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COLEÇÃO DE CALÇADOS FEMININOS INSPIRADOS NA TRIBO MASSAI COLLECTION OF INSPIRED FEMININE FOOTWEAR IN TRIBE MASSAI Karine Sabedot 1 Taíza Kalinowski Anselmo 2 Resumo O presente artigo corresponde a apresentação das pesquisas realizadas no processo de desenvolvimento de uma coleção de calçados femininos verão 2010 inspirados na indumentária da tribo Massai, tribo essa pertencente à África. Observa-se que tudo que está ligado a étnico está na moda, ligar culturas através da moda é interessante e tem um resultado positivo. Apostou-se em uma coleção ousada nos ornamentos, mas ao mesmo tempo elegante em forma e materiais, atendendo assim as necessidades e desejos de um público-alvo de consumo fashion, que consome moda, procura estar dentro das tendências e é compulsivo por calçados. Palavras Chave: Consumo. Calçados. Ousado. Massai Abstract The present article corresponds the presentation of the research carried through in the process of development of a collection of inspired feminine footwear summer 2010 in the indumentária of the Massai tribe, tribe this pertaining one to Africa. It is observed that everything that is on the ethnic one is in fashion, to bind cultures through the fashion it is interesting and it has a positive result. It was bet in a bold collection in the ornaments, but at the same time elegant in form and materials, thus taking care of the necessities and desires of a consumption public-target fashion, that it consumes fashion, looks for to be inside of the trends and is compulsory for footwear. Keywords: Consumption. Footwear. Bold. Massai 1 Graduando em Design de Moda. Universidade do Vale do Itajaí. email: [email protected]. 2 Professora Orientadora - Especialista em Comunicação e Marketing de Moda Anhembi Morumbi, São Paulo/ SP.email: [email protected]

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COLEÇÃO DE CALÇADOS FEMININOS INSPIRADOS NA TRIBO MASSAI

COLLECTION OF INSPIRED FEMININE FOOTWEAR IN TRIBE MASSAI

Karine Sabedot 1

Taíza Kalinowski Anselmo2

Resumo

O presente artigo corresponde a apresentação das pesquisas realizadas no processo de desenvolvimento de uma coleção de calçados femininos verão 2010 inspirados na indumentária da tribo Massai, tribo essa pertencente à África. Observa-se que tudo que está ligado a étnico está na moda, ligar culturas através da moda é interessante e tem um resultado positivo. Apostou-se em uma coleção ousada nos ornamentos, mas ao mesmo tempo elegante em forma e materiais, atendendo assim as necessidades e desejos de um público-alvo de consumo fashion, que consome moda, procura estar dentro das tendências e é compulsivo por calçados.

Palavras Chave: Consumo. Calçados. Ousado. Massai

Abstract

The present article corresponds the presentation of the research carried through in the process of development of a collection of inspired feminine footwear summer 2010 in the indumentária of the Massai tribe, tribe this pertaining one to Africa. It is observed that everything that is on the ethnic one is in fashion, to bind cultures through the fashion it is interesting and it has a positive result. It was bet in a bold collection in the ornaments, but at the same time elegant in form and materials, thus taking care of the necessities and desires of a consumption public-target fashion, that it consumes fashion, looks for to be inside of the trends and is compulsory for footwear.

Keywords: Consumption. Footwear. Bold. Massai

1 Graduando em Design de Moda. Universidade do Vale do Itajaí. email: [email protected].

2 Professora Orientadora - Especialista em Comunicação e Marketing de Moda – Anhembi Morumbi,

São Paulo/ SP.email: [email protected]

1. INTRODUÇÃO

O mercado calçadista dispõe de uma variedade de materiais, que vai dos

alternativos aos mais tecnológicos. Inovar e renovar são uma das maiores

necessidades humanas. A todo ano o consumo de calçados aumenta,

principalmente entre o público feminino, com isso a competitividade do mercado

também aumenta, novas tecnologias são implantadas, os concorrentes se

especializam em agregar qualidade e valor aos seus produtos.

Segundo o site Exclusivo (2008), o Brasil está entre os dez países

consumidores e produtores de calçados do mundo, sendo o terceiro maior produtor

e o quinto maior exportador mundial. A China é o maior produtor de calçados, sendo

responsável por 68% da produção mundial, porém seus produtos não possuem a

mesma qualidade que os calçados brasileiros, mas o custo é bem menor o que

estimula a exportação do produto Chinês.

“O mercado global exige produtos mais baratos, inovadores e de qualidade”.

(EXCLUSIVO, 2008)

Ainda o site Exclusivo (2008), comenta que o Brasil tem potencial para

expansão, ultrapassando algumas barreiras de produção as expectativas são boas,

desde que os produtos sejam bons para o mercado, trazendo com eles as

características que satisfaçam os consumidores.

