover situações que os incentivem a falar.
O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividades que
possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz
de compreender os discursos dos outros e de organizar os seus de forma clara,
coesa e coerente.
A leitura deve ser entendida como um processo de produção de sentido que
se dá a partir de interações ou relações sociais ou relações dialógicas que
acontecem entre o leitor e o texto. È de grande importância as experiências e os
conhecimentos prévios do leitor na sua prática de leitura, pois é neles que o leitor
procura pistas, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões.
Ocorre então um diálogo entre o que o leitor já vivenciou ou leu anteriormente
e o que está lendo, há então uma intertextualidade. Assim, um texto leva a outro
texto, mas leva também ao desejo que convocado pelo texto, participa da
elaboração dos significados, confrontando o texto lido com o saber que é seu, com a
sua experiência de vida.
O trabalho realizado com textos literários ou não, podem constituir bons
motivos para aprimorar a reflexão e fazer proliferar o pensamento. Ressalte-se
176
ainda, a oportunidade que os textos literários dão aos seus leitores de escapar do
realismo do dia-a-dia movimentando-os pelo tempo do imaginário.
É necessário oferecer ao aluno não só a leitura de textos para os quais ela já tenha
construído uma competência, como também a leitura de outros mais difíceis, que
impliquem o desenvolvimento de novas estratégias mediadas pelo professor.
Em relação à escrita as condições em que a produção acontece é que
determinam o texto (quem escreve, o que, para quem, para que, quando, onde e
como escreve). Além disso, cada gênero textual tem suas peculiaridades. Por outro
lado, é preciso que os alunos se envolvam com os textos que produzem, assumindo
de fato a autoria do que escrevem. Pois ao se perceber autor o aluno poderá
aprimorar sua condição de escritor. A capacidade de escrita, criatividade e outros
fatores comumente relacionados ao ato de escrever, só se aprende na prática da
escrita em suas diferentes modalidades. Isso significa, como já se disse a respeito
da leitura, o contato do aluno com a produção escrita de diferentes tipos de textos, a
partir das experiências sociais que todos vivem, tanto pessoal quanto
profissionalmente.
A produção de texto possibilita os professores e alunos momentos de grande
crescimento, tais como: Motivação para escrever; reflexão sobre o que está
escrevendo; revisão; reestruturação e reescrita do texto.
Nessa perspectiva, as aulas de Língua Portuguesa possibilitam aos alunos a
ampliação do uso das linguagens verbais e não verbais através do contato direto
com os textos dos mais variados gêneros, produzidos pelas necessidades humanas.
Acrescente-se a isso que o fato de a Língua ser o meio e o suporte de outros
conhecimentos torna o professor de Língua Portuguesa um agente eficaz,
propiciador das relações inter e multidisciplinares.
As dificuldades de aprendizagem apresentadas por alguns alunos, sejam elas
leves ou transitórias que podem ser passíveis das estratégias metodológicas
utilizadas, cotidianamente, até situações mais graves e permanentes que requerem
a utilização de recursos e serviços especializados para sua superação.
Para solucionar alguns problemas encontrados neste tipo de situação faz-se
necessárias algumas adequações como a flexibilização curricular que pode
configurar poucas ou variadas modificações no fazer pedagógico, visando remover
barreiras que impedem a aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam
dificuldades em seu processo de aprendizagem, lembrando que adaptar não é
recortar conteúdos, porque o que recortamos são possibilidades para o futuro.
177
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir
para a construção de saberes. Cabe ao professor saber valorizar o saber que o
aluno já carrega, e a partir dele possibilitar o aprendizado e conseqüentemente
outros saberes de forma contínua e cumulativa.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a
avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor
pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua
capacidade lingüística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita.
A oralidade será avaliada, em função da adequação do discurso ou textos aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca
informal de idéias, numa entrevista, numa contação de histórias, as exigências de
adequação da fala são diferentes, e isso dever ser considerado numa análise da
produção de texto oral dos estudantes.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregam no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, sempre
considerando as diferenças de leitura de mundo e repertorio de experiências dos
alunos.
Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a
adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado
dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos
textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui,
posiciona-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto do seu próprio
texto.
Para que a avaliação ocorra da forma citada, é necessário que o professor
perceba em suas práticas diárias a melhor maneira de estar oportunizando à sua
clientela que é formada por indivíduos únicos, maneiras também únicas de avaliação
.
Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação deve
servir, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as
suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é
178
possível perceber quais são os conhecimentos — lingüísticos, discursivos, sócio-
pragmáticos ou culturais - e as práticas - leitura, escrita ou oralidade - que ainda não
foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais
exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em
língua portuguesa.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
- Avaliação escrita através da elaboração de textos dissertativos, objetivos,
subjetivos, poéticos, confecção de cartazes etc.;
- Verificação oral com: dramatização, pesquisas e apresentação de
trabalhos, debates, simpósios, etc.;
- Avaliação de leitura por meio de interpretação e compreensão de diferentes
gêneros de textuais;
- Auto-avaliação.
BIBLIOGRAFIA
CEREJA, William Roberto, Thereza Cochar Magalhães. Português: Linguagens, 5ª;
6ª; 7ª e 8ª séries: Língua.Portuguesa.- 2ªed.- São Paulo: Atual, 2002.
COLETÂNEA – textos extraídos de revistas: Isto é, Veja etc; livros de poesias, fotos,
internet, etc.
Orientações curriculares – Língua Portuguesa– Departamento de Ensino
Fundamental. Secretaria de Estado da Educação 2006
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos
Inclusivos – Departamento de Educação Especial – Governo do Paraná1.2.
179
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Matemática deve ser vista como uma produção sócio-
cultural, para que possa ser compreendida como um conhecimento que
se encontra em permanente elaboração e transformação, concebida
como um bem cultural. Tendo um caráter dinâmico, é produzida histórica
e sócio-culturalmente no interior das práticas e das relações sociais por
isso deve ter bases teórico-metodológicas sobre as quais se sustentará a
implementação de um processo de ensino, voltado para a construção
dos conceitos e significados.
O Ensino da Matemática deve valorizar os aspectos relacionados
ao raciocínio dedutivo, lógico e estimativo, dentre outros e sempre que
possível, deve permear as demais áreas do conhecimento da ciência e
da tecnologia, buscando oferecer subsídios ao educando para que possa
interferir em seu meio global, regional e local, formando indivíduos
reflexivos e atuantes, tornando-os pesquisadores de sua realidade,
levando em consideração os diferentes valores culturais dos diferentes
saberes, segundo os contextos e/ou situações.
Através dos conteúdos estruturantes objetiva-se o
desenvolvimento da capacidade de cálculo mental e de fazer estimativas,
da elaboração de raciocínios criativos, da leitura e interpretação de
gráficos e tabelas e de representações geométricas, utilizando a
matemática para compreender a realidade que o cerca.
Segundo Dante, a Matemática está presente em praticamente
tudo que nos rodeia, com maior ou menor complexidade. Perceber
isso é compreender o mundo a nossa volta e poder atuar nele. E a
todos, indistintamente, deve ser dada essa possibilidade de
compreensão e atuação como cidadão (DANTE, 2002, p.12).
Dessa forma, o Ensino da matemática deve valorizar os aspectos
pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento matemático,
assim como os aspectos sociais envolvidos. Essa prática implica pensar
na sociedade em que vivemos, tornando o ato de ensinar uma ação
reflexiva e política.
180
O papel dos conteúdos estruturantes (Conhecimentos mais
amplos, saberes, conceitos, práticas) é de identificar e organizar as
campos de estudo da disciplina, fundamentais para a compreensão de
seu objeto de ensino.
No Ensino Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos
estruturantes são:
Números e Álgebra, Geometria, Funções e Tratamento da Informação.
1. Números e Álgebra que se encontra desdobrado em:
- Conjunto dos Números Reais;
- Noções de Números Complexo;
- Matrizes;
- Determinantes;
- Sistemas Lineares;
- Polinômios;
2. Geometrias:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Noções Básicas de Geometria não-Euclediana;
3. Funções:
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
181
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica;
4. Tratamento da Informação:
- Análise Combinatória;
-Estatística;
- Probabilidade;
- Matemática Financeira;
- Binômio de Newton;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Para o ensino fundamental da rede publica estadual, os conteúdos
estruturantes são:
Números, Operações e Álgebras, Medidas, Geometrias e Tratamento
da Informação;
1. Números, Operações e Álgebra: Desdobram-se os conteúdos
específicos:
- Sistema de Números Decimal e não decimal;
- Números Naturais e suas representações;
- Conjuntos numéricos e suas inversas (adição, subtração,
multiplicação, divisão, ponteciação e radiciação);
- Transformação de números fracionários (na forma razão/
quociente);
- Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão de frações por meio de
equivalência;
- Juros e Porcentagem nos seus diferentes processos de calculos
(razão, proporção, frações e decimais);
- As noções de variáveis e incógnitas e a possibilidade de calculo a
partir da substituição de letras por valores numéricos;
- Noções de Proporcionalidade: fração, razão, proporção,
semelhanças e diferenças;
182
- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
- Equação, inequação e sistemas de equação de 1º e 2º Graus;
- Polinômios e os casos notáveis;
- Produtos Notáveis;
- Ângulos;
- Fatoração;
- Cálculo de Nº de Diagonais de um polígono;
- Expressão Numérica;
- Função;
- Trigonometria no triângulo retângulo;
2. Medidas: Desdobram-se nos seguintes conteúdos específicos:
- Organização do Sistema Métrico decimal e do sistema
monetário;
- Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade,
comprimento e tempo;
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes;
- Capacidade, volume e suas relações;
- Ângulos e arcos-unidade, fracionamento e cálculo;
- Congruência e semelhança de figuras planas, Teorema de
Talles;
- Triângulo retângulo – relações métricas e Teorema de Pitágoras;
- Triângulo Quaisquer;
- Poliedros regulares e suas seguintes métricas;
3. Geometria: Desdobram-se nos seguintes conteúdos específicos:
- Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não
euclidiana;
- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras
planas;
- Construções e representações no espaço e no plano;
- Planificação de sólidos geométricos;
- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;
- Condições de paralelismo e perpendiculares;
183
- Definição e construção de baricentro, ortocentro incentro e
circuncentro;
- Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
- Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e
círculos;
- Ângulos, polígonos e circunferências;
- Classificação de triângulos;
- Representação cartesiana e confecção de gráficos;
- Estudos de polígonos encontrados a partir de prismas e
pirâmides;
- Interpretações geométricas de equações, inequações e sistemas
de equação;
- Representação geométrica dos produtos notáveis;
- Estudos dos poliedros de Platão;
- Construção de polígonos inscritos em circunferências;
- Círculo e cilindro;
- Noções de geometria espacial;
3. Tratamento da informação: Desdobram-se os conteúdos
específicos:
- Coleta organização e descrição de dados;
- Leitura, interpretação e descrição de dados por meio de
tabelas, listas diagramas, quadros e gráficos;
- Gráficos de barras, colunas, linhas polígonos, setores e de
curvas e histogramas;
- Noções de probabilidade;
- Médias, moda e mediana;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Matemática busca compreender a cidadania como uma
participação social e política, fazendo o aluno posicionar-se de maneira
critica, responsável e construtiva, capaz de agir com autonomia nas
suas relações sócias e, para isso, é necessário que ele se aproprie de
conhecimentos, dentre eles o matemático.
184
A educação matemática propõe uma postura voltada tanto
para cognição do aluno como para relevância social do ensino da
matemática, dessa forma, o professor deve saber estabelecer uma
postura teórica metodológica e ser um questionador frente as
concepções pedagógica historicamente difundidas.
Reflexões realizadas por educadores matemáticos apontam
para o exercício da pratica docente, por meio da contextualização do
ensino da matemática com cotidiano dos alunos, com a realidade das
escolas e com as características locais e regionais, revelando a
identidade de cada escola.
Faz-se necessário compreender que a sociedade é
formada por pessoas que pertencem a grupos etnico-raciais distintos,
que possuem cultura e história própria.
Deve-se propor aulas mais dinâmicas com uso de recursos
tecnológicos disponíveis (software, televisão, calculadora, internet, etc)
estimulando e facilitando o domínio do mesmo.
A flexibilização, adaptação do currículo é uma prerrogativa
para contemplar as diferenças em sala de aula, respeitando as
necessidades especiais e a limitação de cada educando. Vale salientar
que tais métodos só poderão ser aplicados mediante a disponibilidade
de instalações físicas adequadas materiais pedagógicos especiais e a
qualificação dos professores.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
A avaliação exerce papel de mediação no processo ensino-
aprendizagem, que deve ser visto como integrante de um mesmo
sistema, identificando os objetivos atingidos e as dificuldades
encontradas no processo.
Deve-se levar em consideração a diversidade cultural e os
diferentes saberes acumulados pelos educandos, buscando valorizar
suas potencialidades e seu desenvolvimento.
Fazendo isso os meios disponíveis, é necessário que sejam
usadas varias formas de avaliação, individuais e em grupo, buscando a
185
resolução de situações-problemas, abrangendo todas as habilidades
em elaborar conceitos e procedimentos.
5ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA.
- Sistemas de numeração decimal e não decimal;
- Números naturais e suas representações;
- As seis operações e suas inversas (adição, subtração,
multiplicação, divisão, potenciação e radiciação);
- Conjuntos numéricos (naturais);
- Adição, subtração, multiplicação e divisão por meio de
equivalência;
- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção,
semelhança e diferença;
- Expressões numéricas;
- Fatoração.
MEDIDAS
- Organização de sistema métrico decimal e do sistema
monetário;
- Transformações de unidades de medida e massa,
capacidade, comprimento e tempo:
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e
aplicações na resolução de problemas algébricos;
- Capacidade e volume e suas relações.
GEOMETRIA
- Elementos ele geometria euclidiana e noções ele geometria
não euclidiana;
- Classificação e nomenclatura elos sólidos geométricos e
figuras planas;
186
- Construções e representações no espaço e no plano;
- Planificação de sólidos geométricos;
- Classificação de poliedros e objetos redondos, polígonos e
círculos;
- Ângulos, polígonos e circunferências; representação
cartesiana e confecção de gráficos;
- Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e
pirâmides;
- Circulo e cilindro.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Coleta, organização e descrição de dados;
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio ele
tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;
- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas
e histogramas.
6ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
- As seis operações e suas inversas:
- Conjuntos numéricos (racionais e inteiros):
- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção,
semelhança e diferença;
- Transformação de números fracionários (na forma de
razão/quociente) em números decimais;
- Juros e porcentagens em seus diferentes processos de
calculo (razão, proporção, frações e decimais);
- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
- Expressões numéricas.
MEDIDAS
187
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e suas
aplicações na resolução de problemas algébricos.
GEOMETRIA- Ângulos polígonos e circunferências·
- Representação cartesiana e construção de gráficos;
- Estudo de polígonos encontrados a partir de primas e
pirâmides:
- Circulo e cilindro;
- Noções de geometria espacial
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Coleta, organização e distribuição de dados;
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de
tabelas, listas diagramas, quadros e gráficos;
- Leitura e interpretação de gráficos de barras, colunas, linha
poligonais, setores, curvas e histogramas.
7ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
- Conjuntos numéricos (reais e irracionais);
- As noções de variável e incógnita c a possibilidade ele calculo
a partir de substituição ele letras por valores numéricos;
- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção,
semelhança e diferença;
- Equações e sistemas de equações de 1 ° grau:
- Polinômios e os casos notáveis;
- Produtos notáveis;
- Ângulos;
- Calculo do número de diagonais de um polígono;
188
- Expressões numéricas.
MEDIDAS
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e suas
aplicações na resolução de problemas algébricos:
- Ângulos e arcos-unidade, fracionamento e calculo.
GEOMETRIA
- Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria
não euclidiana;
- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;
- Condições de paralelismo e perpendicularidade;
- Ângulos, polígonos e circunferências;
- Classificação de triângulos;
- Interpretação geométrica de equações e sistemas de
equações;
- Noção de geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Coleta, organização e descrição de dados;
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de
tabelas, listas diagramas, quadros e gráficos;
- Construção de gráficos de barras, colunas, linhas poligonais,
setores, curvas e histogramas;
8ª SÉRIE
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
- Radiciação;
- Equações e sistemas ele equações do 2° grau:
189
- Expressões numéricas;
- Funções;
- Trigonometria no triângulo retângulo.
MEDIDAS
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e suas
aplicações na resolução de problemas algébricos;
- Congruência e semelhança de figuras planas - Teorema de
Talles;
- Triângulo retângulo - Relações métricas e Teorema de
Pitágoras;
- Triângulos quaisquer;
- Poliedros regulares e suas relações métricas.
GEOMETRIA
- Ângulos, polígonos e circunferências;
- Representação cartesiana e construção de gráficos;
- Estudo de polígonos encontrados através de prismas e
pirâmides;
- Interpretação geométrica de equações e sistemas de
equações;
- Construção de polígonos inscritos em circunferências;
- Circulo e cilindro;
- Noções de geometria espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Coleta, organização e descrição de dados;
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de
tabelas, listas diagramas, quadros e gráficos;
- Construção de gráficos de barras, colunas, linhas poligonais,
setores, curvas e histogramas.
- Noções de probabilidade;
190
- Médias, moda e mediana.
BIBLIOGRAFIA
LONGEM, Adilson. Matemática. Curitiba: Positivo, 2004
SILVA, Jorge Daniel, FERNANDES, Valter Santos. Matemática. São Paulo:
IBEP,2000.
MARCONDES, Gentil e Sérgio. Matemática. São Paulo: Ática, 2003.
GIOVANNI, José Ruy. Matemática Fundamental. São Paulo: FTD, 2002.
GIOV ANNI JUNIOR, José Ruy. Matemática Fundamental, São Paulo:
FTD, 2004.
PAIVA, Manoel. Matemática 2 grau. São Paulo: Moderna, 2002.
D' AMBROSIO, Ubiratan. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e
matemática. São Paulo, Ed. Da Unicamp, 1986
Filipotiski, Maria Ribeiro, Diana Maria Marchi e Neiva Otero Schaffer. Teorias e
Fazeres na Escola em mudança. Ed. Da UFRGS, 2005.
http://www.matemática.pr.gov.br
Dante, Luiz Roberto. Matemática – Tudo é Matemática. São Paulo: Ática, 2002.
191
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA INGLESAENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Quando se fala em o ensino de línguas estrangeiras, no Brasil, se fala sobre à
criação do sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do prestígio das
línguas estrangeiras nas escolas está relacionada as razões sociais, econômicas e
políticas. No início da colonização, os jesuítas, que tinham a responsabilidade da
educação escolar, Com a chegada da família real no Brasil em 1808 ocorreram
várias mudanças no que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras e, mais
tarde, em 1837, ganhou real importância quando se fundou a primeira escola pública
de nível médio
A primeira LE ensinada no Brasil foi o francês, por representar um ideal de
cultura e civilização, seguido do inglês, depois do alemão, a partir de 1929, do
italiano, que fez parte do currículo até 1931 - o que correspondia aos anseios de
vários grupos sociais.
A Abordagem era tradicional e concebia a língua como um conjunto de regras e
privilegiava a escrita, seguindo modelos do grego e do latim, línguas consideradas
de suma importância para o desenvolvimento do pensamento e da literatura.
Na Europa, neste período, ocorreu a publicação de várias teorias que serviram
para fundamentar o Estruturalismo, uma das principais correntes da língua moderna.
Nos anos 50 e 60, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente
interesse pela aprendizagem de línguas, surgem mudanças significativas quanto às
abordagens e aos métodos de ensino. Os lingüistas estruturalistas da época,
Leonardo Bloomfield, Charles Fries e Robert Lado, dentre outros, apoiavam-se na
psicologia da escola Behaviourista de Paviov e Skinner para trabalhar a língua, a
partir da forma para chegar ao significado.
A língua passa então a ser vista como um conjunto de hábitos a serem
automatizados e não mais como um conjunto de regras a serem memorizadas.
A Gramática Gerativa Transformacional, apesar de não se constituir em um
método, trouxe grandes influências ao ensino de Língua Estrangeira. Chomsky criou
os conceitos de competência e desempenho. A partir de então, o princípio do foco
192
na oralidade cede espaço ao ensino de todas as habilidades; falar, ouvir, ler e
escrever.
Na década de 50, devido apolítica de incentivo à industrialização que ocorreu o
sistema educacional brasileiro passou a ter responsabilidades na formação de seus
alunos para o mundo do trabalho. Essa mudança nos rumos da educação vai gerar
uma crise que se intensificará nas décadas seguintes, gerando a necessidade de
implementação da rede escolar.
Devido a estes fatores as áreas humanas foram gradativamente substituídas,
por um currículo cada vez mais técnico, ocorrendo assim uma diminuição da carga
horária das línguas estrangeiras.
A LDB de 1961 descentralizou o ensino e o inglês passou a ganhar cada vez
mais espaço, substituindo o francês devido a motivos políticos. Por outro lado, a
língua espanhola ganhava espaço, respaldada pela expansão da literatura hispano-
americana.
Na década de 70, o ensino de línguas estrangeiras era visto como um
instrumento das classes favorecidas para manter privilégios, impondo um domínio
social, cultural, político econômico. Assim sendo a carga horária ficou, em alguns
estabelecimentos de ensino, reduzidíssima.
Paralelamente a isso aprendizagem enfrentava dificuldades em desenvolver a
compreensão oral, a fala, a leitura e a escrita; e finalmente, os professores não
conseguiam se libertar da influência do método tradicional, base da formação
profissional durante a graduação.
A Abordagem Comunicativa, que surgiu a partir do conceito de competência
comunicativa, está centrada na aprendizagem, que consiste em levar o aluno a
aprender a formar regras capazes de produzir novos enunciados próprios ao
contexto da relação social. Trata-se de um processo que deve partir antes de tudo
do sujeito.
A Abordagem Comunicativa que se apresenta como reação à visão
estruturalista da língua, concentrando-se nos aspectos semânticos e não no código
lingüístico, começa a ser criticada por intelectuais adeptos à pedagogia crítica, pois
não se percebe um trabalho explícito com as relações de poder que envolvem as
escolhas lingüísticas.
No Brasil, a partir do início dos anos 90, impulsionadas por um ideal de
redemocratização do país e pela criação do MERCOSUL, as escolas voltam a
193
ofertar o espanhol como uma alternativa ao inglês nas suas grades curriculares,
sem, no entanto, suplantá-lo.
Em 20 de dezembro de 1996 foi publicada a mais recente LDB. Essa Lei reza a
obrigatoriedade do ensino da língua estrangeira no Ensino Fundamental, a partir da
quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha
ficará a cargo da comunidade escolar. Quanto ao Ensino Médio, a lei determina que
uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, seja escolhida pela
comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo.
Apesar da possibilidade da comunidade escolher outra língua, o que ocorreu e
ainda ocorre é que o ensino de LE continua prestigiado por vários fatores.
Em 1999, são publicados os PCNs para o ensino de língua estrangeira. As
suas orientações apresentam uma concepção de língua como prática social, mas
apresentavam várias falhas pois ignoravam de língua como prática social.
O ensino da Língua Estrangeira no Ensino Médio faz parte da construção da
cidadania, pois sua aprendizagem envolve um complexo processo de capacitação
que leva à libertação. Seu aprendizado deve ser contextualizado para que tenha
verdadeiro significado para o aluno, onde o mesmo se sinta integrado. Também
deve ser articulado com as demais disciplinas, em um processo interdisciplinar.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O ensino de uma LE deve antes de tudo dar condições ao aluno de ler,
compreender e expressar-se nas formas oral e escrita, e para que estes objetivos
sejam alçados é preciso trabalhar a língua enquanto discurso, ou seja, entendido
como prática social significativa, pois não basta reconhecer a forma lingüística
utilizada, mas compreender sua significação particular.
O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas
como um instrumento que oportunize o acesso a novas informações, mas uma nova
possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados.
