climatologia e biogeografia geral e do brasil

129
GEOGRAFIA FÍSICA DO BRASIL, DO ESPÍRITO SANTO E QUESTÕES AMBIENTAIS Prof. Mario Fernando De Mori http://mariodemori.blogspot.com/

Upload: profmario-de-mori

Post on 12-Jun-2015

9.307 views

Category:

Education


24 download

TRANSCRIPT

Page 1: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

GEOGRAFIA FÍSICA DO BRASIL, DO ESPÍRITO SANTO E QUESTÕES

AMBIENTAIS Prof. Mario Fernando De Mori

http://mariodemori.blogspot.com/

Page 2: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

TEMA 01: OS CLIMAS NO BRASIL E NO ESPÍRITO SANTO

Page 3: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

AS CHUVAS

Page 4: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CHUVAS NORTE NORDESTE

Page 5: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

DIFERENÇA ENTRE O TEMPO E CLIMA

CLIMA: comportamento da atmosfera ao longo do ano, constante em um ponto qualquer da

superfície da Terra.TEMPO: é o estado da atmosfera em determinado

momento. Exemplo: "o tempo agora está bom, isto é, faz sol e calor", "o tempo está chuvoso"

ou ainda, "o tempo está muito frio".Tempo é, portanto, um dado momentâneo, sujeito a mudanças mais ou menos rápidas;

Page 6: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

ELEMENTOS DE UM CLIMA

• Temperatura - É o estado ou grau de frio ou de calor de um corpo ou lugar.

• - A temperatura média à superfície é de 14º C, variando entre cerca de -60º C e +45º C.

• - Pode ser determinada pela sensação de morno ou frio.•  Umidade

•  Corresponde à quantidade de vapor de água que encontramos na atmosfera.

• - A umidade é relativa ao ponto de saturação de vapor de água na atmosfera, que é de 4%. Quando a atmosfera atinge essa porcentagem, ou

se satura de vapor, ocorrem as chuvas.• - Muitas vezes escutamos no jornal falarem que a umidade relativa do ar é,

por exemplo, de 60%. Isto quer dizer que estamos a 60% da capacidade máxima de retenção de vapor de água na atmosfera. Quando está

chovendo, a umidade relativa do ar está em 100%, ou 4% em termos absolutos. Portanto, quando a umidade relativa do ar está por volta de 60%,

está em 2,4% de vapor em termos absolutos.

Page 7: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

FATORES DOS CLIMAS• - Latitude

•  Quanto mais nos afastarmos do Equador, menor a temperatura. A Terra é iluminada pelos raios solares com diferentes inclinações. Quanto mais longe

do Equador a incidência de luz solar é menor.•   Altitude

•  Quanto mais alto estivermos menor será a temperatura. Isto porque o ar se torna rarefeito, ou seja, a concentração de gases e de umidade à medida que

aumenta a altitude, é menor, o que vai reduzir a retenção de calor nas camadas mais elevada da atmosfera. Há a questão também que o oceano ou

continente irradiam a luz solar para a atmosfera, ou seja, quanto maior a altitude menos intensa será a irradiação.

•  O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, dá-se o nome de frente. Quando elas se encontram ocorre as chuvas e o tempo

muda.•   Continentalidade

• A proximidade de grandes quantidades de água exerce influencia na temperatura. A água demora a se aquecer, enquanto os continentes se

aquecem rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora irradiar a energia absorvida. Por isso, o hemisfério Norte tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, devido a quantidade de terras emersas

ser maior, ou seja, sofre influencia da continentalidade, boa parte deste hemisfério.

Page 8: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

LATITUDE

Page 9: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

ALTITUDE

Page 10: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

MARITIMIDADE E CONTINENTALIDADE

Page 11: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

FATORES DOS CLIMAS• Massas de ar

•  Apresentam características particulares da região em que se originaram, como temperatura, pressão e umidade, e se deslocam pela superfície

terrestre. As massas podem se polares, tropicais ou equatoriais.•  As massas de ar tropicais se formam nos trópicos de Capricórnio e de

Câncer.•  Elas podem se formar na altura dos oceanos (oceânicas) e serem úmidas;

serão secas se forem formadas no interior dos continentes (continental).•  As massas polares são frias. Isto porque elas se formam em regiões de

baixas temperaturas, como o nome já diz, nas regiões polares. Elas também são secas, visto que as baixas temperaturas não possibilitam uma

forte evaporação das águas.•  As massas equatoriais são quentes, se formam próximas a linha do

Equador.• O encontro de duas massas, geralmente uma fria e outra quente, dá-se o

nome de frente. Quando elas se encontram ocorre as chuvas e o tempo muda.

Page 12: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

MASSAS DE AR NO BRASIL

Page 13: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

MASSAS DE AR BRASIL

Page 14: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CAMADAS DA ATMOSFERA

Page 15: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA GLOBAL

Page 16: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CHUVAS OROGRÁFICAS

Page 17: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CHUVAS CONVECÇÃO

Page 18: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

VENTOS PLANETÁRIOS

• ALÍSIOS• Ventos que sopram dos trópicos para o Equador, em

baixas altitudes.Contra-Alísios: ventos que sopram do Equador para os pólos, em altas altitudes.Ventos do

Oeste: ventos que sopram dos trópicos para os pólos. • POLARES

• Ventos frios que sopram dos pólos para as zonas temperadas.

