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CLUBE DE POESIA E ESCRITA CRIATIVA POESIA PROSA OUTROS 1.º PERÍODO ALGUNS OBJETIVOS DO CLUBE - Fomentar nos alunos de todos os níveis de ensino o gosto pela escrita e leitura; - Promover oportunidades de valorizar a escrita e a leitura; - Reforçar a dimensão de escola aberta, onde todos (os alunos) possam ser interventivos e dar a conhecer o produto dos seus pensamentos e das suas reflexões; - Dar aos alunos ferramentas que lhes permitam descobrir potencialidades e adquirir consciência de si próprios a nível emocional, cognitivo, estético e moral; - Estabelecer redes de conexões temáticas nas diferentes disciplinas; - Desenvolver áreas de competências contempladas no “Perfil do aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória” e, assim, promover o sucesso educativo; - Promover a possibilidade de abordar situações e assuntos objetivos, a partir de perspetivas diferentes, subjetivas, que visam “cristalizar” emoções, sentimentos e ideias em palavras, versos, frases, poemas e textos criativos; - Divulgar os trabalhos produzidos, seja em momentos comemorativos, divulgação entre a comunidade escolar e/ou através da publicação – em formato digital – de um livro.

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  • CLUBE

    DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    POESIA PROSA OUTROS

    1.º PERÍODO ALGUNS OBJETIVOS DO CLUBE

    - Fomentar nos alunos de todos os níveis de ensino o gosto pela escrita e

    leitura;

    - Promover oportunidades de valorizar a escrita e a leitura;

    - Reforçar a dimensão de escola aberta, onde todos (os alunos) possam ser

    interventivos e dar a conhecer o produto dos seus pensamentos e das suas

    reflexões;

    - Dar aos alunos ferramentas que lhes permitam descobrir potencialidades e

    adquirir consciência de si próprios a nível emocional, cognitivo, estético e

    moral;

    - Estabelecer redes de conexões temáticas nas diferentes disciplinas;

    - Desenvolver áreas de competências contempladas no “Perfil do aluno à Saída

    da Escolaridade Obrigatória” e, assim, promover o sucesso educativo;

    - Promover a possibilidade de abordar situações e assuntos objetivos, a partir

    de perspetivas diferentes, subjetivas, que visam “cristalizar” emoções,

    sentimentos e ideias em palavras, versos, frases, poemas e textos criativos;

    - Divulgar os trabalhos produzidos, seja em momentos comemorativos,

    divulgação entre a comunidade escolar e/ou através da publicação – em

    formato digital – de um livro.

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    O Regresso à Escola em Fase de Pandemia Devido à Covid-19, estamos a viver uma situação complicada e nova para todos e nos últimos meses de aulas do 6ºano tivemos de ter

    aulas online, ou seja, aulas através da internet em nossa casa, para não estarmos muito próximos uns com os outros, de forma a evitar

    o contágio. Pessoalmente, não gostei muito de ter aulas online, pois não era a mesma coisa como se estivesse na escola, e além disso

    não estava em convívio com os meus colegas e professores, mas mesmo assim continuei a ser trabalhadora e esforcei-me para

    conseguir aprender cada vez mais e ter bons resultados.

    Felizmente, no passado dia 17 de setembro, foi possível regressar à escola, para um novo ano letivo de 2020/21.

    Nas semanas antes do regresso às aulas eu não pensava noutra coisa, arrumava e desarrumava o material só para me conseguir

    entreter, pois ao fim de seis meses em casa já não havia nada de interessante para fazer.

    Mas finalmente chegou o grande dia!

    Na manhã do dia 17, eu estava muito ansiosa para ver como estava a escola organizada e também com um pouco de receio por causa

    do vírus, mas acima de tudo estava cheia de saudades dos meus colegas e também dos professores e funcionários.

    Quando lá cheguei, logo para começar foi um pouco estranho porque à entrada tinha um frasco de álcool para a desinfeção das mãos

    e o chão estava marcado com vários circuitos por onde devíamos andar, o que antes não acontecia. Quando vi as minhas colegas fiquei

    emocionada, nos anos anteriores eu costumava abraçá-las, mas este ano não podia, o que me deixou muito triste. Além disso, com as

    máscaras nem podemos ver a cara dos nossos amigos, dos professores e também dos funcionários, mas eu sei que é para o nosso

    bem!

