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1 CLIPPING DEPUTADOS 25/02/2015 EDITORIAL SEM DIÁLOGO, O BRASIL PARA A paralisação dos caminhoneiros faz sentido, mas é uma afronta à população. E compete ao governo descascar esse abacaxi que, por omissão ou equívocos, ajudou a criar.A paralisação dos caminhoneiros é uma afronta à população. Os bloqueios de rodovias não só causam transtornos imediatos, como atrasos a quem viaja, descumprimento de compromissos e sofrimento nas estradas, mas também já provocam desabastecimento de combustível e produtos perecíveis, além de prejuízos irreparáveis para produtores rurais e pequenos agricultores. Neste sentido, depois de dois dias de paralisação, já se tornou um movimento inegociável. Tem que ser sustado imediatamente, pois fere o direito de ir e vir, assegurado pelo inciso XV do artigo 5o da Constituição Federal. Mas o movimento dos caminhoneiros faz sentido, ainda que tenha uma liderança difusa e que possa estar sendo estimulado pelas transportadoras. O repentino aumento dos combustíveis e dos pedágios, combinado com a redução do valor dos fretes decorrente da crise econômica e dos baixos preços das commodities agrícolas, tornou praticamente inviável o negócio de transportar mercadorias. Por isso, os caminhoneiros muitos deles endividados pela compra de caminhões novos, incentivada pelo governo no ano passado querem prorrogar seus financiamentos, alterar a legislação trabalhista específica da categoria (a Lei dos Caminhoneiros, já aprovada pelo Congresso e aguardando sanção presidencial) e atenuar suas perdas.

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CLIPPING DEPUTADOS 25/02/2015

EDITORIAL

SEM DIÁLOGO, O BRASIL PARA

A paralisação dos caminhoneiros faz sentido,

mas é uma afronta à população. E compete ao

governo descascar esse abacaxi que, por

omissão ou equívocos, ajudou a criar.A

paralisação dos caminhoneiros é uma afronta

à população. Os bloqueios de rodovias não só

causam transtornos imediatos, como atrasos a

quem viaja, descumprimento de

compromissos e sofrimento nas estradas, mas

também já provocam desabastecimento de

combustível e produtos perecíveis, além de

prejuízos irreparáveis para produtores rurais e

pequenos agricultores. Neste sentido, depois

de dois dias de paralisação, já se tornou um

movimento inegociável. Tem que ser sustado

imediatamente, pois fere o direito de ir e vir,

assegurado pelo inciso XV do artigo 5o da Constituição Federal.

Mas o movimento dos caminhoneiros faz sentido, ainda que tenha uma liderança difusa

e que possa estar sendo estimulado pelas transportadoras. O repentino aumento dos

combustíveis e dos pedágios, combinado com a redução do valor dos fretes decorrente

da crise econômica e dos baixos preços das commodities agrícolas, tornou praticamente

inviável o negócio de transportar mercadorias. Por isso, os caminhoneiros – muitos

deles endividados pela compra de caminhões novos, incentivada pelo governo no ano

passado – querem prorrogar seus financiamentos, alterar a legislação trabalhista

específica da categoria (a Lei dos Caminhoneiros, já aprovada pelo Congresso e

aguardando sanção presidencial) e atenuar suas perdas.

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Ainda assim, não têm o direito de parar o país. Age corretamente a Advocacia-Geral da

União ao pedir à Justiça o imediato desbloqueio das estradas. Deveria fazer isso também

em outras situações, pois foi a leniência do Estado para controlar excessos de

movimentos sociais que estimulou no país a vulgarização de protestos e manifestações

cuja única e principal estratégia para chamar a atenção é o bloqueio do trânsito. O

governo, este e seus antecessores, também é responsável pela dependência do transporte

rodoviário, pela administração equivocada dos preços dos combustíveis, pelo

represamento de reajustes necessários e, principalmente, pela falta de diálogo

preventivo.

Sem diálogo e ações firmes, o Brasil para mesmo, pois a crise econômica e os ajustes

fiscais necessários logo motivarão outras categorias de trabalhadores a reivindicar e a

protestar. A democracia permite isso – mas não permite e nem deve permitir que os

direitos dos demais brasileiros sejam bloqueados.

EM RESUMO

Editorial pede o imediato desbloqueio das estradas para que as reivindicações dos

manifestantes possam ser negociadas, sem causar tantos transtornos à população.

Moacir Pereira

APELO

O senador Luiz

Henrique da Silveira

(PMDB) apelou ontem,

em plenário, a imediata

abertura de um canal de

negociação para dar fim

ao movimento dos

caminhoneiros.

Encontrou-se com o

ministro da Justiça,

José Eduardo Cardozo,

acompanhado por

empresários do

agronegócio, e pediu uma rápida resolução do caso. Ele teve o apoio de outros 10

senadores.

A REAÇÃO DOS CAMINHONEIROS

Governos e sociedade foram surpreendidos pela greve dos caminhoneiros, que se

espalha como pólvora pelo país e causa prejuízos incalculáveis à economia catarinense.

Até agora nem as autoridades entenderam bem a origem desta paralisação que toma

rumos incontroláveis. As informações disponíveis indicam que os caminhoneiros estão

com a corda no pescoço. Os profissionais autônomos, incentivados pelo governo Dilma

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com créditos longos e subsidiados para aquisição de caminhões, declaram-se em

situação de insolvência, conforme relatos de deputados ontem. Solidários com os

motoristas devem tomar uma posição sobre o movimento hoje, exigindo alguma medida

federal.

O aumento no preço dos combustíveis teve dois componentes. O primeiro foi o anúncio

do governo de que gasolina e diesel teriam elevação de apenas 20 centavos por litro. Em

postos de Santa Catarina, onde era oferecido há 30 dias a R$ 2,90, o litro da gasolina

chega a ser vendido a R$ 4,00. Um aumento de 35%, sem que os fretes tenham recebido

idêntica atualização. O segundo é a deterioração das estradas.

A situação é de perplexidade geral. Com um fator agravante: o movimento não tem uma

liderança. Diluído entre comandos diversos, acaba impedindo a abertura de acordo.

Além disso, a pauta é extensa e fica difusa na avaliação das autoridades.

Neste contexto, somam-se dois fatores: a manifestação contra corrupção no governo

Dilma no dia 15 de março; e a convocação que Lula e o PT estão fazendo para atos

públicos em defesa da Petrobras.

Como ninguém está contra a Petrobras, na prática serão protestos a favor da roubalheira.

PRISÃO NEGADA

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou, por unanimidade, recurso do

promotor Alexandre Graziotin, pedindo outra vez a prisão preventiva do vereador Cesar

Faria (PSD), acusado de irregularidades na Operação Ave de Rapina.

O juiz Marcelo Volpato já havia negado o mesmo pedido duas vezes: quando recebeu o

inquérito da Polícia Federal e na entrega da denúncia pelo Ministério Público Estadual.

A defesa de Faria foi feita pelos advogados Francisco Oliveira Filho e Kissao Thais.

INTERVENÇÕES

O ex-ministro José Fritsch esteve reunido com a bancada estadual do PT e lideranças

estaduais tratando das consequências da greve dos caminhoneiros no Oeste. Falou com

o ministro das Relações Institucionais sobre o cenário crítico de SC. Os deputados

Dirceu Dresch e Luciane Carminatti devem viajar hoje a Brasília para relatos sobre a

situação.

