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1 Grupo de Comunicação e Marketing CLIPPING 22 de abril de 2019 GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

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Grupo de Comunicação e Marketing

CLIPPING 22 de abril de 2019

GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

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Grupo de Comunicação e Marketing

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5

Estado descarta FGTS e estuda com a Caixa outra operação para o Jaboticabal ..................................... 5

Mendonça participa de Oficina Preparatória para a Operação Estiagem ................................................. 6

O PRA precisa avançar ................................................................................................................... 7

Carro elétrico ................................................................................................................................ 9

Desmonte do sistema de preservação ambiental atinge também os estados ....................................... 10

Guarulhos quer cobrar taxa ambiental de passageiros que embarcarem no Aeroporto de Cumbica ........ 12

Após incêndio em galpão no Macuco, Cetesb multa empresa por poluição do ar .................................. 13

Prefeito veta projeto sobre contrato com Sabesp após emendas da Câmara ....................................... 14

“Anunciaremos o maior investimento em infraestrutura da história”................................................... 16

Peixes são achados mortos em água esverdeada em prainha de Araçatuba ........................................ 18

Ocupação agrícola quase dobra nas margens da represa de Itupararanga .......................................... 19

Estudo mostra agrotóxicos na água que abastece Sorocaba .............................................................. 25

Itanhaém assinará contrato com a Sabesp ..................................................................................... 27

Aterro sanitário de PP transforma o liquido tóxico em água tratada .................................................... 28

Licenciamento ambiental no novo governo ..................................................................................... 29

Daee irá investir R$ 5 milhões para manter o paisagismo entre a capital e Guarulhos .......................... 32

Sabesp alerta sobre lixo e ligações irregulares nas redes coletoras de esgotos do LN ........................... 33

Ex-aluno da UNESP Araraquara é dono da maior processadora de frutas do mundo ............................. 35

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 37

Um antiministro no Meio Ambiente Bernardo Mello Franco ............................................................... 37

22 de abril, Dia da Terra: Nossa casa, tão linda e tão frágil .............................................................. 38

Decisões do governo Bolsonaro mostram que crime ambiental compensa, dizem especialistas .............. 39

Método inovador recupera água de processo industrial poluente ........................................................ 42

Como nasceram as embalagens de plástico e por que eliminá-las pode não ser tão ecológico assim ...... 44

A Páscoa e os impactos socioambientais por trás da produção de cacau ............................................. 47

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 48

PAINEL....................................................................................................................................... 48

Mônica Bergamo: Governo quer criar órgão para vender ativos apreendidos de criminosos ................... 50

Ministério da Agricultura pede fim da lista de animais aquáticos ameaçados ....................................... 52

Decisões políticas do governo sobre preço afastam investidores, dizem especialistas ........................... 54

Indústria de liminares mantém devedores contumazes na ativa ........................................................ 55

Verticalização e redução de barreiras devem flexibilizar o mercado de combustíveis, diz representante do ministério da Economia ................................................................................................................ 56

Complexidade tributária para combustíveis incentiva sonegação, afirma Henrique Meirelles .................. 58

Multinacionais apostam no mercado de distribuição no Brasil ............................................................ 59

Gás natural veicular atinge o maior preço desde o início de série histórica .......................................... 60

Indústria de liminares mantém devedores contumazes na ativa ........................................................ 62

Decisões políticas do governo sobre preço afastam investidores, dizem especialistas ........................... 63

Expansão do etanol depende de logística e menos imposto ............................................................... 64

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Grupo de Comunicação e Marketing

Queda no preço do gás depende do fim dos monopólios, diz setor ..................................................... 66

Para sobreviver, petroleiras investem em fontes renováveis ............................................................. 68

ESTADÃO ................................................................................................................................... 70

Ministério do Meio Ambiente, de mal a pior - Opinião - Estadão ......................................................... 70

Cidade de São Paulo tem descobertas arqueológicas, mas preservação ainda é falha ........................... 72

Salles decide militarizar Ministério do Meio Ambiente ....................................................................... 75

Legislação e Rota 2030 fazem carros ficarem mais seguros e mais caros ............................................ 76

Plano de Guedes para gás mais barato encontra resistência na Petrobrás ........................................... 78

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 80

Semana será decisiva para impasse entre governo e caminhoneiros .................................................. 80

MP do Saneamento vence em junho sem ter sido avaliada................................................................ 81

Águas do Brasil amplia investimento para 2019............................................................................... 83

Gasto com pessoal tira recursos para água e esgoto ........................................................................ 84

Usiminas estuda nova linha em Ipatinga ........................................................................................ 86

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Grupo de Comunicação e Marketing

ENTREVISTAS

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Grupo de Comunicação e Marketing

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 21/04/2019

Estado descarta FGTS e estuda com a

Caixa outra operação para o Jaboticabal

O governo de São Paulo, comandado por João

Doria (PSDB), descartou, em negociações com

a Caixa, viabilizar o custeio dos gastos da

construção do Piscinão Jaboticabal via FGTS

(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O

Palácio dos Bandeirantes tenta concretizar

acordo de operação de crédito para iniciar as

desapropriações do equipamento neste ano. A

própria Caixa informou que o Estado

“permanece em tratativas para obtenção de

financiamento por meio do Finisa (Programa

de Financiamento à Infraestrutura e ao

Saneamento), recurso próprio do banco”, e

não por FGTS.

O equipamento tem um orçamento estimado

de R$ 400 milhões, e seria executado nas

divisas entre São Bernardo, São Caetano e

Capital – a previsão é de capacidade para

armazenar cerca de 910 mil metros cúbicos de

águas pluviais. O Finisa é uma das linhas de

crédito colocadas à disposição pela Caixa com

o objetivo de subsidiar investimentos em

saneamento ambiental e em infraestrutura ao

setor público e privado. A Prefeitura de São

Caetano, por exemplo, requereu

financiamento nestes moldes, no valor de R$ 5

milhões, para reforma do Teatro Paulo

Machado de Carvalho.

O presidente do Consórcio Intermunicipal do

Grande ABC e prefeito de Santo André, Paulo

Serra (PSDB), afirmou que a diferença entre

uma proposta e outra de negociação no banco

– Finisa ou FGTS – não muda o cronograma

arquitetado de execução das obras. Segundo o

tucano, a questão é meramente financeira que

cabe no caso somente ao governo estadual.

“O período estimado não altera. O que posso

dizer é que, do ponto de vista regional,

estamos satisfeitos com o andamento dado

pelo Doria em relação a esse processo”,

sustentou, tecendo elogios ao correligionário.

O fato de Doria ter chamado para si as

desapropriações é fator que gerou

expectativas positivas para a consolidação do

piscinão. O governador se reuniu no começo

deste mês com o presidente da Caixa, Pedro

Duarte Guimarães, e colocou o tema na pauta.

“O projeto vai adiante com o financiamento do

banco estatal. Nós estabelecemos os princípios

e agora as equipes estão em contato (...),

com objetivo de estabelecer o cronograma”,

disse, na ocasião. O tucano relatou,

recentemente, plano de intenções em iniciar a

construção do Jaboticabal no segundo

semestre de 2019, com previsão de um ano

de obras. O prazo máximo prospectado é

deixar o equipamento pronto no verão de

2021.

A linha de empréstimo por FGTS para bancar a

intervenção foi a primeira opção sugerida pelo

ministro de Desenvolvimento Regional,

Gustavo Canuto, em visita à sede do governo

paulista. A audiência, na primeira quinzena de

março, contou com a participação dos

prefeitos do Grande ABC. Na oportunidade, as

autoridades envolvidas falaram em formatar

estudo a respeito das condições para tirar o

projeto do papel, que já se arrasta há pelo

menos dez anos. A Secretaria Estadual de

Infraestrutura e Meio Ambiente, chefiada

por Marcos Penido, está responsável pelas

tratativas com a Caixa e o governo federal.

(colaborou Daniel Tossato)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21441324&e=577

http://cloud.boxnet.com.br/y68fys9e

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Folha do Povo / Nova Aliança

Data: 19/04/2019

Mendonça participa de Oficina

Preparatória para a Operação Estiagem

Representantes de diversas cidades

participaram da Oficina e Mendonça enviou

cinco representantes

A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil

(CEDEC/SP), em conjunto com as Secretaria

Estadual do Meio Ambiente, Policiamento

Ambiental e Corpo de Bombeiros realizaram

na última terça-feira, em São José do Rio

Preto, a Oficina Preparatória para Operação

Estiagem (OPOE). O intuito da oficina é

preparar os municípios para lidarem com o

período de seca, em que são registrados altos

índices de queimadas, a chamada Operação

Corta Fogo 2019. O evento foi dividido em

duas etapas, aula teórica realizada na Acirp

(Associação Comercial e Industrial de Rio

Preto) e a prática, na sede do Corpo de Bombeiros.

Mendonça esteve representada pelo

coordenador municipal do Meio Ambiente,

Nilton Aguiar Junior, os brigadistas José Carlos

Mantovani, Luciano Ferreira, Sérgio Columbari e o Paulo Anselmo.

Nessas oficinas que acontecem em todo o

Estado de São Paulo, são abordados temas de

interesse local para a construção de rede de

prevenção de riscos e de desastres, ensinando

os municípios a utilizarem as ferramentas

existentes, como legislação aplicada à

proteção e defesa civil, elaboração de plano de

contingência para o período de estiagem,

critérios para a decretação de situação de

anormalidade e solicitação de recursos às

esferas estadual e federal, além do uso de

aeronaves para combate a incêndios em

cobertura vegetal, sendo que tais fatores

fazem parte do Programa Município Verde

Azul, que tem como propósito medir e apoiar a eficiência da gestão ambiental.

Além da preparação na oficina, os servidores

também pedem a ajuda da população na

prevenção de incêndios. Algumas pequenas

atitudes podem evitar grandes estragos, como

jogar cigarros ou fósforos acessos às margens

das rodovias, especialmente de carros em

movimentos; assim como não soltar balões

que, além de crime, pode provocar acidentes

aéreos, incêndios florestais e são um perigo para refinarias e indústrias químicas.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21425001&e=577

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: A Tribuna de Piracicabana

Data: 21/04/2019

O PRA precisa avançar

A discussão da MP é oportunidade para

detalhar e assim consolidar juridicamente

artigos do Código Florestal

O Programa de Regularização Ambiental (PRA)

voltou a ganhar atenção com a Medida

Provisória (MP) 867/2018, que estende até 31

de dezembro de 2019 o prazo para adesão,

terminando em 31 de dezembro de 2018. A

comissão mista da MP já aprovou seu plano de

trabalho e realiza na próxima quarta-feira (10)

audiência pública para debater a proposição. A

discussão da MP é oportunidade para detalhar

e assim consolidar juridicamente artigos do

Código Florestal. Há muito tempo queremos

que o Código Florestal seja efetivamente

implementado. Sabermos que se trata de uma

legislação completa, detalhada e moderna.

Demonstra que a defesa do meio ambiente é

compatível com a produção de alimentos.

Benefiacia desde a agricultura de alta escala

até os pequenos produtores rurais,

agricultores familiares, povos e comunidades

tradicionais e assentados da reforma agrária,

todos abrangidos pelo Código Florestal.

A demora do STF em julgar arguições do

Ministério Público, retardou a implantação do

Código e assim comprometeu a recuperação

ambiental. Também houve falhas dos próprios

governos (federal e estaduais). É urgente

caminhar com esta questão porque, ao

contrário do que muitos insistem em afirmar,

a produção agrícola pode se harmonizar com

preservação e ninguém cuida mais dos

recursos naturais do que o nosso agricultor.

Muito se fala em desmatamento, vamos aos

fatos utilizando os números do Cadastro

Ambiental Rural (CAR) nacional, levantamento

feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa

Agropecuária (Embrapa).

De toda a extensão territorial brasileira, as

plantações estão presentes em apenas 7,8%

das terras. 25,6% sao formados por áreas

destinadas à preservação da vegetação nos

imóveis rurais. Ou seja, há mais que 0 triplo

de espaços preservados do que cultivados nas

propriedades rurais.

Soma-se ainda: as pastagens nativas

representam 8%, as plantadas chegam a

13,2%; as unidades de conservação integral

chegam a 10,4% do território brasileiro;

13,8% das terras brasileiras são de reservas

indígenas e 16,5% são de vegetação nativa

em terras devolutas e não cadastradas.

Épreciso destacarmos isso: a área destinada à

vegetação protegida e prese rvada é ae 66,3%

- dois terços do Brasil inteiro. Temos ainda

mais vegetação com as florestas plantadas,

que ocupam 1,2% do território. Já a

infraestrutura preenche 3,5% do País.

Fazendo um comparativo, o total de áreas

protegidas, preservadas e não cadastradas

equivale à superfície de 48 países da Europa.

Não é mais possível colocar sob os ombros do

agricultor a deterioração do planeta.

É preciso, portanto, valorizar e defender 0

homem do campo de ataques ideológicos e

sem critérios. São "fake news" que atrapalham

este setor econômico brasileiro que há anos só

apresenta resultados positivos. Citando

apenas dois exemplos: nos próximos 10 anos,

nossa produção de grãos deve crescer 30%e

adecames 27%.

O PRA e um atestado de sustentabilidade da

nossa produção para0 mundo, extremamente

relevante para alcançar novos mercados

internacionais. Ao mesmo tempo, atrai

investimentos de importantes players

mundiais que exigem sustentabilidade pra

firmar parcerias.

No Estado de São Paulo, temos uma Lei, que

fundamenta 0 Programa, aprovada já há muito

tempo pela Assembléia Legislativa. Ela ainda

aguardajulgamento pelo TJ /SP para poder ser

implantada. Atraso causado - mais uma vez -

pela intervenção do Ministério Público, quem

perde com a indefinição é o produtorrural e 0

meio ambiente.

Participei recentemente, em Sertãozinho, do

fórum "Soluções Agroambientais", organizado

pela Canaoeste (Associação dos Plantadores

de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) e

que apresentou inovações importantes para

esta harmonização entre meio ambiente e

agricultura. Um dos destaques é a parceria

com 0 Legado Das Águas Votorantim para a

compensação da reserva legal e destaco a

participação do Secretário Marcos Penido

representando o Governo Dória.

A Canaoeste também lançou seu aplicativo

para agilizar a comunicação de incêndio, fazer

0 check-list das adequações da propriedade

com relação ao programa de prevenção a

incêndiose servir de ponte para a comunicação

entre associação e associado, numa

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Grupo de Comunicação e Marketing

demonstração de proatividade que merece ser

saudada.

O setor tem feito sua parte, agora precisamos

definitivamente caminhar com o PRAe mostrar

que o agricultor brasileiro é capaz de

fomecernão apenas alimento, mas também

oxigênio, água, solo. O agricultor gera

emprego,renda, riqueza, sustentabilidade e

merece nosso apoio, nossa confiança!

Arnaldo Jardim, deputado federal (Cidadania-

SP)

http://cloud.boxnet.com.br/y6k96nvz

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: O Diário de Mogi

Data: 20/04/2019

Carro elétrico

Claudio Costa

No ano passado, escrevi sobre o carro elétrico,

uma solução inteligente para o Brasil. Esta

semana uma montadora japonesa anunciou

que entrará em produção no Brasil, em

outubro, o primeiro carro híbrido com o uso do

etanol, assumindo assim como o veículo 'mais

limpo' em termos ambientais no mundo

atualmente. Fico feliz em ser assertivo em

termos de futuro. Abaixo o artigo escrito há ano.

O setor mundial de transporte é quase

exclusivamente dependente do uso de

combustíveis fósseis derivados do petróleo

(gasolina e óleo diesel) com pequenas

contribuições de gás natural e eletricidade.

Tem uma participação grande no consumo

total de energia, mas também tem uma

participação expressiva nas emissões de CO2, principal responsável pelo aquecimento global.

Não é, portanto, surpresa que se procure

substituir os combustíveis fósseis poluentes

por fontes de energia renovável não

poluentes.

O mais importante deles é o uso de

biocombustíveis (etanol como substituto da

gasolina e biodiesel como substituto do óleo diesel) que são combustíveis renováveis.

Considerando a Região Metropolitana de São

Paulo como exemplo, após a introdução da

mistura do etanol na gasolina, de acordo com

a Cetesb, os índices de poluição na cidade

diminuíram na mesma proporção, o que

significa que o uso do etanol, por ser

renovável e contribuir muito pouco para as

emissões de CO2 e uma solução muito boa

para o problema e deveria ser usado para

reduzir significativamente a poluição em

grandes cidades da China, India e Europa (principalmente Paris) .

Ao invés disso estes países trabalham na

opção do carro elétrico, como alternativa, mas

não esclarecem que para carregar as baterias

destes veículos elétricos deverão ter

eletricidade geradas através de combustíveis

fósseis, pois não possuem eletricidade

abundante e barata como a gerada pelas

hidrelétricas, com exceção da Noruega.

Obviamente que, talvez, quem sabe, no futuro

surjam novas tecnologias de baterias. Caso

isso não ocorra, o volume de carros projetados

irá estimular o uso de reatores nucleares.

Talvez o mais sensato seja o veículo híbrido que usaria o etanol para carregar as baterias.

O Brasil é um grande produtor de etanol.

Precisamos investir mais nesta alternativa pois

além do know how, temos áreas e clima

propícios para a cultura da cana-de-açúcar.

Mais uma vez, a natureza nos mostra uma grande oportunidade.

Cláudio Costa é empresário e economista.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21430238&e=577

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Rede Brasil Atual

Data: 19/04/2019

Desmonte do sistema de preservação

ambiental atinge também os estados

por Cida de Oliveira

São Paulo – Os retrocessos e ameaças de

desmonte do sistema de preservação

ambiental e de desenvolvimento de políticas

para o uso sustentável dos recursos naturais,

que avançam rapidamente com a gestão do

ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, são

acompanhados de medidas semelhantes em nível estadual.

Em São Paulo, a Secretaria Estadual de

Infraestrutura e Meio Ambiente, resultante

da fusão das duas pastas, tem sob o mesmo

comando interesses tão conflitantes como

grandes empreendimentos e o respectivo

licenciamento ambiental. E a infraestrutura na

frente do meio ambiente no nome da nova

pasta sugere que as obras terão mais peso,

para desespero de ambientalistas e populações atingidas.

Exemplo prático é a barragem que está sendo

erguida no município de Pedreira, apesar da

falta de alvará municipal e de problemas no

licenciamento apontados por órgão ambiental

de Campinas, que terá parte de uma área de

proteção ambiental inundada pela represa.

A exemplo da política nacional, a paulista

também promove mudanças no controle social

ambiental. O Decreto 64.122, publicado no

Diário Oficial em 1º de março, sexta-feira

anterior ao carnaval, exclui o assento dos

trabalhadores no Conselho Estadual de Meio

Ambiente (Consema) e abre outro para

entidades.

A medida foi criticada pelo sindicato dos

trabalhadores do setor de saneamento e meio

ambiente, o Sintaema. "O objetivo é esvaziar

a participação dos trabalhadores, mais

contestadores. Temos de continuar o papel de

denunciar o desmonte sistemático do meio

ambiente por Jair Bolsonaro e João Doria com

essas medidas. Trata-se do afrouxamento da

fiscalização, com mais espaço para setores

que não fazem contestação", disse o diretor de

imprensa e comunicação da entidade, Rene

Vicente dos Santos.

Os trabalhadores fazem oposição

principalmente às políticas de privatização

defendidas pela plataforma de governo do

tucano João Doria, que incluem parques e

áreas florestais. "Mais de 60% das nascentes

estão dentro de reservas. E não é apenas em

explorar o ecoturismo que a iniciativa privada

está interessada. Há a mineração, a

exploração da água e de madeira", destacou o dirigente.

Para debater a temática, foi constituído um

fórum de entidades em defesa da agricultura e

do meio ambiente. Uma das primeiras

iniciativas, segundo Roberto Resende, é uma

audiência pública articulada com a frente

parlamentar pela reforma agrária, agricultura

familiar, segurança alimentar e regularização

fundiária rural da Assembleia Legislativa

paulista. Será na próxima quarta-feira (24), às

10h, no auditório Teotônio Vilela, na sede do

legislativo estadual.

Licenciamento

Os retrocessos avançam também sobre

estados com governos mais progressistas. No

Ceará, onde o governador Camilo Santana

(PT) sancionou lei de autoria de Renato

Roseno (Psol), proibindo a pulverização aérea

de agrotóxicos, houve um passo atrás. O

Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema)

aprovou no último dia 11 novas regras para o

licenciamento ambiental.

O professor de Direito Ambiental e presidente

da comissão de Direito Ambiental da OAB do

Ceará, João Alfredo Telles Melo, aponta

ilegalidades na medida. Entre elas, isenção de

licenciamento para atividades degradadoras e

licença por autodeclaração e a dispensa de

licenças ambientais para o plantio irrigado,

com uso de agrotóxicos, em imóveis de até 30 hectares.

"No Distrito Irrigado Jaguaribe-Apodi,

pesquisadores do núcleo Tramas da

Universidade Federal do Ceará demonstraram

incidência significativa de câncer entre os

agricultores, inclusive com a morte, por

contaminação química, de Vanderlei Matos da

Silva, em 2008", destacou João Alfredo. "O

distrito tem área total de 1.815 hectares, dispensados de licenciamento".

O governo Bolsonaro já liberou 152 novos

agrotóxicos, dos quais 44%

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Grupo de Comunicação e Marketing

alta/extremamente tóxicos e 28% proibidos na

União Europeia. "Se expandirmos esses

cálculos para todo o Estado, o impacto pode

ser tremendo. É de se questionar se a

aprovação foi uma compensação ao

agronegócio pela proibição da pulverização

aérea. O grave é que, nessa moeda de troca,

estão a saúde do trabalhador e do consumidor

e a proteção dos solos, das águas, da

natureza que custou a vida de Zé Maria do

Tomé". Liderança ambientalista e dos

trabalhadores rurais, José Maria do Tomé foi

assassinado em 21 de abril de 2010, com mais de 20 tiros.

https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/

2019/04/Desmonte-do-sistema-de-

preservacao-ambiental-atinge-tambem-os-

estados

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: G1 Globo

Data: 19/04/2019

Guarulhos quer cobrar taxa ambiental de

passageiros que embarcarem no

Aeroporto de Cumbica

Prefeitura também quer que empresa que

administra o aeroporto pague iptu pela área

que ocupa.

A Prefeitura da cidade de Guarulhos, na

Grande São Paulo, quer cobrar R$ 10 dos

passageiros que embarcarem no Aeroporto de

Cumbica como uma "compensação ambiental".

O objetivo da taxa é aliviar o impacto da

poluição produzida pelas aeronaves. Ela

também quer que a empresa que administra o local pague IPTU.

A criação da taxa ainda é um projeto que

precisa ser estudado, mas a Prefeitura fez

algumas contas e a estimativa é de uma

arrecadação de R$ 260 milhões por ano.

Atualmente, o orçamento do meio ambiente

da cidade é de R$ 40 milhões.

A prefeitura também afirma que o aeroporto

provoca danos e precisa pagar por isso. A

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) diz que a poluição de

Guarulhos não é diferente das demais cidades

da região metropolitana. Em nota, disse que

"as principais fontes de poluição do ar na

região são: tráfego de veículos em estradas e

vias expressas, indústrias, além do aeroporto internacional".

Além da taxa, o município tenta receber,

desde 2012, o IPTU do aeroporto. Só em

2019, o valor foi de R$ 48 milhões. A briga

pelo pagamento foi parar na Justiça e a

empresa afirmou que o aeroporto é um bem

público, que pertence à união federal e, por

isso, não está sujeito ao pagamento do

imposto. O contrato de concessão do

aeroporto à iniciativa privada foi assinado em 2012, por um prazo de 20 anos.

Daniela Gomes, turismóloga, acredita que a

compensação é válida."Eu acho que se for

para o lugar que tem que ir, se for para o

meio ambiente, eu acho que é válido, mas indo para o destino correto."

O economista Daniel Molan acredita que "eles

poderiam usar melhor o dinheiro em vez de cobrar mais".

Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor

(IDEC), a cobrança não é ilegal, mas o consumidor deve ficar atento.

"O ideal é que as contrapartidas sejam

benéficas pra ele no futuro, então tem que

ficar de olho nos custos desse projeto e no

que vai ser usado esse dinheiro no futuro

também", explica Rafael Calábria, pesquisador de mobilidade do Idec.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21425914&e=577

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Santa Portal

Data: 19/04/2019

Após incêndio em galpão no Macuco,

Cetesb multa empresa por poluição do ar

SANTOS - A Cetesb multou a empresa ICC

Industrial Comércio Exportação e Importação

em R$ 53.060,00, pela emissão de poluentes

na atmosfera em razão do incêndio ocorrido

na tarde de domingo (14), em um galpão

onde estava armazenado levedura utilizada

em ração animal, no bairro do Macuco, em

Santos.

O produto queimado provocou cheiro forte,

causando incômodo aos moradores da

localidade, chegando também a outros bairros

da Cidade.

Além da multa, a Cetesb deu prazo de 30 dias

para que a empresa apresente documentos

comprovando as quantidades e a destinação

final dos resíduos armazenados no local.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21422300&e=577

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Veículo1: A Cidade / Ubatuba

Veículo2: Ubatuba Acontece

Data: 20/04/2019

Prefeito veta projeto sobre contrato com

Sabesp após emendas da Câmara

A Câmara Municipal de Ubatuba aprovou

durante a sessão realizada na terça-feira (16),

o veto total do prefeito a projeto do próprio

Executivo envolvendo renovaçãode contrato

com a Sabesp. Por emendas, os vereadores

questionaram o prazo de 30 anos (reduziram

para 10) e pediram em contrapartida, que

fosse perdoada a divida da Santa Casa com a

empresa. Com aprovação do veto, o prefeito

se obriga a enviar outra proposta.

A questão do saneamento foi também o tema

abordado na Tribuna Popular desta 93 Sessão

Ordinária quando foram cobradas definições

para um Plano Municipal de Saneamento e

investimentos reais para a área de

saneamento básico em Ubatuba, pois "das 19

praias monitoradas pela Cetesb no Município

hoje, 14 já estão com bandeira vermelha".

Primeiro pronunciou-se a engenheira civil e

professora Margareth Gil Nassar, moradora há

28 anos em Ubatuba que chegou a elaborar

projetos de rede privada de esgoto, com

levantamentos de quanto é coletado e quanto

é tratado na cidade a mostrar "situação muito

diferentede outros lugares. Aquitemos um

lençol freático super raso e hoje se alguém

quiser fazer um poço para água não pode

porque nosso lençol freático está todo

contaminado".

E qual é nossa expectativa, perguntou. "Nossa

expectativa é que este quadro piore cada dia

mais. Vivemos boom imobiliário, em quede um

dia pro outro surge um prédio novo, uma casa

o que significa aumento de demanda por

serviços e não temos estações de tratamento

de esgoto que abarque tudo isso. O que estão

projetando para Ubatuba já inclui esse cenário

de aumento de demanda”?

Bandeira vermelha - Margareth insistiu que "a

população deve estar consciente dessa

situação, essa Casa de Leis, o Executivo.

Senão fizermos alguma coisa em breve nossa

cidade vai se perder, tudo de bom que a

cidade oferece. Hoje temos mais bandeiras

vermelhas nas praias. De 19 praias

monitoradas pelos órgãos ambientais,

hojetemos 14com bandeira vermelha,

impróprias. Apenas 40 % do município são

atendidos por estações mas como esse esgoto

é tratado", questiona.

Antônio Augusto de Oliveira Neto, o segundo a

ocupar a Tribuna também apresentou-se como

um voluntário atuante na área ambiental pela

Associação Amigos na Proteção, Preservação e

respeito a Ubatuba - APPRU. "Desde a morte

do exgovernador Mário Covas que não se faz

mais investimentos de porte na área de

saneamento básico. Foi o ex-governador

Covas que implantou toda essa tubulação

cobrindo a cidade. Só na praia do Lázaro há

44 km de tubos instalados mas ficou faltando

Estação de Tratamento no Perequê-mirim".

O vereador Manoel Marques (PT) lembrou que

essa tubulação a lí na região do Lázaro é, sim,

usada pela população mas para jogar o esgoto

na praia.

Tanto Neto como Margareth cobraram a

elaboração do "nosso Plano Diretor e Plano

Municipal de Saneamento que hoje

nãoexistem, estamossem direção. Estamos

aqui para sensibilizá-los. Ubatuba tem que ter

seu plano municipal de saneamento".

Neto lembrou que a ONG APPRU protocolou

nessa Casa de Leis um documento pedindo

uma proposta de um Plano Municipal de

Saneamento. A g en te não sabe mais a quem

solicitar. Fica tudo muito superficial, muita

gente dando palpites, vamos no Ministério

Público, vamos na Sabesp e nada".

Veto a emendas - Os vereadores

pronunciaram-se após as falas tendo

Reginaldo Bibi (MDB) parabenizado os dois

mas lembrando que "a Câmara sempre está

atenta ao tema, temos discutido sim, tanto

que na pauta dessa 93 Sessão há um veto

total do Prefeito a projeto do próprio Executivo

contemplando a questão da renovação do

contrato com a Sabesp. O veto veio diante de

várias emendas que nós vereadores

colocamos no contrato".

"Temos que exigir as contrapartidas,

prosseguiu Bibi, tanto que o prefeito vetou

porque incluímos emendas que alterou

oprojeto da forma quea Sabesp quer. Apoio o

trabalho da APPRU mas o problema é

maiordoque nosapresenta. O rio Acaraú nasce

lá em cima na Sesmaria etodas as casas

jogam esgoto in natura num bracinho dele que

acaba ali no mangue. Temos quase 80 núcleos

irregulares na cidade. Temos que legislar

também na construção do prédio, na

verticalização. E este é o momento apropriado

pra isso".

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Grupo de Comunicação e Marketing

Também o vereador Ricardo Cortes (PSC)

lembrou que "temos discutido a Sabesp

praticamente em todas as sessões, todo

mundo sabe que nossa água é contaminada

mas esgoto não dá voto, fica escondido em

baixo da terra. No entanto. Saúde dá voto e

Saneamento Básico é investir em Saúde".

Ele concorda que há que atualizar o Plano

Diretor Municipal pois a Lei 711 ainda falava

de prédio de dois andares. Hoje temos prédios

de oito andares. Estamos no caminho do que

já aconteceu no Guarujá, em Bertioga. O

dimensionamento da nossa rede de esgoto foi

feito baseado em nada. A Sabesp segue um

plano traçado em 1992 que já estás super

ultrapassado".

Novo projeto - O presidente da Mesa,

vereador Silvinho Brandão (PSDB) fechou o

debate dizendo que a Sabesp envia um

projeto pré-formatado e quer que a gente

aprove como veio, como eles querem. Nós

vereadores entendemos que eles nos dão um

cheque em branco, a gente assina e depois

não sabe o que vai acontecer. Aí incluímos

várias emendas, entre elas uma já citada,

sobre a dívida da Santa Casa e redução de

prazo de vigência do contrato para 10 anos e

veio veto total".