A partir dessas considerações, caberá ao professor selecionar um conjunto de
textos para o trabalho em sala de aula, tendo como referência, os fundamentos
teórico-pedagógicos da disciplina, bem como os objetivos do ensino de LE, de modo
que o aluno:
- seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
194
- vivencie, na sala de aula de língua estrangeira, formas de participação que
lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
- compreender que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
- tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Porém não basta comunicar-se através de uma LE; é preciso que ela dê a
sua contribuição para a formação geral do indivíduo enquanto cidadão.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante é o texto que possibilitará saberes mais amplos da
disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um
corpo estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente. O
texto não deve ser entendido como isolado em si mesmo e estanque, pois é uma
dimensão disciplinar da realidade, e é neste sentido que deve ser trabalhado,
sempre com vista às necessidades dos alunos.
Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e
que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua
estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos lingüísticos, culturais, sócio-pragmáticos e discursivos. Sabendo-se que a concepção discursiva de língua não
a segmenta em habilidades: ler, falar, escrever, ouvir, considerando que essas
práticas não se separam em situações concretas de comunicação e logicamente,
naquelas efetivadas em sala de aula.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e garantida
através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática sócio-
cultural.
5ª SÉRIE
195
Serão utilizados os diferentes gêneros de textos citados a seguir, dos quais
serão aproveitadas suas organizações para proporcionar aos alunos o entendimento
dos enunciados e em seguida posicionar-se diante dos mesmos.
Diante da variedade de gêneros textuais optou-se por:
- diálogos;
- notícias;
- poemas;
- narrativas;
- charges;
etc.
Lembrando que os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados conforme a
necessidade de entendimento das atividades e posterior reflexão e posicionamento
a respeito do mesmo por parte do aluno.
6ª SÉRIE
Serão utilizados os diferentes gêneros de textos citados abaixo, dos quais
serão aproveitadas suas organizações para proporcionar aos alunos o entendimento
dos enunciados e em seguida posicionar-se diante dos mesmos.
Diante da variedade de gêneros textuais optou-se por:
- diálogos;
- notícias;
- poemas;
- narrativas;
- charges;
etc.
Lembrando que os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados conforme a
necessidade de entendimento das atividades e posterior reflexão e posicionamento
a respeito do mesmo por parte do aluno.
196
7ª SÉRIE
Serão utilizados os diferentes gêneros de textos citados abaixo, dos quais
serão aproveitadas suas organizações para proporcionar aos alunos o entendimento
dos enunciados e em seguida posicionar-se diante dos mesmos.
Diante da variedade de gêneros textuais optou-se por:
- diálogos;
- notícias;
- poemas;
- narrativas;
- charges;
etc.
Lembrando que os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados conforme a
necessidade de entendimento das atividades e posterior reflexão e posicionamento
a respeito do mesmo por parte do aluno.
8ª SÉRIE
Serão utilizados os diferentes gêneros de textos citados a seguir, dos quais
serão aproveitadas suas organizações para proporcionar aos alunos o entendimento
dos enunciados e em seguida posicionar-se diante dos mesmos.
Diante da variedade de gêneros textuais optou-se por:
- diálogos;
- notícias;
- poemas;
- narrativas;
- charges;
etc.
Lembrando que os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados conforme a
necessidade de entendimento das atividades e posterior reflexão e posicionamento
a respeito do mesmo por parte do aluno.
197
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Reciclagem do lixo;
- Textos com enfoque na cultura Afro-brasileira;
- Cidadania;
- Saúde.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Faz-se necessário o redimensionamento do ensino de língua estrangeira nas
escolas da rede pública estadual. Não deverão ser abordadas apenas questões
lingüísticas, mas também as sócio-pragmáticas, culturais, e discursivas, assim como
as práticas do uso da língua - leitura, escrita e oralidade.
O texto é uma unidade de comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral
ou visual será o ponto de partida da aula de língua estrangeira.
Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca pela
solução deste problema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles
desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos
lingüísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes
em todo discurso.
Em língua estrangeira, os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois
eles darão suporte para que o aluno interaja com os textos. Se o aluno ao se
deparar com um texto, desconhece o vocabulário, a ordem em que as palavras se
organizam no enunciado, etc., não conseguirá nem dar o primeiro passo para sua
interação, que é o da decodificação. No entanto, é preciso lembrar que a escolha
dos conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados será diferenciada dependendo
do grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal - que
tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos.
São os erros resultantes das atividades que permitirão ao professor selecionar os
conteúdos e orientar sua prática em sala de aula.
Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem que
ao interagir com/na língua, estão interagindo com pessoas específicas e que é
preciso levar em conta que para entender um enunciado em particular ter em mente
quem disse o quê, para quem, onde, quando e porquê é imprescindível. Como o
trabalho é com o discurso em língua estrangeira, uma prática social que ocorre em
198
um contexto diferente daquele com o qual o aluno está familiarizado, o
conhecimento sócio-pragmático, ou seja, das particularidades do comportamento
social e verbal, bem como as questões político-ideológicas, são subsídios
importantes para que atinja a efetiva compreensão de um enunciado em particular.
Adquirir conhecimentos sobre novas culturas implica em constatar que existe
uma diversidade cultural, que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior
que outra, mas sim diferente. Conhecer a cultura do outro é reconhecer que as
novas palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos, a
nova gramática não é simplesmente uma nova maneira de arrumar e ordenar as
palavras e as novas pronúncias. O conhecimento de outra cultura colabora para a
elaboração da consciência da própria identidade, pois, o aluno consegue perceber-
se também ele como sujeito histórico e socialmente constituído.
Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo,
mas que seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com que se depare e
entenda que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma
ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido.
Além disso, ao interagir com textos provenientes de diferentes gêneros, o aluno
perceberá que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem
sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e
da situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer
que a leitura se refere também aos textos não-verbais — estejam eles combinados
ou não com o texto verbal. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de
mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que
uma leitura em língua estrangeira se transforme realmente em uma situação de
interação é fundamental que o aluno seja subsidiado com os conhecimentos -
lingüísticos, sócio-pragmáticos, culturais e discursivos — necessários e dos quais
não dispõe para a efetiva compreensão de cada texto particular com que se deparar.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em
suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua
estrangeira dentro de suas limitações. É necessário que se explicite que, mesmo
oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e
que existe a necessidade de adequação da variedade lingüística para as diferentes
situações, tal como ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante
que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.
199
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, tenha significado, pois, em situações reais de uso,
escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma
representação. A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no
momento de orientá-lo para uma produção, assim como, a necessidade de
adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade
lingüística adequada (formal/informal), etc. Ao realizar escolhas o aluno estará
desenvolvendo a sua identidade e se constituindo como sujeito crítico. Ao propor
uma tarefa de escrita, é essencial que o professor proporcione aos alunos elementos
necessários para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais como
conhecimentos discursivos, lingüísticos, sócio-pragmáticos e culturais.
Todas essas atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e envolverão
simultaneamente as práticas e conhecimentos citados anteriormente,
proporcionando ao aluno condições para assumir uma postura crítica e
transformadora com relação aos discursos que se lhe apresentam.
As dificuldades de aprendizagem apresentadas por alguns alunos, sejam elas
leves e transitórias que podem ser passíveis das estratégias metodológicas
utilizadas, cotidianamente, até situações mais graves e permanentes que requerem
a utilização de recursos e serviços especializados para sua superação.
Para solucionar alguns problemas encontrados neste tipo de situação faz-se
necessário algumas adequações como a flexibilização curricular que pode configurar
poucas ou variadas modificações no fazer pedagógico, visando remover barreiras
que impedem a aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam
dificuldades em seu processo de aprendizagem, lembrando que adaptar não é
recortar conteúdos, porque o que recortamos são possibilidades para o futuro.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir
para a construção de saberes. Cabe ao professor saber valorizar o saber que o
aluno já carrega, e a partir dele possibilitar o aprendizado e conseqüentemente
outros saberes de forma contínua e cumulativa.
200
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996,
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Para que a avaliação ocorra da forma citada, é necessário que o professor
perceba em suas práticas diárias a melhor maneira de estar oportunizando à sua
clientela que é formada por indivíduos únicos, grande variedade de avaliações.
Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação
deve servir, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e
planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através
dela que é possível perceber quais são os conhecimentos — lingüísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais - e as práticas - leitura, escrita ou
oralidade - que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser
abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os
discursos em língua estrangeira.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Verificação oral, dramatização, confecção de cartazes, avaliações escritas:
objetivas, elaboração de textos, auto avaliação, produção de material para
memorização, atividades elaboradas a partir da audição de textos, leitura, etc.
BIBLIOGRAFIA
ROLIM, Mirian. Insights into English 5;6;7;8; – São Paulo: FTD, 1998.
FERRARI, Mariza & Sarah Rubin.englishclips 5;6;7;8 – São Paulo: Scipione, 2001
ROCHA, Analuiza Machado e Zuleica Águeda Ferrari. Take your time 5; 6; 7; 8 -
2ªed reformulada – São Paulo: Editora Moderna 1999.
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos
Inclusivos – Departamento de Educação Especial – Governo do Paraná.
Diretrizes Curriculares de Língua para o Ensino Fundamental - Secretaria de
Estado da Educação – Superintendência da Educação 2006.
201
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Arte no ensino regular nos mostra a necessidade básica do ser
humano se comunicar. E mais, ele se dá, também, pela necessidade da
humanização dos nossos educandos. E segundo, ARCO-VERDE (2003), quando o
aluno em contato com este instrumento, “a arte”, tende a perceber quem somos e a
que viemos. Assim estamos possibilitando a eles o domínio dos sentidos para a
vida; instrumentalizando-os para as batalhas que se apresentam no dia-a-dia.
A arte possibilita, dentro de seu processo de criação, o recriar do ser humano.
E nessa produção dialética nasce um ser propenso a perceber a si e ao outro.
Acreditamos, também, que o processo histórico de formação desta disciplina é
imprescindível para a compreensão de quem realmente somos. Assim passemos a
um breve relato do como tudo ocorreu.
1549 a 1759 – No território do Brasil colônia e principalmente onde hoje é o
Estado do Paraná, ocorreu, nas cidades, vilas e missões jesuítas a primeira
forma registrada de arte na educação. A congregação católica denominada
Companhia de Jesus (Jesuítas), instituída na contra reforma, veio no Brasil e
desenvolveu uma educação de tradição religiosa para todas as camadas sociais.
Nas missões das comunidades indígenas, realizaram um trabalho de
catequização com os ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica,
literatura, escultura, pintura, música e artes manuais. Essa arte era de tradição da
alta idade média e renascentista européia.
1792 a 1800 – Com influência do projeto iluminista, que rompeu com o
teocentrismo medieval, propondo a razão como a salvação do ser humano
(antropocentrismo), o governo do Marquês de Pombal extingue o currículo dos
Jesuítas a apresenta a primeira reforma Educacional Brasileira – Reforma
Pombalina – que dá ênfase ao ensino da Ciência com o objetivo de desenvolver
o Brasil. O Ensino de Arte se torna irrelevante e, apenas o desenho associado à
matemática, é considerado importante. Neste período são implantadas as aulas
régias, que eram aulas avulsas que supriam as disciplinas antes oferecidas pelos
jesuítas.
202
1808 – a família real, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal, vem
para o Brasil e D. João VI inicia uma série de obras e ações para acomodar, em
termos materiais e culturais, a corte portuguesa. Entre estas ações está o convite
a vários artistas para virem ao Brasil com a finalidade de instituírem escolas de
arte e promover um ambiente cultural aos moldes europeus.
1816 a 1826 – chega ao Brasil um grupo de artistas franceses encarregados da
fundação da Academia de Belas Artes, na qual os alunos poderiam aprender as
artes e ofícios artísticos.
No Brasil, apesar dos artistas já estarem desenvolvendo uma arte Barroca, com
características próprias, sofrem a imposição do neoclassicismo.
A partir deste período, foram disseminadas as aulas de piano domiciliares.
Em 1886, no Paraná, iniciou-se um processo de constituição da “Escola
Profissional Feminina”, oferecendo desenho, pintura, corte e costura, flores e
bordado, que faziam parte da formação da mulher.
1890 – surge a primeira reforma educacional, direcionando o ensino, novamente,
para a valorização da ciência e da geometria.
1920 – em contraposição a todas as formas anteriores de ensino que impõem
modelos que não correspondem a cultura dos alunos inicia-se um movimento de
valorização da cultura nacional, expressada na educação pela escola nova. Esse
movimento valorizava a cultura do povo.
1922 – a semana da Arte moderna é considerada um marco importante para a
arte brasileira e os movimentos nacionalistas.
Esta semana influenciou os artistas brasileiros valorizando o ensino da arte para
a educação das crianças através da expressividade, espontaneidade e a
criatividade. Este ensino rompeu com padrões da escola tradicional.
1931 – foi instituído, nas escolas, o ensino de música através do canto orfeônico
com grande incentivo do compositor Heitor Villa Lobos. A música foi muito
difundida nas escolas e conservatórios com ensino de hinos, canto coral com
apresentações para grandes públicos.
1948 – Augusto Rodrigues cria, no Rio de Janeiro, a 1ª escolinha de arte no
Brasil na forma de Atelier – livre com a finalidade de desenvolver a criatividade,
incentivando a expressão individual, seguindo a pedagogia da Escola Nova.
1954 – É criada a primeira Escola de Arte na Educação Brasileira do Paraná, no
(C.E.P.) em Curitiba, com o objetivo de trabalhar a dimensão criativa do aluno
através das Artes Plásticas, Música e Teatro.
203
1971 – Lei Federal n.º 5692-71, no seu artigo 7, determinou a obrigatoriedade do
ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e
Médio. Cabia ao professor trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que
seriam utilizados na sua expressão.
1990 – durante os anos 80, houve uma grande mobilização dos movimentos
sociais para a redemocratização do país e para a constituinte de 1988. Também
neste período, no ano de 1992, a Escola Profissional República Argentina, passa
a denominar-se Centro de Artes Guido Viaro, voltada ao ensino de arte.
1996 – Lei Federal n.º 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
– mantém a obrigatoriedade do ensino da arte nas escolas de Educação Básica.
Essa lei propõe a formação geral dos alunos em oposição a lei federal n.º
5692/71.
1998 – São normatizadas, pelo Conselho Nacional de Educação, as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (D.C.N. E. M.) .
2003 – Inicia-se o processo de Construção Coletiva das Orientações Curriculares
do Ensino Médio.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Formar o cidadão apto a construir gradualmente sua identidade cultural,
conhecedor de seus direitos e deveres; tendo na arte desenvolvidas as suas
possibilidades de corporeidade holística. Interagindo assim, com os indivíduos
advindos de todas as regiões (urbanas ou rurais), portadores ou não de
necessidades especiais, nas dinâmicas diárias; objetivando o processo inclusivo.
Partindo da utilização da estrutura desenvolvida para o Ensino Médio das Diretrizes
Curriculares que são: os elementos formais, a composição e os movimentos e
períodos.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA
Valendo se de todas as linguagens disponíveis, no momento, nas artes (meios
tecnológicos1 para sua produção e veiculação.) para a construção do pensamento de uma
sociedade realmente preocupada com o seu meio iniciamos a reorganização e a reordenação 1 Tecnológicos aqui entendidos como: todas as descobertas realizadas pelo homem; partindo de uma simples marreta para esculpir até o computador com a internet.
204
dos conteúdos específicos do Ensino Médio, partindo dos conteúdos estruturantes
determinados para esta disciplina.
Ee
eeeeeeCONTEUDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIODOS
Conteúdos Específicos
ARTES VISUAIS
Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Cor
Figurativa
Abstrata
Figura/fundo
Bi/tridimensional
e virtuais
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Gêneros
Técnicas
Arte Pré-histórica
Arte Egípcia Antiga
Arte Indígena
Brasileira
Arte Greco-romana
Arte Pré-Colombiana
nas Américas
Arte Oriental
Arte Africana
Renascimento
Barroco
Neoclassicismo
Romantismo
Realismo
Impressionismo
Expressionismo
Fauvismo
Cubismo
Abstracionismo
Dadaísmo
Surrealismo
Opt-art
Pop-art
Teatro Pobre
MÚSICA
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Intervalo
melódico
Intervalo
Harmônico
Tonal
Modal
Gêneros
Técnicas
Improvisações
205
Teatro do Oprimido
Música Serial
Música Eletrônica
Techo
Música Minimalista
Arte Engajada
Hip Hop – Rap, Funk
e Break
Dança Moderna
Dança
contemporânea
Vanguardas
Artísticas
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Industria Cultural
TEATRO
Personagem:
Expressão
corporal, vocal,
gestual e facial
Ação
Espaço Cênico
Interpretação
Sonoplastia/
Iluminação/
Cenografia/
Figurino/
Maquiagem/
Adereços
Jogos teatrais/
Dramatização
Roteiro
Enredo
Gêneros
Técnicas
DANÇA
Movimento
corporal
Tempo
Espaço
Ritmo
Ponto de apoio
Salto e queda
Rotação
Formação
Deslocamento
Sonoplastia
Coreografia
Gêneros e
Técnicas
CONTEÚDO - 1º ANO.
Definição de Arte
Arte na pré-história.
Arte Egípcia-O Egito antigo
Arte Romana
Arte Bizantina
Arte Gótica
206
A pintura abstrata
A pintura de ação
A pintura figurativa
Renascimento
Barroco.
Expressionismo
Neo Classicismo.
Romantismo.
Realismo e Surrealismo
Realismo e Modernismo.
História da Música
Imagens e sons
Televisão
Cores
História do Teatro
O jogo dramático- Improvisação
Diversidade da cultura e da arte popular-Pop
Arte em quadrinhos e colagem
Imagens e sons
Folclore
A dança e o movimento corporal
Pintura no corpo
O suporte artístico na era digital
A arte Brasileira
A arte no Paraná
Cultura Afro-Brasileira e Africana, Cultura Rural, Cultura Indígena.
Agenda 21
CONTEUDOS COMPLEMENTARES
Cultura Afro-Brasileira e Africana
Festival de Artes –
207
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A educação pela Arte possibilita ao educando a ampliação de sua visão
construindo sua corporeidade holística. Entendendo visão não só como o olhar e ver
um objeto, mas sim a compreensão desse objeto em relação a si e ao outro. A arte é
um instrumento que alavanca os sentidos, as percepções, auxiliando na construção
de sua identidade cultural, independente das diversidades socio-culturais e das
necessidades especiais
Ao utilizar os recursos artísticos, é importante que ocorra dentro da visão de
ensino-aprendizagem da pedagogia Histórico-Critíca. Para tanto a escola deve ser
percebida com um todo e vista como um “centro de experiência permanente”. Deve
também possibilitar a co-responsabilidade do professor e aluno no processo de
aprendizagem. É fundamental que durante as aulas o professor, num primeiro
momento, deixe claro para os alunos a importância do conteúdo, partindo do seu
ponto de vista e indo para a explicação dos porquês e dos como serão trabalhados.
A postura do professor deve ser a de quem: explica, informa, questiona, corrige. Isso
é agir na zona de desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vigotski. Com isso
buscar a catarse2 no aluno para que este possa explicar, agir e interagir as
informações adquiridas com os colegas, com o professor, com a escola, enfim com
o meio que o cerca, o mundo.
Os conteúdos devem ser, como já dito acima, abordados partindo do
conhecimento prévio dos alunos, incluindo as suas idéias pré-concebidas sobre o
ensino da arte. Para tanto a cada conteúdo serão realizadas discussões em sala de
aula sobre a importância que estes têm na vida prática do aluno. Os trabalhos serão
realizados em grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitas a museus, teatros e
bibliotecas; visando atender a toda diversidade que se encontra na comunidade
escolar.
Para Ana Mae Barbosa ao trabalharmos com o ensino da arte devemos ter
em mente o tripé: do fazer, do sentir e do perceber as dimensões artísticas. Assim, o
trabalho em sala de aula poderá iniciar por qualquer desses eixos ou pelos três
simultaneamente. Uma vez que para o Ensino Fundamental as formas de relação da
arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a
associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem.
2 Segundo GASPARIN catarse é a síntese, ou seja, é a sistematização do conhecimento adquirido, a conclusão que o aluno chegou; dentro de um processo com seus objetivos já determinados.
208
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA
A Arte em toda a sua trajetória contou a história da humanidade e o seu meio,
e dentro da disciplina de Artes procuramos contemplar todos os alunos,
independentemente de suas características físicas, mental, social e espiritual,
buscando dentro do social abranger o maior conhecimento, nunca obstante se
esquecendo que cada ser é único em seu universo e que respeitar estas diferenças
é nos respeitar. Deixando o fluir das artes aflorar diante dos alunos para que estes
busquem o conhecimento na compreensão das realidades e que, ao se ampliar sua
sensibilidade, possa discutir assuntos os mais variados com propriedade, aguçando
os seus sentidos.
De acordo com a LDBEN (nº. 9.394/96, art. 24, inciso V) e com Deliberação
07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capitulo I, art. 8º.), a avaliação em Arte
deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos
em arte e a sua realidade, evidenciada tanto no processo, quanto na produção
individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes.
Avaliar exige, acima de tudo, que se defina onde se quer chegar; que se
estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem seus procedimentos,
inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão usados no
processo de ensino aprendizagem. E se tratando de avaliação devemos ter o
cuidado de conduzir a teoria de forma específica, contextualizando, trazendo para a
Arte a realidade de cada sala de aula e para a realidade de cada aluno e, sendo
neste ou no momento oportuno dispor de materiais expositivos, para maior clareza
e para que possam atuar na prática com o conhecimento, diante disso é notório que
o professor deva ter o conhecimento de linguagem artística em questão, bem como
da relação entre criador e o que foi criado. pois assim , que o aluno dentro do
conhecimento gerando critérios adquiridos, possa se expressar de uma forma
pessoal, ampla e irrestrita, abandonando a prática pragmática.
Neste processo oportunizamos o surgir da pessoa crítica, conhecedora de
sua realidade, diante de um social a que envolve, podendo traçar metas, objetivos
para poder mudar a realidade de si e de seus, buscando a felicidade. Isto nos dará
com clareza as soluções das problematizações apresentadas.
Assim a avaliação será continua, ou seja, se dará constantemente a cada
encontro, e será considerado o avanço individual de cada aluno em relação as suas
209
potencialidades. E em cada atividade serão focados os pontos determinados pelos
conteúdos estruturantes.
BIBLIOGRAFIAAPOSTILA NOBEL. O Multiverso das Artes – Artes Visuais. Maringá: Editora
Nobel, 2003.
BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em Ação – Minimanual de Pesquisa – ARTE.
Uberlândia: Claranto Editora, 2003.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio.
Brasília, 1998.
CANTELE, Bruna R. & LEONARDI, Ângela C. Arte Linguagem Visual. São Paulo:
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CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 8º edição. São Paulo: Editora Ática, 1997.
D’ANDREA, Flávio Fortes. Desenvolvimento da Personalidade; enfoque
psicodinâmico. 9º edição. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.
FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Editora
Moderna, 1996.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-critíca. 3.ed.ver.
– Campinas: Editora Autores Associados, 2005. 191p.
GOMBRICH, E. A. A história da Arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.
JASON, H. W. e JASON, Anthony F.; [tradução Jefferson Luiz Camargo]. Iniciação a História da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARCHESI JÚNIOR, Isaías. Atividades de Educação Artística. São Paulo: Editora
Ática, 1995.
210
MANGE, Marilyn Diggs. Arte brasileira para crianças. São Paulo: Martins Fontes,
1995.
NEWBERY, Elizabeth. Os segredos da Arte. São Paulo: Ed. Ática, 2004.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médiol. Curitiba: SEED/DEPG,
2006.
POUGY, E. Descobrindo as Artes Visuais. São Paulo: Ed. Ática, 2001.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ed. Ática, 1990.
REVERBEL, Olga. Teatro na Escola. Porto Alegre: Ed. Ática.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
211
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
A Biologia deriva de duas outras bio :vida e logos : estudo portanto da Vida.
Na antiguidade, as pessoas não tinham idéia de como as coisas vivas
funcionavam. As primeiras pesquisas em Biologia iniciaram a olho nu através de
livros, escritos por volta de 4000 A.C.atribuíram a Hipócrates o (“ pai de Medicina “).
