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CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DA ENGENHARIA, DA AGRONOMIA, DA GEOLOGIA, DA GEOGRAFIA E DA METEOROLOGIA

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  • CDIGO DE TICA PROFISSIONALDA ENGENHARIA, DA AGRONOMIA,DA GEOLOGIA, DA GEOGRAFIAE DA METEOROLOGIA

    10 Edio | 2018

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    Crditos

    EXPEDIENTEConselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea)

    SEPN 508, Bloco A CEP: 70740-541 Braslia-DFTelefone Geral: (61) 2105-3700

    Cdigo de tica Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia

    Realizao: Gerncia de Comunicao do Confea GCO

    Diagramao: Grfica Movimento

    Identidade Visual: Larissa Pavan (Crea-SC)

  • Apresentao do Presidente do Confea

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    A tica acompanha o cotidiano dos profissionais da Engenharia, da Agronomia e das Geocincias. inadmissvel que esta prtica deixe de fazer parte da nossa rotina, consi-derando que j a nossa formadora Lei n 5.194/1966 definia o carter social das nossas atividades. Assim, obras e ser-vios oferecidos pelos profissionais do Sistema Confea/Crea promovem os princpios ticos, estabelecidos, desde 1971, neste Cdigo de tica, cuja ltima atualizao remete j a 2002, por meio de nossa, por todos conhecida, Resoluo 1002.

    Apesar de recente, em termos editoriais, desde sua instituio, em 1933, o Sistema Confea/Crea e Mtua apre-senta-se sociedade, construindo e valorizando a importn-cia do capital tecnolgico nacional e disposto a aperfeioar suas atribuies profissionais, em defesa da nossa seguran-a, da construo da nossa condio social tica e do nosso bem-estar.

    Assim, promovemos a tica no cotidiano de nossas profisses ao longo dessas quase nove dcadas. Em cantei-ros de obras ou no desenvolvimento de pesquisas; na fisca-lizao do exerccio profissional ou na preveno de aciden-tes e desastres; na assistncia tcnica rural ou na manuten-o predial e de obras de artes especiais. Enfim, estimulamos o exerccio tico diante das inmeras atividades que trans-formam a nossa sociedade a cada minuto.

    Esse exerccio tico tambm um exerccio de in-dividualidade. A prtica tica deve permear j a formao do futuro profissional, destacando o carter social das nossas funes. A reflexo sobre os princpios ticos que devero

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    nortear todos os passos da conduta profissional precisa ser incorporada aos nossos deveres, desde os primeiros mo-mentos. Defend-los, difundi-los e at mesmo contribuir para renov-los, quando isso se mostrar necessrio, tambm devem ser tarefas de cada profissional.

    A construo de uma sociedade tica tarefa de cada cidado. Por isso mesmo, em um mundo de mecanismos institucionais e tecnolgicos em constante progresso, a so-ciedade cobra essa conduta por meio de ferramentas cada vez mais acessveis e disseminadas. Esse legtimo controle social promove o aperfeioamento permanente do tecido humano de que fazemos parte. Nesse contexto, a atuao das Cmaras Especializadas de tica dos Conselhos Regio-nais de Engenharia e Agronomia Creas atende no apenas s expectativas dos profissionais, mas tambm a esse inte-resse social que agrega tanto os parmetros estabelecidos pelos rgos de controle como as mais fluidas e igualmente legtimas redes sociais virtuais.

    Aps amplo debate com a base do Sistema Confea/Crea, as mudanas propostas pelo Colgio de Entidades Nacionais - CDEN conseguiram contemplar as demandas acumuladas ao longo de trs dcadas e at mesmo antecipar expectativas atuais. Portanto, o Cdigo de tica continua um instrumento indispensvel para a atuao da Engenharia, Agronomia, Geografia, Geologia e Meteorologia.

    Direitos, deveres e condutas vedadas aos profissio-nais so orientados pelos seguintes tpicos: Do objetivo da profisso; Da natureza da profisso; Da honradez da profis-so; Da eficcia profissional; Do relacionamento profissional;

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    Da interveno profissional sobre o meio e Da liberdade e segurana profissionais. O Cdigo define, por exemplo, a infrao tica como todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princpios ticos, descumpra os deveres do ofcio, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.

    Paralelo elaborao da sua verso mais atual, foi encaminhado, e aprovado no ano seguinte, por meio da Re-soluo n 1004/2003, o Regulamento para a Conduo do Processo tico Disciplinar. Objeto de permanente discusso desde ento, diferente do Cdigo, mais cristalizado, a 1004 estabelece um norte para a tramitao de infraes ao Cdi-go. Como importante que essa discusso continue, apesar de esperarmos conclu-la ao longo de nosso mandato, ela tambm acompanha este Cdigo. Outra discusso em anda-mento se refere aos ajustes ao Manual de Procedimentos para Conduo de Processo de Infrao ao Cdigo de tica Profissional.

    A atualizao da aplicao dos princpios ticos relacionados aos profissionais da Engenharia, Agronomia e Geocincias no envolve apenas o Cdigo de tica. o que ficou constatado em 2017, quando o plenrio do Confea re-gulamentou o artigo 75 da Lei n 5.194/1966, definindo o termo crime infamante e suas penalidades. Fruto de um debate amplo, inclusive com outros organismos de controle social, a Resoluo n 1.090 demonstra ao Sistema e so-ciedade nossa preocupao em aprimorar o acompanhamen-to e as sanes aos profissionais infratores de princpios no

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    apenas deontolgicos, mas que atingem mais de perto toda a sociedade.

    Anualmente, o Confea recebe, em nvel de recurso, entre 30 e 40 processos, oriundos das Comisses de tica dos Creas. Antes de representar uma informao expressiva, esse dado revela, principalmente, que estamos atentos e buscando cumprir tambm mais esse compromisso do Sis-tema Confea/Crea com a sociedade. Um trabalho que preci-saria ser sistematizado, por meio da criao de um banco de dados, misso que, no entanto, ainda demandar muitos esforos para ser efetivada.

    nossa esperana que a construo da correta conduta tico-profissional do Sistema Confea/Crea se torne cada vez mais natural e garantida por meio desses disposi-tivos.

    Boa leitura e boa prtica!

    Engenheiro CivilJoel Krger

    Presidente do Confea

  • Mensagem do Coordenador do Colgio de Entidades Nacionais (CDEN)

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    A Lei 5.194/66 regulamentou as profisses da Enge-nharia, Arquitetura e Agronomia, criou os Creas e definiu a existncia de um Cdigo de tica a ser elaborado pelas en-tidades de classe nacionais e que foi implantado em 1971.

    A tica um dos preceitos bsicos da vida em so-ciedade. Os referenciais humanos da tica so caractersti-cas fundamentais, inalienveis e eternas do Homem. A tica se confunde com a busca permanente da felicidade, seja em casa (ETHOS=Casa), seja, por extenso nas organizaes sociais e, por fim, na sociedade como um todo.

    Aps 31 anos de existncia do primeiro Cdigo de tica, uma gerao de lderes sob a presso de legtimos interesses profissionais e impulsionada pelas constantes mudanas na sociedade, conduziu ao Congresso Nacional de Profissionais, realizado em Natal/RN, a proposta de reviso do Cdigo de tica.

    Aprovada por unanimidade naquele CNP, esta pro-posta foi introduzida no Planejamento Estratgico do Confea, que gerou a infraestrutura e a logstica necessria para que o CDEN - Colgio de Entidades Nacionais levasse a bom termo esta misso.

    As vinte e sete entidades nacionais representativas da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, materializadas no CDEN, desenvolveram um rduo conjunto de atividades que permitiram encontrar uma redao consensada, legalmente defensvel e ambientalmen-te sustentvel.

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    Uma Plenria do CDEN aprovou o novo texto e o remeteu para uma nova plenria do CNP, que o legitimou por unanimidade.

    Em 2002, o Plenrio do Confea homologou este novo Cdigo de tica Profissional, moderno, contextualizado com as demandas sociais e com os anseios dos profissionais.

    No ano seguinte, o Confea aprovou a Resoluo 1004, que disciplina o regulamento para a conduo dos processos tico-disciplinares. Garantindo o pleno direito de defesa, como prev a Constituio Federal de 1988, o Cdigo recebia, assim, a descrio de seus ritos processuais, desde a com-posio da Comisso de tica Profissional aos elementos de instruo, julgamento e recursos aos processos, entre outros.

    Aps onze anos afastado das lides do Sistema Con-fea/Crea e Mtua, eis que a histria nos permite participar de mais uma iniciativa na divulgao deste importante ins-trumento normativo.

    Na qualidade de Presidente do Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia, Ibape Nacional, fomos alados a Coordenador do CDEN 2018 e, em consequncia disso, a nossa presena nesta questo.