    Nestas primeiras aulas de cada disciplina, os professores explicaram-nos como é que estão agora as coisas organizadas e falámos

    sobre todos os cuidados que temos de ter, como por exemplo: a lavagem e desinfeção das mãos, a utilização correta da máscara e a

    importância do distanciamento social.

    Agora já estou mais habituada a todas estas mudanças, mas eu só espero que isto passe rapidamente e que não tenhamos de voltar

    para casa. Por isso, temos todos de contribuir cumprindo todas as regras, por muito que às vezes seja difícil estarmos um pou co mais

    “longe” dos nossos amigos.

    Gabriela Teixeira, 7.ºA

    EB Arazede

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Momentos difíceis…

    Foi em março de 2020

    Que tudo começou

    As notícias surgiram

    A pandemia chegou

    Portugal não estava à espera

    Que tal viesse a acontecer

    Mas depressa se compreendeu

    Que pessoas podiam morrer

    Um confinamento foi imposto

    Em casa todos tiveram de ficar

    Foram momentos difíceis

    Mas a saúde em primeiro lugar

    Hoje, continuamos a lutar

    Contra esta pandemia

    Juntos, poderemos vencer

    Certamente que será uma alegria

    EB1 Seixo, 2º B

    A folha de papel

    A folha de papel não queria se rasgar,

    Riscar, pintar

    Nem se podia molhar,

    A folha de papel, não sabia o que estava a perder,

    Ser pintada, ser riscada

    Ser transformada num desenho para viver,

    A folha de papel continuou a não querer,

    Até que arte teve de ir ver,

    Passado um pouco,

    Deixou-se pintar,

    Nem queria acreditar no que se conseguiu transformar,

    A folha de papel deixou-se pintar

    Transformou-se numa rosa,

    A brilhar ao luar.

    João Louro, 6.ºA EB Arazede

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    “Tu eras homem para isto”

    Vos ouço dizer

    E confirmarias, sim sou

    Porque és de facto

    Homem para inúmeras coisas P

    Coisas que em ti se revelam simples O

    Ou simplesmente se revelam E

    Quando nas tuas mãos postas M

    A

    Não discriminas termos técnicos

    E eles que precisam de sóis, flores e amores] D

    Para aclamar poesia O

    Tu integra-los

    H

    Mas simples, sempre simples, O

    Senhor de si M

    E da sua humildade E

    E de seu léxico estudado M

    E, com os pés na terra,

    Afrontando os fantasmas deste mundo] P

    Perpetuavas o sonho O

    Escrevias poesia E

    T

    A

    Diogo Curto – 11ºB2

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Só é sabido o sábio que não encontra sapiência O

    Ou ao procurá-la se depara com a sua ausência

    Porque aquele que reconhece desconhecimento S

    Sabe mais que os outros e por um só descobrimento Á

    B

    Então, aldrabão, não procures verdades na ciência I

    Por favor, nunca me caias em tamanha imprudência O

    Descobre-lhe o tempo, a ocasião e o momento

    Faz poesia: envolve-a em fé e sentimento I

    G

    Digo-te que talvez encontres em ti resiliência N

    É em alturas essas que é preciso paciência O

    Pois, se for p’ra seguir de tal modo ao sabor do vento, R

    Não saberás, nem contes com o meu consentimento. A

    N

    T

    E

    Diogo Curto – 11ºB2

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Poesia em tempo de São Martinho

    São Martinho

    Grande cavaleiro

    Traz o bom vinho

    Sem gastar nenhum dinheiro.

    11 de novembro é o seu dia

    Outono é a sua estação

    Come-se e bebe-se com alegria

    No coração.

    Assamos as castanhas na fogueira

    Comemo-las quentinhas

    Junto à lareira

    Enrolados numas mantinhas.

    As castanhas são deliciosas

    Dos castanheiros são colhidas

    São saborosas

    Tanto assadas como cozidas.

    João Lourenço e Vânia Simões (9.ºB)

    EB Arazede

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Este cientista nasceu no Porto, no ano de 1969. Começou a gostar de fazer experiências quando tinha 10 anos, mas também gostava

    de política e de andar para cá e para lá com uma bolsa com líquido de experiências.

    - Quais eram as brincadeiras que preferia em criança e quem andava consigo?

    - Fui uma criança cheia de amigos, costumávamos brincar às escondidas no parque.

    - Que profissão queria ter?

