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ORDEM DOS ENGENHEIROS REGIÃO NORTE COLÉGIO DE ENGENHARIA CIVIL Relatório de Estágio Formal DIREÇÃO DE FISCALIZAÇÃO Estagiário: Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal Membro n.º: 65027 Patrono: Engenheiro Francisco José Pires Morgado Bernardo Membro n.º: 35272 DEZEMBRO, 2015

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ORDEM DOS ENGENHEIROS

REGIÃO NORTE

COLÉGIO DE ENGENHARIA CIVIL

Relatório de Estágio Formal

DIREÇÃO DE FISCALIZAÇÃO

Estagiário: Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal Membro n.º: 65027 Patrono: Engenheiro Francisco José Pires Morgado Bernardo Membro n.º: 35272

DEZEMBRO, 2015

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ORDEM DOS ENGENHEIROS – REGIÃO NORTE Colégio de Engenharia Civil Relatório Estágio Formal

Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 i

AGRADECIMENTOS

Ao meu Orientador, o Eng.º Francisco José Pires Morgado Bernardo, por ter

correspondido tão afavelmente ao meu pedido para a orientação do meu Estágio Formal

e por, ao longo destes meses, ter estado sempre pronto e disponível a partilhar os seus

doutos conhecimentos e a sua vasta e rica experiência profissional.

Aos Administradores da Empresa A400 Angola, o Eng.º Marco António Baptista, o Eng.º

António Monteiro e também o Eng.º Francisco Bernardo, por tão amavelmente terem

aceitado e permitido a realização do meu Estágio.

Ao Eng.º João Guerra e ao Eng.º Alexandre Resende, pelos conhecimentos vivenciados,

pela experiência partilhada e pela oportunidade única de aprendizagem e formação

profissional que me proporcionaram durante todo o Estágio.

À Eng.ª Filipa Gonçalves e ao Eng.º Bruno Silva, por toda a disponibilidade e amizade

que me dedicaram, sendo verdadeiros pilares da minha integração no mundo do Trabalho

da Fiscalização e na Empresa.

A todos os Colegas da A400 Angola que, direta ou indiretamente, contribuíram para o

meu crescimento profissional e pessoal, não só na área específica da Engenharia Civil,

mas também nas Especialidades mais presentes nas obras por onde passei.

À minha família e aos meus amigos, pela presença constante e pelo apoio incondicional.

O meu muito obrigada a todos!

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 ii

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 iii

DECLARAÇÃO DA EMPRESA

Para os devidos efeitos, declaramos que Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal exerceu funções na A400 Angola – Projectistas e Consultores de Engenharia, Lda, onde realizou o seu Estágio Formal durante o período de tempo compreendido entre 28 de Maio de 2015 e 30 de Novembro de 2015. O estágio foi acompanhado pelo orientador Eng.º Francisco Bernardo e certificamos a sua realização.

_________________________________________________________

(Francisco José Pires Morgado Bernardo) (Administrador da A400 Angola)

_________________________________________________________

(Marco António da Costa Lima Baptista) (Administrador da A400 Angola)

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 iv

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 v

ÍNDICE AGRADECIMENTOS ....................................................................................................... I DECLARAÇÃO DA EMPRESA ..................................................................................... III ÍNDICE DE FIGURAS .................................................................................................. VII ÍNDICE DE QUADROS ................................................................................................ VII ABREVIATURAS .......................................................................................................... IX

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ..................................................................................... 1

1.2. APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO E OBJETIVOS ............................................................ 1

1.3. RESUMO DO TRABALHO REALIZADO ....................................................................... 2

1.4. ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO .............................................................................. 4

2. CARATERIZAÇÃO GERAL DA EMPRESA E INTEGRAÇÃO NA EQUIPA ............... 5

2.1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ............................................................................... 5

2.2. EQUIPA TÉCNICA .................................................................................................. 6

2.3. PRINCIPAIS ÁREAS DE ATIVIDADE E PROJETOS/OBRAS IMPORTANTES ..................... 6

2.4. INTEGRAÇÃO NA EQUIPA ....................................................................................... 8

3. TRABALHO REALIZADO ......................................................................................... 13

3.1. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS EXECUTADOS DURANTE O ESTÁGIO ......................... 13

3.2. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DOS SOFTWARES UTILIZADOS............................................. 14

3.2.1. Introdução .................................................................................................. 14

3.2.2. AutoCAD .................................................................................................... 14

3.2.3. Microsoft Excel e Microsoft Word ............................................................... 15

3.3. LEGISLAÇÃO UTILIZADA ....................................................................................... 15

4. EMPREITADAS FISCALIZADAS DURANTE O ESTÁGIO ....................................... 17

4.1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 17

4.2. OS EMPREENDIMENTOS ...................................................................................... 17

4.2.1. Kero Nova Vida II ....................................................................................... 17

4.2.2. Instituto Superior dos Petróleos ................................................................. 19

4.3. FISCALIZAÇÃO EM OBRA ..................................................................................... 22

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 vi

4.3.1. Principais Intervenientes ............................................................................ 22

4.3.2. Equipa de Fiscalização .............................................................................. 23

4.4. ACOMPANHAMENTO DAS OBRAS .......................................................................... 24

4.4.1. Introdução .................................................................................................. 24

4.4.2. Arquivo de Informação ............................................................................... 24

4.4.3. Relatórios ................................................................................................... 25

4.4.4. Reuniões de Coordenação de Obra ........................................................... 30

4.4.5. Ensaios ...................................................................................................... 30

5. FORMAÇÕES REALIZADAS ................................................................................... 37

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 39

7. BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 41

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2.1. – Organograma Funcional da A400 Angola – Projectistas e Consultores de Engenharia, Lda. ........................................................................................................... 11

Figura 4.1. – Organograma dos principais intervenientes em obra e a forma como se relacionam ..................................................................................................................... 23

Figura 4.2. – Organograma funcional tipo da equipa de fiscalização ............................. 23

Figura 4.3. – Página 1 de 3 do RVO .............................................................................. 27

Figura 4.4. – Página 2 de 3 do RVO .............................................................................. 28

Figura 4.5. – Página 3 de 3 do RVO .............................................................................. 29

Figura 4.6. – Ensaio de Abaixamento ............................................................................ 32

Figura 4.7. – Boletim de Autorização de Betonagem ..................................................... 33

Figura 4.8. – Boletim de Resultados de Ensaio PDL ..................................................... 36

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 2.1 – Composição da A400 Angola. .................................................................... 6

Quadro 2.2. – Lista das principais especialidades desenvolvidas em projeto pela A400 Angola ............................................................................................................................. 6

Quadro 2.3. – Lista de outras valências desenvolvidas pela A400 Angola ...................... 7

Quadro 3.1. – Resumo das Empreitadas acompanhadas durante o Estágio Formal ..... 14

Quadro 3.2. – Legislação, Normas e Regulamentos consultados .................................. 16

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ABREVIATURAS

FAME – Ficha de Aprovação de Material e Equipamento

RGEU – Regulamento Geral das Edificações Urbanas

REBAP – Regulamento das Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado

RSA – Regulamento de Segurança e Ações para Estruturas de Edifícios e Pontes

DL – Decreto-Lei

NP – Norma Portuguesa

DR – Diário da República

ISP – Instituto Superior dos Petróleos

R/C – Rés-do-Chão

RMO – Relatório Mensal de Obra

RVO – Relatórios de Visita à Obra

CSO – Coordenador de Segurança em Obra

RVO.CSO – Relatório de Visita à Obra do Coordenador de Segurança em Obra

RIA – Rede de Incêndio Armada

BAB – Boletim de Autorização de Betonagem

LEA – Laboratório de Engenharia de Angola

PDL – Penetração Dinâmica Ligeira

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 1

1. INTRODUÇÃO 1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Ser Engenheiro e praticar Engenharia tem como primeiro passo a conclusão do ciclo de

estudos académicos em Engenharia, independentemente do ramo escolhido. Contudo,

ser Engenheiro implica também a inscrição na Entidade Reguladora da Atividade, isto é,

na Ordem dos Engenheiros, para que se possa praticar a atividade profissional na sua

plenitude.

Neste sentido, o caminho para a obtenção do título de Engenheiro é traçado pela

realização de um estágio profissionalizante, regulamentado pela Ordem, que visa

estabelecer uma ponte entre os conhecimentos académicos e o exercício da profissão,

conduzindo a um desempenho profissional competente, responsável e ético.

Assim sendo, serve o presente relatório para divulgar os dois projetos de Direção de

Fiscalização em que a estagiária Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal, membro

estagiário n.º 65027, da Ordem dos Engenheiros – Região Norte, esteve envolvida, bem

como os trabalhos efetuados durante o seu estágio. Este estágio incidiu na área da

Fiscalização de Obra, mais concretamente, no acompanhamento dos trabalhos de

execução de duas obras de envergadura significativa.

1.2. APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO E OBJETIVOS Tratando-se da modalidade de Estágio Formal, torna-se oportuna uma breve

apresentação do estágio e dos seus intervenientes, fazendo-se referência ao seguinte:

Membro Estagiário: Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal, membro

estagiário da Ordem dos Engenheiros, Região Norte, n.º 65027, concluiu o

Mestrado Integrado em Engenharia Civil, pela Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto, em março de 2010, com especialização em Construções

Civis, no 5º ano do ciclo de estudos.