Silvinho cobrou o envio do contrato na íntegra

para avaliação de metas. Também se

pronunciaram os vereadores Adão (PCdoB),

Manoel Marques (PT), Rochinha do Basquete

(PTB) e Claudnei Xavier (PSDB).

Na votação, os vereadores acataram por

unanimidade o veto total do prefeito ao

projeto autorizando o Poder Executivo a

celebrar convênio de cooperação técnica,

contrato, termos aditivos e outros ajustes com

o Estado de São Paulo, Agência Reguladora de

Saneamento e Energia do Estado de São Paulo

- ARSESP e Companhia de Saneamento Básico

do Estado de São Paulo - SABESP para as

finalidades e condições que especifica.

Acatado o veto, agora o Legislativo espera a

remessa de uma nova proposta do Executivo

para discussão visando a renovação do

contrato com a Sabesp.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21436885&e=577

http://cloud.boxnet.com.br/y58rv9an

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Veículo: Diário do Litoral

Data: 22/04/2019

“Anunciaremos o maior investimento em

infraestrutura da história”

I) Um balanço geral sobre os principais

investimentos em diversas áreas eas

perspectivas de crescimento até o final do seu

mandato. É o que conta o prefeito de

Itanhaém, Marco Aurélio Gomes. Ele destaca,

em primeira mào, os altos investimentos do

Governo do Estado, no valor de R$ 1 bilhão,

para obras de infraestruturae complementação

da rede de saneamento básico. Marco Aurélio,

41 anos, concedeu entrevista ao Diário do

Litoral para falar sobre o Município que

completa 487 anos, hoje. Advogado, casado e

pai de dois filhos, o prefeito está no seu

segundo mandato.

Diário do Litoral - Quais os principais

investimentos na áreade infraestrutura urbana

já realizados na cidade?

Marco Aurélio Gomes-Nós direcionamos os

recursos para obras em diversas áreas.

Entregaremos no dia 22, mais uma unidade de

Saúde da Família, no bairro Santa Julia. Na

Educação, vamos entregar uma escola de

Ensino Fundamental, no bairro Gaivota, no

próximo mês, que atenderá 1000 alunos.

Também fizemos a revitalização de praças,

como a Ângelo Guerra, no bairro Belas Artes,

ea Praça Rangel Kardec, mais conhecida como

do Patins, na Praia dos Sonhos. E ainda obras

de ligaçãoviária como a de Itanhaém-

Mongaguá, pela marginal. Outra obra é a

Praça Benedito Calixto, importante ligação

entre a orla, o Centro Histórico e o Convento,

com espaço para 100 artesãos exporem

trabalhos, além deuma concha acústica para

atividades culturais.

Após o aniversário da cidade, anunciaremos o

maior investimentode infraestrutura da

história de Itanhaém. São obras de

saneamento básico em parceria entre o

Governo do Estado e a Sabesp, com recursos

na ordem de 1 bilhão de reais. O objetivo é

universalizar o atendimento sanitário à

população com serviços de coleta e

tratamento de esgoto. Hoje a cidade é

atendida por 50% de saneamento básico. As

obras já estão contratadas pela Sabesp, com

umcontratode30 anosem parceria com a

Prefeitura. Os primeiros bairros mais

populosos a serem atendidos são o Savoy I, o

Belas, Artes, o Corumbá e o Cibratel II.

Diário - Em relação a área de Educação e

Cultura quais os projetos que já foram

implantados?

Marco Aurélio -Na Educação sempretivemos

bons índices quantoao aprendizado dos

alunos. ]á inovamos com o programa

Aprendizado do Futuro, com as novidades da

tecnologia para as salas de aula. Neste

segundo mandato, lançamos uma parceria

com a Google que éoplataforma "Google for

Education”, uma plataforma moderna que

auxilia os professores a elaborarem as

avaliações e preparar as aulas por meio da

tecnologia. Na rede municipal são quase 19

mil alunos matriculados em 52 escolas.

Itanhaém apresenta um dos melhores índices

nas provas de avaliação em Matemática e em

Português na região. A cidade oferece

merenda de qualidade e transporte, além do

trabalho dos agentes escolares no combate a

evasão escolar. Vamos construir mais três

crechesuma no lardim Oásis e outra na região

da Cesp, para o próximo ano, além da que

será no Jardim Sabaúna a ser entregue este

ano. No espaço da CMTC teremos o Teatro

Municipal, inaugurado até junho.

Diário -Na área da Saúde quais os principais

investimentos?

Marco Aurélio - Estamos em negociação com a

secretariade Saúde do Estado para

implantarum Pronto Socorro referenciado e

atender urgências e emergências. Foram

entregues novas Unidades de Saúde da

Família nos bairros Loty e no Centro. No início

do ano entregamoso Centro de Especialidades

Médicas, com fisioterapia e reabilitação, no

Centro. Entregaremos, este mês, a Unidade de

Saúde da Família, no lardim Grandesp e

estamos concluindo a obra da nova sede do

Centro de Infectologia, na antiga sede do Paço

II, no bairro da Cesp. Iniciaremos a

construção da Unidade de Saúde da Família,

no bairro Guapurá, beneficiado pelo programa

habitacional Morar Bem. No Guapiranga,

faremos uma grande reforma na Unidade de

Saúde da Família. A Saúde está bem

estruturada. Temos o menor índice de

mortalidade infantil da região, abaixo dos dois

décimos.

Diário - Na habitação qual o défidt habitacional

na cidade eo que está sendo feito para

diminuir esteíndice?

Marco Aurélio - No meu mandato já foram

entregues 1.400 unidades no Guapurá e no

Jardim Oásis. Hoje o déficit está em cerca de

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2.000 unidades. Nosso foco agora éa

regularização fundiária. Temos hoje 90

núcleos no município, nos quais as pessoas

estão em moradias irregulares. Em parceria

com o governo do Estado estamos levantando

os dados para entregar o título de propriedade

para essas pessoas. No ano passado,já

entregamos as primeiras 100 escrituras no

núcleo do Jardim América. Iremos entregar os

próximos nos bairros Jardim Oásis, Jardim

Corumbá, Jardim laranjeiras, mais populosos.

Um dos maiores é o Jardim Oásis com

moradias irregulares. Já criamos um comitê

gestor para trabalhar no combate a novas

construções em áreas de invasão, nas áreas

públicas e privadas. O trabalho, realizado em

parceria entre a Prefeitura e o Ministério

Público, é permanente e com várias

secretarias.

Diário - Em relação a geração de empregos

quais as ações?

Marco Aurélio -A geração de empregos é

resultante de diversos fatores, como as obras

de infraestrutura na cidade e a instalação das

câmeras desegurança. Implantaremos o

Distrito Empresarial e já temos um grande

centro de capacitação e qualificação -o

CETEPI. Vamos lançarum programa, no Banco

de Alimentos, com a secretaria de

Desenvolvimento Econômico, para a

capacitação de auxiliares de cozinha. Além da

parceria com a Elektro que capacita 40

pessoas ao ano. Hoje temos váriasfranquias

que geramempregos diretos na cidade.

Somenteo MacDonald'semprega 80 pessoas.

OAtacadão irá gerar 400empregos diretos

neste semestre. Também asobras de

infraestrutura de saneamento e pavimentação

irão gerar cerca de 1.000 oportunidades.

Diário - Na área de agricultura familiar como

estão os programas?

Marco Aurélio -O Banco de Alimentos,

inaugurado no ano passado, foi uma das obras

mais importantes. É um trabalho muito

harmônico com os agricultores do município.

Hoje, eles têm a oportunidade de produzir e

vender todos os produtos na própria cidade,

na feira do agricultor, no Centro, e também

para o Banco de Alimentos. De lá, os produtos

vão para a merenda escolare ainda para as

entidades assistenciais que atendem a cerca

de 1.500 famílias em situação de

vulnerabilidade. Essa parceria já rendeu ao

município dois prêmios Prefeito Empreendedor

do Sebrae. Também introduzimos o pescado

na merenda escolar, fortalecendo a parceria

com os pescadores artesanais. A experiência

foi premiada com o prêmio Josué de Castro,

do governo do Estado. Ea introdução do milho

guarani na merenda escolar, por meio de uma

parceria com os índios tupi guaranis da

cidade. Outra conquista, de forma pioneira, foi

a entrega do selo SIPAF Mulheres Rurais a15

mulheres agricultoras, pela Secretaria Especial

de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento

Agrário, do governo federal.

Diário -E na assistênciasodal quaisos avanços?

Marco Aurélio -Temos um trabalho importante

no desenvolvimento social. São cadastrados

cerca de cinco mil idosos que participam dos

grupos de melhor idade, com atividades físicas

e melhor qualidade de vida. A prefeitura fez a

desapropriação de parte do Iate Clube, onde

fica o Centro de Convenções. Fizemos dois

equipamentos, o Centro de Convençõese o

espaço para a terceira idade. Estamos

negociando como Clube Náutico para instalar

um centro cultural de dança.

Diário - Para alavancar o turismo quais os

projetos em andamento?

MarcoAurélio - Nossa ideia éiniciar a

construção, ainda este ano, de um Parque

Turístico multiuso, no antigo Campão.

Teremos espaço para as festas de aniversário

da Cidade, a Festa do Divino, as

apresentações temáticas, enfim, um espaço

com capacidade para receber 18 mil

pessoas. Haverá também pistas para

caminhada, banheiros públicos, academia para

pets e um píer para pescaria. A previsão é

apresentaro projeto até o próximo mês, ao

Governo do Estado, para liberar recursos do

Departamento de Apoio ao Desenvolvimento

das Estâncias e iniciar as obras em setembro.

(Nayara Martins)

http://cloud.boxnet.com.br/y4szv4q2

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Veículo: G1 São José do Rio Preto e

Araçatuba

Data: 21/04/2019

Peixes são achados mortos em água

esverdeada em prainha de Araçatuba

Prefeitura colocou avisos na prainha municipal

orientando os moradores a não entrarem e

consumirem a água. Cetesb informou que vai

enviar uma equipe ao local.

Dezenas de peixes foram achados mortos em

um trecho do rio Tietê, em Araçatuba (SP), na

manhã deste sábado (20). Após o trecho ficar

com a água esverdeada, a prefeitura do

município chegou a colocar avisos na prainha

municipal orientando os moradores a não

entraram na água.

O pescador Valter Bicalho Júnior registrou a

mortandade e enviou vídeos pelo WhatsApp da

TV TEM.

Nas imagens, é possível ver que os animais

estão no meio do rio. Uma situação diferente

daquela registrada em Glicério e Barbosa (SP),

locais onde os peixes apareceram mortos às

margens do Tietê.

'Chama a atenção que os meios responsáveis

não estão fazendo nada para mudar a

situação. Nosso rio está morrendo e não

queremos isso para nossos filhos. Hoje vimos

vários peixes mortos. Nos assustamos. No

meio do rio está se formando uma camada

grossa', afirma Valter.

Biólogos e pesquisadores afirmam que o

fenômeno é causado por uma proliferação de

algas por causa da poluição e despejo de

fertilizantes utilizados na agricultura.

Os insumos agrícolas são ricos em nitrogênio e

fósforo. Da mesma forma que eles fortalecem

as plantações em torno do rio, são também

alimento para algas microscópicas.

'Não há como prever o quanto essa situação

vai durar. No entanto, já estamos percebendo

que o rio está melhorando aos poucos. A

correnteza nesse trecho é maior. Portanto, as

algas vão sendo varridas para longe', afirma o

assessor executivo da secretaria do Meio

Ambiente.

A Cetesb informou que vai enviar uma equipe

nos pontos onde a camada verde está

concentrada. Sobre os peixes mortos

encontrados, o órgão foi procurado neste

sábado pela TV TEM, mas não enviou uma

resposta.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21442512&e=577

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Veículo: Notícias do Meio

Data: 21/04/2019

Ocupação agrícola quase dobra nas

margens da represa de Itupararanga

Associação Vuturaty Ambiental (Ava)

Estudo mostra que, em seis anos, áreas para

pastagem e plantio tiveram crescimento de

90%

Uma dissertação de mestrado concluída em

2017 pela bióloga Fernanda Fernandez

Chinaque, para o Programa de Pós Graduação

em Sustentabilidade na Gestão da

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar),

escancara a evolução da atividade agrícola e

de pastagem em seis anos (de 2010 a 2016)

na APA Itupararanga. Na tese, a partir de

imagens de satélite do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (Inpe), a autora aponta

que 'a agricultura e pastagem quase que

dobraram suas áreas, com um aumento

superior a 90%'.

Nos registros, é possível notar os pontos em

amarelo crescendo vertiginosamente entre os

períodos. A ocupação urbana, representada

pelos pontos em vermelho, também aumentou

cerca de 25%. Com a evolução da atividade

agrícola, o uso de fertilizantes é inerente e

proporcional.

'Joga-se o insumo agrícola, o solo fica todo

exposto e isso causa a eutrofização. As

cianobactérias usam esses nutrientes dos

fertilizantes para se reproduzir mais rápido',

explica Fernanda, em entrevista ao Cruzeiro

do Sul. 'Primeiro tem que saber se há

tratamento das substâncias tóxicas produzidas

pelas cianobactérias, mas a nível ecológico a

gente pode dizer que diminui muito a

concentração de oxigênio da água. Como

forma uma camada de algas em cima da água,

o sol não passa e não chega às partes mais

profundas do ambiente aquático. Isso interfere

em toda a cadeia e os organismos aquáticos

acabam sofrendo. As consequências não são

só para o consumo', acrescenta.

No estudo, aliás, a bióloga inclui uma linha de

tendência em que o Índice de Estado Trófico

(IET), que mede a eutrofização, aponta que os

pontos de coleta das amostras de água, SOIT

02100 (ao lado esquerdo da Praia do

Escritório, em frente a uma ilha, em Ibiúna) e

SOIT 02900 (próximo à barragem, na estrada

que liga Ibiúna a Votorantim), possam chegar

ao nível hipereutrófico, o último da escala que

abriga outras cinco classes (ultraoligotrófico,

oligotrófico, mesotrófico, eutrófico e

supereutrófico). A linha de tendência foi criada

a partir de relatórios anuais de qualidade de

água, desenvolvidos pela Cetesb e analisados

por Fernanda durante o mestrado. 'Mas a água

já está eutrofizada de qualquer jeito', afirma.

Gestão

Com o trabalho, a profissional pôde confirmar

as dificuldades do conselho gestor da APA,

ligado à Fundação Florestal, órgão da

Secretaria Estadual de Meio Ambiente

(SMA). 'A gestão do conselho gestor não

depende só do corpo técnico. Têm muitas

influências externas que prejudicam: o

principal ponto é ser um órgão consultivo e

não deliberativo, como a Cetesb é',

argumenta. 'Os loteamentos, por exemplo,

passam por análise e o conselho faz um

relatório, enviando para a Cetesb. Mas a

Cetesb também faz análise técnica. Às vezes,

no processo final, aparecem algumas coisas

solicitadas pelo conselho gestor', diz.

Além do mestrado, a bióloga teve outras

experiências envolvendo a APA durante a

graduação. 'Eu estagiei no Comitê de Bacias e

também na própria APA, com a Sandra Beu

(ex-gestora da APA que faleceu em acidente

em março de 2015', conta. 'Trabalhando com

a Sandra, me chamou a atenção a dificuldade

na gestão. E ela era uma grande gestora,

batalhava, ia atrás, mas a dificuldade era

enorme. A confecção dessa unidade de

conservação já é meio problemática, porque

fica junto a terras de propriedade privada. Fica

difícil a gestão e, sem o conselho ter poder

deliberativo, prejudica mais ainda', declara.

Cetesb não responde sobre fiscalização na

APA Itupararanga

Diante da repercussão da reportagem do

último dia 23, com o título 'Responsável por

80% do abastecimento de Sorocaba,

Itupararanga dá sinais de alerta', o Cruzeiro

do Sul voltou a entrar em contato, via

assessoria de imprensa, com a Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb),

um dos principais atores envolvidos no que se

refere à Área de Proteção Ambiental (APA)

Itupararanga. No entanto, o órgão do

Governo do Estado, ligado à Secretaria

Estadual de Meio Ambiente (SMA), entre

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cinco perguntas enviadas, respondeu apenas

uma delas.

O primeiro e-mail pedindo novas informações

foi enviado no dia 25 de março. Os

questionamentos eram os seguintes:

'A Cetesb possui uma equipe específica para

atender questões relacionadas à APA

Itupararanga (devido à complexidade dos

assuntos que a envolvem e diante da extensão

considerável da área)?; com que periodicidade

a Cetesb fiscaliza possíveis situações

irregulares na extensão da APA (como o

saneamento básico inadequado, uso

indiscriminado de agrotóxicos e ocupação

desordenada)?; em casos de identificação de

irregularidades, é estipulada multa aos

responsáveis? Se sim, quanto a Cetesb

arrecadou com multas nos últimos três anos?

Qual a destinação da quantia arrecadada?; o

Cruzeiro do Sul pode ter acesso ao último

relatório da Cetesb sobre o índice de qualidade

de água da represa?; em matéria publicada

recentemente, especialista afirmou que, sem

ações efetivas, em 10 ou 20 anos a água da

represa pode tornar-se inconsumível. Diante

disso, a Cetesb pretende intensificar o

controle às irregularidades na APA? Como?'.

A assessoria de imprensa respondeu, em 26

de março, apenas a pergunta sobre o

relatório, fornecendo um link em que constam

os dados de qualidade de rios e reservatórios

do Estado entre 1978 e 2017. Acrescentou

que informações sobre a qualidade da represa

de Itupararanga relativas a 2018 estariam

disponíveis no Sistema Infoáguas a partir de

15 de abril e que o 'relatório Qualidade das

Águas Interiores, contendo dados da rede de

monitoramento relativos a 2018, está previsto

para ser publicado no primeiro semestre deste

ano'.

Após a resposta, a reportagem questionou se

haveria retorno às outras indagações. 'Caro

Esdras, creio que todas as respostas foram

atendidas no momento', enviou a assessoria

de imprensa. No dia seguinte, o órgão foi

perguntado se haveria possibilidade de um

porta-voz falar sobre o assunto ou se poderia

ser considerada a última manifestação, de que

'todas as respostas foram atendidas'. Este

último e-mail, porém, sequer foi respondido.

Em última instância, o Cruzeiro do Sul enviou,

em 2 de abril, os mesmos questionamentos

via Lei de Acesso à Informação, mas a

demanda ainda não foi atendida - o pedido

pode ser processado em até 20 dias e

prorrogado por mais 10, conforme previsto no

Decreto 58.052/2012.

Prefeituras

No texto publicado em 23 de março, as

prefeituras dos municípios que fazem parte da

APA Itupararanga foram questionadas sobre

possíveis projetos individuais de edificações

aprovados desde 2015 para construção na

área. Apenas Piedade e Votorantim haviam

prestado esclarecimentos. As que não tinham

se manifestado foram novamente procuradas,

mas apenas Mairinque retornou, alegando que

'no período questionado não foram solicitados

alvarás de construções, sendo que apenas nos

anos de 2018 e 2017, três alvarás foram

solicitados para dois bairros próximos à

represa, a dois quilômetros de distância'.

Represa é usada para gerar energia

A represa Itupararanga foi construída em

1912 pela Light para gerar energia elétrica e

entrou em operação em 1914. Em 1974, a

usina passou a ser administrada pela

Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), do

Grupo Votorantim, onde a produção de 150

Gigawatt-hora (GWh) de energia é

exclusivamente utilizada pela empresa. A

Votorantim Energia conta que realiza

periodicamente inspeções náutica e veicular

na Área de Preservação Permanente (APP) e

no reservatório de Itupararanga.

De acordo com a Votorantim Energia, a

empresa utiliza a água do reservatório para

geração de energia elétrica. 'Atualmente

utilizamos seis metros cúbicos por segundo',

informou a assessoria. No processo de geração

de energia, explica a empresa, a água apenas

passa pelas turbinas, sendo devolvida na

sequência ao curso d'água para manutenção

da vida aquática do rio Sorocaba e também

para os processos de purificação para

abastecer as cidades.

Preocupação

As inspeções realizadas no reservatório,

segundo a Votorantim Energia, visam coibir

invasões, caça e pesca predatória. 'A

Votorantim Energia também mantém um

diálogo constante e muito próximo da gestão

da Área de Preservação Ambiental, inclusive

integramos o Conselho Consultivo da APA

desde o ano de 2018, atendendo solicitações

de informações, visitas e também com a

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participação regular na agenda de reuniões

proposta pela entidade', afirma em nota.

Além da participação no Conselho, a empresa

também participará das discussões que serão

realizadas no Comitê de Bacias Hidrográficas

Sorocaba e Médio Tietê (CBH-SMT),

corroborando com as ações necessárias de

preservação do manancial e da APA.

'Desenvolvemos ações e programas de

responsabilidade socioambiental, confirmando

o nosso compromisso com o meio ambiente e

com as comunidades do entorno.' (Larissa

Pessoa)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21454146&e=577

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Veículo: Notícias do Meio

Data: 21/04/2019

Área de 131 mil m2 é desmatada em

Itupararanga e TAC não é cumprido

Associação Vuturaty Ambiental (Ava)

Empresa do ramo imobiliário teria de replantar

21.949 árvores de espécies nativas da região

Uma área de 131 mil metros quadrados (m2)

inseridos na Área de Proteção Ambiental

(APA) de Itupararanga foi desmatada em

novembro de 2013 pela empresa de nome

fantasia Speedy Imóveis Ltda. Mais de cinco

anos após o crime ambiental, nenhuma

medida reparadora foi cumprida. A

propriedade, situada no quilômetro 67 da

rodovia Bunjiro Nakao, em Ibiúna, tinha

vegetação nativa de Mata Atlântica e os cortes

irregulares de centenas de árvores causaram a

morte de muitos animais, principalmente

macacos e pássaros.

Embora a Speedy Imóveis Ltda e a FAL

Pavimentação e Terraplanagem Ltda - que

realizava trabalhos na área - tenham sido

notificadas sobre as irregularidades e até

mesmo um Termo de Ajustamento de Conduta

(TAC) tenha sido assinado com o Ministério

Público, nada ocorreu na área, que agora tem

mato alto e está cercada. O Ministério Público

de Ibiúna não respondeu se alguma medida foi

tomada diante do descumprimento do acordo.

De acordo com denúncia feita ao Ministério

Público de Ibiúna no dia 5 de dezembro, pela

Organização Sociedade Civil de Interesse

Público SOS Itupararanga, foi solicitado à

promotora Camila Teixeira Pinho a apuração

'das responsabilidades a fim de que se

oferecer denúncia e punição exemplar e

regeneração integral dos danos ambientais

causados na referida área'. A denúncia

resultou em um TAC, ainda em 2013.

No documento assinado pela Speedy Imóveis

Ltda com o Ministério Público, a empresa se

comprometeu a fazer o replantio total da área

desmatada, somando 21.949 árvores de

espécies nativas da região. Ainda de acordo

com o TAC, 'o prazo total para a execução das

medidas de recuperação seria de seis meses',

o que não foi honrado pela empresa, que

usaria a área para lotear e vender centenas de

terrenos. Havia ainda a possibilidade, prevista

no TAC, de a empresa fazer um pedido e

aguardar autorização do Departamento de

Proteção dos Recursos Naturais (DPRN)

para fazer a recomposição ambiental em outra

área. O prazo para protocolar tal pedido era

de três meses, mas também não foi solicitado

pela Speedy Imóveis Ltda.

A sócia proprietária da Speedy Imóveis Ltda e

da FAL Pavimentação e Terraplanagem Ltda, é

Helena Regina Alam. O telefone informado

pela Speedy Imóveis Ltda é de um escritório

contábil chamado Contamac. Em contato com

o número, foi informado que a empresa

imobiliária já fez parte da carta de clientes,

mas atualmente não é mais atendida. O nome

de Helena Regina também aparece como sócia

proprietária da Alam Compra E Venda De

Imóveis Eireli. O número dessa empresa,

porém, cai em outro escritório contábil, que

informa desconhecer o nome da mulher.

Helena Regina Alam possui 36 processos

indexados na Justiça. A advogada Noemia

Aparecida Pereira Vieira, que a representou

em 12 ações, afirma que Helena Regina é sua

cliente apenas em processos relacionados a

banco, mas não no caso envolvendo o

desmatamento realizado pela Speedy Imóveis

Ltda em Ibiúna. A advogada disse que tentaria

localizar a cliente para que ela falasse sobre o

assunto, mas até o fechamento desta edição

não houve retorno.

Cronologia

No dia 24 de novembro de 2013, quando no

período da manhã foi notado o corte das

árvores, foi registrado um boletim de

ocorrência ambiental, aplicada uma multa de

R$ 2.325 e também apresentado um Termo de

Embargo da Área, referente ao desmatamento

de vegetação nativa em área correspondente

a 775 m2. Já no dia 2 de dezembro do mesmo

ano, foi registrado outro boletim, que resultou

em multa de R$ 24 mil, novo Termo de

Embargo e apreensão de uma escavadeira e

uma máquina que operavam na área da

Speedy Imóveis Ltda. Nesta ocasião a

empresa tinha desmatado uma área de 4 mil

m2. Por fim, no dia seguinte, mais um boletim

foi registrado, com multa aplicada de R$ 380

mil, referente ao desmatamento de 120 mil

m2.

Dívida Ativa

O total de multas aplicadas à empresa por

conta da área desmatada de forma ilegal soma

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R$ 395 mil. Segundo o Centro Técnico

Regional de Fiscalização VIII, da

Coordenadoria de Fiscalização Ambiental

(CFA), a Speedy Imóveis Ltda 'se encontra

revel nos processos administrativos, o que fez

com que os débitos de suas multas fossem

incluídos no Sistema de Dívida Ativa'. De

acordo com o órgão, notificações são

encaminhadas à Speedy Imóveis Ltda para

que as pendências ambientais sejam sanadas,

mas o caso segue em aberto.

Assim como o TAC, a CFA também obriga a

empresa a fazer o plantio de mudas de forma

a ocupar integralmente a área de 131 mil m2.

O reflorestamento da área imposto segue

critérios da Avaliação de Impactos Ambientais

(AIA) e o número de mudas que devem ser

plantadas e cultivadas é determinado

conforme o estágio das árvores que foram

cortadas ilegalmente. A Speedy Imóveis Ltda.

deve plantar as 21.949 árvores com 80

espécies diferentes, sem formar blocos

homogêneos e respeitando o espaçamento de

três metros por dois metros.

MP

O Ministério Público de Ibiúna foi procurado

para informar se houve algum prosseguimento

ou medida diante do descumprimento do TAC.

Atualmente há dois promotores lotados na

cidade, mas segundo a assessoria de imprensa

eles não estão 'concedendo entrevistas'.

Desmatamento causou a morte de animais

O dano causado pelo desmatamento irregular,

segundo a diretora executiva da Ong SOS

Itupararanga, Viviane Rodrigues de Oliveira,

são 'imensuráveis'. Ela relata que os 131 mil

metros quadrados eram habitat principalmente

de macacos bugios e que centenas morreram

após o crime ambiental. 'Com a derrubada das

árvores, muitos animais começaram a

atravessar a pista em busca de segurança e

acabaram morrendo atropelados. Muitos

macacos também morreram durante os

cortes', relata. Répteis e aves também foram

vítimas da irregularidade cometida pela

Speedy Imóveis Ltda.

Viviane conta que a derrubada da vegetação

ocorreu rapidamente e que a empresa

soterrou toda a madeira na área, para tentar

fazer o desmatamento de forma que não

chamasse a atenção. 'Ali é uma área de muito

movimento, às margens da rodovia, mas o

terreno é inclinado e fica difícil ver além do

que beira a estrada.' Após o desmatamento, a

diretora foi até a área acompanhada de

policiais ambientais e também foi constatado

que a empresa soterrou uma nascente que

ficava nos fundos do terreno.

O episódio de crime ambiental, relata, mexeu

muito com a sociedade em Ibiúna,

principalmente por conta da morte dos

macacos. 'Do dia para a noite a mata estava

no chão e os macacos perdidos, precisando

fugir.' Ela relembra que diante do

desmatamento, consultou os órgãos

envolvidos, como a Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb), Secretaria de

Meio Ambiente, a Fundação Florestal, a

Coordenadoria de Fiscalização Ambiental

(CFA) para verificar se havia autorização.

'Quando constatamos que tudo foi irregular

decidimos acionar o Ministério Público, que

acabou fazendo esse Termo de Ajustamento

de Conduta, que foi completamente ignorado

pela empresa', critica.

Pedido de regularização é negado

Apesar de desrespeitar o Termo de

Ajustamento de Conduta (TAC) acordado com

o Ministério Público e ignorar as exigências

feitas pela Coordenadoria de Fiscalização

Ambiental (CFA), a Speedy Imóveis Ltda já

apresentou, por três vezes, pedidos para

regularização da área junto à Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb). Os pedidos foram negados.

Segundo a Cetesb, em novembro de 2014 a

Speedy Imóveis Ltda protocolou a primeira

solicitação de regularização da supressão da

vegetação nativa realizado sem autorização,

mas o pedido foi negado por falta de previsão

legal. Já em fevereiro de 2017 a empresa

imobiliária fez novo pedido, que foi indeferido

após visita de técnicos da Cetesb que

constataram a existência de Áreas de

Preservação Permanente de nascentes e curso

d'água que não foram consideradas e nem

quantificadas na proposta de supressão

apresentada pela Speedy Imóveis Ltda.

Em janeiro do ano passado, mais uma vez a

empresa tentou regularizar a situação para

utilizar a área desmatada. Para receber a

autorização da Cetesb é necessário

autorizações emitida pela Secretaria de Meio

Ambiente de Ibiúna. Segundo o secretário da

pasta, Jean Marcicano, após avaliação do

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Conselho Municipal de Defesa do Meio

Ambiente (Condema), foram negados dois

documento necessários para a regularização.

'A Cetesb só autoriza o uso se o município

emitir a manifestação ambiental e a certidão

para uso de ocupação de solo e nós não

vamos permitir isso enquanto a Speedy não

reparar os danos que causou', disse o

secretário.

Marcicano explica que o Condema é consultivo

e deliberativo e vem se posicionando de forma

firme diante do desmatamento realizado

dentro da Área de Proteção Ambiental

(APA) de Itupararanga. 'Foi um caso de

repercussão nacional e enquanto eu estiver à

frente da pasta não vou ser conivente com o

crime que foi cometido', afirma o secretário,

que é engenheiro ambiental.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21454156&e=577

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Veículo1: O Cruzeiro do Sul

Veículo2: Notícias do Meio

Data: 19/04/2019

Estudo mostra agrotóxicos na água que

abastece Sorocaba

Associação Vuturaty Ambiental (Ava)

Do total de fertilizantes lançados próximo a

mananciais, 11 estão associados a doenças

Um mapeamento feito entre 2014 e 2017 com

dados do Sistema de Informação de Vigilância

da Qualidade da Água para Consumo Humano

(Sisagua), do Ministério da Saúde, apontou a

existência de 27 tipos de agrotóxicos na água

que abastece Sorocaba. Do total de

substâncias lançadas em plantações próximas

a mananciais, 11 estão associadas ao

desenvolvimento de doenças como câncer,

bem como defeitos congênitos e distúrbios

endócrinos. Além disso, no período analisado,

17 deles encontravam-se acima dos limites

considerados seguros pela União Europeia.

