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CLIPPING DE 14/09/2016 - Governo lança pacote com 34 projetos de concessão e privatização - Setor elétrico vive momento inédito de venda de ativo - Concessões terão R$ 30 bi do BNDES e de fundo do FGTS - Estrangeiros têm interesse em shoppings no país - Estudo da FGV mostra volume de provisões fiscais - De olho em investimentos, Argentina recebe 1.900 empresários de 67 países - Vendas do comércio encolhem 0,3% em julho, diz IBGE - FPSO CIDADE DE CARAGUATATUBA DEVE INICIAR PRODUÇÃO EM SETEMBRO - JBS nomeia José Batista Júnior como diretor presidente interino - Governo desiste de medida para relicitar concessões de infraestrutura - Pacote de concessões repete projetos do governo Dilma

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  • CLIPPING DE 14/09/2016

    - Governo lança pacote com 34 projetos de

    concessão e privatização

    - Setor elétrico vive momento inédito de venda de

    ativo

    - Concessões terão R$ 30 bi do BNDES e de fundo do

    FGTS

    - Estrangeiros têm interesse em shoppings no país

    - Estudo da FGV mostra volume de provisões fiscais

    - De olho em investimentos, Argentina recebe 1.900

    empresários de 67 países

    - Vendas do comércio encolhem 0,3% em julho, diz

    IBGE

    - FPSO CIDADE DE CARAGUATATUBA DEVE INICIAR

    PRODUÇÃO EM SETEMBRO

    - JBS nomeia José Batista Júnior como diretor

    presidente interino

    - Governo desiste de medida para relicitar

    concessões de infraestrutura

    - Pacote de concessões repete projetos do governo

    Dilma

  • - Oposição tira projeto que altera partilha do pré-sal

    da pauta da Câmara

    - Caixa e BNDES têm R$ 30 bilhões para financiar

    investimentos em infraestrutura

    - Governo vai aplicar R$ 30 bilhões no projeto de

    concessões

    - BNDES vai financiar até 80% dos investimentos em

    saneamento

    - Governo espera arrecadar R$11 bi com leilão de

    hidrelétricas da Cemig

    - Concessões poderão ser prorrogadas em troca de

    investimentos

  • Fonte: Valor Econômico

    14/09/2016

    - Governo lança pacote com 34 projetos de concessão e privatização

    Por Murillo Camarotto, Andrea Jubé e Rafael Bitencourt

    Quatro meses após tomar posse, o governo Michel Temer apresentou ontem a

    nova roupagem do programa de concessões em infraestrutura. Diferentemente

    das versões anteriores, houve cautela no anúncio de cifras estratosféricas de

    investimentos e geração de empregos, apesar da grande quantidade de

    projetos que serão oferecidos à iniciativa privada nos próximos dois anos. O

    governo já informou, no entanto, que haverá R$ 30 bilhões disponíveis em

    financiamentos via BNDES e FIFGTS. (ver mais em Concessões terão R$ 30 bi

    do BNDES e de fundo do FGTS).

    Além da lista de empreendimentos, foi anunciada uma série de mudanças nas

    regras das concessões, como a que amplia para cem dias o prazo entre a

    publicação dos editais e a realização dos leilões. Outra exigência nova é de

    que os editais só possam ser publicados após a obtenção da licença ambiental

    prévia. Esses documentos passarão a ter versões em inglês e português.

    Conforme antecipou o Valor, haverá

    mudanças na atuação das agências

    reguladoras, que deixarão de participar da

    elaboração de editais e da organização de

    leilões para concentrar-se na fiscalização

    dos contratos. "Elas serão fortalecidas para

    que possam cumprir seu papel de regular,

    monitorar e fiscalizar", afirmou o secretário-

    executivo do Programa de Parcerias de

    Investimentos (PPI), Moreira Franco.

    O anúncio dos projetos aconteceu após a primeira reunião do conselho do

    PPI, órgão que foi criado por Temer no mesmo dia em que ele tomou posse

    como presidente interino. Além dele, integram o conselho do PPI os ministros

    dos Transportes, Planejamento, Fazenda, Minas e Energia, Casa Civil e do

    Meio Ambiente, bem como os presidentes dos três principais bancos federais.

    1ª PARTE: 14/09/2016

  • Ao todo, foram apresentados 25 projetos passíveis de concessão (ver tabela),

    além da relicitação de três usinas hidrelétricas da Cemig. Mais tarde, o governo

    informou que houve um erro na apresentação e acrescentou outros nove ativos

    que irão a leilão, o que ampliou a lista para 34 projetos

    Questionado sobre o volume de investimentos esperado, Moreira Franco

    preferiu não dar números. "Esse programa não é um projeto publicitário, uma

    ação de marketing, querendo gerar uma expectativa que não se dará", afirmou

    o secretário do PPI.

    Na apresentação anterior do programa de concessões, em junho do ano

    passado, o governo da então presidente Dilma Rousseff foi criticado por ter

    incluído no pacote o projeto da ferrovia Bioceânica, considerado

    "megalomaníaco". Somente essa obra, que não tem a menor previsão de sair

    do papel, turbinou em R$ 40 bilhões o volume de investimentos anunciado na

    ocasião.

    A única projeção foi feita pelo ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho

    Filho. Ele afirmou que as relicitações das hidrelétricas São Simão, Miranda e

    Volta Grande poderão gerar até R$ 11 bilhões em outorgas. As concessões

    dessas usinas estão próximas do vencimento e poderão, inclusive, ser

    renovados.

    De acordo com o cronograma apresentado ontem, o governo pretende leiloar

    até março do ano que vem os aeroportos de Porto Alegre, Salvador,

    Florianópolis e Fortaleza. A última previsão do governo era de que esses

    quatro terminais movimentariam algo em torno de R$ 8,4 bilhões em

    investimentos.

    Uma das principais decepções foi o setor de rodovias, que apareceu com

    apenas dois projetos. O trecho da BR364/365 entre Jataí e Uberlândia deve ir a

    leilão somente no segundo semestre de 2017, assim como a relicitação do lote

    da BR 101/RS, atualmente administrado pela Concepa.

    Segundo o Valor apurou, atualmente não há interessados pelas concessões

    rodoviárias, nem mesmo pelas que foram apresentadas ontem. O governo

    trabalha em uma medida provisória que vai facilitar a relicitação de trechos

    problemáticos, bem como a prorrogação antecipada de concessões existentes.

    A expectativa é de que os investidores só comecem a aparecer após a

    oficialização dessas medidas.

    A lista conta ainda com três ferrovias: Norte-Sul, Fiol e Ferrogrão. As duas

    primeiras estão sendo construídas pela estatal Valec e devem ser entregues

    para administração e operação do setor privado. O governo programou os três

    leilões para o segundo semestre do ano que vem.

  • Ainda no setor de transportes, o PPI programou as licitações de três terminais

    portuários, sendo dois de combustíveis no porto de Santarém (PA) e um de

    trigo no porto do Rio de Janeiro. Esses leilões também estão previstos para a

    segunda metade de 2017.

    Além das hidrelétricas da Cemig, a área energética terá três leilões de áreas

    de petróleo e a privatização de sete distribuidoras controladas pela Eletrobras.

