(cloridrato de clorpromazina)

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AMPLICTIL ® (cloridrato de clorpromazina) Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. Comprimido Revestido 25 mg e 100 mg

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AMPLICTIL®

(cloridrato de clorpromazina)

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Comprimido Revestido

25 mg e 100 mg

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AMPLICTIL®

cloridrato de clorpromazina

APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos 25 mg ou 100 mg: embalagem com 20.

USO ORAL.

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS.

COMPOSIÇÃO

AMPLICTIL 25 mg:

Cada comprimido revestido contém 28 mg de cloridrato de clorpromazina equivalente a 25 mg de clorpromazina base.

Excipientes: amido de milho, sacarose, lactose monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose,

macrogol 20000, laca branca de óxido de titânio e corante amarelo crepúsculo FD&C n°6.

AMPLICTIL 100 mg:

Cada comprimido revestido contém 112 mg de cloridrato de clorpromazina equivalente a 100 mg de clorpromazina base.

Excipientes: amido de milho, sacarose, lactose monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose,

croscarmelose sódica, macrogol 20000, laca branca de óxido de titânio e corante amarelo crepúsculo FD&C n° 6.

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado aos seguintes tratamentos:

NEUROPSIQUIATRIA: quadros psiquiátricos agudos, ou então no controle de psicoses de longa evolução.

CLÍNICA GERAL: manifestação de ansiedade e agitação, soluços incoercíveis, náuseas e vômitos e neurotoxicoses

infantis; também pode ser associado aos barbitúricos no tratamento do tétano.

OBSTETRÍCIA: em analgesia obstétrica e no tratamento da eclampsia.

AMPLICTIL também é indicado nos casos em que haja necessidade de uma ação neuroléptica, vagolítica, simpatolítica,

sedativa ou antiemética.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os usuários atuais de antipsicóticos atípicos e típicos (inclusive clorpromazina) apresentam um risco dose-depende

semelhante de morte súbita cardíaca, de acordo com uma coorte retrospectiva de 93.300 adultos usuários de drogas

antipsicóticas e 186.600 controles. O estudo incluiu pacientes com idade de 30 a 74 anos (média de 45,7 + / - 11,8 anos)

com risco cardiovascular semelhante, na linha de base, e que tiveram pelo menos uma prescrição completa e 1 visita

ambulatorial em cada um dos 2 anos anteriores. A morte súbita cardíaca foi definida como ocorrendo na comunidade,

sendo excluídas as mortes de pacientes internados no hospital, as mortes não súbitas, as mortes por causas extrínsecas, ou

causas não relacionadas as taquiarritmias ventriculares. Uso atual foi definido como o intervalo entre o momento em que a

receita estava prescrita e o fim da dose oferecida no dia. Baixas e altas doses foram definidas como comparáveis a menos

de 100 miligramas (mg) de clorpromazina, e as doses comparáveis a clorpromazina 300 mg ou mais, respectivamente.

A taxa ajustada de morte cardíaca súbita (taxa da razão de incidência) em usuários atuais de antipsicóticos atípicos em

79.589 pessoas-ano foi 2,26 (95% CI, 1,88-2,72, p < 0,001) que foi similar ao risco em usuários atuais de antipsicóticos

típicos em 86.735 pessoas / ano, que foi 1,99 (95% CI, 1,68-2,34, p <0,001). O risco de morte cardíaca súbita aumentou

significativamente com o aumento da dose dos grupos de medicamentos antipsicóticos típicos e atípicos. No grupo em uso

dos antipsicóticos típicos, o aumento na taxa de incidência passou de 1,31 (95% CI, 0,97 a 1,77) no uso de baixas doses

para 2,42 (95% CI, 1,91 a 3,06) no grupo em uso de altas doses. Para limitar os efeitos confundidores dos resultados dos

estudos, uma análise secundária foi realizada em uma coorte de pacientes com um score de maior propensão, os quais

resultaram em um risco similar de morte súbita como análise primária desta coorte. (Ray et al, 2009). Em um editorial da

revista “The New England Journal of Medicine” foi sugerido que as drogas antipsicóticas continuaram a ser utilizadas em

pacientes sem clara evidência de benefício, mas em populações vulneráveis com perfil de risco cardíaco (por exemplo,

pacientes idosos), este risco foi uma justificativa idade-dependente para a necessidade de administração. Tem sido também

sugerido (embora não testado formalmente) que ECGs sejam realizados logo antes e após o início da terapia antipsicótica

para rastrear a existência ou surgimento de prolongamentos do intervalo QT (Schneeweiss & Avorn, 2009).

A clorpromazina é um antipsicótico de baixa potência com uma incidência moderada de efeitos anticolinérgicos e

extrapiramidais e com uma alta incidência de sedação e efeitos cardiovasculares (Young & Koda-Kimble, 1988). Esta

droga é também utilizada para tratar náuseas e vômitos secundários à quimioterapia antineoplásica (Saab & Shamseddine,

1988).

Evidências clínicas demonstram que todos os agentes neurolépticos usualmente comercializados têm equivalência

terapêutica ao serem utilizadas doses adequadas. (Appleton, 1980). Quando um regime flexível de dosagem é utilizado para

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titulação com o objetivo de escolher o agente com máximo efeito, todos os neurolépticos irão demonstrar equivalência,

estatística, na população em estudo. Entretanto, em um indivíduo em particular, um agente (medicamento) pode ser efetivo

enquanto que outra medicação pode não ser efetiva para este mesmo paciente. As diferenças farmacocinéticas e

farmacodinâmicas, como também as possíveis múltiplas etiologias de esquizofrenia nos pacientes, podem ser a explicação

para a variação de resposta individual. (Young & Koda-Kimble, 1988). O uso prévio de medicação neuroléptica, pode ser

um importante fator influenciador da decisão na escolha da droga a ser empregada. A resposta subjetiva aos neurolépticos

pode também ser utilizada na decisão de um agente específico. Uma redução nos sintomas ou resposta positiva logo em

seguida da primeira dose do neuroléptico irá aumentar a adesão do paciente ao tratamento de modo melhor que se o

paciente tivesse uma experiência ruim logo após a primeira dose. (May,1978). O último fator na decisão sobre qual

neuroléptico utilizar, está relacionado ao seu perfil de efeito adverso. Quase todos os agentes neurolépticos possuem efeitos

adversos semelhantes; entretanto, a incidência geral de uma categoria particular de efeitos adversos varia entre as diferentes

medicações desta mesma classe terapêutica.

A clorpromazina é efetiva no tratamento dos casos agudos e crônicos de esquizofrenia. (Clark et al, 1971; Kolivakis et al,

1974). A clorpromazina não parece ter desvantagens além das apresentadas pelos outros agentes neurolépticos, mas pode

ser efetiva em alguns pacientes que são não-responsivos a alguns destes medicamentos.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

AMPLICTIL tem como princípio ativo a clorpromazina, que possui uma ação estabilizadora no sistema nervoso central e

periférico e uma ação depressora seletiva sobre o SNC, permitindo assim, o controle dos mais variados tipos de excitação.

É, portanto, de grande valor no tratamento das perturbações mentais e emocionais. AMPLICTIL tem propriedades

neurolépticas, vagolíticas, simpatolíticas, sedativas e antieméticas.

