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Clipping de notícias Recife, 19 de setembro de 2016.

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Clipping

de notícias

Recife, 19 de setembro de 2016.

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Recife,18 de setembro de 2016.

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TATIANA FERREIRA

Mais do que um simples modismo, os alimentos orgânicos representam um estilo de

vida tanto para quem consome como para quem produz. Aos que desejam levar uma

rotina mais saudável, longe dos agrotóxicos, as feirinhas de orgânicos são um paraíso.

No entanto, por trás desse movimento naturalista, os produtores encaram uma

verdadeira ‘via crúcis’. A grande dificuldade é conseguir selos nacionais que deem a

garantia de que o produto é realmente livre de química. Apesar da atividade ainda ser

recente e pouco conhecida, ela já impacta economicamente a vida dos agricultores

familiares do Estado. Pernambuco possui 683 estabelecimentos cadastrados e é um dos

principais mercados do Nordeste. A expectativa é que este segmento movimente R$ 350

bilhões este ano no mundo. Dessa fatia, o Brasil participa com R$ 3 bilhões. O jovem

produtor Jailson Lopes da Silva, de Lagoa de Itaenga, Mata Norte, conta que, no início,

a plantação era convencional, mas que resolveu mudar de ramo depois do alerta para

uma alimentação mais saudável. “Um senhor da comunidade ouviu falar do conceito e

nos unimos à associação (Associação dos Produtores Agroecológico e Moradores do

Imbé, Marrecos e Sítios Vizinhos) e resolvemos mudar o hábito do plantio. Muita gente

desistiu nomeio do caminho, mas quem persistiu consegue tirar o sustento da família”,

afirma. Agora, depois de passar pelo processo de certificação, o objetivo final de vender

nas feiras do Recife foi conquistado. Essa certificação por Organização de Controle

Social (OCS) a qual Silva se refere é, segundo o economista e conselheiro estadual de

Economia Solidária do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), Paulo Santana, a que

mais acolhe os produtores pernambucanos. “Para conquistá-la, um grupo de agricultores

se responsabiliza com a produção orgânica e assina formulários com a Secretaria de

Agricultura do Estado, que tem ligação com o Ministério da Agricultura. O que se

institui é uma relação de confiança, permitindo que os produtores sejam cadastrados e

possam vender nas feiras livres sem preocupação com a fiscalização”, explica.

Entretanto, se houver uma denúncia de irregularidade, a penalidade é remover todos os

produtores do cadastro da Pasta nacional e proibi-los de comercializar. “Isso faz com

que eles se vigiem, se fiscalizem e se ajudem”, reforça o assessor de comercialização do

Centro Sabiá, Davi Fantuzzi. Porém, esse processo não é total garantia de vendas. O

grande impasse é que eles só podem vender diretamente para os consumidores, sem

fornecer para o varejo e atacado - principais mercados. Mas para quem desejar vencer

essa barreira, a obtenção do selo é o caminho. “Há duas maneiras: fazer a certificação

por auditoria, cujo custo varia entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, ou pela certificação por

participação, quando não existe custo e um grupo (como cooperativas e associações) se

compromete em certificar e acompanhar os agricultores. Essa última é um pouco mais

burocrática e lenta”, frisa o economista e conselheiro estadual do Serta, Paulo Santana.

Ou seja, plantar, colher e vender são processos ainda caros e demorados. Segundo o

também agricultor Moisés Manuel da Silva, antes de conseguir o cadastro, vendia

apenas por ‘atravessadores’ - os chamados mediadores entre produtor e consumidor - e,

por isso, ganhava menos. “A gente trabalhava mais e era o que menos recebia”,

comenta. Essa etapa, no entanto, não o livrou de outros empecilhos. Atualmente é a

pouca difusão do produto. “Se houvesse mais assessoria no meio produtivo e na

comercialização seria mais fácil que as feiras se organizassem e crescessem”, sugere

Davi Fantuzzi, do Centro Sabiá, acrescentando que “o poder público ainda não os

enxergam como grande potencial de renda para o município nem como aliados da saúde

pública”. Mesmo com tudo isso, as portas de suas fazendas estão abertas para quem

quiser conhecer a realidade do campo, garantem os produtores.