    O governo quer realizar até junho de 2017 a quarta rodada de licitações de

    campos marginais de petróleo e gás natural sob o regime de concessão. No

    mesmo regime, até dezembro do ano que vem deve ocorrer a 14ª rodada de

    blocos exploratórios. Também está programada para a segunda metade de

    2017 a segunda rodada de licitações do regime de partilha, as chamadas áreas

    unitizáveis de petróleo.

    Ficaram para 2018, último ano da gestão Temer, as concessões dos serviços

    de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto em cidades do Rio de

    Janeiro, de Rondônia e de Pará. A concessão do saneamento foi uma das

    principais novidades do PPI.

    O governo também manifestou a intenção de conceder ativos de mineração

    para a iniciativa privada. De acordo com o ministro de Minas e Energia, foram

    selecionadas duas reservas de cobre, sendo uma em Goiás e outra em

    Tocantins, uma de carvão de candiota, no Rio Grande do Sul, e outra de

    fosfato, na divisa entre Pernambuco e a Paraíba.

    Também foi oficializado o processo de privatização da Loteria Instantânea da

    Caixa, a Lotex

    VOLTAR

  • Fonte: Valor Econômico

    14/09/2016

    - Setor elétrico vive momento inédito de venda de ativo

    Por Camila Maia e Rodrigo Polito

    Depois de anos enfrentando sucessivas crises e uma deterioração das

    condições econômicas, as empresas do setor elétrico colocaram um imenso

    volume de ativos à venda. Agora, elas competem pelos poucos compradores

    capitalizados.

    Levantamento feito pelo Valor mostra que há cerca de 25 mil megawatts (MW)

    de geração à venda atualmente, por meio de privatizações, reestruturações

    societárias e vendas de controle. Esse montante é aproximadamente 18% da

    capacidade de geração total instalada no país. Além disso, há cerca de 24 mil

    quilômetros de linhas de transmissão no mercado, considerando o que deve

    ser oferecido ainda neste ano em um leilão do segmento marcado para

    outubro.

    A potência à venda representa pouco

    menos que duas vezes a capacidade da

    hidrelétrica de Itaipu, que tem 14 mil MW. O

    cálculo, porém, levou em conta a potência

    instalada (ou em construção) total das

    empresas que colocaram ativos ou

    participações à venda. Não

    necessariamente toda essa geração será

    vendida.

    O cenário de poucos compradores capitalizados indica quem está com a

    vantagem. "Há um conjunto de ativos à venda. Quanto maior o conjunto, os

    preços serão trazidos para baixo", disse Jorge Pereira da Costa, vice-

    presidente da consultoria Roland Berger e responsável pela área de energia.

    "Tem muita coisa ao mesmo tempo à venda. Talvez isso leve a uma

    competição maior para atrair um comprador" disse Tiago Figueiró, advogado

    especialista em energia do Veirano Advogados. Segundo ele, pode haver uma

    "diluição" do valor esperado pelos vendedores com as operações.

    Muitas das empresas que estão colocando ativos no mercado passam por

    graves situações financeiras e precisam disso para reduzir o endividamento. É

    o caso da Cemig, por exemplo, que não apenas pretende vender ativos, como

  • a distribuidora de gás Gasmig, mas também uma fatia de suas participações

    em outras empresas do setor, como Light, Renova e Taesa.

    Há ainda os projetos que serão colocados à venda pelo governo, por meio dos

    leilões de transmissão e geração, e dos processos de privatização. Ontem, a

    primeira reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimento (PPI)

    determinou que a venda das seis distribuidoras da Eletrobras e o leilão de

    relicitação de algumas usinas da Cemig acontecerá no último trimestre de

    2017. Para 2016, estão previstos leilões de transmissão, de energia de fontes

    renováveis e de privatização da Celg Distribuidora (Celg D).

    Até recentemente, a incerteza política era um obstáculo para as operações.

    Havia o receio, por exemplo, de que o setor elétrico passasse por novas

    mudanças no comando das principais agências e empresas. Definido o

    impeachment e a permanência do presidente Michel Temer até o fim do

    mandato, a velocidade das transações será maior, disse uma fonte próxima de

    algumas operações.

    "Com essa virada política do governo, a tendência é que a credibilidade do

    Brasil aumente e os investimentos estrangeiros passem a ser mais frequentes",

    disse Leonardo Cotta Pereira, sócio do setor Societário do Siqueira Castro

    Advogados.

    Um desafio para as empresas e para o governo é atrair novos investidores para

    o setor, além de novas fontes de financiamento.

    As estatais chinesas State Grid e China Three Gorges (CTG) protagonizaram

    as maiores operações de fusões e aquisições realizadas recentemente, e a

    gestora canadense Brookfield é frequentemente citada como uma possível

    compradora de ativos de transmissão (como os da Abengoa e os da Isolux) e

    de geração de energia (como ativos da Renova).

    Além dessas, há algumas européias investindo, como a italiana Enel e a

    espanhola Iberdrola.

    Para que as operações propostas tenham sucesso, porém, será necessário

    atrair outros compradores. Os agentes do setor também defendem regras que

    permitam a captação de financiamentos no mercado externo, de bancos

    estrangeiros. "Estão todos esperando uma reestruturação do mercado de

    financiamento, porque o BNDES não vai dar conta de tudo", disse Figueiró, do

    Veirano Advogados.

    Os investimentos nos segmentos de transmissão de energia, geração e

    distribuição dificilmente atraem os mesmo compradores. Também não são os

    mesmos investidores que olham ativos existentes à venda e projetos novos. No

    entanto, não há muitas linhas de financiamento para projetos no setor elétrico.

  • A preocupação maior do mercado elétrico, porém, continua sendo o modelo de

    financiamento de longo prazo dos projetos que começarão do zero, depois de

    serem negociações em leilões. A ideia do governo federal é acabar com os

    "empréstimos pontes" financiamentos intermediários que o investidor contraía

    para desenvolver o projeto antes de receber os recursos do BNDES.

    Na prática, o objetivo do governo é que os financiamentos de longo prazo

    sejam contratados no início da construção dos grandes projetos. O governo

    também indicou que o PPI vai apoiar a emissão de debêntures de

    infraestrutura, como alternativa de financiamentos.

    No entanto, o momento econômico do país é visto como desfavorável para

    esse mecanismo. Segundo Antonio Bastos, diretor-presidente da Omega

    Energia, geradora de energia renovável, com o nível de juros atual, é difícil

    atrair muito capital para financiar infraestrutura.

    Para Fabiano de Brito, sócio do Mattos Filho, o ideal para o financiamento dos

    leilões seria a implementação de uma mudança que incluísse proteção cambial

    nos contratos. "Isso certamente facilitaria a atração de novos investimentos, até

    porque permite que financiamentos internacionais sejam concedidos com maior

    facilidade", disse.

    Para que os contratos tivessem componentes dolarizados, seria necessária

    uma mudança na lei para permitir a indexação ao dólar. Outra alternativa mais

    simples seria a inclusão de parâmetros nos contratos. Dessa forma, as receitas

    previstas poderiam ser alteradas em casos de mudanças no patamar de

    câmbio, inflação e taxa de juros.

