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CLIPPING DE 13/06/2016 - Despesa do governo deve ter novo recorde este ano2 - CBIC lança cartilha para ambiente pós Lava-Jato - Anac deve manter fim da franquia de bagagem - Desvalorização do dólar em junho já começa a atrair importadores - Momento para se quebrar a rigidez das leis trabalhistas - Ipiranga acerta compra da distribuidora de combustíveis Ale - Projeto que prevê isenção em pedágios preocupa setor - CADASTRAMENTO DE USINAS NO SEGUNDO LEILÃO DE RESERVA SERÁ ENCERRADO EM 1º DE JULHO - CNI ORGANIZA EVENTO PARA DISCUTIR OPORTUNIDADES NO SETOR DE GÁS NATURAL - Empresas tentam contornar baixa produtividade nacional

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  • CLIPPING DE 13/06/2016

    - Despesa do governo deve ter novo recorde este

    ano2

    - CBIC lança cartilha para ambiente pós Lava-Jato

    - Anac deve manter fim da franquia de bagagem

    - Desvalorização do dólar em junho já começa a atrair

    importadores

    - Momento para se quebrar a rigidez das leis

    trabalhistas

    - Ipiranga acerta compra da distribuidora de

    combustíveis Ale

    - Projeto que prevê isenção em pedágios preocupa

    setor

    - CADASTRAMENTO DE USINAS NO SEGUNDO

    LEILÃO DE RESERVA SERÁ ENCERRADO EM 1º DE

    JULHO

    - CNI ORGANIZA EVENTO PARA DISCUTIR

    OPORTUNIDADES NO SETOR DE GÁS NATURAL

    - Empresas tentam contornar baixa produtividade

    nacional

  • Fonte: Valor Econômico

    13/06/16

    - Despesa do governo deve ter novo recorde este ano

    Por Ribamar Oliveira

    As despesas do governo federal neste ano estão mantendo uma trajetória de

    forte expansão e devem alcançar um novo recorde. A programação

    orçamentária e financeira definida na semana passada, por meio do decreto

    8.784, prevê que o gasto total da União deverá atingir R$ 1,230 trilhão em

    2016, contra R$ 1,103 trilhão em 2015, excluído o pagamento das "pedaladas

    fiscais" realizado no ano passado, relativas a passivos não quitados em

    exercícios anteriores.

    Está projetado, portanto, um aumento nominal de 11,5% do gasto neste ano

    ou de 2,3% em termos reais, considerando um IPCA médio de 9% entre 2015 e

    2016 e de 7,12% neste ano, como prevê o mercado, de acordo com o boletim

    Focus, editado pelo Banco Central. Em 2015, o governo quitou R$ 55,6 bilhões

    em passivos que o Tesouro acumulou em exercícios anteriores com bancos

    estatais federais e com o FGTS, que precisam ser excluídos para que as

    despesas do ano passado possam ser comparadas com as de 2016.

    As despesas que mais crescerão neste ano

    são justamente as obrigatórias. Os gastos

    com benefícios previdenciários, por

    exemplo, passarão de R$ 436,1 bilhões no

    ano passado para R$ 503,3 bilhões em

    2016, de acordo com a programação do

    decreto. O aumento nominal será de 15,4%

    e o real, de 5,9%%.

    O gasto com os benefícios da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e

    com a Renda Mensal Vitalícia (RMV) passarão de R$ 42,5 bilhões em 2015

    para R$ 49,1 bilhões, com aumento nominal de 15,5% e real de 6%. gasto com

    o abono salarial e com o seguro desemprego é o que mais crescerá, passando

    de R$ 47,5 bilhões no ano passado para R$ 59,9 bilhões em 2016, com

    aumento nominal de 26% e real de 15,7%.

    1ª PARTE: 13/06/2016

  • Neste último caso, o crescimento decorre, principalmente, da alteração feita

    pelo governo na forma de pagamento do abono salarial no ano passado. O

    governo adiou, para este ano, uma parcela considerável da despesa do abono

    que era devida em 2015. Foi uma medida, aprovada pelo Conselho

    Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), que ajudou a

    fechar as contas no ano passado, mas está pressionando o caixa do Tesouro

    em 2016.

