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1 Colégio Estadual Leonardo da Vinci Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DOIS VIZINHOS, 21 DE MAIO DE 2018

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Colégio Estadual Leonardo da Vinci

Ensino Fundamental,

Médio, Normal e Profissional.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

DOIS VIZINHOS, 21 DE MAIO DE 2018

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO----------------------------------------------------------------------------------------------- FILOSOFIA DA ESCOLA------------------------------------------------------------------------------------- MISSÃO DA ESCOLA--------------------------------------------------------------------------------------04 INTRODUÇÃO------------------------------------------------------------------------------------------------04 I IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO-------------------------------------------------06 1.1. LOCALIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA--------------------------------------06 1.2. ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO--------------------------------------------------07 1.3. CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO E QUANTIDADE DE ESTUDANTES-------------------------------------------------------------------------------------------------09 1.4. ESTRUTURA FÍSICA, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS-----------------------11 1.5. RECURSOS HUMANOS------------------------------------------------------------------------------12 II.DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO-MARCO SITUACIONAL-----------------16 2.1. GESTÃO ESCOLAR-----------------------------------------------------------------------------------17 2.2. ENSINO APRENDIZAGEM--------------------------------------------------------------------------17 2.3. ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL -----------------------------------------------------------------------------------20 2.4. ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO--------------------------------------------21 2.5. ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS, PROFESSORES E DEMAIS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO-----------------------------------------------------------------------21 2.6. ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS E OU/ RESPONSÁVEIS---------------------------------------------------------------------------------------------22 2.7. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO------------------23 2.8. ACOMPANHAMENTO DA HORA-ATIVIDADE-------------------------------------------------23 2.9. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO E CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS--------------------------------------------------------------------------24 2.10. ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR( INDICADORESEXTERNOS E INTERNOS) ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO----------------------------------24 2.11. RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES----------------26 III FUNDAMENTOS TEÓRICOS-MARCO CONCEITUAL-----------------------------------------26 3.1. DIVERSIDADE DOS SUJEITOS ESCOLARES-------------------------------------------------27 3.2. TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO-----------------------------------------------------------------------29 3.3. CURRÍCULO E CONHECIMENTO-----------------------------------------------------------------30 3.4. CUIDAR E EDUCAR-----------------------------------------------------------------------------------31 3.5. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS---------------------------------------------------------31 3.6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL----------------------------------------------------------------------------32 3.7. VIOLÊNCIAS E O USO DE ÁLCOOL E DROGAS NO AMBIENTE ESCOLAR-------33 3.8. EDUCAÇÃO ESPECIAL-----------------------------------------------------------------------------36 3.9. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO-----------------------37 3.10. EDUCAÇÃO, HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE, ADULTO E IDOSO) MUNDO, SOCIEDADE E CIDADANIA-------------------------------------------------------38 3.11. FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURA,TRABALHO E ESCOLA-------------40 3.12. GESTÃO ESCOLAR----------------------------------------------------------------------------------41 3.13. ENSINO APRENDIZAGEM, ALFABETIZAÇÃO, LETRAMENTO E AVALIAÇÃO----42 3.14. TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA-----------------------44 3.15. FORMAÇÃOCONTINUADA------------------------------------------------------------------------45 IV PLANEJAMENTO-MARCO OPERACIONAL-----------------------------------------------------45

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4.1. CALENDÁRIO ESCOLAR----------------------------------------------------------------------------47 4.2. AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGOGICAS--------------------------------------------------------------47 4.2.1. Ensino Médio Inovador------------------------------------------------------------------------------48 4.2.2. Conectados--------------------------------------------------------------------------------------------49 4.2.3. Atividade Complementar Curricular em Contra turno---------------------------------------49 4.2.4. CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) ------------------------------------------49 4.3. AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR-------------------------------50 4.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR-----------------------------------------------------51 4.4.1. Proposta Pedagógica Curricular- Elementos--------------------------------------------------51 4.4.2. Proposta Pedagógica do Curso de Formação de Docentes------------------------------52 4.5. FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA E LABORATÓRIOS---------------------------------52 V PLANO DE CURSO---------------------------------------------------------------------------------------53 VI LEGISLAÇÕES ARTICULADAS AO CURRÍCULO----------------------------------------------53 VII AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL------------------------------------------------------------------------54 VIII ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP------------------------------------------------56 REFERÊNCIAS--------------------------------------------------------------------------------------------------

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COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI - CELV

Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional DOIS VIZINHOS - PARANÁ

APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico – PPP do Colégio Estadual Leonardo da Vinci, foi

elaborado e pensado com vistas a contemplar a gestão democrática-participativa, pois

é na coletividade que se organizam as ações e se buscam novos rumos, novas direções,

um novo sentido para a Escola Pública. Ao se constituir em processo participativo de

decisões, o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho

pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, buscando eliminar as relações

corporativas e autoritárias (LIBÂNEO 2012, 473-477)

FILOSOFIA A comunidade do CELV expressa a Filosofia: Inovar, Integrar e Agir para

Transformar.

MISSÃO

Nesta perspectiva, o Colégio Estadual Leonardo da Vinci, tem a seguinte missão:

“Desenvolver uma educação voltada para a formação de um cidadão crítico e participativo

na comunidade em que está inserido. Defender uma concepção pedagógica que pense

no coletivo escolar, objetivando a inclusão e a permanência do educando na escola,

garantindo o desenvolvimento acadêmico e profissional de todos com uma educação de

qualidade.

INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea depara-se com inúmeros desafios socioeducacionais

e, diante dessa realidade, surge à necessidade de dialogar amplamente sobre o

verdadeiro papel da educação na formação do ser humano. Para atender essa demanda

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e contribuir para o desenvolvimento das gerações atuais e futuras, a comunidade escolar

deve discutir de forma processual e coletiva as ações para atingir as respostas educativas

a que se propõe.

O Projeto Político Pedagógico visa o fortalecimento das ações e da participação

política de todos os integrantes da comunidade escolar. Fundamenta-se nos princípios

teórico-práticos que pressupõe relações de interdependência e reciprocidade.

Construir o PPP de forma participativa, analisando limites e possibilidades,

aglutinando crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar e, do contexto

social e científico, constitui-se um compromisso político pedagógico coletivo, o qual

aparece expresso na LDBEN 9.394/96.

Em termos legais, a Lei Federal, a LDBEN nº 9394° de 20 de dezembro de 1996

estabelece que a educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana e tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

A LDB, Lei nº 9394/96, prevê no seu artigo 12, inciso I, que os estabelecimentos

de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, “terão a

incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Esse preceito legal está

sustentado no pressuposto de que a escola deve assumir, como uma das suas tarefas, o

trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa.

A metodologia utilizada pelo Colégio Estadual Leonardo da Vinci - CELV para

elaboração do PPP foi dinâmica e diversificada, sendo realizados vários encontros e

reuniões com todos os segmentos da comunidade escolar, a fim de analisar as temáticas

pertinentes a cada etapa e modalidade de ensino.

Os encontros com professores, funcionários, pais, alunos, integrantes de

colegiados: Grêmio Estudantil, APMF (Associação de Pais Mestres e Funcionários) e

Conselho Escolar redefiniram as ações que permeiam todo o processo educativo da

escola.

Os estudos, debates e discussões vêm sendo produzidos ao longo dos últimos

anos durante os vários momentos de formação continuada e de planejamentos didático

pedagógicos. Cada ação realizada proporcionou uma reflexão crítica sobre a realidade

educacional. O processo de elaboração do PPP e dos outros documentos do CELV é

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construído no desenvolvimento histórico/cultural em que se vivencia a dinâmica do

processo ensino-aprendizagem.

I IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

O Colégio Estadual Leonardo da Vinci – Ensino Fundamental Anos Finais, Médio,

Normal e Profissional, localizado à Rua Salgado Filho, 175, Centro Sul, Dois Vizinhos,

Paraná. É uma instituição pertencente à rede estadual mantida pela SEED - Secretaria de

Estado da Educação do Paraná, jurisdicionada ao NRE – Núcleo Regional de Educação

de Dois Vizinhos.

O município de Dois Vizinhos está localizado na região Sudoeste do Paraná. Sua

população estimada em 2017 é de 39.856 habitantes, numa área de 418, 320 Km². A

economia é diversificada, com várias opções nos setores agropecuário, de comércio,

serviços e indústria, onde Dois Vizinhos é polo Estadual em produção e abates de aves,

metal mecânico, confecções e desenvolvimento de softwares.

1.1 LOCALIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Quadro 1 : Dados de identificação da Instituição de Ensino

Instituição de Ensino: Colégio Estadual Leonardo da Vinci Código da Instituição: 00455 Endereço: Rua Salgado Filho, 175 Município: Dois Vizinhos Código do Município: 0720 NRE: Dois Vizinhos Código do NRE: 10 Código do INEP: 41084772 Dependência Administrativa: Estadual Localização: Urbana Oferta de Ensino: Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio Regular, Educação Profissional Integrada: Curso Técnico em Informática e Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio, na modalidade Normal. Ato de autorização da Instituição – Credenciamento da Educação Básica: RES. 416 – 21/02/1983 Ato de Funcionamento do Ensino Fundamental Anos Finais: RES. 3704 – 08/02/1991 Ato de Funcionamento do Ensino Médio: Parecer 0131/1984 – RES.2926 – 10/05/1984 Ato de Funcionamento do Ensino Médio Profissional: RES.1826- 07/07/2005 Ato de Funcionamento do Ensino Médio- Técnico em Informática- Subsequente ET IC- RES 1704- 18/07/2005 Parecer de aprovação do Regimento Escolar: Ato administrativo nº 160/2017- NRE

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1.2 ASPECTOS HISTORICOS DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Leonardo da Vinci, teve seu funcionamento autorizado pela

Resolução nº 416/83 de 10/03/83 e seus primeiros registros são do ano de 1970. Nesse

período o CELV denominava-se Colégio Comercial Estadual De Dois Vizinhos e Escola

Normal Colegial de Dois Vizinhos. No comercial o curso oferecido era Técnico em

Contabilidade com uma turma composta de 7 alunos sob a direção de Nereu Carlos

Massignan, no Normal funcionava o curso do Magistério com uma turma de 14 alunos

com a diretora Laudelina Ferreira Franco. O início dos trabalhos deu-se no prédio do

Educandário Nossa Senhora de Fátima – atual COOPERMUNDI.

No ano de 1975 o Colégio transferiu suas atividades para o grupo Parigot de

Souza – atual Escola Municipal João Paulo II.

Em 1980, com o desenvolvimento socioeconômico e cultural da cidade, o Colégio

ofereceu novos cursos, ficando reconhecido o Curso de 2º Grau – Regular, com

Habilitação: Propedêutico, Plena Magistério, Básica em Comércio e Parcial Auxiliar em

Administração de Fazenda.

No dia 5 de Dezembro de 1983, para diferenciação dos estabelecimentos de

ensino, a Secretária de Estado da Educação estabeleceu nova nomenclatura: Colégio

Estadual Leonardo da Vinci - Ensino de 2º Grau.

O curso de Auxiliar em Administração de Fazendas passa a ser extinto

gradativamente em 1985. O curso básico de Comércio também foi extinto de forma

gradativa a partir de 1986, dando lugar ao curso Técnico em Contabilidade que entrou em

extinção em 1997, conforme Resoluções: nº 2323/97; 5052/97 de 24/07/97. Em 1998, o

curso propedêutico passou a denominar-se Educação Geral.

Em 1991 além do curso de Magistério em quatro anos, implantou-se o curso de 1º

grau (de quinta à oitava série). Passou a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL

LEONARDO DA VINCI – ENSINO DE 1º E 2º GRAUS. Ainda nesse período foi

construída a sede própria na Rua José de Alencar 175, onde funciona atualmente.

No ano de 1999, foi implantado o ensino profissionalizante, pós–médio, mudando

a nomenclatura para COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI- ENSINO

FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL, oferecendo o Ensino Fundamental – séries

finais, Ensino Médio (antigo Educação Geral) e Ensino Profissional (Ensino Pós Médio).

Nesse mesmo ano inicia-se o processo de extinção do curso magistério, reimplantando

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novamente em 2004. O Curso Técnico em Informática foi implantado em 1999,

considerando o desenvolvimento tecnológico.

Em 2006, ofereceu aulas nos três turnos (matutino, vespertino e noturno), nas

seguintes etapas e modalidades: ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO, ENSINO

NORMAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL.

Em 2011 o CELV além das etapas e modalidades: ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIES FINAIS, ENSINO MÉDIO POR BLOCOS, ENSINO NORMAL E EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL, aderiu ao Projeto Viva Escola.

Em 2012, o Colégio Estadual Leonardo da Vinci era uma das maiores escolas

estaduais do município e Núcleo Regional de Educação, estando matriculados

aproximadamente 1300 alunos, distribuídos em vários cursos que o Colégio oferecia

sendo eles: Ensino Fundamental- 6ª ao 9ª ano; Ensino Médio e Profissionalizante -

Técnico em Informática, Formação de Docentes; Ensino Pós- Médio: Técnico em

Informática, Formação de Docentes, Curso Pro funcionário para Agentes Educacionais I e

II, Curso de Espanhol (CELEM), Atividades Complementares de Dança, Música- Flauta e

Coral. Também desenvolveu o programa do governo federal intitulado Ensino Médio

Inovador que oferecia Oficinas de Futsal e Oficinas de Teatro. Para o apoio educacional o

Colégio oferecia a Sala de Apoio à Aprendizagem nas áreas de Língua Portuguesa e

Matemática (6º e 9º ano).

Nos anos de 2013 e 2014 o Colégio continuou ofertando o Programa do Governo

Federal intitulado Ensino Médio Inovador com oficinas nas diversas áreas de

conhecimento no período contrário. Além deste projeto o Colégio continuou ofertando a

Educação Profissional nos Cursos Técnico em Informática modalidade integrada e pós-

médio, e, o Curso de Formação de Docentes na modalidade integrada e aproveitamento

de estudos, Atividades Complementares na área esportiva, CELEM, Sala de Apoio à

Aprendizagem e Sala de Recursos Multifuncional ( DI- Deficiência Intelectual, DFN-

Deficiência Física Neuromotora, TGD- Transtornos Globais de Desenvolvimento e TFE-

Transtornos Funcionais Específicos) e Sala de Recursos Multifuncionais de Deficiência

Visual.