Portanto “o foco central de todo o projeto de produto deve ser a satisfação do

cliente, através da criação e desenvolvimento de produtos que atendam as

exigências e os desejos deste consumidor”. (RECH, 2002, p. 20).

Satisfazer as necessidades é trazer a inovação para perto do consumidor,

fazer com que ele perceba o que está comprando, que conceito está sendo

adquirido, e que o tal produto atenda suas reais expectativas e necessidades. Unir

as formas de se vestir e de se adornar a um produto como o calçado deve transmitir

com mais facilidade o conceito, simplesmente ao observá-lo, principalmente quando

as culturas se fundem como a cultura brasileira e a africana.

“O contexto cultural de uma sociedade pode ter uma grande influência sobre

os valores e crenças individuais”. (RECH, 2002, p.72).

Desta forma este artigo tem por objetivo apresentar as pesquisas realizadas

durante o desenvolvimento da coleção de calçados femininos para o verão 2010,

inspirado na indumentária da Tribo Massai. Estas pesquisas correspondem a

identificar o consumo feminino de moda e principalmente de calçados, observar que

quesitos são necessários para atingi-las, também analisar as tendências mundiais

para o verão 2010, em que estágio se encontra o mercado do design e os

concorrentes.

Porém pode-se ver que dentro do objetivo maior de conceber a coleção, os

objetivos específicos foram conhecer a tribo Massai visando identificar as

características da indumentária para serem utilizadas como inspiração para o

desenvolvimento da coleção, identificar no universo da moda as marcas que já

fizeram uso deste tipo de cultura como inspiração buscando compreender a forma

com que essas referências se encontram no mercado e pesquisar o público-alvo

através de pesquisas de campo e pesquisas sobre o consumo de moda feminino

visando identificar seu comportamento e suas necessidades com relação ao

calçado.

2. METODOLOGIA

Um projeto de design necessita passar por um planejamento e definição do

método, das técnicas e ferramentas que serão utilizadas durante o desenvolvimento

projetual.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste projeto é o MD3E

proposta por Santos (2005), que consiste em um método de desdobramento em três

etapas, a pré-concepção, concepção e a pós-concepção.

Figura 1. Fluxograma MD3E

Fonte: www.teses.esp.ufsc.br, 2009

Inicialmente a pré-concepção teve a definição do problema, que consiste em

como evidenciar as características da indumentária da Tribo Massai nos calçados

femininos mantendo-os comerciais e atrativos atendendo assim as necessidades do

público-alvo, logo os objetivos e justificativa de todo o projeto são elaborados, o que

implica em uma pesquisa aplicada e descritiva, a análise de todo o problema se

baseia na pesquisa bibliográfica, de levantamento e pesquisas de campo, onde

respectivamente a análise se confere na temática, estado do design, tendências de

moda, concorrentes, mercado calçadista e o público-alvo através de pesquisas

quantitativas através de questionários e qualitativas através de observação.

Quanto às ferramentas e técnicas projetuais utilizadas está o cronograma

para facilitar a divisão de cada etapa definindo datas e prazos a serem cumpridos,

os painéis semânticos para melhor visualizar a temática, público-alvo e o conceito do

projeto, PFFOA onde se identifica os pontos fortes, pontos fracos, ameaças e

oportunidades de cada concorrente, o MESCRAI que ajuda na geração de

alternativas, com ela é possível, modificar, eliminar, substituir, combinar, rearranjar,

adaptar e inverter as gerações até alcançar o objetivo final e a Desconstrução que

consiste em desmontar as imagens em itens relevantes para melhor embasamento

das gerações.

Finalmente na etapa de pós-concepção dividem-se em

subsistemas/componentes abrangendo a modelagem, ficha técnica e etapas da

produção, também os processos de produção com as etapas e o memorial descritivo

que contem todas as informações sobre a criação da coleção, por fim definiu-se o

mercado que o produto compõe o protótipo e o lançamento do produto.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Serão agora apresentadas as informações correspondentes as pesquisas

teóricas relativas ao consumo, consumo de moda, consumo feminino e em especial

consumo feminino de calçados, o movimento étnico na moda, a tribo Massai e o

público-alvo.

3.1 Consumo

Todo ser humano tem necessidades básicas de consumo como alimentação,

proteção, comunicação, entre tantas outras, porém segundo Gade (1998), nem

sempre essas necessidades são as mais importantes, principalmente quando a

algum motivo de compra, quando o lado consumidor de objetos fala mais alto, as

necessidades básicas não importam quando se está vestindo uma roupa da moda.

A teoria de Maslow e sua pirâmide pode ilustrar bem há hierarquia das

necessidades humanas.