Acreditava-se, então, que a matéria era composta por quatro elementos (fogo, terra,
ar e água) e os corpos vivos. Aristóteles, na Grécia, não foi somente um grande
filósofo, mas também um grande biólogo, a compreender o conhecimento da
natureza, que requeria se as observações sistemáticas. De modo, ele reconheceu
um volume espantoso de ordem no mundo vivo. Somente no século XVII Willian
Harvey , inglês , apresentou a teoria em que os seres vivos eram divididos em
vertebrados e invertebrados. O ritmo da investigação científica acelerou na idade
Média, muitas plantas foram descritas pelos primeiros botânicos ( Bunfels, Bock,
Fuchs e Valerius Cordus ).
Apesar do progresso rápido, a Biologia estacionou quando o olho humano já
não era mais suficiente. Só no século XVII é que lentes foram reunidas em um tubo,
formando o primeiro microscópico. Começava a descoberta de um novo mundo,
derrubando conceitos tradicionais sobre a vida.
A teoria celular foi então formulada em princípios do século XIX , por Matthias
Schleiden e Theodor Schwann. Estes, concluíram que as células constituem todo o
corpo de animais e plantas.
A Biologia é uma ciência muito ampla, que se preocupa com o estudo de
todos os seres vivos e procura compreender os mecanismos que reagem a vida.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Pode–se considerar como objetivo básico de ensino de Biologia a formação de
um individuo que por meio da linguagem e dentro das variedades do discurso, seja
capaz de um eficaz exercício da cidadania na comunidade em que vive . Para isso
se faz necessário:
212
Propiciar um aprendizado útil á vida e ao trabalho, no qual as informações
e os conhecimentos transmitidos se transformem em instrumentos de
compreensão, interpretação, julgamentos, mudanças e previsão da
realidade, preparando o educando para a cidadania no sentido universal e
não apenas profissionalizante, aprimorando-o como ser humano sensível,
solidário e consciente compreendendo a vida do ponto de vista biológico
como fenômeno que se manifesta de forma diversa, mas sempre como
sistema organizado e integrado, que interage com o meio físico-químico
através de um ciclo de matéria e de um fluxo de energia.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1˚ ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O Mundo vivo: organização e equilíbrio biológico
Bioquímica celular
Carboidratos
Lipídios
Proteínas
Vitaminas
Ácidos Nucléicos
A síntese de proteínas
Origem da vida
A estrutura da célula
Citoplasma
Núcleo celular
Divisão Celular
Fotossíntese
Respiração Celular
213
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cidadania
Agenda 21
Educação Fiscal
2˚ ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Biodiversidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Sistema de classificação dos seres vivos
Vírus
AIDS
Reino Monera
Reino Protista
Reino Fungi
Reino Plantae
Briófitas
Pteridófitas
Gimnospermas
Poríferos
Platelmintos
Nematelmintos
Nematóides
Artrópodes
Equinodermos
Cordados
Répteis
Aves
Mamíferos
Fisiologia Vegetal
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21
Educação Fiscal
214
Herbário
Direitos Humanos
3˚ ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Implicações dos Avanços Biológicos no Fenômeno Vida
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Tipos básicos de reprodução
Casos especiais de reprodução
Reprodução humana
A primeira lei de Mendel
Ausência de dominância
Noções de probabilidade
A segunda lei de Mendel
Grupos Sanguíneos
A herança de sexo
Evolução
Especiação
Evidências evolutivas
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cidadania
Agenda 21
Educação Fiscal
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os procedimentos básicos para que os objetivos de uma educação
transformadora seja concretizada serão adotados métodos que garantam a
contemplação da disciplina de Biologia. Assim a seleção dos temas deve ser
relevante para o processo de ensino-aprendizagem.
O professor deve planejar e desenvolver um trabalho dentro dos objetivos da
biologia:
215
Organização dos seres vivos, fenômeno Vida, biodiversidade, variabilidade
genética.
O educando deverá ler e interpretar textos de interesse científico e
tecnológico, descrevendo processos e características do ambiente ou de seres
vivos, observados em microscópio ou a olho nu, percebendo e utilização os códigos
intrínsecos da Biologia, onde o aluno passa a conhecer diferentes formas de obter
informações ( observações , experimentos,leitura de texto e imagem, entrevista ,
pesquisa) selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo.
Aqui na Metodologia serão cuidados também, de modo relevante àqueles
alunos com características diversificadas, ou seja, com necessidades especiais de
atendimento, de acordo com as defasagens detectadas no decorrer do processo.
Evidentemente, há de se buscar metodologia que se abdiquem a estes educando,
para que consigam em grau semelhante aos outros: aprenderem os conteúdos
trabalhados ,seja na prática ou na teoria, levando em considerações todo o contexto
social em que vivem. Para tanto, procuraremos conhecer as diferentes realidades
com as quais trabalharemos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação na disciplina de Biologia será um processo contínuo que
priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, abrangendo todas as atividades
desenvolvidas em sala de aula e fora dela , individualmente ou em grupo e
compreendendo que cada ser é único, com diferenças e particularidades. Cabe ao
educador desenvolver ações que garantam uma avaliação que contemple cada
particularidade ao educando, seja ela social econômica ou cognitiva.
Assim, a avaliação deve ser um instrumento para dar pistas, fazendo
concretas as pegadas do caminho que o aluno estará fazendo para apropriar-se
efetivamente das atividades verbais, orais e caracterizar os aspectos dos
conhecimentos a serem trabalhados através de relacionar fenômenos, fatos,
processos e idéias em Biologia, elaborando conceitos, identificando regularidades e
diferenças e construindo generalizações, utilizando critérios científicos para realizar
classificação de animais e vegetais estabelecendo relações entre parte e todo de um
fenômeno ou processo biológico.
216
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Biologia para o ensino médio.SEED / Julho 2006
Biologia, Paulino. Edição Compacta
Barnes, R.D.Zoologia , São Paulo
Lopes , sônia . Biologia .Volume Único
Linhares, Sérgio . Bilogia .Volume Único
Amabis,M. josé. Biologia das Células. Volume 1
217
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Historicamente tenta se situar a trajetória da Educação Física por fatos
ocorridos a partir do século XIX, como as transformações sociais com o fim da
exploração escrava e as políticas de incentivo a migração, exigindo medidas para
aplicar preceitos de moralidade instaurar a ordem social.
Após a proclamação da república, vieram a tona mudanças sobre instituições
escolares e políticas educacionais.
O parecer emitido por Rui Barbosa sobre o projeto denominado Reforma do
Ensino Primário , afirmam a importância da ginástica para a formação do cidadão,
equipara-se a Educação Física em categoria e autoridade com as demais
disciplinas. A partir daí , tornou-se componente obrigatório dos Currículos Escolares.
As praticas pedagógicas escolares de Educação Física foram fortemente
influenciadas pela instituição militar e pela medicina numa perspectiva pedagógica.
Melhorar o funcionamento do corpo dependia de técnicas construídas com base no
conhecimento biofísico, com a tarefa de construir corpos saudáveis e dóceis , que
permitissem uma melhor adaptação ao processo produtivo.
A Educação Física se consolidou no contexto escolar a partir da Constituição
de 1937, tendo como objetivo de doutrinação e contenção dos ímpetos da classe
popular , enaltecendo o patriotismo , a hierarquia e a ordem.
Na década de30 , o esporte se popularizou , confundindo-se com a Educação Física
, tendo como intuito de promover políticas nacionalistas.
Em 1942, com a promulgação da lei orgânica do Ensino Secundário , institui-
se ciclos educacionais e ampliou a obrigatoriedade da Educação Física até 21 anos
de idade , objetivando formar mão de obra fisicamente adestrada e capacitada. A
partir de 64 o esporte passou a ter mais ênfase devido aos acordos feitos entre o
MEC e o departamento Federal de Educação Americana , tornando e centrada na
competição e no desempenho ,através de métodos tecnicista. Os esportes olímpicos
foram priorizados como objetivo principal.
A promulgação da lei 5692/72 manteve a obrigatoriedade e a atividade
escolar regular da disciplina de Educação Física. Assim , a disciplina estava ligada a
218
aptidão física e era considerada importante para o desenvolvimento da capacidade
produtiva.
Na área pedagógica , a psicomotricidade ganhou destaque por buscar autenticidade
da disciplina na escola , em contraposição as perspectivas teóricas metodológicas e
ao rendimento motor.
Em meados dos anos 80 já se ouvia falar em tendências ou correntes
voltadas a uma criatividade progressiva , destacando as abordagens
desenvolvimentistas e construtivistas , essas alicerçadas nas discussões da
pedagogia crítica brasileira.
Já no inicio da década de 90 foi elaborado o currículo básico no Paraná , sua
elaboração deu-se no contexto nacional de redemocratização e resultou-se de um
trabalho coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação Pública do
Paraná . O Currículo da Educação Física esta embasado na Pedagógica Histórica -
critica , tendência essa denominada como Educação Física Progressista ,
revolucionaria e crítica , esse documento propôs um modelo de superação das
contradições e injustiças sociais . Era uma proposta avançada, no entanto ,
apresentava uma listagem de conteúdos que limitava trabalho do professor.
No mesmo período foi elaborado também o documento da reestruturação da
Proposta Curricular do Ensino Médio onde vislumbrava-se a perspectiva de
mudanças e transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais
para uma sociedade mais igualitária. Essa proposta representou um marco para
disciplina.
Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofreram um retrocesso na
década de 90 , após a discussão da LDB apresentou-se a proposta dos PCN”S para
a disciplina . Esses Parâmetros Curriculares Nacionais buscavam romper com as
perspectivas de aptidão física . Porém o documento não apresentava uma coerência
interna de Proposta Curricular.
Nos PCN’S , há a descaracterização dos conhecimentos historicamente
construídos , ao propor temas amplos que desviam a centralidade e importância dos
conhecimentos de cada conteúdo de tradição da Educação Física.
Por fim, os PCN’S trazem uma proposta confusa e a crítica com uma redação
progressiva. Porém, as diversas concepções pedagógicas até apresentadas
atendem a interesses que visam a um processo de individualização e a adaptação a
sociedade , ao invés de construção e abordagens dos conhecimentos.
219
Considerando o conteúdo histórico citado até o momento , onde a Educação
Física transitou em diversas perspectivas históricas , desde as mais reacionárias até
as mais críticas , torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem
estas diretrizes , com vistas a avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e
continua aplicando a Educação Física a função de treinar o corpo , sem qualquer
reflexão sobre o fazer corporal.
A Educação Física como disciplina escolar , deve tratar da cultura corporal
( corporeidade e corporalidade ) , em sentido amplo : sua finalidade é introduzir e
integrar o aluno e essa esfera formando o cidadão que vai produzir ,reproduzir e
também transformar essa cultura . Para tanto , o aluno deverá deter o instrumental
necessário para usufruir de jogos , danças , lutas , ginásticas e esportes em
benefício do exercício crítico da cidadania e na melhora da qualidade de vida.
Sua carga horária total no ensino médio é de 240h/a , divididas em 80h/a em cada
serie (1º , 2º e 3º anos ) .
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Desenvolver atividades físicas subsidiadas por uma fundamentação teórica-
prática , a fim de possibilitar interações que se estabeleçam na materialidade das
relações sociais ,políticas , econômicas e culturais dos alunos , considerando a
realidade social onde vivem , alem de favorecer melhorias na qualidade de vida .
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
*ESPORTE
*JOGOS
*GINASTICA
*LUTAS
*DANÇAS
220
ELEMENTOS ARTICULADORES
*DESPORTIZAÇÃO
*MÍDIA
*SAÚDE
*TATICAS E TECNICAS
*LAZER
*DIVERSIDADE
METOLOGIA DA DISCIPLINA
A Educação Física tem como objetivo de estudo, o homem em movimento ,
ou seja ,a cultura corporal e pode ser entendida como uma área que interage com
todas as suas formas de manifestações culturais , políticas , econômicas e
sociais .Neste contexto , utiliza-se a metodologia cri tico , a qual permite ao
educando ampliar sua visão de mundo por meio da cultura corporal. Esta
metodologia é fundamentada na pedagogia histórico-crítica que tem como principio a
igualdade entre os seres humanos e estabelece a educação como meio de
transformação sociais.
Portanto, os conteúdos podem ser abordados de acordo com o grau de
complexidade , levando em consideração as diferenças de entendimento e de
relações entre os conteúdos estruturantes , específicos e articuladores
(complementares) , em cada série do Ensino Médio.
Nesta linha de raciocínio, os conteúdos são trabalhados de forma simultânea,
considerando a espiralidade do conhecimento, tendo como base os mesmos dados,
mas com diferentes graus de aprofundamento e complexidade de acordo com as
séries.
Assim, a metodologia crítico-superadora pressupõe a utilização de estratégias
de ensino, abaixo descrita:
a) Prática social – ponto de partida do trabalho do professor é ter interesse por
aquilo que o aluno já conhece sobre o tema a ser desenvolvido. O interesse
221
do professor por aquilo que os alunos já conhecem é uma ocupação prévia
sobre tema que será desenvolvido. É um cuidado preliminar que visa saber
quais as preocupações que estão nas mentes e nos sentimentos do escolar.
Isso possibilita ao professor desenvolver um trabalho pedagógico mais
adequado, a fim de que os educandos, nas fase posteriores do processo ,
apropriem-se de um conhecimento significativo para suas vidas. (GASPARIM,
2002).
b) Problematização – trata-se de um desafio. É a criação de uma necessidade
para que o educando , por meio de sua ação , busque o conhecimento .É o
momento que a prática social é posta em questão , analisada , interrogada ,
levando em consideração o conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais
de aplicação desse conhecimento . (GASPARIN, 2002.).
c) Instrumentalização – é o caminho por meio do qual o conteúdo sistematizado
é posto a disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem e, ao
incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e
profissional. (GASPARIN, 2002.)
d) Catarse – é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou, isto é , que assemelhou a si mesmo , os conteúdos e os métodos
de trabalhos usados na fase anterior . Agora traduz oralmente ou por escrito a
compreensão que teve de todo processo de trabalho. Expressa sua nova
maneira de ver o conteúdo e a prática social. É capaz de entendê-los em um
novo patamar, mais elevado, mais consistente e mais bem estruturado.
(GASPARIN, 2002.).
e) Retorno a pratica social – é o ponto de chegada do processo pedagógico na
perspectiva histórico-crítica. Representa a transposição do teórico para o
prático dos objetivos da unidade de estudo , das dimensões do conteúdo e
dos conceitos adquiridos. Professor e alunos modificam-se intelectualmente e
qualitativamente em relação a suas concepções sobre o conteúdo que
reconstruíram, passando de um estágio de menor compreensão científica a
222
uma fase de maior clareza e compreensão dessa mesma concepção dentro
da totalidade. (GASPARIN, 2002.).
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será um processo formativo, permanente e cumulativo, que o
professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte
as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de ginástica, do
esporte, dos jogos, da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e a se
posicionarem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o
mundo.
Além disso, o processo de avaliação deve ser flexível, de modo a atingir os
alunos especiais, valorizando as habilidades individuais e respeitando os limites
de cada um para que a inclusão seja trabalhada de maneira a propiciar o
desenvolvimento potencial do educando incluso.
BIBLIOGRAFIA
-APOSTILA DA SEED – Diretrizes curriculares para o ensino da Educação física
– Julho de 2006.
-ALMEIDA, Paulo Nunes . Técnicas e Jogos Pedagógicos. São Paulo, 1987.
Edições Loyola.
-BREGOLATO, Roseli A. – Textos de Educação Física para a Sala de Aula.
Casacavel ,1994 . Ed. Assoite.
-NETO . João O. Machado . Nutrição e Exercício .Rio de janeiro . 1994 . Ed.
Sprint.
-TEIXEIRA . Hudson Ventura . Educação Física e Desportos . São Paulo . 1996 .
Ed. Saraiva.
223
-PARECER Nº CNE/CP 003/2004 Brasilia , MEC . 2004.
-MORAES , A. C. Orientações Curriculares do Ensno Médio.
-COLETIVO DEAUTORES . Metodologia do Ensino da Educação Física . São
Paulo . 1992.
-BRACHT. V. As Ciências do Esporte no Brasil . Campinas/SP. Autores
associados ,1996.
-BETTI, M. Educação Física Escolar . Uma Proposta de diretrizes pedagógicas .
In Revista Mackenzie de Educação física e Esporte . São Paulo , 1981.
-DAOLO. J. Educação Física e o conceito de cultura . Campinas/SP. Autores
associados . 2004.
-KUZ. E . Didática da Educação Física . Ujui . Editora Unijui , 2003.
224
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O homem sempre buscou compreender melhor os fenômenos naturais e a
estrutura do universo. Para isso, tem procurado definir princípios e leis elementares.
Todo esse esforço levou ao surgimento da física como uma disciplina científica.
Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais pela aplicação de um
método regido por determinados princípios gerais e disciplinado por relações entre
experimentos e teoria. Seu campo de ação compreende, em linhas gerais, o estudo
das propriedades da matéria, seus aspectos e níveis de organização e das leis de
seu movimento e transformações. Busca formular essas leis em uma linguagem
matemática capaz de abranger o maior número possível de fenômenos. É uma
ciência que está em constante evolução, graças a novos instrumentos e
descobertas.
A Física pode ser subdividida em experimental e teórica. A primeira parte é
uma sondagem das propriedades da matéria, seu movimento e transformações,
através de observações e medidas dos aspectos quantitativos relevantes. A parte
teórica visa a incorporação dos resultados experimentais em teorias consistentes,
capazes de articular elementos novos com aqueles já conhecidos, representando-os
segundo estruturas lógicas abrangentes que recorrem a um conjunto mínimo de
postulados e princípios gerais. Engloba também a previsão de fenômenos ou
comportamentos novos e formulação da teoria de instrumento de medida, essencial
para o desenvolvimento do método experimental. Os dois tipos de abordagem se
encontram em todos os campos da física, e andam sempre juntos.
A Física na escola deve contribuir para formação de uma cultura científica
efetiva que permita ao individuo a interpretação de fatos, fenômenos e processos
naturais, dimensionando ao ser humano a interação com a natureza como parte de
sua própria transformação. É preciso também que a cultura física inclua a
compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos técnicos ou
tecnológicos do nosso cotidiano doméstico social e profissional, incorporada em
nossa cultura e no mundo em que vivemos.
O ensino da Física deve ser capaz de levar, aos estudantes, uma reflexão
sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da
225
pura racionalidade científica, mas que também está comprometida com as estruturas
sociais, econômicas e políticas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Compreender as leis e teorias científicas que levam ao conhecimento da
Física como ciência, reconhecendo a necessidade do conhecimento científico para o
estudo e o entendimento do universo e dos fenômenos que o cerca, podendo assim,
aplicar os princípios fundamentais da Física na solução de problemas inerentes ao
seu cotidiano, contribuindo para a formação de um cidadão pesquisador.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Estudo dos Movimentos, Termodinâmica e Eletromagnetismo.
1° ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Estudo dos movimentos
Conceitos Fundamentais: Inércia, Momentum de um corpo, a variação do
Momentum e suas conseqüências.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- Quantidade de movimento e inércia, o papel da massa;
- A conservação do momentum;
- Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª lei de Newton – a idéia de
força;
- Conceito de equilíbrio e 3ª lei de Newton;
- Potência;
- Movimentos retilíneos e curvilíneos;
- Gravitação universal;
- A energia e o princípio da conservação de energia;
- Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa e
mola, ondulatória, acústica;
226
- Movimento dos fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação,
viscosidade dos fluídos, comportamento de superfícies e interfaces, estrutura dos
materiais;
- Introdução a sistemas caóticos.
2° ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Termodinâmica.
Conceitos Fundamentais: Temperatura e calor, reversibilidade e irreversibilidade dos
fenômenos físicos, a conservação da energia.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Temperatura e calor;
- Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico,
propriedades termométricas, medidas de temperatura;
- 1ª lei da Termodinâmica: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos
que realizam trabalho, a conservação de energia;
- 2ª lei da termodinâmica: máquinas térmicas, a idéia de entropia, processos
irreversíveis e reversíveis;
- 3ª lei da termodinâmica: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da
matéria nas proximidades do zero absoluto;
- As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da
Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.
3° ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Eletromagnetismo.
Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell, a luz como onda
eletromagnética.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
- Conceitos de carga e pólos magnéticos;
- As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gaus, Lei de Faraday, Lei de Ampere
e Lei de Lenz;
- Campo elétrico e magnético, as linhas de campo;
227
- Força elétrica e magnética, força de Lorentz;
- Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num
circuito;
- As ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética;
- Propriedades da luz como uma onda e como partícula: a dualidade onda-partícula;
- Óptica Física e Geométrica;
- A dualidade da matéria;
- As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Através do diálogo, os conteúdos serão expostos pelo professor. O
conhecimento prévio dos estudantes e suas experiências de vida serão incluídos no
contexto da aula, sempre que de acordo com o conteúdo que está sendo
apresentado. A cada conteúdo, serão realizados debates que enfoquem a sua
importância na vida prática. Serão desenvolvidos trabalhos e pesquisas individuais e
em grupos, resolução de exercícios, leituras diferenciadas (assuntos do cotidiano
relacionados com o conteúdo), seminários, debates, construção de equipamentos e
materiais utilizados para o estudo dos conteúdos, visitas, experiências em
laboratórios e projetos. A prática metodológica será flexível, com o atendimento a
todas as modalidades de ensino (população rural, população indígena, grupos afro-
descendentes, etc.).
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Durante a avaliação, será levado em conta o conhecimento prévio dos
estudantes, trazido por eles, como fruto de suas experiências de vida em seu
contexto social, esses conhecimentos serão explorados e aperfeiçoados. Será
avaliado continuamente o progresso do educando na assimilação dos
conhecimentos, bem como, a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de
interpretação da teoria e problemas, a capacidade de elaboração de relatório sobre
um experimento e a aplicação da modelagem matemática. Esses critérios serão
avaliados através de avaliações escritas, debates, apresentação de seminários,
trabalhos de pesquisa, confecção de cartazes, maquetes ou objetos específicos de
acordo com o conteúdo trabalhado, relatórios de experiências realizadas e
participação em sala de aula, visando atender a todos os alunos (com necessidades
228
especiais, população do campo, população indígena, grupos afro-descendentes e
etc.).
BIBLIOGRAFIA
SILVA, Djalma Nunes. Física Paraná. Livro Didático - Série Novo Ensino
Médio. Editora Ática. 6ª edição – 2004. São Paulo – SP.
MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física – de olho no mundo do trabalho. Livro Didático. Volume Único. Editora Spicione. 1ª edição – 2003.
São Paulo – SP.
FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antonio de Toledo. Física Básica. Volume único. Livro Didático. Editora Atual. São Paulo, 1998.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Diretrizes curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba:
SEED/SUED, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Educação Especial. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba:
SEED/SUED/DEE, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Identidade do Ensino Médio. Curitiba: SEED/SUED, 2006.
Aprender: Indicações da Prática Docente. Texto apresentado em painel no
XIII ENDIPE. Joana Paulin Romanowski. PUCPR.
229
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde os tempos mais remotos, o saber geográfico estava vinculado às
descrições das paisagens e à cartografia.
Durante a Idade Média (século XII a XV), destacou-se a evolução do
conhecimento cartográfico.
Com o Colonialismo, a Geografia ampliou-se no sentido de catalogar dados
sobre os novos territórios recém descobertos.
Mas, até o século XIX, a Geografia não havia se sistematizado.
No Imperialismo, (século XIX), várias sociedades geográficas foram criadas
(organizavam expedições científicas), que subsidiaram, mais tarde, o surgimento
das escolas nacionais de pensamento geográfico, com destaque para a alemã e a
francesa.
A Geografia só se tornou ciência no século XIX, com destaque para Ratzel
(1844 – 1904).
No Brasil o pensamento geográfico esteve presente desde a colonização,
com o intuito de descrever o espaço geográfico, mapear a colônia e localizar os
portos para exportação da produção.
Somente no século XX as pesquisas e a ciência geográfica começaram a
aparecer de forma mais efetiva. A partir de 1920, no Brasil, a Geografia foi
considerada conhecimento científico. Mas somente após a Revolução de 30, o
ensino e a pesquisa de Geografia no Brasil, se institucionalizaram.
Durante um longo período a Geografia escolar teve um caráter decorativo,
focada na descrição de paisagens e no fortalecimento do nacionalismo. Estas
características da Geografia escolar perduraram até os anos 60 do século XX.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo inicia uma Nova Ordem
Mundial e os enfoques da geografia começam a mudar.