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Pioneirismo na horta e na cachaça

Paixão pela terra levou Eustáquio a fundar primeira feira “verde” e, depois, cachaça

com selo orgânico

MARINA BARBOSA

As dificuldades para se manter no mercado de orgânicos são tantas que fizeram até um

dos pioneiros do setor em Pernambuco desistir do negócio. “Era muito trabalho e pouco

retorno”, explica Moacir Eustáquio da Silva, de 70 anos. Há 13 anos longe das feiras,

ele lembra que iniciou a produção orgânica a fim de recuperar o solo do sítio que

comprou para passar a aposentadoria em Chã Grande. “Comprei o sítio em 1993,

quando me aposentei. Na época, eu via muitas pessoas saindo do campo para morar na

cidade, o que deixava o campo abandonado. Resolvi, então, fazer o movimento

contrário”, lembra. Após muita insistência e paciência, Moacir viu o solo recuperado a

ponto de plantar frutas e verduras, segundo ele, com a vantagem de não pensar em

retorno financeiro. A produtividade cresceu tanto que ele resolveu comercializar o que

colhia.

O produtor se uniu, então, aos vizinhos e fundou a primeira feira de orgânicos de

Pernambuco, em Gravatá. A equipe ainda trouxe a ideia para o Recife, levando

produtores de todo o Estado a aderir ao negócio. Com o tempo, porém, Moacir se

decepcionou. Ele diz que se desgastava muito para levar os produtos para a Capital;

mesmo assim, não recebia o suficiente para manter o negócio por conta do baixo valor

agregado dos produtos e dos altos custos de logística, que ainda foram agravados pela

exigência da certificação. Moacir resolveu, então, produzir apenas para consumo

próprio e investir na fabricação de cachaça. No mesmo sítio, ele criou a Sanhaçu e viu a

bebida ganhar fama pelo Brasil. Hoje, se orgulha em dizer que é responsável pela única

cachaça orgânica do Estado e que ainda produz a matéria-prima da bebida em um

engenho de cana-de-açúcar totalmente sustentável. Segundo a análise de Moacir, trata-

se de um produto de que toda a família gosta e que consegue vender a mais de R$ 70 a

garrafa, muito mais do que conseguia com as frutas. O produtor também se queixa dos

altos valores cobrados por uma certificação. “Prova disso é que muitos pequenos não

aguentam manter o selo. A gente consegue porque cachaça é produto de maior valor

agregado. Os produtores precisam aumentar o valor para conseguirem pagar a

certificadora. O governo deveria cuidar mais disso”, avalia. Moacir produz o suficiente

para conseguir lidar com as taxas. São 16 mil litros de cachaça e 18 mil toneladas de

cana por safra. Após 23 anos, o produtor conta com2,5 hectares em plena produção. A

horta continua lá, mas para consumo próprio.

Ações de fiscalização em mercado crescente

RAQUEL FREITAS

O presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Gabriel Maciel diz que a

cadeia econômica dos orgânicos reúne 683 estabelecimentos registrados no Cadastro

Nacional de Produtos Orgânicos. Recife abocanha 28 das 50 feiras do segmento de PE,

com crescimento de 20% da produção ao ano. “Este ano tivemos oito treinamentos

voltados para capacitação agroecológica, com participação de 80 técnicos”, fala Maciel,

acrescentando que boa parte fica no Interior agindo como multiplicadores. O IPA atua

em parceria com o Ministério da Agricultura (MAPA), responsável por credenciar,

acompanhar e fiscalizar os organismos de certificação que, mediante prévia habilitação,

farão a certificação da produção orgânica e deverão atualizar as informações dos

produtores para alimentar o cadastro nacional. Para sanar as problemáticas do setor,

Maciel revela que o Instituto vai mapear a atividade produtiva. “Vamos tentar

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identificar os produtores, a tecnologia usada e qual espécie estão utilizando para

aumentar a qualidade”, antecipa. No entanto, para o consumidor final, a fiscalização não

dá garantia de que o orgânico é mesmo livre de agrotóxico. “Como é uma atividade que

está crescendo, o assunto chama a nossa atenção, sim. Por isso, instituímos um

planejamento intenso de fiscalização para 2017”, frisa o presidente do IPA.

