claudia l. epelman hospital santa marcelina/tucca cuidados paliativos abordagem multidisciplinar
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Claudia L. EpelmanHospital Santa Marcelina/TUCCA
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
MultidisciplinarMultidisciplinar
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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A medicina moderna fascina e inquieta. Os avanços alcançados não implicam,
contudo, na completa supressão da dor e do sofrimento dos seres humanos
O homem ainda está submetido à sua condição de precariedade e
mortalidade
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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A morte faz parte da vida:
O questionamento sobre a morte faz parte do desenvolvimento intelectual, afetivo
e social de todo indivíduo
nascimentolinha da vida
morte
(dimensão da finitude humana)
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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História da medicina
fase dos cuidados: baixa resolutividade fase da cura (incorporação técnico – científica):
alta resolutividade fase dos limites: tratamento paliativo
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Fase dos limites
Recupera as características da cultura milenar dos cuidados em reação aos reais ou supostos
“defeitos”da medicina de alta tecnologia em situações limites como a do doente terminal
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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No mundo ocidental, foi a partir dos anos 70 que começou a difundir-se a
necessidade de encarar os problemas relativos às últimas fases da vida e ao
morrer com um novo olhar.
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Emerge uma nova preocupação com a humanização da prática médica dos profissionais
com seus pacientes
simpatia (‘‘sentir junto com o
outro’’) empatia
(‘‘sentir no lugar do outro’’)
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Passa a existir um consenso tanto no âmbito médico como no âmbito filosófico que quando
o ato terapêutico não consegue atingir o objetivo de restaurar a saúde, tratar para
curar torna-se um ato inútil; pode prolongar a vida do paciente, mas prolonga de fato o seu
sofrimento e sua agonia.
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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O dever do médico de fazer sempre e em qualquer circunstância todo possível para
prolongar a vida e postergar a morte, cria um paradoxo face o doente fora de
possibilidade terapêutica
Salvar a vida do paciente acaba em prejudicar a qualidade de vida do próprio
paciente
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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O alívio da dor e do sofrimento torna-se mais importante do que a preservação da
vida
Paciente fora de possibilidade Paciente fora de possibilidade terapêuticaterapêuticaPaciente fora de possibilidade Paciente fora de possibilidade terapêuticaterapêutica
Tratamento fútil: falha em beneficiar o paciente
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Desistir da ‘‘obstinação’’ em curar (prolongar a vida a qualquer custo)
Intensificar os esforços capazes de propiciar a melhor qualidade de vida possível afim de respeitar o direito de todo ser humano em
morrer com sua dignidade pessoal e auto-estima preservada
Paciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêutica
Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Transição rumo a uma ética baseada no princípio da qualidade de vida
Promoção do bem estar, da dignidade humana, dos direitos e deveres
fundamentais: ‘‘morrer com dignidade ’’
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Os profissionais têm que decidir quando a preservação da vida torna-se inútil e ‘‘deixar’’ que a morte aconteça de maneira menos traumática
possível
Tal realidade é mais fácil de ser dita do que ser praticada
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Esta decisão não é simples, visto que implica também em crenças e valores
dos profissionais e, sobretudo no envolvimento emocional de cada um
com o paciente e seus familiares.
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Os profissionais devem encontrar a justa medida entre envolvimento e
distanciamento
A vida deve ser preservada até o ponto em que seja de fato sustentável para o próprio
paciente e seus familiares
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Cuidados Paliativos Cuidados Paliativos Abordagem Abordagem
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Neste contexto a questão relevante não é mais a de tratar ou não tratar, mas sim a de
como tratar
Prolongamento do morrer e não do viver…
Paciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêutica
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Pela primeira vez na sua história milenar, a medicina de hoje dispõe de uma tecnologia que torna possível
intervir no começo e no fim da vida.
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Hábil combinação de papéis
Equipe de profissionais
Paciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêutica
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Equilíbrio:
tratar da doença cuidar do sofrimento baseado na ciência baseado no indivíduo
valor da evidência valor da experiência objetiva subjetiva
X
difícil decisão incerteza
X
X
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Tratamento Paliativo
Dor
Sofrimento
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‘‘Tratamento paliativo’’ é o conjunto de cuidados relativos a pacientes que não
respondem mais, de maneira satisfatória, às tentativas de cura e cuja esperança de vida fica significativamente reduzida.
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A palavra ‘‘paliativo’’ (do latim pallium) significa
em sentido próprio: ‘‘coberto
com capa’’ em sentido figurado:
‘‘dissimulado’’
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Quando as causas de uma doença não podem ser removidas e o doente não pode
ser mais curado
Os sintomas são ‘‘encobertos’’ através de tratamentos específicos que não curam propriamente, mas cuidam do paciente
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‘‘Dor’’ é uma sensação desagradável, concreta, dependente da fisiologia humana
O médico deve, a princípio, eliminar
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‘‘Sofrimento’’ é um sentimento subjetivo, conseqüente da dor que depende da
personalidade humana
Se trata ou se elabora por outros meios que não apenas médicos
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A expressão ‘‘cuidados paliativos’’ refere-se a uma assistência mais ampla que a mera
sintomatologia: a dor física é um dos motivos do sofrimento que aflige o paciente com
câncer em estado avançado
Tratar o paciente na sua totalidade: sofrimento do corpo e da alma
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bem-estar
psicológico
bem-estar social
bem-estar
espiritual
PacienteFPT
Modelo de qualidade do cuidarModelo de qualidade do cuidar
bem-estar físico
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Uma ‘‘morte boa’’
cuidado personalizado
presença do entorno desejado
recursos esgotadosobservação
de rituais
dor controlada
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Paciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêuticaPaciente fora de possibilidade terapêutica
Diagnosticar e tratar as complicações e as dificuldades do paciente garante não apenas a
sua qualidade de vida, mas previne a persistência de seqüelas psicológicas dos seus
familiares
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Na prática:
desenvolver uma filosofia uniforme para as principais questões (comunicação, suporte, controle da dor)
decidir em equipe um plano específico de cuidados paliativos para cada paciente
ouvir o paciente e os familiares explicar/ensinar/planejar envolver os pais, (os irmãos) e o paciente
[dependendo da idade e do nível do desenvolvimento no processo de transição]
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tratar a dor física, psicológica e outros sintomas possibilitar que o paciente morra em casa
quando for possível e desejado estabelecer contato com os familiares depois da
morte do paciente trabalhar entre os profissionais as questões
relativas à morte (dilemas éticos, fracasso, impotência, perda, luto…)
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Mitos:
pacientes não entendem a gravidade da doença pacientes sempre falam o que realmente sentem pacientes ativos ou dormindo não sentem dor pacientes não são capazes de descrever a dor pacientes não sofrem tanto quanto os adultos pacientes não têm a noção do risco de morte
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