    Apenas o gasto com o pagamento de pessoal da União terá uma pequena

    queda real. Em 2015, a despesa com o pagamento dos servidores ativos e

    inativos ficou em R$ 238,5 bilhões e, neste ano, deverá ficar em R$ 258,8

    bilhões, de acordo com o decreto. Isto representará crescimento nominal de

    8,51%, mas queda real de 0,45%

    Essas quatro despesas (Previdência, LOAS/RMV, abono e seguro desemprego

    e pessoal) representarão 90,6% do gasto obrigatório deste ano, fixado em R$

    967,6 bilhões pelo decreto. Só a despesa com benefícios previdenciários

    representa 52% do gasto obrigatório.

    Por isso, o governo quer fazer a reforma das regras do sistema de Previdência

    Social para controlar o crescimento da despesa pública. A ideia em debate é

    estabelecer uma idade mínima para requerer aposentadoria, entre outras

    medidas. Essa realidade mostra a dificuldade que o governo Michel Temer terá

    para fixar um teto para o gasto da União a partir de 2017.

    A despesa total da União que está no decreto de programação orçamentária e

    financeira é de R$ 1,248 trilhão. Neste valor, o governo incluiu R$ 18,1 bilhões

    para "absorção de outros riscos fiscais", conforme apresentação em slide feita

    na semana passada pelo ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira.

    Segundo explicação do ministro, os R$ 18,1 bilhões são o "resultado líquido"

    da receita com a repatriação de recursos que os brasileiros enviaram de forma

    ilegal para o exterior e o custo que a União terá com a renegociação das

    dívidas estaduais.

    Esse procedimento contábil provocou duas distorções na programação

    orçamentária e financeira. A primeira é que a receita prevista no decreto para

    este ano está subestimada, pois não incluiu a arrecadação que o governo terá

    com a regularização do dinheiro dos brasileiros no exterior.

    A segunda é que incluiu na relação das despesas discricionárias (aquelas que

    podem ser cortadas pelo governo) o tal "resultado líquido" de R$ 18,1 bilhões.

    Esse não é um gasto, pois o governo não vai ter despesa primária com a

    renegociação dos débitos estaduais. Com a moratória que o governo dará, o

    Tesouro vai deixar de receber, por algum tempo, os pagamentos feitos pelos

    Estados pela amortização e juros de suas dívidas. Essa é uma receita

    financeira do Tesouro e não entra no cálculo do resultado primário.

  • Ao suspender os pagamentos ao Tesouro, os Estados vão usar o dinheiro para

    cobrir outras despesas, o que reduzirá o resultado primário que terão neste

    ano. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevê que os Estados e

    municípios deverão fazer um superávit de R$ 6,5 bilhões em 2016. Com a

    renegociação das dívidas, esse superávit será revertido em um déficit primário

    perto de R$ 20 bilhões.

    A LDO determina que o governo federal compense a frustração da meta dos

    Estados e municípios, o que será feito com os R$ 18,1 bilhões que a União

    reservou na sua programação. Na prática, a União absorverá a expansão dos

    gastos dos Estados.

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    Fonte: Valor Econômico

    13/06/16

    - CBIC lança cartilha para ambiente pós Lava-Jato

    Por Murillo Camarotto

    Enquanto as principais empreiteiras do país

    tentam sair dos escombros resultantes da

    Operação Lava- Jato, as construtoras de

    menor porte trabalham para ganhar

    mercado sem cair nos mesmos erros das

    gigantes. É nesse contexto que a Câmara

    Brasileira da Indústria da Construção

    (CBIC) vai apresentar na próxima quarta--

    feira um conjunto de manuais de conduta

    com o intuito de preparar as empresas do

    setor para um ambiente de negócios mais

    transparente e vigiado.

    O diagnóstico da entidade é de que as

    empreiteiras menores só conseguirão

    assumir grandes projetos como concessões de infraestrutura por meio de

    associações, seja via consórcios ou sociedades de propósito específico

    (SPEs). Na avaliação do presidente da CBIC, José Carlos Martins, essa

    Martins, presidente da CBIC:

    "Vamos levar as informações

    para empresas e entidades

    lidarem com o assunto; o mundo

    mudou, os controles estão mais

    rigorosos"

  • aglutinação de empresas tem grande potencial para levantar suspeitas de

    irregularidades, sobretudo de cartelização daí a importância dos manuais.