Nos anos 70 e 80, as transformações políticas mundiais e nacionais,
especialmente com o fim da bipolaridade, levaram as outras reformulações do
pensamento geográfico, estimulando a criticidade e relacionando questões sócio-
econômicas, sócio-ambientais e culturais.
230
Na atualidade, percebemos o saber geográfico voltado para a humanidade e
a natureza, estimulando, além da criticidade, o exercício da cidadania, motivando
para o “pensar” e para a busca do conhecimento científico, compreendendo “o que ‘‘
acontece ao nosso redor , mas também “porque” acontece, inventando e
reinventando possibilidades de convivência harmônica entre o ser humano e a
natureza”.
OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Conhecer e compreender o quadro natural, social e econômico do mundo,
posicionando-se criticamente como agente integrante e transformador do espaço e
percebendo-o como resultado da ação humana. Assim, busca-se desenvolver no
aluno a consciência espacial e a leitura geográfica.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª ANO
Desigualdades sócio-econômicas e espaço urbano (Espaço geográfico,
paisagem e território; coordenadas geográficas; movimentos da Terra e fusos
horários; cartografia);
Agroindústrias (As atividades agropecuárias e os sistemas agrários; as
indústrias no campo);
Processo de urbanização (Urbanização no mundo);
Processo de industrialização (A indústria no mundo);
A relação urbano-rural (As relações campo e cidade);
Valorização do solo urbano: Centro-Periferia (Organização do espaço urbano
no mundo).
2ª ANO
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Desigualdades sócio-econômicas e espaço urbano (Países desenvolvidos e
subdesenvolvidos; a internacionalização do capital; o comércio mundial);
Processo de industrialização (Os novos países industrializados: substituição
de importações e plataformas de exportação);
3ª ANO
Desigualdades sócio-econômicas e espaço urbano (Brasil, país
industrializado e subdesenvolvido; o espaço urbano brasileiro e paranaense;
formação e expansão do território brasileiro; caracterização do espaço
brasileiro; organização político-administrativa do Brasil e Paraná; a divisão
regional do Brasil e as Mesorregiões do Paraná; os complexos regionais
brasileiros);
Agroindústrias (O espaço agropecuário brasileiro e paranaense; as indústrias
no campo);
Processo de urbanização (O meio urbano no Brasil e Paraná);
Valorização do solo urbano Centro-Periferia (Organização do espaço urbano
brasileiro e paranaense);
Processo de industrialização (A industrialização no Brasil; distribuição
espacial da indústria no Brasil e Paraná; os meios de transporte e
comunicação no Brasil e Paraná);
A relação urbano-rural (As relações campo e cidade no Brasil e Paraná; a
estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil);
GEOPOLÍTICA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª ANO
As cidades globais (As cidades globais no mundo)
Os conflitos territoriais urbanos (Urbanização no mundo e suas desigualdades
territoriais);
A hierarquia das cidades (Redes urbanas);
2ª ANO
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As cidades globais (O processo de globalização; os blocos econômicos;
capitalismo, socialismo e a guerra fria);
Os micro-territórios urbanos (Globalização e comércio mundial; metrópoles
mundiais);
Os conflitos territoriais (Xenofobia; diáspora; nacionalismos; separatismos;
terrorismo no mundo);
A hierarquia das cidades ( Redes urbanas e globalização);
O mundo hoje (Oriente Médio; as mudanças no Leste Europeu; a China e
seus sistemas; Coréia do Norte, Cuba e Vietnã; América Latina; África;
Reino Unido, Alemanha, Itália e França; Canadá e Japão; Austrália e Nova
Zelândia; Estados Unidos, potência mundial; Brasil: aspectos gerais).
3ª ANO
As cidades globais (O Brasil e o Paraná inseridos no processo de
globalização; o comércio exterior brasileiro);
Os micro-territórios urbanos (Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras
e paranaenses);
Os conflitos territoriais urbanos (As relações urbanas);
A hierarquia das cidades (As redes urbanas no Brasil).
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª ANO
Movimentos migratórios e ocupação urbana (A população da Terra: fatores do
crescimento, teorias demográficas e diversidades);
Movimentos sociais urbanos (As relações sociais nas áreas urbanas do
mundo; desigualdades sociais no mundo);
As relações étnico-raciais (Discriminação racial; o desrespeito às diferenças
culturais e raciais no mundo);
2ª ANO
Movimentos migratórios e ocupação urbana (As migrações internacionais);
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Movimentos sociais urbanos (As relações de poder na área urbana e as
desigualdades sociais);
As relações étnico-raciais no ambiente urbano (O desrespeito e a
discriminação racial e cultural no mundo);
3ª ANO
Movimentos migratórios e ocupação urbana (A população brasileira e
paranaense; movimentos da população brasileira e paranaense; a formação
étnica e cultural da população brasileira e paranaense);
Movimentos sociais urbanos (As relações sociais e as desigualdades no
Brasil);
As relações étnico-raciais (O desrespeito e a discriminação racial e cultural no
Brasil e Paraná – passado e presente);
DIMENSÃO SÓCIOAMBIENTAL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª ANO
Uso da água no meio urbano e rural (A água no planeta: disponibilidade e
desperdício; águas oceânicas, continentais e subterrâneas);
Poluição dos rios pelos dejetos urbanos e rurais (Esgotos sem tratamento;
efluentes industriais; lixo orgânico e biodegradável; o lixo e as galerias
pluviais; agrotóxicos);
Ocupação urbana de encostas e várzeas (Urbanização desordenada e suas
conseqüências ambientais; desmatamento de vegetação ciliar e
assoreamento; Legislação ambiental; Biomas terrestres);
Políticas públicas e saneamento básico nas cidades (Urbanização
desordenada; tratamento de água e esgoto; o desperdício da água e energia
elétrica nas cidades; a Legislação ambiental e o destino correto para pilhas,
baterias e lâmpadas fluorescentes);
Poluição (Os vários tipos de poluição do ar, do solo e da água; a
meteorologia, os climas do mundo e as mudanças climáticas; fontes de
energia; desenvolvimento sustentável);
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(Dinâmicas naturais e suas conseqüências: o tempo geológico e as placas
tectônicas, a estrutura interna da Terra, agentes internos e externos do relevo
terrestre, as fisionomias da superfície terrestre).
2ª ANO
Poluição (Os vários tipos de poluição nos países desenvolvidos e
subdesenvolvidos; exploração e conflitos devido aos recursos naturais no
mundo).
3ª ANO
Uso da água no meio urbano e rural (A água no Brasil e Paraná:
disponibilidade em aqüíferos, lençóis freáticos, rios, lagos e oceano, e o
desperdício);
Poluição dos rios pelos dejetos urbanos e rurais (Hidrografia brasileira e
paranaense; esgotos sem tratamento; efluentes industriais; lixo orgânico e
biodegradável; o lixo e as galerias pluviais; agrotóxicos);
Ocupação urbana de encostas e várzeas (Urbanização desordenada e os
impactos ambientais no Brasil e Paraná; ecossistemas brasileiros; vegetação
paranaense; desmatamento; assoreamento);
Políticas públicas e saneamento básico nas cidades (Brasil e Paraná:
urbanização desordenada, tratamento de água e esgoto, o desperdício da
água e energia elétrica nas cidades, a Legislação ambiental e o destino
correto para pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes);
Poluição (Brasil e Paraná: os vários tipos de poluição do ar, do solo e da
água, os climas e as mudanças climáticas, relevo, geologia, mineração e
energia, desenvolvimento sustentável).
Aspectos locais (noções de geografia e história de Campo Mourão, enfocando
os aspectos ambientais).
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 Escolar, Educação Fiscal, Cultura Africana e Indígena, Educação no
Campo (a serem trabalhados em todas as séries).
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METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento metodológico para o ensino de Geografia no Ensino
Médio, dar-se-á através de aulas expositivas, com auxílio de recursos áudio visuais,
bem como de aulas práticas, através das pesquisas de campo ou manipulação de
materiais concretos
Os conteúdos geográficos serão trabalhados de maneira à estimular os
educandos para o dinamismo e a criticidade, motivando-os a pensar e a buscar
alternativas para as mais diversas situações cotidianas, percebendo-se como agente
construtor da sociedade e modificador das paisagens, interagindo com o meio em
que vive. Isto se aplica a os alunos, inclusive aos portadores de necessidades
especiais. Cabe ao professor o bom senso para se utilizar de metodologias variadas
para atender as necessidades do educando independente de raça, credo, ideologia
ou deficiências, bem como a necessidade de apoio do próprio Sistema Educacional.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação é um precioso meio pelo qual o professor pode acompanhar as
manifestações de aprendizagem de seus alunos, além de verificar a sua própria
atuação docente. É de suma importância que a avaliação seja contínua, formativa e
emancipatória, na perspectiva do desenvolvimento integral do aluno. O importante é
estabelecer um diagnóstico correto para cada aluno e identificar as possíveis causas
de seus fracassos e/ou dificuldades, visando uma maior qualificação e não somente
uma quantificação na aprendizagem.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá ser feita pela observação
constante de cada aluno, inclusive aqueles que possuem necessidades especiais
(respeitando os avanços e limites de cada um), em diferentes experiências de
aprendizagem, tais como: debates, experiências cotidianas, testes orais e escritos,
tarefas específicas, interpretação e produção de textos, confecção e interpretação
de mapas, maquetes, gráficos e tabelas, pesquisas teóricas e práticas, participação
em trabalhos coletivos e/ou individuais, entrevistas, seminários, palestras, projetos,
atividades cívicas e outras formas que se mostrarem aconselháveis e de aplicação
possível, cumprindo a sua finalidade educativa de ser permanente e cumulativa.
236
BIBLIOGRAFIA
2006 Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação.
Atlas Escolar e Didático DCL, censo 2000, São Paulo.
BOLIGIAN, Levon et ali. Espaço e Vivência Volumes I, II, III e IV. Editora Atual.
São Paulo,
CAMARGO, João Borba de, Geografia Física, Humana e Econômica do Paraná.
Maringá, 2001, 4ª edição.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio – versão
preliminar/julho
GARAVELLO e GARCIA. Volumes I, II, III e IV, Editora Scipione. São Paulo,
2005.
GIGOLINI, et ali, Adilar. Quadro Natural, Transformações territoriais e Economia.
Ed. Saraiva.
São Paulo, 2001, 2ª ed.
TÉRCIO, Lúcia Marina e. Geografia Série Novo Ensino Médio. Ed. Ática. São
Paulo, 2005, 2ª
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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O mundo atual apresenta um conjunto de muitas novidades – transformações.
Globalização (ciranda global), mundo que “encolhe” à medida que barreiras
geográficas deixam de existir, que tem no capital a fonte de valorização de qualquer
política; que desumaniza o indivíduo em nome da concorrência, empreendendo
relações fetichistas que descaracterizam ainda mais o ser humano em nome da
riqueza.
Este mundo, portanto, apresenta-se competitivo, individualista, seletivo,
dialético, veloz (cibernético, informativo), injusto e provido de grande miséria moral e
existencial, onde os valores são outros e as ideologias não compreendidas e
alienadamente absorvidas remetem o homem a um processo de submissão,
legitimada pela ignorância.
A simples constatação desta realidade muito pouco ou quase nada
acrescenta à compreensão das complexas relações sociais contemporâneas. Uma
forma privilegiada de pensar e melhor compreender o mundo, remete ao
entendimento dessas relações, que exigem por sua vez a superação da ideologia
burguesa e do senso comum, bem como, dos elementos condicionantes sociais,
econômicos e culturais globais que constituem objetivamente a realidade social.
Nesse contexto histórico, marcado pela crise de entendimento, velhos
conceitos passam a exigir novas formulações, legando a história à luz de seu
entendimento sobre o processo de desenvolvimento do modo de produção
capitalista, dinamizar a reflexão e o debate coletivo no sentido de constituir a
organização e a efetivação de um projeto sócio-educacional emancipatório.
O ensino de história nesse contexto, mais do que relevante, constitui-se em
uma das principais ferramentas na construção dessa emancipação, uma vez que ao
focar o indivíduo como sujeito de sua própria história, remete a este o dever de se
tornar agente das transformações setoriais, que por sua vez é o único meio para
alcançar qualquer forma de autonomia.
Nessa perspectiva, o ensino de história deve contribuir para que o aluno
possa compreender e aprender as formas de produção dessa autonomia.
Sobretudo, através dos conteúdos revistos e relacionados à realidade local e global
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que implicam a vida de todos, tendo como ponto de partida o seu cotidiano. Desta
forma, a primeira preocupação da disciplina de história é sistematizar conteúdos que
se preocupem com a formação do homem, cidadão consciente de sua importância e,
portanto, capaz de promover mudanças na realidade social.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Possibilitar que os alunos entendam que as relações sociais de produção, as
relações de trabalho e as relações com o mundo, são responsáveis por
impulsionar uma determinada época na busca de alternativas;
Dimensionar, em diferentes temporalidades, as formas de organização
política nacional e internacional.
Reconhecer diferenças e semelhanças entre os confrontos, às lutas sociais e
políticas, as guerras e as revoluções do presente e do passado.
Reconhecer as características da cultura contemporânea atual e suas
relações com a história mundial nos últimos séculos.
Reconhecer algumas diferenças, semelhanças, transformações e
permanências entre idéias e práticas envolvidas nas questões de cidadania,
construídas e vividas no presente e no passado.
Organizar idéias articulando-as oralmente, por escrito e por outras formas de
comunicação.
Identificar os conhecimentos científicos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta. passar aos alunos a concepção de mundo,
a visão de realidade que imperava nas diversas épocas;
Captar as conseqüências dos fatos históricos em termos do desdobramento
do conhecimento científico e técnico que o mundo conheceu a partir destas
ações.
Contribuir para a preparação do indivíduo para a vida, de modo que ele possa
participar ativamente na sociedade em que vive, sob ponto de vista político,
social, econômico e cultural.
Construir de valores e atitudes visando a formação integral do ser humano.
Contextualizar o saber escolar com a visão histórica da construção do
homem, bem como, suas implicações e limitações socioeconômicas,
históricas e políticas, na perspectiva de formação de sujeitos autônomos,
críticos e solidários.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Trabalho
Cultura
Poder
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1º ANO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- Sobre a história: a construção do objeto e do sujeito histórico
- O homem como sujeito histórico. A formação da identidade social a partir de sua
identidade cultural
- A produção do conhecimento histórico: as fontes, o método, a definição do objeto
histórico e as diferentes temporalidades.
- A formação das diferentes sociedades: o surgimento da desigualdade social –
estudo de caso das sociedades africanas
- Dominação e resistência na formação das sociedades: orientais: mesopotâmicas,
ocidentais (clássicas) e ameríndias
- Formação e desenvolvimento do mundo ocidental: estudo dos sistemas políticos e
econômicos
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- A relação entre as estruturas sociais, políticas e econômicas desenvolvidas pelas
sociedades do oriente e ocidente
- As implicações religiosas no desenvolvimento das sociedades antigas: ciência,
política, economia e sua relação com a religião,
* A Temporalidade e Espacialidade dos conteúdos apontados insere-se no
propósito das analises dos elementos implicados, a saber os períodos denominados de “Pré-História” e de História Antiga – que remete a formação
dos primeiros núcleos urbanos – sobretudo, relacionado ao espaço Mesopotâmico e
Crescente Fértil, América e África.
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2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS
- A transição do sistema escravista para o sistema feudal: as novas relações de
produção e poder
- Os elementos religiosos determinantes na organização da sociedade medieval: fé,
ciência e política.
- O modelo político e a ordem econômica estabelecida pela ordem feudal
- As novas relações econômicas instituídas pela reabertura do mediterrâneo e a
expansão das relações sociais entre ocidente e oriente
- A expansão comercial européia e as novas relações entre colonizador e colonizado
na América.
- O Brasil – as sociedades ameríndias – no contexto da expansão comercial
européia: o período pré-colonial brasileiro
-A transformação da ordem cultural e religiosa instituída a partir do renascimento
cultural e reforma religiosa protestante
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- A relação entre os indivíduos: a história da escravidão no Oriente, na África, e na
América durante o processo de expansão comercial
- As idéias e ideologias que serviram como justificativa para a exploração das
nações ameríndias, africanas, asiáticas e também européias
* A Temporalidade e Espacialidade dos conteúdos descritos amarram a ordem dos
períodos históricos chamados de Idade Média e Moderna e compreende como
palco o continente Europeu, Africano, Asiático e Americano. Entre os séculos IV e
XVI
3º ANO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- As novas idéias: estudo de conceitos: o liberalismo e a origem da integração de
mercados a partir da expansão marítima
- A construção do processo histórico brasileiro: a relação entre metrópole, colônia e
os sujeitos desse processo.
- A ocupação do território brasileiro: estudo de caso a ocupação do território e
formação do atual Estado do Paraná (economia, sociedade e cultura)
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- Os ideais iluministas presentes na construção da autonomia política brasileira e
sua afirmação teórica no percurso da formação do Estado nacional: monarquia e
república
- O século XX: mudanças e permanências: os Estados totalitários – o Brasil nesse
quadro – o mundo em guerra, descolonização afro-asiática.
- A questão agrária: a luta pela posse da terra no Brasil e América Espanhola
- A construção da cidadania no mundo contemporâneo: formação de mercados
globais e luta pela preservação da identidade nacional
- O mundo do trabalho: flexibilização do emprego – trabalho escravo, assalariado,
infantil. A relação entre capital e trabalho, movimentos sociais e as tecnologias do
mundo globalizado.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- A nova ordem global e o papel dos indivíduos na preservação da identidade
nacional
- As políticas ecológicas:eco 92 e discussão da agenda 21
- As políticas sociais no Brasil contemporâneo: negros, ameríndios, mulheres e
portadores de deficiência
* A Temporalidade e Espacialidade desses conteúdos compreendem a visão de um
mundo globalizado e coisificado em que percebemos a imposição do mercado sobre
pessoas e culturas. Nesse sentido, entendemos o século XVI como período inicial da
construção desse elemento ocorrendo seu desenvolvimento nos séculos que
seguem até a ordem atual, entendendo-se como palco todo o planeta, no que
podemos chamar de grande aldeia global.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos serão abordados de forma que permitam ao aluno avaliar e
compreender o processo histórico de forma crítica e consciente. Assim, durante o
ano letivo, as relações sociais, políticas e culturais estabelecidas em sala de aula
serão utilizadas como estratégias para a melhor compreensão do ser histórico,
procurando analisar como tais elementos se manifestam no seio da sociedade em
que vivem.
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A leitura e escrita (textos complementares, livros, produção de textos etc.)
serão priorizados no processo de ensino-aprendizado, na tentativa de sanar as
dificuldades dos alunos no campo da linguagem.
As atividades mnemônicas como o trabalho com músicas e musicalização de
conteúdos, dinâmicas de grupo e vídeos serão empregadas, na pretensão de
promover a desinibição do aluno em eventos públicos.
Os temas abordados na proposta curricular oportunizarão o diálogo e a
apropriação de conceitos de domínio do educando, considerando sua história, o
ambiente cultural e a identidade do grupo ao qual está inserido.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Avaliar é um momento inevitável de qualquer atividade humana. Se
adequadamente vivenciado pode promover sucesso, se inadequadamente, pode
gerar fracasso.
Avaliar significa ver se os objetivos propostos estão sendo atingidos. Se não
estão, deve-se rever a metodologia empregada, o ritmo de trabalho, a participação
de todos os elementos envolvidos no processo, ou seja, descobrir quais as causas
do mau andamento do aprendizado e atuar sobre eles.
Para tanto, a avaliação terá função diagnóstica, priorizando os mecanismos
de aprendizagem do aluno em relação à sua realidade social. Desta forma,
contemplará necessariamente, as experiências acumuladas pelos discentes.
A avaliação ocorrerá de forma contínua, devendo proporcionar o repensar da
prática pedagógica e a proposição de novas alternativas de ensino e aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
BITTENCOURT, C. M. F. (org). O Saber histórico na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 1997.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Trad. Maria de Lurdes Menezes. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2002.
243
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas:
Papiros, 2003.
FONSECA, Selva G; Caminhos da história ensinada. Campinas: Papirus, 1993.
HOBSBAWM, E. J. A Era das Revoluções. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.
_______. Era dos extremos: o breve século XX; 1914-1991.São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.
MARQUES, Adhemar Martins. História medieval, moderna e contemporânea através
de textos. São Paulo: Contexto, 1991.
SCHMIDT, Mario. Nova história crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação
especial para a construção de Currículos inclusivos. Secretaria de Estado da
Educação - SEED: Curitiba, junho de 2006.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História para o
Ensino Médio, versão preliminar, Secretaria de Estado da Educação-SEED: Curitiba,
julho 2006.
SEED. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes para a educação das relações
étnicos- raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana.
Secretaria de Estado da Educação - SEED: Curitiba, junho de 2006.
244
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Após a Proclamação da República, a sociedade brasileira reconheceu a
instituição escolar como necessária à formação dos cidadãos. Naquele período
foram construídas grandes escolas, pois antes a escola era, de forma geral, um
lugar onde se aprendia e não um espaço construído com fins educacionais. Mas
poucos eram os cidadãos que tinham acesso a escola, mais de 75% da população
brasileira era analfabeta em 1920.
Só em 1940 é que houve grandes preocupações com a escolarização, com o
aumento de vagas nas escolas e a oferta da educação obrigatória por 4 anos. A
partir desta data é que as classes populares tiveram acesso aos bancos escolares,
antes reservados somente para a elite.
Pela concepção elitista da escola, o ensino não supria as necessidades das
classes menos favorecidas, que não alcançavam êxito. E como as vagas para o
ginásio eram poucas havia o teste de admissão, sendo estas preenchidas quase que
na totalidade por elementos das classes mais elevadas.
Em 1961 foi aprovada a lei com a obrigatoriedade da oferta de ensino
primário às crianças de 07 a 10 anos, em 1969 ampliada para a população entre 07
e 14 anos, e desde os anos 70 a escola pública de 1ªa 8ª série tornou-se uma
realidade.
Até as décadas de 1960-70, a leitura do texto literário, no ensino primário e
ginasial, tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua, constituindo base
para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e
cívicos. A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então 2º grau,
com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário. Na análise do
texto poético, por exemplo, utilizava-se o método francês de análise literária, ou seja,
propunha-se a análise do texto segundo as estruturas formais: rimas escansão de
versos, ritmo, estrofes, etc. Nesse processo de ensino, cabia ao professor a
condução da análise literária e aos alunos a condição de meros ouvintes. Havia
portanto a necessidade de mudanças para superação de tal quadro.
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A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-
se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem. No
entanto, a maioria dos currículos do Brasil, ainda que apresentem uma proposta
nesta linha, não trabalham efetivamente nesses moldes, adotando muitas vezes os
procedimentos do passado.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os
Parâmetros Curriculares, do final da década de 90, também fundamentaram a
proposta para a disciplina de Língua portuguesa nas concepções interacionistas ou
discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.
Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que estão alicerçando a
discussão sobre o ensino de Língua Literatura requerem novos posicionamentos em
relação às práticas de ensino seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo
envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
As Diretrizes Curriculares de 2006 Fundamentam o trabalho pedagógico com
a Língua Portuguesa e Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos
agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos
sujeitos que por meio dela interagem.
A linguagem é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente
situados que se constituem e constituem uns aos outros em sua relações dialógicas.
Na medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser
considerada como trabalho e produto do trabalho.
Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências,
compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como participante da
sociedade.
Dentro da concepção de língua, o texto é visto como lugar onde os
participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é a
articulação de discursos, são vozes que se materializam, é ato humano, é linguagem
em uso efetivo. Toda reflexão com e sobre a língua só tem sentido se considerar,
como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem, presente em atividades
que possibilitem, aos alunos e professores, experiências reais de uso da língua
materna.Vale lembrar que os conceitos de texto e de leitura não se restringem à
linguagem escrita, eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a interação da
linguagem verbal com as outras linguagens.
Texto, então, configura-se não apenas como formalização do discurso oral ou
escrito, mas como evento que tem sua abrangência na antes, as condições de
246
produção, de elaboração, e no depois da formalização, a leitura, a atitude responsiva
ativa. Sendo assim o texto extrapola seus limites para abranger, na malha
discursiva, aquilo que o antecedeu e também aquilo que a ele se soma.