    A oportunidade muita rica, pois acontece num dos momentos mais emblemticos da histria do nosso pas. Assolado por uma crise tica sem precedentes, e sob os holofotes vidos da mdia, assistimos ao recrudescimento sistemtico, em todos os nveis da sociedade, de prticas margem da tica e beira do absurdo, onde a pasteurizao da informao leva a crer que tudo possa estar perdido.

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    urgente um reposicionamento de todos os cidados, profissionais e sociedade na busca de um destino melhor.

    Tudo comea pelo cidado, pelo HOMEM e neste, pela perfeita compreenso do significado da tica e pelo discernimento de sua amplitude, e termina, certamente num PROJETO de um NOVO BRASIL.

    Reeditar esse Cdigo de tica Profissional, , por-tanto,mais do que bem-vindo.

    uma demonstrao de que o Sistema Confea, Crea e Mtua e o CDEN continuam alertas, onde a defesa da inco-lumidade publica no um mero discurso, mas sim o objetivo.

    Se considerarmos isto, o primeiro passo, j teremos uma esperana de um outro futuro.

    Engenheiro CivilWilson Lang

    Coordenador do Colgio de Entidades Nacionais (CDEN)

  • Mensagem da Coordenadoria Nacional das Comisses de tica (CNCE)

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    A Coordenadoria Nacional das Comisses de tica CNCE entende que esta nova edio, do livro de bolso, do Cdigo de tica Profissional, informa sobre as resolues que tratam do tema, incluindo a de nmero 1090/2017.

    Este exemplar tem como objetivo propagar a tica profissional como a melhor maneira de alcanar verdadeira-mente a excelncia das profisses, bem como a valorizao do Cdigo como principal instrumento para orientar a con-duta dos profissionais, percebendo que a tica no resulta em uma ideia abstrata, mas concreta e bem delimitada pelo Cdigo de tica Profissional.

    O anseio desta Coordenaria que todos os Profis-sionais do Sistema Confea/Crea tenham acesso ao Cdigo de tica Profissional, de modo que possam praticar e exercer suas profisses dentro dos parmetros ticos e, consequen-temente, que contribuam para um pas cada vez melhor.

  • Entidades NacionaisSignatrias do Cdigo de tica Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia

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    01ABEA - Associao Brasileira deEngenheiros de Alimentos**

    02ABEAG - Associao Brasileira dosEngenheiros Agrcolas*03ABEAS - Associao Brasileira deEducao Agrcola Superior**04ABEE - Associao Brasileira deEngenheiros Eletricistas

    05ABENC - Associao Brasileira deEngenheiros Civis06ABENGE - Associao Brasileira deEducao em Engenharia07ABEPRO - Associao Brasileira deEngenharia de Produo*08ABEQ - Associao Brasileira deEngenharia Qumica09ABES - Associao Brasileira deEngenharia Sanitria e Ambiental

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    10ABETI - Associao Brasileira deEnsino Tcnico Industrial**11AGB - Associao dos GegrafosBrasileiros**12ANEST - Associao Nacional deEngenharia de Segurana do Trabalho

    13CONFAEAB - Confederao dosEngenheiros Agrnomos do Brasil14CONTAE - Conselho Nacional dasAssociaes de Tcnicos Industriais15FAEMI - Federao das Associaes deEngenheiros de Minas do Brasil

    16FAEP-BR - Federao das Associaes dos Engenheiros de Pesca do Brasil**17FEBRAE - Federao Brasileira deAssociaes de Engenheiros18FEBRAGEO - Federao Brasileira de Gelogos

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    19FENATA - Federao Nacional dosTcnicos Agrcolas**20FENEA - Federao Nacional dosEngenheiros Agrimensores**

    21FENEMI - Federao Nacional deEngenharia Mecnica e Industrial*22FENTEC - Federao Nacional dosTcnicos Industriais23FISENGE - Federao Interestadual deSindicatos de Engenheiros24FNE - Federao Nacional dosEngenheiros25IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliaes e Percias de Engenharia

    26SBEA - Associao Brasileira deEngenharia Agrcola

    27SBEF - Sociedade Brasileira deEngenheiros Florestais

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    28SBMET - Sociedade Brasileira deMeteorologia

    29SOBES - Sociedade Brasileira deEngenharia de Segurana* ingressaram no Cden aps a adoo do Cdigo em 2002.** deixaram o Cden aps a adoo do Cdigo em 2002.

  • ResoluoN 1002de 26 de novembro de 2002

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    Adota o Cdigo de tica Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e d outras providncias.

    O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia Confea, no uso das atribuies que lhe confere a alnea f do art. 27 da Lei n 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e

    Considerando que o disposto nos arts. 27, alnea n, 34, alnea d, 45, 46, alnea b, 71 e 72, obriga a todos os profissionais do Sistema Confea/Creas a observncia e cumprimento do Cdigo de tica Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia;

    Considerando as mudanas ocorridas nas condies histricas, econmicas, sociais, polticas e culturais da sociedade brasileira, que resultaram no amplo reordena-mento da economia, das organizaes empresariais nos diversos setores, do aparelho do Estado e da Sociedade Civil, condies essas que tm contribudo para pautar a tica como um dos temas centrais da vida brasileira nas ltimas dcadas;

    Considerando que um cdigo de tica profissional deve ser resultante de um pacto profissional, de um acordo crtico coletivo em torno das condies de convivncia e re-lacionamento que se desenvolvem entre as categorias inte-grantes de um mesmo sistema profissional, visando uma conduta profissional cidad;

    Considerando a reiterada demanda dos cidados- profissionais que integram o Sistema Confea/Creas, espe-

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    cialmente explicitada atravs dos Congressos Estaduais e Nacionais dos Profissionais, relacionada reviso do Cdi-go de tica Profissional do Engenheiro e do Engenheiro Agrnomo adotado pela Resoluo n 205, de 30 de setem-bro de 1971;

    Considerando a deliberao do IV Congresso Nacional dos Profissionais IV CNP sobre o tema tica Profissional, aprovada por unanimidade, propondo a reviso do Cdigo de tica Profissional vigente e indicando o Colgio de Entidades Nacionais Cden para elaborao do novo texto,

    Resolve

    Artigo 1

    Adotar o Cdigo de tica Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, anexo presente Resoluo, elaborado pelas Entidades de Classe Nacionais, atravs do Cden Colgio de Entidades Nacionais, na forma prevista na alnea n do art. 27 da Lei n 5.194, de 1966.

    Artigo 2

    O Cdigo de tica Profissional, adotado atravs desta Resoluo, para os efeitos dos arts. 27, alnea n, 34, alnea d, 45, 46, alnea b, 71 e 72, da Lei n 5.194, de 1966, obriga a todos os profissionais da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, em todas as suas modalidades e nveis de formao.

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    Artigo 3

    O Confea, no prazo de cento e oitenta dias a contar da publicao desta, deve editar Resoluo adotando novo Manual de Procedimentos para a conduo de processo de infrao ao cdigo de tica Profissional.

    Artigo 4

    Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia e Agronomia, em conjunto, aps a publicao desta Resoluo, devem desenvolver campanha nacional visando a ampla di-vulgao deste Cdigo de tica Profissional, especialmente junto s entidades de classe, instituies de ensino e profis-sionais em geral.

    Artigo 5

    O Cdigo de tica Profissional, adotado por esta Resoluo, entra em vigor a partir de 1 de agosto de 2003.

    Artigo 6

    Fica revogada a Resoluo 205, de 30 de setembro de 1971 e demais disposies em contrrio, a partir de 1 de agosto de 2003.

    Braslia, 26 de novembro de 2002.Eng. Wilson Lang

    Presidente

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    A Resoluo 1.002/2002 foi aprovada por unanimidade na Plenria Especial n 01/2002 realizada no dia 26 de novem-bro de 2002, na cidade de Goinia - Gois. Presentes os senhores Conselheiros Federais: ALBERTO DE MATOS MAIA, ALMIR LOPES FORTES, ANTNIO ROQUE DECHEN, CARLOS FREDERICO BASTOS RIBEIRO, LBIO GONALVES MAICH, EVARISTO CARNEIRO DE SOUZA, ITAMAR COSTA KALIL, JACEGUY BARROS, JORGE BACH ASSUMPO NEVES, LINO GILBERTO DA SILVA, LUIZ ALBERTO FREITAS PEREI-RA, MARIA DE NAZARETH DE SOUZA FRANA, MARIA LAIS DA CUNHA PEREIRA, NEUZA MARIA TRAUZZOLA, PAULO EUSTQUIO RESENDE NASCIMENTO, REINALDO JOS SABADOTTO, ROBERTO RODRIGUES SIMON, SANTOS DAMASCENO DE SOUZA e WALDIR CASSIANO RESENDE DE OLIVEIRA.