Patrono: Francisco José Pires Morgado Bernardo, membro efetivo da Ordem dos

Engenheiros Região Norte, n.º 35272/8872, com Licenciatura em Engenharia Civil,

pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, concluída em 1993.

Prémio Fundação Eng.º António de Almeida (Melhor aluno do Curso de Engenharia

Civil, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, nos anos letivos de

1988/89 a 1992/93). Mestrado em Estruturas de Engenharia Civil, pela Faculdade

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 2

de Engenharia da Universidade do Porto, como Bolseiro da J.N.I.C.T. Parte Escolar

concluída em 07/12/1994, com a classificação final de Muito Bom. Tese de

Mestrado concluída em 24/09/1999, sobre o tema "Análise dos Efeitos Diferidos em

Pontes Construídas por Recurso aos Deslocamentos Sucessivos", com a

classificação final de Muito Bom.

Período de Estágio: início a 28 de maio de 2015 e fim a 30 de novembro de 2015

(6 meses); é de referir que a estagiária já se encontrava em funções na Empresa,

desde janeiro de 2015.

Tema de Estágio: Direção de Fiscalização – a estagiária desenvolveu as suas

funções acompanhando, coordenando e fiscalizando o desenvolvimento dos

trabalhos das várias especialidades em obra e prestando apoio aos Diretores de

Fiscalização das obras a que esteve afeta durante o período de estágio;

Empresa: A400 Angola – Projectistas e Consultores de Engenharia, Lda.

A realização do Estágio Formal permite, após a sua apreciação, o ingresso da estagiária

como Membro Efetivo na Ordem dos Engenheiros, sendo este um dos objetivos a

alcançar.

O principal objetivo do estágio centra-se na plena integração da estagiária no mundo do

trabalho, em particular na área da Fiscalização. No presente caso, a integração da

estagiária ocorreu numa Empresa que presta serviços de Fiscalização de Obra em

paralelo com a Consultoria de Engenharia e a Execução de Projetos de Engenharia Civil.

A área de Fiscalização sempre foi uma área muito aliciante para a estagiária, devido à

dinâmica inerente e aos desafios que apresenta. Há uma grande variedade de matérias

abordadas, a necessidade do engenheiro conhecer a legislação em vigor, para além de

estar sempre presente a novidade de cada projeto e a possibilidade de aplicar

diretamente inúmeros conhecimentos adquiridos durante a formação superior e a

constante procura de soluções eficazes e inovadoras.

O contacto direto com os restantes colegas, profissionais do ramo, mas de diferentes

especialidades, contribuiu, ainda, para a aquisição de novos conhecimentos e para o

crescimento pessoal e profissional da estagiária.

1.3. RESUMO DO TRABALHO REALIZADO Tal como foi referido no ponto 1.2., o presente estágio incidiu na área de Direção de

Fiscalização de projetos de engenharia civil. Durante o período de estágio, a estagiária

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 3

fez parte da equipa de fiscalização dos trabalhos da Empreitada de Construção do

Hipermercado Kero Nova Vida II, tendo acompanhado esta obra até à sua inauguração,

e acompanhado a seguir o início dos trabalhos da Empreitada de Conceção-Construção

do Instituto Superior dos Petróleos.

Com efeito, a estagiária foi integrada na equipa de fiscalização da Empreitada do

Hipermercado Kero Nova Vida II aquando da sua entrada na Empresa, em janeiro de

2015, e aí se manteve até 16 de outubro de 2015. Posteriormente, passou para a equipa

afeta à Empreitada de Conceção-Construção do Instituto Superior dos Petróleos a 19 de

outubro de 2015, onde ainda se mantém.

Em ambas as equipas, a estagiária teve sempre o apoio dos colegas, nas áreas mais

variadas, desde a sua iniciação à utilização do sistema informático da empresa e método

de arquivo de informação até ao esclarecimento de dúvidas relativas a soluções técnicas

e à legislação aplicável. Em termos de software, no dia-a-dia, a estagiária utilizou

programas com os quais já tinha trabalhado ativamente durante o seu percurso

académico, nomeadamente:

AutoDesk AutoCAD;

Microsoft Office: Excel e Word.

No que concerne aos projetos de execução das empreitadas, onde a estagiária esteve

inserida, ambas as obras são construção nova e empreendimentos de envergadura

significativa, factos que em muito contribuíram para um Estágio rico em conteúdos, dada

a variedade de especialidades presentes e a interação e sobreposição in situ das

mesmas. Desta forma, a estagiária pôde presenciar e observar todo o desenrolar das

tarefas associadas às especialidades abaixo se referem:

Movimentação de Terras;

Estruturas de Betão Armado;

Abastecimento e Distribuição de Água;

Drenagem de Águas Residuais e Pluviais;

Abastecimento e Distribuição de Gás;

Climatização (AVAC);

Eletricidade;

Telecomunicações;

CCTV;

Deteção de Incêndio e Intrusão.

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Em cada projeto acompanhado, a estagiária elaborou e atualizou – mediante revisão dos

respetivos superiores – Relatórios Diários de visita à obra, Mapa de Controlo de Trabalhos

a Mais e a Menos, Mapa de Controlo de FAMEs (Fichas de Aprovação de Material e

Equipamento), Mapa de Controlo de Comunicações, bem como folhas de cálculo de

verificação de quantidades executadas em obra para validação de Auto de Medição.

Tarefas como a pesquisa de soluções construtivas alternativas, elaboração de medições,

alguns orçamentos e pedidos de cotação para validação de preços, também fizeram parte

das atividades da estagiária.

NOTA: Ver o significado das abreviaturas utilizadas ao longo deste relatório na página ix, “Abreviaturas”.

1.4. ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO O presente relatório divide-se nos seguintes capítulos:

Capítulo 1 – introdução do relatório de Estágio Formal, salientando o tema do

Estágio, os objetivos traçados e um resumo do trabalho efetuado nesse período;

Capítulo 2 – caracterização geral da Empresa onde decorreu o Estágio e a

integração da estagiária na equipa, apresentando uma breve história da Empresa,

a composição da sua equipa técnica e as principais atividades e projetos

concretizados;

Capítulo 3 – descrição do trabalho realizado pela estagiária, referindo as

empreitadas acompanhadas, bem como as ferramentas informáticas mais

utilizadas e a legislação consultada;

Capítulo 4 – apresentação das empreitadas em que a estagiária esteve envolvida,

destacando os aspetos mais relevantes destas obras e as tarefas desenvolvidas

durante o Estágio, no âmbito da Fiscalização;

Capítulo 5 – referência às ações de formação frequentadas e realizadas pela

estagiária;

Capítulo 6 – conclusão do relatório de Estágio Formal.

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2. CARATERIZAÇÃO GERAL DA EMPRESA E INTEGRAÇÃO NA EQUIPA

2.1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

A A400 Angola – Projectistas e Consultores de Engenharia, Lda. é uma empresa jovem,

com cerca de cinco anos de presença no mercado angolano que nasceu de uma

expansão da empresa portuguesa A400 – Projectistas e Consultores de Engenharia,

Lda., fundada em 1995 e, desde então, reconhecida no mercado nacional no âmbito dos

serviços que presta nos mais variados domínios da engenharia.

A A400 Angola, apesar de ser uma empresa nova no mercado angolano, traz consigo

todo o conhecimento acumulado ao longo dos anos e os métodos de trabalho

desenvolvidos em Portugal, aplicando-os nos projetos que tem vindo a desenvolver em

Angola, o que tem sido reconhecido com a atribuição de vários prémios.

A A400 Portugal tem vindo a prestar diversos serviços na área da Engenharia Civil,

nomeadamente, na elaboração de projetos de especialidade, fiscalização, gestão e

coordenação de segurança e consultadoria, tendo como alvo os mercados das obras

públicas, dos clientes privados, singulares e/ou empresariais.

A A400 Angola, por seu lado, tem vindo a especializar-se nas áreas de projeto e

consultadoria, fiscalização e coordenação de segurança, procurando responder eficaz e

eficientemente a todas as solicitações que surgem. A sua atividade tem sido requisitada

por diversas entidades privadas, públicas e instituições de utilidade pública, tem vindo,

também, a participar em diversos concursos públicos.

Atualmente, a A400 Angola reúne uma equipa técnica permanente, na qual se integra a

estagiária, e que é constituída por dezasseis elementos (ver Quadro 2.1.).