Os dados em nível nacional, com possibilidade

de pesquisa cidade a cidade, foram divulgados

pelo site Por Trás do Alimento em um mapa

interativo. O levantamento foi feito durante

investigação realizada pela Repórter Brasil,

Public Eye e Agência Pública. As informações,

que são enviadas por autarquias estaduais,

municipais e empresas de abastecimento,

foram obtidas por meio da Lei de Acesso à

Informação em abril de 2018. 'A lei brasileira

determina que os fornecedores de água no

Brasil são responsáveis por realizar os testes a

cada seis meses e apresentar os resultados ao

Governo Federal', explica a publicação.

Os testes do Sisagua começaram a ser

registrados em 7 de abril de 2014 e

terminaram em 27 de dezembro de 2017.

Neste período, foram 12.183 análises em

Sorocaba. Dos agrotóxicos encontrados na

água da cidade e que têm associação a

doenças, estão o Alaclor, Atrazina,

Carbendazim, Clordano, o DDT+DDD+DDE,

Diuron, Glifosato, Lindano, Mancozebe,

Permetrina e Trifluralina.

O recorde de detecções é carregado pelo

Alaclor: foram 450 identificações em 460

testes. 'O herbicida está na lista da Pesticide

Action Network avaliado como altamente

perigoso. É classificado pela União Europeia

como uma substância com evidências de

causar distúrbios endócrinos, que afeta o

sistema hormonal. Os sintomas da exposição

ao agrotóxico são náusea, vômito e enjoo. Nos

casos mais graves ocorrem colapso e coma,

segundo a Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb)', cita uma

das reportagens do Por Trás do Alimento.

Diante do levantamento, que pode ser

acessado pelo link bit.ly/2Dhc6PD, o Cruzeiro

do Sul procurou o Serviço Autônomo de Água

e Esgoto (Saae) para ter uma posição sobre o

assunto. O Saae informou que 'monitora

constantemente a qualidade da água dos seus

mananciais através de laboratório próprio' e

que 'semestralmente faz análise completa

através de laboratório creditado ISO IEC

17025 externo, contratado dentro das

exigências legais'. A autarquia acrescentou

que 'todos os resultados encontrados estão

dentro dos limites legais exigidos no Brasil'.

RMS

Pelo mapa, o Cruzeiro do Sul também

verificou as informações dos municípios que

compõem a Região Metropolitana de Sorocaba

(RMS). Todas as cidades tiveram agrotóxicos

detectados na água que as abastece. As

únicas que não tiveram testes identificando

agrotóxicos acima dos limites seguros

brasileiros e europeus foram Votorantim,

Tapiraí, Salto de Pirapora, Iperó, Araçoiaba da

Serra, Araçariguama e Alumínio.

Ocupação agrícola é o problema maior

Os resultados que se evidenciam nos dados do

Sisagua têm relação direta com o crescimento

da ocupação agrícola na Área de Proteção

Ambiental (APA) Itupararanga e o

consequente uso de agrotóxicos. É o que

afirma ao Cruzeiro do Sul o professor da

Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

e coordenador da Câmara de Planejamento e

Gestão de Recursos Hídricos do Comitê da

Bacia Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio

Tietê (CBH-SMT), André Cordeiro Alves dos

Santos.

O jornal, aliás, denunciou irregularidades na

APA em várias reportagens publicadas entre o

fim do mês passado e o início de abril. Em um

dos textos, foi citada uma dissertação de

mestrado concluída em 2017 pela bióloga

Fernanda Fernandez Chinaque, para o

Programa de Pós-Graduação em

Sustentabilidade na Gestão da UFSCar, que

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escancarava a evolução da atividade agrícola e

de pastagem em seis anos (de 2010 a 2016),

na APA. Na tese, a partir de imagens de

satélite do Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe), a autora aponta que 'a

agricultura e pastagem quase que dobraram

suas áreas, com um aumento superior a 90%'.

De acordo com Cordeiro, os dados divulgados

pelo Sisagua não surpreendem. 'Já havia

desconfiança de que a contaminação por

agrotóxicos existia em Itupararanga, afinal a

região de Ibiúna, que é a maior porção da

bacia do reservatório, é também uma das

maiores produtoras de hortaliças, uma cultura

que utiliza muito agrotóxico', declara. 'Além

disso, o sistema de tratamento de água de

Sorocaba é convencional e não dá conta de

retirar esse tipo de contaminação. Só reforça o

que estamos falando há algum tempo, sobre a

necessidade de promover a recuperação das

Áreas de Proteção Permanente e do

investimento em práticas de agricultura mais

sustentáveis na bacia de Itupararanga',

emenda.

A represa de Itupararanga, atualmente, é

responsável por mais de 90% do

abastecimento de Sorocaba, conforme o

especialista. 'A contribuição do (reservatório)

Ipaneminha é muito pequena e foi diminuindo

no decorrer dos anos, justamente em função

da perda de qualidade. Depois da crise hídrica

de 2014 e 2015, o (reservatório do) Éden foi

interligado ao sistema, portanto, quando

foram feitas as coletas Itupararanga já

respondia por esse porcentual de

abastecimento', explica. (Esdras Felipe

Pereira)

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21408553&e=577

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21454154&e=577

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Veículo: A Tribuna Santos

Data: 22/04/2019

Itanhaém assinará contrato com a Sabesp

Objetivo é ampliar tratamento de esgoto

Fernando de Gaspari

Sabesp e Prefeitura de Itanhaém assinam, no

próximo mês, um contrato para universalizar

os serviços de coleta e tratamento de esgoto

na Cidade. Os investimentos previstos chegam

a R$988 milhões.

Atualmente, 52% da população de Itanhaém

são atendidos pela rede de esgoto. Segundo o

prefeito Marco Aurélio Gomes (PSDB), o início

das obras será imediato e o contrato com a

Sabesp será válido por 30 anos.

Na última semana, foi realizada uma

audiênciapúblicapara discutir detalhes do

contrato, como determina a legislação antes

da assinatura. Marco Aurélio diz que, agora, só

falta o Governo do Estado chamá-lo para a

assinatura do acordo.

O Município tem cerca de 100 mil habitantes.

Na temporada de verão, esse número salta

para mais de 400 mil.

“A gente discutiu esse contrato nos últimos

sete anos. E um legado que vou deixai*”,

afirma o prefeito, que encerra seu segundo

mandato no fim de 2020.

Itanhaém seguirá o mesmo caminho de

Santos, São Vicente, Guarujá e Praia Grande

que já são atendidas pela empresa.

Mongaguá, Bertiogae Peruíbe ainda negociam

seus acordos.

A Sabesp tem como meta levar saneamento

básico a 95% dos moradores da região, nos

próximos dez anos, com 100% de tratamento

do esgoto coletado.

Marco Aurélio anunciou, ainda, o investimento

de R$20 milhões em pavimentação de ruas.

Nesse caso, o financiamento é da Caixa

Econômica Federal.

http://cloud.boxnet.com.br/y4d4gvkp

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Veículo: O Imparcial Presidente Prudente

Data: 21/04/2019

Aterro sanitário de PP transforma o

liquido tóxico em água tratada

Em dezembro de 2016 a Prefeitura ea

Prudenco oficializaram o encerramento do

lixão da cidade, com a entrega do aterro

sanitário controlado, destacado como

referência nacional como o único aterro do

Brasil autorizado a dar início às obras de

encerramento e ainda continuar recebendo

lixo.

Na última quinta feira as autoridades

municipais apresentaram um novo avanço no

tratamento re resíduos sólidos. Através de

uma tecnologia inédita em instalações

públicas, desenvolvida pela única empresa que

tem essa tecnologia no Brasil, o chorume

(líquido tóxico do lixo) vira água tratada. Por

um processo de choque de moléculas, é

separada a parte sólida do chorume. O sólido

fica embaixo e a água em cima. Através da

gravidade, é possível separar para outro

tanque a água limpa, que pode ser

aproveitada sem danos ao meio ambiente.

Professores da Unesp - que segundo Mateus

Godoi estão juntos com Prudenco nesse

processo com orientação técnica desde início

da implantação do encerramento do lixão

estiveram quinta feira para conhecer o

resultado do trabalho e ficaram

impressionados positivamente: “A

universidade vê a possibilidade de começar

pesquisas e projetos para contribuir, e vê

soluções sendo implantadas que beneficiam a

cidade”, comentou Antonio Cesar Leal. A

professora Maria Cristina Risk destacou que

“foi um grande avanço no tratamento de

resíduos sólidos”.

Conforme o presidente da Prudenco, Mateus

Martins Godoi, o encerramento do lixão já é

uma referência nacional que soluciona

questões sociais e ambientais do município. “O

encerramento foi um esforço coletivo de todos

os órgãos, sendo Sabesp, Cetesb, Ministério

Público, município e parceiros, além de todos

colaboradores empenhados em de resolver um

problema de décadas”.

Godoi destacou o empenho eo trabalho

incansável do prefeito Nelson Bugalho “que

apóia essa obra desde a época que foi

Promotor, auxiliando o governo do então

prefeito Milton Melo Tupã que iniciou o

processo de encerramento do lixão”e reiterou

agradecimentos a todos que diretamente ou

indiretamente fizeram parte da execução da

obra, lembrando do autor do projeto Luiz

Sérgio Cepolino. “E os funcionários da

Prudenco, que fizeram a diferença na

execução desse projeto”, concluiu.

http://cloud.boxnet.com.br/y3plcagq

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Veículo: Site Jota

Data: 22/04/2019

Licenciamento ambiental no novo

governo

Quatro reflexões sobre o tema

Ana Luci Grizzi

Julia Filipini Ferreira

Há anos, o licenciamento é o tema ambiental

em maior evidência nos meios de

comunicação. Se antes o licenciamento

ambiental era usualmente classificado como o

vilão do desenvolvimento econômico do país,

principalmente do setor de infraestrutura –

porque alegadamente lento, excessivo e

dispendioso; atualmente os meios de

comunicação noticiam com regularidade que o

licenciamento ambiental, instrumento

essencial do desenvolvimento econômico

sustentável, estaria sendo flexibilizado e

enfraquecido pelo novo Governo.

Haja vista essas disparidades relevantes,

como operadoras do direito ambiental com

experiência em matéria de licenciamento,

propomos algumas reflexões neste artigo.

A primeira reflexão se refere à potencial

flexibilização, enfraquecimento ou

simplificação do licenciamento como resultado

de projetos de lei (PLs) em andamento e

processo autodeclaratório. A segunda reflexão

se refere à classificação de projetos como

prioritários, estratégicos ou de relevante

interesse nacional e seu suposto impacto no

licenciamento ambiental. A terceira reflexão se

refere à delegação de competências para o

licenciamento ambiental. A quarta e última

reflexão se refere às rodadas de licitações de

blocos da Agência Nacional de Petróleo (ANP)

e a inexistência de licenciamento ambiental

automático.

Com relação à flexibilização, enfraquecimento

ou simplificação do licenciamento, o

esclarecimento primordial é: há PLs em

andamento há décadas que visam aprimorar e

atualizar nosso processo de licenciamento (em

especial o de nº 3.729/2004), esse assunto

não é novidade do novo Governo. O próprio PL

3729/04 propõe processo simplificado de

licenciamento ambiental para atividades de

baixo impacto.

Destaque-se que essa proposta é similar ao

processo simplificado (licença prévia, de

instalação e de operação emitidas de forma

conjunta, em um único ato), autodeclaratório

e informatizado de licenciamento ambiental

válido e em vigor no Estado de São Paulo

desde 2014 para atividades classificadas como

de ‘baixo impacto’ (Decreto 60.329/2014). A

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (CETESB) é um dos órgãos

licenciadores mais eficientes e competentes do

país e está absolutamente correta ao adotar

esse processo: o corpo técnico da agência é

direcionado para licenciar empreendimentos

de maior impacto ambiental e o sistema de

licenciamento ganha celeridade com a

informatização e a responsabilidade da

empresa que imputa os dados no sistema.

Questionamentos sobre a validade das

informações a serem imputadas no sistema

podem surgir, haja vista o baixo nível de

conformidade ambiental de grande parte do

setor produtivo brasileiro, porém aí deve

entrar o poder de polícia. Aliás, vale também

pontuar que estamos no momento de

inovação, principalmente digital, de empresas

‘com propósito’ e de fortalecimento de

sistemas de governança corporativa, os quais

são absolutamente inconsistentes com

imputação de dados inverídicos ou

incompletos em sistemas informatizados de

licenciamento ambiental.

Assim, por ser tema relevante, o

licenciamento ambiental foi incluído na pauta

deste Governo com viés de melhoria de

gestão, desburocratização e celeridade, ou

seja, tudo aquilo que se espera de um sistema

eficiente e fundamentado de licenciamento

ambiental.

Com relação aos projetos prioritários,

estratégicos ou de relevante interesse nacional

e potenciais impactos negativos no

licenciamento ambiental, focaremos nas

recentes discussões sobre a linha de

transmissão de energia a ser instalada para

conectar Roraima ao sistema elétrico nacional

(“Linhão de Roraima”). Restringindo as

discussões aos aspectos do licenciamento

ambiental, a classificação desse projeto como

prioritário e estratégico pelo novo Governo

não tem impacto negativo no processo de

licenciamento.

As etapas de licenciamento, os estudos

ambientais e sociais, o diálogo com a

comunidade indígena, a análise da Fundação

Nacional do Índio (FUNAI, ou do INCRA –

Instituto Nacional de Colonização e Reforma

Agrária), tudo isso permanece mandatório no

processo. A declaração de determinado

projeto como prioritário, por qualquer

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Governo, não muda as normas de

licenciamento ambiental em vigor.

O que muda é a atenção e eficiência que todos

os órgãos envolvidos no processo de

licenciamento devem investir no processo.

Trabalhando com dados da realidade do

serviço público brasileiro, é necessário elencar

prioridades para alocar recursos humanos,

tecnológicos e de infraestrutura. Nessa linha,

a priorização do Linhão de Roraima está

corretamente fundamentada em pilar

ambiental – ganho ambiental ao reduzir o

volume de energia gerado por usinas

termoelétricas que utilizam combustível fóssil,

e pilar de soberania nacional – encerrar a

dependência de importação de energia da

Venezuela.

Com relação à delegação de competências

para o licenciamento ambiental, essa

discussão foi retomada em razão da recente

publicação pelo Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e Recursos Naturais Renováveis

(IBAMA) da Instrução Normativa nº 8/2019

(“IN 8”). A IN 8 estabelece que, de acordo a

conveniência do IBAMA e ante a análise legal e

técnica da viabilidade da delegação, o órgão

estadual/municipal e o IBAMA devem firmar

acordo de cooperação técnica regulando a

delegação da competência para o

licenciamento. O próprio empreendedor pode

provocar a análise do IBAMA sobre a

conveniência de delegar o licenciamento

ambiental federal ao Estado ou município.

Assim que a IN 8 foi publicada, diversos meios

de comunicação noticiaram que a competência

do IBAMA estava sendo esvaziada, que o

licenciamento federal estava perdendo força e

sendo transferido aos órgãos regionais e

municipais, indicando que o novo Governo

estaria enfraquecendo ou flexibilizando o

licenciamento.

Porém, desde 2011, a delegação de

competência para licenciamento ambiental

pode ocorrer em determinadas condições,

conforme prevê a Lei Complementar

140/2011. A IN 8 regulamentou

procedimentos internos no IBAMA,

representando avanço enorme ao estipular

que a delegação pode ocorrer mesmo quando

houver controvérsia administrativa ou judicial

acerca do ente competente para licenciar a

atividade. A IN 8 fortaleceu o processo de

licenciamento ambiental, propiciando

segurança jurídica.

Com relação às rodadas de licitações de blocos

da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a

liberação de blocos próximos ao Parque

Nacional Marinho de Abrolhos na 16ª rodada é

a mais recente controvérsia sobre

licenciamento ambiental noticiada por diversos

meios de comunicação. As notícias informaram

que o Presidente do IBAMA havia contrariado

parecer técnico e liberado blocos localizados

em áreas ambientalmente sensíveis, como se

o IBAMA já tivesse liberado a exploração

nesses locais.

Ocorre que a decisão do Presidente do IBAMA

está integralmente fundamentada nas normas

ambientais em vigor. Liberar blocos para

certame licitatório não significa licenciar

automaticamente a exploração, muito pelo

contrário. O direito de exploração só está

assegurado após a obtenção das licenças

ambientais aplicáveis e é nesse processo em

que se confirma a viabilidade ambiental da

atividade e se impõem as medidas mitigadoras

devidas para prevenção de riscos.

Em nota1, o IBAMA esclareceu seu

posicionamento e tornou público os

argumentos jurídicos e documentos que

fundamentaram a decisão. Vale destacar que

o IBAMA informou que rodadas anteriores de

licitação (portanto, ocorridas sob a gestão de

Governos anteriores) leiloaram blocos mais

próximos ao Parque Nacional Marinho de

Abrolhos do que os blocos disponíveis na 16ª

rodada.

Outro aspecto interessante nesse caso é a

retomada da discussão sobre Avaliação

Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) ainda

pendente para as bacias objeto da 16ª rodada.

Em nossa opinião, a AAAS (assim como todas

as demais formas de avaliação ambiental

estratégica – AAE – que avaliam

sistematicamente efeitos sinérgicos e

cumulativos), deveria ser urgentemente

implementada, porque nosso país precisa de

planejamento de longo prazo fundamentado

em políticas públicas integradas.

Entretanto, a ausência de AAAS não é

impedimento para licitação de blocos para

exploração de óleo e gás, assim como a

ausência de AAE de bacias não é impedimento

para licenciamento de projetos hidrelétricos.

Há, inclusive, normativos específicos sobre a

desnecessidade de AAAS para licitação de

blocos2 publicadas sob a gestão de Governos

anteriores.

Licenciamento ambiental é assunto relevante e

indispensável para assegurarmos

desenvolvimento econômico em consonância

com os recursos naturais disponíveis e

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Grupo de Comunicação e Marketing

limitados do nosso planeta, sendo acertadas

as ações do novo Governo nesse tema até o

momento.

Ana Luci Grizzi – Sócia da área Ambiental do

Veirano Advogados.

Julia Filipini Ferreira – Associada, Veirano

Advogados

https://www.jota.info/opiniao-e-

analise/artigos/licenciamento-ambiental-no-

novo-governo-22042019

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Veículo: Guarulhos Hoje

Data: 21/04/2019

Daee irá investir R$ 5 milhões para

manter o paisagismo entre a capital e

Guarulhos

Antônio Boaventura

O Departamento de Águas e Energia

Elétrica (Daee) anunciou investimento de R$

5 milhões para os próximos 12 meses no

serviço de manutenção do paisagismo das

margens do rio Tietê, no trecho entre a

barragem da Penha, bairro da zona leste de

São Paulo, e o acesso para o Aeroporto

Internacional de São Paulo-Guarulhos, em

Cumbica.

O espaço com 380 mil metros quadrados, ao

longo das duas pistas da rodovia Ayrton

Senna, foi inaugurado em dezembro de 2012.

O projeto paisagístico foi desenvolvido pelo

arquiteto Ruy Ohtake e conta com mais de mil

árvores da flora da Mata Atlântica, entre elas

palmeiras de várias espécies, macaúba, ipê,

quaresmeiras e jerivás; e 218 mil mudas de

arbustos, como sálvia, bela emília, jasmin-

amarelo e ligustro.

O serviço inclui a poda de árvores, arbustos e

grama; reposição de árvores e arbustos

danificados; adubação; controle de pragas e

espécies invasoras e irrigação por caminhão-

pipa. O trabalho também prevê remoção de

lixo e entulho, que serão enviados para

aterros sanitários credenciados pela

Secretaria Estadual do Meio Ambiente,

manutenção das vias de serviço e sistema de

iluminação paisagística. A área do Jardim

Metropolitano equivale a mais de 50 campos

de futebol.

Além de investir no visual, o Daee também

investiu cerca de R$ 3,5 milhões para limpeza

e remoção de dejetos no manancial, que não

suportou o volume de água recebido e

transbordou no final do mês de janeiro.

Máquinas removeram um total 20 mil metros

cúbicos de sedimentos depositados no fundo

do canal e 3,6 mil toneladas de lixo depositado

nas margens, combatendo as enchentes nos

bairros próximos ao aeroporto.

O Daee informou ainda que está realizando a

canalização de 2,7 quilômetros do rio

Baquirivu-Guaçu, no trecho entre a foz do rio

até as proximidades do Parque Cecap, após a

rodovia Presidente Dutra, no município de

Guarulhos. O órgão estadual destaca que

concluiu em setembro de 2017 o

desassoreamento de cinco quilômetros do rio

no município, no trecho de 100 metros a

jusante do córrego Taboão, até 300 metros a

montante do córrego Cocho Velho.

http://cloud.boxnet.com.br/yxt8opxr

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Veículo: Expressão Caiçara

Data: 22/04/2019

Sabesp alerta sobre lixo e ligações

irregulares nas redes coletoras de

esgotos do LN

Projetados para receber apenas esgoto, os

sistemas da Companhia acabam

sobrecarregados com grande quantidade de

água de chuva e resíduos sólidos que

obstruem as tubulações Todos os anos na

temporada de verão as cidades do Litoral

Norte sofrem com o grande volume de chuvas

que atinge a região, causando transtornos não

somente para turistas e moradores que

sofrem com os alagamentos, mas para a

Sabesp - Companhia de Saneamento

Básico do Estado de São Paulo, cujos

sistemas de esgotamento sanitário acabam

afetados pelo grande volume de resíduos

sólidos e águas pluviais - fruto de ligações

irregulares, que chegam até suas redes

coletoras, provocando inclusive obstruções.

Comas fortes chuvas, é constantea sobrecarga

nas redes de esgotos, que é projetada e

dimensionada para receber exclusivamente

esgoto doméstico, composto por 99% de

resíduos líquidos e1% de sólido, ou seja, água

de banho, de lavagem roupas e utensílios

domésticos, urina e fezes.

Isso acontece porque muitos imóveis acabam

conectando calhas e ralos na rede de esgotos,

prática esta proibida por lei pelo decreto

estadual n° 8468 - 8/09/1976, inclusive

passível de multa. Dessa forma, quando

chove, todo o volume de água que deveria

chegar à galeria de águas pluviais, e

posteriormente aos córregos e rios, vai

diretamente para as tubulações da Companhia

descaracterizando o efluente doméstico, ou

seja, diluindo esse esgoto até então bruto (tal

como sai dos imóveis), que após os temporais

acaba muitas vezes extravasando nos poços

de visita com aspecto/coloração semelhante à

água (diferente do esgoto doméstico,

caracterizado pela cor escura). Outro fator

importante está relacionado às dimensões da

rede de esgoto, que possui diâmetro menor(e

com escoamento mais lento) se comparada à

tubulação de drenagem urbana. Um grande

volume de água de chuva acaba levando

areia, terra e lixo para o sistema da Sabesp,

provocando entupimento/vazamentos.

Outro problema de grande incidência está

relacionado ao mau uso das redes, com o

descarte de lixo por meio do vaso sanitários e

ralos de pias. Entre os resíduos mais comuns,

que vão parar diretamente nas redes coletoras

estão absorventes, fraldas, cotonetes,

preservativos, fio dental, remédios vencidos,

fios de cabelo, bitucas de cigarros, restos de

comida e até mesmo óleo vegetal -1 litro tem

a capacidade de poluir 25 mil litros de água.

Para entender o transtorno, bastaria pensar na

tubulação de esgoto como uma artéria do

corpo humano, passível de entupimento e

comprometimento do sistema de circulação

pelo excesso de gordura no sangue.

A ligação de águas pluviais na rede eo seu

mau uso com o descarte de resíduos sólidos,

provoca consequentemente a obstrução das

tubulações/artérias fazendocom que o esgoto

doméstico, diluído e descaracterizado pelo

excesso de água de chuva transborde pelos

poços de visitas ou retorne para os imóveis

pelos ralos de pias e banheiros. Uma vez que

a atribuição da Sabesp é especificamente

coletar e tratar esgotos domésticos, cabe ao

município fiscalizar, identificar e autuar

conexões clandestinas.

Conforme explica o superintendente da

Sabesp no Litoral Norte, engenheiro José

Bosco Fernandes de Castro. A quantidade de

água de chuva, lixo e gordura na rede é

absurda. “E preciso conscientização. Para se

ter uma ideia, as manutenções periódicas das

redes de esgotos do Litoral Norte registram

uma média de 20 a 24 toneladas/mês de lixo

em nossas tubulações. Estamos falando de

ligações de água de chuva em nossas redes e

do lixo que é descartado nos vasos sanitários

e pias”, destacou.

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Medidas simples fazem a diferença Para o bom

funcionamento das redes coletoras, mesmo

em períodos de fortes chuvas, cada um deve

fazer a sua parte, depositando todo e qualquer

resíduo sólido nas lixeiras e nunca nos vasos

sanitários - isso vale também para restos de

comida, incluindo pó de café e até mesmo óleo

de cozinha, que em contato com outros

resíduos forma uma espécie de cola,

danificando a tubulação.

Com relaçãoa ligações irregulares, muitas

vezes o cidadão não sabe se instalações

internas de seu imóvel estão corretas,

destinando água de chuva para a galeria

pluvial e esgoto para as redes da Companhia.

Nesse caso, basta solicitar uma inspeção junto

à Central de Atendimento que funciona 24

horas pelo telefone 0800 055 0195.

http://cloud.boxnet.com.br/yxmmmhyt

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Veículo: RCI Araraquara

Data: 20/04/2019

Ex-aluno da UNESP Araraquara é dono da

maior processadora de frutas do mundo

Conheça a trajetória de Antonio Carlos Tadiotti

na universidade e sua carreira profissional

Tadiotti, em foto reprodução: Rogério

Albuquerque/ Globo Rural

Quando o Antonio Carlos Tadiotti ingressou no

Instituto de Química de Araraquara, ele ainda

não era vinculado a UNESP. Tadiotti é

empresário, dono de uma da maior

processadora de goiaba do mundo - a

empresa brasileira Predilecta. Entre

compromissos e uma agenda de viagens,

Antonio reservou um tempinho para

compartilhar com a comunidade Alumni

UNESP um pouco da sua história na

universidade.

Essa história começa em 1970, quando

Tadiotti decidiu cursar a faculdade por dois

motivos: 'a primeira, para estudar química,

minha única opção de curso; e a segunda,

para cursar em uma faculdade próxima, a 35

km de casa, e de amplo reconhecimento em

nosso estado', relembra o empresário. 49 anos

depois, o curso do Instituto de Química

continua no mesmo espaço físico, ainda que

diversas outras coisas tenham mudado.

'Era uma época que se exigia muito do aluno,

com provas e exames orais, uma carga

horária muito extensa - inclusive com aulas

aos sábados; e não existiam computadores,

microfones, apostilas?' revela o egresso.

'Livros somente em inglês e muitos trabalhos

de pesquisas, e sem o Google, a gente

passava bastante tempo nas bibliotecas'.

Tanta disciplina e rigidez não impediu Antonio

de viver a vida universitária, experiência que

mais marcou sua trajetória na Unesp. 'Não

podíamos ir pra casa por conta do custo e pela

grande carga horária. Isto fez com que a

gente se fortalecesse na amizade e

companheirismo'. Para além da aulas na

faculdade, foi nessa época militar que ele e

outros estudantes criaram o centro acadêmico

do Instituto de Química, motivados por ajudar

os alunos que tinham problemas financeiros.

A gente sabe que o tempo na UNESP é um

período que deixa saudades - seja pelas

pessoas ou pelos projetos que participamos

durante a graduação, pós-graduação. Com o

Antonio não foi diferente. Perguntado sobre o

que mais sente falta de quando estudava na

Unesp, a resposta foi certeira: das grandes

amizades e das realizações do Centro

Acadêmico. 'Resumindo, é uma convivência

que perdura até hoje com os que terminaram

o curso; de 40 alunos, saímos em 13 e nestes

46 anos de formados ainda nos reunimos com

nossas famílias com encontros anuais',

pontua.

Sonho

'Meu sonho era a indústria', comenta Antonio

Carlos Tadiotti sobre o início da sua carreira

profissional. Tadiotti se formou em 1973, mas

dificuldade para ingressar neste mercado era

grande e as oportunidades, poucas. No ano

seguinte ao da formatura, ele começou o

Mestrado no Instituto de Energia Atômica

(IEA), com bolsa mista estadual e federal;

dois anos depois, foi contratado como

pesquisador e docente nuclear - antes mesmo

de concluir a pós-graduação.

Durante 14 anos, Antonio trabalho em uma

indústria multinacional suíça, no interior de

São Paulo. O período foi marcado pela

especialização no processamento de frutas e

vegetais em conservas, com aprendizado em

várias fábricas na Suíça, Itália, Espanha,

Holanda e França. 'Foram nessas

oportunidades que eu absorvi as tecnologias

até então raríssimas no nosso país. Assumi

vários cargos como gerente de produção,

diretor industrial e diretor de planejamento

nos anos que trabalhei por lá. No 15° ano,

com mais dois colegas de trabalho resolvemos

arriscar a montar uma pequena empresa no

mesmo segmento', revela.

Foi assim que começou a Predilecta, em

Matão, no interior de São Paulo. Hoje, com 27

anos de existência, a empresa familiar é

referência no Brasil e no exterior, exportando

para mais de 60 países; conta com 4 megas

empresas em várias regiões produtoras e com

3800 trabalhos diretos. O faturamento anual é

R$ 1,6 bilhão, segundo reportagem do Globo

Rural.

Tadiotti, em foto reprodução: Rogério

Albuquerque/ Globo Rural

O Rei da Goiabada

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Grupo de Comunicação e Marketing

Ao perguntarmos sobre como foi começar uma

empresa do zero, Antonio Tadiotti não hesitou

em responder: 'foi uma época de muito choro;

eu saí de uma multinacional engravatado e fui

fazer goiabada em um tachinho de inox'.

O empresário conta que no começo, em 1991,

quem sustentava a família era esposa, que

também estudou na UNESP - cursou Letras e

se formou no mesmo ano que ele. 'Ela tinha

um loja pequena em São Carlos e dava aulas

no estado. Vendiamos o produto em sacolões,

escolas com os professores amigos, pequenos

armazéns'.

Entre descarregar tratores, kombis com

goiabas, processar as frutas, empacota-las e

vendê-las, Antonio revela que trabalha 15

horas por dia. 'E sem dinheiro, pois para

comprar o mínimo de equipamento, tudo que

tinha construído de patrimônio ficou

hipotecado por 5 anos. Muito me ajudou o Sr.

Collor de Mello, quando em 1991, ele deixou

todo mundo pobre com 50.000 cruzeiros (nem

lembro se essa era a moeda). Eu só tinha

dívida'.