    Publicada no D.O.U. do dia 12 de dezembro de 2002 - Seo 1, pg. 359/360.

  • Cdigo de tica do Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia

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    Proclamao

    As Entidades Nacionais representativas dos profis-sionais da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geo-grafia e da Meteorologia pactuam e proclamam o presente Cdigo de tica Profissional.

    Prembulo

    Artigo 1

    O Cdigo de tica Profissional enuncia os funda- mentos ticos e as condutas necessrias boa e honesta prtica das profisses da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais.

    Artigo 2

    Os preceitos deste Cdigo de tica Profissional tm alcance sobre os profissionais em geral, quaisquer que sejam seus nveis de formao, modalidades ou especializaes.

    Artigo 3

    As modalidades e especializaes profissionais podero estabelecer, em consonncia com este Cdigo de tica Profissional, preceitos prprios de conduta atinentes s suas peculiaridades e especificidades.

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    Da identidade das profisses e dos profissionais

    Artigo 4

    As profisses so caracterizadas por seus perfis prprios, pelo saber cientfico e tecnolgico que incorporam, pelas expresses artsticas que utilizam e pelos resultados sociais, econmicos e ambientais do trabalho que realizam.

    Artigo 5

    Os profissionais so os detentores do saber es-pe-cializado de suas profisses e os sujeitos pr-ativos do desenvolvimento.

    Artigo 6

    O objetivo das profisses e a ao dos profissionais volta-se para o bem-estar e o desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimenses: como indi-vduo, famlia, comunidade, sociedade, nao e humanidade; nas suas razes histricas, nas geraes atual e futura.

    Artigo 7

    As entidades, instituies e conselhos integrantes da organizao profissional so igualmente permeados pelos preceitos ticos das profisses e participantes solidrios em sua permanente construo, adoo, divulgao, preservao e aplicao.

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    Dos princpios ticos

    Artigo 8

    A prtica da profisso fundada nos seguintes princpios ticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:

    Do objetivo da profisso

    I) A profisso bem social da humanidade e o pro-fissional o agente capaz de exerc-la, tendo como objetivos maiores a preservao e o desenvolvimen-to harmnico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores;

    Da natureza da profisso

    II) A profisso bem cultural da humanidade cons-trudo permanentemente pelos conhecimentos tc-nicos e cientficos e pela criao artstica, manifes-tando-se pela prtica tecnolgica, colocado a servi-o da melhoria da qualidade de vida do homem;

    Da honradez da profisso

    III) A profisso alto ttulo de honra e sua prtica exige conduta honesta, digna e cidad;

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    Da eficcia profissional

    IV) A profisso realiza-se pelo cumprimento respon-svel e competente dos compromissos profissionais, munindo-se de tcnicas adequadas, assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatria nos servios e produtos e observando a segurana nos seus procedimentos;

    Do relacionamento profissional

    V) A profisso praticada atravs do relacionamen-to honesto, justo e com esprito progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatrios, beneficirios e colaboradores de seus servios, com igualdade de tratamento entre os profissionais e com lealdade na competio;

    Da interveno profissional sobre o meio

    VI) A profisso exercida com base nos pre- ceitos do desenvolvimento sustentvel na inter-veno sobre os ambientes natural e construdo, e na incolu-midade das pessoas, de seus bens e de seus valores;

    Da liberdade e segurana profissionais

    VII) A profisso de livre exerccio aos qualificados, sendo a segurana de sua prtica de interesse coletivo.

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    Dos deveres

    Artigo 9

    No exerccio da profisso so deveres do profissional:

    I) ante o ser humano e a seus valores:

    a) oferecer seu saber para o bem da humani-dade;

    b) harmonizar os interesses pessoais aos co-letivos;

    c) contribuir para a preservao da incolumi-dade pblica;

    d) divulgar os conhecimentos cientficos, arts-ticos e tecnolgicos inerentes profisso;

    II) ante a profisso:

    a) identificar-se e dedicar-se com zelo pro-fisso;

    b) conservar e desenvolver a cultura da profis-so;

    c) preservar o bom conceito e o apreo social da profisso;

    d) desempenhar sua profisso ou funo nos limites de suas atribuies e de sua capaci-dade pessoal de realizao;

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    e) empenhar-se junto aos organismos profis-sionais para a consolidao da cidadania e da solidariedade profissional, e da coibio das transgresses ticas;

    III) nas relaes com os clientes, empregadores e colaboradores:

    a) dispensar tratamento justo a terceiros, ob-servando o princpio da eqidade;

    b) resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu cliente ou empregador, salvo em havendo a obrigao legal da divul-gao ou da informao;

    c) fornecer informao certa, precisa e objeti-va em publicidade e propaganda pessoal;

    d) atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais;

    e) considerar o direito de escolha do destina-trio dos servios, ofertano-lhe, sempre que possvel, alternativas viveis e adequadas s demandas em suas propostas;

    f) alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos s prescries tcnicas e s con-seqncias presumveis de sua inobservn-cia;

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    g) adequar sua forma de expresso tcnica s necessidades do cliente e s normas vigen-tes aplicveis;

    IV) nas relaes com os demais profissionais:

    a) atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princpio da igualdade de condies;

    b) manter-se informado sobre as normas que regulamentam o exerccio da profisso;

    c) preservar e defender os direitos profisionais;

    V) ante o meio:

    a) orientar o exerccio das atividades profissio-nais pelos preceitos do desenvolvimento sustentvel;

    b) atender, quando da elaborao de projetos, execuo de obras ou criao de novos produtos, aos princpios e recomendaes de conservao de energia e de minimizao dos impactos ambientais;

    c) considerar em todos os planos, projetos e servios as diretrizes e disposies concer-nentes preservao e ao desenvolvimento dos patrimnios scio-cultural e ambiental.

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    Das condutas vedadas

    Artigo 10.

    No exerccio da profisso so condutas vedadas ao profissional:

    I) ante o ser humano e a seus valores:

    a) descumprir voluntria e injustificadamente com os deveres do ofcio;

    b) usar de privilgio profissional ou faculdade decorrente de funo de forma abusiva, para fins discriminatrios ou para auferir vanta-gens pessoais;

    c) prestar de m-f orientao, proposta, pres-crio tcnica ou qualquer ato profissional que possa resultar em dano s pessoas ou a seus bens patrimoniais;

    II) ante a profisso:

    a) aceitar trabalho, contrato, emprego, funo ou tarefa para os quais no tenha efetiva qualificao;

    b) utilizar indevida ou abusivamente do privil-gio de exclusividade de direito profissional;

    c) omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida tica profissional;

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    III) nas relaes com os clientes, empregadores e colaboradores:

    a) formular proposta de salrios inferiores ao mnimo profissional legal;

    b) apresentar proposta de honorrios com va-lores vis ou extorsivos ou desrespeitando tabelas de honorrios mnimos aplicveis;

    c) usar de artifcios ou expedientes enganosos para a obteno de vantagens indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos;

    d) usar de artifcios ou expedientes enganosos que impeam o legtimo acesso dos colabo-radores s devidas promoes ou ao desen-volvimento profissional;

    e) descuidar com as medidas de segurana e sade do trabalho sob sua coordenao;

    f) suspender servios contratados, de forma injustificada e sem prvia comunicao;

    g) impor ritmo de trabalho excessivo ou exercer presso psicolgica ou assdio moral sobre os colaboradores;

    IV) nas relaes com os demais profissionais:

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    a) intervir em trabalho de outro profissional sem a devida autorizao de seu titular, salvo no exerccio do dever legal;

    b) referir-se preconceituosamente a outro profissional ou profisso;

    c) agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissional ou profisso;

    d) atentar contra a liberdade do exerccio da profisso ou contra os direitos de utro pro-fissional;

    V) ante o meio:

    a) prestar de m-f orientao, proposta, pres-crio tcnica ou qualquer ato profissional que possa resultar em dano ao ambiente natural, sade humana ou ao patrimnio cultural.

    Dos direitos

    Artigo 11.

    So reconhecidos os direitos coletivos universais inerentes s profisses, suas modalidades e especializaes, destacadamente:

    a) livre associao e organizao em corpo-raes profissionais;

  • 38

    b) ao gozo da exclusividade do exerccio pro-fissional;

    c) ao reconhecimento legal;

    d) representao institucional.

    Artigo 12.

