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COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO CERRO AZUL ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO e NORMAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO CRUZ MACHADO – PARANÁ 2010

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COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DO CERRO AZUL

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO e NORMAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

CRUZ MACHADO – PARANÁ

2010

1 APRESENTAÇÃO

Este documento apresenta em linhas gerais o Projeto Político Pedagógico

que vem norteando as ações do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul - Ensino

Fundamental , Médio e Normal do município de Cruz Machado, o qual teve sua

formatação reformulada no ano de 2005 para que ficasse mais sintetizado, dividindo-

se em três partes fundamentais: o Marco Situacional, que deve retratar a realidade

da escola; o Marco Conceitual que deve conter a fundamentação teórica e o Marco

Operacional que deve descrever as ações pelas quais a escola efetiva a realidade

colocada no marco situacional.

Sua elaboração tem como base uma pesquisa realizada com toda a

comunidade escolar e também permanente consulta à LDB 9394/96, que através de

seu art.14 garante a gestão democrática, dando autonomia para que cada escola

elabore seu Projeto Político Pedagógico de acordo com suas peculiaridades,

respeitando as normas comuns a todo o sistema de ensino.

Aos pais foram enviados questionários com questões relativas à vida escolar

de seu filho e à visão que as famílias têm deste estabelecimento escolar. Os alunos,

através de dinâmicas de grupo, responderam as questões sobre sociedade, família,

escola, professores, equipe pedagógica, direção, enfim, temas que deram suporte

para a elaboração deste documento. Os professores e funcionários, por meio de

debates e aplicação de questionários, contribuíram de forma significativa para a

elaboração e a execução do Projeto Político Pedagógico.

Este estabelecimento escolar apresenta elementos de uma educação

multicultural que convém analisar, porque a educação visa responder

adequadamente à questão da diversidade dos alunos e da sociedade. Assim sendo,

o pluralismo e o respeito à cultura do aluno são fundamentais, pois este é o ponto de

partida.

Construindo o Projeto Político Pedagógico assumimos a educação como

processo de inserção no mundo, de formação de convicções, afetos, motivações,

significações, valores e desejos, onde os processos de ensino-aprendizagem são

concebidos como processos encadeados de aquisição de competência lingüística e

de ação integrativa.

2 IDENTIFICAÇÃO

O Colégio Estadual Barão do Cerro Azul – Ensino Fundamental, Médio e

Normal (0039-7) está localizado na Avenida Interventor Manoel Ribas, nº238, no

município de Cruz Machado (0660) situado ao sul do estado do Paraná. É mantido

pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria do Estado da

Educação, ficando à aproximadamente 60 quilômetros de distância do Núcleo

Regional de Educação de União da Vitória (029).

Em 1941, atendendo a 1ª série, foi criado o Grupo Escolar Professor

Everardo Backeuser, sendo que o mesmo funcionava em casas particulares. Dois

anos depois, em 1943, passou a funcionar em prédio construído pelo governador

Interventor Manoel Ribas, em terreno doado ao Governo do Estado pelo prefeito de

União da Vitória, Dr. Ivahy Martins.

Em 1959, foi criado o Decreto nº. 26.143 que autorizava o funcionamento; a

partir de 1960, da Escola Normal Regional. Em 06/03/1960 houve uma aula

inaugural na presença de professores, alunos e autoridades locais. Na ocasião, a

escola foi denominada pelo Decreto 28.642 de 15/03/60, de “Antiocho Pereira”, mas

ainda neste ano recebeu pelo Decreto 29.243 de 25/04/60, um segundo nome:

“Barão do Cerro Azul”.

Através do Decreto 8089 de 22/12/67, assinado pelo então governador Sr.

Paulo Pimentel, a escola passa a denominar-se “Escola Normal de Grau Ginasial

Barão do Cerro Azul”.

Em 1981, pela Resolução 3213 de 30/12/81, houve a reorganização do

Ginásio Estadual Professor Everardo Backeuser o qual passou a funcionar como

uma escola de 1ª a 8ª séries, recebendo a denominação de “Escola Estadual Barão

do Cerro Azul” - Ensino de 1º Grau.

No ano seguinte, 1982, através da Resolução nº. 2.701 de 14/01/82, fica

autorizado a funcionar o curso de Habilitação Básica em Comércio, nível 2º Grau,

recebendo a denominação de “Colégio Estadual Barão do Cerro Azul” - Ensino de 1º

e 2º Graus. Pela Resolução nº. 365 de 03/02/84, fica reconhecido o 1º Grau Regular.

Em 1991, através da Resolução 3066, houve a suspensão definitiva das

atividades de 1ª a 4ª séries do 1º Grau, pelo motivo da municipalização deste

ensino.

No ano de 1993, a Resolução 851 de 15/03/93, cessa gradativamente a

atividade escolar Básico em Comércio e pela Resolução nº. 431 de 29/10/93, fica

autorizado o funcionamento de Educação Geral – Preparação Universal. Ainda neste

ano, a escola de 1ª a 4ª séries transfere-se para prédio próprio, construído pelo

então Prefeito Municipal, Sr. Alvir Otto.

Em dezembro de 1994, cessa definitivamente o funcionamento da

Habilitação Básica em Comércio.

Em 1997, o estabelecimento passa a oferecer o Projeto de Adequação Idade

Série – PAI’S aos alunos em defasagem escolar.

Em 1999, pelo parecer 183/99 do Departamento de Ensino de 2º Grau e

através do Ato Administrativo 222/98 do Núcleo Regional de Educação de União da

Vitória, é aprovada a Proposta Curricular do Ensino Médio diurno e noturno do

Colégio Estadual Barão do Cerro Azul – Ensino Fundamental e Médio, com

implantação gradativa a partir do ano de 1999.

Com a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96, a

denominação deste estabelecimento passa a ser “Colégio Estadual Barão do Cerro

Azul” - Ensino Fundamental e Médio. Com a autorização de funcionamento do Curso

de Formação de Docentes, conforme resolução nº1943/07, o estabelecimento de

ensino passou a denominar-se Colégio Estadual Barão do Cerro Azul – Ensino

Fundamental, Médio e Normal.

No ano de 2009, foi autorizado o funcionamento da Casa Familiar Rural,

atendendo os alunos, visando a formação em técnico em agropecuária à nível médio

integrado. A Casa Familiar Rural, tem sede própria, funcionando em instalações

temporárias, visto que o prédio onde s localizará a sede ainda está em construção.

Também, no ano de 2009, o Colégio iniciou a oferta da modalidade de

ensino de Educação de Jovens e Adultos, sendo que a sede é no colégio e a

descentralização nas APED’s (Ação Pedagógica Descentralizada), localizadas no

Colégio Estadual Helena Kolody – Linha Vitória, Colégio Estadual Estanislau

Wrublewski – No distrito de Santana, Escola Rural São Sebastião – Linha Palmital

do Meio, atendendo nos níveis de Ensino Fundamental e Ensino Médio, de acordo

com a distribuição das turmas e demanda de procura.

2.1 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

No que diz respeito à organização do espaço físico do prédio, o mesmo

pertence à Rede Estadual de Ensino, atendendo somente alunos desta rede de

ensino, estando adequado para atender a maioria dos alunos matriculados, estando

sendo realizadas algumas adaptações para o atendimento as pessoas com

necessidades educacionais especiais. As turmas são distribuídas nas 17 salas de

aula existentes, e são oferecidas atividades extra-classe, trabalhando-se com

propostas pedagógicas diferenciadas, que necessitam de espaços variados como:

praças, ginásios, campo de futebol, laboratório de informática e de ciências.

Os demais espaços físicos do Colégio estão organizados da seguinte forma:

01 biblioteca com banheiro adaptado, 01 laboratório de informática PARANA

DIGITAL, 01 sala para Sala de Apoio à Aprendizagem utilizada também para o

CELEM Espanhol, 01 laboratório de informática PROINFO utilizado também para

aulas de Prática de Formação, 01 cantina, 17 salas de aula, 01 sala de estudo dos

professores com 02 banheiros, 01 sala da Equipe Pedagógica, 01 sala da Equipe

Pedagógica e Coordenação e Prática de Formação do Curso de Formação de

Docentes, 01 sala de depósito da merenda, 01 cozinha, 01 sala da secretaria, 01

sala da Direção, 01 Laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia, 01 sala

para a Sala de Recursos Multifuncional, 02 quadras esportivas de areia, 01 quadra

esportiva coberta, com vestiário e banheiro, 01 sala de material esportivo, 01 quadra

esportiva ao ar livre, 02 banheiros masculinos e 02 femininos para alunos, 01

banheiro adaptado para alunos, 01 banheiro para os funcionários, 01 casa do

zelador, 03 salas para depósito de material de limpeza, saguão e corredores,

pequeno palco ao ar livre para apresentações artísticas.

Em 2010, o colégio está passando por uma reforma da estrutura física do

prédio com pintura e reparos em geral totalizando R$413000,00 (quatrocentos e

treze mil reais) em investimentos do Governo do Estado do Paraná, onde foram

contemplados aspectos analisados anteriormente pelos engenheiros do

Departamento de Obras - SEOP.

3 OBJETIVOS GERAIS

Construir uma escola participativa, que desenvolva potencialidades

individuais e coletivas, com espírito crítico, possibilitando mudanças em benefício da

sociedade e promovendo a inclusão;

Estimular o aluno a buscar novos caminhos, a compreender a sua

inter-relação com a sociedade de modo a desempenhar seu papel de membro

atuante de maneira consciente e responsável, valorizando sua região;

Trabalhar, além dos conteúdos regulares e dos valores éticos e morais,

atividades extras que envolvam a comunidade escolar;

Produzir o conhecimento de modo a proporcionar aos alunos seu

desenvolvimento de maneira integral e autônoma, e com responsabilidade social;

Proporcionar ao aluno condições que o levem a pensar e a agir,

apropriando-se do saber científico, político e cultural, produzido pela humanidade.

3.1 OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL SEGUNDO A LDB 9394/96:

Segundo a LDB 9394/96, o Ensino Fundamental terá por objetivo a formação

básica do cidadão mediante:

O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

A função do Ensino Fundamental é trabalhar com o conhecimento que

proporcione aos alunos condições de aprendizagem a fim de que adquiram,

segundo Sampaio (1998 p. 147):

(...) chaves conceituais de compreensão de seu mundo e de seu tempo; deve ainda permitir que tomem consciência das operações que mobilizam durante a aprendizagem, contribuindo para que prossigam na relação de conhecimento, que é desvendamento, compreensão e transformação do que se dá a conhecer.

3.2. OBJETIVOS DO ENSINO MÉDIO SEGUNDO A LDB 9394/96:

Segundo a LDB 9394/96, o Ensino Médio, etapa final da educação básica,

com duração mínima de três anos, terá como finalidade:

A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas

condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento

crítico;

A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

3.3 OBJETIVO DO ENSINO PROFISSIONALIZANTE SEGUNDO A LDB 9394/96 E

SEGUNDO AS ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O CURSO DE

FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL, EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL:

Tornar o aluno e o trabalhador em geral capacitado para a vida

produtiva;

Preparar o aluno com os conhecimentos próprios do Ensino Médio e

formar professores em condições de docência de modo fundamental e competente.

Desenvolver nos alunos visão socioeducacional ampla, que auxilie a

compreender e a assumir as implicações da relação entre sociedade, conhecimento,

educação, profissão e trabalho;

Proporcionar conhecimentos atualizados de conteúdo e métodos de

ensino na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;

Oportunizar o estabelecimento e a vivência de relações significativas

entre teoria e prática;

Oportunizar a vivência de relações significativas entre aprendizagem e

ensino, aprendizagem e socialização, saber e cultura;

Proporcionar estudos específicos, em núcleos de fundamentação,

docência, integração e de aprofundamento, no âmbito das habilitações para o

magistério da educação infantil e anos iniciais;

Oferecer estudos necessários à formação pedagógica atualizada do

profissional docente.