• CONTRA-ALÍSIOS• São ventos secos, responsáveis pelas calmarias tropicais secas. Sopram do Equador para os trópicos,

em altitudes elevadas.

Page 19: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

VENTOS

Page 20: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

VENTOS ALÍSIOS

Page 21: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

VENTOS PERIÓDICOS

• Monções – São os ventos que, durante o verão, sopram do Índico para a Ásia Meridional e durante o inverno,

sopram da Ásia Meridional Para o oceano Índico. • As monções são classificadas da seguinte forma:

• Monções Marítimas : Sopram do oceano Índico para o continente e provocam fortes chuvas na Ásia Meridional,

causando enchentes e inundações. • Monções Continentais : Sopram do continente para o

oceano Índico provocando secas no sul da Ásia. • Brisas – São ventos repetitivos que sopram do mar para

o continente durante o dia e do continente para o mar durante a noite.

Page 22: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

VENTOS LOCAIS

O vento local se desloca numa certa região em determinadas épocas. No Brasil, um

bom exemplo de vento local é o noroeste, massa de ar que, saindo do Amazonas,

alcança o Estado de São Paulo entre agosto e outubro. No sul do Brasil, temos

o Pampeiro, ou Minuano, seco, e frio.

Page 23: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

IMAGENS DAS MONÇÕES

Page 24: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

BRISAS

Page 25: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

EL NINO E LA NINA

Page 26: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CONDIÇÕES NORMAIS

Page 27: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

COM EL NINO

Page 28: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

EL NINO E LA NINAFenômeno O que é/o que ocasiona Conseqüências no Brasil

EL NIÑO

         É o aquecimento anômalo das águas do Oceano

Pacífico Equatorial Central e Oriental.

         Faz com que o padrão normal de circulação atmosférica se altere.

         Região Sul: precipitações abundantes (primavera) e chuvas intensas de maio a julho, aumento da

temperatura média do ar.         Região Sudeste: moderado aumento das

temperaturas médias.         Região Centro-Oeste: tendência de chuvas acima da

média e temperaturas mais altas no sul do Mato Grosso do Sul.

         Região Nordeste: secas de diversas intensidades no norte do Nordeste, durante a estação chuvosa, de

fevereiro a maio.          Região Norte: secas de moderadas a intensas no

norte e no leste da Amazônia. Aumento da probabilidade de incêndios florestais.

LA NIÑA

         É o resfriamento das águas do Oceano Pacífico

Equatorial Central e Oriental         Provoca mudanças no

padrão de circulação atmosférica

         Região Sul: passagens rápidas de frentes frias.         Região Sudeste: temperaturas abaixo da média

durante inverno e verão.         Região Nordeste: frentes frias, principalmente no

litoral da Bahia, Sergipe e Alagoas.         Região Norte: chuvas abundantes no norte e noleste

da Amazônia.

Page 29: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

AÇÕES EL NINO

Page 30: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

LA NINA

Page 31: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

OUTRAS ANOMALIAS

Page 32: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 33: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 34: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 35: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

DOMÍNIOS CLIMÁTICOS

Clima de Montanha – Em regiões de elevadas altitudes, como Andes e

Himalaia, com frio e neves eternas.Clima Subtropical – Predominantes entre

os climas Tropical e Temperado com elevação de amplitudes térmicas e chuvas

bem distribuídas durante o ano.Clima Semi-árido – Com chuvas escassas

e mal distribuídas durante o ano.

Page 36: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

DOMÍNIOS CLIMÁTICOS

Clima Tropical – Divide-se em:a) Tropical Continental – Com verão de muitas chuvas e inverno de baixo índice pluviométrico.

b) Tropical Equatorial – Com uma certa regularidade de altas temperaturas e chuvas

abundantes anuais.c) Tropical de Altitude – Com temperaturas

médias não muito altas, muitas chuvas no verão e baixas temperaturas no inverno.

d) Tropical de Monções – Predominante na região sul e sudeste da Ásia. Com chuvas muito

fortes no verão e invernos mais secos.

Page 37: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

# Invernos extremamente frios e bastante longos

# Inexistência de Verão

# Amplitudes térmicas anuais elevadíssimas

# só existe, na prática, uma estação: a fria

# o recorde da temperatura mais baixa registrada - na Antártida - é de quase -90C

Page 38: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 39: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 40: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

- Este tipo de clima também é conhecido por clima frio continental; - Invernos muito frios e longos, com temperaturas médias mensais negativas, podendo atingir, nos meses mais frios, valores inferiores a -20C (no exemplo, existem 7 meses com temperaturas médias abaixo de 0C , e a temperatura média anual é de aproximadamente -5C);- Verões muito curtos e pouco quentes, com temperaturas médias mensais que raramente atingem os 18C;- Amplitudes térmicas anuais muito elevadas (no exemplo, a amplitude térmica ultrapassa os 30C);- Poucas precipitações e concentradas, em grande parte, no curto período de Verão.

Page 41: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 42: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

- Verões frescos e Invernos moderados. A temperatura média do mês mais quente raramente ultrapassa os 20C, e a do mês mais frio poucas vezes atinge valores negativos;- As amplitudes térmicas anuais são pouco acentuadas;-Tem precipitações mais ou menos abundantes, e mais ou menos regulares distribuídas ao longo do ano- Grande nebulosidade, podendo o céu manter-se encoberto durante vários dias ou semanas.-Este tipo de clima, apresenta também as quatro estações bem distintas entre si. - este tipo de clima domina na parte litoral da Europa ocidental, desde o extremo norte de Portugal, até ao sul da Escandinávia. Existe também em pequenas áreas do Noroeste dos EUA, no Sudoeste do Canadá, no litoral sul do Chile, no sudeste da Austrália e na Nova Zelândia.

