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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CÂMPUS CAMPO MOURÃO COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA AMBIENTAL SUELLEN CRISTINA SACHET SALAMI AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DOS LABORATÓRIOS DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ, CÂMPUS CAMPO MOURÃO, COMO FERRAMENTA PARA A ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL CAMPO MOURÃO 2013

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  • 1

    UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN CMPUS CAMPO MOURO

    COORDENAO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

    SUELLEN CRISTINA SACHET SALAMI

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DOS LABORATRIOS DA UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN, CMPUS CAMPO MOURO, COMO FERRAMENTA PARA

    A ELABORAO DE UM MODELO DE SISTEMA DE GESTO AMBIENTAL

    CAMPO MOURO 2013

  • 2

    SUELLEN CRISTINA SACHET SALAMI

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DOS LABORATRIOS DA UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN, CMPUS CAMPO MOURO, COMO FERRAMENTA PARA

    A ELABORAO DE UM MODELO DE SISTEMA DE GESTO AMBIENTAL

    Trabalho de Concluso de Curso apresentada ao Curso Superior de Engenharia Ambiental da Coordenao de Engenharia Ambiental - COEAM, da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, Cmpus Campo Mouro PR, como requisito parcial para obteno de nota para obteno do ttulo de bacharel em Engenharia Ambiental. Prof. Dr..: Vanessa Medeiros Corneli Co-orientador MSc.: Mrcia Aparecida de Oliveira Seco

    CAMPO MOURO 2013

  • 3

    TERMO DE APROVAO

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DOS

    LABORATRIOS DA UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO

    PARAN, CMPUS CAMPO MOURO, COMO FERRAMENTA PARA

    A ELABORAO DE UM MODELO DE SISTEMA DE GESTO

    AMBIENTAL

    por

    SUELLEN CRISTINA SACHET SALAMI

    Este(a) Trabalho de Concluso de Curso (TCC) foi apresentado(a) em 16 de

    abril de 2013 como requisito parcial para a obteno do ttulo de Bacharel em

    Engenharia Ambiental. O(a) candidato(a) foi arguido pela Banca Examinadora

    composta pelos professores abaixo assinados. Aps deliberao, a Banca

    Examinadora considerou o trabalho aprovado.

    __________________________________

    Vanessa Medeiros Corneli

    Prof.(a) Orientador(a)

    ___________________________________

    Thiago Morais de Castro

    Membro titular

    ___________________________________

    Diana Formentini

    Membro titular

    Ministrio da Educao

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran

    Campus Campo Mouro

    Diretoria de Engenharia Ambiental

    Coordenao de Engenharia Ambiental

    Engenharia Ambiental

  • 4

    Dedico este trabalho Deus que sempre esteve ao meu lado e me deu foras para

    seguir em frente a minha famlia, pelos momentos de ausncia.

  • 5

    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente gostaria de agradecer Deus, que sempre se fez presente

    em minha vida e nos momentos em que mais precisei me amparou e me deu foras

    para seguir em frente, sempre dando sinais de que nunca estive sozinha.

    Gostaria de agradecer imensamente uma pessoa que sem a qual no

    estaria realizando este sonho, muito menos estaria aqui neste mundo, minha me,

    Neuza Ignez Sachet. Agradeo a voc Me por tudo, por ter me dado a vida, estar

    sempre me apoiando, ser minha melhor amiga, me entender em todos os

    momentos, obrigada pelo consolo mesmo que na distncia, por estar ao meu lado

    nos momentos bons e ruins, pelas palavras de fora, enfim me, obrigada por tudo,

    palavra nenhuma descreveria minha gratido e meu orgulho por voc, EU TE AMO!

    No menos importante, gostaria de agradecer meus avs, Alma Maria

    Sachet e Egidio Sachet, os quais so minha base, meu orgulho, meu porto seguro,

    meus amores, meus anjos. E tambm a toda minha famlia, que de alguma forma

    sempre estiveram me dando foras e me motivando nestes cinco anos. Obrigada

    sem vocs chegar at aqui no seria to fcil.

    Aos meus amigos, agradeo por toda pacincia, amizade, carinho,

    conselhos, obrigada por estarem compartilhando e estarem ao meu lado nos

    momentos bons e ruins. Nestes cinco anos muitas pessoas passaram por minha

    vida e de alguma maneira, com certeza, cada uma deixou um pedacinho de si e uma

    boa lembrana, por isso digo que ao longo destes anos pude aprender que amigos

    so a famlia que Deus nos deixa escolher, ter vocs ao meu lado, fez dos

    obstculos e da caminhada, mais fcil. Obrigada especialmente a minha segunda

    famlia, que independente de onde for levarei vocs comigo pra sempre, Daiane

    Cristina de Freitas, Amanda Solarewicz, Ellen Caroline Baettker, Raphael Gatti,

    Vinicius Martins e Diego Bongiorno Cruz.

    Aos professores, que em muitas vezes foram mais do que isso, foram

    amigos, conselheiros, todo meu orgulho e admirao, obrigada pela pacincia, pelos

    ensinamentos. Agradeo em especial as professoras orientadoras. Por fim,

    agradeo a instituio Universidade Tecnolgica Federal do Paran, que me acolheu

    e me deu a oportunidade de alcanar meus sonhos e objetivos.

  • 6

    Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que voc no conhece como eu mergulhei. No se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

    (LISPECTOR, Clarice)

  • 7

    RESUMO

    SALAMI, Suellen Cristina Sachet. Avaliao dos aspectos e impactos ambientais dos laboratrios da Universidade Tecnolgica Federal do Paran, cmpus Campo Mouro, como ferramenta para a elaborao de um modelo de Sistema de Gesto Ambiental. 2013. 92f. Trabalho de Concluso de Curso Bacharelado em Engenharia Ambiental- Universidade Tecnolgica Federal do Paran. Campo Mouro,2013.

    Este trabalho teve por objetivo realizar o diagnstico ambiental dos laboratrios da Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR) cmpus Campo Mouro, como ferramenta para a elaborao de um modelo de gesto ambiental. A metodologia utilizada divide-se em duas etapas, a primeira consiste na pesquisa exploratria, a qual tem por finalidade nortear o trabalho e a outra etapa que consiste na realizao do diagnstico ambiental que incide sobre a coleta de dados dos laboratrios atravs de entrevistas e ainda a aplicao da metodologia de avaliao de impactos ambientais proposta por Moreira (2001), Assumpo (2004) e Seiffert (2006). Os resultados obtidos no diagnstico apontam que os laboratrios no geram impactos considerados como crticos, porm existem impactos moderados os quais em sua maioria esto relacionados aspectos ambientais decorrentes do consumo de energia, consumo de gua, e gerao de resduos biolgicos. Os laboratrios classificados como mais impactantes a partir do diagnstico ambiental, so os laboratrios de qumica analtica, saneamento ambiental,; fenmenos de transporte e laboratrio de apoio. Espera-se que este diagnstico ambiental dos laboratrios da Universidade possa auxiliar no desenvolvimento de trabalhos posteriores, como por exemplo, aplicao efetiva do plano de gerenciamento de resduos slidos; criao de um modelo de sistema de gesto ambiental, dentre outros.

    Palavras-chave: Impacto Ambiental. Instituies de Ensino Superior. Laboratrio.

  • 8

    ABSTRACT

    SALAMI, Suellen Cristina Sachet. Evaluation of environmental aspects and impacts of the laboratories of the Federal Technological University of Paran, campus Campo Mourao, as a tool for the development of a model of the Environmental Management System. 2013. 92p. Working End of Course Bachelor of Environmental Engineering - Federal Technological University of Paran. Campo Mouro, 2013.

    This study aimed to carry out the environmental assessment of the laboratories of the Federal Technological University of Paran (UTFPR) campus Campo Mouroo, as a tool for the preparation of an environmental management model. The methodology is divided into two stages, the first is the exploratory survey, which aims to guide the work and another step that consists in carrying out the environmental assessment that focuses on collecting data through interviews and laboratories still application of the methodology of environmental impact assessment proposed by Moreira (2001), Assumption (2004) and Seiffert (2006). The results indicate that the diagnostic laboratories generate impacts not considered critical, but there are moderate impacts which are mostly related environmental aspects arising from energy consumption, water consumption, and waste generation biologics. Laboratories classified as more impactful from the environmental assessment, are laboratories for analytical chemistry, environmental sanitation, transport phenomena and laboratory support. It is expected that the environmental assessment of the laboratories of the University can assist in the development of later works, such as effective implementation plan for solid waste management, creation of a model of environmental management system, among others..

    Keywords: Environmental Impact. Higher Education Institutions. Laboratory.

