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COHAB
COORDENADORIA DE HABITAÇÃO DE MARACANAÚ
ANDREA ALVES BARRETO
DÉBORA LEMOS
APRIMORAMENTO DA INTERSETORIALIDADE ENTRE A COHAB E OS CRAS DE MARACANAÚ
MARACANAÚ – CEARÁ
2011
Situação Problema
A falta de socialização das informações entre os CRAS e o Núcleo de
Coordenação de Habitação da Secretária de Infraestrutura de Maracanaú.
Hipóteses
A falta de intersetorialidade entre as políticas.
Falha de instrumental de encaminhamentos dos CRAS para a Coordenadoria de Habitação.
O desconhecimento dos usuários sobre as informações de acesso ao Programa Minha Casa Minha Vida.
Viabilidade da Idéia
É viável desde que haja apoio institucional por parte da gestão da
habitação, para disponibilização de materiais operacionais como: carro
para visitas ao CRAS e a confecção dos instrumentais de apoio.
DIAGNÓSTICO SOCIAL
A Coordenadoria de Habitação da Prefeitura Municipal de Maracanaú
está localizada na Avenida III, nº 268 altos – Jereissati I. O setor responsável
pelo problema habitacional da cidade é a SEINFRA – Secretária de Infra –
Estrutura e Controle Urbano. Dentro desta secretaria, foi criada em 2005, a
Coordenadoria de Habitação, devido ao alto índice de famílias residindo em
locais impróprios e principalmente pela pressão dos movimentos sociais. A
Coordenadoria de Habitação (COHAB) tem como missão efetivar o direito à
moradia digna para os moradores de baixa renda em Maracanaú, coordenar os
trabalhos de distribuição de kits sanitários para quem não possui banheiro e
dar respostas aos problemas relacionados à posse de terrenos da prefeitura.
Atualmente, a COHAB tem como objetivo dar resposta ao déficit habitacional
de Maracanaú, através de programas que visam à provisão de habitações e à
reintegração urbana de assentamentos precários. Segundo o último
levantamento realizado em 2004, ultrapassam 2.000 famílias em áreas de risco
e, que no período chuvoso tende a aumentar. Para atender a este objetivo, a
Coordenação conta com recursos do Governo Federal e do Estado (Fundo de
Combate à Pobreza – FECOP).
No mês de janeiro de 2007, foi criado o Conselho Municipal de Moradia
Popular – CMMP, que faz parte da Política Nacional de Habitação, possuindo
como objetivo o debater, fiscalizar e acompanhar as obras de habitação no
Município. Em parceria com o Programa de Educação em Saúde e Mobilização
Social (PESMS) da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde), procura-se
responder ao problema das famílias que carecem de um local adequado para a
eliminação de dejetos. Para isso, são construídos kits´s sanitários, que
atendem as necessidades básicas das famílias em relação à higiene e saúde.
A política geral adotada pela instituição é a de habitação, em
consonância com a Política Nacional de Habitação, que tem por finalidade
assegurar à população de baixa renda condições dignas de moradia,
garantindo-lhe uma infraestrutura básica à sua segurança e à sua saúde.
O Projeto Salgadinho é um programa que deverá atender as
comunidades hoje instaladas em área de risco constante, não só nos períodos
invernosos, mas, principalmente, por estarem expostas a condições insalubres,
submetidas a adversidades de ordem sanitária, climática e ambiental, por
ocuparem áreas de preservação e ribeirinhas, como é o caso da comunidade
que vive ao longo do Riacho Salgadinho no bairro da Pajuçara.
Está prevista a construção de 80 (oitenta) unidades habitacionais para o
reassentamento das famílias, nessa primeira etapa do projeto que compreende
ao todo duas etapas. No entanto, o atendimento de projeto abrange mais 480
(quatrocentos e oitenta) famílias do entorno da área a ser reurbanizada.
O Programa Habitacional Popular – Minha Casa Minha Vida, tem como
objetivo atender as necessidades de habitação da população de baixa renda
nas áreas urbanas, garantindo o acesso à moradia digna com padrões mínimos
de sustentabilidade, segurança e habitabilidade.
Na Coordenadoria de Habitação, três projetos estão sendo realizados
dentro do Programa Minha Casa Minha Vida, são eles: Projeto Blanchard
Girão, Projeto Virgílio Távora e Projeto Demócrito Dummar. O primeiro projeto
irá beneficiar 104 famílias. O empreendimento está em andamento no bairro
Parque Jari. O segundo localizado no bairro Parque Tijuca tem como meta
atender 672 famílias e o terceiro localizado no Conjunto Timbó, irá beneficiar
872 famílias. Os três projetos têm como critérios de seletividade atender
famílias residentes em áreas de risco e as famílias de baixa renda.
