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COLA DE LDB

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ttuLo I DA EDuCAoArt. 1 A educao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivncia humana, no trabalho, nas instituies de en- sino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizaes da sociedade civil e nas manifestaes culturais. 1 Esta lei disciplina a educao escolar, que se desenvolve, predominan- temente, por meio do ensino, em instituies prprias. 2 A educao escolar dever vincular-se ao mundo do trabalho e pr- tica social.ttuLo IIDoS PrINCPIoS E FINS DA EDuCAo NACIoNALArt. 2 A educao, dever da famlia e do Estado, inspirada nos princpios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por ?nalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exerccio da cida- dania e sua quali?cao para o trabalho.Art. 3 o ensino ser ministrado com base nos seguintes princpios: I igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola;II liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensa- mento, a arte e o saber;III pluralismo de ideias e de concepes pedaggicas; IV respeito liberdade e apreo tolerncia;V coexistncia de instituies pblicas e privadas de ensino; VI gratuidade do ensino pblico em estabelecimentos o?ciais; VII valorizao do pro?ssional da educao escolar;VIII gesto democrtica do ensino pblico, na forma desta lei e da legis- lao dos sistemas de ensino;IX garantia de padro de qualidade;X valorizao da experincia extraescolar;XI vinculao entre a educao escolar, o trabalho e as prticas sociais.2XII considerao com a diversidade tnico-racial.ttuLo IIIDo DIrEIto EDuCAo E Do DEVEr DE EDuCArArt. 4 o dever do Estado com educao escolar pblica ser efetivado me- diante a garantia de:3I educao bsica obrigatria e gratuita dos quatro aos dezessete anos de idade, organizada da seguinte forma:4a) pr-escola;5b) ensino fundamental;6c) ensino mdio;7II educao infantil gratuita s crianas de at cinco anos de idade;8III atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, transversal a todos os nveis, etapas e modalidades, preferen- cialmente na rede regular de ensino;9IV acesso pblico e gratuito aos ensinos fundamental e mdio para todos os que no os concluram na idade prpria;V acesso aos nveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criao artstica, segundo a capacidade de cada um;VI oferta de ensino noturno regular, adequado s condies do educando; VII oferta de educao escolar regular para jovens e adultos, com carac- tersticas e modalidades adequadas s suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condies de acesso e per- manncia na escola;10VIII atendimento ao educando, em todas as etapas da educao bsica, por meio de programas suplementares de material didtico-escolar, trans- porte, alimentao e assistncia sade;IX padres mnimos de qualidade de ensino, de?nidos como a variedade e quantidade mnimas, por aluno, de insumos indispensveis ao desenvol- vimento do processo de ensino-aprendizagem;11X vaga na escola pblica de educao infantil ou de ensino fundamental mais prxima de sua residncia a toda criana a partir do dia em que com- pletar quatro anos de idade.12Art. 5 o acesso educao bsica obrigatria direito pblico subjeti- vo, podendo qualqu cidado, grupo de cidados, associao comunitria, organizao sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituda e, ainda, o Ministrio Pblico, acionar o poder pblico para exigi-lo.13 1 o poder pblico, na esfera de sua competncia federativa, dever:14I recensear anualmente as crianas e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que no concluram a educao bsica;II fazer-lhes a chamada pblica;III zelar, junto aos pais ou responsveis, pela frequncia escola. 2 Em todas as esferas administrativas, o poder pblico assegurar em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatrio, nos termos deste artigo, con- templando em seguida os demais nveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. 3 Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimi-dade para peticionar no Poder Judicirio, na hiptese do 2 do art. 208 da Constituio Federal, sendo gratuita e de rito sumrio a ao judicial correspondente. 4 Comprovada a negligncia da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatrio, poder ela ser imputada por crime de responsabilidade. 5 Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o poder pblico criar formas alternativas de acesso aos diferentes nveis de ensino, independentemente da escolarizao anterior.15Art. 6 dever dos pais ou responsveis efetuar a matrcula das crianas na educao bsica partir dos 4 (quatro) anos de idade.Art. 7 o ensino livre iniciativa privada, atendidas as seguintes condies: I cumprimento das normas gerais da educao nacional e do respectivo sistema de ensino;II autorizao de funcionamento e avaliao de qualidade pelo poder pblico;III capacidade de auto?nanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da Constituio Federal.ttuLo IVDA orGANIZAo DA EDuCAo NACIoNALArt. 8 A unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios organizaro, em regime de colaborao, os respectivos sistemas de ensino.16 1 Caber unio a coordenao da poltica nacional de educao, arti- culando os diferenis e sistemas e exercendo funo normativa, re- distributiva e supletiva em relao s demais instncias educacionais. 2 os sistemas de ensino tero liberdade de organizao nos termos desta lei.Art. 9 A unio incumbir-se- de:I elaborar o Plano Nacional de Educao, em colaborao com os estados, o Distrito Federal e os municpios;II organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies o?ciais do sis- tema federal de ensino e o dos territrios;III prestar assistncia tcnica e ?nanceira aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritrio escolaridade obrigatria, exercendo sua funo redistributiva e supletiva;IV estabelecer, em colaborao com os estados, o Distrito Federal e os municpios, competncias e diretrizes para a educao infantil, o ensino fundamental e o ensino mdio, que nortearo os currculos e seus conte- dos mnimos, de modo a assegurar formao bca comum;V coletar, analisar e disseminar informaes sobre a educao;17VI assegurar processo nacional de avaliao do rendimento escolar no ensino fundamental, mdio e superior, em colaborao com os siste- mas de ensino, objetivando a de?nio de prioridades e a melhoria da qua- lidade do ensino;VII baixar normas gerais sobre cursos de graduao e ps-graduao; 18VIII assegurar processo nacional de avaliao das instituies de educa- o superior, com a cooperao dos sistem que tiverem responsabilidade sobre este nvel de ensino;19 IX autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respecti- vamente, os cursos das instituies de educao superior e os estabeleci- mentos do seu sistema de ensino. 1 Na estrutura educacional, haver um Conselho Nacional de Educao, com funes normativas e de superviso e atividade permanente, criado por lei. 2 Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a unio ter acesso a todos os dados e informaes necessrios de todos os estabelecimentos e rgos educacionais. 3 As atribuies constantes do inciso IX podero ser delegadas aos esta- dos e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituies de educao superior.Art. 10. os estados incumbir-se-o de:I organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies o?ciais dos seus sistemas de ensino;II de?nir, com os municpios, formas de colaborao na oferta do ensi- no fundamental, as quais devem assegurar a distribuio proporcional dasresponsabilidades, de acordo com a populao a ser atendida e os recursos ?nanceiros disponveis em cada uma dessas esferas do poder pblico;III elaborar e executar polticas e planos educacionais, em consonncia com as diretrizes e planos nacionais de educao, integrando e coordenan- do as suas aes e as dos seus municpios;IV autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectiva- mente, os cursos das instituies de educao superior e os estabelecimen- tos do seu sistema de ensino;V baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;20VI assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino mdio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta lei; 21VII assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual.Pargrafo nico. Ao Distrito Federal aplicar-se-o as competncias referen-tes aos estados e aos municpios.Art. 11. os municpios incumbir-se-o de:I organizar, manter e desenvolver