  • 9

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 01 Critrios de anlise de significncia para a classificao dos aspetos ambientais ................................................................................................. 22 Quadro 02 Critrios de Abrangncia .................................................................. 22 Quadro 03 Critrios de Gravidade ...................................................................... 22 Quadro 04 Critrios de Frequncia ..................................................................... 23 Quadro 05 Critrios de Probabilidade ................................................................ 23 Quadro 06 Laboratrios da Coordenao de Engenharia Eletrnica .............. 26 Quadro 07 Laboratrios da Coordenao de Engenharia Ambiental .............. 27 Quadro 08 Laboratrios da Coordenao de Engenharia de Alimentos .......... 27 Quadro 09 Laboratrios da Coordenao de Informtica ................................. 27 Quadro 10 Laboratrios da Coordenao de Engenharia Civil ........................ 27 Quadro 11 Laboratrios da Coordenao de Licenciatura em Qumica ......... 27 Quadro 12 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Simulao Eletrnica, Microeletrnica e Eletrnica Analgica. ......................... 42 Quadro 13 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Projetos Eletrnicos ............................................................................................... 43 Quadro 14 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Sistemas Digitais, Telecomunicaes e Controle e Automao.............................................................................................................. 44 Quadro 15 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Circuitos Eltricos ................................................................................................... 46 Quadro 16 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Almoxarifado (continua) ................................................................................................................. 47 Quadro 17- Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Ecologia ................................................................................................................... 49 Quadro 18 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Zoologia ................................................................................................................... 51 Quadro 19 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Resduos Slidos .................................................................................................... 52 Quadro 20 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Herbrio ....... 54 Quadro 21 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de

    Geoprocessamento e Laboratrio de Fsica

    ...................................................................,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, 55

    Quadro 22 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de

    Geoprocessamento ................................................................................................ 55

    Quadro 23 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Solos e Hidrulica Computacional ........................................................................ 57 Quadro 24 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Fenmenos de Transportes ................................................................................... 59 Quadro 25- Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Saneamento Ambiental ........................................................................................... 60 Quadro 26 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Prestao de Servios (continua) .......................................................................... 62 Quadro 27 Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Carnes e Derivados; Leite e Derivados ................................................................. 64 Quadro 28 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Anlise Sensorial .................................................................................................... 65

  • 10

    Quadro 29 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Apoio ........................................................................................................................ 67 Quadro 30 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Microbiologia e Bioqumica .................................................................................... 68 Quadro 31 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Panificao .............................................................................................................. 69 Quadro 32 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais dos Laboratrios De Qumica Analtica, Qumica Inorgnica, Fsico-Qumica, Qumica Analtica, Qumica Geral, Pesquisa. ....................................................................................... 71 Quadro 33 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Informtica ............................................................................................................... 73 Quadro 34 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Software ................................................................................................................... 74 Quadro 35 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Fenmenos de Hardware ........................................................................................ 75 Quadro 36 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Hidralica e Hidrologia ........................................................................................... 76 Quadro 37 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Fenmenos de Transportes ................................................................................... 77

  • 11

    SUMRIO

    1INTRODUO ............................................................................................... 13 2 OBJETIVOS .................................................................................................. 15 2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 15 2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ...................................................................... 15 3 FUNDAMENTAO TERICA .................................................................... 16 3.1 GESTO AMBIENTAL ............................................................................... 16 3.2 A SRIE DE NORMAS ABNT NBR ISO 14000 ......................................... 17 3.3 O PAPEL E IMPORTNCIA DAS INSTITUIES DE ENSINO SUPERIOR

    (IES) NA FORMAO SOCIOAMBIENTAL DOS FUTUROS PROFISSIONAIS ....................................................................................... 17

    3.5 EXPERINCIAS EM GESTO AMBIENTAL EM LABORATRIOS NAS INSTITUIES DE ENSINO SUPERIOR .................................................. 19

    4 MATERIAL E MTODOS ............................................................................. 21 4.1 METODOLOGIA APLICADA ...................................................................... 21 4.2 DESCRIO DA REA DE ESTUDO ....................................................... 24 5 RESULTADOS E DISCUSSO .................................................................... 28 5.1 DESCRIO DAS ATIVIDADES DOS LABORATRIOS.......................... 28 5.1.1 Laboratrio de Simulao Eletrnica, Laboratrio de Microeletrnica e Laboratrio de Eletrnica Analgica ................................................................. 28

    5.1.2 Laboratrio de Projetos Eletrnicos ....................................................... 28

    5.1.3 Laboratrio de Sistemas Digitais, Laboratrio de Telecomunicaes, e Laboratrio de Controle e Automao .............................................................. 29

    5.1.4 Laboratrio de Circuitos Eletrnicos ........................................................ 29

    5.1.5 Almoxarifado ........................................................................................... 30

    5.1.6. Laboratrio de Ecologia .......................................................................... 30

    5.1.7 Laboratrio de Zoologia........................................................................... 30

    5.1.8 Laboratrio de Resduos Slidos ............................................................ 30

    5.1.9. Herbrio .................................................................................................. 31

    5.1.10 Laboratrio de Geoprocessamento (bloco E) ........................................ 31

    5.1.11 Laboratrio de Geoprocessamento (bloco F) ........................................ 31

    5.1.12 Laboratrio de Solos e Hidrulica Computacional ................................. 32

    5.1.13 Laboratrio de Fenmeno de Transportes ............................................ 32

    5.1.14 Laboratrio de Saneamento .................................................................. 33

    5.1.15 Laboratrio de Prestao de Servios .................................................. 33

    5.1.16 Laboratrio de Carnes e Derivados e Leites e Derivados ..................... 33

    5.1.17 Laboratrio de Anlise Sensorial ........................................................... 34

    5.1.18 Laboratrio de Apoio ............................................................................. 34

    5.1.19 Laboratrio de Microbiologia e Bioqumica ............................................ 35

    5.1.20 Laboratrio de Panificao .................................................................... 35

    5.1.21 Laboratrio de Qumica Analtica .......................................................... 35

  • 12

    5.1.22 Laboratrio de Informtica ..................................................................... 36

    5.1.23 Laboratrio de Hardware ....................................................................... 36

    5.1.24 Laboratrio de Desenvolvimento de Software ....................................... 36

    5.2.25 Laboratrio de Hidrulica e Hidrologia .................................................. 36

    5.1.26 Laboratrio de Geotecnia ...................................................................... 37

    5.1.27 Laboratrio de Fsica ............................................................................. 37

    5.1.28 Laboratrio de Instalaes Eltricas...................................................... 37

    5.1.29 Laboratrio de Desenho ........................................................................ 37

    5.1.30 Laboratrio de Qumica Inorgnica ....................................................... 38

    5.1.31 Laboratrio de Qumica Orgnica ......................................................... 38

    5.1.32 Laboratrio de Fsico-Qumica .............................................................. 38

    5.1.33 Laboratrio de Qumica Analtica .......................................................... 39

    5.1.34 Laboratrio de Qumica Geral ............................................................... 39

    5.1.35 Laboratrio de Pesquisa ........................................................................ 39

    5.2 AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DOS LABORATRIOS DA UNIVERSIDADE ..................................................... 40

    CONCLUSO .................................................................................................. 78 REFERNCIAS ................................................................................................ 82 ANEXOS ......................................................................................................... 86 APNDICES ................................................................................................... 88

  • 13

    1 INTRODUO

    A responsabilidade social das empresas e instituies vem sendo um dos

    temas de gesto empresarial mais debatido. Para Junior e Demajorovic (2006) a

    mesma vista como uma contribuio social voluntria perante ao mercado e ao

    pblico, sendo destacada como a atuao das empresas junto a comunidade.

    Todavia, ainda raro encontrar a questo ambiental como parte integrante da

    responsabilidade social.

    As Instituies de Ensino Superior (IES) cada vez mais esto buscando

    colocar em prtica o que antes era visto apenas na teoria, a preocupao ambiental

    um exemplo disso. Com a crescente presso de rgos ambientais e da sociedade

    a respeito do cumprimento das leis ambientais, as IES buscam se adequar e aplicar

    o que exigido pelas leis.

    Segundo Souza et al (2012), um fator agravante do descomedido impacto

    ambiental o descarte inadequado de resduos como um todo, incluindo os resduos

    qumicos, provenientes de atividades laboratoriais das IES ou industriais. As IES

    mesmo que produzam esses resduos em menor escala geram a contaminao

    ambiental, pois estas substncias vm sendo descartadas no meio ambiente sem

    nenhuma seletividade ou tratamento prvio, poluindo assim, o ambiente.

    O diagnstico ambiental uma ferramenta que possibilita identificar os

    impactos gerados pelas atividades desenvolvidas em determinado local e tambm

    pode ser utilizado como base para desenvolver um modelo de sistema de gesto

    ambiental. Por meio deste possvel diagnosticar quais so os impactos mais

    crticos e priorizar as medidas a serem tomadas para adequar as atividades de tal

    forma que minimizem os efeitos adversos. Sendo assim, grande parte das

    instituies buscam encontrar solues para as questes ambientais que envolvem

    suas atividades. Uma soluo vivel e eficiente encontrada para minimizar ou at

    eliminar os impactos ambientais decorrentes das prticas de ensino, pesquisa e

    extenso das Instituies, a implementao de um Sistema de Gesto Ambiental.

    O Sistema de Gesto Ambiental traz benefcios para empresas e instituies,

    como as citadas por Moreira (2006): garantia de melhor desempenho ambiental,

    reduo de desperdcios, preveno de riscos, boa reputao com rgos

  • 14

    ambientais, possibilidade de obter financiamentos a taxas reduzidas ou atendimento

    a requisitos dos bancos, competitividade de mercado, dentre outros.

    Alm disso, a gesto ambiental proporciona a minimizao dos impactos

    ambientais aliados a otimizao de processos, reaproveitamento de matrias

    primas, controle de qualidade, controle e preveno de danos ambientais,

    desenvolvimento sustentvel, diminuio de custos na produo, dentre outros, os

    quais geram benefcios tanto para a empresa quanto para o ambiente.

    Um Sistema de Gesto Ambiental em Universidades alm de proporcionar a

    sustentabilidade nos seus diversos setores faz com que haja integrao dos

    acadmicos com a Instituio, o qual desperta a sensibilizao ambiental, no s na

    teoria como tambm na prtica, disseminando assim, os princpios e conhecimentos

    adquiridos sobre gesto ambiental na Universidade. Desta forma, a Gesto

    Ambiental aplicada em Instituies de Ensino Superior, geram benefcios tanto

    ambientais bem como sociais e econmicos.

    . Esta pesquisa tem como objetivo realizar um diagnstico ambiental nos

    laboratrios da Universidade Tecnolgica Federal do Paran, cmpus Campo

    Mouro, como ferramenta para a elaborao de um modelo de Sistema de Gesto

    Ambiental, tendo com base nos requisitos estabelecidos pela Norma ABNT NBR

    ISO 14001:2004.

