classificador morfolÓgico para o portuguÊs...

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CLASSIFICADOR MORFOLÓGICO PARA O PORTUGUÊS BRASILEIRO Pedro Volpi Nacif Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia de Computação e Informação da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientador: Fernando Gil Vianna Resende Junior Rio de Janeiro Setembro de 2017

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CLASSIFICADOR MORFOLÓGICO PARA O PORTUGUÊS BRASILEIRO

Pedro Volpi Nacif

Projeto de Graduação apresentado ao Curso

de Engenharia de Computação e Informação

da Escola Politécnica, Universidade Federal

do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos

necessários à obtenção do título de

Engenheiro.

Orientador: Fernando Gil Vianna Resende

Junior

Rio de Janeiro

Setembro de 2017

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CLASSIFICADOR MORFOLÓGICO PARA O PORTUGUÊS BRASILEIRO

Pedro Volpi Nacif

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO E INFORMAÇÃO DA ESCOLA POLITÉCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO DE

COMPUTAÇÃO E INFORMAÇÃO.

Examinado por:

____________________________________________

Prof. Fernando Gil Vianna Resende Junior, Ph.D.

____________________________________________

Prof. Flávio Luis de Mello, D.Sc.

____________________________________________

Profa. Marta Lima de Queirós Mattoso, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

SETEMBRO de 2017

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iii

Nacif, Pedro Volpi CLASSIFICADOR MORFOLÓGICO PARA O

PORTUGUÊS BRASILEIRO/ Pedro Volpi Nacif. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2017.

IX, 64 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Fernando Gil Vianna Resende Junior

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de Engenharia de Computação e Informação, 2017.

Referências Bibliográficas: p. 60-61.

1. Introdução 2. Fundamentos Teóricos 3. Proposta de Implementação 4. Experimentos e Resultados 5. Conclusão e Trabalhos Futuros.

I. Gil Vianna Resende Junior, Fernando II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia de Computação e Informação. III. Título.

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iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, aos meus pais, que sempre primaram pela minha educação.

Menção honrosa ao colega e amigo, Luiz Felipe Vecchietti, por toda paciência e

solicitude em me ajudar neste trabalho. Desejo-lhe toda sorte neste novo desafio. Espero que

nossos caminhos tornem a se cruzar.

Obrigado ao povo brasileiro, por custear meus estudos.

Respeitosamente, não posso deixar de agradecer ao meu orientador, o ilustríssimo

professor Fernando Gil, por todo o incentivo e pela a oportunidade de ser seu orientando.

Imprescindível à conclusão deste trabalho foi a presença de meus primos e meus

amigos em minha vida, a quem eu sou eternamente grato pelo companheirismo.

Mormente, gostaria de agradecer à minha namorada, Dra. Aline Papazis, pelo carinho,

apoio e inspiração para alcançar meus objetivos. Não tenho nada senão admiração pela sua

inteligência, encanto por sua beleza e fascínio por sua determinação implacável.

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RESUMO

O presente trabalho propõe-se a estudar o desempenho de um classificador de Part-of-

Speech (Partes do Discurso) para o português brasileiro baseado no modelo do Perceptron

Ponderado, encontrado no toolkit NLTK (Natural Language Toolkit). O objetivo é determinar

a relevância das features utilizadas como variáveis na implementação do NLTK e avaliar a

influência de novas features. Para tanto, realizamos uma série de testes, tanto removendo

gradativamente as features quanto incrementando o conjunto de features utilizado e, em um

caso, modificando a definição de uma delas. A análise realizada mostra que não foi possível

obter um conjunto de features cujo desempenho do classificador fosse objetivamente melhor

que a implementação do NLTK. O melhor resultado obtido é de (95.1 ± 0.1)% para o escore

F1 da implementação padrão do NLTK e das configurações dos testes variantes B, C, D, P e

Q. Além disso, para a base de dados utilizada, as features “(i+2)-ésima palavra”, “(i-2)-ésima

palavra”, “sufixo da (i-1)-ésima palavra” e “sufixo da (i+1)-ésima palavra” não influem de

forma significativa no classificador, tendo um desempenho final dentro de um desvio padrão

do desempenho da implementação padrão do NLTK. Por outro lado, as features “(i+1)-ésima

palavra”, a “(i-1)-ésima tag” e o “bias”, para a mesma base, têm grande influência no

desempenho total, provocando as respectivas variações absolutas de (1.4 ± 0.2)%, (2.8 ±

0.4)%, (1.4 ± 0.4)% no escore F1 do teste anterior para o teste em que foram removidas.

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vi

ABSTRACT

This paper proposes to study the performance of a Part-of-Speech classifier for

Brazilian Portuguese based on the Averaged Perceptron model, found in the NLTK (Natural

Language Toolkit). The objective is to determine the relevance of the features used as

variables in the NLTK implementation and to evaluate the influence of new features. To do

so, we perform a series of tests, both by gradually removing the features and by increasing the

set of features used and in one case by modifying the definition of one of them. The analysis

showed that it was not possible to obtain a set of features whose performance of the classifier

was objectively better than the implementation of NLTK. The best result obtained is (95.1 ±

0.1)% for the F1 score of the standard NLTK implementation and the configurations of the

variant tests B, C, D, P and Q. In addition, for the database used, the features "(i+2)-th word",

"(i-2)-th word", "suffix of (i-1)-th word" and "suffix of (i+1)-th word" do not significantly

influence the performance of the classifier, having a final performance within a standard

deviation of the standard NLTK implementation. On the other hand, the features "(i+1)-th

word", "(i-1)-th tag" and "bias", for the same database, have a great influence on the total

performance, causing the respective absolute variations of (1.4 ± 0.2)%, (2.8 ± 0.4)%,

(1.4 ± 0.4)% on the F1 score from the previous test to the test in which they were removed.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CHPTB Corpus Histórico do Português Tycho Brahe

NLTK Natural Language Toolkit

POS Part-of-Speech

PTBR Português Brasileiro

RSLP Removedor de Sufixos da Língua Portuguesa

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viii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ix