    VOLTAR

  • Fonte: Valor Econômico

    14/09/2016

    - Concessões terão R$ 30 bi do BNDES e de fundo do FGTS

    Por Murillo Camarotto e Alex Ribeiro

    O governo disponibilizou R$ 30 bilhões para apoiar o financiamento de longo

    prazo dos projetos do programa de concessões de infraestrutura. Os recursos

    vão ser usados na aquisição das debêntures que vierem a ser emitidas pelos

    grupos vencedores dos leilões e também em empréstimos.

    Desse montante, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

    (BNDES) vai entrar com R$ 18 bilhões. Já o FIFGTS, braço de infraestrutura do

    Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS, vai oferecer outros R$ 12

    bilhões.

    As debêntures poderão financiar até 80% dos investimentos, já que as

    empresas terão que injetar 20% em recursos próprios. Também estão previstos

    empréstimos tradicionais do BNDES, balizados na Taxa de Juros de Longo

    Prazo (TJLP).

    O tamanho da participação da TJLP vai depender de cada projeto. No caso dos

    aeroportos, os investimentos do primeiro ciclo poderão receber até 40% de

    financiamento nessa taxa, que hoje está em 7,5% ao ano. Ao valor será

    acrescido juro de 1,5% mais o risco de crédito.

    Para as rodovias, as novas concessões poderão receber até 50% de

    financiamento em TJLP. Apesar de o governo Michel Temer afirmar que a fatia

    do BNDES nas concessões seria reduzida, as condições para rodovias estão

    melhores do que na última versão do PIL, programa similar do governo da ex--

    presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, os projetos receberiam, no máximo,

    45% do crédito em TJLP.

    A assessoria do BNDES esclareceu que as políticas de financiamento foram

    revisadas em dezembro de 2015 e que, quando comparadas às novas

    condições, a fatia de TJLP anunciada ontem é menor.

    O banco também apresentou as condições para o financiamento de

    investimentos em concessões de rodovia já vigentes. Nesses casos, a parcela

    máxima de TJLP será de 40%. O prazo dos financiamentos será de 15 anos. A

    estrutura de financiamento para os setores de portos e ferrovias ainda não está

    totalmente definida.

  • Outra mudança importante é o fim do instrumento conhecido como

    empréstimo-ponte, pelo qual o grupo vencedor dos leilões recebia um

    adiantamento de bancos privados para iniciar as obras até que o financiamento

    do BNDES fosse totalmente liberado.

    O objetivo é evitar que voltem a se repetir casos em que as empresas iniciaram

    as obras e depois ficaram sem receber do BNDES, o que colocou várias

    concessões em sérias dificuldades financeiras, inclusive com a possibilidade de

    terem seus contratos encerrados.

    "Muitas coisas mudavam no caminho e hoje temos R$ 4 bilhões feitos com

    ponte que não se concluíram", lembrou a presidente do BNDES, Maria Silvia

    Bastos. Ela e o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, disseram que

    os R$ 30 bilhões são um valor inicial e que os bancos privados também

    poderão participar do financiamento no futuro.

    Caffarelli também acredita que as debêntures emitidas pelas concessionárias

    poderão ingressar no mercado secundário futuramente, assim que houver

    maior convergência entre as taxas de juros de curto e as de médio prazos.

    A aposta nesse tipo de instrumento é antiga e gera desconfianças. Apesar de o

    governo desejar que o financiamento via debêntures seja "o maior possível",

    reduzindo a necessidade de crédito TJLP, até mesmo no BNDES, se admite

    que o teto estabelecido para a taxa de longo prazo será integralmente usado

    pelas empresas.

    Outra novidade anunciada ontem trata das fianças bancárias, que garantem o

    pagamento do financiamento durante o período de obras, o mais intensivo em

    capital. O programa de concessões conta com uma espécie de "cláusula de

    escape", pela qual a empresa só é obrigada a começar as obras após receber

    o crédito. Os bancos privados se comprometeram a dar as fianças, que vão

    garantir tanto as debêntures quanto os empréstimos e que poderão ser

    retiradas assim que os empreendimentos começarem a gerar receita própria.

    VOLTAR

  • Fonte: Valor Econômico

    14/09/2016

    - Estrangeiros têm interesse em shoppings no país

    Por Cibelle Bouças

    O cenário para os shopping centers ainda continua negativo, com queda nos

    índices de visitas de consumidores, nível de lojas vagas e inadimplência altos e

    problemas de endividamento em parte das administradoras. Ainda assim, para

    investidores estrangeiros, os ativos brasileiros ainda apresentam potencial de

    ganhos futuros e estão atrativos para compra, por conta do preço mais baixo

    em função do câmbio e da crise econômica e política no país.

    A Blackstone Brasil, braço do americano Blackstone, a canadense Brookfield,

    o GIC Real Estate, braço de investimentos do Fundo Soberano de Cingapura

    (GIC) e o grupo israelense GazitGlobe reafirmaram que têm interesse em fazer

    novos investimentos em shopping centers no Brasil, mesmo sem sinais de

    recuperação imediata do crescimento econômico.

    Marcelo Fedak, diretor da Blackstone Brasil, disse que boa parte dos ativos no

    país ainda têm potencial para gerar ganhos futuros. "Para grupos que fazem

    investimentos de longo prazo, como no nosso caso, a avaliação é de que ainda

    há potencial de reversão desse cenário", afirmou Fedak.

    O executivo disse que a Blackstone Brasil avalia empresas de gestão de

    shopping centers com empreendimentos de alta qualidade para investir, bem

    como a compra de ativos em separado. Fedak acrescentou que São Paulo

    possui empreendimentos com melhores indicadores de desempenho em

    comparação a outras praças.

    David Arthur, sócio diretor da Brookfield, disse que vê oportunidades para

    compra de ativos por conta do preço dos empreendimentos, mais baixo do que

    nos anos anteriores. A Brookfield tem R$ 41 bilhões em investimentos no país.

    Recentemente, a companhia comprou a Transportadora do Sudeste (NTS), da

    Petrobras.

    No alvo da Brookfield estão negócios nas áreas de infraestrutura de transporte,

    logística e setor imobiliário com atenção especial a shopping centers. No país,

    a Brookfield já administra oito shoppings. "O país enfrenta desafios políticos e

    econômicos, mas tem potencial de expansão no futuro. A companhia avalia

    oportunidades para investimentos de longo prazo", disse Arthur.

  • Gastão Valente, vice-presidente sênior do GIC Real Estate, concorda que o

    momento atual "é bom para fazer bons investimentos no Brasil". "O GIC Real

    Estate tem feito mais investimentos nos últimos dois anos no país, por conta do

    valor dos ativos e das ofertas de empreendimentos", disse Valente. O GIC Real

    Estate avalia oportunidades para investir em shopping centers, segundo o

    executivo.

    Chaim Katzman, acionista majoritário e presidente do conselho de

    administração da GazitGlobe, também vê com boas perspectivas o cenário

    para o país no longo prazo. "O país passa por uma situação difícil, mas

    apresenta amadurecimento político e institucional. Isso é muito encorajador",

    afirmou.

    Katzman acrescentou que a GazitGlobe avalia novos investimentos no país e

    que considera mais produtivo comprar shoppings que já existem do que

    construir um empreendimento a partir do zero. A GazitGlobe é dona do edifício

    Top Center e do Top Center Shopping, e administra o Shopping Light, todos

    em São Paulo.