CELOS

O administrador de empresas Ademir Zanella assumiu a presidência da Fundação

Celesc de Seguridade Social (Celos). Empregado de carreira com 35 anos de atividade,

Zanella sucede Milton Garcia. A Celos é a primeira fundação criada no Estado. Tem

patrimônio de R$ 3,5 bilhões. É a 37ª fundação do gênero no Brasil.

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IRRESPONSABILIDADE

Motoristas e cobradores de Blumenau e de toda Santa Catarina têm direito de exigir

segurança para trabalhar. Mas foram irresponsáveis no Vale quando pararam o sistema

de transporte coletivo, prejudicando milhares de pessoas ao tomar a decisão sem

negociar e sem cumprir os prazos da lei de greve. Nas ações de Blumenau, a prefeitura

acusou o comando do agitador Ricardo Freitas.

DANOS

Um levantamento realizado pela Secretaria da Saúde revela um dado estarrecedor. Há

meses 120 crianças aguardam a realização de cirurgia de correção da coluna vertebral.

Quando completam 14 anos deixam de ser atendidas pelo Hospital Infantil, entram na

fila geral nos últimos lugares as possibilidades de correção desaparecem. Viram

deficientes físicos para o resto da vida.

CURTAS

O secretário Eduardo Deschamps será convidado a comparecer à Assembleia para falar

sobre a proposta do plano de carreira para o magistério. Pedido feito pelo Sinte e

formalizado pelo deputado Valdir Cobalchini.

O jornalista Rodrigo Ramos toma posse hoje, às 19h, na presidência da Academia de

Letras de Blumenau.

Leia o blog de Moacir Pereira

http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/

Cacau Menezes

FIM DE PAPO

Ao contrário do rei Salomão, que mandou dividir em duas partes a criança pleiteada

pelas duas mães, o governador Raimundo Colombo vai aproveitar que não houve

acordo entre PMDB e PSD e extinguir a Secretaria Regional da Grande Florianópolis.

No projeto de reforma, que será encaminhado à Assembleia Legislativa na próxima

semana, esse deverá ser um dos itens de maior impacto.

Rose Bartucheski deverá voltar para a Fundação de Educação Especial e o ex-prefeito

de Palhoça Ronério Heiderscheidt continua na presidência da Cohab.

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Diário do Leitor

Sobra de dinheiro

Não custa nada perguntar: que fim levou a sobra de dinheiro do TJSC, Alesc, MPSC,

TCSC etc.? Será que foi devolvida aos cofres do Estado? Ou destinada aos hospitais que

estão na iminência de encerrar os atendimentos por falta de recursos? Ou destinaram a

entidades que mantêm crianças abandonadas? Ou será que foi destinada a fundações

assistenciais? Ou reverteram em cestas básicas doadas a famílias que no Natal não

tiveram o que comer? Ou distribuída aos asilos que abrigam velhos inválidos e

enfermos e que carecem de recursos para sobreviver? Ou finalmente foi distribuída, a

título de gratificação, a exemplo de anos anteriores, aos seus funcionários que já são

muito bem remunerados?

Paulo Etewaldo Pfutzenreuter

Laguna

NOTÍCIAS

ENSINO

Professores organizam protesto na Assembleia CATEGORIA QUER A derrubada da MP 198/2015 que retira direitos dos

profissionais temporários

Cerca de 450 representantes de todas as delegações do Sindicato dos Trabalhadores da

Educação (Sinte) do Estado estiveram na Assembleia Legislativa (AL) ontem para

pressionar a derrubada da MP 198/2015, que, de acordo com a categoria, retira os

professores Admitidos em Caráter Temporário (ACTs) da carreira, aumenta a

quantidade de aulas a serem lecionadas e reduz salários, além de revogar os direitos

previstos na Lei 456, de 2009.

A leitura da medida pelos Parlamentares, prevista para acontecer ontem, foi adiada para

terça-feira que vem. Assim, a paralisação de professores não deve se repetir pelo menos

até terça, quando a sessão será novamente acompanhada e a possibilidade de greve será

debatida.

De acordo com nota divulgada pela Secretaria do Estado de Educação, a MP 198/2015

foi a única forma encontrada pelo governo para regulamentar a contratação de

professores em caráter temporário. O órgão também informa que a medida provisória

foi discutida com a categoria antes de ser encaminhada à Assembleia.

Os profissionais recrutados desde o dia 10 de fevereiro já se enquadram no novo

sistema.

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ROBERTO AZEVEDO

Regional da Grande Florianópolis será extinta

Decisão de Raimundo Colombo seria salomônica para acabar com as disputas

entre PSD e PMDB, mas não contenta o vice-governador Eduardo Pinho Moreira

O governador Raimundo Colombo tomou uma decisão salomônica para resolver um

problema que se arrastava entre PSD e PMDB sobre a indicação do secretário regional

da Grande Florianópolis: resolveu extinguir a estrutura, que será absorvida pela

Superintendência da Região Metropolitana, primeira a entrar em efetiva operação no

Estado. O fato é que a superintendência já tem titular, o ex-prefeito Cassio Taniguchi,

de Curitiba, que também virará secretário executivo de Mobilidade Urbana na reforma

administrativa que o governo prepara para enviar à Assembleia.

A decisão por Rose Bartucheski (PSD) ou por Ronério Heiderscheidt (PMDB) gerou

desconfortos e troca de farpas entre líderes dos dois partidos, embora se saiba que, a

exemplo das demais 35 pastas, a regional da Grande Florianópolis viraria uma agência

de desenvolvimento, sem o status de secretaria. E também significaria uma supremacia

dos pessedistas que teriam 18 contra17 regionais dos peemedebistas, o suficiente para

aumentar a tensão entre os principais aliados, caso Rose fosse confirmada.

Mas não imaginem que a decisão de Colombo, que não precisou ameaçar ninguém de

cortar a criança (a secretaria) em duas, resolveu o problema central que ronda a questão.

O presidente estadual do PMDB, deputado Valdir Cobalchini, acredita que as funções

na superintendência deverão ser ampliadas. Hoje, há um posto de superintendente e dois

diretores mapeados, pouco para quem perde, na visão dos parlamentares, um consultor

jurídico, assistentes da diretoria e técnico, um assessor de comunicação e 14 gerentes –

19 funções se incluído o secretário. O diretor geral já foi para o espaço antes desta

mexida.

O ex-deputado Antônio Ceron (PSD), um dos integrantes do grupo que decidem os

cargos no governo, disse que, nas demais secretarias regionais, onde ainda existem

vagas, o critério de ocupação será decidido entre PSD e PMDB, mas com ênfase para o

aspecto técnico. E o tal preenchimento só irá para o Diário Oficial com a assinatura do

secretário regional, uma forma de concordar com a costura feita.

Ponderações

Para o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, a decisão de extinguir a regional da

Grande Florianópolis é equivocada e caso seja confirmada a fusão com a

Superintendência da Região Metropolitana, trata-se de um erro, pois a função é

diferente e não atenderá Angelina, Rancho Queimado e Antonio Carlos, por exemplo,

em outras demandas que não a mobilidade urbana.

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Moreira adverte: “Se o problema for político, que o Nelson Serpa (Casa Civil), o

Antônio Ceron, o Valdir Cobalchini e o Ari Vequi passem o problema para o andar de

cima, que o Colombo e o Eduardo resolvem”.

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“Tem que resolver as questões em casa e não mandar recados pela imprensa.”

Antônio Ceron, ex-deputado estadual (PSD), sobre as críticas de deputados do

partido à reforma administrativa e divisão de cargos no governo, pouco a ntes de

encontrá-los no tradicional almoço das terças.