  • 15

    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Realizar avaliao dos aspectos e impactos ambientais dos laboratrios que

    compem a Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR) de Campo

    Mouro, como ferramenta para elaborao de um Sistema de Gesto Ambiental.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    o Identificar os laboratrios que compem a Instituio;

    o Descrever as atividades desenvolvidas nos laboratrios da Universidade;

    o Caracterizar os laboratrios;

    o Identificar os possveis aspectos/impactos ambientais dos laboratrios;

    o Realizar Diagnstico Ambiental com relao a aspectos e impactos

    ambientais, dos laboratrios que compem a instituio;

  • 16

    3 FUNDAMENTAO TERICA

    3.1 GESTO AMBIENTAL

    A gesto ambiental resumidamente um conjunto de medidas que auxiliam

    na minimizao de impactos ambientais causados por diferentes empreendimentos,

    neste sentido para Kraemer (2004) diversas organizaes empresariais esto cada

    vez mais preocupadas em atingir e demonstrar um desempenho satisfatrio em

    relao ao meio ambiente, pois a mesma tem se configurado como uma das mais

    importantes atividades relacionadas com qualquer empreendimento.

    Gesto ambiental o sistema que inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, prticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a poltica ambiental (MAIMON, 1996, p. 28).

    A Gesto Ambiental traz aos empreendimentos diferentes tipos de

    benefcios como: benefcios ambientais, o qual reduz o consumo de matrias

    primas, evita o desperdcio do mesmo e cria medidas compensatrias dos impactos

    ambientais causados pelo empreendimento; benefcios econmicos, o qual reduz o

    consumo de gua, energia e matrias primas, reduz multas e penalidades aplicadas

    pelos rgos ambientais quando h desacordo com a legislao ambiental vigente,

    aumenta o poder de competitividade no mercado, melhora a gesto da qualidade; e

    benefcios sociais, como melhoria de aceitao no mercado pelos investidores,

    melhora a relao do empreendimento com os rgos ambientais, dentre outros

    (CALLADO, et al., 2007).

    Segundo Maimon (1996), a relao entre as empresas e o meio ambiente

    deve ser vista como uma oportunidade para que estas passem a implementar

    prticas sustentveis de gerenciamento, no apenas como uma postura reativa as

    exigncias legais ou presses de grupos ambientais, mas sim com a inteno de

    obter vantagens competitivas.

  • 17

    3.2 A SRIE DE NORMAS ABNT NBR ISO 14000

    Conforme Moreira (2006), a International Standardization for Organization

    (ISO) uma federao mundial, no governamental, com sede em Genebra, na

    Suia, da qual participam cerca de 100 pases. Fundada em 1947, tem por objetivo

    propor normas que representem o consenso dos diferentes pases para

    homogeinizar mtodos, medidas, materiais e seu uso, em todos os domnios de

    atividades, exceto no campo eletro-eletrnico, cuja responsabilidade da IEC

    Internacional Electrotrchinical Commission.

    A famlia de normas ABNT NBR ISO 14000 traz benefcios ao

    empreendimento, como, reduo de riscos, reduo de custos, melhoria da

    competitividade no mercado, melhoria de produo, maior aceitao no mercado,

    satisfao dos clientes, reduo de impactos ambientais.

    A norma ABNT NBR ISO 14000:2004 tem por objetivo prover as

    organizaes de elementos de um sistema da gesto ambiental (SGA) eficaz que

    possam ser integrados a outros requisitos da gesto, e auxili-las a alcanar seus

    objetivos ambientais e econmicos. Os requisitos gerais da norma incluem a

    identificao de aspectos ambientais, identificao de requisitos legais, exame de

    todas as prticas e procedimentos da gesto ambiental existente e avaliao de

    situaes de emergncia e acidentes anteriores.

    3.3 O PAPEL E IMPORTNCIA DAS INSTITUIES DE ENSINO SUPERIOR (IES) NA FORMAO SOCIOAMBIENTAL DOS FUTUROS PROFISSIONAIS

    Para Tauchen (2007), o papel da IES deve ultrapassar os limites da

    preocupao em ensinar e formar novos alunos para se expandir. Hoje, elas ocupam

    um papel importante no contexto da sociedade, tendo em vista que, estando nela

    inserida, as IES se veem tambm com responsabilidade social, tanto no que diz

    respeito aos alunos e funcionrios, quanto a comunidade, no que diz respeito a

    capacitar pessoas conscientes da necessidade de garantir a sustentabilidade as

    geraes futuras.

  • 18

    Neste sentido, Kraemer (2004) diz que a empresa um sistema aberto

    porque est formado por um conjunto de elementos relacionados entre si, porque

    gera bens e servios, empregos, dividendos, porm tambm consome recursos

    naturais escassos e gera contaminao e resduos. Por isto necessrio que a

    economia da empresa defina uma viso mais ampla da empresa como um sistema

    aberto.

    As Instituies de Ensino Superior devem praticar aquilo que ensinam, para

    que dessa forma, as pessoas envolvidas na comunidade acadmica como alunos,

    funcionrios, vejam na prtica a aplicao das tcnicas de sustentabilidades e com

    isso desperte a conscientizao ambiental dos mesmos. As Instituies de Ensino

    Superior, como outros empreendimentos, exercem atividades geradoras de impactos

    ambientais, seja pela construo, implantao ou/e operao.

    Assim sendo, a Gesto Ambiental vem como uma ferramenta de auxlio para

    as IES na busca da minimizao dos impactos ambientais, saindo do campo apenas

    terico e colocando em prtica.

    Alm disso, conforme Kraemer (2005) os trabalhos desenvolvidos dentro das

    instituies de ensino de nvel superior tem um efeito multiplicador, pois cada

    estudante, convencido das boas ideias da sustentabilidade, influncia o conjunto, a

    sociedade, nas mais variadas reas de atuao.

    Segundo Salgado (2006), nas IES esto os futuros formadores de opinio e

    os tomadores de decises do mercado produtivo. Desta forma, seu papel

    demostrar a importncia da gesto ambiental e, a partir dela, do entendimento, pelos

    diversos grupos sociais, das consequncias das suas aes sobre o meio ambiente,

    de forma a gerar uma forma de ver o mundo que deixe claro a inter-relao e a

    interdependncia entre os diversos elementos sociais na constituio e manuteno

    da sustentabilidade.

    Para Souza et al (2012), a ausncia de um rgo fiscalizador, a falta de viso

    e o descarte inadequado levaram muitas instituies de ensino e pesquisa a poluir o

    meio ambiente, promover o desperdcio de material e arcar com o mau

    gerenciamento dos produtos sintetizados ou manipulados. Considerando estes fatos,

    diversas instituies federais, estaduais e particulares no Brasil vm buscando

    gerenciar e tratar seus resduos de forma a diminuir o impacto causado ao meio

    ambiente.

  • 19

    Schenini (2005) apud Oliveira e Amorim 2010 diz que na identificao dos

    aspectos so levados em considerao: os resduos slidos, os subprodutos, os

    efluentes lquidos, as emisses atmosfricas, a emisso de rudo e o calor ou a

    vibrao da referncia investigada, os quais possam interagir com o meio ambiente.

    A cada aspecto ambiental corresponde, no mnimo, um impacto direto. A avaliao

    do impacto efetuada sem considerar tratamentos posteriores, caso existam.

    3.5 EXPERINCIAS EM GESTO AMBIENTAL EM LABORATRIOS NAS INSTITUIES DE ENSINO SUPERIOR

    Segundo Sassiotto (2005), o gerenciamento de resduos qumicos em

    laboratrios de ensino e pesquisa no Brasil comeou a ser amplamente discutido

    nos anos 90, sendo de vital importncia para as grandes instituies geradoras,

    incluindo as Universidades.

    Neste contexto Sassiotto (2005), realizou um estudo de caso a respeito do

    manejo de resduos de laboratrios qumicos do departamento de qumica da

    Universidade Federal de So Carlos, onde conclui que a questo ambiental deve

    permear todas as atividades da universidade e para que haja a implantao de um

    programa de gerenciamento de resduos em qualquer Universidade necessrio

    que este contemple elementos bsicos para a sua criao e tambm deve envolver

    os acadmicos, professores e demais funcionrios da Instituio.

    Para Feres e Antunes (2007), as IES esto diariamente ligadas a linhas de

    pesquisas e desenvolvimento de processos e tecnologias voltadas gesto

    ambiental, por isso so capazes de apresentar modelos de Gesto Ambiental bem

    estruturados.

    Todavia, Tauchen e Brandli (2006) em pesquisa realizada com 42 (quarenta e

    duas) IES de todo o mundo e evidenciam que apesar de existirem diversas

    iniciativas pontuais, porm estruturadas e permanentes, voltadas a gesto ambiental

    nessas instituies, poucas delas apresentam um sistema de gesto ambiental que

    inclua diversos aspectos ambientais relacionados a operao dessas Instituies. A

    pesquisa aponta que 41% das iniciativas estudadas estavam relacionadas

    especificamente a gesto de resduos, consumo e reuso de gua e sensibilizao de

  • 20

    alunos e apenas cinco, das 42 instituies avaliadas, incorporam solues baseadas

    na norma ABNT NBR ISO 14001:2004.

  • 21

    4 MATERIAL E MTODOS

    4.1 METODOLOGIA APLICADA

    A avaliao dos aspectos e impactos ambientais dos laboratrios foi

    realizada atravs de visitas e entrevistas com o tcnico responsvel pelo laboratrio,

    tendo como foco principal a interao com o ambiente.

    Nesta mesma etapa realizou-se a coleta de dados a respeito dos

    laboratrios, onde foi identificado e caracterizado os laboratrios que compem o

    cmpus, buscando o maior nmero de informaes possveis para auxiliar na

    elaborao do modelo de gesto ambiental.

    Realizaram-se visitas as instalaes dos laboratrios e foi aplicado um

    questionrio em forma de entrevista com o tcnico responsvel por cada um dos

    laboratrios (ANEXO I); tambm foi feito o levantamento documental referente ao

    plano de gerenciamento dos resduos slidos e registros fotogrficos.

    Atravs dos dados obtidos, pde-se fazer o diagnstico ambiental de cada

    laboratrio que compe a universidade e tambm foi possvel caracterizar as

    atividades desenvolvidas nos mesmos.

    Os dados obtidos nas visitas e entrevistas foram compilados em tabela de

    classificao de impactos (APNDICE I).

    Aps o levantamento dos aspectos e impactos ambientais, os mesmos

    passaram por uma anlise de significncia atravs de critrios (Quadro 01) e filtros,

    baseados na metodologia adaptada de Moreira (2001), Assumpo (2004) e Seiffert

    (2006).