    Os executivos participaram ontem do segundo dia de apresentações do 14º

    Congresso Internacional de Shopping Centers, promovido pela associação do

    setor (Abrasce), em São Paulo, e que se encerra hoje.

    VOLTAR

  • Fonte: Valor Econômico

    14/09/2016

    - Estudo da FGV mostra volume de provisões fiscais

    Por Laura Ignacio

    A complexidade das leis, a criação de normas fiscais por meio de medidas

    provisórias ou instruções normativas da Receita Federal e a demora e a

    instabilidade na análise de litígios pelos tribunais superiores são algumas das

    principais causas que levam as empresas a ter um alto grau de contencioso

    tributário. Com isso, as empresas de capital aberto têm que provisionar bilhões

    de reais para garantir os pagamentos em casos considerados como perda

    provável. Há, porém, divergência na forma de divulgar esses valores aos

    investidores.

    Segundo estudo da FGV Direito SP, a soma das provisões fiscais e do

    contingenciamento passivo inclui os casos de perda possível das dez maiores

    companhias brasileiras que negociam ações em bolsa totalizam R$ 281, 09

    bilhões. Esse é um valor 7,18 vezes maior do que o relacionado às demandas

    trabalhistas e 3,66 maior do que os valores das demandas cíveis, como as

    relacionadas a contratos comerciais.

    "Concluímos que o contencioso tributário é o que mais eleva o risco das

    empresas. E por mais que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

    regulamente a forma de as empresas disporem essas informações, ela varia

    muito", afirma Ana Teresa Lima Rosa Lopes, advogada que realizou a

    pesquisa.

    A CVM exige a comunicação sobre litígios de perda provável, que obrigam as

    empresas a fazer provisão. "Uma empresa pode colocar nessa lista processos

    acima de R$ 1 milhão, outras só a partir de R$ 30 milhões, por exemplo. Os

    critérios para avaliar os processos variam bastante", diz Ana Teresa. Segundo

    ela, os processos de perda remota não são incluídos e os de perda possível

    entram na contingência passiva, que algumas companhias informam e outras

    não.

    Segundo a FGV Direito SP, o objetivo do estudo é analisar como as empresas

    divulgam essas informações para criar o Índice de Transparência e Compliance

    Corporativo. De acordo com Valdir Simão, ex-ministro-chefe da Controladoria-

    Geral da União (CGU) e coordenador do projeto, a FGV pretende construir o

    índice com as empresas.

  • "Hoje não há padronização, o que prejudica o investidor que quer saber a real

    situação das companhias. Identificar o que leva as empresas a esse

    contencioso é importante porque o reflexo disso, no mercado, é a falta de

    transparência efetiva", afirma Simão.

    Para Hélcio Honda, diretor jurídico da Federação das Indústrias de São Paulo

    (Fiesp), se não for eliminada a incerteza na aplicação da legislação tributária,

    as empresas nunca conseguirão fazer um compliance "cem por cento". "Nosso

    problema atual não é exatamente o auto de infração, mas uma legislação

    complicada que comporta dupla interpretação. Com isso, o Carf, por exemplo,

    não faz justiça fiscal e a insegurança jurídica impede a realização de

    investimentos no país."

    Segundo Honda, basta ver os autos de bilhões de reais aplicados às maiores

    empresas de capital aberto, que representam grande parte do Produto Interno

    Bruto (PIB) do Brasil. "É um absurdo não termos até hoje uma definição sobre

    a guerra fiscal, por exemplo. A empresa faz investimentos e depois a norma

    que concedia incentivo fiscal é declarada inconstitucional", diz.

    Apesar desse cenário, a Ambev, uma das dez maiores, afirma sempre adotar

    políticas de relacionamento, com os investidores e o mercado em geral,

    baseadas no princípio da transparência. "A empresa pratica os mais elevados

    padrões de atendimento às disposições legais e regulamentares aplicáveis às

    companhias abertas", afirma em nota a empresa.

    VOLTAR

  • Fonte : O Globo

    13/09/2016

    - De olho em investimentos, Argentina recebe 1.900 empresários de 67 países

    País nunca tinha sido cenário de um encontro desta

    magnitude

    Mauricio Macri, presidente da Argentina, inaugura evento de atração de investimentos - EITAN

    ABRAMOVICH / AFP

    BUENOS AIRES - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, inaugurou nesta

    terça-feira o evento que já é considerado um dos mais importantes do ano por

    seu governo: o Foro de Investimentos e Negócios da Argentina. Pela primeira

    vez, o país recebe a visita de cerca de 1.900 empresários de 67 países,

    incluindo 100 CEOs de grandes multinacionais como The Dow Chemical

    Company, IBM, Shell, Coca-Cola e British Petroleum.

    A Argentina nunca tinha sido cenário de um encontro desta magnitude e

    importância.

    — Não é difícil apaixonar-se por este país — declarou Macri, em seu discurso

    de inauguração do encontro, realizado no Centro Cultural Kirchner (cujo nome

    o governo Macri pretende mudar, por lei), no centro da capital argentina.

    2ª PARTE: 13/09/2016

  • — A presença de todos vocês ratifica uma nova etapa. Estamos em marcha,

    olhamos para nós e para o mundo com otimismo, com regras de jogo claras,

    sensatez e objetivos concretos — assegurou o chefe de Estado.

    Para Macri, a captação de investimentos estrangeiros é fundamental nos

    próximos meses para viabilizar seu plano de governo e, principalmente, para

    tirar o país da recessão na qual continua mergulhado. Na primeira metade

    deste ano, de acordo com dados da empresa de consultoria Abeceb, os

    investimentos estrangeiros diretos alcançaram US$ 1,7 bilhão, abaixo das

    expectativas da Casa Rosada.

    O encontro, já chamado de ―mini Davos‖, durará até a próxima quinta-feira.

    — Queremos que vocês sejam parte desta etapa maravilhosa — disse Macri, a

    uma plateia de representantes de algumas das empresas nacionais e

    internacionais mais importantes do mundo.

    As mais altas autoridades do governo argentino participarão do evento, entre

    elas o ministro da Energia, Juan José Aranguren, e de Finanças, Alfonso Prat

    Gay.

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    Fonte : O Globo

    13/09/2016

    - Vendas do comércio encolhem 0,3% em julho, diz IBGE

    Na comparação com igual mês de 2015, queda é de 5,3%,

    pior resultado desde 2001

  • - Paulo Fridman / Bloomberg

    RIO - As vendas no varejo brasileiro voltaram a cair em julho e apagaram os

    ganhos do mês anterior com um resultado pior do que o esperado mesmo

    diante da melhora da confiança. Assim, o setor mostra um comportamento

    errático ao longo deste ano, com quatro resultados negativos em sete meses.

    Na passagem de junho para julho, as vendas do varejo encolheram 0,3%,

    segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE. Já em relação a julho

    do ano passado, o volume de vendas recuou 5,3% — o pior resultado para o

    mês nesta comparação desde o início da série histórica, em 2001. O setor

    acumula um tombo de 6,7% nos sete primeiros meses de 2016. Em 12 meses

    o desempenho é parecido: queda de 6,8%, que também marca o pior resultado

    da série nesta comparação.