1.1 MOTIVAÇÃO 10

1.2 OBJETIVOS 10

1.3 DESCRIÇÃO 11

2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS 12

2.1 INTRODUÇÃO 12

2.2 MODELO 12

2.2.1 FLUXOGRAMA GERAL 12

2.2.2 CONTEXTO 13

2.2.3 DICIONÁRIO DE TAGS 14

2.2.4 PERCEPTRON 14

2.2.5 FEATURES 16

2.3 MÉTRICAS 17

2.3.1 ACURÁCIA 18

2.3.2 PRECISÃO 18

2.3.3 RECORDAÇÃO 18

2.3.4 ESCORE F1 18

2.3.5 MATRIZ DE CONFUSÃO 18

3 PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO 20

4 EXPERIMENTOS E RESULTADOS 23

4.1 A BASE DE DADOS 23

4.2 RESUMO DOS TESTES REALIZADOS 25

4.3 DESEMPENHOS PARA DIFERENTES FRACIONAMENTOS TREINO/TESTE 26

4.4 TREINOS E TESTES 27

4.4.1 TREINO E TESTE VARIANTE A 28

4.4.2 TREINO E TESTE VARIANTE B 30

4.4.3 TREINO E TESTE VARIANTE C 32

4.4.4 TREINO E TESTE VARIANTE D 33

4.4.5 TREINO E TESTE VARIANTE E 35

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ix

4.4.6 TREINO E TESTE VARIANTE F 36

4.4.7 TREINO E TESTE VARIANTE G 38

4.4.8 TREINO E TESTE VARIANTE H 39

4.4.9 TREINO E TESTE VARIANTE I 41

4.4.10 TREINO E TESTE VARIANTE J 42

4.4.11 TREINO E TESTE VARIANTE K 44

4.4.12 TREINO E TESTE VARIANTE L 46

4.4.13 TREINO E TESTE VARIANTE M 48

4.4.14 TREINO E TESTE VARIANTE N 50

4.4.15 TREINO E TESTE VARIANTE O 51

4.4.16 TREINO E TESTE VARIANTE P 52

4.4.17 TREINO E TESTE VARIANTE Q 54

4.4.18 TREINO E TESTE VARIANTE R 55

5 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS 57

REFERÊNCIAS 60

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1 INTRODUÇÃO

1.1 MOTIVAÇÃO

Muito trabalho tem sido feito na área de classificação de Partes do Discurso (POS) em

vários idiomas. Entretanto, a maioria das pesquisas ainda se concentra na língua inglesa. Os

modelos mais utilizados costumam combinar regras geradas manualmente com etapas de

aprendizado de máquina, mas nem todos são de código aberto.

Os principais classificadores morfológicos que existem para o PTBR são:

● Palavras – um classificador morfossintático baseado em regras; tem 99% de acurácia

para classificação morfológica, entretanto o código é fechado (BICK, 2000);

● AeliusHunPos – um classificador baseado em Modelos de Markov Escondidos e

conjuntos de regras criadas manualmente (ALENCAR, 2010), de código aberto e é

implementado usando o Natural Language Toolkit (NLTK). Tem acurácia de 96.35%,

usando como base de treino o corpus CHPTB. Já a base de teste são os primeiros 8

capítulos do romance Luzia-Homem, de Domingos Olímpio, que possui cerca de 18

mil tokens (ALENCAR, 2011);

● MXPOST – um classificador baseado em máxima entropia, de código aberto.

Treinado para português com a base macmorpho (TEIXEIRA; LIMA; OLIVEIRA;

QUARESMA, 2008) ele tem 96.30% de acurácia.

Ao passo que a classificação de POS envolve a classificação sintática assim como a

morfológica, o presente trabalho se propõe estudar apenas a questão da classificação

morfológica.

Assim sendo, propõe-se treinar para a língua portuguesa um classificador morfológico

com desempenho, minimamente, tão acurado quanto a implementação padrão do NLTK na

base macmorpho, de código aberto e sem dependência de conjunto de regras criadas

manualmente.

1.2 OBJETIVOS

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O principal objetivo deste trabalho é desenvolver um classificador morfológico de

código aberto, sem a utilização de conjunto de regras, baseado na implementação do

Perceptron Ponderado do NLTK. Com isso, os seguintes objetivos são traçados:

● Treinar para o PTBR, utilizando o corpus macmorpho, o classificador morfológico do

NLTK baseado no Perceptron Ponderado e obter suas métricas de desempenho;

● Comparar o desempenho do mesmo para diferentes configurações de treino/teste da

base macmorpho e, com base no resultado, decidir uma configuração a ser utilizada

para os demais testes;

● Comparar a influência de diferentes features no desempenho do classificador,

excluindo gradativamente as que já vem com o toolkit e adicionando novas features,

no intuito de obter um desempenho melhor que a da implementação padrão;

● Interpretar os resultados obtidos pelo classificador através de sua matriz de confusão e

as métricas de precisão, recordação e escore F1.

1.3 DESCRIÇÃO

O restante desta monografia se organiza da seguinte forma: o capítulo 2 apresenta os

fundamentos teóricos do presente trabalho. O capítulo 3 esclarece no que o classificador

resultante deste trabalho difere da implementação padrão obtida do NLTK. O capítulo 4

explica detalhadamente os experimentos realizados e os resultados obtidos. O quinto e último

capítulo apresenta as conclusões obtidas e possíveis trabalhos futuros.

Ao final, nos apêndices é possível encontrar a relação entre as tags utilizadas no

corpus macmorpho e sua classe morfológica.

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2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS

2.1 INTRODUÇÃO

Parts-of-Speech (i.e. Partes do Discurso) são categorias de palavras ou, de forma mais

genérica, itens léxicos, que têm propriedades gramaticais similares. Palavras que são da

mesma parte do discurso normalmente se comportam de forma similar em termos de

sintaxe—elas têm papéis similares dentro da estrutura gramatical dos períodos—e às vezes

morfologia, o que significa que elas se submetem à inflexão por regras similares. As classes

consideradas pelos classificadores são as tags (i.e. etiquetas) de Parts-of-Speech.

2.2 MODELO

O modelo implementado pelo NLTK funciona como se segue.

2.2.1 FLUXOGRAMA GERAL

O funcionamento do classificador baseado no Perceptron Ponderado do NLTK

obedece o seguinte fluxograma:

FIGURA 1 – FLUXOGRAMA DE CLASSIFICAÇÃO DE UMA PALAVRA1

1 Em todo este trabalho refere-se como “palavra” os tokens do corpus macmorpho, que incluem caracteres não alfanuméricos como pontuação e símbolos de moedas.

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Fonte: Elaborado pelo autor.

2.2.2 CONTEXTO

O contexto de uma palavra consiste de duas listas: a frase em que está inserida e as

tags das palavras precedentes. Esta última é inicializada como uma lista vazia na classificação

de uma frase e vai sendo preenchida à medida que o classificador vai retornando as tags, seja

pelos perceptrons, seja pelo dicionário. Ao criar a lista de palavras o programa chama uma

função “normalize()” que transforma todas as letras em minúsculas.

Além disso, os códigos “__START1__”, “__START2__”, “__END1__” e

“__END2__” são utilizados como um preenchimento para, por exemplo, caso uma feature

necessite de tags antes ou depois da primeira e da última palavras, respectivamente.

