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CLASSIFICA�AO INTERN ACIONAL DAS ATIVIDADES DE ENFERMAGEM: UMA AMOSTRA DA REALIDADE BRASILEIRA * Magda Rojas Yoshioca** Maria Alves B aos a** Nadi a Zanon Narchi*** Isabel Cstina F. da Cruz** Ana Luci a Queiz Bezerra*** Rose Meire Imanichi* ** RESUMO: 0 estudo constituiu-se de levantamento bib liografico com objetivo de identificar os termos referentes as atividades de enfermagem: diagnosticar, prescrever e avaliar. 0 levantamento foi realizado em revistas, dissertaoes e teses da enferma- gem brasileira, do aceo d a bibl ioteca da Escola de Enfermagem da Un iversidade de Sao P aulo e do cat alogo de pesquis as e pesquisadores de enfermagem do Centro de Estudos e Pesquisas d a Associ ao Brasileira de Enfermagem, no per iodo de 1 988 a 1 992. Oas 1 1 9 publicayoes encontradas identificou-se que 53,5% referiam-se ao termo prescri co de enfermagem, 39 ,0% ao diagn ostico de enfermagem e 7,5% a avaliayao da assistencia. Cad a um d estes termos recebeu denominaoes diferentes, 0 que denota a necessid ade de padroniza ao de lingu agem. ABSTRACT: The study was compounded by bibl iography collecting with the objeive of ident iing terms referred to nursing act ivities: to diagnose, prescr ibe and evalu ate. The data colleing was done by making use of Brazilian nu rsing jou rnals, dissertations and the theses from nursing school's he ap of Brazili an library be longing to Universidade de Sao Paulo. Catalogues and nursing researches from the Research and Study Center from Brazilia n Nursing Association were used, for the per iod of t ime betwe en 1 988 and 1992. From 1 19 issues wh ich were found it was shown that 53,5% referred to a nursing prescription term, 39 ,0% was related to nuing diagnostic and 7,5 % to assistance evaluation. Each of these terms got d ifferent denominations wh ich show t he patterned l anguage necessity. 1. INTRODU�AO padroes minimos de assistencia, pam que se imple- mente um sistema voltado pa a prtica e que ao mesmo tempo garanta a sua retalimentaao. o prop6sito deste trabalho e contribui r nas dis- cussoes sobre a padronizaao da linguagem referente as atividades de enf em1age m: diagnoslico. prescri- ao e avaliaao do resli/tado do assislencia. Nesse sentido KlM+, presidente do ICN (Intetiol Council of Nuing), considera que deva exist ir rela- ao entre nomencl atura, linguagem, cl assif icaao e o ICN sugere tambem, que os criterios pam a elaboraao da classificaao da prtica de enferma- gem, sejam os de atender aos multiplos prop6sitos dos diferentes paises, ter l inguagem acess ivel e adequada, possuir uma defiao c onceitual que indepe nda do •• Trabalho apresentado no 45° Congresso Brile iro d e Enfennagem. Recife - PE, 28 de 1 10vembro a 3 de dezembro d e 1993. Doutorandas da Escola de Enfennagem da Univers idade de Sao Paulo . ••• Mestrandas da Escola de Enfennagem da Univers idade de Sao Paulo. + KIM (Intemational Council of Nursing). Pesquisa e assistencia: panorama e tendencias mundiais. [ Conrencia prof erida durante o Encontro Intemacional " Pesquisa em Enfennagcm: uma questao de saude ", Sao Paulo, 1992] 258 R. Bs. Enferlll. Brasil ia, v. 46, n. 3/4, 258-265, jul. ldez. 1993

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C LASSIFICA�AO INTERNACIONAL DAS ATIVIDADES DE ENFERMAG E M : U MA AMOSTRA D A REALIDADE BRAS ILEIRA *

Magda Rojas Yoshioca** Maria Alves Batbosa* * Nadia Zanon Narchi*** Isabel Cristina F . da Cruz* * Ana Lucia Queiroz Bezerra* * * Rose Meire Imanichi***

RESUMO: 0 estudo constitu iu-se de levantamento bibl iografico com objetivo de identificar os termos referentes as atividades de enfermagem: d iagnostica r, prescrever e ava l i a r. 0 leva ntamento fo i rea l izado em revistas, d issertac;:oes e teses da enferma­gem bras i le i ra , do acervo da bibl ioteca da Escola de Enfermagem da U n iversidade de Sao Pau lo e do cata logo de pesqu isas e pesqu isadores de enfermagem do Centro de Estudos e Pesqu isas da Associac;:ao Brasi le i ra de Enfermagem, no periodo de 1 988 a 1 992 . Oas 1 1 9 publ icayoes encontradas identificou-se que 53,5% referia m-se ao termo prescric;:ao de enfermagem, 39 ,0% ao d iagnostico de enfermagem e 7 ,5% a ava l iayao da assistencia . Cad a u m destes termos recebeu denominac;:oes d i ferentes , 0 que denota a necessidade de padron izac;:ao de l inguagem.