Figura 2. Hierarquia das necessidades

Fonte: Karsaklian (2000)

Como pode-se ver primeiro as necessidades fisiológicas, segundo

necessidades de segurança, em terceiro afeto, quarto estima e por último realização.

Segundo Karsaklian (2000) o processo de motivação ao consumo inicia-se

com uma necessidade, os desejos são estimulados mesmo sem o objeto que

provoca o sentimento. Na área mercadológica as necessidades se classificam por

utilitárias (objetivo, funcional), hedônicas ou experimentadas (prazer, luxo, status)

Assim pode-se ver que para a necessidade de consumo se tornar prioritária

é preciso provocar o interesse no consumidor. Como diz Coelho (2002, p 70) “o

objeto esta dentro e fora de nós. Para se conscientizar de si próprio, o ser humano

faz objetos de si mesmo. E para ampliar sua capacidade física e mental, usa objeto

como prótese de seus órgãos.”

Todos os consumidores de alguma forma usam dos objetos materiais,

principalmente se for de grife para se impor na sociedade, eles trazem alto-estima,

status, elegância, simplesmente por que esses produtos são feitos exatamente para

um público específico e pelo simples fato de que esse público é analisado e

estudado, verifica-se suas necessidades e ansiedades perante o consumo.

“E se o indivíduo é dotado de desejos que o impulsionam a adquirir produtos

ou serviços, então nada mais coerente que analisar e estudar o comportamento do

consumidor e o que o leva a comprar.” (FRAGA; SERRALVO, 2006).

Quando os produtos são consumidos como símbolos eles servem às pessoas por meio de sua transformação em ferramentas úteis para que estas provoquem reações desejadas nas outras pessoas ao seu redor, pois sempre que uma pessoa utiliza produtos simbólicos ela está tentando comunicar a seus grupos de referência certas coisas sobre si mesma.

(MIRANDA, 2008, p. 33).

Os consumidores não tem somente necessidades básicas, a necessidade de

consumir o que lhe emociona, até lhe trás lembranças ou pensamentos futuros, os

seres humanos estão mais carentes e os objetos de desejos comprados podem

saciar essa carência por algum tempo, principalmente quando esse produto ou

serviço foi feito pensado somente neste consumidor, realizando suas necessidades.

3.2 Consumo de moda

Tendo em vista que auto-estima e realização é uma necessidade humana,

então moda também é uma necessidade, necessidade essa de consumir o novo, o

diferencial.

Pessoas expressam o seu eu no consumo e vêem as posses, por conseguinte, como parte ou extensão do seu eu. Esta capacidade de simbolização – ou seja, de promover a união de um objeto e da mensagem a ele atribuída – permite a adaptação do homem a realidade por meio de abstrações dos elementos que compõe o mundo. (MIRANDA, 2008, p. 77).

O consumo de moda promove a realização das pessoas, como forma de se

mostrar ao mundo, ter personalidade e expor a aparência a sociedade. Quando um

ser humano consome algum objeto de moda, preferencialmente de marca ela quer

ser admirada pelos outros, se sentir superior, nesta parte nota-se a necessidade da

auto-estima e do status.

Miranda (2008) diz que “as mulheres buscam no consumo de moda mais do

que mudanças estética de aparência, substancialmente o seu conceito e a sua

identidade.”, moda é um consumo de símbolos relacionados a grifes ou não, o

consumo desenfreado só mostra que a busca pelo eu está cada vez maior, as

pessoas buscam personalidade e estilo ao adquirir um produto de moda.

As pessoas tem atitudes e objetivos quanto a indumentária, como definida

por Miranda et al. (1998), aparecer, ser, parecer, idealizar e inovar.

Parecer: o objetivo do consumo de moda é chamar a atenção;

Ser: atender as pressões sociais, dizer de onde vem;

Paracer: força motriz de consumo, a vaidade;

Idealizar; projeção para o outro;

Inovar: ser fashion, "antenado" com o mundo;

Pode-se observar que o consumo de moda nada mais é que a realização

pessoal, estar na moda é tentar ser diferente sem errar, o que o mundo dita para

consumir o consumidor fashion segue, e como comentado as mulheres são mais

preocupadas em estar na moda, consumir marcas e realizar as suas necessidades

perante ao desejo de compra.

3.3 Consumo feminino (calçados)

No consumo feminino em especifico o calçado só mesmo as mulheres

sabem o que significa obter um par deles, Jacobbi (2005, p. 11) diz que “calcula-se

que em media, ao longo da vida, uma pessoa percorra aproximadamente três mil

quilômetros a pé: o sapato, portanto, é um objeto útil para ambos os sexos. Mas só é

uma obsessão absoluta para as mulheres.”