Por exemplo, ao processar a frase “Um exemplo.”, o contexto inicialmente será:

𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 = [ __𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆1__, __𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆2__, "𝑢𝑢𝑢𝑢", "𝑓𝑓𝑒𝑒𝑓𝑓𝑢𝑢𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒", ". ", __𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸1__, __𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸2__ ]

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𝑡𝑡𝑓𝑓𝑡𝑡𝑓𝑓 = [ __𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆1__, __𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆2__ ]

E à medida que as palavras forem sendo classificadas, o resultado vai sendo

alimentado para a lista de tags.

2.2.3 DICIONÁRIO DE TAGS

O dicionário de tags é gerado durante o treinamento e consiste nas palavras que só

possuem uma grande probabilidade de ter apenas uma tag correspondente.

Na fase de treino conta-se para cada palavra a quantidade de vezes que ela

corresponde à cada tag. São incluídas no dicionário todos os pares (palavra, tag) cuja palavra

ocorra mais de 20 vezes na base de treino, e que corresponda a apenas uma tag em mais de

97% das vezes.

2.2.4 PERCEPTRON

Um Perceptron é um classificador binário para aprendizado supervisionado (DAUMÉ

III, 2012). Ele possui um vetor de pesos 𝑤𝑤 = (𝑤𝑤1,𝑤𝑤2, . . . ,𝑤𝑤𝐷𝐷) e recebe um vetor de entrada

𝑒𝑒 = (𝑒𝑒1 , 𝑒𝑒2, . . . , 𝑒𝑒𝐷𝐷) que representam as 𝐸𝐸 features que modelam o problema. Assim, realiza

o produto escalar entre seus pesos e o vetor de entrada para computar sua ativação:

𝑓𝑓 = �𝑤𝑤𝑖𝑖𝑒𝑒𝑖𝑖

𝐷𝐷

𝑖𝑖=1

Numa implementação naive, se a ativação é maior que zero, o Perceptron classifica

um evento positivo, caso contrário classifica um evento negativo. Para conseguir um grau

maior de generalidade, objetiva-se que, caso a ativação seja maior que um certo limiar 𝜃𝜃, o

classificador retornará um evento positivo e, caso contrário, um negativo. Isto pode ser

alcançado incluindo-se um termo independente 𝑏𝑏 chamado “bias” (i.e. viés) à ativação do

Perceptron:

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15

𝑓𝑓 = �𝑤𝑤𝑖𝑖𝑒𝑒𝑖𝑖

𝐷𝐷

𝑖𝑖=1

+ 𝑏𝑏

Os pesos do Perceptron podem ser calibrados segundo uma série de algoritmos.

Normalmente, durante a fase de treino atualiza-se o peso 𝑤𝑤𝑖𝑖 somando-se o produto da feature

𝑒𝑒𝑖𝑖,𝑗𝑗 (i.e. i-ésima feature do j-ésimo vetor de entrada) com a diferença entre o valor desejado 𝑑𝑑𝑗𝑗

e o valor previsto 𝑦𝑦𝑗𝑗:

𝑤𝑤𝑖𝑖: = 𝑤𝑤𝑖𝑖 + (𝑑𝑑𝑗𝑗 − 𝑦𝑦𝑗𝑗)𝑒𝑒𝑖𝑖,𝑗𝑗

Já o Perceptron Ponderado consiste em um Perceptron cujos pesos são ponderados

pela quantidade de iterações que permanecem inalterados (DAUMÉ III, 2012). Os valores dos

pesos são atualizados em ±1 conforme a corretude da previsão e é guardado um somatório

total de todos os pesos vezes o número de iterações que sobreviveram para a ponderação. Ao

final do treinamento, o valor do peso é o somatório desses totais de peso vezes duração

dividido pelo número total de iterações.

Cada tag do corpus possui seu próprio Perceptron Ponderado, e decide-se a tag de uma

palavra passando para todos os Perceptrons o vetor de features desta e retornando a tag que

tiver o Perceptron com a maior ativação.

FIGURA 2 – CONJUNTO DE PERCEPTRONS PONDERADOS

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16

Fonte: Elaborado pelo autor.

Inicialmente, o Perceptron não possui memória de feature alguma. Após o treino, o

Perceptron armazena um registro das features mais vistas no conjunto de dados. Cada palavra

de uma frase de entrada possui ou não uma feature dado o contexto. Se a palavra possui a

feature o valor desta é 1; caso contrário o valor é 0.

Caso os Perceptrons não tenham features, o classificador retorna, por padrão da

função 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑡𝑡 𝑢𝑢𝑓𝑓𝑒𝑒(𝑆𝑆), o primeiro elemento do conjunto ordenado. Como a ordem

implementada foi a alfabética, a tag retornada será o ADJ.

2.2.5 FEATURES

Para o problema de classificação de POS, tipicamente considera-se um conjunto

extremamente esparso de features (HONNIBAL, 2013). Quando o classificador recebe uma

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17

frase 𝑓𝑓 = 𝑒𝑒1 𝑒𝑒2 𝑒𝑒3 . . . 𝑒𝑒𝑁𝑁 de palavras, cada palavra tem um conjunto de features que a

caracteriza.

Dada uma frase 𝑓𝑓, para a i-ésima palavra com 𝑖𝑖 ∈ {1,2,3, . . . ,𝐸𝐸}, os identificadores das

features que o NLTK usa são:

● Bias;

● A tag da palavra anterior;

● A tag da palavra anterior à anterior;

● A tag da palavra anterior seguida da tag da anterior da anterior;

● O sufixo2 da i-ésima palavra;

● A própria i-ésima palavra;

● A tag da palavra anterior seguida da i-ésima palavra;

● A palavra anterior;

● O sufixo da palavra anterior;

● A palavra posterior;

● O sufixo da palavra posterior;

● A palavra seguinte da posterior.

Uma feature é composta por uma cadeia de caracteres que representa seu identificador

concatenado com uma cadeia de caracteres que representa seu valor. Por exemplo, dada uma

frase 𝑓𝑓, caso a i-ésima palavra seja “exemplo”, o modelo armazenará a feature “word_i

exemplo”, pois a cadeia de caracteres que representa o identificador da i-ésima palavra é

“word_i”.

Ao final do treino, as features cujos pesos sejam próximos de zero (até a terceira casa

decimal) são apagadas, a fim de evitar desperdício de espaço de armazenamento com aquelas

que não influenciam na classificação.