Portanto um texto não é um objeto fixo num dado momento no tempo, ele
lança seus sentidos no diálogo intertextual que curso aos enunciados que o
antecederam; lança também seus sentidos adiante, no devir que as composições da
leitura suscitarão como forma de dar-lhes continuidade.
Aquilo que se diz ou que se escreve constitui o enunciado ou discurso, o qual
se realiza em momentos interativos. Nesse processo, os interlocutores vão
construindo sentidos e significados ao longo das suas trocas lingüísticas orais ou
escritas. Tais sentidos e significados são influenciados, também, pelas relações que
os interlocutores mantêm com a língua e entre si, com o tema sobre o qual se fala
ou se escreve, ouve ou l~e; pelos seus conhecimentos prévios, atitudes e
preconceitos; e pelo contexto social em que ocorre a interlocução. Todo isso é
potencializado pelo texto.
Hoje o grande desafio da escola é estabelecer uma proposta de ensino que
reconheça e valorize práticas culturais da sua clientela, sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido, que constitui-se em patrimônio universal.A
língua deve se percebida como o discurso realizados durante toda a vida pelos
sujeitos, que são capazes de refletir e tomar decisões.
O ensino da Língua Portuguesa é uma das mais importantes
responsabilidades do professor, pois é a condição para a aprendizagem das demais
disciplinas, além de ser instrumento indispensável para a participação social do
sujeito, em todas as esferas da vida: profissional, política, cultural. Partindo da
experiência lingüística adquirida pelas crianças no meio familiar e social, elas
gradativamente são estimuladas a dominar a norma-padrão culta da língua.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Os objetivos do ensino de língua portuguesa a partir da concepção de língua
como discurso que ocorre nas diversas práticas do dia-a-dia nortearão todo o
processo. Por isso faz-se necessário habilitar o aluno a:
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso.
247
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas, considerando-
se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes
textuais e o contexto de produção/leitura.
- Refletir sobre os textos produzidos, lidos e ouvidos, atualizando o gênero e o
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização.
- Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, permitindo a expansão
lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS POR SÉRIE / ANO
– CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante é o discurso que significa em sua origem, curso,
percurso, correr por, movimento, isso significa que a postura frente aos conceitos
fixos, imutáveis, deve ser diferenciada. O discurso possibilitará saberes mais
amplos da disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte
de um corpo estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados
historicamente. O texto não deve ser entendido como isolado em si mesmo e
estático, ele é feito de sentidos entre interlocutores, pois é uma dimensão disciplinar
da realidade, e é neste sentido que deve ser trabalhado, sempre com vista às
necessidades dos alunos.
Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e
que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua
estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais,etc.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas se as práticas de leitura, escrita e oralidade, interagirem entre si e constituírem uma prática sócio-cultural,
contribuindo, dessa forma, para com o aprimoramento da competência lingüística
dos nossos estudantes.
248
- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Tendo como orientadores os estudos feitos e a leitura minuciosa das
Diretrizes e Bases que norteiam o ensino de Língua portuguesa, bem como a
adoção do livro didático fornecido pelo governo, optou-se pelos conteúdos que se
seguem, pois acredita-se que ao serem trabalhados, estarão proporcionando ao
nossos alunos o eficaz aprendizado da disciplina em questão.
1º ANO
- Variedades da Língua Portuguesa;
- Processo de comunicação;
- Funções da linguagem;
- Linguagem literária e não literária ( conotação e denotação );
- Gêneros literários, lírico, épico e dramático;
- Significação das palavras;
- Figuras de linguagem;
- Texto narrativo, poético, teatral;
- Estilos e periodização da literatura;
- A literatura, características e funções;
- Processo de formação das palavras;
- Leitura, compreensão e interpretação de diferentes gêneros de textos, tais
como:
- Poemas;
- Textos literários diversos;
- Narrativo;
- Propaganda;
- Notícia;
- Charge;
- Cartum;
- Crônica;
- Descritivo;
- Dissertativo, entre outros;
- Elaboração de textos dos diferentes gêneros trabalhados;
- Atividades orais, expositivas diversas tais como: debates, aulas
expositivas, simpósios, palestras, etc.
249
Os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados quando contribuírem para o
entendimento das atividades, reflexão, posicionamento a respeito do mesmo por
parte do aluno e posterior utilização das mesmas em suas produções sejam elas
orais ou escritas, quando os mesmos precisarem utilizar da variante padrão da
língua.
2º ANO
- Leitura, compreensão e interpretação de diferentes gêneros de textos, tais
como:
- Narrativo;
- Poemas
- Textos literários diversos;
- Propaganda;
- Notícia;
- Charge;
- Cartum;
- Crônica;
- Descritivo;
- Dissertativo, entre outros;
- Elaboração de textos dos diferentes gêneros trabalhados;
- Atividades orais, expositivas diversas tais como: debates, aulas
expositivas, simpósios, palestras, etc.
Os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados quando contribuírem para o
entendimento das atividades, reflexão, posicionamento a respeito do mesmo por
parte do aluno e posterior utilização das mesmas em suas produções sejam elas
orais ou escritas, quando os mesmos precisarem utilizar da variante padrão da
língua.
3º ANO
- Leitura, compreensão e interpretação de diferentes gêneros de textos, tais
como:
- Narrativo;
250
- Poemas
- Textos literários diversos;
- Propaganda;
- Notícia;
- Charge;
- Cartum;
- Crônica;
- Descritivo;
- Dissertativo, entre outros;
- Elaboração de textos dos diferentes gêneros trabalhados;
- Atividades orais, expositivas diversas tais como: debates, aulas
expositivas, simpósios, palestras, etc.
Os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados quando contribuírem para o
entendimento das atividades, reflexão, posicionamento a respeito do mesmo por
parte do aluno e posterior utilização das mesmas em suas produções sejam elas
orais ou escritas, quando os mesmos precisarem utilizar da variante padrão da
língua.
- CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Reciclagem do lixo;
- Textos com enfoque na cultura Afro-brasileira;
- Cidadania;
- Saúde.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Fundamentar a metodologia do trabalho pedagógico com a Língua materna
na natureza social do discurso e da própria língua, significa compreender que são os
produtos das ações com a linguagem que constituem os objetos de ensino.
Nessa perspectiva, é a partir das experiências dos alunos que a Língua se
transforma em objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua produção oral
ou escrita ou de sua leitura. Trabalhando dessa forma, valoriza-se os alunos
251
enquanto sujeitos da linguagem, os quais selecionam os recursos mais coerentes
para interpretar, no caso da leitura, e para significar, quando produzem seu texto
oral ou escrito.
A racionalidade não se exercita com a escrita como acreditam algumas
pessoas, devemos considerar a língua em sua perspectiva histórica e social, e isso
pode ser realizado através de situações reais do uso da língua, valorizando a
produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do
processo interativo.
Se a escola é democrática deve garantir a socialização do conhecimento a
toda a comunidade escolar, não faz sentido a exclusão de alunos do processo, com
a justificativa de que falam errado ou não sabem se expressar, o que deve acorrer é
a utilização dos conhecimentos lingüísticos dos alunos como ponto de partida e
promover situações que os incentivem a falar.
O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividades que
possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz
de compreender os discursos dos outros e de organizar os seus de forma clara,
coesa e coerente. A realização de palestras, debates, simpósios ou aulas
expositivas, além de simulação de entrevistas, podem contribuir para esta prática.
A leitura deve ser entendida como um processo de produção de sentido que
se dá a partir de interações ou relações sociais ou relações dialógicas que
acontecem entre o leitor e o texto. È de grande importância as experiências e os
conhecimentos prévios do leitor na sua prática de leitura, pois é neles que o leitor
procura pistas, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões.
Ocorre então um diálogo entre o que o leitor já vivenciou ou leu anteriormente
e o que está lendo, há então uma intertextualidade. Assim, um texto leva a outro
texto, mas leva também ao desejo que convocado pelo texto, participa da
elaboração dos significados, confrontando o texto lido com o saber que é seu, com a
sua experiência de vida.
O trabalho realizado com textos literários ou não, podem constituir bons
motivos para aprimorar a reflexão e fazer proliferar o pensamento. Ressalte-se
ainda, a oportunidade que os textos literários dão aos seus leitores de escapar do
realismo do dia-a-dia movimentando-os pelo tempo do imaginário.
É necessário oferecer ao aluno não só a leitura de textos para os quais ela já
tenha construído uma competência, como também a leitura de outros mais difíceis,
que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias mediadas pelo
252
professor.atividades de leitura em sala de aula, a seleção de textos do interesse dos
alunos para leitura em casa podem contribuir para o êxito desse eixo. O professor
deve propiciar momentos em que os alunos possam estar realizando atividades
orais de forma silenciosa ou em voz audível em sala de aula e posteriormente em
atividades extraclasse.
Em relação à escrita as condições em que a produção acontece é que
determinam o texto ( quem escreve, o que, para quem, para que, quando, onde e
como escreve). Além disso, cada gênero textual tem suas peculiaridades. Por outro
lado, é preciso que os alunos se envolvam com os textos que produzem, assumindo
de fato a autoria do que escrevem. Pois ao se perceber autor o aluno poderá
aprimorar sua condição de escritor. A capacidade de escrita, criatividade e outros
fatores comumente relacionados ao ato de escrever, só se aprende na prática da
escrita em suas diferentes modalidades. Isso significa como já se disse a respeito da
leitura, o contato do aluno com a produção escrita de diferentes tipos de textos, a
partir das experiências sociais que todos vivem, tanto pessoal quanto
profissionalmente.
A produção de texto possibilita a professores e alunos momentos de grande
crescimento, tais como: motivação para escrever; reflexão sobre o que está
escrevendo; revisão; reestruturação e reescrita do texto.
Nessa perspectiva, as aulas de Língua Portuguesa possibilitam aos alunos a
ampliação do uso das linguagens verbais e não verbais através do contato direto
com os textos dos mais variados gêneros, produzidos pelas necessidades humanas.
Acrescente-se a isso que o fato de a Língua ser o meio e o suporte de outros
conhecimentos torna o professor de Língua Portuguesa um agente eficaz,
propiciador das relações inter e multidisciplinares. As atividades escritas devem ser
relevantes, embasadas em leituras já realizadas para que o alunos possa enfim
tomar decisões, criticas, elogiar, pedir providências dependendo da atividade
proposta pelo professor.
O texto literário deve ser trabalhado de forma que leve os alunos à reflexão e
à libertação, devendo evitando portanto, as práticas tradicionais nas quais os
professores e alunos ficavam presos a mera historiografia literária e preocupados
com biografias e listas das principais obras dos autores.A escolha dos textos a
serem lidos ficará a critério do professor que deve ser um leitor incansável para
poder selecionar o material a ser lido e trabalhado em sala de aula. Ao se deter com
os alunos na interpretação dos textos selecionados, o professor saberá que, em
253
Literatura, toda interpretação não se reduz a uma questão de verdade ou falsidade,
mas a uma contínua construção de consistência argumentativa na ordem do
discurso e isso leva a proliferação de pensamento.
Pensadas desta maneira, as aulas de Literatura, embora tenham um curso
planejado pelo professor, estarão abertas a mudanças súbitas do seu rumo,
atendendo às reações do alunado, incorporando suas idéias e as relações textuais
por eles estabelecidas, ou seja, experiências vividas pelos alunos que queiram
compartilhar.
A Literatura será um elemento fixo na composição com outros elementos
móveis que o professor determinará por si e pelas necessidades que perceber na
interação dos alunos com os textos literários. O trabalho com a Literatura
potencializa uma prática diferenciada com os conteúdos estruturantes – oralidade,
leitura e escrita – e se constitui num forte influxo capaz de aprimorar o pensamento
trazendo sabor ao saber. As atividades relacionadas à Literatura devem ser
desenvolvidas de maneira prazerosa tanto para os alunos quanto para o professor
que deve ser leitor assíduo de textos deste gênero, podendo ser ela realizado em
sala de aula e posterior reflexão, compreensão, interpretação, em casa com
posterior relato oral ou por escrito em forma de resumo ou resenha.
Valendo-se dos meios de que dispõe, os professores de Língua Portuguesa e
Literatura serão capazes de aperfeiçoar a expressão e a compreensão de seus
alunos, permitindo que o alunos façam suas própria escolhas antes as
oportunidades que a vida colocar na sua frente, pois esse professor educa para
criatividade e para liberdade.
A análise lingüística deve estar presente no ensino de Línguas como
ferramenta caminhando lado a lado com a leitura, oralidade e a escrita que são ato
de interação que constroem a vida social, envolvendo a construção de significados,
de conhecimentos, de identidade dos sujeitos.
A reflexão permanente sobre a linguagem abre espaço para os alunos serem
operadores textuais. Ela tanto vai abordar as variações lingüísticas que caracterizam
a linguagem na manifestação verbal dos diferentes grupos sociais dos falantes,
como possibilitará aos alunos a reflexão sobre a organização estrutural da
linguagem verbal. O professor além de se preocupar em mostrar para os alunos
gênero variados de textos, mostrará aos alunos que determinados usos lingüísticos
válidos para um nível informal do discurso podem não ser válidos para um outro
discurso mais formal.
254
As dificuldades de aprendizagem apresentadas por alguns alunos, sejam elas
leves ou transitórias que podem ser passíveis das estratégias metodológicas
utilizadas, cotidianamente, até situações mais graves e permanentes que requerem
a utilização de recursos e serviços especializados para sua superação.
Para solucionar alguns problemas encontrados neste tipo de situação faz-se
necessário algumas adequações como a flexibilização curricular que pode configurar
poucas ou variadas modificações no fazer pedagógico, visando remover barreiras
que impedem a aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam
dificuldades em seu processo de aprendizagem, lembrando que adaptar não é
recortar conteúdos, porque o que recortamos são possibilidades para o futuro.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir
para a construção de saberes. Cabe ao professor saber valorizar o saber que o
aluno já carrega, e a partir dele possibilitar o aprendizado e consequentemente
outros saberes de forma contínua e cumulativa.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996,
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a
avaliação precisa ser analisado sob novos parâmetros, precisa dar ao professor
pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua
capacidade lingüística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita.
A oralidade será avaliada, em função da adequação do discurso ou textos aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca
informal de idéias, numa entrevista, numa contação de histórias, as exigências de
adequação da fala são diferentes, e isso dever ser considerado numa análise da
produção de texto oral dos estudantes.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes
empregam no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, sempre
considerando as diferenças de leitura de mundo e repertorio de experiências dos
alunos.
255
Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a
adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado
dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos
textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui,
posiciona-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto do seu próprio
texto.
Para que a avaliação ocorra da forma citada, é necessário que o professor
perceba em suas práticas diárias a melhor maneira de estar oportunizando à sua
clientela que é formada por indivíduos únicos, grande diversidade de avaliações .
Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação
deve servir, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e
planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através
dela que é possível perceber quais são os conhecimentos — lingüísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais - e as práticas - leitura, escrita ou
oralidade - que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser
abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os
discursos em língua portuguesa.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
- Verificação oral, escrita, elaboração de textos dissertativos, objetivos, subjetivos,
poéticos, etc., dramatização, pesquisas, apresentação oral de trabalhos, auto-
avaliação, etc.
6– BIBLIOGRAFIA
COLETÂNEA – textos extraídos de revistas: Isto é, Veja etc; livros de poesias, fotos,
internet, etc.
Diretrizes Curriculares – Língua Portuguesa– Departamento de Ensino
Fundamental. Secretaria de Estado
da Educação . 2006
256
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos
Inclusivos – Departamento de
Educação Especial – Governo do Paraná
257
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história da Matemática nos revela que esta ciência, nasceu nas antigas
civilizações para suprir as necessidades advindas do desenvolvimento social e
econômico da época, e com isso desenvolveram os rudimentos do conhecimento
matemático que nós conhecemos até hoje.
Inserir e desenvolver tais conhecimentos dentro de nossas atividades atuais é
o papel do professor de Matemática, pois se a matemática nasceu da necessidade
do homem deve servir para supri-las até o dia de hoje.
Assim, a partir de tal conhecimento, seja possível o indivíduo interpretar
criticamente questões sociais, políticas, econômicas, históricas e agir de forma a
contribuir para o desenvolvimento do seu ser como pessoa agente em uma
sociedade.
Nesse aspecto a Educação Matemática é um importante ramo do
conhecimento humano. A sua origem remonta à antigüidade clássica greco-romana.
Os gregos conceberam a Matemática como um dos conteúdos da filosofia, portanto,
como um dos instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua totalidade.
Dessa forma, o educador além de dominar os conteúdos matemáticos, deve
também conhecer os fundamentos histórico-filósoficos da Matemática, e ainda, o(s)
processo(s) pelo(s) qual(is) o educando aprende; aquisição do conhecimento.
Nesse sentido, é importante que o educador tenha conhecimento das práticas
pedagógicas que norteiam o ensino da Matemática na atualidade. Para tanto, é
necessário resgatar o processo educacional vivenciado, especialmente, a partir da
década de 60 do século passado.
O produto do desenvolvimento da humanidade pode ser demonstrado através
da historicidade. Isto indica que ao trabalhar nos bancos escolares a abstração, o
conhecimento sistematizado e teórico, o educando entenderá o avanço tecnológico,
a elaboração da ciência, a produção da vida em sociedade.
Portanto, a abordagem histórica da Matemática permite ao educando jovem,
adulto e idoso, compreender que o atual avanço tecnológico não seria possível sem
a herança cultural de gerações passadas. Entretanto, essa abordagem não deve
restringir-se a informações relativas a nomes, locais e datas de descobertas, e sim
258
ao processo histórico, viabilizando com isso a compreensão do significado das
idéias matemáticas e sociais.
Mas, além de compreender que o conhecimento matemático é sócio-histórico,
faz-se necessário que o educando estabeleça relações entre os elementos internos
da própria Matemática - conteúdos escolares - e os conceitos sociais.
Esse conhecimento prescinde de um tratamento metodológico que considere a
especificidade da Educação e deve constituir o ponto de partida para todo o ensino-
aprendizagem da Matemática, ou seja, os educandos devem ter oportunidades de
contar suas histórias de vida, expor os conhecimentos informais que têm sobre os
assuntos, suas necessidades cotidianas, suas expectativas em relação à escola e às
aprendizagens em Matemática.
Nesse sentido, a Educação Matemática para o educando do Ensino Médio
deve ter como objetivo a reversão do atual quadro em que se encontra o ensino da
Matemática, ou seja, a definição dos conteúdos anteriormente fragmentados deve
ser visto em sua totalidade, sem o qual não é possível querer mudar qualquer
prática consistente.
Dessa forma, é necessário que o ensino de Matemática e o seu significado
sejam restabelecidos, visto que, o ensino e a aprendizagem de Matemática devem
contribuir para o desenvolvimento do raciocínio crítico, da lógica formal e dialética,
da coerência e consistência teórica da Ciência – o que transcende os aspectos
práticos.
A disciplina de Matemática pode e deve contribuir para o processo de
emancipação política e social da humanidade, pois ele está diretamente ligado ao
domínio do conhecimento e dentre esses, do conhecimento matemático.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Reconhecer a Matemática como ciência humana, os aspectos de sua história e
suas relações com o contexto cultural, social, político e econômico.
- Despertar no aluno idéias para serem discutidas, sem preocupação com
memorização de conteúdos expostos, mas que abordem aspectos políticos,
sociais e filosóficos que cercam o ramo da matemática.
- Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta, perceber aspecto que estimule o interesse, a
259
curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para
resolver problemas que envolvem raciocínio lógico.
- contribuir para que o indivíduo tenha condições de constatar conceitos
matemáticos no seu cotidiano e fazer generalizações e apropriações de
linguagem adequada para formular idéias sobre fenômenos ligados à Matemática
e a outras áreas do conhecimento.
- Preparar o aluno para acompanhar o curso com interesse, numa linha
pedagógica que procura apresentar um ensino de Matemática para todos.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Números e Álgebra;
- Funções;
- Tratamento da Informação e
- Geometrias.
1º ANO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Números e Álgebra- Conjuntos
- Operações com conjuntos;
- Número de elementos da união de conjuntos;
- Intervalos;
- Sistema cartesiano ortogonal;
- Produto cartesiano;
FunçõesDomínio, contra domínio e imagem da função;
Gráficos;
Comportamento da função;
Composição de funções;
Função Inversa;
Função polinomial de 1º grau;
260
Função quadrática;
Equação e função exponencial;
Equação e função logarítmica;
Função trigonométrica.
Tratamento da InformaçãoMatemática Financeira
- Porcentagem;
- Juros simples;
- Juros compostos.
Progressões
- Progressão aritmética;
- Progressão Geométrica.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Educação fiscal (funções, taxas, gráficos e estatística)
- Educação Ambiental (gráficos e estatística)
2º ANO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Tratamento da Informação
Análise Combinatória;- Fatorial e princípio fundamental da contagem;
- Arranjo simples, permutação simples e combinação simples;
Binômio de Newton
- Números binomiais: definição;
- Triângulo de Pascal;
- Binômio de Newton.
Probabilidade
- Espaço amostral;
- Definição;
261
- Probabilidade da união de eventos;
- Multiplicação de probabilidades;
Estatística
- Gráficos;
- Distribuição de freqüência;
- Média aritmética;
- Mediana e moda;
GeometriasGeometria plana - Áreas de figuras planas;
- Área do círculo e suas partes;
- Polígonos regulares.
Geometria espacial
- Conceitos e axiomas;
- Posições relativas entre duas retas e determinação de um plano;
- Posições relativas entre reta e plano;
- Posição relativa entre dois planos;
- Geometria espacial métrica:
- Prismas
- Paralelepípedo;
- Cubo;
- Cones;
- Pirâmides e Esfera.
Noções básicas de Geometria não-euclidiana
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
- Educação fiscal( pesquisas, construção de tabelas e gráficos para
comparação de valores e produtos)
- Cultura Afro-brasileira (gráficos e estatística).
3º ANO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
262
Geometrias
Geometria analítica- distância entre dois pontos;
- divisão de segmento de reta por um ponto;
- equação da reta;
- paralelismo e perpendicularidade;
- equação da circunferência;
- eclipse e parábola;
Número e Álgebra
Conjunto dos números complexos
- potenciação em C e representação geométrica;
- coordenadas polares no plano complexos;
- forma trigonométrica;
Polinômios
- operações com polinômios;
- raiz de polinômios;
- divisão de polinômios;
- equações polinomiais;
- relações entre coeficientes e raízes;
Matrizes
Notação geral;
Tipos de matrizes;
Igualdade de matrizes e operações;
Multiplicação de número real por matrizes;
Multiplicação de matrizes;
Matriz inversa;
DeterminantesDeterminantes de 1º e 2º ordem;
Regra de Sarrus;
263
Sistemas LinearesResolução de sistemas normais;
Escalonamento;
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Cultura Afro-brasileira (gráficos e estatística)..
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O ensino da Matemática, pensando na perspectiva da Educação
Matemática, envolve formas diferentes de agir, ou seja, temos diferentes
metodologias que são assim denominadas: Resolução de Problemas;
Etnomatemática, Modelagem Matemática, Mídias tecnológicas e História da
Matemática. Essas diferentes abordagens se completam e não devem ser vistas de
forma fragmentada.
O que se propõe é pensar o educador como professor-pesquisador que
investiga sua prática docente para que possa estabelecer uma postura metodológica
que propiciem mudanças conforme desejamos.
Numa perspectiva dialógica, a relação professor - aluno deve estar
fundamentada no o diálogo de forma a permitir uma convivência harmoniosa e
instigá-lo ao ensino de Matemática.
O conhecimento de um determinado conteúdo estruturante deve ser
trabalhando de forma a integrar conhecimentos de outras áreas da Matemática,
busca retomar sempre que necessário os conceitos já apreendidos.
Por outro lado, precisamos pensar numa perspectiva de Educação
Matemática Inclusiva, que pensa nos alunos que estavam excluídos do processo
educacional, seja do ponto de vista, dos que estavam excluídos por questões sociais
ou por serem pessoas com deficiências.
A escola, e o professor de Matemática, deve estar atento as necessidades
desses estudantes, procurando adaptações curriculares, arquitetônicas e avaliativas,
bem como, o apoio de profissionais de outras áreas, se for o caso.
