citri – centro integrado de tratamento de resíduos

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1 CITRI SA - Grupo Blueotter Av. Rio Guadiana, Lote 1, Parque Ind. SAPEC Bay 2910-453 SETÚBAL Tel. 265 115 370 Contribuinte nº PT 504 472 046 - Capital Social EUR 3 968 000 Agência Portuguesa do Ambiente Ex.mo. Senhor Presidente Rua da Murgueira, 9/9A – Zambujal Ap. 7585 2610 – 124 Amadora Assunto: Processo de Licenciamento Ambiental n.º PL20190710000992 Ex.mos Srs., No seguimento do pedido de elementos complementares referentes ao processo de licenciamento ambiental suprarreferido vem o CITRI – Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Industriais, SA enviar os esclarecimentos e respetivos anexos com a informação solicitada. Dar apenas nota que no processo de alteração do licenciamento ambiental – em análise, cujo enquadramento decorre de ampliação significativa da célula C, apenas foram apresentados os elementos referentes ao projeto do aterro, não se tendo descrevido em detalhe, nos documentos submetidos em sede de preenchimento do formulário LUA, as restantes atividades PCIP e não PCIP desenvolvidas na instalação. Estes elementos contêm assim as informações adicionais relevantes para complementar o processo de alteração da Licença Ambiental do CITRI.

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Contribuinte nº PT 504 472 046 - Capital Social EUR 3 968 000

Agência Portuguesa do Ambiente

Ex.mo. Senhor Presidente

Rua da Murgueira, 9/9A – Zambujal

Ap. 7585

2610 – 124 Amadora

Assunto: Processo de Licenciamento Ambiental n.º PL20190710000992 Ex.mos Srs.,

No seguimento do pedido de elementos complementares referentes ao processo de licenciamento

ambiental suprarreferido vem o CITRI – Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Industriais,

SA enviar os esclarecimentos e respetivos anexos com a informação solicitada.

Dar apenas nota que no processo de alteração do licenciamento ambiental – em análise, cujo

enquadramento decorre de ampliação significativa da célula C, apenas foram apresentados os

elementos referentes ao projeto do aterro, não se tendo descrevido em detalhe, nos documentos

submetidos em sede de preenchimento do formulário LUA, as restantes atividades PCIP e não

PCIP desenvolvidas na instalação. Estes elementos contêm assim as informações adicionais

relevantes para complementar o processo de alteração da Licença Ambiental do CITRI.

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Módulo II – Memória Descritiva

1. Indicação da previsão/calendarização para a realização da ampliação da Célula C, bem como

a data de início prevista, e respetiva calendarização, para a construção das instalações da

Unidade de Compostagem.

Ampliação da Célula C

No âmbito do processo de licenciamento da ampliação da célula C, foi necessário proceder à

obtenção prévia do TURH para requalificação da linha de água.

Neste seguimento a obra foi dividida em duas fases, tendo a primeira fase tido início em maio

de 2020, com a movimentação de terras para enchimento da cabeceira da linha de água. Em

agosto iniciou-se a movimentação de terras na zona de intervenção da linha de água

A intervenção na célula C, com o propósito de proceder à sua ampliação está prevista ter início

no fim do mês de setembro.

A obra tem uma duração prevista de 7 meses pelo que se prevê o seu terminus no mês de

fevereiro/março de 2021.

Unidade de Compostagem

Nota Introdutória:

Relativamente às atividades PCIP desenvolvidas na unidade do CITRI vimos neste contexto

informar sobre o novo enquadramento estratégico do grupo Blueotter. Em julho de 2019, o

grupo Blueotter – ao qual o CITRI pertence - adquiriu a empresa EGEO Circular. Com esta

aquisição o grupo adquiriu, além de um conjunto de valências no domínio da recolha e

logística de resíduos, instalações de tratamento de resíduos de norte a sul do país, incluindo

unidades no distrito de Setúbal.

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Neste seguimento, o grupo encontra-se em processo de revisão e análise da sua estratégia sobre

o tratamento de resíduos orgânicos, onde se insere a unidade de compostagem projetada para

a instalação do CITRI. Na reflexão estratégica será equacionada a instalação que o grupo

atualmente dispõe melhor posicionada e com maior disponibilidade de área de expansão para

a concretização da atividade de gestão de resíduos orgânicos e tratamento por operação de

compostagem.

