Clausula arem estatuto so

1976, ficando, desde entao, xxxv, da Constitui~aoFederal),expressamente reconhecida na que eurn dos pilares do Estadolegisla~aopiitria a --- J Democratico deDireito.possibilidade de inser~ao no Para que se possa bemestatuto social de clausula analisar a questao, afigura-secompromiss6ria prevendo que iinprescinclivelque se fa~aurnas divergencias entre os s6cios breve retrospecto sobre aseriam solucionadas por meio posi~ao da jurisprudenciade arbitragem. sobre a constitucionalidade cia

Essanova norma tern clausula compromiss6riacausado imensa celeuma no arbitral.que se refere aos acionistas que Aconstitucionalidade da Leinao aprovaram a altera~ao n2 9.307(LeidaArbitragem), deestatutaria, e que, portanto, nao 1996,foianalisada pelo Supremose consideram vinculados a TribunalFederal(STF)no agravoclausula compromiss6ria regimental na senten~aarbitral inserida no estatuto. estrangeira n2 5.206(relator

Aquestao nao e simples,uma ministro SepulvedaPertence,DJvezque envolve0 principio 30/4/2004),no qual,por cincoconstitucional da votos aquatro, prevaleceuainafastabilidade do acessoao posi~aodefendida pelo ministroPoderJudiciario (artigo 502

, NelsonJobim,que entendiaconstitucional a clausulacompromiss6ria arbitral, postaque apr6pria lei,prestigiando 0

principio da autonomia daODEBRECHT vontade, permitiu que os

contratantes livrementerenunciassem ajurisdi~aoestatal.

o ac6rdao, contudo, foiexpresso ao consignar que aclausula compromiss6ria seriaconstitucional em razao de que"amanifesta~ao de vontade daparte na clausulacompromiss6ria, quando dacelebra~ao do contrato naoofende 0 artigo 52, XXXV,daConstitui~ao".

Dessaforma, ficou decididoque a institui~ao de clausulacompromiss6ria arbitraldependeria de manifesta~aoexpressa dos interessados,sendo esse0 pressuposto quefundamentou toda aargumenta~ao no sentido dasua constitucionalidade.

Assimsendo, nao seriacabivel a imposi~ao de clausulaarbitral estatutaria em face deacionista que nao concordoucom a decisao assemblear que ainseriu no estatuto urna vezque 0 \'iolaria 0 nueleo

..J

Opiniio Juridica

Lein2 10.303,de2001, acrescentouurn novo paragrafoao artigo 109 daLein26.404 (Lei

das Sociedades por A~oes),de

Dia, horario e local: Em 31 de dezembro de 2010, as 14:00 horas, na sedesocial da Companhia, localizada na Praia de 80tafogo, nQ 300, 11Q andar,parte, 80tafogo, Rio de Janeiro, RJ, CEP 22250-040. Convoca~ao: Dispensadaa publicaCaode Editais de ConvocaCao, na forma do artigo 124, §4Q, da Lei nQ

6.404176. Presen~as: Acionistas representando a totalidade do capital social,conforme assinaturas constantes no Livro de Presenca de Acionistas. Mesa:Felipe Montoro Jens, Presidente; Camila Macedo Oliveira 8issolotti, Secretaria.Delibera~Oes: 1) Aprovada a lavratura da presente ata nil. forma sumaria, confor-me faculta 0 artigo 130, § 1Q

, da Lei nQ 6.404176; 2) Aprovada a destituiCao doSr. Adriano Sa de Seixas Maia do cargo de Diretor da Companhia e do Sr.Paulo Henyan Vue cesena do cargo de Diretor da Companhia, tendo os repre-

, sentantes dos acionistas, nesta oportunidade, agradecido a atuacao eficaz ecompetente no exercfcio dos cargos; 3) Aprovada ajeleiCao do Sr. NewtonSergio de Souza, brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF/MF sob 0 nQ