    A queda de 0,3% frente a junho, no entanto, é bem menos intensa do que o

    recuo de 1,1% registrado na mesma comparação em igual mês do ano

    passado. A expectativa da pesquisa da Reuters era de baixa de 0,10% na

    comparação mensal e de queda de 4,90% sobre um ano antes. O banco

    Bradesco espera leve alta de 0,2% ante junho e de recuo de 4,3% na

    comparação com julho do ano passado.

    — O que dá para dizer é que há três meses as vendas estão perto de zero,

    quando antes vinham em movimentos de queda mais aguda. Parar de cair tão

    intensamente é um melhora, mas estamos longe de um recuperação — afirmou

    a economista do IBGE Isabella Nunes.

    A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) indica também que a receita nominal

    avançou 0,7% na comparação com junho, registrando a quarta taxa positiva

  • seguida. No ano, a receita cresceu 4,9%, enquanto em 12 meses o avanço foi

    de 3,7%.

    O volume de vendas comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de

    veículos, motos, partes e peças e de material de construção, caiu 0,5% em

    relação a junho e registrou a quinta queda seguida neste tipo de análise. A

    receita nominal avançou 0,7% na mesma comparação, registrando a terceira

    alta seguida. Frente a julho de 2015, o volume de vendas caiu 10,2% — pior

    resultado para o mês nesta comparação desde o início da série, em 2001. No

    ano, o tombo é de 9,4% e nos últimos 12 meses, a queda acumulada é de

    10,3%.

    De acordo com a pesquisa do IBGE, seis dos oito segmentos avaliados

    registraram queda. O segmento de hipermercados, supermercados, produtos

    alimentícios, bebidas e fumo registrou queda de 0,3%, mesmo resultado de

    combustíveis e lubrificantes. Juntas, as duas áreas respondem por cerca de

    60% da taxa da PMC. Também caíram na passagem de junho para julho

    tecidos, vestuário e calçados (-5,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (-

    1,2%); móveis e eletrodomésticos (-1,0%); e outros artigos de uso pessoal e

    doméstico (-0,9%). Por outro lado, equipamentos e material para escritório,

    informática e comunicação (5,9%) e artigos farmacêuticos, médicos,

    ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,7%) ficaram em terreno positivo.

    Em relação a julho de 2015, todas as oito atividades pesquisadas pelo IBGE

    registraram queda. Os principais impactos sobre o resultado geral vieram de

    móveis e eletrodomésticos (-12,4%) e outros artigos de uso pessoal e

    doméstico (-11,6%), seguidos por combustíveis e lubrificantes (-9,9%) e

    tecidos, vestuário e calçados (-14,2%). As menores influências negativas

    ficaram por conta de livros, jornais, revistas e papelaria (-18,6%); equipamentos

    e materiais para escritório, informática e comunicação (-12,9%); e artigos

    farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,2%). A atividade de

    hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%)

    ficou praticamente estável.

    VAREJO AMPLIADO

    Já o varejo ampliado, que perdeu 0,5% na virada do semestre, foi influenciado

    pela queda de 2,5% em material de construção e de 0,3% em veículos e

    motos, partes e peças.

    Na comparação com julho de 2015, a queda de 10,2% refletiu principalmente o

    desempenho de vendas de veículos, motos, partes e peças, que registrou um

    tombo de 20%. Esta atividade acumula perda de 14,7% em 2016 e de 17,7%

    nos últimos 12 meses. O segmento de material de construção perdeu 12,6%

    sobre julho de 2015. Em 2016 e nos últimos 12 meses, a queda acumulada é

    igual: de 12,9%. Segundo o IBGE, em ambos os segmentos, o resultado foi

  • influenciado pelo menor ritmo da atividade econômica, pela menor oferta de

    crédito e pelo comprometimento da renda familiar.

    VOLUME CAI EM 16 DE 27 UNIDADES DA FEDERAÇÃO

    O levantamento do IBGE mostra que o volume de vendas recuou na passagem

    de junho para julho em 16 das 27 unidades da federação. As taxas variaram

    entre -3,5% no Mato Grosso e -0,1% em Minas Gerais. Em Sergipe, as vendas

    ficaram estáveis, enquanto Roraima (4,0%) e Amazonas (3,4%) registraram as

    principais altas.

    Frente a julho do ano passado, a redução no volume de vendas afetou

    praticamente todas as 27 unidades da federação, com exceção de Roraima

    (3,2%). Os destaques ficaram com Amapá (-18,9%) e Pará (-15,5%). As

    principais pressões de baixa sobre o resultado geral vieram de São Paulo (-

    3%), Rio de Janeiro (-5%) e Bahia (-13,4%).

    Já o varejo ampliado recuou em todos os locais pesquisados, com destaque

    para Amapá (-17,1%). São Paulo (-7,9%) e Rio de Janeiro (-13,0%), Rio

    Grande do Sul (-10,0%) e Minas Gerais (-7,9%) foram os principais

    responsáveis pelo fraco desempenho na comparação anual.

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  • Fonte : Petronotícias

    13/09/2016

    - FPSO CIDADE DE CARAGUATATUBA DEVE INICIAR PRODUÇÃO EM SETEMBRO

    Com recordes atrás de recordes, o

    pré-sal caminha para ganhar mais

    um impulso em sua produção. A

    diretora de Exploração e Produção

    da Petrobrás, Solange Guedes,

    afirmou que espera a entrada em

    operação do FPSO Cidade de

    Caraguatatuba ainda neste mês de

    setembro.

    O navio-plataforma chegou ao

    campo de Lapa, no pré-sal da Bacia

    de Santos, no mês de junho e está

    sendo preparado desde então para

    dar início às suas atividades. A

    integração da unidade foi realizada

    no estaleiro Brasfels, em Angra dos

    Reis. O casco do navio foi fabricado no estaleiro Mitsui Engineering &

    Shipbuilding, no Japão, e a integração dos módulos foi realizada no estaleiro

    Keppel, em Cingapura.

    O FPSO terá capacidade de processar 100 mil barris de petróleo por dia e

    possui uma capacidade de armazenamento de 1,6 milhão de barris de óleo.

    O impulso na produção do Cidade de Caraguatatuba pode trazer boas novas à

    Petrobrás, que está comemorando mais um recorde no pré-sal: em agosto, a

    produção de média exclusiva de petróleo operada pela estatal na região foi de

    1,10 milhão barris por dia. A produção de petróleo e gás natural operada pela

    Petrobrás no pré-sal durante o intervalo também foi recorde: 1,36 milhão barris

    de óleo equivalente (óleo e gás).

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    http://www.petronoticias.com.br/archives/88692http://www.petronoticias.com.br/wp-content/uploads/2016/05/solange-guedes.jpg

  • Fonte : Estadão

    13/09/2016

    - JBS nomeia José Batista Júnior como diretor presidente interino

    Executivo foi presidente da companhia por mais de 20 anos; mudança

    aconteceu após afastamento dos irmãos Wesley e Joesley Batista pela Justiça

    Após a determinação da Justiça Federal de afastar Wesley e Joesley Batista do

    comando de quaisquer empresas, na sequência da Operação Greenfield, a

    JBS informou nesta terça-feira.

    a a nomeação de José Batista Júnior como diretor presidente interino da

    empresa e José Batista Sobrinho como presidente do conselho de

    administração. As mudanças foram comunicadas por meio de nota enviada à

    Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após reunião e eleição realizadas

    nesta terça-feira na empresa.