De 2015 até o ano de 2018 não ocorreram mudanças quanto ao atendimento

ofertado pela Instituição. O Colégio continuou ofertando o Ensino Médio Inovador do

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governo Federal e aderiu ao Programa Mais Educação (Educação Integral) durante três

anos (2015/2017).

No ano de 2018 o Colégio está ofertando Ensino Fundamental Anos Finais,

Ensino Médio Regular, Curso Técnico em Informática Integrado e Pós-Médio, Curso

Formação de Docentes Modalidade Integrada. Oferta o Programa do Governo Federal

intitulado Novo Ensino Médio Inovador, Atividade Complementar em Contraturno na área

de esportes, CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) e aderiu ao Programa

Conectados.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO E QUANTIDADE DE

ESTUDANTES

No ano de 2018 o Colégio conta com 1040 alunos matriculados nos três turnos,

divididos em Ensino Fundamental Anos Finais, Ensino Médio Regular, Curso de

Formação de Docentes - Normal e Curso Técnico em Informática na modalidade

Integrada e Pós-médio. São ofertadas ainda Atividades Complementares em Contra turno

(Futsal Masculino), CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) disciplina de

espanhol e Sala de Recursos Multifuncionais na área da Deficiência Intelectual,

Deficiência Física Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos

Funcionais Específicos, além da Sala de Recursos Multifuncionais- Deficiência Visual.

O Projeto Pedagógico e a Proposta Pedagógica, construídos pelas vias da

coletividade representa o pensar da comunidade escolar e, as suas diretrizes políticas,

compreendem educação como: “Um processo que se caracteriza por uma atividade

mediadora no seio da prática social global”. (SAVIANI, 1996, p. 120).

Em termos históricos, o colégio tem conservado em seus quarenta e sete anos o

mesmo compromisso social com educação, esforçando-se para atender a todos de uma

forma justa, democrática e humanitária.

A Proposta de Organização do Trabalho Pedagógico com o Ensino Fundamental

Anos Finais do Colégio Leonardo da Vinci segue o que prevê a LDB 9394/96 (Lei de

Diretrizes e Bases da Educação) em seu Art. 32:

O Ensino Fundamental obrigatório, com duração de nove (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:I- o desenvolvimento da capacidade de aprender , tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do

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cálculo; II- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV- o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.( LDB, pg 23)

O Ensino Médio é entendido como etapa final e consolidação da Educação Básica

que objetiva a “preparação para o trabalho e a cidadania do educando para continuar

aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de

ocupação ou aperfeiçoamento superiores” (LDBEN 9.394/96).

A sociedade exige trabalhadores com níveis de educação e qualificação cada vez

mais elevados. Sabe-se que as mudanças aceleradas no sistema produtivo estão a exigir

uma permanente atualização das qualificações e habilitações profissionais existentes e a

identificação de novos perfis profissionais.

Não se concebe a educação profissional como simples instrumento de política

assistencialista ou linear ajustamento às demandas do mundo do trabalho, mas sim, como

importante estratégia para que os cidadãos tenham efetivo acesso às conquistas

científicas e tecnológicas da sociedade.

A concepção de Educação Profissional do Colégio Leonardo da Vinci, requer,

além do domínio operacional de um determinado fazer, a compreensão global do

processo produtivo, com a apreensão do saber tecnológico, a valorização da cultura do

trabalho e a mobilização dos valores necessários à tomada de decisões.

A melhoria da educação profissional pressupõe uma educação de qualidade e

constitui condição indispensável para o êxito num mundo pautado pela competição,

inovação tecnológica e crescentes exigências de qualidade, produtividade e

conhecimento (LDBEN 9394/96, capítulo III da educação profissional).

O Colégio Leonardo da Vinci oferece dois cursos de Educação Profissional:

Curso Técnico em Informática e Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos

Iniciais do Ensino Fundamental.

O Colégio realiza atividades culturais e científicas, principalmente as locais como

a Festa Junina, Festivais, Exposições/feiras de ciências, amostras das manifestações

artísticas, buscando despertar o gosto e desenvolvimento de habilidades nos educandos.

Busca-se, em suas ações, o envolvimento coletivo e interativo de seus membros:

diretores, professores, funcionários, pais de alunos e, sobretudo, estar em sintonia com as

políticas dos órgãos governamentais, ministérios, secretarias de estado e município.

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Os alunos que frequentam o colégio são, em sua maioria, filhos de pequenos

agricultores e de assalariados das empresas e microempresas instaladas no município,

sendo, portanto, de classe média baixa e baixa. A religião predominante é a cristã:

católicos e protestantes. Nos últimos anos foram recebidos alunos que professam a

religião islâmica.

A vinda das universidades ocasionou uma inovação educacional, cultural, social,

econômica, atingindo os vários setores da comunidade, resultando em uma melhoria na

qualidade de vida a todos: empregos, saúde, educação, cultura, lazer entre outros. Isso

motiva os educandos a se dedicar aos estudos com a expectativa de cursarem o ensino

superior.

1.4 ESTRUTURA FÍSICA, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS

Em relação aos recursos físicos o Colégio dispõe de dezoito salas de aula, uma

sala para Direção, uma sala para Equipe Pedagógica, uma sala para Coordenação de

Curso, uma sala para secretaria, uma sala para os professores, três laboratórios de

informática, um laboratório de ciências/física/biologia, uma biblioteca, um saguão, seis

blocos de banheiros, um ginásio de esporte e amplo espaço físico.

Em relação aos materiais o Colégio possui vários equipamentos: coleção de

vídeos didáticos, TV- Pendrive, aparelhos de som, caixa de som, retroprojetores, projetor

multimídia, DVD e outros. Ainda, as salas de aula oferecem ambiente climatizado (cada

sala de aula tem um aparelho de ar condicionado).

A utilização dos espaços educativos da escola é permitida a todos os profissionais

do Colégio, devendo ser usados de maneira efetiva e eficaz. A equipe gestora da

comunidade escolar precisa pensar e planejar suas ações utilizando-se de todos os

espaços disponíveis: quadra de esportes, biblioteca, laboratórios, saguões e outros;

adaptando-os as suas necessidades pedagógicas.

Também foram adquiridos junto a APMF e o Grêmio Estudantil, aparelhos

climatizadores (ar condicionado) para as salas de aula. É importante proporcionar à

comunidade escolar um clima agradável onde exista espaço adequado, iluminação,

ventilação, para que alunos e professores mantenham uma relação harmoniosa e possam

efetivar o verdadeiro objetivo pedagógico, que é a aprendizagem.

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A diversidade existente em sala de aula torna imperativo que o processo de

ensino venha de encontro com os anseios e capacidades do alunado, integrando-se à

Base Comum Curricular do Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissionalizante.

Desta forma, todos os recursos físicos e didático-pedagógicos, equipamentos dos quais o

CELV dispõe estarão sempre à disposição dos professores e comunidade escolar para

que possam ser usados como instrumento para efetivação da melhoria do processo

ensino-aprendizagem em prol de toda coletividade.

1.5 RECURSOS HUMANOS

Em relação aos recursos humanos, o Colégio está suprido em todos os setores

conforme tabelas abaixo:

TABELA 01 - EQUIPE PEDAGÓGICA

CARMEN LUCIA PORTO DE CASTRO 9231 - COORD CURSO-FORMACAO DOCENTE

CHARIZE BATISTA 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA

CLAUDIA FABIANA DIONISIO 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA

CLEONICE PREILIPPER DA SILVA 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA

KARLA ALEXANDRA ROCHA 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA

SIMONE SEGALLA DE MELO 9316 - EQUIPE PEDAGOGICA

VANESSA PRISCILA RODACKI SALATA

9316 - EQUIPE PEDAGOGICA

TABELA 02 - COOR. DE CURSOS

RODRIGO SIEGA 9220 - COORD DE CURSO

LAURA TEIXEIRA RIGATTI 9232 - COORD ESTAGIO-FORMACAO DOCENTE

HECTOR FELIPE CABRAL 9220 - COORD DE CURSO

TABELA 03- PROF. READAPTADOS

MARIA APARECIDA PEREIRA 3040 - PROF DA LEI 15308/06

MARIA DE LOURDES CLARO DA SILVA 3040 - PROF DA LEI 15308/06

TABELA 04- DIREÇÃO

EDILSON MACIESKI ONOFRE 9132 - DIRETOR AUXILIAR

ERIDELTO XAVIER DE QUADROS 9131 - DIRETOR

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TABELA 05 -AG. EDUCACIONAL II

ADRIANO ANDREJOV 9314 - FUNC-APOIO/TEC ADMINIST

CENIRA ROSA CECHIN SKOREK 9184 - FUNCIONARIO -DECRETO 3003/2015

CLESSI COLONETTI DEVENS 9314 - FUNC-APOIO/TEC ADMINIST

ELAINE MARIA SKOREK 9314 - FUNC-APOIO/TEC ADMINIST

FERNANDA RUSSI 9314 - FUNC-APOIO/TEC ADMINIST

JUSCELINO MACHADO DOS SANTOS

9012 - AUX ADMINISTRATIVO

LEANDRO GIACOMINI 9731 - SECRETARIO/ESCOLA

MARCIA TERESINHA BATTISTI 9012 - AUX ADMINISTRATIVO

MARIA LUCIA GIACOMINI 9314 - FUNC-APOIO/TEC ADMINIST

ROMULO FELIPE DE SOUZA 9314 - FUNC-APOIO/TEC ADMINIST

TANIA APARECIDA CIMAROSTI 9314 - FUNC-APOIO/TEC ADMINIST

TABELA 06 - AG. EDUCACIONAL I

CHEILA MARA VIEIRA LOPES 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

CILMAR DE FATIMA KREMER 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

CLEODIR JOSE AMADEI 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

CLEONICE FATIMA KUFNER 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

ILZA GUCKERT BERNS 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

INEZ BREMM MALAGUTI 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

FRANCIELI ADRIANE SCHIRMER PACHECO

9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

LEONI PICKLER MICHELS 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

LIBRA PIZZATO STANGER 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

LUIZA ANTONELLO 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

NELCI MARIA BIRCK ROMAN 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

NEUZA DARTORA (A) 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

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NOELI SOARES DE LIMA BEPPLER 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

TEREZINHA NEIVA PORTES 9313 - CAT FUNC-AUX SERVICOS GERAIS

TABELA 07 - AUX. OPERACIONAL

CRISTIANE ANDRESSA DA SILVA LORENCETTI 9152 - AUX OPERACIONAL

TABELA 08 -PROFESSORES

ADEMAR DE CAMARGO VARGAS LICENCIATURA PLENA

ADRIANA ALBERTON LICENCIATURA PLENA

ALIETE CASAGRANDE (A) LICENCIATURA PLENA

AMARILDO NUNES PEREIRA (A) LICENCIATURA PLENA

ANITA LEORATTO BAVARESCO MONTEGUTTI LICENCIATURA PLENA

ARALAN GESSE RIBEIRO DE JESUS LICENCIATURA PLENA

ARIANE BANDEIRA MACHADO LICENCIATURA PLENA

ARQUIMEDES RESTELATO DA SILVA LICENCIATURA PLENA

CELIA KOUTH CABRAL LICENCIATURA PLENA

CLAUDEMIR ANTONIO PALADINI LICENCIATURA PLENA

CLAUDIA APARECIDA CARA LICENCIATURA PLENA

CLAUDIA FABIANA DIONISIO LICENCIATURA PLENA

CLEOVANIA TOTTI LICENCIATURA PLENA

CRISTINA SCHUASTZ LICENCIATURA PLENA

DANIELE ALVES PRATES LICENCIATURA PLENA

DEISE MARA DE SOUZA LAURENTINO (A) LICENCIATURA PLENA

DENISE JUCI FONTANA DOS SANTOS (A) LICENCIATURA PLENA

DIOVANI GRANDO LICENCIATURA PLENA

DIRSIO FERREIRA DA SILVA LICENCIATURA PLENA

DOUGLAS COLACO LICENCIATURA PLENA

ELIANA APARECIDA KLEIN DRIESSEN LICENCIATURA PLENA

ELISANGELA OLIVEIRA DA SILVA LICENCIATURA PLENA

FABIANO MIRANDA LICENCIATURA PLENA

FELIPE NEPOMUCENO LICENCIATURA PLENA

GICELI APARECIDA MEREDIK LIBARDONI LICENCIATURA PLENA

GIOCEANI BETTIATO LICENCIATURA PLENA

GIZELE VIEIRA LICENCIATURA PLENA

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HECTOR FELIPE CABRAL LICENCIATURA PLENA

