cm_cap_5_ - relação entre estrutura e propriedades 2014-2

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Capítulo 5 - Relação entre Estrutura e Propriedades Prof. C. P. Bergmann PPGE3M - EE UFRGS - 2014 Ciência dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

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ciencia dos materiais

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  • Captulo 5 -

    Relao entre

    Estrutura e

    Propriedades

    Prof. C. P. Bergmann PPGE3M - EE UFRGS - 2014

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

  • 5. RELAO ENTRE ESTRUTURA E PROPRIEDADES

    5-1 INTRODUO

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS

    5-3 PROPRIEDADES ELTRTICAS

    5-4 PROPRIEDADES TRMICAS

    5-5 PROPRIEDADES MAGNTICAS

    5-6 PROPRIEDADES TICAS

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

  • 5-1 INTRODUOCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    Os materiais apresentam aplicabilidade limitada devido seu

    comportamento frente as propriedades de interesse

    APLICAO COMPORTAMENTO

    ESTRUTURAL mecnico: RM, E, y, ductilidade

    TRMICA trmico: k, CP, CV,

    ELTRICA eltrico: R, , semi-conduo, isolante,

    ferroeltrico, piezoeltrico

    TICA tico: transparente, opaco, translcido

    MAGNTICA magntico: r, m, diamagntico,

    paramagntico, ferromagntico,

    ferrimagntico, antiferromagntico

    Propriedades de interesse na utilizao de materiais

  • 5-1 INTRODUOCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    OBJETIVO Compreender a Engenharia pela relao

    ESTRUTURA PROPRIEDADES

    PROCESSO DE FABRICAO

    CINCIA DOS MATERIAIS

    Apresentar as principais propriedades de materiais

    Relacionar propriedades com estrutura

    Cincia dos Materiais

    ESTRUTURA

    - ATMICA

    - CRISTALINA

    - MICRO-

    ESTRUTURA

    - MACRO-

    ESTRUTURA

    MECNICAS

    FSICAS

    QUMICAS

    FUNDIO

    LAMINAO

    EXTRUSO

    METALURGIA DO P

    PRENSAGEM

    COLAGEM

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS

    5.2.1 INTRODUO

    5.2.2 DIAGRAMA TENSO X DEFORMAO

    5.2.3 RELAO COM A ESTRUTURA

    5.2.3.1 DUREZA

    5.2.3.2 FADIGA

    5.2.3.3 FLUNCIA

    5.2.3.4 IMPACTO

  • carga aplicada - trao

    - compresso

    - cisalhamento

    forma de aplicao varivel com o tempo

    tempo de aplicao - curto

    - longo

    condies do meio - constante com o tempo - temperatura

    - umidade

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS 5.2.1 Introduo

    Diagrama x

    Fadiga

    Impacto

    Fluncia

    Fluncia

    Fadiga esttica

    Fadiga trmica

    PROPRIEDADES MECNICAS: comportamento do material quando sujeito esforos

    mecnicos: capacidade de resistir a estes esforos sem romper e sem se deformar de

    forma incontrolvel estabelecidas por ensaios

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformaoRESISTNCIA TRAO Medida submetendo-se o material uma carga ou fora de trao

    crescente, que promove uma deformao progressiva de aumento de

    comprimento do CP.

    Diagrama tenso x deformao (tpico em metais)

    CURVAS x CARACTERSTICAS DE METAIS, POLMEROS E

    CERMICOS

    Cermicos Flexo

    Mquina de ensaios

  • 5-2 PROPRIEDADES MECNICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    DuctilidadeElongao(%)= ((lf-lo)/lo) x 100

    Def. Elstica Def. Plstica

    max

    rupturaescoamento

    Resilincia Tenacidade

    5.2.2 Diagrama tenso x deformaoInformaes importantes a partir do diagrama x

    Mdulo de resilinciaUr= y

    2/2E

    Energia absorvida at a ruptura

    Mxima tenso=F/Ao

    Tenses > escoamento Irreversvel (tomos deslocados

    permanentemente de suas posies)

    No desaparece quando a tenso

    removida

    Curva de engenharia e verdadeira

    Precede def.

    plstica

    reversvel:

    desaparece quando a

    tenso removida

    praticamente

    proporcional tenso

    aplicada (lei de Hooke)

    Capacidade de um material resistir

    deformao plstica

    Na curva a, no observa-se nitidamente ofenmeno de escoamento, a tenso de

    escoamento corresponde tenso necessria para

    promover uma deformao permanente de 0,2% .

    Na curva b, o limite de escoamento bemdefinido (o material escoa- deforma-se

    plasticamente- sem praticamente aumento da

    tenso). O serrilhado ocorre devido interao

    entre tomos de soluto (no caso dos aos, C e N

    principalmente) e as discordncias, ainda em

    pequeno nmero. Principalmente em metais

    recozidos.

    Resistncia ao escoamento escoamento

    No ocorre

    escoamento

    EscoamentoLei de Hooke: = E

  • 1a REGIO DO DIAGRAMA x

    Regio elstica:

    Deformao elstica

    Mdulo de elasticidade

    Coeficiente de Poisson

    Mdulo de Cisalhamento

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS

    5.2.2.1 Regio elstica5.2.2 Diagrama tenso x deformao

    COEFICIENTE DE POISSON

    Qualquer elongao ou compresso de uma

    estrutura cristalina em uma direo produz um

    ajustamento nas dimenses perpendiculares

    direo da fora. Depende da rigidez do material.

    = -x/z

    E= 2 G (1 + )MDULO DE CISALHAMENTO

    Tenses de cisalhamento produzem deslocamento de um

    plano de tomos em relao ao plano adjacente . Relao entre a

    tenso de cisalhamento e a deformao elstica de

    cisalhamento.

  • Mdulo de elasticidade E= / (GPa)

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformao5.2.2.1 Regio elstica Quanto maior o E, mais rgido o material ou

    menor a sua def. elstica para uma dada tenso

    Relao com nveis da estrutura

    -Atmica energia de ligao

    -Cristalina densidade plana/linear

    -Microestrutural homogeneidade

    e imperfeies

    Polmeros(a) Aumento do comprimento das ligaes

    (b) Endireitamento das ligaes

    Mx Mn Aleatrio

    Al CFC 75 60 70

    Au CFC 110 40 80

    CoHC 195 70 110

    FeCCC 280 125 205

    WCCC 345 345 345

    E (GPa) Cristais Inicos

    Mx Mn Aleatrio

    MgO CFC 341 249 315

    NaCl 33 44 37

    E (GPa) Cristais Metlicos

    Microestrutura

    DEFORMAO PLSTICA

    Estrutura cristalina

    Energia de ligaes

    E=E0(1-1,9P+0,9P2)

    POROSIDADE

    Exemplos:

    whiskers em cermicos

    areia no asfalto, fibra em polmero

    segunda fase de gros finos

    metlicos em um uma matriz metlica

    REFORO POR FIBRAS Efibra = fibraEmatriz matriz

    ISOTROPIA / ANISOTROPIA

    RELAO DE E COM TEMPERATURA

    Fe

    Cu

    AlMg

    No modifica o E

    do material (apenas

    a ductilidade)

    E1 = E2 = E3 = E4 = ...E9METAIS CERMICOS

    [GPa]

    Magnsio 45

    Alumnio 69

    Lato 97

    Titnio 107

    Cobre 110

    Nquel 207

    Ao 207

    Tungstnio 407

    E de alguns metais

  • CRISTAIS DEFORMAM-SE PELO DESLIZAMENTO DE PLANOS

    CRISTALINOS EM RELAO AOS DEMAIS. Escala microscpica:

    deformao plstica resulta do movimento dos tomos devido tenso

    aplicada. Durante este processo ligaes so quebradas e outras refeitas.

    2a REGIO DO DIAGRAMA x 5.2.2 Diagrama tenso x deformao

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS

    Regio plstica:

    Deformao plstica

    Resistncia mxima

    Ductilidade

    Ponto de ruptura

    1a Hiptese: ruptura simultnea das ligaes. A resistncia mecnica seria

    extremamente elevada comparada obtida na prtica (1000 x!).

    2a Hiptese: deslizamento de planos at a ruptura.

    QUESTO FUNDAMENTAL: COMO OS MATERIAIS DEFORMAM (e ROMPEM)?

    metais podem ser solicitados por

    trao, compresso ou cisalhamento,

    que podem ser decompostas em tenses

    de cisalhamento puras. Cristais

    apresentam menor resistncia ao

    cisalhamento que trao e

    compresso, logo esta a solicitao

    responsvel pela deformao destes

    materiais.

    3a Hiptese: O DESLIZAMENTO DE PLANOS CRISTALINOS FACILITADO PELO

    MOVIMENTO DE DISCORDNCIAS: resistncia mecnica da mesma ordem de

    grandeza da prtica!

    No entanto, a resistncia mecnica ainda bastante elevada (E/20!). Metais

    no so to resistentes. Outro mecanismo!