Preços ainda são tabu para muitos

TATIANA FERREIRA

A grande maioria dos produtores de orgânicos encontra-se no interior do Estado.

Entretanto, os maiores consumidores dos alimentos livres de química são as famílias de

classe média e alta. Não é para menos que a maioria das feiras situem-se, normalmente,

nos bairros nobres do Recife. Seja por falta de informação ou de políticas públicas, o

fato é que os produtos orgânicos vendidos nas feiras da rede Espaço Agroecológico -

onde se compra diretamente dos agricultores - são 56% mais baratos que os orgânicos

de supermercados. Em comparação com os produtos convencionais, a economia salta

para 71%. E, mesmo assim, o produto não está incluso na lista de compras dos mais

pobres. “Infelizmente, essa consciência de se alimentar imune de ‘veneno’ está mais

difundida entre os mais favorecidos economicamente e, consequentemente, com mais

acesso à educação”, lamenta o assessor de comercialização do Centro Sabiá, Davi

Fantuzzi. “Eu fico mal em saber que, em pleno bairro de Casa Amarela, as famílias não

pensam que podem ir à feirinha e se alimentar melhor”, conta a estudante e moradora da

Zona Norte, Ana Vieira, adepta ao consumo dos orgânicos. Ela explica que conheceu os

alimentos depois de ter tomado a iniciativa de se tornar vegana. Para isso, ela diz que

pesquisa, lê muito, tem acompanhamento nutricional e até entrou em um grupo na rede

social para se aproximar mais do tema. “Todo mundo acha que ser vegetariano ou

vegano é coisa de rico, mas não é. O grande problema é, na verdade, que não tem

ninguém para ir na comunidade e dizer que uma alimentação melhor também pode fazer

parte da sua vida”, pontua.

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19/09/2016

Seminário em Brasília prepara novas prioridades do Plano Nacional de Recursos Hídricos

Foto: Ascom ANA

Especialistas em recursos hídricos e representantes do Sistema Nacional de

Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), de setores usuários e da sociedade civil

se reuniram entre 13 e 14 de setembro, em Brasília, para participar do Seminário

Prioridades do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) para 2016-2020. Cerca de

150 pessoas participaram das discussões. O presidente da ANA, Vicente Andreu,

participou da abertura do seminário no terça-feira.

O objetivo do encontro foi consolidar os resultados do processo de revisão do PNRH,

que envolveu, dentre outras atividades, consulta pública online aos colegiados de

recursos hídricos e à sociedade em geral, com a participação de cerca de 1500 pessoas,

de todos os estados e do Distrito Federal, alcançando 408 municípios e cerca de 140

colegiados, entre conselhos de recursos hídricos e comitês de bacias hidrográficas

federais e estaduais.

Os resultados colhidos na consulta pública foram discutidos em três grupos temáticos

durante o seminário: gestão, governança e usos múltiplos e conservação. Dos 14 itens

apresentados na consulta pública, os ouvidos apontaram como principais prioridades o

planejamento de longo prazo e o uso racional, considerando os desafios e incertezas

gerados pelas mudanças climáticas.

Houve proposta de ampliar o conhecimento sobre os usos das águas, das demandas

atuais e futuras e de integrar a política de recursos hídricos à política ambiental, de

irrigação, de saneamento, energia, turismo, entre outras.

O PNRH foi elaborado entre 2005 e 2006 e aprovado pelo Conselho Nacional de

Recursos Hídricos (CNRH) em 2006. Em 2011, passou pela primeira revisão, com a

aprovação das prioridades para o gerenciamento de recursos hídricos entre 2012-2015.