    - Desde pequeno que quis ser cientista.

    - O senhor tinha boas notas na escola que frequentava?

    - Sim, eu costumava estudar uma hora por dia.

    - Qual era o seu ídolo preferido?

    - Eu adorava o Eusébio.

    - Que matéria é que gostava mais de estudar?

    - Eu gostava mais de ciências e de matemática.

    - Foi por isso que se tornou cientista?

    - Sim, foi sempre o meu sonho.

    - Obrigado por tudo.

    - Não tem de quê.

    Tiago Simões, 6ºA EB Arazede

    Estou aqui com o Marco, um cientista, que me vai dizer alguma coisa sobre o Covid-19.

    - Olá, como está?

    - Estou bem, obrigado.

    - Posso fazer umas perguntas?

    - Sim, pode.

    - Já encontraram a cura para o Covid-19?

    - Ainda estamos em fase de testes.

    - Quando é que a cura vai chegar às pessoas?

    - Em princípio, em 2022.

    - Porquê dois anos?

    - Porque quando encontramos a cura, depois temos de fazer testes.

    - Ok, obrigado pelas suas respostas.

    - De nada.

    Ruben Costa, 6.ºA – EB Arazede

    Entrevistas

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Na pele de um Marinheiro

    Navegar……Navegar……Navegar por esse mar a fora……

    Eram dias e dias em alto mar em conquista de terras nunca antes vistas!

    Os dias eram quase sempre iguais, apesar das tarefas serem muitas. Limpezas, cozinha, roupa lavada, animais para alimentar e

    vigia do navio contra piratas.

    A ambição e a curiosidade de encontrar terra superavam tudo. Dia após dia à espera de avistar algo de novo. Em alto mar, há

    dias muito calmos e dias onde o mar se encontra muito agitado. Apesar do perigo, os dias de mar revolto passam mais rápido do que

    os de dias de calmaria, parece que os dias não passam, que o tempo para. Em dias de tempestade e quando o sino dá o alarme, cada

    um de nós tem de ser rápido a puxar os cabos, a descer as velas e a reduzir o pano para manter o barco equilibrado . Às vezes é de

    meter medo. Mas, mesmo assim, é preferível enfrentar uma tempestade do que suportar a calmaria; quando nada acontece fica di fícil o

    tempo passar.

    Nem as horas passadas a apertar os nós dos cabos, a limpar o porão, a puxar o lustro dos metais ou a subir e descer os mastros

    são suficientes para o tédio desaparecer.

    O navio é por muito tempo a casa do marinheiro, o seu abrigo e a forma de chegar a locais distantes. Mas, sem dúvida que não

    é uma boa casa, principalmente para aqueles que não estão habituados a tal.

    Durante a viagem há muitos que adoecem e que acabam por morrer. A falta de condições de higiene e a má alimentação, levam

    a que muitos dos que embarcam não cheguem a bom porto.

    Aqui, onde o mar é de perder de vista, não temos amigos nem família, só companheiros de viagem. Com o passar do tempo vão

    acabando por ser a única família que temos (durante meses). Companheiros de

    longas noites, de copos, confidentes das amarguras de viagem; enfim, as únicas

    pessoas que vemos durante meses a fio.

    E para quem consegue sobreviver……

    É muito bom quando se avista terra……

    A terra procurada ou a terra de chegada……

    Mafalda Rama, 8.ºA

    EB 2,3 Dr. José Santos Bessa, Carapinheira

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Carapinheira, 28 de dezembro de 2073

    Meus queridos netos:

    Respondendo à vossa pergunta, a avozinha está bem e está com muitas saudades vossas.

    Nesta carta eu vou contar uma história sobre o que aconteceu durante a minha infância. Meus netinhos, quando eu andava na

    escola houve uma grande pandemia devido á covid-19 ou mais conhecida por pandemia de coronavírus. A covid-19 era uma

    doença respiratória aguda causada pelo coronavírus de síndrome respiratório agudo grave. A covid-19 foi identificada pela

    primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, República Popular da China, em 1 de dezembro de 2019. O primeiro caso da

    covid-19 foi reportado a 31 de dezembro do mesmo ano. Acreditou-se que o vírus tinha uma origem zoonótica porque os

    primeiros casos confirmados tinham principalmente ligações ao Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan, que também

    vendia animais vivos. No dia 18 de março a avozinha e os seus colegas tiveram de ir para casa devido ao surto que estava a