3.4 OBJETIVO DA CASA FAMILIAR RURAL:

Promover a educação como processo seguro da formação humana e

de desenvolvimento do sistema social mais amplo;

Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o

desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e execução de

trabalho no Setor Agropecuário;

Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e

promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e na

sociedade na qual está inserido.

Profissionalizar egressos do ensino fundamental para atuação na área

de Agropecuária, visando seu ingresso no mundo do trabalho no território nacional.

Propiciar uma formação que possibilite o aluno realizar planejamento,

administrar, monitorar e executar atividades na área da agropecuária.

3.5 OBJETIVO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional

que atende a educandos-trabalhadores, tem como objetivo criar situações de ensino

aprendizagem adequadas as necessidades educacionais, possibilitando a re-entrada

no sistema educacional, bem como a atualização permanente de conhecimentos,

reconhecendo assim o direito a uma escola de qualidade para qualquer cidadão.

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, tem a finalidade de trabalhar para o

desenvolvimento e acesso à cultura geral, centrado em uma formação humana, de

maneira tal, que os educandos adquiram uma consciência crítica mais apurada, que

adotem posturas éticas, com compromisso político, para o s desenvolvimento da sua

autonomia intelectual.

Esta modalidade de ensino deve levar em conta, a diversidade cultural, de

faixa etária, de classe econômica, para que as aulas sejam ministradas de maneira

tal, que o educando se veja não apenas como mais um aluno simplesmente e sim ,

parte integrante de todo o processo educacional.

A proposta para a organização metodológica das práticas pedagógicas deve

levar em consideração os três eixos, definidos pelas Diretrizes Estaduais da

Educação de Jovens e Adultos: cultura, trabalho e tempo, os quais devem estar

intrinsecamente ligados. Os conteúdos devem ser trabalhados de forma relevante e

articulados aos conhecimentos prévios e do mundo do educando. Ou seja, o

processo de ensino aprendizagem precisa contemplar além dos conhecimentos

historicamente produzidos, os saberes adquiridos pelos educandos em suas

trajetórias de vida, com metodologias que permitam a interlocução entre esses

conhecimentos.

4 MARCO SITUACIONAL

O Brasil é um país de dimensões territoriais extensas, possuindo uma

grande variedade de diferentes características naturais, humanas e econômicas,

porém sendo um país subdesenvolvido emergente, apresenta problemas de cunho

político, social e econômico.

Com relação à economia o Brasil é uma das maiores do mundo, passou por

um processo de industrialização tardia (meados de 1940), típica dos países

subdesenvolvidos. No entanto, o país possui uma imensa desigualdade social, com

uma massa populacional que sofre carências, dispondo de salários baixos,

condições de vida precárias. Sendo assim, o nível de analfabetismo no país é

acentuado (10,6% - 2005), o acesso à educação é restrito em regiões isoladas, o

governo investe em campanhas que melhorem as condições educacionais no Brasil,

incentivando a freqüência, a alfabetização de jovens e adultos, avaliações do

rendimento escolar, entre outros.

O Estado do Paraná, pertencente à Região Sul do país, tem destaque na

produção agrícola de grãos e na pecuária, sendo que sua renda per capita está

entre as sete maiores do país. O governo paranaense investiu na Educação, com

avanços nas áreas docentes e administrativas, mas ainda faltam mais investimentos

nas áreas sociais para a geração de empregos e melhores condições de vida para a

população, diminuindo assim as desigualdades sociais.

O município de Cruz Machado está localizado na Região Sul do Estado do

Paraná. É formado por uma comunidade fixa que desenvolve sua economia com

base na agricultura, na pecuária e no extrativismo vegetal do carvão e da madeira,

este último, bastante predominante alguns anos atrás, diminuiu drasticamente nos

últimos quatro anos, enquanto a um crescente aumento na produção de erva-mate e

na plantação de pinus e eucalipto. Na área urbana a atividade econômica é

basicamente voltada para o comércio e prestação de serviços. Cerca de 70% dos

habitantes moram no interior em propriedades rurais e 30% no meio urbano.

Apesar de o município desenvolver todas as atividades acima descritas, faz

parte do projeto comunidade solidária, o que lhe confere o título de município com

carências na área social.

A comunidade ainda mantém pensamentos conservadores herdados de

antepassados no que diz respeito às questões morais e religiosas. Devido a este

modo de pensar, percebe-se que ainda há pouca valorização com relação ao estudo

normatizado, enfatizando-se muito o trabalho braçal.

O lazer resume-se a bailes, festas religiosas e escolares, eventos culturais

como noites de artes e apresentações de danças, torneios de futebol, passeios ao

alagado (terras inundadas pela usina de Foz do Areia), e pescarias, não havendo na

cidade cinema ou teatro, e a biblioteca municipal possui um acervo limitado de

títulos. Esporadicamente, apresentam-se na cidade circos e parques de diversão.

Estando situada na área urbana de Cruz Machado, não sendo considerada

portanto como escola do campo, esta instituição atende em sua maioria alunos

vindos do campo, especialmente no período matutino no qual as vagas são

priorizadas para o atendimento aos alunos da área rural onde o transporte escolar

só faz o trajeto neste período. Também no período da tarde são atendidos alunos

vindos de áreas rurais, porém em menor número, sendo então a maior parte dos

alunos residentes na sede do município, ou em localidades próximas.

Temos então, alunos advindos de diferentes contextos sociais, como

resultado do processo político, econômico e social em que estão inseridos, com

diferentes tipos de acesso às informações: enquanto alguns tem muito, outros em

contrapartida quase que essencialmente aquele fornecido na/pela escola.

Para o atendimento a estes alunos o colégio dispõe de 17 salas de aula e

sempre que possível o número de alunos por turma obedece a Resolução nº.

864/2001-Anexo I, da SEED, porém a demanda de salas já se mostra há muito

tempo insuficiente e devido ao contingente de matrículas previstas para as turmas

de quintas séries para o ano de 2011, pode-se estimar que algumas turmas

inevitavelmente ficarão superlotadas, dificultando desta forma a aprendizagem.

Os horários de funcionamento do colégio são: no período matutino das

07h40min às 12h00min; no período vespertino das 13h00min às 17h20min e no

período noturno das 18h50min às 23h00min.

No ano de 2010 foi construída uma nova sala de estudos para os

professores com recursos provenientes da APMF (Associação de Pais, Mestres e

Funcionários) visto que com a inserção de novas modalidades de ensino e novos

cursos ofertados o quadro docente aumentou e houve uma necessidade urgente de

um espaço mais amplo para os professores. A antiga sala de estudos dos

professores, devido a necessidade também urgente, foi adaptada para transformar-

se em mais uma sala em sala de aula.

A Biblioteca foi construída no padrão PROEM, e têm como finalidade o

atendimento aos alunos, professores, funcionários e comunidade em geral, para

incentivo à leitura e pesquisas bibliográficas, ficando à disposição dos usuários nos

horários normais de aula. Existe um acervo bibliográfico de aproximadamente dez

mil exemplares entre livros de leitura, de pesquisa, enciclopédias, dicionários e

Atlas. O Colégio mantém ainda assinaturas de algumas revistas (Aventura na

História, Veja, Super Interessante, Vida e Saúde, Mundo Jovem, Professor, Nova

Escola, Pátio, entre outras) e jornais (Gazeta do Povo, Fonte do Saber, O

Transcendente e outros) que servem para atualização dos professores, funcionários

e alunos, e também como material didático de apoio em sala de aula. Uma das

dificuldades encontradas é o fato do serviço de atendimento da biblioteca ainda não

ser informatizado e não ter bibliotecários, uma vez que são Agentes Educacionais,

funcionários do administrativo do colégio que prestam serviços na biblioteca.

Contamos com dois laboratórios com equipamentos de informática para uso

pedagógico e administrativo, sendo que o Laboratório de informática PARANA

DIGITAL para uso pedagógico e administrativo, com 20 computadores, 02

impressoras a laser, 01 servidor Xanon 2, 04 computadores para funções

administrativas, com 01 impressora a laser, sistema de fibra óptica para conexão em

rede e internet; o Laboratório PROINFO, com 10 computadores, sem servidor, com

01 impressora a laser, para uso preferencial pelos alunos dos cursos

profissionalizantes ofertados pelo Colégio; sistema ADSL oferecido pelo MEC, com

distribuição interna através de wi-Fi.

O Laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia é equipado com

materiais com pipetas, tubos de ensaio, materiais químicos, balança, pHmetro,

esqueleto humano, célula humana em fibra de vidro, microscópio, entre outros, que

são utilizados pelos professores para demonstrações práticas de suas aulas.

Para as aulas práticas de Educação Física, possuímos 04 quadras de

esportes: duas de areia ao ar livre e duas de concreto, sendo uma ao ar livre e a

outra coberta, sendo que esta última, que já havia passado por reformas com

recursos financeiros da própria comunidade através da APMF no ano de 2005,

quando foram construídos vestiários, banheiros e sala de materiais esportivos, está

inclusa na reforma do colégio que está sendo realizada pelo Governo do Estado do

Paraná. Recebemos em 2009 um estadiômetro e uma balança para utilização pelos

professores para um melhor acompanhamento do desenvolvimento dos alunos.

Na estrutura administrativa, contamos com 21 funcionários, sendo 12

agentes I e 9 agentes II. A Secretaria, que conta com 02 computadores, 01

notebook, 02 impressoras a laser, sendo 01 colorida e 01 monocromática,

comprados com recursos oriundos da APMF, 02 fotocopiadoras, 01 sistema de

PABX, 03 aparelhos de fax. Atuam na secretaria 09 funcionários, sendo 01 PEAD, e

08 QFEB, e que trabalham no sistema de rotatividade alternados entre Secretaria,

Biblioteca, Distribuição de Leite e Administrador Local de Informática. Para

manutenção da infraestrutura, contamos com 12 funcionários, sendo: 03 PEAD's, 02

Paranaeducação e, 07 QFEB, havendo ainda 80 h sem suprimento na demanda.

Com recursos da APMF foi construída uma pequena sala para armazenar e

distribuir o Leite, em local que não interferisse no andamento normal da escola. O

Colégio faz também a distribuição de leite através do Programa “Leite das Crianças”,

do Governo Estadual, mas como não existe um funcionário para esta distribuição, é

necessário destinar funcionários do Administrativo da escola, acarretando em

acúmulo de serviço na Secretaria, prejudicando seu funcionamento.

Com finalidade comercial, a Cantina Escolar esta sendo administrada pela

APMF, após a concessão de autorização de funcionamento emitido pelo Núcleo

Regional de Educação, e atende as determinações da Lei nº. 14.423 de 02/06/2004,

a qual dispõe sobre a restrição de comercialização de produtos como: doces,

refrigerantes, frituras, salgadinhos industrializados, bebidas alcoólicas e pipocas

industrializadas.

A Equipe Pedagógica tem duas salas para atendimento, sendo as mesmas

compartilhadas com a Coordenação da Educação de Jovens e Adultos e as

Coordenações de Curso de Formação de Docentes e de Prática de Formação.

Atuam na Equipe Pedagógica, três professoras pedagogas QPM com carga horária

de quarenta horas cada, havendo ainda demanda de quarenta horas sem

suprimento.

A Direção está constituída por um diretor e duas diretoras auxiliares, sendo

que o diretor tem quarenta horas na Direção e cinco horas de docência e as

diretoras auxiliares tem vinte horas cada na Direção e vinte de docência, estando

uma afastada com licença prêmio.

Comparando-se os espaços acima citados, bem como a área livre existente,

o número de alunos, os curso ofertados nas diferentes modalidades de ensino, e

consequentemente a demanda de trabalho existente, com o número de funcionários

disponíveis na escola, é visível a insuficiência destes para atender a necessidade

real da escola, causando acúmulo e sobrecarga de trabalho em todos os setores. O

excesso de serviço acaba gerando consequentemente mais problemas de saúde, o

que acaba resultando em afastamentos médicos, gerando assim um círculo vicioso.