2.3 MÉTRICAS

As métricas utilizadas foram a acurácia, a precisão, a recordação, escore F1 e a matriz

de confusão. Para classificadores não binários estas são as métricas mais utilizadas. Para cada

2 A implementação do classificador do NLTK obtém o sufixo de uma palavra pegando as três últimas letras desta.

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18

tag pode-se considerar um classificador binário, mas para o conjunto de todas as tags, as

métricas totais são médias das métricas de cada tag ponderadas pelas suas quantidades.

2.3.1 ACURÁCIA

A acurácia é calculada como a fração de instâncias classificadas corretamente dividido

por todas as instâncias vistas. Ou seja, é o número de verdadeiros positivos dividido pelo total

de amostras.

2.3.2 PRECISÃO

A precisão é a fração de verdadeiros positivos por todas as instâncias classificadas

como positivas.

2.3.3 RECORDAÇÃO

A recordação é a fração de verdadeiros positivos por todas instâncias que são de fato

positivas.

2.3.4 ESCORE F1

O escore F1 é a média harmônica da precisão e da recordação:

𝐹𝐹1 = 2𝑒𝑒𝑓𝑓𝑓𝑓𝑝𝑝𝑖𝑖𝑓𝑓𝑖𝑖𝑒𝑒𝑝𝑝 × 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑝𝑝𝑓𝑓𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑒𝑓𝑓𝑓𝑓𝑝𝑝𝑖𝑖𝑓𝑓𝑖𝑖𝑒𝑒𝑝𝑝 + 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑝𝑝𝑓𝑓𝑒𝑒𝑒𝑒

2.3.5 MATRIZ DE CONFUSÃO

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19

A matriz de confusão mostra uma subdivisão mais detalhada de classificações corretas

e incorretas. Cada linha da matriz de confusão representa o valor verdadeiro das tags na fase

de teste, e cada coluna o valor que o classificador retornou. Ou seja, de maneira geral, uma

célula (𝑡𝑡𝑓𝑓𝑡𝑡𝑖𝑖, 𝑡𝑡𝑓𝑓𝑡𝑡𝑗𝑗) representa com que frequência a 𝑡𝑡𝑓𝑓𝑡𝑡𝑖𝑖 foi confundida com a 𝑡𝑡𝑓𝑓𝑡𝑡𝑗𝑗. Quando

𝑖𝑖 = 𝑗𝑗 tem-se a acurácia.

Para este trabalho o cálculo da matriz de confusão foi realizado cumulativamente para

cada subdivisão de treino e teste. E não fazendo uma média de cada iteração.

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20

3 PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO

A implementação encontrada no NLTK possui um conjunto de features que se

pretende otimizar. Ela é baseada no trabalho de Honnibal (2013), que não apresenta critérios

objetivos para se determinar as features, tampouco uma justificativa explícita para as features

escolhidas. Portanto o presente trabalho ambiciona estudar a influência da variação do

conjunto das features no código do NLTK para encontrar uma configuração com melhor

desempenho do que o atual. Por fim, a implementação final compreenderá o conjunto de

features que tiver o melhor desempenho, medido pelo escore F1. A acurácia é utilizada, com

algumas ressalvas (DESCOINS, 2013), para comparar casos em que os escores F1 de

diferentes configurações são congruentes, ou seja, cujos intervalos de confiança se

sobrepõem.

Considerando-se também a possibilidade de features existentes terem uma

contribuição negativa para o desempenho, faz-se uma análise de sensibilidade de variáveis. A

influência de cada feature atualmente presente no modelo poderá ser determinada em uma

série de testes, em que cada um destes cumulativamente remove uma ou mais features,

observando a variação no desempenho geral e de cada uma das tags. Caso a remoção de uma

feature aumente o desempenho geral, a configuração resultante será salva.

Feito isso, uma segunda bateria de testes será feita em cada configuração do modelo

que apresente desempenho melhor que a padrão. Esta segunda fase consiste do acréscimo de

novas features que possam melhorar o desempenho. Caso nenhuma feature removida

aprimore o desempenho, esta fase será executada apenas na implementação padrão do NLTK.

FIGURA 3 – PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO

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21

Fonte: Elaborado pelo autor.

Por fim, far-se-á uma modificação em como o modelo obtém todas as features que

envolvam sufixos. A implementação padrão do NLTK considera como sufixo de uma palavra

as três últimas letras desta, portanto uma tentativa de aumentar a acurácia do modelo foi

alimentá-lo com as desinências das palavras extraídas com o algoritmo RSLP. O RSLP,

proposto por Orengo e Huyck (2001), é um algoritmo de extração de radicais e foi projetado

especialmente para a língua portuguesa. O diferencial deste algoritmo é que, além de analisar

diversas regras específicas do idioma português, ainda conta com um dicionário de exceções.

O RSLP é composto de oito passos que devem ser executados em ordem: redução de plural,

redução de feminino, redução de aumentativo, redução de advérbio, redução de substantivo,

redução de verbo, redução de vogal e redução de acentos. A acurácia é de 96% na base de

testes, em contraste com os 71% do extrator Porter (ORENGO e HUYCK, 2001, p. 189)

testado na mesma base.

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22

Obtido o radical de uma palavra, é considerado como sufixo o complemento da

palavra com relação ao radical. Isto é, dado uma palavra de 𝑝𝑝 letras 𝑒𝑒 = 𝑒𝑒1𝑒𝑒2𝑒𝑒3. . . 𝑒𝑒𝑛𝑛, o RSLP

extrai o radical 𝑓𝑓 = 𝑒𝑒1𝑒𝑒2 . . . 𝑒𝑒𝑘𝑘, 𝑘𝑘 < 𝑝𝑝 e o sufixo será 𝑓𝑓 = 𝑒𝑒𝑘𝑘+1𝑒𝑒𝑘𝑘+2. . . 𝑒𝑒𝑛𝑛−1𝑒𝑒𝑛𝑛. Esta etapa de

modificação dessas features será também aplicada apenas nas configurações que tiverem

desempenho melhor que a da implementação padrão do NLTK. Analogamente, caso não haja

tais configurações, esta variante de teste será aplicada na implementação padrão.

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23

4 EXPERIMENTOS E RESULTADOS

Neste capítulo serão expostos as análises e os resultados, como se segue.

4.1 A BASE DE DADOS

A base de dados escolhida foi a macmorpho, compilada pelo Núcleo Interinstitucional

de Linguística Computacional da USP (MAC-MORPHO). A referida base consiste em textos

retirados de artigos de jornais, com as palavras anotadas de tags de POS. O corpus

macmorpho consiste em 49,932 frases com um total de 945,751 palavras. Nesta contagem

também consideram-se como palavras os caracteres de pontuação e os símbolos de moedas.