    "Começamos a estimular muito as empresas a trabalharem com PPPs

    (parcerias público-privadas) e concessões. É a melhor saída no cenário

    econômico atual. Mas para isso tem que se trabalhar muito na linha de

    aglutinar empresas, e aí nos preocupa que possa ser visto como cartel",

    explicou o presidente da CBIC. O material será apresentado em Brasília

    durante o seminário "Ética e Compliance para uma Gestão Eficaz", promovido

    pela CBIC.

    Um dos documentos mais importantes é o Guia de Compliance da CBIC, que

    foi elaborado pelo ex-presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa

    Econômica) Gesner Oliveira.

    O guia apresenta, entre outros tópicos, uma lista de situações nas quais as

    construtoras correm risco de cometer irregularidades. Merecem atenção, por

    exemplo, acordos feitos com fornecedores, políticas de concessão de

    descontos, diferenciação de preços entre clientes e subordinação de venda a

    outros negócios prática mais conhecida no mercado como "venda casada".

    O documento também chama a atenção para mudanças recentes nas penas

    para infrações à ordem econômica. Nesse sentido, recomenda às empresas

    quais são os principais cuidados a serem tomados para evitar esse tipo de

    prática, como evitar a combinação de preços com os concorrentes ou vender

    produtos ou serviços abaixo do preço de custo.

    Os acordos de leniência, tema polêmico entre as empresas, também é tratado.

    Para o presidente da CBIC, é necessário encontrar um modelo que preserve as

    empresas, mas que não seja tolerante ao ponto de estimular a prática de

    irregularidades.

    A forma de comunicação da construtora com os atores do mercado também

    merece atenção. "Nem toda troca de informação pode ser caracterizada como

    uma prática ilícita", diz o documento, antes de alertar que o problema é o

    compartilhamento de dados sensíveis. "Informações sensíveis são aquelas que

    versam diretamente sobre o desempenho das atividadesfim dos agentes

    econômicos", explica o guia.

    A CBIC também vai disponibilizar uma espécie de roteiro para orientar os

    empresários no relacionamento com agentes públicos. Uma das

    recomendações é de que as reuniões contem sempre com pelo menos dois

    representantes da empresa e dois agentes públicos. "O agente público apto é

    aquele que possui competência e autoridade funcional para tratar do assunto

    objeto do diálogo", delimita o manual da entidade.

  • Outros cuidados a serem tomados nessa relação tratam de situações triviais,

    como dividir a conta em jantares e não oferecer presentes aos agentes

    públicos. Também chama a atenção a orientação para que comunicações não

    presenciais sejam sempre arquivadas, como trocas de mensagens por SMS ou

    aplicativos do gênero, como WhatsApp.

    "O que a CBIC está querendo fazer é levar essas informações para empresas e

    entidades para lidar com esse assunto. O mundo mudou, os controles estão

    mais rigorosos e as empresas têm que se cuidar mais do que sempre se

    cuidaram", explica Martins.

    O dirigente garante que a política de orientação às associações membros da

    CBIC hoje são 82 começou antes da eclosão da Lava-Jato. O presidente da

    entidade reconhece, entretanto, que a dimensão da operação ajuda a criar o

    ambiente necessário para levar adiante o debate sobre duas palavras que ele

    considera fundamentais: concorrência e transparência.

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    Fonte: Valor Econômico

    13/06/16

    - Anac deve manter fim da franquia de bagagem

    Por Daniel Rittne

    Apesar da polêmica, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve fazer

    somente ajustes pontuais na proposta que mexe com direitos e obrigações dos

    passageiros, alvo de críticas do Ministério Público Federal e de entidades de

    defesa dos consumidores.

    As mudanças sugeridas nas condições gerais de transporte aéreo, divulgadas

    em março, ficaram em audiência pública por quase dois meses e receberam

    cerca de 1,5 mil contribuições número jamais visto na história da agência. O

    recorde anterior pertencia à consulta que discutiu a concessão dos aeroportos

    do Galeão e de Confins, com 761 participações.