Page 43: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

-Localizado sensivelmente à mesma latitude do clima temperado marítimo, mas com mais continentalidade, ou seja, mais para o interior dos continentes;

- Os Invernos são muito frios (com temperaturas negativas), longos e secos, e os Verões são quentes, curtos e relativamente pluviosos;

- As precipitações são mais ou menos escassas, com mínimas no Inverno (frequentemente sob a forma de neve) e máximas no Verão. Neste tipo de clima, vemos que as precipitações são muitas vezes de origem convectiva ou de verão;

-quanto maior for a continentalidade, maior será o rigor dos Invernos. Em termos práticos, só tem duas estações: O Verão e o Inverno, pois as estações intermédias (Primavera e Outono) são de curta duração e passam despercebidas.

Page 44: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

- Verões quentes, longos, secos e luminosos e Invernos suaves; - Amplitudes térmicas anuais moderadas, fica próxima dos 15ºC. A média do mês mais quente é superior a 20ºC, por sua vez, a média do mês mais frio nunca é inferior a 0ºC. A Temperatura Média Anual também é próxima dos 15ºC; - Chuvas relativamente escassas e irregulares, concentradas sobretudo no Outono e no Inverno sendo a precipitação de origem frontal (associada à passagem das frentes); - Quatro estações bem marcadas e distintas (Primavera, Verão, Outono e Inverno); raca nebulosidade. Mesmo no Inverno, registam-se longos períodos de céu limpo e brilhante; - Tem período seco no Verão.

Page 45: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 46: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

- As temperaturas médias mensais são elevadas ao longo do ano, superiores a 24C. Embora possa ocorrer um ou dois períodos relativamente frescos, a maior parte dos meses apresenta temperaturas médias superiores aos do clima equatorial.- As amplitudes térmicas anuais, embora maiores do que as do clima equatorial, são pouco acentuadas, tendo um valor aproximado entre 10C e 12C.- A precipitação distribui-se muito irregularmente ao longo do ano, concentrando-se, na sua quase totalidade, numa só estação.- Verifica-se com facilidade a existência de apenas duas estações: a estação seca e a estação úmida. Se as existirem muitos meses com precipitações (embora alguns destes meses com fracas precipitações) diz-se que é um clima tropical úmido; se pelo contrário, existirem em maior quantidade, meses sem precipitações, diz-se que é um clima tropical seco.

Page 47: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

-As temperaturas médias mensais são elevadas ao longo de todo o ano, superiores a 200C (neste exemplo, superiores a 25C).

-As amplitudes térmicas anuais são muito reduzidas, ou seja, a diferença entre a temperatura média máxima anual e a temperatura média mínima anual, é muito reduzida.

-Chove abundantemente durante todo o ano, não há nenhum mês sem precipitação.

- Não existem estações (nem Verão, nem Inverno...), pois todos os meses são pluviosos e quentes.

Page 48: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 49: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

-As temperaturas médias mensais são elevadas;

-amplitude térmica anual relativamente acentuada (perto dos 20C), possui amplitudes térmicas diurnas (durante o dia, ou as 24 horas), elevadíssimas, Que são uma característica importante deste clima; durante o dia, as temperaturas chegam a atingir os 50C, mas durante a noite a temperatura tem valores próximos dos 0C e até mesmo temperaturas negativas, originando assim, amplitudes térmicas diurnas de mais de 50C;

-fracas precipitações.

Page 50: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 51: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 52: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 53: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 54: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

- Está presente nas regiões de altas montanhas e de planaltos elevados

- Precipitação abundante, ocorrendo em todos os meses do ano, normalmente, sob a forma de neve;

- Invernos muito frios. A temperatura, durante o Inverno, regista valores negativos;

- Verão: curto e fresco. A temperatura raramente vai além dos 12ºC;

- Amplitude térmica anual pode ir de fraca a moderada.

Page 55: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 56: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 57: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 58: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 59: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 60: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

MASSAS DE AR ATUANTES NO BRASIL

Denominação Centro de origem Característicasou

qualidades

Área de atuação

mEc Equatorial continent

al

Noroeste da Amazônia Quente eúmida

Amazônia ocidental e, no verão as demais regiões do Brasil;

provoca chuvas.

mEa Equatorial atlântica

Atlântico norte noanticiclone dos Açores

Quente eúmida

Forma os ventos alisios de nordeste; atua principalmente no

litoral das regiões N e NE, na primavera e verão.

mTa Tropical atlântica

Atlântico sul, próximo aoTrópico de Capricórnio,no anticiclone de Sta.

Helena

Quente e úmida

Forma os ventos alísios de sudeste. Atua nos litorais do NE, SE e S; provoca chuvas frontais de inverno, pois aí se encontra com a mPa; no SE, chuvas de relevo, em contato com a Serra

do Mar; atua o ano todo.