    Monocristal

    TENSO CRTICA DE CISALHAMENTO

    O deslizamento ocorre mais facilmente ao longo de certas direes e planos

    MAIS POVOADOS. O NMERO DE SISTEMAS (plano + direo) VARIA COM

    A ESTRUTURA CRISTALINA

    5.2.2.2 Regio Plstica

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    Exerccio 1: Calcule a tenso tangencial resolvida no sistema de deslizamento (111)[011] de uma clula unitria de um monocristal CFC

    de nquel, quando aplicada uma tenso de 13,7 MPa segundo a direo [001] da clula unitria.

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformao5.2.2.2 Regio plstica

    Deslizamento em monocristal

    Soluo:

    Clula unitria CFC onde est aplicada uma tenso de trao segundo a direo [001], que origina uma tenso tangencial

    resolvida no sistema de deslizamento (111) [011]

    Na figura: = 45 Sistema cbico: [hkl] direo plano (hkl) Direo normal ao plano (111), o plano de deslizamento [111]

    cos = a = 1 ou = 54,74a 3 3

    r = cos cos =

    r = (13,7MPa) (cos45) (cos 54,74)

    r = 5,6MPa

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformao5.2.2.2 Regio plstica

    MOVIMENTO DE DISCORDNCIA em cunha origina um degrau unitrio de deslizamento.

    Mecanismo de deslizamento associado a discordncias

    Mista

    Discordncia mista em um

    cristal. Discordncia AB:

    hlice quando entra no

    cristal, e cunha quando sai

    Cunha

    Hlice

    Nos metais deformados plasticamente cerca de 5% da energia retida internamente, o restante dissipado na forma de calor. A maiorparte desta energia armazenada est associada s tenses devido sdiscordncias. Presena de discordncias promove uma distoro darede cristalina: algumas regies ficam compridas e outrastracionadas.

    IMPORTNCIA PARA AS PROPRIEDADES MECNICAS

    DENSIDADES DE DISCORDNCIAS TPICASMateriais solidificados lentamente = 103 discord./mm2

    Materiais deformados= 109 -1010 discord./mm2

    Materiais deformados e tratados termicamente= 105 - 106 discord./mm2

    Campos de deformao em torno (a) de uma discordncia em cunha (b) de uma

    discordncia em hlice

    REPULSO

    ATRAO

    O deslizamento facilitado pelo movimento de uma discordncia. A

    ENERGIA (E) necessria depende:

    - comprimento da discordncia (l)

    - mdulo de cisalhamento (G)

    - quadrado do vetor de deslizamento(b2)

    E lGb2

    Discordncias mais sujeitas gerao e expanso, para propiciar a

    deformao plstica esto associadas ao MENOR valor de b (MAIOR

    densidade linear) e MENOR valor de G (MAIOR densidade atmica planar).

    PLANOS MAIS COMPACTOS NAS DIREES MAIS COMPACTAS

    - Regio onde encontra-se a

    discordncia deixa a rede

    comprimida

    - Regio abaixo da discordncia a

    rede fica tracionada

    - Quando a tenso de

    cisalhamento aplicada, planos

    interatmicos so deslocados at

    quebrar, forma-se um novo plano

    atmico no cristal

    O serrilhado (ex.: metais recozidos) ocorre devido interao entre

    tomos de soluto (no caso dos aos, C e N principalmente) e as

    discordncias. Quando a tenso atinge um nvel suficiente para vencer

    as barreiras (bandas de Lders ou linhas de distenso) que retm as

    discordncias, define-se o limite de escoamento superior. A tenso

    ento cai at o limite de escoamento inferior. A faixa se propaga ao

    longo do corpo, causando alongamento durante o escoamento. Durante

    esta propagao, outras barreiras aprisionam as discordncias, exigindo que a tenso

    novamente venha a subir e assim sucessivamente, gerando o serrilhado.

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGSCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformao5.2.2.2 Regio plstica

    MACLAGEM OU MACLAO Outro mecanismo, menos comum: maclas. Deformao plstica em metais CFC, como o cobre, comum ocorrer por maclao.

    Produo de maclas: uma fora cisalhante age ao longo do contorno de gro,

    causando o deslocamento de tomos para novas posies.

    Uma parte da rede atmica deforma-se originando a sua transformao

    imagem, num espelho plano, da parte no deformada da rede que lhe fica adjacente.

    PLANO DE MACLA: plano cristalogrfico que separa as regies deformada e no

    deformada da rede.

    DIREO DE MACLAGEM: direo especfica em que ocorre a maclagem.

    tomos se movem em distncias proporcionais s respectivas distncias ao plano de macla

    deslizamento MACLAGEM

    estrutura cristalina

    microestrutura

    Contorno de maclas interfere no escorregamento e RM

    Diferena bsica entre o efeito do deslizamento e da maclagem na topografia da superfcie de um material metlico deformado.

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformao

    Deformao plstica em materiais cermicos5.2.2.2 Regio plstica

    Cermicos cristalinos em elevadas temperaturas:

    necessidade de cinco sistemas de deslizamento ativos

    Ex. Al2O3 disponvel a 1550C

    Plano no NaCl onde os

    ons esto alinhados

    (pode ocorrer

    deslizamento).

    Dificuldade de

    deslocamento em

    cermicos com

    carter inico

    (repulso).

    Cermicos no-cristalinos (amorfos):-estrutura atmica no regular

    -- deformam-se como um fluxo viscoso semelhante aos lquidos

    Representao de um fluxo viscoso de um lquido ou fluido

    vtreo em razo de uma fora aplicada.

    Plano no MgO mostrando a direo de cisalhamento

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformao5.2.2.2 Regio plstica

    A deformao plstica ocorre por deslizamento das cadeias moleculares umas

    sobre as outras, quebrando e refazendo as foras de ligao secundrias

    apolares.

    Deformao plstica em materiais polimricos

    Curvas de tenso x deformao do

    polimetacrilato de metilo, obtidas em ensaio de

    trao realizados a vrias temperaturas . A transio

    dctil/frgil ocorre entre 86 e 104C.

    Ausncia de deformao

    plstica

    Deformao plstica

    Curvas de tenso x deformao da borracha

    natural vulcanizada e no-vulcanizada. A

    formao de ligaes cruzadas entre as cadeias

    polimricas pelos tomos de enxofre aumenta a

    resistncia mecnica da borracha vulcanizada.

    REFORO POR AUMENTO DE

    CRISTALINIDADE

    Curvas de tenso x deformao do

    polietileno expandido de baixa e alta

    densidade. O polietileno de alta

    densidade mais resistente, porque

    tem maior grau de cristalinidade.

    REFORO POR LIGAES CRUZADAS

  • Curva da resistncia mecnica em funo da temperatura

    para diferentes materiais

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGSCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformao5.2.2.2 Regio plstica

    EFEITO DA TEMPERATURA

    Exemplo em cermicos: alumina

    EFEITO DA POROSIDADE

  • 3a REGIO DO DIAGRAMA x OCORRE DE MANEIRA DCTIL OU FRGIL E DE FORMA DIFERENCIADA PARA CADA TIPO DE MATERIAL

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.2 Diagrama tenso x deformao5.2.2.3 Ruptura

    METAIS: Ocorre, normalmente de maneira dctil: h um aviso do

    material antes do rompimento.

    A fratura dctil pode ser:

    -transgranular (crescimento plstico fratura em taa ou cone)

    -intergranular (presena de vazios nos contornos de gro)

    -cisalhamento

    -formao de um pescoo (deformao plstica)

    A fratura frgil (geralmente T muito baixas):-clivagem -intergranular

    Etapas da formao de uma fratura dctil em taa e cone. Fissurao interna

    na zona de estrico de um corpo policristalino de cobre de elevada pureza.

    FRATURA DCTIL TRANSGRANULAR

    CERMICOS: Tipicamente frgil

    Transgranular Intergranular

    Dctil Frgil

  • OBSTRUO DO DESLIZAMENTO por:

    1. Solubilizao de um segundo elemento na rede

    2. Precipitao de uma segunda fase

    3. Contorno de gro

    4. Deformao plstica (excesso de discordncias)

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.3 Controle Propriedades Mecnicas

    Controle do deslizamento = controle de propriedades mecnicas

  • 1. Solubilizao de um segundo elemento na rede

    - movimento de discordncias dificultado

    - segundo elemento a barreira para tal movimento

    - maior a quantidade, maior o efeito

    - quanto maior a diferena de tamanho de tomos, mais

    acentuado o efeito

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.3 Controle Propriedades Mecnicas

    Controle do deslizamento = controle de propriedades mecnicas

    INTERAO DE DISCORDNCIAS EM SOLUES SLIDAS

    Quando um tomo de uma impureza est presente, o movimento da discordncia

    fica restringido, ou seja, deve-se fornecer energia adicional para que continue

    havendo escorregamento.

    solues slidas de metais so sempre mais resistentes que metais

    puros de seus constituintes

  • 1. Solubilizao de um segundo elemento na rede

    - Presena de um ELEMENTO INTERSTICIAL /

    SUBSTITUCIONAL reduz a mobilidade de movimento de

    discordncias aumenta a resistncia mecnica

    -Discordncia: regies comprimidas e regies tracionadas

    - Elemento intersticial compensa a regio tracionada,

    aumentando a resistncia mecnica;

    -Elemento substitucional maior

    compensa a regio tracionada,

    aumentando a resistncia mecnica;

    - Elemento substitucional menor

    compensa a regio comprimida,

    aumentando a resistncia mecnica;

    - Para deformar o material com o segundo elemento

    necessita-se de maior energia. Levando ao aumento da

    resistncia ao escoamento

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.3 Controle Propriedades Mecnicas

    Controle do deslizamento = controle de propriedades mecnicas

    Resistncia ao escoamento do metal puro

    SOLUES SLIDAS SO MAIS RESISTENTES

    QUE O METAL PURO

  • 2. Precipitao de uma segunda fase

    - movimento de discordncias dificultado

    - segunda fase a barreira para tal movimento

    - maior a quantidade, maior o efeito

    - comportamento similar a presena de um segundo elemento na rede

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.3 Controle Propriedades Mecnicas

    Controle do deslizamento = controle de propriedades mecnicas

    Resistncia ao

    escoamento do

    metal puro

    Aumento da resistncia ao escoamento do metal devido precipitao de uma segunda fase

    Aumento da resistncia ao escoamento do metal devido formao de

    uma soluo slida

    MICROESTRUTURAS POLIFSICAS SO

    MAIS RESISTENTES QUE O METAL PURO

    Efeito da adio de P em uma liga Al-Si. (a) Si primrio, grosseiro

    e (b) Si primrio refinado com fsforo.