    decorrer por causa da covid-19. A partir desse dia as nossas vidas tinham mudado muito, eram muitas experiências novas que

    todos nós não estávamos habituados a viver. A avó teve aulas online e também a partir da telescola, confesso que não foi nada

    fácil porque não sabíamos o que estava por vir. No dia 26 de junho acabaram as aulas e começaram as férias de verão. Quando

    as férias começaram, os casos de covid-19 aumentaram bastante e houve muitas mortes. No dia 17 de setembro, finalmente,

    começou a escola da avó, mas, como devem imaginar, todos tínhamos de estar de máscara e cumprir com as devidas regras

    propostas pela DGS, Direção Geral de Saúde.

    Mas vá, a avozinha tem de se despedir. Beijinhos grandes da avó Diana que vos ama muito.

    Diana Marta, 8.ºA

    EB 2,3 Dr. José dos Santos Bessa, Carapinheira

  • 1.º Período

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    2020/2021

    Carapinheira, 25 de setembro, 2080

    Queridos netos:

    Quando a avó andava no 7ºano, eu e o resto do mundo fomos apanhados de surpresa pela chegada de um vírus vindo da China,

    o Covid-19, que afeta o sistema respiratório.

    Este vírus teve um impacto muito grande na população Chinesa e, mais tarde com as viagens, foi-se espalhando por todo o

    mundo. Ainda nos aguentámos, mas não por muito tempo. Em março de 2020 fomos todos de quarentena para casa com estado de

    emergência decretado, não podíamos sair à rua nem conviver com ninguém a não ser as pessoas que viviam connosco, foi um tempo

    horrível.

    Como não conhecíamos o vírus e não sabíamos como tratá-lo nem como travá-lo, morreu muita gente.

    Como não podíamos ir à escola, tivemos de arranjar formas de termos aulas em casa e descobrimos a classroom e o meet

    (videochamadas através do computador) e era assim que aprendíamos.

    De seguida, entrámos nas férias de verão; podíamos fazer tudo, mas com bastantes cuidados, como usar máscara, desinfetar e

    lavar as mãos várias vezes e estar sempre com uma distância de segurança das outras pessoas.

    Finalmente chegou o mês de setembro, e significava que era altura de voltarmos todos à escola. Estava tudo muito diferente.

    Tínhamos de usar máscara, desinfetar as mãos sempre antes de entrarmos para as salas de aulas, só tínhamos aulas apenas numa

    sala, tínhamos de ter uma distância de segurança de todos os nossos colegas. Tínhamos também intervalos desencontrados e, claro,

    só podíamos tirar a máscara para comer.

    Acho que por agora chegou a altura de nos despedirmos, mas prometo voltar para vos contar o que aconteceu a seguir.

    Tenho muitas saudades vossas e espero ver-vos em breve.

    Beijinhos da vossa avozinha Mafalda.

    P.S. mandem beijinhos aos vossos pais!

    Mafalda Rama, 8.ºA

    EB 2,3 Dr. José Santos Bessa, Carapinheira

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Carapinheira, 28 de setembro de 2060

    Queridos netinhos:

    Obrigado pela prenda de anos da avó e pela mensagem de parabéns. Respondendo à vossa pergunta, a avó está bem e com muitas,

    mesmo muitas saudades vossas. Agora, a avó vai contar-vos uma história que aconteceu com ela.

    No último dia do mês de dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, capital e maior cidade da província de Hubei, na República Popular

    da China, surgiu uma pandemia chamada covid-19. Passado um mês, em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde

    (OMS) declarou que, este surto, constituiu uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Embora o COVID-19 já se

    tivesse difundido em cinco continentes, a OMS só o considerou como Pandemia no dia 11 de março de 2020. Nessa altura, ainda a

    vossa avozinha andava na escola, no 7.ºA e teve que ir para casa quando a DGS (Direção Geral da Saúde) declarou estado de

    emergência. Quando a avozinha foi para casa teve de ter aula à distância, o que não deu bom resultado, pois não aprendíamos nada.