    So reconhecidos os direitos individuais universais inerentes aos profissionais, facultados para o pleno exerccio de sua profisso, destacadamente:

    a) liberdade de escolha de especializao;

    b) liberdade de escolha de mtodos, procedi-mentos e formas de expresso;

    c) ao uso do ttulo profissional;

    d) exclusividade do ato de ofcio a que se dedicar;

    e) justa remunerao proporcional sua ca-pacidade e dedicao e aos graus de com-plexidade, risco, experincia e especializao requeridos por sua tarefa;

    f) ao provimento de meios e condies de trabalho dignos, eficazes e seguros;

    g) recusa ou interrupo de trabalho, contra-to, emprego, funo ou tarefa quando julgar incompatvel com sua titulao, capacidade ou dignidade pessoais;

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    h) proteo do seu ttulo, de seus contratos e de seu trabalho;

    i) proteo da propriedade intelectual sobre sua criao;

    j) competio honesta no mercado de traba-lho;

    k) liberdade de associar-se a corporaes profissionais;

    l) propriedade de seu acervo tcnico profis-sional.

    Da infrao tica

    Artigo 13.

    Constitui-se infrao tica todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princpios ticos, descum-pra os deveres do ofcio, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.

    Artigo 14.

    A tipificao da infrao tica para efeito de processo disciplinar ser estabelecida, a partir das disposies deste Cdigo de tica Profissional, na forma que a lei determinar.

  • ResoluoN 1004de 27 de junho de 2003

  • 42

    Aprova o Regulamento para a Conduo do Processo tico Disciplinar.

    O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRO-NOMIA Confea, no uso das atribuies que lhe confere a alnea f do art. 27 da Lei n 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e

    Considerando o art. 72 da Lei n 5.194, de 1966, que estabelece as penalidades aplicveis aos profissionais que deixarem de cumprir disposies do Cdigo de tica Profis-sional;

    Considerando o Decreto-Lei n 3.688, de 3 de outu-bro de 1941, que instituiu a Lei das Contravenes Penais;

    Considerando a Lei n 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que instituiu o Cdigo do Processo Civil;

    Considerando a Lei n 6.838, de 29 de outubro de 1980, que dispe sobre o prazo prescricional para a punibi-lidade de profissional liberal por falta sujeita a processo disciplinar;

    Considerando o inciso LV do art. 5 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, que assegura o direito ao contraditrio e ampla defesa aos litigantes;

    Considerando a Lei n 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo administrativo no mbito da Adminis-trao Pblica Federal;

    Considerando o disposto no Cdigo de tica Profis-sional, adotado pela Resoluo n 1.002, de 26 de novembro de 2002,

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    Resolve:

    Artigo 1

    Aprovar o regulamento para a conduo do proces-so tico disciplinar, em anexo.

    Artigo 2

    Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publi-cao.

    Artigo 3

    Fica revogada a Resoluo n 401, de 6 de outubro de 1995.

    Braslia, 27 de junho de 2003.Eng. Wilson Lang

    Presidente

    Publicada no D.O.U. de 21/07/2003 - Seo I, Pg. 63/64.

  • Anexo daResoluo N 1004de 27 de junho de 2003

  • 46

    Regulamento para a conduo do processo tico disci-plinar.

    Captulo I

    Da finalidade

    Artigo 1

    Este regulamento estabelece procedimentos para instaurao, instruo e julgamento dos processos adminis-trativos e aplicao das penalidades relacionadas apurao de infrao ao Cdigo de tica Profissional da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, adotado pela Resoluo n 1.002, de 26 de novembro de 2002.

    1 Os procedimentos adotados neste regulamento tambm se aplicam aos casos previstos no art. 75 da Lei n 5.194, de 1966.

    2 Os procedimentos estabelecidos aplicam-se aos profissionais da Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia, em seus nveis superior e mdio, que transgredirem preceitos do Cdigo de tica Profissional, e sero executados pelos vrios rgos das instncias administrativas do Sistema Confea/Crea.

    Artigo 2

    A apurao e conduo de processo de infrao ao Cdigo de tica Profissional obedecer, dentre outros, aos

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    princpios da legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia.

    Captulo II

    Da comisso de tica profissional

    Artigo 3

    A Comisso de tica Profissional rgo auxiliar das cmaras especializadas, constituda de acordo com o regimento do Crea.

    1 Recomenda-se observar na sua composio a presena de um representante de cada cmara es-pecializada.

    2 O Crea dever colocar disposio da Comis-so de tica Profissional servidores com a incum-bncia de apoiar as reunies, lavrando ata, termo de depoimento, atividade administrativa e assessora-mento jurdico necessrios ao seu funcionamento.

    Artigo 4

    atribuio da Comisso de tica Profissional:

    I - iniciar o processo tico ante notcia ou indcio de infrao;

    II - instruir processo de infrao ao Cdigo de tica Profissional, ouvindo testemunhas e partes, e reali-

  • 48

    zando ou determinando a realizao de diligncias necessrias para apurar os fatos; e

    III - emitir relatrio fundamentado a ser encaminha-do cmara especializada competente para aprecia-o, o qual deve fazer parte do respectivo processo.

    Artigo 5

    A Comisso de tica Profissional, para atendimento ao disposto no inciso II e III do art. 4, dever:

    I - apurar o fato mediante recebimento e anlise de denncias, tomada de depoimentos das partes e aco-lhimento das provas documentais e testemunhais re-lacionadas denncia visando instruir o processo; e

    II - verificar, apontar e relatar a existncia ou no de falta tica e de nulidade dos atos processuais.

    Artigo 6

    O coordenador da Comisso de tica Profissional designar um de seus membros como relator de cada pro-cesso.

    Pargrafo nico. O relator designado dever ser, preferencialmente, de modalidade profissional dife-rente daquela do denunciado.

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    Captulo III

    Do incio do processo

    Artigo 7

    O processo ser instaurado aps ser protocolado pelo setor competente do Crea em cuja jurisdio ocorreu a infrao, decorrente de denncia formulada por escrito e apresentada por:

    I - instituies de ensino que ministrem cursos nas reas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;

    II - qualquer cidado, individual ou coletivamente, mediante requerimento fundamentado;

    III - associaes ou entidades de classe, represen-tativas da sociedade ou de profissionais fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea; ou

    IV - pessoas jurdicas titulares de interesses indivi-duais ou coletivos.

    1 O processo poder iniciar-se a partir de relat-rio apresentado pelo setor de fiscalizao do Crea, aps a anlise da cmara especializada da modali-dade do profissional, desde que seja verificado in-dcio da veracidade dos fatos.

    2 A denncia somente ser recebida quando con-tiver o nome, assinatura e endereo do denunciante, nmero do CNPJ Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas, se pessoa jurdica, CPF Cadastro de

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    Pessoas Fsicas, nmero do RG Registro Geral, se pessoa fsica, e estiver acompanhada de elementos ou indcios comprobatrios do fato alegado.

    Artigo 8

    Caber cmara especializada da modalidade do denunciado proceder a anlise preliminar da denncia, no prazo mximo de trinta dias, encaminhando cpia ao denun-ciado, para conhecimento e informando-lhe da remessa do processo Comisso de tica Profissional.

    Artigo 9

    Caber Comisso de tica Profissional proceder instruo do processo no prazo mximo de noventa dias, contados da data da sua instaurao.

    1 Acatada a denncia, a Comisso de tica Pro-fissional dar conhecimento ao denunciado da ins-taurao de processo disciplinar, juntando cpia da denncia, por meio de correspondncia encaminha-da pelo correio com aviso de recebimento, ou outro meio legalmente admitido, cujo recibo de entrega ser anexado ao processo.

    2 No acatada a denncia, o processo ser enca-minhado cmara especializada da modalidade do profissional, que decidir quanto aos procedimentos a serem adotados.

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    Artigo 10.

    Duas ou mais pessoas podero demandar questo no mesmo processo.

    Pargrafo nico. A Comisso de tica Profissional, mediante justificativa, poder determinar a juntada de duas ou mais denncias contra um mesmo pro-fissional, em razo da falta cometida ou fatos denun-ciados.

    Artigo 11.

    O processo instaurado ser constitudo de tantos tomos quantos forem necessrios, contendo at duzentas folhas cada, numeradas ordenadamente e rubricadas por servidor credenciado do Crea, devidamente identificado pela sua matrcula.

    Pargrafo nico. Todos os atos e termos processu-ais a denncia, a defesa e os recursos sero feitos por escrito, utilizando-se o vernculo, com a data e o local de sua realizao e a assinatura do responsvel.

    Artigo 12.

    Os processos de apurao de infrao ao Cdigo de tica Profissional correro em carter reservado.

    Pargrafo nico. Somente as partes envolvidas o denunciante e o denunciado e os advogados legal-mente constitudos pelas partes tero acesso aos

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    autos do processo, podendo manifestarse quando intimadas.

    Artigo 13.

    O processo ser duplicado quando houver pedido de vista ou recurso ao Confea, mantendo-se uma cpia na unidade ou Crea de origem.