Farmacocinética

Absorção

AMPLICTIL é rapidamente absorvido por via oral e a sua biodisponibilidade relativa em relação à via intramuscular é em

média de 50%.

Distribuição

A clorpromazina apresenta boa difusão em todos os tecidos, ligando-se fortemente às proteínas plasmáticas (90%). Tem

meia-vida plasmática curta (algumas horas), mas a eliminação é lenta e prolongada (4 semanas ou mais). Observam-se

variações individuais importantes nas concentrações plasmáticas.

Metabolismo

A clorpromazina sofre o efeito de primeira passagem no trato gastrintestinal e intensa metabolização hepática, com

formação de metabólitos tanto ativos quanto inativos, com reciclagem êntero-hepática.

Excreção

A excreção é feita através da urina e fezes, onde aparece principalmente sob a forma de metabólitos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Absolutas

Glaucoma de ângulo fechado.

Em pacientes com risco de retenção urinária, ligado à problemas uretroprostáticos.

Uso concomitante com levodopa (vide item “6. Interações medicamentosas”).

Outras contraindicações de AMPLICTIL são: comas barbitúricos e etílicos; sensibilidade às fenotiazinas; doença

cardiovascular grave; depressão severa do sistema nervoso central.

Relativas

Além disso, constituem-se em contraindicações relativas do AMPLICTIL o uso concomitante com álcool, lítio e sultoprida

(vide item “6. Interações Medicamentosas”).

A relação risco-benefício deverá ser avaliada nos seguintes casos: discrasias sanguíneas; câncer da mama; distúrbios

hepáticos; doença de Parkinson; distúrbios convulsivos; úlcera péptica.

AMPLICTIL deverá ser administrado com cautela em pacientes idosos e/ou debilitados.

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Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes idosos que tenham retenção urinária por problemas de

próstata ou uretra.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Acidente vascular cerebral: em estudos clínicos randomizados versus placebo realizados em uma população de pacientes

idosos com demência e tratados com certas drogas antipsicóticas atípicas, foi observado um aumento de três vezes no risco

de eventos cerebrovasculares. O mecanismo pelo qual ocorre este aumento de risco, não é conhecido. O aumento do risco

com outras drogas antipsicóticas ou com outra população de pacientes não pode ser excluído. AMPLICTIL deve ser usado

com cautela em pacientes com fatores de risco de acidentes vasculares cerebrais.

Em caso de hipertermia deve-se suspender o tratamento, pois este sinal pode ser um dos elementos da Síndrome Maligna

(palidez, hipertermia e distúrbios vegetativos) que tem sido descrita com o uso de neurolépticos.

Assim como com outros neurolépticos, foram relatados casos raros de prolongamento do intervalo QT com a

clorpromazina.

Neurolépticos fenotiazínicos podem potencializar o prolongamento do intervalo QT, o que aumenta o risco de ataque de

arritmias ventriculares graves do tipo “torsades de pointes”, que é potencialmente fatal (morte súbita). O prolongamento

QT é exacerbado, em particular, na presença de bradicardia, hipopotassemia e prolongamento QT congênito ou adquirido

(exemplo: fármacos indutores). Se a situação clínica permitir, avaliações médicas e laboratoriais devem ser realizadas para

descartar possíveis fatores de risco antes do início do tratamento com um agente neuroléptico e conforme necessidade

durante o tratamento.

Nos primeiros dias de tratamento, principalmente em hipertensos e hipotensos, é necessário que os pacientes se deitem

durante meia hora em posição horizontal, sem travesseiro, logo após a tomada do medicamento.

A vigilância clínica e, eventualmente eletroencefalográfica, deve ser reforçada em pacientes epilépticos, devido à

possibilidade de diminuição do limiar epileptógeno.

Recomenda-se evitar o tratamento prolongado, quando se tratar de mulheres que possam vir a engravidar.

É desaconselhável o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento.

AMPLICTIL também deve ser utilizado com prudência em pacientes parkinsonianos que necessitem de um tratamento

neuroléptico, em geral devido à sua idade avançada (hipotensão e sedação), casos de afecção cardiovascular (hipotensão)

ou de insuficiência renal e hepática (risco de superdosagem).

Casos de tromboembolismo venoso, incluindo casos de embolismo pulmonar, algumas vezes fatal, foram reportados com

medicamentos antipsicóticos. Portanto, AMPLICTIL deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores de riscos

para tromboembolismo (vide item “9. Reações Adversas”).

Hiperglicemia ou intolerância à glicose foram relatadas em pacientes tratados com AMPLICTIL. Os pacientes com

diagnóstico estabelecido de diabetes mellitus ou com fatores de risco para desenvolvimento de diabetes que iniciaram o

tratamento com AMPLICTIL devem realizar monitoramento glicêmico apropriado durante o tratamento (vide item

“9.Reações Adversas”).

Em tratamentos prolongados, é recomendável controle oftalmológico e hematológico regular.

Gravidez e lactação

Estudos em animais por via oral demonstraram toxicidade reprodutiva (fetotoxicidade embrionária relacionada com a dose:

aumento das reabsorções e mortes fetais). Aumento da incidência de malformações foi observado em camundongos, mas

apenas em doses indutoras de mortalidade materna. Existem dados inadequados em animais sobre a toxicidade reprodutiva

com clorpromazina injetável.

Dados de estudos epidemiológicos disponíveis em crianças expostas no útero com AMPLICTIL não podem excluir o risco

de malformações congênitas e distúrbios do neurodesenvolvimento.

Portanto, o uso de AMPLICTIL não é recomendado durante a gravidez e em mulheres com potencial para engravidar que

não usam métodos contraceptivos, a menos que os benefícios superem os riscos potenciais.

Não existem dados sobre a retenção cerebral fetal dos tratamentos neurolépticos prescritos durante a gestação.

Consequentemente, o risco teratogênico, se existente, parece pequeno. Parece razoável tentar limitar a duração dos

tratamentos durante a gestação. Se possível, seria desejável diminuir as doses no final da gestação.

Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica.

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Os seguintes efeitos adversos foram relatados (em experiência pós-comercialização) em recém-nascidos que foram

expostos a fenotiazínicos durante o terceiro trimestre de gravidez:

- diversos graus de desordens respiratórias variando de taquipneia a angústia respiratória, bradicardia e hipotonia, sendo

estes mais comuns quando outros medicamentos do tipo psicotrópicos ou antimuscarínicos forem coadministrados;

- sinais relacionados a propriedades atropínicas dos fenotiazínicos tais como íleo meconial, retardo da eliminação do

mecônio, dificuldades iniciais de alimentação, distensão abdominal, taquicardia;

- desordens neurológicas tais como síndrome extrapiramidal incluindo tremor e hipertonia, sonolência, agitação.

Recomenda-se que o médico realize o monitoramento e o tratamento adequado dos recém-nascidos de mães tratadas com

AMPLICTIL.

O aleitamento é desaconselhável, uma vez que a clorpromazina passa para o leite materno.

Fertilidade

Nos seres humanos, devido à interação com os receptores de dopamina, a clorpromazina pode causar hiperprolactinemia,

que pode ser associada a um comprometimento da fertilidade nas mulheres.

Populações especiais

Pacientes idosos com demência: pacientes idosos com psicose relacionada à demência tratados com medicamentos

antipsicóticos estão sob risco de morte aumentado. A análise de 17 ensaios placebo-controlados (duração modal de 10

semanas), majoritariamente em pacientes utilizando medicamentos antipsicóticos atípicos, revelou um risco de morte entre

1,6 a 1,7 vezes maior em pacientes tratados com o medicamento do que em pacientes tratados com placebo.