  • 22

    CLASSE ( C)

    BENFICA BE Aspecto associado a impacto positivo

    ADVERSA AD Aspecto associado a impacto negativo

    TEMPORALIDADE (T)

    PASSADA P Impacto que foi causado por uma atividade desenvolvida no passado

    ATUAL A Impacto decorrente da atividade atual

    FUTURA F Impacto ambiental previsto, decorrente de futuras alteraes

    SITUAO OPERACIONAL (S.O.)

    NORMAL N Rotina de operao normal

    ANORMAL A Fora do funcionamento, porm prevista

    RISCO R Situao indesejvel, que pode provocar impactos adversos

    RESPONSABILIDADE PELA GERAO (R.G.)

    DIRETA D Aspecto gerado pela empresa

    INDIRETA I Aspecto associado a servios de terceiros

    Quadro 01 Critrios de anlise de significncia para a classificao dos aspetos ambientais Fonte: Adaptado de Moreira (2001), Assumpo (2004) e Seiffert (2006)

    A avaliao dos aspectos/impactos ambientais possuem escalas de valores

    numricos, os quais resultaram na significncia do impacto ambiental decorrente da

    atividade abordada.

    Abrangncia: est relacionada com a extenso do impacto ambiental, ou

    seja, rea afetada pelo impacto ambiental (Quadro 02).

    ABRANGNCIA (A)

    LOCAL 1 Dentro dos limites da universidade

    REGIONAL 3 Afetam uma regio geogrfica razoavelmente bem definida

    GLOBAL 5 Amplitude de consequncia que afetam toda humanidade

    Quadro 02 Critrios de Abrangncia

    Fonte: Adaptado de Moreira (2001), Assumpo (2004) e Seiffert (2006)

    Gravidade: refere-se a intensidade do impacto ambiental sobre o ambiente,

    sendo pontuada como mostra o Quadro 03.

    GRAVIDADE (G)

    BAIXA 1 Danos pouco significativos, reversveis em curto prazo

    MDIA 3 Danos considerveis, reversveis a mdio prazo

    ALTA 5 Danos severos com efeitos irreversveis a mdio prazo

    Quadro 03 Critrios de Gravidade

    Fonte: Adaptado de Moreira (2001), Assumpo (2004) e Seiffert (2006)

  • 23

    Frequncia: refere-se a frequncia com a qual pode ocorrer o

    aspecto/impacto ambiental, contudo, a frequncia esta relacionada a situao

    operacional considerada normal ou anormal (Quadro 04).

    FREQUNCIA (F)

    BAIXA 1 Ocorre raramente, uma vez por ms ou menos

    MDIA 3 Ocorre periodicamente, mais de uma vez por ms

    ALTA 5 Ocorre continuamente

    Quadro 04 Critrios de Frequncia

    Fonte: Adaptado de Moreira (2001), Assumpo (2004) e Seiffert (2006)

    Probabilidade: a probabilidade de ocorrncia do aspecto/impacto

    ambiental relacionado com a atividade desenvolvida, porm, associa-se a

    aspecto/impacto ambiental em situao operacional de risco (Quadro 05).

    PROBABILIDADE (P)

    BAIXA 1 Ocorre menos de uma vez por ms

    MDIA 3 Ocorre mais de uma vez por ms

    ALTA 5 Ocorre diariamente

    Quadro 05 Critrios de Probabilidade

    Fonte: Adaptado de Moreira (2001), Assumpo (2004) e Seiffert (2006)

    Importncia (I): A importncia o valor resultante da soma dos graus de

    abrangncia, gravidade, frequncia ou probabilidade.

    Requisitos Legais (R.L.): Quando incidir sobre o aspecto e/ou impacto,

    alguma regulamentao federal, estadual ou municipal, ou se estiver o mesmo

    relacionado a alguma condicionante de licena ambiental, ou algum acordo ou termo

    de compromisso com autoridades/rgos ambientais.

    Significncia (SI): o aspecto/impacto pode ser classificado de acordo com o

    resultado de sua importncia, sendo classificado como desprezvel ou moderado ou

    crtico. Sero considerados desprezveis, os aspectos/impactos com resultado de

    importncia entre 3 a 6 e que no apresente Requisitos Legais e Partes

    Interessadas associadas. Os aspectos/impactos considerados moderados, so o

  • 24

    que resultaram da importncia entre 7 a 10 e que no apresente Requisitos Legais e

    Partes Interessadas associadas, ou sero considerados crticos, os

    aspectos/impactos com resultado de importncia entre 11 a 15 e/ou que apresente

    Requisitos Legais e Partes Interessadas associadas.

    Os valores utilizados para a anlise de significncia foram atribudos de

    acordo com a metodologia que tem como critrios: abrangncia; gravidade;

    frequncia e probabilidade, os quais quando somados resultam na importncia do

    impacto, o qual pode ser desprezvel, moderado ou crtico. Aps a aplicao dos

    critrios de avaliao, os valores foram associados aos intervalos, e obteve-se a

    classificao dos impactos.

    4.2 DESCRIO DA REA DE ESTUDO

    A pesquisa foi realizada na Universidade Tecnolgica Federal do Paran

    UTFPR, cmpus Campo Mouro.

    Segundo o IBGE (2010), o municpio de Campo Mouro possui uma

    populao de 87.194 habitantes. a 21 cidade mais populosa do Paran. Distante

    450 quilmetros de Curitiba (capital do Paran).

    A Universidade Tecnolgica Federal do Paran trouxe ao municpio grandes

    benefcios como: aumento na economia regional devido a grande quantidade de

    alunos vindos de outras regies do estado e do pas; melhoria no transporte pblico,

    devido ao aumento na demanda do uso; melhorias na infraestrutura do municpio;

    avano em pesquisas envolvendo a populao regional; oferta de cursos de

    qualificao aos acadmicos e a populao regional, dentre outros.

    A UTFPR localiza-se na BR 369 - km 0,5 (Figura 1) e distancia-se

    aproximadamente 3,5 km do centro da cidade.

  • 25

    Figura 1: Vista area da UTFPR cmpus Campo Mouro PR. Fonte: Google Earth, 2007.

    A Universidade Tecnolgica Federal do Paran teve origem a partir da

    escola de Aprendizes Artfices, fundada em 1909, onde eram ofertados cursos

    de 1 grau. No ano de 1978 a escola foi transformada em Centro Federal de

    Educao Tecnolgica do Paran (Cefet-PR), passando a ministrar tambm

    cursos superiores. Com a evoluo do Cefet-PR foram ofertados tambm o

    ensino de 2 grau e superior, ps graduao, mestrado, doutorado, cursos de

    aperfeioamento. Em 2005 o Cefet-PR foi novamente transformado na

    primeira Universidade Tecnolgica do Brasil, dando origem a Universidade

    Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR, 2012).

    O cmpus Campo Mouro (Figura 2) encontra-se em pleno processo

    de expanso. Conta com aproximadamente 2300 alunos, oferece o Curso

    Tcnico Integrado em Informtica (nvel mdio), o curso Tcnico em Meio

    Ambiente (subsequente), na modalidade Educao Distncia e sete cursos

    superiores: Cincia da Computao; Engenharia Ambiental; Engenharia de

    Alimentos; Engenharia Civil; Engenharia Eletrnica; Tecnologia de Alimentos e

    Qumica (licenciatura). Alm disso, o cmpus oferece cursos de

    especializao em diversas reas e mestrado multicampi na rea de

    alimentos. Conta tambm com o Programa Especial de Formao Pedaggica

    (PROFOP), Centro de Lnguas Estrangeiras Modernas (CALEM) e oferece,

    esporadicamente, cursos de qualificao profissional em diferentes

  • 26

    reas. (UTFPR, 2012).

    Figura 2: Imagem UTFPR cmpus Campo Mouro PR. Fonte: Google Street View (2011).

    A Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR), cmpus

    Campo Mouro, possui um total de 44 laboratrios (Quadros 6, 7, 8, 9, 10 e

    11).

    Setor Bloco e Sala

    Laboratrio de Simulao Eletrnica B001

    Laboratrio de Microeletrnica B002

    Laboratrio de Projetos Eletrnicos B003

    Laboratrio Eletrnica Analgica B004

    Laboratrio de Sistemas Digitais B005

    Laboratrio de Telecomunicaes B006

    Laboratrio de Circuitos Eletrnicos B007

    Almoxarifado B008

    Laboratrio de Controle e Automao B009 Quadro 06 Laboratrios da Coordenao de Engenharia Eletrnica

  • 27

    Setor Bloco e Sala

    Laboratrio de Ecologia C101

    Laboratrio de Zoologia C102

    Laboratrio de Resduos E004

    Herbrio E005

    Laboratrios de Geoprocessamento E006

    Laboratrio de Solos F003

    Laboratrio de Operaes Unitrias F004

    Laboratrio de Saneamento C104

    Quadro 07 Laboratrios da Coordenao de Engenharia Ambiental

    Setor Bloco e Sala

    Laboratrio de Prestao de Servios C001

    Laboratrio de Processamento de Alimentos C002

    Laboratrio de Anlise Sensorial C003

    Laboratrios de Anlises C003 anexo

    Laboratrios de Apoio ao Ensino e Pesquisa C004

    Laboratrio de Panificao C103

    Laboratrio de Microbiologia e Microscopia C005

    Laboratrio de Qumica C105

    Quadro 08 Laboratrios da Coordenao de Engenharia de Alimentos

    Setor Bloco e Sala

    Laboratrio de Informtica E007

    Laboratrio de Informtica E100

    Laboratrio de Informtica E101

    Laboratrio de Informtica E102

    Laboratrio de Hardware E103

    Laboratrio de Informtica E105

    Laboratrio de Desenvolvimento de Software F104

    Quadro 09 Laboratrios da Coordenao de Informtica

    Setor Bloco e Sala

    Laboratrio de Hidralica e Hidrologia F001

    Laboratrio de Geotcnia F002

    Laboratrio de Fsica F005

    Laboratrio de Instalaes Eltricas F006

    Laboratrio de Desenho F108

    Quadro 10 Laboratrios da Coordenao de Engenharia Civil

    Setor Bloco e Sala

    Laboratrio de Qumica Orgnica G001

    Laboratrio de Qumica Inorgnica G002

    Laboratrio de Fsico-Qumica G003

    Laboratrio de Qumica Analtica G004

    Laboratrio de Qumica Geral G005

    Laboratrio G006

    Laboratrio G007

    Laboratrio G008

    Quadro 11 Laboratrios da Coordenao de Licenciatura em Qumica

  • 28

    5 RESULTADOS E DISCUSSO

    A partir da coleta de dados foi possvel realizar a descrio das atividades dos

    laboratrios que compe a Instituio, os quais esto descritos nos itens que

    seguem.