IVANESSA ANGONESE LICENCIATURA PLENA

IVANETE PERONDI BACHI LICENCIATURA PLENA

JAIR DA SILVA DIAS LICENCIATURA PLENA

JAIR MARINO PACCI (A) LICENCIATURA PLENA

JAIRA PASINATO BACHI LICENCIATURA PLENA

JANETE MARIA BETTO LICENCIATURA PLENA

JAQUELINE LUIZA DE FREITAS LICENCIATURA PLENA

JESSICA ALESSANDRA DA SILVA OLIVEIRA LICENCIATURA PLENA

JOSEFINA VIERA LICENCIATURA PLENA

JULIANA FERNANDES DE OLIVEIRA ROSIN LICENCIATURA PLENA

JUSTINA INES MUNARO LICENCIATURA PLENA

KARLA ALEXANDRA ROCHA LICENCIATURA PLENA

LAURA TEIXEIRA RIGATTI LICENCIATURA PLENA

LEIDE DAIANE DO NASCIMENTO MASCARELLO LICENCIATURA PLENA

LIDIANE BRATTI DE BRITTO LICENCIATURA PLENA

LORENI SALETE PERIN LICENCIATURA PLENA

LUCAS DANIEL PERIN LICENCIATURA PLENA

LUCIANA CATARINA DE MATTOS DOS SANTOS LICENCIATURA PLENA

LUCIANO DAL MOLIN LICENCIATURA PLENA

LURDES CORONA LICENCIATURA PLENA

MAGDA GORETTI MARTINS BISSOTTO (A) LICENCIATURA PLENA

MARCIA PEREIRA DA SILVA LICENCIATURA PLENA

MARCIA REGINA PACCE TRENTO (A) LICENCIATURA PLENA

MARIA DE LURDES MORAES ALVES LICENCIATURA PLENA

MARISTELA TIECHER LICENCIATURA PLENA

MAURO JOAO SADOSKI LICENCIATURA PLENA

MICHELE ZANELLA LICENCIATURA PLENA

MONICA ZANELLATO STANGER (A) LICENCIATURA PLENA

NEIVA ROSA LICENCIATURA PLENA

OLIDETE LUCIA GAVA LICENCIATURA PLENA

OLVIDES GERALDO PASTORIO (A) LICENCIATURA PLENA

ORLI CONSTANCIA ALBANO MENEGATI LICENCIATURA PLENA

OSMAR BACH JUNIOR LICENCIATURA PLENA

PAULO CESAR COSTA LEITE LICENCIATURA PLENA

REJANE MELARA (A) LICENCIATURA PLENA

16

RODRIGO ANDRE DE BAIRROS LICENCIATURA PLENA

RODRIGO SIEGA LICENCIATURA PLENA

ROSANE GRACIOSA BROSTOLIN LICENCIATURA PLENA

ROSANE RODRIGUES DE CAMPOS LICENCIATURA PLENA

ROSECLER HAMERA LICENCIATURA PLENA

ROSILEI APARECIDA BRUSCHI LICENCIATURA PLENA

ROSLEI MEZZALIRA LICENCIATURA PLENA

SALETE STRINGHINI BONALDO LICENCIATURA PLENA

SERGIO LUIZ HUFF BITTENCOURT LICENCIATURA PLENA

SIDIANE PASTRO LICENCIATURA PLENA

SILMARA FERREIRA ZANELLA LICENCIATURA PLENA

SILVANA APARECIDA DAL MOLIN LICENCIATURA PLENA

SILVANA MARLEI BASEGGIO LICENCIATURA PLENA

SILVANA SOARES DA SILVA LICENCIATURA PLENA

SILVANE ROSA LICENCIATURA PLENA

SILVIA RASPINI LICENCIATURA PLENA

SIMONE MATTEI LICENCIATURA PLENA

SIMONE RUSSI LICENCIATURA PLENA

TANIA MAISA HARTMANN (A) LICENCIATURA PLENA

TEREZINHA CLAUDINO DOS SANTOS ROSSATTO LICENCIATURA PLENA

VANESSA SPINELO HEYDT LICENCIATURA PLENA

VANILCE FATIMA DA ROSA BREDA LICENCIATURA PLENA

II DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO – MARCO SITUACIONAL

Compreender a realidade em que se está inserido possibilita propor uma ação

pensada e direcionada. Significa redefinir a prática pedagógica com objetivos claros e

definidos.

É Importante que todas as ações propostas pelo coletivo escolar tenham como

princípio orientador o respeito à diversidade, de forma que todos os sujeitos que estudam

no Colégio tenham respeitadas suas singularidades e individualidades.

O público-alvo do Colégio é bastante heterogêneo no que se trata de perfil-

socioeconômico, com alunos na sua maioria de classe média baixa, filhos de

trabalhadores de empresas de abate de frango (BRF) e têxtil (Latreille), bem como

pequenos produtores rurais, comerciantes e empresários.

17

De modo geral pode-se afirmar que as famílias são presentes e participam das

atividades escolares dos filhos.

2.1 GESTÃO ESCOLAR

O processo de gestão participativa se dá de forma gradual e contínua. É um

processo histórico que se constrói na prática educativa diariamente. O país viveu por anos

em processo ditatorial e estas relações ainda estão de certa forma, estabelecidas no

entendimento das pessoas com relação às relações de poder e hierarquias estabelecidas

em todos os setores da sociedade.

Nesta Instituição há um esforço contínuo em diminuir estas relações autoritárias e

excludentes, que em nada contribuem para a formação de um ser humano mais crítico e

consciente na sociedade em que está inserido. Estudos comprovam que as relações

autoritárias não contribuem em nada para o processo educativo e acabam por facilitar o

fracasso escolar.

Entende-se por Gestão Democrática a condução do Projeto Político Pedagógico

do Colégio com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, sendo

eles: Conselho Escolar, APMF, Conselho de Classe, representantes de turmas e Grêmio

Estudantil.

São realizadas reuniões periódicas com estas instâncias sempre que uma

decisão deve ser tomada, seja no âmbito pedagógico ou administrativo.

O processo de eleição dos diretores se deu através do voto, o que legitima o

trabalho desenvolvido pelos gestores.

2.2 ENSINO APRENDIZAGEM

O Colégio Estadual Leonardo da Vinci está imbuído em uma prática que articula o

desenvolvimento da aprendizagem num processo educativo que empregam os recursos

didático-pedagógicos, facilitadores da aprendizagem significativa. Em síntese, levando o

educando a compreender a realidade socioeconômica, política e cultural, sendo capaz de

participar do processo de construção/constituição de uma sociedade verdadeiramente

justa.

O currículo far-se-á necessário, também considerar os critérios gerais para pensar

e elaborar o tempo escolar: calendário escolar, horários letivos e não letivos e, incluir os

18

de capacitação e formação. Ainda, valorizar no calendário escolar as finalidades culturais,

compreensão da sociedade em que se vive. Outro item fundamental é a reserva do

período de capacitação de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

Respeitando em primeiro lugar as finalidades estabelecidas na legislação em vigor, (C.F

1988 e LDBEN 9.394/96).

O propósito da comunidade escolar do Colégio Estadual Leonardo da Vinci é criar

condições de oferecer a comunidade escolar espaços físicos adequados e equipamentos

modernos, eficientes onde todos possam usufruir por meio de um planejamento funcional

as possibilidades das tecnologias e ciências.

A dinâmica do processo de aprendizagem será organizada por turmas de alunos,

em virtude da especialidade das situações diversificadas inerentes à própria estrutura

curricular de cada curso e/ou modalidade de ensino, oferecidos pelo CELV. Insiste-se

então, na importância de se debruçar na filosofia central de Paulo Freire, de estarmos

sensíveis as vozes dos professores, dos alunos, dos pais, funcionários, bem como de

todos os sujeitos envolvidos no processo de construção do Projeto Político Pedagógico.

Toda essa questão referente ao processo ensino-aprendizagem vem sendo

explicitada na concepção deste documento e na proposta de organização curricular e na

forma de avaliação, registro e de recuperação de estudos do trabalho docente

desenvolvidos no CELV.

O Colégio vem desenvolvendo um planejamento estratégico com base na

realidade e nas condições e expectativas da comunidade escolar, instrumento de ação

que recebe o nome de Plano de Ação Escolar (que significa estabelecimento de metas,

de concepções de ensino-aprendizagem, de avaliação e de gestão democrática).

Em síntese é defendida uma organização curricular capaz de fazer uma reflexão

constante dos interesses e necessidades da comunidade escolar e que garanta o acesso

ao conhecimento universal, legado da humanidade às gerações presentes/futuras. O

aluno vem para escola aprender o conhecimento e o professor é responsável por essa

aprendizagem de forma significativa.

Cerceado pelos princípios de igualdade democrática e justiça social, busca-se

reflexão e ação contínua na questão da “diversidade”, percebendo a diferença não como

um empecilho ao processo, mas sim, como oportunidade de que todos possam conviver e

aprender com as formas diferentes de se viver, pensar e se relacionar no mundo.

19

Por meio de uma gestão participativa promove-se o compromisso coletivo com a

educação, ou seja, oportunizar ao aluno de vivências e experiências que o elevem não

somente a adquirir conhecimento, mas também a estar mais ciente, consciente crítico no

mundo que o cerca.

A avaliação da aprendizagem do aluno possibilita avaliar também a qualidade do

trabalho pedagógico realizado, identificando, por meio dos seus resultados, o nível de

elaboração de cada aluno, e as dificuldades/limites surgidas.

A comunidade do Colégio Leonardo da Vinci, em consenso, entende que os

movimentos avaliativos, de avaliação institucional, orientados pela SEED/SUED partem

da necessidade de se conhecer a realidade do CELV para explicar e compreender

criticamente as causas de existência dos problemas/limites bem como suas relações e

mudanças/possibilidades, esforçando-se por propor ações alternativas (criação coletiva).

São ofertadas ao aluno em cada trimestre, obrigatoriamente, o mínimo de duas

avaliações e duas recuperações registradas no Livro Registro de Classe.

A Recuperação de Estudo de forma concomitante ou permanente será oferecida

em conformidade com o regimento escolar e de acordo com as regras normatizadas pelas

leis de instâncias educacionais superiores. Segundo a LDBEN 9394/96:

[...] a recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. [...] para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada Recuperação de Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou período letivo (Art. 74 LDBEN 9394/96).

A recuperação de estudos, de acordo com a legislação vigente, será planejada,

constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às

dificuldades dos alunos. Na recuperação de estudos o professor deverá considerar a

aprendizagem do aluno no decorrer do processo e, para aferição do trimestre, entre a

nota da avaliação e a da recuperação, prevalecerá sempre a maior.

Ainda, sobre as formas assumidas para a efetivação da Recuperação

concomitante poderá ser através de pesquisas, trabalhos individuais e em grupos, revisão

de conteúdos e avaliação ou formas próprias adotadas pelo CELV, obedecidas as normas

estabelecidas em lei.

O Conselho de Classe é uma instância colegiada de avaliação permanente, que

deve ser encarado como o momento de avaliação de todo o contexto do processo de

20

ensino-aprendizagem, enfocando elementos característicos do aluno, do professor, do

ambiente da sala de aula.

O conselho de classe deve servir para a melhoria, a promoção da aprendizagem

e a ressignificação de toda a prática pedagógica. No Plano de Ação de 2018, os

professores do Colégio Leonardo da Vinci expressaram a necessidade do momento

considerar a aprendizagem dos educandos, deixando de lado a nota como referencial de

um diagnóstico.

No Colégio Leonardo da Vinci a organização adotada no Conselho de Classe

segue a Instrução nº 15/2017-SUED/SEED na página 06 que diz:

Art.33- A organização do Conselho de Classe compreende três etapas: Pré- conselho (levantamento de dados), reunião do Conselho de Classe (proposição) e Pós-conselho (encaminhamentos das ações previstas na reunião do Conselho de Classe). 3.4 Os encaminhamentos demandados na reunião de Conselho de Classe podem implicar em ações pertinentes: a) à Equipe Pedagógica, como orientação aos estudantes, orientação ou retorno aos pais ou responsáveis, subsídios aos planejamentos dos docentes, entre outras; b) aos Docentes, como a retomada do Plano de Trabalho Docente (conteúdos, encaminhamentos metodológicos, recursos, critérios e instrumentos de avaliação), na gestão da sala de aula, em encaminhamentos para situações específicas ou individuais; c) à Equipe Diretiva, dando suporte para as decisões tomadas pelo colegiado.

O Plano de Trabalho Docente é organizado pelos educadores por disciplinas e

tem-se como ponto de partida a realidade escolar e as necessidades dos educandos.

2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO AO PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

O Colégio Leonardo da Vinci trabalha com a inclusão de alunos com

necessidades educativas especiais, o objetivo é proporcionar igualdade de oportunidades

e permanência na educação por meio do processo de uma inclusão responsável.

As Salas de Recursos Multifuncionais realizam os atendimentos no período da

manhã e da tarde. No período da manhã tem uma sala para alunos com Deficiência

Intelectual, Deficiência Física Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e

Transtornos Funcionais Específicos. No período da tarde tem-se uma turma que atende

alunos com Deficiência Intelectual, Deficiência Física Neuromotora, Transtornos Globais

do Desenvolvimento e Transtornos Funcionais Específicos. Há também uma sala para

atender alunos com Deficiência Visual. Além do atendimento especial, também é

realizada uma parceria com professores da sala de aula comum e família.

21

No início do ano letivo os professores são informados sobre a presença de alunos

inclusos em suas salas de aulas, também são orientados quanto à necessidade de

adaptações curriculares nas atividades e nos instrumentos avaliativos.

Sempre que há formação para os educadores na escola, os professores das

Salas de Recursos Multifuncionais trabalham com o tema no grande grupo, com o objetivo

de sensibilizar, orientar e melhorar as práticas inclusivas.

Os trabalhos realizados pelo Atendimento Educacional Especializado seguem as

orientações da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 como também as legislações estaduais

– Instrução nº 07/2016 SEED/SUED.

2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO Todos os anos os estudantes do sexto ano são recepcionados de forma diferente

dos demais. Há uma conversa prévia entre equipe pedagógica e professores, com o

objetivo de planejar estratégias para explicar o funcionamento da nova organização de

ensino. Ao mesmo tempo é proporcionado aos alunos o reconhecimento dos espaços

físicos integrantes da comunidade escolar. Para um maior conforto destes alunos, é

organizado um intervalo diferenciado para o lanche.

Considera-se que na fase seguinte quando iniciam o Ensino Médio não há uma

grande ruptura para maioria dos estudantes, sendo que frequentam o Ensino

Fundamental Anos Finais neste Colégio e em seguida iniciam o Ensino Médio.

2.5 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS, PROFESSORES E DEMAIS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO O ano letivo é iniciado reunindo Equipe Pedagógica e Direção. Neste momento é

possível pensar na organização dos primeiros dias de formação, para tanto são

consideradas as orientações enviadas pela SEED como também a realidade escolar. Os

estudos seguem com a participação dos professores e agentes educacionais, é neste

momento inicial que o Plano de Ação da Escola é revisto, observando as ações

desenvolvidas no ano anterior e planejando as intervenções futuras.

