cold bath / banho frio

8/9/2019 Cold Bath / Banho Frio

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Cold Bath

The water is cold. I can’t feel my fingers. Those long and

purplish endings, which now lack of feelings. I don’t feel

anything around me, just cold. A chilling cold, which chills

the, whole extension of my column. But I can hear

those soft words, as a lullaby. I want close my eyes. I want

to sleep and stop feeling by complete. Well, I feel

everything that I do not want

feel. The cold is penetrating up in my bones and I can’t avoid not

close my eyes. The melody is becoming more distant, but

the words explode in my head.

I just don’t know what I'm here for

If I close my eyes, no one will miss me. There will be nocold. Only. Peace .

I felt my body being pulled down. I could not stop, simply

had no strength or desire to do so.Started to become

difficult to breathe.

I began to count:

... 40 ...41 ...

42 ...

The song became imperceptible, but still there, guiding

me. From afar, came a voice, soft, pure and soft. Then

came two arms enveloped me. All this brought me warm

and light.



Warm

Many w ords remain unsaid. So why not write them?

The cold always made me want to express myself, to try

experience using a pen and a piece of paper. But the light

wondered why of my writing. I never know the answer to

this question until today. I write for me free to express all

the feelings that I can’t communicate with actions, and tovent. Write is the only comfort that I can have by myself.

The light and wind say that my writing is melancholy. I

don’t feel it. But if they are, I'm all gloom. The words are my

extension. Just because I like words. Because I like my

words. I feel sorry that the wind does not understand me,

but I will not let him knock me down.

I don’t feel so cold and now I can breathe better.



Banho Frio

A água está gelada. Não consigo sentir os meus dedos.

Aquelas longas e arroxeadas terminações, que agora

carecem de sentimentos. Eu não sinto nada à minha volta,

apenas frio. Um frio aterrador, que arrepia toda a extensão

da minha coluna. Mas eu consigo ouvir aquelas leves

palavras, como uma canção de embalar. Eu quero fechar os

olhos. Quero dormir e deixar de sentir por completo. Pois,eu sinto tudo aquilo que não quero sentir.

O frio está a penetrar-se nos meus ossos, e não posso

evitar não fechar os olhos. Melodia está a ficar cada vez

mais distante, mas no entanto as palavras explodem na

minha cabeça.

I don't know just what I'm here for

Se eu fechar os olhos, ninguém vai sentir a minha falta. Não

vai haver frio. Só. Paz.

Senti o meu corpo a ser puxado para baixo. Eu não

conseguia impedir, simplesmente não tinha força nem

vontade para isso. Começou a tornar-se difícil respirar.

Comecei a contar:

…40…

41…42…

A música tornou-se imperceptível, mas continuava lá,

guiava-me. De longe, surgiu uma voz, suave, pura e macia.

Depois, apareceram dois braços que me envolveram. Tudo

isto trouxe-me calor e luz.



Morno

Muitas palavras ficam por dizer. Então, porque não escrevê-

las?

O frio sempre me deu vontade de me expressar, de tentar

sentir através de uma caneta e um pedaço de papel.

Mas a luz questionava o porquê da minha escrita. Nunca

soube responder a esta pergunta até hoje. Eu escrevo para

me libertar, para expressar todos os sentimentos que não

consigo transmitir com acções, e para desabafar. Escrever

é o único conforto que consigo arranjar.

A luz e o vento dizem que a minha escrita é melancólica. Eu

não sinto isso. Mas se o são, sou toda melancolia. As

palavras são a minha extensão. Simplesmente, porque eu

gosto de palavras. Porque eu gosto das minhas palavras.

Tenho pena que o vento não me compreenda, mas não vou

deixar que ele me derrube.

Já não tenho tanto frio e já consigo respirar melhor.

cold bath / banho frio

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