O Brasil de 1990 enfrentava uma das piores

crises da história. A Predilecta foi fundada em

um período de recessão, caracterizado pelo

fechamento de grandes empresas e o

aumento do desemprego. O episódio ao que

Antonio se refere foi uma das primeiras

medidas econômicas do Governo Collor, que

confiscou o dinheiro depositado em bancos por

pessoas físicas e jurídicas.

Para driblar a crise e se estabelecer, Tadiotti

apostou no relacionamento que construído

durante os 15 anos na outra empresa. 'Foi a

salvação, pois todos os profissionais de

empresas fornecedoras acreditaram na minha

capacidade profissional e forneceram o básico

para o começo - até emprestando

equipamentos de demonstração por quase um

ano', relembra. 'Em dois anos a Predilecta

ficou autossustentável e teve um crescimento

fantástico, com grande expressão nacional'.

Responsabilidade Acadêmica

Para além da responsabilidade social, a

Predilecta colabora com desenvolvimento de

trabalhos acadêmicos. Ao longo dos anos, a

empresa participou de várias teses de

doutorado, mestrado, trabalhos de conclusão

de curso, iniciações científicas, projetos e

estágios supervisionados. Entre as instituições

de ensino superior 'parceiras' dessa ação,

Antonio destaca os campus da UNESP em

Araraquara, São José do Rio Preto e

Jaboticabal, além da USP São Carlos, ESALQ,

das federais de São Carlos, de Goiás, de Minas

Gerais e Unicamp.

'Creio que o mérito de tudo isso veio a partir

da minha experiência de docente e, em

seguida, atuar no setor privado com grandes

relacionamentos com as universidades',

declara o empresário. Tadiotti fala que tudo

começou em São Carlos, quando o

Departamento de Hidráulica e Saneamento da

USP realizou 5 teses de mestrado ao mesmo

tempo na empresa. O objetivo era tratar

efluentes líquidos de lavagem e

processamento de frutas - na época, tomate,

goiaba e milho doce - para atender a

legislação; as pesquisas foram elaboradas

junto a Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo (Cetesb), órgão que fiscaliza

atividades geradoras de poluição para

preservar a qualidade do ar, do solo e d água.

Entre os cinco trabalhos, foi escolhida tese

com melhor resultado para começar a

implantar no Brasil uma nova tecnologia para

tratar as águas de descarte das empresas.

'Daí, tanto fui procurado por docentes de

universidades, como também por minha

iniciativa, para cooperar no desenvolvimento

de trabalhos acadêmicos. A Unesp Araraquara,

pela proximidade, foi a mais integrada nesses

trabalhos', declara. 'Inclusive, os resultados de

novas tecnologias na parte enzimática

resultaram em uma mudança drástica de

qualidade, além de outros atributos em

produtos processados no mundo'. Tadiotti

ressalta que todas as pesquisas desenvolvidas

na empresa foram de aplicação prática, para

solucionar demandas reais da indústria de

alimentos.

Aos 71 anos, Antonio Carlos Tadiotti afirma

que a experiência na UNESP foi fundamental

para o seu desenvolvimento: 'sem dúvida,

todas as ferramentas que me foram atribuídas

pelo curso e os conhecimentos adquiridos, a

ética, os princípios, além dos ensinamentos,

foram de real importância em minha

formação', conclui.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21431257&e=577

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Data: 22/04/2019

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VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: O Globo

Data: 21/04/2019

Um antiministro no Meio Ambiente

Bernardo Mello Franco

Entre a eleição e a posse, o presidente Jair

Bolsonaro desistiu de extinguir o Ministério do

Meio Ambiente. Talvez fosse melhor ter

mantido o plano original. A nomeação de

Ricardo Salles transformou a pasta num

playground da bancada ruralista. Ele atua

como um antiministro, empenhado em

destruir o que deveria proteger.

A escolha do advogado paulista já foi uma

provocação. Antes de assumir o cargo, ele foi

condenado por improbidade administrativa,

acusado de fraudar um plano de manejo para

favorecer mineradoras. Fundador do grupo

Endireita Brasil, candidatou-se a deputado

pelo Partido Novo, financiado por fazendeiros

e fabricantes de armas. Não se elegeu, mas

arrumou uma boquinha no governo do capitão.

Desde janeiro, Salles tem se dedicado ao

desmonte do ministério. Acabou com a

secretaria de mudanças climáticas e apoiou a

transferência do Serviço Florestal Brasileiro e

da Agência Nacional de Águas para outras pastas.

O antiministro também se especializou em

ameaçar e perseguir servidores. Em fevereiro,

promoveu uma demissão em massa no Ibama.

Cortou as cabeças de 21 dos 27

superintendentes regionais do órgão,

responsável pelo combate ao desmatamento.

Em março, transferiu a atuação do atacado

para o varejo. Ele exonerou José Augusto

Morelli, fiscal do Ibama que autuou Bolsonaro

por pesca ilegal em 2012. O então deputado

foi fotografado com a vara de pescar numa

estação ecológica, mas alegou que estava no

aeroporto. A multa foi cancelada no apagar

das luzes do governo Temer.

Nos últimos dias, Salles radicalizou a caça aos

servidores. Abriu processo disciplinar contra

funcionários do ICMBio que não

compareceram a uma reunião dele com

parlamentares ligados ao agronegócio. A

atitude levou o presidente do órgão a entregar

o cargo. Em nota, servidores acusaram o

ministro de trabalhar pela “destruição da

gestão ambiental federal”.

O clima de intimidação tem produzido

resultados. No início do mês, o presidente do

Ibama se dobrou à pressão e autorizou um

leilão de petróleo próximo a Abrolhos. Ignorou

um parecer técnico que alertou para o risco de

um vazamento atingir o paraíso de corais. No

país de Mariana e Brumadinho, não parece

exagero temer por uma nova tragédia em

alto-mar.

https://blogs.oglobo.globo.com/bernardo-

mello-franco/post/um-antiministro-no-meio-

ambiente.html

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=21440892&e=577

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Data: 22/04/2019

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Veículo: WWF

Data: 22/04/2019

22 de abril, Dia da Terra: Nossa casa, tão

linda e tão frágil

Dia da Terra é comemorado em 22 de abril

Por Bruna M. Cenço

Nesta segunda, 22 de abril, comemoramos o

Dia da Terra. Mas, o que realmente significa

essa data?

O Dia da Terra surgiu na década de 1970 e, ao

longo dos anos, foi adotado globalmente,

sempre com o objetivo de chamar as pessoas

para refletir sobre como podemos proteger o

nosso planeta – o que implica na própria

sobrevivência do ser humano.

O chamado pode ser visto como um

contraponto à desconexão, cada vez maior, da

humanidade com a natureza. Às vezes, parece

que nos esquecemos que nossas atitudes têm

um impacto direto neste planeta e que o meio

ambiente está profundamente relacionado

com o nosso dia-a-dia.

O resultado desta dissintonia aparece toda vez

que ligamos a televisão, no noticiário global ou

local. A relação entre mudanças climáticas e o

aumento dos eventos extremos, como chuvas

e secas intensas, já foi comprovada pela

ciência e tem trazido um número enorme e

crescente de perdas ambientais e humanas.

As mudanças climáticas são o maior desafio da

nossa sociedade, mas viver em harmonia com

a natureza, conectado no planeta, ainda é

possível. Para que isso aconteça, o primeiro

passo é encarar o problema e fazer um

reconhecimento de campo, olhando para nós

mesmos e para o ambiente nos cerca.

Durante a Hora do Planeta, milhares de

cidades e milhões de pessoas, em mais de 180

países, mostraram sua preocupação com as

questões ambientais. Porém, isso não

terminou às 21h30 do dia 30 de março. A

Hora do Planeta chamou as pessoas para

analisarem seus hábitos e ver como poderiam

ser mais sustentáveis. É o tal do olhar para si

mesmo.

Agora, devemos olhar para o nosso redor, nos

reconhecer dentro da realidade à nossa volta.

E que tal fazer isto aproveitando o Dia da

Terra, de uma forma leve?

O documentário Nosso Planeta (Our Planet) é

uma produção original da NetFlix e foi

desenvolvido em parceria com o WWF. São

oito episódios que mostram como, “das

profundezas dos altos-mares, das nossas

selvas mais recônditas às mais longínquas

regiões polares ou desérticas”, tudo em nosso

planeta está relacionado.

Com imagens lindas e uma abordagem direta,

a série traz questões de conservação, ao

mesmo tempo em que apresenta diferentes

animais em suas respectivas regiões de

origem. Assim, nos reaproxima deste incrível

mundo em que vivemos, desvendando

curiosidades e desafios da biodiversidade

global.

Para quem quer um pouco mais, o site da

série ainda traz uma boa dose de conteúdo de

conservação, com um globo interativo com

soluções simples que podem resgatar os

preciosos habitats da Terra.

Além de mostrar a beleza da nossa casa

comum, Nosso Planeta é um convite à

conscientização do quanto ele e frágil e de

como as nossas atitudes importam para a sua

preservação. Então, aproveite a data, assista e

reflita. Assim como toda hora é Hora do

Planeta, todo dia deve ser Dia da Terra.

https://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_

meio_ambiente_e_natureza/?70685/22-de-

abril-Dia-da-Terra-Nossa-casa-tao-linda-e-tao-

fragil

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Data: 22/04/2019

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Veículo: Huff Spot Brasil

Data: 21/04/2019

Decisões do governo Bolsonaro mostram

que crime ambiental compensa, dizem

especialistas

Declarações recentes do presidente Jair

Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente,

Ricardo Salles, e as medidas tomadas pelo

governo em relação ao tema desde janeiro

abrem caminho para a propagação de crimes

ambientais, na análise de três ambientalistas

ouvidos pelo HuffPost Brasil.

Na avaliação de integrantes do Greenpeace,

do SOS Mata Atlântica e do Observatório do

Clima, há um desmonte nas políticas públicas

que pode ter como impacto desde tragédias

urbanas a dificuldades no comércio exterior.

Nesta semana, em uma continuidade do

discurso de campanha, Bolsonaro voltou a

criticar o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio

Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis). Disse que “é um órgão muito

mais aparelhado do que o Ministério da

Educação”. O presidente também criticou

ONGs (organizações não governamentais) e

ameaçou cortar a diretoria da Funai (Fundação Nacional do Índio).

Os ataques também se destinam ao ICMBio

(Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade). Na última segunda-feira (15),

o presidente da organização, Adalberto

Eberhard, pediu demissão 2 dias após o

ministro Ricardo Salles ameaçar investigar

agentes do órgão ambiental em um evento com ruralistas.

O governo discute a possibilidade de fusão do

Ibama e do ICMBio. O primeiro cuida da

fiscalização e licenciamento de

empreendimentos e o segundo atua nas

unidades de conservação ambiental e tem função educativa também.

Há mudanças constantes desde o início da

gestão. O novo ministro acabou com a

secretaria de mudanças climáticas. A Agência

Nacional de Águas foi do Ministério do Meio

Ambiente para o Ministério do

Desenvolvimento Regional. Já o Serviço

Florestal Brasileiro foi transferido para o

Ministério da Agricultura, em mais um

esvaziamento da pasta que quase foi fechada

no início do governo.

As trocas de comando também são

frequentes. Alguns cargos estão vagos e

postos-chave, recentemente, têm sido

ocupados por militares. De acordo com o

jornal O Estado de São Paulo, são 12

integrantes das Forças Armadas na pasta e em

órgãos ligados a ela. Para a chefia do ICMBio

foi indicado, na última semana, o comandante

da Polícia Militar Ambiental de São Paulo, coronel Homero de Giorge Cerqueira.

No Ibama, o diretor de planejamento, Luiz

Eduardo Nunes, servidor de carreira do órgão

foi exonerado na quinta (18) e deve ser

substituído por Luis Gustavo Biagioni, recém-

aposentado da PM de São Paulo, onde

trabalhou na polícia ambiental, segundo o

jornal.

“Bolsonaro está tornando o ministério algo

oco, sem conteúdo. Ao invés de acatar numa

canetada só, está acabando em várias

canetadas para que não tenha essa

repercussão negativa internacional, para que

faça as coisas de modo escondido. Ele mudou

o formato, mas não desistiu do objetivo”, diz

Márcio Astrini, coordenador de políticas

públicas do Greenpeace.

Na formulação do novo governo, o presidente

não acabou com o Ministério do Meio

Ambiente ironicamente por pressão do

agronegócio, que temia um impacto

internacional negativo. No entanto, já houve

uma diminuição da capacidade de atuação dos órgãos ambientais.

Uma medida recente nesse sentido foi o fim

dos conselhos da administração federal,

anunciado na cerimônia de 100 dias de governo, em 11 de abril.

Bolsonaro está tornando o ministério algo oco,

sem conteúdo. Ao invés de acatar numa

canetada só, está acabando em várias

canetadas para que não tenha essa

repercussão negativa internacional, para que

faça as coisas de modo escondido. Ele mudou

o formato, mas não desistiu do objetivo.Márcio

Astrini, coordenador de políticas públicas do

Greenpeace

Carlos Rittl, secretário-executivo do

Observatório do Clima, aponta que comitês

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Data: 22/04/2019

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intermunicipais sobre bacias hidrográficas

também podem deixar de existir. Eles atuam

justamente na prevenção de desastres

causados por chuvas intensas, como a no Rio de Janeiro.

No âmbito da saúde pública, as organizações

chamam atenção para a liberação recorde de

152 agrotóxicos até 10 de abril. Destas

substâncias, 44% são classificadas como

altamente ou extremamente tóxicas, e ao

menos quatro produtos são tão nocivos à

saúde humana que foram banidos em diversos países, segundo levantamento do Greenpeace.

Crimes ambientais

As mudanças na organização administrativa,

críticas a fiscais e medidas propostas como

impedir que máquinas e veículos pesados

envolvidos em infrações ambientais sejam

destruídos em operações de fiscalização são

um aval para criminalidade, na avaliação dos ambientalistas.

“Você tem atividades concretas ou declarações

sempre no sentido de enfraquecer a

capacidade do Estado de proteger o meio

ambiente, perseguir agentes do Estado, e uma

mensagem sempre positiva para quem comete crime ambiental”, afirmou Márcio Astrini.

Para Malu Ribeiro, especialista em Água da

Fundação SOS Mata Atlântica, a atuação é

contraditória com a postura em relação ao combate ao crime em geral.

“Um fiscal do Ibama tem um papel como o de

um policial. É muito contraditório alguém que

faz toda uma apologia a governos militares de

aplicar a lei e, ao mesmo tempo, flexibiliza a

lei quando os fiscais estão aplicando”, afirmou à reportagem.

A especialista alerta que esse cenário causa

instabilidade e coloca em risco a vida desses

profissionais. “Tivemos a morte de uma

ativista no Nordeste e várias ameaças. Vários

fiscais estão ameaçados, principalmente os

que atuam próximos a parques nacionais e

reservas indígenas. É muito grave essa

situação. Gera uma insegurança jurídica e

mostra para as pessoas que o crime compensa

no Brasil”, afirmou.

Essa sensação de impunidade, agravada pelos

discursos do presidente em relação aos fiscais

do meio ambiente, é muito perigosa. Destrói a

base da defesa do patrimônio da nação de

interesse coletivo, como as florestas, a

água.Malu Ribeiro, especialista em Água da

Fundação SOS Mata Atlântica.

Direitos indígenas

Além das ameaças à Funai, o governo

autorizou o uso da Força Nacional de

Segurança na praça dos Três Poderes e na

Esplanada dos Ministérios, em Brasília, por 33

dias, às vésperas do ATL (Acampamento Terra

Livre), uma marcha indígena que ocorre há 15

anos na capital e será realizada de 24 a 26 de

abril. A medida foi tomada pelo ministro da

Justiça, Sergio Moro, na última quarta-feira (17).

Na avaliação de Márcio Astrini, do

Greenpeace, a medida pode ser vista como

uma tentativa de repressão aos indígenas.

“Não sei qual pode ser o desfecho disso.

Espero que o governo não use de violência

para intimidar grupos sociais que não

concordam com as políticas do governo. É

querer calar aqueles que são contrários”,

afirma.

Para o especialista, essas comunidades são

atacadas porque têm como um dos propósitos

a preservação do meio ambiente, agenda

divergente do presidente. “A vida de muitas

das populações indígenas é guardar o meio

em que elas vivem, as florestas - e é

exatamente por isso que Bolsonaro vê neles um inimigo”, afirma.

O presidente transferiu em janeiro para o

Ministério da Agricultura a atribuição de

identificar, delimitar e demarcar terras

indígenas e quilombolas e já criticou o que

chama de “indústria de demarcação de terras

indígenas”.

Em transmissão ao vivo em sua página no

Facebook na última quarta-feira (17), ele

defendeu a possibilidade de comunidades

indígenas desenvolverem atividades de mineração e agropecuária em seus territórios.

A exploração mineral nesses territórios

depende de autorização prévia do Congresso

Nacional e concordância da população

indígena que vive no local, de acordo com o Artigo 231 da Constituição Federal.

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Data: 22/04/2019

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Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do

Brasil (APIB), tais sinalizações já foram

suficientes para estimular mais invasões e violência no campo.

Repercussão internacional e mobilização

Diante de um cenário de alerta, especialistas

acreditam que fatores externos possam

provocar uma mudança de postura do governo.

Eles classificaram como “vexame

internacional” a decisão do Museu de História

Natural de Nova York de cancelar, no local, a

cerimônia de premiação de Bolsonaro como

“Pessoa do Ano”, título que será dado pela

Câmara de Comércio Brasil-EUA, com sede na cidade.

Após pressão de internautas e do próprio

prefeito de Nova York, o democrata Bill de

Blasio, o museu disse entender que as

posições políticas do presidente vão contra

“uma necessidade urgente de conservar a

Floresta Amazônica”.

“O mundo está descobrindo a essência de

como o governo pretende trabalhar as

questões ambientais agora e já tem algumas

repercussões como o caso do museu de Nova

York que nega receber Bolsonaro”, aponta Márcio Astrini.

″O fato como ele trata o meio ambiente e as

questões indígenas contribui para esse tipo de

imagem que está sendo formada sobre ele internacionalmente.”

Para o ambientalista do Greenpeace, o

Congresso Nacional e o Poder Judiciário

podem atuar para barrar algumas das medidas

defendidas pelo Executivo. Ele também aponta

para pressão do mercado. “Em muitos lugares

do mundo, a questão ambiental passou a ser

um componente de decisão na compra de

produtos agrícolas”, ressalta.

De acordo com Carlos Rittl, pelo menos 7

países da Europa (Dinamarca, França,

Noruega, Holanda, Reino Unido, Itália e

Alemanha) discutem a eliminação de produtos

importados que provoquem desmatamento ou

estejam relacionados à violência contra povos indígenas.

Além disso, o acordo em negociação entre o

Mercosul e a União Europeia traz como

parâmetros para eventuais vantagens

comerciais o atendimento a indicadores de

sustentabilidade, segundo Rittl. “Se o Brasil

descumpre tudo isso, torna muito mais difícil

esse acordo comercial que deveria ser de interesse do País”, afirmou.

Outro fator de mobilização pode vir da própria

população. “A gente teve eventos no Rio de

Janeiro provocando mortes, chuvas extremas

em São Paulo provocando mortes, chuvas

extremas em diferentes regiões do Nordeste.

O brasileiro está convivendo, a cada semana,

em algum canto do Brasil, com impactos na

sua qualidade de vida”, destaca o secretário-executivo do Observatório do Clima.

Pesquisas de opinião pública mostram um

descompasso entre a visão do presidente e

dos brasileiros sobre o meio ambiente. Um

levantamento do Datafolha publicado em

dezembro apontou que 59% dos entrevistados

discordam da frase “a política ambiental

atrapalha o desenvolvimento do Brasil” e 60%

discorda da afirmação que “o governo deve

reduzir as áreas destinadas às terras indígenas”.

“Infelizmente, e se a gente não agir com

responsabilidade, o preço a ser pago vai ser

muito maior. Mais pessoas vão morrer. Mais

pessoas vão ter a vida afetada, com danos a

seus bens, ter menos água de qualidade para

consumo, segurança alimentar afetada”, diz

Rittl. ”É necessário que o cidadão cobre

fortemente o agente público.”

https://www.huffpostbrasil.com/entry/bolsona

ro-impunidade-crime-

ambiental_br_5cbb4455e4b06605e3ef2347

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Data: 22/04/2019

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Veículo: Jornal da USP

Data: 21/04/2019

Método inovador recupera água de processo industrial poluente

A aparência prateada ou acobreada de objetos

utilizados no nosso dia-a-dia, como bijuterias,

torneiras e até mesmo peças de carros, é

resultado de um processo largamente utilizado

nas indústrias, a eletrodeposição. A técnica

gera um resíduo altamente poluente, que deve

ser tratado pela indústria antes de ser

descartado. Além disso, espera-se que os

produtos utilizados para fazer este tratamento

não façam mal à saúde dos profissionais que

trabalham diretamente na eletrodeposição

industrial, nem sejam poluentes.

Para enfrentar este desafio, a pesquisadora

Tatiana Scarazzato dedicou seu trabalho de

doutorado na Escola Politécnica (Poli) da USP

ao desenvolvimento de uma tecnologia que

recuperasse tanto a água quanto a matéria-

prima utilizada na primeira etapa de um

processo de galvanoplastia, no qual o metal

pesado recuperado é o cobre. “A ideia era

minimizar a questão do lançamento de

efluentes no meio ambiente, e conseguimos reaproveitar todo o material”, explica.

A pesquisa, reconhecida nacionalmente com o

Prêmio Capes de Teses 2018, começou no

Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

“Eles estavam trabalhando na época com uma

solução industrial que fosse menos tóxica,

tanto para o meio ambiente quanto para os

trabalhadores. Então, o foco era apresentar

para a indústria uma solução que oferecesse

menos riscos”. A técnica proposta por Tatiana

Scarazzato utiliza a técnica de eletrodiálise, já

utilizada para dessalinizar água em escala

industrial e torna viável a substituição do

material utilizado atualmente, poluente e

prejudicial à saúde, o cianeto. Outro desafio

enfrentado foi que no efluente industrial a ser

tratado, havia outros compostos que não são

comuns em águas para abastecimento da população.

A mudança na forma de tratar os produtos no

processo industrial proposta por Tatiana

recupera o que foi descartado e também a

água, para que não haja maior consumo por

parte da indústria. A engenheira explica que,

além do aspecto social e de usar uma matéria-

prima menos poluente e menos tóxica, o

reaproveitamento de água e matérias-primas

diminui o custo de todo o processo para a indústria.

A pesquisadora, que participou do “Programa

Novos Talentos”, no IPT, conta que os estudos

que originaram o processo criado por ela se

iniciaram no seu mestrado, no qual ela

estudou se era possível utilizar a técnica de

eletrodiálise com esse efluente em específico.

Com o sucesso obtido, ela começou a

investigar de maneira mais profunda tanto a

aplicação do processo quanto a parte

científica, para explicar como o composto e a

membrana fazem a interação. “Então, nós

decidimos aprofundar tudo, porque já

tínhamos visto que dava certo. Acho que como

cientistas, a gente tem que fazer a parte

científica, e como engenheiros, e por estarmos

vinculados muito ao IPT, que é um instituto de

pesquisas tecnológicas aplicadas, a gente optou por fazer as duas partes”.

Interdisciplinaridade

Tatiana Scarazzato realizou parte do seu

doutorado na Espanha, na Universidade

Politécnica de Valência, o que ajudou a

alcançar os resultados da pesquisa. “Perto da

cidade tem uma empresa que faz a

dessalinização de água com membranas de

eletrodiálise, e lá vimos um processo em

operação. No caso, era para água, e nós

adaptamos essa técnica para o tratamento de

efluente industrial”, relata. Além da interação

com profissionais no intercâmbio, outra

contribuição importante foi a coorientação da

pesquisadora Zehbour Panossian, do Instituto

de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que

desenvolveu uma tecnologia de banho de

cobre sem cianeto.

O desenvolvimento da pesquisa, portanto,

demandou diversas interações. A orientadora

do doutorado, professora Denise Crocce

Romano Espinosa, do Departamento de

Engenharia Química da Escola Politécnica

(Poli) da USP, explica que cada agente que

contribuiu com o trabalho tinha uma

especialidade. “Temos a parte de eletrodiálise

aqui, o IPT pesquisa o efluente novo, busca

entender como se faz a eletrodeposição do

cobre ou de outras coisas, e o pessoal da

Espanha entendia mais do mecanismo de

troca da membrana. Então, foi um negócio

que funcionou muito bem, porque cada parte

tinha uma especialidade e as três partes

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Data: 22/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

conversaram. Foi sinérgico, mais do que a

soma dos três”.

A tese Tratamento de uma solução de um

banho de eletrodeposição de cobre isento de

cianeto por eletrodiálise: estudo do transporte

iônico e avaliação da recuperação da água e

de insumos, desenvolvida por Tatiana

Scarazzato, e orientada pela professora Denise

Crocce Romano Espinosa, foi defendida no

âmbito do Programa de Pós-Graduação em

Engenharia Química da Poli, foi reconhecida

com o Prêmio Capes de Teses 2018 na área de

Engenharia II, que engloba Engenharia

Química, Nuclear, de Materiais, Metalúrgica e

de Minas. O Prêmio inclui um certificado, medalha e bolsa de pós-doutorado.

Da Assessoria de Comunicação da Poli

https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-exatas-

e-da-terra/metodo-inovador-recupera-agua-

de-processo-industrial-poluente/

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Data: 22/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: G1 Natureza

Data: 20/04/2019

Como nasceram as embalagens de

plástico e por que eliminá-las pode não

ser tão ecológico assim

A má fama das embalagens de plástico tem

crescido nas últimas décadas.

Mas a primeira versão comercialmente viável

do material hoje popular, o celofane, foi

concebida numa época em que não havia

preocupação com a poluição nos aterros

sanitários, nos oceanos ou na cadeia

alimentar.

Tudo começou em 1904, em um sofisticado

restaurante em Vosges, na França, quando um

cliente idoso derramou vinho tinto sobre uma

toalha de linho puro.

Sentado em uma mesa próxima estava um

químico suíço chamado Jacques

Brandenberger, que trabalhava para uma

empresa têxtil francesa.

Enquanto observava o garçom trocar a toalha

de mesa, ele se perguntou se poderia criar um

tecido que pudesse ser limpo simplesmente

com um pano.

Ele tentou borrifar celulose em toalhas de

mesa, mas o material não aderia à superfície e

desprendia uma película transparente. Foi

quando ele pensou: será que haveria mercado

para essas lâminas transparentes?

Quando começou a Primeira Guerra Mundial,

ele encontrou um: lentes para máscaras de

gás.

Brandenberger chamou sua invenção de

"celofane" e, em 1923, vendeu os direitos

para a empresa DuPont na América.

Seus primeiros usos incluíam embrulhos de

chocolates, perfumes e flores.

Mas a DuPont tinha um problema. Alguns

clientes estavam descontentes porque o

celofane era impermeável, mas não resistente

à umidade.

Os doces ficavam grudados, as facas

oxidavam e charutos secavam.

A DuPont contratou, então, um químico de 27

anos, William Hale Charch, e o encarregou de

encontrar uma solução.

Em um ano, ele conseguiu: revestiu o celofane

com camadas extremamente finas de

nitrocelulose, cera, um plastificante e um

reagente para misturas. As vendas

dispararam.

O momento era perfeito. Na década de 1930,

os supermercados estavam mudando: os

clientes não faziam mais fila para informar aos

vendedores que tipo de alimento precisavam.

Em vez disso, passaram a retirar os produtos

nas prateleiras.

A embalagem transparente foi um sucesso. E,

como destaca Ai Hisano, pesquisador da

Escola de Negócios da Universidade de

Harvard, nos EUA, "teve um impacto

significativo não apenas sobre como os

consumidores compravam alimentos mas

também sobre como eles entendiam a

qualidade dos alimentos".

O celofane permitia que os consumidores

escolhessem os alimentos com base em sua

aparência, sem sacrificar a higiene ou o

frescor.

Um estudo – financiado pela DuPont –

mostrou que embrulhar os biscoitos em

celofane incrementava as vendas em mais de

50%.

E os varejistas recebiam conselhos

semelhantes. "Ela compra carne com os

olhos", dizia uma edição de 1938 da revista

The Progressive Grocer.

Na verdade, os açougues tiveram dificuldade

para implementar o sistema self-service. O

problema era que a carne, uma vez cortada,

descoloriria rapidamente.

Mas os estudos indicavam que a adoção do

self-service poderia aumentar as vendas de

carne em 30%.

Diante deste incentivo, encontraram algumas

soluções: iluminação cor de rosa, aditivos

antioxidantes e, é claro, uma versão

melhorada do celofane, que deixava passar

apenas a quantidade certa de oxigênio.

Em 1949, os anúncios publicitários da DuPont

se gabavam da "nova maneira agradável" de

comprar carne – "pré-cortada, pesada,

precificada e embrulhada em celofane

diretamente na loja".

Mas o celofane logo ficaria fora de moda,

superado por outros produtos, como o cloreto

de polivinilideno, da Dow Química.

Como seu antecessor, foi descoberto

acidentalmente e usado pela primeira vez em

conflitos – neste caso, para proteger de

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Data: 22/04/2019

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intempéries os aviões de combate na Segunda

Guerra Mundial.

E, assim como o celofane, demandou bastante

pesquisa e desenvolvimento antes de poder

ser usado em alimentos – originalmente era

verde-escuro e cheirava mal.

Uma vez que a Dow resolveu a questão,

chegou ao mercado com o nome de Saran

Wrap – mais conhecido hoje em dia como

plástico filme.

Após a descoberta de problemas de saúde

associados ao cloreto de polivinilideno, o

plástico filme passou a ser feito a partir de

polietileno de baixa densidade, embora seja

menos aderente.

Ele também é usado para fazer as sacolas

plásticas de supermercado que estão sendo

banidas ao redor do mundo.

O polietileno de alta densidade é o tipo de

material usado em embalagens de leite.

Os refrigerantes, por sua vez, são

comercializados em garrafas de Polietileno

Tereftalato (PET).

E se você ainda não tiver se perdido, saiba

que as embalagens plásticas são feitas cada

vez mais de múltiplas camadas destas e de

outras substâncias, como o polipropileno

biaxialmente orientado ou o etileno e acetato

de vinila.

Os gurus das embalagens dizem que há uma

razão para isso – materiais diferentes

apresentam propriedades distintas, então

múltiplas camadas podem oferecer o mesmo

desempenho de uma embalagem mais fina –

e, portanto, mais leve.

Mas esses materiais compostos são mais

difíceis de reciclar.

Qual é a melhor embalagem?

Não é fácil calcular o que é mais conveniente.

Dependendo da quantidade de embalagens

mais pesadas, que na prática são recicladas,

você pode achar que a embalagem mais leve,

não reciclável, na verdade, geram menos

resíduos.

E uma vez que você começa a analisar as

embalagens plásticas, você se depara o tempo

todo com paradoxos deste tipo. Algumas

embalagens são um desperdício.

Mas o que acontece, por exemplo, com os

pepinos envoltos em plástico filme que se

mantêm frescos por 14 dias em vez de três?