Outra atividade realizada pela Direção da escola é uma reunião com todos os

funcionários do Colégio. Na ocasião são abordados temas como organização pedagógica,

22

regras para funcionários e alunos, direitos e deveres, combinados, dúvidas e informações

de uma maneira geral.

A articulação também acontece diariamente em conversas na sala dos

professores, pequenas reuniões e informações utilizando-se de murais, e-mail, WhatsApp

e outros canais.

Também a Direção, Equipe Pedagógica e Secretaria reúnem-se semanalmente

para discutirem assuntos de relevância e encaminharem ações para o bom andamento do

ano letivo.

Outros momentos que colaboram para a estruturação de uma gestão democrática

são as Reuniões Pedagógicas, Formação em Ação, Semana Pedagógica e o Conselho

de Classe Participativo.

2.6 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS E RESPONSÁVEIS O Colégio Leonardo da Vinci organiza vários momentos de interação com a

comunidade escolar. Um dos momentos mais importantes são as reuniões com todos os

pais ou responsáveis durante o ano letivo; entre os assuntos abordados está o convite

para participação no Conselho Escolar e também na APMF. Assuntos referentes à

organização do Colégio, e principalmente os aspectos pedagógicos são trabalhados com

bastante ênfase.

Os eventos promovidos pela Instituição de Ensino contam com a participação dos

pais, tanto na organização quanto na presença.

A maioria dos pais ou responsáveis participam da vida escolar dos alunos durante

todo o ano letivo, muitos são solicitados para comparecer no Colégio diante de situações

necessárias, outros estão constantemente acompanhando o processo de aprendizagem e

o comportamento, mesmo sem serem chamados.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente: “É direito dos pais ou

responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das

propostas educacionais” (Artigo 53, parágrafo único).

2.7 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

23

A Formação Pedagógica segue as orientações da Secretaria de Estado da

Educação e a Deliberação nº 02/02 do Conselho Estadual de Educação.

A Semana Pedagógica é realizada no início do ano letivo e também após o

recesso do meio do ano. Conta com a participação dos Agentes Educacionais 1 e 2,

Professores, Equipe Pedagógica e Direção. Nestes dias são estudados temas referentes

à educação como também da organização escolar. Também está previsto no calendário

escolar o curso de Formação em Ação que se caracteriza pela formação pedagógica do

coletivo escolar.

A SEED em parceria com os NRES oferta a Formação em Ação Disciplinar (FAD)

que consiste em ações descentralizadas que ocorrem nas escolas e tem como proposta a

promoção da formação continuada através de oficinas que abordam conteúdos

curriculares e específicos da demanda regional.

A Equipe Multidisciplinar da Instituição de Ensino é composta por professores,

agentes educacionais e equipe pedagógica. Os encontros são realizados conforme o

cronograma orientado pela SEED, cujos estudos estão sendo de suma importância para o

conhecimento e para o desenvolvimento de práticas conscientes quanto ao respeito da

diversidade. Nos últimos anos a Equipe Multidisciplinar tem colocado em prática várias

ações propostas no Plano de Ação. São 60 horas de curso, com 28 horas presenciais e

32 horas a distância.

2.8 ACOMPANHAMENTO DA HORA-ATIVIDADE Os professores realizam as horas-atividade na instituição de ensino. Dentro do

possível são organizadas de maneira que os professores das mesmas disciplinas

cumpram a hora-atividade no mesmo horário, objetivando favorecer o trabalho coletivo

dos professores conforme preconiza a Instrução nº06/2017 SUED/SEED.

Neste tempo o professor pode organizar o planejamento por meio dos conteúdos

e das metodologias elencadas para o trabalho diário na escola, também registrar as

frequências, os trabalhos realizados em sala de aula e as notas atribuídas às produções

dos estudantes, bem como o atendimento aos pais/responsáveis, estudos, entre outras

ações.

Pode-se afirmar que o momento da hora-atividade está cumprindo sua função de

maneira parcial, pois ainda não há quantidade de horas suficientes para que o professor

24

realize os trabalhos necessários para o acompanhamento do processo de ensino

aprendizagem, também ainda não está sendo possível a efetivação completa da hora-

atividade concentrada.

2.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO E CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS A Instituição de Ensino está organizada em três turnos: o período da manhã tem

início às 07 horas e 15 minutos e término às 11 horas e 35 minutos. Conta com 15

turmas, sendo 4 do Ensino Fundamental Anos Finais, 4 do Ensino Médio, 2 do Curso

Técnico em Informática e 5 do Curso Formação de Docentes.

O turno da tarde tem início às 13 horas e 15 minutos e término às 17 horas e 35

minutos. É dividido em 15 turmas: 11 do Ensino Fundamental Anos Finais, 2 do Ensino

Médio e 2 do Curso Formação de Docentes.

O período da noite tem início às 19 horas e término às 23 horas. É dividido em 8

turmas: 5 do Ensino Médio e 2 do Curso Técnico em Informática Integrado e 1 do Curso

Técnico Informática Pós-médio.

2.10 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES EXTERNOS E INTERNOS) ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO. O abandono escolar é diariamente observado. Através dos professores é possível

saber quais alunos estão faltando demasiadamente e, principalmente, aqueles que

pararam de vir na escola. Neste processo o Sistema Registro de Classe do Estado do

Paraná auxiliou bastante. Outro recurso utilizado é o controle realizado pelos

representantes de turmas: cada representante recebe um caderno com orientações da

representatividade em sala de aula e uma lista de alunos da turma, assim é possível que

este aluno ajude no controle de faltas dos colegas.

Quando o estudante tiver 5 faltas/dias consecutivas ou sete alternadas, a escola

realiza ações como telefonar para casa, mandar recados por colegas, procurar através do

telefone e em algumas vezes pessoalmente parentes dos alunos que não estão

frequentando a escola. Quando não há êxito o Conselho Tutelar é informado através da

ficha do PCAE – Programa de Combate à Evasão Escolar, na maioria das vezes

consegue-se fazer com que o aluno retorne às atividades escolares.

25

Quadro 2 : Informações sobre abandono escolar no ano de 2017

Etapas de Ensino Turno Turmas Número de abandonos

Ensino Fundamental

Manhã 6º anos 0

7º anos 1

9º anos 0

Tarde 6º anos 0

7º anos 2

8º anos 1

9º anos 0

Ensino Médio Manhã 1º anos 1

2º anos 0

3º anos 1

Noite 1º anos 3

2º anos 5

3º anos 9

Ensino Médio Integrado Manhã 1º ano 0

2º ano 0

Ensino Médio Integrado Noite 3º ano 0

4º ano 0

Normal/Magistério – Formação de Docentes

Manhã 1º ano 1

2º ano 0

3º ano 0

4º ano 1

Há vários motivos que justificam a evasão. Entre estes o uso de drogas tem

configurado como um fator que motiva as faltas. A prevenção ao uso de drogas é

realizado pelos professores em sala de aula, por orientação pedagógica individual se

necessário, aconselhamento aos pais durante as reuniões e, quando possíveis, são

oportunizadas palestras sobre o tema. Nos últimos anos houve um aumento considerável

do número de alunos envolvidos em uso de drogas e até mesmo na distribuição. Tal

disseminação prejudica o desenvolvimento da escola de uma forma geral e os problemas

que prejudicam a sociedade refletem na escola diretamente.

Sobre o enfrentamento às violências, o trabalho é constante por toda comunidade

escolar, professores, equipe pedagógica, direção e agentes educacionais desempenham

papel fundamental nas situações ocorridas no espaço escolar. Muitos dos acontecimentos

envolvendo a violência dentro da escola têm origem fora dos portões, sendo assim conta-

se com ajuda da rede de combate à violência, que é composta por Conselho Tutelar,

Patrulha Escolar e outras organizações municipais.

26

A distorção idade/série é presente no Colégio especialmente no Ensino

Fundamental. O abandono e a reprovação são os principais sintomas desta distorção.

Com relação à Avaliação Institucional o Colégio realiza todo semestre sua

avaliação interna, onde toda a comunidade escolar responde um questionário com

questões referentes à organização escolar, desempenho dos profissionais, índices de

aprendizagem e questões referentes à estrutura física da escola.

Em se tratando de avaliações externas o Colégio tem apresentado um bom

desempenho, participando de todas as avaliações de forma séria e responsável.

2.11 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES

O relacionamento entre professores, alunos e agentes educacionais pode se

mostrar conflituoso, pois apresenta convívio de classes sociais, culturas, valores e

objetivos diferentes. Há duas formas de interação na instituição de ensino, o segmento

em relação ao trabalho com o conhecimento e o convívio pessoal.

A interação necessita considerar a confiança, afetividade e respeito. Cabe ao

professor, à direção, equipe pedagógica e agentes educacionais a maior responsabilidade

quanto a um bom convívio com os estudantes. No Colégio Leonardo da Vinci acontecem

divergências de opiniões, mas pode-se dizer que todos realizam esforços para que o

relacionamento aconteça da maneira mais harmoniosa possível.

III FUNDAMENTOS TEÓRICOS – MARCO CONCEITUAL

O Colégio Leonardo da Vinci esforça-se por fazer cumprir o que está posto no Art.

214 da Constituição federal de 1988, que expressa à necessidade de um Plano Nacional

de Educação, de duração plurianual, com vistas à erradicação do analfabetismo, à

universalização do atendimento escolar, à melhoria da qualidade do ensino, à formação

para o trabalho e à promoção humanística, científica e tecnológica do país.

Cumpre o que está posto no Plano Estadual de Educação, em relação ao

conjunto de metas financeiras, organizacionais e estruturais para a educação paranaense.

Nele se evidenciam a concepção de educação, princípios e objetivos a serem alcançados.

Os objetivos, metas e ações são definidas num processo democrático, em que participam

da discussão e elaboração, os diversos setores da administração pública e sociedade civil

organizada.

27

O Projeto Político Pedagógico é um processo de construção coletiva que se

vincula a um movimento de ir e vir, de estudar, analisar, debater e valorizar as opiniões.

Há que se pensar que sujeito se quer formar na perspectiva de uma formação humana

integral.

Neste sentido, a comunidade escolar estabeleceu alguns princípios na tentativa

de conceituar a escola na sociedade atual. Como primeiro princípio, pensou-se nas

demandas existentes na sociedade: educativas, profissionais, culturais, sociais,

econômicas e as influências do mundo globalizado. O segundo princípio, foi o trabalho

pedagógico desenvolvido por toda comunidade escolar: sua ressonância social e sua

efetiva contribuição para a vida acadêmica do educando. E o terceiro princípio seria a

ação pedagógica em prol do desenvolvimento integral do educando, promovendo a

inclusão de todos no processo educacional.

3.1 DIVERSIDADE DOS SUJEITOS ESCOLARES

Na perspectiva da construção de uma educação de qualidade, a escola trabalha a

implementação da Lei Federal nº 10.639/03 alterada para a Lei Federal Complementar

n°11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana

em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio

no Brasil. Também trabalha as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena.

Para abordagem da Temática Cigana é considerado o Projeto de Lei nº

3.547/2015 que altera o Art. 26 da LDB 9394/96 incluindo os povos ciganos na parte dos

conteúdos diversificados.

Vive-se em uma sociedade que, historicamente, se constituiu como uma

sociedade masculina, lesbofóbica, homofóbica, transfóbica e racista, marcada pela

exclusão social, particularmente dos processos de escolarização, de grupos específicos

diferenciados pela classe social, bem como, diferenciados pelas questões de gênero e

orientação sexual. Partindo da compreensão de que as práticas sociais são construídas

historicamente e que os pensamentos, acerca das coisas do mundo, são subjetivados a

partir destas relações, salienta-se o espaço da instituição escolar como o espaço

privilegiado para se discutir e mudar as concepções sobre as coisas e os fenômenos

28

sociais a partir do acesso ao conhecimento. É preciso cada vez mais, instrumentalizar-se

para compreender e enfrentar as diferentes formas, não raras vezes veladas, de

discriminação e exclusão social.

A Escolarização Básica é um direito de todas as crianças e adolescentes em

idade escolar e deve ser garantida pelo estado. Há grandes avanços nos últimos anos em

termos quantitativos em garantir o acesso à escola, mas ainda não há em termos

qualitativos esta mesma condição, de forma que o acesso não garante permanência e

sucesso escolar para todos.

A Escola Pública como está organizada, por vezes não consegue atender a

diversidade presente no ambiente escolar, o que faz com que muitos que acessem a

escola não se sintam seguros e respeitados no ambiente escolar, gerando evasão e

violência escolar.

Há no universo dos professores o entendimento que a violência sempre ocorre

por fatores externos. Aquino descreve que:

a ação escolar seria marcada por uma espécie de “reprodução” difusa de efeitos oriundos de outros contextos institucionais molares (a política, a economia, a família, a mídia etc.), que se fariam refletir no interior das relações escolares. De um modo ou de outro, contudo, a escola e seus atores constitutivos, principalmente o professor, parecem tornar-se reféns de sobre determinações que em muito lhes ultrapassam, restando-lhes apenas um misto de resignação, desconforto e, inevitavelmente, desincumbência perante os efeitos de violência no cotidiano prático, posto que a gênese do fenômeno e, por extensão, seu manejo teórico-metodológico residiriam fora, ou para além, dos muros escolares. ( AQUINO, 1998, p.08)

Não há como negar esta realidade, no entanto surge a necessidade de analisar as questões sobre outros aspectos mais específicos, há em sala de aula muitas violências simbólicas, relações de poder estabelecidas que interferem diretamente na forma como os educandos veem e se relacionam com o ambiente escolar.

Para Bordieu e Passeron, a verdadeira violência da escola "é primeiramente a

violência simbólica, invisível, que mascara uma dominação e naturaliza o viés da suposta

insuficiência do mau aluno que é um desajustado a ordem dominante, reforçada pela

escola ( apud Debardieux, 2000 p. 400).