As 26 tags definidas na base de dados do macmorpho são artigo, adjetivo, nome, nome

próprio, numeral, pronome adjetivo, pronome substantivo, pronome pessoal, pronome

conectivo subordinativo, pronome conectivo subordinativo relativo, advérbio conectivo

subordinativo, advérbio relativo subordinativo, conjunção coordenativa, conjunção

subordinativa, preposição, interjeição, verbo, verbo auxiliar, particípio, palavra denotativa,

símbolo de moeda corrente e tags complementares. Estas últimas buscam representar

estrangeirismos e outras anomalias, mas apesar de estarem na documentação não figuram no

corpus do macmorpho.

A base macmorpho possui as seguintes frequências para cada classe:

TABELA 1 – FREQUÊNCIAS DAS TAGS

Tag Descrição Quantidade Frequência

ADJ Adjetivo 43269 4.58%

ADV Advérbio 24814 2.62%

ADV-KS Advérbio conectivo subordinativo 1041 0.11%

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24

ART Artigo 68618 7.26%

CUR Símbol de moeda corrente 2473 0.26%

IN Interjeição 284 0.03%

KC Conjunção coordenativa 23366 2.47%

KS Conjunção subordinativa 12099 1.28%

N Nome 200977 21.25%

NPROP Nome próprio 91765 9.70%

NUM Numeral 16181 1.71%

PCP Particípio 19548 2.07%

PDEN Palavra denotativa 5666 0.60%

PREP Preposição 91314 9.66%

PREP+ADV Preposição e advérbio 85 0.01%

PREP+ART Preposição e artigo 58335 6.17%

PREP+PRO-KS Preposição e pronome conectivo

subordinativo 219 0.02%

PREP+PROADJ Preposição e pronome adjetivo 1715 0.18%

PREP+PROPESS Preposição e pronome adjetivo 533 0.06%

PREP+PROSUB Preposição e pronome substantivo 710 0.08%

PRO-KS Pronome conectivo subordinativo 10919 1.15%

PROADJ Pronome adjetivo 15415 1.63%

PROPESS Pronome pessoal 11538 1.22%

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25

PROSUB Pronome substantivo 6381 0.67%

PU Pontuação 138865 14.68%

V Verbo 99621 10.53%

Fonte: Elaborado pelo autor.

FIGURA 4 – FREQUÊNCIAS DAS TAGS

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.2 RESUMO DOS TESTES REALIZADOS

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26

Inicialmente, buscou-se calcular as métricas de desempenho do classificador com as

features padrão da implementação do NLTK. Em seguida, foi observada a influência do

fracionamento entre base de treino e base de testes.

O desempenho do classificador foi testado em 6 configurações de fracionamento

(treino, teste) para avaliar a dependência do desempenho com o tamanho do conjunto de

treino: (90%, 10%), (86%, 14%), (80%, 20%), (75%, 25%), (67%, 33%), (50%, 50%).

Feito isso, cabe mostrar a relevância de cada feature ao treinar o classificador sem

certos subconjuntos das features, a influência de novas features no modelo e a influência do

dicionário de tags no desempenho geral.

Seguindo a conclusão dos testes de diferentes fracionamentos, para todos os testes

subsequentes foi realizada a validação cruzada com 5 splits do conjunto de dados, o que

resulta em 80% para treino e 20% remanescentes para teste.

4.3 DESEMPENHOS PARA DIFERENTES FRACIONAMENTOS TREINO/TESTE

FIGURA 5 – ACURÁCIA DO CLASSIFICADOR POR FRACIONAMENTO

TREINO/TESTE

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27

Fonte: Elaborado pelo autor.

FIGURA 6 – ESCORE F1 DO CLASSIFICADOR POR FRACIONAMENTO

TREINO/TESTE

Fonte: Elaborado pelo autor.

Observa-se que o desempenho e o escore F1 são congruentes entre todos

fracionamentos, com exceção do (50%, 50%). Além disso, o fracionamento de (80%, 20%)

obteve a menor variância do escore F1, de 0.1%.

Sendo assim, não pode-se identificar um fracionamento objetivamente melhor que os

demais, portanto demos continuidade aos experimentos com o fracionamento de (80%, 20%)

sugerido pelo macmorpho (MAC-MORPHO).

4.4 TREINOS E TESTES

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28

Para cada nova configuração das features foi treinado o modelo com validação

cruzada dividindo a base de dados em cinco partes iguais.

4.4.1 TREINO E TESTE VARIANTE A

O treino e teste variante A consiste no classificador sem alterações das features. Para

este classificador, o desempenho obtida foi de (95.0 ± 0.1)% para o escore F1 e de (95.3 ±

0.2)% para a acurácia. O classificador treinado na base macmorpho com as features padrão

do NLTK possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 7 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE A

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29

Fonte: Elaborado pelo autor.

E as seguintes métricas de precisão, recordação e F1 para cada tag de POS:

TABELA 2 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE A

Tag Precisão Recordação F1 Acurácia

ADJ 0.900 ± 0.007 0.894 ± 0.005 0.898 ± 0.004

ADV 0.924 ± 0.005 0.894 ± 0.009 0.910 ± 0.001

ADV-KS 0.814 ± 0.013 0.724 ± 0.024 0.764 ± 0.017

ART 0.970 ± 0.001 0.990 ± 0.001 0.980 ± 0.001

CUR 1.000 ± 0.000 0.998 ± 0.004 1.000 ± 0.000

IN 0.658 ± 0.037 0.364 ± 0.023 0.466 ± 0.013

KC 0.970 ± 0.001 0.980 ± 0.001 0.976 ± 0.005

KS 0.906 ± 0.015 0.866 ± 0.005 0.886 ± 0.005

N 0.934 ± 0.005 0.956 ± 0.005 0.944 ± 0.005

NPROP 0.904 ± 0.005 0.822 ± 0.011 0.860 ± 0.007

NUM 0.964 ± 0.005 0.940 ± 0.001 0.952 ± 0.004

PCP 0.940 ± 0.001 0.968 ± 0.004 0.954 ± 0.005

PDEN 0.924 ± 0.009 0.884 ± 0.009 0.904 ± 0.009

PREP 0.960 ± 0.001 0.980 ± 0.001 0.970 ± 0.001

PREP+ADV 0.916 ± 0.015 0.938 ± 0.008 0.916 ± 0.015

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30

PREP+ART 0.970 ± 0.001 0.992 ± 0.004 0.980 ± 0.001

PREP+PRO-KS 0.806 ± 0.015 0.552 ± 0.008 0.658 ± 0.004

PREP+PROADJ 0.972 ± 0.004 0.988 ± 0.004 0.980 ± 0.001

PREP+PROPESS 0.990 ± 0.001 0.954 ± 0.021 0.972 ± 0.013

PREP+PROSUB 0.868 ± 0.019 0.684 ± 0.023 0.766 ± 0.015

PRO-KS 0.886 ± 0.005 0.934 ± 0.005 0.908 ± 0.004

PROADJ 0.950 ± 0.001 0.958 ± 0.004 0.952 ± 0.004

PROPESS 0.980 ± 0.001 0.960 ± 0.001 0.970 ± 0.001

PROSUB 0.886 ± 0.013 0.802 ± 0.008 0.840 ± 0.007

PU 1.000 ± 0.000 1.000 ± 0.000 1.000 ± 0.000

V 0.980 ± 0.001 0.986 ± 0.005 0.980 ± 0.001

Total 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.953 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.4.2 TREINO E TESTE VARIANTE B