os rgos e instituies o?ciais dos seus sistemas de ensino, integrando-os s polticas e planos educacionais da unio e dos estados;II exercer ao redistributiva em relao s suas escolas;III baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;IV autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sis- tema de ensino;V oferecer a educao infantil em creches e pr-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuao em outros nveis de ensino so- mente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua rea de competncia e com recursos acima dos percentuais mnimos vinculados pela Constituio Federal manuteno e desenvolvimento do ensino;22VI assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. Pargrafo nico. os municpios podero optar, ainda, por se integrar ao sis- tema estadual de ensino ou compor com ele um sistema nico de educao bsica.Art. 12. os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, tero a incumbncia de: I elaborar e executar sua proposta pedaggica;II administrar seu pessoal e seus recursos materiais e ?nanceiros;III assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;V prover meios para a recuperao dos alunos de menor rendimento;VI articular-se com as famlias e a comunidade, criando processos de integrao da sociedade com a escola;23VII informar pai e me, conviventes ou no com seus filhos, e, se for o caso, os responsveis legais, sobre a frequncia e rendimento dos alunos, bem como sobre a execuo da proposta pedaggica da escola;24VIII noti?car ao conselho tutelar do municpio, ao juiz competente da comarca e ao respectivo representante do Ministrio Pblico a relao dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei.Art. 13. os docentes incumbir-se-o de:I participar da elaborao da proposta pedaggica do estabelecimento de ensino;II elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedaggica do estabelecimento de ensino;III zelar pela aprendizagem dos alunos;IV estabelecer estratgias de recuperao para os alunos de menor rendimento;V ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, alm de participar integralmente dos perodos dedicados ao planejamento, avaliao e ao desenvolvimento pro?ssional;VI colaborar com as atividades de articulao da escola com as famlias e a comunidade.Art. 14. os sistemas de ensino de?niro as normas da gesto democrtica do ensino pblico na educao bsica, de acordo com as suas peculiarida- des e conforme os seguintes princpios:I participao dos pro?ssionais da educao na elaborao do projeto pe- daggico da eola;II participao das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.Art. 15. os sistemas de ensino asseguraro s unidades escolares pblicas de educao bsica que os integram progressivos graus de autonomia peda- ggica e administrativa e de gesto ?nanceira, observadas as normas gerais de direito ?nanceiro pblico.Art. 16. o sistema federal de ensino compreende: I as instituies de ensino mantidas pela unio;II as instituies de educao superior criadas e mantidas pela iniciativa privada;III os rgos federais de educao.Art. 17. os sistemas de ensino dos estados e do Distrito Federal compreendem:I as instituies de ensino mantidas, respectivamente, pelo poder pblico estadual e pelo Distrito Federal;II as instituies de educao superior mantidas pelo poder pblico municipal;III as instituies de ensino fundamental e mdio criadas e mantidas pela iniciativa privada;IV os rgos de educao estaduais e do Distrito Federal, respectivamente. Pargrafo nico. No Distrito Federal, as instituies de educao infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.Art. 18. os sistemas municipais de ensino compreendem:I as instituies do ensino fundamental, mdio e de educao infantil mantidas pelo poder pblico municipal;II as instituies de educao infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada;III os rgos municipais de educao.Art. 19. As instituies de ensino dos diferentes nveis classi?cam-se nas seguintes categorias administrativas:I pblicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e admi- nistradas pelo poder pblico;II privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado.Art. 20. As instituies privadas de ensino se enquadraro nas seguintes categorias: I particulares em sentido estrito, assim entendidas as que so institudas e mantidas por uma ou mais pessoas fsicas ou jurdicas de direito privado que no apresentem as caractersticas dos incisos abaixo;25II comunitrias, assim entendidas as que so institudas por grupos de pessoas fsicas ou por uma ou mais pessoas jurdicas, inclusive cooperati- vas educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mante- nedora representantes da comunidade;III confessionais, assim entendidas as que so institudas por grupos de pessoas fsicas ou por uma ou mais pessoas jurdicas que atendem a orien- tao confessional e ideologia espec?cas e ao disposto no inciso anterior; IV ?lantrpicas, na forma da lei.ttuLo VDoS NVEIS E DAS MoDALIDADES DE EDuCAo E ENSINoCAPtuLo IDA CoMPoSIo DoS NVEIS ESCoLArESArt. 21. A educao escolar compe-se de:I educao bsica, formada pela educao infantil, ensino fundamental e ensino mdio;II educao superior.CAPtuLo IIDA EDuCAo BSICASeo IDas Disposies GeraisArt. 22. A educao bsica tem por ?nalidades desenvolver o educando, as- segurar-lhe a formao comum indispensvel para o exerccio da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.Art. 23. A educao bsica poder organizar-se em sries anuais, perodos semestrais, ciclos, alternncia regular de perodos de estudos, grupos no seriados, com base na idade, na competncia e em outros critrios, ou por 25 Inciso com redao dada pela Lei n 12.020, de 27-8-2009. Srie18 Legislaoforma diversa de organizao, sempre que o interesse do processo de apre- dizagem assim o recomendar. 1 A escola poder reclassi?car os alunos, inclusive quando se tratar de transferncias entre estabelecimentos situados no pas e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. 2 o calendrio escolar dever adequar-se s peculiaridades locais, in- clusive climticas e econmicas, a critrio do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o nmero de horas letivas previsto nesta lei.Art. 24. A educao bsica, nos nveis fundamental e mdio, ser organiza- da de acordo com as seguintes regras comuns:I a carga horria mnima anual ser de oitocentas horas, distribudas por um mnimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excludo o tempo reservado aos exames ?nais, quando houver;II a classi?cao em qualquer srie ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita:a) por promoo, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a srie ou fase anterior, na prpria escola;b) por transferncia, para candidatos procedentes de outras escolas;c) independentemente de escolarizao anterior, mediante avaliao feita pela escola, que de?na o grau de desenvolvimento e experin- cia do candidato e permita sua inscrio na srie ou etapa adequa- da, conforme regulamentao do respectivo sistema de ensino;III nos estabelecimentos que adotam a progresso regular por srie, o regimento escolar pode admitir formas de progresso parcial, desde que preservada a sequncia do currculo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;IV podero organizar-se classes, ou turmas, com alunos de sries distin- tas, com nveis equivalentes de adiantamento na matria, para o ensino de lnguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;V a veri?cao do rendimento escolar observar os seguintes critrios:a) avaliao contnua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalncia dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do perodo sobre os de eventuais provas ?nais;b) possibilidade de acelerao de estudos para alunos com atraso escolar;c) possibilidade de avano nos cursos e nas sries mediante veri?cao do aprendizado; LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional9 edio 19d) aproveitamento de estudos concludos com xito;e) obrigatoriedade de estudos de recuperao, de preferncia paralelos ao perodo letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a se- rem disciplinados pelas instituies de ensino em seus regimentos;VI o controle de frequncia ?ca a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequncia mnima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovao;VII cabe a cada instituio de ensino expedir histricos escolares, de- claraes de concluso de srie e diplomas ou certi?cados de concluso de cursos, com as especi?caes cabveis.Art. 25. Ser objetivo permanente das autoridades responsveis alcanar relao adequada entre o nmero de alunos e o professor, a carga horria e as condies materiais do estabelecimento.Pargrafo nico. Cabe ao respectivo sistema de ensino, vista das condi-es disponveis e das caractersticas regionais e locais, estabelecer par- metro para atendimento do disposto neste artigo.26Art. 26. os currculos da educao infantil, do ensino fundamental e do ensino mdio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. 