Page 61: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

MASSAS DE AR QUE ATUAM NO BRASIL

Denominação Centro de origem Característicasou

qualidades

Área de atuação

mTc Tropical continent

al

Depressão do Chaco(prolongamento do

Pantanal em territórioBoliviano e paraguaio)

Quente eseca

Na primavera-verão encontra-se com a mEc, provocando chuvas; no outono inverno, encontra-se com a mPa, ocorrendo baixo

índice pluviométrico.

mPa Polar atlântica

Atlântico sul, não longedo litoral da Patagônia

(Argentina)

Fria e seca(no início é

fria e úmida)

Regiões S e Se com maior intensidade. Atinge o litoral do NE, onde, encontrando-se com

mTa, provoca chuvas no inverno; atinge a Amazônia,

provocando quedas de temperaturas.

Page 62: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CLASSIFICAÇÃO DE ARTHUR STRAHLER, BASEADO NA ÁREA CONTROLADA PELAS

MASSAS DE AR Clima Características

Clima Equatorial Úmido (convergência de alísios)

Abrange a Amazônia, e se caracteriza por um clima equatorial continental, quase todo o ano. Em algumas porções litorâneas da Amazônia, há alguma influência da massa equatorial atlântica, que algumas vezes (no inverno) conduz a frente fria, atingindo o sul e o sudeste da região. Embora as massas de ar sejam em geral secas, a mEc é úmida por sua localização estar sobre uma área com rios caudalosos e com cobertura da Floresta Amazônica, que possui grande umidade pela transpiração dos vegetais. Portanto, é um clima úmido e quente.

As médias anuais térmicas mensais vão de 24ºC a 27ºC, ocorrendo baixa amplitude térmica anual, com pequeno resfriamento no inverno. As médias pluviométricas são altas e a estação seca é curta. Por ser uma região de calmaria, devido ao encontro dos alísios do Hemisfério Norte com os do Sul, a maior parte das precipitações que aí ocorrem são chuvas de convecção.

Clima litorâneo úmido

Abrange parte do território brasileiro próximo ao litoral. A massa de ar que exerce maior influência nesse clima é a tropical atlântica (mTa). Pode ser notado em duas principais estações: verão (chuvoso) e inverno (menos chuvoso), com médias térmicas e índices pluviométricos elevados; é um clima quente e úmido.

Page 63: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CLASSIFICAÇÃO DE STAHLER

Clima litorâneo úmido

Abrange parte do território brasileiro próximo ao litoral. A massa de ar que exerce maior influência nesse clima é a tropical atlântica (mTa). Pode ser notado em duas principais estações: verão (chuvoso) e inverno (menos chuvoso), com médias térmicas e índices pluviométricos elevados; é um clima quente e úmido.

Clima tropical alternadamente úmido e seco

Abrange os estados de Minas Gerais e Goiás, parte de São Paulo, Mato Grosso do Sul, parte da Bahia, do Maranhão, do Piauí e do Ceará. É um clima tropical típico, quente e semi-úmido, com uma estação chuvosa (verão) e outra seca (inverno).

Clima tropical tendendo a seco pela irregularidade de ação das massas de ar ou clima semi-árido

Abrange o Sertão do Nordeste, sendo um clima tropical próximo ao árido com médias anuais de pluviosidade inferior a 1000mm. As chuvas concentram-se num período de 3 meses. No Sertão Nordestino, é uma espécie de encontro de quatro sistemas atmosféricos oriundos das massas de ar mEc, mTa, mEa, mPa.

Clima subtropical úmido

Abrange o Brasil Meridional, porção localizada ao sul do Trópico de Capricórnio, com predominância da massa tropical atlântica, que provoca chuvas fortes. No inverno, tem freqüência de penetração de frente polar, dando origem às chuvas frontais com precipitações devidas ao encontro da massa quente com a fria, onde ocorre a condensação do vapor de água atmosférico. O índice médio anual de pluviosidade é elevado e as chuvas são bem distribuídas durante todo o ano, fazendo com que não exista a estação da seca.

Page 64: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KOPPEN

A classificação de Köppen baseia-se fundamentalmente na temperatura, na precipitação e na distribuição de valores de temperatura e precipitação durante

as estações do ano.Significado das letras:

 1a letra 2a letra 3a letra

A = clima quente e úmido f = sempre úmido h = quente

B = clima árido ou semi-árido

m = monçonico (com pequena estação seca)

a = verões quentes

C = clima subtropical ou temperado

s = chuvas de inverno b = verões brandos

  w = chuvas de verão  

Page 65: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

KOPPEN E O BRASIL  Denominação Área de Ocorrência Características

Am (equatorial) Maior parte da Amazônia

Temperaturas elevadas: médias entre 25ºC e 27ºC.

Pluviosidade elevada: médias de 1.500 a 2.500 mm/ano.

Aw (tropical)Brasil Central; parte de

Minas Gerais e da Bahia

Temperatura média entre 19ºC e 28ºC, pluviosidade média inferior a 2000

mm/ano.Duas estações bem definidas: o verão

(chuvoso) e o inverno (seco).

Bsh (semi-árido) Sertão do Nordeste

Médias anuais térmicas superiores a 25ºC.

Pluviosidade média anual inferior a 1000 mm/ano com chuvas

irregulares.

Cwa (tropical de altitude)Partes do Sudeste e sul do

Mato Grosso do Sul.

Médias térmicas entre 19ºC e 27ºC. Pluviosidade média de 1500 mm/ano;

chuvas de verão.

Cf (subtropical) Sul do PaísMédias térmicas entre 17ºC e 19ºC.

Pluviosidade média de 1500 mm/ano; chuvas bem distribuídas.