Durante o curso de um típico ensaio controlado por 10 semanas, a taxa de morte em pacientes tratados com o medicamento

foi de aproximadamente 4,5%, comparado com a taxa de aproximadamente 2,6% no grupo placebo.

Embora os casos de morte em ensaios clínicos com antipsicóticos atípicos sejam variados, a maioria das mortes parece ter

ocorrido naturalmente por problemas cardiovasculares (exemplo: insuficiência cardíaca, morte súbita) ou infecciosa

(exemplo: pneumonia). Estudos observacionais sugerem que, similarmente aos medicamentos antipsicóticos atípicos, o

tratamento com medicamentos antipsicóticos convencionais pode aumentar a mortalidade.

Não está clara a dimensão dos achados de mortalidade aumentada em estudos observacionais quando o medicamento

antipsicótico é comparado a algumas características dos pacientes.

Hepatotoxicidade severa, resultando em algumas mortes, foram relatadas com a utilização da clorpromazina. Os pacientes

devem ser orientados a relatar imediatamente, sinais como astenia, anorexia, náusea, vômitos, dor abdominal ou icterícia a

um médico. Investigações incluindo avaliação clínica e biológica da função hepática devem ser realizadas imediatamente.

Não se recomenda o uso de AMPLICTIL em crianças com menos de 2 anos de idade.

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar

prejudicadas.

Atenção diabéticos: AMPLICTIL comprimido revestido contém açúcar. AMPLICTIL 25 mg contém 25 mg de

sacarose e AMPLICTIL 100 mg contém 95 mg de sacarose.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ASSOCIAÇÕES CONTRAINDICADAS:

Medicamento-medicamento:

- levodopa: antagonismo recíproco da levodopa e dos neurolépticos. Em caso de síndrome extrapiramidal induzida pelos

neurolépticos, não tratar o paciente com levodopa (os receptores dopaminérgicos são bloqueados pelos neurolépticos), mas

utilizar um anticolinérgico.

Nos parkinsonianos tratados pela levodopa, em caso de necessidade de tratamento por neurolépticos, não é lógico continuar

a terapia com levodopa, pois isso pode agravar as alterações psicóticas e a droga não pode agir sobre os receptores

bloqueados pelos neurolépticos.

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ASSOCIAÇÕES DESACONSELHADAS:

Medicamento-medicamento:

- lítio: síndrome confusional, hipertonia, hiper-reflexia provavelmente por causa do aumento rápido da litemia.

- sultoprida: risco aumentado de alterações do ritmo ventricular por adição dos efeitos eletrofisiológicos.

Medicamento-substância química:

- álcool: os efeitos sedativos dos neurolépticos são acentuados pelo álcool. A alteração da vigilância pode se tornar

perigosa na condução de veículos e operação de máquinas. Evitar o uso de bebidas alcoólicas e de medicamentos contendo

álcool em sua composição.

ASSOCIAÇÕES QUE NECESSITAM DE CUIDADOS:

Medicamento-medicamento:

- antidiabéticos: em doses elevadas (100 mg/dia de clorpromazina) pode ocorrer elevação da glicemia (diminuição da

liberação de insulina). Alertar o paciente e reforçar a autovigilância sanguínea e urinária. Eventualmente, adaptar a

posologia do antidiabético durante o tratamento com neurolépticos e depois da sua interrupção.

- gastrintestinais de ação tópica: (óxidos e hidróxidos de magnésio, de alumínio e de cálcio): diminuição da absorção

gastrintestinal dos neurolépticos fenotiazínicos. Administrar os medicamentos gastrintestinais e neurolépticos com

intervalo de mais de 2 horas entre eles.

- inibidores do CYP1A2: a administração de clorpromazina com inibidores CYP1A2, classificados como fortes (tal como

ciprofloxacina, enoxacina, fluvoxamina, clinafloxacina, idrocilamida, oltipraz, ácido pipemídico, rofecoxibe, etintidina,

zafirlucaste...) ou moderados (como metoxalen, mexiletina, contraceptivos orais, fenilpropanolamina, tiabendazol,

vemurafenibe, zileutona...) conduz a um aumento das concentrações plasmáticas de clorpromazina. Com isto os pacientes

podem estar sujeitos a qualquer uma das reações adversas dose-dependentes relacionadas à clorpromazina.

Fenotiazínicos como a clorpromazina são potentes inibidores da CYP2D6. Existe uma possível interação farmacocinética

entre inibidores da CYP2D6, tais como fenotiazinas, e substratos da CYP2D6. A co-administração com amitriptilina, um

substrato da CYP2D6, pode levar a um aumento nos níveis plasmáticos da amitriptilina. Os pacientes devem ser

monitorados com relação a reações adversas dose-dependente associadas com amitriptilina.

ASSOCIAÇÕES A SEREM CONSIDERADAS:

Medicamento-medicamento:

- anti-hipertensivos: efeito hipotensor e aumento do risco de hipotensão ortostática (efeito aditivo).

- atropina e outras substâncias atropínicas: antidepressivos imipramínicos, anti-histamínicos H1 sedativos,

antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida: adição dos efeitos indesejáveis

atropínicos, como retenção urinária, obstipação intestinal, secura da boca.

- outros depressores do sistema nervoso central: antidepressivos sedativos, derivados morfínicos (analgésicos e

antitussígenos), anti-histamínicos H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, clonidina e compostos semelhantes, hipnóticos,

metadona e talidomida: aumento da depressão central. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa na condução de

veículos e operação de máquinas.

- guanetidina: inibição do efeito anti-hipertensivo da guanetidina (inibição da penetração da droga no seu local de ação, a

fibra simpática).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

AMPLICTIL deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e

umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

- AMPLICTIL comprimidos 25 mg: comprimido revestido, redondo, biconvexo, de cor laranja.

- AMPLICTIL comprimidos 100 mg: comprimido revestido, redondo, biconvexo, de cor laranja.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

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8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O paciente deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.

Uso em adultos: AMPLICTIL tem uma grande margem de segurança, podendo a dose variar desde 25 a 1600 mg ao dia,

dependendo da necessidade do paciente. Deve-se iniciar o tratamento com doses baixas, 25 a 100 mg, repetindo de 3 a 4

vezes ao dia, se necessário, até atingir uma dose útil para o controle da sintomatologia no final de alguns dias (dose máxima

de 2 g/dia). A maioria dos pacientes responde à dose diária de 0,5 a 1 g. Em pacientes idosos ou debilitados, doses mais

baixas são geralmente suficientes para o controle dos sintomas.

Uso em crianças (acima de 2 anos): deve-se usar o mesmo esquema já citado de aumento gradativo de dose, sendo

preconizada uma dose inicial de 1 mg/kg/dia, dividida em 2 ou 3 tomadas. O total da dose diária não deve exceder 40 mg,

em crianças abaixo de 5 anos, ou 75 mg, em crianças mais velhas.

Não há estudos dos efeitos de AMPLICTIL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para

garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Observadas as recomendações acima citadas, AMPLICTIL apresenta boa tolerabilidade. Como reações adversas, o paciente

pode apresentar:

Reação muito comum (> 1/10):

Distúrbios do metabolismo e nutrição: ganho de peso, às vezes, importante.

