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Page 1: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

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Page 2: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

Meu Menino Jesus...

Lembra-me de um tempo em que não

havia Pai Natal!Lembra-te de ser

menino em nós, em cada Natal!

Page 3: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

Lembra-me de um tempo antigo, em que não

tinhas barbas brancas, nem te vestias de

vermelho quentinho e neve de algodão, nem te

fingias de velhinho simpático, que finge ter um presente para todos!

Lembra-te de nascer sempre assim, despido e

singelo, nas almas esquecidas que há Frio e

Faltas...

Page 4: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

Lembra-me de um tempo em que te anunciavas em novenas puras, rezadas

na cristalinidade das noites frias do Advento, aquecidas por cânticos que lembro celestiais!Lembra-te de mandar

soar sempre antes de Ti as trompetas da Fé, para

aqueles que se esqueceram que há

Desespero!

Page 5: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

Lembra-me de um tempo em que me

olhavas do Presépio, com os teus olhos de

menino guloso, grandes e doces,

como as rabanadas que a minha mãe

fazia!Lembra-te de olhar sempre assim, os Homens que se

esquecem que há Fome...

Page 6: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

Lembra-me de um tempo em que a única luz que te iluminava era uma vela

acesa com fervor... e todo Tu resplandecias, no

centro do nosso lar, mais que todas as estrelas

juntas, que vinham sempre espreitar-te pela janela! (E as estrelas, nesse tempo, eram tão mais brilhantes

que agora!...)Lembra-te de brilhar ainda

assim, para lembrar às almas que há Escuridão...

Page 7: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

Lembra-me de um tempo em que eras tu próprio a descer na chaminé, para nos trazer os poucos e

humildes presentes, que pousavas nos nossos

sapatinhos, deixados à volta da lareira! (Por isso

os presentes eram pequenos, porque tu eras

pequenino, não podias carregar muitas coisas!)

Lembra-te de descer sempre assim, a pulso e sacrifício, nos espíritos

esquecidos que há Dificuldades!

Page 8: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

Lembra-me de um Lembra-me de um tempo em que as noites tempo em que as noites de Natal eram de pura de Natal eram de pura

emoção e as manhãs de emoção e as manhãs de júbilo e alegria, quando júbilo e alegria, quando se desafiava o frio e o se desafiava o frio e o sono, para ir espreitar sono, para ir espreitar

os paucos presentes que os paucos presentes que Tu havias deixado!Tu havias deixado!

Lembra-te de fazer ouvir Lembra-te de fazer ouvir o teu riso inocente e o teu riso inocente e grato, nos Natais de grato, nos Natais de

quem esqueceu que há quem esqueceu que há Tristeza!Tristeza!

Page 9: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

Lembra-me de um tempo em que bastava tão pouco para se fazer

Natal... Frio lá fora, lareira

quente, pinhas a estalar no lume...

O Presépio inventado, com musgo apanhado

nas matas, pelas minhas mãos a tiritar ansiedade...

e rios feitos de papel de prata, que se guardara dum raro chocolate... e figurinhas ingénuas, de

desproporções ingénuas, que se pediam

emprestadas aos móveis da sala...

Page 10: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

...e Tu, Menino Jesus da minha infância, grande,

soberano, graciosamente deitado no berço-

manjedoura de palhinhas verdadeiras, os braços

abertos para nós, as pernas ensaiando irrequietudes de

menino, os olhos -ah, os olhos!- placidamente atentos

à veneração dos teus súbditos! Os teus olhos riam

e misturavam-se a nós... espreitavam conosco as

prendinhas, brilhavam com os nossos, de alegria,

refletiam o prazer dos doces, dos cheiros, dos mimos de

festa...

Page 11: Clicar Meu Menino Jesus... Lembra-me de um tempo em que não havia Pai Natal! Lembra-te de ser menino em nós, em cada Natal!

As tuas mãozinhas alvas, pequeninas, brincavam conosco às escondidas e

encontrávamo-las no miolo dos pinhões, que extraíamos trabalhosamente das pinhas

aquecidas......e depois, adormecias

santamente, à luz das velas do presépio, enquanto nós

jogávamos ao "par e com os confeitos que nos tinham

calhado no sapatinho... até também a nós o sono nos vir

recolher para sonhos imaculados, crentes, dum

tempo em que o Natal... era só o nascimento de um

Menino Bom... lembras-te?...

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Imagens da Internet

Texto de Sterea da Luso-Poemas

Formatação:A.Carlos e Vera Luzia