    5.1 DESCRIO DAS ATIVIDADES DOS LABORATRIOS

    5.1.1. Laboratrio de Simulao Eletrnica, Laboratrio de Microeletrnica e

    Laboratrio de Eletrnica Analgica

    Os Laboratrios de Simulao Eletrnica, Microeletrnica e Eletrnica

    Analgica auxiliam os acadmicos do curso de Engenharia Eletrnica na realizao

    de aulas prticas. Este laboratrio composto por computadores, onde so

    desenvolvidos projetos os quais so testados e simulados atravs de softwares.

    5.1.2 Laboratrio de Projetos Eletrnicos

    Devido falta de recursos para montagem dos equipamentos, o espao

    fsico direcionado a este laboratrio est sendo utilizado para desenvolvimento de

    pesquisas e projetos pelos acadmicos e professores do curso de Engenharia

    Eletrnica.

  • 29

    5.1.3. Laboratrio de Sistemas Digitais, Laboratrio de Telecomunicaes, e

    Laboratrio de Controle e Automao

    Os laboratrios de Sistemas Digitais, Telecomunicaes, Circuitos

    Eletrnicos e Controle e Automao so utilizados pelos acadmicos para realizar

    as aulas prticas que envolvem as disciplinas do curso de Engenharia Eletrnica.

    Estes laboratrios possuem computadores que auxiliam no desenvolvimento das

    prticas.

    O uso destes laboratrios envolve tambm o uso de alguns equipamentos

    que auxiliam no desenvolvimento das aulas prticas, porm esses equipamentos

    ficam guardados no almoxarifado, quando h necessidade do seu uso, os

    acadmicos tem acesso a esses equipamentos e os mesmo so levados ao

    laboratrio para a realizao da prtica.

    5.1.4. Laboratrio de Circuitos Eletrnicos

    Atualmente este laboratrio no est em funcionamento, porm o mesmo

    serve de depsito dos Resduos Eletrnicos que so coletados pelo o Projeto de

    coleta seletiva de resduos eletrnicos desenvolvidos pelo professor Gilson

    Schiavon.

    Este projeto tem por objetivo a coleta de componentes e resduos eletrnicos

    tanto da prpria Universidade como de moradores de Campo Mouro, ou seja, o

    projeto atende qualquer pessoa que deseja doar os resduos eletrnicos a

    Universidade.

    Os resduos eletrnicos recolhidos, so separados de acordo com o seu

    componente, a partir da separao feita a triagem dos materiais que podem ser

    reutilizados, estes so reutilizados em prticas acadmicas ou mesmo em conserto

    de outros aparelhos e equipamentos. O restante dos resduos que no so passiveis

    de reutilizao so doados a Instituies, que fazem a reciclagem desses materiais,

    uma vez que a Universidade no tem permisso para vender qualquer tipo de

    material.

  • 30

    5.1.5 Almoxarifado

    Atualmente o almoxarifado utilizado para guardar equipamentos, aparelhos

    e materiais utilizados nos demais laboratrios de Eletrnica. No mesmo, feito o

    conserto dos equipamentos utilizados nas praticas acadmicas que apresentam

    defeitos ou encontram-se quebrados.

    5.1.6. Laboratrio de Ecologia

    O Laboratrio de Ecologia est relacionado com atividades na rea de

    desenvolvimento de trabalhos de concluso de curso e estgios, utilizado tambm

    como apoio ao curso de engenharia ambiental como parte integrante das disciplinas,

    onde as principais anlises realizadas neste laboratrio so na rea biolgica.

    5.1.7. Laboratrio de Zoologia

    O laboratrio de zoologia foi criado recentemente para poder auxiliar os

    acadmicos nas aulas prticas do curso de Engenharia Ambiental. Neste laboratrio

    so realizadas prticas de microscopia e atividades relacionadas a zoologia

    ambiental.

    5.1.8 Laboratrio de Resduos Slidos

    Neste laboratrio so ministradas aulas aos acadmicos e auxilia no

    desenvolvimento de projetos e pesquisas. As atividades desenvolvidas neste

    laboratrio esto relacionadas a bioprocessos; tratamento e aproveitamento de

  • 31

    resduos; extrao de leos vegetais e princpios ativos de plantas; caracterizao

    de resduos slidos urbanos, dentre outros.

    5.1.9. Herbrio

    O Herbrio da Universidade tem como principal funo a documentao de

    pesquisas botnicas, especialmente as taxonmicas e florsticas, as quais auxiliam

    tanto nas pesquisas acadmicas como tambm serve como uma espcie de acervo

    florstico. O Herbrio um banco de dados que contm informaes a respeito das

    plantas.

    Segundo Poliseli (2013) o Herbrio alm de desenvolver atividades de

    pesquisa da coordenao de engenharia ambiental, atende pesquisadores externos

    e alunos de graduao e ps-graduao dos cursos de Engenharia Ambiental. Em

    2007 o Herbrio HCF passou a integrar a Rede Brasileira de Herbrios (RBH) ligada

    Sociedade Botnica do Brasil (SBB).

    5.1.10 Laboratrio de Geoprocessamento (bloco E)

    O laboratrio de geoprocessamento utilizado pelos acadmicos para

    realizar prticas de georreferenciamento, sensoriamento remoto, dentre outras

    atividades relacionadas a estas reas. utilizado tambm no desenvolvimento de

    projetos e pesquisas. O laboratrio composto por computadores, nos quais so

    desenvolvidas as atividades.

    5.1.11 Laboratrio de Geoprocessamento (bloco F)

    O laboratrio de Geoprocessamento que est localizado no bloco F,

    utilizado apenas em pesquisas e desenvolvimento de projetos de extenso e

  • 32

    iniciao cientfica, neste laboratrio no utilizado para ministrar aulas. As

    atividades de pesquisas desenvolvidas esto relacionadas com o

    georreferenciamento, sensoriamento remoto. O laboratrio composto por

    computadores, os quais servem de base para o desenvolvimento das pesquisas.

    5.1.12 Laboratrio de Solos e Hidrulica Computacional

    O laboratrio F003 divido em 2 (dois), so eles o Laboratrio de Solos e

    Laboratrio de Hidrulica Computacional, porm ambos so independentes e as

    atividades desenvolvidas nos mesmos so distintas.

    No laboratrio de Solos so desenvolvidas atividades relacionadas a anlise

    de solo, pesquisas e projetos, aulas prticas e tambm a oferta aos acadmicos,

    que cursam Engenharia Ambiental, o estgio curricular.

    Quanto ao Laboratrio de Hidrulica Computacional, so desenvolvidas

    atividades relacionadas a pesquisa e desenvolvimento de projetos relacionados a

    Hidrulica. O Laboratrio dispe de computadores os quais auxiliam no

    desenvolvimento das atividades.

    5.1.13 Laboratrio de Fenmeno de Transportes

    O laboratrio de Fenmenos de Transportes utilizado para o

    desenvolvimentos de aulas prticas. O laboratrio de ensino contm equipamentos

    didticos que utilizam materiais que podem gerar riscos a sade e condies de

    risco como: reagentes txicos, cidos e bsicos; utilizao de equipamentos de

    aquecimento que podem causar queimaduras e o uso de equipamentos que geram

    rudos sonoros.

  • 33

    5.1.14 Laboratrio de Saneamento

    O laboratrio de Saneamento, utilizado tanto na rea de pesquisas e

    desenvolvimento de projetos acadmicos, como tambm utilizado para ministrar

    aulas relacionadas a tratamento de guas e efluentes aos acadmicos.

    As principais atividades desenvolvidas so relacionadas qualidade,

    tratamento da gua e tratamento de efluentes. Atualmente, os resduos gerados no

    laboratrio so acondicionados de acordo com sua natureza, cidos so

    armazenados em recipientes de vidro; as bases so armazenadas em recipientes de

    plsticos e os metais pesados so separados e acondicionados em recipientes de

    plsticos, os quais so recolhidos pela empresa especializada no tratamento destes

    resduos, denominada CETRIC (Central de Tratamento de Resduos) localizada no

    municpio de Cianorte.

    5.1.15 Laboratrio de Prestao de Servios

    O laboratrio de Prestao de Servios utilizado pelo curso de Engenharia

    de Alimentos com o objetivo de realizar anlises microbiolgicas de alimentos

    atendendo tambm clientes credenciados na regio. As anlises realizadas no

    Laboratrio so microbiolgicas e fsico-qumicas de alimentos e gua, como: carne,

    queijo e leite.

    5.1.16 Laboratrio de Carnes e Derivados e Leites e Derivados

    O laboratrio de Carnes e Derivados e Leites e Derivados utilizado apenas

    para ensino, onde os acadmicos do curso de Engenharia de Alimentos e

    Tecnologia em Alimentos utilizam-no para a realizao de aulas, e projetos na rea

    de industrializao de alimentos.

  • 34

    As atividades desenvolvidas neste laboratrio esto relacionadas a prticas

    de industrializao e produo de alimentos como, por exemplo, produo de doce

    de leite; produo de embutidos; geleia entre outros.

    5.1.17 Laboratrio de Anlise Sensorial

    O Laboratrio de Anlise Sensorial utilizado para realizao de aulas para

    os acadmicos e tambm para o desenvolvimento de pesquisa. As aulas envolvem

    atividades relacionadas a bioqumica geral, bioqumica de alimentos, qumica geral e

    orgnica, dentre outras.