Os professores e pedagogos atendem as exigências da Lei Complementar

nº. 103, de 15/03/2004 em relação à formação inicial. O quadro de professores é

composto por 93 professores sendo: 30 professores QPM lotados neste

estabelecimento; 05 professores SC02 com aulas extraordinárias neste

estabelecimento; 47 professores REPR (PSS); 01 professora de Educação Especial

QPM; 03 professoras pedagogas QPM; 01 Diretor; 02 Diretoras auxiliar; 01

coordenador de curso de Formação de Docentes QPM; 01 Coordenador de Prática

de Formação QPM; 01 coordenador de Educação de Jovens e Adultos; 09

Descentralização do curso de Formação de Docentes, 05 nas APED’s. Os

professores que ministram aulas nas disciplinas da Base Nacional Comum do Curso

Técnico em Agropecuária são lotados neste estabelecimento. Os professores da

área técnica do Curso Técnico em Agropecuária são contratados da ARCAFAR-

Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil, porém a

responsabilidade pedagógica quanto ao preenchimento de livros de Registro Diário

de Classe, Planos de Trabalho Docente e demais orientações pedagógicas a estes

profissionais é da escola base.

No que concerne à Formação Continuada, as pessoas em geral, sobretudo

os profissionais da educação sabem que devem estar buscando o aprimorando

constante como forma para que possam manter-se atualizados e principalmente

vencerem os novos desafios a que são submetidos em seu cotidiano. Assim,

cumprindo o disposto na Resolução nº2007, de 21/07/05, os profissionais da

educação tem buscado a formação continuada através dos seminários, grupos de

estudos, Grupo de Trabalho em Rede, capacitações e demais cursos promovidos

pela SEED.

Também desde 2007, quando o Governo do Estado do Paraná passou a

ofertar o PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional sempre temos

professores participantes, buscando seu crescimento pessoal e profissional.

Produções textuais de autoria dos professores também são utilizadas como

formação continuada através do FOLHAS e do OAC - Objeto de Ambiente

Colaborativo, que são recursos oferecidos pela SEED e têm sido exploradas pelos

professores.

A hora-atividade é organizada conforme a Instrução nº02/04 SEED/SUED, e

permite ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais inerentes ao

exercício da docência, bem como também para sua formação continuada, sendo

também o momento de orientações com a Equipe Pedagógica.

O Colégio é concedente de contratação via estágio, sem vínculo

empregatício e sem remuneração, nos termos da lei N.º 6494/77 regulamentada pelo

Decreto N.º 87.497/82, com o objetivo de proporcionar aos alunos em formação uma

oportunidade de experiência.

Seguimos o princípio da Gestão Democrática, consultando sempre os

diversos segmentos do Colégio: professores, funcionários, pais, APMF, Conselho

Escolar e Grêmio Estudantil, mediante as tomadas de decisões que dizem respeito

ao contexto escolar. A APMF tem grande e importante atuação no estabelecimento,

porém o Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil não conhecem bem suas funções

tendo assim uma tímida atuação. Também na eleição de diretores existe esta

democracia, que é garantida de acordo com as normas das Resoluções 1454/05 e

2730/05.

Utilizamos a seriação para a organização do tempo escolar, sendo a

duração de cada série anual. O tempo escolar diário é dividido em cinco aulas, da

seguinte forma: no período diurno as aulas tem duração de 50 minutos e no período

noturno de 48 minutos, cumprindo-se sempre, pelo menos, a carga horária

obrigatória de mínimo 800 horas de aula, distribuídas em 200 dias letivos. As

complementações de carga horária, sempre que necessárias, também são previstas

no Calendário Escolar, o qual é elaborado seguindo-se as orientações repassadas

anualmente pela SEED e com aprovação do coletivo escolar.

O estabelecimento de ensino oferece uma matriz curricular que contempla

disciplinas doa Base Nacional Comum e da Parte Diversificada. No Ensino

Fundamental a Base Nacional Comum é composta pelas seguintes disciplinas:

Ciências, Arte, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História, Língua

Portuguesa e Matemática, e a Parte Diversificada contempla a disciplina de Língua

Estrangeira Moderna - Inglês. O Ensino Médio mudou do Ensino Regular para o

Ensino por Blocos e segue a Matriz Curricular proposta pela SEED, a qual não

permite modificações e contempla as doze disciplinas, dividida em dois blocos

distintos com as disciplinas distribuídas da seguinte forma: Bloco I: Português,

História, Biologia, Educação Física, Inglês, Filosofia, e Bloco II: Matemática, Arte,

Química, Física, Geografia, Sociologia.

Convém ressaltar que o Curso de Formação de Docentes e o Curso Técnico

em Agropecuária continuam no sistema de ensino médio regular, com matrizes

curriculares distintas, assim distribuídas: na Formação de Docentes a Base Nacional

Comum é formada pelas seguintes disciplinas: Arte, Biologia, Educação Física,

Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e

Filosofia e a parte diversificada contempla a disciplina de Língua Estrangeira

Moderna - Inglês, já a parte de formação específica contempla as disciplinas de

Fundamentos Filosóficos da Educação, Fundamentos Históricos da Educação,

Fundamentos Sociológicos da Educação, Fundamentos Psicológicos da Educação,

Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil, Organização do Trabalho

Pedagógico, Trabalho Pedagógico na Educação Infantil, Literatura Infantil,

Metodologia do Ensino de Português/ Alfabetização, Metodologia do Ensino da

Matemática, Metodologia do Ensino de História, Metodologia do Ensino de

Geografia, Metodologia do Ensino de Ciências, Metodologia do Ensino de Arte,

Metodologia do Ensino de Educação Física e Estágio Supervisionado.

No Curso Técnico em Agropecuária a Base Nacional Comum contempla as

disciplinas de Biologia, Arte, Educação Física, Geografia, História, Língua

Portuguesa, Matemática, Filosofia, Sociologia, Química, Física e Língua Estrangeira

Moderna – Inglês, (ver sobre obrigação do espanhol), e as disciplinas que compõem

a área técnica são: Administração e Extensão Rural, Agroindústria, Fundamentos de

Agroecologia, Horticultura, Infraestrutura Rural, Produção Animal, Produção Vegetal,

Solos e Estágio Supervisionado.

Na organização do ensino de todas as disciplinas serão contemplados

conteúdos referentes à Lei 10.639/2003 e outros dispositivos

legais que tornam obrigatório o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana, adaptados à Proposta Curricular, na busca de incluir aqueles que durante

muito tempo estiveram marginalizados, sendo que todas as disciplinas terão como

preocupação o reconhecimento das diversidades e o processo de integração e

criação de oportunidades visando a integração à sociedade, visto que é um dever da

escola adaptar-se e estar dentro deste contexto histórico cultural, levando em conta

todos os tipos de sujeitos que, historicamente, ficaram excluídos do processo de

escolarização.

Quanto à organização e distribuição de turmas, em especial as

subseqüentes à 5ª série, a mesma é feita com consulta aos professores, uma vez

que estes já conhecem os alunos, buscando organizar as turmas de forma mais

dinâmica, visando a melhoria do processo de Ensino e Aprendizagem.

Contamos em 2010 com 1750 alunos matriculados em nosso sistema, assim

distribuídos:

• 1750 alunos frequentam as aulas nas dependências do colégio Barão

do Cerro Azul, nos três turnos de funcionamento, totalizando 56 turmas, assim

distribuídas: no período da manhã há 17 turmas do ensino regular, também uma

turma de Sala de Apoio à Aprendizagem, uma de Sala de Recursos Multifuncional e

02 turmas de CELEM Espanhol: 1ª e 2ª fases, e uma turma do Viva a Escola de

Musicalização; no período da tarde há 16 turmas, uma turma de Sala de Apoio à

Aprendizagem, e 02 turmas de CELEM Espanhol, sendo uma inicial e outra de

continuidade e no período da noite há 16 turmas com alunos, distribuídos em 03

turmas do Ensino Médio e 04 turmas do Curso de Formação de Docentes e 02 da

EJA, 01 do Ensino Fundamental e 01 do Ensino Médio;

* 40 alunos freqüentam as aulas do 1º e 2º ano do Curso Técnico em

Agropecuária, ministradas em sede própria, funcionando até o momento em prédio

provisório;

* 45 alunos freqüentam as aulas do Curso Formação de Docentes

(Descentralização) nas dependências do Colégio Estadual Estanislau Wrublewski;

* XX alunos frequentam as aulas nas APED’s localizadas no Distrito de

Santana , na Linha Palmital do Meio e na Linha Vitória.

A prática pedagógica, sendo um dos elementos fundamentais na educação,

não pode ser resumida a partir de uma única concepção, pois existem várias

concepções da aprendizagem e teorias epistemológicas que podem embasar das

mais diversas formas as práticas pedagógicas, e a educação deve sempre buscar

novos parâmetros, novas perspectivas, permitindo-se inovar e transformar,

produzindo suas práticas em virtude do projeto de sociedade a que está vinculada.

Assim, o conhecimento sistematizado das diferentes disciplinas, tomado

como norte para a organização do ensino, deve ser selecionado sob o critério de sua

capacidade explicativa, de sua abrangência para apoiar a compreensão e explicação

orgânica dos elementos que compõem a prática social. Espera-se que o aluno ao

chegar ao final do terceiro ano do Ensino Médio, consiga compreender o mundo de

forma mais articulada e expresse uma visão menos mágica e fragmentada do que

aquela que detinha no início. Para tanto, o ensino deve ser organizado para que os

alunos se apropriem de novos conhecimentos e experiências, de modo à

gradativamente ampliar, aprofundar e articular sua compreensão da prática social.

Como recursos pedagógicos à disposição dos professores, possuímos: Tv’s

multimídia instaladas em 16 salas de aula, 02 televisores conectados a uma antena

da Tv Escola e Tv Paulo Freire para vídeo conferência e gravação de programas, 02

televisores, Data show, scanner, máquina fotográfica digital, aparelhos de som,

mesa de som, aparelhos de DVD, acervo de DVD e VHS, impressoras, máquinas

fotocopiadoras, material lúdico pedagógico, blocos geométricos, retro-projetores,

fitas de vídeo, material desportivo abundante, mimeógrafo, vídeo-cassete,

microfones, caixas de som, mapas geográficos e do corpo humano, atlas

geográficos, bandeiras e microscópio, ainda em 2010, o MEC enviou para o colégio

um kit com fantoches, maquiagem (pancakes), sólidos geométricos, e mais jogos

diversos.

Como recurso de apoio à aprendizagem, temos a Sala de Apoio à

Aprendizagem, para atendimento aos alunos de 5.ª séries que apresentem

defasagem na aprendizagem das Séries Iniciais do Ensino Fundamental, nos

conteúdos de leitura, escrita e cálculo a qual atende aos critérios estabelecidos na

instrução N.º 05/2005 SUED/SEED, sendo que desde o ano de 2008 é ofertada

também no período da tarde para atendimento dos alunos da manhã.

Também como recurso de apoio à aprendizagem, implantado desde 2005,

temos a Sala de Recursos, a qual segue a Instrução nº 013/2008-SUED/SEED. Esta

classe destina-se ao atendimento dos alunos das séries finais do Ensino

Fundamental, que apresentem dificuldades acentuadas de aprendizagem com

atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência Mental/Intelectual e/ou

Transtornos Funcionais Específicos. Em 2010 a Sala de Recursos recebeu do MEC

computadores, uma impressora multifuncional e um notebook, e passou então a se

denominar Sala de Recursos Multifuncional.