Dados da Empresa

A400 Angola Morada Condomínio Vila Sol, Casa N.º 20

Talatona - Luanda, Angola Telefone fixo +244 935 453 310

E-mail Site

[email protected] http://www.a400.pt

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2.2. EQUIPA TÉCNICA

Durante o período de estágio, a estagiária esteve em contacto com a equipa base da

Empresa, que a seguir se apresenta (ver Quadro 2.1.):

Quadro 2.1. – Composição da A400 Angola

TÉCNICO HABILITAÇÕES / CARGO Eng.º Marco Baptista Eng.º Civil / Sócio Gerente Eng.º António Monteiro Eng.º Civil / Sócio Gerente Eng.º Francisco Bernardo Eng.º Civil / Sócio Gerente Engº. Miguel Mariz Eng.º Civil / Coordenador de Projeto Engº. Sérgio Silva Eng.º Eletrotécnico / Coordenador de Fiscalização Engº. João Guerra Eng.º Civil / Diretor de Fiscalização Engº. Pedro Padrão Eng.º Civil / Diretor de Fiscalização Engª. Filipa Gonçalves Eng.º Civil / Diretor de Fiscalização Engº. César Bessa Eng.º Civil / Diretor de Fiscalização Engº. António Costa Eng.º Eletromecânico / Engenheiro Fiscal Eng.º Wilson Pereira Eng.º Eletrotécnico / Engenheiro Fiscal Eng.º João Drumond Eng.º Civil / Diretor de Fiscalização Engº. Alexandre Resende Eng.º Civil / Diretor de Fiscalização Engº. Guilherme Mukubi Eng.º Civil / Engenheiro Fiscal Engº. Bruno Silva Eng.º Mecânico / Engenheiro Fiscal Eng.ª Bárbara Pinhal Eng.ª Civil / Engenheiro Fiscal Engº. Adriano Silva Coordenador de Segurança Engª. Susana Vieira Engenheira Fiscal de Segurança Engº. Carlos Dias Engenheiro Fiscal de Segurança Eduardo Inácio Responsável de Logística

2.3. PRINCIPAIS ÁREAS DE ATIVIDADE E PROJETOS/OBRAS IMPORTANTES

A atividade da A400 Angola – Projectistas e Consultores de Engenharia, Lda. carateriza-

se pela participação em diversos trabalhos nas áreas de projetos de engenharia civil,

fiscalização e coordenação de segurança. Destacam-se, a seguir, algumas das

Empreitadas de relevância fiscalizados pela A400 Angola, precedidas de uma lista das

principais especialidades de engenharia e outras serviços prestados pela Empresa

(Quadros 2.2. e 2.3.):

Quadro 2.2. – Lista das principais especialidades desenvolvidas em projeto pela A400 Angola

PRINCIPAIS ESPECIALIDADES EXECUTADAS EM PROJETO Estruturas e Fundações Abastecimento de Água, Saneamento e Águas Pluviais Abastecimento de Gás Térmica e Acústica Segurança Contra Incêndios Instalações Mecânicas Instalações Elétricas e Telecomunicações Infraestruturas Vias de Comunicação

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Quadro 2.3. – Lista de outras valências desenvolvidas pela A400 Angola

OUTRAS VALÊNCIAS Coordenação de execução de projetos, especificações e preparação de documentos para concurso Certificação Energética Medições e estimativas de custo Análise e comparação de propostas Avaliações técnicas

Empreitadas Importantes

Fiscalização para a Vigor Calima, Indústria de Produtos Alimentares e Águas, Lda.

da execução da Empreitada de Construção da Fábrica de Embalagens

Alimentares e do Edifício de Escritórios, em Luanda, Angola

Fiscalização para a CCBL – Coca-Cola Bottling Luanda da execução da Fábrica

da Empreitada de Construção da Coca-Cola Bottling Luanda, em Luanda, Angola

Fiscalização para a Sodiba – Sociedade de Bebidas de Angola, Lda. da execução

da Empreitada de Construção da Empreitada de Construção da Sodiba – Unidade

de Fabrico de Cerveja, em Luanda, Angola

Fiscalização para a Zahara Comércio, S. A. da execução da Empreitada de

Construção do Retail Park do Lobito, em Benguela, Angola

Fiscalização para a Zahara Comércio, S. A. da execução da Empreitada de

Construção do Hipermercado Kero Benguela, em Benguela, Angola

Fiscalização para a Zahara Comércio, S. A. da execução da Empreitada de

Construção do Shopping e Hipermercado Kero Rocha Pinto, em Luanda, Angola

Fiscalização para a Zahara Comércio, S. A. da execução da Empreitada de

Construção do Hipermercado Kero Viana, em Luanda, Angola

Fiscalização para a Zahara Comércio, S. A. da execução da Empreitada de

Construção do Hipermercado Kero Gika, em Luanda, Angola

Fiscalização para a Zahara Comércio, S. A. da execução da Empreitada de

Construção do Hipermercado Kero Talatona, em Luanda, Angola

Fiscalização para a Zahara Comércio, S. A. da execução da Empreitada de

Construção do Shopping Xyami Nova Vida, em Luanda, Angola

Fiscalização para a Zahara Comércio, S. A. da execução da Empreitada de

Construção do Hipermercado Kero Nova Vida II, em Luanda, Angola

Fiscalização para o Ministério dos Petróleos de Angola da execução da

Empreitada de Conceção-Construção do Instituto Superior dos Petróleos, no

Sumbe, Angola.

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Fiscalização de execução de várias Empreitadas de Construção de menor

envergadura, nomeadamente, escritórios, espaços comerciais para fins diversos

(farmácias, venda de alimentos, de roupa, etc.) e espaços habitacionais de várias

tipologias, em Angola.

2.4. INTEGRAÇÃO NA EQUIPA

A estagiária já se encontrava em funções na empresa desde janeiro de 2015, pelo que a

sua integração e boa relação com os restantes elementos da Empresa eram já uma

garantia à data do início do Estágio Formal, a 28 de maio de 2015.

Na Empreitada do Hipermercado Kero Nova Vida II, o trabalho decorreu sobretudo no

contentor de obra onde estava instalada a equipa fiscalizadora, funcionando este espaço

como uma sala open-space onde a comunicação fluía facilmente e facilitava a integração

da estagiária. Na fase final desta empreitada, a equipa de fiscalização mudou-se para os

escritórios já disponíveis no mezanino do Hipermercado, mas esta mudança não teve

qualquer impacto negativo para a dinâmica do dia-a-dia. Ao ir para a obra do Instituto

Superior dos Petróleos, no Sumbe, a estagiária voltou a trabalhar num espaço aberto

junto com os restantes elementos da nova equipa de trabalho, o que, sem dúvida,

contribuiu muito positivamente para uma fácil integração com a nova equipa, para além

de permitir uma rápida e fluída troca de informações e colocação de dúvidas e questões,

bem como procurar as soluções mais adequadas para os problemas que vão surgindo no

decorrer da obra.

É de enaltecer e de destacar aqui o importante papel do orientador, Eng.º Francisco

Bernardo, por todo o apoio prestado e pela sua presença constante durante o decurso

deste Estágio. É de salientar a ajuda prestada e a disponibilidade por parte dos Eng.os

João Guerra e Alexandre Resende no esclarecimento de dúvidas e reconhece-se,

também, os conhecimentos partilhados pelos Eng.os Bruno Silva e Wilson Pereira nas

questões mais diretamente relacionadas com as especialidades de Mecânica e

Eletricidade, respetivamente.

Na página seguinte apresenta-se o organograma funcional da empresa (Fig. 2.1.), onde

é possível observar todos os departamentos da empresa A400 Angola – Projectistas e

Consultores de Engenharia, Lda., numa perspetiva geral, elencando-se apenas a

hierarquização entre departamentos e a hierarquização dos departamentos e dentro do

próprio departamento da Fiscalização. Desta forma, a posição da estagiária encontra-se

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referida pelo nome “Fiscal”, posicionando-se sob o alçado direto do Diretor de

Fiscalização da obra a que foi afeta, nomeadamente, o Eng.º João Guerra (Empreitada

de Construção do Hipermercado Kero Nova Vida II) e o Eng.º Alexandre Resende

(Empreitada de Conceção-Construção do Instituto Superior dos Petróleos).

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Figura 2.1. – Organograma Funcional da A400 Angola - Projectistas e Consultores de Engenharia, Lda.

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3. TRABALHO REALIZADO

3.1. DESCRIÇÃO DOS TRABALHOS EXECUTADOS DURANTE O ESTÁGIO

O Estágio Formal desenrolou-se na área de Direção de Fiscalização, onde a estagiária

acompanhou a execução de dois projetos de engenharia civil, conforme já foi referido

anteriormente, tendo estado presente e ativamente envolvida em todas as atividades

inerentes desenvolvidas durante o período em causa.

A fiscalização da execução de qualquer empreitada, independentemente do tamanho e

da complexidade desta, não se resume somente à presença da equipa de Fiscalização

em obra e ao acompanhamento dos trabalhos de execução do empreendimento. Esta

inclui também a produção de documentos específicos que documentam a evolução da

obra em todas as suas vertentes, desde a submissão a validação e a aprovação de um

material ao controlo financeiro da empreitada e à redação das atas de reunião de obra.