    Houve muitas mortes, infetados assintomáticos e sintomáticos. Os assintomáticos não tinham sintomas e os outros tinham sintomas,

    por exemplo tosse seca, febre, cansaço e sintomas menos comuns: tensão e dores musculares, dores de garganta, diarreia, conjuntivite,

    dor de cabeça, perda de paladar ou olfato, irritações na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Os sintomas mais graves

    eram a dificuldade respiratória ou falta de ar, pressão ou dor no peito e perda da fala ou capacidade motora. Depois, no dia 17 de

    setembro de 2020, a vovó voltou à escola e já estava no 8.ºA.

    Quando voltamos à escola, tivemos que cumprir as regras que a DGS impos. Por agora é tudo, se quiserem saber mais perguntem

    à vovó e podem vir cá a casa da vovó que ela explica melhor.

    Beijinhos e abraços grandes da vovó Íris

    Íris Sousa, 8.ºA

    EB 2,3 Dr. José Santos Bessa, Carapinheira

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Carapinheira, 19 de março de 2065

    Uma história do Covid-19

    Meus queridos netinhos:

    A vossa vovó já tinha saudades vossas, saudades de vos contar estas histórias dos tempos que vivi. Quero contar-vos sobre uma

    pandemia que aconteceu quando era mais novita, que se chamava de covid-19, mais concretamente coronavírus. Era um vírus que

    começou na China e se espalhou pelo mundo inteiro.

    Naquela altura todos nós tínhamos medo, pois podíamos ser infetados e ter de largar tudo para ficar em casa de repouso em

    quarentena e isso prejudicava a nossa vida de estudante, até chegar ao ponto de não poder estar com a família. E lá se passar am 5

    meses até voltarmos à nossa escola, mas tudo tinha mudado, pois tínhamos novas regras, novos planos para cumprir tal como entrar

    com máscaras, manter a distância sempre que possível, lavar e desinfetar as mãos para que naquele tempo nós conseguíssemos

    proteger-nos a nós e aos nossos próximos.

    Para nós foram dias preocupantes, semanas de muitas lutas, muitas dificuldades e muitas dúvidas, porque a cada dia havia mais ou

    menos 700 pessoas infetadas e havia também muitas mortes. O inesperado aconteceu-nos, o covid-19 também chegou a nós, o medo

    era muito, mas sempre pensámos que iriamos conseguir superar.

    Meus netos, a vida nem sempre é como nós desejamos, às vezes há percalços e temos que os enfrentar e ultrapassar e, naquela

    altura, era-nos dito que era importante cumprirmos com a higiene e com as regras estabelecidas, para que tudo voltasse ao normal.

    Beijinho da vovó Matilde que vos adora muito e prometo que continuarei a contar-vos mais histórias que me foram acontecendo.

    Matilde Sousa, 8.ºA

    EB 2,3 Dr. José Santos Bessa, Carapinheira

  • 1.º Período

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    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Carapinheira, 10 de outubro de 2070

    Olá, meus queridos netos, como estão? E os pais?

    Bem, espero que estejam todos bem!

    Fiquei surpreso com as vossas perguntas sobre a covid-19, vou tentar lembrar-me, pois a idade não ajuda, bem assim por alto digo-vos

    que foi horrível! Então, foi assim: a Covid-19, também chamada de Sars-CoV-2 foi um dos 7 tipos de coronavírus. Os primeiros casos

    foram registados e anunciados em Wuhan, na província de Hubei, na China. Os dias iam passando e o primeiro objetivo era descobrir

    o ´paciente 0` que teria contraído o vírus! O vírus ia avançando e os dias também e cada vez eram registados mais novos casos, assim

    como mais novas mortes. A 30 de Janeiro de 2020 a OMS (Organização Mundial da Saúde) assume uma posição mais rígida e declara

    a Covid-19 uma Emergência de Saúde Pública Internacional, após já se ter alastrado nessa mesma altura por cerca de 19 países

    (incluindo o país de origem). Tinham morrido mais pessoas em cerca de um mês do que em comparação com outros coronavírus

    humanos em vários anos. Contudo, até à altura da ativação da Emergência de Saúde Pública Internacional, tinham apenas sido

    registadas mortes no país de origem (China), mas casos em 18 outros países. Com o aumento diário a bater novos recordes

    constantemente e a propagação do novo vírus mais rápida a cada dia que passava, entre janeiro e fevereiro de 2020 recomendou-se

    várias medidas simples, mas ao mesmo tempo complicadas: não se darem beijos, nem abraços, assim como não cumprimentar as

    pessoas com as mãos, mas sim com cotovelo a cotovelo e pé a pé, assim como mais do que nunca aconselhou-se a colocar o cotovelo

    para cobrir a boca e o nariz para evitar a propagação e aumentar a prevenção, também a desinfetar as mãos muito regularmente com

