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Química Professor C C a a d d e e r r n n o o d d e e A A t t i i v v i i d d a a d d e e s s P P e e d d a a g g ó ó g g i i c c a a s s d d e e A A p p r r e e n n d d i i z z a a g g e e m m A A u u t t o o r r r r e e g g u u l l a a d d a a - - 0 0 2 2 2ª Série | 2° Bimestre Disciplina Curso Bimestre Série Química Ensino Médio Habilidades Associadas 1. Relacionar a massa atômica e a massa molecular com o conceito de mol e a constante de Avogadro. 2. Reconhecer que a quantidade de matéria nos gases pode ser estimada pela aplicação da lei dos gases Ideais. 3. Fazer o balanceamento de equações simples.

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  • Qumica

    Professor

    CCaaddeerrnnoo ddee AAttiivviiddaaddeess

    PPeeddaaggggiiccaass ddee

    AApprreennddiizzaaggeemm

    AAuuttoorrrreegguullaaddaa -- 0022 22 SSrriiee || 22 BBiimmeessttrree

    Disciplina Curso Bimestre Srie

    Qumica Ensino Mdio 2 2

    Habilidades Associadas

    1. Relacionar a massa atmica e a massa molecular com o conceito de mol e a constante de Avogadro.

    2. Reconhecer que a quantidade de matria nos gases pode ser estimada pela aplicao da lei dos gases Ideais.

    3. Fazer o balanceamento de equaes simples.

  • 2

    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para se contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar solues

    para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-

    os a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em

    prtica.

    Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/mailto:[email protected]

  • 3

    Caro Tutor,

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 2 Bimestre do Currculo Mnimo de Qumica da 2 Srie

    do Ensino Mdio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o perodo de um

    ms.

    A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades

    com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando s

    trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no

    percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da

    disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de

    nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.

    A quantidade de matria um conceito bsico em qumica, que fundamenta-se

    na noo de que a matria constituda por entidades elementares de natureza

    microscpica. Neste caderno vamos conhecer a representao e quantificao da

    matria.

    Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas

    relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal

    eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o

    Professor Tutor.

    Este documento apresenta 05 (cinco) Aulas. As aulas podem ser compostas por

    uma explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias

    relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e

    atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as

    atividades propostas. As atividades so referentes a dois tempos de aulas. Para reforar

    a aprendizagem, prope-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliao sobre o assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

  • 4

    Introduo .......................................................................................... 03

    Objetivos Gerais..................................................................................

    Materiais de Apoio Pedaggico..........................................................

    Orientao Didtico-Pedaggica........................................................

    Aula 1: Voc sabia que podemos contar tomos e molculas?..........

    Aula 2: Estudo dos Gases....................................................................

    Aula 3:Balanceamento de equaes qumicas ...................................

    Avaliao.............................................................................................

    Pesquisa...............................................................................................

    Referncias..........................................................................................

    05

    05

    06

    07

    13

    18

    22

    26

    28

    Sumrio

  • 5

    No 1 bimestre estudamos o Comportamento Qumico das substncias. Neste

    bimestre temos como principal objetivo os clculos das massas moleculares das

    substncias atravs das massas atmicas dos tomos, converter massa em quantidade

    de mols usando a massa molar e utilizar a Constante de Avogadro para a converso

    entre a quantidade de mols e nmero de tomos, molculas ou ons em uma amostra.

    Em seguida, identificar as caractersticas e variveis dos gases ideais. Encerraremos

    este caderno de atividades com a representao das reaes qumicas atravs de

    equaes, por meio das frmulas das substncias e efetuar o balanceamento da

    equao, de forma que as quantidades de reagentes e produtos antes e depois da

    reao sigam a Lei de Lavoisier.