    Foto: Divulgação

    A JBS é uma das maiores processadoras de carne do mundo

  • A JBS afirma que José Batista Júnior ocupou o cargo de Presidente da

    companhia por mais de 20 anos e possui "profundo conhecimento de todos os

    negócios do grupo". "Assumo a JBS com o compromisso de dar continuidade

    ao crescimento sustentável da Companhia. A JBS possui uma robusta

    estrutura global e regional de negócios, com executivos de alta qualidade e

    uma sólida governança", disse, em nota José Batista Júnior.

    Segundo a JBS, as alterações anunciadas hoje foram promovidas em virtude

    do recebimento de correspondências enviadas por Wesley e Joesley,

    informando que, conforme decisão da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito

    Federal, Wesley está temporariamente suspenso do exercício de seus cargos

    de diretor presidente e de vice-presidente do Conselho de Administração da

    companhia e Joesley, do exercício de seu cargo de presidente do colegiado.

    Os irmãos disseram ainda que recorrerão da decisão.

    A operação Greenfield investiga "gestão temerária e fraudulenta" nos fundos de

    pensão estatais brasileiros e, apesar de não envolver a processadora de

    carnes diretamente, a investigação tem como alvo a Eldorado Celulose,

    empresa controlada pela mesma holding, a J&F. A holding controla as

    empresas JBS, Alpargatas, Vigor, Eldorado Brasil, Banco Original, Oklahoma e

    Canal Rural.

    A decisão da Justiça foi divulgada no dia 5 deste mês, após o cumprimento de

    mandados de condução coercitiva e outros fatos envolvendo a investigação. Na

    documentação, o juiz Vallisney de Souza Oliveira determinou que os irmãos,

    assim como outras 38 pessoas investigadas na operação Greenfield, fossem

    suspensos do exercício de toda e qualquer atividade no mercado financeiro e

    no mercado de capitais, "bem como suspensão do exercício de qualquer cargo

    ou função de direção em empresa ou grupo empresarial." A Justiça determinou

    ainda a apreensão de passaportes, proibição de ausentar-se das cidades de

    seus respectivos domicílios, salvo com prévia autorização judicial, e também a

  • proibição de manter contato e comunicação com os demais investigados da

    Operação Greenfield.

    Com isso, os dois executivos também foram substituídos nos conselhos das

    controladas da J&F Alpargatas e Eldorado. No caso da fabricante de calçados,

    os suplentes de Wesley e Joesley que assumiram como membros

    respectivamente são José Vicente Marino e Gilberto Tomazoni, de forma

    interina. Já na fabricante de celulose, no lugar de Joesley como presidente do

    conselho assume o suplentes Ricardo Menin Gaertner e no de Wesley, como

    vice-presidente do colegiado, Francisco de Assis e Silva, respectivamente.

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  • Fonte : Estadão

    13/09/2016

    - Governo desiste de medida para relicitar concessões de infraestrutura

    Segundo fonte, o assunto ainda não está maduro e não integrará o pacote de

    concessões que será anunciado ainda esta terça Foto: André Dusek/Estadão

    Moreira Franco é o secretário-executivo do PPI

    BRASÍLIA - O governo desistiu de editar uma Medida Provisória que iria

    relicitar concessões de rodovias e aeroportos realizadas pelo Governo Dilma

    Rousseff que não estiverem cumprindo seus contratos. Segundo uma fonte, o

    assunto ainda não está maduro e não integrará o pacote de concessões que

    será anunciado logo mais no Palácio do Planalto. Porém, haverá um

    comunicado oficial de que o assunto "está em análise" dentro do governo.

    O governo decidiu também que o secretário executivo do Programa de

    Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, terá status de ministro, mas

    o anúncio dessa decisão só ocorrerá mais tarde. Por entraves administrativos,

    a Secretaria Executiva do PPI está tendo dificuldades para tratar até mesmo de

  • questões burocráticas. Isso tem aumento o atrito entre Moreira Franco e o

    ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

    Pacote. O pacote de concessões que o governo Michel Temer divulga hoje,

    com uma lista de 25 projetos, além da privatização da loteria instantânea da

    Caixa, a Lotex, trará mudanças nas regras de financiamento – com a extinção,

    por exemplo, dos empréstimos-ponte que marcaram os grandes projetos de

    infraestrutura financiados pelo BNDES.

    O desenho do novo modelo de financiamento das concessões, segundo fontes,

    estabelece que o empréstimo de longo prazo será contratado logo no início das

    obras, afastando a necessidade de empréstimos intermediários, os ―ponte‖, que

    eram liberados por um prazo geralmente de um ano e meio, até que o contrato

    de longo prazo fosse efetivado.

    A avaliação do governo é de que esse modelo aumentava o custo e

    burocratizava as operações. O programa vai apostar também na emissão de

    debêntures (um título de crédito) como instrumento principal de captação. Na

    gestão de Dilma Rousseff, o governo tentou, sem sucesso, ampliar a

    participação do setor privado por meio de debêntures de infraestrutura para

    reduzir o peso do BNDES no financiamento às concessões.

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    http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,plano-de-concessoes-trara-25-projetos-e-mudancas-nas-regras-de-financiamento,10000075624

  • Fonte: Estadão

    13/09/2016

    - Pacote de concessões repete projetos do governo Dilma

    Lista de aeroportos, ferrovias, rodovias e hidrelétricas inclui

    basicamente projetos antigos, obras em andamento ou relicitação de

    empreendimentos

    André Borges e Eduardo Rodrigues,

    Foto: Dida Sampaio/Estadão

    O presidente Michel Temer durante reunião do PPI

    A lista de projetos de concessão anunciada nesta terça-feira, 13, pelo governo

    traz basicamente projetos antigos, obras já em andamento e relicitação de

    empreendimentos. O cronograma para realização dos leilões dentro do

    Programa de Parceria em Investimento (PPI) festá sendo discutido agora no

    Palácio do Planalto durante a primeira reunião do conselho do PPI.

  • Nos aeroportos, os quatro terminais - Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto

    Alegre - já tinham sido anunciados pelo governo da ex-presidente Dilma

    Rousseff. Chegaram a ter, inclusive, seus editais aprovados e anunciados por

    Dilma.

    O mesmo ocorre com as ferrovias. A Norte-Sul, que já tem um trecho de 855

    km prontos e outros 600 km com obras em andamento, já fazia parte do

    programa de concessões. A ferrovia baiana Fiol é velha conhecida do setor e

    enfrenta graves dificuldades de execução, sem ter hoje uma data prevista para

    sua conclusão ou mesmo um traçado definitivo. A Ferrogrão, prevista para

    cortar o Mato Grosso e o Pará ao lado da BR-163, era defendida pela ex-

    ministra da agricultura Kátia Abreu e espera uma definição há mais de um ano.

    O projeto da chamada "Ferrovia Bioceânica", promessa que ligaria o Atlântico

    ao Pacífico, sequer é mencionada no pacote.

    Nas rodovias, os dois únicos trechos anunciados - Jataí/Uberbândia e

    Carazinho/Porto Alegre - já faziam parte do falecido Programa de Investimento

    em Logística (PIL).