    álcool-gel. No início, na China e por todo o mundo houve boatos de que a pandemia tinha sido criada nos Estados Unidos da América

    para afetar a economia mundial, mas nomeadamente a economia chinesa. Contudo, como os primeiros casos confirmados teriam

    surgido na China surgiu a polémica que a China criou a pandemia em laboratório com intenção propositada e tendo como objetivo s

    reduzir o número da população mundial e chinesa, pretendendo afetar a economia americana. A pandemia ia evoluindo e a 03 de março

    de 2020 é registado o primeiro caso confirmado em Portugal que teria sido importado de Itália de uma feira de calçado mundial mente

    famosa, em Milão. Os portugueses terão contraído o vírus no local e viajaram para Portugal, registando-se assim os primeiros novos

    casos confirmados. A 17 de março de 2020 foi, no entanto, registada a primeira morte e a 01 de maio de 2020, Portugal já teria atingido

    as 1000 mil mortes e a 04 de outubro de 2020 atingimos as 2000 mil mortes. A 18 de março de 2020 foi ativado o estado de emergência

    no país e as escolas e alguns postos de trabalho encerraram e todos ficamos confinados em casa. Tivemos aulas à distância e pela

    televisão até junho, fazíamos videoconferências e por aí fazíamos exercícios coletivos e individuais e dávamos alguma matéria,

    recebíamos muitos trabalhos, foi muito difícil não poder estar com ninguém. A partir de abril foi decretado o uso obrigatório de máscara

    facial, no início foi muito desconfortável, tenho de admitir e não mentir, mas o hábito conduziu a melhores caminhos de proteção e

    segurança no uso de máscara, a desinfeção das mãos com álcool-gel muito constantemente era muito importante pois era uma

    substância que matava o vírus caso tivéssemos tocado em algum lugar em que este mesmo estivesse e assim, se acidentalmente

    tocássemos no nariz/olhos/boca (locais onde a Covid-19 entrava) mas também o uso muito frequente, mas recomendado para prevenção

    era por outro lado prejudicial à pele e chegou-se a recomendar a lavagens das mãos com água à noite, mais a hidratação da pele, pois

    a substância do álcool-gel desidratava as mãos. Por volta de 04 a 08 de maio começou o desconfinamento (as pessoas voltaram aos

    trabalhos, mas na escola só retomou o ensino secundário e apenas o 11º e 12º anos e apenas às disciplinas que teriam exames).

    Contudo, para além do uso da máscara e da desinfeção das mãos, teríamos de deixar roupa/calçado à porta quando chegávamos a

    casa, manter uma distância de cerca de 1m a 2m de distância para evitar a propagação da Covid-19 através da via aérea. Só em 7

    meses de pandemia mais de 37 milhões de pessoas testaram positivo, mais de 1 milhão morreu e mais de 25 milhões recuperaram. Em

  • 1.º Período

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    2020/2021

    Portugal, mais de 84 mil testaram positivo, mais de 2 mil morreram e mais de 52 mil recuperaram. O número de casos quando estávamos

    a entrar no outono/inverno ia aumentando progressivamente…

    Bem, a idade felizmente não me impediu de recordar o que vivi há tantos anos atrás.

    Deixo-vos a pesquisar com muito interesse a história da humanidade em tempos de pandemia da Covid-19, após vos contar esta história

    de 1 ano daquela pandemia. Investiguem o resto do tempo em que ela decorreu e depois mandem-me por email os resultados dessa

    grande pesquisa.

    Espero que corra tudo bem por aí e que não venham mais pandemias, nem epidemias, nem surtos assombrosos.

    Quando puderem, venham visitar os avós que estão com muitas saudades vossas.

    Despeço-me com carinho e gratidão pelo interesse e envio frequente de cartas, também com bons temas de ´discussão`. Continuem a

    mandar cartas, vamos falando.

    Abraços.

