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SÃO PAULO, 04 A 06 DE MAIO DE 2013

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Page 1: clipping 04 a 06 maio · Aplicando a calculadora de carbono, o uso de 15 mil toneladas de concreto em uma única loja (1.635 toneladas de CO2) resultou no plantio de 8.605 árvores;

SÃO PAULO, 04 A 06 DE MAIO DE 2013

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Plantação de árvores se torna solução para mitigar efeito estufa

por André Trigueiro*

Foto: http://www.tha.com.br/

Especialistas usam a calculadora de CO2. É possível fazer a conta para qualquer atividade, e já tem quem faça isso.

Em tempos de aquecimento global, plantar árvores passou a ser um bom negócio, principalmente para quem quer compensar os gases de efeito estufa emitidos nas mais diferentes atividades do dia a dia.

Você já se deu conta de que quase tudo o que a gente faz resulta na emissão de gases de efeito estufa? Principalmente o tal do dióxido de carbono, mais conhecido como CO2.

Um carro flex, com motor 1.4, que roda 100 quilômetros por mês, emite 110 quilos de CO2. Uma ponte aérea São Paulo – Rio de Janeiro, ida e volta, é rapidinha, mas lá se vão 130 quilos de gás carbônico por pessoa.

Se você paga R$ 100 de conta de luz por mês, está emitindo mais 150 quilos. Só esses três exemplos dão um total de 390 quilos de CO2. Ou seja, você precisaria plantar duas árvores para compensar essa emissão e esperar de 30 a 40 anos até elas ficarem adultas para ficar quite com a atmosfera.

A conta é complexa. Os especialistas usam a chamada calculadora de CO2, que faz a conversão dos gases emitidos em árvores que precisam ser plantadas para compensar o dano. Se for espécie nativa da Mata Atlântica, por exemplo, cada árvore é capaz de estocar em média 190 quilos de dióxido de carbono na fase adulta.

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É possível fazer a conta para qualquer atividade, e já tem quem faça isso. A Iniciativa Verde, por exemplo, foi uma das pioneiras neste mercado. Já plantou quase 500 mil árvores em mais de mil projetos de compensação.

Seis grandes lojas de uma rede de material de construção espalhada pelo Brasil tiveram os gases de efeito estufa emitidos, quando foram construídas, compensadas com o plantio de árvores. Até o momento, essa conta fechou em 55 mil mudas de árvores plantadas.

“Para cada quilo de concreto produzido, a gente emite para a atmosfera, 100 gramas de gás carbônico. O alumínio já é um material bem mais exigente. Para cada quilo de alumínio produzido, são seis quilos de gás carbônico emitidos para a atmosfera. Então, a gente tem que levar em consideração as particularidades de cada material para fazer a contabilização total de gás carbônico emitida por ordem da construção da loja”, diz Magno Castelo Branco, diretor técnico da Iniciativa Verde.

Aplicando a calculadora de carbono, o uso de 15 mil toneladas de concreto em uma única loja (1.635 toneladas de CO2) resultou no plantio de 8.605 árvores; 324 toneladas de cimento (292 toneladas de CO2) viraram 1537 árvores; e 233 toneladas de aço (247 toneladas de CO2), 1.300 novas árvores.

“Com as seis lojas, nós compensamos em torno de R$ 500 mil”, afirma Andreia Abreu, gerente de projetos e obras – Leroy Merlin. Quem paga pelo serviço acompanha online o crescimento das mudas com direito a imagens de satélite de mapas digitalizados.

A lista dos clientes da organização é grande, e vai de grupos de pagode a editoras de livros e feiras de moda. Todas as árvores são plantadas em áreas degradadas nas margens dos rios.

A reportagem foi a São Carlos, a 230 quilômetros de São Paulo, para conhecer uma das áreas onde a compensação de carbono é feita. Na cidade, os proprietários rurais são obrigados por lei a proteger com vegetação uma faixa com 50 metros de largura dos dois lados dos rios.

São áreas de proteção permanente. Nem todos os proprietários rurais conseguem ou querem cumprir a legislação. “Não tinha nada aqui, era só vegetação de capim. Aqui foram plantadas 4 mil mudas, sendo de 85 espécies diferentes”, diz Flavio Roberto Marchesin, produtor rural.

Flávio mostra com orgulho a floresta que protege o rio responsável por 40% da água servida em São Carlos. De agricultor, transformou-se em parceiro do projeto. É dele o mudário de onde saem as novas gerações de árvores que vão esverdeando aos poucos as propriedades dos vizinhos.

O sítio acolhe um centro ambiental onde os alunos das escolas da região agendam visitas para ver de onde vem a água da cidade, como transformar o lixo orgânico em adubo e, finalmente, a lição mais esperada do dia, como plantar a árvore.

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Da tranquila zona rural, para o ronco dos motores de Rio Claro, a 150 quilômetros de São Paulo, a locadora de carros lançou a ideia em 2009. “A empresa passa para nós um relatório das locações. A gente faz o calculo total de quilômetros, que foram percorridos com cada tipo de veículo, e a gente chega no total de emissões”, diz o diretor executivo Leandro Aranha.

“Eu acho que é você incentivar e buscar uma consciência nas pessoas que alugam, então não é uma coisa obrigatória. A gente dá a possibilidade de a pessoa escolher participar do programa. Eu acho que o resultado é bem satisfatório”, diz Marcela Moreira, diretora de marketing – Movida Rent a Car.

E quando se trata de um mega evento como as Olimpíadas? O Brasil assumiu o compromisso de compensar as emissões dos jogos de 2016. Segundo o secretário do Ambiente, serão plantadas 24 milhões de árvores até dezembro de 2015.