A metodologia da disciplina de Matemática deve sempre agir de forma a
proporcionar a diversidade e a individualidade ao aluno a que se pretende ensinar, a
inclusão está inserida nesse processo.
264
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
Na concepção atual de educação, professor é o principal mediador do
processo de ensino e da aprendizagem e ele precisa considerar os mais diversos
meios de avaliar, pois alem de avaliar o aluno, ele também está sendo avaliado.
Nesse processo, deve-se observar os registros escritos e as manifestações orais e
individuais de seus alunos, os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do
processo de aprendizagem. Para que possa retomar o que não foi aprendido e
depois, lançar mão de novos conteúdos.
Dessa forma, a avaliação tem a função de perceber onde o aluno está e de
apontar o que ainda tem por aprender, e é importante para o professor, pois ele
definirá sua ação a partir do conteúdo trabalhado e aprendido, para o novo
conhecimento a ser apreendido.
Deve-se valorizar a sua participação oral, como forma de instigá-lo ao
desenvolvimento de seu raciocínio lógico e a manifestar suas idéias individuais e
coletivas como expressão de uma ação em sociedade.
Pensando numa avaliação inclusiva, ela tem o objetivo de facilitar para o
professor, a adoção de decisões fundamentadas de adaptação do ensino, tanto no
seu planejamento, quanto no seu desenvolvimento (modificando-se e ajustando-se
de acordo com o andamento da avaliação inicial em função do que os alunos vão
fazendo e aprendendo).
Em relação à aprendizagem, uma avaliação inclusiva tem como objetivo que
os alunos sejam capazes de responder com autonomia e responsabilidade sobre os
seus processos de aprendizagem.
Uma avaliação inclusiva é caracterizada, também, pelo fato de que as
decisões de ordem social (habilitação, aprovação, titulação), que são tomadas a
partir dos resultados da avaliação, mantenham a maior coerência possível com a
função predominantemente pedagógica que deve cumprir. Isso pressupõe que
essas decisões sejam tomadas a partir de um processo de coleta de informações e
de critérios de avaliação coerentes com os princípios de um ensino inclusivo.
Na avaliação inclusiva dos alunos com deficiência, bem como dos que
estavam fora da escola por exclusão social, é preciso conhecer a realidade do aluno
e buscar instrumentos de avaliação compatível com a necessidade do mesmo,
buscando sua inserção no sistema de ensino e no mundo.
265
A avaliação da disciplina de Matemática será diagnóstica, contínua e
comulativa podendo ser individual e coletiva, oral e escrita, através da participação
dos estudantes durante as aulas, debates, pesquisas, filmes, provas dissertativas ou
e múltiplas escolha; utilizando ainda a recuperação paralela.
O processo avaliativo da disciplina de Matemática, aqui exposto, integra a
proposta de avaliação da aprendizagem escolar do Colégio Estadual Alvorada de
Campo Mourão, apresentada no Projeto Político Pedagógico do mesmo.
BIBLIOGRAFIA
BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blucher, 1996
CARAÇA, B. J. Conceitos Fundamentais da Matemática. 4ª ed. Lisboa: Gradiva,
2002
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas. São Paulo: Ática, 1989.
_______ Matemática, contexto e aplicações. Editora Ática, 2ª edição, 2004.
PAIVA, Manoel. Matemática. Conceitos, linguagem e aplicações. 1º ed. São
Paulo:Editora Moderna.
IEZZI, Gelson, Matemática 2º Grau, 1939.
GIOVANNI, José Ruy, 1937- Matemática fundamental , 2º Grau: volume único/
José Ruy Giovanni, José Roberto Bonjorno, José Ruy Giovanni Jr. – São Paulo:
FTD, 1994.
Secretaria de Estado da Educação - SEED. Diretrizes Curriculares para a educação
das relações étnicos- raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e
africana.Ensino Médio. Versão preliminar, Governo do Estado do Paraná, julho
2006.
Secretaria de Estado da Educação - SEED. Diretrizes Curriculares de Matemática
para o Ensino Médio, versão preliminar, Governo do Estado do Paraná, julho 2006.
266
PROPOSTA CURICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A explosão tecnológica e industrial do século XX, como conseqüência de
avanços científicos, deu origem ao nascimento das grandes indústrias químicas, por
exemplo, a química médica, farmacêutica, química dos polímeros. Estes avanços
influíram diretamente sobre os hábitos do ser humano, pois foram lançados no
mercado de consumo inovadores utensílios fabricados com diversos materiais,
medicamentos e outros produtos terapêuticos. Além disso, outros numerosos
aspectos da vida cotidiana, como a alimentação, a agricultura e o uso de
combustíveis fósseis ganharam novos enfoques paralelamente às descobertas de
uma ciência em contínua evolução, chamada Química. O surgimento e o
desenvolvimento da sociedade tecnológica passou a exigir desta ciência respostas
precisas e específicas às suas demandas econômicas, sociais e políticas.
Dessa forma, o avanço científico e tecnológico decorridos da Química tem
feito dessa ciência uma das mais significativas para a sociedade, portanto, a relação
que existe entre esses avanços e o estudo da Química para o ensino médio, exige
que essa disciplina deve-ser trabalhada em sala de aula pelos professores de
maneira interdisciplinar e contextualizada, pois a química tem papel fundamental na
formação do sujeito, onde a mesma está relacionada diretamente à vida.
Os autores Mortimer e Machado (2002) propõem um esquema que centraliza
a Matéria, que é objeto de estudo da química, sustentada pela tríade: Composição,
Propriedades e Transformações. Eles sugerem desdobramentos em alguns
conteúdos estruturantes, os quais poderão ser abordados durante a prática
pedagógica. Não significando que se trata de uma proposta fragmentada, ao
contrário, sugere-se pensar nas possíveis e contínuas relações a serem
estabelecidas entre os conteúdos estruturantes e seus desmembramentos. A
proposta apresentada neste esquema pretende estabelecer uma interação do aluno
com a Química e se contrapõe à idéia de que esta ciência esta reduzida a um
conjunto de inúmeras fórmulas e nomes complexos.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
267
Reconhecer e compreender o comportamento da matéria, as transformações
ocorridas, suas propriedades e a energia que envolve esses processos, para assim
promover ao educando uma posição crítica quanto à utilização dos conhecimentos
científicos e tecnológicos e de seus efeitos no ser humano e no meio ambiente
existentes no senso comum.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Matéria e Sua Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética.
1° ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Matéria e Sua Natureza
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Estrutura da Matéria, Substância, Misturas, Métodos de Separação, Fenômenos
Físicos e Químicos, Estrutura Atômica, Distribuição Eletrônica, Tabela Periódica,
Ligações Químicas, Funções Químicas, Radioatividade.
2° ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
Biogeoquímica
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Soluções, Termoquímica, Cinética Química, Equilíbrio Químico.
3° ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
268
Química Sintética
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Química do Carbono, Funções Oxigenadas, Polímeros, Funções Nitrogenadas,
Isomeria.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos deverão ser abordados partindo do conhecimento prévio dos
alunos, incluindo as idéias pré-concebidas sobre o ensino de Química e/ou
concepções espontâneas que os mesmos fazem durante a convivência no dia-a-dia,
a partir das quais será formulado um saber socialmente sistematizado (conceito
científico).
A cada conteúdo, serão feitos discussões em sala de aula, sobre a
importância que estes tem na vida prática do aluno. Serão realizados trabalhos
individuais e em grupos, pesquisas, resolução de exercícios, realização de
experiências em laboratório, oficinas, visitas etc, tangenciando sempre a prática
metodológica com o atendimento a todas as modalidades de ensino (moradores do
campo, população indígenas, grupos afro-descendentes e etc).
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será feita de forma processual e formativa sob as condicionantes
do diagnóstico e da continuidade. Ela deverá levar em conta todo conhecimento
prévio do aluno, permitindo ao mesmo construir e reconstruir os significados dos
conceitos científicos.
Deve-se usar vários instrumentos de avaliação como: leitura e interpretação
de textos, produção de textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas
bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários,
provas escrita e oral, participação em sala de aula, entre outros, visando atender a
todos os alunos (com necessidades especiais, moradores do campo, população
indígenas, grupos afro-descendentes e etc).
269
BIBLIOGRAFIA
ARAGÃO, Rosália M. Ribeiro; SCHNETZLER, Roseli Pacheco. Importância, Sentido
e Contribuições de Pesquisas para o Ensino de Química. Revista Química Nova na Escola, São Paulo, n. 1, p. 27-31, maio, 1995.
CHASSOT, Attico I. Alquimiando a Química. Química Nova na Escola, São Paulo,
n. 1, p. 20-22, maio, 1995.
FELTRE, Ricardo. Química – Volume 1. 5.ed. rev. São Paulo: Moderna, 2000.
LEE, John D. Química Inorgânica não tão Concisa. ’Tradução de’ TOMA,
Henrique E.; ARAKI, Koiti; ROCHA, Reginaldo. 5.ed. São Paulo: Edgard Blücher,
1999.
-MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química Para o Ensino Médio. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2002.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Curitiba: SEED/SUED,
2006.
PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Identidade do Ensino Médio. Curitiba: SEED/SUED, 2006.
PARANÀ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendências da Educação.
Departamento de Educação Especial. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba:
SEED/SUED/DEE, 2006.
SANTOS, Wildson Luiz P. dos; SCHNETZLER, Roseli Pacheco. Função Social, o
que significa ensino de química para formar o cidadão? Química Nova na Escola,
n. 4, p. 29-34, novembro, 1996.
SARDELLA, Antônio. Química – Volume Único. 5.ed. São Paulo: Ática, 2005.
270
SOLOMONS, Graham; FRYHLE, Craig. Química Orgânica. ’Tradução de’ LIN, Whei
Oh. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
VANIN, J. A. Alquimistas e Químicos: o passado, o presente e o futuro. São
Paulo: Moderna, 2002.
271
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA - DO ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Filosofia no Ensino Médio tem como finalidade promover a
formação pluridimensional e democrática plena, capaz de oferecer aos estudantes a
possibilidade de compreensão das complexidades de um mundo contemporâneo,
com suas múltiplas particularidades e especializações, e que se manifesta quase
sempre de forma fragmentada, não se esquecendo do saber que opera por
questionamentos, conceitos e categorias de pensamento no sentido de articular a
totalidade espaço-temporal e sócio-histórica em que se dá o pensamento e a
experiência humana.
Na medida em que cria seus conceitos a partir de problemas, de questões,
de análises e de sínteses, ordenando e organizando sistemática e logicamente as
suas produções, a filosofia garante a segurança de um pensamento racional e
crítico, não aceitando que a mera aparência das coisas se faça passar por realidade.
Para a filosofia, só pode se postular como verdadeiro, o conhecimento que
possa ser demonstrado racionalmente. Lembre-se que a filosofia não se satisfaz
com a problematização e o questionamento da realidade externa ao pensamento,
ela enfatiza a exigência da reflexão, ou seja, do questionamento da validade das
suas próprias questões e formulações.
A filosofia apresenta-se, como conteúdo filosófico e também como uma
ferramenta que possibilita ao estudante desenvolver um estilo próprio de
pensamento que priorize a capacidade de criar conceitos. O que o ensino da filosofia
tem de específico é ser um espaço para a criação de conceitos, unindo a filosofia e o
filosofar como atividades indissociáveis que dá vida á aula de filosofia, pois não tem
como fazer uso da filosofia sem filosofar, refletir.
A aula de filosofia deve ser acima de tudo um espaço de problematização
sob a mediação do professor que ajuda os alunos a criarem problemas, mas
também, orienta a solução. Isto se dá por meio do diálogo investigativo, primeiro
passo para possibilitar a experiência filosófica em sala de aula. Sendo a aula de
filosofia, o espaço de experiência filosófica, é um espaço de criação e provocação
272
do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação
e da criação de conceitos.
O problema e sua construção, com o aluno do ensino médio, são na
verdade uma maneira de sensibilizá-lo, de fazer questionamentos e de buscar
respostas para entender o problema e elucidá-lo ou pensar a seu respeito. Pela
sensibilização por meio do problema, o professor provoca e convida o aluno a
buscar na História da Filosofia e nos clássicos as diferentes maneiras de ver o
problema, com as possíveis soluções que já foram elaboradas e a partir disso
elaborar novos conceitos, que darão respostas aos problemas e, a partir daí, novas
questões e novos problemas podem surgir.
A Filosofia tem a tarefa de refletir criticamente o conhecimento científico,
conhecer, analisar, todo o processo de construção da ciência do ponto de vista
lógico, lingüístico, sociológico, interdisciplinar, político, filosófico e histórico,
construindo assim seres humanos politizados, críticos e participantes no processo
de construção da cidadania.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A escola é o espaço para desenvolver e possibilitar ao aluno o exercício da
solidariedade, da cooperação, do respeito as normas, da criatividade, das diferenças
culturais, e do exercício da cidadania, desenvolvendo assim uma postura de
indivíduos participativos, criativos, questionadores e conscientes de seus direitos e
deveres
A disciplina de filosofia tem como objetivo norteador tornar temático o que
está implícito e questionar o que parece óbvio, fazendo uma reconstrução da pessoa
na sua totalidade, através do conhecimento, da linguagem, da política, do trabalho,
do poder, da ética e da estética; além de reconstruir o raciocínio lógico, construir e
reativar a memória e restabelecer os princípios para a construção da consciência
critica que uma vez estimulada sempre será colocada em prática ajudando desta
forma desmistificar as ideologias dominantes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
273
Mito e filosofia ( A consciência mítica, O mito entre os primitivos, Mito e religião,O
mito hoje, A concepção mítica, A concepção filosófica)
Teoria do conhecimento( A verdade, Os modos de conhecer, Intuição, Dogmatismo,
Racionalismo, Emprismo, Criticismo, Filosofia pré –socrática, Os sofistas , Sócrates,
Platão , Aristóteles, Kant, Fenomenologia , Razão)
Ética( Valores, Moral, Senso comum, Caráter social e pessoal da moral)
Filosofia Política( O poder, democracia, A sociedade tribal, A política normativa,
Estado e Igreja, Maquiavel, Hobees, Rosseau, Hegel, Socialismo, Marxismo,
Anarquismo, Totalitarismo)
Filosofia da ciência( O que é ciência, O senso comum, O conhecimento científico,
Ciência e poder, O método científico)
Estética( Etimologia, O belo e o feio , A recepção estética)
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cidadania;
Ideologia;
Alienação;
Inclusão Social;
Drogas;
Aborto;
Cultura afro-descendente
CONTEUDOS ESPECÍFICOS
DO MITO A FILOSOFIA
274
Conceito e significado da Filosofia:
Para que serve?
Qual sua origem?
Como nasceu?
Mito e filosofia
Mito e razão filosófica
Racionalização
Senso comum ao senso crítico
História da filosofia antiga( Sócrates,Platão e Aristóteles)
Iluminismo e filosofia contemporanea
Exigências da reflexão filosófica;
Um modelo de reflexão filosófica;
Essência da Filosofia;
Filosofia e Filosofia da educação;
A lógica:
O nascimento da lógica;
O aparecimento da lógica: Heráclito e Parmênides;
O aparecimento da lógica: Platão e Aristóteles
Principais características da lógica.
A metafísica:
As indagações metafísicas;
A pergunta pelo que é;
Características da metafísica em seus períodos.
TEORIA DO CONHECIMENTO
O critério da verdade
A busca da verdade
As concepções da verdade
O problema do conhecimento
Teoria e prática
Os primeiros filósofos(Heráclito,Parmênides,Demócrito,Sócrates e os sofistas:Platão
e Aristóteles)
Filósofos modernos(Bacon,Descartes e Locke)A
275
A consciência o eu , a pessoa , o cidadão e o sujeito
As fontes do conhecimento
Relativismo e racionalismo(Platão,Pitágoras)
Filosofia e história
Filosofia e matemática
Filosofia e método
Linguagem e pensamento
ÉTICAIntrodução á moral
Os valores
Estrutura do ato moral
A existência ética
A filosofia moral
A virtude
A felicidade e a virtude
A amizade
A liberdade
A liberdade em Satre
A FILOSOFIA POLÍTICAEm busca da essência do Político
O ideal político
A democracia
A política indígena
Maquiavel e o poder
Ética e política
O Estado
Política e violência
O Estado como detentor do monopólio da violência
Origens da Violência
Violência e poder
Desigualdade social
A democracia em questão
276
Concepção liberal da política
Concepções da liberdade Benjamin Constant
Propriedade privada—Locke e Smith
Marx e o Marxismo
Conceito de alienação
Marx e liberdade
Orçamento participativo
FILOSOFIA DA CIENCIAO que é ciência?
O senso comum
A atitude científica;
Características do senso comum;
As três principais concepções de ciência.
O ideal científico;
A ciência desinteressada e o utilitarismo;
A ideologia cientificista;
A razão instrumental;
O universo de Ptolomeu
Galileu e o Espírito científico
Filosofia da ciência
Revoluções científicas
Progresso na ciência
As conseqüências de uma nova ciência
Bioética.
ESTÉTICAConceitos
Arte e filosofia
Arte e natureza
Finalidades e funções da arte
Relação entre arte e humano
Busca da beleza
277
A arte entre os gregos
A arte na idade média
A arte no renascimento
A estética moderna
Baumgarten e o belo
Schiller e o jogo estético
A universalidade do gosto
O gosto com um fato social
O juízo de gosto na filosofia
O juízo de gosto na arte
Kant e o sentimento de belo
A universalização do gosto
Exigências para o bom gosto
O materialismo histórico e a arte interessada
Para além do belo clássico
Necessidade ou fim da arte?
A arte para Karl Mannheim
Necessidade da arte
Hegel e o espírito absoluto
A arte e a manifestação do espírito
Formas de arte para Hegel
cinema e uma nova percepção
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia utilizada pela disciplina de filosofia será através do diálogo
investigativo, levando o aluno a desenvolver um pensar lógico, coerente e
principalmente crítico a respeito de tudo que os rodeia, bem como estudos de textos
referentes aos acontecimentos atuais, no qual o educando irá perceber o que está
por trás das idéias e como estas se tornam ideologias.
No decorrer das aulas, também realizaremos debates discutindo temas
referentes à atualidade, para que os discentes desenvolvam o seu pensar, refletir e
agir na sociedade ao qual se encontram.
278
Como a educação é um processo contínuo a qual faz parte da sociedade,
a mesma deve levar o educando a refletir sobre os interesses de grupos sociais
economicamente distintos. Portanto, a disciplina de filosofia, irá trabalhar por meio
de interpretação de textos diversos, relacionando a teoria com a Prática, ou seja,
induzindo os alunos a incidir sobre o que é correto ou não, agindo cautelosamente
sobre a razão, para assim desmistificar as ideologias, criando seu próprio pensar
embasado na veracidade das coisas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação da disciplina de filosofia será diagnóstica, contínua e
cumulativa, visando propiciar uma maior reflexão do aluno sobre suas dificuldades,
capacitando-o ao desenvolvimento de sua formação, através da mediação
sistemática e pedagógica.
Caberá ao professor levar em consideração a diversidade e os ritmos da
aprendizagem de cada educando, uma vez que a avaliação deve ser vista como um
processo educativo que promova a aprendizagem e o desenvolvimento integral do
aluno, e que a mesma auxilie o educador a refletir e analisar sua prática no cotidiano
, contribuindo com suas ações mudanças na sociedade.
BIBLIOGRAFIA
SEED- LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO- 2007
CHAUI Marilena. Filosofia Estado de São Paulo, 2002. Editora Ática.
Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Versão Preliminar –
Junho / 2006. Secretaria de Estado e da Educação.
279
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA INGLESA - ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Quando se fala em o ensino de línguas estrangeiras, no Brasil, se fala sobre à
criação do sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do prestígio das
línguas estrangeiras nas escolas está relacionada as razões sociais, econômicas e
políticas. No início da colonização, os jesuítas, que tinham a responsabilidade da
educação escolar, Com a chegada da família real no Brasil em 1808 ocorreram
várias mudanças no que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras e, mais
tarde, em 1837, ganhou real importância quando se fundou a primeira escola pública
de nível médio
A primeira LE ensinada no Brasil foi o francês, por representar um ideal de
cultura e civilização, seguido do inglês, depois do alemão, a partir de 1929, do
italiano, que fez parte do currículo até 1931 - o que correspondia aos anseios de
vários grupos sociais.
A Abordagem era tradicional e concebia a língua como um conjunto de regras e
privilegiava a escrita, seguindo modelos do grego e do latim, línguas consideradas
de suma importância para o desenvolvimento do pensamento e da literatura.
Na Europa, neste período, ocorreu a publicação de várias teorias que serviram
para fundamentar o Estruturalismo, uma das principais correntes da língua moderna.
Nos anos 50 e 60, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o crescente
interesse pela aprendizagem de línguas, surgem mudanças significativas quanto às
abordagens e aos métodos de ensino. Os lingüistas estruturalistas da época,
Leonardo Bloomfield, Charles Fries e Robert Lado, dentre outros, apoiavam-se na
psicologia da escola Behaviourista de Paviov e Skinner para trabalhar a língua, a
partir da forma para chegar ao significado.
A língua passa então a ser vista como um conjunto de hábitos a serem
automatizados e não mais como um conjunto de regras a serem memorizadas.
A Gramática Gerativa Transformacional, apesar de não se constituir em um
método, trouxe grandes influências ao ensino de Língua Estrangeira. Chomsky criou
os conceitos de competência e desempenho. A partir de então, o princípio do foco
na oralidade cede espaço ao ensino de todas as habilidades; falar, ouvir, ler e
escrever.
280
Na década de 50, devido apolítica de incentivo à industrialização que ocorreu o
sistema educacional brasileiro passou a ter responsabilidades na formação de seus
alunos para o mundo do trabalho. Essa mudança nos rumos da educação vai gerar
uma crise que se intensificará nas décadas seguintes, gerando a necessidade de
implementação da rede escolar.
Devido a estes fatores as áreas humanas foram gradativamente substituídas,
por um currículo cada vez mais técnico, ocorrendo assim uma diminuição da carga
horária das línguas estrangeiras.
A LDB de 1961 descentralizou o ensino e o inglês passou a ganhar cada vez
mais espaço, substituindo o francês devido a motivos políticos. Por outro lado, a
língua espanhola ganhava espaço, respaldada pelo boom da literatura hispano-
americana .
Na década de 70, o ensino de línguas estrangeiras era visto como um
instrumento das classes favorecidas para manter privilégios, impondo um domínio
social, cultural, político econômico. Assim sendo a carga horária ficou, em alguns
estabelecimentos de ensino, reduzidíssima.
Paralelamente a isso aprendizagem enfrentava dificuldades em desenvolver a
compreensão oral, a fala, a leitura e a escrita; e finalmente , os professores não
conseguiam se libertar da influência do método tradicional, base da formação
profissional durante a graduação.
A Abordagem Comunicativa, que surgiu a partir do conceito de competência
comunicativa, está centrada na aprendizagem, que consiste em levar o aluno a
aprender a formar regras capazes de produzir novos enunciados próprios ao
contexto da relação social. Trata-se de um processo que deve partir antes de tudo
do sujeito.
A Abordagem Comunicativa que se apresenta como reação à visão
estruturalista da língua, concentrando-se nos aspectos semânticos e não no código
lingüístico, começa a ser criticada por intelectuais adeptos à pedagogia crítica, pois
não se percebe um trabalho explícito com as relações de poder que envolvem as
escolhas lingüísticas.
No Brasil, a partir do início dos anos 90, impulsionadas por um ideal de
redemocratização do país e pela criação do MERCOSUL, as escolas voltam a
ofertar o espanhol como uma alternativa ao inglês nas suas grades curriculares,
sem, no entanto, suplantá-lo.
281
Em 20 de dezembro de 1996 foi publicada a mais recente LDB. Essa Lei reza a
obrigatoriedade do ensino da língua estrangeira no ensino fundamental, a partir da
quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha
ficará a cargo da comunidade escolar. Quanto ao Ensino Médio, a lei determina que
uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, seja escolhida pela
comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo.
Apesar da possibilidade da comunidade escolher outra língua, o que ocorreu e
ainda ocorre é que o ensino de LE continua prestigiado por vários fatores.