O treino e teste variante B consiste no classificador sem a feature da (i+2)-ésima

palavra da frase de entrada. Esta variante possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 8 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE B

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31

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 3 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE B

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.952 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

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32

4.4.3 TREINO E TESTE VARIANTE C

O treino e teste variante C consiste no classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 9 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE C

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

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33

TABELA 4 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE C

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.952 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.4.4 TREINO E TESTE VARIANTE D

O treino e teste variante D consiste no classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra;

● O sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 10 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE D

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34

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 5 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE D

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.951 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

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35

4.4.5 TREINO E TESTE VARIANTE E

O treino e teste variante E corresponde ao classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra;

● O sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● A (i+1)-ésima palavra.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 11 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE E

Fonte: Elaborado pelo autor.

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36

Pode-se observar que, na base macmorpho, ao remover a (i+1)-ésima palavra o

Perceptron Ponderado confunde as classes PREP+PRO-KS e PREP+PROSUB com a classe

PREP+ART.

A queda na acurácia da tag PREP+PRO-KS ao remover esta feature é de (57 ± 1)%,

ao passo que a tag PREP+PROSUB foi de (30 ± 1)%.

O treino e teste variante E possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 6 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE E

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.938 ± 0.004 0.938 ± 0.004 0.936 ± 0.005 0.936 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.4.6 TREINO E TESTE VARIANTE F

O treino e teste variante F consiste no classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● (i+2)-ésima palavra;

● (i-2)-ésima palavra;

● sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● (i+1)-ésima palavra;

● (i-1)-ésima palavra.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 12 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE F

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37

Fonte: Elaborado pelo autor.

E possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 7 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE F

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.928 ± 0.004 0.930 ± 0.001 0.928 ± 0.004 0.929 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

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38

4.4.7 TREINO E TESTE VARIANTE G

O treino e teste variante G corresponde ao classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra;

● O sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● A (i+1)-ésima palavra;

● A (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da i-ésima palavra.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 13 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE G

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39

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 8 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE G

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.916 ± 0.005 0.918 ± 0.004 0.910 ± 0.001 0.916 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.4.8 TREINO E TESTE VARIANTE H

O treino e teste variante H corresponde ao classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra;

● O sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● A (i+1)-ésima palavra;

● A (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da i-ésima palavra;

● A junção da (i-2)-ésima e a (i-1)-ésima tags.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 14 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE H

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40

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 9 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE H

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.910 ± 0.005 0.916 ± 0.005 0.910 ± 0.001 0.914 ± 0.003

Fonte: Elaborado pelo autor.

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41

4.4.9 TREINO E TESTE VARIANTE I

O treino e teste variante I corresponde ao classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra;

● O sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● A (i+1)-ésima palavra;

● A (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da i-ésima palavra;

● A junção da (i-2)-ésima e a (i-1)-ésima tags;

● A junção da (i-1)ésima tag com a i-ésima palavra.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 15 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TESTE E TREINO VARIANTE I

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42

Fonte: Elaborado pelo autor.

E possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 10 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TESTE E

TREINO VARIANTE I

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.908 ± 0.004 0.908 ± 0.004 0.906 ± 0.005 0.908 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.4.10 TREINO E TESTE VARIANTE J

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43

O treino e teste variante J corresponde ao classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra;

● O sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● A (i+1)-ésima palavra;

● A (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da i-ésima palavra;

● A junção da (i-2)-ésima e a (i-1)-ésima tags;

● A junção da (i-1)ésima tag com a i-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima tag.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 16 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE J

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44

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 11 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE J

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.908 ± 0.004 0.908 ± 0.004 0.900 ± 0.001 0.905 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.4.11 TREINO E TESTE VARIANTE K

O treino e teste variante K corresponde ao classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra;

● O sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● A (i+1)-ésima palavra;

● A (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da i-ésima palavra;

● A junção da (i-2)-ésima e a (i-1)-ésima tags;

● A junção da (i-1)ésima tag com a i-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima tag;

● A (i-1)-ésima tag.

Possui a seguinte matriz de confusão:

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45

FIGURA 17 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE K

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 12 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE K

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.888 ± 0.004 0.878 ± 0.004 0.872 ± 0.004 0.880 ± 0.003

Fonte: Elaborado pelo autor.

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46

4.4.12 TREINO E TESTE VARIANTE L

O treino e teste variante L corresponde ao classificador sem as seguintes features:

● A (i+2)-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima palavra;

● O sufixo da (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da (i+1)-ésima palavra;

● A (i+1)-ésima palavra;

● A (i-1)-ésima palavra;

● O sufixo da i-ésima palavra;

● A junção da (i-2)-ésima e a (i-1)-ésima tags;

● A junção da (i-1)ésima tag com a i-ésima palavra;

● A (i-2)-ésima tag;

● A (i-1)-ésima tag;

● O bias.

Ou seja, resta apenas a feature da i-ésima palavra. Possui a seguinte matriz de

confusão:

FIGURA 18 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE L

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47

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 13 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE L

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.862 ± 0.004 0.868 ± 0.004 0.858 ± 0.004 0.863 ± 0.003

Fonte: Elaborado pelo autor.

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48

4.4.13 TREINO E TESTE VARIANTE M

O treino e teste variante M corresponde ao classificador sem features. Ou seja, é o

classificador apenas com o dicionário de tags. Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 19 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE M

Fonte: Elaborado pelo autor.

Como era de se esperar, a maior parte dos tokens é classificado como ADJ. Todas as

palavras que não figurem no dicionário de tags serão classificadas como ADJ, pois não

existem features para o classificador realizar uma previsão.