    No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais

    que podem auxili-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

    Aula

    Referncia Teleaulas n

    Aula 1 29

    Aula 2 ___

    Aula 3 30

    Materiais de Apoio Pedaggico

    Objetivos Gerais

  • 6

    Para que os alunos realizem as atividades referentes a cada dia de aula,

    sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no

    Caderno do Aluno:

    1 - Explique aos alunos que o material foi elaborado para que o aluno possa

    compreend-lo sem o auxlio de um professor;

    2 - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na pgina 3;

    3 - Reproduza as atividades para que os alunos possam realiz-las de forma individual

    ou em dupla;

    4 - Se houver possibilidade de exibir vdeos ou pginas eletrnicas sugeridas na seo

    Materiais de Apoio Pedaggico, faa-o;

    5 - Pea que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos

    abordados no texto base;

    6 - Aps a leitura do material, os alunos devem resolver as questes propostas nas

    ATIVIDADES;

    7 - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com

    toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para

    que os alunos possam verificar se acertaram as questes propostas na Atividade.

    Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementao.

    Orientao Didtico-Pedaggica

  • 7

    Muitas vezes no vemos as coisas como elas so e sim como somos.

    Precisamos aprender a perceber o quanto somos capazes de enxergar! Caro aluno,

    nesta aula iremos conhecer a representao e quantificao da matria e aprender

    que tambm podemos contar os tomos e as molculas mesmos sendo estes

    formados de partculas extremamente pequenas.

    Definir quantidades algo de fundamental importncia. Por isso, usamos uma

    infinidade de unidades para determinar o que desejamos pesar ou medir ou ainda

    classificar. Com os tomos e as molculas no muito diferente, o que precisamos

    neste caso utilizar um padro de medida. Os qumicos desenvolveram ento, uma

    escala relativa de massas atmicas, onde possvel determinar as massas das espcies

    qumicas. Esta escala denominada escala de massas atmicas. A seguir vamos

    entender como se chegou a tal escala:

    Para criar um escala de massas atmicas, necessrio escolher um

    elemento como padro e a determinado valor sua massa atmica. Desse

    modo, as massas atmicas de outros elementos qumicos adquirem valores

    relativos a este padro. Atualmente, o padro de referncia o istopo 12

    do carbono, a cuja massa se atribui o valor 12. Dessa maneira, todos os

    outros elementos tiveram suas massas atmicas recalculadas, e o resultado,

    e o resultado constitui a escala hoje aceita internacionalmente1.

    1 AMBROGI, Anglica; LISBOA, Jlio Cezar Foschini; FREGONESE, Elena Versolato. Unidades modulares de

    Qumica. So Paulo: Hamburg/Cecisp, 1987. p. 43-44.

    Aula1: Voc sabia que podemos contar tomos e molculas?

  • 8

    Representao de unidade de massa atmica2

    1. MASSA ATMICA (MA)

    A massa atmica de um tomo sua massa determinada em u, ou seja, a

    massa comparada com 1/12 da massa do 12C.

    2. MASSA MOLECULAR

    (MM)

    Corresponde massa de uma molcula de uma determinada substncia,

    expressa em u (unidade de massa atmica). Em termos numricos, a massa molecular

    igual soma das massas atmicas de todos os tomos presentes na molcula dessa

    substncia.

    Exemplo 1: Calcular a massa molecular da gua (H2O):

    Dados: Massas Atmicas: H = 1u e O = 16u

    Massa Molecular = (1 x 2) + (16 x 1) = 2 + 16 = 18 u

    Exemplo 2: Calcular a massa molecular da glicose (C6H12O6).

    Dados: Massas Atmicas: H = 1u; O = 16u e C = 12u

    Massa Molecular = (6 x 12) + (1 x 12) + (6 x 16) = 72 + 12 + 96 = 180 u

    2 Usberco, JooQumica volume nico / Joo Usberco, Edgard Salvador. 5. ed.reform. So Paulo:

    Saraiva, 2002. p. 207.

    Massa atmica do 4He2 4,0030 u 4 u

    Massa atmica do 27A13 26,9815 u 27 u

  • 9

    3. CONSTANTE DE AVOGADRO

    Baseado nas relaes de massas, que na verdade eram observadas em reaes

    qumicas, um cientista chamado Avogadro, elaborou uma hiptese conhecida como

    Princpio de Avogrado. Observe a seguir o que diz essa hiptese:

    Amedeo Avogadro3

    Lorenzo Romano Amedeo Carlo Avogadro (1776-1856), foi um advogado e

    fsico italiano, um dos primeiros cientistas a distinguir tomos e molculas.

    mais conhecido por suas contribuies para a teoria molecular. Em sua

    homenagem, o nmero de entidades elementares (tomos, molculas, ons,

    ou outra partcula) presentes em 1 mol dessa substncia conhecido como

    constante de Avogadro3.

