colecção hipóteses práticas cnco 2015-2016

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  • 7/23/2019 Coleco Hipteses Prticas CNCO 2015-2016

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    CUMPRIMENTO E NO CUMPRIMENTO

    DAS OBRIGAES

    HIPTESES PRTICAS

    I

    1. Antnio, credor de Bertapor 10.000 , cedeu o seu crdito a Carla. Berta,

    que no foi notificada da cesso, pagou a Antnioo referido montante.

    Que direitos assistem a Carla? Se, posteriormente,Antnioceder o mesmo

    crdito a Diana, a quem deve pagar Berta se tiver sido notificada da

    segunda cesso mas tiver conhecimento da primeira?

    2. Suponha que, quandoCarla

    exige deBerta

    o pagamento dos 10.000 , esta

    no paga em virtude da sua situao de insolvncia. Poder Carlaexigir a

    Antnio o pagamento do referido montante? Poder Berta recusar-se a

    pagar os 10.000 por, depois de o crdito ter sido cedido, este se ter

    extinguido por compensao de um crdito de que Berta era credora e

    Antnio o devedor? A resposta seria a mesma se Antniotivesse cedido a

    Carla um crdito que s posteriormente veio a adquirir de Berta?

    3. Carla decidiu pagar uma dvida de Berta para com Antniono valor de

    10.000 cujo cumprimento Eduardo tinha garantido atravs de um

    penhor de um saldo de conta bancria. Antes de ter procedido ao

    pagamento, Berta sub-rogou Carla nos direitos de Antnio. Se,

    posteriormente, Carla vier a exigir a Berta o pagamento dos 10.000 ,

    poder esta recusar-se a cumprir, invocando o incumprimento definitivo

    do contrato de compra e venda do qual brotou a obrigao de

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    pagamento dos 10.000? A resposta seria a mesma se, no lugar de Berta

    ter sub-rogado Carla, tivesse voluntariamente decido pagar os 10.000

    por ter sido ela - e no Eduardo - a constituir um penhor para garantia

    da referida dvida? Se Bertano pagar os 10.000, Carlapode executar o

    penhor constitudo por Eduardo?

    4. Antnio, que tinha um crdito de 10.000 sobre Berta, cedeu parcialmente

    esse crdito, no valor de 7.000 a Carlae sub-rogou Driono montante

    restante. Se Berta apenas possuir 5.000 para cumprimento da dvida,

    como se opera a satisfao dos crditos?

    5.

    Por acordo entreAntnioe Berta, esta veio assumir, sem mais referncias,

    uma dvida do primeiro para com Carlano valor 10.000 que tinha sido

    garantida atravs de um penhor de saldo de conta bancria de que

    titular Berta.Antnio e Berta enviaram cpia do contrato atravs de carta

    registada com aviso de recepo. Carlae Eduardonada responderam. Que

    direitos assistem a Carla se, na data de vencimento, a dvida no for

    saldada? Se Berta solver dvida, pode exigir posteriormente a Antnio a

    restituio da quantia paga? Pode Bertarecusar-se a cumprir invocando

    que Carla deve 15.000 a Antnio e que, por isso, a dvida se pode

    extinguir por compensao? Suponha que Antnio tinha cedido a Berta a

    sua posio no contrato do qual emergia a obrigao de pagamento dos

    10.000 e que Carlatinha autorizado esta alterao, a resposta pergunta

    anterior seria a mesma? Neste ltimo caso, Berta poderia requerer aanulao do contrato invocando queAntniotinha sido induzido em erro

    por Carlano momento da sua celebrao?

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    II

    Amricovendeu a Benedito, maior, um tractor com reboque pelo preo de

    10.000 . Amricocomprometeu-se a entregar o tractor e o reboque, mediante o

    pagamento simultneo do preo acordado, no dia 31 de Julho de 2015.

    1) Na data estipulada para o cumprimento do contrato, Amrico

    entregou a Benedito o tractor e disse-lhe que o reboque s

    poderia ser entregue da a 15 dias. Estar Benedito obrigado a

    aceitar o tractor sem o reboque?

    2)

    Se Beneditofosse interdito por anomalia psquica, a quem que

    Amricoestaria obrigado a entregar o tractor e o reboque?

    3) Suponha queAmrico, em vez de entregar o tractor e o reboque

    a Benedito, o fez ao pai deste, Carolino. No dia seguinte, Benedito

    morreu num acidente de viao. Poder-se- considerar que

    Amrico cumpriu o contrato celebrado com Benedito? E se

    Beneditono tivesse morrido, a soluo seria a mesma?