O sapato tem virtudes mágicas: nos faz sentir maravilhosas ou sexy, chiques ou esportivas, no ato. Embora toquem o piso nada imaculado das ruas e ainda que entrem em contato com o suor, são objetos de arte ou, pelo menos, de nobre artesanato, e não muito diferentes das jóias. Com a vantagem de custarem menos que diamantes, os famosos “melhores amigos das mulheres” (JACOBBI, 2005 p. 13).

Segundo Goméz (2006) as mulheres consomem em média oito pares de

sapatos por ano, enquanto os homens apenas dois, isso segundo os fabricantes,

fazendo com que as lojas reponham seus estoques com agilidade, sempre

acompanhando as tendências de moda.

O Tavaniello (2009), diz-se que o fascínio das mulheres pelo consumo de

sapatos sempre será algo enigmático, a reportagem comenta que em entrevista com

o designer Fernando Pires ele menciona que “a personagem de conto de fadas é a

maior culpada por essa obsessão, desde criança, as mulheres descobrem que, junto

com o sapatinho de cristal e o salto alto, vem um príncipe encantado e um castelo”,

obsessão que vem desde a infância.

Para Jacobbi (2005), os sapatos são tão consumidos e se tornam a paixão

das mulheres porque não tem obstáculos para usá-los, todos os tipos de mulheres

podem adquirir gordas, magras, altas baixas, bonitas ou feias, não há restrições.

Eles são peças-chaves do look, a grande maioria pensa antes no sapato e depois no

vestuário, os sapatos fazem as mulheres se sentirem poderosas, elegantes e de fato

no alto.

No site Tavaniello (2009), apresentou-se a encomendada pesquisa feita pela

Azaléia, onde aponta que as brasileiras possuem em média 11,8 pares de sapatos,

número bastante representativo.

Tanto que Jacobbi diz que “quando crescemos queremos que os sapatos nos

representem. O sapato conta tudo sobre uma mulher”.

Realmente o público feminino consome moda, moda essa de diferentes

segmentos, aqui foi visto que o consumo feminino mais relevante é o de calçados,

por isso é importante levantar informações sobre as tendências de moda de vários

segmentos mais principalmente de calçados, lincar os objetivos do projeto

relevantes ao étnico e as tendências com o consumo obsessivo pelos calçados.

3.4 Movimento étnico/Tendências

Como nos dias atuais a moda está cada vez mais globalizada, a constante

busca pela auto-expressão traz as tendências referentes ao exuberante e ao exótico

conectando o ocidente com o oriente.

Segundo Moutinho; Valença (2000), o momento de maior relevância da

tendência étnica foi em 1909 -1910 com Paul Poiret, estilista francês que nasceu em

1879, ele introduziu referências étnicas nas suas criações, peças exóticas e

exuberantes inspiradas no Balé Russo e no Japão. No prêt-à-porter ficou por conta

de Jean-Paul Gaultier, nascido em 1952, suas criações eram inusitadas e inspiradas

em referencias étnicas.

Figura 3. Paul Poiret Fonte: A moda do século XX, 2000

Um dos momentos também bem marcantes do étnico na moda foi nos anos

70, com a comunidade hippie, eles foram grandes personagens dessa história

trazendo algumas referências de outros povos quanto a forma de se vestir. O étnico

nunca perdeu força no mundo da moda a cada estação ele aparece de alguma

forma, seja nas estampas, nas formas, nas cores ou nos materiais. As tendências

mundiais sempre se voltam de alguma forma para o movimento étnico.

Segundo Treptow (2007, p. 88) “é aconselhável que o tema da coleção possa

fazer o uso de algumas tendências diagnosticadas através de pesquisas”.

Foi então observada que a tendência étnica estará presente nas coleções de

verão 2010 de grandes grifes principalmente a cultura africana que é a mais

diversificada do planeta. A partir disto extrai-se da África a tribo Massai, que faz uso

de uma incrível e rica indumentária. marcas que estão trabalhando a área étnica

neste verão. Primeiramente a marca Melissa, que na sua mais nova coleção usou o

tema África como inspiração. Segundo Palomino (2009), não apenas por que a

África está na moda, como ditam as tendências internacionais e nacionais, mais por

que a África trata-se do grupo mais diversificado do planeta tanto culturalmente

quando etnicamente. A Melissa então busca na Afromania ressaltar a importância do

continente e de suas nações para o mundo, aproximando ainda mais a África do

público brasileiro.

Ainda segundo Ângelo (2009), muitas grifes internacionais ressaltaram o tema

África nos desfiles de verão 2010, como a Christian Dior, com seu tribal chic

empregados nos casacos de píton, nas estampas de animais e as cores fortes na

maioria das peças, também nos acessórios ressaltam-se os detalhes em marfim,

colares que lembram dentes de tigre, bolsas de croco e sandálias que remetem a

tribo Massai.