    Esse nmero (N) tem como valor aceito atualmente:

    4. QUANTIDADE DE MATRIA MOL

    3 http://pt.wikipedia.org/wiki/Amedeo_Avogadro disponvel em 30/07/2013.

    6,022 x 1023 ou 6,02 x 1023 ou 6,0 x 1023

    http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADsicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1liahttp://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Constante_de_Avogadrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Amedeo_Avogadro

  • 10

    Um mol de cada um dos seguintes elementos comuns: carbono (carvo em p), enxofre (p amarelo),

    ferro (pregos), cobre (fios) e mercrio (metal lquido prateado)4.

    Ambas as palavras mol e molcula tm sua origem no latim moles, que entre

    seus muitos significados, traz a ideia de "poro", "quantidade", "massa" ou

    "grande massa". Porm, no se deve confundir o conceito de molcula com

    o de mol. Para evitar esta confuso, deve-se lembrar que molcula, palavra

    originalmente derivada do diminutivo de mol, refere-se de uma forma geral

    a uma entidade eletricamente neutra, tendo mais do que um tomo

    enquanto que mol, pode referir-se a 6,022 1023

    molculas.5

    O mol a quantidade de matria de um sistema que contm tantas entidades

    elementares quanto so os tomos de carbono contido em 0,012 kg de 12C. Sua

    unidade tambm chamada de mol. Ao se utilizar o mol, as entidades elementares

    devem ser especificadas tomos, molculas, frmulas, ons, eltrons e etc.

    A massa molar de um elemento qumico ou de uma substncia

    numericamente igual massa atmica desse elemento ou do total das massas

    atmicas componentes da substncia em unidades de massa atmica. Desta forma,

    conhecendo-se a massa atmica de um elemento (expressa em unidades de massa

    atmica, u) ou dos elementos constituintes da substncia, sabe-se tambm a sua

    massa molar expressa em g/mol.

    Exemplo 3: Calcular a massa molar da gua (H2O):

    Dados: Massas Atmicas: H = 1u e O = 16u

    Massa Molecular = (1 x 2) + (16 x 1) = 2 + 16 = 18 g/mol

    Exemplo 4: Calcular a massa molar da glicose (C6H12O6):

    Dados: Massas Atmicas: H = 1u; O = 16u e C = 12u

    4 http://www.proenc.iq.unesp.br/index.php/quimica/206-esteq-massatom disponvel em 30/07/2013.

    5 https://pt.wikipedia.org/wiki/Mol disponvel em 01/08/2013.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Latimhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culashttp://www.proenc.iq.unesp.br/index.php/quimica/206-esteq-massatomhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol

  • 11

    Massa Molecular = (6 x 12) + (1 x 12) + (6 x 16) = 72 + 12 + 96 = 180 g/mol

    O conceito de mol est intimamente ligado constante de Avogadro, onde 1

    mol tem aproximadamente 6,02 1023 entidades.

    1 mol de molculas de um gs possui aproximadamente 6,02 1023 molculas.

    1 mol de ons equivale a aproximadamente 6,02 1023 ons.

    1 mol de gros de areia equivale a aproximadamente 6,02 1023 gros de

    areia.

    Relao entre mol, massa molar e constante de Avogadro6

    Exemplo 5: Determine o nmero de molculas existentes em 2 mols de glicose

    (C6H12O6):

    1 mol de glicose _____________ 6,02 x 1023 molculas

    2 mols de glicose ____________ X

    X = 2 . 6,02 x 1023

    X = 12,04 x 1023 molculas

    6 Figura de autoria prpria.

  • 12

    1. Sabendo que a massa atmica do oxignio igual a 16u, calcule a massa molar do

    oznio (O3):

    a) 48 g/mol

    b) 16 g/mol

    c) 64 g/mol

    d) 32 g/mol

    e) 128 g/mol

    Massa Molar (O3) = 16 x 3 = 48 g/mol Gabarito:a

    2. Qual o nmero de mols de amnia (NH3) contidos em uma amostra de 68 gramas

    de amnia? (Massas Atmicas: H=1u; N = 14u)