1 os currculos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente,o estudo da lngua portuguesa e da matemtica, o conhecimento do mundo fsico e natural e da realidade social e poltica, especialmente do Brasil.27 2 o ensino da arte, especialmente em suas expresses regionais, cons- tituir componente curricular obrigatrio nos diversos nveis da educao bsica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.28 3 A educao fsica, integrada proposta pedaggica da escola, com- ponente curricularbrigatrio da educao bsica, sendo sua prtica facul- tativa ao aluno:I que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; II maior de trinta anos de idade; 26 Caput com redao dada pela Lei n 12.796, de 4-4-2013.27 Pargrafo com redao dada pela Lei no 12.287, de 13-7-2010.28 Pargrafo com redao dada pela Lei no 10.793, de 1-12-2003. Srie20 LegislaoIII que estiver prestando servio militar inicial ou que, em situao simi- lar, estiver obrigado prtica da educao fsica;IV amparado pelo Decreto-Lei n 1.044, de 21 de outubro de 1969; V (vetado);VI que tenha prole. 4 o ensino da histria do Brasil levar em conta as contribuies das diferentes culturas e etnias para a formao do povo brasileiro, especial- mente das matrizes indgena, africana e europeia. 5 Na parte diversi?cada do currculo ser includo, obrigatoriamente, a partir da quinta srie, o ensino de pelo menos uma lngua estrangeira moderna, cuja escolha ?car a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituio.29 6 A msica dever ser contedo obrigatrio30, mas no exclusivo, do componente curricular de que trata o 2 deste artigo.31 7 os currculos do ensino fundamental e mdio devem incluir os prin- cpios da proteo e defesa civil e a educao ambiental de forma integrada aos contedos obrigatrios.32Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino m- dio, pblicos e privados, torna-se obrigatrio o estudo da histria e cultura afro-brasileira e indgena. 1 o contedo programtico a que se refere este artigo incluir diversos aspectos da histria e da cultura que caracterizam a formao da popula- o brasileira, a partir desses dois grupos tnicos, tais como o estudo da histria da frica e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indgenas no Brasil, a cultura negra e indgena brasileira e o negro e o ndio na for- mao da sociedade nacional, resgatando as suas contribuies nas reas social, econmica e poltica, pertinentes histria do Brasil. 2 os contedos referentes histria e cultura afro-brasileira e dos povos indgenas brasileiros sero ministrados no mbito de todo o currculo es- colar, em especial nas reas de educao artstica e de literatura e histria brasileiras. 29 Pargrafo acrescido pela Lei n 11.769, de 18-8-2008.30 o art. 3 da Lei n 11.769, de 18-8-2008, determina que os sistemas de ensino tero trs anos letivos para se adaptarem a essa exigncia.31 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.608, de 10-4-2012.32 Artigo acrescido pela Lei n 10.639, de 9-1-2003, e com redao dada pela Lei n 11.645, de 10-3-2008. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional9 edio 21Art. 27. os contedos curriculares da educao bsica observaro, ainda, as seguintes diretrizes:I a difuso de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e de- veres dos cidados, de respeito ao bem comum e ordem democrtica;II considerao das condies de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;III orientao para o trabalho;IV promoo do desporto educacional e apoio s prticas desportivas no formais.Art. 28. Na oferta de educao bsica para a populao rural, os sistemas de ensino promovero as adaptaes necessrias sua adequao s pecu- liaridades da vida rural e de cada reg especialmente:I contedos curriculares e metodologias apropriadas s reais necessida- des e interesses dos alunos da zona rural;II organizao escolar prpria, incluindo adequao do calendrio esco- lar s fases doiclo agrcola e s condies climticas;III adequao natureza do trabalho na zona rural.33Pargrafo nico. o fechamento de escolas do campo, indgenas e quilom- bolas ser precedido de manifestao do rgo normativo do respectivo sis- tema de ensino, que considerar a justificativa apresentada pela Secretaria de Educao, a anlise do diagnstico do impacto da ao e a manifestao da comunidade escolar.Seo IIDa Educao Infantil34Art. 29. A educao infantil, primeira etapa da educao bsica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criana de at cinco anos, em seus aspectos fsico, psicolgico, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade.Art. 30. A educao infantil ser oferecida em:I creches, ou entidades equivalentes, para crianas de at trs anos de idade;35II pr-escolas, para as crianas de quatro a cinco anos de idade. 33 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.960, de 27-3-2014.34 Artigo com redao dada pela Lei n 12.796, de 4-4-2013.35 Inciso com redao dada pela Lei n 12.796, de 4-4-2013. Srie22 Legislao36Art. 31. A educao infantil ser organizada de acordo com as seguintes regras comuns:37I avaliao mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianas, sem o objetivo de promoo, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;38II carga horria mnima anual de oitocentas horas, distribuda por um mnimo de duzentos dias de trabalho educacional;39III atendimento criana de, no mnimo, quatro horas dirias para o turno parcial e de sete horas para a jornada integral;40IV controle de frequncia pela instituio de educao pr-escolar, exi- gida a frequnciaima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; 41V expedio de documentao que permita atestar os processos de de- senvolvimento e aprendizagem da criana.Seo IIIDo Ensino Fundamental42Art. 32. o ensino fundamental obrigatrio, com durao de nove anos, gratuito na escola pblica, iniciando-se aos seis anos de idade, ter por ob- jetivo a formao bsica do cidado, mediante:I o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios bsi- cos o pleno domnio da leitura, da escrita e do clculo;II a compreenso do ambiente natural e social, do sistema poltico, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;III o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vis- ta a aquisio de conhecimentos e habilidades e a formao de atitudes e valores;IV o fortalecimento dos vnculos de famlia, dos laos de solidariedade humana e de tolerncia recproca em que se assenta a vida social. 1 facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. 36 Caput com redao dada pela Lei n 12.796, de 4-4-2013.37 Inciso acrescido pela Lei n 12.796, de 4-4-2013.38 Idem.39 Idem.40 Idem.41 Idem.42 Caput com redao dada pela Lei n 11.274, de 7-2-2006. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional9 edio 23 2 os estabelecimentos que utilizam progresso regular por srie podem adotar no ensino fundamental o regime de progresso continuada, sem prejuzo da avaliao do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. 3 o ensino fundamental regular ser ministrado em lngua portuguesa, assegurada s comunidades indgenas a utilizao de suas lnguas maternas e processos prprios de aprendizagem. 4 o ensino fundamental ser presencial, sendo o ensino a distncia utiliza- do como complementao da aprendizagem ou em situaes emergenciais. 43 5 o currculo do ensino fundamental incluir, obrigatoriamente, con- tedo que trate dos direitos das crianas e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criana e do Adolescente, observada a produo e distribuio de material didtico adequado.44 6 o estudo sobre os smbolos nacionais ser includo como tema trans- versal nos currculos do ensino fundamental.45Art. 33. o ensino religioso, de matrcula facultativa, parte integrante da formao bsica do cidado e constitui disciplina dos horrios normais das escolas pblicas de ensino fundamental, assegurado o respeito diversida- de cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 1 os sistemas de ensino regulamentaro os procedimentos para a de?nio dos contedos do ensino religioso e estabelecero as normas para a habilitao e admisso dos professores. 