Esta violência é caracterizada pelas formas de organização do tempo e espaço escolar, da relação professor e aluno, dos métodos escolares e pela homogeneização que é exercida por meio de mecanismos disciplinares, que uniformizam os gestos, as atitudes e que impõe aos corpos atos de submissão e docilidades. Sem contar o fato de que estas

29

relações nunca se dão por meio do diálogo. São impostas e por esta razão, desconsideradas por seus atores.

Vive-se uma realidade onde interesses de educandos e educadores são distintos.

Educandos provindos de uma sociedade capitalista, altamente excludente, individualista,

que devido ao acesso às tecnologias na era da informação tem uma visão diferente da

realidade e não conseguem ver na Escola, da forma que está organizada, algo de

interesse com a qual se comprometa.

Muitos desistem, alguns até conseguem a aprovação o que não significa que este

jovem adquiriu os conhecimentos mínimos propostos no Currículo Escolar. Trata-se de

uma inclusão excludente visto que sem a apropriação dos conceitos científicos este jovem

viverá a parte do seu mundo, não terá as condições necessárias para ser ativo

socialmente vindo a ser alvo fácil das ideologias e do mercado de trabalho e consumo

capitalista.

A grande questão é que os alunos não serão mais como eram antigamente, as

aulas não estão conseguindo chamar a atenção, o autoritarismo das práticas não são

suficientes para manter a ordem. Desta forma o pedagogo e professor deve

necessariamente repensar suas práticas e ver no educando um parceiro, não um inimigo.

Estudos no mundo todo demonstram que quando o aluno sente-se respeitado e

parte integrante da comunidade escolar tende a valorizar este ambiente e ter uma atitude

colaborativa. O diálogo seria um ponto de partida para que todas as ações fossem

discutidas coletivamente. Não se trata de desvalorizar o professor ou pedagogo, mas

manter a autoridade sem o autoritarismo.

3.2 TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

A sociedade contemporânea exige um conhecimento maior das ciências e, do

mundo da informação; é preciso ter esse domínio e isso só é adquirido por meio da

prática verdadeira, do contato direto com todos esses aparatos tecnológicos, que muitas

vezes estão distantes da prática pedagógica.

Faz-se imperativo que a gestão escolar procure proporcionar materiais didáticos

adequados para que os professores possam oferecer melhor qualidade nas aulas, isso diz

respeito a aquisição de livros, jogos, materiais adaptados, etc.

30

O acesso dos estudantes aos laboratórios tem o objetivo de facilitar o uso de

metodologias didáticas que facilitem o processo ensino-aprendizagem, despertando o

gosto pela pesquisa e o saber, dando acesso à informação, onde professor e aluno se

integrem, buscando o conhecimento por meio da investigação, de forma a transformar o

conhecimento em ação concreta, possibilitando o bem comum. As experiências práticas

nas atividades pedagógicas levam o aluno a construir teorias a partir do que vivencia. O

Colégio possui três laboratórios de informática e um laboratório de Ciências, Biologia e

Química.

No processo educativo faz-se urgente, sempre buscar a melhoraria da qualidade

dos serviços que se presta a sociedade, desde o estrutural/recursos a qualificação do

atendimento pessoal/humano. Para isso é imprescindível investir em tecnologia.

O Colégio considera a Lei Estadual nº 18.118/2014 que se refere a proibição dos

aparelhos eletrônicos nas instituições de ensino para fins não pedagógicos.

3.3 CURRÍCULO E CONHECIMENTO

O currículo tem um importante papel na formação humana do aluno, contribuindo

para a constituição das aprendizagens necessárias às crianças, aos adolescentes e aos

jovens.

Os currículos desempenham distintas missões em diferentes níveis educativos. O

currículo permite que o professor tenha possibilidades de criar, inovar a sua prática

docente. Não se concebe o currículo como um limitador da prática docente, visto que o

educador tem diversas possibilidades de inovar com base nessas diretrizes.

Segundo Sacristán (2000), o currículo supõe a concretização dos fins sociais e

culturais, de socialização, que se atribui a educação escolarizada. O currículo relaciona-

se com a instrumentalização concreta que faz da escola um determinado sistema social,

missão que se expressa por meio de usos quase universais em todos os sistemas

educativos embora pela peculiaridade de cada contexto, se expresse em ritos,

mecanismos, que adquirem certa especificidade em cada sistema educativo.

No estado do Paraná considera-se a Lei Estadual nº 13.381/01 e a Deliberação nº

07/06 CEE sobre o ensino de História do Paraná, é fundamental que o aluno tenha o

conhecimento sobre seu Estado, suas origens e sua cultura.

31

3.4 CUIDAR E EDUCAR

A escola, considerando as funções de educar e cuidar, deve acolher os alunos

dos diferentes grupos sociais, buscando construir e utilizar métodos, estratégias e

recursos de ensino que melhor atendam às suas características cognitivas e culturais.

Acolher significa propiciar aos alunos meios para conhecerem a realidade da

escola, oferecendo àqueles com maiores dificuldades e menores oportunidades, mais

incentivos e renovadas oportunidades de se familiarizarem com o modo de entender a

realidade que é valorizado pela cultura escolar.

Acolher significa, também, garantir as aprendizagens propostas no currículo para

que o aluno desenvolva interesses e sensibilidades que lhe permitam usufruir dos bens

culturais disponíveis na comunidade, na sua cidade ou na sociedade em geral, e que lhe

possibilitem, ainda, sentir-se como produtor valorizado desses bens.

Ao lado disso, a escola é, por excelência, o lugar em que é possível ensinar e

cultivar as regras do espaço público que conduzem ao convívio democrático com as

diferenças, orientado pelo respeito mútuo e pelo diálogo. É nesse espaço que os alunos

têm condições de exercitar a crítica e de aprender a assumir responsabilidades em

relação ao que é de todos.

3.5 EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos,

independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra

condição. Incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o

direito ao trabalho e à educação, entre muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem

discriminação. Os direitos humanos não são apenas um conjunto de princípios morais que

devem informar a organização da sociedade e a criação do direito. Enumerados em

diversos tratados internacionais e constituições, asseguram direitos aos indivíduos e

coletividades e estabelecem obrigações jurídicas concretas aos Estados.

A Convenção Americana de Direitos Humanos promulgada pelo Decreto nº

678/1992, em seu Art. 1, estabelece:

1. Os Estados-Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda

32

pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.Para os efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser humano.

A Resolução nº 01 de 30 de maio de 2012/CEE estabelece as Diretrizes Nacionais

para Educação em Direitos Humanos que em seu Art 2º destaca:

Art. 2º A Educação em Direitos Humanos, um dos eixos fundamentais do direito à educação, refere-se ao uso de concepções e práticas educativas fundadas nos Direitos Humanos e em seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e cidadã de sujeitos de direitos e de responsabilidades individuais e coletivas.

Os alunos com necessidades especiais necessitam que a escola assegure o

direito a educação para todos. A atenção educacional aos estudantes com necessidades

educacionais especiais. Esteve motivada por concepções de atendimento que refletem

diferentes paradigmas nas relações da sociedade com esse segmento populacional. O

extermínio, a separação, o disciplinamento, a medicalização são diferentes práticas para

se relacionar com as pessoas que fogem ao padrão de “normalidade,” produzidas no

interior de cada grupo social para responder às suas exigências de existência. A cada um

dos momentos envolvidos nos processos históricos de produção da vida decorre uma

concepção de homem, sociedade e conhecimento que determinam a natureza e a

abrangência das políticas de atendimento a essa população.

3.6. EDUCAÇÃO AMBIENTAL A educação ambiental é uma maneira responsável de formar indivíduos

preocupados com os problemas ambientais e que busquem a conservação e preservação

dos recursos naturais e a sustentabilidade, abordando os seus aspectos econômicos,

sociais, políticos, ecológicos e éticos. Não deve ser confundida com ecologia, sendo

apenas um dos inúmeros aspectos relacionados à questão ambiental. Educação

Ambiental é uma nova dimensão, contextualizada e adaptada à realidade interdisciplinar,

vinculada aos temas ambientais e globais.

33

O Colégio tem como base teórica nesta área a Lei Federal nº 9.795/99 que

determina em seu artigo primeiro.

Art. 1

o Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

A Lei Estadual nº 17.505/2013 determina:

Art. 2º Entende-se por educação ambiental os processos contínuos e permanentes de aprendizagem, em todos os níveis e modalidades de ensino, em caráter formal e não-formal, por meio dos quais o indivíduo e a coletividade de forma participativa constroem, compartilham e privilegiam saberes, conceitos, valores socioculturais, atitudes, práticas, experiências e conhecimentos voltados ao exercício de uma cidadania comprometida com a preservação, conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida, para todas as espécies.

Pensando nesta questão, o Colégio Leonardo da Vinci tenta despertar a

consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente, tentando superar a visão de

o homem é o centro de tudo, conhecendo os problemas causados pelo crescimento

populacional, urbanização, industrialização, desmatamento, erosão, poluição atmosférica,

aquecimento global, destruição da camada de ozônio, dentre outros. Com os

conhecimentos das consequências é possível planejar ações para melhoria da situação.

3.7 VIOLÊNCIAS E O USO DE ÁLCOOL E DROGAS NO AMBIENTE ESCOLAR

Falar em violência escolar, nos dias atuais, requer cuidado, uma vez que os

fenômenos da violência são vários, possuindo mais de uma causa (temos a violência

física, a mais conhecida; a violência simbólico/psicológica; a violência institucional, etc).

Deste modo, abordar as questões relacionadas a violência impõe a capacidade

de abordar o tema de modo não simplista. Deve-se, por isso, considerar uma gama de

fatores que contribuem para sua existência.

No que se refere às Escolas, o que se pode afirmar é que este ambiente está

cada dia mais „estranho‟ (distanciado do padrão comportamental esperado) a educandos

e educadores. Do mesmo modo, as relações sociais estabelecidas nestes ambientes,

cada vez mais parecem ser permeadas por incivilidades, abuso de autoridade,

discriminação, medo, agressões verbais, físicas, simbólicas, indisciplina e Bullyng.

34

Nos últimos anos muitos autores tem se dedicado a estudar a temática da

violência, em todo o mundo, visto que não é um fenômeno adstrito a realidade apenas

dos países menos desenvolvidos. Priotto (2009) usa a seguinte definição, ao conceituar o

tema:

Denomina-se violência escolar todos os atos ou ações de violência, comportamentos agressivos e antissociais, incluindo conflitos interpessoais, danos ao patrimônio, atos criminosos, marginalizações, discriminações, dentre outros praticados por, e entre, a comunidade escolar (alunos, professores, funcionários, familiares e estranhos à escola) no ambiente escolar. (PRIOTTO, 2009 p. 160-161)

Importante ressaltar, desde já, a diferença entre conflito e violência. Conflito é

toda opinião divergente ou maneira diferente de ver ou interpretar algum acontecimento.

Deste modo, todos que vivem em sociedade tem a experiência do conflito. Já a violência

é uma forma de resolver os conflitos, não a única. Forma, esta, embasada na falta total

de diálogo, em relação ao outro.

Nas escolas não é incomum que os professores/pedagogos deparem-se com

questões conflituosas, em seu ambiente de trabalho. Na maioria das vezes, se espera

dele a mediação correta destas situações, como modo de se evitar a violência.

Atuar de forma profissional, nestes casos, exige do pedagogo não só o domínio

dos conteúdos específicos de sua área de formação, mas a compreensão das demais

questões que envolvem seu trabalho diário. É fundamental que este saiba agir de forma

responsável e interagir com a comunidade escolar, a fim de buscar melhorias no ambiente

escolarizado.

Entende-se que não há possibilidade de aprendizagem em um ambiente violento

ou desorganizado. O pedagogo, ao articular o processo pedagógico deve visar à garantia

da aprendizagem dos que ingressam na Escola. Desta forma, a mediação correta dos

conflitos, infelizmente recorrentes, propicia a harmonização do ambiente e favorece a

aprendizagem.

É importante que educandos e educadores entendam que o diálogo e o respeito

ás diferenças podem contribuir para a convivência comunitária, e que ambos devem ter os

mesmos objetivos, considerando-se parceiros e partes integrantes da comunidade

escolar. Caso este entendimento não ocorra, os conflitos gerados podem se transformar

em violência.

35

Não há como analisar a Escola isoladamente, como se a sociedade em que está

inserida não tivesse relação nenhuma com o que ocorre dentro dos muros escolares. Os

educandos e educadores carregam consigo uma bagagem histórica e cultural que

determinam muitas de suas atitudes no espaço educativo. Além do mais, as instituições

de ensino não são meros reprodutores da opressão e dos conflitos da sociedade, uma

vez que também produzem suas próprias formas de violência.

Crianças e adolescentes, privados da realização de seus anseios, por vezes são

colocados dentro da Escola com a promessa de que, neste ambiente, terão maiores

possibilidades de obter sucesso neste mundo competitivo. No entanto, na maioria das

vezes o insucesso escolar vem apenas reforçar o processo excludente em que vive.

...os mesmos cidadãos que são excluídos do direito à habitação, ao emprego, à saúde etc., são também excluídos do direito à educação. As desigualdades presentes no campo social apresentam-se na escola sob a forma de reprovações, sucessão e abandonos e retornos e, por fim, a exclusão definitiva. Está formado, assim, o ciclo das desigualdades: baixa escolaridade,falta de qualificação profissional, falta de emprego. Tornando-os vulneráveis socialmente. (PRIOTTO, 2009 p. 170)

O pedagogo escolar deve ter uma visão crítica da realidade em que está inserido,

para poder agir de forma preventiva na solução de conflitos, estabelecendo com seus

pares uma relação harmoniosa, baseada no diálogo e no respeito. O primeiro passo,

nesta direção, é reconhecer quais as violências mais presentes no seu ambiente

profissional, onde ocorrem e se realmente ocorrem.

A partir disso poderá estabelecer uma abordagem mais qualitativa, no que se

refere a ações que se contraponham aos casos de conflitualidade e, se for o caso, de

violência que ocorram na escola.

Com relação ao consumo de álcool e outras drogas no ambiente escolar,

percebe-se que há um grande número de adolescentes e jovens em contato com as

drogas, em especial com as drogas lícitas como o álcool. O Colégio trabalha na

perspectiva da prevenção.