Distúrbios do sistema nervoso: sedação, sonolência, síndrome extrapiramidal, que melhora com a administração de

antiparkinsonianos anticolinérgicos, efeitos atropínicos.

Distúrbios vasculares: hipotensão ortostática.

Distúrbios musculares: discinesias tardias que podem ser observadas, assim como para todos os neurolépticos, durante

tratamentos prolongados (nestes casos os antiparkinsonianos não agem ou podem piorar o quadro).

Reação comum (>1/100 e ≤ 1/10):

Distúrbios do coração: prolongamento do intervalo QT.

Distúrbios do sistema nervoso: convulsões.

Distúrbios endócrinos: hiperprolactinemia e amenorreia

Distúrbios do metabolismo e nutrição: intolerância à glicose (vide item “5. Advertências e Precauções”).

Reações cujas frequências são desconhecidas:

Distúrbios do coração: Houve relatos isolados de morte súbita, com possíveis causas de origem cardíaca (vide item “5.

Advertências e Precauções”), assim como casos inexplicáveis de morte súbita, em pacientes recebendo neurolépticos

fenotiazínicos.

Distúrbios endócrinos: galactorreia e ginecomastia.

Distúrbios do metabolismo e nutrição: Hiperglicemia (vide item “5. Advertências e Precauções”), hipertrigliceridemia,

hiponatremia e secreção inapropriada do hormônio antidiurético.

Distúrbios do sistema nervoso: efeitos atropínicos (retenção urinária).

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Distúrbios gastrointestinais: colite isquêmica, obstrução intestinal, necrose gastrointestinal, colite necrosante (algumas

vezes fatal), perfuração intestinal (algumas vezes fatal).

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos: fotodermias e pigmentação da pele, angioedema e urticária.

Distúrbios oculares: crises oculógiras e depósito pigmentar no segmento anterior do olho.

Distúrbios hepato-biliares: foi observada icterícia por ocasião de tratamentos com clorpromazina, porém, a relação com o

produto é questionável. Casos de lesões hepatocelulares, lesão hepática mista e colestática, às vezes resultando em morte

foram relatadas em pacientes tratados com clorpromazina.

Distúrbios do sistema imunológico: lúpus eritematoso sistêmico foi relatado muito raramente em pacientes tratados com

clorpromazina. Em alguns casos, anticorpos antinucleares positivos podem ser encontrados sem evidência de doença

clínica.

Distúrbios do sangue e do sistema linfático: excepcionalmente leucopenia ou agranulocitose, e por isso é recomendado o

controle hematológico nos 3 ou 4 primeiros meses de tratamento.

Distúrbios do sistema reprodutivo: impotência, frigidez. Em pacientes tratados com clorpromazina foi relatado raramente

priapismo.

Distúrbios vasculares: Casos de tromboembolismo venoso, incluindo casos de embolismo pulmonar venoso, algumas

vezes fatal, e casos de trombose venosa profunda, foram reportados com medicamentos antipsicóticos (vide item “5.

Advertências e Precauções”).

Distúrbios musculares: discinesias precoces (torcicolo espasmódico, trismo e etc., que melhoram com a administração de

antiparkinsoniano anticolinérgico).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível

em http://portal.anvisa.gov.br/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Os principais sintomas de intoxicação aguda por AMPLICTIL são: depressão do SNC, hipotensão, sintomas

extrapiramidais e convulsões. Recomenda-se nestes casos lavagem gástrica precoce, evitando-se a indução do vômito;

administração de antiparkinsonianos para os sintomas extrapiramidais e estimulantes respiratórios (anfetamina, cafeína com

benzoato de sódio), caso haja depressão respiratória.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS

MS 1.1300.0297

Farm. Resp. Silvia Regina Brollo

CRF-SP nº 9.815

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP

CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP

CNPJ 02.685.377/0008-23

Indústria Brasileira

® Marca registrada

Page 9: (cloridrato de clorpromazina)

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VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.

IB200618

Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 03/08/2018.

Page 10: (cloridrato de clorpromazina)

Anexo B

Histórico de Alteração para a Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do expediente

No. expediente Assunto Data do expediente

No. expediente Assunto Data da aprovação

Itens de bula Versões (VP/VPS)

Apresentações relacionadas

25/06/2014 0500545/14-1 (10458) - Inclusão Inicial

de Texto de Bula – RDC

60/12

25/06/2014 0500545/14-1 (10458) - Inclusão Inicial

de Texto de Bula – RDC

60/12

25/06/2014 VP/VPS Dizeres Legais

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT

X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP VD AMB X 5 ML

25 MG COM REV

CT BL AL PLAS OPC X 20

100 MG COM REV

CT BL AL PLAS OPC X 20

20/08/2014 0686887/14-8 (10458) - Inclusão Inicial

de Texto de Bula – RDC

60/12

20/08/2014 0686887/14-8 (10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

20/08/2014 VP 3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? 4. O QUE DEVO SABER ANTES DE

USAR ESTE MEDICAMENTO?

VPS 4.

CONTRAINDICAÇÕES

5. ADVERTÊNCIAS

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT

X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP VD AMB X 5 ML

25 MG COM REV

CT BL AL PLAS OPC X 20

100 MG COM REV

Page 11: (cloridrato de clorpromazina)

E PRECAUÇÕES”

CT BL AL PLAS OPC X 20

09/09/2016 2268467/16-1 (10451) - MEDICAMENT

O NOVO – Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12

09/09/2016 2268467/16-1 (10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

09/09/2016 VP 4. O QUE DEVO

SABER ANTES DE USAR ESTE

MEDICAMENTO? 6. COMO DEVO

USAR ESTE MEDICAMENTO?

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE

MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

VPS 5. ADVERTÊNCIA E

PRECAUÇÕES; 6. INTERAÇOES

MEDICAMENTOSAS 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

9. REAÇÕES ADVERSAS

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT

X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP VD AMB X 5 ML

25 MG COM REV

CT BL AL PLAS OPC X 20

100 MG COM REV

CT BL AL PLAS OPC X 20

31/05/2017 1065353/17-8 (10451) - MEDICAMENT

O NOVO – Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12

31/05/2017 1065353/17-8 (10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

31/05/2017 VPS 6. INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS

VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT

X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP VD AMB X 5 ML

25 MG COM REV

CT BL AL PLAS OPC X 20

Page 12: (cloridrato de clorpromazina)

100 MG COM REV CT BL AL PLAS

OPC X 20

03/08/2018 Gerado no momento do

peticionamento

(10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de Texto de Bula – RDC 60/12

01/08/2018 Gerado no momento do

peticionamento

(10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

01/08/2018 VP 4. O QUE DEVO

SABER ANTES DEUSAR ESTE

MEDICAMENTO? VPS

5. ADVERTÊNCIAS EPRECAUÇÕES

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT

X 20 ML

25 MG COM REV CT BL AL PLAS

OPC X 20

100 MG COM REV CT BL AL PLAS

OPC X 20

Page 13: (cloridrato de clorpromazina)

AMPLICTIL®

(cloridrato de clorpromazina)

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Solução Oral

40 mg/ mL

Page 14: (cloridrato de clorpromazina)

1

AMPLICTIL®

cloridrato de clorpromazina

APRESENTAÇÃO

Solução oral (gotas) 40mg/mL: frasco de 20 mL.