Nesse sentido, a estagiária contribuiu para o desenvolvimento das seguintes tarefas:

Elaboração de Relatórios Visita à Obra, diariamente, onde são definidos,

sumariamente, os trabalhos em curso do respetivo dia;

Elaboração de mapas de medição para controlo das quantidades executadas em

obra e da evolução dos trabalhos, que também foram utilizados como base para

verificação e validação dos Autos de Medição Mensal submetidos pelo

Empreiteiro;

Verificação das incompatibilidades de projeto, sobrepondo e confrontando os

desenhos dos projetos de especialidade, e, posteriormente, elaboração da lista

das questões encontradas;

Atualização do Mapa de Controlo de FAMEs;

Atualização do Mapa de Saldos de Obra (controlo financeiro da obra);

Atualização do Mapa de Controlo de Trabalhos a Mais e a Menos;

Atualização do Mapa de Controlo de Comunicações emitidas pela Fiscalização;

Redação de minutas e de atas de reunião de obra;

Elaboração de medições e mapa comparativo de preços para validação de preços;

Plotagens e impressões;

Organização dos processos (dobragem de plantas, gravação de ficheiros nos

formatos apropriados tais como PDF e DWF, gravação dos trabalhos em CD-

ROM, entre outros).

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No Quadro 3.1. abaixo, apresentam-se as empreitadas acompanhadas no decorrer do

estágio, especificando-se o local de implantação, o Dono de Obra e a duração da afetação

da estagiária à obra em causa.

Quadro 3.1. – Resumo das Empreitadas acompanhadas durante o Estágio Formal NR.

PROCESSO DESIGNAÇÃO DA

EMPREITADA LOCAL DE

IMPLANTAÇÃO DONO DE

OBRA PERÍODO DE AFETAÇÃO

2014010 Empreitada de Construção do Hipermercado Kero Nova Vida II

Nova Vida, Luanda, Angola

Zahara Comércio, S.A.

28 de maio a 16 de outubro de 2015

2015003 Empreitada de Conceção-Construção do Instituto

Sumbe, Cuanza-Sul, Angola

Ministério dos Petróleos de

Angola

19 de outubro a 30 de novembro de 2015

NOTA: Ver o significado das abreviaturas dos termos utilizados na página ix, “Abreviaturas”. O “Nr. Processo” diz respeito à organização interna da Empresa quanto aos projetos/processos em carteira, identificando-os com um número específico.

3.2. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DOS SOFTWARES UTILIZADOS

3.2.1. INTRODUÇÃO Na vida prática de um engenheiro existe, atualmente, uma simbiose dinâmica entre o

desenvolvimento e a execução de um empreendimento (desde a fase de projeto à

execução da obra no sentido mais estrito) e o domínio e utilização de ferramentas

informáticas essenciais ao desenrolar dos trabalhos do dia-a-dia. Estas ferramentas são

diversos programas informáticos: programas de cálculo, de desenho, de escrita e edição

de texto, onde é exigida a mestria do engenheiro. Estes programas visam,

fundamentalmente, o auxílio e a otimização do trabalho a executar, permitindo ao

utilizador a elaboração de projetos de uma forma mais rápida, eficaz e sistematizada.

A estagiária teve a oportunidade de, até à data, contactar com diversos programas de

computador, sobretudo durante o seu percurso académico. Contudo, durante o Estágio

Formal, os programas mais utilizados foram o Autodesk AutoCAD, na sua vertente 2D, o

Microsoft Excel e o Microsoft Word, os quais se descrevem, sumariamente, a seguir.

3.2.2. AUTOCAD A análise, estudo e sobreposição de desenhos de especialidade, a definição e delimitação

de espaços e áreas em execução nos desenhos, a medição de quantidades e a avaliação

de pormenores construtivos, constituem a base do trabalho de gabinete realizado na área

da Fiscalização. Em ambas as obras, que a estagiária acompanhou, todos os desenhos

recebidos da equipa projetista do Dono de Obra foram concebidos e, posteriormente,

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estudados pela equipa de fiscalização com recurso ao programa AutoCAD 2D da

Autodesk.

A estagiária já trazia noções sobre o funcionamento deste programa, adquiridas pela

frequência das disciplinas académicas que requerem a sua utilização e solidificadas pela

realização de uma formação em AutoCAD 3D, frequentada ainda durante a Faculdade.

Todavia, a utilização do programa AutoCAD, num contexto profissional, no Estágio

Formal, permitiu aperfeiçoar os conhecimentos já adquiridos e incrementar a

desenvoltura e o à-vontade da estagiária com esta ferramenta.

3.2.3. MICROSOFT EXCEL E MICROSOFT WORD O normal decorrer da atividade profissional no âmbito da Engenharia hoje já não é

possível sem a presença constante das ferramentas informáticas do Microsoft Office, em

particular o Excel e o Word. A elaboração de documentos e de folhas de cálculo são parte

vital da atividade do engenheiro e estas foram, sem dúvida, as ferramentas informáticas

mais utilizadas pela estagiária no decorrer deste Estágio Formal. Enquanto estudante

universitária, a estagiária frequentou também uma formação em Microsoft Excel

Avançado, para garantir uma melhor preparação para o mundo do trabalho.

3.3. LEGISLAÇÃO UTILIZADA

Como é natural, a execução de uma empreitada pressupõe o cumprimento de legislação

e regulamentos das várias especialidades em causa. Estes documentos podem existir na

forma de normas, decretos-lei, portarias ou regulamentos e estão sujeitos a uma

permanente atualização.

A Empresa sempre disponibilizou à estagiária os documentos necessários à correta

execução dos diversos trabalhos das várias especialidades de engenharia civil com que

se pudesse vir a deparar em obra, disponibilizou, ainda, o livre acesso à internet, o que

permitiu, paralelamente, colmatar qualquer falta de legislação em Angola. Em situação

de falta de legislação e regulamentos angolanos que definam claramente quais os

requisitos e procedimentos a aplicar em obra, está estabelecido que devem ser utilizados

os documentos portugueses.

O Quadro 3.2. apresenta uma lista que reúne, até à data do término do estágio, as

principais normas, decretos-lei, portarias e regulamentos consultados:

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Quadro 3.2. – Legislação, Normas e Regulamentos consultados

LEGISLAÇÃO, REGULAMENTOS E NORMAS APLICÁVEIS

Geral RGEU (Regulamento Geral das Edificações Urbanas)

Estabilidade

REBAP (Regulamento das Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado)

RSA (Regulamento de Segurança e Ações para Estruturas de Edifícios e Pontes)

Decreto-Lei n.º 301/07 de 23 de agosto

NP EN206-1 (Betão - Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade)

NP EN12350 (Ensaios do Betão Fresco)

NP EN12350-1 (Amostragem)

NP EN12350-2 (Ensaio de abaixamento)

NP ENV 13670-1 (Betão - Parte 1: Regras Gerais)

Abastecimento de Água

Drenagem de Águas Residuais

Drenagem de Águas Pluviais

DR n.º 23/95 de 23 de agosto (Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais)

Segurança Contra Incêndios

Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de novembro (Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndios em Edifícios)

Portaria n.º 1532/2008 (Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios)

Resíduos de Construção e Demolição

Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de março

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4. EMPREITADAS FISCALIZADAS DURANTE O ESTÁGIO

4.1. INTRODUÇÃO

Neste capítulo, serão abordados os trabalhos desenvolvidos ao longo do

acompanhamento e fiscalização dos trabalhos executados na Empreitada de Construção

do Hipermercado Kero Nova Vida II e na Empreitada de Conceção-Construção do

Instituto Superior dos Petróleos, durante o período correspondente ao Estágio Formal.

Conforme já foi esquematizado no Quadro 3.1., durante o decorrer do Estágio Formal, a

estagiária fiscalizou a Empreitada do Kero durante cerca de 4 meses e meio, e esteve a

fiscalizar a Empreitada do Instituto Superior dos Petróleos durante apenas 1 mês e meio.

Apesar de a primeira empreitada ter sido acompanhada durante mais tempo, salienta-se

que, em ambas as obras, foram utilizados os mesmos princípios e métodos de trabalho,

devidamente adequados às fases de obra em que cada um destes empreendimentos se

encontrava durante o período correspondente a este estágio.

De uma forma muito sucinta e apenas como nota introdutória, o Hipermercado Kero Nova

Vida II, fiscalizado pela estagiária nos meses finais que conduziram à inauguração, é uma

superfície comercial, inserida no Shopping Xyami Nova Vida, localizada em Nova Vida,

Luanda, Angola; o Instituto Superior dos Petróleos é um futuro campus universitário em

toda a sua plenitude, localizado na proximidade do Instituto Médio dos Petróleos, no

Sumbe, Angola, tendo a estagiária acompanhado o desenrolar dos trabalhos iniciais.

4.2. OS EMPREENDIMENTOS

4.2.1. KERO NOVA VIDA II A Empreitada de Construção do Hipermercado Kero Nova Vida II surgiu em função da

necessidade sentida pelo Dono de Obra (Zahara Comércio, S.A.) de expandir a sua

presença em Nova Vida, utilizando o lote onde havia sido construída a primeira superfície

comercial do Grupo, o Kero Nova Vida I. Contudo, a visão do cliente não implicou apenas

uma mera expansão do espaço já existente, mas sim a implementação de um Shopping,

com a inclusão do novo Hipermercado Kero no interior deste, tendo sido o Hipermercado

Kero Nova Vida I mantido em funcionamento até à inauguração da nova superfície

comercial.