Prevenir o uso indevido de drogas constitui ação de inquestionável relevância nos

mais diversos contextos sociais – escola, família, comunidade, empresa, dada a

complexidade da questão e os prejuízos associados ao abuso e à dependência de

substâncias psicoativas.

36

A adolescência é um período marcado por inúmeras transformações e conquistas

importantes. No entanto, fatores como o uso de drogas podem transformar o adolescente

em um adulto problemático com sequelas irreversíveis para o desenvolvimento de sua

vida futura. O consumo de drogas nessa fase pode trazer sérias consequências físicas

e/ou psíquicas para o desenvolvimento, como déficits cognitivos, problemas físicos,

envolvimento em acidentes e infrações.

A curiosidade natural dos adolescentes é um dos fatores de maior influência na

experimentação de álcool e drogas, ao lado de fatores externos, como a opinião dos

amigos e a facilidade de obtenção dessas substâncias. O adolescente vive o presente,

busca realizações imediatas e os efeitos das drogas vão ao encontro desse perfil,

proporcionando o “prazer” passivo e imediato.

Muitos alunos evadem a Escola por estarem em envolvimento com as drogas. O

Colégio tenta de todas as formas fazer com que este aluno retorne as atividades

escolares. Caso os recursos do Colégio não sejam suficientes o Conselho Tutelar é

acionado para localizar a família e providenciar o retorno do aluno.

O Conselho Tutelar é órgão que constitui a rede de atendimento existente na

microrregião e na cidade de modo geral. Assim, o conselheiro tutelar necessita conhecer

os serviços existentes e dispor-se a construir coletivamente alternativas que signifiquem

proteção às crianças e aos adolescentes. Não basta encaminhar uma família para um

serviço, é fundamental acompanhar o desenvolvimento do atendimento, com

corresponsabilidade por aquele processo que se inicia. Para que o atendimento seja

completo há a necessidade do envolvimento de toda Rede de Proteção.

3.8 EDUCAÇÃO ESPECIAL O Colégio Leonardo da Vinci busca um novo olhar em que valores como

compreensão, solidariedade e crença no potencial humano superem atitudes de

preconceito e discriminação em relação às diferenças, também que inspire a diversidade

em que currículos que marginalizam as diferenças deem espaço à construção de práticas

curriculares calcadas no compromisso com a pluralidade das manifestações humanas

presentes nas relações cotidianas da escola.

37

Pensando em uma escola com todos e para todos, procura-se uma organização

para atender todos os cidadãos, inclusive aqueles que apresentam deficiências.

A tarefa da inclusão não depende apenas da convicção e do compromisso técnico

e político dos governos, mas de pais, familiares, professores, profissionais, enfim, de

todos os membros da sociedade, sob o risco de se ter apenas o efeito de seus benefícios

para os alunos no sentido teórico sem ações concretas e transformadoras da realidade.

O Colégio Leonardo tenta propiciar condições para que o professor da Classe

Comum consiga explorar e estimular as potencialidades de todos os estudantes,

adotando uma pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar e inclusiva. É amparado

pela LDBEN 9394/96, artigo nº 58 e nº 59; Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146 de 6 de

julho de 2015; Decreto Federal nº 7.611 de 17 de novembro de 2011, Deliberação nº

02/2016- CEE.

3.9 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL INTEGRADA AO ENSINO MÉDIO

O Colégio Estadual Leonardo da Vinci sempre teve como característica a oferta

de cursos de Educação Profissional Integrada. Atualmente oferta o Curso Técnico

Informática Integrado e o Curso Técnico Informática Pós-Médio com o compromisso de

uma Educação Profissional adequada aos interesses dos que vivem do trabalho e que

implica desenvolver um percurso educativo em que estejam presentes e articuladas a

teoria e a prática, contemplando sólida formação científica e a formação tecnológica,

ambas sustentadas em um consistente domínio das linguagens e dos conhecimentos

sócio históricos.

Isto significa que a finalidade é o domínio intelectual da tecnologia, a partir da

cultura, contemplando no currículo, de forma teórico-prática, os fundamentos, princípios

científicos e linguagens das diferentes tecnologias que caracterizam o processo de

trabalho contemporâneo, tomados em sua historicidade. Assim os estudantes dos cursos

de formação profissional, com base na formação em nível médio, necessitam

compreender os processos de trabalho em suas dimensões científica, tecnológica e

social, como parte das relações sociais.

O curso de Formação de Docentes Normal, em nível Médio, ofertado no Colégio

Estadual Leonardo da Vinci, é um curso profissionalizante que tem como objetivo formar

professores para atuar como docentes na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino

38

Fundamental. Currículo Pleno, integrado ao Ensino Médio, com duração de 4 anos,

destinado aos estudantes egressos do Ensino Fundamental;

O curso de Formação de Docentes, além de oportunizar aos estudantes o contato

com as disciplinas comum de base nacional, que permite o conhecimento para a

continuidade dos estudos, possibilita a formação específica e profissionalizante para a

prática docente.

3.10 EDUCAÇÃO, HOMEM (INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA, JUVENTUDE, ADULTO E IDOSO), MUNDO, SOCIEDADE E CIDADANIA

A sociedade contemporânea vem se caracterizando por um conjunto de

acontecimentos que estão induzindo o desenho de uma nova realidade social, resultado

de fenômenos econômicos, políticos, culturais. Será que esta nova realidade social é a

realidade ideal? Será que é possível dar conta de compreender essas mudanças da

forma como acontecem, tão rápidas? E o principal como acompanhar toda essa

velocidade de acontecimentos? O ideal é trazer um momento de discussão para a

sociedade, para que todos possam parar e refletir acerca dos avanços apresentados na

modernidade, nas ciências que têm sido em grande escala e em ritmo alucinante. Importa

ressaltar que a sociedade também deve e precisa ser esclarecida e ouvida, a fim de

atender aos interesses de toda a humanidade.

É importante preparar os educandos para uma sociedade real, mas não

insensível/indiferente/alienada. É necessário esforço para colaborar na formação de

sujeitos íntegros capazes de avaliar, de compreender, de decidir e, finalmente, de intervir

para/na construção de uma sociedade justa e democrática.

A meta do Colégio Estadual Leonardo da Vinci é colaborar com a formação de

sujeitos críticos, criativos e integrantes partindo dos movimentos de transformação social.

O objetivo é formar alunos comprometidos com a coletividade e com a sociedade.

Valorizando os princípios morais, éticos, culturais, sociais em prol de uma qualidade de

vida sustentável; que esses sujeitos, quando tiverem oportunidade de interferir na

realidade possam posicionar-se em função de valores apreendidos no ambiente escolar.

O homem não surgiu como um indivíduo isolado, ele é uma produção histórica e

sua relação com a natureza é medida pelas relações entre os próprios homens enquanto

um coletivo que age sobre a natureza para produzir sua própria existência. É na ação, na

39

produção da vida que os homens aprendem a produzir-se e a tornar-se homem. Identifica-

se neste processo a origem da educação.

As origens da educação se confundem com as origens do próprio homem.

Considerando-se que a natureza humana não é dada ao homem, é por ele produzida

sobre a base da natureza biofísica, a educação, em termos estritos, isto é, a educação

enquanto atividade intencional consiste no ato de produzir, direta e intencionalmente, em

cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente.

Infância é uma concepção ou representação que os adultos fazem sobre os

primeiros anos da vida do homem, bem como a noção de criança diz respeito ao sujeito

real que vive essa fase. O trabalho de Philippe Ariès intitulado História Social da Criança e

da Família trata a descoberta da infância na Renascença e do surgimento do que o autor

chamou de sentimento de infância. Quando se analisa a iconografia da Idade Média e a

compara com aquela produzida na Renascença, Ariès conclui que o sentimento de

infância era desconhecido na Idade Média somente passando a ser expressivo no século

XVII.

A ideia de adolescência e juventude é mais recente. Apesar da grande difusão da

figura do adolescente como ícone dos tempos contemporâneos, esta figura é

completamente engendrada pelas práticas sociais. E, foram apenas no século XVIII, que

surgiram as primeiras tentativas de definir com clareza as suas principais

características. Fase marcada por dúvidas, incertezas, medos por definir um período de

transição.

A fase adulta as responsabilidades crescem e a entrada no mercado de trabalho é

algo que marca a vida do indivíduo. O trabalho é uma forma de identidade para o ser

humano e essencial para o mesmo, pois é uma necessidade e uma realização. Trabalhar

é adaptar-se e desenvolver-se em seu ciclo evolutivo, com motivação, satisfação,

qualidade de vida e prazer. O bom ambiente de trabalho gera um bom desempenho nas

atividades, fazendo que o sujeito progrida cada vez mais. Atritos surgem tanto no trabalho

quanto na vida pessoal do sujeito, mas através deles é crescer, amadurecer e viver em

constante mudança.

3.11 FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURA, TRABALHO E ESCOLA

40

Conceber a escola que trabalha a cidadania como direito universal, que promove

ações culturais, e preparação para a vida produtiva (trabalho) é a concepção de uma

educação continuada.

O Colégio Estadual Leonardo da Vinci recebe alunos dos bairros vizinhos e

localidades rurais do interior do município, sendo que na educação profissional são

recebidos alunos de municípios vizinhos. São oferecidas as seguintes etapas da

Educação Básica: Ensino Fundamental Anos Finais (6º ao 9º ano), Ensino Médio Regular,

Normal (Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino

Fundamental) e Profissional (Curso Técnico em Informática).

Os alunos são provenientes da classe trabalhadora e assim estabelecem suas

relações de poder nesse sentido, acredita-se em uma pedagogia libertadora, onde o

homem, por meio do conhecimento e das relações sociais, possa atuar na sociedade em

que vive transformando-a, fazendo sinapses/relações entre teoria e prática buscando a

práxis reflexiva e criadora tão almejada e promotora de igualdade de direitos.

Portanto, desenvolve-se um trabalho coletivo, como força propulsora para a

constituição/consolidação da “gestão democrático-participativa”, como explica Libâneo,

(2005), em síntese deseja-se a efetiva participação das instâncias colegiadas,

trabalhadores da educação, em todas as questões referentes ao processo educacional do

Colégio, pois é dessa forma que realmente se vive/aprende democracia.

Esta Instituição tem como base que a função primordial da escola é assegurar ao

alunado a apropriação do conhecimento elaborado, buscando a cooperação de todos os

grupos nas decisões que o Colégio precisa tomar.

O papel da educação na produção do conhecimento volta-se para realidade e

necessidades do mundo contemporâneo. O Colégio Leonardo da Vinci tem desenvolvido

um excelente papel de agente de formação perante a comunidade Duovizinhense e

regional, oportunizando a todos, a escolaridade e certificação almejada nos cursos que

oferece.

A comunidade Colégio Leonardo da Vinci trabalha de forma interativa com os

setores produtivos do município, sempre aberta ao diálogo e atenta às sugestões e às

necessidades de mercado. E em relação aos conhecimentos científicos das ciências

esforça-se para oferecer um ensino de qualidade.

41

A comunidade escolar vem observando/constatando que no noturno, em todo início

de período letivo, as salas de aula, são numerosas e com o passar dos meses ocorrem

evasões e, por este motivo, busca-se metodologias de ensino diversificadas para tornar a

produção do conhecimento mais significativa para o educando.

A alternativa encontrada foi trabalhar, sempre que possível, as questões

pertinentes ao mundo do trabalho, as tecnologias e as ciências, visto que os alunos do

período noturno são operários e trabalhadores e, vêm para escola, cansados, com fome e

sono.

A função precípua que a escola precisa desempenhar é despertar no educando o

gosto pelo saber, pela intelectualidade e proporcionar-lhe um ambiente escolar agradável,

onde o educando possa se desenvolver como pessoa, resultando, portanto, no

cumprimento da função social da escola.

Em síntese, não foi resolvido de todo essa questão/problema, mas procura-se

dialogar com a comunidade escolar sobre a função do trabalho, do que é preciso

desempenhar no Colégio Estadual Leonardo da Vinci e, ainda, atender as exigências do

mercado local e regional, da vida, de trabalho e da continuidade dos estudos acadêmicos.

3.12 GESTÃO ESCOLAR

Para redimensionar a organização do trabalho pedagógico, é preciso enquanto

comunidade escolar, ter compreensão crítica da realidade histórico-social; comprometer-

se de maneira ético-político com a transformação da realidade social, na superação das

marcantes desigualdades sociais, participando efetivamente com todos os autores e

atores da prática educativa, discutindo as diretrizes gerais da política educacional e

propondo formas de intervenções na realidade local.

É necessário garantir a autonomia da escola no exercício da redemocratização de

seus ambientes/espaços de discussão por ser um espaço público que articula o

compromisso ético-profissional que é educar/formar ainda, a valorização dos profissionais

da educação em termos de formação contínua e da defesa da atualização coletiva do

plano de carreira profissional.

Ainda, para Libâneo (2005) precisamos sempre assegurar/reiterar a transparência

nas decisões, na garantia da legitimidade da participação colegiada, na construção de

instrumentos de gestão democrático-participativa: eleição de diretores, na constituição

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legítima do Conselho Escolar, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil, eleição de aluno

representante de turma, professor representante de turma, APMF e outros.

3.13 ENSINO APRENDIZAGEM ALFABETIZAÇÃO LETRAMENTO E AVALIAÇÃO

Além da discussão entre o que se ensina e o que se aprende o trabalho

pedagógico também vem sendo debatido em torno da forma como esta relação se

manifesta. Portanto, além de passar pela compreensão do currículo, passa pela

concepção de ensino-aprendizagem. Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto

acontece porque o ato de ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada

indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto

dos homens” (SAVIANI, 1995, p.17).

Este processo se efetiva quando o indivíduo se apropria dos elementos culturais

necessários a sua formação e a sua humanização. Nada mais democrático que ensinar

com o compromisso que haja a aprendizagem por parte de todos os alunos. Contudo, a

forma, o tempo e o entorno pelo qual se aprende, por parte dos sujeitos, são diferentes.