É possível notar que na base macmorpho o dicionário é influente (i.e. tem desempenho

maior que um desvio padrão) nas seguintes classes morfológicas:

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49

● ADV com acurácia de (44 ± 1)%;

● CUR com acurácia de (100 ± 1)%;

● KC com acurácia de (88 ± 1)%;

● N com acurácia de (34 ± 1)%;

● NPROP com acurácia de (21 ± 1)%;

● PCP com acurácia de (16 ± 1)%;

● PDEN com acurácia de (29 ± 1)%;

● PREP com acurácia de (37 ± 1)%;

● PREP+ART com acurácia de (16 ± 1)%;

● PREP+PROADJ com acurácia de (62 ± 1)%;

● PREP+PROPESS com acurácia de (91 ± 1)%;

● PREP+PROSUB com acurácia de (26 ± 1)%;

● PROADJ com acurácia de (35 ± 1)%;

● PROPESS com acurácia de (63 ± 1)%;

● PROSUB com acurácia de (17 ± 1)%;

● PU com acurácia de (100 ± 1)%;

● V com acurácia de (59 ± 1)%.

Não é possível informar nada acerca do desempenho do classificador sem features

com relação à tag ADJ.

Verifica-se, ainda, que a classe aberta V possui acurácia de (59 ± 1)% que é superior

à média de (45.2 ± 0.2)%, ao passo que a classe aberta ADV possui acurácia congruente de

(44 ± 1)%, e a classe aberta N possui acurácia inferior à da média, de (34 ± 1)%. Possui as

seguintes métricas de desempenho:

TABELA 14 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE M

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.860 ± 0.001 0.452 ± 0.004 0.518 ± 0.004 0.452 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

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50

4.4.14 TREINO E TESTE VARIANTE N

O treino e teste variante N consiste no classificador sem a feature da i-ésima palavra.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 20 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE N

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

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51

TABELA 15 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE N

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.942 ± 0.004 0.944 ± 0.005 0.942 ± 0.004 0.944 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

4.4.15 TREINO E TESTE VARIANTE O

O treino e teste variante O consiste no classificador apenas com a feature do bias.

Possui a seguinte matriz de confusão:

FIGURA 21 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE O

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52

Fonte: Elaborado pelo autor.

Possui as seguintes métricas de desempenho:

TABELA 16 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE O

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.760 ± 0.001 0.550 ± 0.001 0.510 ± 0.001 0.548 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

Pode-se perceber que o bias é a feature que garante que o classificador irá supor as

classes mais frequentes caso as demais features tenham peso baixo. No caso, como a tag N é a

mais frequente de todas, ela predomina num classificador apenas com o bias.

4.4.16 TREINO E TESTE VARIANTE P

O treino e teste variante P consiste no classificador com a (i+3)-ésima e a (i-3)-ésima

palavras como features.

FIGURA 22 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE P

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53

Fonte: Elaborado pelo autor.

TABELA 17 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE P

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.952 ± 0.002

Fonte: Elaborado pelo autor.

Não é possível observar diferença no desempenho do classificador com a adição

destas features para a implementação padrão do NLTK.

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54

4.4.17 TREINO E TESTE VARIANTE Q

O treino e teste variante Q consiste do classificador com uma feature adicional que é

igual à 1 caso a i-ésima palavra comece com letra maiúscula e igual a 0 caso contrário.

FIGURA 23 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE Q

Fonte: Elaborado pelo autor.

TABELA 18 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE Q

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001

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55

Ponderada

Fonte: Elaborado pelo autor.

Não se pode observar qualquer diferença no desempenho entre a implementação

padrão e esta nova. Todos os desvios estão dentro de um desvio padrão.

4.4.18 TREINO E TESTE VARIANTE R

O treino e teste variante R corresponde ao classificador com o extrator de sufixos

baseado no algoritmo RSLP.

FIGURA 24 – MATRIZ DE CONFUSÃO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO

TREINO E TESTE VARIANTE R

Fonte: Elaborado pelo autor.

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56

TABELA 19 – DESEMPENHO DO CLASSIFICADOR REFERENTE AO TREINO E

TESTE VARIANTE R

Precisão Recordação F1 Acurácia

Média

Ponderada 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.950 ± 0.001 0.898 ± 0.004

Fonte: Elaborado pelo autor.

Cumpre ressaltar que, para a base macmorpho, a implementação do Perceptron

Ponderado com um extrator de radicais baseado no algoritmo RSLP só difere na classificação

da tag PREP+ADV, que classificou corretamente em (87 ± 1)%, ao passo que a

implementação padrão do NLTK obtém a classificação correta em (94 ± 1)% das vezes.

Percebe-se, também, uma queda na acurácia total, que ficou em (89.8 ± 0.4)%, em contraste

com (95.3 ± 0.2)% da implementação padrão. As demais diferenças na acurácia de cada tag

com relação ao classificador padrão do NLTK estão dentro de um desvio padrão das amostras

coletadas.

Ademais, com relação ao tempo de teste observa-se um aumento excessivo, com

duração total de 29 minutos e 42 segundos, em contraste com cerca de um minuto das demais

implementações. Com relação ao tempo de treino, foi observado informalmente uma duração

superior a 10 horas, o que desencoraja a utilização desta implementação do classificador.

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57

5 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS

Por todo o exposto, resta demonstrado que, para a base macmorpho, o presente

trabalho não encontrou uma configuração de features para o classificador do NLTK baseado

no modelo “Perceptron Ponderado” cujo desempenho fosse objetivamente melhor que a

implementação com as features padrão. As demais configurações estudadas neste trabalho

conseguem apenas, na melhor das hipóteses, resultados congruentes, ou seja, com intervalos

de confiança que se sobrepõem aos da implementação padrão.

Os melhores desempenhos obtidos foram de:

TABELA 20 – TESTES COM MELHORES DESEMPENHOS

Teste Escore F1 Acurácia

Variante A (95.0 ± 0.1)% (95.3 ± 0.2)%

Variante B (95.0 ± 0.1)% (95.2 ± 0.2)%

Variante C (95.0 ± 0.1)% (95.2 ± 0.2)%

Variante D (95.0 ± 0.1)% (95.1 ± 0.2)%

Variante P (95.0 ± 0.1)% (95.2 ± 0.2)%

Variante Q (95.0 ± 0.1)% (95.0 ± 0.1)%

Fonte: Elaborado pelo autor.

No intuito de fazer uma comparação entre classificadores que não dependem de

conjunto de regras linguísticas, observa-se que a melhor acurácia obtida (95.3 ± 0.2)% é

inferior à do classificador do MXPOST com 96.3% (TEIXEIRA et al., 2008). Entretanto,

como Teixeira et al (2008) não informam o desvio padrão da acurácia, não é possível fazer

uma comparação objetiva.

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58

Ademais, cabe descrever os resultados mais relevantes dos treinos e testes realizados

no presente trabalho.