    III

    Diogoemprestou 5.000 a Eduardo. O emprstimo foi garantido atravs

    da constituio de uma hipoteca sobre um imvel pertencente a Eduardo e

    seguro na Seguradora Sinceridade, S.A.1) Poder Diogopagar o prmio de seguro em atraso?

    2)

    Caso Eduardose oponha a que Diogopague o prmio de seguro, pode

    a Seguradora Sinceridade, S.A. recusar-se a receber o pagamento do

    prmio?

    3)

    Se Diogopagar o prmio de seguro, poder exigir a Eduardoo valor

    pago?

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    IV

    Fernandoe Guilhermevenderam a Helenaum carro por 5.000 . No contrato

    foi estipulado que Helenas teria de pagar o preo no dia 1 de Janeiro de 2016.

    O pagamento da quantia em dvida foi garantido pessoalmente por Isabel.

    Fernando teve conhecimento de que Helena se encontra insolvente. Poder

    Fernandoexigir hoje de Isabel o pagamento dos 5.000 ?

    V

    Em Maio de 2015, Antnio, residente no Porto, vendeu a Bernardo,

    residente em Coimbra, uma mota de gua, que se encontrava depositada num

    armazm, propriedade de Carlos, em Sines. O contrato foi formalizado em

    Leiria, tendo as partes acordado (i) que o preo de 20.000 seria pago em

    quatro prestaes mensais de igual valor, que se venceriam no primeiro dia til

    de cada ms e, bem assim, (ii) que a 1. prestao seria paga no dia 1 de Junho

    de 2015, data em que o bem seria entregue. As partes acordaram que a falta de

    pagamento do preo permitiria ao credor resolver o contrato.

    .

    Pergunta-se:

    1)

    Em 1 de Junho de 2012, Bernardo quer pagar 5.000 . Qual o local

    apropriado para o fazer? Onde deve, por seu turno, Antnio entregar a

    mota de gua?

    2)

    Em 1 de Junho, Bernardo cumpriu, contra a entrega do bem, a sua

    obrigao de pagamento. Porm, em 1 de Julho, invocando passar por

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    srias dificuldades financeiras resultantes de um despedimento de que tinha sido

    vtima, Bernardofalha o pagamento da 2 prestao. Quid iuris?

    3)

    Suponha, agora, que Bernardo efectua o pagamento da 2, 3 e 4

    prestaes do preo a Carlos, convencido de que este adquirira o referido

    crdito a Antnio por contrato de cesso de crditos que, afinal, no

    chegou nunca a ser celebrado. Considera estes pagamentos vlidos?

    Justifique.

    VI

    Em 10 de Janeiro de 2015, Antnio celebrou com Bento um contrato de

    compra e venda de um iate pertencente a este ltimo, sujeito s condies

    seguintes:

    (i) O preo era de 200.000 , a pagar em 8 prestaes mensais e

    iguais, vencendo-se a primeira no dia 1 de Fevereiro de

    2015, contra a entrega do iate, e as seguintes no primeiro

    dia de cada um dos meses subsequentes;

    (ii)

    Para assegurar o cumprimento, Antnio constituiu uma

    hipoteca a favor de Bento, sobre uma vivenda que possua

    no Algarve e que estava avaliada em 250.000 .

    Pergunta-se:

    1)

    Caso Bentofosse menor e o contrato tivesse sido celebrado pelo

    seu representante legal, seria vlida a entrega do barco feita por

    Bento, na data aprazada?

    2)

    Se, aps terem sido pagas as duas primeiras prestaes do

    preo, Antnio causar inadvertidamente um incndio na

    vivenda que hipotecou, provocando uma diminuio do seu

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    valor em 30.000 poder Bento fazer alguma coisa? E se o

    incndio tiver sido intencionalmente causado por Cardoso,

    conhecido piromanaco que fugira do hospital psiquitrico onde

    se encontrava internado?

    3)

    Imagine agora que Bentoreservou a propriedade do iate at ao

    pagamento integral do preo e que, aps ter liquidado as

    primeiras seis prestaes,Antniofalha o pagamento da stima.

    Em consequncia disso, Bento enviou a Antnio uma carta a

    resolver o contrato, exigindo a imediata restituio do iate. Quid

    iuris?

    VII

    Abel, Bernardo, Carlos e Duarte celebraram com Eduardo um contrato de

    compra e venda de uma mquina de caf em virtude do qual ficaram

    solidariamente obrigados a pagar a Eduardo 900 .