Isso deve ser considerado. Não se trata de negligenciar o que deve ser ensinado em

nome das dificuldades do sujeito, deve-se, sim, modificar as formas de mediação para

que ele de fato aprenda.

Para Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma

relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal.” O conhecimento

é, portanto, fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende o sujeito que

ensina e o objeto do conhecimento. Os processos de produção do conhecimento

permitem, ao aluno, sair do papel de passividade e fazer parte dessa relação, através do

desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, entre elas a linguagem. Esta

defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o ensino e

aprendizagem, entre o fazer e o pensar, do movimento dialético de apropriação do

conhecimento que possibilite compreender o real em suas contradições, são algumas das

muitas defesas da abordagem histórico-cultural.

O ser humano através da aquisição do processo de codificação e decodificação

da leitura e da escrita no processo de alfabetização, também precisa apropriar-se de

conhecimentos que possibilitam ler e escrever de forma adequada e eficiente, nas

diversas situações em que precisa: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em

43

diferentes suportes, para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores,

para diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir, para imergir no

imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-

se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse. A esse desenvolvimento de

capacidades para o uso da tecnologia da escrita é que se chama LETRAMENTO.

É um equívoco acreditar que é a escola a única responsável por propiciar à

criança os recursos necessários de entrada no mundo da escrita. Muito antes de chegar à

instituição educativa – de ensino fundamental e mesmo de educação infantil – a criança já

convive tanto com a tecnologia da escrita quanto com seu uso, porque, em seu contexto,

a escrita está sempre presente.

Assim, desde muito cedo a criança convive com práticas de letramento – vê

pessoas lendo ou escrevendo, e assim vai se familiarizando com as práticas de leitura e

de escrita; e também desde muito cedo inicia seu processo de alfabetização – observa

textos escritos à sua volta, e vai descobrindo o sistema de escrita, reconhecendo algumas

letras, algumas palavras. No entanto, esses primeiros passos da criança no mundo da

escrita, fora e antes da instituição educativa, ocorrem, em geral, de forma assistemática,

casual, sem planejamento; é a escola que passará a orientar de forma sistemática,

metódica, planejada, esses processos de alfabetização e letramento.

O Colégio Leonardo considera o sujeito aprendiz como elemento principal do

processo de construção do conhecimento e o (a) professor (a) como sujeito mais

experiente cujo compromisso primeiro é organizar e consolidar o ambiente escolar como

um ambiente culturalmente letrado, ambiente este que inclui espaços, tempos, currículo,

planejamentos, intervenções e experiências.

Defende-se, nesta instituição, uma organização curricular capaz de fazer uma

reflexão constante dos interesses e necessidades da comunidade escolar e que garanta o

acesso ao conhecimento universal, legado da humanidade as gerações presentes/futuras.

O aluno vem para escola aprender o conhecimento historicamente produzido e o

professor é responsável para que essa aprendizagem ocorra de forma significativa.

A avaliação da aprendizagem deve possibilitar avaliar também a qualidade do

trabalho pedagógico realizado, identificando, através dos seus resultados, o nível de

elaboração de cada aluno, e as dificuldades/limites surgidas.

44

3.14 TEMPO E ESPAÇO PEDAGOGICO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA O Colégio Leonardo da Vinci oferece Sala de Recursos Multifuncionais para

Deficiência Intelectual, Transtornos Globais do Desenvolvimento, Deficiência Física

Neuromotora e Distúrbios Funcionais Específicos. O atendimento funciona no período da

manhã e também à tarde, com 42 alunos matriculados, 21 em cada turno.

A Sala de Recursos Multifuncionais atende os alunos em turno contrário ao ensino

comum, organizada por cronograma, e com carga horária mínima de quatro aulas por

semana.

A terceira Sala de Recursos Multifuncionais é para alunos cegos e com baixa visão,

funciona no período da tarde e atende estudantes do Colégio Leonardo da Vinci e

também de outras escolas que necessitam deste trabalho.

É importante ressaltar que a instituição de ensino não possui todas as adaptações

arquitetônicas e de mobiliário necessárias ao atendimento de estudantes com Deficiência

Física Neuromotora, com Surdez ou Deficiência Visual. Para o atendimento ao aluno com

TGD – Transtorno Global do Desenvolvimento, especificamente o autismo, após análise

de caso e havendo necessidade, há a contratação de um Professor de Apoio Educacional

Especializado. Também, caso haja matrícula de estudante com deficiência física

neuromotora, que necessite na comunicação alternativa poderá ser contratado um

Professor de Apoio à Comunicação Alternativa, como também um auxiliar operacional

para necessidades básicas dentro da escola. O Colégio Leonardo da Vinci conta com um

Auxiliar Operacional para atendimento de uma aluna com Transtornos Globais do

Desenvolvimento.

Sabe-se dos enormes desafios enfrentados pela escola pública e da complexa

situação da formação docente no cenário nacional. As ações de flexibilização e

adequações curriculares não são desenvolvidas apenas pelos professores em sala de

aula, mas podem ser realizadas em todos os ambientes da escola e por todos os

profissionais.

Quanto às adaptações nos materiais didático-pedagógicos, são realizadas pela

equipe docente com o apoio da equipe pedagógica e professor da Sala de Recursos

Multifuncionais. A instituição também oferece atenção aos alunos inclusos através de

conversas orientadoras com os pais e encaminhamento para profissionais como

45

Psicólogo e Neurologista utilizando-se de Relatórios Pedagógicos da Professora da Sala

de Recursos Multifuncionais e Equipe Pedagógica, com a colaboração dos professores da

sala de aula comum.

3.15 FORMAÇÃO CONTINUADA

Além de pensar, planejar, organizar toda ação pedagógica, considerando o

conhecimento e currículo, far-se-á necessário, também considerar os critérios gerais para

pensar e elaborar o tempo escolar: calendário escolar, horários letivos e não letivos e,

incluir os de capacitação e formação. Ainda, valorizar no calendário escolar as finalidades

culturais: compreensão da sociedade em que vive. Outro item fundamental é a reserva do

período de capacitação de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

Neste sentido o Colégio incentiva os seus profissionais à estarem em

constantemente estudando, aprimorando seus conhecimento teóricos a fim de melhorar a

prática educativa. Ainda organiza as formações propostas pela SEED, onde o coletivo

escolar participa.

IV PLANEJAMENTO – MARCO OPERACIONAL

Nesse momento os atos e marcos: situacional, conceitual, devem ser

considerados os eixos norteadores do Projeto Político Pedagógico, discutidos na

coletividade.

A Comunidade do CELV tem se reunido para discutir as orientações da legislação

educacional e, com base nesse pressuposto, estudarmos as novas orientações referentes

a BNCC ( Base Nacional Comum Curricular). O estudo coletivo das políticas públicas

permite ter uma base legal para a efetivação da melhoria da qualidade educacional.

Toda comunidade escolar tem o compromisso de que a proposta para o Ensino

Médio seja estruturada com base no diálogo com o coletivo e na Orientação Legal,

considerando os desígnios constitucionais e o princípio de gestão democrática; Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/1996; os dispostos do Estatuto da

Criança e do Adolescente nº 8069/1990; a Resolução nº04/2010 – CEB/CNE que define

as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica. O Ensino Médio

permite ao educando o aprimoramento pessoal e o aperfeiçoamento profissional, na

46

organização e conquista de sua autonomia intelectual e a efetivação de suas ações

democráticas.

O Colégio Estadual Leonardo da Vinci acredita na organização da modalidade

ensino profissionalizante porque essa permite a integração das dimensões científicas do

mundo do trabalho: ciência, trabalho e cultura, sendo essas categorias fundamentais para

a garantia sustentável no mundo moderno. Gramsci, Kuenzer, Frigoto, Ciavatta, Ramos

defende o trabalho como princípio educativo, considerando o homem em sua totalidade

histórica, tendo consciência de sua atuação histórica e significativa.

A reflexão e decisão por um trabalho pedagógico, que descreva, problematizem,

analisem os componentes ideológicos que sustentem a ação, devem configurar uma

matriz teórica que permita a participação de toda a comunidade escolar em sua

concretização. Culminando com a elaboração dos vários instrumentos de ação do

Colégio, a exemplo: Projeto Político Pedagógico, Regimento Escolar, Proposta

Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente e outros.

Por sua vez a definição dessa matriz teórica propiciará a revisão do trabalho

pedagógico desenvolvido pela escola e consequentemente, da sua própria organização.

Segundo Veiga (2001) o Marco Operacional é o ato que orienta quanto a como

realizar a ação. É o momento de posicionar-se, de execução, de constituição, que ensina

a agir, a como realizar metas pensadas, discutidas e planejadas. É o momento de

posicionar-se com relação às atividades a serem assumidas para transformar a realidade

do Colégio. Portanto, implica, diretamente, na tomada de decisões e, em consequência a

forma e dinâmica e os esforços necessários para atingir as finalidades, propósitos,

objetivos e metas.

Na operacionalização do Projeto Político Pedagógico, o que se deve observar é o

cumprimento dos combinados, a verificação das decisões e a avaliação para saber se as

ações executadas foram acertadas ou não e, na sequência, é preciso revisar ou

reformular. Tendo em vista as diferentes circunstâncias, poder-se-á, se necessário, tanto

alterar determinadas decisões quanto introduzir ações completamente novas.

As decisões básicas para a construção do PPP dizem respeito à proposição de

medidas de ação coletiva, no sentido do aperfeiçoamento do ato operacional (realidade),

implementando esforços e ações para que as metas importantes para o coletivo

aconteçam.

47

Portanto, faz-se necessário fazer algumas considerações: o enfrentamento de

todas as questões que excluem e marginalizam a criança, o adolescente, o jovem e o

adulto, na construção de um projeto comprometido com os interesses e anseios das

camadas populares. A velocidade da qual sofre a sociedade (tecnologias, pesquisas

cientificas, valores e outros). Uma educação comprometida com a evolução e com o

desenvolvimento sociocultural de todos os envolvidos no processo educativo.

4.1 CALENDÁRIO ESCOLAR

O Colégio Estadual Leonardo da Vinci na elaboração do seu calendário segue as

orientações e a fundamentação legal proposta pela Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional nº 9394/96, em seu artigo nº24, inciso I, que determina uma carga

horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias

de efetivo trabalho escolar. A carga horária deverá ser cumprida pelas instituições de

ensino que ofertam a Educação Básica.

O calendário do Colégio é reformulado anualmente e considera os Feriados

Nacionais, Dia do Município e recessos escolares dentro do previsto, objetivando o seu

cumprimento.

4.2. AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS Com a necessidade de se ampliar tempos, espaços e oportunidades educativas,

para os alunos do Colégio Leonardo da Vinci, oferta-se algumas atividades em contra

turno em parceria com o Governo Federal (Ensino Médio Inovador), e do Governo

Estadual (Conectados, Atividade Curricular Complementar em Contraturno e CELEM)

que tem por objetivo:

ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao Projeto

Político Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e aos

anseios da comunidade;

possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade, democratizando o

acesso ao conhecimento e aos bens culturais;

promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos,

espaços e oportunidades educativas em contra turno, na escola ou no território em

48

que ela está situada, a fim de atender às necessidades socioeducacionais dos

alunos.

4.2.1 Ensino Médio Inovador

O programa Ensino Médio Inovador – PROEMI foi instituído pela Portaria nº 971,

de 9 de outubro de 2009, no contexto da implementação das ações voltadas ao Plano de

Desenvolvimento da Educação – PDE. A edição atual do Programa está alinhada às

diretrizes e metas do Plano Nacional de Educação 2014-2024 e à reforma do Ensino

Médio proposta pela Medida Provisória 746/2016 e é regulamentada pela Resolução

FNDE nº 4 de 25 de outubro de 2016.

O objetivo do EMI é apoiar e fortalecer os Sistemas de Ensino Estaduais e

Distrital no desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de Ensino

Médio, disponibilizando apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura

de um currículo dinâmico, flexível, que atenda às expectativas e necessidades dos

estudantes e às demandas da sociedade atual. Deste modo, busca promover a formação

integral dos estudantes e fortalecer o protagonismo juvenil com a oferta de atividades que

promovam a educação científica e humanística, a valorização da leitura, da cultura, o

aprimoramento da relação teoria e prática, da utilização de novas tecnologias e o

desenvolvimento de metodologias criativas e emancipadoras. As ações propostas devem

contemplar as diversas áreas do conhecimento a partir do desenvolvimento de atividades

nos seguintes Campos de Integração Curriculares (CIC):

I - Acompanhamento Pedagógico (Língua Portuguesa e Matemática);

II - Iniciação Científica e Pesquisa;

III - Mundo do Trabalho;

IV - Línguas Adicionais/Estrangeiras;

V - Cultura Corporal;

VI - Produção e Fruição das Artes;

VII - Comunicação, Uso de Mídias e Cultura Digital;

VIII - Protagonismo Juvenil.

49

Estas ações são incorporadas gradativamente ao currículo, ampliando o tempo na

escola, na perspectiva da educação integral e, também, a diversidade de práticas

pedagógicas de modo que estas, de fato, qualifiquem os currículos das escolas de Ensino

Médio.

4.2.2 Conectados É uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educação que tem por objetivo

favorecer e ampliar a discussão e o uso de tecnologias educacionais junto à comunidade

escolar. O planejamento deste projeto visou atender o Plano de Metas do Governo do

Estado do Paraná (2015-2018), e do Programa Minha Escola Tem Ação (META), as

“Diretrizes para uma Política Nacional de Inovação e Tecnologia Educacional 2017-2021”.

4.2.3 Atividade Complementar Curricular em Contra turno As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno foram

regulamentadas na Resolução n.º 1.690/2011 e na Instrução n.º 007/2012- Seed/Sued, e

deve estar contemplada nos projetos político-pedagógicos, garantindo desta forma a

continuidade das atividades. Para tanto, é necessário que a escola estabeleça critérios de

avaliação das atividades complementares ofertadas, observando os benefícios para a

comunidade.