Pensando no enriquecimento dos conteúdos, bem como na superação das

defasagens de aprendizagem e na contenção da evasão escolar o colégio tem

promovido ações variadas na tentativa de tornar as aulas mais agradáveis e

produtivas, bem como vêm tendo iniciativas de realizar atividades atrativas para que

o aluno motive-se pelo estudo. Dentre as ações realizadas em 2010 estão:

O CELEM Espanhol, que teve sua primeira turma em 2006, veio favorecer

os alunos que possuem interesse em conhecer uma nova língua. O curso é

oferecido em dois anos, com turmas que funcionam no período da manhã e da

tarde, e se houverem interessados pode ser ofertada a turma de Aprimoramento,

porém a mesma não está sendo ofertada neste ano;

O Programa Viva a Escola de Musicalização que é ofertado em turno

contrário ao ensino regular, destinados a alunos do ensino fundamental do período

vespertino;

Em parceria do Colégio com o SESI/SENAI – PR, são oferecidos cursos na

modalidade EAD (Ensino a Distância), tendo como parâmetro a formação

profissional e público alvo os alunos do Ensino Médio. Os cursos fazem parte do

programa Temas Transversais – Mundo do Trabalho, sendo oferecidos no ano de

2010, cinco temas: TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação),

Empreendedorismo, Educação Ambiental, Segurança no Trabalho e, Legislação

Trabalhista, com carga horária de 14h/a, com certificação. Há previsão para 2011,

para a implantação de novos temas;

Em convênio com a Prefeitura Municipal de Cruz Machado e o SESI/SENAI -

PR, estamos ofertando o curso de Auxiliar de Eletricista Predial de Baixa Tensão,

com 25 alunos, proporcionando, além de formação complementar, a integração

entre comunidade e escola, visto que parte das vagas oferecidas foram destinadas à

comunidade;

Iniciados no ano de 2007 e firmados como tradição, acontecem anualmente

a Aula Inaugural no início do ano letivo e a Ginba - Gincana Interna do Barão, que

no ano de 2010 recebeu uma nova configuração e recebeu o nome de Maratona do

Barão, baseando-se na ideia original da Gincana, mas revistas as formas de

premiação para os participantes;

O Informativo Falabarão, criado em 2009, o qual é escrito e editorado pelos

professores, equipe pedagógica e Direção, com impressões periódicas, entregue às

famílias nas Reuniões de Pais. Juntamente, há a versão eletrônica disponível no

site: http://falabaraoczm.blogspot.com, com atualizações periódicas dos eventos e

notícias do colégio;

A Semana da Cultura, durante a qual são expostos trabalhos realizados

pelos alunos, bem como são oportunizadas aprendizagens variadas aos alunos

através de oficinas;

Treinos nas modalidades de Basquetebol e Futebol;

Ensaios da Fanfarra do colégio;

Viagens com fins educacionais, culturais e sociais;

Incentivo à participação em atividades extras como participação na

Olimpíada de Matemática, Olimpíada de Português, Desafio Nacional Acadêmico-

DNA.

Buscamos proporcionar aos alunos a possibilidade de participar da

experiência da aprendizagem, para que então esta seja interativa, e a avaliação

deste aluno seja constante, onde se trabalhe permanentemente com processo e

produto, estratégia e resultado ao mesmo tempo, como dimensões da mesma

totalidade. Uma avaliação que dê subsídios à construção do conhecimento.

Embora procuremos utilizar os mais diversos recursos como tentativa de

oportunizar ao aluno uma aprendizagem significativa, continuamos com um número

elevado de alunos em cada série do ensino fundamental que chegam ao final de

cada ano letivo sem o domínio de conteúdo mínimo esperado para que possa ter um

bom desempenho na série seguinte, o que aumenta consideravelmente a

repetência. Assim, entendemos que grande parte da repetência tem sido reflexo da

não aprendizagem, e apesar das tentativas para sua diminuição, buscando no

cotidiano escolar diminuir a defasagem da não aprendizagem, os resultados ainda

são lentos e nem sempre positivos e a reprovação acaba ocorrendo.

Mas não se pode culpar apenas a não aprendizagem pela repetência, pois

temos um outro fator extremamente agravante em nossa realidade: a evasão

escolar.

Esta evasão ocorre por diversos motivos, como a saída do aluno da escola

para auxiliar no sustento da família; alguns alunos que não vêm estudar por que não

querem ou porque não gostam; há pouca cobrança por parte dos pais em relação a

frequência do filho à escola, pois não vêem importância; famílias que incentivam a

permanência do jovem na roça; casos de gravidez e amasio na adolescência; entre

outros.

Apesar de todo trabalho realizado pela escola em parceria com o Conselho

Tutelar, com a Assistência Social e com o Núcleo Regional de Educação como

tentativa de diminuir a evasão escolar, esta ainda continua ocorrendo, com

momentos de diminuição, e outros de acentuado aumento, sendo este um problema

que não se restringe apenas a este colégio, mas que atinge à todo o município,

agravado pela sua extensão territorial.

Entre os vários problemas enfrentados no colégio e que dificultam o

processo de ensino e aprendizagem podemos destacar: a excesso de faltas dos

alunos; a indisciplina; falta de apoio maior comprometimento por parte dos

responsáveis; falta de respeito para com colegas e até mesmo para com os

professores; excesso de faltas de alunos devido ao transporte escolar; ausência de

professores para formação continuada ou atestados médicos, e casos de

professores faltosos que não deixam conteúdos para suas turmas fazendo com que

pedagogas e direção tenham que assumir a sala de aula, dificultando o andamento

de suas atribuições; a falta de um inspetor de alunos gera indisciplina e excessivas

brigas na saída do colégio, e com o atual número de funcionários fica impossível

destinar uma pessoa para tal função.

O sistema de avaliação utilizado para o Ensino Fundamental Séries Finais é

o semestral, quando então o desempenho escolar é registrado em notas, porém o

resultado da avaliação e do rendimento escolar, bem como questões referentes ao

desempenho dos alunos é comunicado aos pais bimestralmente via informativos,

após a realização dos Conselhos de Classe previstos em Calendário.

Já no Ensino Médio, por serem Blocos distintos de disciplinas, a avaliação é

bimestral e com notas, e sendo cada bloco composto por apenas seis disciplinas, o

colégio não ofertará mais a Progressão Parcial.

A avaliação do aluno do Curso de Formação de Docentes também é

semestral, porém não há a matrícula por Progressão Parcial, sendo a sua aprovação

vinculada à realização da disciplina de Prática de Formação (antigo Estágio

Supervisionado), que é realizado em período contrário às aulas.

O resultado final de todos os alunos é deliberado em Conselho de Classe,

no qual é então analisado não apenas o fator quantitativo (nota), mas principalmente

o valor qualitativo da aprendizagem do aluno, podendo este então ser aprovado

mesmo que não tenha atingido a média final.

A formatura das terceiras séries do Ensino Médio e do Curso de Formação

de Docentes é realizada no Clube Sete de Setembro que mantêm algumas parcerias

com a Escola, porém para este evento os formandos se organizam para pagar a

utilização do espaço físico. O cerimonial fica a cargo da direção do Colégio, cabendo

aos alunos realizarem promoções caso queiram viajar, reforçando sempre a questão

da autonomia e responsabilidade.

5 MARCO CONCEITUAL

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul tem

base em Piaget e Vygotsky, buscando uma articulação entre suas teorias, bem

como aproveitando as contribuições de outros teóricos. Piaget via o conhecimento

como uma construção em constante processo, o que pressupõe que a criança é

capaz de criar, recriar e experimentar de forma autônoma, impulsionando seu

próprio desenvolvimento. Em Piaget porque no construtivismo piagetiano o educador

não é o detentor do saber, mas sim o facilitador do processo ensino-aprendizagem,

e o aluno não é mero receptor de conhecimento, mas o agente ativo que constrói

seu próprio conhecimento, e em Vygotsky, porque este procurou entender o

desenvolvimento intelectual a partir das relações histórico-sociais, buscando

demonstrar que o conhecimento é socialmente construído pelas e nas relações

humanas. A importância da cultura, da linguagem e das relações sociais fornece a

base para uma educação na qual o homem seja visto na sua totalidade, em

processo de construção e reconstrução permanente.

Esses teóricos concordam que o desenvolvimento e a aprendizagem não

dependem apenas das influencias recebidas pelo meio nem são inatas, mas sim,

fruto das interações homem-mundo, e embora existam divergências em alguns

aspectos de suas teorias, eles complementam-se na totalidade: Piaget com suas

contribuições sobre os aspectos cognitivos, e Vygotsky contribui com os aspectos

sócio-históricos, o que pode nos levar a concluir que o construtivismo/interacionista

é sócio-histórico, vendo a realidade como sendo um processo inacabado, em

constante (re) construção.

Enquanto educadores sabemos que o conhecimento é sempre relativo e

uma teoria é sempre limitada, devendo assim servir como uma possibilidade de

construção, não devendo ser tomada como verdade absoluta.

Paulo Freire, como Karl Marx, acredita que a sociedade só se transforma

pela revolução, pela luta de classes. As classes dominantes impõem uma educação

para o trabalho, com o objetivo de manter o homem dominado, sem escolha, sem

liberdade. Daí que a educação libertadora é a “educação como prática da liberdade”,

cujo objetivo é transformar o trabalhador em um agente político, que pensa, que

vota, que elege seus pares, para que eles sejam a classe dominante, “a arma do

homem é a palavra”. É através da palavra que o homem pode conquistar sua

liberdade.

Assim, acreditando nessa educação transformadora o Colégio Estadual

Barão do Cerro Azul propõe formar cidadãos e não apenas bons alunos. Um

cidadão é uma pessoa capaz, em cooperação com os outros, de respeitar e

preservar o patrimônio social e também de construir ou transformar as leis e normas

de sociedade que vive, exercendo sua cidadania, a qual Boff (2000, p.51) elege

como sendo:

(...) é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino.

A cidadania tem relação com a conquista da qualidade de vida que preserve

a dignidade da vida humana, a natureza e o meio ambiente; tem relação com a

busca de justiça na distribuição e usufruto da riqueza, condição para um melhor

desenvolvimento da potencialidade e capacidade humana. Formar cidadãos é

formar indivíduos capazes de partilhar a sociedade, suprindo suas necessidades

vitais, culturais, sociais e políticas, contribuindo para a construção de uma nova

ordem social, ultrapassando as barreiras de preconceitos, estereótipo e

discriminação, procurando garantir o reconhecimento, a igualdade e a valorização de

todos em especial dos grupos raciais tão discriminados no passado e, sobretudo dos

afro-brasileiros e africanos. A escola é uma instituição da sociedade na qual a

criança atua efetivamente como sujeito individual e social convivendo com a

diversidade. É um espaço concreto fundamental para a formação de significados e

para o exercício da cidadania: na medida em que possibilita a aprendizagem de

participação crítica e criativa, contribui para formar cidadãos que atuem na

articulação entre o Estado e a Sociedade Civil. Nesse sentido, permite relacionar e

integrar diferentes dimensões da vida: pessoal e social; cotidiana e contemporânea;

local, nacional e mundial. Ou seja, preocupações, anseios e interesses das pessoas

podem ser pensados e analisados no contexto das questões mundiais da sociedade

contemporânea.

Sendo assim, buscamos uma sociedade mais participativa, envolvida com

problemas sociais e educacionais, mais justa, com melhor distribuição de renda, livre

de preconceitos, que resgate e valorize a cultura local, e para que isso ocorra é

necessário despertar o espírito empreendedor em nossos alunos buscando mostrar-

lhes vantagens em sua permanência no campo, aperfeiçoando o trabalho já

desenvolvido por seus pais. Um lugar onde se trabalhe além dos conteúdos normais

e dos valores, também atividades que envolvam a sociedade como um todo,

exemplo: teatro, encontro ambiental, desfile cívico, participação no FERA e no

Projeto Com Ciência, Olimpíadas de Matemática, jogos escolares, Conferência

Nacional do Meio Ambiente, intercâmbio entre escolas, etc.; que tenha como função

produzir e transmitir conhecimentos, formando as pessoas de maneira integral, com

responsabilidade social, vindo ao encontro da realidade do aluno.(REVER)

Sabe-se que a educação é um processo histórico que foi criado pelo homem

para a sociedade e simultâneo a isso, há modificação dessa sociedade para

beneficiar o próprio homem. Temos como objetivo uma educação transformadora,

voltada para a prática social e que seja também significativa para a vida do aluno e

para a sociedade de forma geral, onde partindo do conhecimento adquirido possa

exercer sua cidadania e assim vir a transformar sua realidade. Uma educação que

propicie ao aluno instrumentos que o leve, a saber, pensar, a apropriar-se do saber

científico, político, cultural acumulado pela humanidade no decorrer dos tempos.