No mapa, aparecem as metas assumidas pelas dez maiores empresas do estado. No site, o plantio feito por voluntários é atualizado online. “Esses 24 milhões provavelmente vão abater as emissões da Olimpíada e também as emissões da Copa do Mundo. Vão ser três em um. Com a mesma árvore, você capta carbono, protege o recurso hídrico e expande os corredores de biodiversidade”, afirma Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro.

* André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje leciona a disciplina geopolítica ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ, autor do livro Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em Transformação, coordenador editorial e um dos autores dos livros Meio Ambiente no Século XXI, e Espiritismo e Ecologia, lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, pela Editora FEB, em 2009. É apresentador do Jornal das Dez e editor chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro.

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Acordo entre Câmara e Haddad leva a recorde em

votações desde 2005

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou entre fevereiro e abril deste ano 92 projetos de lei em segunda votação, dos quais 13 de autoria do prefeito Fernando Haddad (PT). Em 2009, também no começo do mandato, Gilberto Kassab (PSD) teve apenas um projeto aprovado em segundo turno. Entre janeiro e abril de 2005, início da gestão José Serra (PSDB), a Câmara não aprovou projetos em segundo turno.

A produção legislativa intensa é parte do acordo que garante desenvoltura a Haddad na Câmara. Acordo entre líderes dos partidos e a liderança do governo prevê a aprovação de projetos individuais em troca de mais agilidade nos projetos prioritários para a administração municipal.

Mas o prefeito terá de assumir o custo político de vetar propostas de apelo popular, como a que troca a multa de rodízio por alerta, a que estabelece prazo para consultas e exames na rede pública de saúde e a que determina colocar os semáforos no amarelo após as 23h em toda a cidade.

Haddad também aumentou o ritmo de transformação dos projetos em lei. Ele sancionou entre janeiro e abril deste ano 43 projetos de lei, dos quais, 32 apresentados por vereadores. Entre os projetos de parlamentares, 11 tratam do nome de ruas e prédios públicos e 13 alteram o calendário oficial da cidade.

Isso é quase duas vezes mais leis do que seus seus dois antecessores e quase quatro vezes mais do que a última ocupante do PT no cargo, Marta Suplicy.

Em 2009, Gilberto Kassab (então no DEM e agora no PSD) sancionou 28 leis entre janeiro e abril (24 delas de vereadores). Em 2005, José Serra (PSDB) sancionou 24 leis no mesmo período (23 de vereadores). Em 2001, Marta Suplicy (PT) sancionou 12.

Oito dos projetos de lei sancionados por Haddad são de autoria própria, criados para cumprir promessas de campanha, entre as quais, a lei que trata do fim da taxa de inspeção veicular. O prefeito aguardava no final de abril a aprovação em segundo turno de pelo menos dez outros projetos aprovados em primeira discussão.

No último dia 24, os vereadores aprovaram, em menos de 48 horas após o protocolo, um texto de mais de 900 páginas sobre reforma administrativa que oficializa quatro secretarias, a Controladoria Geral do Município (CGM) e cria a subprefeitura de Sapopemba. Houve discussão e empurra-empurra em plenário por causa do ritmo da votação.

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O líder do governo, Arselino Tatto (PT), afirma que as razões para a aprovação dos projetos são claras. "São projetos bons para a cidade e os vereadores entendem que são importantes e acabam votando. Se o projeto fosse ruim, não teria aprovação. O governo tem uma base sólida que lhe dá sustentação e que acaba permitindo a aprovação", afirmou.

Tatto se defende do rótulo de "trator" usado pela oposição. "Não sou estilo trator. É que não sou preguiçoso. Nasci na roça, onde a gente acorda cedo e tem de saber a hora de plantar e de colher", afirmou.

Segundo Tatto, não há compromisso de que todos virem lei. "É legitimo que o vereador queira aprovar seu projeto, mas o governo não tem compromisso com sanção de nenhum deles. A equipe técnica do governo vai analisar a constitucionalidade e a legalidade. Tem muitos projetos que o vereador apresenta, mas não são de competência do vereador e então certamente será vetado. Muitos serão sancionados e muitos serão vetados", afirmou.

Líder de governo durante a gestão Kassab, Roberto Tripoli (PV) afirma que a boa relação entre Haddad e os vereadores deve acabar no segundo semestre. Ele atribui a facilidade obtida até agora ao fato de que parte dos vereadores, exceto ele próprio, indicaram chefes de gabinetes nas subprefeituras.

"A filosofia do novo governo foi a indicação de vereadores para a chefia de gabinete. Acho isso errado. Acho que vereador tem que fiscalizar, não tem que executar." Em segundo lugar, segundo Tripoli, Haddad se beneficia da inexperiência dos novatos.

"Hoje o prefeito não tem o mesmo acesso que o Kassab teve. Ainda é o primeiro semestre. Tem vereadores que estão tateando. Na hora que acordarem, aí começa a mobilização. O parlamento sempre vai querer espaço. Você pode dar todo espaço e ele sempre vai querer mais. Se der todas as secretarias, o parlamento vai querer a cabeça do prefeito", afirmou.

Tatto afirmou que "não tem procedência nenhuma" a afirmação de que os vereadores indicaram chefes de gabinetes nas subprefeituras. "O sucesso nas votações é porque tem conteúdo. Existe um governo de coalização e isso é normal e democrático", afirmou.

Tatto afirmou que a base será mantida, sim, no segundo semestre. "O vereador que não votar nesses projetos está fadado ao fracasso. Não existe toma-lá-dá-cá. Quem não quiser acompanhar Haddad que vá para a oposição", afirmou.

Líder da oposição, o vereador Floriano Pesaro afirma ter boa relação com o presidente da Câmara, José Américo (PT), mas reitera posicionamento "duro, sem trégua" a Haddad. No entanto, segundo ele, seu partido "faz oposição sozinho".

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