    Bastante criticada pela proposta de eliminar o direito de franquia da bagagem,

    a Anac está convencida em levar adiante a medida. "O importante é deixar

    claro que isso faz parte de um processo gradual e com resultados positivos de

  • desregulamentação da aviação brasileira", diz o diretor da agência que relata o

    processo, Ricardo Fenelon.

    Em 2005, com a lei de criação da Anac, foi estabelecido o sistema de liberdade

    tarifária nos vôos domésticos antes era fixado um teto para as tarifas.

    Resultado: em vez de subir, o preço médio da passagem caiu 54% em termos

    reais na última década. Quatro anos mais tarde, houve extinção dos pisos para

    passagens internacionais, que limitavam os descontos das empresas. A política

    anterior visava proteger aéreas nacionais contra um suposto risco de

    "dumping" nos preços praticados por suas concorrentes estrangeiras. Quando

    ocorreu a liberalização, o temor não se materializou.

    Com a franquia de bagagem, Fenelon também tem expectativa positiva. "Não

    estamos garantindo em momento nenhum que a passagem ficará mais barata,

    mas isso abre as portas para uma diferenciação dos serviços oferecidos pelas

    empresas", ressalta. O foco é incentivar o estabelecimento de companhias "low

    cost" no Brasil.

    Fenelon exemplifica: hoje o peso médio da peça despachada em vôos

    domésticos são 12 quilos. Segundo ele, ao propor uma desregulamentação, a

    Anac segue a experiência internacional: Estados Unidos, União Européia,

    Canadá, África do Sul e China dão às empresas o direito de cobrar por mala

    transportada. A proposta original da agência é eliminar a franquia de bagagem

    atualmente de 23 kg em outubro de 2018 nas viagens dentro do país.

    Quem embarca só com bagagem de mão acaba dando um subsídio cruzado

    aos demais passageiros. As aéreas reservam espaço às malas no porão de

    seus aviões e embutem esse custo nas tarifas.

    No caso dos voos internacionais, hoje o limite é de duas peças, com 32 kg

    cada. A Anac previa tirar gradualmente essa restrição: cairia para duas de 23

    kg imediatamente, um volume com o mesmo peso máximo depois de um ano e

    desregulamentação total dois após a publicação da resolução definitiva. Para

    evitar confusão dos passageiros, o relator pretende eliminar essa "escadinha" e

    liberalizar de uma vez só, em um ou dois anos.

    Outro ajuste que ele admite fazer na proposta inicial é sobre a possibilidade de

    transferência de titularidade do bilhete. Hoje vedada, essa hipótese seria

    reconhecida a critério da empresa mediante pagamento definido no contrato

    de transporte aéreo. Fenelon vê risco de surgimento de um "mercado

    secundário", ou seja, de "cambistas" que adquiram grandes quantidades de

    bilhetes em dias de alta demanda para revenda posterior. "Tenho um certo

    desconforto com a possibilidade de 'cambismo' e, por isso, não fechei posição

    sobre isso."

  • As contribuições públicas estão sendo analisadas pela superintendência de

    serviços aéreos da Anac e, em seguida, haverá avaliação da procuradoria

    jurídica. O parecer de Fenelon será submetido, possivelmente até outubro, à

    diretoria colegiada.

    O superintendente Ricardo Catanant considera que "a sensação inicial de

    perda de direitos [com a franquia de bagagem] vai se reverter" quando os

    passageiros perceberem outros aspectos da resolução, como o direito de

    desistência da compra de passagem até 24 horas depois e indenização

    imediata em caso de extravio de malas.

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    Fonte: Valor Econômico

    13/06/16

    - Desvalorização do dólar em junho já começa a atrair importadores

    Por Silvia Rosa

    A queda de 5,13% do dólar em junho já começa a atrair os importadores.

    Muitos aproveitaram quando a moeda americana chegou a ser negociada a R$

    3,3625, na mínima diária do ano, em 9 de junho, para fazer o hedge dos

    custos, comprando dólar.

    Segundo o superintendente de mercados financeiros do Rabobank, Leonardo

    Veras, a queda do dólar para perto de R$ 3,40 acabou atraindo os

    importadores de insumos, que aproveitaram para comprar dólares e travar os

    custos.