    Supondoque Bernardodetm um crdito de 300 sobre Eduardo, que Carlos

    se encontra insolvente e que Duarte era ainda menor no momento em que

    concluiu o contrato, pergunta-se:

    a) Suponha que Eduardose dirige aAbele este:

    (i) Mostra-se disposto a pagar apenas a sua parte;

    (ii) Recusa-se a pagar, invocando a prescrio da sua

    obrigao.

    b) E se for Carlos quem se recusa a pagar em virtude da sua situao de

    insolvncia? O que poderia exigir Eduardo dos restantes devedores se

    estes no se tivessem obrigado solidariamente?

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    c) Suponha, agora, que Eduardo acciona Bernardo. Que meios de defesa

    poder invocar perante Eduardo? Se a obrigao perante Eduardo se

    extinguir de que direitos gozar Bernardoperante os restantes devedores?

    d)

    Por fim, imagine que o contrato de compra e venda tinha sido celebrado

    com Eduardo e Francisco e as partes acordaram que qualquer um deles

    poderia exigir os 900aAbel, Bernardo,Carlosou Duarte.

    i) Considerar-se- a obrigao extinta se Bernardo decidir pagar 600a

    Eduardo?

    ii)

    Em caso afirmativo, que direito teria Franciscoperante Eduardo?

    iii)Em face do acordo estabelecido entre as partes, poderia Abel exigir a

    Franciscoa entrega da mquina de caf?

    VIII

    Antnio e Berta, casados h 25 anos, decidem celebrar a data festiva

    oferecendo um jantar a familiares e amigos. Contrataram Carlos e David,

    reputados chefes da arte da culinria, para confeccionar a refeio, no dia 18 de

    Agosto. Ficou acordado que a ementa seria escolhida pelo casal.

    Considere as seguintes hipteses, isoladamente:

    1) Na data acordada,Antnioe Bertaexigem a confeco do jantar a Carlose

    a David. Carlos comunica-lhes que David se ausentou para frias, pelo que a

    refeio s poder ser servida em Setembro. Antnio e Berta pretendem que

    Carlosconfeccione o jantar sozinho.

    a) Podem reclamar a confeco do jantar apenas a Carlos?

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    b) Se Carlos aceitar, voluntariamente, confeccionar o jantar sozinho, que

    direitos lhe assistem em face de David?

    c)

    Se Carlos aceitar, voluntariamente, confeccionar o jantar sozinho, pode

    exigir o pagamento integral do preo convencionado aAntnioe a Berta?

    2) Na data acordada para o jantar Antnioe Bertadesentendem-se quanto

    ementa pretendida.Antnioexige de Carlose Davida confeco de uma refeio

    de sushi, para fazer uma surpresa a Berta e, assim, resolver a falta de acordo

    quanto ementa. Carlos e David, receosos de que Bertano venha a gostar da

    refeio escolhida, recusam-se a servi-la sem o acordo desta. Existe fundamento

    legal para essa recusa?

    IX

    Antnio e Bernardo estavam obrigados a entregar a Carlos e Daniel cinco

    toneladas de bananas que estes lhes tinham comprado no dia 7 de Agosto.

    1) No silncio do contrato, onde e quando deveria ser pago o preo?

    2) Suponha que as partes acordaram que os vendedores se obrigaram a

    transportar as bananas at Lisboa onde se situa o estabelecimento

    comercial dos compradores. As bananas foram colhidas na propriedade

    de Antniono dia 10, pesadas por Bernardono porto do Funchal no dia

    11, carregadas no navio do transportador Eduardo no dia 12 edescarregadas em Lisboa no dia 21 do mesmo ms. Por via de uma

    ruptura no navio de Eduardo, ocorrida durante uma tempestade na

    viagem, as bananas ficaram inundadas e estragaram-se. Carlos e Daniel

    tm de pagar o preo acordado a Antnio e Bernardo? Suponha que as

    bananas no se tinham estragado, mas que Antnio e Bernardo

    seleccionaram as bananas com pior qualidade do conjunto da sua

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    produo. Podem Carlos e Daniel exigir cinco toneladas de bananas com

    qualidade superior s entregues?

    3) Antnioe Bernardoso credores de Carlose Danielda quantia de 60.000 .

    Quanto que o credorAntniopode exigir ao devedor Carlos?

    X

    Antnio reservou no hotel Serra Natura Spaa suitecom vista de montanha

    do primeiro ou segundo andar. O hotel tem sete andares, e uma suitecom vista

    de montanha por andar.

    A) Chegado ao hotel,Antniofica descontente por lhe ter sido destinada

    a suitedo segundo andar, invocando ter medo de alturas. Exige ficar na suite

    do primeiro andar, que est ocupada.

    1)

    Pode faz-lo?

    2) A sua resposta seria a mesma se Antnio, aps a reserva, tivesse

    recebido um fax do hotel a comunicar-lhe que ficaria instalado na

    suitedo primeiro andar?