    5.1.18 Laboratrio de Apoio

    O laboratrio de Apoio a Tecnologia e Engenharia de Alimentos tm por

    objetivo auxiliar no desenvolvimento de trabalhos de concluso de curso, cientficos

    e preparao de aulas.

    Neste laboratrio so preparados todos os reagentes e produtos necessrios

    para a realizao das prticas de aulas dos Laboratrios Prestao de Servios,

    Carnes e Derivados; Anlise Sensorial; Microbiologia e Bioqumica e Panificao.

    No local, tambm feito a limpeza dos materiais utilizados nas aulas

    prticas, tratamento e descarte adequado dos resduos produzidos nos laboratrios

    citados acima. Alm disso, o laboratrio auxilia na realizao de trabalhos

    acadmicos e pesquisas de extenso e Iniciao Cientfica.

    Os resduos qumicos gerados pelo laboratrio possuem descartes

    diferenciados, os resduos que podem ser reutilizados como, por exemplo, os

    solventes, so diludos e neutralizados para reutilizao em novas prticas.

    Os resduos qumicos que no podem ser reutilizados so armazenados em

    recipientes de vidros ou plstico (dependendo do tipo de resduo), e direcionados ao

  • 35

    depsito disponibilizado pela Universidade, onde ficam, at a coleta que realizada

    pela empresa CETRIC.

    Os resduos biolgicos passam pelo processo de esterilizao e so

    descartados na pia, na rede de esgoto comum.

    5.1.19 Laboratrio de Microbiologia e Bioqumica

    Este laboratrio utilizado para realizar anlises relacionadas a

    microbiologia e bioqumica, onde no mesmo alm do uso de matrias qumicos

    tambm h manipulao de materiais biolgicos como meios de cultura e

    microrganismos.

    5.1.20 Laboratrio de Panificao

    Este laboratrio pertence ao curso de Tecnologia e Engenharia de

    Alimentos, o mesmo serve para realizao de pesquisas acadmicas e tambm

    auxilia no desenvolvimento de pesquisas e aulas do mestrado ofertado pela

    Universidade. As prticas desenvolvidas so relacionadas com a panificao.

    5.1.21 Laboratrio de Qumica Analtica

    O laboratrio de Qumica Analtica utilizado para ministrar aulas aos

    acadmicos da Universidade. As atividades desenvolvidas so relacionadas a

    cidos e sais, como por exemplo, prticas de formao de sais, titulao e

    solventes. Este laboratrio utilizado tambm no desenvolvimento de trabalhos

    acadmicos que envolvem anlises de DQO (Demanda Qumica de Oxignio); OD

  • 36

    (Oxignio Dissolvido); anlises fsico-qumicas; avaliaes experimentais e

    nitrognio.

    5.1.22 Laboratrio de Informtica

    A Universidade atualmente, possui 5 (cinco) laboratrios de informtica, os

    quais tem por objetivo servir de apoio aos acadmicos e alunos do ensino mdio e

    tambm so ministradas aulas nos mesmos.

    5.1.23 Laboratrio de Hardware

    O laboratrio de Hardware tem por objetivo servir de espao para pesquisas

    e desenvolvimento de projetos relacionados a rea de informtica o mesmo

    composto por computadores que servem como ferramenta para o desenvolvimento

    das atividades.

    5.1.24 Laboratrio de Desenvolvimento de Software

    O laboratrio de Desenvolvimento de Software destinado apenas para o

    desenvolvimento de pesquisas projetos.

    5.2.25 Laboratrio de Hidrulica e Hidrologia

    O Laboratrio de Hidrulica utilizado pelos acadmicos em aulas e

    tambm no desenvolvimento de pesquisas. O resduo gerado pelo ensino e

    pesquisa neste laboratrio so resduos da construo civil como o p de PVC

    proveniente do corte de canos e das lixas e tambm resduos reciclveis

    provenientes do uso do laboratrio pelos acadmicos.

  • 37

    Neste laboratrio, no h segregao dos resduos, todos os resduos

    (reciclveis e resto de PVC) so descartados juntamente com o lixo comum.

    5.1.26 Laboratrio de Geotecnia

    Este Laboratrio pertence ao curso de Engenharia de Civil, tem por objetivo

    auxiliar nas prticas acadmicas, no mesmo, so realizadas prticas sobre as

    propriedades mecnicas de solos com fins de pesquisa, ensino e extenso.

    5.1.27 Laboratrio de Fsica

    O laboratrio de fsica utilizado para o desenvolvimento de aulas prticas

    aos acadmicos relacionados disciplina de fsica.

    5.1.28 Laboratrio de Instalaes Eltricas

    O laboratrio realiza aulas prticas referentes a instalaes eltricas, o qual

    utiliza mdulos didticos. Eventualmente so realizadas prticas de emenda de

    condutores onde ocorre o descarte de alguns pequenos pedaos de condutores de

    cobre.

    5.1.29 Laboratrio de Desenho

    O laboratrio de desenho foi estruturado recentemente para auxiliar nas

    aulas de desenho tcnico, o local composto por mesas paras as prticas e quadro

    negro.

  • 38

    5.1.30 Laboratrio de Qumica Inorgnica

    No laboratrio de Qumica Inorgnica, so ministradas aulas e tambm

    pesquisas na rea de qumica inorgnica, as atividades e prticas desenvolvidas

    esto relacionadas com as propriedades e reatividades de vrios compostos

    qumicos que so formados pelos os elementos da tabela peridica.

    5.1.31 Laboratrio de Qumica Orgnica

    Neste laboratrio so ministradas aulas dos diferentes cursos da

    Universidade, as atividades desenvolvidas so relacionadas com a qumica

    orgnica, como por exemplo, extrao de solventes ativos; preparao de

    substncias; oxidao dentre outros. O laboratrio tambm utilizado para o

    desenvolvimento de pesquisas e projetos acadmicos.

    5.1.32 Laboratrio de Fsico-Qumica

    O laboratrio de Fsico-Qumica utilizado para o desenvolvimento de

    pesquisas e aulas aos acadmicos, no mesmo so realizados ensaios metrolgicos

    em alimentos, gua e efluentes, relacionadas a anlises fsico-qumicas, como por

    exemplo, pH, alcalinidade, turbidez, dureza total, demanda qumica de oxignio

    dentre outras.

  • 39

    5.1.33 Laboratrio de Qumica Analtica

    O laboratrio de Qumica Analtica utilizado para realizao de aulas

    prticas e tambm serve de auxilio de desenvolvimento de pesquisas e projetos da

    rea.

    As atividades desenvolvidas neste laboratrio so a separao dos

    componentes de interesse, por tcnicas como precipitao, extrao ou destilao,

    que envolve tambm solubilidade, pontos de fuso e ebulio, atravs de tcnicas

    de volumetria (titulaes) e a gravimetria (medidas de massa).

    5.1.34 Laboratrio de Qumica Geral

    O laboratrio de Qumica Geral auxilia no desenvolvimento de aulas praticas

    para os acadmicos, as atividades desenvolvidas no laboratrio esto relacionadas

    disciplina de qumica geral, como: filtrao; dissoluo; precipitao, dentre outras.

    5.1.35 Laboratrio de Pesquisa

    O Laboratrio de Pesquisa localizado no Bloco G possui uso independente,

    a utilizao do mesmo feita pelo professor Adriano Romero e seu uso restrito

    apenas para pesquisas desenvolvidas pelo professor.

    Existe ainda outros dois laboratrios no Bloco G, que encontram-se sem

    utilizao.

  • 40

    5.2 AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DOS LABORATRIOS DA UNIVERSIDADE

    A caracterizao dos laboratrios da Universidade possibilitou a realizao

    da avaliao dos aspectos e impactos ambientais associados s atividades

    desenvolvidas. Os resultados obtidos no diagnstico ambiental dos laboratrios

    esto dispostos em tabelas, que podem ser observadas na sequncia, seguido das

    discusses cabveis.

    Conforme apresentado no Quadro 12, verifica-se que para os Laboratrios

    de Simulao Eletrnica, Microeletrnica e Eletrnica Analgica no existem

    nenhum impacto considerado crtico, porm dos principais impactos considerados

    moderados evidenciou-se o consumo de energia, uso de materiais eletrnicos, isso

    pode ser explicado pelo uso dirio dos computadores e equipamentos durante as

    prticas laboratoriais realizadas pelos acadmicos.

    A gerao de resduos reciclveis est relacionada com o uso inadequado

    de alimentos e bebidas nos laboratrios pelos acadmicos, uma vez que os

    regulamentos da Universidade probem o consumo dos mesmos dentro dos

    laboratrios, alm disso esses resduos gerados nestes laboratrios no so

    segregados dos demais resduos comuns.

    No Quadro 13, esto representados os resultados da avaliao dos

    aspectos/impactos ambientais realizado no Laboratrio de Projetos Eletrnicos o

    qual apresentou apenas impactos moderados e desprezveis. Os impactos

    moderados esto relacionados ao uso de energia eltrica, o que por sua vez, pode

    causar escassez de recursos naturais, uma vez que, a eletricidade obtida, em sua

    grande maioria no nosso pas, atravs de usinas hidreltricas.

    Devido ao desenvolvimento de pesquisas e projetos neste laboratrio existe

    o uso de matriais reciclveis como material de escritrio, que inclui papel, plstico,

    entre outros. Estas pesquisas so benficas a Universidade, pois a partir delas, so

    desenvolvidos novos projetos os quais proporcionam desenvolvimento acadmico e

    interao dos alunos.

    Para o Laboratrio de Sistemas Digitais, Telecomunicao e Controle e

    Automao, os resultados obtidos na avaliao de aspectos/impactos ambientais

    esto apresentados no Quadro 14. Este laboratrio possui apenas 2 impactos

  • 41

    classificados como moderados, isso pode ser explicado devido a baixa frequncia de

    uso destes laboratrios.

  • 42

    Quadro 12 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Simulao Eletrnica, Microeletrnica e Eletrnica Analgica.