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De acordo com a Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do

Ministério do Meio Ambiente, que coordena o PNRH, até o fim deste ano serão

divulgados os resultados sobre a implementação das prioridades do período 2012-2015.

O processo de revisão do PNRH começou em 2015, coordenado pela SRHU do MMA,

em articulação com a Câmara Técnica do Plano Nacional de Recursos Hídricos no

Conselho Nacional de Recursos Hídricos e o apoio técnico da Agência Nacional de

Águas.

ANA

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15/09/2016

Presidente da Asbraer articula ações para impulsionar

a Extensão Rural

Parcerias focam na defesa da Extensão Rural e do desenvolvimento rural,

disseminação de conhecimento e inovação

O presidente da Asbraer e da Emater-DF, Argileu Martins, articula ações conjuntas para

impulsionar a Extensão Rural Brasileira, com foco na disseminação de conhecimento e

inovação.

As articulações ocorreram nas duas últimas semanas e foram com a Fundação Ondjyla e

com o Conselho Nacional dos Sistemas Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Consepa).

Conhecimento e inovação O Brasil detém a liderança na tecnologia para a agricultura tropical e a Extensão Rural

Oficial tem um amplo acervo de conhecimento inovador acumulado. Por isso sabemos

que podemos contribuir para que outros países também possam superar problemas como

a fome, por exemplo, e gerar renda por meio da inclusão produtiva, como fazemos”,

destacou Argileu.

A proposta é disponibilizar, em meio digital, conhecimentos voltados a agricultores

familiares, em quatro idiomas: inglês, português, francês e espanhol. Manuel Silveira

Botelho, secretário geral da Fundação Ondjyla, destacou a plataforma eletrônica e a

importância do Brasil como referência.

“O objetivo da plataforma é partilhar conhecimento entre os países em que há escolas

familiares rurais, com o intuito de suprir a carência de livros adaptados aos nossos

públicos atendidos. Quando pensamos em modelo de desenvolvimento agrícola,

pensamos no Brasil”, disse o secretário geral.

Argileu Martins acredita no compartilhamento do conhecimento. “Por meio da Asbraer,

podemos identificar nas Emateres de todo o país, publicações que possam alimentar a

plataforma”, falou.

Representação e inovação

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Com o Consepa, foram articuladas ações conjuntas para garantir a continuidade do

desenvolvimento rural brasileiro e para levar ao conhecimento da população a

importância do trabalho realizado.

“A pesquisa é estratégica para o desenvolvimento do meio rural, assim como a

Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que leva esse conhecimento gerado até o

campo, além de inovar também. Por isso é importante estreitarmos as parcerias”,

explicou Argileu.

Fundação Ondjyla - com sede em Genebra, Suíça, o objeto principal da fundação é a

promoção do intercâmbio científico, cultural e educativo entre Angola, Brasil, Portugal,

Oriente e demais países, mediante a promoção de projetos de formação e de

investigação em setores em vias de modernização e de desenvolvimento.

Consepa – é responsável pelo fortalecimento institucional das entidades estaduais de

Pesquisa Agropecuária e articula o desenvolvimento dos sistemas estaduais de pesquisa

para o setor.

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19/09/2016 Paulo Câmara: "A entrega dos títulos de posse

representa um avanço na agricultura familiar do

Estado"

BODOCÓ - A regularização fundiária avança mais uma etapa em Pernambuco. Para

intensificar o apoio à agricultura familiar, o governador Paulo Câmara entregou, neste

domingo (18.09), 104 títulos de propriedade a trabalhadores rurais do município do

Sertão do Araripe. A documentação, que envolve cerca de 15 mil hectares de terra, irá

beneficiar os pequenos agricultores, que terão acesso a políticas públicas rurais e

benefícios sociais. Com o acordo de cooperação técnica entre o Governo do Estado e a

Prefeitura de Bodocó, serão entregues, até dezembro deste ano, 637 títulos de acesso à

terra, gratuitos e registrados em cartório.