Page 66: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

KOPPEN

Page 67: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

KOPPEN NO BRASIL

Page 68: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

DOMÍNIOS CLIMÁTICOS DO BRASIL

Page 69: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

TIPOS DE CLIMAS NO BRASIL

• Equatorial•  É um clima quente e úmido, que fica ao redor da linha do Equador. As chuvas são abundantes e

maior parte de convecção.•  Este tipo de clima fica na região Norte do Brasil.•  Com temperaturas que variam de 24°C a 27°C.

•  Nessa região o índice pluviométrico é de 2000mm por ano.

• Tropical úmido•  Se situa na costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo. •  No inverno se formam frentes frias e em alguns dias a temperatura fica baixa.

•  As chuvas ocorrem no verão, apenas no litoral nordeste que chove mais no inverno.•  É um clima quente e úmido, apesar das “ondas de frios” que ocorrem as vezes.

•  • Tropical típico ou semi-úmido

•  Este tipo de clima ocorre no região central do Brasil.•  As médias de temperatura variam de 20° a 28°C.

• Chove por volta de 1500mm por ano.• É um tipo de clima quente e semi-úmido, com chuvas no verão e seco no inverno.

•  

Page 70: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

TIPOS CLIMÁTICOS DO BRASIL

• Semi-árido•  Ocorre no sertão nordestino. Com chuvas inferiores a 800mm por

ano.•  É seco e árido, mas não como o deserto.

•  Tem quatro massas que exercem influencia, duas equatoriais e duas tropicais, que terminam sua trajetória no sertão.

•  • Subtropical

•  Este tipo de clima se localiza no sul do país até o sul do trópico de Capricórnio.

•  Tem temperaturas médias nem quentes e nem frias. Com chuvas abundantes e bem distribuídas durante todo o ano.

•  O verão é bem quente e o inverno é bem frio, em lugares mais altos ocorrem geadas. Em alguns lugares chegou a cair neve, mais

é raro.

Page 71: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

CLIMOGRAMAS

Page 72: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Biomas

Conjunto de ecossistemas terrestres com

vegetação característica e

fisionomia típica, onde predomina um certo tipo de clima.

72

Page 73: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

APRESENTAÇÃO

Page 74: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil
Page 75: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Biomas Terrestres

Tundra Taiga

CamposDesertos

Floresta tropicalFloresta temperada

Page 76: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Regiões polares

Tundra

Taiga

Florestas temperadas

Pradaria

Desertos

Savana

Mediterrâneo

Florestas tropicais

OS BIOMAS TERRESTRES

Page 77: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Cada Bioma apresenta um

clima característico especialmente

no que diz respeito a

factores como a temperatura e a

pluviosidade.

77

Page 78: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

78

Page 79: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Tundra• Situa-se nas regiões próximas ao pólo Árctico, no norte do

Canadá, da Europa e da Ásia.

79

Page 80: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Tundra

Pólo ártico (norte): norte do Canadá, da Europa e da Ásia.

Page 81: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Tundra

Vegetação de musgos e líquens ao norte e de pequenos arbustos ao sul.

Há neve todo o ano com exceção de 3 meses, nos quais a temperatura não se eleva acima dos 10° C.

Clima polar.O solo mais profundo permanece congelado todo o ano.

A água aproveitável pelas plantas é fator limitante.

É um bioma relativamente recente.

Page 82: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

• Nesses locais, a neve cobre o solo durante quase todo o

ano, excepto nos três meses de verão, quando a

temperatura chega, no máximo, a 10 °C.

• No verão, apenas uma fina camada superficial do solo

desconge la-se;• poucos centímetros abaixo da

superfície, o solo permanece congelado, impedindo a

drenagem da água do degelo, o que leva à formação de

vastos pântanos.

82

Page 83: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Tundra

Page 84: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Tundra

Page 85: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Taiga

Presente na América do Norte, na Europa e na Ásia.

Page 86: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Taiga (Florestas de Coníferas)

• O bioma denominado taiga situa-se principalmente no hemisfério norte, ao sul da tundra árctica, onde o clima é frio, com invernos

quase tão rigorosos quanto os da tundra, embora a estação quente seja um pouco mais longa e amena.

86

Page 87: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

A taiga é conhecida também como floresta

de coníferas, pois é constituída basicamente por árvores desse grupo

de gimnospérmicas, como os pinheiros e

abetos, além de apresentar musgos e

líquenes.

87

Page 88: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Taiga

Page 89: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Taiga

Page 90: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Floresta temperada caducifóliaÉ típico de certas regiões da Europa e da América do Norte, onde o clima é temperado e as quatro estações

do ano são bem delimitadas.

91

Page 91: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Na floresta temperada predominam árvores que perdem as folhas no fim do Outono e as

readquirem na primavera — daí serem chamadas

plantas decíduas (do latim deciduus, que cai) ou caducifólias (do latim caducos,

que cai).

92

Page 92: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

A perda das folhas é uma adaptação ao inverno rigoroso,

pois permite reduzir a actividade

metabólica da planta, necessária para suportar as

baixas temperaturas.

93

Page 93: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Floresta Tropical

O bioma denominado floresta tropical, também chamado de floresta pluvial tropical, localiza-se em regiões de clima quente e com alto

índice pluviométrico, ou seja, na faixa equatorial da Terra. Há florestas tropicais no norte da América do Sul (Bacia Amazónica),

na América Central, na África, na Austrália e na Ásia.