    B) Admita que ocorreu um incndio na suitecom vista de montanha do

    primeiro andar.1) Pode o hotel recusar-se a alojarAntniona suitedo segundo andar?

    2)

    Se tivesse sido acordado que caberia a Antnio escolher em que suite

    ficaria alojado, a sua resposta alnea anterior seria a mesma, caso o

    incndio fosse imputvel ao hotel?

    3)

    E se tivesse sido acordado que caberia a Beatriz, noiva de Antnio,

    escolher entre uma das duas suites?

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    C) Suponha que Antniomarcou no hotel a suitecom vista de montanha

    do primeiro andar, mas o hotel reservou a faculdade de o alojar na suite com

    vista de piscina do mesmo andar.

    1)

    Pode Antnio exigir ficar alojado na suitecom vista de montanha se o

    hotel o alojar na suitecom vista de piscina?

    2) Suponha agora que houve um incndio na suite com vista de

    montanha reservada. Antnio exige ficar alojado na suitecom vista de

    piscina. O hotel recusa, invocando estar ocupada. Quid iuris?

    XI

    Amlcardeve a Benedita1.000 , vencendo-se a obrigao de pagamento

    em 31 de Outubro de 2014.

    Considere as seguintes hipteses:

    1) Dada a recusa de Beneditaem receber o valor em dvida,Joaquim, pai de

    Amlcar, depositou a quantia num banco, em conta ordem daquela.

    TerAmlcarficado liberado da dvida?

    2)

    Em Junho de 2014,Amlcarapresenta-se junto de Beneditapropondo-lhe a

    cesso de um crdito que tem sobre Cardoso, com vista total extino do

    seu dbito. Benedita aceita o negcio proposto. Poucos dias depois,

    Benedita informa Amlcar de que a sua dvida para consigo se mantm,

    uma vez que, ao tentar cobrar o crdito a Cardoso, este invocara,

    justificadamente, a prescrio.Amlcarsustenta, porm, que nada deve a

    Benedita. Quid iuris?

    3) Imagine que o crdito no tinha prescrito, mas que Cardoso era pai de

    Benedita. Se Cardoso morrer, pode Amlcar considerar que a sua dvida

    para com Beneditase extinguiu nesse momento?

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    4) Suponha, agora, que em Novembro de 2014, Benedita escreve a Amlcar

    lembrando-o de que a obrigao de pagamento (dos 1.000 ) se vencera

    em 31 de Outubro de 2014, e que, nessa medida, iria avanar com uma

    aco em tribunal a reclamar o pagamento da dita quantia, acrescida dos

    respectivos juros de mora. Em resposta, Amlcar alega ser credor de

    Benedita de uma indemnizao, que ele avalia em 2.000, pelos prejuzos

    sofridos no seu bom nome e honra, em resultado de uma notcia, falsa,

    posta a circular por Beneditano jornal 24 Horasnos termos da qual se

    dizia que Amlcar era arguido num processo criminal por suspeitas de burlas

    telefnicas cometidas no vero de 2000. Quid iuris?

    5)

    Suponha, ainda, que a obrigao de Amlcarpara com Beneditaresultava

    de um contrato de compra e venda de um computador porttil e estava

    garantida com um penhor de uma jia pertencente a Cardoso. Suponha,

    ainda, que em 31 de Outubro de 2014, data em que Amlcar deveria

    proceder ao pagamento do preo, este pediu a dita soma emprestada a

    Benedita, que aceitou, passando, assim, aquele a det-la a ttulo de muturio,

    tendo ficado acordado entre as partes que a referida soma deveria ser

    entregue, o mais tardar, at ao dia 31 de Outubro de 2015. Nessa mesma

    data, Amlcar falha o pagamento, tendo, nessa medida, Benedita

    interpelado Cardoso, na sua qualidade de garante, para o fazer. Cardoso,

    contudo, recusa-se a faz-lo, alegando, em sntese, que a dvida garantida

    se extinguira com o novo acordo celebrado em 31 de Outubro de 2014 e queainda que assim no se entendesse, nada devia a Benedita, pois esta estava, por

    sua vez, obrigada a devolver-lhe 1.500 na semana seguinte, em virtude de um

    contrato de mtuo celebrado entre ambos. Quid iuris?

    6) Suponha que, em 31 de Outubro de 2014, Amlcar acordou com Beneditaa

    sua substituio por Duarte no cumprimento da obrigao de 1.000 .