    Algumas empresas também, segundo Veras, aproveitaram esse momento para

    antecipar o pagamento de empréstimos externos, referentes a linhas de capital

    de giro em dólar. "Podemos dizer que o dólar perto desse piso de R$ 3,40 atrai

    o importador, enquanto os exportadores reduzem a procura por hedge com o

    dólar abaixo de R$ 3,70, esperando um rali de alta do dólar", afirma.

    O superintendente-executivo da área de câmbio do Santander Brasil, Maurício

    Auger, também verificou uma atividade maior dos importadores no câmbio com

    o dólar abaixo de R$ 3,50. "Entre R$ 3,35 e R$ 3,50 não só diminui a venda de

  • dólar por parte do exportador, como atrai o importador", afirma. Ele destaca

    que os importadores aproveitaram quando o dólar bateu a mínima no ano para

    alongar o prazo dessas operações de hedge, que geralmente são muito curtos,

    inferiores a 60 dias, para 120 dias a 180 dias.

    O chefe de vendas da mesa de renda fixa para clientes corporativos no Brasil

    do BNP Paribas, Sérgio Machado, verificou que o importador ampliou a

    cobertura de hedge quando o dólar saiu de R$ 4 em março, com o mercado

    apostando na mudança de governo, e agora diminuiu um pouco a estratégia,

    esperando para ver para onde vai o câmbio, se há potencial para uma queda

    maior da moeda americana. "As empresas multinacionais seguem com suas

    políticas de hedge, enquanto algumas companhias nacionais têm mostrado

    uma demanda menor por compra de dólar, mas isso reflete também a atividade

    econômica mais fraca."

    A grande dúvida das empresas é como ficará a política cambial com a troca da

    diretoria do Banco Central. Na semana passada, a expectativa de que o novo

    presidente do BC, Ilan Goldfajn, deva adotar uma postura menos

    intervencionista no mercado de câmbio contribuiu para acentuar a queda da

    moeda americana ante o real, sustentada pelo cenário externo.

    A perspectiva do mercado é que o BC adotará uma postura menos agressiva

    na redução do estoque de swaps cambiais tradicionais, podendo atuar apenas

    em momentos de alta volatilidade do câmbio, sem mirar um patamar específico

    para a moeda.

    Além disso, no cenário externo ainda há alguns fatores de risco que podem

    prejudicar o desempenho das moedas emergentes como a saída do Reino

    Unido da União Europeia, cujo referendo sobre essa decisão está marcado

    para 23 de junho, e um aumento maior que o esperado da taxa básica de juros

    nos Estados Unidos.

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  • Fonte: O Globo

    12/06/2016

    - Momento para se quebrar a rigidez das leis trabalhistas

    Permitir que patrões e empregados se entendam para manter e criar empregos é fórmula

    buscada no Brasil e em outros países, como na França

    POR EDITORIAL

    Nos 13 anos de lulopetismo, houve uma encenação de negociações em torno

    de reformas jamais realizadas. Era para isso mesmo. Foi assim sobre a

    Previdência (INSS), os sindicatos e em questões trabalhistas. Criaram-se

    fóruns em que representantes do capital, do trabalho e governo gastaram

    tempo em debates inconclusos, porque os sindicatos dos trabalhadores jamais

    concordaram com avanços nas legislações previdenciária e trabalhista, e o

    governo os apoiava. Foi puro teatro.

    Agora, a situação é outra, e não apenas porque o PT está afastado do poder

    por decisão do Senado, no processo de impeachment de Dilma. Mas devido à

    gravidade da situação criada no país pelo lulopetismo: a maior recessão da

    História — superior à da Grande Depressão mundial de 1929/30 —; inflação

    que ronda os dois dígitos e desemprego nas alturas, quase em 11%, e em

    elevação.

    O quadro é de emergência, e por isso reformas têm de ser feitas. Uma delas é

    a da legislação trabalhista, para que ela ganhe flexibilidade, a fim de incentivar

    a geração de empregos, neste momento de redução drástica do mercado de

    trabalho.

    É antiga a proposta de o estabelecido em negociação entre o empregador e o

    empregado, com a participação de sindicatos, ser aceito pela Justiça do

    Trabalho, mesmo que contrarie a legislação.