O que é pior? 1,5g de plástico filme ou

pepinos inteiros que apodrecem antes de ser

comidos? A escolha, de repente, não é tão

óbvia.

As sacolas plásticas impedem que as bananas

escureçam rápido ou que as batatas fiquem

verdes; também evitam que as uvas caiam

dos cachos.

Há aproximadamente uma década, um

supermercado do Reino Unido experimentou

retirar todas as frutas e legumes da

embalagem - e a taxa de desperdício de

alimentos dobrou.

E não se trata apenas da vida útil nas

prateleiras – e o desperdício gerado antes de

os alimentos chegarem ao supermercado?

Outro estabelecimento, que havia sido

criticado por colocar maçãs em bandejas

envoltas em plástico, tentou vendê-las soltas

em grandes caixas de papelão – mas muitas

frutas foram danificadas durante o transporte

e, no final, eles acabaram usando mais

embalagem por maçã realmente vendida.

De acordo com um relatório do governo do

Reino Unido, apenas 3% dos alimentos são

desperdiçados antes de chegar às lojas.

Nos países em desenvolvimento, esse

percentual pode ser de 50% – e essa

diferença se deve em parte à forma como o

alimento é embalado.

Isso se torna mais importante à medida que

cada vez mais gente vive nas cidades, longe

de onde a comida é cultivada.

Mesmo a temida sacola plástica de

supermercado pode não ser tão vilã quanto

parece.

Se você comprou bolsas resistentes e

reutilizáveis no supermercado, é provável que

elas sejam feitas de não tecido de

polipropileno – e são menos prejudiciais, mas

somente se você usá-las pelo menos 52 vezes.

Essa é a conclusão de um relatório do governo

dinamarquês, que colocou na balança os

variados impactos ambientais da produção e

descarte de diferentes tipos de sacolas.

E se a sua sacola reutilizável for de algodão

orgânico, não se sinta orgulhoso - os

pesquisadores estimaram que é necessário

usá-la 20 mil vezes para justificar sua

existência. Isso equivale a ir às compras todos

os dias durante mais de meio século.

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Data: 22/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

O mercado pode ser uma maneira maravilhosa

de indicar desejos populares.

Na década de 1940, os consumidores

americanos queriam carne convenientemente

pré-cortada – e o que os economistas chamam

de "mão invisível" do mercado proporcionou

as tecnologias que tornaram isso possível.

Mas nosso desejo para que haja menos

desperdício pode não ter efeito no mercado,

uma vez que a questão é complicada e nossas

decisões de compra podem, sem querer,

causar mais mal do que bem.

Só conseguimos enviar essa mensagem por

um caminho mais tortuoso, por meio de

governos e organizações ambientais, e

esperamos que eles – junto a iniciativas bem-

intencionadas da indústria – elaborem

algumas respostas sensatas.

Parece claro que a solução não será deixar de

usar embalagens – mas, sim, criar

embalagens melhores, idealizadas em

laboratórios de pesquisa e desenvolvimento,

como aqueles que deram origem ao celofane

resistente à umidade décadas atrás.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

4/20/como-nasceram-as-embalagens-de-

plastico-e-por-que-elimina-las-pode-nao-ser-

tao-ecologico-assim.ghtml

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Data: 22/04/2019

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Veículo: Rede Brasil Atual

Data: 20/04/2019

A Páscoa e os impactos socioambientais

por trás da produção de cacau

por Redação RBA

São Paulo – O comércio mundial transformou

a Páscoa em um evento lucrativo, em que os

ovos de chocolate reinam absolutos. Muitos

fabricantes contratam mais trabalhadores para

atender à demanda que aumenta no período e

lojas e supermercados destinam ao produto os

espaços mais estratégicos.

No entanto, não há o que comemorar em

termos de produção do cacau, a matéria-

prima do chocolate. Sustentabilidade e ética

ainda são artigos de luxo em uma cadeia

marcada pela derrubada de florestas nativas e

exploração de trabalho escravo e infantil.

De acordo com o Programa das Nações Unidas

para o Meio Ambiente (Pnuma), há em todo o

mundo um contingente de 5 milhões a 6

milhões de produtores de cacau, sendo que

70% deles são pequenos agricultores.

A Costa do Marfim, na África, é atualmente o

maior produtor de cacau do mundo. É lá

também que estão a quase totalidade dos

pequenos produtores.

Conforme a agência ligada à ONU, a carência

de recursos e informações técnicas impede as

boas práticas de gestão dos cacaueiros, em

geral pouco produtivos. A derrubada de

florestas, para novas plantações, regadas a

agrotóxicos, é uma constante nessa tentativa

equivocada de ampliar a produtividade.

De 1990 a 2015, houve perda de 64% das

árvores nativas naquele país. De acordo com o

Pnuma, se essa tendência continuar, a Costa

do Marfim poderá perder toda a sua floresta

tropical até 2030.

Há ainda a destruição de ecossistemas, perda

da biodiversidade, a erosão do solo e o

assoreamento de córregos quando a produção

de cacau é praticamente o único meio de

subsistência para milhões de pessoas no oeste

africano.

O oficial de programas para Sistemas

Alimentares e Agricultura Sustentáveis da

ONU Meio Ambiente, James Lomax, defendeu

o engajamento da indústria e de governos

para transformar o setor cacaueiro em um

modelo sustentável e uma agricultura livre de

desmatamento.

“Empreendedores podem desempenhar um

papel fantástico não apenas na oferta de

chocolate de qualidade para que os

marfinenses aproveitem, mas também na

educação e na conscientização da atual

situação na Costa do Marfim”, disse Lomax.

Em nota, o Pnuma destacou que fabricantes

de chocolates da região estão cientes dos

desafios na indústria e apoiam cada vez mais

os pequenos agricultores locais a produzirem

sementes orgânicas de cacau.

Trabalho infantil

Em novembro, o Ministério Público do Trabalho

(MPT) e a Organização Internacional do

Trabalho (OIT) lançaram relatório sobre

trabalho escravo e infantil na cadeia produtiva

do cacau.

Entre os dados, "a violação de direitos

humanos na cadeia do chocolate por meio de

grandes empresas processadoras de cacau e

marcas de varejo", conforme afirmou o

pesquisador Marques Casara, diretor-

executivo da organização Papel Social, durante

o lançamento do relatório.

Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios (PNAD) completa, de 2014, pelo

menos 8 mil crianças e adolescentes de 10 a

17 anos trabalham em plantações de cacau no

Brasil.

Segundo dados do IBGE, os números de

trabalho infantil aumentaram 5% entre 2000 e

2010 nas regiões produtoras de cacau, apesar

da tendência de queda de 13,4% no uso de

mão de obra de crianças e adolescentes na

soma geral das atividades.

O documentário O lado negro do chocolate,

produzido pelo jornalista dinamarquês Miki

Mistrati, afirma que empresas como a Nestlé,

Hershey, Mars, ADM Cocoa, Godiva, Fowler’s

Chocolate e Kraft utilizam matéria-prima vinda

do trabalho infantil.

Em um dos depoimentos, um jovem que

conseguiu fugir das plantações afirma que

"vocês desfrutam de algo que foi feito com o

meu sofrimento. Trabalhei duro para eles, sem

nenhum benefício. Estão a comer a minha

carne".

Confira: https://www.youtube.com/watch?v=v_fMgJ_CDzk

https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2019/04/onu-alerta-sobre-impacto-ambiental-da-

producao-de-cacau Voltar ao Sumário

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Data: 22/04/2019

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FOLHA DE S. PAULO PAINEL

Vídeo com críticas a militares postado no canal

de Bolsonaro e nas redes de Carlos reacende

tensão no Planalto

Queime depois de ver Com ataques a militares e

à nova política, o vídeo postado e depois

apagado do canal de Jair Bolsonaro no YouTube

deve não só elevar a tensão entre membros das

Forças e olavistas como também ampliar a

pressão para limitar o acesso de Carlos, o 02, às

redes do pai. O filme, que registra falas de Olavo

de Carvalho, também pode inflamar a já

insatisfeita bancada do PSL. Ele foi publicado na

página de Bolsonaro sábado (20), divulgado por

Carlos na manhã deste domingo (21) e deletado

às 18h30.

Rastros A pec a foi postada por Carlos Bolsonaro

as 10h40. Por volta das 23h, quando o filme

havia virado notícia, o filho do presidente

escreveu que iniciaria nova fase, “longe de todos

que de perto nada fazem a não ser para si

mesmos”. “Quem sou eu neste monte de gente

estrelada?”, indagou.

Assista ao vídeo que foi deletado do canal de

Bolsonaro:

Só Deus sabe Os militares evitam repercutir as

ofensas de Olavo de Carvalho publicamente, mas

reconhecem que não sabem “onde ele quer

chegar com esse tipo de coisa”.

Palavras ao vento “Com sua mente brilhante e

festejada, ele nunca fez nada além de

proselitismo. Continuamos aguardando o que

[Olavo] vai produzir de concreto pelo Brasil”,

disse um general.

Apertou sem querer O fato de o canal do próprio

presidente ter sido usado para veicular o filme foi

poupado de críticas. O gesto foi relevado sob o

discurso de que Bolsonaro nem sempre concorda

com o que sai em suas contas. Recentemente,

ele disse ter 100% de responsabilidade sobre o

que é divulgado.

Língua afiada No filme, Olavo diz que a última

contribuição das escolas militares foram as obras

de Euclides da Cunha. “Desde então, foi só

cabelo pintado e voz empostada”. Ele diz ainda

que “os milicos” só fizeram “cagada” e

entregaram “o país aos comunistas”.

Memória curta O escritor avalia que os que

ascenderam com Bolsonaro “largaram o povão”.

“Todos querem entrar na elite, não derrubar a

elite. Tudo o que querem é ficar em Brasília,

brilhar e embolsar o dinheiro do governo”.

Melhor rever Autor de requerimento que pede

acesso aos estudos que sustentam a reforma da

Previdência, o senador José Serra (PSDB-SP) diz

que “decretar o sigilo só faz aumentar o

empenho da mídia em obter as informações,

valorizar os vazamentos e maximizar eventuais

interpretações distorcidas”.

Ajude a ajudar “O melhor para o próprio governo

seria abrir todos os cálculos e pareceres que

embasaram sua proposta. Daria mais

argumentos aos que defendem a reforma”,

conclui. A revelação de que os dados estão sob

sigilo foi feita pela Folha neste domingo (21).

Tão só Em público, Salim Mattar, secretário

especial de Desestatização, tenta desfazer a

imagem de que está frustrado com a resistência

de integrantes do governo às privatizações. A

interlocutores, porém, desabafa: para ele, o

número de liberais no primeiro escalão “não

enche uma Kombi”.

Deixa quieto O chanceler Ernesto Araújo atua ao

lado de integrantes da Casa Civil para evitar que

Mário Vilalva, ex-presidente da Apex, fale à

Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Com a cara limpa Senadores que querem a

abertura da chamada CPI da Lava Toga vão

pressionar o presidente do Casa, Davi Alcolumbre

(DEM-AP), a submeter o recurso contra o

arquivamento da investigação à votação aberta.

Muralha Hoje, a chance de a CPI vingar no

Senado é remota. Senadores dizem que há mais

votos contra do que a favor da comissão.

CONTRAPONTO

Não se perde o que nunca se teve

Durante viagem de Rodrigo Maia (DEM-RJ) a

Nova York, há duas semanas, Marcos Pereira

(PRB-SP), o primeiro vice-presidente da Câmara,

assumiu o comando da Casa. Por isso, todas as

prerrogativas a que o democrata tem direito

foram oferecidas ao deputado paulista. Escolta do

Departamento de Polícia Legislativa e

deslocamento em aeronave da Força Aérea

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Data: 22/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Brasileira, por exemplo. Diante da oferta desta

segunda, Pereira saiu-se com um gracejo:

—Não, obrigado. Vou de voo comercial mesmo.

Pior do que a miséria é a miséria depois da

abundância!

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/04/21/

polemico-video-de-olavo-postado-no-canal-de-

bolsonaro-reacende-tensao-com-militares-e-

pode-inflamar-psl/

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Mônica Bergamo: Governo quer criar órgão

para vender ativos apreendidos de

criminosos

Marcus Leoni/Folhapress A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas

(Senad), vinculada ao Ministério da Justiça e

Segurança Pública, quer criar uma agência

nacional de gestão e venda de ativos apreendidos

de traficantes e outros criminosos.

Na Rede

A ideia é formular um site de venda e otimizar os

processos de alienação dos bens apreendidos

judicialmente. A medida quer evitar a

desvalorização do patrimônio.

Casa Cheia

Há, atualmente, cerca de 80 mil bens

apreendidos aguardando leilões públicos na

Senad —20 mil serão leiloados neste semestre.

Povo Fala

A equipe do secretário Luiz Roberto Beggioria

deve apresentar o modelo inicial nas próximas

semanas ao ministro Sergio Moro. A expectativa

é abrir o projeto para consulta pública a partir de

maio.

Intercâmbio

A pasta fez visitas e conversas institucionais para

conhecer experiências de agências de gestão de

ativos na França, Holanda, Itália e países latinos.

Os valores arrecadados serão convertidos em

investimentos públicos.

Viagem

O setor hoteleiro está comemorando a cláusula

que transforma quartos de hotéis em espaços

privativos na revisão da Lei do Turismo, que foi

aprovada na Câmara.

Custo

Com a mudança, os estabelecimentos deixarão

de pagar uma taxa por ponto de televisão que é

cobrada pelo Ecad (Escritório Central de

Arrecadação e Distribuição) —responsável pelos

direitos autorais das músicas.

Desconto

“Em Brasília, por exemplo, os hotéis pagam R$

13 por mês, por aparelho de TV”, afirma Otto

Sarkis, diretor da Hplus Hotelaria. Segundo ele, a

isenção da taxa corresponderia a uma economia

de R$ 300 mil anuais nos cinco hotéis da rede na

capital federal.

Ainda Não

O Ecad afirma que a lei não está em vigor e que

tem o entendimento de que hotéis são locais de

frequência coletiva. “Temos esperança de que a

importância da indústria criativa musical seja

reconhecida.”

Ato de Resistência

Um grupo de 25 lideranças de nove povos

indígenas e comunidades quilombolas e

ribeirinhas protagoniza a campanha

#PovosDaFloresta, que será lançada na terça

(23) pelo Instituto Socioambiental; a entidade

completa 25 anos

Aula

O governo de São Paulo quer customizar cursos

de escolas técnicas (Etecs) e faculdades de

tecnologia (Fatecs) para oferecer a empresas. A

ideia é adequar aulas já existentes nessas

instituições às possíveis demandas do setor

privado.

Ofício

Os cursos serão fornecidos pelo Centro Paula

Souza, que administra as Etecs e Fatecs. Em

contrapartida, as empresas têm que contratar

alunos dessas instituições ou de programas

estaduais de capacitação profissional.

Eu Quero

A proposta compõe o programa Minha Chance,

que será lançado em maio. Segundo a Secretaria

Estadual de Desenvolvimento Econômico, seis

empresas já demonstraram interesse.

Viagem

A obra “Operários”, de Tarsila do Amaral, que

está exposta na mostra “Tarsila Popular”, no

Masp, deve retornar ao Palácio Boa Vista, em

Campos do Jordão, no dia 29 de junho —a

exposição, no entanto, segue até o dia 28 de

julho.

Viagem 2

Isso porque o quadro estará na mostra “À Mesa -

História da Alimentação em São Paulo”, que será

inaugurada no palácio no dia 30 de junho.

Telinha

Filmes como “Era o Hotel Cambridge”, “A Vida

Privada dos Hipopótamos” e “Arábia” são três dos

36 longas brasileiros que serão exibidos no

programa Sala de Cinema.

Data

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A atração, que estreia no dia 1º de maio na TV

Cultura, é uma parceria da Spcine e da emissora

paulista.

Números

O artista Eduardo Kobra vendeu 24 das 31 telas

que estão na exposição “Kobra: Larger Than

Life”, em Miami, nos Estados Unidos. As

comercializações aconteceram na abertura da

mostra, no dia 1º de abril.

Entre Piruetas

A empresária Lucilia Diniz, o presidente do

conselho de administração do Bradesco, Luiz

Carlos Trabuco, e o presidente do Bradesco,

Octavio de Lazari Junior, foram à estreia de

“Ovo”, do Cirque du Soleil, na quinta (18), em

SP. O espetáculo é dirigido pela coreógrafa

Deborah Colker. A atriz Gabriela Duarte, o

fotógrafo, Jairo Goldflus e os filhos do casal,

Frederico e Manuela, também compareceram,

assim como a apresentadora Sabrina Sato e o

chef Erick Jacquin.

Curto-Circuito

O prefeito de Ribeirão Preto, Antônio Duarte

Nogueira Jr., lança o livro “Duarte Nogueira: Vida

e Obra de um Líder”. Nesta segunda (22), as

19h, na Livraria Cultura do Iguatemi.

A 4ª Semana Senac de Literatura debate

mulheres escritoras. Até sábado (27).

A Japan House faz nesta segunda (22) coquetel

de lançamento de duas exposições.

A jornalista Ana Paula Padrão palestra em

seminário do LIDE, no dia 30 de abril, em São

Paulo.

com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria

Azevedo

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/04/governo-quer-criar-orgao-para-

vender-ativos-apreendidos-de-criminosos.shtml

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Ministério da Agricultura pede fim da lista

de animais aquáticos ameaçados

Phillippe Watanabe

O ministério da Agricultura (Mapa) pediu ao

ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a

suspensão da lista de espécies aquáticas

ameaçadas de extinção. A pasta afirma que esse

cadastro de animais em risco gerou “grande

repercussão negativa no setor pesqueiro” e

prejuízos econômicos.

A “Lista Nacional das Espécies da Fauna

Brasileira Ameaçadas de Extinção - Peixes e

Invertebrados Aquáticos”, publicada em 2014,

busca identificar espécies que estejam de alguma

forma em risco e proíbe captura, transporte,

armazenamento, guarda, manejo,

beneficiamento e comercialização dos animais

listados.

Já na versão de 2018 há 410 espécies divididas

em diferentes graus de risco: vulneráveis, em

perigo e criticamente em perigo.

A lista foi feita a partir da avaliação de risco de

extinção de 5.148 espécies, incluindo 100% dos

peixes marinhos e continentais conhecidos em

território brasileiro, coordenada pelo ICMBio

(Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade). Dessas espécies, 475 (9%)

foram classificadas como ameaçadas de extinção,

dos quais 98 são peixes marinhos, 311, peixes

continentais e 66, invertebrados aquáticos.

No documento de pedido de suspensão ao qual a

Folha teve acesso, um dos alvos de crítica da

Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP), parte do

Mapa, é a utilização de metodologias da UICN

(União Internacional para Conservação da

Natureza) para a elaboração da lista de espécies

ameaçadas.

A UICN é uma entidade internacional composta

por governos, agências governamentais e ONGs,

e responsável pela lista vermelha de espécies

ameaçadas, relação respeitada e adotada

internacionalmente.

“O Brasil deve se orientar pelos seus próprios

critérios para definição e adoção das políticas

públicas que afetarão a fauna e a todos os

brasileiros e não por critérios de ONGs

internacionais”, afirma o documento do Mapa que

pede a suspensão da lista nacional.

O pedido, assinado por Jorge Seif Júnior,

secretário de aquicultura e pesca, é considerado

dentro do MMA (Ministério do Meio Ambiente)

uma tentativa de reviver uma série de críticas

antigas à lista de espécies ameaçadas, que há

anos vem sofrendo pressão de organizações

pesqueiras e já passou por duas suspensões

devido a decisões judiciais. A portaria, contudo,

voltou a vigorar no início de 2017.

A indústria pesqueira e o documento da SAP

argumentam que a elaboração da lista não é

responsabilidade exclusiva do MMA e que o Mapa

e entidades do setor deveriam ser ouvidos.

Segundo membros e ex-servidores do MMA, o

então Ministério da Pesca participou do processo,

com presença em grupos de trabalho. Eles

também afirmam que a lista tem um caráter

científico de definição de grau de risco de

extinção.

A nota técnica da SAP também critica o descarte

de peixes ameaçados capturados incidentalmente

e afirma que a lista contribui para o desperdício

de alimentos. “Por fim, ressalta-se que somos

favoráveis à conservação ambiental, porém, de

forma sustentável econômica, social e

biologicamente. Pois, entendemos que

simplesmente preservar espécies marinhas sem

pensar na abordagem ecossistêmica não traz

efetividade nem ao recurso pesqueiro nem ao

bem-estar humano dos que sobrevivem da

atividade de pesca no país.”

Especialistas e membros atuais e ex-servidores

do MMA ouvidos pela reportagem afirmam que as

críticas não têm fundamentação técnica.

Segundo Fabio Motta, pesquisador do laboratório

de ecologia e conservação marinha da Unifesp

(Universidade Federal de São Paulo), as

avaliações para criação da lista reúnem

especialistas de todo o país para construir um

panorama da situação das espécies a partir dos

melhores dados disponíveis naquele momento.

A análise de risco de extinção de animais

marinhos leva em consideração dados como

declínio populacional da espécie ao longo do

tempo e diminuição da distribuição geográfica

pelo país, diz Motta.

“A lista é muito importante”, diz Anna Carolina

Lobo, coordenadora do programa mata atlântica

e marinho da WWF-Brasil. “Trata-se do principal

documento oficial e único com os dados mais

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Grupo de Comunicação e Marketing

atuais do estado de saúde das populações de

peixes e demais invertebrados.”

Um dos pontos limitantes nessa análise é a

qualidade dos dados disponíveis. Segundo

pesquisadores, há dados mais fiéis à realidade

para apenas algumas espécies e algumas regiões

do país, como estado de São Paulo, e, ao mesmo

tempo, existe um vácuo de informações

estatísticas oficiais.

“Um pano de fundo importante para essa história

é que o Brasil parou de fazer o monitoramento

dos estoques em 2008 e publicou seu último

relatório sobre o tema em 2011”, diz Lobo.

Na opinião de Motta, a gestão pesqueira não vem

sendo levada a sério. “A gestão abrange a

produção, deve levar em conta a qualidade do

pescado e a qualidade de vida dos pescadores

artesanais. O problema de gestão não é resolvido

atacando uma avaliação de espécies ameaçadas

e aumentando o esforço de pesca para aumentar

a produtividade.”

Ele afirma que a comunidade científica é sensível

ao modo de vida de pescadores artesanais ao

mesmo tempo em que busca garantir a proteção

e uso sustentável de espécies aquáticas. Além

disso, as regras para a possibilidade de

exploração de espécies aquáticas têm sido

ampliadas. A proibição de captura com base na

lista de 2014 para peixes como o budião-azul e o

pargo só entrou em vigor no passado, após

adiamentos de vigência da norma.

O MMA, em portaria publicada em 2018, também

citou a possibilidade de manejo sustentável para

as espécies constantes na lista oficial, desde que

o uso seja regulamentado e reconhecido como

possível pela pasta, pelo Ibama e pelo ICMBio e

por especialistas.

“A indústria pesqueira já está impactada, o

desenvolvimento econômico também já está

impactado, e não é por conta de medidas de

salvaguarda ambientais, mas pela

superexploração desenfreada. A situação de

estoques de maior valor comercial ameaçados

não é só aqui no Brasil, é no mundo inteiro”, diz

Lobo.

Segundo a especialista, a lista não ameaça o

desenvolvimento econômico. “Precisa dar um

tempo para as populações de peixes. Passamos

nos últimos anos por grandes crises dos

principais estoques pesqueiros do país. A

recuperação desses estoques é uma medida

extremamente importante que pode ajudar a

indústria pesqueira.”

A Folha pediu ao Mapa um posicionamento sobre

a nota técnica enviada ao MMA mas até a

publicação dessa reportagem não teve resposta.

O MMA também foi procurado, mas não

respondeu.

Citando a reportagem da Folha, Seif Júnior,

secretário de aquicultura e pesca, voltou a

criticar, em suas redes sociais, a lista de espécies

aquáticas ameaçadas.

"A Portaria 445 tem diversas controvérsias... não

foi discutida com setor (como seria previsto pelo

decreto de compartilhamento de gestão), foi

publicada às pressas no apagar das luzes de ex-

ministros, foi criticada a forma integral da

publicação sem considerar regionalidades, nem

aspectos sócio-econômicos/ambientais nem

culturais", diz o secretário. "Por fim foi baseada

em estatísticas indisponíveis de audição. Passou

da hora de abrir essa caixa de Pandora e sentar

na mesa com os protagonistas dos setores."

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

4/ministerio-da-agricultura-pede-fim-da-lista-de-

animais-aquaticos-ameacados.shtml

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Decisões políticas do governo sobre preço

afastam investidores, dizem especialistas

Everton Lopes Batista

A intervenção do governo sobre o preço dos

combustíveis, baseada em questões políticas, é

nociva para esse mercado e afasta investidores

que poderiam atuar no país trazendo inovação na

produção e melhorias de infraestrutura.

“Segurança jurídica é essencial para atração e

manutenção de investimentos. É o princípio da

precaução: não arriscar sem saber o que vai

acontecer mais a frente”, afirmou Alexandre

Santos de Aragão, professor de direito

administrativo da Universidade do Estado do Rio

de Janeiro (Uerj), durante o seminário

Oportunidades e Desafios no Mercado de

Combustíveis do Brasil, realizado pela Folha com

o patrocínio da Plural, na terça-feira (16), em

São Paulo.

No dia 11 deste mês, o presidente Jair Bolsonaro

impediu o aumento médio de 5,7% no preço do

diesel. Com medo de uma nova paralisação dos

caminhoneiros, Bolsonaro ordenou ao presidente

da Petrobras, Roberto Castello Branco, que

revogasse o aumento horas depois da sua

divulgação. Com a intervenção, a estatal perdeu

R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.

Segundo André Pinto, sócio do BCG (Boston

Consulting Group), embora a Petrobras diga que

não, o mercado enxerga algum risco após o

evento da semana passada.

“Não é admissível a fixação de política pública

num impulso, por telefonema, após um jantar ou

reunião. As mudanças devem ser previsíveis e

garantidoras de investimentos, feitas com base

em estudos e análises de impacto. Como é hoje,

não é política pública, é um estado caótico de

ingestão”, afirmou Aragão.

Intervenções assim podem inibir a importação e

diminuir a competição no mercado, segundo

Vinícius Marques de Carvalho, professor de

direito na USP e ex-presidente do Cade

(Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

“Se você quer entrar no mercado brasileiro,

sabendo que tem um ente dominante, a

Petrobras, e que o preço que ela pratica será

definido politicamente, você não fará

investimentos. A política precisa estar muito

clara”, afirmou.

Mudanças repentinas no preço frustram

especialmente os importadores, lembrou Pinto,

do BCG. “Um importador que tenha comprado

uma carga pensando em um determinado preço

dentro do Brasil fica surpreendido com um preço

diferente. Isso pode inviabilizar ou por em risco

uma importação que estivesse a caminho ou

prevista em curto prazo”, disse.

Para Caio Megale, secretário de Desenvolvimento

da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, do

ministério da Economia, o custo do combustível

não pode ser tratado de forma artificial, mas

estrutural, para que “oferta e demanda

determinem preços e eficiência do mercado”.

O cenário atual, considerado rígido e regulado

pelo próprio setor, teria sido fruto de políticas

insustentáveis formuladas por governos

anteriores, segundo Megale.

Em entrevista na terça-feira (16), o ministro da

Economia, Paulo Guedes, disse que, ao interferir

no preço do diesel na semana passada, o

presidente estava preocupado com a dimensão

política, e não a econômica. “Não queremos ser

um governo que manipula politicamente os

preços”, disse.

O setor recebeu a fala do ministro com ânimo.

“Qualquer intervenção nesse mercado prejudica e

deixa marcas. Precisamos nos desprender do

passado de monopólio e intervenção, e o melhor

é deixar o mercado funcionar por suas próprias

leis”, afirmou Leonardo Gadotti, presidente da

Plural.

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/decisoes-politicas-do-governo-sobre-

preco-afastam-investidores-dizem-

especialistas.shtml

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Indústria de liminares mantém devedores

contumazes na ativa

Bianka Vieira

Se as ofertas em um posto de combustível forem

surpreendentemente atraentes, desconfie: a

chance de o dono do local sonegar impostos é

alta.

“Nosso setor é o único que escreve numa faixa

‘eu sou bandido’. Quando alguém coloca um valor

de R$ 2,40, e o custo é de R$ 2,48, tem algo

errado. A conta não fecha”, alertou José Alberto

Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro,

sindicato que representa os 2 mil postos de

gasolina da cidade de São Paulo.

A afirmação foi feita no seminário Oportunidades

e Desafios no Mercado de Combustíveis do Brasil,

realizado pela Folha nesta terça-feira (16), em

São Paulo, com patrocínio da Plural (associação

nacional de distribuidoras de combustíveis).

A fala de Gouveia se refere ao não-pagamento de

ICMS em combustíveis. Segundo pesquisa de

2017 da FGV, R$ 4,8 bilhões são sonegados

anualmente no setor.

O ato ilícito conta no Brasil com uma indústria de

liminares que permite a sobrevivência de

devedores contumazes, aqueles que se

organizam para nunca pagar tributos.

São enquadradas na categoria empresas que

declaram o que devem, mas não recolhem os

impostos. Quando descobertas, graças a ações

na Justiça, conseguem continuar operando sem

sofrer punições por um prazo que pode ser longo.

A argumentação, muitas vezes, não corresponde

à realidade, e devedores recorrentes são

contemplados com benefícios cabíveis a

devedores comuns. “Nesse meio tempo, essas

empresas podem fazer um estrago no mercado”,

afirmou Hugo Funaro, sócio do Dias de Souza

Advogados Associados, ao mencionar uma

vantagem concorrencial indevida.

Quando instadas a pagar o tributo, muitas

empresas se valem de súmulas do Supremo

Tribunal Federal que defendem a cobrança pela

via judicial, e não por medida administrativa de

um estado.

“É preciso ser claro ao separar os devedores

normais, ainda que grandes, dos contumazes. As

leis estaduais, muitas vezes, não fazem essa

separação nitidamente”, disse o advogado.

Tramita no Senado, desde 2017, projeto de lei

que visa unificar punições em nível nacional. O

projeto propõe a suspensão ou cancelamento da

empresa devedora no cadastro de contribuintes.

“Este projeto é fundamental para o combate de

práticas perversas”, disse Edson Vismona,

presidente do Instituto Brasileiro de Ética

Concorrencial (ETCO).

Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e

atual secretário de Estado da Fazenda e

Planejamento de São Paulo, anunciou estar em

andamento projeto que pretende divulgar os

nomes das empresas que recorrem a liminares.

Em São Paulo, é considerada devedora contumaz

a empresa que, ao longo de 12 meses, não

pagou impostos em pelo menos seis. Ela passa a

ser submetida a um regime especial de

fiscalização, no qual perde o direito a benefícios

fiscais.

Há conhecimento de, ao menos, 16 mil

enquadradas na categoria.