    Suponha, ainda, que a obrigao de Amlcarpara com Beneditaresultava

    de um contrato de compra e venda de um computador porttil e estava

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    garantida com um penhor de uma jia pertencente a Cardoso. Poder-se-

    Duarterecusar a pagar os 1.000 ,invocando que o computador no foi

    entregue a Amlcar? Se Duarteno pagar, poder-se- executar a garantia

    prestada por Cardoso?

    7)

    Em 31 de Julho de 2014, tomando conhecimento de um conjunto de

    graves fatalidades que se abateram sobre a pessoa de Amlcar, Benedita

    escreve quele uma carta onde, em sntese, lhe props o perdo da dvida.

    Amlcar nunca respondeu a esta carta. Entretanto, e como a referida

    dvida fora igualmente assumida por Cardoso, possuidor de uma vasta

    fortuna pessoal, Beneditaexigiu, na data do vencimento da dvida, que a

    mesma fosse paga, por inteiro, por Cardoso. Este recusa-se a pagar,

    invocando, a conselho do seu advogado, que houve um perdo de dvida

    que o beneficia como devedor solidrio. Quid iuris?

    XII

    FranciscocontratouMichael, famoso tenista estrangeiro, para lhe dar uma

    aula de tnis. Michael adoeceu gravemente ficando, assim, impossibilitado de

    dar a aula a Francisco.

    1)

    Ter Franciscode pagar aMichaelo preo correspondente aula de tnis?2) Suponha, agora, queMichaelno pde dar a aula devido a um temporal

    que ocasionou um corte de luz durante todo o perodo em que o famoso

    professor esteve em Portugal. Ter Franciscode pagar o preo acordado?

    3) Imagine que Franciscoquem adoece faltando, por isso, aula de tnis.

    Sabendo que Michael j se encontrava em Portugal, para onde se

    deslocou, excepcionalmente, a fim de dar a referida aula, ter Francisco

    de pagar aMichaelo preo correspondente aula de tnis?

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    4) Caso Michael no fosse estrangeiro e a aula de tnis pudesse ter lugar

    num dia diferente do acordado, poderia o professor recusar-se a dar aula

    num dia diferente e simultaneamente receber o preo convencionado

    com Francisco?

    XIII

    Considere as seguintes situaes:

    1. Antnio e Beatriz contratam Gustavo para os guiar na subida ao Pico

    por 100. No dia e hora aprazados, Antnio e Beatriz no conseguem

    chegar a tempo e Gustavo parte com outros turistas. Estaro obrigados

    ainda assim a pagar o preo acordado?

    2. O paquete Funchal sofreu uma avaria ao largo da ilha da Madeira. A

    empresa proprietria contratou um navio rebocador para rebocar o

    paquete devido ao mau tempo que se fazia sentir na regio. Contudo,

    quando este chegou perto do local, as condies climatricas tinham

    subitamente melhorado. As autoridades porturias do Funchal

    pretendem obter o pagamento do servio. Quid iuris?

    3. Carlossofreu um ataque cardaco. Levado de urgncia para o HospitalLisboa Central, SA, foi chamada uma equipa mdica especializada para

    operar Carlos. Quando o bloco operatrio ficou pronto, Carlos morre.

    Pode o hospital exigir o pagamento da operao ou, pelo menos, dos

    custos tidos com a preparao da mesma?

    4.Antniocomprometeu-se perante Bernardoa dar um concerto no dia 15

    de Julho. No dia anterior, o filho de Antnio foi atropelado e ficou

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    internado nos cuidados intensivos. Poder-se- Antnio licitamente

    recusar a realizar o concerto? Em caso afirmativo, ter direito a receber a

    contraprestao acordada?

    XIV

    Antniovendeu a Joaquim toda a sua produo de laranjas, por 5.000 .

    Ficou acordado que as laranjas seriam colhidas no ms seguinte. Quinze dias

    depois e antes das laranjas serem colhidas, a poluio provocada por uma

    unidade fabril provocou o apodrecimento de metade da fruta. Joaquim j tinha

    pago os 5.000 .

    1)

    Quem era o proprietrio das laranjas, quando a poluio

    provocada pela unidade fabril provocou o apodrecimento de

    metade da fruta?

    2)

    Com que fundamento queJoaquimpode pedir a restituio do

    que havia pago a mais?

    3) EstarJoaquimobrigado a aceitar metade da fruta?

    4)

    SeAntniotiver direito a receber 2.700 pelos danos causados

    pela unidade fabril, que poder fazerJoaquim?

    XV

    No dia 10 de Maro de 2013, Antnio vendeu a Bento uma cmoda D.