Christopher Kane utilizou África na sua coleção de verão 2010 estampas de

animais em casaquinhos, vestidos e blusas e nos sapatos muita tira de couro.

Este tema também aparece na coleção de Junya Watanabe com motivos de

zebra, oncinha e folhagens, além do colorido aparecem túnicas e vestidos típicos

com amarrações e nos pés, sandálias rasteiras com tiras enroladas no calcanhar.

Temas étnicos aparecem grandiosamente na nova coleção da Louis Vuitton,

as sandálias surgem com um certo primitivismo e materiais luxuosos, com pedras e

tecidos nobres, estampas de bichos e píton também fazem parte da coleção, tudo

misturado a cores fortes.

Figura 4. Movimento étnico/tendências 2010 Fonte: Site Use Fashion, 2009

Por se tratar de um projeto ligado ao tema étnico e ao público fashion, é

necessário e relevante observar as tendências de moda para o verão 2010.

Segundo o site Use Fashion (2009), o verão 2010 divide-se em quatro grandes

mega tendências, Fusão, abrange o étnico, o Tecno Déco une tecnologia e o

passado, Grau Zero, conscientiza o consumo e o ambiental, e Transformes que une

o orgânico com o geométrico.

A Fusão tem como objetivo a integração entre os povos, evidenciando etnias

como a Índia, África, China e o Japão, os produtos trazem uma visão exuberante,

com muitos apliques e estampas de diversos tipos como a de animais e tribais,

fazem parte o colorido e o exagero, os tons terrosos aparecem em quase todos os

calçados, diversos materiais como pedras, miçangas, sementes, cordões e penas

isso tudo misturado ao couro e camurça, os saltos são altíssimos, na maioria das

vezes finos e a plataforma, a meia pata também aparece.

A Fusão é a união de todos os povos, a união de etnias completamente

distintas, como principais estão a africana, japonesa, chinesa, indiana e asiática.

Essas tendências são fortíssimas e não é tão atual, a cada estação o étnico é

representado de alguma forma, pode-se observar que grandes estilistas

internacionais trabalharam o étnico na coleção de verão 2010, como Marc Jacobs

que se utiliza do estilo rústico em suas peças, com cordões e cores cruas, Anna Sui

apresenta estilo e imagens orientais A Louis Vuitton traz o étnico na mistura de

materiais, os adornos exóticos e exagerados e melissa se utilizou das formas

geométricas da cultura africana.

Segundo o site Use Fashion (2009), dados relevantes acusam o uso da

tendência étnica, “o transito de imigrantes para países ricos não leva apenas “força

de trabalho”, mas embaralha as culturas influenciando a moda”. O Japão e a China

também estendem suas influencias pelo mundo todo, na África que em especial o

mundo todo está de olho, ela vai abrigar a próxima Copa do Mundo de futebol, a

mídia já está La trazendo informações sobre a rica cultura do continente e seu modo

de viver.

Ainda segundo o site Use Fashion (2009), as palavras-chaves do verão 2010

dentro de todas as tendências são a sandália, peep toe, salomé, sapatilha, scarpin,

d’orsay, chanel, de amarrar, boneca, gáspea e talão, rasteira e slide. As plantas e

formas se dividem em afinadas, quadraras e redondas, quanto aos metais aparecem

fivelas em exagero, tachas e zíperes. Os Saltos se contradizem com inúmeras

formas, o finíssimo agulha, plataformas de diferentes estilos, o estaca, saltos mais

baixos, saltos lembrando esculturas, em forma de cone, transparente e o triangular.

Os solados são três em destaque, meia-pata, plataforma e rasteiro. As estampas

aparecem de várias formas, mais as principais são as de animais, e as machadas.

Os materiais são diversos, podem andar separados ou juntos, o couro liso se

contradiz com o metálico e o verniz, além do de cobra e a camurça, tecidos como o

cetim, além de materiais transparentes.

Finaliza-se por dizer que das quatro grandes tendências da moda para o

verão 2010 o étnico transmitido pela chamada fusão é a tendência relevante ao

projeto já que como podemos observar a seguir o tema de inspiração para a coleção

da marca é o étnico, étnico africano, a tribo Massai.

3.2.1 Tribo Massai

Segundo o site Pime (2002), os Massai pertencem à família de povos

africanos chamada Nilótica3, habitam a região do norte da Tanzânia e o sudoeste do

Quênia. Os Massai formam uma tribo orgulhosa e indomável de pastores e

guerreiros que guardam as antigas raízes de uma tradição, tanto que apesar de

3 NILÓTICA: Família ao qual os Massai pertencem.

aprenderem duas línguas na escola o swahili e o inglês, línguas oficiais da Tanzânia

as pessoas da aldeia falam Maa, língua ancestral do povo Massai e ainda vivem em

cabanas que são dispostas em círculos, protegidas por uma cerca e um espaço no

meio onde fica o gado.