94

Page 94: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

As elevadas temperaturas, a forte umidade do ar e a abundância de precipitações, explicam o extraordinário desenvolvimento da vegetação nas regiões equatoriais.

É uma floresta muito densa e as plantas crescem umas por cima das outras existindo entre elas uma grande competição pela luz, pois é-lhes indispensável para a fotossíntese.

A vegetação é estratificada, Ou seja há vários estratos ou andares, e em cada um deles determinadas espécies predominam.

As árvores têm normalmente cerca de 40 metros de altura, mas podem chegar até aos 60 metros.

Floresta equatorial.

www.geocities.com

Page 95: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

A vegetação da floresta tropical é exuberante

e com árvores de grande porte, cujas folhas não caem;

Essas plantas têm, em geral, folhas largas e

delicadas, denominadas

latifoliadas (do latim latus, largo, amplo, e

folia, folha).

96

Page 96: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Savana

É encontrado na África, na Ásia, na Austrália e nas Américas.

97

Page 97: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

O bioma do tipo savana

caracteriza-se por apresentar arbustos e árvores de

pequeno porte, além de

gramíneas.98

Page 98: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Pradaria

Esse bioma é encontrado em

regiões com períodos

marcados de seca, como

certas áreas da América do Norte e da

América do Sul

99

Page 99: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

O bioma denominado pradaria, ou

campo, apresenta vegetação constituída

predominantemente por gramíneas.

100

Os pampas gaúchos, são um tipo de pradaria.

Page 100: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

DesertoO bioma denominado deserto localiza-se

em regiões de pouca humidade

101

Page 101: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Com tanta secura ambiental, a vegetação é muito rudimentar,

escassa ou mesmo nula.

Nos locais onde ainda consegue cair algumas chuvas, predomina a vegetação herbácea baixa e pequenos arbustos, bem como

alguns cactos.

Em locais onde águas subterrâneas estão próximas da superfície, ou nas margens dos raros cursos de água, surgem

pequenas zonas verdes que são chamadas de oásis.

deserto

www.geocities.com

Page 102: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

A sua vegetação é constituída por

gramíneas e por pequenos arbustos, ocupando apenas os

locais em que a pouca água existente pode se

acumular (fendas do solo ou debaixo das

rochas).

103

Page 103: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Chaparral

Localizado em regiões junto ao

mar, os chaparrais são constituídos por florestas e

matagais de folha persistente. Neste bioma, o Inverno é

suave e o verão quente e seco.

104

Page 104: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

105

Page 105: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

O clima de altitude é muito peculiar. De um modo geral, as plantas e os

animais, necessitam de adaptação a este tipo de clima.

No clima de altitude, se encontram espécies adaptadas a temperaturas

baixas, a pouca pressão atmosférica, a pouca quantidade de oxigênio e de CO2 (que é indispensável à fotossíntese) e a

pouca proteção de raios UV.

a vegetação dos climas de altitude, independentemente da região do Mundo, vai rareando conforma a

altitude vai aumentando, de modo que em locais de "neves perpétuas", não se

encontram praticamente nenhum ser vivo (tal como nas latitudes muito

elevadas - perto dos 900).

Vegetação de altitude

www.geocities.com

Page 106: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

A floresta mediterrânea é uma formação vegetal

predominantemente de folha persistente e, por isso, sempre

verde.

É constituída por árvores mais ou menos espaçadas entre si,

que permite entre esses espaços, o desenvolvimento de

um estrato arbustivo mais ou menos denso e também de

folha persistente.

Floresta Mediterrânea

A distribuição do clima mediterrâneo e do seu bioma não se confina exclusivamente à área mediterrânea, sendo as principais áreas

abrangidas, não só toda a bacia do Mediterrâneo, como também a Califórnia, o centro do Chile, o Sul da África do Sul e o sul da Austrália

www.geocities.com

Page 107: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Esta formação vegetal é constituída principalmente por arbustos, muito

densa e fechada, formando um matagal de difícil penetração.

O maquis desenvolve-se, geralmente, em solos graníticos (siliciosos).

Entre as várias espécies de plantas que compõem o maquis, destacam-se

o medronheiro, o loureiro, a urze, a giesta espinhosa, a piteira e alguns

cactos.

Maquis

A atuação humana sobre a floresta (principalmente fogos, pastoreio, agricultura, procura de madeiras...), foi destruindo a floresta mediterrânea original dando progressivamente origem  a formações vegetais secundárias: maquis e garrigue

www.geocities.com

Page 108: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

É uma formação vegetal mais aberta do que o maquis, constituída por pequenos arbustos, mais ou menos dispersos.

O garrigue desenvolve-se, geralmente, em solos calcários, onde outrora predominou a azinheira.

Forma áreas muito aromáticas e onde predominam o buxo, o carrasco, o alecrim, o rosmaninho, a alfazema e o timo.

Garrigue

www.geocities.com

Page 109: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Neste esquema, podem-se observar com facilidade os

estratos da floresta equatorial.

O estrato junto ao solo, é o estrato herbáceo, pouco

desenvolvido e onde quase não existe luz, pois as plantas

dos estratos superiores dificultam a passagem da luz.

O estrato superior, é constituído por árvores

bastante altas, cujas copas apresentam uma forma

arredondada, ombrófila, tipo guarda-chuva, e os seus

troncos, de casca fina,  são lisos, apenas ramificados na

parte superior.