    Faz sentido o conceito, porque a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) tem

    a rigidez da idade — vem de 1943, da ditadura do Estado Novo, de Getúlio

    Vargas. Quando não havia computador, telefone celular, terceirização, linhas

    globais de produção etc.

    2ª PARTE: 12/06/2016

  • Há sindicatos simpáticos à ideia, outros a rejeitam. A regra, é certo, precisa

    valer para todos. O PT critica, mas o princípio foi usado pela própria Dilma no

    Plano de Proteção ao Emprego (PPE), lançado por medida provisória em

    meados do ano passado. Por ele, em comum acordo, empresas podem cortar

    30% dos salários, trabalhadores têm a jornada reduzida na mesma proporção,

    e os empregos são mantidos.

    O desejo de leis trabalhistas perderem a rigidez sequer é exclusivo do Brasil.

    Também na França a possibilidade de o pactuado (entre patrão e empregados)

    valer mais que o legislado também é defendido pelo governo socialista de

    François Hollande. Os sindicatos não aceitam, mas há motivos sólidos para

    mudar: desemprego acima de 10%, o dobro da flexível Alemanha, e

    crescimento projetado de no máximo 1,5% anual.

    As ruas de Paris estão agitadas, mas agitação não remove os gargalos da

    economia francesa, ou de qualquer outra. Pode piorá-los. Acontece o mesmo

    no Brasil. Não é difícil fazer discursos contra o “neoliberalismo”. O complicado

    é explicar como o mercado de trabalho pode melhorar, numa grave recessão,

    sem o entendimento entre patrões e empregados, à margem de uma legislação

    fora da realidade, para se reduzir o custo da geração e manutenção de

    empregos.

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    Fonte: O Globo

    12/06/2016

    - Ipiranga acerta compra da distribuidora de combustíveis Ale

    Negócio na casa dos R$ 2,17 bilhões envolve 2 mil postos e 260 lojas de conveniência

    POR REUTERS

  • Ale possui uma rede de aproximadamente 2 mil postos e 260 lojas de conveniência -

    DIVULGAÇÃO/ALE

    SÃO PAULO - A Ultrapar informou neste domingo que sua subsidiária Ipiranga

    acertou a aquisição da distribuidora de combustíveis Ale por R$ 2,17 bilhões,

    com o objetivo de complementar sua rede na região nordeste, onde possui

    menor participação de mercado. A Ale possui uma rede de aproximadamente 2

    mil postos e 260 lojas de conveniência, enquanto a Ipiranga detém 7.241

    postos e rede de 1.919 lojas am/pm.

    “A rede Ale, com sede em Natal (RN), tem forte presença no Nordeste e

    complementa geograficamente a rede de postos da Ipiranga, que possui menor

    participação nesses mercados em relação ao restante do país e tem focado

    seus investimentos nessa região”, disse a Ultrapar em comunicado.

    A combinação com a Ale também proporcionará maior escala operacional e

    maior eficiência logística, segundo a Ultrapar. O negócio está sujeito à

    aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e de

    acionistas da Ultrapar.

    O valor a ser pago aos vendedores terá a dedução da dívida líquida da Ale, em

    31 de dezembro de 2015, e será sujeito a ajustes de capital de giro e

    endividamento líquido na data do fechamento da transação. O endividamento

    líquido da Ale era de R$ 737 milhões de reais no fim de dezembro de 2015.

    A Ale encerrou 2015 com receita de R$ 11,4 bilhões e lucro antes de juros,

    impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 275 milhões de reais.

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  • Fonte: O Globo

    12/06/2016

    - Projeto que prevê isenção em pedágios preocupa setor

    Em tramitação no Senado, texto sugere que moradores não paguem tarifa

    POR DANILO FARIELLO

    Pedágio em Niterói - Divulgação/Ecoponte

    BRASÍLIA - Há quase dez anos, foi instalada uma praça de pedágio na rodovia

    BR-101 dentro do município de Palhoça, no litoral catarinense. Os moradores

    da cidade se manifestaram contra a cobrança, porque muitos passaram a

    pagar a tarifa no dia a dia, como para ir trabalhar. Da mobilização, surgiu um

    projeto de lei em 2007 com a intenção de evitar a instalação de praças dentro

    de áreas urbanas. O texto, já aprovado na Câmara, isenta do pagamento todos

    os veículos de quem trabalha ou mora na cidade onde ocorre a cobrança, e

    agora está no Senado. A potencial aprovação dessa proposta é vista como

    uma bomba pelas atuais concessionárias de rodovias e potenciais investidores.