    João Rodrigues, 8.ºB

    EB 2,3 Dr. José Santos Bessa, Carapinheira

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    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Carapinheira, 28 de setembro de 2073

    Meus queridos netos:

    Gostaria de vos contar esta experiência pessoalmente e de poder ver os vossos rostinhos a ouvir-me contá-la, mas como a distância

    não o permite, terei de o fazer por escrito…

    Em 2020, tinha a avó ainda 13 aninhos, vivi uma época de pandemia, e sabem como correu? Passo a explicar. Esta pandemia

    ocorreu, no momento em que foi descoberto na China um vírus. Ao princípio, ninguém ligou muito, até se descobrir que este mesmo

    vírus era transmissível.

    Começou por se alastrar na China, depois seguiu para os Estados Unidos, depois para a Austrália e França, de seguida a Itália , o

    Brasil e arredores, e por fim, Portugal.

    Começou a haver muitas mortes e fecharam a escola da avó. Fiquei de quarentena e seguiram- se as férias. Quando ainda haviam

    mortes, abrem as escolas! Acham bem?!

    Enfim… o uso de máscaras passou a ser habitual nos lugares públicos, inclusive nas escolas, e confesso, era bastante incomodativo,

    mas tudo pela nossa segurança.

    Ficámos bastante tempo à espera das vacinas, e o número de mortes só ia aumentando. Tive algum receio, mas no final correu tudo

    bem! Afinal, aqui está a avó, forte, saudável e vivinha, a escrever uma das suas habituais cartas!

    Sinto muito a vossa falta, um dia destes irei aí visitar-vos mais o avô, prometo!

    Muitos beijinhos para vocês e para os papás! Portem- se bem!

    Avó Nicole

    Nicole Cruz, 9.ºD

    EB 2,3 Dr. José Santos Bessa, Carapinheira

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Mariana Mendes, 9.ºD

    EB2,3 Dr. José dos Santos Bessa

    Montemor-o-Velho, 8/09/2070

    Bom dia, meus queridos netos, como estão?

    Recebi a vossa carta, pedindo que eu falasse sobre a pandemia que decorreu em 2020 e resolvi escrever esta carta sobre esse

    mesmo assunto.

    Como devem compreender, já se passaram 50 anos, ou seja, a avó já não se lembra de tudo ao pormenor. Recordo que o primeiro

    caso de covid-19 ocorreu na China, nos jornais avisaram que não era algo preocupante, até que descobriram que este era altamente

    transmissível, rapidamente se alastrou pelo mundo, e em março chegou a Portugal.

    Os casos começaram a aumentar descontroladamente e foi aí que o país entrou em estado de emergência: as escolas,

    supermercados… fecharam e toda a população teve de ficar em isolamento por três meses. No fim desse período, apesar de o número

    de casos continuar bem elevado tudo reabriu. Porém, havia várias restrições, tínhamos de manter o distanciamento social, usar máscara

    e desinfetar várias vezes as mãos.

    Espero que tenha ajudado e que esteja tudo bem com vocês, espero que este ano letivo seja um êxito, boa sorte!

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Meãs do Campo, 29 de setembro de 2070

    Olá meu querido neto!

    Como estás? Espero que estejas bem! Eu fiquei muito feliz com esta tua carta,

    foi inesperado mas bom! É a sério que estás curioso com a minha história de

    2020? Espero que consiga lembrar-me…

    Bem, foi no fim do meu 7º ano, quando tinha os meus 12 anos, o covid-19 foi

    “anunciado” como novo virus encontrado na China, causava febre, tosse e outros

    sintomas pneumáticos que afetavam mais os idosos. No inicio faziamos daquilo

    uma brincadeira mas com o passar do tempo fomos notando que era algo sério, e

    em março o virús veio para Portugal eom um caso importado. Pouco tempo

    depois fomos mandados para casa, “de férias” pensas tu, certo? Mas não, era

    pior que estar nas aulas presenciais, não podiamos ver os amigos nem sequer os

    parentes! Foi uma total catástrofe.

    Havia aulas na tv, lembras-te do que é uma tv? E as tarefas eram feitas no

    classroom que era uma antiga plataforma do google que permitia contacto dos

    professores com os alunos por meio de conversa e trabalhos. Mas depois de

    acabarem as férias de verão, em setembro as aulas presenciais voltaram! Todos

    tinham imenso medo e tivemos de nos habituar a um monte de regras novas,

    como o uso de máscara e desinfetante. Para além das regras, eu gostei bastante

    de voltar a ver os meus amigos e professores, mas é apenas disto que me lembro,

    talvez poderiam perguntar aos meus amigos, pois como sabem a avó é uma doida

    que não se lembra de nada. Mas bem, foram tempos onde os heróis eram os

    médicos e embora que sem superpoderes salvaram muitas vidas.