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Em termos de planeamento e organização dos trabalhos, a Empreitada de Construção

do Hipermercado Kero Nova Vida II esteve sempre interligada com os trabalhos do

Shopping Xyami Nova Vida. Com efeito, o caminho crítico do planeamento das tarefas do

Kero Nova Vida II foi bastante influenciado, sobretudo na fase inicial dos trabalhos, pela

evolução dos trabalhos em curso no Shopping, especialmente no que diz respeito à

execução das estruturas de betão armado e da cobertura em chapa metálica da área

destinada ao Hipermercado. Em suma, o Kero Nova Vida II assumiu o caráter de um

lojista, cuja empreitada foi iniciada em meados de janeiro de 2015, tendo os seus

trabalhos de execução sido desenvolvidos em paralelo com os do Shopping.

O Kero Nova Vida II é uma grande superfície comercial (área comercial aberta ao público

de aproximadamente 7.000 m2), com uma área total de construção de 14.749,25 m2,

dividida em piso 0 (12.510,40 m2) e mezanino com vista direta para a placa de vendas

(2.238,85 m2). O rés-do-chão é constituído por placa de vendas, cofre, espaço gourmet,

cafetaria, restaurante com linha de self-service, takeaway, armazém não alimentar,

armazém de produtos de grande consumo, área de apoio a clientes e laboratórios; o

mezanino, por seu lado, alberga os escritórios, a área de informática, o refeitório e os

balneários dos funcionários.

Na conceção do edifício optou-se, a nível estrutural, por pilares em betão armado e lajes

maciças. A solução adotada para a cobertura consiste em chapa metálica simples

assente sobre estrutura metálica apoiada sobre os pilares, estando os vãos longitudinais

afastados, no máximo, de 4,50 m e os vãos transversais distam 9,0 m entre si. Criou-se,

assim, uma malha interior que facilitou a posterior suspensão dos caminhos de cabos

para as especialidades de eletricidade e telecomunicações, de mecânica, de CCTV e de

deteção de incêndio e intrusão, as réguas de iluminação e os diversos elementos de

sinalética de marketing da placa de vendas, uma vez que permitiu reduzir o número

inicialmente previsto de furações para elementos de suspensão na chapa de cobertura,

o que, por sua vez, diminuiu o número de pontos frágeis da cobertura. Salienta-se, ainda,

que esta estrutura metálica de suporte foi reforçada nas zonas de apoio das unidades de

tratamento de ar, claraboias de desenfumagem e nas zonas onde ficaram colocados os

condensadores de frio.

O revestimento da cobertura é constituído por telas de impermeabilização sobre chapa

metálica com isolamento térmico.

As paredes exteriores são constituídas por panos simples de bloco de cimento com

fachada ventilada. Esta fachada ventilada foi conseguida criando um sistema de suporte

e a aplicação de chapa metálica colorida, de acordo com as definições do projeto do

Shopping Xyami Nova Vida. As paredes interiores são constituídas por blocos de cimento

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de menor largura, com acabamento estanhado, pintado com tinta plástica nas áreas

acessíveis ao público e com acabamento areado, pintado com tinta plástica nas zonas

técnicas. É de salientar que as paredes divisórias dos escritórios foram executadas em

gesso cartonado e que as paredes interiores do Restaurante, Cafetaria e Self-service e

do atendimento do Talho, da Peixaria e da Padaria receberam revestimento cerâmico à

cor definida para cada um destes espaços.

A nível de tetos, optou-se por deixar os espaços em teto real nas áreas técnicas e nos

armazéns e na placa de vendas, onde a altura que vai da linha de visão do utilizador até

à cota da cobertura excede os 9 metros. Nos restantes espaços foi colocado teto falso

em placas de gesso cartonado de caraterísticas hidrófugas (balneários e refeitório),

resistente ao fogo (bastidores, áreas de informática e salas de quadros elétricos) e

normais (circulações horizontais e verticais interiores e escritórios).

Na zona dos laboratórios, a delimitação dos espaços foi conseguida através da colocação

de painéis pré-fabricados de Frio Industrial, concebidos especificamente para estes

efeitos. Estes painéis delimitam os vários espaços, formando a sua envolvente (chão,

paredes e tetos), e obedecem às funções dos espaços a que se destinam: espaço de

refrigeração ou espaço de congelação, apresentando espessuras diferentes consoante a

sua função.

Na zona dos checkouts, dada a existência de um piso de estacionamento abaixo, com

altura livre suficiente, a passagem de todas as infraestruturas elétricas e informáticas

necessárias foi feita através de um caminho de cabos suspenso do teto do piso -1 e o

atravessamento da laje para a passagem das ligações a cada um dos 38 checkouts foi

realizado através de carotes. Optou-se por esta solução para aliviar o número de

estruturas suspensas da chapa da cobertura e da estrutura metálica, para diminuir a

quantidade de caminhos de cabos visíveis aos olhos dos futuros clientes, para facilitar a

manutenção dos cabos e dos checkouts, mas, sobretudo, devido ao facto de o Dono de

Obra estar já a acautelar a possibilidade de ter que renovar os checkouts, alterando os

cabos passados e, eventualmente, ter que aumentar significativamente a largura do

caminho de cabos usado. Assim, a solução adotada congregou vários argumentos a seu

favor, nomeadamente, as vantagens estética, funcional e económica.

4.2.2. INSTITUTO SUPERIOR DOS PETRÓLEOS O Instituto Superior dos Petróleos (ISP) é um projeto em execução para o Ministério dos

Petróleos de Angola. Esta empreitada surgiu das necessidades do país na formação de

cargos superiores angolanos no campo da exploração petrolífera, reduzindo, assim, o

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recurso à contratação de profissionais estrangeiros, mas é também uma aposta numa

educação superior de excelência e de reconhecimento internacional.

Pretende-se que o ISP seja um campus universitário autossustentável, dispondo de todas

as comodidades possíveis para os professores e para a comunidade estudantil que ali

conviverá. Esta obra está implantada num lote com cerca de 304.500 m2, onde serão

construídos 23 tipos diferentes de edifícios:

1. Guaritas

2. Edifício Business Center

3. Edifício Administração

4. Edifício Direção Académica

5. Edifício Biblioteca

6. Edifício Salas de Aula

7. Edifício Docentes

8. Edifício Auditório

9. Edifício Refeitório

10. Edifício Clínica

11. Moradias dos Professores

12. Residências Subdiretores

13. Moradias VIP

14. Lavandaria

15. Edifícios Dormitórios

16. Ginásio

17. Associação de Estudantes

18. Campo de Futebol

19. Anfiteatro

20. Piscina Olímpica

21. Campo Multiusos

22. Campo de Futsal

23. Edifício Minimercado

Das construções acima mencionadas, é de salientar que há construções que serão

executadas mais do que uma vez. Assim, serão construídas duas Guaritas, dois Edifícios

para Salas de Aula, quarenta Moradias dos Professores (construção geminada, num total

de vinte construções independentes), quatro Moradias dos Professores, quatro

Residências Subdiretores, duas Moradias VIP, quatro Edifícios Dormitórios e dois

Campos de Futsal. Para além das edificações já referidas, esta empreitada inclui também

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a execução de uma rede de vias de comunicação e todos os arranjos exteriores do ISP,

que incluem espaços verdes, espaços de leitura e espelhos de água.

Pelo exposto, poder-se-á constatar que esta Empreitada, planeada para dois anos de

construção, será bastante desafiante e trará inúmeras hipóteses de aprendizagem e

experiências de crescimento profissional para a estagiária, dada a variedade de

especialidades envolvidas e o número de empreendimentos a construir.

Dada a complexidade deste empreendimento e o facto de não ter havido um período de

tempo suficiente entre a adjudicação da obra e a sua consignação, os projetos de

execução das várias tipologias de construção foram e serão emitidos de forma desfasada

no tempo, até ao final do ano de 2015, de modo a permitir um arranque em diversas

frentes e em plena força em 2016. Desta forma, neste período inicial de execução da

empreitada, a equipa projetista emitiu os projetos das Moradias de Professores e os

projetos de Arquitetura e de Estruturas dos Dormitórios dos Alunos, permitindo, assim, o

arranque da obra, enquanto desenvolvem os restantes projetos de todas as outras

edificações.

As Moradias dos Professores e os Dormitórios dos Alunos foram criados com o intuito de

serem utilizados como os espaços de habitação dos professores e dos alunos,

respetivamente, durante a sua passagem pelo ISP, pelo que estes espaços foram

projetados tendo em vista a sua utilização futura.

Os Dormitórios dos Alunos são constituídos por um conjunto de quatro edificações de

tipologia R/C + 1, construídas em duas linhas paralelas entre si, numa distribuição em

quadrado. Resumidamente, cada um destes edifícios é composto por um total de

quarenta e quatro quartos duplos e oito espaços de arrumos, permitindo, na sua ocupação

máxima o alojamento de trezentos e cinquenta e dois alunos. Cada um destes quartos

foi dimensionado para ser utilizado por duas pessoas, tendo sido projetado com o aspeto

de um apartamento de pequena dimensão que inclui uma cozinha, um quarto de banho

e espaço de dormida e trabalho partilhado.

As Moradias dos Professores, por seu lado, são constituídas por vinte aglomerados de

moradias de tipologia T2 geminadas, resultando num total de quarenta habitações

destinadas aos docentes do campus, que já contemplam a possibilidade de estes

trazerem a sua família. Cada uma destas Moradias, a nível individual, tem dois quartos

de dormir (um deles com quarto de banho anexo, em regime de suite), uma cozinha, uma

sala comum e um quarto de banho de serviço.