Freire (2007) diz que:

O povo Massai, nunca mudou o modo de vestir e manteve uma imagem de resistência cultural hoje explorada como um símbolo do Quênia, combinam mosaicos e cordões de contas e miçangas, com o vermelho vibrante de suas roupas.

Segundo Krebs (2007), a composição dos colares nas mulheres não é

aleatória, depende da finalidade que se quer dar, pois os adornos são

confeccionados geralmente para as festividades da aldeia, esses adornos muitas

vezes representam a própria aldeia, contas escuras e claras são colocadas

alternadamente nas pontas para representar a cerca da aldeia, as peças do centro

de forma geométricas representam o numero de habitações e os portões de cada

moradia, já para nos homens os objetos mais adornados são o escudo e a lança, se

no escudo estiver uma estrela significa que o guerreiro protagonizou um ato de

coragem.

Pode-se observar realmente que o vermelho na indumentária está sempre

presente, pois na África toda tribo é referenciada por alguma cor especifica.

Krebs (2007) ainda diz que homens e mulheres usam pingentes de acordo

com a faixa etária, isso muda de dez em dez anos. Assim que atinge a puberdade as

jovens se casam com um dos homens mais velhos da tribo, embora antes disso

possam conviver, mesmo sexualmente, com outros rapazes, e ainda sendo

permitido após o casamento.

Elas exibem sempre as cabeças escrupulosamente raspadas e muitos

adornos, são colares, braceletes, brincos e anéis feitos com madre pérolas de

múltiplas variedades, seus adornos são fabricação própria da tribo, muitas vezes

vendidos para poderem comprar alimentos ou outros bens que eles não produzam.

Sintetizando estás informações foi desenvolvido um painel semântico que trás as

imagens desses adornos.

Figura 5. Painel Massai Fonte: Compilação de imagens site Corbis, 2009

A coleção então foi desenvolvida a partir dos detalhes dos adornos e da

vestimenta, como as miçangas, cordões, o xadrez e as cores fortes, as formas

também se mantiveram mais estruturadas.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DA PESQUISA

Será apresentada a pesquisa de campo referente ao público-alvo e suas

necessidades e preferências.

4.2 Pesquisa de campo

A pesquisa de campo foi realizada com a aplicação de 50 questionários

distribuídos nos campos da Universidade do Vale do Itajaí nas cidades de Balneário

Camboriú e Itajaí no estado de Santa Catarina, nos dias 22, 23 e 24 de abril de

2009. O questionário foi construído com 8 questões sendo elas perguntas fechadas,

cujo conteúdo estava relacionado ao público-alvo e suas necessidades.

Além desta pesquisa foi realizada uma pesquisa de observação em lojas de

calçados femininos de Itapema, nos dias 27 e 28 de abril de 2009, onde foi visto que

as mulheres preferem a meia-pata, salto alto fino e a sandália rasteira, procuram

produtos mais elaborados e que fazem de tudo para adquirir os produtos que

gostaram usando até mesmo amaciante de couro que aumenta o número do calce.

Agora analisando os questionários percebe-se que a maioria das

questionadas são fascinadas por sapatos e compram sem ter necessidades

especificas. Se identificam como consumidoras fashions conforme gráfico 1.

Gráfico 01: Estilo Público Fonte: Arquivo pessoal

O gráfico revela o público alvo do projeto, mulheres de consumo fashion,

que estão sempre por dentro das tendências de moda.

Treptow (2003, p.51), descreve que o público fashion:

Público de moda é o público que mais consome. Valoriza a moda, as etiquetas, a juventude; gosta do consumo em geral: é sociamente ativo; flexível, alerta aos modismos; julga-se sexy e atraente; aceita novidades com muita facilidade; procura estar em forma. Aprecia modelagem confortável, estilo contemporâneo e coordenado.

Gráfico 02: Seguir Tendências de moda Fonte: Arquivo pessoal

50%42%

8%

Estilo Público

Fashion Tradicional Vanguarda

42%

22%

20%

16%

Quanto a tendências

Sigo todas as tendências Procuro seguir as tendências

Analiso o que fica bom em mim Não sigo tendências

Pode-se notar que no gráfico 2 a maioria das questionadas admite ser

seguidora de tendências, o que é de extrema importância para o projeto, pois a

temática de inspiração está dentro das tendências de verão 2010.