“Precisamos ter todos os pareceres certos para

fazer essa divulgação”, disse Meirelles. Não há

data para o início da ação.

Prefeitura de SP e Ministério da Economia

presentes

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, abriu o

seminário, anunciando para 2020 um plano de

ação climática. Em seguida, oito especialistas

debateram competitividade, investimentos e

simplificação tributária no setor de combustíveis.

O encerramento ficou a cargo de Caio Megale,

secretário de Desenvolvimento da Indústria,

Comércio, Serviços e Inovação do ministério da

Economia.

O seminário, realizado na sede do jornal, contou

com a mediação do jornalista Nicola Pamplona.

Colaborou Laura Castanho

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/industria-de-liminares-mantem-

devedores-contumazes-na-ativa.shtml

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Grupo de Comunicação e Marketing

Verticalização e redução de barreiras devem

flexibilizar o mercado de combustíveis, diz

representante do ministério da Economia

Natan Novelli Tu

O estímulo para maior produtividade e

competitividade do mercado de combustíveis

surgirá de políticas que busquem a flexibilidade

do setor. Para isso, colaborariam medidas como

a verticalização, que autorizaria uma mesma

empresa a atuar em mais de uma frente (como

refino, distribuição ou transporte), a permissão

para que uma usina possa vender direto aos

postos de gasolina e a redução de barreiras do

mercado, que deverão acompanhar as agendas

de reformas macro, como a previdenciária e

tributária.

A avaliação foi feita por Caio Megale, secretário

de Desenvolvimento da Indústria, Comércio,

Serviços e Inovação, pasta que compõe o

ministério da Economia, durante o seminário

Oportunidades no Mercado de Combustíveis do

Brasil, realizado pela Folha com patrocínio da

Plural (que representa as distribuidoras de

combustíveis). Megale afirma que essas políticas

poderão tornar o custo da energia mais realista,

uma das principais preocupações da indústria

brasileira.

“[Esse custo] também não pode ser tratado de

forma artificial, mas estrutural, para que as

forças de oferta e demanda determinem os

preços e a eficiência do mercado.” O secretário

diz que políticas insustentáveis de governos

passados trouxeram recessões e paralisações à

economia, culminando no cenário atual, que seria

regulado e rígido.

“A liberalização do mercado traz sustentabilidade

tanto para quem vende, quanto para o

consumidor final.”

O secretário ainda diz que o mercado de

combustíveis no ano passado foi bastante volátil

internacionalmente, devido aos efeitos dos pólos

de abastecimento do Catar, Rússia e Opep,

quanto da desaceleração da economia global.

Ele, no entanto, avalia uma recuperação gradual

da economia e do consumo. “Mas, como ela é

ainda gradual, é uma tendência não muito forte

no curto prazo.” Um setor que pode contribuir

para essa melhora é o de biocombustíveis que,

apesar dos desafios herdados de anos anteriores,

terá uma safra que tende a ser melhor que a de

2018.

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/verticalizacao-e-reducao-de-barreiras-

devem-flexibilizar-o-mercado-de-combustiveis-

diz-representante-do-ministerio-da-

economia.shtml

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Grupo de Comunicação e Marketing

Crescimento no setor de combustíveis

depende de mais concorrência e menos

tributos, diz estudo

Everton Lopes Batista

Um mercado mais competitivo, com o surgimento

de mais empresas para refino de petróleo no

país, e a uniformização do ICMS em todo o Brasil

poderiam turbinar o setor de combustíveis, que

precisa atrair cerca de R$ 82 bilhões em

investimentos até 2030 para comportar o

crescimento econômico esperado.

A conclusão é do estudo “Agenda para a

Competitividade da Cadeia de Combustíveis no

Brasil”, realizado pelo Boston Consulting Group

(BCG), encomendado pela Plural (Associação

Nacional das Distribuidoras de Combustíveis,

Lubrificantes, Logística e Conveniência).

No Brasil, a concentração de mercado no refino

do petróleo é considerada acima do normal, com

80% da área nas mãos da Petrobras, de acordo

com o relatório. O aumento da competição

alinharia os preços com os do mercado

internacional, beneficiando o consumidor final,

segundo Leonardo Gadotti, presidente-executivo

da Plural. Para ele, o anúncio recente da

Petrobras de que pretende vender algumas de

suas refinarias é positivo e deve tornar o setor

mais aberto.

Transformar o ICMS em um imposto uniforme

para todo território nacional, ação que que criaria

maior estabilidade no preço final e tem potencial

para desestimular fraudes, também é apontada

como meio para estimular e trazer mais

investimentos para o mercado, diz o estudo.

O volume de combustível adulterado pode chegar

a 19% hoje no país, segundo estimativa do BCG

com base em dados da Fundação Getulio Vargas

e da ANP (Agência Nacional do Petróleo). O

combate a práticas ilícitas precisaria ser

intensificado para que o setor possa evoluir,

segundo Gadotti.

O estudo estabelece um modelo de transição

necessário para um futuro próspero desse

mercado no país. No curto prazo, seriam

necessários a consolidação da prática de preços

internacionais nas refinarias, o aumento da

fiscalização e a implantação de melhorias

logísticas.

A atração de investimentos, novas empresas

para o refino e a uniformização tributária são

ações previstas para o médio prazo. A remoção

de barreiras regulatórias estaria no último

estágio da transição.

A associação Plural representa nacionalmente 16

empresas distribuidoras de combustíveis. Juntos,

os associados representam cerca de 80% desse

mercado no país.

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/03/crescimento-no-setor-de-combustiveis-

depende-de-mais-concorrencia-e-menos-

tributos-diz-estudo.shtml

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Data: 22/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Complexidade tributária para combustíveis

incentiva sonegação, afirma Henrique

Meirelles

Bianka Vieira

Falar em maior eficiência e racionalidade

tributária no setor dos combustíveis exige, do

Estado, ações que prezem pela justa

concorrência no mercado. Nesse sentido, é

imprescindível combater práticas de sonegação

de impostos.

A prática de desvio de ICMS tem grande peso no

setor e fica evidente em promoções com preços

impressionantes, de acordo com José Alberto

Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro,

sindicato responsável pelos postos de gasolina da

cidade de São Paulo.

“Nosso setor é o único que escreve numa faixa

'eu sou bandido'. Ele vai lá e coloca um valor de

R$ 2,40, quando nosso custo é de R$ 2,48. Como

fechar a conta assim?”, disse Gouveia.

A situação descrita pelo participante do seminário

Oportunidades e Desafios no Mercado de

Combustíveis do Brasil, realizado pela Folha, com

patrocínio da Plural (associação nacional de

distribuidoras de combustíveis), nesta terça-feira

(16), em São Paulo, é típica daquele que é

conhecido como devedor contumaz.

“Ele declara os tributos que deve e não recolhe,

porque entende que, declarado, não há questões

criminais”, afirmou Hugo Funaro, sócio do Dias

de Souza Advogados Associados, ao citar

empresas que, como uma forma de planejamento

financeiro, desenvolve estratégias sistemáticas

para não pagarem tributos.

É por isso que o setor clama por fiscalização,

defendeu Edson Vismona, presidente do Instituto

Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO). “O

devedor contumaz tem uma vantagem

concorrencial brutal fundada na criminalidade.”

Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e

atual secretário de Estado da Fazenda e

Planejamento de São Paulo, afirmou que a

complexidade tributária, além de incentivar a

sonegação, não traz maior arrecadação.

“No momento em que aumentamos a eficiência

arrecadatória, companhias passam a deixar de

ter um prejuízo competitivo”, afirmou Meirelles

ao dizer que o combate a distorções competitivas

poderia, inclusive, permitir uma redução de

alíquota do ICMS sobre os combustíveis.

Num momento de crise fiscal em que há busca

por receita, no entanto, debater uma proposta de

reforma tributária para o ICMS pode não ser

tarefa assim tão simples. “Das últimas reformas

que ocorreram, todos sabemos que as propostas

morreram quando chegaram no ICMS. É um

poder político com o qual governadores podem

dosar suas alíquotas”, afirmou Funaro.

Meirelles reafirmou a postura contrária do estado

de São Paulo à guerra fiscal, mas disse que não

basta vê-la acontecer sem dar uma resposta.

“Precisamos ter uma igualdade [entre os

estados]. Somos favoráveis a criar a mesma

alíquota de ICMS para todos”, disse.

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/complexidade-tributaria-para-

combustiveis-incentiva-sonegacao-afirma-

henrique-meirelles.shtml

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Grupo de Comunicação e Marketing

Multinacionais apostam no mercado de

distribuição no Brasil

Nicola Pamplona

Cerca de uma década após a saída de gigantes

mundiais, o mercado de distribuição de

combustíveis passa por nova onda de investimento estrangeiro no Brasil.

Para especialistas, o movimento pode criar um

pelotão de empresas médias. Mas ainda há

obstáculos, como confusão tributária, monopólio

no refino e intervenção estatal.

Em 2018, quatro grandes companhias

compraram participação em distribuidoras

regionais, em um mercado dominado hoje por

três grandes —BR, Ipiranga e Raízen, que opera com a marca Shell.

“O Brasil é o mercado da América Latina, tanto

pela escala continental quanto pelo potencial de

crescimento”, afirma Fulvius Tomelin, presidente

da distribuidora Ale, cujo controle foi adquirido pela suíça Glencore.

“Acho que as empresas estão olhando para um

país com muito potencial e que vai demorar um

pouco para assimilar novas tecnologias, como o

carro elétrico”, complementa Roberto Tonietto,

presidente da Rodoil, que tem metade de seu capital nas mãos da Vitol, também suíça.

A chinesa Petrochina e a francesa Total

aportaram no mercado com a aquisição da

pernambucana TT Work e da mineira Zema,

respectivamente. Excluindo a Ale, são empresas de pequeno porte.

A Rodoil comprou uma concorrente em 2018 e

mira postos de bandeira branca para se

consolidar no Sul. A empresa tem cerca de 400 postos.

A Ale conseguiu 41 novos postos em 2019 e deve

ampliar em mais de 10% sua rede de cerca de

1.500 postos neste ano. Para isso, prevê investir R$ 167 milhões.

Por restrições concorrenciais, BR, Ipiranga e

Raízen têm dificuldades para aquisições, o que

abre oportunidade para companhias de menor

porte.

O consultor Luiz Henrique Sanches vê obstáculos

para a expansão das menores. Ele cita a política

de cotas para a compra de combustíveis em

refinarias da Petrobras, que limita aumentos

repentinos nas vendas.

Executivos criticam o monopólio do refino, a

complexidade tributária —que facilita a

sonegação— e a instabilidade nas regras, como a

intervenção federal nos preços.

Glencore e Vitol são fornecedores globais de

combustíveis, mas, com os preços represados no

Brasil, veem poucas oportunidades para suprir suas distribuidoras.

Incertezas regulatórias, alta sonegação e

adulteração de produtos levaram à saída de grandes multinacionais nos anos 2000/2010.

Em 2004, a italiana Eni vendeu a rede de postos

Agip à Petrobras. Depois, as americanas Chevron

e Exxon —que operavam com as marcas Texaco

e Esso— também deixaram o país.

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/multinacionais-apostam-no-mercado-de-

distribuicao-no-brasil.shtml

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Grupo de Comunicação e Marketing

Gás natural veicular atinge o maior preço

desde o início de série histórica

Nicola Pamplona

O preço do gás natural veicular atingiu neste ano

o maior patamar da série histórica de preços

divulgada pela ANP (Agência Nacional do

Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), iniciada em 2004.

Na semana passada, o metro cúbico do GNV foi

vendido no país a R$ 3,18, R$ 0,06 acima do pico

histórico atingido no início de 2009 (em valores

corrigidos pela inflação). Àquela época, o país enfrentava escassez do produto.

O recorde de 2009 foi ultrapassado em fevereiro,

após reajuste no preço do combustível na área

de concessão da Comgás, que abastece a região metropolitana de São Paulo.

No dia 1º daquele mês, o governo de São

Paulo reajustou o preço do produto em 40%,

reforçando um ciclo de alta nas bombas que se iniciou no segundo semestre de 2018.

O aumento do GNV ocorreu em um momento de

queda dos outros combustíveis automotivos, que

tiveram picos entre o segundo e o terceiro

trimestres de 2018, chegando a motivar a greve dos caminhoneiros, no final de maio.

O efeito retardado é explicado pela política de

preços para o GNV, que segue os preços de

venda do gás natural, reajustados pela Petrobras

a cada três meses com base nas cotações de trimestres anteriores.

“A alta que a gasolina já sofreu, o gás natural

sofre agora”, diz o diretor da Abegás (Associação

Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás

Canalizado), Marcelo Mendonça.

Ele acrescenta que o impacto da escalada das

cotações do petróleo se deu sobre um valor superior aos praticados pela Petrobras até 2016.

Em 2017, a estatal aceitou reduzir os volumes

contratados pelas empresas, que sofriam com

queda nas vendas, mas elevou o preço do produto.

A situação atual é diferente da ocorrida em 2008

e 2009, quando a escassez do produto levou o

governo a privilegiar o uso para a geração de

energia, retirando os incentivos a outros tipos de consumo.

No fim de 2007, a então ministra de Minas e

Energia, Dilma Rousseff, determinou que

térmicas e empresas deveriam ter prioridade em

relação ao consumo automotivo. “Parar de

incentivar o gás natural veicular não tem o

menor problema”, afirmou.

A mudança de direcionamento ocorreu após anos

de incentivos à conversão de veículos ao gás

natural e abalou a confiança de motoristas que

realizaram investimentos para instalar kits para

usar o GNV em seus veículos.

O consumo de GNV no país caiu por sete anos

seguidos (entre 2008 e 2015), passando de 6,63

milhões de metros cúbicos por dia para 4,82 milhões, queda de 27,3%.

A partir de 2015, com a alta da gasolina, o

produto voltou a ser visto como alternativa, e as vendas voltaram a crescer.

Agora, a oferta de gás no país é suficiente para

atender a demanda. De acordo com dados do

MME (Ministério de Minas e Energia), em 2018 o

Brasil importou uma média de 22,1 milhões de

metros cúbicos por dia da Bolívia, quase 10 milhões a menos do que a capacidade total.

A importação de gás liquefeito, feita por meio de

navios, também ficou abaixo do potencial: foram

6,92 milhões de metros cúbicos por dia em

média no ano, contra uma capacidade total de 21 milhões de metros cúbicos por dia.

Principais consumidores de GNV, taxistas e

motoristas de aplicativos têm buscado

alternativas para lidar com o aumento de custos.

“A gente não tem como repassar, já que é o

aplicativo que cobra”, diz Marcio Luiz Hucs, 63,

que trabalha como motorista de aplicativo há 20

meses. Ele calcula que, desde que começou na função, seu custo com combustível subiu 50%.

Para manter a margem de lucro, conta, tem

optado por trabalhar à noite, para evitar longos

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períodos parado no trânsito, e passou a evitar

rodar sem passageiro, preferindo esperar as

chamadas parado. “À noite rende mais. Se

pegamos uma corrida longa, o trajeto é mais rápido”, diz ele.

Taxista há cinco anos, Francisco Carlos, 56, diz

que passou a trabalhar em média duas horas a

mais por dia para conseguir levar o mesmo

ganho para casa.

“Não tenho nem ido malhar. É trabalhar,

trabalhar e trabalhar...”, reclama o taxista. Ele

acrescenta que o calor que tem feito piora a

situação. “Quando não está muito quente, a

gente ainda economiza com o ar condicionado,

mas agora não dá. O problema é que não tenho

como parar de abastecer. Mas, se todo mundo

parasse, aposto que o preço cairia”, propõe.

Com o aumento previsto na produção do pré-sal,

o governo vem analisando medidas para ampliar

a competição e incentivar novos usos para o combustível.

Na última semana de março, a ANP sugeriu

medidas para reduzir o monopólio estatal no

transporte e na distribuição, como acesso de

terceiros a instalações da Petrobras e a obrigação

de que a empresa se desfaça gradativamente de

contratos de venda.

Em nota, a Petrobras diz que o preço do gás

natural é estabelecido por contratos de longo

prazo e atualizado pela taxa de câmbio, de

acordo com fórmulas ligadas ao preço

internacional de combustíveis, e que por isso a

companhia acompanha as cotações internacionais do petróleo.

“A Petrobras não tem qualquer ingerência sobre

os reajustes a serem praticados, que seguem

obrigatoriamente os indexadores predefinidos,

seja para aumento, seja para redução de preços”, informou, em nota, a companhia.

Ela acrescentou que o valor pago pelo

consumidor sofre interferência também de

regulações estaduais sobre a distribuição de gás canalizado e de margens de lucro dos postos.

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/gas-natural-veicular-atinge-o-maior-

preco-desde-o-inicio-de-serie-historica.shtml

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Indústria de liminares mantém devedores

contumazes na ativa

Bianka Vieira

Se as ofertas em um posto de combustível forem

surpreendentemente atraentes, desconfie: a

chance de o dono do local sonegar impostos é

alta.

“Nosso setor é o único que escreve numa faixa

‘eu sou bandido’. Quando alguém coloca um valor

de R$ 2,40, e o custo é de R$ 2,48, tem algo

errado. A conta não fecha”, alertou José Alberto

Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro,

sindicato que representa os 2 mil postos de gasolina da cidade de São Paulo.

A afirmação foi feita no seminário Oportunidades

e Desafios no Mercado de Combustíveis do Brasil,

realizado pela Folha nesta terça-feira (16), em

São Paulo, com patrocínio da Plural (associação nacional de distribuidoras de combustíveis).

A fala de Gouveia se refere ao não-pagamento de

ICMS em combustíveis. Segundo pesquisa de

2017 da FGV, R$ 4,8 bilhões são sonegados anualmente no setor.

O ato ilícito conta no Brasil com uma indústria de

liminares que permite a sobrevivência de

devedores contumazes, aqueles que se organizam para nunca pagar tributos.

São enquadradas na categoria empresas que

declaram o que devem, mas não recolhem os

impostos. Quando descobertas, graças a ações

na Justiça, conseguem continuar operando sem sofrer punições por um prazo que pode ser longo.

A argumentação, muitas vezes, não corresponde

à realidade, e devedores recorrentes são

contemplados com benefícios cabíveis a

devedores comuns. “Nesse meio tempo, essas

empresas podem fazer um estrago no mercado”,

afirmou Hugo Funaro, sócio do Dias de Souza

Advogados Associados, ao mencionar uma vantagem concorrencial indevida.

Quando instadas a pagar o tributo, muitas

empresas se valem de súmulas do Supremo

Tribunal Federal que defendem a cobrança pela

via judicial, e não por medida administrativa de um estado.

“É preciso ser claro ao separar os devedores

normais, ainda que grandes, dos contumazes. As

leis estaduais, muitas vezes, não fazem essa separação nitidamente”, disse o advogado.

Tramita no Senado, desde 2017, projeto de lei

que visa unificar punições em nível nacional. O

projeto propõe a suspensão ou cancelamento da

empresa devedora no cadastro de contribuintes.

“Este projeto é fundamental para o combate de

práticas perversas”, disse Edson Vismona,

presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO).

Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e

atual secretário de Estado da Fazenda e

Planejamento de São Paulo, anunciou estar em

andamento projeto que pretende divulgar os

nomes das empresas que recorrem a liminares.

Em São Paulo, é considerada devedora contumaz

a empresa que, ao longo de 12 meses, não

pagou impostos em pelo menos seis. Ela passa a

ser submetida a um regime especial de

fiscalização, no qual perde o direito a benefícios fiscais.

Há conhecimento de, ao menos, 16 mil enquadradas na categoria.

“Precisamos ter todos os pareceres certos para

fazer essa divulgação”, disse Meirelles. Não há

data para o início da ação.

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/industria-de-liminares-mantem-

devedores-contumazes-na-ativa.shtml

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Decisões políticas do governo sobre preço

afastam investidores, dizem especialistas

Everton Lopes Batista

A intervenção do governo sobre o preço dos

combustíveis, baseada em questões políticas, é

nociva para esse mercado e afasta investidores

que poderiam atuar no país trazendo inovação na

produção e melhorias de infraestrutura.

“Segurança jurídica é essencial para atração e

manutenção de investimentos. É o princípio da

precaução: não arriscar sem saber o que vai

acontecer mais a frente”, afirmou Alexandre

Santos de Aragão, professor de direito

administrativo da Universidade do Estado do Rio

de Janeiro (Uerj), durante o seminário

Oportunidades e Desafios no Mercado de

Combustíveis do Brasil, realizado pela Folha com

o patrocínio da Plural, na terça-feira (16), em

São Paulo.

No dia 11 deste mês, o presidente Jair Bolsonaro

impediu o aumento médio de 5,7% no preço do

diesel. Com medo de uma nova paralisação dos

caminhoneiros, Bolsonaro ordenou ao presidente

da Petrobras, Roberto Castello Branco, que

revogasse o aumento horas depois da sua

divulgação. Com a intervenção, a estatal perdeu

R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.

Segundo André Pinto, sócio do BCG (Boston

Consulting Group), embora a Petrobras diga que

não, o mercado enxerga algum risco após o

evento da semana passada.

“Não é admissível a fixação de política pública

num impulso, por telefonema, após um jantar ou

reunião. As mudanças devem ser previsíveis e

garantidoras de investimentos, feitas com base

em estudos e análises de impacto. Como é hoje,

não é política pública, é um estado caótico de

ingestão”, afirmou Aragão.

Intervenções assim podem inibir a importação e

diminuir a competição no mercado, segundo

Vinícius Marques de Carvalho, professor de

direito na USP e ex-presidente do Cade

(Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

“Se você quer entrar no mercado brasileiro,

sabendo que tem um ente dominante, a

Petrobras, e que o preço que ela pratica será

definido politicamente, você não fará

investimentos. A política precisa estar muito

clara”, afirmou.

Mudanças repentinas no preço frustram

especialmente os importadores, lembrou Pinto,

do BCG. “Um importador que tenha comprado

uma carga pensando em um determinado preço

dentro do Brasil fica surpreendido com um preço

diferente. Isso pode inviabilizar ou por em risco

uma importação que estivesse a caminho ou

prevista em curto prazo”, disse.

Para Caio Megale, secretário de Desenvolvimento

da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação, do

ministério da Economia, o custo do combustível

não pode ser tratado de forma artificial, mas

estrutural, para que “oferta e demanda

determinem preços e eficiência do mercado”.

O cenário atual, considerado rígido e regulado

pelo próprio setor, teria sido fruto de políticas

insustentáveis formuladas por governos

anteriores, segundo Megale.

Em entrevista na terça-feira (16), o ministro da

Economia, Paulo Guedes, disse que, ao interferir

no preço do diesel na semana passada, o

presidente estava preocupado com a dimensão

política, e não a econômica. “Não queremos ser

um governo que manipula politicamente os

preços”, disse.

O setor recebeu a fala do ministro com ânimo.

“Qualquer intervenção nesse mercado prejudica e

deixa marcas. Precisamos nos desprender do

passado de monopólio e intervenção, e o melhor

é deixar o mercado funcionar por suas próprias

leis”, afirmou Leonardo Gadotti, presidente da

Plural.

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/decisoes-politicas-do-governo-sobre-

preco-afastam-investidores-dizem-

especialistas.shtml

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Expansão do etanol depende de logística e

menos imposto

Marcelo Toledo

O representante comercial Adalberto Cardoso

levou um susto ao parar num posto de

combustíveis em Boa Vista (RR) para abastecer o

veículo alugado.

Pediu ao frentista para encher o tanque com

etanol mas ouviu um “tem certeza?” por parte do

funcionário.

Ao ver o preço na bomba, optou pela gasolina.

“Não sabia que a diferença entre álcool e

gasolina era tão pequena, estou acostumado com

São Paulo”, disse ele, que estava a trabalho em

Roraima.

O preço do etanol não é competitivo na maioria

dos estados devido a barreiras quase

intransponíveis para o combustível derivado da

cana-de-açúcar, largamente consumido no

Sudeste.

Questões tributárias, logísticas e agrícolas

impedem o avanço do etanol para outras regiões

e limitam a maior parte da demanda a cinco

estados –São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná

e Mato Grosso–, que respondem por 85% das

vendas.

Alíquotas de ICMS (Imposto sobre a Circulação

de Mercadorias e Serviços) mais vantajosas para

o etanol em relação à gasolina impulsionam

esses mercados.

Além disso, em outras regiões, os custos de

distribuição do etanol são mais altos, a maioria

dos estados não são fortes produtores de cana e,

em alguns casos, a frota de veículos flex é

pequena, gerando baixa demanda.

Roraima é o caso exemplar na questão da

paridade de preços. Segundo dados da ANP

(Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis), um litro de etanol custou em

média 92,43% do valor da gasolina no estado em

março. É a menor diferença no país.

O combustível é vantajoso se seu preço for de

até 73% do valor da gasolina, segundo a Unica

(União da Indústria de Cana-de-Açúcar) –antes,

falava-se em 70%. No mês passado, segundo a

ANP, só 3 dos 13 postos vendiam etanol na

capital roraimense, com preços de R$ 3,59 a R$

3,79. A gasolina tinha preços entre R$ 3,90 e R$

3,99.

“Cinco estados concentram 85% do mercado.

Isso ocorre porque as políticas tributárias do

ICMS desses estados são favoráveis ao etanol”,

afirmou o diretor técnico da Unica, Antonio de

Padua Rodrigues.

Em São Paulo, o ICMS da gasolina é de 25%,

ante os 12% do etanol. Em Minas Gerais, os

índices são de 29% e 14%, respectivamente. Os

índices de Goiás, Paraná e Mato Grosso também

são favoráveis ao etanol.

Nos outros estados, a tributação sobre o etanol é

a mesma da gasolina ou os percentuais não têm

tanta disparidade entre si.

“O fato de estados do Norte não serem

produtores de cana atrapalha muito, pois ficam

dependentes do Nordeste ou de Mato Grosso. E

há casos em que o hidratado e o anidro chegam

de barco, depois de enfrentarem trechos

rodoviários”, disse Ivelise Rasera Bragato,

pesquisadora do Cepea (Centro de Estudos

Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-

USP.

Hidratado é o etanol utilizado diretamente no

abastecimento dos veículos. Já o anidro é

misturado à gasolina antes da comercialização.

Além de Roraima, em outros 11 estados –quatro

do Norte, mais outros como Rio Grande do Sul e

Mato Grosso do Sul–, o etanol custou mais de

80% do valor da gasolina em março.

Para o diretor da Unica, ainda que fosse

aumentada a oferta em alguns estados, não

haveria frota suficiente para absorver esse

crescimento. “Mato Grosso do Sul envia 95% da

produção para outros locais. Se houvesse

políticas tributárias de incentivo, se fossem

diferentes entre o fóssil [gasolina] e o renovável

[etanol], sem dúvida aumentaria a demanda.”

Presidente da Federação dos Plantadores de Cana

do Brasil e da câmara setorial do açúcar e do

álcool do Ministério da Agricultura, o agrônomo

pernambucano Alexandre Andrade Lima diz ser

possível melhorar a presença do etanol no

Nordeste, mas não a ponto de torná-lo

totalmente competitivo.

“O zoneamento da cana não permite o plantio em

algumas áreas da Amazônia Legal, mas temos

conflito em Mato Grosso, onde é possível plantar

milho e extrair o etanol dele. Mas cana não pode.

Talvez isso possa ser revisto de alguma forma.”

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Grupo de Comunicação e Marketing

Para Lima, o etanol nunca será competitivo nos

estados em que não se planta cana. “Há

potencial para aumentar a produção no Nordeste,

porque há usinas que estão operando com 60%

de ociosidade.”

Outra opção é o uso de crédito presumido em

estados como Pernambuco e Alagoas. Esse

crédito não reduz o imposto pago pelo motorista

ao abastecer o veículo, mas devolve parte dele

(mais de 50% em alguns casos) aos produtores.

Embora as regiões Norte e Nordeste não

produzam cana em escala semelhante ao

Sudeste, a Unica aponta crescimento na

demanda por álcool naquelas regiões em 2018

em relação ao fim de 2017.

Segundo Antonio de Padua Rodrigues, o

combustível também tem sido beneficiado pelo

fato de o consumidor sentir o “desembolso” ao

abastecer o seu veículo. “Mesmo com paridade

de 73%, 74%, a diferença de preço [por litro]

supera R$ 1,50 durante a safra. O consumidor vê

isso.”

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/expansao-do-etanol-depende-de-

logistica-e-menos-imposto.shtml

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Queda no preço do gás depende do fim dos

monopólios, diz setor

Taís Hirata

A expansão do mercado de gás natural no Brasil

e a queda dos preços passarão necessariamente

pelo fim de monopólios —desde a produção até o

transporte ao consumidor—, avaliam

especialistas da área.

“O potencial de desenvolvimento do setor é

enorme. Poderia ser duplicado caso indústrias e

usinas térmicas trocassem fontes como óleo

diesel e carvão pelo gás”, avalia Augusto

Salomon, presidente-executivo da Abegás

(Associação das Distribuidoras de Gás

Canalizado).

Para isso, porém, seria preciso uma vasta

reforma no mercado, para reduzir os custos,

desenvolver a infraestrutura de transporte e

aprimorar a regulação.

O governo de Jair Bolsonaro já sinalizou que, até

junho, vai anunciar quais medidas pretende

adotar para alterar o marco legal do setor. O

ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a

dizer que as mudanças promovidas provocariam

uma redução de 50% no custo do gás.

O setor aguarda com ansiedade o anúncio desse

pacote, até agora pouco conhecido por

associações, empresas e analistas da área. Entre

eles, há um consenso: a queda dos preços

implicará o fim do monopólio da Petrobras no

setor.

A estatal ainda é responsável por praticamente

toda a cadeia. Embora haja outros produtores no

país —caso das companhias internacionais que

venceram os últimos leilões de exploração de

petróleo—, a comercialização é feita pela

petroleira.

“As outras empresas produtoras acabam

vendendo seu gás à Petrobras por não ter acesso

garantido aos gasodutos”, diz Salomon.

A estatal brasileira domina praticamente todo o

caminho do gás até chegar ao consumidor: o

processamento, quase toda a rede de gasodutos

e a comercialização às distribuidoras estaduais de

gás —a maioria com participação acionária da

Petrobras.

“O mercado brasileiro se estruturou sem

competição. A Petrobras comanda a oferta

primária, opera o caminho do gás e ainda é parte

do mercado consumidor. Então o preço alto que

temos hoje no país é resultado da atuação de um

monopolista em um mercado regulado”, afirma

Rivaldo Moreira Neto, sócio da consultoria Gas

Energy.

A saída da estatal do segmento de transporte de

gás já está em curso desde 2016. Naquele ano, a

empresa vendeu a rede de gasodutos da NTS

(Nova Transportadora do Sudeste) ao fundo

canadense Brookfield, embora ainda mantenha

10% das ações.

A venda da TAG (Transportadora Associada de

Gás) —cujos gasodutos passam pelo Sudeste,

Nordeste e Norte— também está em vias de se

concretizar. No dia 5 deste mês, o grupo francês

Engie e o fundo canadense Caisse de Dépôt et

Placement du Québec apresentaram a melhor

proposta para comprar 90% da TAG, por US$ 8,6

bilhões (R$ 33,5 milhões).