    As três usinas hidrelétricas anunciadas para concessão - São Simão, Miranda

    e Volta Grande - são hidrelétricas que já existem e que tiveram seus contratos

    vencidos. Por isso, precisam ser relicitadas.

    As distribuidoras de Energia que pertencem à Eletrobrás também estão há

    muito tempo na fila, aguardando uma nova licitação já anunciada pela estatal.

    Em princípio, a única novidade no rodar está restrita aos leilões de petróleo e

    gás, que ficaram para o segundo semestre de 2017, e as companhias

    estaduais de água e esgoto, projetos previstos para 2018.

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  • Fonte: Estadão

    13/09/2016

    - Oposição tira projeto que altera partilha do pré-sal da pauta da Câmara

    Texto permitiria que a estatal optasse por participar ou não como

    operadora em blocos de exploração de petróleo; ideia é que

    projeto seja votado após as eleições municipais

    Isadora Peron,

    BRASÍLIA - Os deputados decidiram deixar para outubro a votação do projeto

    de lei que altera o regime de partilha da Petrobras. Pela proposta, que veio do

    Senado, a Petrobras poderá optar se participa ou não como operadora em

    blocos de exploração de petróleo.

    Ao chegar à sessão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse

    que a matéria seria retirada de pauta porque não houve acordo para votá-la. A

    ideia é que o projeto seja votado depois das eleições municipais.

    A proposta encontra resistência do PT e outros partidos da oposição. ―Nós

    conseguimos tirar o projeto da pauta e vamos continuar lutando para não

    aprovar um projeto que entrega o pré-sal para o exterior‖, disse a líder da

    minoria, deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ). Pelo planejamento inicial, os

    deputados tentariam aprovar o projeto nesta semana, quando fazem um

    esforço concentrado para serem liberados para participar da campanha. As

    eleições estão marcadas para o dia 2 de outubro.

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  • Fonte: Estadão

    13/09/2016

    - Caixa e BNDES têm R$ 30 bilhões para financiar investimentos em infraestrutura

    O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, disse que o aporte do

    governo nos projetos depende do apetite dos investidores e pode

    aumentar; projetos inseridos programa terão autorização

    automática para emitir debêntures

    Carla Araújo, André Borges, Eduardo Rodrigues e Lu Aiko Otta,

    Foto: Dida Sampaio|Estadão

    O presidente da Caixa, Gilberto Occhi

    O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, afirmou que o banco

    e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

    dispõem de cerca de R$ 30 bilhões para bancar a emissão de debêntures e

    financiar projetos de infraestrutura incluídos no Programa de Parcerias em

    Investimentos (PPI).

  • O Fundo de Investimento do FGTS (FI FGTS), administrado pela Caixa, tem R$

    12 bilhões para bancar os projetos. O BNDES deve entrar com cerca de R$ 18

    bilhões a R$ 20 bilhões.

    Segundo Occhi, o governo adotou medidas para simplificar a emissão de

    debêntures para financiar seus empreendimentos. "Qualquer projeto inserido

    no programa pode ter autorização automática para emissão das debêntures",

    comentou Occhi.

    Occhi disse que o governo está pronto para investir o quanto for necessário

    para financiar os projetos de concessões em infraestrutura. "O volume será

    mensurável de acordo com o apetite dos empresários", declarou.

    "Teremos condições de ter um volume muito maior", comentou o presidente da

    Caixa, destacando que se trata apenas de uma primeira etapa de recursos.

    Valec. O ministro dos Transportes, Portos e Aeroportos, Maurício Quintella,

    afirmou que as concessões de ferrovias planejadas não vão acabar com as

    operações da estatal Valec, que até agora tem sido responsável pela

    construção das malhas ferroviárias da Norte-Sul e da Fiol, a ferrovia da Bahia.

    "A Valec opera as ferrovias e ela poderá ainda ter um papel importantíssimo no

    setor no Brasil. Ela terá de se reinventar", comentou Quintella. "Não há nenhum

    plano de governo de desmonte da Valec, pelo contrário."

    Licença ambiental. O governo anunciou que os próximos projetos de

    infraestrutura só serão concedidos após o governo obter a licença ambiental

    prévia de cada empreendimento. O objetivo é dar mais segurança para o

    investidor. Com a licença prévia, o projeto tem a aprovação de que é

    ambientalmente viável. Hoje a emissão dessa licença em etapa anterior à

    realização dos leilões só existe para as usinas hidrelétricas. Todos os demais

    empreendimentos, sejam de energia, transporte ou saneamento, repassam a

    busca de licenciamento para o empreendedor.

  • O anúncio foi feito pelo secretário do Programa de Parcerias em Investimentos

    (PPI), Moreira Franco. "Só irão à concessão projetos com licença prévia

    definitiva", disse Moreira.

    Trata-se de uma mudança importante e que afeta muitos projetos e testa,

    principalmente, a capacidade de órgãos como o Ibama de atender à demanda

    que a nova regra poderá gerar. O governo tem enfrentado dificuldades há anos

    para viabilizar o licenciamento de muitos projetos, como as linhas de

    transmissão de energia. Mais de 60% das obras de transmissão em andamento

    estão com atraso no cronograma, a maior parte delas atreladas a dificuldades

    com licenciamento.

    Moreira disse que os editais serão publicados em português e inglês e que

    passarão pelo crivo prévio do Tribunal de Contas da União, como já vinha

    ocorrendo. O prazo mínimo será de 100 dias de intervalo entre a publicação do

    edital e a realização do leilão, para dar mais tempo às empresas nas análises

    financeiras e dos riscos. "Isso é para evitar que o leilão se transforme em

    ambiente de jogo de pôquer, de cartas", disse Moreira.

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  • Fonte: O Globo

    13/09/2016

    - Governo vai aplicar R$ 30 bilhões no projeto de concessões

    Financiamentos terão recursos de FGTS e BNDES;

    investidor entrará com ao menos 20%

    POR GABRIELA VALENTE, DANILO FARIELLO E GERALDA DOCA

    A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques - Jorge William/Agência O Globo

    BRASÍLIA - O governo colocará pelo menos R$ 30 bilhões no projeto de

    concessões lançado nesta terça-feira. São financiamentos, que serão

    concedidos com recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (R$ 12 bilhões)

    e do BNDES (R$ 18 bilhões).

    O Conselho do Programa de Parceria de Investimento (PPI) anunciou

    mudanças em relação ao financiamento das privatizações do governo passado.

    Haverá uma participação maior do investidor. A intenção é que as obras sejam

    pagas com debêntures — papéis emitidos pelas empresas interessadas — e

    subscritos pelo BNDES.

    Não haverá financiamento de 100% dos projetos. O investidor terá de entrar

    com pelo menos 20% do capital.

  • De acordo com a presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, a

    intenção é que tudo seja financiado por meio de debêntures. No entanto, caso

    não seja possível, o BNDES financiará até metade do valor de empréstimo

    dependendo do caso.

    — Vamos preferencialmente fazer o financiamento desses projetos via

    debêntures, para posterior venda para o mercado secundário - disse a

    economista, que explicou que os investimentos em infraestrutura são uma

    ótima oportunidade para os chamados investidores institucionais, ou seja, para

    os fundos de pensão que têm de ter investimentos de longo prazo. Por isso, ela

    presume que haverá uma boa procura:

    — Deveria haver um grande interesse por projetos de concessões.