    Artigo 14.

    Os procedimentos relacionados ao processo devem realizar-se em dias teis, preferencialmente na sede do Crea responsvel pela sua conduo, cientificando-se o denuncia-do se outro for o local de realizao.

    Captulo IV

    Da instruo do processo

    Artigo 15.

    As atividades de instruo, destinadas a apurar os fatos, consistem na tomada de depoimento do denunciante, do denunciado e suas respectivas testemunhas, obteno de todas as provas no proibidas em lei e na adoo de quaisquer diligncias que se faam necessrias para o esclarecimento da denncia.

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    1 O depoimento ser tomado verbalmente ou mediante questionrio, se requerido pela parte e autorizado pela Comisso de tica Profissional.

    2 So inadmissveis no processo as provas obti-das por meios ilcitos.

    3 A prova documental dever ser apresentada em original ou cpia autenticada em cartrio, ou ainda, cpia autenticada por servidor credenciado do Crea.

    4 As reprodues fotogrficas sero aceitas como prova desde que acompanhadas dos respectivos negativos.

    Artigo 16.

    Cabe ao denunciado a prova dos fatos que tenha alegado em sua defesa, sem prejuzo do dever atribudo Comisso de tica Profissional para a instruo do processo.

    Artigo 17.

    O denunciado poder, na fase de instruo e antes da tomada da deciso, juntar documentos e pareceres, bem como apresentar alegaes referentes denncia objeto do processo.

    Artigo 18.

    No caso de tomada de depoimento ou quando for necessria a cincia do denunciado, a prestao de informa-

  • 54

    es ou a apresentao de provas propostas pelas partes, sero expedidas intimaes para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condies para atendimento do requerido.

    1 A intimao, assinada pelo coordenador da Comisso de tica Profissional, ser encaminhada pelo correio com aviso de recebimento, ou por outro meio legalmente admitido, cujo recibo de entrega ser anexado ao processo, registrando-se a data da juntada e a identificao do funcionrio responsvel pelo ato.

    2 No sendo encontradas as partes, far-se- sua intimao por edital divulgado em publicao do Crea, ou em jornal de circulao na jurisdio, ou no di-rio oficial do estado ou outro meio que amplie as possibilidades de conhecimento por parte do denun-ciado, em linguagem que no fira os preceitos constitucionais de inviolabilidade da sua intimidade, da honra, da vida privada e da imagem.

    3 A intimao observar a antecedncia mnima de quinze dias quanto data de comparecimento.

    4 O no atendimento da intimao no implica o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renn-cia a direito pelo denunciado.

    5 O denunciado no poder argir nulidade da intimao se ela atingir os fins para os quais se destina.

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    Artigo 19.

    No caso de encontrarem-se as partes ou testemunhas em local distante da sede ou fora de jurisdio do Crea onde o processo foi instaurado, os depoimentos sero tomados pela Comisso de tica Profissional da jurisdio onde se encon-tram ou, por delegao, pelos inspetores da inspetoria mais prxima das suas residncias ou locais de trabalho.

    Pargrafo nico. A Comisso de tica Profissional da jurisdio onde o processo foi instaurado enca-minhar questionrio e as peas processuais neces-srias tomada dos depoimentos.

    Artigo 20.

    As partes devero apresentar, at quinze dias antes da audincia de instruo, o rol de testemunhas.

    1 O rol dever conter o nome completo, a qualifi-cao, RG e endereo para correspondncia de cada testemunha.

    2 As testemunhas sero intimadas a comparecer audincia por meio de correspondncia encami-nhada pelo correio, com aviso de recebimento, ou por outro meio legalmente admitido, cujo recibo de entrega ser anexado ao processo.

    3 No podero compor o rol de testemunhas das partes as pessoas incapazes, impedidas ou suspeitas.

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    4 A Comisso de tica Profissional poder, a seu critrio, ouvir outras testemunhas alm das arroladas.

    Artigo 21.

    A testemunha falar sob palavra de honra, declarando seu nome, profisso, estado civil e residncia; se parente de alguma das partes e em que grau; quais suas relaes com quaisquer delas e seu interesse no caso, se houver; relatar o que souber, explicando sempre as razes da sua cincia.

    Artigo 22.

    O depoimento ser prestado verbalmente, salvo no caso dos surdos-mudos, que podero fazer uso de intrpre-te da Linguagem Brasileira de Sinais.

    Artigo 23.

    Os depoimentos sero reduzidos a termo, assinados pelo depoente e pelos membros da Comisso de tica Pro-fissional.

    Artigo 24.

    vedado, a quem ainda no deps, assistir ao inter-rogatrio da outra parte.

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    Artigo 25.

    Durante a audincia de instruo a Comisso de tica Profissional ouvir em primeiro lugar o denunciante, em segundo o denunciado, e, em separado e sucessivamen-te, as testemunhas do denunciante e do denunciado.

    1 Devero ser abertos os depoimentos indagan-do-se, tanto ao denunciante quanto ao denunciado, sobre seu nome, nmero do RG, naturalidade, grau de escolaridade e profisso, estado civil, idade, fi-liao, residncia e lugar onde exerce sua atividade e, na seqncia, sobre a razo e os motivos da de-nncia.

    2 Ao denunciado ser esclarecido que o seu si-lncio poder trazer prejuzo prpria defesa.

    3 Aps ter sido cientificado da denncia, median-te breve relato do coordenador da Comisso de tica Profissional, o denunciado ser interrogado sobre:

    I - onde estava ao tempo da infrao e se teve not-cias desta;

    II - se conhece o denunciante e as testemunhas arroladas e o que alegam contra ele, bem como se conhece as provas apuradas;

    III - se verdadeira a imputao que lhe feita;

    IV - se, no sendo verdadeira a imputao, tem algum motivo particular para atribula; e

  • 58

    V - todos os demais fatos e pormenores que condu-zam elucidao dos antecedentes e circunstncias da infrao.

    4 Se o denunciado negar em todo ou em parte o que lhe foi imputado, dever apresentar as provas da verdade de suas declaraes.

    5 As perguntas no respondidas e as razes que o denunciado invocar para no respond-las devero constar no termo da audincia.

    6 Havendo comprometimento na elucidao dos fatos em decorrncia de contradio entre os depoi-mentos das partes, a Comisso de tica Profissional, a seu critrio, poder promover acareaes.

    7 As partes podero fazer perguntas ao depoen-te, devendo dirigi-las ao coordenador da Comisso de tica Profissional, que aps deferi-la, questiona-r o depoente.

    8 facultado s partes, requisitar que seja con-signado em ata as perguntas indeferidas.

    Artigo 26.

    A audincia de instruo una e contnua, sendo os interrogatrios efetuados num mesmo dia ou em datas apro-ximadas.

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    Artigo 27.

    A Comisso de tica Profissional elaborar relatrio contendo o nome das partes, sumrio sobre o fato imputado, a sua apurao, o registro das principais ocorrncias havidas no andamento do processo, os fundamentos de fato e de direito que nortearam a anlise do processo e a concluso, que ser submetido cmara especializada da modalidade do denunciado.

    1 O relatrio ser submetido aprovao da Comisso de tica em pleno, na mesma sesso de sua leitura.

    2 A Comisso de tica aprovar o relatrio por votao em maioria simples, estando presentes metade mais um de seus membros.

    3 No caso de haver rejeio do relatrio, o coor-denador designar novo relator para apresentar relatrio substitutivo, na mesma sesso.

    4 Caso o relatrio manifeste-se pela culpa do denunciado, dever indicar a autoria, efetiva ocor-rncia dos fatos e a capitulao da infrao no C-digo de tica Profissional.

    5 Caso o relatrio manifeste-se pela improcedn-cia da denncia, dever sugerir o arquivamento do processo.

  • 60

    Captulo V

    Do julgamento do processo na cmara especializada

    Artigo 28.

    O relatrio encaminhado pela Comisso de tica Profissional ser apreciado pela cmara especializada da modalidade do denunciado, que lavrar deciso sobre o as-sunto, anexando-a ao processo.

    1 A deciso proferida pela cmara especializada e uma cpia do relatrio da Comisso de tica Pro-fissional sero levados ao conhecimento das partes, por meio de correspondncia encaminhada pelo correio com aviso de recebimento, ou por outro meio legalmente admitido, cujo recibo de entrega ser anexado ao processo.

    2 A deciso, se desfavorvel ao denunciado, in-formar as disposies legais e ticas infringidas e a penalidade correspondente.

    3 Nos casos em que houver a impossibilidade de julgamento pela cmara especializada da modalida-de do denunciado, as atribuies deste artigo sero exercidas pelo Plenrio do Crea.