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Os primeiros

Secretário Nelson Serpa recebeu os líderes Antônio Aguiar (PMDB), Jean Kuhlmann

(PSD), Serafim Venzon (PSDB) e José Milton Scheffer (PP), em separado, na

primeira roda da para esclarecer o cronograma da reforma administrativa, que passa a

ser denominada de ajuste da máquina pública.

De leve, deu pequenos detalhes sobre o que estará em discussão no Legislativo, e

receberá, nesta quarta, os demais líderes.

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Pronatec

O governo federal não repassou recursos para o Programa Nacional de Acesso ao

Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), relativo ao ano passado, em Santa Catarina.

O Senai aguarda a repactuação com o Ministério da Educação para definir quantos serão

os novos cursos, não revelou o tamanho do rombo, mas espera que a situação esteja

resolvida até o mês que vem.

Diárias

Assembleia modifica a partir do próximo domingo, dia 1º de março, a concessão de

diárias, decisão da mesa diretora que já estava pronta desde 5 de fevereiro passado.

Valerão as regras de apresentação de notas de alimentação, estadia e combustível, além

do roteiro da viagem, única exigência anterior.

Na batalha

Não será por falta de pressão de governistas que o governo federal, lento demais para

resolver o problema, que a paralisação dos caminhoneiros nas rodovias que cortam boa

parte de Santa Catarina e do Brasil será resolvida.

A deputada Luciane Carminatti (líder do PT) e o ex-presidente estadual José Fritsch

buscavam, no início da tarde de ontem, uma interlocução com o Ministério da Justiça

para abrir o diálogo entre o Planalto e os líderes do movimento, enquanto o senador

Luiz Henrique levou agropecuaristas, que já amargam prejuízos, ao ministro José

Eduardo Cardozo.

Vergonha

A articulação política do Palácio do Planalto deveria estar mais preocupada com os

pedidos dos caminhoneiros do que com as ameaças de impeachment no Congresso

Nacional, muito distantes por ora, e das ruas cheias no próximo dia 15.

A história já nos mostrou que crises econômicas, que geram inflação, desemprego e

desabastecimento, são o combustível mais poderoso para os políticos atiçarem a

sociedade, aliás a mesma população que amarga no bolso o aumento dos combustíveis,

da energia elétrica, vê as montadoras de veículos paralisadas e o leite sendo jogado fora

por falta de transporte.

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* Deu o que falar a interpretação equivocada de que o governador Raimundo Colombo

admitia o uso da Força Nacional para liberar as rodovias no Estado.

* O deputado Moacir Sopelsa (Agricultura e Pesca) nega que tenha feito a declaração,

só que a divulgação em um jornal do Oeste na internet gerou revolta nos manifestantes e

a ira de colegas de Assembleia, antes de algumas rodovias estaduais serem liberadas e a

Polícia Rodoviária federal dissipar manifestações.

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* O PMDB voltou a negar que tenha abandonado Elizeu Mattos, de Lages, e lembra que

o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, o senador Luiz Henrique e o ex-senador

Casildo Maldaner sempre prestaram solidariedade e até visitaram o prefeito afastado na

prisão.

* Elizeu deve ser solto amanhã, já na condição de denunciado na Operação Águas

Limpas, por suposto envolvimento em um caso de corrupção.

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FABIO LIMA/DIVULGAÇÃO/ND

O secretário Carlos Chiodini (E): elogios aos empresários de Santa Catarina na reunião

do LIDE

ESTADO FORTE

Na reunião do LIDE, onde o economista Paulo Rabello de Castro desceu a ripa no

governo federal e nas administrações petistas, o secretário Carlos Chiodini

(Desenvolvimento Econômico Sustentável), à esquerda, fez um relato otimista e

positivo sobre a força da economia catarinense. Ressaltou que isso tem explicação na

multidiversidade empresarial e na força dos empreendedores. À mesa, Chiodini estava

acompanhado pelo presidente da Assembleia Gelson Merisio, Rabello de Castro e

Wilfredo Gomes, publicitário e presidente da entidade no Estado.

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Jefferson Saavedra

AO TELEFONE

No momento da foto, conta o

deputado, Patrício Destro estava

conversando com Udo Döhler sobre os

pedidos de Joinville ao secretário da

Defesa Civil, Milton Hobus. A

Prefeitura quer ajuda para a construção

de pontes no Vila Nova e no Rio

Bonito – o governo federal também

será cobrado.

POLÍTICA

Reforma começa a ganhar corpo

A comissão especial que debate a reforma política na Câmara dos Deputados aprovou

ontem um plano de trabalho para votar uma proposta a ser levada ao plenário em até 40

sessões. Temas espinhosos, como o sistema eleitoral ideal e o modelo de financiamento

de campanhas eleitorais, serão discutidos por último por serem consideradas o “cerne”

da reforma.

O roteiro de trabalho apresentado pelo relator Marcelo Castro (PMDB-PI) dividiu as

discussões em dois blocos: um para os temas que exigem maior debate (financiamento e

sistema eleitoral) e outro com pontos menos difíceis de atingir um consenso

(coincidência de eleições, fim da reeleição, duração de mandatos, suplência de senador,

voto facultativo, cláusula de desempenho, coligações proporcionais, federações

partidárias, prazo de filiação para disputa, “janela de filiação” e acomodação de forças

políticas). A primeira fase será dedicada às audiências públicas, e ontem foram

aprovados 17 requerimentos para convidar entidades da sociedade civil, autoridades do

Supremo Tribunal Federal (como os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli) e

representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e da Frente Nacional

dos Prefeitos (FNP). A ideia é que sejam realizadas também audiências nos Estados e

debates com estudiosos do tema.

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Paralisação

Vários deputados

catarinenses aderiram à

pauta dos

caminhoneiros, que

realizam paralisação

principalmente na

região Oeste do Estado,

e sugeriram ao governo

federal o subsídio do

diesel durante a sessão

ordinária da tarde desta

terça feira.

Certificação

A comissão científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) aprovou o pleito

brasileiro para o reconhecimento internacional de Santa Catarina e do Rio Grande do

Sul como zona livre de peste suína clássica (PSC). A confirmação foi dada ao secretário

de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa e pelo diretor do departamento de

saúde animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme

Henrique Marques, no final da tarde de ontem.

Bebidas a menores

A Câmara dos Deputados aprovou ontem projeto de lei do Senado que tipifica como

crime a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. O projeto prevê detenção de

dois a quatro anos e multa de R$ 3 mil a R$ 10 mil pelo descumprimento. Como o texto

já havia sido aprovado no Senado e não foi alterado na votação dos deputados, ele segue

agora à sanção presidencial.

O projeto aprovado altera a o Estatuto da Criança e do Adolescente para tornar crime

vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer

forma, a criança ou adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos

cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica. O texto estabelece

como medida administrativa a interdição do estabelecimento comercial até o

recolhimento da multa.

Insultos

O ex-ministro da Fazenda e presidente do conselho de administração da Petrobras,

Guido Mantega, foi agredido verbalmente no fim da tarde de ontem no Hospital Albert

Einstein. Reconhecido logo ao chegar na lanchonete do hospital, o ministro começou a

ser alvo de insultos. “Vai para o SUS”, foi uma das frases ditas pelos frequentadores.

Em minutos, ele deixou o local.

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Pena em casa

O ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por

peculato e corrupção passiva no julgamento do mensalão, obteve autorização para

cumprir pena em casa. O ex-deputado foi autorizado pelo STF a migrar do regime

semiaberto para o aberto depois de ter efetuado o pagamento de R$ 536,4 mil para a

administração pública, o equivalente ao ressarcimento pelo dano causado com o crime

de peculato.