USO ORAL.

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS.

COMPOSIÇÃO

Cada mL de AMPLICTIL gotas contém 44,5 mg de cloridrato de clorpromazina equivalente a 40 mg de

clorpromazina base.

Excipientes: ácido ascórbico, sacarose líquida, álcool etílico 96° GL, glicerol, caramelo, essência de hortelã e água

purificada.

Cada 1 mL de AMPLICTIL equivale a 40 gotas e 1 gota equivale a 1 mg de clorpromazina.

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado aos seguintes tratamentos:

NEUROPSIQUIATRIA: quadros psiquiátricos agudos, ou então no controle de psicoses de longa evolução.

CLÍNICA GERAL: manifestação de ansiedade e agitação, soluços incoercíveis, náuseas e vômitos e neurotoxicoses

infantis; também pode ser associado aos barbitúricos no tratamento do tétano.

OBSTETRÍCIA: em analgesia obstétrica e no tratamento da eclampsia.

AMPLICTIL também é indicado nos casos em que haja necessidade de uma ação neuroléptica, vagolítica,

simpatolítica, sedativa ou antiemética.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os usuários atuais de antipsicóticos atípicos e típicos (inclusive clorpromazina) apresentam um risco dose-depende

semelhante de morte súbita cardíaca, de acordo com uma coorte retrospectiva de 93.300 adultos usuários de drogas

antipsicóticas e 186.600 controles. O estudo incluiu pacientes com idade de 30 a 74 anos (média de 45,7 + / - 11,8

anos) com risco cardiovascular semelhante, na linha de base, e que tiveram pelo menos uma prescrição completa e 1

visita ambulatorial em cada um dos 2 anos anteriores. A morte súbita cardíaca foi definida como ocorrendo na

comunidade, sendo excluídas as mortes de pacientes internados no hospital, as mortes não súbitas, as mortes por

causas extrínsecas, ou causas não relacionadas as taquiarritmias ventriculares. Uso atual foi definido como o

intervalo entre o momento em que a receita estava prescrita e o fim da dose oferecida no dia. Baixas e altas doses

foram definidas como comparáveis a menos de 100 miligramas (mg) de clorpromazina, e as doses comparáveis a

clorpromazina 300 mg ou mais, respectivamente. A taxa ajustada de morte cardíaca súbita (taxa da razão de

incidência) em usuários atuais de antipsicóticos atípicos em 79.589 pessoas/ano foi 2,26 (95% CI, 1,88-2,72, p

<0,001) que foi similar ao risco em usuários atuais de antipsicóticos típicos em 86.735 pessoas / ano, que foi 1,99

(95% CI, 1,68-2,34, p <0,001). O risco de morte cardíaca súbita aumentou significativamente com o aumento da

dose dos grupos de medicamentos antipsicóticos típicos e atípicos. No grupo em uso dos antipsicóticos típicos, o

aumento na taxa de incidência passou de 1,31 (95% CI, 0,97 a 1,77) no uso de baixas doses para 2,42 (95% CI, 1,91

a 3,06) no grupo em uso de altas doses. Para limitar os efeitos confundidores dos resultados dos estudos, uma análise

secundária foi realizada em uma coorte de pacientes com um score de maior propensão, os quais resultaram em um

risco similar de morte súbita como análise primária desta coorte. (Ray et al, 2009). Em um editorial da revista The

New England Journal of Medicine foi sugerido que as drogas antipsicóticas continuaram a ser utilizadas em

pacientes sem clara evidência de benefício, mas em populações vulneráveis com perfil de risco cardíaco (por

exemplo, pacientes idosos), este risco foi uma justificativa idade-dependente para a necessidade de administração.

Tem sido também sugerido (embora não testado formalmente) que ECGs sejam realizados logo antes e após o início

da terapia antipsicótica para rastrear a existência ou surgimento de prolongamentos do intervalo QT (Schneeweiss &

Avorn, 2009).

A clorpromazina é um antipsicótico de baixa potência com uma incidência moderada de efeitos anticolinérgicos e

extrapiramidais e com uma alta incidência de sedação e efeitos cardiovasculares (Young & Koda-Kimble, 1988).

Esta droga é também utilizada para tratar náuseas e vômitos secundários a quimioterapia antineoplásica (Saab &

Shamseddine, 1988).

Page 15: (cloridrato de clorpromazina)

2

Evidências clínicas demonstram que todos os agentes neurolépticos usualmente comercializados têm equivalência

terapêutica ao serem utilizadas doses adequadas. (Appleton, 1980). Quando um regime flexível de dosagem é

utilizado para titulação com o objetivo de escolher o agente com máximo efeito, todos os neurolépticos irão

demonstrar equivalência, estatística, na população em estudo. Entretanto, em um indivíduo em particular, um agente

(medicamento) pode ser efetivo enquanto que outra medicação pode não ser efetiva para este mesmo paciente. As

diferenças farmacocinéticas e farmacodinâmicas, como também as possíveis múltiplas etiologias de esquizofrenia

nos pacientes, podem ser a explicação para a variação de resposta individual. (Young & Koda-Kimble, 1988). O uso

prévio de medicação neuroléptica, pode ser um importante fator influenciador da decisão na escolha da droga a ser

empregada. A resposta subjetiva aos neurolépticos pode também ser utilizada na decisão de um agente específico.

Uma redução nos sintomas ou resposta positiva logo em seguida da primeira dose do neuroléptico irá aumentar a

adesão do paciente ao tratamento de modo melhor que se o paciente tivesse uma experiência ruim logo após a

primeira dose (May,1978). O último fator na decisão sobre qual neuroléptico utilizar, está relacionado ao seu perfil

de efeito adverso. Quase todos os agentes neurolépticos possuem efeitos adversos semelhantes; entretanto, a

incidência geral de uma categoria particular de efeitos adversos varia entre as diferentes medicações desta mesma

classe terapêutica.

A clorpromazina é efetiva no tratamento dos casos agudos e crônicos de esquizofrenia. (Clark et al, 1971; Kolivakis

et al, 1974). A clorpromazina não parece ter desvantagens além das apresentadas pelos outros agentes neurolépticos,

mas pode ser efetiva em alguns pacientes que são não-responsivos a alguns destes medicamentos.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

AMPLICTIL tem como princípio ativo o cloridrato de clorpromazina, que possui uma ação estabilizadora no

sistema nervoso central e periférico e uma ação depressora seletiva sobre o SNC, permitindo assim, o controle dos

mais variados tipos de excitação. É, portanto, de grande valor no tratamento das perturbações mentais e emocionais.

AMPLICTIL tem propriedades neurolépticas, vagolíticas, simpatolíticas, sedativas e antieméticas.

Farmacocinética

Absorção

AMPLICTIL é rapidamente absorvido por via oral e a sua biodisponibilidade relativa em relação à via intramuscular

é em média de 50%.

Distribuição

A clorpromazina apresenta boa difusão em todos os tecidos, ligando-se fortemente às proteínas plasmáticas (90%).

Tem meia-vida plasmática curta (algumas horas), mas a eliminação é lenta e prolongada (4 semanas ou mais).

Observa-se variações individuais importantes nas concentrações plasmáticas.

Metabolismo

A clorpromazina sofre o efeito de primeira passagem no trato gastrintestinal e intensa metabolização hepática, com

formação de metabólitos tanto ativos quanto inativos, com reciclagem êntero-hepática.