ABSTRACT: The study was compounded by bibl iography collecting with the objective of identifying terms referred to n u rs ing activit ies : to d iagnose, prescribe and eva luate . The data co l lecting was done by making use of Brazi l ian n u rsing journa ls , d issertat ions and the theses from n u rs ing school 's heap of Brazi l ian l ibrary be longing to U n iversidade de Sao Pau lo . Catalogues and n u rs ing researches from the Research and Study Center from Brazi l ian N u rs ing Associat ion were used , for the period of time between 1 988 and 1 992. From 1 1 9 issues which were fou nd it was shown that 53 ,5% referred to a n u rs ing prescription term , 39 ,0% was re lated to nursing d iagnostic and 7 ,5% to ass istance eva luatio n . Each of these terms got d ifferent denominat ions wh ich show the patterned language necessity.

1 . INTRODU�AO padroes minimos de assistencia, pam que se imple­mente um sistema voltado para a pr<itica e que ao mesmo tempo garanta a sua retroalimentac;:ao . o prop6sito deste trabalho e contribuir nas dis­

cussoes sobre a padronizac;:ao da linguagem referente as atividades de enfem1agem: diagnoslico. prescri­r;:ao e avaliar;:ao do resli/tado do assislencia. Nesse sentido KlM+, presidente do ICN (International Council of Nursing), considera que deva existir rela­c;:ao entre nomenclatura, l inguagem, classificac;:ao e

o ICN sugere tambem, que os criterios pam a elaborac;:ao da classificac;:ao da pr<itica de enferma­gem, sejam os de atender aos multiplos prop6sitos dos diferentes paises, ter linguagem acessivel e adequada, possuir uma definic;:ao conceitual que independa do

• • Trabalho apresentado n o 45° Congresso Brasi leiro d e Enfennagem. Recife - PE, 2 8 d e 110vembro a 3 d e dezembro d e 1 993 . Doutorandas da Escola de Enfennagem da Universidade de Sao Paulo .

• • • Mestrandas da Escola de Enfennagem da Universidade de Sao Paulo.

+ KIM (Intemational Council of Nursing). Pesquisa e assistencia: panorama e tendencias mundiais. [ Conferencia proferida durante

o Encontro Intemacional " Pesquisa em Enfennagcm: uma questao de saude " , Sao Paulo, 1 992]

258 R . Bras. Enferlll. Brasi l ia, v . 46, n. 3/4, 258-265, jul . ldez. 1 993

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referencial tea rico e do modelo de assistencia, conter nueleo central ao qual se permita urn processo conti­nuo de desenvolvimento e aperfei<;oamento, ser sen­sivel a variedade cultural, refletir sistemas de valores comuns de enfermagem, como aqueles contidos no seu codigo para enfermeiros, e ser adotado pela Or­ganiza<;ao Mundial da Saude (OMS) para inclusao ou complementa<;ao do Codigo Internacional de Doen­<;as (CID)(35).

A classifica<;ao das atividades de enfermagem, para ser sistematizada e universalmente ace ita, neces­sita que os elementos basicos - diagnostieo, preseri­

ryiio e avaliaryiio de enfermagem - sejam c1aramente explicitados(5, 1 0,32,33).

Os primeiros trabalhos que mostram a preocupa­<;ao com a universaliza<;ao de Iinguagem para a prnti ­ca da enfermagem, surgiram na dec ada de setenta entre enfernleiros americanos e canadenses, que pro­puserarn a cria<;ao de modelos para c1assifica<;ao il�­temacional de diagnosticos de enfermagem. Eles dl­ferem entre si na concep<;ao de abordagem da clien­tela, mas tem como ponto comum 0 estabelecimento de uma cientificidade que possa estar contida na praxis dos enfermeiros internacionalmente conside­rados.