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Apoio antecipado

Vereador pelo PSD, Chumbinho não poupou elogios ao ex-prefeito Carlos Stüpp em um

programa de rádio do qual o tucano participava. Chumbinho lembrou algumas das

grandes obras de Stüpp e afirmou que gostaria muito que seu partido estivesse em uma

eventual aliança de apoio à sua candidatura. Mesmo que o PSD decida seguir outro

caminho, Chumbinho deixou claro que poderá apoiar Stüpp de forma isolada.

Melhorias Na sessão da última segunda-feira foi a vez do petista Matusalém dos Santos solicitar ao

prefeito Olavio Falchetti a execução de patrolamento e lastreamento com areão na rua

Tenente João Luiz Maus, que está intransitável. Anteriormente, os vereadores Neno,

Chumbinho e Firmino já haviam cobrado melhorias na via.

Atraso De acordo com informações recebidas pelo vereador Neno da Farmácia, a PMT está em

atraso com o pagamento de aluguel de alguns dos prédios que ocupa. Para confirmar a

veracidade das informações, o edil solicitou ao prefeito relatório dos imóveis locados e

a data do último pagamento. Neno destacou que os atrasos poderão resultar em ações

judiciais de despejo, as quais, além de prejuízo ao erário, poderão determinar a

desocupação forçada dos imóveis.

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CPI A CPI da Câmara de Vereadores de Tubarão realizou ontem uma audiência para ouvir

as 10 testemunhas arroladas pelo prefeito Olavio Falchetti em sua defesa. A audiência

iniciou às 9 horas da manhã e só foi encerrada por volta das 17 horas.

CPI 2 Três das testemunhas arroladas pelo alcaide (irmã Jacira; delegado regional André

Bermudez e o empresário Luiz Antônio) justificaram ausência e serão ouvidas em uma

nova audiência agendada para terça-feira da semana que vem.

Buraco Em pleno centro da cidade, na rua Pe. Bernando Freuser, em frente à Ortoimagem (via

movimentadíssima) há um buraco bem no meio da rua, com aproximadamente dois

metros de profundidade. Até aí tudo bem, acontece em qualquer lugar, mas o que

chamou a atenção foi a sinalização: uma vassoura. Lamentável.

Gasolina O Procon de Tubarão vai seguir decisão do Sistema Estadual de Defesa do Consumidor

e passará a fiscalizar os preços da gasolina e do diesel nos postos da cidade, notificando

e multando os que aumentarem demais seus preços. Os postos de combustíveis que

aumentaram os valores da gasolina e do diesel acima de R$ 0,22 e R$ 0,15 o litro,

respectivamente, estarão sujeitos às sanções.

Novo horário A partir do próximo dia 2 a Fundação de Saúde de Tubarão deixará de ter expediente

único, como é hoje. O novo horário compreende os dois períodos, sendo de manhã das

7h30 às 11h30 e à tarde, das 13h às 17h.

DIZEM MAS EU NÃO AFIRMO Que a bruxa pousou no centro de Tubarão...

DECLARAÇÃO COMPLICADA

Vereador Gilson Paes Vieira, conhecido como Chumbinho, criou um fato político

ontem ao pedir espaço no programa da jornalista Vera Mendonça, na Rádio Tabajara,

quando o ex-prefeito Carlos Stüpp, presidente do PSDB de Tubarão, concedia entrevista

para falar da convenção que o partido fará dia 28 de março vindouro e de sua possível

candidatura a prefeito na eleição do ano que vem. O vereador Chumbinho, em alto e

bom som, disse que mesmo pertencendo ao PSD, se Stüpp fosse candidato estaria ao

seu lado e trabalharia para ele. A declaração não agradou o comando do PSD de

Tubarão, que poderá se reunir em breve para analisar o assunto. O deputado José Nei

Ascari, maior liderança do partido na região, já foi avisado do caso. Nas rodas políticas,

o comentário é que Chumbinho estaria descontente com o PSD porque sua irmã não foi

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reconduzida ao cargo que ocupava na Secretaria Regional.

Entrelinhas

Amanhã será eleita a nova diretoria do Hospital São Bom Jesus, em Laguna. Apenas

uma chapa foi inscrita, tendo na diretoria, como membros efetivos, Regina Ramos dos

Santos, Gil Ungaretti Neto, Marleni Preuss Cardoso, Porfirio Santos Gomes e Zeno

Alano Vieira.

Os perigos causados por acidentes em piscinas em função da falta de dispositivos de

segurança para os usuários em todo o Brasil foram destacados pelo deputado estadual

Valmir Comim em pronunciamento na Assembleia de SC. O parlamentar apresentou

projeto de lei que dispõe sobre instalação obrigatória de dispositivos de segurança nas

piscinas residenciais ou coletivas de todo o Estado.

Objetivando tratar sobre assuntos ligados às famílias rurais de São Ludgero, acontecerá

amanhã, às 19h30, no auditório da prefeitura, importante reunião do Conselho de

Desenvolvimento Rural, que é presidido pelo morador da comunidade de Ponte Baixa

Walter Ivo Olivier. Toda comunidade está convidada.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, será o novo relator do processo do

prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. Dentro de alguns dias ele deverá apreciar o

recurso do vice-prefeito Márcio Búrigo, que está pedindo o retorno ao comando da

prefeitura.

Advogado Diogo M. Ulisses Figueiredo, do escritório Ulisses Figueiredo e Catapan, de

Florianópolis, foi contratado pelo prefeito Olavio Falchetti para cuidar de seus

interesses junto à Comissão Especial da Câmara de Vereadores, que foi criada para

tratar do caso de respostas do Executivo a requerimentos dos vereadores que

ultrapassaram os prazos previstos na Lei Orgânica.

Com a indicação do ex-vereador de Laguna Deyvison da Silva de Souza para

administrador do Porto de Imbituba, ficou complicada a situação do ex-prefeito de

Tubarão Felipe Luiz Collaço, o Pepê, que não tem muito interesse em ocupar cargo no

governo estadual na capital, já que pretende ficar perto do eleitor tubaronense.

Deputado Federal Edinho Bez esteve esta semana em Goiânia, onde foi homenageado

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pelo Secovi local. Edinho está empenhado em buscar um nome de consenso dentro do

PMDB para a eleição de prefeito ano que vem. Não é sua intenção voltar a disputar

nova eleição na Cidade Azul.

POLÍTICA

As 7 últimas notícias sobre a paralisação dos caminhoneiros

CASA CIVIL PEDE NOMES

Hoje à tarde representantes do deputado federal Pedro Uczai (PT) e da deputada

estadual Luciane Carminatti (PT) estiveram em São Miguel do Oeste e solicitaram

nomes e número de telefone dos líderes do movimento, a pedido da Casa Civil do

Governo Federal. Há probabilidade de que a União faça contato com os protestantes

ainda hoje.

EM BELMONTE, RECOMENDAÇÃO PARA FECHAR PORTAS

Em apoio ao movimento dos caminhoneiros e agricultores, a recomendação da

CDL/Acid é para que os comércios de Belmonte e Descanso fechem as portas das 17h

às 18h de hoje, dia 24. A informação é do presidente da entidade, Vanderlei Pasolini.

De acordo com ele, a medida trata apenas de uma recomendação, e não de uma ação

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obrigatória. "O lojista é livre para escolher se quer ou não manifestar apoio por meio do

fechamento da sua empresa por uma hora", destaca. A medida é feita a exemplo da ação

tomada ontem pela CDL de São Miguel do Oeste.