Excreção

A excreção é feita através da urina e pelas fezes, onde aparece principalmente sob a forma de metabólitos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Absolutas

Glaucoma de ângulo fechado.

Em pacientes com risco de retenção urinária, ligado a problemas uretroprostáticos.

Uso concomitante com levodopa (vide item “6.Interações Medicamentosas”).

Outras contraindicações de AMPLICTIL são: comas barbitúricos e etílicos; sensibilidade às fenotiazinas; doença

cardiovascular grave; depressão severa do sistema nervoso central.

Page 16: (cloridrato de clorpromazina)

3

Relativas

Além disso, constituem-se em contraindicações relativas do AMPLICTIL o uso concomitante com álcool, lítio e

sultoprida (vide item “6. Interações Medicamentosas”).

A relação risco-benefício deverá ser avaliada nos seguintes casos: discrasias sanguíneas; câncer da mama; distúrbios

hepáticos; doença de Parkinson; distúrbios convulsivos; úlcera péptica.

AMPLICTIL deverá ser administrado com cautela em pacientes idosos e/ou debilitados.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes idosos que tenham retenção urinária por

problemas de próstata ou uretra.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Acidente vascular cerebral: em estudos clínicos randomizados versus placebo realizados em uma população de

pacientes idosos com demência e tratados com certas drogas antipsicóticas atípicas, foi observado um aumento de

três vezes no risco de eventos cerebrovasculares. O mecanismo pelo qual ocorre este aumento de risco, não é

conhecido. O aumento do risco com outras drogas antipsicóticas ou com outra população de pacientes não pode ser

excluído. AMPLICTIL deve ser usado com cautela em pacientes com fatores de risco de acidentes vasculares

cerebrais.

Em caso de hipertermia deve-se suspender o tratamento, pois este sinal pode ser um dos elementos da Síndrome

Maligna (palidez, hipertermia e distúrbios vegetativos) que tem sido descrita com o uso de neurolépticos.

Assim como com outros neurolépticos, foram relatados casos raros de prolongamento do intervalo QT com a

clorpromazina.

Neurolépticos fenotiazínicos podem potencializar o prolongamento do intervalo QT, o que aumenta o risco de

ataque de arritmias ventriculares graves do tipo “torsades de pointes”, que é potencialmente fatal (morte súbita). O

prolongamento QT é exacerbado, em particular, na presença de bradicardia, hipopotassemia e prolongamento QT

congênito ou adquirido (exemplo: fármacos indutores). Se a situação clínica permitir, avaliações médicas e

laboratoriais devem ser realizadas para descartar possíveis fatores de risco antes do início do tratamento com um

agente neuroléptico e conforme necessidade durante o tratamento (vide item “9. Reações Adversas”).

Nos primeiros dias de tratamento, principalmente em hipertensos e hipotensos, é necessário que os pacientes se

deitem durante meia hora em posição horizontal, sem travesseiro, logo após a tomada do medicamento.

A vigilância clínica e, eventualmente eletroencefalográfica, deve ser reforçada em pacientes epilépticos, devido à

possibilidade de diminuição do limiar epileptógeno.

Recomenda-se evitar o tratamento prolongado, quando se tratar de mulheres que possam vir a engravidar.

É desaconselhável o consumo de bebidas alcoólicas durante o tratamento.

AMPLICTIL também deve ser utilizado com prudência em pacientes parkinsonianos, que necessitem de um

tratamento neuroléptico, em geral devido à sua idade avançada (hipotensão e sedação), nos casos de afecção

cardiovascular (hipotensão) ou de insuficiência renal e hepática (risco de superdosagem).

Casos de tromboembolismo venoso, incluindo casos de embolismo pulmonar, algumas vezes fatal, foram reportados

com medicamentos antipsicóticos. Portanto, AMPLICTIL deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores

de riscos para tromboembolismo (vide item “9.Reações Adversas”).

Hiperglicemia ou intolerância à glicose foram relatadas em pacientes tratados com AMPLICTIL. Os pacientes com

diagnóstico estabelecido de diabetes mellitus ou com fatores de risco para desenvolvimento de diabetes que

iniciaram o tratamento com AMPLICTIL devem realizar monitoramento glicêmico apropriado durante o tratamento

(vide item “9. Reações Adversas”).

Em tratamentos prolongados, é recomendável controle oftalmológico e hematológico regular.

Gravidez e lactação

Estudos em animais por via oral demonstraram toxicidade reprodutiva (fetotoxicidade embrionária relacionada com

a dose: aumento das reabsorções e mortes fetais). Aumento da incidência de malformações foi observado em

camundongos, mas apenas em doses indutoras de mortalidade materna. Existem dados inadequados em animais

sobre a toxicidade reprodutiva com clorpromazina injetável.

Dados de estudos epidemiológicos disponíveis em crianças expostas no útero com AMPLICTIL não podem excluir

o risco de malformações congênitas e distúrbios do neurodesenvolvimento.

Portanto, o uso de AMPLICTIL não é recomendado durante a gravidez e em mulheres com potencial para engravidar

que não usam métodos contraceptivos, a menos que os benefícios superem os riscos potenciais.

Não existem dados sobre a retenção cerebral fetal dos tratamentos neurolépticos prescritos durante a gestação.

Page 17: (cloridrato de clorpromazina)

4

Consequentemente, o risco teratogênico, se existente, parece pequeno. Parece razoável tentar limitar a duração dos

tratamentos durante a gestação. Se possível, seria desejável diminuir as doses no final da gestação.

Categoria de risco na gravidez: C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem

orientação médica.

Os seguintes efeitos adversos foram relatados (em experiência pós-comercialização) em recém-nascidos que foram

expostos a fenotiazínicos durante o terceiro trimestre de gravidez:

- diversos graus de desordens respiratórias variando de taquipneia a angústia respiratória, bradicardia e hipotonia,

sendo estes mais comuns quando outras drogas psicotrópicas ou antimuscarinicas forem coadministradas;

- sinais relacionados a propriedades atropínicas dos fenotiazínicos tais como íleo meconial, retardo da eliminação do

mecônio, dificuldades iniciais de alimentação, distensão abdominal, taquicardia;

- desordens neurológicas tais como síndrome extrapiramidal incluindo tremor e hipertonia, sonolência, agitação.

Recomenda-se que o médico realize o monitoramento e o tratamento adequado dos recém-nascidos de mães tratadas

com AMPLICTIL.

O aleitamento é desaconselhável, uma vez que a clorpromazina passa para o leite materno.

Fertilidade

Nos seres humanos, devido à interação com os receptores de dopamina, a clorpromazina pode causar

hiperprolactinemia, que pode ser associada a um comprometimento da fertilidade nas mulheres.

Populações especiais

Pacientes idosos com demência: pacientes idosos com psicose relacionada à demência tratados com medicamentos

antipsicóticos estão sob risco de morte aumentado. A análise de 17 ensaios placebo-controlados (duração modal de

10 semanas), majoritariamente em pacientes utilizando medicamentos antipsicóticos atípicos, revelou um risco de

morte entre 1,6 a 1,7 vezes maior em pacientes tratados com o medicamento do que em pacientes tratados com

placebo.