4.2.4 CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) O CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) é um espaço pedagógico

para o ensino de línguas estrangeiras (LEM), português para falantes de outras línguas e

Língua Brasileira de Sinais (Libras), com funcionamento nas instituições de ensino da

rede Estadual do Paraná. Este Colégio atualmente oferta duas turmas de CELEM em

Língua Espanhola.

4.3 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR A atual Constituição da República Federativa do Brasil, em seu Art. 205,

determina que “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será

promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno

50

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação

para o trabalho”.

Para esse princípio se efetivar há que se prever ações para as exceções- são as

flexibilizações curriculares que possibilitam o acesso à educação em casos específicos,

como de estudantes da Educação Especial, os atendidos pelo Serviço de Apoio à Rede

Escolarização Hospitalar – SAREH, os estudantes afastados pelo Decreto Lei Federal nº

1044/69 (afecções congênitas e adquiridas) e pela Lei Federal nº 6202/75 (gestante), os

estudantes em cumprimento de medidas socioeducativos, estudantes do Programa de

Aceleração de Estudos- PAE e outras situações.

4.3.1 Flexibilização Curricular na Educação Especial O termo flexível remete a maleabilidade, assim a flexibilização curricular necessita

destituir-se do tradicional. Na perspectiva da educação inclusiva pode-se dizer que é a

maneira que a escola irá satisfazer as necessidades educativas de um aluno ou um grupo

de alunos, dentro da sala de aula comum, na medida em que forem necessárias

adequações do currículo.

Os alunos inclusos necessitam de adaptações que incluem o tempo, quantidade de

atividades, complexidade e apresentação dos conteúdos. Cada estudante apresenta a

sua especificidade e cabe ao professor adaptar o conteúdo e as estratégias que serão

utilizadas.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial (MEC/ SEESP,

1998) demonstra o conceito de educação inclusiva com uma nova apresentação da

escola regular sobre o projeto político pedagógico, no currículo, na avaliação e nas

estratégias de ensino, ações que favoreçam a inclusão social e práticas educativas que

atendam a todos os alunos. “Isto significa que as escolas devem estar preparadas para

acolher e educar a todos os alunos e não somente aos considerados “educáveis”.

(SANCHEZ, 2005, p. 11).

4.4 A PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR A Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 descreve que a proposta pedagógica é um

documento referencial. Por meio dela a comunidade escolar exerce sua autonomia

financeira, administrativa e pedagógica. Além da LDB, a proposta pedagógica deve

51

considerar as orientações contidas nas Diretrizes Curriculares elaboradas pelo Conselho

Nacional de Educação.

No Estado do Paraná a Proposta Pedagógica apresenta os fundamentos

conceituais, metodológicos e avaliativos de cada disciplina, componente curricular e áreas

do conhecimento descritas na matriz curricular, Diretrizes Curriculares Nacionais e

Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de

Ensino.

O Colégio Leonardo da Vinci procura organizar a Proposta Pedagógica de cada

disciplina juntamente com seus professores, elencando conhecimentos indispensáveis

para a formação do estudante.

4.4.1 Proposta Pedagógica Curricular - Elementos

O Projeto Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular, construídos pelas vias

da coletividade representa o pensar da comunidade escolar e as suas diretrizes políticas

que compreendem a educação como: “Um processo que se caracteriza por uma atividade

mediadora no seio da prática social global (SAVIANI, 1996, p. 120)”.

A proposta pedagógica envolve os saberes da experiência trazidos pelos

professores, somados aos específicos de cada área do conhecimento e aos gerais,

necessita ser construída com a participação efetiva dos professores de cada disciplina.

A organização descrita pela Pedagogia Histórico-Crítica para a educação escolar

sugere que a Proposta Pedagógica apresente: a) Identificação das formas mais

desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido historicamente,

reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo as suas principais

manifestações bem como as tendências atuais de transformações; b) Conversão do saber

objetivo em saber escolar de modo a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo

escolares; c) Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas

assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua

produção bem como as tendências de sua transformação. (SAVIANI, 1991, p.17)

Quando se trata da Pedagogia Histórico-Crítica é coerente ressaltar a ênfase

dada aos conteúdos, considerando-os como resultado do conhecimento produzido pelos

homens para garantir a sobrevivência através do trabalho.

52

No Estado do Paraná a proposta curricular terá como principal objetivo a base

disciplinar, ou seja, a ênfase é nos conteúdos científicos, nos saberes escolares das

disciplinas que compõe a grade curricular.

A proposta pedagógica curricular das disciplinas terá como estrutura:

a) Apresentação, justificativas e objetivos;

b) Conteúdos separados por trimestre;

c) Encaminhamento Metodológico;

d) Avaliação (critérios e instrumentos)

e) Referências

Proposta Pedagógica Curricular segue em anexo. 4.4.2 Proposta Pedagógica do Curso de Formação de Docentes e o Curso Técnico em

Informática (disponível no portal dia-a-dia-educação)

4.5 FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA E LABORATÓRIOS

Biblioteca: A biblioteca tem por finalidade subsidiar a pesquisa, leitura e a

informação ao educando, professores, funcionários e comunidade em geral em todas as

etapas e modalidades de ensino ofertadas pela Instituição.

A Biblioteca será regida por um regulamento próprio, onde estarão explicitados a

organização, o funcionamento e as atribuições dos bibliotecários. Portanto tem como

ponto de partida que o acesso à leitura dinamiza o aprendizado, e leva os estudantes a

repensar e recriar suas vivências. A gestão escolar se propõe a melhorar o acervo

bibliográfico, por meio de parcerias não só com o MEC / FNDE, mas também de livrarias,

pois acredita-se que por meio da leitura pode-se ter uma mudança de comportamento

uma transformação cultural e social dos educandos na busca de uma sociedade mais

justa e igualitária.

Laboratórios de Informática: O Colégio possui dois laboratórios de informática,

totalizando 36 computadores com acesso à internet para a utilização dos mesmos

juntamente com os alunos. Para seu uso é necessário agendamento prévio, também é

preciso que o professor faça o planejamento da aula relatando a utilização do recurso a

53

partir de objetivos relacionados aos conteúdos. Conta-se com um professor e um técnico

laboratorista, responsáveis pela manutenção e cuidados com o espaço e as máquinas.

O Curso Técnico em Informática utiliza os laboratórios frequentemente, pois a

matriz curricular do curso exige maior conhecimento em relação à informática.

Laboratório de Ciências: O laboratório de Ciências é o espaço utilizado para o

trabalho com os alunos pelos professores das disciplinas de Ciências, Química, Física e

Biologia, sempre com agendamento prévio. O Colégio costuma receber os alunos da

UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), participantes do PIBID (Programa

Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência) e estes por sua vez realizam trabalhos

práticos no laboratório de Ciências, envolvendo os alunos.

Laboratório de Matemática: o laboratório de Matemática é composto por um

espaço adequado, mobiliário e jogos pedagógicos que subsidiam o trabalho na área da

Matemática. Para sua utilização é preciso agendamento prévio

V PLANOS DE CURSO – em anexo VI LEGISLAÇÕES ARTICULADAS AO CURRÍCULO

Algumas Legislações conferem ações específicas no campo da educação escolar e

devem permear a PPC, seja nos encaminhamentos metodológicos ou nos conteúdos.

Outras são atendidas em projetos incorporados à organização do trabalho pedagógico da

escola.

Quadro 3: Legislações articuladas ao PPP

Lei Contemplada

Lei Federal 10.639/03 e Lei Federal 11.645/08 e Deliberação 04/06 CEE

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, abordada em todas as disciplinas.

Lei Estadual 13.381/01 História do Paraná, trabalhada em História e Geografia.

Lei 9.795/99 Política Nacional de Educação Ambiental, embasando as disciplinas de Ciências da Natureza.

Resolução n 2/15 do Conselho Nacional de Educação

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, embasando disciplinas de Ciências da Natureza.

Lei n 17.505/13 Política Estadual de Educação Ambiental, embasando disciplinas de Ciências da Natureza.

54

Deliberação n 04/13 do CEE/PR Normas Estaduais para a Educação Ambiental, embasando disciplinas de Ciências da Natureza.

Lei n 11.343/06 Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas, trabalhada em todas as disciplinas e ambientes da escola.

Lei n 11.733/97 e Lei 11.734/97 Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST, trabalhada em todas as disciplinas e ambientes da escola.

Lei n 10.741/2003 Estatuto do Idoso, trabalhada em todas as disciplinas e ambientes da escola.

Lei n 9.503/97 Educação para o Trânsito, trabalhada em todas as disciplinas e ambientes da escola.

Lei n 11.525/2007 Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescente, trabalhada em todas as disciplinas e ambientes da escola.

Lei 17.335/2012 Programa de Combate ao Bullying, trabalhada em todas as disciplinas e ambientes da escola.

Decreto n 1.143/99 e Portaria n 413/2002

Educação Tributária, nas disciplinas de Matemática, Sociologia e História.

Lei Federal n 7.037/2009 Educação em Direitos Humanos, trabalhada em todas as disciplinas e ambientes da escola.

Lei n11.769/08 Musicalização, abordada principalmente em Arte

Lei Estadual n 18.424/2015 Brigada Escolar, são realizadas três simulações de desocupação com todos da escola durante o ano.

Resolução n 07/2010 – CNE/CEB Educação para o consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural.

Lei Federal n 13.006/2014 Exibição de filmes de produção nacional, em todas as disciplinas.

Lei Estadual 18.447/2015 Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas, trabalhada em todas as disciplinas e ambientes da escola.

VII AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

A avaliação institucional deve ser entendida como um dos aspectos do ensino

pelo qual a comunidade escolar estuda e interpreta os resultados da aplicação de seu

plano de trabalho. Tem, ainda, a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

gestão democrática e participativa nas dimensões pedagógicas e administrativas,

diagnosticando seus resultados e atribuindo-lhes valor.

A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e

aprimoramento de rumos. É também por meio dela que toda a extensão do ato educativo,

e não apenas a dimensões pedagógicas é considerada.

55

A Avaliação Institucional é um desafio para todas as instituições de ensino, pois

possibilita analisar suas ações administrativas, técnicas e pedagógicas de maneira crítica

e participativa, permitindo perceber suas possibilidades e limitações, bem como apontar

caminhos para a tomada de decisão em relação ao pensar e ao agir institucional, em

busca de melhor qualidade.

A avaliação institucional é um momento muito importante, pois é nesta parada

para reflexão, que todos os envolvidos com a instituição: professores, direção,

pedagogos, alunos, pais, funcionários, A.P.M.F., Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e

outros segmentos, buscam replanejar, repensar, dar sentido e significado às suas ações.

Assim sendo, a avaliação institucional pretende diagnosticar, planejar e agir a partir de

dados concretos, resultantes do Processo Avaliativo.

Em síntese, é consenso para a comunidade do Colégio que a avaliação é ponto

de partida e ponto de chegada. Como se pode notar a avaliação do processo cíclico de

planejamento é permeado por um processo cíclico de avaliação.

No dia 14/12/2005 os Colégios e as Escolas Estaduais realizaram/organizaram os

seus processos de auto-avaliação institucional. Após cumprir tal processo cada instituição

ficou responsável para elaborar o seu Plano de Ação Escolar – documento que apresenta

metas e ações da coletividade institucional para o período de gestão

administrativa/pedagógica da direção, podendo ser ainda re-avaliado no final de cada ano

letivo.

Em síntese, sabe-se que a produção dos dados: situacional, conceitual - o

conhecimento da realidade escolar, por si só não bastam para a transformação da

realidade escolar. Faz-se necessário a tomada de consciência coletiva e, esta deve estar

articulada com a tomada de decisões (operacional/execução). A elaboração do Plano de

Ação Escolar é fundamental, pois é um elemento de importância complementar ao

processo de avaliação institucional, também orientada pela SEED/SUED, nestes últimos

anos da gestão educacional estadual.

O resultado geral da auto-avaliação institucional do Colégio é composto pela

sistematização dos dados construídos pelo trabalho conjunto da comunidade escolar.

Esses processos de discussões, que culminam com a avaliação institucional é que dão

origem ao Plano de Ação, que passou a chamar de Plano de Ação Escolar.

56

O Plano é aprovado pelo colegiado da instituição escolar e, metodologicamente,

vem sendo pensado por conta dos encontros pedagógicos a cada início de ano, visto que

se reserva um espaço para sua discussão.

VII ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP

A avaliação no Colégio Leonardo da Vinci será sempre vista como ação

fundamental para a garantia do êxito do Projeto Político Pedagógico, na medida em que é

condição sine qua non para as decisões significativas a serem tomadas. Todo processo

avaliativo (intelectual, institucional, entre outros) são parte integrante do processo de

construção do projeto e compreende co-responsabilidade coletiva.

Nesse sentido, todos os momentos de planejamento do Projeto Político

Pedagógico estarão permeados por um processo de avaliação. As relações de

planejamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico implicarão nas decisões das

várias etapas do planejamento e se apoiarão em avaliação diagnóstica permanente.

O Colégio Leonardo entende que a avaliação institucional no contexto do processo

de planejamento é concebida como acompanhamento da qualidade das decisões. Essas

decisões avaliativas são basicamente de dois tipos:

As decisões em nível do ato situacional e conceitual dizem respeito ao momento da

concepção do projeto pedagógico. São decisões pedagógicas, epistemológicas e

metodológicas, implicando no levantar de questões para um profundo

conhecimento da situação. O esforço analítico da realidade constatada possibilitará

a identificação de quais finalidades precisam ser reforçadas e priorizadas;

As decisões de execução do projeto político-pedagógico dizem respeito, sobretudo,

ao ato operacional. As decisões básicas de execução visam acompanhar a

operacionalização do projeto pedagógico.

O Colégio tem consciência pedagógica da construção sistemática dos três

marcos: situacional, conceitual e operacional no processo de elaboração do Projeto

Político Pedagógico e de que eles mantêm relações de interdependência e refletem

propósitos, perspectivas, experiências, valores e interesses humanos concretos, devendo

ser levados em consideração ao longo do planejamento.

57

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