FAESC FAZ APELO PELO FIM DA GREVE

A nota da entidade diz:

O movimento grevista dos caminhoneiros e transportadores está aniquilando com a

agricultura familiar no grande oeste catarinense, de acordo com avaliação do presidente

da Faesc (Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina) José Zeferino

Pedrozo. A Federação compreende as razões econômicas que motivaram o movimento,

mas alerta que as famílias rurais estão sendo profundamente prejudicadas e muitas terão

prejuízos irrecuperáveis.

O problema é que os grevistas estão impedindo a circulação de produtos do campo

(leite, aves, suínos, grãos, frutas e hortigranjeiros) para processamento nas

agroindústrias e, também, a remessa de insumos (rações, pintinhos, leitões) das

agroindústrias para os produtores rurais.

Somente no oeste circulam diariamente 6 milhões de litros de leite, 3 milhões de

frangos e 20 mil suínos que formam a base da economia regional, mas esse fluxo foi

interrompido pela greve. Nesta terça-feira paralisam pelo menos cinco frigoríficos e, na

quarta-feira, praticamente todo o parque agroindustrial vai parar por falta de insumos.

Pedrozo observa que entidades representativas do setor primário apoiam formalmente

os grevistas, mas, por suprema incoerência ou insensibilidade, os produtores rurais são

diretamente os mais prejudicados. Adverte que há risco de êxodo rural iminente.

Um risco muito grande é que a falta de ração no campo provoque canibalismo entre os

planteis e crie problemas sanitários que afetem a privilegiada condição sanitária de

Santa Catarina (área livre de aftosa sem vacinação). Essa seria a maior desgraça

econômica para o setor produtivo.

Por isso, Pedrozo fez um apelo para que os caminhoneiros encerrem a greve.

UNOESC MANTÊM AULAS NORMAIS

Na tarde desta terça-feira, dia 24, a assessoria de imprensa da Unoesc Campus de São

Miguel do Oeste informou que até o momento, as aulas são mantidas normalmente.

Qualquer novidade ou decisão, os acadêmicos e a comunidade serão comunicados. A

universidade está averiguando como anda a situação visto que os ônibus que trazem os

alunos de outras cidades correm o risco de ficar sem combustível.

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CAMINHONEIROS E AGRICULTORES PROMETEM PAUTA CONJUNTA

Os manifestantes vão apresentar uma pauta conjunta entre caminhoneiros e agricultores

para discutir com autoridades estaduais e federais. A pauta deve ser elaborada ainda esta

terça-feira e será anexada a uma moção assinada por entidades como a União dos

Vereadores de Santa Catarina (Uvesc), Câmaras de Vereadores da região, associações

de municípios e outros.

O tema foi discutido entre autoridades municipais e regionais e manifestantes no final

da tarde desta segunda-feira (23). Da Câmara de São Miguel do Oeste, participaram da

reunião os vereadores Cris Zanatta Massaro, Idemar Guaresi, Maria Tereza Capra,

Valnir Scharnoski e Vanirto Conrad.

Os vereadores propuseram “abrir caminho” junto a autoridades estaduais e federais, em

especial deputados de suas relações, para levar as propostas dos manifestantes. A

presidente do Legislativo, Cris Zanatta Massaro, ressaltou que o movimento nos trevos

atinge a população como um todo e que os vereadores são solidários com as

reivindicações das classes.

APOIO DO COMÉRCIO

Os manifestantes ressaltaram que estão recebendo o apoio geral da população, em

especial do comércio. Na tarde de segunda-feira, lojas fecharam seus estabelecimentos

por uma hora para apoiar a greve. Caminhoneiros convocam novamente o comércio

para que feche a partir das 15h de hoje e apoie a manifestação no trevo da cidade.

Outro apoio recebido é com as doações de alimentos para se manter nos dias de greve.

Caminhoneiros ressaltaram que receberam muitas doações nos últimos dias, mas

pediram que antes de doar, o cidadão pergunte o que é mais necessário, a fim de evitar

sobras.

FRIGORÍFICOS TAMBÉM SÃO AFETADOS COM A MOBILIZAÇÃO

Em São Miguel do Oeste, o Frigorífico São Miguel está com as atividades parcialmente

paralisadas. A informação é da profissional do setor administrativo, Iria Klein dos

Santos. De acordo com ela, a empresa está sem abater desde sexta-feira, dia 20.

Segundo Iria, o frigorífico está conseguindo abastecer o município, porém, o estoque já

está ficando limitado. "Não somos contra o movimento, mas, a situação começa a nos

preocupar", destaca.

Na unidade da JBS de SMOeste, as atividades também estão parcialmente paralisadas.

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POLÍTICA

Deputado Gabriel Ribeiro vai a Brasília pedir reabertura do

Parque Nacional de São Joaquim

Nesta quarta-feira

(24), deputado

estadual Gabriel

Ribeiro irá à

Brasília pleitear a

reabertura do

Parque Nacional de

São Joaquim. O

Instituto Chico

Mendes (ICMBio)

proibiu a entrada

de turistas no local

até que um plano

de manejo seja

estabelecido. A

medida vem

afetando a economia dos municípios abrangidos pelo parque, sobretudo Urubici. “O

objetivo é mostrar que o plano de manejo pode ser elaborado com o parque

funcionando. Vamos pedir a reabertura imediata”, diz Gabriel. O apelo deve ser

reforçado por parlamentares que representam o estado na capital federal.

REGIÃO

Segurança pública e melhoria das rodovias são foco de

discussão na Assembleia da AMAI

A Associação dos Municípios do Alto Irani (AMAI) realizou nesta segunda-feira (23) a

primeira Assembleia de Prefeitos de 2015. Cada Prefeito teve a oportunidade de expor

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suas demandas, desde questões de melhorias nas rodovias estaduais e federais, como

temas ligados a segurança pública.

O Prefeito de São Domingos e Presidente da AMAI, Alcimar de Oliveira (Kiko),

ressalta que o objetivo da AMAI, é programar uma agenda com os entes envolvidos nas

questões apontadas pelos Prefeitos. "Queremos estreitar essas relações com o Governo

Estadual e Federal, criando um diálogo para atender e buscar soluções para os

problemas enfrentados pelos municípios", comenta o Presidente Kiko.

Durante a reunião, os Prefeitos receberam a visita do Presidente da Assembleia

Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Deputado Gelson Merísio, que se colocou a

disposição para colaborar com os municípios e com a AMAI. A Assembleia também

contou com a participação do Secretário de Desenvolvimento Regional de Xanxerê,

Enioivan Marques (Ivan), que expos sobre a nova configuração das SDRs.

Na pauta do dia ainda foram apresentados o Relatório de Atividades de 2014 e

repassadas orientações acerca da Lei Nº 13.019/14 que estabelece novas regras para

celebração de convênios entre o Poder Público e as entidades sociais. A Lei entrará em

vigor a partir de 30 de julho e extinguiu a figura do convênio entre a Administração

Pública e entidades sociais.

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POLÍTICA

Deputada Luciane pede que Governos Federal e Estadual

atendam pauta dos caminhoneiros

A deputada estadual Luciane Carminatti passou boa parte desta terça-feira (24) em

contato com Brasília em busca da abertura do diálogo do Governo Federal com os

caminhoneiros, parados nas rodovias catarinenses desde a última quinta-feira (19).

Juntamente com os demais parlamentares da bancada petista da Alesc, apresentou

moção para que governos nacional e estadual atendam as reivindicações.