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    Fonte: O Globo

    13/09/2016

    - BNDES vai financiar até 80% dos investimentos em saneamento

    Crédito será 100% subsidiado. Empresas de Rio, Pará e Rondônia

    serão as primeiras concedidas

    POR DANIELLE NOGUEIRA

  • Tanques de tratamento de água da Estação de Tratamento do Guandu: Cedade estará na primeira

    leva de concessões de saneamento do PPI - Antonio Scorza/12-11-2014

    RIO - O BNDES manteve as condições atuais de financiamento a projetos de

    saneamento, informou o banco nesta terça-feira. O BNDES vai financiar até

    80% do valor de investimento e o crédito será integralmente subsidiado, ou

    seja, a referência será a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que é de 7,5%

    ao ano, bem abaixo da Selic (14,25% ao ano), a taxa básica de juro.

    As três empresas que o banco levou à primeira reunião do Programa de

    Parcerias de Investimento (PPI), realizada hoje em Brasília, foram aprovadas.

    São elas: Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae),

    Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (Caerd) e Companhia

    de Saneamento do Pará (Cosanpa).

    A partir da qualificação das três empresas, o BNDES iniciará o detalhamento

    dos estudos que levarão à modelagem das futuras concessões, em parceria

    com as equipes dos estados.

    Além da TJLP, as condições de apoio a projetos de saneamento incluem ainda

    um spread (diferença entre o custo de captação do dinheiro e o que é cobrado

    nos empréstimos) de 1,5% ao ano.

    Os investimentos em saneamento têm efeito direto sobre geração de emprego.

    Estimativas do BNDES, com base no modelo de geração de emprego do

    banco, apontam que para cada R$ 1 milhão investido anualmente no setor, são

    gerados 20 empregos durante a fase de implantação dos investimentos, entre

    diretos e indiretos.

  • Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, para cada

    R$ 100 milhões aplicados em tratamento de água, são gerados R$ 250 milhões

    para a economia do país.

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    Fonte: O Globo

    13/09/2016

    - Governo espera arrecadar R$11 bi com leilão de hidrelétricas da Cemig

    Governo prevê leiloar três usinas da empresa mineira em 2017

    POR REUTERS

    Torre de energia ao longo da BR 101 - Antonio Scorza / Agência O Globo

    BRASÍLIA - O governo brasileiro prevê leiloar no segundo semestre de 2017 as

    hidrelétricas de São Simão, Miranda e Volta Grande, segundo documento

    divulgado nesta terça-feira sobre um amplo programa de licitações do

    presidente Michel Temer. As três concessões são da mineira Cemig, cujos

    contratos venceram ou estão para vencer. Com as licitações, o governo espera

  • arrecadar cerca de R$ 11 bilhões com disse o ministro de Minas e Energia,

    Fernando Coelho Filho, em entrevista a jornalistas sobre um programa mais

    amplo de privatizações e licitações.

    Segundo o ministro, a Cemig já manifestou interesse em participar das

    licitações das usinas São Simão, Miranda e Volta Grande, visando manter os

    ativos.

    A concessão de São Simão (MG/GO), de 1,7 mil megawatts, venceu no

    começo de 2015; a de Miranda (MG), de 408 MW, termina em dezembro deste

    ano; e Volta Grande (MG), de 380 MW, tem a concessão vencendo em

    fevereiro de 2017.

    Um leilão de hidrelétricas já em operação nesses moldes foi realizado em

    novembro do ano passado, quando o governo federal arrecadou cerca de R$

    17 bilhões em outorgas pela concessão de 29 usinas.

    Os recursos obtidos com a venda da concessão dessas usinas podem ajudar

    nas contas do governo em 2017.

    Ainda no setor elétrico, o governo federal pretende leiloar a partir do segundo

    semestre de 2017 seis distribuidoras que estão sob controle da Eletrobras,

    segundo cronograma do Programa de Parceria de Investimentos (PPI)

    divulgado nesta terça-feira.

    A previsão é realizar os leilões da Amazonas Energia, Boa Vista Energia,

    Companhia de Eletricidade do Acre, Companhia Energética de Alagoas e

    Companhia de Energética do Piauí.

    Já a Centrais Elétricas de Rondônia deve ser levada a leilão no primeiro

    semestre de 2018.

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  • Fonte: O Globo

    13/09/2016

    - Concessões poderão ser prorrogadas em troca de investimentos

    Medida Provisória a ser editada também permitirá aumento de

    tarifa

    POR GERALDA DOCA / DANILO FARIELLO / GABRIELA VALENTE

    O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira - ANDRE COELHO

    BRASÍLIA - O governo vai prorrogar contratos de concessão antigos e permitir

    que o concessionários aumentem a tarifa, em troca de novos investimentos,

    principalmente em rodovias. Além disso, pretende relicitar concessões

    realizadas na gestão petista, diante da dificuldade dos consórcios em obter

    financiamentos para investir e pagar outorga à União. As propostas constam de

    uma Medida Provisória, discutida nesta terça-feira pelo Conselho do Programa

    de Parcerias de Investimentos (PPI) e que deverá ser editada em breve.

    Segundo o ministro interino do Ministério do Planejamento, Dyogo Oliveira, a

    prorrogação do contrato ou o aumento de tarifas ou ainda a combinação dos

  • dois mecanismos serão adotados nas situação em que o prazo contratual já

    tenha transcorrido à metade e esteja perto do fim (90%). Ele explicou que,

    nestes casos, o concessionário não tem mais interesse em fazer investimentos,

    apesar do aumento da demanda. Estão no radar a renovação antecipada de

    duas rodovias que passam pelo Rio (Dutra e 040).

    O ministro também confirmou que o governo que o pretende relicitar

    concessões que estão se apresentando inviáveis. A ideia é que o controlador

    do consórcio seja afastado e os outros sócios possam formar um novo grupo.

    Caberia ao novo vencedor pagar a indenização pelos investimentos realizados.

    O ministro evitou citar nomes, mas os casos mais críticos são Galeão e

    Viracopos-Campinas (consórcio Aeroportos Brasil, formado pelas empresas

    TPI – Triunfo P). No caso do aeroporto internacional do Rio, o operador

    (consórcio formado por Odebrecht Transport e Changi Airports Internacional)

    está com dificuldades de conseguir financiamento e as receitas aeroportuárias

    são insuficientes para pagar as outorgas.

    Oliveira explicou que a relicitação dos aeroportos seria uma alternativa à

    caducidade, previsto atualmente nos contratos, quando o concessionário não

    paga a outorga ou não faz os investimentos obrigatórios. A MP vai criar o

    mecanismo da relicitação.

    Ele destacou que a preferência do governo será pela prorrogação dos

    contratos no lugar de alta de tarifas.

    — O objetivo é criar condições para que os investidores façam novos

    investimentos — disse.

    A MP visa resolver sobretudo problemas criados no consórcios com o

    envolvimento das empreiteiras na Operação Lava Jato. Além de aeroportos, o

    governo avalia relicitar duas rodovias: BR 153, entre Anápolis-GO e Aliança do

    Tocantins, arrematada pela Galvão) e BR 163/MT, concedida à Odebrecht.

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