    a) 1 mol

    b) 2 mols

    c) 3 mols

    d) 4 mols

    e) 5 mols

    Massa Molar (NH3) = (14 x 1) + (1 x 3) = 14 + 3 = 17 g/mol

    1 mol de NH3 ___________ 17 g

    X ____________ 68 g

    17. X = 1. 68 X = 4 mols

    Gabarito:d

    3. Determine o nmero de molculas existentes em 0,5 mol de cido ntrico (HNO3):

    1 mol de NHO3 _____________ 6,02 x 1023molculas

    0,5 mol de HNO3 _____________ X

    X = 0,5 x 6,02 x 1023 X = 3,01 x 1023 molculas

    Atividades Comentadas

  • 13

    Os gases so de grande importncia para vida no nosso planeta, o gs oxignio

    para a respirao e o gs carbnico produzido na fotossntese, entre outros. Muitas

    vezes so lembrados ou comentados apenas por suas caractersticas nocivas. O que

    precisamos compreender que, as alteraes feitas em sua composio natural a

    verdadeira causa de vrios problemas relacionados ao estudo dos gases. Nesta aula

    vamos conhecer algumas propriedades do estado gasoso, estudar a Lei do Gs Ideal

    que permite prever o comportamento dos gases diante das mudanas de presso, de

    volume e temperatura.

    A primeira pessoa a utilizar o termo gs foi Jean-Baptiste, um naturalista

    belga, alquimista e qumico. O termo gs vem do grego caos e significa

    espao vazio. O gs tem como caracterstica principal ocupar totalmente o

    volume do recipiente que o hospeda independentemente de sua

    quantidade. Isso acontece porque os gases se comportam de forma

    desordenada em virtude do grau de liberdade que possuem, ocupando

    totalmente o volume do recipiente a ele oferecido. Outra caracterstica dos

    gases sua grande capacidade de compresso7.

    O estado em que se apresenta um gs, sob o ponto de vista microscpico,

    caracterizado por trs variveis: presso, volume e temperatura. So denominadas

    variveis de estado.

    Como vimos na aula anterior, os qumicos utilizam o mol para expressar a

    grandeza quantidade de matria. Assim como usamos os termos massa molar para

    7 http://www.brasilescola.com/fisica/leis-dos-gases.htm disponvel em 31/07/2013.

    Aula 2: Estudo dos Gases

    http://www.brasilescola.com/fisica/leis-dos-gases.htm

  • 14

    designar a massa de 1 mol, vamos utilizar volume molar para nos referir ao volume

    ocupado por 1 mol de uma determinada substncia.

    CNTP = condies normais de temperatura e presso, 0 C (273K) e 1 atm

    (760mmHg).

    Exemplo 1. Qual o volume ocupado por 0,75 mol de gs nitrognio (N2) nas condies

    normais de temperatura e presso (CNTP)?

    1 mol ______________ 22,4 L

    0,75 mol ______________ X

    X = 0,75 . 22,4 X = 16,8 L

    GS IDEAL

    Gs ideal aquele que possui propriedades inexistentes nos gases naturais,

    sempre confirmadores da teoria cintica dos gases. Alm disso, no existe nenhum gs

    ideal, no entanto sob determinadas condies de temperatura e presso baixas

    presso e temperatura altas qualquer gs poder apresentar comportamento

    prximo ao gs ideal.

    O estudo dos gases feito pelo comportamento de suas partculas, que podem

    ser tomos ou molculas. Segundo a teoria cintica dos gases, um gs ideal apresenta

    as seguintes caractersticas:

    Volume molar de gases o volume ocupado por um mol de qualquer gs, a uma determinada presso e temperatura.

    Volume Molar = 22,4 L/mol nas CNTP

    Volume Molar = 22,4 L/mol nas CNTP

    Volume Molar = 22,4 L/mol nas CNTP

  • 15

    1. Suas partculas so de tamanho desprezvel, no podendo realizar movimento

    de rotao;

    2. A fora de interao eltrica entre as partculas deve ser nula;

    3. Chocam-se sem perda de energia cintica.

    A equao que descreve normalmente a relao entre a presso, e volume, a

    temperatura e a quantidade (em moles) de um gs ideal :

    P. V = n . R . T

    P = presso

    V = volume

    n = nmero de mols ( dado pela razo entre a massa do gs (m) e sua massa molar

    (M)).