    4 No caso das partes se recusarem a receber o relatrio e a deciso da cmara especializada ou obstrurem o seu recebimento, o processo ter pros-seguimento, nele constando a recusa ou obstruo.

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    Artigo 29.

    A cmara especializada dever julgar o denunciado no prazo de at noventa dias, contados da data do recebi-mento do processo.

    Artigo 30.

    Ser concedido prazo de dez dias para que as partes, se quiserem, manifestem-se quanto ao teor do relatrio.

    1 O prazo para manifestao das partes ser contado da data da juntada ao processo do aviso de recebimento ou do comprovante de entrega da de-ciso e do relatrio ou, encontrando-se em lugar incerto, da data da publicao da intimao.

    2 Mediante justificativa, a juzo do coordenador da cmara especializada, o prazo para manifestao das partes poder ser prorrogado, no mximo, por mais dez dias.

    Artigo 31.

    Apresentada a manifestao das partes, o coorde-nador da cmara especializada indicar um conselheiro para relatar o processo.

    Pargrafo nico. O relator indicado no poder ter participado da fase de instruo do processo como membro da Comisso de tica Profissional, nem ter sido o autor da denncia.

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    Artigo 32.

    A falta de manifestao das partes no prazo estabe-lecido no obstruir o seguimento do processo.

    Artigo 33.

    O relato e apreciao do processo na cmara espe-cializada obedecero s normas fixadas no regimento do Crea.

    Artigo 34.

    Estando as partes presentes no julgamento, consi-derar-se-o intimadas desde logo da deciso, dando-lhes conhecimento, por escrito, do incio da contagem do prazo para recurso.

    Artigo 35.

    Ausentes as partes no julgamento, sero intimadas da deciso da cmara especializada por meio de correspon-dncia encaminhada pelo correio com aviso de recebimento, ou por outro meio legalmente admitido, cujo recibo de entre-ga ser anexado ao processo.

    1 Da intimao encaminhada s partes constar o prazo de sessenta dias para apresentao de re-curso ao Plenrio do Crea.

    2 No sendo encontradas as partes, far-se- sua intimao por edital divulgado em publicao do Crea, ou em jornal de circulao na jurisdio, ou no di-

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    rio oficial do estado ou outro meio que amplie as possibilidades de conhecimento por parte do denun-ciado, em linguagem que no fira os preceitos constitu cionais de inviolabilidade da sua intimidade, da honra, da vida privada e da imagem.

    Artigo 36.

    Quando do trmite do processo na cmara especia-lizada, o conselheiro relator poder, em carter excepcional, requerer diligncia visando complementar informaes jul-gadas relevantes para a elucidao dos fatos.

    Captulo VI

    Da apresentao do recurso ao plenrio do Crea

    Artigo 37.

    Da deciso proferida pela cmara especializada, as partes podero, dentro do prazo de sessenta dias, contados da data da juntada ao processo do aviso de recebimento ou do comprovante de entrega da intimao, interpor recurso que ter efeito suspensivo, para o Plenrio do Crea.

    Pargrafo nico. O teor do recurso apresentado ser dado a conhecer a outra parte, que ter prazo de quinze dias para manifestao.

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    ArtIgo 38.

    Recebido o recurso e manifestao da outra parte, o presidente do Crea designar conselheiro para relatar o processo em plenrio.

    Pargrafo nico. O relator indicado no poder ter participado da fase de instruo do processo como membro da Comisso de tica Profissional ou mem-bro da cmara especializada que julgou o denuncia-do em primeira instncia, nem ter sido o autor da denncia.

    Artigo 39.

    O processo, cuja infrao haja sido cometida por profissional no exerccio de emprego, funo ou cargo ele-tivo no Crea, no Confea ou na Mtua, ser remetido para reexame do plenrio do Crea qualquer que seja a deciso da cmara especializada e independentemente de recurso in-terposto por quaisquer das partes, em at trinta dias aps esgotado o prazo estabelecido no art. 37.

    Captulo VII

    Do julgamento do processo no plenrio do Crea

    Artigo 40.

    O processo ser apreciado pelo Plenrio do Crea, que lavrar deciso sobre o assunto, anexando-a ao processo.

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    Artigo 41.

    O Plenrio do Crea julgar o recurso no prazo de at noventa dias aps o seu recebimento.

    Artigo 42.

    O relato e apreciao do processo pelo Plenrio do Crea obedecero s normas fixadas no regimento do Crea.

    Artigo 43.

    Ausentes do julgamento, as partes sero intimadas da deciso do plenrio por meio de correspondncia enca-minhada pelo correio com aviso de recebimento, ou por outro meio legalmente admitido, cujo recibo de entrega ser anexado ao processo.

    1 Da intimao encaminhada s partes constar o prazo de sessenta dias para apresentao de re-curso ao Plenrio do Confea.

    2 No sendo encontradas as partes, extrato da intimao ser divulgado em publicao do Crea, ou em jornal de circulao na jurisdio, ou no dirio oficial do estado ou outro meio que amplie as pos-sibilidades de conhecimento por parte do denuncia-do, em linguagem que no fira os preceitos consti-tucionais de inviolabilidade da sua intimidade, da honra, da vida privada e da imagem.

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    Captulo VIII

    Da apresentao do recurso ao plenrio do Confea

    Artigo 44.

    Da deciso proferida pelo Plenrio do Crea, as par-tes podero, dentro do prazo de sessenta dias, contados da data da juntada ao processo do aviso de recebimento ou do comprovante de entrega da intimao, interpor recurso que ter efeito suspensivo, para o Plenrio do Confea.

    Pargrafo nico. O teor do recurso apresentado ser dado a conhecer a outra parte, que ter prazo de quinze dias para manifestao.

    Artigo 45.

    O Crea dever encaminhar o recurso ao Confea acompanhado do processo.

    Artigo 46.

    Recebido o recurso no Confea, o processo ser sub-metido anlise do departamento competente e, em seguida, levado apreciao da comisso responsvel pela sua anlise.

    Artigo 47.

    Pautado o assunto para anlise da comisso, a apre-ciao da matria seguir o rito previsto em seu regimento.

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    Artigo 48.

    A comisso, aps a apreciao da matria, emitir deliberao em conformidade com o estabelecido em regi-mento, que ser levada considerao do Plenrio do Confea.

    Artigo 49.

    O processo, cuja infrao haja sido cometida por profissional no exerccio de emprego, funo ou cargo ele-tivo no Crea, no Confea ou na Mtua, ser remetido para reexame do plenrio do Confea, qualquer que seja a deciso do Crea de origem e independentemente de recurso inter-posto por quaisquer das partes, em at trinta dias aps es-gotado o prazo estabelecido no art. 44.

    Captulo IX

    Do julgamento do processo no plenrio do Confea

    Artigo 50.

    O processo ser apreciado pelo Plenrio do Confea, que lavrar deciso sobre o assunto, anexando-a ao processo.

    Artigo 51.

    O relato e apreciao do processo pelo Plenrio do Confea obedecero s normas fixadas no seu regimento.

  • 68

    Captulo X

    Da aplicao das penalidades

    Artigo 52.

    Aos profissionais que deixarem de cumprir disposi-es do Cdigo de tica Profissional sero aplicadas as penalidade previstas em lei.

    1 A advertncia reservada ser anotada nos as-sentamentos do profissional e ter carter confiden-cial.

    2 A censura pblica, anotada nos assentamentos do profissional, ser efetivada por meio de edital afixado no quadro de avisos nas inspetorias, na sede do Crea onde estiver inscrito o profissional, divul-gao em publicao do Crea ou em jornal de circu-lao na jurisdio, ou no dirio oficial do estado ou outro meio, economicamente aceitvel, que amplie as possibilidades de conhecimento da sociedade.

    3 O tempo de permanncia do edital divulgando a pena de censura pblica no quadro de avisos das inspetorias e da sede do Crea, ser fixado na deciso proferida pela instncia julgadora.

    Artigo 53.

    A aplicao da penalidade prevista no art. 75 da Lei n 5.194, de 1966, seguir os procedimentos estabelecidos no 2 do art. 52.

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    Artigo 54.

    A pena ser aplicada aps o trnsito em julgado da deciso.

    Pargrafo nico. Entende-se como transitada em julgado, a deciso que no mais est sujeita a recurso.

    Captulo XI

    Do pedido de reconsiderao

    Artigo 55.

    Caber um nico pedido de reconsiderao de deci-so em processo disciplinar, dirigido ao rgo julgador que proferiu a deciso transitada em julgado, pelas partes inte-ressadas, instruda com cpia da deciso recorrida e as provas documentais comprobatrias dos fatos argidos.