Há alguns tipos de plantas trepadoras e parasitas, que se servem das árvores para irem

subindo e alcançar a luz.

Floresta estratificada

www.inpa.gov.br

Page 110: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Um dos falsos valores que se opõem à preservação do ambiente é o consumismo.

Ele é característica marcante da sociedade tecnológica ocidental.

O consumismo é a manifestação visível da condenável ética do ter que substitui a natural ética do ser.

Desgaste dos biomas

O futuro do ser humano, das formações florestais, dos biomas e da biosfera se encontra nas mãos de

cada um de nós...

www.unisanta.br

Page 111: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil

Page 112: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Conceito

Os domínios morfoclimáticos são divisões que se baseiam nos diferentes tipos de relevos que são resultantes das condições climáticas atuais e do passado bem como na cobertura vegetal e nos tipos de solo.

Page 113: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Quantos são?

Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características climáticas, botânicas, hidrológicas entre outras. Devido à extensão territorial do Brasil ser muito grande, vamos nos defrontar com domínios muito diferenciados uns dos outros. Esta classificação feita, segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o Brasil em seis domínios.

Page 114: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Quais são?

Domínio Amazônico:

• Localização: É a maior região morfoclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões km² – equivalente a 60% do território nacional –

abrangendo os Estados: Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso.

• Clima: Equatorial, a qual é o mais quente e o mais úmido da Terra. Rios: Apresenta a maior bacia fluvial da Terra ocupando ¼ das terras da América do

Sul (Amazonas).Vegetação: Predomina a floresta equatorial Amazônica.

Page 115: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Domínio do Cerrado:

• Localização: Região central do Brasil, o domínio morfoclimático do Cerrado detém uma área de 45 milhões de hectares, sendo o segundo maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goiás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte

sudoeste) e de Minas Gerais (parte noroeste). • Relevo: Chapadas e Chapadões.

Clima: Tropical com uma estação seca bem definida. Solos: Ácidos.

Rios: Diminuem muito na época das secas e transbordam na época das chuvas. Vegetação: Campos que apresentam árvores retorcidas com cascas grossas.

Page 116: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Domínio da Caatinga: • Localização: Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em

seu território a região dos polígonos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe,

de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. • Relevo: Chapadas e serras.

Clima: Semi-Árido quente, com chuvas escassas e mal distribuídas. Solos: ricos em minerais e pobres em matérias orgânicas.

Rios temporários – predominantes. Vegetação: Arbustos espinhentos e cactos além de árvores que perdem suas folhas nas secas.

Page 117: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Domínio dos Mares de Morros:

• Localização: Acompanha a faixa litorânea do Brasil, do nordeste até o sul do País, obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km².

• Relevo: Morros arredondados que resultam da alternância de períodos de secas e de chuvas .

Clima: Tropical quente, com uma estação seca e outra chuvosa. Solos Férteis.

Rios: Muito importantes pelo grande potencial hidroelétrico. Vegetação: Predomina a Mata Atlântica que está muito devastada.

Também apresenta campos e cerrados.

Page 118: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Domínio das Araucárias: • Localização: Encontrado desde o sul paulista até o norte gaúcho, o

domínio das araucárias ocupa uma área de 400.000 km². • Relevo: Predomina o planalto.

Clima: Subtropical. Solos: fértil

Rios: Importantes para a navegação e para a geração de eletricidade. Vegetação: Floresta dos Pinhais ou de Araucária a qual está muito

devastada.

Page 119: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Domínio das Pradarias :

• Localização: Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, o domínio morfoclimático das pradarias compreende uma extensão

de 45.000 km² a 80.000 km² .• Relevo: Planícies.

Clima: Subtropical. Solos: Férteis.

Rios de planície. Vegetação: Gramais que formam imensos campos muito utilizados para a

pecuária.

Page 120: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Quais são os processos de degradação ambiental que cada um vem sofrendo nas

últimas décadas?

Domínio Amazônico

Nos dias atuais é  grande a devastação ambiental na Amazônia – queimadas, desmatamentos, extinção de espécies, etc. – isso faz com que a região e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maior reserva florestal do globo. Ecologicamente a Amazônia está correndo muito perigo, devido ao grande atrativo econômico natural que é encontrado nesta região, o equilíbrio é colocado muitas vezes em risco. A exploração descontrolada faz com que as ideologias conservacionistas sejam deixadas de lado. As indústrias mineradoras geram conseqüências incalculáveis ao ambiente e nos rios são despejados muitos produtos químicos para esta exploração. A agricultura torna áreas de vegetação em solos de fácil erosividade. São poucas as atividades econômicas que não agridem a natureza. A extração da borracha, por exemplo, era uma economia viável ecologicamente, pois necessitava da floresta para o crescimento das seringueiras. Mas atualmente, esta exploração é quase rara, devido à falta de indústrias consumidoras.

Page 121: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Domínio dos Cerrados

O cerrado atraiu muita atenção para a agricultura, o que lhe tornou uma região de grande produção de grãos como a soja e agropastoril, com a ótima adaptação dos gados zebu, nelore e

ibagé. Em virtude  disso, o solo nativo foi retirado e alterado por outra vegetação, condizendo a uma maior facilidade aos processos erosivos, devido à falta de cobertura vegetal, seja ela gramínea ou herbácea. Nesse sentido, faz-se muito pouco pela preservação e

conservação das matas nativas – a não ser nas áreas demarcadas como reservas bio-ecológicas. Outra exploração ativa é a mineral, como o ouro e o diamante, donde decorre uma grande devastação

à natureza.