Em 1999, são publicados os PCNs para o ensino de língua estrangeira. As
suas orientações apresentam uma concepção de língua como prática social, mas
apresentavam várias falhas pois ignoravam de língua como prática social.
O ensino da Língua Estrangeira no Ensino Médio faz parte da construção da
cidadania, pois sua aprendizagem envolve um complexo processo de capacitação
que leva à libertação. Seu aprendizado deve ser contextualizado para que tenha
verdadeiro significado para o aluno, onde o mesmo se sinta integrado. Também
deve ser articulado com as demais disciplinas, em um processo interdisciplinar.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O ensino de uma LE deve antes de tudo dar condições ao aluno de ler,
compreender e expressar-se nas formas oral e escrita, e para que estes objetivos
sejam alçados é preciso trabalhar a língua enquanto discurso, ou seja, entendido
como prática social significativa, pois o não basta reconhecer a forma lingüística
utilizada, mas compreender sua significação particular.
O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido apenas
como um instrumento que oportinize o acesso a novas informações, mas uma nova
possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados.
A partir dessas considerações, caberá ao professor selecionar um conjunto de
textos para o trabalho em sala de aula, tendo como referencia os fundamentos
teórico-pedagógicos da disciplina, bem como os objetivos do ensino de LE, de modo
que o aluno:
- seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- vivencie, na sala de aula de língua estrangeira, formas de participação que
lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
282
- compreender que os significados são sociais e historicamente construídos
e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
- tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Não basta comunicar-se através de uma Língua Estrangeira Moderna; é
preciso que ela dê a sua contribuição para a formação geral do indivíduo enquanto
cidadão.
CONTEÚDOS POR SÉRIE /ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O conteúdo estruturante nada mais é que o texto que possibilitará saberes mais
amplos da disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte
de um corpo estruturado de conhecimentos constituídos e acumulados
historicamente. O texto não deve ser entendido como isolado em si mesmo e
estanque, pois é uma dimensão disciplinar da realidade, e é neste sentido que deve
ser trabalhado, sempre com vista ás necessidades dos alunos.
Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e
que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua
estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática
sócio-cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
283
Tendo como orientadores os estudos feitos e a leitura minuciosa das Diretrizes
e Bases que norteiam o ensino de LE, optou-se pelos conteúdos que se seguem,
pois acredita-se que ao serem trabalhados, estarão proporcionando ao nossos
alunos o eficaz aprendizado da disciplina em questão.
1º ANO
Serão utilizados diferentes gêneros de textos, dos quais serão aproveitadas
suas organizações para proporcionar aos alunos o entendimento dos enunciados e
em seguida posicionar-se diante dos mesmos.
Diante da variedade de gêneros textuais optou-se por:
- diálogos;
- notícias;
- poemas;
- narrativas;
- documentários;
- artigos de jornais e revistas;
- charges;
- propagandas
etc.
Lembrando que os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados somente
quando contribuírem para o entendimento das atividades e posterior reflexão e
posicionamento a respeito do mesmo por parte do aluno.
2º ANO
Serão utilizados diferentes gêneros de textos, dos quais serão aproveitadas
suas organizações para proporcionar aos alunos o entendimento dos enunciados e
em seguida posicionar-se diante dos mesmos.
Diante da variedade de gêneros textuais optou-se por:
- diálogos;
- notícias;
284
- poemas;
- narrativas;
- documentários;
- artigos de jornais e revistas;
- charges;
- propagandas
etc.
Lembrando que os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados somente
quando contribuírem para o entendimento das atividades e posterior reflexão e
posicionamento a respeito do mesmo por parte do aluno.
3º ANO
Serão utilizados diferentes gêneros de textos, dos quais serão aproveitadas
suas organizações para proporcionar aos alunos o entendimento dos enunciados e
em seguida posicionar-se diante dos mesmos.
Diante da variedade de gêneros textuais optou-se por:
- diálogos;
- notícias;
- poemas;
- narrativas;
- documentários;
- artigos de jornais e revistas;
- charges;
- propagandas
etc.
Lembrando que os conteúdos gramaticais deverão ser ressaltados somente
quando contribuirem para o entendimento das atividades e posterior reflexão e
posicionamento a respeito do mesmo por parte do aluno.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
- Reciclagem do lixo;
285
- Textos com enfoque na cultura Afro-brasileira;
- Cidadania;
- Saúde.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Faz-se necessário o redimensionamento do ensino de língua estrangeira nas
escolas da rede pública estadual. Não deverão ser abordadas apenas questões
lingüísticas, mas também as sócio-pragmáticas, culturais, e discursivas, assim como
as práticas do uso da língua - leitura, escrita e oralidade.
O texto é uma unidade de comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral
ou visual será o ponto de partida da aula de língua estrangeira.
Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca pela
solução deste problema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles
desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos
lingüísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes
em todo discurso.
Em língua estrangeira, os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois
eles darão suporte para que o aluno interaja com os textos. Se o aluno ao se
deparar com um texto, desconhece o vocabulário, a ordem em que as palavras se
organizam no enunciado, etc., não conseguirá nem dar o primeiro passo para sua
interação, que é o da decodificação. No entanto, é preciso lembrar que a escolha
dos conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados será diferenciada dependendo
do grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal - que
tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos.
São os erros resultantes das atividades que permitirão ao professor selecionar os
conteúdos e orientar sua prática em sala de aula.
Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem que
ao interagir com/na língua, estão interagindo com pessoas específicas e que é
preciso levar em conta que para entender um enunciado em particular ter em mente
quem disse o quê, para quem, onde, quando e porquê é imprescindível. Como o
trabalho é com o discurso em língua estrangeira, uma prática social que ocorre em
um contexto diferente daquele com o qual o aluno está familiarizado, o
conhecimento sócio-pragmático, ou seja, das particularidades do comportamento
286
social e verbal, bem como as questões político-ideológicas, são subsídios
importantes para que atinja a efetiva compreensão de um enunciado em particular.
Adquirir conhecimentos sobre novas culturas implica em constatar que existe
uma diversidade cultural, que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior
que outra, mas sim diferente. Conhecer a cultura do outro é reconhecer que as
novas palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos, a
nova gramática não é simplesmente uma nova maneira de arrumar e ordenar as
palavras e as novas pronúncias. O conhecimento de outra cultura colabora para a
elaboração da consciência da própria identidade, pois, o aluno consegue perceber-
se também ele como sujeito histórico e socialmente constituído.
Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem
às formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. Se
não existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira
vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin).
Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros
textuais, mas sem categorizá-los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a
possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas
práticas sociais. Aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências
com a língua materna, é imprescindível.
Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo,
mas que seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com que se depare e
entenda que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma
ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido.
Além disso, ao interagir com textos provenientes de diferentes gêneros, o aluno
perceberá que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem
sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e
da situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer
que a leitura se refere também aos textos não-verbais — estejam eles combinados
ou não com o texto verbal. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de
mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que
uma leitura em língua estrangeira se transforme realmente em uma situação de
interação é fundamental que o aluno seja subsidiado com os conhecimentos -
lingüísticos, sócio-pragmáticos, culturais e discursivos — necessários e dos quais
não dispõe para a efetiva compreensão de cada texto particular com que se deparar.
287
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em
suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua
estrangeira dentro de suas limitações. É necessário que se explicite que, mesmo
oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e
que existe a necessidade de adequação da variedade lingüística para as diferentes
situações, tal como ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante
que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma
atividade sociointeracional, tenha significado pois, em situações reais de uso,
escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma
representação. A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no
momento de orientá-lo para uma produção, assim como, a necessidade de
adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade
lingüística adequada (formal/informal), etc. Ao realizar escolhas o aluno estará
desenvolvendo a sua identidade e se constituindo como sujeito crítico. Ao propor
uma tarefa de escrita, é essencial que o professor proporcione aos alunos elementos
necessários para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais como
conhecimentos discursivos, lingüísticos, sócio-pragmáticos e culturais.
Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre a
ideologia e a construção da realidade fazem parte da produção do conhecimento, e
que esse conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do
contexto e das relações de poder, é preciso ao apresentar textos literários aos
alunos, propor atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e
os perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado contexto
sócio-cultural particular. Portanto, é necessário prover-lhe de conhecimentos
lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos e culturais de que não disponha para
que tenha elementos suficientes para interagir com esses textos.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de língua estrangeira é que
ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo,
objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa
obrigatoriamente desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer
com que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem muitas
vezes estar relacionados entre si. Por exemplo: variação lingüística existe tanto na
língua estrangeira como na materna, a literatura está relacionada à história ou os
288
costumes alimentares ou de vestuário de uma comunidade são influenciados pela
sua localização geográfica.
Todas essas atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e envolverão
simultaneamente as práticas e conhecimentos citados anteriormente,
proporcionando ao aluno condições para assumir uma postura crítica e
transformadora com relação aos discursos que se lhe apresentam.
As dificuldades de aprendizagem apresentadas por alguns alunos, sejam elas
leves ou transitórias que podem ser passíveis das estratégias metodológicas
utilizadas, cotidianamente, até situações mais graves e permanentes que requerem
a utilização de recursos e serviços especializados para sua superação.
Para solucionar alguns problemas encontrados neste tipo de situação faz-se
necessário algumas adequações como a flexibilização curricular que pode configurar
poucas ou variadas modificações no fazer pedagógico, visando remover barreiras
que impedem a aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam
dificuldades em seu processo de aprendizagem, lembrando que adaptar não é
recortar conteúdos, porque o que recortamos são possibilidades para o futuro.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir
para a construção de saberes. Cabe ao professor saber valorizar o saber que o
aluno já carrega, e a partir dele possibilitar o aprendizado e consequentemente
outros saberes de forma contínua e cumulativa.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1996,
determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Para que a avaliação ocorra da forma citada, é necessário que o professor
perceba em suas práticas diárias a melhor maneira de estar oportunizando à sua
clientela que é formada por indivíduos únicos, maneiras também únicas de
avaliação .
Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação
deve servir, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e
planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através
289
dela que é possível perceber quais são os conhecimentos — lingüísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais - e as práticas - leitura, escrita ou
oralidade - que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser
abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os
discursos em língua estrangeira.
- INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Verificação oral, elaboração de textos, dramatização, confecção de cartazes,
avaliações escritas: dissertativas, objetivas, auto avaliação, produção de material
para memorização, atividades elaboradas a partir da audição de textos, leitura, etc.
BIBLIOGRAFIA
LIBERATO, Wilson Antônio. Compact English Book. São Paulo: FTD, 199
PRECHER, Elizabeth. Ernesto Pasqualin, Eduardo Amos. Graded English. São
Paulo: Moderna. 2000.
FERRARI, Mariza , Sarah G. Rubin,. Inglês de olho no mundo do trabalho. São
Paulo: Scipione.2003
Orientações Curriculares – Língua estrangeira Moderna – LEM. Departamento de
Ensino Médio. Secretaria de estado da Educação. 2006
Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos
Inclusivos –
Departamento de Educação Especial – Governo do Paraná.
290
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Como ciência, a sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista,
vinculada à ordem das ciências naturais. O caráter científico, tão buscado e
valorizado na época (século XIX), estava ligado à lógica das ciências ditas
“experimentais”, ou seja, para ascender ao estatuto de ciências, deverá atender a
determinado pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam também a
neutralidade e o estabelecimento de regras.
São representantes desse pensamento Augusto Comte, o primeiro a usar o
termo Sociologia, relacionando-o com a ciência da sociedade, e Emile Durkhem
(1858-1917), que adotou conceitos elaborados por Comte, especialmente o de
ordem social, para delinear uma das correntes representativas do pensamento
sociológico.
Os pensadores tiveram em comum a busca de soluções para os graves
problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista, isto é, a miséria, o
desemprego e as conseqüentes greves e rebeliões operárias. Cada um desses
sintomas sociais foram analisados por esses pensadores como desvios ou
anomalias da sociedade, que poderiam ser corrigidos ou mesmo solucionados pelo
resgate de valores morais como a solidariedade – os quais restabeleceriam relações
estáveis entre as pessoas, independentemente da classe social a que
pertencessem.
Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista, a
Sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre a sociedade.
O pensador alemão Karl Marx (1818-1883) trouxe importantes contribuições
ao pensamento sociológico porque desnudou as relações de exploração que se
estabeleceram a partir do momento em que uma determinada classe social
apropriou-se dos meios de produção e passou a deter e conduzir os mecanismos
(as ações) da sociedade.
No Brasil, tanto as idéias conformistas quanto as revolucionárias exerceram
forte influência na formação do pensamento sociológico brasileiro.
Após a instalação da República, autores como Silvio Romero (1851-1914),
Euclides da Cunha (1866-1909) e Oliveira Vianna (1883-1951), entre outros,
291
considerados conservadores, configuraram uma tradição ensaísta – sem uma
preocupação especificamente científica – preocupada em pensar o que seria a
identidade cultural nacional. Os estudos históricos, literários e as análises
sociológicas das três primeiras décadas do século XX, realizados por esses e outros
autores, problematizaram a nação brasileira no contexto da chamada modernização.
Temas como raça e cultura eram o foco desses estudos. A grande questão era
construir, delinear e definir a brasilidade.
Na década de 1930, ressaltam-se as contribuições de Gilberto Freyre e
Fernando de Azevedo que, em suas obras, analisaram com maior rigor científico a
realidade brasileira e procuraram estabelecer sínteses explicativas do Brasil.
Gilberto Freyre (1900-1987): formado pela Sociologia norte-americana,
recebeu forte influência teórica da chamada escola culturalista. Sua obra
mais conhecida, “Casa Grande & Senzala”, problematizou a questão étnico-
racial e assumiu como positiva para a cultura brasileira a miscigenação entre
brancos de origem européia e negros de origem africana. Essa obra e suas
teses repercutiram intensamente no cenário intelectual brasileiro e tornaram-
se referência nos estudos sociológicos. Apesar da importância de sua obra,
Freyre foi considerado um pensador conservador, devido à ausência, em
seus trabalhos, de uma crítica mais profunda das estruturas econômicas que
determinavam a existência do sistema escravista.
Fernando de Azevedo (1894-1974): um dos principais representantes do
pensamento escolanovistas no Brasil e redator do Manifesto dos Pioneiros
da Educação Nova (1932), contribuiu para o tratamento científico que a
educação passaria a receber por meio da ciência sociológica. Na sua obra, a
educação foi considerada, pela primeira vez um problema social, e como tal,
mereceria também um tratamento analítico especial. Caberia à Sociologia
não somente esta tarefa, mas, também, a atribuição de “salvar a educação”
e, consequentemente, a sociedade.
Por sua vez, como forma de pensar e explicar a sociedade capitalista, o
marxismo teve fortes repercussões no Brasil, notadamente a partir de 1930, com a
criação da Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (1933), da
Universidade de São Paulo (1934) e da Universidade do Distrito Social (1935).
Esses novos institutos universitários tornaram-se centros aglutinadores de
intelectuais importantes, tais como:
Caio Prado Júnior (1907-1980);
292
Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982);
Florestan Fernandes (1920-1995);
Otávio Ianni (1926-2004).
Esses intelectuais apresentaram uma produção sociológica significativa que,
somada à presença de professores estrangeiros convidados, sobretudo os da
chamada Missão Francesa – o primeiro grupo de professores contratados para
inaugurar, em São Paulo, os cursos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da
USP, em 1934 – contribuíram para que a Sociologia no Brasil se firmasse. Uma
nova geração de sociólogos definiria em seguida os rumos desse conhecimento.
A produção sociológica desses e outros autores posteriores esteve atenta
aos grandes problemas sociais decorrentes das mudanças econômicas e políticas
da sociedade brasileira, como os movimentos sociais agrários e urbanos, os
movimentos estudantis, as mudanças na organização do mundo do trabalho. As
questões das minorias – indígenas, mulheres, negros, homossexuais – passaram a
ter mais atenção e as instituições sociais passaram a ser estudadas em sua
dinâmica social e histórica.
Forjadas nas universidades e centros de estudos, as discussões no campo
da Sociologia se consolidaram como importante perspectiva de compreensão das
novas dimensões constantes na sociedade brasileira.
2 – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Entender, explicar e questionar os mecanismos de produção,
organização, domínio, controle e poder, institucionalizado ou não, que
resultam em relações sociais de maior ou menor exploração ou igualdade;
Contribuir para mudança de atitudes a fim de que se ampliem as
condições de cidadania dos estudantes;
Contribuir para o desenvolvimento de um pensamento analítico, livre de
noções preconceituosas e deterministas a cerca das relações sociais.
3 – CONTEÚDOS
3.1 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
293
O processo de socialização e as instituições sociais;
A cultura e a indústria cultural;
Trabalho, produção e classes sociais;
Poder, política e ideologia;
Cidadania e movimentos sociais.
3.2 – CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O surgimento da Sociologia;
As teorias sociológicas na compreensão do presente;
A produção sociológica brasileira;
A instituição escolar, religiosa e familiar;
A cultura ou culturas: uma contribuição antropológica;
Diversidade cultural brasileira;
O processo de trabalho e a desigualdade social;
Globalização;
Ideologia;
Formação do estado moderno;
Movimentos sociais;
Movimentos agrários no Brasil;
Movimento estudantil;
Salário e lucro;
Desemprego, desemprego conjuntural e desemprego estrutural;
Subemprego e informalidade;
Terceirização;
Voluntariado e cooperativismo;
Empreendedorismo;
Agronegócio;
Empregabilidade e produtividade;
Capital humano;
Reforma trabalhista e Organização Internacional do Trabalho;
294
Economia solidária;
Flexibilização;
Neoliberalismo;
Reforma agrária;
Reforma sindical;
Toyotismo, fordismo;
Estatização e privatização;
Parcerias público-privadas;
Relações de mercado.
3.3 - CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Projeto Bullying;
Projeto violência;
Agenda 21 (Qualidade de Vida);
Educação especial;
Cultura afro-brasileira;
Educação fiscal.
4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA
No ensino de Sociologia, é fundamental a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos os quais devem adequar-se aos objetivos, seja a exposição, a leitura
e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos, a análise, a
discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica ou outros.
Assim como os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles
derivados, os encaminhamentos metodológicos e o processo de avaliação ensino-
aprendizagem também devem estar relacionados à própria construção histórica da
Sociologia crítica caracterizada, portanto, por posições teóricas e práticas
favorecedoras do desenvolvimento de um pensamento criativo e instigante.
A disciplina deve ser iniciada com uma breve contextualização da
construção histórica da Sociologia e das teorias sociológicas fundamentais, os quais
devem ser constantemente retomados, numa perspectiva crítica, para fundamentar
295
teoricamente as várias possibilidades de explicação sociológica.
Deve-se ir além da definição, classificação, descrição e estabelecimento de
correlações dos fenômenos da realidade social é preciso explicitar e explicar
problemáticas sociais concretas e contextualizadas de modo a desconstruir pré-
noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da
autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.
O aluno deve ser considerado em sua especificidade etária em sua
diversidade cultural, isto é, além de importantes aspectos como linguagem,
interesses pessoais e profissionais e necessidades materiais, deve-se ter em vista
as peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem social do
aluno, para que os conteúdos trabalhados e a metodologia escolhida respondam as
demandas desse grupo social.
O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno
como sujeito de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a leitura,
o debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas importa que o aluno seja
constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos
e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Entre outros, dois encaminhamentos metodológicos são próprios do ensino
da sociologia: pesquisa de campo, recursos audiovisuais, especialmente vídeo e
filmes.
4.1 - PESQUISA DE CAMPO
Deve ser iniciada a partir da discussão com o grupo de alunos para a
definição do tema a ser pesquisado e do enfoque ou recorte a ser privilegiado. Em
seguida, deverá ser elaborado um pré-projeto de pesquisa a partir de referências
bibliográficas, da confecção de um roteiro de observação e/ou de entrevistas, ida a
campo para levantamento dos dados, organização dos dados coletados, confecção
de tabelas ou gráficos e, se necessário, a respectiva interpretação e, finalmente, a
análise e a articulação com a teoria.
4.2 - RECURSOS AUDIOVISUAIS
Um filme deve ser entendido também como texto. Como tal, deve ser
296
passível de leitura pelo aluno, pois o cinema e a TV são dotados de linguagem
próprias e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso
que o professor proponha uma interpretação analítica, contextual. Portanto, alguns
passos devem ser seguidos pelo professor:
A escolha do filme não deve estar relacionada somente ao conteúdo,
mas também a faixa etária e ao repertório cultural dos alunos;
A observação da ficha técnica do filme deve estar incluída na atividade;
A elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para
o conteúdo em estudo facilitará a compreensão do trabalho;
A discussão das temáticas contempladas deve estar articulada à teoria
sociológica;
A sistematização por meio da produção de um texto ou de outro meio de
expressão – visual, musical, literário – compõe a atividade.
5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
A avaliação no ensino de Sociologia deve perpassar todas as atividades
relacionadas à disciplina e ser pensada e elaborada de forma transparente e
coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por
todos os envolvidos no processo pedagógico.
A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a
prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza
e a coerência na exposição das idéias, no texto oral ou escrito, são alguns aspectos
a serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar os
problemas sociais, a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e
criativas, para reverter práticas de acomodação e sair do senso comum, são ações
que indicam aos professores o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano
de seus alunos.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos
debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de
campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre
teoria e prática, enfim várias podem ser as formas, desde que se tenham como
297
perspectiva ao selecioná-las a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no
sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno. Por fim,
entendemos que não só o aluno, mas também professores e a instituição escolar
devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões práticas e discursivas
e principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.
6 – BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio.
Sociologia – Ensino Médio. Secretaria de Estado da Educação (Folhas).
CARVALHO, Lejeune M. Grosso de (org.). Sociologia Ensino em Debate.
COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia – Introdução a Ciência da Sociedade.
GIDDENS, A. Sociologia. Porto Alegre : Artmed, 2005.
MELO Neto, J. C. Morte e Vida Severina. RJ : Nova Fronteira, 2000.
298
34.2 - PROJETO: CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Disciplinas: História, Língua Portuguesa, Arte, Geografia, Educação Física, Língua Inglesa, Filosofia e Matemática.Professoras: Flávia, Antônia Elizabeth, Marli, Ana, Paulo, Karina, Lucivânia e Lucimara.Séries Destinadas: Ensino Fundamental e Médio.Data Prevista: Ano letivo - 2006
Justificativa
Para viver democraticamente em uma sociedade plural, é preciso respeitar as diversidades culturais. A sociedade brasileira é formada, não só por Afros-descendentes, mas por diferentes etnias, como também por imigrantes de diferentes países. Portanto, reconhecer a diversidade das culturas é o melhor caminho para superarmos tensões e conflitos. Ancorados na percepção das diferenças étnicas, raciais e de gênero, poderemos construir uma sociedade mais justa e mais democrática. Neste sentido, a escola deve ser um local de aprendizagem de que as regras do espaço permitem a coexistência, em igualdade dos diferentes. Este trabalho visa à diversidade cultural, exige que a escola alimente uma “Cultura de Paz”, baseada na tolerância, no respeito aos direito humanos e na noção de cidadania compartilhada por todos os brasileiros. O desafio maior do educador é criar o caráter de um verdadeiro cidadão. Toda e qualquer sociedade consciente, pode e deve lutar por melhores condições de vida para todas as pessoas, independente de raça, credo, sexo ou condição social. Por isso, a idéia de resgatarmos a cultura afro é pertinente, visto que esta, aproxima os alunos de uma nova realidade, que remete a uma nova consciência de mundo. Considerando que as etnias nos ensinam que reconhecer a diferença é reconhecer que existem indivíduos e grupos diferentes entre si, mas que possuem direitos correlatos, e que a convivência em uma sociedade democrática depende da aceitação da idéia de compormos uma totalidade social heterogênea. Acreditamos que o projeto possa superar as tensões e conflitos do cotidiano, no qual estão inseridos.
Objetivos Gerais
Reconhecer a diversidade cultural, cultivando atitudes de respeito para com as pessoas e grupos que há compõe, reconhecendo a diversidade como um direito dos povos e dos indivíduos;
Valorizar as diferenças culturais, presentes no Brasil, no Estado e na Comunidade, como nação e reconhecendo sua contribuição no processo da constituição da identidade brasileira;
Promover os princípios básicos de liberdade, dignidade, respeito mútuo, justiça e equidade, solidariedade em relação às diversidades culturais.