Ao governo catarinense, apresentou indicação para que o Estado inicie com urgência a

recuperação das rodovias catarinenses. Cobrou urgência no lançamento e na emissão

das ordens de serviço referentes às etapas de recuperação da SC-283, obra aguardada

desde 2011 pelos catarinenses.

De acordo com a parlamentar, as pautas de reivindicação dos grevistas são estadual e

nacional e devem ser prioridades dos dois governos neste momento de crise.

"Uma das grandes dificuldades, de acordo com o governo federal, é encontrar

representantes para a mesa de negociação, uma vez que quem está à frente desta luta

legítima são trabalhadores e não um sindicato ou entidade. Mas há sinais positivos de

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haver avanço nas negociações por parte do Governo Federal. Estamos intermediando o

contato", afirma Luciane.

A parlamentar afirmou que uma das pautas, a Lei do Descanso, está já na Casa Civil, e a

presidenta Dilma Rousseff deve sancioná-la nos próximos dias sem vetos, respeitando a

construção que houve com o setor e com o Congresso Nacional.

Por outro lado, segundo a deputada Luciane, líder da Bancada do PT, é preciso também

que os grevistas tenham responsabilidade para não prejudicar os produtores, que sofrem

pela falta de escoamento da produção, e também os consumidores, quando não há

produto à venda. “Os caminhoneiros têm o direito de lutar e reivindicar, mas isso não

pode fazer com que outros trabalhadores sejam prejudicados", avalia.

Dresch pede abertura de diálogo e defende agricultores

afetados pela greve dos caminhoneiros

O deputado estadual Dirceu Dresch (PT) ocupou a tribuna do Legislativo para

manifestar preocupação com os prejuízos que a mobilização dos caminhoneiros já está

causando aos agricultores familiares e às agroindústrias catarinenses. O parlamentar,

junto com a bancada do Partido dos Trabalhadores, apresentou moção solicitando a

abertura imediata do processo de negociação do movimento dos caminhoneiros com os

governos federal e estadual. O deputado também manteve contato com a equipe do

ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante, para tratar das ações do governo.

"É justo e meritório que o movimento dos caminhoneiros apresente sua pauta e suas

reivindicações, por isso eles têm o nosso apoio. Mas esse movimento não pode

prejudicar o agricultor familiar, como é o caso dos produtores do leite, que já estão

atravessando uma crise. É preciso o bom senso para que os caminhões que fazem a

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coleta do leite, a distribuição de ração, transporte de animais e alimentos circulem

normalmente, sob pena de perdas econômicas irreparáveis", afirmou Dresch.

Governo do estado não pode ficar omisso

O deputado cobrou a responsabilidade do governo do estado em pontos da pauta de

reivindicação dos caminhoneiros. Lembrou que "17% do preço do diesel é ICMS, de

responsabilidade do governo estadual". Além disso, a ampla maioria das rodovias

estaduais está em situação muito ruim, esburacadas e sem manutenção, o que causa

prejuízos aos caminhoneiros.

Politização e aumento abusivo

O deputado também criticou o uso político do movimento e o aumento abusivo dos

combustíveis. "Radicalizar e politizar o movimento não é o caminho. Postos de

combustíveis aplicaram aumentos muito superiores aos autorizados pelo governo. Os

órgãos de fiscalização precisam atuar com firmeza contra esses empresários que estão se

aproveitando da situação e majorando os preços. O mesmo podemos dizer do frete, que

é ditado pelas grandes empresas e não pelo governo", criticou Dresch.

POLÍTICA

Pautas de Criciúma são levadas a autoridades em

Florianópolis Prefeito Clésio Salvaro conversou com Gelson Merisio e Celso Calcagnotto

Criciúma (SC)

Diante da necessidade de

angariar recursos dos governos

Federal e Estadual, o prefeito

Clésio Salvaro dedica parte da

semana a agendas em

Florianópolis e Brasília. Em

agenda na Capital Catarinense

nesta terça-feira (24), assuntos

do interesse de Criciúma

foram colocados à mesa dos

gabinetes dos deputados

estaduais. Entre os visitados

esteve o presidente da casa,

Gelson Merisio, que

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intermediou encontro com o secretário executivo de Supervisão de Recursos

Disvinculados do Governo do Estado, Celso Calcagnotto.

Os parlamentares poderão contribuir com emendas parlamentares e com a força da

liderança somada ao Município nas reivindicações perante o Governo do Estado,

acredita Salvaro. “Somos uma das 10 maiores cidades de Santa Catarina e geramos um

volume significativo de impostos que chegam aos cofres públicos. Cabe a nós, enquanto

representantes dos interesses da população, buscarmos o retorno merecido por

Criciúma. Sobre possibilidades de conseguir recursos conversamos com o secretário

Calcagnotto”, explica o prefeito.

Obras da Próspera novamente abordadas na Casan - Com o propósito de

acompanhar o andamento do convênio acertado com a Casan para a repavimentação de

ruas, o prefeito visitou ainda o diretor de Planejamento de Relações com o Poder

Concedente, Osny Souza Filho.

Rolando Christian Coelho

Moreira vai para o tudo ou nada

Vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) não tem escondido sua intenção de

se candidatar ao Governo do Estado em 2018. Fala isto abertamente, sem ressalvas. Vai

mais longe: enfatiza que como há um acordo entre ele e o governador Raimundo

Colombo (PSD), para que este renuncie com o objetivo de concorrer ao Senado Federal

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em abril daquele ano, as coisas ficarão mais fáceis ainda. Se o acordo for cumprido, seis

meses antes da eleição estadual Moreira seria oficializado como governador, bancando,

então, sua candidatura a reeleição. Para que os riscos do projeto sejam menores, o vice

pretende continuar como presidente do PMDB Estadual, podendo determinar, desta

forma, de qual modo será feita a escolha do candidato do partido, e de que forma

deverão ser encaminhadas as coligações.

Na teoria o plano parece perfeito, já que Colombo deve mesmo renunciar seis meses

antes da próxima eleição estadual para concorrer ao Senado, até porque para ele restará

isto, ou quatro anos com a barba de molho em Lages, esperando por outra eleição

estadual.

O problema de Moreira é que o PMDB e os aliados do partido não o querem como

governador. Aliás, nunca quiseram. Em 1994 ele duelou internamente com Paulo

Afonso Vieira e acabou perdendo. Em 1998, o PMDB preferiu apostar novamente em

Paulo Afonso, mesmo com todo o escândalo dos precatórios, do que investir em

Moreira. Em 2002 Moreira esperneou mas conseguiu no máximo ser vice de Luiz

Henrique da Silveira. Em 2006 acabou perdendo esta vaga para Leonel Pavan (PSDB).

A partir daí ficou quatro anos trabalhando para ser o sucessor de Luiz Henrique em

2010. Chegou a ser homologado em convenção como candidato, mas o pessoal do

PMDB que tem a chave do cofre disse que o candidato seria Raimundo Colombo. Deve

ter sido o único caso na história política do país até hoje em que um candidato ao

governo foi homologado, mas acabou abrindo mão para uma candidatura de um outro

partido. Restou a Moreira, novamente, ser vice, tanto em 2010, quanto em 2014.

Por mais estranho que possa parecer, o problema de Moreira é que ele não é do

„esquema‟ do PMDB. Não faz parte da casta do partido. Por conta disto, é muito

provável que o projeto de Eduardo Moreira fracasse. Ainda que consiga chegar ao

governo e banque sua própria candidatura, dificilmente terá o apoio interno necessário

para vencer as eleições. É que o pessoal do PMDB de Joinville, Florianópolis e do

Oeste do Estado, prefere puxar a carroça dos outros, do que se entregar para o Sul.