A Coordenadoria de Habitação realiza seus projetos com recursos
oriundos do Governo Federal, Estadual e com contrapartida Municipal, mas
nem sempre o recurso, aparentemente garantido, é repassado à Coordenação.
O objeto de intervenção retratado no diagnóstico social é a falta da
intersetorialidade entre a Política de Assistência – PSB - CRAS e da habitação
em Maracanaú. Usuários nos procuram na habitação sem conhecimento
nenhum da dinâmica da habitação para inscrição do programa Minha Casa
Minha Vida, relatam que vão nos CRAS e orientaram os mesmos a procurarem
a Coordenadoria de Habitação, sem nenhum encaminhamento e pelo fato do
desconhecimento, das informações referente à política da habitação local por
parte dos funcionários. Isso tende a acarretar a exclusão do usuário aos
programas de moradia, tornando a política ainda mais seletiva e de exclusão
pela falta das informações corretas. È nesse cenário de contradição que o
profissional do Serviço Social trabalha para a garantia do acesso a essas
políticas públicas, compreendendo a totalidade dos usuários. Levando a
problemática ao CRAS do bairro Mucunã em Maracanaú, os funcionários
relataram que o cotidiano profissional acaba levando o profissional a realizar
atividades que competem aos atendimentos da assistência, o número reduzido
de funcionários também contribui para a falha da socialização das informações,
já que as demandas de atendimentos dos CRAS são elevadas para o número
reduzido de profissionais. Para os funcionários dos CRAS é válida a idéia de
socializar essas informações com a Assistência Social, através de um
instrumental padronizado de encaminhamentos.
Diante do relato e com apoio institucional da Coordenadoria de
Habitação, a dinâmica da socialização das políticas ocorrerá em todos os
CRAS de Maracanaú tendo como público alvo os seguintes profissionais:
Assistentes Sociais, Psicólogos, Pedagogos, Agentes Administrativos,
Educadores Sociais, Cadastradores e Estagiário de Serviço Social e
Psicologia, através de palestras, folhetos, apresentação dos instrumentais da
habitação, de todo processo de encaminhamentos e cadastros dos usuários
que procurarem o atendimento inicial nos CRAS. Pretendendo diminuir a falta
da intersetorialidade entre as políticas públicas, e proporcionar o devido acesso
dos usuários de forma universal como direito garantido à moradia segundo a
nossa Constituição.
JUSTIFICATIVA
A intervenção a ser realizada busca a melhoria do fluxo de encaminhamentos,
da intersetorialidade entre a Coordenadoria de Habitação de Maracanaú e a
Política de Assistência (CRAS). A intervenção se faz necessário para a
melhoria dos encaminhamentos dos usuários que procuram os CRAS de
Maracanaú e que pela falta de conhecimento por parte dos profissionais dos
CRAS, acabam encaminhando esses usuários sem um prévio contato com a
Habitação, para se interar da dinâmica de atendimento, cadastro, acolhimento
e documentação necessária.
O projeto de intervenção contribuirá de maneira a informar e mobilizar junto aos
profissionais dos CRAS de Maracanaú, no sentindo de garantir o que relata a
Política Nacional de Habitação (PNH), através do Ministério das Cidades, o
acesso à moradia digna a todos os segmentos da população. A informação
será baseada nos procedimentos, encaminhamentos, os pré-requisitos, a
documentação necessária e mediações de casos especiais entre Assistentes
Sociais dos CRAS e da Coordenadoria de Habitação.
Tornará assim os encaminhamentos condizentes, garantindo aos usuários
acesso ao Cadastro do Programa Minha Casa Minha Vida, sanando a
problemática de usuários que são encaminhados pelos CRAS, de maneira
desinformada. A intervenção junto aos CRAS garantirá aos usuários a
qualidade do atendimento na habitação e a condução dos mesmos ao direito
da moradia, tornando as redes das políticas interligadas na garantia do acesso
as políticas públicas.
OBJETIVOS GERAIS
Fortalecer a intersetorialidade entre a Política da Assistência (CRAS) e a
Política da Habitação de Maracanaú garantindo o acesso dos usuários ao
Cadastro dos Programas de Habitação e à qualidade no atendimento,
conduzindo-os ao direito de moradia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mobilizar os profissionais dos CRAS sobre o conhecimento da política
da habitação e do Programa Minha Casa Minha Vida.
Promover palestras em todos os CRAS de Maracanaú sobre os
programas e os projetos da habitação.
Elaborar de um folheto explicativo, sobre os procedimentos da
Coordenadoria de Habitação.