Nesse senti do tambem existe a tentativa de enfer­meiros americanos padronizarem prescri<;oes de en­fermagem baseadas na c1assifica<;ao de diagnosti­cos(32,33) .

No B rasil existem pesquisadores preocupados em estudar diagnosticos de enfermagem ( 1 1 . 1 2, 1 3 , 1 4. 1 5, 1 6, 1 8, 20, 3 1 , 34, 38). Esses estudos constituem os primeiros pass os em dire<;ao �I unifonniza<;ao de I in­guagem no pais, e deverao servir de subsidio para a elabora<;ao de c1assifica<;ao intemacional da prMica de enfe mlagem contendo os elementos basicos - diag­nostieo, preserir;iio e avaliaryiio .

o presente estudo tem por objetivo identifi.car a

produ<;ao de trabalhos da enfennagem brasI lelra quanta as atividades caracterizadas peJos itens : diag­nos/ieo, preserir;iio e ava/iar;iio de enj(!rIllagem -atraves de levantamento bibliografico do periodo de 1 988 a 1 992 .

2. METODOLOGIA

Foram consultadas revistas, disserta<;oes e teses de enfermagem do acervo da Escola de Enfennagem da U niversidade de Sao Paulo (EEUSP), e do catitlogo sobre pesquisas e pesquisadores do Centro de Estudos e Pesquisa em Enfennagem da Associa<;ao Brasileira

de Enfermagem (ABEn).

Dessas referencias, ex1rairam-se 1 1 9 publica<;oes que constituem a popula<;ao deste trabalho. A amilise dos tex10s apontou para a necessidade de se agrupar os termos, segundo as semelhan<;as e 0 sentido, em diagnostico, prescrif;iio e avaliar;iio. Os termos assim identificados aparecem isoladamente ou em con junto nos tex1os, sendo sua amilise realizada de forma se­parada conforme 0 agrupamento .

Neste estudo, entende-se por diagnostieo 0 j ulga­mento clinico das respostas do individuo, fmnilia ou comunidade ao problema de saude ou processo vital.

Por prescrir;iio, compreende-se que sao as i nter­ven<;oes realizadas ou delegadas pelo enfermeiro, para resolu<;ao do diagnostico de enfermagem ou nao, tendo em v ista 0 resultado a ser alcan<;ado .

o resultado proveniente das atividades do enfer­meiro, dirigidas para a resolu<;ao de um determinado diagnostico de enfermagem, constitui-se na ffi'alia­ryiio .

3. DISCUSSAO DOS RES ULTADOS

A Figura 1 , a seguir, demonstra a totalidade das atividades de enfermagem - diagnostico, prescri<;ao e avalia<;ao - no ambito deste trabalho .

Figura 1 : Distiibu ic;;ao dos termos ident ificados como DIAGNOSTI CO, P R E S C R I <;:Ao e AVA L lA<;:Ao nos trabalhos referentes as at ividades de engerma­gem, 1 988/1 992 . Sao Pau lo , 1 992 .

Prescric;;ao 53 ,5%

Aval iac;;ao 7 , 5%

Diagnostico 39 ,0%

Nesta figura, a prescri<;ao de enfermagem apare­ce com maior freqOencia (53 ,5%,) . Sup6e-se que isto se deva a privativa do enfermeiro e previstas na Lei do Exercicio Profissional de Enfermagem(3,4) .

Quanto ao diagnostico de enfernlagem, verifica­se freqOencia de 7,5%. 0 que sugere ser esta uma area

R. Bras. Enferlll. Brasilia, v. 46. n. 3/4, 258-265, ju l . ldcz. 1 993 259

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incipiente de pesquisa.

A seguir, os dados serao apresentados confonne agrupamento dos tennos: diagnostico, prescri9iio e avalia9iio.

3.1 . Diagn6stico de Enfermagem

o tenno diagnostico tern origem grega e significa conclusao ou julgamento resultante de urn processo analitico.

Segundo HORTA(27) 0 diagnostico constitui urn dos elementos do processo de enfermagem, sendo definido como: " . . . a identificaeao das necessidades basicas do individuo (familia ou comunidade) que precisam de atendimento e a determinaeao, pela En­fennagem, do grau de dependencia deste atendimento em natureza a extensao ".

PAlM et al . (36) definem diagoostico de enfenna­gem como "a detenninaeao da dependencia que 0

paciente tern do enfenneiro em temlOS de necessida­des humanas afetadas e a partir dos problemas de enfennagem extraidos do historico de enfennagem do paciente " .