Analisando o resultado dos questionários e da pesquisa de observação nota-

se que a maioria das consumidoras gosta mesmo da mistura de materiais, dentro

das lojas observadas grande parte das consumidoras entra no ponto de venda sem

saber o que quer, mais a direção primordial é para os calçados que têm adornos,

como fivelas, strass, pedras, laços entre outros, reforçando preferem os saltos altos,

como o agulha, pois deixam as consumidoras mais bonitas e elegantes,

contradizendo com a sandália rasteira que no verão é o calçado mais vendido

segundo a observação, gostam da meia-pata por ser mais confortável. O item mais

importante é a beleza seguida do conforto, da qualidade, design, preço e conceito.

4.3 Pesquisa de Mercado

Aqui serão apresentadas as pesquisas de estado do design e concorrentes.

4.3.1 Estado do Design

No estado do design analisaram-se principalmente as questões relevantes

ao projeto, como o uso do étnico, como a marca Levis que lançou uma coleção de

camisetas com a assinatura da designer colombiana Catalina Estrada. As cores e as

estampas dão um toque étnico.

O estilista carioca Luciano Canale também lançou para o inverno 2009 de

sua etiqueta, a coleção com inspiração na África. Como diz no site About Fashion,

2009, as roupas serão contemporâneas, os africanismos estarão nos acessórios de

acrílico, numa versão meio futurista dos colares Massai. As pulseiras, do mesmo

material, terão formatos bem geométricos.

Segundo o site Jóia BR (2008) a África aparece também nas Jóias, Anna

Assis lança a coleção "Mãe África – Berço da Humanidade", misticismo, a magia, as

cores, sons e rituais de diferentes tribos africanas estão representados na coleção

de estréia da grife África Universal. Anna diz ao site que “criar a coleção foi uma

forma de resgatar a história e as raízes de um povo que tanto influenciou a cultura

brasileira, seja nas artes, na música, na dança ou na religiosidade. As peças

ganham vida e calor com o colorido vibrante do âmbar e da turquesa, miçangas,

prata e materiais não convencionais.”.

Figura 6. Painel estado do design Fonte: Compilação de imagens site About fashion, 2009; Site Jóia BR, 2008;

Dentro de tantas tendências étnicas e principalmente a africana, não pode-se

deixar de analisar o conforto e as tecnologias também verificadas dentro do mercado

calçadista, como o amortecimento no salto presente na linha B+ da marca Bebecê

de Três Coroas – RS, segundo o presidente da Bebecê calçados Arnaldo Slovinsk

Moraes em entrevistas ao site Couro Moda (2009) a tecnologia de amortecimento

colocada na planta dos pés no sapato social diminui o impacto no caminhar e está

satisfazendo suas clientes. A linha da marca Ramarim, Total Confort também investe

em conforto nas palminhas e materiais mais macios, no projeto também foram

utilizados alguns atributos de conforto como a utilização de uma palmilha forrada

com espuma e o uso do couro que é mais ergonômico, produto de vida útil e que

possui atributos relevantes para uso no calçado, como transpiração e a capacidade

que o material tem de distender - ce permitindo a adaptação aos movimentos, já que

o conforto é de extrema importância como pode-se ver a seguir, onde a análise dos

concorrentes permite observar que fazem uso de matérias-primas de qualidade.

4.4 Concorrentes

A partir da definição do público-alvo e da pesquisa referente ao estado do

design foi feita uma análise entre as grandes marcas nacionais para verificar quais

se assemelham a marca Karine Sabedot.

A primeira marca concorrente é a Dumond que tras elementos da moda

brasileira aliados a um design sofisticado e arrojado. A Dumond a cada coleção

apresenta modelos exclusivos, todos com referências das principais tendências

mundiais, e com as referencias brasilidade, qualidade premium, beleza e estilo.

Segundo o site Dumond (2009) a marca faz pesquisas constantes de

mercado e moda. Essa rica fonte de informação é aliada a matérias-primas

diferenciadas. A marca também investe em coleções de bolsas e acessórios como

cintos e carteiras, garantindo looks completos. A marca é feita para mulheres

contemporâneas, que têm estilo e são apaixonadas por moda e calçados, está no

mercado desde 1992 e, desde o princípio mantém o foco na qualidade,

diferenciação de produtos e beleza. Além de estar presente nas melhores boutiques

de todo o Brasil, a marca conta com lojas exclusivas e franquias nas principais

capitais do país e também no exterior. Atualmente, a Dumond leva a moda brasileira

para o mundo, estando presente em mais de 50 países, pertencente ao grupo

Paquetá, que está entre as indústrias calçadistas mais importantes do mundo. Com

mais de 60 anos de história e tradição, a empresa produz calçados de alto valor

agregado para várias marcas internacionais.