Em ambas as tipologias, a estrutura resistente dos edifícios será executada em betão

armado, devendo os panos das paredes interiores e exteriores ser executados em bloco

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de cimento com reboco areado com aplicação posterior de tinta plástica à cor definida.

Nas zonas húmidas (quartos de banho e cozinhas), as paredes serão revestidas com

revestimento cerâmico até uma altura de 2,0 metros. As coberturas serão planas e não

acessíveis, executando-se uma laje de cobertura, devidamente impermeabilizada e

isolada, para garantir o bom isolamento e a boa drenagem destas áreas.

Note-se que as construções, acima referidas, destinam-se aos professores e alunos que

morem demasiado longe do ISP para poderem fazer esse trajeto diariamente. É evidente

que, dada a dimensão desta empreitada, o corpo de docentes e de estudantes será

bastante superior aos números populacionais anteriormente citados.

Durante o período de estágio, a estagiária acompanhou os trabalhos abaixo indicados:

Dormitórios dos Alunos:

o Trabalhos de escavação até ao nível de implantação das sapatas do

Dormitório 15B

o Trabalhos de escavação da camada superior de terras na área de

implantação do Dormitório 15A

Moradias dos Professores:

o Trabalhos de escavação até ao nível de implantação das sapatas das

moradias 11G, 11H, 11I, 11J, 11L, 11M, 11N, 11O, 11P, 11Q, 11R, 11S,

11T e 11U (catorze moradias geminadas)

o Execução de betão de limpeza das sapatas nas moradias 11G, 11H, 11I,

11J, 11L, 11M, 11N, 11O, 11P, 11Q, 11R, 11S, 11T e 11U (catorze

moradias geminadas)

o Execução de cofragem e armadura das sapatas e dos arranques dos

pilares nas moradias 11G, 11H, 11I, 11J, 11L, 11M, 11N, 11O, 11P, 11Q,

11R, 11S, 11T e 11U (catorze moradias geminadas)

o Execução de betonagem das sapatas nas moradias 11I, 11J, 11L, 11M,

11O, 11P, 11Q, 11R, 11S, 11T e 11U (onze moradias geminadas)

o Trabalhos de aterro controlado até à cota da face superior das sapatas das

moradias 11S, 11T e 11U (onze moradias geminadas)

4.3. FISCALIZAÇÃO EM OBRA

4.3.1. PRINCIPAIS INTERVENIENTES Cada empreitada apresenta diferentes desafios, novos materiais e técnicas construtivas,

porém, os principais intervenientes em obra e a maneira como estes interagem e se

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relacionam entre si e com a obra em curso permanece constante. Na Figura 3.1.

apresenta-se um organograma com os principais intervenientes em obra, as suas funções

e a forma como estes elementos se inter-relacionam, tanto na empreitada do Kero Nova

Vida II, como na empreitada do ISP:

Figura 4.1. – Organograma dos principais intervenientes em obra e a forma como se relacionam

4.3.2. EQUIPA DE FISCALIZAÇÃO

Relativamente à constituição das equipas de fiscalização, a A400 tem uma estrutura geral

de funcionamento e constituição destas equipas, conforme se pode observar a seguir. É

de salientar que nas duas empreitadas acompanhadas pela estagiária, foi-lhe atribuído o

cargo “Civil – Engenheiro” (identificado com um asterisco).

Figura 4.2. – Organograma funcional tipo da equipa de fiscalização

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4.4. ACOMPANHAMENTO DAS OBRAS

4.4.1. INTRODUÇÃO

Durante a execução destes empreendimentos, as funções essenciais que a A400 prestou

aos Donos de Obra de cada uma das empreitadas acompanhadas, foram as seguintes:

Controlo do prazo de realização da empreitada (planeamento);

Controlo da qualidade de realização da empreitada;

Implementação de um arquivo de informação em obra, com registos em papel e

suporte digital;

Verificação e autorização de faturas;

Defesa da segurança dos utentes da obra;

Defesa da segurança dos trabalhadores na obra através de relatórios semanais

de segurança e saúde.

4.4.2. ARQUIVO DE INFORMAÇÃO A A400 estabeleceu como princípio de trabalho que cada equipa de fiscalização, durante

o acompanhamento dos trabalhos, deve fazer o seu próprio arquivo de informação de

todos os dados importantes intrínsecos à construção de cada empreendimento. Este

arquivo deve ser o mais completo possível, existindo em suporte físico e em suporte

digital. Este suporte digital consiste numa pasta de obra, existente no computador do

Diretor de Fiscalização de cada empreitada, sendo este elemento responsável por mantê-

la atualizada e sincronizada com os servidores da A400, para garantir que não há

qualquer perda de informação. Deste arquivo de obra fazem parte os seguintes

documentos:

Peças escritas e desenhadas do projeto de execução;

Proposta do empreiteiro com lista de preços unitários contratuais;

Cópia do contrato;

Cópia da licença de construção;

Plano de estaleiro;

Correspondência geral, com troca de emails entre os diversos intervenientes:

o Fiscalização ↔ Empreiteiro

o Fiscalização ↔ Dono de Obra

o Fiscalização ↔ Projetistas

o Fiscalização ↔ Gabinetes de Apoio Técnico

o Fiscalização ↔ Outras entidades

Atas de reuniões semanais de coordenação de obra;

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Dossier de trabalhos a mais e a menos;

Autos de medição mensais;

Documentação técnica;

Resultados de ensaios;

Relatórios diários e mensais enviados ao Dono de Obra;

Outros elementos.

Este sistema de informação constitui uma “base de dados” vital para o trabalho da equipa

de fiscalização no seu dia-a-dia em obra, permitindo à Fiscalização uma tomada de

decisões e atitudes fundamentadas perante todos os intervenientes durante o decorrer

dos trabalhos de construção da empreitada, bem como um repositório de informação

facilmente acessível para a clarificação de questões que surjam.

4.4.3. RELATÓRIOS A realização de Relatórios de Fiscalização é uma parte integrante dos serviços base

fornecidos pela A400, ficando à escolha do Dono de Obra se pretende, para além do

Relatório Mensal de Obra (RMO), também a elaboração de Relatórios de Visita à Obra

(RVO) de caráter diário ou semanal. Nas empreitadas que a estagiária acompanhou,

ambos os Donos de Obra escolheram a elaboração de RVOs diários, em complemento

ao RMO. Relativamente à área da Segurança e Higiene em Obra, há um técnico

exclusivamente dedicado a esta área em todas as empreitadas fiscalizadas pela A400,

designado por Coordenador de Segurança em Obra (CSO). O CSO é responsável por

emitir semanalmente um Relatório de Visita à Obra do Coordenador de Segurança em

Obra (sigla de identificação interna RVO.CSO), relativamente à sua ida à obra

acompanhado pelo Responsável de Segurança e Higiene em Obra do Empreiteiro.

O RMO é elaborado mensalmente pelo Diretor de Fiscalização e enviado ao Dono de

Obra até ao dia 7 do mês seguinte ao qual se reporta. O RMO baseia-se e inclui todos os

RVOs diários elaborados, pela estagiária, e acompanhados pela respetiva recolha

fotográfica diária. A estes documentos juntam-se, ainda, todos os RVO.CSO do mês

decorrido, para além de uma cópia de todas as comunicações ocorridas durante esse

período, as versões mais recentes do Mapa de Controlo de FAMEs, do Mapa de Saldos

de Obra, do Mapa de Controlo de Trabalhos a Mais e a Menos e do Mapa de Controlo de

Comunicações e também uma cópia de todas as atas das reuniões semanais de

coordenação de obra, ocorridas naquele mês, devidamente assinadas por todos os

intervenientes.

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Quanto aos relatórios diários elaborados pela estagiária, estes documentos são

reproduzidos abaixo no corpo do relatório, sendo descritos sequencialmente quais os

assuntos abordados em cada página. O RVO é constituído por três páginas e tem um

caráter prático, cuja finalidade é dar uma visão rápida e resumida dos trabalhos

desenvolvidos diariamente na obra.

Na primeira página desses relatórios, faz-se referência aos seguintes aspetos:

Condições Climáticas;

Presenças em Obra;

Mão-de-obra / Equipamentos do Empreiteiro Geral e Subempreiteiros.

O registo das condições climatéricas é especialmente importante em Angola, pois este é

um país onde as variações térmicas são muito significativas e onde a ocorrência de

chuvadas de grande intensidade afetam o desenrolar dos trabalhos de execução das

empreitadas. Estes dois parâmetros podem fazer com que o Empreiteiro tenha que

reduzir o seu ritmo de trabalho ou até que tenha que adiar a realização das tarefas

previstas, para além do modo como a temperatura e a humidade afetam também os

materiais (pense-se no processo de presa e cura do betão, secagem de rebocos e

pinturas, entre outros).