    Efeito do contedo de silcio e

    modificao da tenso de trao e %

    elongao para uma liga silcio-

    alumnio

  • O contorno de gro interfere no movimento das discordncias. Devido s diferentes orientaes cristalinas presentes,

    resultantes do grande nmero de gros, as direes de escorregamento das discordncias variam de gro para gro.

    3. Contorno de gro

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.3 Controle Propriedades Mecnicas

    Controle do deslizamento = controle de propriedades mecnicas

    y= o + k . d-1/2

    k - constante do material

    y - resistncia ao escoamento

    o - resistncia inicial

    d - dimetro mdio do contorno de groy

    o

    d-1/2

    EQUAO DE HALL PETCH

    menor tamanho de gro, mais descontinuidades para

    travar o movimento de discordncias

    gros adjacentes tem diferentes orientaes

    cristalogrficas

    Aumento da resistncia ao escoamento do metal devido formao de euttico

  • 4. Deformao plstica ENCRUAMENTO E MICROESTRUTURA

    Antes da deformao

    Depois da deformao

    %CW = % de trabalho a frio

    Ao = rea inicial

    Af = rea final

    % CW = [(Ao - Af)/Ao]*100

    QUANTIFICAO DA DEFORMAO PLSTICA

    -a existncia de muitas discordncias impede o movimento de outras

    (encruamento)

    -- pode-se ter tantas discordncias que nenhuma se move e o

    material rompe de forma frgil

    - movimentao de discordncias aumenta a resistncia

    deformao plstica

    - durante a movimentao de discordncias, ocorre a multiplicao

    das discordncias

    o fenmeno no qual um material endurece devido

    deformao plstica (realizado pelo trabalho frio)

    Esse endurecimento d-se devido ao aumento de

    discordncias e imperfeies promovidas pela deformao, que

    impedem o escorregamento dos planos atmicos

    medida que se aumenta o encruamento maior a fora

    necessria para produzir uma maior deformao

    O encruamento pode ser removido por tratamento trmico

    (recristalizao)

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.3 Controle Propriedades Mecnicas

    Controle do deslizamento = controle de propriedades mecnicas

  • Deformao a frio em funo da tenso de

    ruptura e extenso at a fratura do Cu.

    4. Deformao plstica

    Deformao a frio em funo da tenso de

    ruptura e extenso at fratura da liga 40%Cu

    30%Zn.

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.3 Controle Propriedades Mecnicas

    Controle do deslizamento = controle de propriedades mecnicas

  • 4. Deformao plstica ENCRUAMENTO E MICROESTRUTURAMECANISMO QUE OCORRE NO AQUECIMENTO DE UM MATERIAL ENCRUADO

    ESTGIOS:

    RECUPERAO

    H um alvio das tenses internas armazenadas durante a deformao devido ao

    movimento das discordncias resultante da difuso atmica. Reduo do nmero de

    discordncias e seu rearranjo.

    depois da recuperao, os gro ainda esto um pouco tensionados

    diminuio da dureza. Cristais plasticamente deformados tem mais energia que os

    no deformados, devido presena de discordncias e imperfeies

    tomos se reacomodam sob temperatura elevada, atravs de recozimento

    ocorre um rearranjo dos tomos em gros menos deformados em temperaturas

    elevadas, a recristalizao, com o crescimento do gro

    o nmero de discordncias reduz ainda mais e as propriedades mecnicas voltam

    ao seu estado original

    A temperatura de recristalizao dependente do tempo e est entre 1/2 e 1/3 da

    temperatura absoluta de fuso

    RECRISTALIZAO - (Processo de Recozimento para Recristalizao)

    CRESCIMENTO DE GRO

    Depois da recristalizao se o material permanecer por mais tempo em temperaturas

    elevadas o gro continuar crescer

    Em geral, quanto maior o tamanho de gro mais mole o material e menor sua

    resistncia

    TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAO

    Chumbo - 4CEstanho - 4CZinco 10CAlumnio de alta pureza 80CCobre de alta pureza 120CNquel 370CFerro 450CTungstnio 1200C

    Deformao a quente: quando a deformao mecnico

    realizado acima da temperatura de recristalizao do

    material.

    Deformao a frio: a baixo.

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.3 Controle Propriedades Mecnicas

    Controle do deslizamento = controle de propriedades mecnicas

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.4 Relao com a estrutura5.2.4.1 DurezaMedida da resistncia penetrao (ou ao risco). Varia com o mtodo empregado (propriedade emprica).

    Metais: mede-se profundidade e largura da identao. Cermicos: mede-se microfissuras da identao.

    Material Dureza Knoop

    Diamante 7000

    B4C 2800

    SiC 2500

    WT 2100

    Al2O3 2100

    Quartzo (SiO2) 800

    Vidro 550

  • Falha que ocorre em estruturas submetidas a tenses dinmicas (cclicas) e flutuantes (trao,

    compresso, toro). Ocorre aps determinado nmero de ciclos em tenses inferiores a

    tenses estticas suportveis. Ocorrem em eixos, barras de ligao, engrenagens, etc. Variao

    da tenso com o tempo: (a) tenses contrrias; (b) tenses repetidas; (c) tenses aleatrias.

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.4 Relao com a estrutura5.2.4.2 Fadiga

    ENSAIO PARA DETERMINAO DA RESISTNCIA FADIGA

    FATORES QUE AFETAM A RESISTNCIA FADIGA

    1. Concentrao de tenso: a resistncia fadiga reduzida por

    concentradores de tenso como: entalhes; irregularidades; poros.

    2. Ambiente: o ataque ou interaes de natureza qumico acelera a

    velocidade com que a trinca de fadiga se propaga: UMIDADE para

    cermicos

  • INCIO em pontos de concentrao de tenso: incluses, porosidade acentuada, defeitos de solidificao, como segregao, concentrao de defeitos na estrutura cristalina devido a processos de conformao e pontos de corroso.

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.4 Relao com a estrutura5.2.4.2 Fadiga

    Elementos de

    nucleao de trincas

    em componentes

    sujeitos a esforos

    cclicos e

    concentradores de

    tenso esto na parte

    inferior

    PROPAGAO FASE I: aps aplicao de um determinado nmerode ciclos de carregamento, formam-se extruses e intruses, onde intensa a concentrao de tenses. Taxa de crescimento de trinca:muito baixa (10-10 m/ciclo).

    PROPAGAO FASE II: ocorre a propagao de uma trinca bem definida com velocidade elevada (ordem de m), surgindo estrias com o avano da trinca. Taxa de crescimento de trinca: muito elevada!

    FRATURA FINAL (CATASTRFICA!): trinca percorreu uma rea suficiente e o material no consegue suportar a carga aplicada, ocorre a fratura.

    Cobre:: extruses e intruses na superfcie

  • MATERIAIS CERMICOS: no deformao plstica, no h

    deslizamento de planos h baixas temperaturas. No entanto, devido

    baixa resistncia a esforos trativos (concetradores de tenso) os

    materiais cermico podem romper por esforpos cclicos

    (mecanismos?).

    FADIGA TRMICA: corpo slido aquecido e resfriado: = E T

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.4 Relao com a estrutura5.2.4.2 Fadiga Mecanismos de Reforo em Materiais Cermicos

    Distribuio da temperatura e

    tenso para uma amostra

    submetida a fadiga trmica.

    FADIGA ESTTICA: rompimento do material sob um estado de tenses constante, durante um certo tempo em ambientes midos.

    Visualizao de um mecanismo alternativo para explicar a

    influnciada umidade no crescimento subcrtico de trincas.

  • FLUNCIA: Material submetido a uma carga ou tensoconstante pode sofrer uma deformao plstica ao longo dotempo. Variao do comprimento do corpo-de-prova ao longodo tempo em funo do tempo.