"A entrega dos títulos de posse representa um avanço na agricultura familiar do Estado

e mais segurança aos trabalhadores rurais, que vão poder investir nas suas terras e

repassá-las aos seus filhos e netos com tranquilidade", afirmou Paulo Câmara. Para o

chefe do Executivo estadual, a regularização fundiária possibilita uma nova realidade

aos pequenos agricultores. "É fundamental para quem vive dessa atividade saber que

pode tirar o sustento sem que ninguém tome sua terra", complementou. Durante a

solenidade, os agricultores Maria Selma de Macedo, Erotilde Cristina da Silva,

Francisco Monteiro de Sousa e José Ferreira de Almeida receberam das mãos do

governador os seus títulos de posse.

Presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), Paulo

Lóssio reforçou o fortalecimento da agricultura familiar com a entrega dos titulos. "Com

essa documentação em mãos, os agricultores terão mais segurança jurídica e passarão a

ter acesso a diversas políticas públicas como, por exemplo, financiamentos em bancos",

pontuou. Entre outros benefícios que serão possíveis com o título de propriedade estão

diversos programas federais, além de aposentadoria e acesso à moradia. "Isso fará com

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que a vida e a produção dos pequenos agricultores deem um salto qualitativo",

concluiu.

Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Agrário de Bodocó,

Robson Saraiva, os títulos entregues aos trabalhadores rurais são fundamentais para a

economia da região. "Sempre que Paulo vem a Bodocó, é para trazer ações efetivas

como essa, que fazem com que o nosso povo cresça", disse.

Para José Ferreira de Almeida, receber o título de posse significa uma melhoria na vida

de sua família. "A vida, a partir de agora, será outra, pois vamos poder plantar feijão e

milho com mais tranquilidade, além de podermos pensar em investir ainda mais na

nossa terra", comemorou. Assim como ele, a agricultora Maria Selma de Macedo disse

que também se sente mais segura. "Tenho sete filhos e poder repassar a terra para eles

me deixa tranquila", disse.

PAVIMENTAÇÃO - Após a entrega dos títulos de posse, Paulo Câmara percorreu

algumas das 18 ruas que receberam pavimentação asfáltica em Bodocó. O recapeamento

faz parte de um convênio entre o Governo do Estado e o Departamento de Estradas de

Rodagem de Pernambuco (DER/PE).

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18/09/2016 Produção familiar de queijo é fortalecida em perímetro da Codevasf no sertão pernambucano

A produção familiar de queijo de cabra no projeto público de irrigação Pontal, implantado e gerido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no município de Petrolina, sertão pernambucano, será ampliada e fortalecida. A Queijaria Coletiva, da cooperativa de produtores do perímetro, está sendo estruturada com tanques, balança e outros equipamentos, um investimento de R$ 12 mil oriundo do Orçamento Geral da União e destinado à Codevasf por emenda parlamentar com vistas ao desenvolvimento regional. A caprinovinocultura leiteira é desenvolvida por um grupo de 16 mulheres que fazem parte da Cooperativa de Desenvolvimento Agropecuário e extrativista do Projeto Pontal (Coopontal). O projeto começou em 2012 com apoio da Codevasf, que forneceu a assistência técnica e extensão rural (Ater) para qualificar o grupo de produtoras para a atividade. “A assistência técnica prestada pela Codevasf foi importante porque adquirimos os conhecimentos necessários para a criação de caprinos e orientações para iniciarmos a produção do queijo. Foi um incentivo muito grande da empresa”, ressalta Maria de Lourdes de Menezes Lima, presidente da Coopontal. Entre os equipamentos agora disponíveis às cooperadas estão tanque de coagulação de leite com capacidade de 100 litros, tanque de higienização de equipamentos com capacidade de 300 litros, uma balança eletrônica com capacidade de 25 kg, lava botas individual, lava mãos individual e bomba sanitária para transporte de leite. “É uma ação de inclusão produtiva que visa criar alternativas sustentáveis de geração de renda para os produtores situados nos municípios onde a empresa atua. Os equipamentos irão aperfeiçoar o trabalho das cooperadas, impulsionar a produção de queijos - atendendo às exigências sanitárias-, e aumentar a renda