    T = temperatura (K) T = tC + 273

    R = constante universal dos gases

    R = 0,082 atm . L/mol . K R = 62,3 mmHg . L/mol . K

    R = 8,315 kPa . L/mol . K

    Exemplo 2. Determine a massa de oxignio (O2) contida em um recipiente fechado

    (P = 4 atm). Sabe-se que o volume ocupado de 0,82 L e a temperatura de 27 C:

    Dados: Massa Molar do O2 = 32 g/mol

    A Lei do Gs Ideal se aplica a substncias no estado gasoso

    (de comportamento ideal), com a temperatura necessria na

    escala Kelvin e com P e V nas mesmas unidades de R.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Mol

  • 16

    P = 4 atm

    V = 0,82 L

    T = 27 C (fazer a converso para Kelvin) T = 27 + 273 = 300K

    R = 0,082 atm . L/mol . K

    m = ?

    n =

    4 x 0,82 x 32 = m x 0,082 x 300 104,96 = m x 24,6 m = 4,2g

    Encerramos aqui mais uma etapa de nosso aprendizado, que tal agora

    exercitarmos um pouco mais o conhecimento aprendido?

    1. Um recipiente fechado contm 22g de gs carbnico (CO2) a 17C e exercendo a

    presso de 1,45 atm. Calcule o volume do recipiente:

    Dados : MCO2 = 44 g/mol ; R = 0,082 atm.L / K.mol

    m = 22 g

    T = 17C 17 + 273 = 290K

    R = 0,082

    P = 1,45 atm

    M = 44 g/mol

    V = ?

    Atividades Comentadas

  • 17

    2. Qual o volume ocupado nas CNTP, por 85 g de gs amnia (NH3) ?

    Dados: N = 14 e H = 1

    3. Um balo de vidro de 60,0 L contm uma mistura gasosa exercendo a presso de

    0,82 atm a 300 K. Calcule o nmero de moles dos gases contidos no recipiente:

    Dados : R = 0,082 atm.L / K.mol

    P = 0,82

    T = 300

    V = 60,0

    R = 0,082

    n = ?

  • 18

    O que o simples ato de cozinhar tem a ver com o balanceamento das equaes

    qumicas?

    Preparo de um bolo8.

    Quando estamos diante de uma receita, seja ela qual for, temos que estar

    atentos quantidade de ingredientes que sero utilizados, pois qualquer erro em sua

    proporo e podemos perder toda receita. Com a qumica no muito diferente, para

    que se tenha certa quantidade de produto vamos precisar de uma quantidade exata de

    reagentes.

    As equaes qumicas nos mostram a proporo em nmero de molculas,

    segundo a qual as substncias reagem e se formam. Nesta aula vamos entender que as

    massas dos reagentes so consumidas progressivamente e que as massas dos produtos

    so aumentadas da mesma maneira.

    Representao da Equao Qumica9.

    8 http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_bolo.htm disponvel em02/08/2013. 9 Figura de prpria autoria.

    Aula 3: Balanceamento de equaes qumicas

    http://www.labvirtq.fe.usp.br/simulacoes/quimica/sim_qui_bolo.htm%20disponvel%20em02/08/2013

  • 19

    Durante a reao, tomos de um determinado elemento no se transformam

    em tomos de outro elemento. No h perda de tomos que j existem ou criao de

    novos tomos, na realidade, o que ocorre que tomos das substncias reagentes se

    reagrupam de um modo diferente, dando origem a novas substncias.

    2 H2 + 1 O2 2 H2O

    Total de tomos do reagente: Total de tomos do produto:

    4 tomos de H 4 tomos de H

    2 tomos de O 2 tomos de O

    Essa igualdade de tomos no reagente e no produto deve-se ao fato de que a

    equao qumica est devidamente balanceada. Balancear uma equao qumica

    significa ajustar os coeficientes desta equao, seguindo a Lei de Conservao das

    Massas, enunciada pelo cientista francs Lavoisier, veremos a seguir o diz essa lei:

    Antoine Laurent de Lavoisier

    Antoine Laurent de Lavoisier (1743 1794) foi um qumico francs, considerado o pai da qumica

    moderna. Foi o primeiro cientista a enunciar o princpio da conservao da matria. Alm disso,

    identificou e batizou o oxignio, refutou a teoria flogstica e participou na reforma da nomenclatura

    qumica. Clebre por seus estudos sobre a conservao da matria, mais tarde imortalizado pela frase

    popular:

  • 20

    Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma10

    .