2 os sistemas de ensino ouviro entidade civil, constituda pelas dife- rentes denominaes religiosas, para a de?nio dos contedos do ensino religioso.Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluir pelo menos qua- tro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente am- pliado o perodo de permanncia na escola. 1 So ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de organizao autorizadas nesta lei. 43 Pargrafo acrescido pela Lei n 11.525, de 25-9-2007.44 Pargrafo acrescido pela Lei n 12.472, de 1-9-2011, em vigor noventa dias aps sua publicao, que ocorreu no Dirio Oficial da Unio de 2-9-2011.45 Artigo com redao dada pela Lei n 9.475, de 27-7-1997. Srie24 Legislao 2 o ensino fundamental ser ministrado progressivamente em tempo integral, a critrio dos sistemas de ensino.Seo IVDo Ensino MdioArt. 35. o ensino mdio, etapa ?nal da educao bsica, com durao m- nima de trs anos, termo ?nalidades:I a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;II a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com ?exibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamento posteriores;III o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a for- mao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamen- to crtico;IV a compreenso dos fundamentos cient?co-tecnolgicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina.Art. 36. o currculo do ensino mdio observar o disposto na Seo I deste captulo e as seguintes diretrizes:I destacar a educao tecnolgica bsica, a compreenso do signi?cado da cincia, dasetras e das artes; o processo histrico de transformao da sociedade e da cultura; a lngua portuguesa como instrumento de comuni- cao, acesso ao conhecimento e exerccio da cidadania;II adotar metodologias de ensino e de avaliao que estimulem a inicia- tiva dos estudantes;III ser includa uma lngua estrangeira moderna, como disciplina obriga- tria, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em carter optati- vo, dentro das disponibilidades da instituio;46IV sero includas a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatrias em todas as sries do ensino mdio. 1 os contedos, as metodologias e as formas de avaliao sero organi- zados de tal forma que ao ?nal do ensino mdio o educando demonstre:I domnio dos princpios cient?cos e tecnolgicos que presidem a pro- duo moderna; 46 Inciso acrescido pela Lei n 11.684, de 2-6-2008. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional9 edio 25II conhecimento das formas contemporneas de linguagem;47III (revogado).48 2 (revogado.) 3 os cursos do ensino mdio tero equivalncia legal e habilitaro ao prosseguimento de estudos.49 4 (revogado.)50Seo IV-ADa Educao Profissional Tcnica de Nvel MdioArt. 36-A. Sem prejuzo do disposto na Seo IV deste captulo, o ensino mdio, atendida a formao geral do educando, poder prepar-lo para o exerccio de profisses tcnicas.Pargrafo nico. A preparao geral para o trabalho e, facultativamente, ahabilitao profissional podero ser desenvolvidas nos prprios estabeleci- mentos de ensino mdio ou em cooperao com instituies especializadas em educao profissional.Art. 36-B. A educao profissional tcnica de nvel mdio ser desenvolvi- da nas seguintes formas:I articulada com o ensino mdio;II subsequente, em cursos destinados a quem j tenha concludo o ensino mdio.Pargrafo nico. A educao profissional tcnica de nvel mdio deverobservar:I os objetivos e definies contidos nas diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educao;II as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino;III as exigncias de cada instituio de ensino, nos termos de seu projeto pedaggico.Art. 36-C. A educao profissional tcnica de nvel mdio articulada, pre- vista no inciso I do caput do art. 36-B desta lei, ser desenvolvida de forma: I integrada, oferecida somente a quem j tenha concludo o ensino funda- mental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno habilitao 47 Inciso revogado pela Lei n 11.684, de 2-6-2008.48 Pargrafo revogado pela Lei n 11.741, de 16-7-2008.49 Idem.50 Seo acrescida pela Lei n 11.741, de 16-7-2008. Srie26 Legislaoprofissional tcnica de nvel mdio, na mesma instituio de ensino, efetu- ando-se matrcula nica para cada aluno;II concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino mdio ou j o este- ja cursando, efetuando-se matrculas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:a) na mesma instituio de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponveis;b) em instituies de ensino distintas, aproveitando-se as oportuni- dades educacionais disponveis;c) em instituies de ensino distintas, mediante convnios de inter- complementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimen- to de projeto pedaggico unificado.Art. 36-D. os diplomas de cursos de educao profissional tcnica de nvel mdio, quando registrados, tero validade nacional e habilitaro ao prosse- guimento de estudos na educao superior.Pargrafo nico. os cursos de educao profissional tcnica de nvel mdio,nas formas articulada concomitante e subsequente, quando estruturados e organizados em etapas com terminalidade, possibilitaro a obteno de certificados de qualificao para o trabalho aps a concluso, com aprovei- tamento, de cada etapa que caracterize uma qualificao para o trabalho.Seo VDa Educao de Jovens e AdultosArt. 37. A educao de jovens e adultos ser destinada queles que no ti- veram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e mdio na idade prpria. 1 os sistemas de ensino asseguraro gratuitamente aos jovens e aos adul- tos, que no puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as caractersticas do alunado, seus interesses, condies de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 2 o poder pblico viabilizar e estimular o acesso e a permanncia do trabalhador na escola, mediante aes integradas e complementares entre si. 51 3 A educao de jovens e adultos dever articular-se, preferencialmente, com a educao profissional, na formado regulamento. 51 Pargrafo acrescido pela Lei n 11.741, de 16-7-2008. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional9 edio 27Art. 38. os sistemas de ensino mantero cursos e exames supletivos, que compreendero a base nacional comum do currculo, habilitando ao pros- seguimento de estudos em carter regular. 1 os exames a que se refere este artigo realizar-se-o:I no nvel de concluso do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos;II no nvel de concluso do ensino mdio, para os maiores de dezoito anos. 2 os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais sero aferidos e reconhecidos mediante exames.CAPtuLo IIIDA EDuCAo ProFISSIoNAL E tECNoLGICA5253Art. 39. A educao profissional e tecnolgica, no cumprimento dos obje- tivos da educao nacional, integra-se aos diferentes nveis e modalidades de educao e s dimenses do trabalho, da cincia e da tecnologia. 1 os cursos de educao profissional e tecnolgica podero ser orga- nizados por eixos tecnolgicos, possibilitando a construo de diferentes itinerrios formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nvel de ensino. 2 A educao profissional e tecnolgica abranger os seguintes cursos: I de formao inice continuada ou qualificao profissional;II de educao profissional tcnica de nvel mdio;III de educao profissional tecnolgica de graduao e ps-graduao. 3 os cursos de educao profissional tecnolgica de graduao e ps- graduao organizar-seque concerne a objetivos, caractersticas e durao, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educao.54Art. 40. A educao pro?ssional ser desenvolvida em articulao com o ensino regular ou por diferentes estratgias de educao continuada, em instituies especializadas ou no ambiente de trabalho. 52 ttulo do captulo com redao dada pela Lei n 11.741, de 16-7-2008.53 Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.154, de 23-7-2004, e com redao dada pela Lei n 11.741, de 16-7-2008.54 Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.154, de 23-7-2004. Srie28 Legislao55Art. 41. o conhecimento adquirido na educao profissional e tecnolgi- ca, inclusive no trabalho, poder ser objeto de avaliao, reconhecimento e certificao para prosseguimento ou concluso de estudos.Pargrafo nico. (revogado.)56Art. 42. As instituies de educao profissional e tecnolgica, alm dos seus cursos regulares, oferecero cursos especiais, abertos comunidade, condicionada a matrcula capacidade de aproveitamento e no necessaria- mente ao nvel de escolaridade.CAPtuLo IVDA EDuCAo SuPErIorArt. 