    Se aprovado o projeto do deputado federal Espiridião Amin (PP-SC), algumas

    concessionárias estimam em até 90% o número de veículos que trafegam por

    algumas de suas rodovias que deixarão de pagar pedágio. O texto prevê que,

    quando a cobrança for alterada, as concessionárias poderão solicitar às

    agências reguladoras revisões de seus contratos, para elevar a tarifa de quem

    continuar a ser cobrado, compensando a perda de arrecadação. O caso mais

  • severo, citado por muitos, tende a ocorrer na ponte Rio-Niterói, uma vez que

    grande parte dos usuários mora ou trabalha em Niterói, onde está localizada a

    praça de pedágio.

    — Podem imaginar a quantidade de veículos de Niterói para o Rio de Janeiro

    que passam diariamente? São milhares e milhares de veículos. Então, essa

    conta quem vai pagar? Naturalmente, a empresa que detém o direito de

    utilizar-se do pedágio vai pedir uma repactuação do contrato e as outras

    pessoas é que vão pagar, porque o contrato tem de ser mantido. A

    Constituição garante a natureza do contrato — disse o senador Antônio Carlos

    Valadares (PSB-PE), durante discussão na Comissão de Constituição de

    Justiça (CCJ), no dia 13 de abril, quando o parecer foi aprovado.

    Outras isenções

    O texto fala em rodovias delegadas a estados e municípios, mas os

    empresários entendem que a regra poderá valer também para as concessões

    federais. Amin destaca que, desde 2013, o pedágio já não mais se encontra

    dentro da cidade de Palhoça, na BR-101, mas ele lembra que há casos

    similares de “pedágio urbano” na Bahia e no Rio Grande do Sul. O deputado

    comemora o avanço do projeto, mas reconhece que o texto precisa de ajustes.

    — Eu aperfeiçoaria o texto para tirar dúvidas. Não se pode ter insegurança

    jurídica, portanto eu introduziria a expressão de que a regra valeria para

    pedágios em área urbana ou conurbada. Eu não quero quebrar o Brasil —

    disse Amin, destacando que apresentou sugestões de alteração do conteúdo

    da proposta aos relatores do tema no Senado.

    Amin, porém, continua a defender enfaticamente que os cidadãos não paguem

    pedágio para ir de casa para o trabalho.

    Para Flavio Freitas, presidente da Associação Brasileira dos Concessionários

    de Rodovias (ABCR), há uma percepção de que o Congresso esteja aprovando

    “leis irresponsáveis de fundo político-eleitoral”. O setor está ressabiado desde a

    aprovação da Lei dos Caminhoneiros, no ano passado, que promoveu isenções

    a caminhões com eixos suspensos e levou as concessionárias a pedirem

    revisão de seus contratos — e, por consequência, aumento das tarifas aos

    veículos de passeio.

    — Se a lei for aprovada, a maioria dos usuários deixaria de pagar. E, depois,

    poderiam aprovar textos para isenção a estudantes, idosos, deficientes...

    Porém, não é a pessoa quem paga o pedágio, mas sim o veículo — disse

    Freitas, citando outros projetos que já tramitam no Congresso.

    O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI),

    Moreira Franco, assegura, porém, que o governo será coerente na análise

    dessas questões.

  • Moreira citou como resposta o sexto e último dos itens centrais do documento

    “Travessia Social”, que dá as bases do governo de Michel Temer: “Na sua

    ação, o governo deve evitar mudanças súbitas e inesperadas que afetem o

    funcionamento das empresas e a vida das pessoas. A implantação das

    políticas públicas deve ocorrer sempre de modo gradual e transparente”. A

    Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) disse que acompanha a

    tramitação do projeto.