CAMPEDELLI et al , <8) consideram como diag­nostico de enfennagem as impress6es do examinador (0 enfemleiro) sobre seu cliente. A impressao do examinador confere car:Her subjetivo ao diagnostico , enquanto que a classificaeao sobre a terminologia, para 0 diagnostico , garante objetividade para a pnlti­ca de enfennagem.

No conj unto das publicae6es sobre 0 lema, per­cebe-se na obra de HORTA(27) a busca pela espccifi ­cacao da essencia do diagnostico. Nota-se preocupa­cao da autora quanto a necessidade de existir visao de conjunto dos dados coletados no historico e de no­mea-los, ou seja, fazer diagnostico . A referida autora propOs entiIo, as Sindromes de Enfennagem. com­preendidas como fomla embriomlria de se nomear as respostas do cliente ao seu problema de saude ou processo vital.

Na Iiteratura brasileira consultada, ve-se que a sistematizacao das atividades de enfennagem inicia­se a partir da decada de 50 com as pesquisas de HORT A(23, 24, 25 , 26, 27) . Sua teoria influenciou posi-tivamente a enfennagem brasileira, pois a partir de seu trabalho, os profissionais comeearam a atuar de fonna sistematizada. 0 MO ajustamento as dificulda­des iniciais existentes, quando se implementou a nova metodologia, assim como 0 MO aprofundamento ou aperfeieoanlento pelos usuarios de suas propostas,

constituem limitae6es na utilizaeao des sa teoria.

Embora 0 modele de sistematizaeao da assisten­cia de HORTA seja adotado por a lgumas escolas e servicos de enfennagem, constata-se por meio da literatura profissional, que a implementaeao do mo­delo MO observa, por exemplo, a correlac;ao entre as atividades : historico - diagnostico -prescri9iio - ava­lia9iio. Desse modo, algumas das etapas do processo de enfennagem sao suprimidas, por serem considera­das complexas. 0 diagnostico de enfennagem MO e implementado, sendo substituido por sinais, s into­mas, equipanlentos, procedimentos e diagoosticos medicos(8, 17,30).

Enquanto atividade profissional, 0 diagnostico de enfennagem nao esta contemplado de fomla explicita na legislaeao do exercicio de enfennagem(3,4) . Toda­via, a consulta de enfennagem deve compreender as etapas do levantamento de dados, diagnostico, pres­crieao e aval iaeao da assistencia prestada .

A partir da segunda metade da dec ada de 80, .0 conceito de diagnostico tem ressurgido entre os en­fenneiros brasileiros com um novo enfoque. Na atual fase, esse conceito aproxima-se do que foi operacio­nalmente definido pela North American Nursing Diagnosis Association (NAND A) como "um julga­mento clinico das respostas do individuo, da fanlil ia ou da comunidade aos processos vitais ou aos proble­mas de saude atuais ou potenciais, os quais fomecem a base para a seleeao das prescrie6es de enfennagem, e para avaliacao da assistencia pela qual 0 enfemleiro e reponsavel "(39) .

A classificacao dos diagnosticos de enfennagem proposta pela NANDA comeca a ser util izada' no Brasil, nas instituicoes assistenciais de ensino em Sao Paulo, Rio de Janeiro e Paraiba.

Na Paraiba, urganizou-se 0 primeiro Grupo de Interesse em Diagnostico de Enfermagem (GIDE­PB) e em Sao Paulo 0 segundo Grupo (GIDE-SP), ambos vinculados a Associaeao B rasileira de Enfer­magem (ABEn) . Dos trabalhos desses grupos resul­taram ate 0 momento dois Simposios Nacionais sobre Diagnoslico de Enfermagem (Sao Paulo, 1 99 1 e Pa­raiba, 1 992).

Durante 0 42" Congresso B rasileiro de Enfemla­gem, em 1 990, 0 GIDE-PB recomendou a criacao de um Forum Nacional sobre Diagn6stico de Enfemla­gem. Em 1 99 1 , foi criado 0 Comite Nacional de Revisao dos Diagnosticos de Enfennagem, para coor­denar no Brasil os estudos relativos a tradueao da Taxonomia I da NANDA. Ressalte-se que varios

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trabalhos sobre o tema têm sido apresentados em eventos nacionais e internacionais.