Objetivos Específicos Despertar a consciência cultural, valorizando e enriquecendo a vivência de
cidadania; Verbalizar conceitos;
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Proporcionar reflexões sobre a história de diferentes povos; Compreender a importância da diversidade cultural entre Brasil e África; Relacionar a cultura brasileira com o legado cultural dos africanos; Formar cidadãos atuantes e modificadores da realidade brasileira; Expressar através de manifestações artístico-culturais conhecimentos
apreendidos; Valorizar a diversidade cultural, o respeito e a convivência solidária em uma
sociedade democrática; Perceber a relação do multiculturalismo na visão do homem do campo.
Recursos
- Diversos gêneros textuais;- Vídeos;- Retro-projetor;- Mapas;- Geoatlas;- Iconografia;- Músicas.
Metodologia
-Realização de pesquisa bibliográfica e de campo;-Levar o educando a confeccionar cartazes, pinturas, recortes de jornais referentes à cultura Afro-Brasileira e outras;-Viabilização de atividades como: música, dança, culinária, teatro, entrevistas, com o intuito de resgatar a diversidade cultural;-Produção de textos literários, inserindo as diversas culturas existentes;-Criação de histórias em quadrinhos com interpretação das mesmas;-Intercâmbio cultural visando proporcionar uma maior visão das diversas etnias;-Através de mostra cultural, os alunos poderão demonstrar a comunidade escolar às contribuições dos afro-decendentes no Brasil;-Despertar, através da comemoração do dia da consciência negra, o respeito pelo outro evitando assim o preconceito e a discriminação.
Avaliação
Será avaliado todo o processo de construção do conhecimento adquirido pelo educando, levando-o a desenvolver sua capacidade de aprimorar-se cientificamente e socialmente, produzindo historicamente sua cultura e respeito à diversidade humana.
300
34.3 – PROJETO: AGENDA 21
IdentificaçãoNome da Escola: Colégio Estadual Jaelson Biácio – Ensino Fundamental e Médio
Endereço: Rua Duque de Caxias, 65
Telefone: (44) 3572-1158
Núcleo de Jurisdição: Campo Mourão-Pr
Coordenador Técnico da Agenda 21 Escolar: Maurílio Santos
Tema:Reciclar e Preservar.
Introdução
Atualmente nos deparamos com sérios problemas ambientais, porém pouco se realiza para solucioná-los. Fazer com que todos se comprometam em buscar desenvolvimento sustentável, é nossa função. Os maus tratos com a natureza é uma tarefa bastante complexa. Precisamos nos comprometer como cidadãos conscientes com meio ambiente, para que as futuras gerações não venham a sofrer conseqüências mais graves.
Assim, faz-se necessário o desenvolvimento de um trabalho que desperte o compromisso e a preocupação com o meio ambiente, na escola e na comunidade, enquanto o educando encontra-se em fase de estruturação como cidadão consciente de seu verdadeiro papel na sociedade.
Realizando observações e coletando sugestões da comunidade escolar e dos moradores do distrito, identificamos problemas porém apontando algumas sugestões relacionadas à:-Esgoto e lixo (o lixo deveria ser coletado com mais freqüência);-Matas ciliares com largura inferior a 30 metros;-Preparação para o trabalho e para a vida (Ensino Profissionalizante);-Ambiente físico da escola: adequação de salas de aula, melhoria no piso e construção de arquibancadas na quadra esportiva e filtros de água nas salas de aula;-Aula de informática, ensino religioso e formação moral, palestras com professores especializados, cursos para professores, passeios culturais, entre outros;-Ambiente de lazer fora do horário de aula, bem como adequação da praça do distrito;-Convidar a comunidade para o plantio de árvores;-Participação de alunos no reflorestamento de matas ciliares;-Oficinas com materiais recicláveis;-Adubo orgânico e alimentos sem agrotóxico.
Verificamos nas propostas algumas críticas tais como:-Mata ciliar está retirando a terra produtiva;-Dependemos da água e do meio ambiente, mas também dependemos dos alimentos produzidos na agricultura;-Promessas políticas voltadas ao meio ambiente estão sendo cumpridas? Considero estas críticas de muito valor na construção da agenda 21, pois elas reforçam a necessidade da escola criar nas crianças e jovens uma nova
301
mentalidade, de mudanças com ralação ao tratamento da natureza, criando um pensamento de desenvolvimento humano, adquirindo consciência que há necessidade da comunidade envolver-se em ações de transformação da realidade ambiental e cobrando do poder público competente, atitudes transformadoras da realidade ambiental atual.
O Fórum da Agenda 21 realizado nas dependências do colégio em 23 de setembro de 2005 contou com a participação da comunidade, alunos pais, autoridades do distrito de Piquirivaí, do Núcleo Regional da Educação, SANEPAR, Secretaria da Agricultura, Diretora e Membros da Escola e Coordenador da Agenda 21 da escola.
Foram relatadas questões diversas, como: a água, o desmatamento, as queimadas, a poluição dos rios, a importância de proteção das nascentes, a manutenção e plantio das matas ciliares, a importância da coleta seletiva do lixo, a preservação pelo meio ambiente, entre outros. Este projeto tem como finalidade conscientizar o educando e comunidade escolar sobre a importância e urgência de preservarmos o planeta ao qual vivemos, garantindo um meio ambiente saudável e boa qualidade de vida.
Objetivos Gerais
-Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis;-Compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de vida das pessoas tanto local quanto localmente;-Perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa / efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio;-Compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejos dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-dia.
Objetivos Específicos
-Proporcionar a integração entre escola, comunidade, poder público e autoridades locais com relação ao meio ambiente;-Incorporar e socializar atitudes que visem à preservação do ecossistema, de higiene ambiental e de saúde;-Apresentar práticas que amenizem os problemas sociais e ambientais da escola e da comunidade;-Estimular o exercício da cidadania, preservando e valorizando os recursos naturais e o patrimônio público;-Motivar para o cumprimento dos deveres e a existência dos direitos do cidadão;-Contribuir para a formação de cidadãos conscientes aptos a decidir e atuar na realidade sócio-ambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um e da sociedade.
Ação Metodológica
302
Realização de pesquisa de campo, bibliográficas e documentais, palestras, oficinas, entrevistas, coleta de dados, interpretação e tabulação de dados, mutirão de limpeza, elaboração e confecção de cartilha informativa, reflorestamento de vegetação ciliar e exposição de trabalhos;
Realização de pesquisas em livros, jornais, revistas e documentos, para resgatar a história da escola e comunidade, obtendo informações variadas e sugestões para melhorias na comunidade;
Através de palestras e oficinas, estimular o educando quanto à educação ambiental;
Através de trabalhos com maquetes, tabelas, gráficos, entre outros, pretendemos envolver toda a comunidade educacional para a conscientização na preservação do meio ambiente, melhorando sua qualidade de vida;
Auxiliar na recuperação e na preservação da vegetação ciliar às margens do Rio do Campo, bem como sua nascente;
Formar grupos para o plantio de mudas de árvores nos arredores da escola e clube Gralha Azul;
Expor os trabalhos realizados ao longo da aplicação do Projeto Agenda 21 Escolar, na escola e na comunidade;
Conscientização da degradação ambiental que consiste em alteração e desequilíbrio provocados no meio ambiente que prejudicam os seres vivos e impedem os processos vitais existentes.
PARTICIPAÇÃO NA AGENDA 21 ESCOLARComunidade Escolar Quantidade de
Pessoas por Grupo
Participação na Construção da
Agenda 21Número de Professores 25 04Número de Alunos 81 04Número de Pessoas que Trabalham na Equipe Técnico-Pedagógica 02 02Número de Pessoas que Trabalham na Equipe Administrativa 03 -Número de Pessoas que Trabalham nos Serviços Gerais 03 01Pais Atuantes na A.P.M.F. e / ou com Representantes de Turmas 01 -Sociedade Civil Organizada (Associação de Moradores, Igrejas, ONG, Governo Municipal, etc.)
03 -
Reconhecimento: Análise da Comunidade
- Estudo dos Recursos Naturais:
303
As observações foram realizadas in loco, ou seja, através de pesquisa de campo. Percebe-se que os recursos naturais presentes na comunidade estão bem preservados. Há a nascente do Rio do Campo que será preservada, a qual abastece a comunidade. Observa-se também a existência de matas ciliares com largura inferior a exigida na nascente e nas margens do rio onde já recebe o nome de Rio do Campo. Quanto à qualidade da água consumida pela população, fomos informados
pelo Sr. José Casturino de Lima, (responsável pelo controle do abastecimento no distrito), que a Secretaria da Saúde coleta e faz a análise da água periodicamente e que até o momento não houve grandes problemas, o principal deles foi em relação ao cemitério, havendo a interdição do mesmo por estar localizado nas proximidades a nascente do Rio do Campo.
- Estudo da População:
O Distrito de Piquirivaí, de acordo com o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 2000, possui uma população de 1.502 habitantes, sendo 512 da zona urbana e 990 da zona rural. A minoria da população é constituída por fazendeiros, porém a grande maioria, são pequenos proprietários rurais assalariados, diaristas e alguns funcionários públicos.
- Recursos Econômicos e Sociais:
Quantitativamente a comunidade está bem servida nos setores de transporte, saúde e educação. Os locais de recreação pública são: a quadra de esportes do colégio, o estádio municipal, uma quadra esportiva polivalente, campo de futebol suíço, a praça da igreja, quadra de areia, clube social recreativo e salão paroquial.
- Segurança Pública: Não há ocorrência na comunidade que justifique um patrulhamento ostensivo, mas esporadicamente a Polícia Militar presta serviços de segurança preventiva.
- Recursos na Área da Saúde: Há um Posto de Saúde que atende a comunidade, com medicamentos e consultas periódicas. Também há o programa “Leite das Crianças” que é distribuído na própria escola. Na comunidade não há rede de esgoto, porém há fossas sépticas. Quanto à água tratada, toda a comunidade tem acesso, assim como a coleta de lixo, que ocorre semanalmente.
- Recursos da Educação: Em nossa comunidade há duas escolas públicas, sendo uma da rede municipal a qual atende da Educação Infantil a 4ª série, outra na rede estadual atendendo o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio. Ambas compartilhando o mesmo prédio.
Cronograma
Agosto / 2005
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-Participação de alunos na elaboração de cartazes sobre a importância da coleta seletiva e reciclagem de lixo com apoio da A.P.M.F. – Associação de Pais, Mestres e Funcionários e a comunidade.
Setembro / 2005-Reunião com professores e funcionários da escola para apresentar aos mesmos, o Projeto Agenda 21 Escolar;-Fórum da Agenda 21 – propostas da comunidade;-Apresentação do Projeto Biodiversidade, pelos alunos, onde trabalhou-se com plantas medicinais e teatro referente ao meio ambiente.
Outubro / 2005-Escolha da melhor redação dos alunos da escola, com o tema referente “Cidadania” (Projeto do SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural);-Feira Com Ciência, onde foram abordados, por alunos e professores os seguintes temas: -Agricultura sustentável;-Recursos auto-sustentáveis de uma pequena propriedade;-Teatro sobre o meio ambiente;-Questão do lixo;-Referendo sobre a questão da comercialização das armas.
Observação: No Projeto de Agricultura Auto - Sustentável, foram utilizadas aproximadamente 200 mudas de árvores (nativas e frutíferas), as quais foram plantadas na nascente do Rio do Campo, nos arredores da escola e do Clube Gralha Azul.
Novembro / 2005-Formação de coordenadores da Agenda 21, por turma, a serem implantadas no ano letivo de 2006;-Formação da Agenda 21 jovem da escola;-Projeto para a conscientização de alunos na melhoria do aproveitamento escolar, aumentando seus conhecimentos, objetivando superação do censo comum (incluir aulas de reforço e prêmio de incentivo);-Celebração comemorativa pelo Dia do Rio (24 de novembro).
OrçamentoCusto aproximado de 200 reais.
ParceriasProfessores, funcionários da escola, alunos, membro da comunidade, SANEPAR, SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e Secretário do Meio Ambiente de Campo Mourão.
Avaliação do Projeto
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A avaliação do presente projeto se realiza através da participação efetiva dos educandos na comunidade a qual pertencem, levando-se em conta os conhecimentos adquiridos pelos mesmos, aplicados em seu dia-a-dia, através do despertar crítico, reflexivo e participativo, visando melhorias na sua qualidade de vida e de sua comunidade. A avaliação ocorre de maneira formal e informal, dando-se ênfase a participação e interesse do aluno pelo tema pesquisado.
Projeção para o FuturoTodas as atividades propostas terão continuidade nos próximos três anos, porém, quando necessário, serão realizadas reformulações e criados novos projetos.
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34.4 - PROJETO: TECNOLOGIA NO AMBIENTE ESCOLAR
Disciplina: História, Língua Portuguesa, Arte, Geografia, Educação Física, Língua
Inglesa, Filosofia, Matemática, Biologia, Química, Física.
Professores: Roseli, Susi, Rosa, Ana, Paulo, Marilâine, Lucimara, Elizabeth,
Daniele, Gisleine.
Séries Destinadas: Ensino Fundamental e Médio
Data Prevista: Ano Letivo - 2006
JUSTIFICATIVA
Atualmente estamos inseridos num mundo onde a tecnologia se faz cada vez mais presente, exigindo do educador um posicionamento diante dessa nova realidade. O grande número de informações disponíveis, a rapidez de acesso a essas informações e as possibilidades de interação entre indivíduos de diferentes universos intelectuais e culturais tem trazido inúmeras mudanças ao processo de ensino-aprendizagem. Estamos, portanto, diante de mais um momento de transição. A introdução do uso das novas tecnologias na educação nos convida a uma reflexão sobre o papel do educador frente a esses desafios.
O educador deve estar aberto a essa nova realidade, estando disposto a aprender sempre, desenvolvendo sua capacidade reflexiva, Quando o professor tem clareza de seus objetivos, preocupa-se em envolver o aluno na ludicidade da proposta, como na análise de conceitos implícitos nas situações apresentadas, contextualizando-as ao mundo em que o aluno vive .
É preciso que essas informações sejam pensadas e organizadas de acordo com as características que podem favorecer a aprendizagem e que as tecnologias utilizadas para esse fim estejam em consonância com o modelo pedagógico adotado. Devemos ter muito claro o que é importante do ponto de vista pedagógico e como tirar proveito da tecnologia para atingir o objetivo da escola.
Para atender a nova geração é preciso que o professor utilize de recursos como o vídeo, televisão, projetores, computadores e os novos multimídias, etc., como meios de facilitar ao aluno o acesso à aprendizagem e de integração da escola, do trabalho e da vida.
OBJETIVO
Incentivar o uso de recursos tecnológicos como o vídeo, a televisão, câmera, o projetor e o computador por parte dos professores em sala de aula como meios de facilitar ao aluno o acesso a aprendizagem, através de uma prática educativa transformadora.
METODOLOGIA
Incorporação dos recursos tecnológicos de forma pedagógica ( televisão, vídeos, computador,projetor, câmera, etc.) nos objetivos didáticos do professor, de maneira que possa enriquecer com novos significados as situações de aprendizagem vivenciadas pelos alunos.
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34.5 – PROJETO: Programa Nacional de Educação Fiscal
Disciplina: História, Língua Portuguesa, Arte, Geografia, Educação Física, Língua
Inglesa, Filosofia, Matemática, Biologia, Química, Física.
Professores: Roseli, Susi, Rosa, Ana, Paulo, Marilâine, Lucimara, Elizabeth,
Daniele, Gisleine.
Séries Destinadas: Ensino Fundamental e Médio
Data Prevista: Ano Letivo – 2006
Justificativa:
A principal característica desse início de século é a velocidade das mudanças que ocorrem em todas as áreas: econômicas, sociais, culturais, científicas, tecnológicas, institucionais e do capital humano. Podem-se identificar alguns fenômenos mundiais responsáveis pela aceleração dessas transformações que impactaram de forma profunda a economia e as sociedades: globalização, abertura do mercado, transnacionalização da produção, consciência ecológica, reconhecimento dos direitos humanos e aprimoramento da cidadania.
Ressalte-se o papel estratégico que desempenham o fator humano e a tecnologia nesse processo de desenvolvimento no mundo globalizado. É primordial ao êxito de qualquer empreendimento e capacidade de produzir bens cada vez mais sofisticados, que atendam as exigências do consumidor e, a custos competitivos. Cada vez mais está evidente que a mola propulsora do mundo é o conhecimento. O direito á educação desempenha historicamente a função de ponte entre os direitos políticos e os direitos sociais: o alcance de um nível mínimo de escolarização torna-se um direito-dever intimamente ligado ao exercício da cidadania política.
O estado deve garantir que todas as crianças sejam escolarizadas, considerando as exigências e a natureza da cidadania, estimulando o desenvolvimento dos cidadãos em formação. O direito a educação é um direito social de cidadania genuíno porque o objetivo da educação durante a infância é moldar o adulto em perspectiva. O processo de extensão da cidadania vincula-se assim é a dinâmica democrática.. Neste contexto, é que podemos afirmar que a educação fiscal vem de encontro com as nossas necessidades de estarmos conscientizando nossos alunos para exercício da plena cidadania. A Educação Fiscal é também um processo de inserção de valores na sociedade, como o de percepção do tributo que assegura o desenvolvimento econômico e social, e com o devido conhecimento de seu conceito, sua função e sua aplicação.
Para que haja mudança de comportamento na sociedade, com despertar da consciência de cidadania, é necessária uma ação educativa permanente e sistemática, voltada para o desenvolvimento de hábitos, atitudes e valores. A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para a função socioeconômica do tributo. Nesta função, o aspecto econômico, refere-se a otimização da receita pública, e o aspecto social, diz respeito a aplicação dos recursos em benefício a população. O que se almeja portanto não é especificamente a conscientização da importância de se arrecadar verbas, porém o objetivo principal é focalizar o interesse social. A Educação Fiscal busca o entendimento, pelo
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cidadão, da necessidade e da função social do tributo, assim como dos aspectos relativos a administração dos recursos públicos. Com o envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos gastos públicos, estabelece-se controle social sobre o desempenho dos administradores públicos e asseguram-se melhores resultados sociais. O aumento da cumplicidade do cidadão em relação as finanças públicas torna mais harmônica sua relação com o estado. Este é o estágio de convivência desejável e esperado.
Objetivo:
Despertar nos alunos o verdadeiro significado da cidadania, esclarecendo acerca da função social do tributo e envolvendo no acompanhamento da gestão dos recursos públicos.
Metodologias:
Aulas expositivas. Pesquisa sobre o tema. Pesquisa sobre o que é: ICMS, INSS, IPVA, etc... Pesquisa nos supermercados sobre os valores tributários das mercadorias.
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35. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
CAMARGO, Alzira leite Carvalhais. Mudanças na avaliação da aprendizagem escolar na perspectiva da progressão continuada: questão teoria e prática. In: Bicudo, Maria Ap. V: Silva Junior, Celestino da (orgs). Formação do educador: Avaliação Institucional, ensino e aprendizagem. S. P. ed. UNESP, 1999, p. 165 – 177.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988.
DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Concepções de avaliação escolar x concepção de relação pedagógica. In: conselho de classe e avaliação: pespectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, S.P. Papirus, 2004, p. 69 a 75.
DELIBERAÇÃO Nº 02/03 de 02/06/03. Normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do Paraná.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: V. 1: a fundamentação filosófica / coordenação geral SEESP / MEC; organização Maria Salete Fábio Aranha. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2004. 28 p.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: V. 2: o município / coordenação geral SEESP / MEC; organização Maria Salete Fábio Aranha. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2004. 27 p.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: V. 3: a escola / coordenação geral SEESP / MEC; organização Maria Salete Fábio Aranha. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2004. 26 p.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: V. 4: a família / coordenação geral SEESP / MEC; organização Maria Salete Fábio Aranha. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2004. 17 p.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 – Ministérios da Educação – Assessoria de Comunicação Social – Brasília: MEC 2004.
GADOTI, Moacir, ROMÃO, José E. (orgs.). Autonomia da Escola: Princípios e Propostas. São Paulo: Cortez, 1997.
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LUCKESI, Cipriano C. Verificação ou avaliação: o que pratica a escola? In; Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições – 15ª ed. S. P. Cortez, 2003, p. 85 – 101.
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REFERENCIAS PARA UMA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO : Caderno de subsídios – Coord. Marise Nogueira Ramos, Telma Maria Moreira, Clarice Aparecida dos Santos – Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Grupo Permanente de Trabalho de Educação do Campo, 2004 - p. 48.
RESENDE, Lúcia Maria Gonçalves de.; VEIGA, Ilma Passos (orgs.). Escola: espaço do projeto Político-Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
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________ O Projeto Político-Pedagógico - Continuidade ou Transgressão para acertar? In: Castanho, M.E.L. e Castanho, S (Orgs). O que há de novo na educação superior: do projeto pedagógico à prática transformadora. Campinas, São Paulo – Papirus, 2000, p. 183 a 21
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36 – ASSEMBLÉIA E ASSINATURA PARA APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA À COMUNIDADE
Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – E.F.M.
ATA Nº 08 / 2005
Ao décimo sétimo dia do mês de novembro do ano de dois mil e cinco, às vinte horas, realizou-se nas dependências deste colégio uma assembléia para apresentação e aprovação deste PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO à comunidade escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (A.P.M.F.), representantes dos alunos, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, funcionários e professores. A diretora deste estabelecimento de ensino Marli Vieira da Silva, juntamente com a professora pedagoga Marisa Zanella Castelli, deram início aos trabalhos, fazendo uma explanação dos objetivos e finalidades do mesmo, frizando sua importância para a comunidade escolar, tendo como função primordial, a busca de novos rumos e nova direção no resgate de uma escola pública mais democrática e participativa. Projeto Político-Pedagógico, não é, e não deverá ser um projeto pronto e acabado, requer continuidade das ações, flexibilidade e democratização no processo de tomada de decisões e momentos de criação coletiva, visando sempre à melhoria da qualidade da escola pública no processo ensino-aprendizagem. Foi esclarecido também que: A escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as primeiras fases do desenvolvimento. Ela tem papel fundamental no desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos humanos, portanto deve ser um ambiente acolhedor e democrático, para que o educando possa ter voz ativa auxiliando-a na tomada de decisões. Após a apresentação do Projeto Político-Pedagógico, os representantes da comunidade escolar presentes na reunião aprovaram o mesmo. Nada mais havendo a declarar eu, Luzinete Silva, secretária da escola, lavrei a presente ata que seguirá assinada por mim e todos os presentes._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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37 – ASSEMBLÉIA E ASSINATURA PARA APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA À COMUNIDADE
Colégio Estadual Professor Jaelson Biácio – E.F.M.
ATA Nº 01 / 2007
Aos vinte e cinco dias do mês de março do ano de dois mil e sete, às vinte horas, realizou-se nas dependências deste colégio uma assembléia para apresentação e aprovação da complementação deste PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO à comunidade escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários (A.P.M.F.), representantes dos alunos, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, funcionários e professores. A diretora deste estabelecimento de ensino Marli Vieira da Silva, juntamente com a professora pedagoga Erenice Zambrana de Macedo, deram início aos trabalhos, justificando a necessidade da complementação e do acompanhamento do Projeto Político-Pedagógico, pois o mesmo não é e não deverá ser um projeto pronto e acabado, requer continuidade das ações, flexibilidade e democratização no processo de tomada de decisões e momentos de criação coletiva, visando sempre à melhoria da qualidade da escola pública no processo ensino-aprendizagem. Foi salientado também que: a escola é um dos principais espaços de convivência social do ser humano, durante as primeiras fases do desenvolvimento. Ela tem papel fundamental no desenvolvimento da consciência de cidadania e de direitos humanos, portanto deve ser um ambiente acolhedor e democrático, para que o educando possa ter voz ativa auxiliando-a na tomada de decisões. Após a apresentação da complementação do Projeto Político-Pedagógico, os representantes da comunidade escolar presentes na reunião aprovaram o mesmo. Nada mais havendo a declarar eu, Luzinete Silva, secretária da escola, lavrei a presente ata que seguirá assinada por mim e todos os presentes.________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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