    Curva de FLUNCIA: 3 estgios

    I - Alongamento inicial instantneo do corpo-de-prova: taxa de fluncia diminui ao longo do tempo;

    II Inclinao da curva de fluncia a taxa de fluncia, que constante nesta fase;

    III Taxa de fluncia aumenta rapidamente com o tempo at a ruptura

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.4 Relao com a estrutura5.2.4.3 Fluncia

    DEFORMAO A ALTAS TEMPERATURAS: Acima de temperaturas em que os tomos iniciam o movimento de difuso O contorno de gro uma ponte de fraqueza para o material.

    Trao numa direo, contrao na outra. tomos ao longo doscontornos verticais so aglomerados; tomos ao longo dos contornoshorizontais sofrem aumento no seu espaamento. Ocorre a difuso doscontornos verticais para os horizontais e o efeito global a mudana naforma do metal.

    Gros menores, maior rea de contorno, fluncia mais rpida: existemmais alapes para os tomos ao longo dos contornos horizontais e maisfontes de tomos de contornos verticais

    Materiais de granulometria fina as distncias de difuso so bemmenores.

    Este mecanismo no ocorre a baixas temperaturas, pois o movimento dostomos so desprezveis

    Temperatura onde ocorre desses efeitos do tamanho de gro funo dotempo, da resistncia e de impurezas

    Fluncia menos susceptvel em

    uma palheta de turbina de um

    nico cristal

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.4 Relao com a estrutura5.2.4.3 Fluncia

    TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAO

    Chumbo - 4C

    Estanho - 4C

    Zinco 10C

    Alumnio de alta pureza 80C

    Cobre de alta pureza 120C

    Nquel 370C

    Ferro 450C

    Tungstnio 1200C

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-2 PROPRIEDADES MECNICAS5.2.4 Relao com a estrutura5.2.4.4 ImpactoIMPACTO: Quantidade de energia (TENACIDADE) que o material absorve at a ruptura.

    Influenciado pela presena de imperfeies superficiais (trincas, ENTALHES,

    concentradores de tenses e pela temperatura (TEMPERATURA de TRANSIO).

    TEMPERATURA DE TRANSIO: Temperatura ondeocorre a transio dctil-frgil

    Baixas temperaturas: trinca se propaga maisvelozmente que os mecanismos de deformaoplstica: pouca energia absorvida

    Temperaturas elevadas: fratura precedida de umadeformao que consome energia

    Mudana brusca no comportamento caractersticode metais CCC

    Causa: aumento da temperatura transio numa junta

    de solda devido ao crescimento de gro

    EFEITO DO ENTALHE

    ENSAIO

    Transio dctil/frgil de um ao em

    funo do teor de C.

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

    5.3.1 INTRODUO

    5.3.2 MECANISMOS DE CONDUO E BANDAS DE ENERGIA

    5.3.3 RESISTIVIDADE ELTRICA DOS METAIS E LIGAS

    5.3.4 CONDUTIVIDADE ELTRICA DOS MATERIAIS INICOS

    5.3.5 CONDUTIVIDADE ELTRICA DOS MATERIAIS COVALENTES

    5.3.6 SEMICONDUTORES

    5.3.7 SUPERCONDUTIVIDADE

    5.3.8 COMPORTAMENTO DIELTRICO

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    As propriedades eltricas servem para distinguir os materiais:

    - geral: metal / no-metal

    - especfico: supercondutor ou no

    Compreender as propriedades eltricas

    METAIS

    TEORIA DE BANDAS CONDUTORES

    SEMICONDUTORES

    ISOLANTES

    Classificao geral

    dos materiais

    segundo suas

    propriedades

    eltricas

    1 Introduo

    5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

  • = condutividade eltrica (ohm-1.cm-1)

    = resistividade eltrica (ohm.cm)

    n= nmero de portadores de carga por cm3

    q= carga carregada pelo portador (coulombs)

    [q do eltron= 1,6x10-19 coulombs]

    = mobilidade dos portadores de carga (cm2/V.s)

    ..1

    qn

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    1 Introduo

    Resistncia eltrica (R) de

    um fluxo de corrente

    determinada pelas

    dimenses do material e por

    sua resistividade.

    A

    lR .

    ..1

    qn

    5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

    Condutividade eltrica: o movimento de cargas eltricas (eltrons ou ons)

    de uma posio para outra.

    A condutividade eltrica do material depende:

    - n de condutores ou transportadores de cargas por unidade de volume (n)

    - da carga de cada condutor (q)

    - da mobilidade do condutor ()

    n e dependem da temperatura

    condutores podem ser:

    nions

    ctions

    eltrons

    holes

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    Resistividades eltricas e condutividades eltricas de alguns materiais

    1 Introduo

    RESUMINDO

    Metais: > 104 -1m-1

    Semicondutores: 10-3 a 104 -1m-1

    Isolantes:

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    LQUIDOS condutividade inica

    SLIDOS principais transportadores de carga so os eltrons

    cristal interao entre nveis de energia BANDAS

    Origem das bandas de energia devido aproximao dos tomos. A banda de energia corresponde a um nvel de energia de um tomo isolado

    - As bandas de energia nem sempre se sobrepem- As bandas de energia podem comportar no mximo 2e-

    2 Mecanismos de conduo e bandas de energia5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

    tomo isolado e- em nveis e subnveis de energia

    Bandas de energia:

    banda de valncia

    banda proibida Eg: energia do gap (entre as bandas de energia. Distingue: condutor - isolante - semicondutor)

    banda de conduo

    Nvel de Fermi (EF): definido como o nvel de energia abaixo

    do qual todos os estados de energia esto ocupados a 0K.

    vibrao trmica

    solutos

    defeitos cristalinos

    diamante - 6eV

    SiC - 3eV

    silcio - 1,1eV

    germnio - 0,7ev

    InSb - 0,18eV

    Sn cinzento - 0,08eV

    banda proibida muito larga

  • EFEITO DA TEMPERATURA

    - metais: diminui a condutividade eltrica. T reduz o livre percurso mdio dos eltrons e sua mobilidade.- semicondutores

    - isolantes

    Efeito da T na condutividade eltrica em vrios materiais

    aumenta. T fornece energia que liberta transportadores de cargas adicionais.

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    2 Mecanismos de conduo e bandas de energia5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

    Resistividade eltrica de metais e ligas

    i = Aci (1-ci)

    A - constante

    ci - frao atmica de soluto

    Obs.: Em ligas bifsicas uma

    propriedade aditiva Variao da resistividade eltrica com a temperatura para o Cu puro e trs solues slidas Cu-Ni. O efeito da deformao na resistividade da liga

    Cu 1,2Ni tambm apresentado.

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    4 Condutividade eltrica dos materiais inicos- resultado das contribuies eletrnica e inica

    - importncia de cada contribuio: pureza e temperatura

    - modelo de bandas vlido, porm o n de e- na banda de conduo muito baixo: predomina a inica

    - difuso dos ons depende da presena de defeitos pontuais

    - condutividade eltrica de slidos inicos temperatura

    abruptamente na fuso

    5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

    N - nde posies inicas de um mesmo sinal por unidade de volume

    e - carga do eltron

    D - difusividade

    k - constante de Boltzman

    T - temperatura em K

    Q - energia de ativao para a difuso

    i = Ne2D/kT = (Ne2/kT) D0exp(-Q/kT)

    Condutividade inica: i

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    - estrutura em bandas de polmeros tpica dos isolantes

    - 10-10 a 10-17 -1m-1

    - polmeros de alta pureza a conduo eletrnica

    - exemplos de polmeros condutores: poliacetileno e polianilina

    - conduo inica pode ser ativada pela presena de impurezas

    restos de monmeros

    catalisadores

    aumento da temperatura

    - aditivos condutores podem aumentar entre 1 e 50 -1m-1 como em borrachas de silicones

    5 Condutividade eltrica dos materiais covalentes

    5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    GRAFITA: comportamento eltrico diferenciado

    - plano basal (0001) de condutores metlicos

    - na direo c (0001) 105 vezes menor

    - conduo eletrnica origem na

    mobilidade eletrnica da cada anel hexagonal de

    tomos de C, ao longo de cada camada

    - introduo de tomos estranhos entre as camadas

    aumenta o nmero de transportadores de carga e a

    condutividade eltrica

    5 Condutividade eltrica dos materiais covalentes

    5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

  • PROPRIEDADES: Tem resistividade entre metais e isolantes

    10-6-10-4 .cm 1010-1020 .cm

    - A condutividade aumenta com o aumento de temperatura (ao contrrio dosmetais)

    - A condutividade aumenta com a adio de certas dopantes (impurezas)

    - A condutividade diminui com a presena de imperfeies nos cristais.