Morro Grande e Ermo

Governador Raimundo Colombo (PSD) viaja para a Alemanha no próximo dia 15. Tem

encontro marcado com os diretores do Banco KFW, em Frankfurt. O objetivo é tentar a

liberação de um empréstimo de R$ 300 milhões para investimentos no setor de

saneamento básico, nos 80 menores municípios do Estado, todos com menos de 4 mil

habitantes. Na relação dos possíveis beneficiados estão Morro Grande e Ermo. Se o

empréstimo der certo, os municípios beneficiados receberão em média mais de R$ 3,5

milhões em investimentos. Como são todos de pequeno porte, o valor é suficiente para

sanar praticamente toda a demanda urbana dos contemplados.

Bom para o PP

Novela envolvendo o entra e sai de prefeitos no Paço Municipal de Criciúma teve mais

um desdobramento, desta vez benéfico ao PP. Na semana passada o ex-prefeito Márcio

Búrigo (PP), que postula seu retorno ao comando do executivo, levou um balde de água

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fria depois que o Ministro do STF Celso Melo abriu mão da relatoria de seu processo.

Melo já havia dado várias decisões contrárias ao atual prefeito Clésio Salvaro (PSDB),

beneficiando Márcio. Para sorte do prefeito „deposto‟, o novo relator de seu processo é

o Ministro Luiz Fux, um dos principais defensores da aplicação rígida da Lei da Ficha

Limpa. Em 2012 Clésio foi impedido de assumir, depois de reeleito, justamente por

conta do Ficha Limpa. Se Fux for enérgico, Salvaro dança.

Caso Plano Pesquisas (I)

Aconteceu ontem, no Fórum da Comarca de Araranguá, mais uma audiência do Caso

Plano Pesquisas. Em 2012 a empresa foi acusada pela coligação encabeçada pelo

PMDB, que tinha o empresário César Antônio Cesa como candidato a prefeito, de ser

uma empresa fantasma. Na ocasião a Plano vinha realizando pesquisas que apontavam o

prefeito eleito, Sandro Maciel (PT), na liderança do processo sucessório municipal. A

repercussão do caso, que foi amplamente explorado pela coligação de César nos meios

de comunicação, acabou gerando uma série de prejuízos morais e materiais para a

Plano, que naquele ano praticamente não conseguiu mais ser contratada.

Caso Plano Pesquisas (II)

De acordo com o diretor da Plano, José Flávio Mafra, sua empresa postula uma

indenização de R$ 180 mil para ressarcimento de danos materiais, mais R$ 50 mil de

danos morais. Na audiência de ontem também houve um desdobramento que pode gerar

um outro processo da mesma proporção. Conforme Flávio Mafra, o marketeiro da

coligação que está sendo processada, Everaldo Apolinário João, admitiu ter mandado

fazer a matéria em vídeo que, depois de veiculada na televisão, gerou o alegado prejuízo

da Plano Pesquisas. Até agora, como ninguém havia assumido a autoria da matéria, a

responsabilidade vinha recaindo apenas sobre César Cesa e sua coligação. “Nas

próximas semanas devemos entrar com um novo processo”, disse Flávio.

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Blog Ivan Exxtra

Bastidores da política em SC

Senador quer proibir pesquisa eleitoral

O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) insiste na defesa da proposta de

sua emenda constitucional, que estabelece a proibição de divulgação de

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pesquisas eleitorais, desde os quinze dias anteriores à data da votação. O senador ainda

exemplificou os vários erros que aconteceram no primeiro turno dessas eleições e nas

eleições de 2012, sendo que o erro mais grave aconteceu em Joinville. “No sábado, 25

de outubro de 2012, o IBOPE publicou, no jornal, no rádio e na TV, sua pesquisa

dizendo que o prefeito Udo Döhler seria derrotado por uma margem de 18 pontos

percentuais. No domingo, ele era eleito com uma folga de 9,5%. Um “erro” de apenas,

apenas, apenas, apenas 27,5%!” – ironizou. Para a Associação Nacional de Jornais e

institutos de pesquisa a emenda constitucional do ex-governador de SC, é tentativa de

censura ao direito à informação.

As pesquisas de intenções de voto, por determinação legal, são obrigadas a serem

registradas junto ao TSE, demonstrada sua metodologia e quem pagou por elas, já que,

obviamente, os grandes institutos de pesquisas não trabalham gratuitamente. Elas

devem observar critérios de amostragem por sexo, idade, grau de instrução, condição

econômica do pesquisado, área física de realização da pesquisa, intervalo de confiança e

margem de erro.

Infelizmente, não há no Brasil nenhum instrumento legal ou órgão governamental de

fiscalização e regulamentação de pesquisas, cabendo ao próprio instituto atestar sua

idoneidade e determinar o grau de confiabilidade em seus números.

É bom observar, que os institutos de pesquisas eleitorais são empresas privadas que

vivem do lucro e a serviço de quem os contrata, sem fiscalização e normalmente

demonstrando resultados dispares entre um e outro, num mesmo momento pesquisado.

Normalmente são utilizadas como meio de poder político e manipulação da débil

vontade eleitoral do povo brasileiro, que aceita - por sua própria índole - os resultados

sem qualquer questionamento e verificação aritmética.

As divulgações de margens de erro são em média de 2,2 pontos percentuais para mais

ou para menos, aplicadas sobre os índices pesquisados, o que em números absolutos

representam algo em torno de 20% de erro sobre os eleitores dos candidatos, conforme

demonstração abaixo.

Por exemplo, de agora em dia, a um ano das eleições, seremos bombardeados com

resultados de pesquisas eleitorais realizadas pelos grandes institutos brasileiros, com

resultados totalmente divergentes entre si. É só esperar.

Com a colaboração de Aninha Carolina Silva

Professores se mobilizam e marcam assembleia estadual para

próxima terça (3)

Professores de todo o estado vieram para a

Assembleia Legislativa para protestar (foto), na

manhã de terça-feira (24), contra a Medida

Provisória (MP) 198/2015, que fixa os salários dos

profissionais contratados em regime temporário pela

rede pública estadual de ensino. Eles ocuparam as

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dependências do Palácio Barriga Verde e defenderam a retirada ou a rejeição da MP,

que terá sua admissibilidade apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

na próxima terça-feira (3).

Segundo o coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede

Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte/SC), Luiz Carlos Vieira, os

professores estarão novamente no Parlamento estadual no dia 3 para pressionar os

deputados a rejeitarem a proposta. Durante a mobilização na manhã desta terça, os

professores decidiram realizar uma assembleia estadual da categoria na próxima terça,

na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa. No encontro, eles vão

avaliar o resultado da mobilização contra a Medida Provisória. Não está descartada a

possibilidade de greve.

Segundo o coordenador, a proposta do governo estadual “fragmenta a categoria e

discrimina os ACTs ao transformar os professores contratados em módulos de 10, 20,

30 ou 40 horas em profissionais horistas”. Vieira também considera que a MP incorpora

a regência de classe e não respeita a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério.

“Os professores são uma única categoria. Todos têm que ter o mesmo vencimento, o

mesmo tratamento, e isso só será possível se os professores temporários tiverem

oportunidade de um concurso público para sua efetivação. Não dá para tratar os

professores de forma diferenciada”, afirmou o coordenador do Sinte.