Durante o curso de um típico ensaio controlado por 10 semanas, a taxa de morte em pacientes tratados com o

medicamento foi de aproximadamente 4,5%, comparado com a taxa de aproximadamente 2,6% no grupo placebo.

Embora os casos de morte em ensaios clínicos com antipsicóticos atípicos sejam variados, a maioria das mortes

parece ter ocorrido naturalmente por problemas cardiovasculares (exemplo: insuficiência cardíaca, morte súbita) ou

infecciosa (exemplo: pneumonia). Estudos observacionais sugerem que, similarmente aos medicamentos

antipsicóticos atípicos, o tratamento com medicamentos antipsicóticos convencionais pode aumentar a mortalidade.

Não está clara a dimensão dos achados de mortalidade aumentada em estudos observacionais quando o

medicamento antipsicótico é comparado a algumas características dos pacientes.

Hepatotoxicidade severa, resultando em algumas mortes, foram relatadas com a utilização da clorpromazina. Os

pacientes devem ser orientados a relatar imediatamente, sinais como astenia, anorexia, náusea, vômitos, dor

abdominal ou icterícia a um médico. Investigações incluindo avaliação clínica e biológica da função hepática devem

ser realizadas imediatamente.

Não se recomenda o uso de AMPLICTIL em crianças com menos de 2 anos de idade.

Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem

estar prejudicadas.

Atenção diabéticos: AMPLICTIL gotas contém açúcar (409,5 mg de sacarose líquida e 3,5 mg de caramelo

por mL).

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

ASSOCIAÇÕES CONTRAINDICADAS:

Page 18: (cloridrato de clorpromazina)

5

Medicamento-medicamento:

- levodopa: antagonismo recíproco da levodopa e dos neurolépticos. Em caso de síndrome extrapiramidal induzida

pelos neurolépticos, não tratar o paciente com levodopa (os receptores dopaminérgicos são bloqueados pelos

neurolépticos), mas utilizar um anticolinérgico.

Nos parkinsonianos tratados pela levodopa, em caso de necessidade de tratamento por neurolépticos, não é lógico

continuar a terapia com levodopa, pois isso pode agravar as alterações psicóticas e a droga não pode agir sobre os

receptores bloqueados pelos neurolépticos.

ASSOCIAÇÕES DESACONSELHADAS:

Medicamento-medicamento:

- lítio: síndrome confusional, hipertonia, hiper-reflexia provavelmente por causa do aumento rápido da litemia.

- sultoprida: risco aumentado de alterações do ritmo ventricular por adição dos efeitos eletrofisiológicos.

Medicamento-substância química:

- álcool: os efeitos sedativos dos neurolépticos são acentuados pelo álcool. A alteração da vigilância pode se tornar

perigosa na condução de veículos e operação de máquinas. Evitar o uso de bebidas alcoólicas e de medicamentos

contendo álcool em sua composição.

ASSOCIAÇÕES QUE NECESSITAM DE CUIDADOS:

Medicamento-medicamento:

- antidiabéticos: em doses elevadas (100 mg/dia de clorpromazina) pode ocorrer elevação da glicemia (diminuição

da liberação de insulina). Alertar o paciente e reforçar a autovigilância sanguínea e urinária. Eventualmente, adaptar

a posologia do antidiabético durante o tratamento com neurolépticos e depois da sua interrupção.

- gastrintestinais de ação tópica: (óxidos e hidróxidos de magnésio, de alumínio e de cálcio): diminuição da

absorção gastrintestinal dos neurolépticos fenotiazínicos. Administrar os medicamentos gastrintestinais e

neurolépticos com intervalo de mais de 2 horas entre eles.

- inibidores do CYP1A2: a administração de clorpromazina com inibidores CYP1A2, classificados como fortes (tal

como ciprofloxacina, enoxacina, fluvoxamina, clinafloxacina, idrocilamida, oltipraz, ácido pipemídico, rofecoxibe,

etintidina, zafirlucaste...) ou moderados (como metoxalen, mexiletina, contraceptivos orais, fenilpropanolamina,

tiabendazol, vemurafenibe, zileutona...) conduz a um aumento das concentrações plasmáticas de clorpromazina.

Com isto os pacientes podem estar sujeitos a qualquer uma das reações adversas dose-dependentes relacionadas à

clorpromazina.

Fenotiazínicos como a clorpromazina são potentes inibidores da CYP2D6. Existe uma possível interação

farmacocinética entre inibidores da CYP2D6, tais como fenotiazinas, e substratos da CYP2D6. A co-administração

com amitriptilina, um substrato da CYP2D6, pode levar a um aumento nos níveis plasmáticos da amitriptilina. Os

pacientes devem ser monitorados com relação a reações adversas dose-dependente associadas com amitriptilina.

ASSOCIAÇÕES A SEREM CONSIDERADAS:

Medicamento-medicamento:

- anti-hipertensivos: efeito hipotensor e aumento do risco de hipotensão ortostática (efeito aditivo).

- atropina e outras substâncias atropínicas: antidepressivos imipramínicos, anti-histamínicos H1 sedativos,

antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida: adição dos efeitos indesejáveis

atropínicos, como retenção urinária, obstipação intestinal, secura da boca.

- outros depressores do sistema nervoso central: antidepressivos sedativos, derivados morfínicos (analgésicos e

antitussígenos), anti-histamínicos H1 sedativos, barbitúricos, ansiolíticos, clonidina e compostos semelhantes,

hipnóticos, metadona e talidomida: aumento da depressão central. A alteração da vigilância pode se tornar perigosa

na condução de veículos e operação de máquinas.

- guanetidina: inibição do efeito anti-hipertensivo da guanetidina (inibição da penetração da droga no seu local de

ação, a fibra simpática).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

AMPLICTIL deve ser mantido em sua embalagem original. Manter em temperatura ambiente (entre 15 - 30°C).

Proteger da luz.

Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.

Page 19: (cloridrato de clorpromazina)

6

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Líquido límpido, castanho claro, com odor de menta.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O paciente deve tomar a solução (gotas), por via oral.

Uso em adultos: AMPLICTIL tem uma grande margem de segurança, podendo a dose variar desde 25 a 1600 mg

ao dia, dependendo da necessidade do paciente. Deve-se iniciar o tratamento com doses baixas, 25 a 100 mg,

repetindo de 3 a 4 vezes ao dia, se necessário, até atingir uma dose útil para o controle da sintomatologia no final de

alguns dias (dose máxima de 2 g/dia). A maioria dos pacientes responde à dose diária de 0,5 a 1 g. Em pacientes

idosos ou debilitados, doses mais baixas são geralmente suficientes para o controle dos sintomas.

Uso em crianças (acima de 2 anos): deve-se usar o mesmo esquema já citado de aumento gradativo de dose, sendo

preconizada uma dose inicial de 1 mg/kg/dia, dividida em 2 ou 3 tomadas. O total da dose diária não deve exceder

40 mg, em crianças abaixo de 5 anos, ou 75 mg, em crianças mais velhas.

Modo de usar AMPLICTIL gotas 4%:

1- Coloque o frasco na posição vertical com a tampa para o lado de cima, gire-a até romper o lacre.

2- Vire o frasco com o conta-gotas para o lado de baixo e bata levemente com o dedo no fundo do frasco, para

iniciar o gotejamento.