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    6 Semicondutores Condutividade eletrnica

    EXEMPLOS DE SEMICONDUTORES

    - silcio, germnio (Grupo IV da Tabela Peridica)

    - GaAs, GaN, InP, InSb, etc. (Grupo III-V da Tabela Peridica)

    - PbS, CdTe, galena, (Grupo II-VI da Tabela Peridica)

    95% dos dispositivos eletrnicos so fabricados com silcio

    5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

  • Num semicondutor, os eltrons podem ser excitados para a banda deconduo por energia eltrica, trmica ou ptica (fotoconduo)

    e- excitado banda de conduo

    buraco ou uma vacncia na banda de valncia

    contribui para a corrente

    Dois tipos de conduo

    conduo intrnseca semicondutor intrnseco

    conduo extrnseca semicondutor extrnseco

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    vai para

    deixa

    UTILIZAO: FABRICAO DE DISPOSITIVOS ELETRNICOS E OPTOELETRNICOS

    - Transistor

    - LEDS

    - Clulas solares

    - Diodos

    -Circuito integrado

    6 Semicondutores Condutividade eletrnica5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

  • Conduo resultante dos movimentos eletrnicos nos materiais puros

    Um semicondutor pode ser tipo p ( conduo devido aos buracos) ou tipo n (conduo devidos aos eltrons)

    Este tipo de conduo se origina devido presena de uma imperfeio eletrnica ou devido presena de

    impurezas residuais intrnsecas.

    CONDUO INTRNSECA (SEMICONDUTOR INTRNSECO)

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    6 Semicondutores Condutividade eletrnica5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

    Quando adiciona-se intencionalmente uma impureza dopante para proporcionar eltrons ou buracos extras.

    Os semicondutores extrnsecos podem ser:

    Tipo p: com impurezas que proporcionam buracos extras

    Tipo n: com impurezas que proporcionam eltrons extras

    Os processos utilizados para dopagem: difuso e implantao inica

    Deve-se considerar:

    Os eltrons tem maior mobilidade que os buracos

    A presena de impurezas pode alterar o tamanho do Eg

    CONDUO EXTRNSECA (SEMICONDUTOR EXTRNSECO)

    aceitadores

    doadores

  • - ocorre quando a resistividade do material for nula

    - temperatura crtica (Tc) resistividade torna-se bruscamente nula

    - at 1986 melhores supercondutores Tc < 23 K material

    deveria ser resfriado em hlio lquido para tornar-se supercondutor

    - mais tarde: supercondutores cermicos com Tc mais altas:

    Y1Ba2Cu3O7-x Tc 100K

    nitrognio lquido suficiente para resfriar

    - supercondutividade desaparece: acima da Tccampo magntico

    corrente eltrica

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    7 Supercondutividade eltrica

    PARMETROS QUE DEFINEM

    UM SUPERCONDUTOR

    5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

  • - MATERIAL DIELTRICO: material isolante

    - RIGIDEZ DIELTRICA: tenso mxima que o material pode suportar antes de perder as

    caractersticas de ser isolante para vidros, polmeros e cermicos 10 a 40 V/mm

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    8 Comportamento dieltrico5-3 PROPRIEDADES ELTRICAS

    FERROELTRICOS- no tm um centro de simetria formam um momento dipolar

    - polarizao permanente propriedades PIEZOLETRICAS

    Estrutura do BaTiO3. (a) Acima de 120C cbica. (b) Abaixo de 120C levemente tetragonal, apresentando um momento dipolar eltrico.

    Esquema dos dipolos eltricos em um material

    piezoeltrico.

    (a) Material em condies normais. (b) Tenso

    compressiva causa uma ddp.

    (c) A aplicao de uma voltagem causa uma diferena

    dimensional.

  • PROPRIEDADES MAGNTICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    1 Introduo Materiais magnticos apresentam grande uso no cotidiano:

    - carto magntico

    - componentes de computadores

    - geradores e transformadores de eletricidade

    - motores eltricos

    Vantagem deste tipo de material: armazenam muita informao em pouco espao

    Propriedades magnticas esto relacionadas com a mobilidade dos eltrons, por isso propriedades eltricas

    e magnticas so relacionadas. Efeitos magnticos so originados em correntes eltricas associadas a eltrons

    em rbitas atmicas ou a spins de eltrons.

    Propriedades magnticas so determinadas pela estrutura: eletrnica

    cristalina

    microestrutura

    Classificao quanto resposta do material a um campo magntico:

    Diamagnticos

    Paramagnticos

    Ferromagnticos

    Ferrimagnticos

    Antiferromagntico

  • PROPRIEDADES MAGNTICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    - Relaes entre o campo magntico aplicado (H) e a intensidade do campo magntico induzido (B)1 Introduo

    Em (a) H gerado pela passagem de uma corrente i por uma espira cilndrica de

    comprimento l e contendo N voltas, B (dado em Tesla) medido em termos de fluxo

    magntico no vcuo B0 (Wb/m2): B0 = 0 H; 0 - permeabilidade magntica no vcuo

    (4 10-7 H/m). Em (b) a densidade de fluxo magntico dentro do slido : B = H

    As propriedades magnticas de um material podem ser medidas por diferentes parmetros:

    Permeabilidade magntica (): = B/H a intensidade de magnetizao. Varia em funo da intensidade do campo. caracterstica do material

    Permeabilidade magntica relativa (r): r= /0 permeabilidade magntica no meio considerado e a permeabilidade no vcuo.

    Susceptibilidade magntica relativa (m): m = r- 1 o

    inverso da permeabilidade magntica relativa.

    CURVA DE MAGNETIZAO OU DE HISTERESE

    Induo residual (Br) - a induo magntica que se conserva no corpo magnetizado,

    depois de anulada a intensidade do campo. (Gauss)

    Fora coercitiva (Hc)- a intensidade de campo que tem de ser aplicado para

    desmagnetizar. (Oersted)

    Material com elevado Hc: consome energia para alinhar os domnios magnticos, de

    uma direo para outra. A quantidade de energia necessria para magnetizar

    proporcional a rea do ciclo de histerese.

    - r de alguns materiais

    Fe puro (0,1% impurezas) 0,5 . 103

    Ao silcio (4,25% Si) 1,5 . 103

    Ao silcio (3,25% Si) gro orientados 2,0 . 103

    Supermalloy (79%Ni; 16%Fe; 5%Mo) 1,0 . 104

    Ferrita cermica (Mn, Zn)Fe2O4 1,5 . 103

    Ferrita cermica (Ni, Zn)Fe2O4 0,3 . 103

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    PROPRIEDADES MAGNTICAS2 Diamagnetismo

    -Comportamento diamagntico ocorre quando o tomo (sem um momento magntico) aceita um

    alinhamento no campo magntico, sendo a magnitude muito pequena e de direo oposta ao do

    campo aplicado

    -Forma muito fraca de magnetismo: persiste enquanto um campo magntico externo for aplicado: ausncia de campo externo momento magntico nulo-Todos materiais so diamagnticos muito fracos: observa-se quando no h outro tipo demagnetismo.-Susceptibilidade de materiais diamagnticos(m): -10

    -6 a -10-5 (no varia com a T)

    Configurao de dipolos de um material diamagnticos. (a) na ausncia de um campo externo. (b) na presena de um campo externo.

    Al2O3 -1,81 . 10-5

    Cobre -0,96 . 10-5

    Ouro -3,44 . 10-5

    Silcio -0,41 . 10-5

    NaCl -1,41 .10-5

    - Susceptibilidade magntica (m) de diamagnticos negativa

    - Diamagnticos no apresentam Tc- Supercondutores tem comportamento diamagntico

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    PROPRIEDADES MAGNTICAS3 Paramagnetismo

    - tomos individuais possuem momentos magnticos:orientaes ao acaso magnetizao nula para

    um grupo de tomos

    Dipolos podem

    ser alinhados

    na direo do

    campo aplicado

    Configurao de dipolos em

    um material paramagntico:

    a) na ausncia de campo

    externo; b) com campo

    externo aplicado

    - Paramagnetismo: forma muito fraca de magnetismo sem aplicao prtica

    - Paramagnetismo observado: metais (ex.: Cr, Mn), gases diatmicos (O2 e NO), ons de metais

    de transio, terras raras, seus sais e xidos.

    - Susceptibilidade magntica: 10-5 a 10-3

    (positiva e diminui com a temperatura)

    m = K

    TK= constante

    T = temperatura

    - Paramagnticos no apresentam Tc

    Representao

    esquemtica dos

    momentos

    magnticos de um

    material

    paramagntico.

    Alumnio 2,07 10-5

    Cromo 3,13 10-4

    Cloreto de cromo 1,51 10-3

    Sulfato de Mn 3,70 10-3

    Molibdnio 1,19 10-4

    Sdio 8,48 10-6

    Titnio 1,81 10-4

    Zircnio 1,09 10-4

  • - Materiais metlicos com momento magntico na ausncia de campo externo

    - Exemplos: Fe(CCC), cobalto, nquel, gadolneo, ligas de mangans como MnBi e Cu2MnAl

    - Susceptibilidade magntica (m) alta de 106

    - Temperatura crtica temperatura de Currie (c), acima desta perdem o

    ferromagnetismo e tornam-se paramagnticos

    - c varia conforme o material: Fe (770C), Ni (358C), Co (1130C), Gd (20C), SmCo5 (720C) e

    Nd2Fe14B (312C).