    Maria de pau-santo por 5.000 . As partes convencionaram queAntniodeveria

    entregar a referida cmoda na casa de Bento, no dia 15 desse mesmo ms, contra

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    o pagamento do respectivo preo. A cmoda ficou destruda por um incndio

    fortuito ocorrido no armazm deAntnio.

    Para responder a cada uma das alneas s dever ter em conta em conta o

    corpo da hiptese.

    1) Se o incndio tiver ocorrido no dia 14 de Maro, ter Bentode

    pagar o preo da cmoda aAntnio?

    2)

    A resposta pergunta anterior seria a mesma se as partes

    tivessem convencionado que a propriedade da cmoda s se

    transferia para Bento quando este procedesse ao integral

    pagamento do preo?

    3) Ter Bentode pagar o preo da cmoda, caso esta s pudesse ser

    entregue no dia 15, porque Antnio precisava dela at esse

    momento?

    4) Imagine que o incndio ocorreu no dia 16 de Maro e que

    Antniono tinha procedido ainda entrega da cmoda, porque

    se esqueceu que tinha combinado com Bentoentregar a cmoda

    no dia 15. Ter Bentode pagar o respectivo preo?

    5)

    Suponha, agora, que no foi Antnio quem se esqueceu de

    entregar a cmoda, mas foi Bento que no recebeu a cmoda,

    por ter decidido aproveitar os primeiros dias soalheiros de 2013

    e ir para Vila Nova de Mil Fontes.Ter Bentode pagar o preo dacmoda? A resposta seria a mesma se o incndio se devesse a

    uma imprudncia indesculpvel deAntnio?

    6)

    Se Bentono tivesse recebido a cmoda, porque se encontrava

    hospitalizado por ter sofrido um ataque cardaco, continuaria

    obrigado a pagar os 5.000 acordados?

    7) Caso as partes tivessem acordado que a propriedade da cmoda

    s se transferiria para Bento quando este tivesse pago o preo,

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    estaria Bento obrigado a faz-lo se o incndio fortuito tivesse

    ocorrido em sua casa, depois da cmoda lhe ter sido entregue,

    mas antes dele ter liquidado o seu preo?

    8)

    Por ltimo, suponha que, na data acordada, Antniose recusa a

    entregar a cmoda, alegando que Bentoainda no lhe pagou o

    preo de um relgio antigo que Antniolhe vendeu, em Janeiro

    desse mesmo ano, pelo preo de 8.000 . Quid iuris?

    XVI

    Antnio, coleccionador de relgios antigos, encontrou no antiqurio de

    Bernardo um relgio Gray de 1765. Antnio comprou o relgio a Bernardo por

    4.500 . Foi acordado que o preo s teria de ser pago 30 dias depois da

    celebrao do contrato.

    Como o preo no foi pago, Bernardopretende saber:

    1) Se pode exigir aAntnioos 4.500 acrescidos de uma indemnizao?

    2) Se pode exigir aAntnioa devoluo do relgio?

    3)

    Se Antnio for obrigado a devolver o relgio, pode Bernardo exigir,

    alm disso, uma indemnizao decorrente do facto de, depois de lhe

    ter vendido o relgio, ter aparecido no seu antiqurio outro

    coleccionador que estava disposto a pagar 5.000 por aquele relgio,

    mas que entretanto morreu?

    XVII

    Antnio obrigou-se, por escrito particular, a vender a Bernardo umafraco autnoma de um edifcio situado no concelho de Cascais. A ttulo de

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    princpio de pagamento, Bernardo entregou a Antnio 100.000 . Ficou,

    igualmente, acordado que a escritura pblica seria feita at ao final do ano de

    2014.

    1.

    No dia 4 de Outubro,Antniotelefonou a Bernardo, para lhe

    comunicar que j no estava interessado em vender-lhe o andar.

    Em face deste comportamento, Bernardo considera que tem

    direito a receber imediatamente 200.000 .Quid iuris?

    2.

    A resposta seria a mesma se, na mesma data referida em 1,

    Antniotivesse vendido o referido imvel Carlos?

    3.

    Suponha, agora, em Dezembro de 2015, Antnio decidiu

    resolver o contrato-promessa, invocando que Bernardo estava

    em estado de insolvncia e por isso no possibilidade de pagar

    o preo acordado para a venda. Bernardo tinha o capital

    necessrio para cumprir o contrato. Em face deste

    comportamento, Bernardo considera que tem direito a receber

    200.000 .Quid iuris?

    XVIII

    Ana, negociante de antiguidades e proprietria de um piano avaliado em

    5.000 , acorda com Benedita, pianista, troc-lo por um vaso antigo pertencente a

    esta, com valor de mercado de 6.000 .

    Antes da entrega do vaso este foi destrudo, porque Benedita o deixou

    cair, por descuido.