261.214.417-04, portador da carteira de identidade RG nQ 03.604.882-5 IFPIRJ, residente e domiciliado na Cidade de Sao Paulo, Estado de Sao Paulo, comendereco comercial na Avenida Reboucas, nQ 3.970, 32Q andar, Pinheiros, SaoPaulo, SP, CEP 05402-920, como Diretor da Companhia, em substituiCao aAdriano Sa de Seixas Maia, para cumprir 0 presente mandato da Diretoria e doSr. Luciano Nitrini GUidolin, brasileiro, casado, engenheiro de producao, ins-crito no CPF/MF sob 0 nQ 268.477.068-99, portador da carteira de identidadeRG nQ 23.655.538-8 SSP/SP, residente e domiciliado na Cidade de Sao Paulo,Estado de Sao Paulo, com endereco comercial na Avenida Reboucas, nQ 3.970,32Q andar, Pinheiros, Sao Paulo, SP, CEP 05402-920, como Diretor da Com-panhia, em substituicao a Paulo Henyan Vue Cesena, para cumprir 0 presente

da' . 0 PffiZO de . dos mandatos sa dara na Assem----~se_-- '.k

judiciario.Por essas razoes, entendemos

que a clausula compromiss6riaapenas vincularia aqueles queexpressamente concbrdaramcom a sua insen;ao no contratosocial- aos dissidentes deverrlser equiparados os acionistasausentes e que se abstiveram devotar, uma vez que esse foi 0

criterio adotado pela Lei dasSociedades por A<;:oesparaapurar a discordancia (artigo137, paragrafo 2 Q).

Mais difkil e a solu<;:aoemrela<;:aoaos acionistas queadquiriram as a<;:oesap6s ainser<;:aoda clausulacompromiss6ria arbitral noestatuto. Nessa situa<;:ao,poder-se-ia argumentar que, aoadquirir as a<;:oes,0 novoacionista ingressou nasociedade ja com aquela regra,de forma que haveriaconcordancia tacita em rela<;:aoa clausula arbitral.

Contudo, 0 principio dainafastabilidade e tao caro aodireito que a pr6pria Lei deArbitragem e expressa aodispor que, nos contratos deadesao, a clausula arbitral s6teria validade se e quando 0

aderente assinasse urndocumento em separado ou emnegrito manifestando expressaconcordancia (artigo 4Q ,

paragrafo 2Q ).

Nao se esta com isso dizendoque-a rela<;:aoentre acionista esociedade seria identica a queexiste no CO!ltrato de adesao,

mas apenas que tambem seencontra presente na forma<;:aodo vinculo societario 0 carateradesivo (AI nQ 373.141.4/4-00-9~ CDP do 1]-SP), tanto que naoe permitido ao acionistadiscutir as normas estatutariasquando da aquisi<;:aode a<;:oes.

A institui~o daclciusula depende demanifesta~i.oexpressa das partes

Destarte, as mesmas razoesque impuseram a manifesta<;:aoinequivoca de aceita<;:aodaclausula compromiss6ria nocontrato de adesao tambemestao presentes na rela<;:aoestatutaria, de forma que aclausula estatutaria arbitral naopoderia ser obrigat6ria emrela<;:aoaos acionistas que comela nao concordaram expressa einequivocamente.

Assim, quanta aos novosacionistas, estes s6 estariamvinculados a clausula estatutariacompromiss6ria arbitral quandoassinassem urn documento emseparado manifestando expressa_e especmca concordancia com anorma, uma vez que nao poderiahavervincula<;:ao em virtude dasimples compra de uma a<;:ao,considerando que 0 afastamentodo acesso ao judiciario exigeconcordancia inequivoca.

Cumpre tambem observar

l!que, naqueles casos em que 11existe litiscons6rcio passivo ",necessario entre acionistas, a 1

competencia do Poderjudiciario sempre deveraprevalecer sobre a daarbitragem.

Por fun, saliente-se que aclausula compromiss6riaestatutaria arbitral, quandoinserida no estatuto social, nao 1confere direito de recesso, pois aSrhip6tese de direito de retirada dalsociedade sao "numerus clausus"(artigo 137 da Leidas Sociedades)porA<;:oes).

Do exposto, levando emconta 0 posicionamento do STF~sobre a materia, podemosconcluir que a clausulacompromiss6ria arbitralestatutaria nao vincula osacionistas que naoconcordaram com a suainser<;:aono estatuto, nem osnovos acionistas qu~ naoassinarem termo expresso deanuencia.

Gustavo Tavares Borba e mestre emdireito comercial pela PUC-SP e )procurador do Estado do Rio de Janeiro, )atualmente exercendo suas func;oesna ,Junta Comercial do Rio de Janeiro(Jucerja) ty

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