Não há estudos dos efeitos de AMPLICTIL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para

garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Observadas as recomendações acima citadas, AMPLICTIL apresenta boa tolerabilidade. Como reações adversas, o

paciente pode apresentar:

Reação muito comum (> 1/10):

Distúrbios do metabolismo e nutrição: ganho de peso, às vezes, importante.

Distúrbios do sistema nervoso: sedação, sonolência, síndrome extrapiramidal, que melhora com a administração de

antiparkinsonianos anticolinérgicos, efeitos atropínicos.

Distúrbios vasculares: hipotensão ortostática.

Distúrbios musculares: discinesias tardias que podem ser observadas, assim como para todos os neurolépticos,

durante tratamentos prolongados (nestes casos os antiparkinsonianos não agem ou podem piorar o quadro).

Reação comum (>1/100 e ≤ 1/10):

Distúrbios do coração: prolongamento do intervalo QT.

Distúrbios do sistema nervoso: convulsões.

Distúrbios endócrinos: hiperprolactinemia e amenorreia

Distúrbios do metabolismo e nutrição: intolerância à glicose (vide item “5. Advertências e Precauções”).

Page 20: (cloridrato de clorpromazina)

7

Reações cujas frequências são desconhecidas:

Distúrbios do coração: Houve relatos isolados de morte súbita, com possíveis causas de origem cardíaca (vide item

“5. Advertências e Precauções”), assim como casos inexplicáveis de morte súbita, em pacientes recebendo

neurolépticos fenotiazínicos.

Distúrbios endócrinos: galactorreia e ginecomastia.

Distúrbios do metabolismo e nutrição: Hiperglicemia (vide item “5. Advertências e Precauções”),

hipertrigliceridemia, hiponatremia e secreção inapropriada do hormônio antidiurético.

Distúrbios do sistema nervoso: efeitos atropínicos (retenção urinária).

Distúrbios gastrointestinais: colite isquêmica, obstrução intestinal, necrose gastrointestinal, colite necrosante

(algumas vezes fatal), perfuração intestinal (algumas vezes fatal).

Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos: fotodermias e pigmentação da pele, angioedema e urticária.

Distúrbios oculares: crises oculógiras e depósito pigmentar no segmento anterior do olho.

Distúrbios hepato-biliares: foi observada icterícia por ocasião de tratamentos com clorpromazina, porém, a relação

com o produto é questionável. Casos de lesões hepatocelulares, lesão hepática mista e colestática, às vezes

resultando em morte foram relatadas em pacientes tratados com clorpromazina.

Distúrbios do sistema imunológico: lúpus eritematoso sistêmico foi relatado muito raramente em pacientes tratados

com clorpromazina. Em alguns casos, anticorpos antinucleares positivos podem ser encontrados sem evidência de

doença clínica.

Distúrbios do sangue e do sistema linfático: excepcionalmente leucopenia ou agranulocitose, e por isso é

recomendado o controle hematológico nos 3 ou 4 primeiros meses de tratamento.

Distúrbios do sistema reprodutivo: impotência, frigidez. Em pacientes tratados com clorpromazina foi relatado

raramente priapismo.

Distúrbios vasculares: Casos de tromboembolismo venoso, incluindo casos de embolismo pulmonar venoso,

algumas vezes fatal, e casos de trombose venosa profunda, foram reportados com medicamentos antipsicóticos (vide

item “5. Advertências e Precauções”).

Distúrbios musculares: discinesias precoces (torcicolo espasmódico, trismo e etc., que melhoram com a

administração de antiparkinsoniano anticolinérgico).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://portal.anvisa.gov.br/notivisa, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Os principais sintomas de intoxicação aguda por AMPLICTIL são: depressão do SNC, hipotensão, sintomas

extrapiramidais e convulsões. Recomenda-se nestes casos lavagem gástrica precoce, evitando-se a indução do

vômito; administração de antiparkinsonianos para os sintomas extrapiramidais e estimulantes respiratórios

(anfetamina, cafeína com benzoato de sódio), caso haja depressão respiratória.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS

MS 1.1300.0297

Farm. Resp. Silvia Regina Brollo

CRF-SP nº 9.815

Page 21: (cloridrato de clorpromazina)

8

Registrado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP

CNPJ 02.685.377/0001-57

Fabricado por:

Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.

Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP

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Indústria Brasileira

® Marca registrada

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA.

IB200618

Esta bula foi aprovada pela ANVISA em 03/08/2018.

Page 22: (cloridrato de clorpromazina)

Anexo B

Histórico de Alteração para a Bula

Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas

Data do expediente

No. expediente Assunto Data do expediente

No. expediente Assunto Data da aprovação

Itens de bula Versões (VP/VPS)

Apresentações relacionadas

25/06/2014 0500545/14-1 (10458) - Inclusão Inicial

de Texto de Bula – RDC

60/12

25/06/2014 0500545/14-1 (10458) - Inclusão Inicial

de Texto de Bula – RDC

60/12

25/06/2014 VP/VPS Dizeres Legais

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP

VD AMB X 5 ML

25 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20

100 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20

20/08/2014 0686887/14-8 (10458) - Inclusão Inicial

de Texto de Bula – RDC

60/12

20/08/2014 0686887/14-8 (10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

20/08/2014 VP 3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? 4. O QUE DEVO SABER ANTES DE

USAR ESTE MEDICAMENTO?

VPS 4.

CONTRAINDICAÇÕES 5. ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES”

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP

VD AMB X 5 ML

25 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20

100 MG COM

Page 23: (cloridrato de clorpromazina)

REV CT BL AL PLAS OPC X 20

21/01/2015 0057502/15-0 (10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

09/11/2012 0917860/12-1 1472 - MEDICAMENTO

NOVO - Alteração nos cuidados de conservação

29/09/2014 VP 6. ONDE, COMO E

POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE

MEDICAMENTO? VPS

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP

VD AMB X 5 ML

09/09/2016 2268467/16-1 (10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

09/09/2016 2268467/16-1 (10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

09/09/2016 VP 4. O QUE DEVO

SABER ANTES DE USAR ESTE

MEDICAMENTO? 6. COMO DEVO USAR

ESTE MEDICAMENTO?

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE

MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

VPS 5. ADVERTÊNCIA E

PRECAUÇÕES; 6. INTERAÇOES

MEDICAMENTOSAS 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

9. REAÇÕES ADVERSAS

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP

VD AMB X 5 ML

25 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20

100 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20

31/05/2017 1065353/17-8 (10451) - MEDICAMENTO

31/05/2017 1065353/17-8 (10451) - MEDICAMENTO

31/05/2017 VPS 6. INTERAÇÕES

VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD

Page 24: (cloridrato de clorpromazina)

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

MEDICAMENTOSAS CGT X 20 ML

5 MG/ML SOL INJ CX 5 AMP

VD AMB X 5 ML

25 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20

100 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20

03/08/2018 Gerado no momento do

peticionamento

(10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

01/08/2018 Gerado no momento do

peticionamento

(10451) - MEDICAMENTO

NOVO – Notificação de Alteração de

Texto de Bula – RDC 60/12

01/08/2018 VP 4. O QUE DEVO

SABER ANTES DEUSAR ESTE

MEDICAMENTO? VPS

5. ADVERTÊNCIAS EPRECAUÇÕES

VP/VPS 40 MG/ML SOL OR CT FR VD CGT X 20 ML

25 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20

100 MG COM REV CT BL AL

PLAS OPC X 20