    1)

    Poder Ana recusar-se a entregar o piano e exigir que Benedita

    lhe entregue 1.000 ?

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    2) Caso no tivesse celebrado o contrato com Benedita, Ana teria

    vendido o piano a Carolinapor 5.900 . Por este motivo, poder

    Anaexigir que Beneditaa indemnize pelos prejuzos sofridos?

    3)

    Suponha, agora, queAnae Beneditatinham acordado trocar dois

    pianos por dois vasos e que Benedita s partiu um dos vasos.

    Que direitos assistem aAna?

    XIX

    No dia 11 de Setembro de 2015, Fernandodecidiu partir para Vila Nova

    de Mil Fontes no tendo, por esse motivo, recebido um computador que tinha

    encomendado na Word, SA. No dia seguinte, o computador ficou totalmente

    destrudo devido a um incndio no armazm - onde o referido aparelho tinha

    sido colocado - provocado por uma imprudncia indesculpvel de um

    funcionrio da Word, SA.

    1. Fernando, na segunda-feira seguinte, exige a entrega do computador.

    Em face do sucedido, Fernando recusa-se a pagar o pagar o

    computador. Estar obrigado a faz-lo?

    2. Poder Word, SA exigir a Fernando o pagamento de uma

    indemnizao pelo facto de no vendido o computador a Isabel por

    mais 500e por se ter deslocado a sua casa, no estando ele presentepara receber o computador?

    3. Suponha que a Word, SA, uma semana antes do incndio, tinha

    mandado reparar o telhado a Joel. Estar obrigada a pagar a

    totalidade do valor oramentado por Joel quando s metade do

    servio estava concludo no momento da destruio do imvel? E se o

    incndio se devesse a Guilhermeque decidiu atear fogo ao armazm

    por no gostar do gerente da Word SA?

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    XX

    Antnio vendeu a Bernardino, proprietrio de um avirio, 10 toneladas de

    rao para animais. Na data e lugar acordados,Antnioentregou a Bernardinoa

    rao. Por esta no ter a qualidade devida, as galinhas de Bernardinocomearam

    a adoecer. Que direitos assistem a Bernardino?

    XXI

    A empresa Catering, Lda acordou com a Editora, SA a prestao de um

    servio de cocktail no lanamento das novidades editoriais na Feira do Livro de

    Lisboa. Do contrato negociado consta uma clusula segundo a qual a Catering,

    Ldano assume responsabilidade por quaisquer prejuzos resultantes da mora

    ou incumprimento definitivo mesmo em caso de dolo ou culpa grave.

    1) No dia previsto, a Catering, Ldano presta o servio porque o seu gerente

    confundiu o ms em que tem lugar a Feira do Livro. Ter a Editora, SAdireito a

    ser compensada pelos danos sofridos?

    2) A resposta seria a mesma se, em vez da Catering, Lda, tivesse sido a empresa

    sub-contratada por esta, Cozinha Gourmet, a falhar o servio? E se fosse Berta,

    empregada da Catering, Lda?

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    XXII

    No parque de estacionamento X est afixada uma placa onde se l: No nos

    responsabilizamos pelos objectos deixados no interior das viatura. Antnio

    estaciona no parque X e quando regressa ao carro apercebe-se que o mesmo

    tinha sido assaltado e lhe tinha sido retirado o seu computador de trabalho.

    Atravs da consulta das cmaras, descobriu que um funcionrio do parque de

    estacionamento, encarregue da vigilncia do mesmo, tinha assistido ao assalto e

    nada tinha feito para impedir os ladres de levarem o computador. Pode

    Antnioexigir uma indemnizao ao proprietrio do parque de estacionamento

    X. Quid iuris?

    XXIII

    A empresa Reparaes Informticas, Lda, celebrou com Alfredoum contrato

    de prestao de servios de manuteno do equipamento informtico do atelier

    de arquitectura deste ltimo. As partes inseriram no contrato a seguinte

    clusula:

    Em caso de incumprimento das obrigaes por parte do 1 contratante

    (Reparaes Informticas, Lda) o 2 contratante (Alfredo) ter direito a receber uma

    compensao no montante de 2.000 .

    Considere sucessivamente as seguintes hipteses:1) A empresa de informtica no cumpre pontualmente as obrigaes

    assumidas e Alfredo exige-lhe o pagamento dos 2.000 . Mas a

    empresa entende que no tem de pagar mais do que os danos

    efectivamente sofridos por Alfredoque so apenas de cerca de 500 .

    Quid iuris?