A utilização de diagnósticos de enfermagem no Brasil não é absolutamente uniforme, pois encontra­se em algumas instituições o desenvolvimento de atividades de enfermagem sistematizadas, incluindo aí o diagnóstico de enfermagem segundo a Taxono­mia I da NANDA e. em outras, a ausência de tais atividades.

A eX'}Jressão "diagnóstico de enfermagem" n.:10

é a única utilizada para se referir às respostas do cliente ao problema de saúde. Esta afirmação pode ser claramente demonstrada através do que consta na Tabela 1. Nota-se nesta Tabela que o termo diagnós­tico foi o mais empregado (34,2%) nos trabalhos, sendo seguido por problemas (28,8%).

Analisando-se os estudos que empregam os ter­mos identificados como diagnóstico, pode-se consta­tar que na maioria das vezes, eles não se constituiam em parte integrante do processo de assistência siste­matizada de enfernlagem e, algumas vezes, foram utilizados juntamente com os outros elementos iden­tificados como prescrião e avaliação, também de forma não sistematizada.

Tabela 1 - Terminologia identificada como DIAGNÓSTICO em trabalhos referentes às ativi­dades de enfermagem - 1988/1992. São Paulo, 1992.

TERMO F Diagnóstico 25 34,2 Problema 21 28,8 Avaliaçâo 8 10,9 Alteraçâo 7 9,6 Parâmetro 2 2,7 Classificaçâo 2 2,7 Manifestaçâo 2 2,7 Indicador de desequilibrio 1 1,4 Limitaçâo 1 1 ,4 Comportamento esperado 1 1,4 Impressões do examinador 1 1,4 faxonomia das funções 1 1,4 Diagnóstico médico 1 1,4 TOTAL 73 100,0

o ternlO problema, identificado 21 vezes na pro­dução cientifica consultada, [oi aplicado, na maioria das vezes, como problema do paciente segundo pato­logia ou situação à qual estava exposto. Isso pode ser parcialmente explicado, analisando-se a definição de

diagnóstico de enfermagem enunciado por HORTA(27), onde ele está identificado como proble­ma de enfermagem.

O problema do paciente e o problema de enfer­magem são termos que estão intimamente relaciona­dos e muitas vezes confundidos(21). Observou-se nes­te estudo que o termo problema foi empregado para designar problema do paciente.

Os outros termos encontrados com menor fre­quência (avaliação, alteração, parâmetro, classifica­ção, manifestação, indicador de desequilíbrio, limita­ção, comportamento esperado, impressões do exami­nador, taxonomia das funções, diagnóstico médico), mostram a diversidade de nomenclatura empregada para designar uma mesma atividade de enfermagem - diagnosticar.

Supõe-se que os pesquisadores empregam alguns ternlOS (parâmetros, indicadores de desequilíbrio e taxonomia das [unções), movidos pelas tendências do momento da realização da pesquisa e utilizando ter­minologias emergentes.

Em apenas um trabalho o enfernleiro admitiu que o seu diagnóstico era baseado no diagnóstico médico. Sabe-se porém que, pautados no modelo bio-médico, os enfermeiros, em geral, têm assumido ou adotado como parâmetro para seu diagnóstico, o diagnóstico de outro profissional, em particular, o do médico.

Constatou-se que a terminologia identificada como diagnóstico de enfermagem aparece em diver­sas especialidades, tais como: saúde matemo-infantil (25), saúde do adulto (18), saúde do idoso (3), saúde da família (2), saúde mental ( I), práticas alternativas (I), e outras em que não foi possível identificar a que especialidade pertenciam ( 11).

A diversidade de terminologias empregadas nos trabalhos analisados, para designar diagnóstico de

enfer/llage/ll, demonstra a dificuldade e a conseqüen­te necessidade de padronização de linguagem.

3.2 Prescrição de Enfermagem

A partir dos trabalhos de HORTA. outros foram surgindo e. desse modo, cada parte do processo de en[ernlagem vem sendo estudada detalhadamente (6, 7,13,14.15,16.17.18,19.20.22,31, 34, 37, 38).