Os professores pretendem percorrer os gabinetes dos deputados para entregar uma carta

na qual pedem a rejeição da Medida Provisória. “Queremos que o governo repense essa

medida e pelo menos nos ouça e discuta conosco uma contraproposta”, reclama Vieira.

Presença

A mobilização desta manhã contou com a participação de professores ACTs, efetivos e

aposentados de várias regionais do Sinte no estado, como Campos Novos, Lages,

Ibirama, São Joaquim e Laguna. Logo nas primeiras horas dos dias, eles ocuparam as

dependências da Assembleia Legislativa para acompanhar a reunião da CCJ, realizada

nesta manhã, na expectativa que a MP fosse discutida.

Devido à pouca disponibilidade de espaço dentro da sala de reuniões das comissões, a

maioria dos professores permaneceu do lado de fora da reunião, protestando com faixas,

cartazes e palavras de ordem, cobrando dos deputados a rejeição da Medida Provisória.

De acordo com o Executivo, a MP 198/2015 tem como objetivo adequar os salários

pagos pelo estado à Lei do Piso Nacional do Magistério. Para isso, os vencimentos dos

professores temporários serão compostos pela soma do vencimento, mais a hora-

atividade, mais o incentivo à produtividade em sala de aula. A Secretaria de Estado da

Educação garante que apenas os professores contratados após a assinatura da MP serão

atingidos pela medida. Os já contratados mantém seus vínculos anteriores.

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Comissão de Constituição e Justiça decide postergar análise

da MP dos professores temporários

Os membros da Comissão de Constituição e Justiça - CCJ (foto) concordaram com a

decisão do presidente do colegiado, deputado Mauro de Nadal (PMDB), e postergaram

para a próxima terça-feira (3) a votação da admissibilidade da Medida Provisória (MP)

198/2015, de autoria governamental, que fixa a remuneração dos professores admitidos

em caráter temporário (ACT‟s). Apesar da decisão, o conteúdo da medida provisória foi

o principal assunto discutido na reunião da comissão, realizada na manhã de ontem (24),

com a presença de representantes dos professores.

Nadal, que atribuiu a si mesmo a relatoria da matéria, argumentou que ainda não tem

conhecimento suficiente sobre o texto e precisa dialogar com a Secretaria de Estado da

Educação. A deputada Luciane Carminatti (PT) colocou-se à disposição para

intermediar o diálogo com os professores. Ela afirmou que a medida provisória “fere um

princípio básico da educação, que é a igualdade de tratamento entre os professores

efetivos e os ACT‟s”, uma vez que desvincula os temporários do plano de carreira do

magistério para reduzir a folha de pagamento.

O líder do governo, deputado Silvio Dreveck (PP), defendeu que a CCJ discuta apenas

a constitucionalidade da iniciativa governamental. “Não nos cabe discutir o mérito,

apenas a admissibilidade, para que posteriormente seja aprofundado o debate”, disse.

O deputado Valdir Cobalchini (PMDB), membro da CCJ e presidente da Comissão de

Educação, Cultura e Desporto, sugeriu que o secretário Eduardo Deschamps seja

convidado para fazer uma explanação sobre a MP. Com a concordância dos demais

parlamentares, ficou decidido que o secretário será convidado a comparecer a uma

reunião conjunta das duas comissões para tratar do assunto.

Tramitação

No trâmite regimental, a admissibilidade da MP precisa ser aprovada pela CCJ e pelo

Plenário, para depois ser debatida pela comissão de mérito (Educação), a qual faz a

conversão da medida em projeto de lei.

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Deputados aderem à pauta dos caminhoneiros e sugerem

subsídio ao diesel

Os deputados catarinenses aderiram à pauta

dos caminhoneiros e sugeriram ao governo

federal o subsídio do diesel durante a sessão

ordinária da tarde desta terça feira. “A

redução do preço do diesel seria um gesto

inicial, as outras situações continuariam em

negociação”, ponderou Maurício Eskudlark

(PSD), referindo-se aos outros itens da

pauta, como preço mínimo do frete

vinculado à oscilação do barril do petróleo,

moratória de um ano nos financiamentos de caminhões, aposentadoria especial aos 25

anos e sanção sem vetos da chamada Lei do Descanso.

Luciane Carminatti (PT), líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, declarou que

se somava à luta dos caminhoneiros, mas cobrou a contrapartida do governo estadual,

que arrecada 12% sobre o preço dos combustíveis via ICMS. “Não podemos tratar a

pauta como responsabilidade apenas do governo federal”, avaliou Carminatti, que

pediu o auxílio dos colegas para identificar líderes para negociar em Brasília. “O

governo quer dialogar, mas com quem”, perguntou a representante de Chapecó.

Mauro de Nadal (PMDB) lembrou à deputada que a atual paralisação não é um

movimento profissional. “Reconheço a dificuldade, é uma aglutinação de pessoas”,

definiu o parlamentar, que conversou com caminhoneiros parados em São Miguel do

Oeste e verificou que a adesão ao movimento foi espontânea.

Kennedy Nunes (foto), do PSD, também dialogou com caminhoneiros. “As empresas

terceirizaram o transporte, é mais barato, venderam a frota para os próprios

funcionários”, explicou o parlamentar, indicando que se trata de autônomos, não apenas

motoristas de grandes empresas. “Um frete de Joinville a Recife (PE), com volta até São

Paulo e depois a Joinville paga R$ 10 mil, mas 47% desse valor, R$ 4,7 mil, são gastos

com diesel e pedágios”, descreveu Kennedy, acrescentando que o restante banca

despesas com pneus, manutenção, seguro e salário. “O caminhoneiro está louco da vida,

não entende como em outros países o barril do petróleo baixou e aqui o diesel custa três

reais”.

Fernando Coruja (PMDB) também reconheceu que a maioria dos motoristas parados

são autônomos. “Eles precisam sustentar a família e sobreviver”, observou Coruja, que

criticou o governo federal por não ter tratado da crise econômica no tempo certo. “Em

determinado instante se entendeu que (a crise internacional) era uma marolinha, que não

ia atingir o Brasil, mas o país foi atingido fortemente, agora os governos precisam achar

soluções, os problemas estão apenas começando”, avisou o representante de Lages. “Dia

15 de março vai haver uma grande manifestação, as pessoas estão ansiosas, preocupadas

com o destino do país, que parece estar caminhando para um destino ruim”, previu

Coruja.

Mauro de Nadal e Darci de Matos (PSD) avaliaram a trajetória dos preços do diesel.

“Em 2013 o litro do diesel comum custava R$ 2,23, agora em 2015 custa R$ 2,75, um

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aumento de 23%, bem acima da inflação, que foi de 12,4% nesses dois anos”, comparou

Nadal. Já Darci informou que em 1996 o preço de um litro gasolina equivalia a 3,5

litros de óleo diesel. “Hoje praticamente está equiparado”, declarou Darci,

acrescentando que entre 2000 e 2009 a gasolina sofreu reajuste de 93%, enquanto o

diesel foi reajustado em 292%. “Uma irracionalidade que impacta diretamente no preço

da cesta básica”, lamentou o representante de Joinville.

Dirceu Dresch (PT) também defendeu o movimento dos caminhoneiros, mas ponderou

que a paralisação não pode prejudicar a agricultura familiar. “Ontem e hoje o leite ficou

nas propriedades”, deplorou o deputado, que sugeriu que a Casa Civil da Presidência da

República assuma as conversações. “O caminho é a negociação”, afirmou Dresch,

desestimulando entretanto a associação dos caminhoneiros com impeachment da

presidente Dilma Rousseff. “Isso não ajuda movimento nenhum desse país”, avisou.

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