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    Fonte: petronoticias.com.br

    12/06/2016

    - CADASTRAMENTO DE USINAS NO SEGUNDO LEILÃO DE RESERVA SERÁ ENCERRADO EM 1º DE JULHO

    A Agência Nacional de Energia Elétrica

    (Aneel) anunciou que o prazo final para

    inscrição de empresas no 2º Leilão de

    Energia de Reserva será o dia 1º de julho.

    Neste certame, serão negociados contratos

    na modalidade de quantidade de energia e

    com prazo de suprimento de 20 anos.

    Os Contratos de Energia de Reserva nesta segunda licitação serão para

    empreendimentos de geração a partir das fontes solar e eólica. No final de

    março, o ministério de Minas e Energia publicou uma portaria definindo as

    diretrizes para a realização dos Leilões de Energia de Reserva deste ano.

    Os contratos que serão celebrados a partir da conclusão do leilão terão início

    de suprimento de energia elétrica em 1º de julho de 2019.

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  • Fonte: petronoticias.com.br

    12/06/2016

    - CNI ORGANIZA EVENTO PARA DISCUTIR OPORTUNIDADES NO SETOR DE GÁS NATURAL

    A Confederação Nacional da Indústria (CNI)

    organizará no dia 16 de junho, em Brasília, o

    seminário “Gás Natural: Desafios e

    Oportunidades para o Brasil”. A meta do

    encontro é debater as mudanças no cenário

    nacional e internacional do gás natural e

    apontar as alterações necessárias para a

    criação de um ambiente para atração de

    investimentos.

    O evento conta também com a participação da Associação Brasileira de

    Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres

    (Abrace) e da Embaixada do Reino Unido. Outro tema que será discutido no

    seminário será como aumentar a competitividade da cadeia do gás natural.

    Ainda durante o encontro, serão lançados dois estudos elaborados pela CNI e

    Abrace e financiados pela Embaixada do Reino Unido sobre os cenários

    globais e oportunidades para a indústria brasileira no setor de Gás Natural

    Liquefeito e a reestruturação do setor de gás natural.

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  • Fonte: Estadão

    12/06/2016

    - Empresas tentam contornar baixa produtividade nacional

    LUIZ GUILHERME GERBELLI - O ESTADO DE S.PAULO

    Na indústria de máquinas, idade média dos equipamentos chega a 20 anos; na Alemanha, fica

    entre 5 e 7 anos

    SÃO PAULO - Na realidade das empresas brasileiras, a baixa produtividade do

    Brasil acaba sendo exemplificada de diversas maneiras. Na indústria de

    máquinas e equipamentos, a idade média do parque fabril está entre 17 e 20

    anos, o que torna as empresas menos eficientes e competitivas. Na Alemanha,

    umas das principais economias industriais do mundo, varia de 5 a 7 anos.

    “Como não há investimento no País, o maquinário brasileiro foi envelhecendo”,

    afirma José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria

    de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). “Há 20 anos, praticamente não existia

    internet. A tecnologia sempre avançou de forma rápida e, depois do surgimento

    da internet, foi mais rápido ainda”, afirma.

    Comitê fez Vectra Work ampliar produção em 18%

  • Alento. Há, porém, iniciativas individuais de empresas que, de alguma forma,

    estão trazendo alento e ajudando a contornar a baixa produtividade da indústria

    nacional.

    A fabricante de uniformes Vectra Work, por exemplo, criou um comitê dentro da

    companhia com o objetivo de aumentar a produtividade, após notar uma queda

    na rentabilidade. As ideias viraram um plano de ação em todos os setores e

    hoje a empresa consegue produzir 18% a mais com a mesma quantidade de

    funcionários. “Nós conseguimos hoje produzir produtos de maior valor

    agregado”, diz Ronaldo da Silva, diretor-geral da companhia.

    Na fabricante de roupas infantis Brandili, a mudança na expedição, que passou

    a ser robotizada neste ano, e na estrutura do estoque - que passou a ser

    vertical - fez com que a empresa conseguisse elevar a produtividade. A

    expedição pode hoje atender 528 pedidos simultâneos. Antes, eram 478.

    “Também conseguimos reduzir em 30% a quantidade de mão de obra na

    expedição”, diz Sigfrid Hornburg, gerente de logística da Brandili.

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