Page 122: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

ContinuaçãoDomínio dos Mares de Morros:

Essas terras já estão sendo utilizadas economicamente há muitos anos. Decorrente disso, observa-se uma considerável desgastação do solo que diminui a atual preservação das matas restantes. Esta região já sofreu muita devastação do homem e da sociedade e devem ser tomadas atitudes urgentes para sua conservação. Neste sentido, a solução mais adequada para este domínio, seria a estagnação de muitos processos agrícolas ao longo de sua área, pois o solo encontra-se desgastado e com problemas erosivos muito acentuados. Deixando assim, a terra em desuso por um tempo,e assim iniciar um projeto de reconstituição à vegetação nativa.

Page 123: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Continuação

Domínio da Caatinga

O homem não intervém de significativa maneira em seu habitat, assim o ambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região poderia ser ocupada mais a nível agrícola, em virtude do seu solo possuir boas condições de manejo, só necessitando de irrigação artificial. Assim, considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições de desenvolver-se economicamente com a agricultura, que seria de grande importância para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os recursos naturais com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré-estabelecido à não causar desastres e conseqüências ambientais futuros.

Page 124: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Continuação

Domínio das Araucárias:

Percebe-se atualmente que esta arbórea ( as araucárias) quase desapareceu dessa região, devido à descontrolada exploração da araucária para produção de celulose. Mas os questionamentos ambientais não estão somente na vegetação. Devido este solo ser utilizado há anos vêem a ocorrer uma erosividade considerada. Em virtude do mesmo, surge a técnica de manejo agrícola chamada plantio direto, que evidencia uma proteção ao solo nu em épocas de pós-safra. Nesse sentido, o domínio morfoclimático das araucárias, que compreende uma importante área no sul brasileiro, detém um nível de conservação e reestruturação vegetal considerável. Mas não se deve estagnar esse processo positivo, pois necessitamos muito dessas terras férteis que mantém as economias locais.

Page 125: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Continuação

Domínio das Pradarias :

Apesar de existir diversos parques ecológicos nesses domínio as condições ambientais atuais fora desses parques, são muito preocupantes. Com o início da formação de um deserto que tende a crescer anualmente, essa região está sendo foco de muitos estudos e projetos para estagnar esse processo. Devido ao mau uso da terra pelo homem, como a monocultura e as queimadas, essas darão origem as ravinas, que por sua vez farão surgir às voçorocas. Como o solo é muito arenoso e a morfologia do relevo é levemente ondulado, rapidamente os montantes de areia espalham-se na região ocasionados pela ação eólica.

Page 126: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Existem órgãos do governo e entidades preocupadas com a preservação desses

domínios?Quais?Sim, existem.Entretanto, essa preocupação é bem desigual

entre os domínios.Entre os principais órgãos e entidades se destacam:

Domínio da Amazônia: Apesar da vontade de proteção do nosso governo, apenas 53 por cento da floresta está protegida, assim

devem ser tomadas medidas urgentes, pois as atividades praticadas nessa região causam grandes prejuízos. O Programa

Proteção da Amazônia é viabilizado pelo SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia) e tem contribuído para isso, juntamente

com a ação da Polícia Federal.Domínio dos Mares de Morros: Estão presentes a fundação O

Boticário (privado), que detém áreas de preservação ao ambiente natural e o SOS Mata Atlântica (governamental e privado), apesar

disso a região foi muito devastada.

Page 127: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Domínio do Cerrado: Nessa região são praticadas diversas atividades, porém há poucos projetos de proteção,dessa forma, os

governos, tanto federal, estadual ou municipal, deverão tomar decisões imediatas quanto à proteção do meio natural, pois deve

ocorrer, sim, a exploração pastoril, agrícola e mineral dessa região, porém não se deve esquecer que para a efetiva existência dessas

economias o ambiente deverá ser prudentemente conservado.

Domínio da Caatinga: Pela razão de o homem não intervir diretamente no seu habitat, há pouco desgaste e assim pouca

proteção nessa região

Page 128: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Continuação

Domínio das Araucárias: Pela razão principalmente de sua vegetação ser quase totalmente desgastado, por causa da extração de celulose, atualmente medidas foram tomadas e hoje a araucária

é protegida por lei estadual no Paraná

Domínio das Pradarias: O domínio morfoclimático das Pradarias detém importantes reservas biológicas, como a do Parque Estadual do Espinilho (Uruguaiana e Barra do Quarai) e a Reserva Biológica de Donato (São Borja). Entretanto, em áreas fora desses parques

há um deserto em expansão devido as queimadas e monoculturas, o que se torna foco de diversos estudos e projetos.Fora esses

projetos, o governo local deve ficar atento a soluções para estagnar esse processo.

Page 129: Climatologia E Biogeografia Geral E Do Brasil

Bibliografia

• http://www.algosobre.com.br/geografia/dominios-morfloclimaticos-brasileiros-os-segundo-aziz-ab-saber.html

• http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_simulado/revisao/revisao08/er030008.pdf

•  http://200.136.76.125/portal/frm_conteudo.aspx?codConteudo=77&tituloanterior=Roteiros+para+Estudo

• http://escolas.trendnet.com.br/icjsantoandre/sexta_serie.htm• http://www.abrasil.gov.br/nivel3/index.asp?id=218&cod=NRIQU