Os seres humanos são os únicos que, social e historicamente se tornaram

capazes de aprender, não apenas para adaptação, mas sobretudo, para transformar

a realidade, para nela intervir, o que os eleva a um nível distinto dos outros animais.

O ensino partindo da realidade social do aluno constitui-se um elemento

fundamental para uma aprendizagem significativa, pois mobilizará o aluno a

conhecer e principalmente a compreender, tornando-o consciente, crítico e ativo

diante da realidade.

De acordo com Marques (1995), o ensino aprendizagem não é um simples

acumulo de informações, nem a mera transmissão de noções já prontas. A

aprendizagem acontece pelo desenvolvimento da capacidade de se relacionar,

comparar, inferir, pela estruturação mais compreensiva, coerente e aberta as

complexidades das articulações entre dados, fatos, percepções e conceitos.

Atualmente, com a intensa velocidade na mudança de conceitos, de novas

descobertas e com as avalanches de informações, não cabe mais a ênfase no

ensino que privilegia o acúmulo de conhecimentos e que vê o aluno como seu

receptor. O papel da escola em relação ao processo ensino-aprendizagem é

oportunizar ao aluno, construir modelos explicativos, argumentações e instrumentos

de verificação de contradições, levando-o a participar e questionar a partir de

situações desafiadoras.

Assim, conforme Freire, o educando não recebe conhecimentos, mas recria-

os, confirmando que a mente humana não é uma tábua rasa na qual empregnamos

algo. O entendimento de que recriamos conhecimentos pressupõe admitir a

interação sujeito – objeto. Ensinar exige respeito aos saberes do educando, onde

que o conhecimento prévio dos alunos, na visão de professores como Ausubel,

Piaget, Paulo Freire, deve ser levado em conta no processo pedagógico, permitindo

assim o estabelecimento do diálogo que se dá quando há uma confrontação de

visões e opiniões, facilitando a mudança da visão calcada no senso comum para

outra de caráter científico. Ainda Freire reforça a importância de provocar reflexões

críticas inclusive sobre a própria pergunta, em lugar da passividade, em face das

monótonas explicações discursivas do professor. Ensinar, portanto, exige permitir e

incentivar a pergunta, evitando-se expressões de descaso diante dela, por mais

ingênua que seja. Ela constitui-se como uma autêntica revelação do estágio de

conhecimento do aluno acerca do assunto e deverá ser aproveitada pelo professor

para o crescimento dos alunos. Enfatiza ainda que a construção ou a produção do

conhecimento do objeto implica o exercício da curiosidade, sua capacidade crítica

“de tomar distância” do objeto, de conservá-lo, de determiná-lo, de fazer sua

aproximação, sua capacidade de comparar, de perguntar.

Segundo Veiga (2000), a tarefa primordial do ensino é oportunizar situações

didáticas para que a aprendizagem aconteça. E a atividade sendo algo próprio do

aluno, acaba por exigir uma disposição em este querer aprender. Diante disso, o

aluno presta atenção, observa, faz anotações e exercícios, discute em grupo,

estuda, exemplifica, generaliza, sintetiza, expõe com as próprias palavras,

conscientiza-se das dificuldades, usa de diversos materiais, avalia, entre outros.

Não há como dissociar o currículo das rápidas transformações da realidade.

As mutações em andamento afetam de forma ainda não plenamente compreendida,

toda a vida sócia - político - cultural da sociedade que vivemos.

Na perspectiva de uma educação crítica, fica difícil considerar o currículo

como algo fixo, predeterminado, imóvel. Torna-se claro que o saber não pertence

mais a uma área do conhecimento, apenas. Perdeu o eixo fixo sobre o qual girava,

viu-se invadido por outros saberes.

As áreas de conhecimento se interpenetram, deixam de ser isoladas, não se

compreendem de forma fragmentária, mas contextualizada, não uniformemente,

mas multidimensionalmente. A unidade do currículo dá-se na multiplicidade dos

conhecimentos que o constituem e nas múltiplas visões que têm os sujeitos

escolares que o constroem no dia-a-dia. Não é mais possível pensar educação

excluindo o aluno como sujeito participativo da Constituição do Currículo.

E como complementa Ramos (2006, p. 32):

Partimos do princípio de que a formação humana é o processo pelo qual as pessoas se compreendem como sujeitos de produção da sua própria existência por meio do trabalho, produzindo, por conseqüência, conhecimentos e cultura. Por isso defendemos que a formação escolar, especialmente no ensino médio, tenha como eixo a articulação entre TRABALHO, CIÊNCIA E CULTURA. A formação integrada no ensino médio pressupõe que formação geral e a preparação para o trabalho sejam indissociáveis. Quando componentes de um mesmo currículo, a mesma indissociabilidade se aplica ao que designa como conhecimentos de cultura geral e conhecimentos específicos para o exercício do trabalho.

A política de retomada da Educação Profissional na Rede Pública Estadual

incorpora o reconhecimento de que a educação para o trabalho é fator que contribui

de forma cada e mais expressiva para a inserção do cidadão/aluno no mundo do

trabalho produtivo moderno. No entanto, esta possibilidade não dispensa o acesso

aos conhecimentos científicos tecnológicos e sócios históricos próprios da formação

geral pela via escolar pública, como forma de assegurar a apreensão destes

conhecimentos. Sendo assim, a formação integrada no ensino médio que pressupõe

a formação geral e a preparação para o trabalho estão contemplados em nosso

Estabelecimento de Ensino através dos Cursos Profissionalizantes de Formação de

Docente e Técnico em Agropecuária.

É possível afirmar que a força de trabalho do professor, direta ou

indiretamente, sempre esteve de certo modo, direcionada para viabilizar o modelo

econômico vigente em cada período histórico, independente da natureza do seu

contrato de trabalho e das condições oferecidas para o exercício das práticas

educativas. O produto da escola é o aluno que, ao sair da escola, escolarizado,

carrega consigo um acréscimo de atributos na sua qualificação para oferecer no

mercado, mesmo que o grau em que isso se verifica esteja permanentemente

questionado tanto por educadores quanto pela sociedade, em função da dinâmica

atual da economia, particularmente no que se refere à qualidade do desempenho da

escola pública.

A LDB 9394/96 considera a Educação Especial como uma modalidade de

educação escolar, assim sendo, o currículo entendido como o conjunto das

atividades essenciais desenvolvidas pela escola, deve flexibilizar a prática

pedagógica para que possa atender a todos os alunos, dentro de suas

especificidades e necessidades educativas especiais. Para tornar isto possível foram

instituídas as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica,

de acordo com as quais o MEC propõe adaptações curriculares que permitam a

inclusão destes alunos com necessidades educacionais especiais em escolas

regulares.

Sendo assim, necessitamos de uma escola que aprenda a refletir

criticamente e a pesquisar. Uma escola de coragem, que não tenha medo de

arriscar, de criar e questionar, em busca de rumos inovadores que respondam às

necessidades educativas especiais dos alunos.

Assim conforme Goffredo (1999) é necessário compreender o aluno com

necessidades educativas especiais, respeitando-o na sua diferença, reconhecendo-o

como uma pessoa que possui certo tipo de limitação, mas que também possui

muitos pontos fortes. Um importante instrumento para esta inclusão é a Sala de

Recurso, a qual está regulamentada pela LDB 9394/96, em seu artigo 58, “parágrafo

primeiro”, que diz: “Haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na

escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.”

Este é um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e

complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino

Fundamental de 5.ª a 8.ª séries, segundo a instrução N.º 05/04, este serviço deve

contar com uma profissional especializada para auxiliá-los, porém sempre

enfatizando que isto não significa que o professor regente deixe de ter

responsabilidade na condução de uma ação docente com adaptações curriculares

de acordo com as especificidades do aluno.

Outro recurso para alunos com dificuldades é a Sala de Apoio a qual atende

aos alunos das 5ª séries que apresentam dificuldades de aprendizagem nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, necessitando, portanto de uma

intervenção pedagógica que os ajude a superá-las.

Considerando a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras

Modernas (LEM) tem no desenvolvimento psicopedagógico do ser humano, na

compreensão de valores sociais e na aquisição de conhecimentos sobre outras

culturas é ofertado na Rede Estadual o ensino extracurricular e plurilingüista de LEM

para os alunos da Rede Estadual de educação Básica, conforme a Resolução N.º

2137/2004.

Sendo o ensinar, segundo Freire, criar oportunidades para produzir e

construir conhecimento, os professores, num movimento permanente de ação-

reflexão-ação, assumem a condição de sujeitos do processo educativo, juntamente

com os alunos. Eles planejam e avaliam sua prática, buscando sempre “melhor

prática amanhã”. Nesse sentido, é oportunizado aos alunos interagirem com o

professor, expondo suas idéias e relatando situações vivenciadas. Diversos recursos

didáticos e metodológicos são utilizados visando aulas dinâmicas que garantirão

uma aprendizagem significativa, como a utilização de músicas, vídeos, histórias,

contos, entrevistas, poemas, quadrinhas, comentários, viagens educativas,

gincanas, debates, jogos educativos, dramatizações, experimentos, seminários,

aulas de campo; entre outras.

Refletindo sobre a relação professor-aluno, destaca-se que o clima de

segurança e afetividade na sala de aula é importante para que o aluno se sinta

capaz, é imprescindível que os envolvidos no processo reflitam e incorporem

algumas das exigências do ato educativo: respeito à autonomia do educando;

consciência de que ambos, professor e aluno são seres em constante

transformação; convicção de que a mudança é possível; humildade, bom-senso,

tolerância e luta em defesa dos direitos sociais, enfim, construam saberes que

superem a prática e a relação imposta pela educação bancária.

Segundo Praxedes, os preconceitos dão significado e orientam as atitudes

que adotamos em nossa vida cotidiana. Todo ser humano tem preconceitos, mas

cada um é responsável por aqueles que cultivam. Por isso, devemos avaliá-los, e

criticá-los (preconceitos) para que eles não nos tornem indivíduos de horizontes

limitados e intolerantes nas relações sociais. (PRAXEDES, ano, pg).

Avaliação é algo presente em todas as situações do cotidiano escolar e se

torna indispensável quando se refere ao processo educacional. A partir da avaliação

é possível saber e compreender os múltiplos elementos que influenciam no processo

ensino-aprendizagem, bem como adotar providências viáveis para aperfeiçoamento

das práticas de ensino adotadas.

A avaliação educativa é um processo complexo que começa com a

formulação de objetivos e requer a elaboração de meios para obter evidências de

resultados, interpretação dos resultados, para saber em que medida foram os

objetivos alcançados e formulação de um juízo de valor.

Segundo a LDB 9394/96, a recuperação é um direito assegurado ao aluno, e

deve ser praticada de forma paralela, procurando sempre recuperar a aprendizagem

e não apenas a nota. Segundo Sant´anna (1999, p.15):

O acerto é importante, mas o fracasso também. É preciso, no entanto, não cometer o erro duas vezes. Precisamos tirar a vantagem de nossos erros [...], é preciso que o aluno tenha a liberdade de refazer as respostas em desacordo com os objetivos: só assim haverá realmente progresso, se o aluno ver os resultados de seus esforços.