    Representao da Molcula de gua11.

    As quantidades de tomos das substncias envolvidas em uma reao devem ser

    conservadas e, para que isso ocorra, so usados os menores nmeros possveis que

    indiquem as mesmas quantidades dos tomos reagentes nos produtos.

    Exemplos:

    A) 2 KCO3 2 KC + 3 02

    Total de tomos do reagente:

    2 tomos de K; 2 tomos de C; 6 tomos de O

    Total de tomos do produto:

    2 tomos de K; 2 tomos de C; 6 tomos de O

    B) 1 Mg(OH)2 + 1 H2SO4 1 MgSO4 + 2 H2O

    Total de tomos do reagente:

    1 tomo de Mg; 1 tomo de S; 4 tomos de H; 6 tomos de O

    Total de tomos do produto:

    1 tomo de Mg; 1 tomo de S; 4 tomos de H; 6 tomos de O

    10

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Antoine_lavoisier_color.jpg disponvel em 02/08/2013. 11 Figura de autoria prpria.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Antoine_lavoisier_color.jpg

  • 21

    1. Faa corretamente o balanceamento das reaes abaixo:

    a) 4 Fe + 3 O2 2 Fe2O3

    b) 1 CaCO3 1 CaO + 1 CO2

    c) 2 FeS2 + 11/2 O2 Fe2O3 + 4 SO2

    d) 2 NaOH + 1 H2SO4 1 Na2SO4 + 2 H2O

    2. Uma das formas experimentais de obteno do metanol (CH3OH) consiste em reagir

    monxido de carbono (CO) com hidrognio molecular (H2). Faa o balanceamento da

    equao que representa o processo descrito acima.

    1 CO + 2 H2 1 CH3OH

    Atividades Comentadas

  • 22

    Caro Professor Aplicador, sugerimos algumas diferentes formas de avaliar as

    turmas que esto utilizando este material:

    1 Possibilidade:

    As disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliao do Saerjinho, podem utilizar a

    seguinte pontuao:

    Saerjinho: 2 pontos;

    Avaliao: 5 pontos;

    Pesquisa: 3 pontos.

    As disciplinas que no participam da Avaliao do Saerjinho, podem utilizar a

    participao dos alunos durante a leitura e execuo das atividades do caderno como

    uma das trs notas. Neste caso teramos:

    Participao: 2 pontos;

    Avaliao: 5 pontos;

    Pesquisa: 3 pontos.

    Avaliao

  • 23

    1. (UFF RJ) Feromnios so compostos orgnicos secretados pelas fmeas de muitos

    insetos para determinadas funes, dentre as quais a de acasalamento. Um

    determinado feromnio, utilizado com esta finalidade, tem frmula molecular C19H38O

    e, normalmente, a quantidade secretada cerca de 1,0 x 10-12 g. Pode-se afirmar que o

    nmero de molculas existentes nessa massa :

    Dados: C = 12; H = 1; O = 16

    1 mol _______ Massa _______ 6,02 x 1023 molculas

    a) 6,0 x 10-23 A relao ser entre a massa e o nmero de molculas.

    b) 1,7 x 10-17 C19H38O = (12x19) + (1x38) + (16x1) = 286 g

    c) 2,1 x 109

    d) 4,3 x 1015

    e) 1,7 x 1020

    Gabarito: c

    2. (Saerjinho 2012) O gs butano um dos constituintes do gs de cozinha. A queima

    desse gs produz gs carbnico e gua, como mostra a equao abaixo:

    2 C4H10(g) + X O2 8 CO2(g) + 10 H2O(v)

    Nessa equao, o valor do coeficiente X, para que essa equao esteja balanceada :

    a) 4 X = 13

    b) 6,5 13 X 2 = 26

    c) 8 Total de tomos de O no reagente = 26

    d) 13 Total de tomos de O no produto = 26

    e) 16 Gabarito:d

  • 24

    3. (Saerjinho - 2012) O volume molar de um gs, o volume ocupado por um mol

    desse gs, a uma determinada presso e temperatura.