    Pargrafo nico. A reconsiderao, no interesse do profissional penalizado, poder ser pedida por ele prprio ou por procurador devidamente habilitado, ou ainda, no caso de morte, pelo cnjuge, ascenden-te e descendente ou irmo.

    Artigo 56.

    O pedido de reconsiderao ser admitido, depois de transitada em julgado a deciso, quando apresentados fatos novos ou circunstncias relevantes suscetveis de justificar a inadequao da sano aplicada.

  • 70

    Artigo 57.

    Julgado procedente o pedido de reconsiderao, o rgo julgador poder confirmar, modificar, anular ou revo-gar, total ou parcialmente, a deciso.

    Pargrafo nico. Da reviso do processo no pode-r resultar agravamento da pena.

    Capitulo XII

    Da execuo da deciso

    Artigo 58.

    Cumpre ao Crea da jurisdio do profissional pena-lizado, onde se iniciou o processo, a execuo das decises proferidas nos processos do Cdigo de tica Profissional.

    Pargrafo nico. No havendo recurso instncia superior, devido ao esgotamento do prazo para sua apresen-tao ou quando esgotadas as instncias recursais, a exe-cuo da deciso ocorrer imediatamente, inclusive na hip-tese de apresentao de pedido de reconsiderao.

    Captulo XIII

    Da revelia

    Artigo 59.

    Ser considerado revel o denunciado que:

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    I - se opuser ao recebimento da intimao, expedida pela Comisso de tica Profissional, para apresen-tao de defesa; ou

    II - se intimado, no apresentar defesa.

    Artigo 60.

    A Declarao da revelia pela Comisso de tica Pro-fissional no obstruir o prosseguimento do processo, garan-tindo-se o direito de ampla defesa nas fases subseqentes.

    Artigo 61.

    Declarada a revelia, o denunciado ser intimado a cumprir os prazos dos atos processuais subseqentes, podendo intervir no processo em qualquer fase.

    Captulo XIV

    Da nulidade dos atos processuais

    Artigo 62.

    Nenhum ato ser declarado nulo se da nulidade no resultar prejuzo para as partes.

    Artigo 63.

    Os atos do processo no dependem de forma deter-minada seno quando a lei expressamente a exigir, conside-

  • 72

    rando-se vlidos os atos que, realizados de outro modo, al-canarem a finalidade sem prejuzo para as partes.

    Artigo 64.

    A nulidade dos atos processuais ocorrer nos se-guintes casos:

    I - por impedimento ou suspeio reconhecida de um membro da Comisso de tica Profissional, c-mara especializada, Plenrio do Crea ou do Plenrio do Confea, quando da instruo ou quando do julga-mento do processo;

    II - por ilegitimidade de parte; ou

    III - por falta de cumprimento de preceitos constitu-cionais ou disposies de leis.

    Artigo 65.

    Nenhuma nulidade poder ser argida pela parte que lhe tenha dado causa ou para a qual tenha concorrido.

    Artigo 66.

    As nulidades devero ser argidas em qualquer fase do processo, antes da deciso transitada em julgado, a re-querimento das partes ou de ofcio.

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    Artigo 67.

    As nulidades considerar-se-o sanadas:

    I - se no forem argidas em tempo oportuno, de acordo com o disposto no art. 66 deste regulamen-to; ou

    II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido seu fim.

    Artigo 68.

    Os atos processuais, cuja nulidade no tiver sido sanada na forma do artigo anterior, sero repetidos ou reti-ficados.

    Pargrafo nico. A repetio ou retificao dos atos nulos ser efetuada em qualquer fase do processo.

    Artigo 69.

    A nulidade de um ato, uma vez declarada, causar a nulidade dos atos que dele, diretamente, dependam ou sejam conseqncia.

    Artigo 70.

    Dar-se- o aproveitamento dos atos praticados, desde que no resulte prejuzo ao denunciado.

  • 74

    Captulo XV

    Da extino e prescrio

    Artigo 71.

    A extino do processo ocorrer:

    I - quando o rgo julgador proferir deciso defini-tiva;

    II - quando a cmara especializada concluir pela ausncia de pressupostos de constituio e de de-senvolvimento vlido e regular do processo;

    III - quando a cmara especializada ou Plenrio do Crea ou Plenrio do Confea declararem a prescrio do ilcito que deu causa ao processo; ou

    IV - quando o rgo julgador concluir por exaurida a finalidade do processo ou o objeto da deciso se tornar impossvel, intil ou prejudicado por fato superveniente.

    Pargrafo nico. Estes dispositivos no se aplicam aos casos referidos nos arts. 39 e 49.

    Artigo 72.

    A punibilidade do profissional, por falta sujeita a processo disciplinar, prescreve em cinco anos, contados da verificao do fato respectivo.

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    Artigo 73.

    A intimao feita a qualquer tempo ao profissional faltoso interrompe o prazo prescricional de que trata o art. 72.

    Pargrafo nico. A intimao de que trata este arti-go ensejar defesa escrita a partir de quando recomear a fluir novo prazo prescricional.

    Artigo 74.

    Todo processo disciplinar que ficar paralisado por trs ou mais anos, pendente de despacho ou julgamento, ser arquivado por determinao da autoridade competente ou a requerimento da parte interessada.

    Artigo 75.

    A autoridade que retardar ou deixar de praticar ato de ofcio que leve ao arquivamento do processo, responder a processo administrativo pelo seu ato.

    1 Entende-se por autoridade o servidor ou agen-te pblico dotado de poder de deciso.

    2 Se a autoridade for profissional vinculado ao Sistema Confea/Crea, estar sujeito a processo disciplinar.

  • 76

    Captulo XVI

    Das disposies finais

    Artigo 76.

    Nenhuma penalidade ser aplicada ou mantida sem que tenha sido assegurado ao denunciado pleno direito de defesa.

    Artigo 77.

    Se a infrao apurada constituir violao do Cdigo Penal ou da Lei das Contravenes Penais, o rgo julgador comunicar o fato autoridade competente.

    Pargrafo nico. A comunicao do fato autorida-de competente no paralisa o processo administra-tivo.

    Artigo 78.

    impedido de atuar em processo o conselheiro que:

    I - tenha interesse direto ou indireto na matria;

    II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante;

    III - haja apresentado a denncia; ou

    IV - seja cnjuge, companheiro ou tenha parentesco com as partes do processo at o terceiro grau.

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    1 O conselheiro que incorrer em impedimento deve comunicar o fato ao coordenador da Comisso de tica Profissional, cmara especializada ou ple-nrio, conforme o caso, abstendo-se de atuar.

    2 A omisso do dever de comunicar o impedi-mento constitui falta grave, para efeitos disciplinares.

    Artigo 79.

    Pode ser argida a suspeio de conselheiro que tenha amizade ntima ou inimizade notria com alguma das partes ou com os respectivos cnjuges, companheiros, pa-rentes e afins at o terceiro grau.

    Artigo 80.

    Os prazos comeam a correr a partir da data da juntada ao processo do aviso de recebimento ou do compro-vante de entrega da intimao, excluindo-se da contagem o dia do comeo e incluindo-se o do vencimento.

    1 considera-se prorrogado o prazo at o primeiro dia til seguinte, se o vencimento cair em dia em que no houver expediente no Crea ou este for encerra-do antes da hora normal.

    2 Os prazos expressos em dias contam-se de modo contnuo.

  • 78

    Artigo 81.

    Nos casos omissos aplicar-se-o, supletivamente ao presente regulamento, a legislao profissional vigente, as normas do direito administrativo, do processo civil brasi-leiro e os princpios gerais do Direito.

    Artigo 82.

    Este regulamento aplica-se, exclusivamente, aos processos de infrao ao Cdigo de tica Profissional inicia-dos a partir da publicao desta Resoluo no Dirio Oficial da Unio.

  • Resoluo N 1.090de 3 de maio de 2017

  • 80

    Dispe sobre o cancelamento de registro profissional por m conduta pblica, escndalo ou crime infamante.

    O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRO-NOMIA CONFEA, no uso das atribuies que lhe confere a alnea f do art. 27 da Lei n 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e

    Considerando o art. 71 da Lei n 5.194, de 1966, que estabelece as penalidades aplicveis por infrao a essa lei;

    Considerando o art. 75 da Lei n 5.194, de 1966, que estabelece que o cancelamento do registro ser efetuado por m conduta pblica e escndalos praticados pelo profissional ou sua condenao definitiva por crime considerado infa-mante;

    Considerando o inciso XLVII, alnea b, do art. 5 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, de 5 de ou-tubro de 1988, que estabelece a garantia de que no haver penas de carter perptuo;

    Considerando o art. 5, inciso LV, da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, de 1988, que assegura o di-reito ao contraditrio e ampla defesa dos litigantes;

    Considerando o Cdigo de tica Profissional, adota-do pela Resoluo n 1.002, de 26 de novembro de 2002;

    Considerando a resoluo especfica que aprova o regulamento para conduo do processo tico-disciplinar,

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    Resolve:

    Art. 1

    Fixar as definies e os procedimentos necessrios conduo do processo de cancelamento do registro profis-sional pela prtica de m conduta pblica, escndalos e crimes infamantes, bem como os procedimentos para reque-rimento de reabilitao do profissional.