“As desestatizações são um avanço importante,

mas não resolvem o problema totalmente, já que

a Petrobras ainda mantém contratos que lhe

garantem o direito de usar a estrutura”, afirma o

advogado Giovani Loss, sócio do escritório Mattos

Filho.

“As vendas dos ativos permitem um

descasamento entre o carregador [quem coloca o

gás no duto] e o dono do gasoduto. Mas sem que

várias empresas possam colocar seu gás na rede,

não se resolve a questão”, acrescenta.

Uma mudança de regras que permita que outras

companhias tenham passagem garantida pela

rede de transporte é essencial para o

barateamento do produto, avalia Salomon, da

Abegás. “Queremos poder comprar de outras

produtoras. Com mais competição, cai o preço.”

As próprias distribuidoras estaduais também são

alvo de questionamentos, pois detêm o

monopólio da distribuição do gás até os

consumidores em seus estados.

Para Rivaldo Neto, da Gas Energy, embora a

tarifa cobrada pelas distribuidoras represente

uma parte menor do preço final do gás, há

formas de dar mais eficiência às companhias.

Para ele, o grande problema, neste caso, é que

as distribuidoras são reguladas localmente.

Porém quase nenhum estado do país tem

agências reguladoras fortes e independentes,

faltando uma fiscalização eficiente às

companhias.

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“O consumidor ficou a mercê da regulação local.

Há muitas falhas. Até São Paulo, que tem uma

agência reguladora mais desenvolvida, tem

problemas na hora de fazer a revisão das

tarifas.”

Já na visão de Loss, do Mattos Filho, a solução

passa pela criação de um mercado de gás natural

livre, para que os consumidores não precisem

comprar necessariamente das distribuidoras e

possam escolher seu fornecedor.

“Atualmente, só a distribuidora pode comprar o

gás que chega aos estados. Se houver

disponibilidade na sua rede, outras empresas

poderiam utilizá-la para vender ao consumidor

final”, afirma.

Essa abertura, diz ele, faria com que o setor de

gás se assemelhasse ao mercado livre de energia

elétrica —bem mais desenvolvido, esse mercado

é utilizado por quase todas as grandes indústrias

do país, que conseguem reduzir seus gastos com

energia elétrica e ganhar competitividade.

“Todos esses entraves são antigos. Mas há dois

fatores que tornam o atual governo um momento

chave para uma reforma mais drástica”, diz

Antonio Guimarães, secretário-executivo do IBP

(Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e

Biocombustíveis).

O primeiro deles é a real disposição por parte da

Petrobras de abrir mão de seu monopólio nos

vários segmentos.

Procurada pela reportagem, a estatal afirmou,

por meio de uma nota, que atua ativamente em

prol da abertura do mercado de gás no Brasil.

“Estimular a abertura do mercado e a presença

de vários atores construirá um mercado

competitivo e mais benéfico para a economia

brasileira e para os agentes envolvidos”, afirmou

a empresa.

O segundo fator que torna uma reforma propícia

neste momento é o início da exploração dos

campos do pré-sal, avalia Guimarães.

“Teremos uma quantidade enorme de gás natural

associada ao pré-sal. Sem uma regulação

adequada, há o risco de o Brasil não se apropriar

dos benefícios desse gás. Hoje, muitas empresas

que já poderiam estar comercializando o produto

não o estão fazendo por falta de regulação. É

preciso aproveitar essa oferta”, afirma ele.

Em relação à estimativa do ministro Guedes de

que seria possível reduzir em 50% o custo do

gás, o secretário do IBP diz não ter uma

avaliação. “Mas que a competição traz o preço

para baixo, disso não tenho dúvidas.”

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/queda-no-preco-do-gas-depende-do-fim-

dos-monopolios-diz-setor.shtml

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Para sobreviver, petroleiras investem em

fontes renováveis

Taís Hirata

As grandes petroleiras sabiam há anos que

investir apenas em óleo e gás não seria suficiente

para garantir sua sobrevivência no longo (ou

longuíssimo) prazo.

Eventualmente, governos pressionariam de

forma contundente por uma matriz energética

mais limpa, e o desenvolvimento tecnológico

criaria outras soluções. Seria tudo uma questão

de tempo.

Ao que tudo indica, esse prazo está próximo.

Ainda há muita divergência sobre quando a

transição energética ocorrerá de fato, mas a

aceleração dos investimentos de petroleiras em

energia renovável é um forte indicador do que as

empresas têm como perspectiva.

“Chegamos a um momento crítico. Para a

empresa continuar relevante, teremos de estar

envolvidos nessa transição. O mundo caminhará

para a eletrificação”, afirma Gabriela Oliveira,

gerente de desenvolvimento de negócios em

energia solar da Shell para a América Latina.

A companhia criou há cerca de dois anos sua

linha de negócios focada em novas energias, que

inclui investimentos em novos combustíveis e em

energia elétrica —principalmente na aquisição e

construção de usinas solares e eólicas.

O movimento feito pela Shell não foi isolado.

Em maio passado, a norueguesa Statoil tomou

uma decisão radical e mudou seu nome para

Equinor —tirando a referência a “óleo” de sua

marca.

A companhia anunciou que até 2030 vai

direcionar 20% de seus investimentos globais

para energias renováveis.

A francesa Total também ampliou sua aposta no

setor elétrico. Em 2016, a empresa criou a sua

divisão de novos negócios voltados para fontes

renováveis, eficiência energética e gás natural

(considerada uma fonte fóssil de transição, por

emitir menos carbono que as demais).

A meta da empresa é que, dentro de 20 anos, as

energias de baixo carbono representem 20% de

seu portfólio.

O Brasil tem sido alvo de grande parte desses

investimentos das companhias petroleiras,

principalmente por seu potencial natural.

No caso da Shell, por exemplo, o Brasil está

entre os cinco países escolhidos para receber a

maior parte dos investimentos em novas

energias —a companhia investirá mundialmente

ao menos US$ 2 bilhões (cerca de R$ 7,7

bilhões) por ano.

Uma das apostas no mercado brasileiro é a

descentralização do consumo de energia elétrica,

principalmente com a expansão do mercado livre

de energia (em que consumidores contratam

diretamente do gerador, e não da distribuidora

local).

Hoje, esse mercado é restrito a grandes

consumidores, como indústrias e shoppings

centers, mas já há planos para expandir o acesso

até mesmo ao consumidor final.

“O setor de energia elétrica tem uma dinâmica de

risco-retorno bem diferente do negócio de óleo e

gás. Então, para ter o retorno, é importante

atuar de forma integrada na cadeia: desde o

desenvolvimento dos projetos de geração até o

provimento de energia diretamente ao

consumidor”, diz Oliveira.

No caso da Petrobras, as investidas na área de

renováveis foram feitas principalmente por meio

de parcerias com estrangeiros. A estatal têm

acordos com a Total e a Equinor para projetos

nesse setor.

No fim de 2018, a empresa incluiu pela primeira

vez em seu plano de negócios investimentos em

energias renováveis com foco em solar e eólica

(serão US$ 400 milhões, cerca de R$ 1,5 bilhão,

até 2023).

No entanto, declarações recentes do novo

presidente da Petrobras, Roberto Castello

Branco, colocam em dúvida a disposição da

estatal em fazer essa transição, segundo um

analista do setor.

“Nada indica que nós tenhamos as mesmas

vantagens no negócio de energia solar, energia

eólica. Então é um assunto que é objeto de

pesquisa, e é uma perspectiva de longo prazo”,

disse Castello Branco, em uma entrevista em

março deste ano.

Questionada sobre sua atuação no setor, a

Petrobras afirmou, por meio de nota, que “a

companhia desenvolve linhas de pesquisa nesse

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campo com foco em longo prazo, principalmente

para energias solar e eólica.”

https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2

019/04/para-sobreviver-petroleiras-investem-

em-fontes-renovaveis.shtml

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ESTADÃO Ministério do Meio Ambiente, de mal a pior -

Opinião - Estadão

Jair Bolsonaro não faz outra coisa se não

demonizar o ministério, ambientalistas e ONGs. E

teve a bravata de transformar o MMA em

apêndice do Ministério da Agricultura. Foi um

quiproquó. O ex-ministro da Agricultura Roberto

Rodrigues teve de explicar: “É de interesse do

produtor preservar. E a sustentabilidade é um

fator diretamente ligado à competitividade. Hoje,

os consumidores do mundo inteiro querem saber

como a coisa foi produzida. Para sermos competitivos é preciso ter essa preocupação”.

Bolsonaro tem o direito de mexer nos

ministérios. Mas humilhar um deles, não. Foi o

que fez ao condenar publicamente a equipe que

cuida de nosso maior ativo. Ainda em campanha,

ameaçou tirar o País do Acordo de Paris,

resultado do protagonismo brasileiro desde a

ECO-92. Quem se arrepiou foi Emmanuel Macron.

O presidente francês retrucou que é “contrário a

assinar acordos comerciais com países que não

respeitam o Acordo de Paris”. Foi outro bafafá.

Finalmente, saiu a indicação para o Ministério do

Meio Ambiente: o advogado Ricardo Salles, ex-

secretário de Meio Ambiente de São Paulo na

gestão Alckmin, quando ficou 13 meses cargo.

Acabou condenado por improbidade

administrativa por matéria relacionada à APA

Várzea do Tietê. É fundador do Movimento

Endireita Brasil (MEB). Recentemente disse ser “o único direitista do Brasil”.

Eleito, Bolsonaro continuou a torpedear o MMA e

seus dois braços, o Ibama e o ICMBio. “Não vou

mais admitir o Ibama sair multando a torto e a

direito por aí, bem como o ICMbio. Essa festa vai

acabar”, afirmou. Não demorou para acontecer a

tragédia em Brumadinho, o maior acidente do

mundo entre mineradoras, em número de

mortes. Acertadamente, o ministro Ricardo Salles multou a Vale em R$ 250 milhões...

Por falar em Vale, é preciso lembrar o primeiro

acidente, quando veio abaixo a barragem do

Fundão. “Na Justiça criminal ou nos tribunais

cíveis, a tragédia do rompimento da Barragem do

Fundão permanece, três anos depois, uma

questão sem resposta para as quase 500 mil

pessoas atingidas entre Minas Gerais e o Espírito

Santo. Nem mesmo as famílias dos 19 mortos

soterrados pelo tsunami de 40 milhões de metros

cúbicos (m³) de lama e rejeitos de minério de

ferro receberam uma compensação financeira

condizente com a sua perda. A estimativa mais

otimista dos promotores de Justiça que atuam na

força-tarefa do Rio Doce é de que os

ressarcimentos comecem a ser pagos em meados

de 2020” (O Estado de Minas).

Lembro que o licenciamento ambiental (que o

presidente pretende ‘flexibilizar’) da barragem de

Fundão era controverso. Matéria do Estado, de

janeiro de 2016: “A mineradora pressionou o

projetista da barragem, Joaquim Pimenta de

Ávila, a emitir documento fora das especificações

na etapa inicial da construção da represa que

ruiu”.

Mais uma vez, o Ibama agiu com competência.

Uma das obrigações da Samarco, subsidiária da

Vale, era apresentar um plano de recuperação

para o vale do Rio Doce. A empresa mostrou um

projeto tão ruim que não foi aceito. Para a

autarquia, “o plano era de caráter genérico e

superficial, sem considerar o imenso volume de

informações produzidas e disponíveis até o

momento, além de apresentar pouca fundamentação metodológica e científica”...

Se a empresa, à época, fosse multada em valor

semelhante ao do último acidente, é possível que

Brumadinho não tivesse acontecido. Quem sabe?

Começa a gestão Salles. Pouco depois dos

primeiros dois meses, o ministro que jamais teve

curiosidade em pôr os pés na Amazônia exonerou

dois chefes de unidades de conservação porque

denunciaram interferência externa. Um deles

multou um “poderoso” secretário de Bolsonaro –

o secretário de Ecoturismo, Gilson Machado Neto

(PSL-AL). Pouco depois o ministro instaurou a

mordaça no MMA, determinando a lei do silêncio.

Protestei, via site Mar Sem Fim. No mesmo dia

recebi uma ligação. Salles queria dar a sua

versão, ao mesmo tempo que me convidava a

ser secretário de Biodiversidade do MMA. Declinei.

A poeira não havia assentado quando houve mais

uma decisão imperial. O neófito ministro ignorou

recomendações técnicas do Ibama e autorizou o

leilão de sete blocos de petróleo na região do

Arquipélago de Abrolhos, o único banco de corais

do Atlântico Sul. Ninguém de bom senso seria

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contrário à exploração de petróleo. É uma bênção

que um País cheio de desigualdades, como o

nosso, não pode desperdiçar. Mas por que agora

a exploração dos mares adjacentes a Abrolhos? Por que não oferecer outras áreas?

Recentemente, o Estado publicou artigo do

professor emérito da USP José Goldenberg

sobre Brumadinho. Ele relembrou a trajetória de

Paulo Nogueira Neto, titã do ambientalismo,

“que conseguiu convencer Médici a criar, em

1973, a Secretaria Especial do Meio Ambiente

(Sema) no Ministério do Interior, à frente da qual

permaneceu até 1985 e onde conseguiu

introduzir toda a legislação e os órgãos

administrativos da área ambiental”. Goldenberg

finaliza dizendo que “órgãos como o Ibama

frequentemente não tiveram apoio para pôr em

prática a excelente legislação criada por Paulo Nogueira Neto”. Daí Brumadinho, concluiu.

A última pérola de Salles ocorreu sábado

passado no Rio Grande do Sul, quando ameaçou,

na presença do presidente do ICMBio, Adalberto

Eberhard, funcionários do órgão: “Determino a

abertura de processo administrativo disciplinar

contra todos os funcionários” (que não estavam

presentes ao evento por não terem sido

convidados). Um dia depois recebeu carta de

demissão de Eberhard.

Epílogo desse imbróglio: o ministro Ricardo

Salles segue célere desmantelando a obra de

Paulo Nogueira Neto. Encerro emprestando o

final de um artigo do articulista Rolf Kuntz (O

Estado de S. Paulo) que analisava a

administração atual: “Escatológico, mesmo, é o despreparo do presidente”.

*Jornalista, mantenedor do site www.marsemfim.com.br

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco-

aberto,ministerio-do-meio-ambiente-de-mal-a-

pior,70002796634

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Cidade de São Paulo tem descobertas

arqueológicas, mas preservação ainda é

falha

SÃO PAULO - Um muralha dentro de uma mata

de difícil acesso, ossos de um antigo cemitério

em pleno centro e trilhos de trem na obra de um

shopping. Das áreas periféricas até regiões de

intensa urbanização, novos artefatos

arqueológicos têm sido encontrados na cidade de

São Paulo. Ao mesmo tempo em que descobertas

são reveladas, contudo, a gestão de peças e

sítios arqueológicos enfrenta dificuldades. Dentre

os casos mais conhecidos está uma área hoje em

ruínas na zona leste.

A maioria dos achados na capital provém de

levantamentos arqueológicos realizados por

causa de obras de médio e grande porte,

exigidos em portaria federal desde 2002. Um

levantamento do Estado no Diário Oficial da

União identificou, somente no ano passado, ao menos 17 procedimentos do tipo.

"Se, por um lado, essas obras são agressivas

pelo tamanho. De outro, a gente consegue o

resgate arqueológico de alguns sítios que nós não

teríamos ideia da existência. Em meados dos

anos 2000, teve o sítio lítico do Morumbi, que

data de 5, 6 mil anos. A arqueologia urbana tem

essa missão de mostrar que a cidade não tem

460 anos", aponta Paula Nishida, diretora do

Centro de Arqueologia de São Paulo, ligado à

Prefeitura e que guarda mais de 2 milhões de peças.

"No meio urbano, essa narrativa (arqueológica) é

perdida com mais rapidez. A gente vê quarteirões

da cidade sendo demolidos de uma hora para

outra. Enquanto no meio rural, esses processos

de construção são um pouco mais lentos",

compara. "É muito difícil você imaginar que tem

arqueologia em São Paulo.

Na capital, a determinação de levantamento

arqueológico em obras também abrange as de

menor porte realizadas em regiões de potencial

arqueológico, o que costuma ser apontado a

partir de estudos do Departamento do Patrimônio

Histórico (DPH), ligado à Prefeitura de São Paulo.

Um desses locais é a área em torno da Capela

dos Aflitos, na Liberdade, região central. Lá, em

2018, foram encontradas sete ossadas do antigo Cemitério dos Aflitos.

Primeiro cemitério da cidade, o local funcionou de

1775 e 1858 e era voltado especialmente à

população mais marginalizada. Junto aos ossos,

arqueólogos encontraram adornos de vidro, geralmente utilizados por pessoas escravizadas.

Agora, a origem dessas ossadas será investigada

em laboratório, explica Lúcia Juliani, fundadora

da A Lasca Arqueologia, responsável pelas

escavações. Como todo o material foi retirado, o

terreno está livre para a obra. No entorno, a

especialista acredita que haja mais vestígios

abaixo de outros imóveis, pelas dimensões do que foi o cemitério.

A Lasca aguarda ainda autorização federal para

iniciar pesquisa em um terreno próximo ao Pátio

do Colégio, também no centro, onde foram

encontrados pedaços de cerâmica portuguesa.

Nas quadras do entorno, há ainda outros três

sítios arqueológicos do início da urbanização do

centro: o Solar da Marquesa de Santos, o Beco

do Pinto e a Casa Nº 1, todos transformados em espaços culturais.

Outra pesquisa no centro é feita no Brás, junto à

obra do shopping Circuito das Compras SP, no

antigo terreno da Feirinha da Madrugada. No

local, foram encontrados trilhos, paralelepípedos

e outros itens ferroviários. O Estado procurou a

empresa responsável pelo levantamento, que não quis se manifestar.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e

Artístico Nacional (Iphan), cerca de 12,5 mil

pesquisas arqueológicas são feitas no País, das

quais mais de 2 mil no Estado de São Paulo,

sendo 250 na capital. Por lei, tudo o que é

descoberto pertence à União. Na prática, embora

parte dos artefatos seja exposta e estudada, a

maioria fica guardada.

Sítio arqueológico está em ruínas na zona leste

Por causa do mato alto, o Estado não conseguiu

se aproximar há três semanas das ruínas do Sítio

Mirim, em Ermelino Matarazzo, na zona leste. A

situação mudou após a reportagem procurar a

Prefeitura, que atribuiu o problema à chuva. A

vegetação aparada, contudo, não é suficiente

para resolver a falta de manutenção do espaço,

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que traz as ruínas de uma casa de cerca de 400 anos – e que estava de pé até décadas atrás.

A última obra de recuperação ocorreu nos anos

60 e foi feita pelo Iphan. Há uma década, a

gestão municipal apresentou um projeto

arquitetônico para a área, enquanto um relatório

de 2015 delimitou uma zona de atenção para

uma ação de resgate de artefatos arqueológicos.

Nos dois casos, nada foi feito. “Está

completamente abandonado. A noite é perigoso”,

diz o agente cultural Edson Lima, de 33 anos,

fundador do Sarau Urutu, realizado no entorno das ruínas.

Em nota, a Prefeitura alega a manutenção da

praça onde está o sítio é feita pela subprefeitura

de São Miguel, que "realiza a capinação

periodicamente". "Sobre apoio ao patrimônio

arqueológico da cidade, o DPH realizou estudos

de tombamento em conjunto com o Centro de

Arqueologia do DPH, no qual foram definidos

perímetros de proteção arqueológica. Esses

levantamentos com definições sobre lugares de

interesse arqueológico permitem planejar ações e

pensar em uma política no campo da

arqueologia. A previsão é de que esses estudos

sejam disponibilizados no segundo semestre de 2019."

Paredão no Jaraguá revela história pouco

conhecida da mineração em SP

Caminhando por uma trilha fechada dentro

da aldeia indígena guarani Tekoa Itakupe, nas

encostas do Pico do Jaraguá, passando por

nascentes e árvores centenárias, nos deparamos

com um impressionante paredão de pedra.

Produzido com blocos de quartzo extraídos do

próprio local, a primeira impressão é de uma

obra de uma antiga civilização na zona norte

da capital paulista.

Os arqueólogos no entanto, têm uma versão

diferente: é uma estrutura de

uma mineradora do século 20, dos anos 1930.

"Trata-se da ponta de um iceberg, dentro da

história da mineração paulista", explica o

arqueólogo Paulo Zanettini, lembrando que os

primeiros registros de exploração de ouro no

Brasil foram feitos nos ribeirões que corriam

pelas encostas do Jaraguá. Zanettini foi

chamado, em 2015, para conhecer o local por

ambientalistas, que trabalham voluntariamente

com os indígenas da região. Antes, havia

participado das escavações do Rodoanel, no trecho oeste.

Zanettini sustenta que existem evidências de que

toda região no século 16 era constituída de

pequenos arraiais de mineração. Povoados que

funcionavam como minúsculas cidades. Nesses

locais, a economia girava em volta do metal

precioso. "O ouro que foi encontrado em São

Paulo motivou expedições para se adentrar no

que era chamado de "sertão". Minas Gerais,

Goiás, Mato Grosso, foram Estados vasculhados

pelos exploradores, após as descobertas na zona norte paulistana.

Além do paredão, outra referência histórica que

remete ao período da "corrida do ouro

paulistano" é a casa do século 16 do bandeirante

e minerador, Afonso Sardinha, presente ainda hoje dentro do Parque Estadual do Jaraguá.

A busca do ouro em São Paulo é uma história

pouco estudada e divulgada. Escassos registros

foram deixados, mas as pistas continuam pela

cidade. "Acredita-se que muito do que era

explorado, era de forma ilegal, fugindo das

pesadas taxas da Coroa Portuguesa", sustenta

Zanettini. O ribeirão que banha uma aldeia

indígena próxima à Itakupe, são seis aldeias no

total, chama-se Ribeirão das Lavras, nome que

remete à mineração. Um pequeno muro onde era

lavado o minério encontra-se em más condições de conservação no local.

Em 2016 foi aberto processo no Conselho

Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico,

Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo

(Conpresp) pelos arqueólogos de Centro de

Arqueologia de São Paulo, Paula Barbosa e

Francisco Adrião, solicitando o tombamento da

área do paredão da mineradora. Segundo o

documento, são vinte e dois mil metros

quadrados que merecem ser preservados devido

à sua importância histórica e paisagística. O

tombamento está pautado para ser votado em reunião no dia 29 de abril.

"Esse paredão representa uma jornada inteira da

região. De 1580 até os dias de hoje existe algum

tipo de mineração, seja de metais preciosos, seja

de areia e pedra. A primeira fábrica de cimento

do Brasil, está localizada em Perus", explica Paula.

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O quartzo retirado do local era utilizado na

construção civil da cidade. "Acredita-se que boa

parte da pedraria era utilizada na fabricação do

"sapólio", antigo produto de limpeza. O muro

possui cerca de seis a sete metros de altura, em

um traçado em forma de U, recoberto com

musgos, também chama a atenção uma pequena

casinha de pedra, onde provavelmente era

armazenada a pólvora para a detonação na

pedreira. Acredita-se que a estrutura maior

abrigava um britador para quebrar as pedras extraídas.

"Chama a atenção a monumentalidade da obra.

Ela estar isolada em meio à mata. A antiga

técnica de "cantaria" para fazer a estrutura, tudo

isso impressiona", cita Lucas de Paula Troncoso,

arqueólogo que trabalha com Zanettini e a

pedido da reportagem do Estado visitou pela primeira vez o sítio arqueológico.

"É importante preservar esses testemunhos de

atividade de mineração, extração de areia e

pedras. A São Paulo dos anos 30 passava por

uma grande crescimento, impulsionada pelo ciclo

de industrialização. A preservação do que restou

dessa antiga mineradora, que segundo Paula e

Francisco, funcionou durante duas décadas, dos

anos 30 aos anos 50, ajuda a contar essa história

tão pouco conhecida para os atuais paulistanos.

Três locais para conhecer a arqueologia

paulistana

Centro de Arqueologia de São Paulo - Sítio

Morrinhios

Rua Santo Anselmo, 102, Jardim São Bento

Visitas de terça-feira a domingo, das 9h às 17h.

Entrada franca

Museu de Arqueologia e Etnologia da

Universidade de São Paulo (MAE/USP)

Av. Prof. Almeida Prado, 1.466, Cidade

Universitária

Visita às segundas e de quarta a sexta, das 9h às

17h; e aos sábado, das 10h às 16h.

Entrada franca

Solar da Marquesa de Santos

Rua Roberto Simonsen, 136, Sé.

Visita de terça a domingo, das 9h às 17h.

Entrada franca

https://sao-

paulo.estadao.com.br/noticias/geral,cidade-de-

sao-paulo-tem-descobertas-arqueologicas-mas-

preservacao-ainda-e-falha,70002797970

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Data: 22/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Salles decide militarizar Ministério do Meio

Ambiente

BRASÍLIA - A área ambiental do governo

Bolsonaro passa por um processo de

militarização. Do alto escalão do Ministério do

Meio Ambiente (MMA) até as diretorias do Ibama

e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade

(ICMBio), postos-chave estão agora sob a tutela

de oficiais das Forças Armadas e da Polícia

Militar. A orientação dada pelo próprio presidente

Jair Bolsonaro e levada a cabo pelo ministro do

Meio Ambiente, Ricardo Salles, é a de acabar

com o “arcabouço ideológico” no setor. Já são pelo menos 12 militares.

Nesta quinta-feira, 18, Salles exonerou o diretor

de planejamento do Ibama, Luiz Eduardo Nunes,

servidor de carreira do órgão federal. O posto

deve ser ocupado por Luis Gustavo Biagioni,

recém-aposentado da PM de São Paulo, onde

trabalhou na polícia ambiental como major e

tenente-coronel. Na quarta-feira, foi confirmada

a indicação do comandante da PM Ambiental de

São Paulo, coronel Homero de Giorge Cerqueira,

para ser o presidente do ICMBio. Um dia antes,

ele nomeara Davi de Souza Silva, também de

formação militar, para a regional do Ibama em São Paulo.

Cada troca é informada a Bolsonaro. Nesta

quinta, o presidente voltou a criticar o Ibama e

uma multa que o órgão aplicou a índios que

produzem soja transgênica em Mato Grosso.

“Multados pelo Ibama em R$ 120 milhões. Já

sabem o que vamos fazer com essa multa, né?”

disse Bolsonaro, sinalizando que pedirá sua

anulação. O presidente afirmou que o Ibama “é

um órgão muito mais aparelhado do que o

Ministério da Educação”. Na quarta, disse que,

“com o Salles, nosso ministro do Meio Ambiente,

tomamos providências para substituir esse tipo

de gente”.

Levantamento feito pelo Estado aponta que o

gabinete do ministro passou a contar com oito

militares em cargos comissionados, oficiais que

despacham ao lado da sala de Salles. Os cargos

envolvem desde a chefia de gabinete até a

ouvidoria e comunicação institucional da pasta.

Na sede do Ibama, duas diretorias já são

comandadas por militares.

As superintendências estaduais do órgão também

serão ocupadas por militares. A nomeação de um

militar para comandar o Ibama em São Paulo é

só a primeira de muitas trocas por vir. Uma fonte

do governo disse que Salles e Bolsonaro têm

convicção de que há corrupção nos órgãos

ligados a pasta. Por isso, querem um “controle

mais rígido” das operações, além do afastamento

de servidores que atuaram nos governos

petistas. “Eu conversei com o Salles. Ele vai

aproveitar oficiais da Polícia Ambiental, que

conheceu quando era secretário do Meio

Ambiental de São Paulo”, disse o senador Major Olímpio (PSL-SP).

Paralelamente, o governo discute a possibilidade

de fusão do Ibama e do ICMBio, o que poderia

ocorrer no segundo semestre. Salles evita dar

detalhes sobre o assunto, limitando-se a dizer

que, “por enquanto”, não haverá a integração. O

Ibama fiscaliza e protege o meio ambiente e

licencia empreendimentos, enquanto o ICMBio

atua nas unidades de conservação ambiental.

Crise. Salles está no centro de uma crise. Na

semana passada, mandou o presidente do Ibama

rever parecer do órgão para autorizar o leilão de

poços de petróleo ao lado de Abrolhos. Nesta

semana, servidores divulgaram uma carta

acusando o ministro de promover a “destruição

da gestão ambiental”. O estopim foram as

declarações feitas por ele em um evento no Rio

Grande do Sul. Salles pediu punição a

funcionários do ICMBio porque estes não

compareceram ao encontro. Eles dizem que não

foram convidados. A situação levou o presidente

do ICMBio, Adalberto Eberhard, a pedir exoneração.

Questionado sobre a militarização de sua pasta,

Salles não comentou. O ministério impôs lei do

silêncio ao Ibama e ICMBio. Qualquer pedido de

informação aos órgãos tem de ser encaminhado

à pasta. / Colaboraram Giovana Girardi, Luci

Ribeiro e Marcelo Godoy

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,sall

es-decide-militarizar-ministerio-do-meio-

ambiente,70002796701

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Data: 22/04/2019

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Legislação e Rota 2030 fazem carros

ficarem mais seguros e mais caros

Eles vão ser menos poluentes, mais seguros e

mais econômicos. E também mais caros. Os

automóveis que serão produzidos no Brasil a

partir do próximo ano terão obrigatoriamente

itens tecnológicos que vão aproximá-los mais dos

modelos globais. Para atender à legislação e ao

programa automotivo Rota 2030, a nova geração

de veículos será mais equipada e sofisticada. A

produção dos chamados carros “populares”,

aqueles mais simples e mais baratos, hoje

classificados como “de entrada”, será reduzida

ainda mais porque a alta tecnologia encarecerá os preços.

O segmento “de entrada” já vem encolhendo

gradualmente. Em 2000, representava 50% das

vendas de automóveis no País e hoje participa

com 11,5%. Estão nessa classificação, feita pela

Federação Nacional da Distribuição de Veículos

Automotores (Fenabrave) modelos como Chery

QQ, Renault Kwid, Volkswagen Gol, Fiat Mobi e

Toyota Etios, que custam entre R$ 27,5 mil e R$

50 mil.

Para o presidente da Volkswagen do Brasil, Pablo

Di Si, “o carro popular não vai desaparecer, mas

o segmento vai encolher”. Segundo ele, os

próximos lançamentos da marca serão de

modelos de segmento superior, como utilitários-

esportivos (SUV) e intermediários entre carros de

passeio e utilitários (CUV). “Esses segmentos são os que mais crescem no Brasil e no mundo.”

Ao receberem mais sistemas de segurança,

conectividade e de melhora da eficiência

energética, os carros vão ficar mais caros. “Não

tem como fazer diferente, a não ser que

tivéssemos um volume grande de produção para

o mercado interno e exportação para reduzir

custos”, afirma Di Si. Em 2014, quando passou a

ser obrigatória a instalação de airbag frontal e

freio ABS, os preços dos carros subiram entre R$ 1 mil e RS 1,5 mil.