    Qual o volume aproximado, ocupado por uma amostra constituda de 8,8 g de gs

    carbnico que se encontra nas CNTP?

    Dado: Volume Molar = 22,71L

    a) 0,20 L CO2 = (12 x 1) + (16 x 2) = 44 g

    b) 2,27 L 1 mol _____Massa _____ 22,71 L

    c) 4,54 L 44 g _______ 22,71 L

    d) 22,71 L 8,8 g _______ X

    e) 45,42 L Gabarito:c

    4. (Saerjinho - 2012) Muitos gases so armazenados em cilindros que mantm a

    presso e a temperatura constante. Um cilindro de 17,5 L, contm 32 g de um

    determinado gs que exerce 623 mmHg de presso a uma temperatura de 77 C.

    Qual a massa molar aproximada desse gs?

    Dado: Constante universal dos gases perfeitos (R) = 62,3

    a) 17 g V = 17,5 L

    b) 30 g T = 77C 77 + 273 = 350 K

    c) 34 g m = 32 g

    d) 44 g P = 623

    e) 64 g R = 62,3

    M = ?

    Gabarito: c

  • 25

    5. (Saerjinho - 2012) A massa molar indica a massa existente em um mol de qualquer

    substncia calculada em relao ao istopo do tomo de carbono. Cada substncia

    tem uma massa molar que depende dos tomos que a constitui.

    A massa, em gramas, de um mol de A2(SO4)3 de, aproximadamente:

    a) 123 A2(SO4)3 = (27 x 2) + (32 x 3) + (16 x 12) = 342 g/mol

    b) 150

    c) 167

    d) 315

    e) 342

    Gabarito: e

  • 26

    Caro professor aplicador, como sugesto de pesquisa o tema abordado ser Jogos

    Olmpicos e o dopping, espera-se que o aluno realize esta atividade em casa, devendo

    ser entregue ao professor com data pr estabelecida por voc ou pela Unidade Escolar.

    Leia atentamente as questes a seguir e atravs de uma pesquisa responda

    cada uma delas de forma clara e objetiva. ATENO: No se esquea de identificar as

    Fontes de Pesquisa, ou seja, o nome dos livros e sites nos quais foram utilizados.

    Em 2016 o Rio de Janeiro ser sede dos Jogos Olmpicos, mas o que isso tem a ver com

    Qumica? Os qumicos criaram um mtodo de prever se os atletas fazem uso de

    substncias capazes de aumentar o desempenho. Atravs da pesquisa registre

    individualmente e entregue ao professor segundo a data estabelecida por ele.

    I Como feita a anlise dessas substncias?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    II Alm dos jogos, qual a importncia dessas tcnicas em favor da sociedade?

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    Pesquisa

  • 27

    III Expresse sua opinio sobre o uso de anabolizantes entre os atletas.

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

    ________________________________________________________________________

  • 28

    [1] TITO, M.P.E. CANTO, E. L. Qumica na abordagem do Cotidiano. Volume 1. Moderna

    Ltda. So Paulo, 1943. Captulos 13 e 14 pgs. 278 a 350.

    [2] LISBOA, Julio Cezar Foschini. Ser Protagonista Qumica. Volume 1. Editora SM

    Edies. Captulo 13 pgs. 244 a 248. Captulos 17, 18 e 19 pgs. 318 a 377.

    [3] Usberco, Joo Qumica volume nico / Joo Usberco, Edgard Salvador. 5. ed.

    reform. So Paulo : Saraiva, 2002. Unidades 7 e 8 pgs. 207 a 237.

    Referncias

  • 29

    Equipe de Elaborao

    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Tavares Maurcio Lessa

    Coordenao de reas do Conhecimento

    Bianca Neuberger Leda

    Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva

    Ivete Silva de Oliveira Marlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORES

    Elaine Antunes Bobeda Marco Antonio Malta Moure

    Renata Nascimento dos Santos