A segunda concorrente é a Carmen Steffens que foi criada em 1991 em

Franca, São Paulo. Como diz no site da marca Carmen Steffens (2009) a empresa

se destaca entre as mais modernas do Brasil, aliando o toque artesanal com a mais

alta tecnologia de produção, seguindo a forma italiana de fabricação. Ela conta com

a Còuroquimica, um dos maiores curtumes da América Latina. A marca e a

Couroquimica fabricam 100% de suas linhas em unidades próprias, fazendo a

melhor e mais rápida entrega do mercado. As linhas sao desenvolvidas com base

em pesquisas internacionais de tendencias, enriquecida com o charme brasileiro. O

objetivo é evidenciar o conceito de moda do Brasil no mundo. A marca utiliza-se

muito de materiais preciosos, como pedras e brilhantes, mas alia o artesanato a

suas peças evidenciando o Brasil em praticamente todas. Hoje a marca conta com

107 lojas proprias no Brasil e 14 no exterior.

Como último concorrente a Cavage que segundo o site criada em 1998,

surgiu para colocar no mercado brasileiro um produto que transmitisse o conceito de

luxo e glamour ao calçado feminino. Os produtos são fabricados com matérias

primas diferenciadas, como, couros refinados, pedrarias de strass Swarovski, tecidos

e cetins importados, além de utilizarem peles exoticas de jacaré e cobra legitimos. A

Cavage também utiliza o artesanato. A marca possui 20 pontos de vendas no Brasil

e 5 pontos no exterior.

Figura 7. Painel Concorrentes Fonte: Compilação de imagens site Camen Steffens; Site Cavage; Site Dumond, 2009

Efetuada a pesquisa dos cooncorrentes sera aplicada a ferramente PFFOA,

que consiste na análise dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças.

Pontos Fortes: Matérias primas de qualidade produzem além dos calçados

acessórios, alto valor agregado, possuem tecnologias e agilidades na produção,

possuem lojas próprias e franquias no Brasil e no exterior e fidelizam os clientes;

Pontos Fracos: Alto custo dos produtos;

Oportunidades: Ter esses concorrentes como inspiração é uma grande

oportunidade e não são do Sul do país o que facilitaria a expansão da marca nessa

região.

Ameaças: A não aceitação dos produtos no mercado e a principio a falta de

um forte investimento na marca.

Resume-se que os concorrentes são fortes e trabalham para o mesmo tipo

de público-alvo, utilizam-se de matérias-primas de ótima qualidade e se utlizam de

alta tecnologia, possuem rápida escala de produção, porém o custo dos produtos é

elevado, o que seria uma grande vantagem.

Sendo assim depois de observar os concorrentes, se pode observar um

pouco sobre a marca Karine Sabedot, que traduz toda a coleção em um Memorial

Descritivo, podendo-se observar o conceito da marca, que é ousada, feminino,

sofisticada e artesanal, se utiliza das formas ousadas, cores fortes e materiais

diferenciados como as miçangas e os cordões. No figura 8 pode-se ver um resumo

das três linhas da coleção verão 2010.

Figura 8. Linhas Quênia, Massai Mara e Nilótica. Fonte: Acervo Pessoal

As linhas possuem nomes que lembram o tema de inspiração, e dividem-se em uma

linha com salto grosso sendo mais sofisticada, a linha de saltos altos e finos com a

meia-pata o que transforma a linha em ousada e a linha rasteiras que lembra o

feminino e mais o artesanal.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebeu-se que o mercado calçadista é amplo e competitivo, que a maioria

dos consumidores deste tipo de produto é mesmo o consumidor feminino, que o

poder de consumo que as mulheres têm é fascinante e deve ser trabalhado, são um

grande nicho mercadológico as apaixonadas não só por calçados, mais também

pelo consumo de moda.

Pode-se observar que o étnico surgiu na moda muito antes do que se

imaginava, não é uma nova tendência, mas sim uma tendência que não sai de

moda, vê-se nela a oportunidade de revelar e mostrar ao mundo novas culturas, a

diversidade dos povos e até mesmo criar moda para realizar ações humanitárias.

Acredita-se que o objetivo deste projeto foi alcançado, conheceram-se as

marcas e estilistas que já propuseram a tendência e a tribo Massai nas passarelas,

que muitos se utilizam das cores, estampas e formas de diferentes lugares do

mundo, também se pode misturar raças e culturas, trazer para mais perto esses

povos. E assim a coleção conseguiu transmitir a tribo Massai para os produtos de

forma leve e sofisticada, sem perder a alegria das cores e formas, o exagerado ficou

por conta dos aviamentos que trouxeram a sofisticação para os produtos com

bordados e acessórios.

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