A prescrição de enfer/llagem é considerada como a tomada de decisão. para indicar qual o tipo de cuidado que deve ser prestado numa determinada

R. Bras. Enfenll. Brasília, v. 46. n. 3/4,258-265. jul./dcz. 1993 261

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situa930. Isto requer do enfermeiro experiencia e ca­pacidade de escolha entre uma ou outra prescri930 a ser realizada.(37)

Prescu�iio de enfermagem e entendida tambem como a i mplementa9ao do plano assistencial pelo roteiro diario, que coo-rdena a a9ao da equipe de enfermagem, na execu9ao dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades basicas e especificas do ser humano(27); ou, ainda, como 0 conjunto de condutas decididas pela enfernleira, que direciona e coordena a assistencia de enfermagem ao paciente de forma individualizada e continua( l ) .

E importante comentar que 0 ternlO prescri�iio de enfermagem, inicialmente proposto por diversos auto res e reconhecido pela Lei do Exercicio Profis­sional na dec ada de 80, ganha uma nova sino nimia -inteIVen9ao - caracterizada pcla defini9ao de GU­TIERREZ(22) . A autora afinna que a inteIVen9ao se da quando se reconhecem as limit.:190eS que 0 ser humano tem no atendimento de suas necessidades basicas que, apeSar de terem carater universal , variam quanto a sua natureza para 0 bern estar individual em decorrencia de multiplos fatores, como os bio logi�os, os psicologicos e os sociais.

A terminologia identificada como prescri�iio de enfermagem e ncontra-se na Tabela 2 . Est.:1 tabela mostra que as mais util izadas foram: a90es ( 1 4%)

orienta9ao ( 1 3 %), a90es educativas ( 1 1 %), interven� 9ao ( 1 0%), cuidados (8%). plano (7%), condutas (6%), atividades (5(Yo), assistencia (4%) e programa de orienta9ao (4%) .

No Brasil , adotou-se legal mente 0 tenno pres­cri�iio de el?/i.?rIllagem para caracterizar as intelVen-90eS em concordancia com a Lei do Exercicio Profis­s ional, a qual garante 0 direito ao enfermeiro de executa-Ia{3,4) Apesar disso, no presente estudo, em apenas tres dos artigos analisados, os autores denomi­nam prescrir;oes as inteIVen90es real izadas ou dele­gadas pclo enfernleiro para a rcsoiu9ao do diagnosti ­co de enfermagem.

A analise para leia do material estudado pemlite afinnar que as prescri�oes, ass i m como outras partes do processo de enfemlagem, estiveram ao iongo da historia da assistencia, baseadas no diagnostico e prescri9ao medicas, retrata ndo com fidedignidade 0 modeio bio-medico, finnemente i igado ao pensamen­to cartesiano.

TabeJa 2 - Terminologia identificada como PRESCRIC;;Ao, em traba lhos referentes as ativi­dades de enfermagem - 1 988/1 992 . Sao Paulo , 1 992 .

TERMO F AyOes 1 4 1 4 Orientay:lo 1 3 1 3 Ay30 ed ucativa 1 1 1 1 I nterveny30 1 0 1 0 Cuidados 08 08 Plano' 07 07 Condutas 06 06 Ativ idades 05 05 AssisH!ncia 04 04 Programa de o rienta y:lo 04 04 Prescriy30 03 03 Procedimentos 03 03 Programa educativ� 03 03 Atuay30 02 02 Procedimento siste matizado 02 02

de assistencia Medidas gerais de assistencia 02 02 Pla nejame nto da assistencia 01 01 Tera peutica de enfermagem 01 01 Tarefa 01 0 1 Medida terapeutica 0 1 0 1 Auto-cuidado 01 01 TOTAL 1 00 1 00

* Como Plano foram agrupados plano assiste ncia l , p lano de orientay30 , plano de cuidados e pla no terapeutico .

Outra constata9ao deste estudo, foi a existencia de prescri90es de enfe rmagem fora do modelo alopa­tico de assistencia. 0 que de certa fomla evidencia prenlll1cios de mudan9as quanto as atitudes em rela-9ao ao fen6meno saude-doen9a, representando "urn cami nho para transcender os l imites i mpostos pelo paradigma dominante "(29) .

A tennino logia identificada como prescri�iio de el?j(mllagem aparece nos trabalhos das areas de sallde materno-infantil (3 1 ) e na de saude do adulto (3 1 ), surgindo em menor frequencia nas de saude do idoso (3) . saude ment.:1 1 (3 ) , praticas altemativas (3 ) , saude da famil ia (2) , saude do trabalhador ( 1 ) e em outras em que nao foi poss ivel identificar as areas de espe­cial idades a que pertenciam( 1 4) .