Os restantes dois quadros da primeira página do RVO destinam-se ao registo das

presenças dos intervenientes em obra e ao registo de ocorrências pontuais referentes à

Mão-de-obra / Equipamentos no dia em causa. Por definição da A400, os mapas de

controlo de carga de mão-de-obra e de controlo de equipamentos são enviados ao CSO,

sendo este responsável por controlar e verificar o número de trabalhadores e

equipamentos em obra, bem como toda a documentação inerente a estes.

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Figura 4.3. – Página 1 de 3 do RVO

A segunda página do RVO é constituída por dois quadros, onde é feito o registo dos

seguintes aspetos:

Planeamento / Desenvolvimento na obra;

Observações gerais.

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O primeiro quadro é preenchido com a lista de todas as tarefas em curso na obra, durante

o dia a que se refere o RVO, com o maior detalhe possível. O segundo quadro está

destinado às observações gerais do dia, sempre que se justifique, a saber, o registo do

número de cubos de betão realizados durante a betonagem ocorrida nesse dia, o registo

de atraso de receção de algum material em obra, ou o registo de variações de volume de

trabalho e a(s) sua(s) causa(s).

Figura 4.4. – Página 2 de 3 do RVO

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A última página do RVO é constituída apenas por um quadro, onde é feito o registo de:

Exemplos dos trabalhos observados, com ilustração fotográfica.

Aqui, deve ser feita referência diariamente a, pelo menos, 3 trabalhos em curso

observados, identificando-se o local e a tarefa em curso e colocando uma fotografia

ilustrativa dessa situação no campo adjacente. Note-se que em todas as fotografias de

obra deve estar visível a data do dia em que foram tiradas, para uma documentação mais

fácil e inequívoca dos trabalhos desenvolvidos em obra.

Figura 4.5. – Página 3 de 3 do RVO

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4.4.4. REUNIÕES DE COORDENAÇÃO DE OBRA Semanalmente, foram realizadas reuniões de coordenação de obra, com a presença dos

representantes do Dono de Obra, do Empreiteiro e da Fiscalização. Algumas vezes foi

requerida a presença de outros intervenientes, a saber, projetistas e técnicos

especialistas de apoio à obra.

Nestas reuniões, faz-se o ponto de situação da obra, abordando-se os trabalhos em

curso, os documentos submetidos a validação e aprovação, a logística da obra, eventuais

desvios e alterações do planeamento de obra, questões relacionadas com a área da

Higiene e Segurança em Obra, entre outros. Aqui, são, também, apresentados os

assuntos pendentes da obra que, devido à sua complexidade e importância ou por

precisarem da opinião e decisão do Dono de Obra, são reservados para estes encontros

semanais onde representantes de todos os intervenientes estão presentes e discutem e

tentam resolver as questões apresentadas.

Na sequência de cada reunião, elabora-se a respetiva ata, que é enviada para todos os

intervenientes até 48 horas após a conclusão da reunião. Esta ata é depois assinada por,

pelo menos, um representante de cada interveniente na reunião seguinte, sendo,

posteriormente, enviada uma cópia digitalizada para todos os presentes e o original é

colocada no arquivo de informação da obra.

4.4.5. ENSAIOS Durante o decorrer dos trabalhos de execução de cada empreitada, são realizados

diferentes ensaios, que visam garantir a qualidade dos materiais e técnicas de construção

aplicados e a satisfação do Dono de Obra com o produto final recebido.

Desta forma, nas duas empreitadas onde esteve e no período referente a este Estágio, a

estagiária presenciou e acompanhou os seguintes ensaios:

Hipermercado Kero Nova Vida II:

o Ensaios de estanquidade de pavimentos impermeabilizados

o Ensaios de estanquidade das Redes de Abastecimento de Água e da Rede

de Incêndio Armada (RIA)

ISP:

o Ensaios de abaixamento do betão

o Ensaios de resistência à compressão do betão

o Ensaios de penetração dinâmica

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Apresentam-se, a seguir, cada um dos ensaios acima referidos:

Ensaio de estanquidade de pavimento impermeabilizado Ensaio de caráter prático realizado para avaliar a estanquidade das telas de

impermeabilização de pavimento aplicadas na empreitada. No caso da empreitada

do Hipermercado, este ensaio foi realizado nas zonas de confeção de alimentos nos

pisos 0 e 1, nos laboratórios do piso 0 e nos balneários dos funcionários e quartos

de banho administrativos do piso 1.

Este ensaio foi realizado com a colocação de um volume de água significativo

diretamente sobre as telas de impermeabilização aplicadas, marcando-se na tela que

protege as paredes do compartimento a altura deste volume. Note-se que a altura

final deste volume de água não pode exceder a altura da tela de parede, para que

não haja infiltração de água pela parede, falseando, assim, os resultados do ensaio.

A duração mínima em obra deste ensaio foi de, pelo menos, 24 horas.

Ensaio de estanquidade da rede de abastecimento de água e da RIA Ensaio realizado após a conclusão das redes em causa, para verificação da sua

estanquidade, devendo as tubagens, juntas e acessórios estarem à vista,

devidamente travados e com as extremidades obturadas e desprovidas de

dispositivos de utilização, de acordo com o que é preconizado pelo Regulamento

Geral.

O ensaio processa-se da seguinte forma:

1. Ligação da bomba de ensaio com manómetro à rede, o mais próximo possível

do ponto de menor cota do troço a ensaiar;

2. Expulsão de todo o ar contido nas condutas, enchendo estas tubagens com

água, através da ação da bomba, e aplicando uma pressão de 900 kPa,

correspondente a uma vez e meia a pressão máxima de serviço, conforme

definido regulamentarmente;

3. Verificação do manómetro da bomba, de modo a garantir que este não acusa

nenhuma redução de pressão. Apesar de o intervalo mínimo de tempo definido

para a validação deste ensaio ser, no mínimo, de quinze minutos, em obra,

definiu-se que este teria sempre uma duração mínima de 24 horas.

4. Esvaziamento do troço ensaiado.

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Ensaio de abaixamento do betão Este ensaio é também comummente designado por ensaio Slump e é uma

ferramenta muito usada para avaliar o abaixamento do betão fresco, aquando da sua

chegada à obra para a betonagem de elementos estruturais. Assim, recolhe-se uma

amostra de betão fresco que é compactado no interior de um molde de forma

troncocónica, em três camadas apiloadas com 25 pancadas em cada camada, e é

feita a regularização superficial da 3ª camada, antes da remoção do cone. O cone é

removido, num movimento ascendente contínuo, que faz com que o betão fresco se

espalhe e abaixe. É este abaixamento do betão que estabelece a medida da sua

consistência, sendo medida e registada a diferença de alturas entre o momento inicial

(igual à altura do cone) e o momento final (altura do ponto mais alto do betão fresco),

conforme se ilustra na figura seguinte:

Figura 4.6. – Ensaio de Abaixamento

Esta diferença de cotas é arredondada ao centímetro mais próximo e permite

rapidamente verificar em obra se o betão recebido cumpre a classe de abaixamento

preconizada em projeto e se os valores se encontram dentro dos limites definidos na

norma NP EN206-1. No caso da empreitada do ISP, até à data todos os elementos

estruturais têm sido executados com betão C25/30, da classe S3, e os resultados

obtidos nos vários ensaios de abaixamento realizados em obra têm estado dentro

dos limites estabelecidos pela Norma já referida (Classe S3 – abaixamento do betão

deve estar entre os 10 e os 15 centímetros).

Este ensaio realiza-se de todas as vezes que é recebido betão fresco em obra,

fazendo-se um ensaio Slump e os respetivos provetes de ensaio por cada camião

recebido, sendo depois estes dados registados num Boletim de Autorização de

Betonagem (BAB), conforme se pode observar a seguir:

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Figura 4.7. – Boletim de Autorização de Betonagem

Ensaio de rotura à compressão do betão Este ensaio é bastante utilizado no desenrolar dos trabalhos de execução de

empreitadas, para aferir a capacidade resistente do betão aplicado, uma vez que a

característica mecânica mais importante do betão é a sua resistência à compressão,

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sendo a função deste material resistir às tensões de compressão, enquanto as

armaduras de aço no seu interior têm a função de resistir às tensões de tração.

Aquando da betonagem dos elementos estruturais, foram recolhidos provetes

cúbicos que depois foram submetidos a uma solicitação axial, num ensaio

normalizado de curta duração, onde há uma velocidade de carregamento elevada

até à sua rotura, de acordo as premissas estabelecidas nas normas.

É de notar que, na obra do ISP, em cada camião recebido com betão fresco foram

retirados provetes cúbicos, para a realização posterior de ensaios de rotura à

compressão do betão nas idades habitualmente ensaiadas (7 dias e 28 dias). A

norma NP EN206-1 especifica a recolha de 6 cubos por cada 50 m3 de betão

aplicado em obra, contudo, nesta fase inicial, houve uma decisão conjunta do

Empreiteiro e da Fiscalização de fazer a recolha de 2 cubos em todos os camiões de

betão fresco, independentemente do volume total recebido em cada betonagem,

criando, assim, um histórico de qualidade do betão aplicado na empreitada. Para a

realização destes ensaios, a estagiária deslocou-se ao laboratório incluído na central

de betão do fornecedor de betão da empreitada do ISP, tendo acompanhado e

registado fotograficamente os vários ensaios. Para verificação e confirmação de

resultados, alguns dos provetes realizados foram enviados para Luanda, onde foram

ensaiados nas instalações do Laboratório de Engenharia de Angola (LEA), na

presença de representantes do Empreiteiro e da Fiscalização.