A formação profissional da educação deve ser algo contínuo e de suma

importância na vida dos agentes da escola. Como se pode observar:

A formação do profissional da educação deve estar voltada para o desenvolvimento profissional: produzir a vida do professor ao desenvolvimento profissional docente e ao desenvolvimento organizacional: produzir a escola. (NÓVOA, 1992, p.29).

Segundo o autor citado, a formação do profissional da educação deve

proporcionar situações que possibilitem a reflexão bem como a conscientização das

limitações sociais, culturais e ideológicas da própria profissão docente. E ainda, a

formação do professor é um processo e este deve manter alguns princípios éticos,

didáticos e pedagógicos comuns, independente do nível de formação em causa.

Sendo assim:,

[...] o modelo de ensino e conseqüentemente, o modelo de professor assumido pelo sistema educativo e pela sociedade tem de estar presente, empregando as atividades de formação de professores. (NÓVOA,1992. p.55)

Este princípio resulta na necessidade de existir uma interconexão entre o

currículo da formação inicial dos profissionais da educação e o currículo da

formação permanente. Logo, não se pode aceitar que a formação inicial ofereça

produtos acabados, mas constituem-se em fase inicial de um longo e variado

processo de desenvolvimento profissional.

A expressão desenvolvimento profissional, para o autor, oferece uma

conotação de evolução e continuidade, bem como a necessidade de situar o

aperfeiçoamento dos professores como modelo de desenvolvimento profissional,

pessoal, evolutivo e continuado, com valorização dos aspectos contextuais,

organização e orientados para a mudança, e uma contínua discussão coletiva da

própria prática docente.

Há uma necessidade muito grande de continuar a aprender, segundo

Kachar (2001), mesmo depois de formado, e isso tem sido na atualidade enfatizado

pelo mercado de trabalho, exigindo profissionais que cultivem o aprender contínuo e

permanente.

Sendo assim, Kachar, (2001, p. 28) afirma que: “[...] a aprendizagem

continuada apresenta-se como uma condição necessária para manter a posição de

trabalho que elas ocupam”. Percebe-se também que o desejo de continuar a

aprender por parte de muitos profissionais da educação, vai além das necessidades

exigidas pela sua profissão e pelo mercado de trabalho. O aprender não deve ser

considerado uma mera condição de se manter como profissional ativo dentro da

sociedade à que pertence, mas sim, ser considerado um meio de estar sintonizado

com a atualidade.

Podemos definir tecnologia como o manuseio de um processo e ou ferra-

mentas, por meio do conhecimento humano, e que tem a possibilidade de acrescen-

tar mudanças aos meios por resultados adicionais à competência natural. Através da

tecnologia é possível uma transformação na capacidade das atividades humanas.

As alterações promovidas pela tecnologia nas áreas de educação, produção e dos

serviços provocam, também, mudanças nas relações sociais. Podemos dizer que a

tecnologia indica a organização econômica de uma sociedade, isto é, o seu o modo

de produção.

Vive-se atualmente a era do conhecimento, por conseqüência da

informatização e do processo de globalização das telecomunicações, que estão

associadas a ela. Nesse sentido, pode se dizer que vivemos na era da informação,

onde os dados e as informações são difundidos rapidamente.

“Pesquisas e experiências têm mostrado que a integração das modernas

tecnologias da informação e comunicação (TICs), se bem utilizadas em salas de

aula, tem um grande potencial para ampliar o processo de ensino e aprendizagem.”

(Wadi D. Haddad).

Observando atentamente a relação que a sociedade contemporânea man-

tém com a tecnologia, podemos considerar que de uma forma ou de outra há uma

interação com o elemento tecnológico, todavia, nem sempre essa relação dá- se de

uma maneira fácil ou imediata.

A tecnologia disponível hoje em nosso cotidiano pode ser utilizada pelas

mais variadas formas e o educador precisa manter uma atenção especial sobre as

funções que essas tecnologias podem assumir na atividade educacional.

Para que se cumpra uma educação tecnológica é preciso que o professor

use o que há de educativo na tecnologia, mas também especifique uma estratégia

de ação, considerando os aspectos práticos, operacionais e os conteúdos relaciona-

dos ao elemento tecnológico trabalhado. O professor leva em conta a lógica interna

do processo educacional na relação de complementariedade da tecnologia e os con-

teúdos curriculares.

No interesse pelas possibilidades pedagógicas com a tecnologia, o professor

precisa entender que a esta não garante o sucesso da educação, mas se utilizada

de forma crítica e criativa favorece, em muitos aspectos, o processo educativo.

A introdução da tecnologia da informação e comunicação no meio educativo

pressupõe transformações nos antigos papéis desempenhados por alunos e profes-

sores. Por meio das TIC’s, o aluno desenvolve uma linguagem tecnológica; apropria-

se de habilidades para a compreensão e manipulação da tecnologia e tem condi-

ções de gerar estratégias para criação de tecnologias. Isso tudo facilita uma aproxi-

mação do professor promovendo maior interação, permite maior capacidade crítica e

também estimula a criatividade dos alunos (SANTAELLA, 1997).

Nessa concepção temos buscado sempre o aprimoramento, pois temos a

consciência de que somos seres inacabados, portanto em permanente processo de

formação, conforme salienta Freire, daí a importância da educação continuada, a

qual contribui para que se perceba a necessidade de mudar o olhar, não só mundo,

mas para si mesmos, entendendo que ninguém sabe tudo e ninguém ignora tudo.

Segundo Lück (1998), a institucionalização da democracia e, paralelamente,

o aprimoramento da eficiência e da qualidade da educação pública tem sido uma

força poderosa a estimular o processo de mudanças na forma de gerir escolas no

Brasil. Complementa ainda que:

A participação da comunidade escolar, incluindo professores, especialistas, pais, alunos, funcionários e diretor, é parte desse esforço que promove o afastamento das tradições corporativas e clientelistas, prejudiciais à melhoria do ensino por visarem ao atendimento a interesses pessoais e de grupos. (LÜCK, 1998, p.13).

O movimento pela gestão democrática em educação reconhece a

necessidade de unir estas mudanças estruturais e de procedimentos com ênfase no

aprimoramento escolar. Estas reformas abrangem um movimento para democratizar

a gestão escolar e acima de tudo aprimorar a qualidade educacional. Ao se

estabelecerem colegiados ou conselhos escolares, que incluem representantes dos

professores, dos funcionários, dos pais e do diretor da escola, com autoridade

deliberativa, vem obter níveis variados de sucesso.

A gestão escolar visa promover a redistribuição das responsabilidades que

tem por objetivos intensificar a legitimidade do sistema escolar. Quando se trata de

organizações democraticamente administradas, inclusive no que dizem respeito à

escola, os representantes são envolvidos no estabelecimento dos objetivos, na

solução de problemas, na tomada de decisões, no estabelecimento e manutenção

de padrões de desempenho e na garantia de que sua organização está atendendo

adequadamente às necessidades do aluno.

Para a autora acima citada, o conceito de gestão quando se refere às

escolas e sistemas de ensino, envolve, além dos professores, funcionários, pais,

alunos e qualquer outro representante da comunidade que esteja interessado na

escola e na melhoria do processo pedagógico.

O conceito de gestão pressupõe para Lück, (1998, p. 15) “[...] idéia de

participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando a situações,

decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto”. Sendo

assim, o êxito de uma organização depende da ação construtiva conjunta de seus

componentes, ou seja, pelo trabalho associado onde aconteça a reciprocidade que

cria um todo, em sua forma global e que acima de tudo é orientado por uma vontade

coletiva.

A abordagem participativa na escola demanda uma maior participação de

todos os interessados no processo decisório da escola, envolvendo ainda estes, na

realização das múltiplas tarefas de gestão.

Quando se fala em Conselho de Classe, torna-se como objeto central deste,

o ensino e suas relações e a avaliação da aprendizagem. E ainda, este dará conta

de importantes questões didático-pedagógicas aproveitando seu potencial de

gerador de idéias e como um espaço educativo.

No que diz respeito à Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF),

esta Instância tem por finalidade colaborar no aprimoramento da educação bem

como na integração família-escola-comunidade.

Em se tratando dos Grêmios Estudantis, segundo Lück, (1998), a

organização estudantil é a Instância onde se cultiva gradativamente o interesse do

aluno, para além da sala de aula. Para esta, a consciência dos direitos individuais

vem acoplada à idéia de que estes se conquistam numa participação social e

solidária.

Um dos símbolos da evolução do ser humano e de uma sociedade conforme

Almeida & Junior (2000), é sua capacidade de planejar, pensar adiante, prever seu

futuro para melhorá-lo. E a sociedade de projetos que vem se configurando nos

últimos anos exige cidadãos que observem sistematicamente, pesquisem os que os

dados dizem e façam análises cuidadosas da realidade.

Essa nova sociedade exigirá cidadãos críticos que deveram organizar suas

idéias, escrevê-las, defende-las, enfim, projetar-se. Um bom projeto existe o registro,

o acompanhamento da evolução e a reflexão sobre o trabalho desenvolvido são

componentes básicos para a formação do cidadão histórico.

O projeto tem a função de dar aos educandos o tempo de vivenciar a

construção de sua memória, que é a base da construção da identidade. Não se

tratando somente da identidade pessoal, mas da construção de sua cidadania e a

identidade do país.

6 MARCO OPERACIONAL

Para (re)dimensionar o trabalho pedagógico do Colégio Estadual Barão do

Cerro Azul, serão realizadas reflexões junto ao grupo de professores sobre as

práticas pedagógicas utilizadas atualmente e análise referente às metodologias que

poderão ser usadas para garantir a aprendizagem eficiente aos alunos.

Apresentamos um currículo compatível com a prática pedagógica e a

realidade da escola, de acordo com os conceitos já definidos de educação,

sociedade, valores, homem e cidadão que se deseja formar, procurando contemplar

os aspectos cognitivos, sociais e afetivos na compreensão dos processos de

aprendizagem. No currículo, alternativas são implantadas visando a melhor

adaptação dos alunos com necessidades educativas especiais, levando em

consideração os diferentes tipos de capacidades e especificidades presentes na

escola, utilizando-se de ações pedagógicas como: Proposta Curricular por Disciplina

e PTD - Plano de Trabalho Docente, recursos didáticos, metodologias motivadoras e

diversificadas, tentando adequar da melhor maneira possível os conteúdos aos

variados ritmos de aprendizagem, optando por fazer uma avaliação processual e

emancipadora.

A formação continuada dos professores é um ponto essencial para o

aperfeiçoamento dos mesmos e a qualidade de ensino. Assim, aos professores será

oferecida formação via SEED, NRE através de simpósios, demais cursos e projetos

dos quais os professores têm autonomia de escolha, e também a realização de

Grupos de Estudos que será incentivada no âmbito escolar. A viabilização para a

utilização de novas tecnologias, principalmente o computador, para que seja usado

como ferramenta pedagógica e para fins de capacitação, tem sido prioridade nos

últimos anos. Fizeram PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional durante

este ano cinco professores, que desenvolveram seus projetos em várias turmas. Há

também professores que participaram do curso oferecido pela APP Sindicato nos

finais de semana.

Para a hora-atividade procura-se, dentro das possibilidades, a concentração

dos professores da mesma área de conhecimento buscando-se assim o

favorecimento do coletivo escolar e as trocas de experiências pedagógicas, mas

nem sempre é possível que a hora-atividade seja organizada desta forma, e sendo o

tempo destinado à hora-atividade ainda insuficiente dado ao grande contingente de

trabalho que necessita ser planejado e replanejado, muitas vezes os professores

acabam não conseguindo tempo para se reunir.