    - Susceptibilidade magntica (m) diminui com o aumento da temperatura

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    PROPRIEDADES MAGNTICAS4 Ferromagnetismo

    (a) Configurao de dipolos de um material

    ferromagnticos na ausncia de um campo

    externo. (b) Configurao de dipolos no ferro .

    m = C

    T-

    C = constante

    T = temperatura

    aproximadamente igual a c

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    PROPRIEDADES MAGNTICAS5 Ferrimagnetismo

    Ferrimagnetismo ocorre em alguns materiais cermicos que apresentam forte magnetizao

    permanente ferritas (frmula geral: MFe2O4, e M um elemento metlico)

    Prottipo das ferritas: Fe3O4 = Fe++O- -(Fe+++)2(O

    - -)3

    - Momentos

    magnticos dos 2

    tipos de ons no se

    cancelam totalmente e

    o material apresenta

    magnetismo

    permanente

    ction Fe++ interstcios octadricos

    ction Fe+++ interstcios tetradricos

    nion O- - magneticamente neutro

    MAGNETITA

    Configurao

    dos momentos

    magnticos na

    ferrita

    - Temperatura crtica

    - Susceptibilidade magntica (m)

    diminui com o aumento da

    temperatura (T)

    m K

    T

    K = constante

    T = temperatura

    diferente de c

    Ex: Fe, Ni, Mn, Co, Cu, e Mg

    NiFe2O4, (Mn, Mg)Fe2O4

  • - Prottipo deste caso o MnO material cermico, com carter inico e

    estrutura cristalina CFC tipo NaCl

    - momento magntico O- - zero

    - momento magntico M++ permanente num arranjo

    que forma momentos opostos ou antiparalelo

    Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    PROPRIEDADES MAGNTICAS6 Antiferromagnetismo

    Diagrama esquemtico mostrando a

    configurao de momentos magnticos no MnO

    - O material como todo no apresenta momento magntico

    - Alguns compostos de metais de transio apresentam este comportamento: MnO, CoO,

    NiO, Cr2O3, MnS, MnSe e CuCl2

    - Temperatura crtica temperatura de Nel (n)

    - Susceptibilidade magntica (m) da ordem dos

    materiais paramagnticos e diminui com o aumento

    da temperatura (T)

    m C

    T

    C = constante

    T = temperatura

    diferente de n

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    PROPRIEDADES MAGNTICAS7 Comparao

    Dependncia da temperatura na susceptibilidade magntica (a) paramagntico, (b)

    ferromagntico (mostrando a transio para paramagntico), (c) antiferromagntico

    (mostrando a transio para paramagntico).

    a b c

    (cermicos)

    (cermicos)(cermicos)

    (metais)

    (metais)

    m = r- 1

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    PROPRIEDADES MAGNTICAS8 Magnticos moles e duros

    EFEITO DA TEMPERATURA:

    As caractersticas de um ferromagntico (material magntico mole) variam

    com a T

    T energia trmica mobilidade das paredes de Bloch dos domnios

    magnticos

    Paredes de Bloch: fronteira entre domnios vizinhos, regio de transio,

    espessura 100 nm, onde a direo de magnetizao muda gradualmente,

    um defeito bidimensional

    MAGNETIZAO E DESMAGNETIZAO: So facilitadas: T > Ccomportamento ferromagntico desaparece Efeitos da T (a) ciclo de histerese, (b) magnetizao de

    saturao.

    MATERIAL MAGNETO MOLE: So facilmente magnetizveis e

    desmagnetizaveis. Apresentam Hc de baixo valor e pequenas

    perdas de histerese e baixo Br. A rea do ciclo de histerese e a

    perda de energia por ciclo so pequenas. Opera na presena de

    um campo magntico.

    - So ligas organizadas. Geralmente metais puros com boa

    qualidade estrutural.

    - So empregadas como ligas a serem submetidas

    magnetizao alternada (ncleos de transformadores) Ex.:

    geradores, motores eltricos e transformadores (para estas

    aplicaes necessrio materiais magnticos moles, de baixa

    remanncia, como: Fe puro, ao ao silcio, supermalloy e ferritas

    cbicas do tipo espinlio).

  • Cincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    PROPRIEDADES MAGNTICAS8 Magnticos moles e duros

    MATERIAL MAGNETO DURO: magnetizado durante a fabricao

    e deve reter o magnetismo aps a retirada do campo magntico.

    Se caracterizam pelo grande valor de Hc e alto Br

    Importante: resistncia desmagnetizao (rea BH grande)

    Apresenta um ciclo de histerese grande.

    So ligas endurecidas com estruturas desequilibradas,

    dispersas

    So utilizadas na fabricao de ims permanentes

    Aplicaes: refrigeradores e fones de ouvido, utilizando-

    se: ferritas cermicas, SmCo5, Sm2Co17 e NdFeB

    Magnetos duros so constitudos de ferromagnticos, e

    algumas ferritas hexagonais

    Aumento da

    eficincia (energia

    magntica mxima)

    dos magnetos

    permanentes no

    sculo XX.

    EFEITO DOS ELEMENTOS LIGA

    Aumentam a fora coercitiva ou dureza magntica

    Diminuem o tamanho do domnio

    A formao de uma segunda fase, pela adio de

    elementos de liga (acima do limite de solubilidade)

    contribui para o aumento do Hc. Quanto mais elevada a

    disperso da segunda fase, maior o Hc.

    O endurecimento causado pela transformaes de

    fase ou pela diminuio do tamanho de gro aumentam

    o Hc, porque evitam a redistribuio ao acaso dos

    domnios magnticos.

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.5.1 Introduo

    Propriedades trmicas resposta ou reao de um material

    aplicao do calor

    Slido absorve calor sua temperatura aumenta

    sua energia interna aumenta

    Dois principais tipos de energia trmica em um slido:

    energia vibracional dos tomos ao redor de suas

    posies de equilbrio

    energia cintica dos eltrons livres

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.5.2 Capacidade trmica

    Propriedade que indica a aptido do material em absorver calor do meio externo

    Representa a quantidade de energia necessria para aumentar a temperatura de um corpo em uma unidade.

    Matematicamente:

    Calor especfico representa a capacidade trmica por unidade de massa. Pode ser determinado mantendo-se

    o volume do material constante (cv), ou mantendo-se a presso externa constante (cp).

    C = dQ

    dT

    C = capacidade trmica (J/molK, cal/molK)

    dQ = energia necessria para produzir uma mudana dT de temperatura

    CV = ( dS/dT)V e CP = (dH/dT)P E a energia interna

    H a entalpia

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.5.2 Capacidade trmica

    Energia interna x EntalpiaH = S + PV

    CP > CV para os slidos a entalpia e a energia interna so muito similares

    Slidos: assimilao de energia aumento da energia vibracional dos tomos

    tomos em slidos acima de 0K esto sempre vibrando com altas frequncias e baixas amplitudes

    tomos + vizinhos ondas que atravessam ondas sonoras ouvibram o material elsticas

    alta frequncia e velocidade do som

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.5.2 Capacidade trmica

    Energia trmica vibracional conjunto de ondas elsticas

    em uma faixa de frequncias

    a energia quantizada

    FNON

    Contribuio eletrnica significativa em materiais

    com eltrons livres como ocorre:

    absoro de energia pelos e- aumentando Ecintica

    Condutores: e- com energia nvel de Fermi podem ser excitados

    e super-lo.

    Isolantes: contribuio eletrnica muito pequena ausncia de e- livres

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.5.2 Capacidade trmica

    Capacidade trmica depende da temperatura?

    Experimentos de Einstein e Debye:

    O calor especfico aumenta at uma certa temperatura

    (temperatura de Debye =D) e aps torna-se constante.

    3R 6cal/molK

    No h correlao entre D e o PF dos materiais

    Capacidade trmica depende pouco da estrutura e da microestrutura do

    material

    Porosidade influncia prtica

    Material poroso exige uma menor quantidade de calor para atingir uma

    determinada temperatura, do que um isento de poros.

    Variao da capacidade trmica com a

    temperatura para vrios materiais

    cermicos policristalinos.

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.5.3 Expanso trmica

    Slidos: aumento de dimenses durante o aquecimento e

    contrao no resfriamento, se no ocorrer transformaes de fases

    L = lf - lili (Tf-Ti)

    li = comprimento iniciallf = comprimento finalTi = temperatura inicialTf = temperatura final

    Coeficiente de dilatao trmica volumtrica

    V = Vf - ViVi (Tf-Ti)

    Vi = volume inicialVf = volume finalTi = temperatura inicialTf = temperatura final

    MATERIAIS

    ISOTRPICOS:

    V3L

    Coeficiente de dilatao trmica linear

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.5.3 Expanso trmica Variao da expanso trmica com o aumento da temperatura de alguns

    materiais.Porosidade no influencia na expanso

    trmica (o poro dilata como se fosse

    o prprio material que o contm)

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.5.3 Expanso trmica

    Correlao entre e a energia de ligao (EL)

    Materiais com ligaes qumicas fortes apresentam

    Ex.: cermicos e metais com elevado PF (Mo, W)

    Correlao entre e o PF de alguns materiais

    Muitos materiais cristalinos apresentam anisotropia quanto a dilatao trmica, como alumina, titnia, quartzo.Exemplo extremo: grafita 27 vezes mais baixo no plano basal que na direo a ele

    Dilatao trmica dos slidos tem origem na variao assimtrica da EL ou FL com a distncia interatmica.