43. A educao superior tem por ?nalidade:I estimular a criao cultural e o desenvolvimento do esprito cient?co e do pensamento re?exivo;II formar diplomados nas diferentes reas de conhecimento, aptos para a insero em setores pro?ssionais e para a participao no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formao contnua;III incentivar o trabalho de pesquisa e investigao cient?ca, visando ao desenvolvimento da cincia e da tecnologia e da criao e difuso da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV promover a divulgao de conhecimentos culturais, cient?cos e tc- nicos que constituem patrimnio da humanidade e comunicar o saber atra- vs do ensino, de publicaes ou de outras formas de comunicao;V suscitar o desejo permanente de aperfeioamento cultural e pro?ssional e possibilitar a correspondente concretizao, integrando os conhecimentos que vo sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do co- nhecimento de cada gerao;VI estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em par- ticular os nacionais e regionais, prestar servios especializados comuni- dade e estabelecer com esta uma relao de reciprocidade;VII promover a extenso, aberta participao da populao, visando difuso das contas e benefcios resultantes da criao cultural e da pesquisa cient?ca e tecnolgica geradas na instituio. 55 Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.154, de 23-7-2004, e com redao dada pela Lei n 11.741, de 16-7-2008.56 Artigo com redao dada pela Lei n 11.741, de 16-7-2008. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional9 edio 29Art. 44. A educao superior abranger os seguintes cursos e programas: 57I cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes nveis de abrangn- cia, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas insti- tuies de ensino, desde que tenham concludo o ensino mdio ou equivalente; II de graduao, abertos a candidatos que tenham concludo o ensino mdio ou equivalente e tenham sido classi?cados em processo seletivo;III de ps-graduao, compreendendo programas de mestrado e douto- rado, cursos de especializao, aperfeioamento e outros, abertos a candi- datos diplomados em cursos de graduao e que atendam s exigncias das instituies de ensino;IV de extenso, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabe- lecidos em cada caso pelas instituies de ensino.58Pargrafo nico. os resultados do processo seletivo referido no inciso II docaput deste artigo sero tornados pblicos pelas instituies de ensino su- perior, sendo obrigatria a divulgao da relao nominal dos classi?cados, a respectiva ordem de classi?cao, bem como do cronograma das cha- madas para matrcula, de acordo com os critrios para preenchimento das vagas constantes do respectivo edital.Art. 45. A educao superior ser ministrada em instituies de ensi- no superior, pblicas ou privadas, com variados graus de abrangncia ou especializao.59Art. 46. A autorizao e o reconhecimento de cursos, bem como o cre- denciamento de instituies de educao superior, tero prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, aps processo regular de avaliao.60 1 Aps um prazo para saneamento de de?cincias eventualmente identi?cadas pela avaliao a que se refere este artigo, haver reavaliao, que poder resultar, conforme o caso, em desativao de cursos e habilita- es, em interveno na instituio, em suspenso tempore prerroga- tivas da autonomia, ou em descredenciamento. 57 Inciso com redao dada pela Lei n 11.632, de 27-12-2007.58 Pargrafo acrescido pela Lei n 11.331, de 25-7-2006.59 Artigo regulamentado pelo Decreto n 5.773, de 9-5-2006. A Lei n 10.870, de 19-5-2004, instituiu a taxa de Avaliao in loco, em favor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio teixeira (Inep), pelas avaliaes peridicas que realizar, quando formulada solicitao de credenciamento ou renovao de credenciamento de instituio de educao superior e solicita- o de autorizao, reconhecimento ou renova reconhecimento de cursos de graduao.60 A taxa de Avaliao in loco, de que trata a Lei n 10.870, de 19-5-2004, ser tambm devida no caso da reavaliao de que trata esse pargrafo. Srie30 Legislao 2 No caso de instituio pblica, o Poder Executivo responsvel por sua manuteno acompanho processo de saneamento e fornecer recursos adicionais, se necessrios, para a superao das de?cincias.Art. 47. Na educao superior, o ano letivo regular, independente do ano ci- vil, tem, no mnimo, duzentos dias de trabalho acadmico efetivo, excludo o tempo reservado aos exames ?nais, quando houver. 1 As instituies informaro aos interessados, antes de cada perodo letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua durao, requisitos, quali?cao dos professores, recursos disponveis e cri- trios de avaliao, obrigando-se a cumprir as respectivas condies. 2 os alunos que tenham extraordinrio aproveitamento nos estudos, de- monstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliao espec?cos, aplicados por banca examinadora especial, podero ter abreviada a durao dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. 3 obrigatria a frequncia de alunos e professores, salvo nos programas de educao a distncia. 4 As instituies de educao superior oferecero, no perodo noturno, cursos de graduao smos padres de qualidade mantidos no perodo diurno, sendo obrigatria a oferta noturna nas instituies pblicas, garanti- da a necessria previso oramentria.Art. 48. os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados, tero validade nacional como prova da formao recebida por seu titular. 1 os diplomas expedidos pelas universidades sero por elas prprias re- gistrados, e aqueles conferidos por instituies no universitrias sero re- gistrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educao. 2 os diplomas de graduao expedidos por universidades estrangeiras sero revalidados por universidades pblicas que tenham curso do mesmo nvel e rea ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de re- ciprocidade ou equiparao. 3 os diplomas de mestrado e de doutorado expedidos por universidades estrangeiras s podero ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de ps-graduao reconhecidos e avaliados, na mesma rea de conhe- cimento e em nvel equivalente ou superior.Art. 49. As instituies de educao superior aceitaro a transferncia de alunos regulares, para cursos a?ns, na hiptese de existncia de vagas, e mediante processo seletivo. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional9 edio 3161Pargrafo nico. As transferncias ex of?cio dar-se-o na forma da lei.Art. 50. As instituies de educao superior, quando da ocorrncia de va- gas, abriro matrcula nas disciplinas de seus cursos a alunos no regulares que demonstrarem capacidade de curs-las com proveito, mediante proces- so seletivo prvio.Art. 51. As instituies de educao superior credenciadas como universida- des, ao deliberar sobre critrios e normas de seleo e admisso de estudan- tes, levaro em conta os efeitos desses critrios sobre a orientao do ensino mdio, articulando-se com os rgos normativos dos sistemas de ensino.Art. 52. As universidades so instituies pluridisciplinares de formao dos quadros pro?ssionais de nvel superior, de pesquisa, de extenso e de domnio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por:I produo intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemtico dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista cient?co e cultural, quanto regional e nacional;II um tero do corpo docente, pelo menos, com titulao acadmica de mestrado ou doutorado;III um tero do corpo docente em regime de tempo integral.Pargrafo nico. facultada a criao de universidades especializadas por campo do saber.Art. 53. No exerccio de sua autonomia, so asseguradas s universidades, sem prejuzo de outras, as seguintes atribuies:I criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educa- o superior previstos nesta lei, obedecendo s normas gerais da unio e, quando for o caso, do respectivo sistema de ensino;II ?xar os currculos dos seus cursos e programas, observadas as diretri- zes gerais pertinentes;III estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa cient?ca, produ- o artstica e atividades de extenso;IV ?xar o nmero de vagas de acordo com a capacidade institucional e as exigncias do seu meio;V elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonncia com as normas gerais atinentes;VI conferir graus, diplomas e outros ttulos; 61 Pargrafo regulamentado pela Lei n 9.536, de 11-12-1997. Srie32 LegislaoVII ?rmar contratos, acordos e convnios;VIII aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, servios e aquisies em geral, bem como administrar rendimentos conforme dispositivos institucionais;IX administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de constituio, nas leis e nos respectivos estatutos;X receber subvenes, doaes, heranas, legados e cooperao ?nanceira resultante de nvnios com entidades pblicas e privadas.Pargrafo nico. Para garantir a autonomia didtico-cient?ca das univer-sidades, caber aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos oramentrios disponveis, sobre:I criao, expanso, modi?cao e extino de cursos; II ampliao e diminuio de vagas;III elaborao da programao dos cursos;IV programao das pesquisas e das atividades de extenso; V contratao e dispensa de professores;VI planos de carreira docente.Art. 54. As universidades mantidas pelo poder pblico gozaro, na forma da lei, de estatuto jurdico especial para atender s peculiaridades de sua es- trutura, organizao e ?nanciamento pelo poder pblico, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurdico do seu pessoal. 1 No exerccio da sua autonomia, alm das atribuies asseguradas pelo artigo anterior, as universidades pblicas podero:I propor o seu quadro de pessoal docente, tcnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salrios, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponveis;II elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as nor- mas gerais concernentes;III aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos re- ferentes a obras, servios e aquisies em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor;IV elaborar seus oramentos anuais e plurianuais;V adotar regime ?nanceiro e contbil que atenda s suas peculiaridades de organizao e funcionamento;VI realizar operaes de crdito ou de ?nanciamento, com aprovao do Po- der competente, para aquisio de bens imveis, instalaes e equipamentos;VII efetuar transferncias, quitaes e tomar outras providncias de ordem oramentria, ?nanceira e patrimonial necessrias ao seu bom desempenho. 2 Atribuies de autonomia universitria podero ser estendidas a insti- tuies que comprom alta quali?cao para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliao realizada pelo poder pblico.Art. 55. Caber unio assegurar, anualmente, em seu oramento geral, recursos su?cientes para manuteno e desenvolvimento das instituies de educao superior por ela mantidas.Art. 56. As instituies pblicas de educao superior obedecero ao prin- cpio da gesto demrtica, assegurada a existncia de rgos colegiados deliberativos, de que participaro os segmentos da comunidade institucio- nal, local e regional.Pargrafo nico. Em qualquer caso, os docentes ocuparo setenta por centodos assentos em cada rgo colegiado e comisso, inclusive nos que trata- rem da elaborao e modi?caes estatutrias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.62Art. 57. Nas instituies pblicas de educao superior, o professor ?car obrigado ao mnimo de oito horas semanais de aulas.CAPtuLo VDA EDuCAo ESPECIAL63Art. 58. Entende-se por educao especial, para os efeitos desta Lei, a mo- dalidade de educao escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficincia, transtornos globais do desen- volvimento e altas habilidades ou superdotao. 1 Haver, quando necessrio, servios de apoio especializado, na escola regular, para atender s peculiaridades da clientela de educao especial. 2 o atendimento educacional ser feito em classes, escolas ou servios especializados, sempre que, em funo das condies espec?cas dos alu- nos, no for possvel a sua integraas classes comuns de ensino regular. 3 A oferta de educao especial, dever constitucional do Estado, tem in- cio na faixa etria de zero a seis anos, durante a educao infantil.64Art. 59. os sistemas de ensino asseguraro aos educandos com defi- cincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao:I currculos, mtodos, tcnicas, recursos educativos e organizao espe- c?cos, para atender s suas necessidades;II terminalidade espec?ca para aqueles que no puderem atingir o n- vel exigido para a concluso do ensino fundamental, em virtude de suas de?cincias, e acelerao para concluir em menor tempo o programa esco- lar para os superdotados:III professores com especializao adequada em nvel mdio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integrao desses educandos nas classes comuns;IV educao especial para o trabalho, visando a sua efetiva integrao na vida em sociedade, inclusive condies adequadas para os que no revela- rem capacidade de insero no trabalho competitivo, mediante articulao com os rgos o?ciais a?ns, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas reas artstica, intelectual ou psicomotora;V acesso igualitrio aos benefcios dos programas sociais suplementares disponveis para o respectivo nvel do ensino regular.Art. 60. os rgos normativos dos sistemas de ensino estabelecero crit- rios de caracterizao das instituies privadas sem ?ns lucrativos, espe- cializadas e com atuao exclusiva em educao especial, para ?ns de apoio tcnico e ?nanceiro pelo poder pblico.65Pargrafo nico. o poder pblico adotar, como alternativa preferencial,a ampliao do atendimento aos educandos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao na prpria rede pblica regular de ensino, independentemente do apoio s instituies previstas neste artigo.ttuLo VIDoS ProFISSIoNAIS DA EDuCAo66Art. 61. Consideram-se profissionais da educao escolar bsica os que, nela estando em efetivo exerccio e tendo sido formados em cursos reco- nhecidos, so:I professores habilitados em nvel mdio ou superior para a docncia na educao infantil e nos ensinos fundamental e mdio;II trabalhadores em educao portadores de diploma de pedagogia, com habilitao em administrao, planejamento, superviso, inspeo e orien- tao educacional, bem como com tlos de mestrado ou doutorado nas mesmas reas;III trabalhadores em educao, portadores de diploma de curso tcnico ou superior em rea pedaggica ou afim.Pargrafo nico. A formao dos profissionais da educao, de modo aatender s especificidades do exerccio de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educao bsica, ter como fundamentos:I a presena de slida formao bsica, que propicie o conhecimento dos fundamentos cientficos e sociais de suas competncias de trabalho;II a associao entre teorias e prticas, mediante estgios supervisionados e capacitao em servio;III o aproveitamento da formao e experincias anteriores, em institui- es de ensino e em outras atividades.67Art. 62. A formao de docentes para atuar na educao bsica far-se- em nvel superior, em curso de licenciatura, de graduao plena, em uni- versidades e institutos superiores de educao, admitida, como formao mnima para o exerccio do magistrio na educao infa e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nvel mdio na mo- dalidade normal.68 1 A unio, o Distrito Federal, os estados e os municpios, em regime de colaborao, devero promover a formao inicial, a continuada e a capaci- tao dos profissionais de magistrio.69 2 A formao continuada e a capacitao dos profissionais de magist- rio podero utilizarecursos e tecnologias de educao a distncia.70 3 A formao inicial de profissionais de magistrio dar preferncia ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de educao a distncia.71 4 A unio, o Distrito Federal, os estados e os municpios adotaro me- canismos facilitadores de acesso e permanncia em cursos de formao de docentes em nvel superior para atuar na educao bsica pblica.72 5 A unio, o Distrito Federal, os estados e os municpios incentivaro a formao de profissionais do magistrio para atuar na educao bsica pblica mediante programa institucional de bolsa de iniciao docncia a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de graduao plena, nas instituies de educao superior.73 6 o Ministrio da Educao poder estabelecer nota mnima em exame nacional aplicado aos concluintes do ensino mdio como pr-requisito para o ingresso em cursos de graduao para formao de docentes, ouvido o Conselho Nacional de Educao (CNE).74 7 (Vetado.)75Art. 62-A. A formao dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61 far-se- por meio de cursos de contedo tcnico-pedaggico, em nvel mdio