    2) A empresa de informtica falta ao cumprimento das suas obrigaes,

    mas uma vez que os danos de Alfredo foram avaliados em 3.500 ,

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    agora este ltimo que pretende exigir da devedora uma

    indemnizao neste montante. Quid iuris?

    3)

    Se o no cumprimento se devesse a um caso fortuito, Alfredo teria

    direito aos 2.000?

    A resolver nas aulas tericas

    XXIV

    Antnioe Benilde Santosdevem 200.000 ao Banco Xe 100.000 ao Banco

    Y. Em face das dificuldades econmicas sentidas no ltimo ano, Antnio e

    Benildedecidiram vender o nico imvel de que eram proprietrios ao seu filho

    Carlos, residente em Madrid.

    Uma vez que, para garantir o cumprimento da dvida contrada junto do

    BancoY, tinham constitudo uma hipoteca sobre o referido imvel e do contrato

    constava uma clusula de acordo com a qual, em caso de incumprimento, o

    Banco se tornaria proprietrio da fraco autnoma,Antnioe Benildedecidiram

    pagar os 100.000 , na data de vencimento da obrigao.

    1)

    Pronuncie-se sobre a validade da clusula inserida no contrato

    celebrado entreAntnio, Benildee o Banco Y.

    2)

    O que pode fazer o Banco Xpara acautelar os seus direitos?

    3)

    A resposta anterior seria a mesma se, em vez de terem vendidoo imvel ao seu filho Carlos, Antnio e Benilde tivessem

    prometido vender-lhe o referido andar, atravs de um contrato-

    promessa ao qual tivessem atribudo eficcia real, e constasse da

    escritura pblica que o preo tinha sido integralmente pago

    nesse momento?

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    XXV

    No dia 20 de Janeiro de 2015, Carloscelebrou com Danielum contrato de

    compra e venda de um apartamento, propriedade de Carlos, pelo preo de

    250.000 . Daniel, que no dispunha do referido montante, contraiu um

    emprstimo junto do seu amigo Edgar. As partes acordaram que Danieldeveria

    restituir a quantia mutuada no dia 30 de Outubro de 2015.

    Para garantir a restituio da quantia mutuada, o Edgarcelebrou comJoel

    um contrato de fiana. Na data acordada, Daniel no restituiu a quantia

    mutuada.

    1) Qual o valor da garantia prestada por Joel, se o contrato de

    mtuo tivesse sido celebrado por documento escrito assinado

    pelo Daniel?

    2) Suponha que Edgarse dirige aJoele que este no paga, alegando

    que Daniel ainda tem bens que podem responder pela dvida.

    Quid iuris?

    3) A soluo seria diferente se Joel se tivesse constitudo como

    fiador e principal pagador?

    4) Uma vez que o Edgar devia, por sua vez, 250.000 a Daniel,

    quando aquele interpelar Joel para cumprir a obrigao em

    dvida, poder este invocar a compensao entre o crdito deDaniel contra Edgar e o seu dbito, para extinguir a sua

    obrigao?

    XVI

    Paulino, construtor civil, obteve um emprstimo do Banco X, mediante a

    constituio de uma hipoteca sobre um edifcio para habitao cuja construo

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    Paulino estava a realizar. Depois de concludo, o prdio foi constitudo em

    propriedade horizontal e Paulinocelebrou seis contratos-promessa de compra e

    venda com diferentes promitentes-compradores. Estes passaram desde logo a

    habitar nos respectivos andares.

    Ao fim de alguns meses, apurou-se que Paulinono dispunha de meios

    para satisfazer as suas dvidas ao Fiscoe Segurana Social. Entretanto, o Banco

    X pretende executar judicialmente a hipoteca constituda a seu favor sobre o

    edifcio construdo, mas tambm os habitantes das seis fraces autnomas,

    bem como o Estado consideram ser titulares de garantias especiais relativas

    satisfao dos respectivos crditos.

    Quid iuris?

    XXVII

    Antnio, proprietrio de uma garagem que se dedica compra e venda e

    reparao de automveis, vendeu a Bentouma carrinha usada por 7.500 . As

    partes convencionaram que o preo seria pago em 10 prestaes de 750 cada,

    mas que a carrinha seria entregue quando tivessem sido cumpridas as duas

    primeiras prestaes.

    1)

    Pagas as cinco primeiras prestaes, Bento encarrega Antnio de

    proceder mudana de leo no automvel que lhe tinha comprado.

    PoderAntniorecusar-se a entregar o automvel at que o preo da

    mudana de leo seja pago?

    2)

    Se Bentopagar a mudana do leo, pode Antniorecusar-se a entregar

    o automvel, invocando que o primeiro no pagou a ltima prestao

    do preo do automvel