A am\ lise dos textos uti l izados nes te traba lho permit iu identificar diversidade de term i nologia em­prcgada pelos enfemleiros quando se referem as pres­cri�oes de enfermagem. Este fato nao pernlite uso de li nguagem comum entre os profi ssionais. dificultan­do a padroniza9ao de condutas.

262 R. Bras. Enj(mll. Bras i l i a. v. 46. 11 . 3/4. 258-265 , jul .!dez. 1 993

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3.3. Ava l ia�ao de Resu ltados da Assistencia de Enfermagem

A avaliariio constitui-se no resultado de processo de trabaUIO previamente estabelecido atraves de cri­terios ou obj etivos da assistencia de enfermagem.

o processo de trabalho de enfermagem, quer no modelo individual ou coletivo, compreende 0 objeto natural (clientela), 0 objeto do trabalho (corpos indi­viduais), 0 processo propriamente dito (seus agentes e instrumentos) e 0 produto que e 0 resultado do processo de trabalho da enfermagem; a avaliar;:iio e que norteia a reformula�ao do processo.

A avaliariio, como uma das fases da assistencia de enfermagem, serve de "feedback" para reformu­la�ao e ajuste do planej amento da assistencia e da prescri�ao de enfermagem.(28)

Segundo recomenda�ao do Manual de Padroes Minimos de Assistencia de Enfermagem em Recupe­ra�ao da Saude, do Ministerio da Saude, a ava/iar;:iio

e a analise quantitativa e qualitativa da assistencia prestada ao paciente, de acordo com objetivos, metas, normas e padroes pre-estabelecidos(2) . 0 Manual contem criterios de avalia�ao que abrangem dados especificos referentes a diagnostico .

o primeiro trabalho de enfemlagem no Brasil, que aborda a ffiJaliariio dos resultados da assistencia de enfermagem, foi 0 de HORTA(�7), que emprega 0 termo prognostico de enfrrmagem como indicador das condi�Oes que 0 cliente atingim ap6s 0 tratamen­to, incluindo ai a avalia�ao do processo de cuidar de si, medindo todas as suas fases . Esta avalia�ao baseia­se no grau de dependencia ou independencia que 0

cliente tent ap6s a assistencia. 0 prognostico de en­fermagem estima a probabilidade e a capacidade do paciente alcan�ar sua independencia, em atender suas necessidades basicas, e orientar a assistencia de en­fermagem.( 19,36)

DANIEU I 9) emprega 0 termo avalia<;:ao para "fazer urn levantamento ou verifica�ao dos procedi­mentos de enfermagem uti lizados e dos resulL<ldos obtidos no atendimento das nccessidades basicas da pessoa humana " . Propoe meios de avaliar 0 resulta­do, como por exemplo : observa�ao sistematizada, estudo de curvas indicadoras, avalia�ao baseada na evolu�ao de enfermagem.

PAIM(37) define avalia�ao como uma linha de "feedback" que une continuamente as situa�oes en­volvidas no processo, enquanto CAMPEDELLI et al.(8) apresentam a avalia�ao como resposta do pa-

ciente as a�oes de enfermagem, propondo que essa metodologia deva ser centrada no auto-cuidado.

CIANCIARULLO(9) afirma que a sistematiza­<;:ao das atividades deve ser compativel com as neces­sidades do cliente, de sua familia e da comunidade . A sistematiza�ao pode resultar num processo formal de avalia<;:ao da qualidade da assistencia de enfermagem. Para que isto ocorra, e necessario exercer controle sobre 0 resultado das a<;:Oes. A autora considera que 0

controle de qualidade da assistencia visa assegurnr a manuten<;:ao e a implementa�ao da sua excelencia.

Atraves do controle das componentes estruturais do processo de enfermagem, e dos resultados apre­sentados pelo usuario, e possivel realizar as necessa­rias altera<;:oes e implementayoes para a melhoria da qualidade da assistencia de enfermagem.

Pelo levantamento bibliogrMico realizado neste estudo, pode-se perceber que a enfermagem brasilei­ra, assim como a internacional, esta dando os primei­ros passos em busca de criterios ou elementos para subsidiar a avalia�ao dos resultados decorrentes da assistencia.