METAS
Elaboração de 80 folhetos informativos que serão trabalhados durante
as palestras nos CRAS.
Palestras nos 09 CRAS, atingindo a cobertura total de todos os
equipamentos da Assistência de Maracanaú.
Avaliação processual e final do projeto com a contribuição dos
profissionais dos CRAS.
METODOLOGIA
O projeto de intervenção será executado nas nove unidades de Centro
Referência de Assistência Social (CRAS) de Maracanaú, fazendo parte de
abrangência os CRAS: Alto Alegre, Antônio Justa, Boa Esperança, Indígena,
Jereissati, Mucunã, Novo Oriente, Pajuçara e Parque São João. O público alvo
da intervenção serão os profissionais que atuam nos CRAS: Assistentes
Sociais, Psicólogos, Pedagogos, Agentes Administrativos, Educadores Sociais
e Estagiários de: Serviço Social, Psicologia e Pedagogia.
O material a ser utilizado nas palestras serão folders explicativos sobre toda a
dinâmica da COHAB Maracanaú, a Política Nacional de Habitação (PNH),
elaboração de slides informativos a respeito dos procedimentos de
encaminhamentos, pré-requisitos para inscrição de cadastros e demais
serviços prestados pela Habitação. Para esse momento, utilizaremos as salas
de acolhimentos dos CRAS ou de reuniões e com auxilio do notebook
apresentaremos aos profissionais dos CRAS, os programas e o instrumental da
Habitação; Ficha de Beneficiário, Questionário Socioeconômico, Declaração de
União Estável, Ficha de Formulação de Interesse e os modelos de
encaminhamentos e declarações.
As palestras serão ministradas pelos estagiários de Serviço Social da
Coordenadoria de Habitação, Andrea Alves, Débora Lemos, Jailson Gadelha e
Gisely Lobo, as ações ocorrerão no período de 04 meses no qual
contemplaremos todos os CRAS de Maracanaú, a duração média das palestras
será de 30 a 40 minutos. Os resultados obtidos quantitativamente será a
estimativa de cobertura dos nove CRAS de Maracanaú, contemplando em
torno de 50 a 80 profissionais no total. Ocasionando a qualidade das
informações das demandas de encaminhamentos dos usuários atendidos pelos
CRAS e com encaminhamentos condizentes para a Habitação.
O processo de avaliação da intervenção ocorrerá durante o processo das
palestras no qual será aplicado um questionário avaliativo e rodas de
conversas com a troca de informações, dicas ou sugestões de melhorias para
efetivar a intersetorialidade das políticas. Isso garantirá o acesso dos usuários
e reforçará a emancipação dos sujeitos e a reafirmação do projeto ético político
do Serviço Social.
CRONOGRAMA
2011/2012ATIVIDADES AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN
ELABORAÇÃO X X X X XPALESTRAS/
CRASANTÔNIO JUSTA X
ALTO ALEGRE xBOA ESPERANÇA X
INDÍGINA XJEREISSATI x
MUCUNÃ XNOVO ORIENTE X
PAJUÇARA XP. SÃO JOÃO XAVALIAÇÃO X X X X
ORÇAMENTO
MATERIAIS DE CONSUMO VALOR UNITÁRIO R$ QUANTIDADE TOTALFOLDERS 1,00 50 50,00
CHOCOLATE 0,50 50 25,00BALÕES 0,00 50 00,00
MATERIAS PERMANENTESNOTEBOOK/DATA SHOW 00,00 01 00,00
CARRO 00,00 01 00,00TOTAL FINAL 75,00
INDICADORES DE AVALIAÇÃO
Nesse processo junto aos profissionais dos CRAS de Maracanaú, o público
alvo avaliará a intervenção dos estagiários através de um questionário, no qual
abordaremos: compreensão da palestra, profissão, aspectos positivos e
negativos, instrumental, conteúdo, pontualidade, atividades realizadas e
recursos didáticos. Segue abaixo o questionário dos resultados que será
aplicado ao final de cada palestra. Reforçando que a cada ciclo de palestras os
indicadores constatarão o “feedback” da ação interventiva.
Questionário
1. Qual a sua profissão?
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2. O seu conceito sobre a habitação de Maracanaú:
( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim
3. Foi válida a palestra dos estagiários?
( ) Sim ( ) Não
Por quê: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. As informações repassadas foram satisfatórias?
( ) Sim ( ) Não
5. Os recursos utilizados na palestra foram adequados?
( ) Sim ( ) Não
6. Como poderia melhorar o fluxo dos encaminhamentos entre os CRAS e a Habitação?
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7. Cite os pontos positivos e negativos da palestra.
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