Letícia Costa, sócia da Prada Assessoria, confirma

que não há como evitar aumento de preços com

os novos itens, mas ressalta ser “um dever da

indústria encontrar formas de introduzi-los,

também para evitar que o Brasil fique

extremamente defasado”. Ela acrescenta ainda

que o veículo nacional terá mais chances de

exportação.

Acidentes

Segundo balanço do Dpvat – o seguro obrigatório

para acidentes de trânsito –, no ano passado 42

mil pessoas morreram no País em acidentes

desse tipo. A instalação de novos itens de

segurança deve ajudar a reduzir acidentes e a

evitar ferimentos nos ocupantes. Testes feitos

por entidades como o Latin NCap, o Programa de

Avaliação de Novos Veículos para a América Latina e Caribe, comprovam isso.

Na lista de itens que serão obrigatórios estão

estruturas reforçadas ou airbags laterais para

reduzir riscos de ferimentos em batidas laterais,

controle de estabilidade eletrônico (ESC, na sigla

em inglês) – que corrige a trajetória do veículo

em caso de perda de aderência dos pneus em

curvas ou em desvios bruscos – e aviso de cinto desafivelado.

Esses e outros sete itens serão obrigatórios nos

modelos novos (lançamentos) entre 2020 e 2026

e em todos os carros produzidos localmente

entre 2021 e 2030. Há oito itens que ainda não

têm datas definidas pelos órgãos regulatórios

para serem instalados e dois que já começaram a

equipar os lançamentos de 2018 (Isofix para

fixar cadeirinhas de bebês e cinto de três pontos

em todos os bancos) e devem estar em toda a produção a partir do próximo ano.

A instalação desses sistemas vai exigir aumento

de importação, pois muitos deles, em especial os

eletrônicos, não são produzidos no País, o que

reduzirá o índice de nacionalização dos carros brasileiros.

Nacionalização

Por outro lado, há um esforço, ainda discreto, por

parte de fabricantes de iniciarem a produção de

alguns dos componentes, de olho no aumento da demanda.

A Continental vai inaugurar em maio uma linha

de produção de ESC, hoje feito no País só pela

Bosch. “Como a instalação desse item se tornou

mandatória, haverá maior escala e a produção

local passou a fazer sentido”, diz o presidente da

empresa, Frédéric Sebbagh. Hoje a Continental

importa o sistema para fornecer às montadoras.

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Data: 22/04/2019

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Na fábrica de Várzea Paulista (SP), onde o ESC

será produzido, a Continental já faz freios

hidráulicos e freios ABS. A capacidade inicial de

produção de ESC será de 700 mil a 1 milhão de

unidades ao ano, com investimento de ¤ 5

milhões (cerca de R$ 23 milhões). Placas

eletrônicas serão importadas, pois não há

produção local. Sebbagh vê chances de outros itens serem nacionalizados no futuro.

Testes indicam que o ESC reduz em até 38% o

número de colisões traseiras, segundo o

coordenador técnico do Centro de

Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), Alessandro Rubio.

Outra que inaugura nova linha nos próximos dias

é a Joyson Safety System (ex-Takata), que

produzirá airbags de cortina (ou laterais),

sistema que poderá ser usado para atender

norma que determina, a partir de 2020, o reforço

nas laterais dos veículos para reduzir riscos de

ferimentos em colisões laterais, comuns nos cruzamentos.

A Joyson já produz vários tipos de airbags, cintos

de segurança e aviso de cinto desafivelado e está

ampliando a fábrica de Jundiaí (SP). A

capacidade atual de 5 milhões de airbags ao ano

será duplicada, afirma Oliver Schulze, diretor de

engenharia da empresa. O principal item dos

airbags, o gerador de gás, é importado.

Estrelas

Schulze lembra que, além de atender ao Rota

2030, testes feitos pelo Latin NCAP incentivam as

empresas a melhorem os níveis de segurança dos

seus produtos. O teste que bate os carros em

barreiras concede ao modelo de zero estrelas

(inseguro) a cinco estrelas (segurança total), e a

nota máxima normalmente é usada pela fabricante no marketing do veículo.

Alexandre Pagotto, gerente de Relações

Institucionais da Bosch, fabricante de várias

autopeças, como freio ABS, diz que a empresa

avalia todo ano a possibilidade de produção local

de itens importados, mas esbarra no volume.

“Com a definição do que será obrigatório, é mais fácil planejar para o longo prazo.”

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,l

egislacao-e-rota-2030-fazem-carros-ficarem-

mais-seguros-e-mais-caros,70002797270

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Data: 22/04/2019

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Plano de Guedes para gás mais barato

encontra resistência na Petrobrás

A ameaça de greve dos caminhoneiros jogou

holofotes na alta do preço do diesel este ano,

mas a gasolina já acumula uma variação ainda

maior. Em 2019, o reajuste promovido pela

Petrobrás para a gasolina vendida nas refinarias

chega a quase 30%, enquanto o do diesel soma

24%.

O consumidor, porém, ainda não sentiu o

impacto total desses reajustes, pelo fato de as

distribuidoras estarem absorvendo parte desse

aumento. Além disso, a Petrobrás não repassou

integralmente os ajustes da cotação do petróleo no mercado internacional.

Pelas contas do diretor do Centro Brasileiro de

Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, para

compensar integralmente a paridade

internacional, só nos últimos 30 dias a estatal

teria de ter elevado em R$ 0,18, e não em R$

0,11, o preço do litro da gasolina. “Nesse

período, a cotação internacional subiu 11% e a Petrobrás reajustou a gasolina em 6%.”

A decisão das distribuidoras de absorver parte do

reajuste praticado pela Petrobrás também tem

poupado um pouco os consumidores. No primeiro

trimestre, o aumento nas bombas de gasolina

nos postos foi de apenas 0,7%, ante uma alta de

20,2% nas refinarias no mesmo período,

segundo dados da Associação Nacional das

Distribuidoras de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural).

“Revendedores e distribuidores estão abrindo

mão de margem para garantir o volume de

vendas e manter competitividade”, explicou o

presidente executivo da Plural, Leonardo Gadotti.

“É preciso estar atento ao fato de que o valor dos

combustíveis nunca sobe na mesma magnitude

do reajuste nas refinarias. O aumento do preço

na refinaria é diluído ao longo da cadeia. Isso mostra que o mercado está funcionando”, disse.

Dados do IBGE mostram que a alta da gasolina

começou a pesar mais no bolso do consumidor

este ano a partir de março, quando foi

responsável por 16% da inflação de 0,75%

registrada pelo IPCA. O produto é o terceiro item

que mais afeta o orçamento das famílias

brasileiras, atrás apenas da refeição consumida fora de casa e do custo do empregado doméstico.

“Provavelmente os postos de combustíveis estão

repassando a alta agora porque talvez tivessem

estoque de combustível que compraram antes do

aumento”, disse Fernando Gonçalves, gerente do

Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE,

acrescentando que não era possível dizer se o

represamento do preço teria alguma relação com

a demanda fraca por parte de consumidores.

Segurar preço pode aumentar pressão

Para o professor da UFRJ Edmar Almeida, quanto

mais segurar o preço, pior para a economia,

porque quando o ajuste vier terá de ser alto,

levando em conta a continuidade do aumento da

cotação do petróleo no mercado externo e a desvalorização do real no mercado interno.

Almeida estima que o petróleo não vai parar de

subir no curto prazo, por conta da pressão da

demanda, junto com uma queda de oferta provocada por Venezuela e Líbia.

“Desde que o preço do barril caiu abaixo dos US$

30, em 2014, o petróleo está volátil e assim vai

continuar. A demanda mundial está forte mesmo

com a desaceleração da economia mundial”, disse.

Segundo ele, “não dá para tapar o sol com a

peneira; a população tem de aprender que o

preço do combustível é livre”. Ele ressaltou ainda

que existem opções aos combustíveis fósseis, como etanol e Gás Natural Veicular (GNV).

A Petrobrás informou, em nota, “que continuam

em vigor os princípios de preço de paridade

internacional (PPI)” e ressaltou que, desde

setembro de 2018, a diretoria da empresa

aprovou mecanismo de proteção (hedge)

complementar à política de preços da gasolina, o

que permite à Petrobrás ter a opção de alterar a

frequência dos reajustes diários no mercado interno.

Preços do petróleo fecham semana em alta

Os contratos futuros de petróleo voltaram a

fechar em alta ontem, dia de baixa liquidez em

função da véspera da sexta-feira santa. Os

contratos chegaram a operar em baixa após

dados modestos da Europa, mas se fortaleceram com foco nas bolsas de Nova York.

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O petróleo WTI para junho, contrato mais líquido,

teve alta de 0,31%, cotado a US$ 64,07 o barril

na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o

petróleo tipo Brent para junho avançou 0,49%,

cotado a US$ 71,97 na Intercontinental Exchange

(ICE). Na comparação semanal, o WTI avançou 0,28%, enquanto o Brent subiu 0,59%.

Índices de gerentes de compras (PMI, na sigla

em inglês) piores do que o esperado da zona do

euro e do setor manufatureiro da Alemanha

fizeram o petróleo recuar mais cedo. Mais para o

meio da manhã, contudo, dados positivos dos

EUA apoiaram a demanda pela commodity, acompanhando a melhora nas bolsas americanas.

Na agenda de indicadores, o número de poços e

plataformas de petróleo em atividade nos EUA

teve um recuo de 8 unidades na última semana,

ficando em 825, de acordo com a Baker Hughes,

companhia que presta serviços no setor. A queda

é a primeira em três semanas, colaborando para

o aperto na produção do óleo e,

consequentemente, apoiando a alta nos preços da commodity. / Colaborou Caio Rinaldi

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

plano-de-guedes-para-gas-mais-barato-

encontra-resistencia-na-petrobras,70002796698

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VALOR ECONÔMICO Semana será decisiva para impasse entre

governo e caminhoneiros

Por Leila Souza Lima | Valor

SÃO PAULO - A semana será decisiva para

solucionar o impasse que elevou os termômetros

para uma greve nacional dos caminhoneiros,

marcada para o próximo dia 29. Com a

paralisação de maio de 2018 próxima de

completar um ano e após o reajuste feito pela

Petrobras no preço médio do diesel nas

refinarias, de 4,84%, válido desde quinta-feira

(18), algumas lideranças elevaram o tom em

poucos dias, queixando-se de até hoje não terem

sido ouvidas pelo Planalto.

A Confederação Nacional dos Transportadores

Autônomos (CNTA) tem audiência marcada com

o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de

Freitas, nesta segunda-feira. A agenda foi

divulgada em nota disparada pela entidade na

véspera do feriado da Semana Santa, alertando

ainda que o reajuste do óleo diesel pela

Petrobras "aumentou ainda mais a tensão

instalada na categoria, que carrega desde o ano

passado a frustração de não ter a Lei do Piso

Mínimo do Frete cumprida".

O caminhoneiro Wanderlei Alves, o Dedéco, de

Curitiba (PR), uma das lideranças da classe, disse

neste domingo que só há duas saídas para evitar

uma greve geral. "Ou o governo faz valer o piso

mínimo em todo o país no prazo máximo de três

dias após essa reunião, ou reduz em torno de R$

0,50 a R$ 0,60 o preço do diesel até que o piso

comece a valer". A categoria chegou a se

mobilizar para paralisar no dia 30 de março, mas

houve um recuo e a adesão foi baixa.

O novo movimento grevista divide a classe, já

que algumas entidades sindicais identificaram

boa vontade no pacote anunciado dia 16 pelo

governo do presidente Jair Bolsonaro. Entre as

medidas voltadas a melhorar as condições do

transporte de cargas rodoviário no país estão

uma linha de crédito de até R$ 30 mil para

manutenção e compra de pneus de caminhões,

com fundo inicial de R$ 500 milhões, R$ 2 bilhões

para conclusão de obras, além de manutenção de

estradas e eixos rodoviários, e um cartão-

combustível para abastecimento a preço

subsidiado.

A insatisfação maior dos trabalhadores, no

entanto, é com a falta de fiscalização da

aplicação do piso do frete, assim como a correção

desses valores prevista na Lei 13.703 - que

estabeleceu a Política Nacional de Pisos Mínimos

do Transporte Rodoviário de Cargas. Se aplicadas

corretamente, as regras seriam uma forma de

amenizar o impacto das altas no preço do óleo

diesel nas bombas, argumentam os

caminhoneiros.

A CNTA fez um levantamento em sua base de

associados - formada por 140 sindicatos, nove

federações e uma associação colaborativa - para

confirmar o posicionamento dos caminhoneiros.

Ao fim da ronda, identificou que o anúncio

reacendeu insatisfação generalizada na categoria,

que "está impaciente à espera de uma resposta

do Governo".

Wanderlei Alves fez um vídeo em que diz que o

aumento do diesel colocará os caminhoneiros "no

fundo do poço". "Infelizmente o governo pagou

para ver, a Petrobras vai dar um aumento de R$

0,10 no óleo diesel amanhã (quinta-feira, 18) e

eu quero que o senhores entendam o impacto

que isso dá para nós", afirma ele, para se

queixar da falta de reajuste no piso do frete.

Os caminhoneiros, muitos dos quais associados

às organizações consultadas pela CNTA e outros

sem qualquer vínculo sindical, queixam-se de que

as lideranças que negociam com o Planalto não

os representam. "Infelizmente o governo tem

escutado lideranças que não têm caminhão, não

sabem o custo que é ter um caminhão, quanto

custa um pneu, quanto se gasta de óleo, não

sabem quanto de média faz um caminhão", diz

Alves.

Nas reuniões com os ministros Freitas e Onyx

Lorenzoni (Casa Civil), a categoria vem sendo

representada pelo caminhoneiro Wallace Landim,

o Chorão, de Catalão (GO). O transportador

autônomo conquistou a confiança de importantes

líderes sindicais, como diretor do Sindicato dos

Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens

da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam),

José Cícero Rodrigues, e o presidente do

Sindicato dos Transportadores Autônomos de

Cargas de Volta Redonda e Região Sul

Fluminense (Sinditac-VR), Francisco Wild. Com

influência em regiões bastante afetadas pela

greve de 2018, ambos garantem que os

caminhoneiros locais não vão aderir a uma greve

neste momento.

https://www.valor.com.br/brasil/6220031/seman

a-sera-decisiva-para-impasse-entre-governo-e-

caminhoneiros

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Data: 22/04/2019

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MP do Saneamento vence em junho sem ter

sido avaliada

Quem chega à periferia de qualquer região

metropolitana do país ou em pequenas cidades

do interior pode perceber. Essas localidades têm

energia elétrica e telefonia de última geração? A

resposta é quase sempre positiva. Existe rede de

coleta e tratamento de esgoto? Muito

provavelmente não. O saneamento básico, no

Brasil, apresenta indicadores vergonhosos e tem

se mostrado campeão do atraso que afeta a área

de infraestrutura. Em 2017, foram gastos R$

10,9 bilhões no setor, quase 8% menos do que o

verificado no ano anterior. Trata-se do menor

investimento em toda a década e cerca de

metade do valor anual necessário para a

universalização do serviço até 2033, conforme a

meta estipulada no Plano Nacional de

Saneamento Básico (Plansab).

A continuar em tal ritmo, segundo estudo da

Confederação Nacional da Indústria (CNI), a

cobertura plena ficaria para um longínquo ano de

2060. Enquanto isso, rios têm mau cheiro e a

população é exposta a doenças medievais. A

cada 100 litros de esgoto lançados no meio

ambiente todos os dias, 48 não são sequer

coletados. Aproximadamente 1,5 bilhão de

metros cúbicos de esgoto coletado não recebe

tratamento. É o equivalente a seis mil piscinas

olímpicas por dia. Seis mil. Por dia.

Enquanto energia elétrica e telefonia possuem

marcos regulatórios consolidados, atraindo

capital nacional e estrangeiro, o saneamento

convive com um modelo falido e escassez de

recursos. Dos 5.570 municípios brasileiros, só 98

têm operação privada de água e esgoto. As

empresas privadas, responsáveis por 6% do

mercado, investem R$ 418 por habitante. A

média nacional é de R$ 188.

Para modificar esse cenário, uma medida

provisória (MP 844) foi publicada, em julho de

2018, com a premissa de maior abertura ao setor

privado. Sua essência consistia em obrigar as

prefeituras, titulares dos serviços, a abrir

chamamento público para a implantação de

novos sistemas de água ou esgoto. Com isso, as

companhias públicas perdiam a preferência. Até

então, quando elas tinham interesse em

concessões ou contratos específicos, exerciam

espécie de reserva de mercado. Os resultados

provaram-se ruins e ensejaram a mudança.

Meses depois, em função dos conflitos que

despertava, a MP 844 expirou sem ter sido

votada. É certo que havia a campanha eleitoral a

atrapalhar a tramitação de temas importantes no

Congresso Nacional, mas questionamentos

pertinentes foram levantados. Talvez o maior

deles fosse a dúvida sobre se uma abertura geral

do setor não levaria as empresas privadas a ficar

só com os municípios mais rentáveis, deixando

as cidades que dão prejuízo com estatais sem

condições de investir?

No apagar das luzes do governo Michel Temer,

em 27 de dezembro, outra medida provisória foi

publicada (MP 868) com teor muito parecido. O

novo texto manteve avanços da redação anterior.

Atribui à Agência Nacional de Águas (ANA), por

exemplo, competência para emitir normas de

referência em um setor com uma salada

regulatória - são 49 agências estaduais ou

municipais. E institui a cobrança de tarifa de

esgoto para as edificações onde a rede coletora

finalmente chega - hoje é comum moradores

evitarem conexão ao sistema recém-implantado

e continuarem usando fossa, ou despejando

esgoto a céu aberto, para não pagar mais uma

tarifa. Agora, desde que o serviço seja

efetivamente oferecido, eles terão a despesa

conectando-se ou não.

A MP 868, porém, não solucionou o dilema. Na

semana passada, o governo Jair Bolsonaro

colocou sua digital no novo marco regulatório e

apresentou ajustes à comissão que analisa o

assunto. Pela proposta do Ministério de

Desenvolvimento Regional, continuará havendo

exigência de chamamento público, em que os

grupos privados tendem a ganhar mercado das

estatais. Mas, para dar escala ao negócio,

estabelece-se a figura jurídica das

"microrregiões". Desenhadas pelos governos

estaduais, com base em critérios como

pertencimento à mesma bacia hidrográfica,

vizinhança territorial ou até agrupamento entre

municípios superavitários e deficitários,

permitirão a formação de blocos mais atrativos

para investidores privados. A mensagem é que

pequenas cidades têm como se viabilizar.

A acolhida à proposta foi boa. Mas há outras

reflexões a fazer. É preciso considerar, por

exemplo, se os governadores não vão protelar a

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confecção das "microrregiões". Ou se essa

transferência de poderes não suscitaria ações

questionando a constitucionalidade da futura lei,

já que o Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu

aos municípios a titularidade do serviço. É

necessário apressar a análise pois a MP 868

caduca em 3 de junho e ainda não tem sequer

relatório da comissão.

https://www.valor.com.br/opiniao/6220359/mp-

do-saneamento-vence-em-junho-sem-ter-sido-

avaliada

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Águas do Brasil amplia investimento para

2019

Por Ana Paula Machado | De São Paulo

A Saneamento Ambiental Águas do Brasil vai

expandir os investimentos neste ano em

tratamento de esgoto em suas 13 concessões

municipais que opera. A companhia planeja

aplicar R$ 270 milhões, valor 17% superior aos

aportes destinados à operação no ano passado,

quando foram aplicados R$ 230 milhões.

O diretor comercial da empresa, Carlos Eduardo

Castro, disse ao Valor que entre 55% a 60% dos

recursos serão destinados para coleta e

tratamento de esgoto e 15% para aumento da

eficiência para reduzir as perdas de água no

sistema.

"O orçamento do Ministério do Desenvolvimento

Regional para este ano em coleta e tratamento

de esgoto é em torno de R$ 360 milhões no país.

Estamos focados no aumento da eficiência por

isso vamos investir em tecnologia e automação,

principalmente para reduzir as perdas de água no

grupo, que hoje chega a 30%. Nossa meta é

chegar em 2022 com percentual de 15% de

perdas", afirmou.

Com esses investimentos e novas concessões

que devem ser abertas no país, a Águas do Brasil

estima aumentar sua receita em 10% neste ano.

Em 2018, o faturamento do grupo alcançou R$

1,4 bilhão, valor 4,5% maior que o ano anterior.

Já o lucro antes juros, impostos, depreciação e

amortização (Ebitda, na sigla em inglês) totalizou

R$ 504 milhões e o lucro líquido alcançou R$ 270

milhões.

A margem Ebitda chegou a 45,4%, acréscimo de

12,6 pontos percentuais em relação ao apurado

em 2017. Segundo o executivo, a margem foi

sustentada principalmente pela captura de

eficiências operacionais. A dívida líquida

consolidada era de R$ 509 milhões.

"Há poucas concessões abertas atualmente.

Estamos participando da licitação em Orlândia

(SP). A abertura das propostas deve acontecer

em maio. Esse mercado poderá crescer mais

rapidamente com a publicação do marco

regulatório. Sem isso, os municípios vão

continuar crescendo a passos de tartaruga",

ressaltou Castro.

O texto final da Medida Provisória 868, que trará

as regras para o setor de saneamento, deve ser

apresentado amanhã na comissão mista do

Congresso. Entre as propostas em estudo está a

criação de microrregiões para agrupar municípios

viáveis com outros com mais dificuldade de

investimento. "Esse mercado precisa de

competição, caso contrário, a população está

fadada a viver com o esgoto na porta de casa."

Castro adiantou, ainda, que a empresa está

auxiliando a Vale no desenvolvimento do projeto

para captação de água para o abastecimento da

cidade de Pará de Minas (MG). A Águas do Brasil

é a concessionária de água e esgoto da cidade

desde 2015 e aplicou R$ 35 milhões no sistema

de captação de água do rio Paraopeba. Com o

rompimento da barragem da Mina de Córrego de

Feijão, em Brumadinho, que atingiu o rio

Paraopeba, em 25 de janeiro deste ano, o

município ficou com o abastecimento

comprometido.

"A Vale vai investir R$ 90 milhões para construir

um novo sistema de captação de água para a

cidade que deverá estar pronto até abril de 2020.

Mas até lá [conclusão da obra], ela [Vale]

estruturou um plano emergencial para o

abastecimento da cidade. O nosso sistema tinha

capacidade de captação de 284 litros por

segundo e isso resolveu o problema de Pará de

Minas. A Vale tem que fornecer a mesma

quantidade que fornecíamos", afirmou Castro.

Segundo o executivo, o novo sistema de

captação do município será feito pelo rio Pará, há

50 quilômetros de Pará de Minas. "É uma

situação bem desafiadora, porque tivemos que

trabalhar com situações que estavam fora do

previsto. Foram reativados poços artesianos, a

população está sendo atendida por carros pipa e

pela antiga adutora."

https://www.valor.com.br/empresas/6220227/ag

uas-do-brasil-amplia-investimento-para-2019

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Data: 22/04/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Gasto com pessoal tira recursos para água e

esgoto

Por Ana Paula Machado e Taís Hirata | De São

Paulo

Os debates para definição de um novo marco

regulatório do setor de saneamento reacenderam

antigos embates entre concessionárias públicas e

privadas. A qualidade e a eficiência dos

investimentos e dos serviços prestados estão no

centro de uma discussão que tem como pano de

fundo os baixos recursos aportados em água e

esgotamento no Brasil há décadas.

O setor privado quer aproveitar o momento para

mostrar que investe mais e melhor que as

estatais e defende mais competição.

Levantamento feito por entidades que

representam as companhias privadas mostra que

nas estatais metade da receita está

comprometida com a folha de pagamento, o que

reduz significativamente a capacidade de

investimentos dessas empresas.

De acordo com dados do Sistema Nacional de

Informações sobre Saneamento (SNIS), no ano

passado foram investidos R$ 10,6 bilhões e 18%

disso foram aplicados pelas companhias privadas,

que detém apenas 6% do atendimento no país.

Em 2017, as companhias estatais e privadas

destinaram R$ 11,4 bilhões nas obras de

expansão do atendimento de saneamento.

Desses recursos, o investimento privado por

habitante atendido de 2014 a 2016 foi de 2,2

vezes a média nacional. Enquanto as empresas

privadas investiram R$ 418,66 por habitante, a

média de investimentos no Brasil foi de R$

188,17 por habitante.

"Essa baixa dos investimentos em saneamento se

explica, em grande parte, pela estrutura das

empresas estatais. As companhias estaduais têm

uma despesa média anual por empregado de R$

142 mil, enquanto nas empresas privadas esse

valor é de R$ 56 mil por ano. Ou seja, as

empresas públicas gastam 2,5 vezes mais com

salários, benefícios e encargos do que as

empresas privadas", afirmou uma fonte ligada ao

setor.

Em função dessa despesa elevada, a margem das

companhias públicas fica comprometida. Elas

gastam, em média, 51,58% da sua receita com

pessoal. Já nas privadas, a relação é de 22,10%.

Na tentativa de ampliar os investimentos em

água e esgoto, o governo busca encontrar um

consenso em torno do novo marco regulatório,

enviado ao Congresso Nacional como medida

provisória no fim de 2018.

No entanto, da forma como o texto está sendo

construído, dificilmente haverá mudança no

cenário atual, segundo o diretor institucional da

Associação Brasileira das Concessionárias

Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto

(Abcon), Percy Soares.

"Existe uma proposta de criação de microrregiões

para agrupar municípios viáveis economicamente

e os não viáveis. Até aí, tudo bem. Mas, querem

retirar da MP a obrigatoriedade do chamamento

público para a concessão dos serviços de

saneamento. O mercado vai continuar como

está", criticou Soares.

O secretário de desenvolvimento da

infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo

Mac Cord, afirma que a proposta do governo

prevê a manutenção do chamamento público,

que ampliaria a concorrência entre públicas e

privadas. "Trabalhamos para manter o

mecanismo, mas não feito pelo município. Ficará

a cargo dos Estados", garante o secretário.

O texto final da medida provisória será entregue

amanhã na comissão mista do Congresso e então

poderá entrar em votação.

Uma minuta do relatório final, obtida pelo Valor,

indica que a exigência de um chamamento

público permanecerá no texto. Este chamamento

deverá ser feito pelo "titular do serviço" - que

pode ser tanto o município quanto um consórcio

de cidades. A versão definitiva, porém, ainda

está sujeita a ajustes.

O tema do chamamento tem sido a principal

polêmica do novo marco do setor, e um consenso

em torno desse artigo é considerado essencial

para garantir a aprovação do projeto.

A associação das empresas privadas, porém,

teme que as mudanças ameacem a ideia inicial

da MP, que é justamente a de ampliar a

competição entre as públicas e o setor privado.

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Grupo de Comunicação e Marketing

A proposta do atual governo para a medida

provisória foi apresentada pelo ministro de

Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto,

durante a última audiência pública para tratar do

tema, na terça-feira da semana passada.

Após essa apresentação, a Associação Brasileira

das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe),

entidade que vinha sendo uma das principais

ativistas contra a aprovação da medida

provisória, sinalizou que pode mudar de posição,

caso o texto final incorpore as sugestões

apresentadas pelo governo federal.

"A proposta altera o maior equívoco da versão

inicial da MP. Isso ajuda na aprovação pois tira o

principal motivo de discordância", disse Roberto

Tavares, presidente da associação.

Pelo Programa Nacional de Saneamento Básico

(Plansab), o Brasil necessita de R$ 357 bilhões

até 2033 para aumentar a cobertura de

tratamento de água e esgoto no país. Hoje, 52%

da população brasileira não possui ou tem um

atendimento precário no tratamento de esgoto.

Para outra fonte, ligada ao governo, a medida

provisória é imprescindível para atingir a meta

de, até 2033, superar o índice de 90% de

cobertura de esgoto. A leitura é a de que o ajuste

atrairia investimentos privados.

O plano nacional prevê que 40% dos recursos

sejam provenientes dos órgãos de saneamento e

os outros 60% sejam realizados pela iniciativa

privada. Atualmente, os operadores privados

respondem por 6% do atendimento e investem

20% do que é aplicado por ano na área (veja

ilustração acima).

"O que o setor investe anualmente, cerca de R$

11 bilhões, é equivalente às perdas financeiras

na distribuição de água potável [R$ 10,5

bilhões]. O dinheiro está sendo jogado no ralo.

Com essa reserva de mercado [para as estatais],

vamos universalizar os serviços de saneamento

só em 2060", afirmou Soares.

https://www.valor.com.br/empresas/6220241/ga

sto-com-pessoal-tira-recursos-para-agua-e-

esgoto

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Usiminas estuda nova linha em Ipatinga

Por Ana Paula Machado | De São Paulo

A siderúrgica Usiminas irá enviar ao seu conselho

de administração um projeto para a ampliação de

sua linha de aços galvanizados em Ipatinga,

Minas Gerais. Segundo o presidente da

siderúrgica, Sergio Leite, a expectativa é que até o fim do ano o projeto seja aprovado.

"É um projeto no valor de R$ 1 bilhão. E há

demanda para esse tipo de aço. Hoje, operamos

três linhas de galvanizados a todo vapor. Se

tivéssemos mais uma operando, teríamos mercado", disse Leite.

A nova linha teria capacidade para produzir de

400 mil a 500 mil toneladas por ano, o que

deixaria a Usiminas com uma capacidade total de

1,8 milhão de toneladas anuais. "Se aprovado

pelo conselho, os desembolsos devem acontecer

no ano que vem e a nova linha entra em

operação em 2022. É um projeto dentro do nosso

plano de investir no nosso negócio, no que temos expertise, siderurgia", acrescentou o executivo.

Outro projeto que a companhia analisa é a

reativação da usina de Cubatão. Mas isso,

ressaltou Leite, dependerá da melhora da

conjuntura econômica. "Em 2014, tivemos que

desligar os altos-fornos de Cubatão por causa da

crise econômica. Mas, acreditamos que o país

está numa rota de crescimento e, nos próximos

anos, podemos ver uma elevação do PIB [Produto Interno Bruto] de 5%."

Segundo o executivo, reativar Cubatão exigiria

um investimento de mais R$ 1 bilhão. "Lá há

capacidade para 4 milhões de toneladas por ano.

Mas, claro que a produção não seria essa no

primeiro momento. Acredito que por volta de 1

milhão a 1,2 milhão de toneladas de placas. A

economia demandará isso nos próximos anos.

Estamos confiantes na retomada do crescimento

econômico."

Leite acrescentou ainda que a venda de

participação da companhia na Mineração

Usiminas (Musa) deve acontecer até o fim deste

ano. A empresa detém 70% do negócio e a

japonesa Sumitomo tem os outros 30%. O banco

BTG Pactual já foi contratado como assessor.

"Essa negociação segue normalmente. A próxima

etapa é ir ao mercado e ver os interessados.

Vamos concluir essa operação até o fim deste

ano. Queremos focar na produção de aço. O

nosso foco sempre foi a siderurgia", afirmou Leite.

https://www.valor.com.br/empresas/6220221/us

iminas-estuda-nova-linha-em-ipatinga

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