Os termos encontrados neste estudo como ava­

/iar;:fio de resultados estao expressos na Tabela 3 que demonstra 0 termo avalia�ao (35 ,5%) como 0 mais empregado. Analisando-se os termos dessa tabela percebe-se que ha rela�ao entre os meios de avalia�ao de resultado proposto por DANIEU I 9), como por exemplo: perce�ao como orienta�ao casual intuitiva, opiniao como observayao intelectual orientada, crite­rios de avalia�ao como observayao sistematizada, e monitoriza�ao como estudo de curvas e indices indi­cadores.

Tabela 3 - Terminolog ia identificada como AVALlAf:;Ao em tra ba lhos referentes as atividades de enfermagem - 1 988/1 992 . Sao Paulo, 1 992 .

TERMO F % Ava l iayao � I 35,S" Percepyao 1 4,4 Opiniao 1 4,4 Objetivos 2 1 4,4 Criterios de ava l iayao 1 7 , 1 Mon itorizayao 1 7 , 1 Pro n6stico d e enferma e m 1 7 , 1 TOTAL 1 4 1 DO,a

" a proximados para efeito de ca lculo

o termo prognostico parece ter sido empregado a partir dos trabalhos de HORTA(27), PAlM et al . (36)e DANIEU I 9) .

R. Bras. En/erlll. Brasi lia. v. 46, I I . 3/4, 258-265, jul .ldez. 1 993 263

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Observou-se tambem, que a utilizac;:ao de alguns dos tennos apresentados na Tabela 3, possuem rela­c;:ao com a avaliac;:ao enquanto resultado alcanc;:ado por uma determinada prescric;:ao de enfennagem.

Apesar da baixa freqiiencia de estudos identifica­dos como avalia9iio de resultados da assistencia, as areas de especialidades que empregaram esta catego­ria fomm as de saude matemo-infantil( 4), saude do adulto (7), saude mental ( 1 ) e outms sem especifica­c;:ao (3) .

Os dados acerca da avalia9iio dos resultados da assistencia sao incipientes, porem demonstram preo­cupac;:ao de alguns pesquisadores a respeito do "feed back" da assistencia de enfemlagem prestada.

4. CONCLUSAO

A l itemtum revela que as atividades de enfenna­gem - diagnostico, prescri9iio e avalia9iio - tem sido nomeadas com tennos diferentes, de significados se­melhantes. Desse modo problemas, altemc;:oes, ativi­dades ou manifestac;:oes do cliente sao encontrados, nas referencias analisadas, como diagnostico; ac;:Oes, atividades, condutas, orientac;:ao e intervenc;:ao como prescri9iio; e, percepc;:ao, opiniao e progn6stico como m'alia9iio do resultado da assistencia de enfennagem.

A diversidade dos tennos encontmdos neste le­vantamento bibliognifico, sobre 0 uso de terminolo­gia comum pam as atividades universais de enfemla­gem, de nota a gravidade do problema e revela a necessidade de estudos que possam aprofundar 0 assunto.

Em relac;:ao ao objetivo proposto, considem-se

que ha produc;:ao referente as atividades de enfenna­gem, e que os resultados podem reforc;:ar a preocupa­c;:ao do leN em padronizar linguagem universal pam estas atividades .

Quanto a metodologia utilizada neste estudo, en­tende-se que foi apropriada para uma abordagem inicial do tema. Faz-se necessario, porem, apontar algumas limitac;:Oes decorrentes, por exemplo, do bre­ve periodo de tempo relacionado as publicac;:oes, e da utilizac;:ao do acervo de uma determinada area geogra­fica, em detrimento de outms.

As limitac;:Oes existentes, contudo, 030 compro­metem a proposta deste trabalho, que e a de contribuir para a reflexao e discus sao do tema em niveis nacio­nal e internacional .

Os dados obtidos demonstram que a diversidade de linguagem sugere uma confusao quanto aos refer­enciais teoricos, proprios pam a enfemlagem, com­prometendo 0 desenvolvimento da profissao enquan­to ciencia e dificultando a construc;:ao de um corpo de conhecimentos.

Eo: interessante notar que, no decorrer deste estu­do, fomm analisados alguns tmbalhos em que se percebe haver uma tendencia pam a utilizac;:ao do modelo proposto pela NANDA.

Diante do quadro tmc;:ado sobre as atividades de enfennagem no Brasil, com base na l iteratura espe­cializada, recomenda-se que sejam realizados estudos mais amplos, com outms metodologias, de modo que se possa determinar a padronizac;:ao da l inguagem referente as atividades de enfemlagem quer em am­bito nacional ou intemacional.

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