    Aquecimento: tomos aumentam a frequncia e

    amplitude de vibrao, e como Fr > Fa, a

    distncia mdia entre os tomos aumenta

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    Correlao entre e a energia de ligao (EL)

    5.5.3 Expanso trmica

    (a) EL x a: aumento na separao interatmica com o aumento da temperatura. Com o

    aquecimento, a separao interatmica aumenta de r0 para r1, para r2.

    (b) Para uma curva hipottica de EL x a: simetria.

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    Condutividade trmica a habilidade de um material para

    transferir calor. Para um fluxo estacionrio de calor:

    5.5.4 Condutividade trmica

    onde:

    q: fluxo de calor (W) Q: calor transmitido (J)

    t: tempo de transmisso de calor (s)

    k: condutividade trmica (W/mK)

    A: rea perpendicular ao fluxo (m2)

    T: temperatura (K) x: comprimento na direo do fluxo (m)

    xT

    Qk x

    q= dQ = k A dT

    dt dx

    Calor transportado nos slidos de

    duas maneiras: por fnons e pela

    movimentao de e- livres

    Analogia: eltrons ou fnons livres

    como partculas de um gs. A

    condutividade trmica diretamente

    proporcional ao nmero de eltrons

    livres ou de fnons (n); velocidade

    mdia das partculas (v); ao calor

    especfico (cv) e distncia mdia entre

    colises ():

    k n . v . Cv .

    kTOTAL = kf +ke

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    METAIS

    ke >> kf pois os e- tem maior velocidade e

    no so espalhados facilmente

    pelos defeitos como os fnons

    Nestes materiais pode-se relacionar conduo trmica e eltrica

    Lei de Wiedemann-Franz:

    se a conduo trmica ocorresse apenas por e- livres L seria igual

    para todos os metais. Valor real entre 2 e 3 x 10-8 W/K2

    5.5.4 Condutividade trmica

    L = k

    T

    L terico = 2,44 x 10-8 W/K2

    k = condutividade trmica

    = condutividade eltrica

    T = temperatura

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    Elementos liga e impurezas diminuem a condutividade trmica

    funcionam como pontos de espalhamento, piorando a

    eficincia do transporte eletrnico

    5.5.4 Condutividade trmica

    Efeito do zinco em soluo

    slida na condutividade

    trmica do cobre

    METAIS

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    CERMICOS

    ke

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    CERMICOS

    5.5.4 Condutividade trmica

    onde:

    k: condutividade trmica

    v: volume da fase

    Q: kc/kpP: quantidade de poros

    K=v1k1+v2k2+...

    1/k=v1/k1+v2/k2+... k= 1+2P(1-Q/2Q+1)ks 1-P(1-Q/2Q+1)

    Efeito da microestrutura

    ons em soluo slida

    diminuem acentuadamente k

    Fases amorfas so piores

    condutoras que cristalinas de

    igual composio qumica

    Poros diminuem a

    condutividade trmica de

    cermicos

    kP = k 1-P

    1 - 0,5P

    kP = condutividade trmica do material com poros

    P = frao volumtrica de poros

    - composio;

    - condies de queima;

    - quantidade e tipo de porosidade;

    - quantidade e tipo de fases;

    - forma e orientao de gros;

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    POLMEROS

    ke

  • 5-5 PROPRIEDADES TRMICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    EFEITO DA TEMPERATURA

    5.5.4 Condutividade trmica

    Diferenas de condutividade trmica com a

    temperatura no so to acentuadas quanto na

    condutividade eltrica.

    Materiais cermicos densos sem poros

    k com TEx.: BeO, MgO e Al2O3

    Explicao: k n . v . Cv .

    Outros cermicos como: ZrO2 estabilizada e

    densa, slica fundida e materiais refratrios com

    poros k com T

    Explicao: k n . v . Cv .

    Efeito da temperatura na condutividade trmica

    de vrios materiais

  • 5-6 PROPRIEDADES TICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.6.1 Introduo

    Propriedades ticas resposta de um material incidncia de luz, em particulara luz visvel

    Luz onda eletromagnticamecnica clssica ondasmecnica quntica ftons

    Einstein feixe de luz consiste em pequenospacotes de energia

    quanta de luz: FTON

    Fton incidindo na superfcie de um metal transfereenergia para o eltron, que pode escapar do material

    Formas de radiao eletromagntica: luz, calor, ondas de radar, ondas de rdio e raios X

    Espectro de radiaes eletromagnticas

  • 5-6 PROPRIEDADES TICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.6.2 Conceitos bsicos

    Todos os corpos emitem radiao eletromagntica: movimento trmico de tomos e molculas

    radiao trmica visvel depende de T

    Ex.: 300C radiao infravermelha

    800C radiao visvel

    Luz visvel espectro de radiaes pequeno 0,4m 0,7m CORES

    Radiao eletromagntica atravessa o vcuo com a

    velocidade da luz

    c = velocidade da luz 3x108 m/s

    0 = permissividade eltrica no vcuo

    0 = permeabilidade magntica no vcuo

    c = 1

    (00)

    0,40 a 0,45 m violeta0,45 a 0,50 m azul0,50 a 0,55 m verde0,55 a 0,60 m amarelo0,60 a 0,65 m laranja0,65 a 0,70 m vermelho Feixe de luz incide no slido com intensidade I0

    parte transmitida Itparte absorvida Ia relacionadas por:

    parte refletida Ir

    I0 = It + Ia + Ir (em W/m2)

    ou

    T + A + R = 1T = transmitncia (It/I0)A = absorbncia (Ia/I0)

    R = refletncia (Ir/I0)

    Se: T >> A+R: materiais transparentes

    T

  • 5-6 PROPRIEDADES TICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    Radiao incidente com visvel: parte absorvida por e-

    parte da radiao absorvida reemitida na superfcie luz visvel de = incidente

    POR QU?

    e- que foram promovidos acima do nvel de Fermi pela absoro de ftons de luz, decaem para nveis menores de energia e

    emitem luz. Refletncia dos metais entre 0,90 e 0,95 dissipao do calor

    Metais so opacos a radiaes eletromagnticas de ondas de rdio, TV, microondas, infravermelho, luz visvel

    Metais so transparentes a radiaes eletromagnticas de raios X e raios

    Cor do metal: distribuio dos comprimentos de onda refletidos

    5.6.4 Propriedades ticas dos materiais metlicos

    Ex.: o ouro reflete quase que completamente a luz

    vermelha e a amarela e absorve parcialmente mais

    curtos. A prata reflete eficientemente quase todos os

    do espectro visvel, por isso sua cor esbranquiada.

  • 5-6 PROPRIEDADES TICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.6.5 Propriedades ticas dos materiais no-metlicos

    Cermicos e polmeros no apresentam e- livres (que absorvem ftons de luz) e podem ser

    transparentes luz visvel. Fenmenos importantes:

    REFRAO (n) E REFLEXO (R) Velocidade de propagao da luz no slido transparente () menor que no ar

    feixe de luz muda de direo na interface ar/slido

    ndice de refrao:

    = permissividade eltrica do material = permeabilidade magntica do material

    n = c = ()

    (00)

    ndice de refrao de alguns materiais cermicosMaterial ndice de refrao

    Vidro de slica 1,458

    Vidro pyrex 1,47

    Vidro ptico flint 1,65

    Al2O3 1,76

    MgO (periclsio) 1,74

    Quartzo 1,55

    R

    Quanto maior n do

    material, maior R

  • 5-6 PROPRIEDADES TICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    REFRAO (n) E REFLEXO(R)

    5.6.5 Propriedades ticas dos materiais no-metlicos

    Se um dos meios for o ar n1 = 1R = n2 - n1

    n2+n1R = n2 - 1

    n2+1

    Variao das fraes da luz

    incidente que so

    transmitida, absorvida e

    refletida por um determinado

    vidro em funo do

    comprimento de onda

    Cermicos cristalinos Cbicos e vidros ndices de

    refrao isotrpicos

    Cristais no-cbicos ndices de refrao

    maior em direes mais densas

    Luz passa de um meio n1 para outro n2parte da luz refletida na interface dos meios

    Como o n depende de da luz incidente, R tambm depende de

  • 5-6 PROPRIEDADES TICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.6.5 Propriedades ticas dos materiais no-metlicos

    ABSORO(A) E TRANSMISSO (T) Maioria dos materiais transparentes so coloridos

    a cor dos materiais transparentes uma combinao dos comprimentos transmitidos

    Absoro de ftons por e- da banda devalncia promovendo-os banda de conduoem no-metais tambm possvel, desde que ose- superem a banda proibida.