A utilização do extrator de radicais RSLP (variante R) em lugar da implementação

naive do NLTK provoca uma queda na acurácia de (95.3 ± 0.2)% para (89.8 ± 0.4)%,

enquanto as demais métricas permanecem inalteradas.

As features que, na base macmorpho, apresentam a maior relevância são a “(i+1)-

ésima palavra”, a “(i-1)-ésima tag” e o “bias”. A feature “(i+1)-ésima palavra” varia o escore

F1 de (95.0 ± 0.1)% para (93.6 ± 0.2)% (variante E); a “(i-1)-ésima tag” varia o escore F1

de (90.0 ± 0.1)% para (87.2 ± 0.4)% (variante K); e a remoção do “bias” varia o escore F1

de (87.2 ± 0.4)% para (85.8 ± 0.4)% (variante L) do teste anterior para o teste em que são

removidas, respectivamente.

Outra observação interessante é o fato de que, na base macmorpho, a feature da

“(i+1)-ésima palavra” parece ter influência significativa para a classificação das tags

PREP+PRO-KS e PREP+PROSUB, pois ao ser removida provoca uma queda de (57 ± 1)%

e (30 ± 1)% em suas acurácias, respectivamente.

Como os testes variantes B, C e D todos têm desempenho similar ao variante A, que é

a implementação padrão, podemos observar que na base macmorpho as features “(i+2)-ésima

palavra”, “(i-2)-ésima palavra”, “sufixo da (i-1)-ésima palavra” e “sufixo da (i+1)-ésima

palavra” têm influência desprezível, considerando-se apenas a métrica F1 (DESCOINS,

2013).

Por fim, o dicionário de tags puro tem escore F1 de (51.8 ± 0.4)%, sendo o elemento

responsável pela maior parte das classificações corretas. É natural de se esperar que ele

demonstre bom desempenho para as classes fechadas, que têm um número finito e

relativamente pequeno de elementos léxicos. Para estas, 13 tiveram desempenho significativo

(i.e. maior que um desvio padrão), e 8 não tiveram. Ao passo que para as classes abertas

(adjetivos, advérbios, substantivos e verbos), que compõem a maior parte dos elementos

léxicos do PTBR e são possivelmente infinitos devido à neologismos, espera-se um

desempenho pior do dicionário de tags. Por esse motivo é pertinente notar que para a classe

aberta V obteve-se acurácia de (59 ± 1)% que é superior à média de (45.2 ± 0.2)%, ao

passo que a classe aberta ADV possui acurácia de (44 ± 1)%, congruente com a média, e a

classe aberta N possui acurácia de (34 ± 1)%, inferior à da média.

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59

Como um trabalho futuro seria interessante utilizar um modelo multi-tagger auxiliar

junto ao classificador baseado no Perceptron Ponderado. Este modelo auxiliar pode retornar

um número maior que um de tags com grande probabilidade de corretude. Em seguida, esta

lista de possíveis tags de cada palavra pode ser utilizada como feature para o Perceptron

Ponderado, possibilitando uma acurácia de 99% (VADAS et al., 2006).

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60

REFERÊNCIAS

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Brazilian Portuguese: a work in progress, in http://www.fgv.br/emap/logonto-

2011/slides/leonel.pdf. Acesso em 02/09/2017.

ALENCAR, Leonel Figueiredo de. AELIUS: UMA FERRAMENTA PARA ANOTAÇÃO

AUTOMÁTICA DE CORPORA USANDO O NLTK. Porto Alegre: IX Encontro de

Linguística de Corpus, 2010.

BICK, Eckard. THE PARSING SYSTEM “PALAVRAS”. Automatic Grammatical

Analysis of Portuguese in a Constraint Grammar Framework. 2000

BIRD, Steven; KLEIN, Ewan; LOPER, Edward. NLTK. Disponível em:

http://www.nltk.org/book/. Acesso em 03/09/2017

DAUMÉ III, Hal. A course in machine learning. 2012. Disponível em:

http://www.ciml.info/dl/v0_8/ciml-v0_8-ch03.pdf. Acesso em 03/09/2017

DESCOINS, Alan. Why accuracy alone is a bad measure for classification tasks, and

what we can do about it. 2013. Disponível em: https://tryolabs.com/blog/2013/03/25/why-

accuracy-alone-bad-measure-classification-tasks-and-what-we-can-do-about-it/. Acesso em

03/09/2017.

HONNIBAL, Matthew. A Good Part-of-Speech Tagger in about 200 Lines of Python.

2013. Disponível em: https://explosion.ai/blog/part-of-speech-pos-tagger-in-python. Acesso

em 03/09/2017.

MAC-MORPHO. Disponível em: http://nilc.icmc.usp.br/macmorpho/. Acesso em

02/09/2017.

ORENGO, Viviane Moreira; HUYCK, Christian. A stemming algorithm for the portuguese

language. In String Processing and Information Retrieval. SPIRE 2001. Eighth International

Symposium. 2001, Novembro.

TEIXEIRA, Joaquim da Silva; LIMA, Vera Lúcia Strube de; OLIVEIRA, Luís Caldas de;

QUARESMA, Paulo. Computational Processing of the Portuguese Language: 8th

International Conference. Aveiro, Portugal: PROPOR, 2008.

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61

VADAS, David; CURRAN, James R.; CLARK, Stephen; Multi-Tagging Lexicalized-

Grammar Parsing. Association for Computational Linguistics, 2006.

Page 62: CLASSIFICADOR MORFOLÓGICO PARA O PORTUGUÊS …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10024091.pdf · 4.4.17 treino e teste variante q 54 4.4.18 treino e teste variante r 55

62

APÊNDICE A – RELAÇÃO DE ETIQUETAS UTILIZADAS NA CLASSIFICAÇÃO

DE POS

TAG DESCRIÇÃO

ADJ Adjetivo

ADV Advérbio

ADV-KS Advérbio conectivo subordinativo

ART Artigo

CUR Símbolo de moeda corrente

IN Interjeição

KC Conjunção coordenativa

KS Conjunção subordinativa

N Nome

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63

NPROP Nome próprio

NUM Numeral

PCP Particípio

PDEN Palavra denotativa

PREP Preposição

PREP+ADV Preposição e advérbio

PREP+ART Preposição e artigo

PREP+PRO-KS Preposição e pronome conectivo

subordinativo

PREP+PROADJ Preposição e pronome adjetivo

PREP+PROPESS Preposição e pronome pessoal

PREP+PROSUB Preposição e pronome substantivo

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64

PRO-KS Pronome conectivo subordinativo

PROADJ Pronome adjetivo

PROPESS Pronome pessoal

PROSUB Pronome substantivo

PU Pontuação

V Verbo

Fonte: MAC-MORPHO