Após a receção dos dados referentes à realização destes ensaios, cumpre ao Diretor

de Fiscalização registar no Mapa de Controlo de Ensaios de Compressão de

Provetes: o número de cada provete recolhido em obra, qual a guia de remessa a

que se reporta, quais os provetes ensaiados e em que data, a idade em que foram

ensaiados, o peso dos provetes e quais os resultados obtidos para cada provete

testado.

Ensaio de penetração dinâmica Este ensaio consiste na cravação por percussão de uma haste com ponta cónica,

que permite medir, através da energia necessária para assegurar a cravação, a

resistência encontrada pela ponta cónica para atravessar segmentos de 10

centímetros. O ensaio realiza-se, em geral, em fase de anteprojeto, uma vez que se

trata de um ensaio expedito e relativamente barato, para além de permitir a sua

utilização em locais de difícil acesso.

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Este ensaio permite a realização de verificação da resistência do solo em vários

pontos da empreitada, pelo que, normalmente, os seus resultados são apresentados

num documento único. Este documento é composto por um texto inicial onde se

descreve a obra, os locais ensaiados e onde foram detetados os valores mínimos de

tensão admissível do solo para a posterior execução das fundações, seguido pela

compilação dos boletins de todos os locais testados. Em cada boletim de ensaio, há

uma tabela onde está registado o número de pancadas necessárias para a ponteira

atravessar cada camada de solo de 10 centímetros de espessura (N10), até ao ponto

onde a ponteira já não consegue penetrar mais no solo, acompanhados pela

representação gráfica da evolução de N10, da resistência de ponta dinâmica e da

tensão máxima admissível.

Apesar de este ser um tipo de ensaio mais utilizado em fase de anteprojeto, foi

também utilizado na empreitada do ISP já durante a sua fase de execução. Em

Angola, o período das chuvas começa em outubro/novembro, sendo as chuvadas de

duração média, mas de grande intensidade, que podem levar a uma diminuição do

volume de trabalhos em curso e até à paragem dos mesmos. É de salientar que a

primeira chuvada da obra, em novembro, foi muito intensa, tendo havido

deslizamento de terras para o interior da área escavada das sapatas e a completa

saturação dos solos, pelo que foi necessário verificar se os solos de fundação ainda

cumpriam com as tensões mínimas admissíveis exigidas em projeto. Assim sendo,

para responder a esta questão foi solicitada a realização de novos ensaios de

Penetração Dinâmica Ligeira (PDL) a uma entidade externa à obra, a Geosol, que já

tinha realizado o estudo geotécnico do lote onde está a ser implantado o ISP.

Nos boletins de ensaio recebidos, a informação está condensada na tabela de registo

do número de pancadas (N10) necessários para atravessar cada camada de 10

centímetros, já mencionada anteriormente, bem como dois gráficos. No primeiro

gráfico, representa-se a evolução do número de pancadas N10 e da resistência de

ponta dinâmica (Rd), em MPa, ao longo das várias camadas do solo e, no outro

gráfico, apresenta-se a variação dos valores das tensões máximas admissíveis para

areais e argilas, conforme se pode constatar no exemplo que se apresenta abaixo na

Figura 4.8..

A realização destes ensaios é uma mais-valia para os intervenientes em obra, uma

vez que permite uma fácil visualização e descrição do solo ensaiado nos vários

pontos do lote. Note-se que, no caso da empreitada do ISP, os resultados obtidos

nos ensaios PDL realizados implicaram a destruição das sapatas em espera das

moradias 11G, 11H, 11N e 11O, tendo-se, a seguir, agido no sentido de melhorar as

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qualidades do seu solo de fundação (remoção da camada superficial e consequente

execução de aterro controlado em solo vermelho até à cota de implantação das

sapatas definida em projeto) e refeito todos os trabalhos anteriores, nomeadamente,

o betão de limpeza e a cofragem e armadura das sapatas e arranques dos pilares

destas moradias.

Figura 4.8. – Boletim de Resultados de Ensaio PDL

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5. FORMAÇÕES REALIZADAS

Ainda durante a Faculdade, a estagiária para melhor se preparar para o mundo do

trabalho, fez Cursos de Formação Profissional, em regime pós-laboral, para melhorar o

domínio das ferramentas informáticas base da profissão de Engenheiro e expandir os

seus conhecimentos, a saber:

Formação Profissional em Microsoft Project;

Formação Profissional em Microsoft Excel Avançado;

Formação Profissional em AutoCAD 3D.

Desde a conclusão do seu Mestrado, a estagiária manteve constante o interesse e a

vontade de aprender e complementar os conhecimentos adquiridos durante o seu

percurso académico para melhor dominar e explorar ferramentas técnicas de trabalho ao

seu dispor, tendo, para isso, realizado os seguintes Cursos de Formação:

CAP – Formação Pedagógica Inicial de Formadores;

CPE – Certificate of Proficiency in English;

Elaboração e Certificação de Projetos de Segurança Contra Incêndios de 3ª e 4ª

Categoria de Risco, estando a estagiária já registada na Autoridade Nacional da

Proteção Civil.

Aquando do seu ingresso na Ordem dos Engenheiros – Região Norte, a estagiária fez

nas instalações da referida Ordem, no Porto, o curso de Ética e Deontologia Profissional.

Em Anexo, apresentam-se os Certificados de Aprovação dos Cursos de Formação acima

citados, bem como o Certificado de Aprovação do Curso de Ética e Deontologia

Profissional.

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6. CONCLUSÃO

Concluído o período de tempo correspondente à duração definida para o Estágio Formal,

a estagiária começou a preparar e organizar todos os dados e documentos necessários

à elaboração do presente Relatório, elementos esses que, durante o período de Estágio,

a estagiária foi recolhendo e reunindo para melhor apresentar e ilustrar este período da

sua formação profissional. A redação deste Relatório obedece à sequência cronológica

dos trabalhos executados nas duas empreitadas, que a estagiária acompanhou, para

mais objetivamente refletir e dar conta do trabalho desenvolvido ao longo do Estágio.

Fazendo uma avaliação global do período de Estágio é reconfortante e compensador

poder afirmar que o balanço é francamente positivo. A estagiária conseguiu atingir todos

os objetivos definidos, a começar pela sua plena integração na equipa de trabalho e na

própria Empresa, conseguindo estabelecer e manter uma ótima relação de convivência e

colaboração profissional com todos os colegas. Estes aspetos foram facilitadores para o

crescimento e enriquecimento profissional da estagiária, que sempre procurou a ajuda

dos colegas com grande e rica experiência profissional, para encontrar as respostas para

as dúvidas que tinha e as soluções para os problemas que se apresentavam. Muito

aprendeu também no contacto direto com os diferentes intervenientes nos trabalhos de

execução das obras em curso, conseguindo testar aí a sua autonomia e segurança nos

conhecimentos adquiridos e nas experiências compartilhadas.

Quer a estagiária aqui reafirmar, ao seu Orientador e aos Administradores da A400, a

grande honra e a feliz oportunidade aliadas às melhores condições de trabalho, vividas

num ambiente de inteira disponibilidade e abertura e de franco diálogo, que lhe

proporcionaram e sempre lhe souberam garantir, e que tanto contribuíram para otimizar

a realização do Estágio. Não pode a estagiária concluir sem uma palavra muito pessoal

para reafirmar também o grande espírito de equipa sentido na Empresa A400 Angola,

onde se vive, para além do grande profissionalismo e dos excelentes conhecimentos

técnicos, o melhor do companheirismo, da interajuda e disponibilidade de todos os

colegas. Fatores estes tão e mais apreciados quando estamos longe de casa e dos

nossos. Para a estagiária, este Estágio, estes Colegas e esta Empresa serão

indissociáveis e terão para sempre um lugar muito especial na sua grata memória. Sabe

a estagiária que com todos muito aprendeu e cresceu neste mundo do trabalho e

reconhece que se sente pronta e preparada e com confiança e segurança para enfrentar

as grandes responsabilidades e desafios da profissão que quer abraçar plenamente.

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Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 40

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Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Formal

Bárbara Emília da Silva Santos Gomes Pinhal – Membro Estagiário n.º 65027 41

7. BIBLIOGRAFIA

Apontamentos compilados durante a Faculdade.

RGEU – Regulamento Geral das Edificações Urbanas

Decreto-Lei n.º 301/2007 de 23 de agosto.

Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de março.

Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de novembro – Regime Jurídico de Segurança Contra

Incêndios em Edifícios.

Portaria n.º 1532/2008 – Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em

Edifícios.

DR n.º 23/1995 de 23 de agosto – Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais

de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais.

NP EN 206-1 – Betão - Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade.

NP EN12350 – Ensaios do Betão Fresco.

NP EN12350-1 – Amostragem.

NP EN12350-2 – Ensaio de abaixamento.

NP ENV 13670-1 – Betão - Parte 1: Regras Gerais.

REBAP – Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado.

Tabelas Técnicas.

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