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das famílias”, destaca o superintendente regional da Codevasf em Petrolina, Aurivalter Cordeiro. A miniqueijaria foi implantada no prédio de uma antiga escola desativada no município. O produto já possui selo de inspeção sanitária municipal, obedecendo a todos os requisitos de vigilância. Como contrapartida à ação da Codevasf, a Coopontal irá fornecer 60 kg de queijo coalho à Escola Municipal Eduardo Souza, localizada no Povoado de Uruás, zona rural de Petrolina. “Os queijos produzidos com leite caprino possuem cada vez mais abertura de mercado”, assinala o superintendente da Codevasf em Pernambuco. “Eles têm elevado teor nutricional pois contêm proteínas de alto valor biológico e baixo potencial alergênico. Some-se a isso o fato de que, com o leite de cabra, são produzidos queijos finos e de alto valor agregado – e vale lembrar que esta região hoje se consolida como forte produtora de vinhos, bebida que harmoniza perfeitamente com queijos finos de cabra”, nota. Ampliação da capacidade De acordo com o zootecnista Wellington Dias Lopes Júnior, analista de desenvolvimento regional da Codevasf em Pernambuco, os equipamentos irão contribuir para a ampliação da capacidade operacional da queijaria. “Nas condições atuais, 2 pessoas gastam 9 horas de trabalho para processar 180 kg de leite. Com os novos equipamentos, esse tempo poderá ser reduzido à metade, ou seja, para 4 horas e meia. A redução do tempo gasto impactará significativamente no custo de produção do kg de queijo”, destaca Wellington Dias, que também é doutor em qualidade do leite pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Na queijaria trabalham quatro mulheres que controlam a demanda de sete fornecedores de leite e fazem o beneficiamento. No local, o queijo é produzido, embalado e armazenado, até ser comercializado também pela cooperativa. Maria de Lourdes de Menezes Lima afirma que os equipamentos representam uma melhoria importante para as famílias das cooperadas. “É mais um incentivo da Codevasf que vai aumentar a nossa produção e reduzir nossas despesas com maquinário, além de incentivar ainda mais os produtores”, afirma. Melhoramento genético Outra vertente de ação da Codevasf para fortalecer o trabalho da Coopontal é o apoio à estruturação da caprinovinocultura de corte por meio do melhoramento genético em rebanhos caprinos e ovinos. No ano passado, os produtores da Coopontal receberam da Codevasf reprodutores caprinos e ovinos das raças dorper e boer, um investimento de R$ 3,7 mil oriundo do governo federal. “Essa ação possibilitou a que os animais adquiridos fossem inseridos em forma de rodízio nos rebanhos da cooperativa, e os resultados já começaram a aparecer”, ressalta o zootecnista da Codevasf. “Os reprodutores que nós recebemos da Codevasf melhoraram muito a genética dos nossos animais. Em diversos rebanhos já podemos verificar animais melhorados”, completa a presidente da Coopontal. O fortalecimento da produção familiar em áreas rurais afetadas pelas estiagens integra as ações de inclusão produtiva da Codevasf, nas quais foram investidos, nos últimos quatro anos, cerca de R$ 150 milhões. Além da caprinovinocultura, esta vertente de ações engloba também apicultura, piscicultura, bovinocultura, fruticultura, entre outras.