ou superior, incluindo habilitaes tecnolgicas.Pargrafo nico. Garantir-se- formao continuada para os profissionais a que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituies de educaobsica e superior, incluindo cursos de educao profissional, cursos supe- riores de graduao plena ou tecnolgicos e de ps-graduao.Art. 63. os institutos superiores de educao mantero:I cursos formadores de pro?ssionais para a educao bsica, inclusive o curso normal superior, destinado formao de docentes para a educao infantil e para as primeiras sries do ensino fundamental;II programas de formao pedaggica para portadores de diplomas de educao superior que queiram se dedicar educao bsica;III programas de educao continuada para os pro?ssionais de educao dos diversos nveis.Art. 64. A formao de pro?ssionais de educao para administrao, pla- nejamento, inspeo, perviso e orientao educacional para a educao bsica, ser feita em cursos de graduao emagogia ou em nvel de ps--graduao, a critrio da instituio de ensino, garantida, nesta formao, a base comum nacional.Art. 65. A formao docente, exceto para a educao superior, incluir pr- tica de ensino de, no mnimo, trezentas horas.Art. 66. A preparao para o exerccio do magistrio superior far-se- em nvel de ps-graduaprioritariamente em programas de mestrado e doutorado.Pargrafo nico. o notrio saber, reconhecido por universidade com cursode doutorado em rea a?m, poder suprir a exigncia de ttulo acadmico.Art. 67. os sistemas de ensino promovero a valorizao dos pro?ssionais da educao, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistrio pblico:I ingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos;II aperfeioamento pro?ssional continuado, inclusive com licenciamento peridico remunerado para esse ?m;III piso salarial pro?ssional;IV progresso funcional baseada na titulao ou habilitao, e na avalia- o do desempho;V perodo reservado a estudos, planejamento e avaliao, includo na car- ga de trabalho;VI condies adequadas de trabalho.76 1 A experincia docente pr-requisito para o exerccio pro?ssional de quaisquer outras funes de magistrio, nos termos das normas de cada sistema de ensino.77 2 Para os efeitos do disposto no 5 do art. 40 e no 8 do art. 201 da Constituio Feral, so consideradas funes de magistrio as exercidas porprofessores e especialistas em educao no desempenho de atividades educati- vas, quando exercidas em estabelecimento de educao bsica em seus diversos nveis e modalidades, includas, alm do exerccio da docncia, as de direo de unidade escolar e as de coordenao e assessoramento pedaggico.78 3 A unio prestar assistncia tcnica aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios na elaborao de concursos pblicos para provimento de cargos dos profissionais da educao.ttuLo VIIDoS rECurSoS FINANCEIroSArt. 68. Sero recursos pblicos destinados educao os originrios de:I receita de impostos prprios da unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios;II receita de transferncias constitucionais e outras transferncias; III receita do salrio-educao e de outras contribuies sociais; IV receita de incentivos ?scais;V outros recursos previstos em lei.Art. 69. A unio aplicar, anualmente, nunca menos de dezoito, e os esta- dos, o Distrito Federal e os municpios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas constituies ou leis orgnicas, da receita resultante de impostos, compreendidas as transferncias constitucionais, na manu- teno e desenvolvimento do ensino pblico. 1 A parcela da arrecadao de impostos transferida pela unio aos esta- dos, ao Distrito Federal e aos municpios, ou pelos estados aos respectivos municpios, no ser considerada, para efeito do clculo previsto neste ar- tigo, receita do governo que a transferir. 2 Sero consideradas excludas das receitas de impostos mencionadas neste artigo as operaes de crdito por antecipao de receita orament- ria de impostos. 3 Para ?xao inicial dos valores correspondentes aos mnimos estatu- dos neste artigo, ser considerada a receita estimada na lei do oramento anual, ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de cr- ditos adicionais, com base no eventual excesso de arrecadao. 4 As diferenas entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas, que resultem no no atendimento dos percentuais mnimosobrigatrios, sero apuradas e corrigidas a cada trimestre do exerccio ?nanceiro. 5 o repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios ocorrer imediatamente ao rgo responsvel pela educao, observados os seguintes prazos:I recursos arrecadados do primeiro ao dcimo dia de cada ms, at o vi- gsimo dia;II recursos arrecadados do dcimo primeiro ao vigsimo dia de cada ms, at o trigsimo dia;III recursos arrecadados do vigsimo primeiro dia ao ?nal de cada ms, at o dcimo dia do ms subsequente. 6 o atraso da liberao sujeitar os recursos a correo monetria e responsabilizao ciiminal das autoridades competentes.Art. 70. Considerar-se-o como de manuteno e desenvolvimento do en- sino as despesas realizadas com vistas consecuo dos objetivos bsicos das instituies educacionais de todos os nveis, compreendendo as que se destinam a:I remunerao e aperfeioamento do pessoal docente e demais pro?s- sionais da educao;II aquisio, manuteno, construo e conservao de instalaes e equipamentos necessnsino;III uso e manuteno de bens e servios vinculados ao ensino;IV levantamentos estatsticos, estudos e pesquisas visando precipuamen- te ao aprimoramento da qualidade e expanso do ensino;V realizao de atividades-meio necessrias ao funcionamento dos siste- mas de ensino;VI concesso de bolsas de estudo a alunos de escolas pblicas e privadas; VII amortizao e custeio de operaes de crdito destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;VIII aquisio de material didtico-escolar e manuteno de programas de transporte escolar.Art. 71. No constituiro despesas de manuteno e desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:I pesquisa, quando no vinculada s instituies de ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que no vise, precipuamente, ao apri- moramento de sua qualidade ou sua expanso; II subveno a instituies pblicas ou privadas de carter assistencial, desportivo ou cultural;III formao de quadros especiais para a administrao pblica, sejam militares ou civis, inclusive diplomticos;IV programas suplementares de alimentao, assistncia mdico-odon- tolgica, farmacutica e psicolgica, e outras formas de assistncia social; V obras de infraestrutura, ainda que realizadas para bene?ciar direta ou indiretamente a rede escolar;VI pessoal docente e demais trabalhadores da educao, quando em desvio de funo ou em atividade alheia manuteno e desenvolvimento do ensino.Art. 72. As receitas e despesas com manuteno e desenvolvimento do ensi- no sero apuradas e publicadas nos balanos do poder pblico, assim como nos relatrios a que se refere o 3 do art. 165 da Constituio Federal.Art. 73. os rgos ?scalizadores examinaro, prioritariamente, na presta- o de contas de recursos pblicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituio Federal, no art. 60 do Ato das Disposies Constitucionais transitrias e na legislao concernente.Art. 74. A unio, em colaborao com os estados, o Distrito Federal e os municpios, estabelecer padro mnimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental, baseado no clculo do custo mnimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade.Pargrafo nico. o custo mnimo de que trata este artigo ser calculado pelaunio ao ?nal de cada ano, com validade para o ano subsequente, considerando variaes regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.Art. 75. A ao supletiva e redistributiva da unio e dos estados ser exer- cida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e ga- rantir o padro mnimo de qualidade de ensino. 1 A ao a que se refere este artigo obedecer a frmula de domnio p- blico que inclua a pacidade de atendimento e a medida do esforo ?scal do respectivo estado, do Distrito Federal ou do municpio em favor da ma- nuteno e do desenvolvimento do ensino. 2 A capacidade de atendimento de cada governo ser de?nida pela razo entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatrio na manuteno e desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padro mnimo de qualidade. 3 Com base nos critrios estabelecidos nos 1 e 2, a unio poder fazer a transferncita de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o nmero de alunos que efetivamente frequentam a escola. 