    Eu estou muito bem caso te perguntes, e os gatos também! Precisam de passar

    pela casa da vóvó para eu voltar a fazer uma grande tarte.

    eijinho s

    Avozinha Laura

    Laura Oliveira, 8ºB

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Montemor-o-Velho, 24 de dezembro de 2070

    Queridos netinhos,

    Espero que esteja tudo bem convosco e com os papás e que estejam com saudades da vovó e dos bolinhos também. A avó está com

    muitas saudades vossas e não vê a hora de vos ver.

    Aqui está tudo bem. Em resposta à vossa carta, “Sim, a avó viveu nessa época”.

    Tudo começou em 2019, na China suspeitou-se de uma infeção transmitida entre os morcegos e os humanos por falta de condições

    higiénicas em mercados ilegais.

    O que é certo é que essa infeção em poucos dias afetava os habitantes de uma cidade e em três ou quatro meses estava do outro lado

    do mundo. Causou milhões de infetados e de mortes, de tal forma que se chegou ao ponto de se criar gigantes sepulturas coletivas.

    Nos hospitais, os doentes ficaram isentos de visitas dos familiares, nos lares o mesmo aconteceu e as famílias isolaram-se, ficando

    todos nós privados de interação social. Por momentos, de um dia para o outro perdemos felicidade e a liberdade, a vida tornou-se um

    inferno, tínhamos de usar máscara, não havia contato e isto tornou-nos muito infelizes, o que nos custou bastante.

    A avó teve aulas online e pela telescola durante meses. O verão foi horrível e quando as aulas começaram havia muitas regras novas

    na escola, estávamos diferentes, mas também os lugares de convívio.

    A Covid-19 afetava as pessoas de formas diferentes, algumas tinam sintomas ligeiros como podiam ter sintomas moderados. As pessoas

    demoravam 5 a 14 dias a apresentar sintomas e havia pessoas que nem os desenvolviam. Os sintomas mais comuns eram: febre, tosse

    seca e cansaço; os menos comuns eram: dores musculares, dores de garganta, diarreia, entre outros.

    Espero que vos tenha ajudado a compreender o que aconteceu em tempo de pandemia da Covid-19.

    Beijinhos e abraços da vovó que vos ama

    Viviana Bernardo, 9.ºD

    EB2,3 Dr. José dos Santos Bessa

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

    Devemos beber

    água

    Ingerir

    Alimentos

    saudáveis

    Mangas e

    morangos

    Uvas

    Nozes

    Diospiros

    Iogurtes

    Ananases

    Laranjas

    Douradas

    Atum

    Alface

    Leite

    Queijo

    Mel

    Ervilhas

    Nabiças

    Tomate

    Arroz

    MaÇãs

    PÃo

    Oregãos

    Joaquín Cação (5ºA); Santiago Madaleno (6ºA); João Lourenço e Vânia Simões (9ºB) - EB Arazede

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Bem-estar animal

    Beber Alimento

    Educação Nome

    Movimento Inteligência

    Mimo

    Afeto

    Estimar Liberdade

    Saúde

    Tratamento

    Abrigo

    Ronronar/rosnar

    Turma 6.ºB EB Arazede

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    Ó vento

    não empurres tanto a minha filha

    que vai para a escola!

    Pedro Ferreira 2.ºC EBI Pereira

    Ó trovoada

    não deixas a minha filha assustada

    que vai para a escola!

    Santiago Alves 2.ºC EBI Pereira

    Ó granizo

    não venhas tirar o juízo à minha filha

    que vai para a escola!

    Mariana Correia 2.ºC EBI Pereira

  • 1.º Período

    CLUBE DE POESIA E

    ESCRITA CRIATIVA

    2020/2021

    educativa um Feliz Natal e, dentro do possível, boas festas.

    Que 2021 seja próspero, principalmente, em saúde para TODOS.

    Um bem-haja para todos os que apresentaram o seu contributo, participando neste

    Projeto, que é de Todos e para Todos.

    Continuamos a contar convosco!

    Muito obrigado!

    A Equipa,

    Álvaro Marques

    Helena Marques

    Maria João Torres

    A Equipa do Clube de Poesia e Escrita Criativa deseja a toda a comunidade