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade;

    (7): frequncia; (

    8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: B001, B002, B004 - LABORATRIO DE SIMULAO ELETRNICA, MICROELETRNICA E ELETRNICA ANALGICA

    ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C.A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    AU

    LA

    S P

    R

    TIC

    AS

    Resduos eletrnicos

    Uso de produtos eletrnicos e seus componentes

    Escassez do recurso natural AD A N D 1 3 3 X 7

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Prticas de ensino

    Gerao de Resduos Eletrnicos BE A N D 1 1 3 X 5

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZIVEL

    Recurso Natural

    Consumo de energia

    Escassez do recurso natural AD A N D 1 3 5 X 9

    Lei Federal n 9.427/96 MODERADO

    Resduos Reciclveis Papel, plstico,

    embalagens de alimentos

    Ocupao do aterro sanitrio AD F R D 3 3 X 1 7

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Escassez do recurso natural AD A A D 1 1 1 X 3

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZIVEL

    Rudos Rudo

    Incomodo a comunidade acadmica AD A N D 1 1 3 X 5 DESPREZVEL

  • 43

    Quadro 13 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Projetos Eletrnicos

    Fonte: prpria autora

    Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7):

    frequncia; (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: B003 - LABORATRIO DE PROJETOS ELETRNICOS

    ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS

    SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C.A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    PE

    SQ

    UIS

    A E

    PR

    OJE

    TO

    Recurso Natural Consumo de energia

    Contribui para a escassez do recurso natural AD A N D 3 1 5 X 9

    Lei Federal n 9.427/96 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Uso de Materiais Reciclveis no desenvolvimento das atividades

    Desenvolvimento de Pesquisas BE A N D 1 1 3 X 5

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZIVEL

  • 44

    Quadro 14 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Sistemas Digitais, Telecomunicaes e Controle e Automao.

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7):

    frequncia; (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: B005, B006, B009 - LABORATRIO DE SISTEMAS DIGITAIS, TELECOMUNICAO E CONTROLE E AUTOMAO

    ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS

    SIGNIFICNCIA ATIVIDADE C. A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G

    4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    AU

    LA

    S P

    R

    TIC

    AS

    Resduos eletrnicos

    Uso de computadores e equipamentos

    Gerao de Resduos Eletrnicos AD A N D 1 3 1 x 5

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Desenvolvimento de Prticas de Ensino

    Contribui para o desenvolvimento de projetos BE A N D 1 1 3 X 5

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZVEL

    Recurso Natural

    Consumo de energia

    Escassez do Recurso Natural AD A N D 3 1 5 x 9

    Lei Federal n 9.427/96 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Papel, plstico, embalagens de alimentos

    Contribui para a escassez do recurso natural AD A A D 1 1 1 x 3

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZVEL

    Rudos Rudo

    Incomodo a comunidade acadmica AD A N D 1 1 3 x 5 DESPREZVEL

  • 45

    O Quadro 15 mostra os resultados obtidos da avaliao de impactos

    ambientais do Laboratrio de Circuitos Eltricos. Neste laboratrio no houve

    nenhum impacto crtico. Os impactos moderados foram relacionados ao consumo de

    energia decorrente do uso do ar condicionado e tambm a gerao de resduos

    reciclveis que est vinculado a coleta de materiais eletrnicos, que possuem

    componentes que so considerados reciclveis, como plsticos e metais.

    Neste laboratrio funciona o depsito da coleta de resduos eletrnicos,

    onde os materiais reciclveis possuem destinao adequada, pois os resduos

    gerados so doados a empresas ou ONGs que realizam reciclagem ou coleta

    seletiva.

    No entanto, segundo informaes do professor Ricardo Bernardi, este

    depsito est temporariamente estabelecido neste laboratrio, futuramente com a

    ajuda de verbas politicas, ser feita a construo de um barraco adequado para o

    recolhimento e coleta destes resduos eletrnicos.

    O projeto tambm, busca possibilidades de desenvolver maneiras para se

    fazer o reaproveitamento e beneficiamento desses resduos na prpria Universidade.

    Os resultados obtidos para a avaliao dos aspectos/impactos ambientais

    levantados no Almoxarifado esto dispostos no Quadro 16. Este laboratrio obteve

    em sua maioria impactos considerados moderados, porm, preciso lembrar que

    dentre esses impactos considerados moderados, o aspecto conserto de peas,

    aparelhos e equipamentos eletrnicos est associado a um impacto benfico, pois

    ao consertar esses materiais, os mesmos, estaro sendo reutilizados evitando o

    desperdcio de recursos naturais.

  • 46

    Quadro 15 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Circuitos Eltricos

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: B007 - LABORATRIO DE CIRCUITOS ELTRICOS

    ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C.A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    PR

    OJE

    TO

    CO

    LE

    TA

    SE

    LE

    TIV

    A

    Resduos eletrnicos

    Coleta de resduos eletrnicos

    Contribui para a preservao da qualidade ambiental BE A N D 3 3 5 X 11

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Peas de computadores e equipamentos

    Escassez do recurso natural AD A N D 1 1 1 x 3

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZIVEL

    Recurso Natural Consumo de energia

    Escassez do recurso natural AD A N D 3 1 5 x 9

    Lei Federal n 9.427/96 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Gerao de resduos de papel, plstico, embalagens de alimentos, papelo

    Contribui com a escassez do recurso Natural AD F R D 3 3 X 1 7

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Segregao e Coleta Seletiva

    Contribui para a preservao da qualidade ambiental BE A A D 3 3 5 X 11

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7):

    frequncia; (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

  • 47

    Quadro 16 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Almoxarifado (continua)

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: B008 ALMOXARIFADO ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C. A.* ASPECTO IMPACTO C T

    S.O.

    R.G4

    A5

    G6

    F7

    P8

    9 R.L.

    DE

    P

    SIT

    O E

    CO

    NS

    ER

    TO

    DE

    EQ

    UIP

    AM

    EN

    T

    OS

    Resduos eletrnicos

    Uso de peas de computadores e equipamentos

    Escassez do recurso natural

    AD A N D 1 1 1 x 3

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZVEL

    DE

    P

    SIT

    O E

    CO

    NS

    ER

    TO

    DE

    EQ

    UIP

    AM

    EN

    TO

    S

    Conserto de peas, aparelhos e equipamentos eletrnicos

    Contribui para a minimizao do uso de Recurso Natural BE A N D 3 3 5 X 11

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Recurso Natural

    Consumo de energia Escassez do recurso natural

    AD A N D 3 1 5 x 9

    Lei FederalN 9.427/96 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Papel, plstico, embalagens de alimentos, papelo

    Ocupao do aterro sanitrio

    AD F R D 3 3 X 1 7

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Escassez do Recurso Natural

    AD A A D 1 1 1 x 3

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZIVEL

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7):

    frequncia; (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

  • 48

    O laboratrio de ecologia utilizado para prticas de ensino e pesquisa na

    rea ambiental, estas por sua vez, trazem benefcios ao ambiente, pois so

    desenvolvidos projetos e pesquisas visando a melhoria do ambiente. Conforme

    apresentado no Quadro 17, este laboratrio obteve em sua grande maioria, impactos

    classificados como moderados.

    Devido ao fluxo de acadmicos que o utilizam, nas visitas pode-se perceber

    a presena de resduos de embalagens de alimentos, isso evidencia que as normas

    de uso do laboratrio no so cumpridas, uma vez que, as mesmas probem o

    consumo de qualquer tipo de alimento nesses espaos.

    A gerao de resduos qumicos deste laboratrio gera um aspecto

    ambiental moderado, e na entrevista realizada com o tcnico responsvel foi

    evidenciado o descarte inadequado dos resduos qumicos, pois os mesmos so

    descartados diretamente na pia junto ao esgoto comum. Este tipo de descarte pode

    causar impactos tanto diretos como tambm impactos indiretos ao ambiente como,

    contaminao da gua, obstruo dos encanamentos, contaminao do solo, dentre

    outros.

  • 49

    Quadro 17- Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Ecologia

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: C101 - LABORATRIO DE ECOLOGIA

    ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C.A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    AU

    LA

    S E

    PE

    SQ

    UIS

    A

    Resduos Biolgicos

    Gerao de resduos biolgicos

    Contaminao do ambiente e manipulador AD A R D 1 3 x 3 7

    Resoluo CONAMA no. 283/2001 MODERADO

    Manipulao de material biolgico

    Contaminao do ambiente e manipulador AD A R D 1 3 x 3 7

    Resoluo CONAMA no. 283/01 MODERADO

    Desenvolvimento de Pesquisas e Projetos

    Contribui para o desenvolvimento de projetos ambientais BE A N D 3 3 5 X 11 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Gerao de resduos como Papel, plstico, embalagens de alimentos

    Ocupao do aterro sanitrio AD F R D 3 3 x 1 7

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Contribui para a escassez do recurso natural AD A A D 1 3 1 X 5

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZVEL

    Descumprimento da Norma do Laboratrio AD A A D 1 1 3 X 5

    Normas para usurios dos laboratrios MODERADO

    Recurso Natural

    Consumo de gua Escassez do recurso AD A N D 1 3 3 X 7 Resoluo Conama n430 MODERADO

    Consumo de energia Escassez do recurso AD A N D 1 3 3 X 7

    Lei Federal n 9427/96 MODERADO

    Resduos Qumicos

    Uso de resduos qumicos

    Descarte inadequado alterao da qualidade da gua AD A N D 1 3 3 X 7

    ABNT NBR 14725-3/2009 MODERADO

    Emergncias e riscos

    Uso de materiais perfurocortantes

    Contaminao e riscos ao manipulador AD A R D 1 3 x 3 7

    Resoluo CONAMA n. 283/01 MODERADO

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7):

    frequncia; (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

  • 50

    O Quadro 18 apresenta os resultados obtidos da avaliao dos

    aspectos/impactos ambientais gerados no Laboratrio de Zoologia. Em sua grande

    parte os aspectos/impactos deste laboratrio esto relacionados ao uso de vidrarias

    nas aulas prticas, como lminas, lamnulas, bquer, dentre outros, que por sua vez

    podem estar contaminados com produtos qumicos e/ou material biolgico.