A gestão democrática se consolida na escola quando cada um tem

conhecimento do que compete a si. Visando fortalecer essa gestão, o Conselho

Escolar, a APMF e o Grêmio Estudantil tem sido convidados a participarem mais

ativamente na escola, sendo mais divulgado também à toda comunidade escolar

quem são as pessoas que fazem parte dessas instâncias colegiadas. Para fortalecer

a gestão democrática, tentar-se-á viabilizar parcerias com variados órgãos, entre

eles:

* Clube Sete de Setembro para a realização do FEC (Festival Estudantil da

Canção), e apresentações culturais e artísticas;

* Prefeitura Municipal para agendamento de excursões de caráter educativo

e de lazer, desfile cívico, realização da fase municipal do Jogos Escolares,

transporte dos alunos aos Jogos Escolares Fase Regional, FERA, Com Ciência...

* Faculdades UNC - Universidade do Contestado, Uniguaçu, UNIUV e FAFI

(Faculdade Estadual de Filosofias Ciências e Letras);

* 6ª Regional de Saúde para palestras ligadas à educação sexual, doenças

epidemiológicas da região, entre outras;

* Salão Paroquial da Igreja Ucraniana e Luterana: para palestras, aulas;

* Creches, Escolas Municipais; APAE; CRAS - Centro de Referência a

Assistência Social e Secretaria Municipal de Educação para realização dos estágios

das turmas do Curso de Formação de Docentes;

* EMATER, SENAR

A matriz curricular foi estabelecida de maneira democrática, mas caso se

faça necessária qualquer alteração, esta terá novamente a participação direta dos

professores, levando-se em consideração as necessidades dos alunos, a

contemplação das diferentes culturas e tradições e as particularidades de cada

disciplina.

Sendo assim, atendendo ao que rege a deliberação 04/06, da História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, nossa escola procurará garantir, de forma

gradativa, que estes conteúdos sejam contemplados no decorrer do ano letivo, em

todas as disciplinas, culminando as atividades desenvolvidas com apresentações

e/ou exposições no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Como

auxiliar no trabalho desta temática, foi criada no ano de 2010, obedecendo a

INSTRUÇÃO N° 010/2010 – SUED/SEED a Equipe Multidisciplinar, a qual agirá

como disseminadora das questões étnico-raciais, bem como dos povos indígenas,

procurando desmitificar a visão do índio genérico, culturalmente atrasado,

pertencendo ao passado, e sem nacionalidade, a ainda das demais etnias.

Devemos levar em conta que a escola é um espaço de reflexão e ação

contra o preconceito. É na escola que se formam cidadãos capazes de exercer seus

papéis sociais, respeitando as diferenças entre as pessoas, sejam étnicas,

religiosas, culturais e/ou sexuais. Deve-se levar em conta os conhecimentos prévios

do aluno, e resgatá-los dentro da sala de aula, num diálogo permanente com os

saberes produzidos nas diferentes áreas do conhecimento, levando em conta que

enquanto direito, a escola precisa estar onde os sujeitos estão.

A organização das turmas é sempre realizada com o auxílio dos professores,

pois mesmos têm um conhecimento prévio dos alunos, de suas dificuldades e

necessidades, procurando-se desta forma, montar as turmas de modo a favorecer a

aprendizagem.

A tecnologia disponível vem para acompanhar o trabalho pedagógico no

cotidiano escolar, o uso das mídias e dos recursos tecnológicos tornou-se constante

em nossa pratica diária, possibilitando ao educando novas formas de ver, ler e

escrever o mundo, tendo sempre a compreensão de que esta possibilidade

pedagógica não garante o sucesso da educação, mas se utilizada de forma crítica e

criativa favorece, em muitos aspectos, o processo educativo.

Enriquecendo o trabalho educativo, o laboratório de informática tem uma

maior conotação pedagógica, onde os professores têm prioridade de utilização das

novas tecnologias para oferecer um material pedagógico de melhor qualidade aos

alunos nas suas aulas. Os alunos fazem uso do mesmo, em horário de aula

juntamente com seus professores como também em horário contrário desde que

agendado antecipadamente, para pesquisas e trabalhos educativos.

A Sala de Apoio à Aprendizagem funciona nos períodos da manhã e da tarde,

atendendo somente aos alunos das 5ª séries que apresentam defasagens na

escrita, leitura e cálculos das Séries Iniciais do Ensino Fundamental. Os alunos que

frequentam a classe com assiduidade, apesar de muitas vezes as defasagens não

serem totalmente sanadas, o atendimento por ser mais individualizado e de acordo

com as dificuldades apresentadas, faz com que os alunos demonstrem, através das

atividades aplicadas, melhoras gradativas e significativas, as quais refletem de modo

positivo na sala de aula regular, principalmente ao que se refere a aprendizagem e

ao conhecimento, porém o número de alunos por turma ainda é bastante alto,

dificultando assim um trabalho ainda mais efetivo.

Para a Sala de Recursos são encaminhados os alunos que apresentem

atraso acadêmico significativo, decorrentes de Deficiência Mental, Intelectual e/ou

Transtornos Funcionais Específicos. Com os novos equipamentos recebido do MEC,

a Sala de Recursos passou então a se denominar Sala de Recursos Multifuncional.

Os alunos são atendidos pela professora da Sala de Recursos Multifuncional após

serem realizadas as avaliações pedagógicas e anamnese com os pais. Estes alunos

são de famílias com níveis sociais diferenciados, cada qual com seu perfil e

dificuldades, necessitando assim, de um trabalho individualizado. Busca-se assim

amenizar as dificuldades encontradas pelos alunos, que na sua maior parte estão

ligadas as áreas: cognitiva, motora, sócioafetiva-emocional. A metodologia utilizada

busca despertar o interesse atraindo o aluno para uma aprendizagem significativa,

assim o lúdico é fundamental e recursos variados como TV, som, máquina de

escrever, computador, jogos, dinâmicas, teatro, entre outros. No ano corrente, estão

sendo realizadas avaliações com psicóloga do Município para análise da real

necessidade de atendimento aos alunos na Sala de Recursos.

Também as turmas do CELEM - Espanhol são uma maneira de motivar a

permanência do aluno na escola, uma vez que além de ofertar o conhecimento de

uma nova língua, reforça o interesse do aluno quanto à importância do estudo e dos

conhecimentos diversificados. Assim, procurando fazer com que a escola se torne

cada vez mais um ambiente atrativo, a mesma continuará a oferecer aos alunos a

oportunidade de participarem dos treinos esportivos, procurando despertar

diferentes interesses e talentos.

O fato de nossa escola atender grande número de alunos que são do campo

em torno de 70%, leva a reflexões de que ações significativas podem ser abordadas

no âmbito escolar para atender essa especificidade e, antes das ações é importante

estabelecer uma dimensão pedagógica que dê sentido ao trabalho escolar, o que

nos remete a crer que “há uma dimensão educativa na relação do ser humano com

a terra: terra de cultivo da vida, terra de luta, terra de ambiente, planeta”. A

educação do campo é a intencionalidade de educar e reeducar o povo que vive no

campo, como “guardião da terra”, e não apenas como seu proprietário ou quem

trabalha nela. Ver a terra como todos que podem se beneficiar dela. Aprender a

cuidar da terra e aprender deste cuidado algumas lições de como cuidar do ser

humano e de sua educação.

Visando atender aos alunos do campo dentro de suas especificidades, o

colégio mantém o curso técnico em Agropecuária, que funciona em sede própria,

mas ainda em instalações provisórias uma vez que as instalações que estão sendo

construídas desde o início do ano letivo para o funcionamento do curso ainda estão

inacabadas. O referido curso funciona em regime de Alternância, no qual numa

semana os alunos ficam na escola em tempo integral e na outra permanecem na

propriedade em que residem, aplicando os conhecimentos adquiridos.

Tornar popular o PPP e o regimento escolar também terá uma nova

conotação pedagógica na escola, e essa ação se desencadeará no decorrer do ano

com os alunos nas aulas em que os professores estarão fora da escola em

capacitação e/ou reuniões, com os pais nas reuniões bimestrais.

Os recursos vindos do Governo Federal e Estadual, cantina, rifas e

promoções, também continuarão a serem aplicados através do levantamento de

necessidades e com apoio da comunidade escolar, visando as prioridades com

benefícios diretos aos alunos. Esses recursos são aplicados após assembléias

realizadas com a APMF da escola.

A Equipe Pedagógica tem como prioridade o processo de ensino e

aprendizagem, e busca sempre que possível auxiliar professores e alunos para que

esta aprendizagem seja significativa, porém algumas situações acontecidas no

cotidiano da escola tornam este trabalho muito difícil de ser efetivado, sendo o mais

evidente as faltas freqüentes de professores - seja para curso ou atestado médico –

que fazem com que as pedagogas fiquem muito tempo em sala de aula. A demanda

de pedagogos também está abaixo do necessário, uma vez que a escola oferta

diferentes modalidades de ensino, possuindo, portanto um número muito grande de

alunos e professores, sendo impossível um atendimento mais individualizado.

Também o colégio passou por reformas gerais no prédio, o que causou transtornos

e criou um clima favorável a gazeações e brigas. Não existindo em nossa escola um

profissional “zelador de alunos”, no recreio os funcionários da limpeza serão

responsáveis por fazer o acompanhamento dos alunos no pátio.

Procurando amenizar os problemas que a escola enfrenta com indisciplina,

violência entre alunos, falta de respeito entre colegas, furto em sala de aula, entre

outros, professores, direção, equipe pedagógica e funcionários procurarão trabalhar

em uma linha de ação comum, priorizando o cultivo de valores essenciais para o

convívio, como o respeito. Assim, a utilização do diálogo com alunos, professores e

pais para a solução de situações de conflito é e continuará sendo uma prática

constante em nossa escola.

Como tentativa de conter a evasão escolar, um dos procedimentos utilizados

pela escola é o contato com a família e o encaminhamento aos diversos órgãos da

Assistência Social (CRAS, PETI, psicóloga, médico, bolsa escola, programa do Leite

da Criança). Quando não há o retorno do aluno, é feito o preenchimento da ficha do

FICA Comigo, havendo então o encaminhamento ao Conselho Tutelar para que este

tome então as providências cabíveis.

Nos últimos anos também o Ministério Público vem realizando audiências

públicas convocando pais de jovens menores de 18 anos que se encontrem

evadidos da escola para que estes retornem à escola, e por este motivo temos então

alunos com 15 a 18 anos nas quintas, sextas e sétimas séries, sendo que muitos

destes são multidesistentes ou multirrepetentes, apresentando grande defasagem

na aprendizagem, e, por se sentirem deslocados, acabam atrapalhando as aulas,

gazeando, e são também bastante faltosos. Devido a estas particularidades, a

escola tem orientado os professores para que acolham esses alunos e procurem

incluí-los dando-lhes atenção especial.

Com relação ao acompanhamento dos egressos nas quintas séries, é

realizado um trabalho de socialização com o novo ambiente escolar, apresentando

aos mesmos toda estrutura física e humana, para que o ambiente não torne essa

transição algo problemático e sim contribua para um processo de ensino-

aprendizagem prazeroso e significativo. Aos professores dos alunos destas séries é

solicitado, em reunião específica, que: sempre se identifiquem ao entrar na sala

(nome e disciplina que ministra); ajudem na organização com os cadernos; mandem

avisos aos pais na agenda pessoal do aluno; para que tenham paciência com

atitudes advindas das séries iniciais, lembrando que há alunos de escolas

multiseriadas. A Equipe Pedagógica vê procurando acompanhar de forma mais

efetiva estes alunos, verificando os cadernos e atividades e procurando, com os

professores, identificar alunos com dificuldades e/ou distúrbios de aprendizagem,.

Apesar das dificuldades enfrentadas, a Equipe Pedagógica vem procurado

desenvolver seu trabalho da melhor maneira possível, tendo consciência de que há

ainda muitas falhas que necessitam ser reparadas. Para o ano de 2011, a Equipe

Pedagógica já tem previstas ações para ajudar a efetivar, e consequentemente,

melhorar ainda mais seu trabalho. Pensando ainda no (re)dimensionamento do

trabalho pedagógico serão estabelecidos junto à direção e professores, critérios com

relação ao encaminhamento de alunos para a equipe pedagógica, evitando o

atendimento excessivo de situações que possam ser resolvidas no contexto de sala

de aula. Para que isso ocorra, a equipe pedagógica e a direção estarão disponíveis

para oferecer sugestões aos professores, através de estudos, que os levará a

descobrir novas formas de conduzir o processo de ensino aprendizagem, sendo uma

das prioridades será o acompanhamento mais efetivo nas horas atividades do

professor na tentativa de oferecer sugestões pedagógicas de recuperação e de

encaminhamentos de alunos que apresentem dificuldades em sua aprendizagem.