    Captulo I

    Das definies

    Art. 2

    Para os fins desta resoluo, considera-se:

    I - m conduta pblica: a atuao incorreta, irregular, que atenta contra as normas legais ou que fere a moral quando do exerccio profissional;

    II - escndalo: aquilo que, quando do exerccio pro-fissional, perturba a sensibilidade do homem comum pelo desprezo s convenes ou moral vigente, ou causa indignao provocada por um mau exemplo, por m conduta pblica ou por ao vergonhosa, leviana, indecente, ou constitui acontecimento imo-ral ou revoltante que abala a opinio pblica;

    III - crime infamante: aquele que acarreta desonra, indignidade e infmia ao seu autor, ou que repercu-te negativamente em toda a categoria profissional,

  • 82

    atingindo a imagem coletiva dos profissionais do Sistema Confea/Crea;

    IV - impercia: a atuao do profissional que se in-cumbe de atividades para as quais no possua co-nhecimento tcnico suficiente, mesmo tendo legal-mente essas atribuies;

    V - imprudncia: a atuao do profissional que, mesmo podendo prever consequncias negativas, pratica ato sem considerar o que acredita ser fonte de erro; e

    VI - negligncia: a atuao omissa do profissional ou a falta de observao do seu dever, principalmen-te aquela relativa no participao efetiva na au-toria do projeto ou na execuo do empreendimento.

    Captulo II

    Do enquadramento

    Art. 3

    So enquadrveis como m conduta ou escndalos passveis de cancelamento do registro profissional, entre outros, os seguintes atos e comportamentos:

    I - incidir em erro tcnico grave por negligncia, impercia ou imprudncia, causando danos;

    II - manter no exerccio da profisso conduta incom-patvel com a honra, a dignidade e a boa imagem da profisso;

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    III - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para o registro no Crea;

    IV - falsificar ou adulterar documento pblico emi-tido ou registrado pelo Crea para obter vantagem indevida para si ou para outrem;

    V - usar das prerrogativas de cargo, emprego ou funo pblica ou privada para obter vantagens in-devidas para si ou para outrem;

    VI - ter sido condenado por Tribunal de Contas ou pelo Poder Judicirio por prtica de ato de improbi-dade administrativa enquanto no exerccio de em-prego, cargo ou funo pblica ou privada, caso concorra para o ilcito praticado por agente pblico ou, tendo conhecimento de sua origem ilcita, dele se beneficie no exerccio de atividades que exijam conhecimentos de engenharia, de agronomia, de geologia, de geografia ou de meteorologia; e

    VII - ter sido penalizado com duas censuras pblicas, em processos transitados em julgado, nos ltimos cinco anos.

    Art. 4

    O enquadramento da infrao por crime considera-do infamante depender da apresentao da deciso criminal transitada em julgado.

  • 84

    Captulo III

    Da instaurao e conduo do processo

    Art. 5

    O processo ser instaurado pelo Crea, a partir de denncia ou por iniciativa prpria, e conduzido em carter prioritrio na forma estabelecida pela resoluo especfica que trata do processo tico-disciplinar.

    1 Caber cmara especializada da modalidade do denunciado, no caso de recebimento de denncia, encaminhar o processo Comisso de tica Profissio-nal, com a indicao expressa para que aquela comis-so averigue a ocorrncia de infrao ao art. 75 da Lei n 5.194, de 1966, ou ao Cdigo tica Profissional.

    2 O Crea dever instaurar processo de ofcio quando constatados por qualquer meio sua dispo-sio, inclusive a partir de notcias veiculadas em meios de comunicao idneos, indcios de m conduta pblica, escndalo ou condenao por crime infamante.

    Captulo IV

    Da reabilitao profissional

    Art. 6

    O profissional que tiver o seu registro cancelado por m conduta pblica, escndalo ou crime infamante poder

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    requerer sua reabilitao, mediante novo registro, decorridos no mnimo cinco anos da data do trnsito em julgado da de-ciso administrativa que ensejou seu cancelamento.

    1 Alm dos documentos estabelecidos pela resoluo especfica que trata do registro profissional, o requeri-mento de que trata o caput dever ser instrudo com os seguintes documentos comprobatrios da reabilitao do profissional relativos infrao cometida:

    I certido negativa de processos criminais, expe-dida pela comarca do seu domiclio, e sentena de reabilitao criminal; e

    II trs declaraes de idoneidade e de boa condu-ta lavradas por profissionais idneos e registrados no Crea da jurisdio onde ser processado o re-querimento, com firma reconhecida em cartrio.

    2 O profissional que tiver concedida sua solicitao de reabilitao receber novo registro, com nova nu-merao, devendo o acervo tcnico constante de seu registro anterior ser transferido para o novo registro.

    Art. 7

    Apresentado o requerimento de novo registro devida-mente instrudo, o processo ser encaminhado cmara es-pecializada da modalidade do denunciado para apreciao da documentao comprobatria da reabilitao do profissional.

    1 Recebida a documentao comprobatria da reabilitao do profissional pela cmara especiali-

  • 86

    zada, o processo ser conduzido na forma da reso-luo especfica que trata do registro profissional.

    2 Rejeitada a documentao comprobatria da reabilitao do profissional pela cmara especiali-zada, o requerimento ser arquivado.

    Art. 8

    Aps um ano da data do trnsito em julgado da de-ciso que indeferiu sua reabilitao profissional, o interes-sado poder protocolar novo requerimento para reabilitao na forma do art. 6 desta resoluo.

    Art. 9

    Fica revogada a Deciso Normativa n 69, de 23 de maro de 2001.

    Art. 10.

    Esta resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 3 de maio de 2017.Eng. Civ. Jos Tadeu da Silva

    Presidente

    Publicada no D.O.U., de 5 de maio de 2017 Seo 1, pg. 209 e Retificada no D.O.U., de 23 de maio de 2017 Seo 1, pg 175.

  • EndereosConfea/Creas

  • 88

    Mais informaes sobre o Cdigo de tica Profis-sional, sobre o Regulamento disciplinar, sobre todas as de-mais Resolues e Decises Normativas do Confea e Atos Administrativos dos Creas, podero ser obtidas junto ao site do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais, abaixo in-formados:

    CONFEA www.confea.org.br [email protected]

    CREA ACRE www.creaac.org.br [email protected]

    CREA ALAGOAS www.crea-al.org.br [email protected]

    CREA AMAP www.creaap.org.br [email protected]

    CREA AMAZONAS www.crea-am.org.br [email protected]

    CREA BAHIA www.creaba.org.br [email protected]

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    CREA CEAR www.creace.org.br [email protected]

    CREA DISTRITO FEDERAL www.creadf.org.br [email protected]

    CREA ESPRITO SANTO www.creaes.org.br [email protected]

    CREA GOIS www.creago.org.br [email protected]

    CREA MARANHO www.creama.org.br [email protected]

    CREA MATO GROSSO www.crea-mt.org.br [email protected]

    CREA MATO GROSSO DO SUL www.creams.org.br [email protected]

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    CREA MINAS GERAIS www.crea-mg.org.br [email protected]

    CREA PAR www.creapa.org.br [email protected]

    CREA PARABA www.creapb.org.br [email protected]

    CREA PARAN www.crea-pr.org.br [email protected]

    CREA PERNAMBUCO www.creape.org.br [email protected]

    CREA PIAU www.crea-pi.org.br [email protected]

    CREA RIO DE JANEIRO www.crea-rj.org.br [email protected]

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    CREA RIO GRANDE DO NORTE www.crea-rn.org.br [email protected] [email protected]

    CREA RIO GRANDE DO SUL www.crea-rs.org.br [email protected]

    CREA RONDNIA www.crearo.org.br [email protected]

    CREA RORAIMA www.crearr.org.br [email protected] [email protected] [email protected]

    CREA SANTA CATARINA www.crea-sc.org.br [email protected]

    CREA SO PAULO www.creasp.org.br [email protected]

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    CREA SERGIPE www.crea-se.org.br [email protected] [email protected]

    CREA TOCANTINS www.crea-to.org.br [email protected]

  • CDIGO DE TICA PROFISSIONALDA ENGENHARIA, DA AGRONOMIA,DA GEOLOGIA, DA GEOGRAFIAE DA METEOROLOGIA

    10 Edio | 2018

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