    Na visita realizada neste laboratrio foi possvel observar que h o

    descumprimento da norma do laboratrio, a qual probe o consumo de alimentos no

    espao, pois foi possvel evidenciar a gerao de resduos reciclveis como

    embalagens de alimentos e embalagens de bebidas.

    O Quadro 19 refere-se avaliao dos aspectos/impactos ambientais

    referentes ao Laboratrio de Resduos Slidos. Este laboratrio apresentou um

    aspecto/impacto crtico, relacionado ao uso de produtos qumicos, pois o mesmo

    utilizado com muita frequncia nas prticas desenvolvidas pelo laboratrio.

    Um aspecto ambiental benfico relacionado com este laboratrio o

    desenvolvimento de prticas e pesquisas relacionadas com a extrao de princpios

    ativos de plantas, pois a mesma desenvolve pesquisas as quais trazem benefcios

    tanto para o ambiente como tambm para a sociedade, como o desenvolvimento de

    novos produtos com componentes que melhoram a qualidade de vida, uso de

    princpios ativos na minimizao de impactos ambientais, dentre outros.

  • 51

    Quadro 18 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Zoologia

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: C102 - LABORATRIO DE ZOOLOGIA

    ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C.A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    AU

    LA

    S P

    R

    TIC

    AS

    Resduos Biolgicos

    Gerao de resduos biolgicos

    Contaminao do ambiente e manipulador AD A R D 1 3 X 3 7

    Resoluo CONAMA no. 283/01 MODERADO

    Manipulao de material biolgico

    Contaminao do ambiente e manipulador AD A R D 1 3 X 3 7

    Resoluo CONAMA no. 283/01 MODERADO

    Desenvolvimento de Pesquisas e Projetos

    Contribui para o desenvolvimento de projetos ambientais BE A N D 3 3 5 X 11 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Papel, plstico, embalagens de alimentos

    Ocupao do aterro sanitrio AD F R D 3 3 X 1 7

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Contribui para a escassez do recurso natural AD A A D 1 1 1 X 3

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZIVEL

    Descumprimento da Norma do Laboratrio AD A A D 1 1 3 X 5

    Normas para usurios dos laboratrios MODERADO

    Recurso Natural Consumo de energia Escassez do recurso AD A N D 1 1 3 X 5

    Lei Federal n 9427/96 MODERADO

    Emergncias e riscos

    Uso de materiais perfuro cortantes

    Contaminao e riscos ao manipulador AD A R D 1 1 X 3 5

    Resoluo CONAMA no. 283/01 DESPREZVEL

    Resduos Perfuro cortantes

    Vidrarias, bquer, placas

    Risco de acidente envolvendo os laboratoristas AD A N D 1 3 3 X 7

    Resoluo CONAMA no. 283/01 MODERADO

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7): frequncia;

    (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

  • 52

    Quadro 19 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Resduos Slidos

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: E004 - LABORATRIO DE RESDUOS SLIDOS

    ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C. A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    AU

    LA

    S P

    R

    TIC

    AS

    E P

    ES

    QU

    ISA

    Resduos Biolgicos

    Gerao de resduos biolgicos

    Contaminao do ambiente e manipulador AD A R D 1 3 x 3 7

    Resoluo CONAMA no. 283/01 MODERADO

    Manipulao de material biolgico

    Contaminao do ambiente e manipulador AD A R D 1 3 x 3 7

    Resoluo CONAMA no. 283/01 MODERADO

    Uso de materiais biolgico para desenvolvimento de projetos e pesquisas

    Gera benefcios ao ambiente BE A N D 1 3 3 X 7

    Resoluo CONAMA no. 283/01 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Papel, plstico, embalagens de alimentos

    Ocupao do aterro sanitrio AD F R D 3 3 x 1 7 Lei n 12.305/10 MODERADO

    Escassez do recurso natural AD A A D 1 1 1 X 3 Lei n 12.305/10 DESPREZIVEL

    Descumprimento da Norma do Laboratrio AD A A D 1 1 3 X 5

    Normas para alunos usurios dos laboratrios MODERADO

    Recurso Natural

    Consumo de gua Escassez do recurso AD A N D 1 3 3 X 7 Resoluo Conama n430 MODERADO

    Consumo de energia Escassez do recurso AD A N D 1 3 3 X 7 Lei Federal n 9427/96 MODERADO

    Emergncias e riscos

    Uso de materiais perfuro cortantes Contaminao e riscos AD A R D 1 3 x 3 7

    Resoluo CONAMA no. 283/01 MODERADO

    Resduos Qumicos Uso de resduos qumicos

    Alterao da qualidade da gua AD A N D 3 3 5 X 11

    ABNT NBR 14725-3/2009 CRTICO

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7):

    frequncia; (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

  • 53

    O quadro 20 apresenta os resultados obtidos para a avaliao dos

    aspectos/impactos ambientais evidenciados no Herbrio.

    No Herbrio so realizadas prticas que envolvem o uso de materiais

    biolgicos, alm disso, o mesmo realiza pesquisas que so de extrema importncia

    tanto para a comunidade acadmica como para o pas, uma vez que o mesmo

    realiza a coleta de material botnico, busca de novas espcies, e ainda, possui

    exemplares de diversas espcies botnicas, que funciona como uma espcie de

    biblioteca, a qual esta disponvel para pesquisa tanto para os acadmicos como para

    os demais pesquisadores que tiverem interesse.

    Nos resultados, verificou-se que a coleta de exemplares botnicos foi

    classificada como crtico, porm, este aspecto esta relacionado a um impacto

    benfico.

    Os Laboratrios de Geoprocessamento E006 e F007, tm basicamente, as

    mesmas atividades, porm, o Laboratrio F007, utilizado apenas para pesquisa e

    desenvolvimento de Iniciaes Cientficas, enquanto o Laboratrio E006 alm destas

    atividades, utilizado tambm para o ensino.

    O Quadro 21 corresponde aos resultados obtidos para a avaliao de

    aspecto/impactos ambientais evidenciados nos Laboratrio de Geoprocessamento e

    Laboratrio de Fsica. Ambos desenvolvem atividades prticas relacionadas com o

    contedo da respectiva disciplina. Os impactos em sua maioria foram classificados

    como moderados.

    O descumprimento da Norma de Uso dos Laboratrios um impacto que

    pode agravar os impactos gerados neste laboratrio pois o consumo indevido de

    alimento no local, pode gerar resduos orgnicos e reciclveis.

    O Quadro 22 apresenta os resultados obtidos para a avaliao de

    aspecto/impactos ambientais evidenciados nos Laboratrio a de Geoprocessamento,

    neste laboratrio realizado apenas o desenvolvimento de pesquisas e projetos.

  • 54

    Quadro 20 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Herbrio

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: E005 HERBRIO ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTRO SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C. A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    AU

    LA

    E P

    ES

    QU

    ISA

    Resduos Biolgicos

    Coleta de exemplares de plantas

    Contribui para o desenvolvimento de pesquisas para a melhoria do ambiente BE A N D 5 1 5 x 11 CRTICO

    Uso de materiais perfuro cortantes Riscos ao coletor AD A N D 1 1 3 x 5

    DESPREZVEL

    Gerao de resduos biolgicos

    Comprometimento da oferta do recurso AD A N D 3 1 3 x 7 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Gerao de resduos de Papel, Plstico, Papelo

    Escassez do recurso natural AD A A D 1 3 3 x 7

    Lei Federal n 12.305/10 MODERADO

    Recurso Natural Consumo de gua Escassez do recurso AD A N D 1 1 3 x 5

    Resoluo Conama n430 DESPREZIVEL

    Consumo de energia Escassez do recurso AD A N D 1 1 3 x 5 Lei Federal n 9.427/96 DESPREZIVEL

    Veculo para transporte

    Uso de automveis para coleta

    Poluio do ar e uso de combustveis fosseis AD A N D 3 1 3 x 7 MODERADO

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7): frequncia;

    (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

  • 55

    Quadro 21 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Geoprocessamento e Laboratrio de Fsica

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: E006 - laboratrio de geoprocessamento e Laboratrio de Fsica

    ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C. A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    Aula

    s

    Recurso Natural Consumo de energia Escassez do recurso natural AD A N D 1 1 5 X 7

    Lei Federal 9.427/96 MODERADO

    Resduos Reciclveis

    Papel, plstico, embalagens de alimentos

    Descumprimento da Norma do Laboratrio AD A A D 1 1 3 X 5

    Normas para usurios dos laboratrios MODERADO

    Contribui para a escassez do recurso natural AD A N D 1 1 1 X 3

    Lei Federal n 12.305/10 DESPREZIVEL

    Fonte: prpria autora Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7): frequncia;

    (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

    Quadro 22 - Avaliao dos Aspectos e Impactos Ambientais do Laboratrio de Geoprocessamento

    AVALIAO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    LABORATRIO: Laboratrio geoprocessamento ANLISE DE SIGNIFICNCIA

    CRITRIOS FILTROS SIGNIFICNCIA

    ATIVIDADE C.A.* ASPECTO IMPACTO C T S.O. R.G4 A

    5 G

    6 F

    7 P

    8

    9 R.L.

    10

    Pesquisa e Projetos

    Recurso Natural Consumo de energia Escassez do recurso natural AD A N D 1 1 5 x 7

    Lei Federal N 9.427/96 MODERADO

    Fonte: prpria autora

    Legenda: (*) C.A.: Componente Ambiental; (

    1): classe; (

    2): temporalidade; (

    3): situao operacional; (

    4): responsabilidade pela gerao; (

    5): abrangncia; (

    6):gravidade; (

    7): frequncia;

    (8):probabilidade; (

    9): importncia; (

    10): requisitos legais.

  • 56

    O Quadro 23 corresponde aos resultados obtidos na avaliao de

    aspecto/impactos ambientais do Laboratrio de Solos e Hidrulica Computacional.

    Devido a anlises dirias feitas no Laboratrio de Solo