Ascom Codevasf

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18/09/2016 Pequenos produtores já podem participar do primeiro

curso técnico de nível médio a distância

Uma mudança no mercado, onde já se pode identificar um aumento em busca de profissionalização dos produtores e trabalhadores rurais levou o SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – a criar o primeiro curso técnico de nível médio para o agronegócio, na modalidade de educação a distância e de forma gratuita: o Curso Técnico em Agronegócio, com o apoio da Rede e-TEC, do MEC (Ministério da Educação). O projeto utiliza soluções tecnológicas e conteúdos fornecidos pelo DOT digital group, grupo brasileiro especializado em soluções digitais para Educação a Distância e MarTech (Marketing Technology). O projeto teve início após uma concorrência para que o SENAR contratasse um fornecedor que atendesse os requisitos exigidos pelo MEC para a implementação dos cursos de formação técnica online. O IEA, empresa do DOT digital group sagrou-se vitorioso, por apresentar dois importantes diferenciais: uma experiência de quase duas décadas no segmento de Educação a Distância (EAD) e a capacidade de atender todas as exigências do projeto, com tecnologias, conteúdos e profissionais especializados e capacitados em EAD. Juntos, SENAR e DOT, realizaram uma ampla pesquisa de mercado para desenvolver uma plataforma de educação a distância com formato e conteúdos adequados às necessidades dos trabalhadores rurais. “Em um primeiro momento, optamos por uma plataforma de gestão acadêmica já pronta, mas depois de um ano, as equipes alinharam que seria ainda mais efetivo desenvolver um sistema próprio, mais adequado ao projeto”, afirma Maria Cristina Ferreira, coordenadora da Educação Formal no SENAR, citando que o projeto entrou no ar em fevereiro de 2015. Atualmente, o Curso Técnico em Agronegócio, a distância, conta com cerca de 5 mil alunos em 21 estados brasileiros. A plataforma contempla um formato híbrido de cursos, com utilização de materiais didáticos, videoaulas, ambiente virtual orientado por um tutor e carga horária de atividades presenciais, para a realização de provas, aulas práticas e eventuais encontros. Para tanto, o SENAR tem uma rede com 73 polos presenciais – próprios e em parceria com outras instituições.

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17/09/2016 Encontro sobre reprodução de bovinos vai discutir o

uso de sêmen refrigerado

A reprodução assistida de bovinos será destaque em uma das palestras do II Repronutri

– Reprodução, Produção e Nutrição de Bovinos: a pesquisa aplicada ao campo. O

evento acontece nos dias 22 e 23 de setembro no hotel Deville, em Campo Grande

(MS). A pesquisadora Juliana Corrêa Borges Silva, da Embrapa Pantanal (Corumbá-

MS), vai abordar a melhora de resultados de IATF (Inseminação Artificial em Tempo

Fixo) quando o assunto é o sêmen.

A pesquisadora explica que a eficiência da IATF depende de vários fatores, como a

categoria animal (novilha, primeira cria e as que já pariram mais de uma vez), vaca

parida ou solteira, o escore de condição corporal (magra, boa ou obesa, por exemplo), o

protocolo hormonal utilizado e entre outros fatores, um tão importante é a qualidade do

sêmen e efeito touro.

As pesquisas desenvolvidas por ela se concentram, atualmente, na qualidade do sêmen.

Juliana vai apresentar resultados do projeto de pesquisa chamado +Cria, financiado pela

Embrapa, e que retoma o uso de sêmen refrigerado, ao invés do tradicional sêmen

congelado.

“Desde a década de 1970 tem-se usado o sêmen congelado. No caso da IATF, a coleta

pode ser feita um dia antes, o que aumenta a taxa de prenhez em 10%”, diz a

pesquisadora. O uso do sêmen refrigerado é adequado para propriedades que queiram

investir em touros melhoradores.

Juliana afirma que, mesmo usando sêmen refrigerado, as pesquisas têm observado a

ocorrência do efeito touro. Trata-se de algum diferencial – ainda desconhecido – que

torna o resultado de inseminação de um touro superior aos demais. As pesquisas na área

de reprodução têm se dedicado a desvendar essa caracterização.

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Outras dúvidas que as pesquisas precisam responder são a melhor temperatura para

manter o sêmen refrigerado, o tempo de refrigeração e sobre o melhor diluidor para

conservar o sêmen. “Atualmente o diluidor utilizado é o mesmo do processo de

congelamento, podendo ou não ter glicerol (componente responsável por congelar a

célula)”, acrescentou.