    Energia associada com (E = hc/)

    determina-se e E mximos e mnimos cedidos

    aos e- pela luz visvel

    min = 0,4 m Emax = 3,1eV

    max = 0,7m Emin= 1,8eV

    Comprimentos de onda absorvidos (nm) e cores complementares

    Concluso: i) a luz pode ser absorvida por materiais com banda proibida

    menor que 1,8 eV (SEMICONDUTORES) estes materiais so

    opacos ex.:Si, Ge, AsGa

    ii) materiais com banda proibida entre 1,8 e 3,1 eV absorvem

    apenas alguns comprimentos de ondas estes materiais so

    coloridos ex.:GaP, CdS

    iii) a luz visvel no pode ser absorvida por este mecanismo em

    materiais com banda proibida maior que 3,1 eV

  • 5-6 PROPRIEDADES TICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.6.5 Propriedades ticas dos materiais no-metlicos

    ABSORO(A) E TRANSMISSO (T) Impurezas podem contribuir para que alguns comprimentos de onda sejam absorvidos

    Ex.: safira e rubi

    Safira: cristal puro de Al2O3, isolante,

    transparente

    Rubi: safira onde uma pequena quantidade

    de ons Cr+3 substitui o Al+3, causa

    absoro na regio de luz azul do espectro

    visvel. Cristal resultante: vermelho

    Cor dos vidros de slica, cal, soda e chumbo pode sermodificada pela adio de xidos de elementos detransio

    Ex.: adio de 0,01 a 0,03% de CoO - colorao azuladaadio de 0,2% de NiO - colorao prpuraadio de 1,0% de FeO - amarelo esverdeada

    Cor pode ser resultado do desvio da estequiometriaou da presena de defeitos cristalinos

    Ex.: cristais puros de NaCl, KBr e KCl so incolores seforem recozidos em atmosfera de metais alcalinos ouirradiados com raios X ou neutrnscolorao: NaCl amarelo

    KBr azulKCl magenta

    Criou-se defeitos:

    centro de cor

  • 5-6 PROPRIEDADES TICASCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    5.6.5 Propriedades ticas dos materiais no-metlicos

    ABSORO (A) E TRANSMISSO (T)R, A e T dependem do material, do caminho tico, incidente

    Defeitos no material espalham a luz e podem torn-lo

    transparente, translcido ou opaco

    Ex.: monocristal de safira (Al2O3) transparente

    policristal de safira sem poros translcido

    policristal de safira com 5% poros opaco

    Variao da transmitncia com incidente para diversos materiais.

    Exemplo: lmpada de sdio (1000oC) com tubo de alumina

    (100 lmens/W convencional 15 lmens/W)

    Alumina convencional (opaca) Alumina translcida

    porosidade: 3% porosidade: 0,3

  • 5-7 EXERCCIOSCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    1 Elementos de liga influem pouco no mdulo de elasticidade. Entretanto, as resistncias mecnicas so

    significativamente afetadas. Porqu?

    2 Porque as ligas de metais tm maior resistncia mecnica do que os metais puros?

    3 Qual a dificuldade de se empregar deformao plstica para obter-se um aumento de resistncia mecnica para

    metais como chumbo, zinco e estanho?

    4 Qual o efeito da temperatura sobre o mdulo de elasticidade e sobre a resistncia mecnica de um metal?

    5 Qual a diferena entre tenso de cisalhamento crtica e tenso de cisalhamento efetiva?

    6 Porque metais com tamanho de gro pequeno possuem a temperatura ambiente maior resistncia mecnica do

    que se possussem gros maiores?

    7 Porque metais com tamanho de gro grande possuem a elevadas temperaturas maior resistncia mecnica do

    que se possussem gros pequenos?

    8 Os gros aumentam seu tamanho mdio a altas temperaturas? Porque no diminuem a baixas temperaturas?

    9 Explique como um tomo de um elemento liga bloqueia uma discordncia em movimento.

    10 Explique os diferentes estgios de fluncia.

    11 O que recuperao, rescristalizao e crescimento de gro? Descreva esses fenmenos.

    12 Qual a distino entre trabalho a frio e trabalho a quente para um metal. Para o tungstnio, por exemplo, qual

    seria a temperatura limite entre um e outro?

    13 Descreva a fratura dctil e a fratura frgil.

    14 Qual a importncia da temperatura de transio. Que estruturas esto mais susceptveis transformao dctil-

    frgil?

    15 Explique porqu um metal monocristalino mais macio e dctil que um metal policristalino?

    16 Qual a possvel relao entre resistncia mecnica trao de um metal e o resultado de dureza Brinell?

    Porqu?

  • 5-7 EXERCCIOSCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    17 Qual a possvel relao entre resistncia mecnica e limite fadiga de um metal? Porqu?

    18 Em que etapas pode-se dividir o processo de fadiga de um material metlico?

    19 A presena de discordncia contribui positivamente ou negativamente para a deformao plstica de um metal?

    20 Explique a Figura 1 abaixo.

    21 Relacione a estrutura e as propriedades mecnicas apresentadas na Figura 2.

    FIGURA 1 FIGURA 2

  • 5-7 EXERCCIOSCincia dos Materiais-DEMAT-EE-UFRGS

    22 O cloreto de sdio isolante no estado slido. Entretanto no estado lquido, ele um bom condutor. Justifique.

    23 As condutividades eltricas da maioria dos metais decrescem gradualmente com a temperatura, mas a

    condutividade intrnseca dos esemicondutores sempre cresce rapidamente com a temperatura. Justifique a

    diferena.

    24 Por que o efeito da temperatura na condutividade eltrica , em geral, mais acentuado em um semicondutor do

    que em um isolante?

    25 A adio de pequenas quantidades (menos de um ppm) de arsnio no germnio aumenta drasticamente sua

    condutividade eltrica (semicondutor do tipo n), enquanto que a adio de pequenas quantidades (menos de um

    ppm) de glio no germnio tambm aumenta drasticamente sua condutividade eltrica (semicondutor do tipo p).

    Explique estes dois comportamentos.

    26 Por que a deformao plstica de um metal ou liga aumenta sua resistividade eltrica e o posterior recozimento

    a diminui?

    27 Por que pequenas adies de soluto aumentam a condutividade eltrica do germnio e diminuem a do cobre?

    28 Pode um condutor metlico apresentar os fenmenos de ferroeletrecidade e/ou piezoeletrecidade?

    29 Qual a diferena entre conduo eletrnica e conduo inica?

    30 Em termos de bandas de energia eletrnica, discuta a razo para a diferena na condutividade eltrica entre

    metais, semicondutores e isolantes.

    31 Quais so as principais diferenas e similaridades entre um material (a) diamagntico e paramagntico e (b)

    ferromagntico e ferrimagntico?

    32 O que material magntico mole?

    33 O que magntico duro?

    34 Desenhe um ciclo de histerese para um material magntico mole (por exemplo, ferro) recozido. Como a

    deformao plstica a frio altera o ciclo de histerese deste material?

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    35 Explique porqu materiais ferromagntico podem ser permanentemente magnetizados, enquanto materiais

    paramagnticos no podem.

    36 Qual a diferena entre a estrutura cristalina espinlio e espinlio inverso?

    37 Explique brevemente porqu a magnitude de saturao de magnetizao diminui com o aumento da

    temperatura para um material ferromagntico e porque o comportamento ferromagntico cessa acima da

    temperatura de Curie.

    38 Em um dia frio, as partes metlicas de um carro causam maior sensao de frio que as partes de plstico,

    mesmo estando na mesma temperatura. Justifique.

    39 Justifique as afirmativas a seguir (a) a condutividade trmica de um policristal ligeiramente menor que a de

    um monocristal (do mesmo material). (b) uma cermica cristalina geralmente melhor condutora trmica que uma

    cermica amorfa.

    40 Defina nvel de Fermi.

    41 A condutividade eltrica do alumnio cerca de 20 ordens de grandeza maior que a da alumina. Por outro lado,

    a condutividade trmica do alumnio apenas 8 vezes maior que a da alumina. Justifique.

    42 A condutividade trmica da alumina maior que a condutividade trmica de um ao inoxidvel austentico do

    tipo 316 (Fe-19%Cr-11%Ni-2,5%Mo). Como voc justifica o fato de um material cermico ser melhor condutor de

    calor que um material metlico?

    43 Explique brevemente a expanso trmica usando a curva do potencial de energia versus a distncia

    interatmica.

    44 Compare o efeito da temperatura sobre a condutividade trmica e eltrica para materiais cermicos e

    metlioco.

    45 Para cada um dos pares de material apresentado decida qual deles tem a maior condutividade trmica.

    Justifique sua resposta. (a) prata pura; prata esterlina (92,5 Ag e 7,5 Cu % em peso); (b) slica fundida; slica

    policristalina.

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    46 A pele humana relativamente insensvel luz visvel, mas a radiao ultravioleta pode ser-lhe bastante

    destrutiva. Isto tem alguma relao com a energia do fton? Justifique.

    47 Quais as principais diferenas e similaridades entre um fton e um fnon?

    48 Quando um corpo aquecido a uma temperatura muito alta ele se torna luminoso. A medida que a temperatura

    aumenta, a sua cor aparente muda de vermelho para amarelo e finalmente para azul. Explique.

    49 O silcio no transparente luz visvel mas transparente radiao infravermelha. Justifique

    50 Um cristal de KCl irradiado com raios e adquire a cor prpura. O cristal colocado em um dessecador na

    temperatura ambiente. Com o passar do tempo, o cristal vai perdendo a cor. Justifique este comportamento.

    51 Por que alguns materiais transparentes so incolores e outros so coloridos? Por que a adio de zinco muda a

    cor do cobre?