Para tornar o processo de ensino aprendizagem significativo, bem como

para a formação global do educando, serão trabalhados, através de atividades que

envolvam a sociedade como um todo, além dos conteúdos curriculares, os valores

éticos e morais essenciais para a vida em sociedade., como por exemplo: teatro,

desfile cívico, jogos escolares, Conferência Nacional do Meio Ambiente, intercâmbio

entre escolas, e demais projetos que venham fazer a articulação do processo

ensino-aprendizagem. Assim sendo, a direção e a equipe pedagógica procurarão

estimular a utilização de projetos que tenham como ponto de partida questões ou

situações reais e concretas, contextualizadas e de interesse dos alunos e da

comunidade escolar.

Sabemos que os projetos não devem ser pontuais e nem ser somente para

os arquivos das escolas, pois não são apenas para cumprir exigências das mesmas

e/ou uma forma de obter notas ao final do bimestre, semestre ou ano. Seu objetivo é

também tornar público as atividades desenvolvidas dentro da escola, então, o que

pretendemos é que esses projetos possam ser vistos, debatidos, socializados e

venham a fazer a história da escola e da vida desses alunos que o produziram e

desenvolveram. Também percebe-se que os alunos levam muito a sério as

atividades escolares quando estas ganham espaço e são valorizadas com

apresentações e trocas de experiências. Assim, a escola trabalhará com alguns

projetos que considera importante para o desenvolvimento integral dos alunos.

Outro projeto de incentivo à leitura desenvolvido é a Olimpíada da Língua

Portuguesa, realizado nas aulas de língua portuguesa, com as turmas das 7ª séries,

como objetivo de reestruturar a escrita dos alunos e despertar o gosto pela leitura.

As atividades consistem em leitura, produção textual e ilustração, com a sugestão de

publicar estes trabalhos em uma página na internet que será criada pelos alunos,

com o acompanhamento dos professores das disciplinas, equipe pedagógica e

técnica do colégio.

No ano de 2007 aconteceu, numa ideia surgida durante a Semana de

Capacitação, a primeira edição da Aula Inaugural, na qual através de projeções em

datashow, são repassados os registros dos momentos das atividades desenvolvidas

pelos alunos e professores no ano letivo anterior, assim o aluno pode visualizar-se

nas imagens apresentadas, podendo sentir-se parte efetiva do processo escolar que

se desencadeia no decorrer dos dias letivos. A aula inaugural, devido a repercussão

muito positiva dos alunos, é adaptada para o início de cada ano letivo, tendo já

virado uma tradição e esperada ansiosamente pelos alunos.

Ainda no ano de 2007, o corpo docente e equipe pedagógica lançam a

Ginba - Gincana Interna do Barão, cuja proposta é, com o nome sugere, uma

gincana de atividades de cunho pedagógico, social, recreativo e esportivo que serão

desenvolvidas no decorrer do ano. A Gincana foi criada a partir da necessidade de

envolver os alunos e motivá-los à participação, uma vez que era constatada a apatia

dos mesmos no desenvolvimento das diversas atividades propostas no âmbito

escolar, além disso as atividades da Gincana tem a função de motivar a

socialização, o respeito ao próximo e a solidariedade.

Em 2010, a Gincana foi reformulada para atender as novas necessidades

surgidas e recebeu um novo nome: Maratona da Leitura, tendo seu início já nos

primeiros dias do ano letivo. Considerando a leitura fundamental para o crescimento

intelectual do aluno, este projeto tem como um dos seus principais objetivos fazer da

leitura um instrumento de aprendizado e crítica, de relaxamento e de prazer, e para

isso será oportunizado ao aluno o contato com a leitura através de diferentes

maneiras, sempre com duas disciplinas da série, dentro do próprio conteúdo a ser

trabalhado, dando maior ênfase à leitura.

Ainda serão inseridas na Maratona outras atividades como: concurso de

fantasia; concursos de redação, slogans, desenhos; jogos inter-classe; simulado de

vestibular-Vestibarão; painel sobre as Olimpíadas; concurso de fotos atuais e

antigas da cidade; concurso do Sinhô e Sinhâ; concurso de esculturas naturais;

concurso de pipa; concurso de brinquedos criativos e de fantasia de material

reciclável; confecção de bandeiras; e outras surgidas no decorrer do ano letivo,

havendo premiações individuais e coletivas.

Outra atividade de incentivo à leitura é o Passaporte do Leitor, que é um

caderno de registros dos livros lidos durante o ano letivo, para posterior socialização

das leituras realizadas. Ao término de cada bimestre, o aluno escolherá dentre as

leituras realizadas, o livro que mais gostar, redigindo uma resenha que será exposta

no painel do leitor. Assim serão coletados os dados que possibilitarão elaborar uma

lista dos livros e autores mais lidos na escola.

Ainda como atividade extra-curricular, nosso colégio conta com o Viva a

Escola, que é um programa da SEED, cujo objetivo é proporcionar aos alunos

atividades diferenciadas que podem auxiliar o processo ensino-aprendizagem.

Também anualmente vem sendo realizados os Jogo Escolares - Fase

Municipal, onde nosso Colégio oferece alojamento para os alunos dos demais

Colégios do Município, que vem participar dos jogos.

Há ainda a Semana da Cultura, durante a qual os alunos participam de

oficinas diversas de conhecimentos, cultura e lazer.

Todos estes projetos e atividades poderão ser concluídos de diversas

formas como teatro, mural, apostilas, jornal, texto, exposição oral, painéis, entre

outros, os quais estarão articulados aos conteúdos curriculares, dentre as quais

algumas poderão ser selecionadas para representar o colégio no Fera e

ComCiência.

As atividades desenvolvidas na escola estão previstas no Calendário

Escolar, que é elaborado pela SEED, a qual nos dá autonomia para escolhermos

dois feriados e dois recessos, respeitando os 200 dias letivos assegurados pela LDB

9394/96. Essa escolha será feita junto a Secretaria Municipal de Educação para que

este seja unificado evitando assim problemas com o transporte escolar. A

capacitação já vem com data definida, e o Conselho de Classe é bimestral e a data

continuará sendo decidida com todos os membros da escola.

Com a autorização de funcionamento do Curso de Formação de Docentes,

no decorrer das quatro séries os alunos realizarão 800 horas de estágios de

observação e de regência. Para o acompanhamento dessas atividades, serão

utilizadas planilhas de acompanhamento dos alunos, elaborada e observada pelo

coordenador de estágio em parceria com o professor da disciplina e coordenador do

curso. As intervenções serão feitas com base no seguinte cronograma: 1ª série do

Curso: estágio de observação nas escolas e creches num total de 28 horas e 52

horas com cursos, oficinas, visitas e outras atividades; 2ª série do Curso: estágio de

observação nas 1ª e 2ª séries dos anos iniciais, EJA, Educação Especial num total

de 50 horas e outras 50 horas com cursos, oficinas, visitas e outras atividades; 3ª

série do Curso: estágio de observação nas 2ª, 3ª e 4ª séries num total de 50 horas e

outras 50 horas com cursos, oficinas, visitas e outras atividades; 4ª série do Curso:

estágio priorizando regência de classe de zero a seis anos num total de 50 horas e

Teoria/Oficina em 50 horas e estágio de 1ª a 4ª séries dos anos iniciais em 50 horas.

As turmas do Curso de Formação de Docentes contam com carga horária

complementar de Prática de Formação Docente, com aulas ministradas no período

diurno. No ano de 2010, o curso de Formação de Docentes foi descentralizado,

sendo aberta uma turma no Distrito de Santana, funcionando nas dependências do

Colégio Estadual Estanislau Wrublewski. A implantação das turmas será gradativa,

tendo sido iniciada no ano de 2010 a primeira turma, do primeiro ano. Os alunos são

atendidos no período noturno, tendo atividades da carga horária complementar de

Prática de Formação Docente ministradas em período diurno.

É instituída a avaliação semestral, mas nos meses de maio e outubro é

realizado um Pré-Conselho de Classe com as notas parciais, onde serão

observados itens como: freqüência, participação, rendimento, entrega de trabalhos

escolares, gazeação, disciplina, entre outros. Estas observações são realizadas num

mapa de avaliação, procurando assim fazer com que os dias do Conselho de Classe

sejam destinados à leitura, reflexões e apontamentos de sugestões para resoluções

de problemas de aprendizagem detectados no preenchimento do mapa de

avaliação.

A participação dos alunos nos Conselhos de Classe ocorre através de Pré-

Conselho realizado pela Equipe Pedagógica em sala de aula, com questionamentos

como: quais as disciplinas que o aluno apresenta maior dificuldade e os motivos; se

existem problemas de relacionamento com professores, colegas e demais

profissionais da escola; sugestões de mudanças dentro e fora da sala de aula. O

resultado desses Pré-Conselhos é comentado no Conselho de Classe e apontam-se

sugestões de melhoria do processo ensino aprendizagem para cada uma das

turmas conforme os apontamentos dos alunos, e debates dos professores, direção e

equipe pedagógica.

Neste sistema de registro notificado, os pais ou responsáveis recebem

informações sobre o desempenho escolar dos alunos em todas as disciplinas, os

atrasos às aulas, as faltas, o envolvimentos em brigas e a não realização de

atividades escolares solicitadas pelos professores. O boletim escolar é entregue

semestralmente através de reuniões coletivas com os pais e/ou atendimento

individualizado, este traz as notas que o aluno atingiu em cada uma das disciplinas.

O Conselho de Classe, por ser deliberativo, é conduzido pela Direção e pela

Equipe Pedagógica, e nos últimos anos vem sendo repensado para que se torne um

momento maior de reflexão e análise, levando-se em consideração a efetiva

aprendizagem do aluno.

A avaliação é realizada de maneira contínua e cumulativa, onde os

professores utilizam vários instrumentos como: provas com questões objetivas e

dissertativas, pesquisas bibliográficas e de campo, trabalhos em grupo, debates e

seminários, relatórios, produções de textos, atividades com recursos áudio-visuais,

experiências em laboratório, produções artísticas, entre outros. Serão priorizados os

aspectos qualitativos e não quantitativos, onde a recuperação será permanente e

concomitante ao processo ensino aprendizagem, sendo que cada professor deverá

oferecer no mínimo seis avaliações por semestre, mais as recuperações que se

fizerem necessárias. Tal avaliação dará subsídios para que o professor avalie sua

prática e busque novas alternativas, e metodologias para que o processo de ensino

aprendizagem seja assegurado ao aluno, na tentativa de evitar a reprovação e

evasão escolar deste aluno por não conseguir acompanhar o ritmo da

aprendizagem.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico e seu acompanhamento serão

realizados anualmente, de maneira coletiva, envolvendo direção, equipe

pedagógica, professores, funcionários, alunos e pais, e esta se dará de maneira

contínua, podendo assim ser revistos seus aspectos fortes e suas fragilidades para

uma posterior tomada de ação, já que o mesmo não é algo acabado e sim está em

constantes modificações, uma vez que a escola é um ambiente vivo. Para o ano

2008, será encaminhado aos pais um questionário com questões referentes a escola

como um todo, onde esses podem sugerir mudanças, dar opiniões e tecer críticas.

Esse material ao retornar, servirá para que a escola possa avaliar sua atuação e

propor mudanças que estarão inseridas no Projeto Político Pedagógico.

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dezembro de 1996. Ministério da Educação. Brasília, 1996.

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