4 A ao supletiva e redistributiva no poder ser exercida em favor do Dis- trito Federal, dos estados e dos municpios se estes oferecerem vagas, na rea de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do art. 11 desta lei, em nmero inferior sua capacidade de atendimento.Art. 76. A ao supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ?car condicionada ao efetivo cumprimento pelos estados, Distrito Federal e mu- nicpios do disposto nesta lei, sem prejuzo de outras prescries legais.Art. 77. os recursos pblicos sero destinados s escolas pblicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitrias, confessionais ou ?lantrpicas que:I comprovem ?nalidade no lucrativa e no distribuam resultados, divi- dendos, boni?caes, participaes ou parcela de seu patrimnio sob ne- nhuma forma ou pretexto;II apliquem seus excedentes ?nanceiros em educao;III assegurem a destinao de seu patrimnio a outra escola comunitria, ?lantrpica ou confessional, ou ao poder pblico, no caso de encerramento de suas atividades;IV prestem contas ao poder pblico dos recursos recebidos. 1 os recursos de que trata este artigo podero ser destinados a bolsas de estudo para a educao bsica, na forma da lei, para os que demonstrarem insu?cincia de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pblica de domiclio do educando, ?cando o poder pblico obriga- do a investir prioritariamente na expanso da sua rede local. 2 As atividades universitrias de pesquisa e extenso podero receber apoio ?nanceiro do poder pblico, inclusive mediante bolsas de estudo.ttuLo VIIIDAS DISPoSIES GErAISArt. 78. o Sistema de Ensino da unio, com a colaborao das agncias federais de fomento cultura e de assistncia aos ndios, desenvolver programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educao escolar bilngue e intercultural aos povos indgenas, com os seguintes objetivos: I proporcionar aos ndios, suas comunidades e povos, a recuperao de suas memrias histricas; a rea?rmao de suas identidades tnicas; a va- lorizao de suas lnguas e cinas;II garantir aos ndios, suas comunidades e povos, o acesso s informa- es, conhecimentos tcnicos e cient?cos da sociedade nacional e demais sociedades indgenas e no ndias.Art. 79. A unio apoiar tcnica e ?nanceiramente os sistemas de ensino no provimento da educao intercultural s comunidades indgenas, de- senvolvendo programas integrados de ensino e pesquisa. 1 os programas sero planejados com audincia das comunidades indgenas. 2 os programas a que se refere este artigo, includos nos planos nacionais de educao, tero os seguintes objetivos:I fortalecer as prticas socioculturais e a lngua materna de cada comu- nidade indgena;II manter programas de formao de pessoal especializado, destinado educao escolar nas comunidades indgenas;III desenvolver currculos e programas espec?cos, neles incluindo os contedos culturais correspondentes s respectivas comunidades;IV elaborar e publicar sistematicamente material didtico espec?co e diferenciado.79 3 No que se refere educao superior, sem prejuzo de outras aes, o atendimento aos pos indgenas efetivar-se-, nas universidades pblicas e privadas, mediante a oferta de ensino e de assistncia estudantil, assim como de estmulo pesquisa e desenvolvimento de programas especiais.Art. 79-A. (Vetado.)80Art. 79-B. o calendrio escolar incluir o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Conscincia Negra.81Art. 80. o poder pblico incentivar o desenvolvimento e a veiculao de programas de ensino a distncia, em todos os nveis e modalidades de ensino, e de educao continuada. 1 A educao a distncia, organizada com abertura e regime especiais, ser oferecida por instituies especi?camente credenciadas pela unio. 2 A unio regulamentar os requisitos para a realizao de exames e registro de diploma relativos a cursos de educao a distncia. 3 As normas para produo, controle e avaliao de programas de edu- cao a distncia e a rizao para sua implementao, cabero aos res- pectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperao e integrao entre os diferentes sistemas. 4 A educao a distncia gozar de tratamento diferenciado, que incluir: 82I custos de tnsmisso reduzidos em canais comerciais de radiodifuso sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicao que sejam explorados mediante autorizao, concesso ou permisso do poder pblico; II concesso de canais com ?nalidades exclusivamente educativas;III reserva de tempo mnimo, sem nus para o poder pblico, pelos con- cessionrios de canais comerciais.Art. 81. permitida a organizao de cursos ou instituies de ensino ex- perimentais, desde que obedecidas as disposies desta lei.83Art. 82. os sistemas de ensino estabelecero as normas de realizao de estgio em sua jurisdio, observada a lei federal sobre a matria.Art. 83. o ensino militar regulado em lei espec?ca, admitida a equivaln- cia de estudos, de acordo com as normas ?xadas pelos sistemas de ensino.Art. 84. os discentes da educao superior podero ser aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituies, exercendo fun- es de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos.Art. 85. Qualquer cidado habilitado com a titulao prpria poder exigir a abertura de concurso pblico de provas e ttulos para cargo de docente de instituio pblica de ensino que estiver sendo ocupado por professor no concursado, por mais de seis anos, ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da Constituio Federal e 19 do Ato das Disposies Consti- tucionais transitrias.Art. 86. As instituies de educao superior constitudas como universida- des integrar-se-o, tambm, na sua condio de instituies de pesquisa, ao Sistema Nacional de Cincia e tecnologia, nos termos da legislao espec?ca.ttuLo IXDAS DISPoSIES trANSItrIASArt. 87. instituda a Dcada da Educao, a iniciar-se um ano a partir da publicao desta lei. 1 A unio, no prazo de um ano a partir da publicao desta lei, encami- nhar, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educao, com dire- trizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declarao Mundial sobre Educao para todos.84 2 (revogado.)85 3 o Distrito Federal, cada estado e municpio e, supletivamente, a unio, devem:86I (revogado);87a) (revogada); 88b) (revogada); e 89c) (revogada);II prover cursos presenciais ou a distncia aos jovens e adultos insu?- cientemente escolarizados;III realizar programas de capacitao para todos os professores em exer- ccio, utilizando tambm, para isto, os recursos da educao a distncia; IV integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu ter- ritrio ao sistema nacional de avaliao do rendimento escolar.90 4 (revogado.) 5 Sero conjugados todos os esforos objetivando a progresso das redes escolares pblicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de tempo integral. 6 A assistncia ?nanceira da unio aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios, bem como a dos estados aos seus municpios, ?cam condicio- nadas ao cumprimento do art. 212 da Constituio Federal e dispositivos legais pertinentes pelos governos bene?ciados.91Art. 87-A. (Vetado.)Art. 88. A unio, os estados, o Distrito Federal e os municpios adaptaro sua legislao educacional e de ensino s disposies desta lei no prazo m- ximo de um ano, a partir da data de sua publicao. 1 As instituies educacionais adaptaro seus estatutos e regimentos aos dispositivos desta lei e s normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estes estabelecidos. 2 o prazo para que as universidades cumpram o disposto nos incisos II e III do art. 52 de oito anos.Art. 89. As creches e pr-escolas existentes ou que venham a ser criadas devero, no prazo de trs anos, a contar da publicao desta lei, integrar-se ao respectivo sistema de ensino.Art. 90. As questes suscitadas na transio entre o regime anterior e o que se institui nesta lei sero resolvidas pelo Conselho Nacional de Educa- o ou, mediante delegao deste, pelos rgos normativos dos sistemas de ensino, preservada a autonomia universitria.Art. 91. Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.Art. 92. revogam-se as disposies das Leis nos 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, no alteradas pelas Leis nos 9.131, de 24 de novembro de 1995, e 9.192, de 21 de dezembro de 1995, e, ainda, as Leis nos 5.692, de 11 de agosto de 1971, e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e decretos-lei que as modi?caram e quaisquer outras disposies em contrrio.