Todavia atendendo a que atualmente não existe a decisão sobre qual a instalação onde se

procederá à instalação da unidade de compostagem, o grupo opta por manter o projeto já

existente para as instalações do CITRI.

Resposta:

Uma vez que a obra de expansão da célula C é premente para a continuidade do CITRI e por

uma questão de melhor gestão de empreiteiros e dos trabalhadores afetos às empreitadas, dada

a dimensão da instalação, a obra da unidade de compostagem apenas terá início no segundo

semestre de 2021. A obra tem uma duração prevista de aproximadamente 9 meses.

2. Apresentação dos cálculos efetuados para a determinação da capacidade instalada do

aterro, integrando a capacidade da nova Célula (Célula C) (volume de encaixe, em m3, e

massa, em toneladas).

O cálculo da capacidade instalada da nova célula C, que inclui a ampliação constante deste

processo de licenciamento, foi determinado tendo por base os parâmetros de base e a futura

modelação da célula.

No que respeita à tipologia e características dos resíduos a depositar na célula foram estabelecidos os seguintes parâmetros de base:

– Resíduos a receber: ........................... ………...resíduos não perigosos

– Humidade média dos resíduos (ponderada).............................. 35 %

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– Peso específico dos resíduos em aterro (ponderado) ................ 1100 kg/m3

– Biodegradabilidade dos resíduos

. Rapidamente biodegradáveis .................................................. 4 %

. Inertes ..................................................................................... 96 % A quantidade de resíduos a depositar, a morfologia do terreno, as condições de ripabilidade e permeabilidade das formações e o nível freático do local determinaram a conceção da ampliação da célula. Em termos espaciais, foi definida uma zona para a ampliação da célula de deposição de resíduos não perigosos, de forma a permitir um aumento de capacidade em 542 100 m3. Assim, propõe-se ampliar a capacidade da célula C, cuja volumetria atual é de 1 280 463 m3, para uma volumetria de 1 822 563 m3, correspondente a uma capacidade total para a deposição de 1 876 773 t de resíduos não perigosos, assumindo a densidade de projeto de 1 100 kg/m3. Os resíduos não perigosos preenchem as sub-células desde as respetivas cotas de fundo até às cotas finais de encerramento. Na sub-célula C1 o enchimento efetua-se desde a cota média de fundo de +7,00 até à cota máxima de +47,00; na sub-célula C2 o enchimento faz-se desde a cota média de fundo de +6,95 até à cota máxima de +47,00. A altura média de resíduos é de 20 m, podendo-se atingir, pontualmente, uma altura de resíduos de 40 m. No termo da exploração, os resíduos atingirão uma plataforma à cota +47,0. O preenchimento faz-se modelando a superfície final da deposição com inclinações médias de V/H=1/1,7, introduzindo banquetas de 5 m de largura, por cada 5 m de deposição em altura, atenuando, assim, a inclinação média para valores de V/H=1/2,3. Os desenhos constantes do projeto de licenciamento - Desenho C-100-C-01, mostra o plano de modelação do aterro com a ampliação proposta. Os Desenhos C-100-C-02-01 e 02 representam os perfis de modelação do aterro.

3. Apresentação dos cálculos formulados para a determinação da capacidade instalada a

licenciar, em toneladas por dia, para a valorização de resíduos não perigosos, envolvendo a

atividade de tratamento biológico na unidade de compostagem. (Relembra-se que, a

capacidade instalada para tratamento de resíduos corresponde à capacidade máxima de

sujeição dos resíduos a processamento/tratamento (i.e., input de resíduos, à entrada do

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processo tratamento) em cada unidade, para um período de laboração de vinte e quatro horas,

expressa em ton/dia, independentemente do seu regime de funcionamento, turnos, horário de

laboração, ou valor do processamento/tratamento efetivo para resposta à procura do

mercado. A capacidade instalada deverá ser determinada com base nas capacidades máximas

de cada equipamento e/ou respetivas linhas de tratamento devendo, contudo, ser tidos em

conta, os constrangimentos técnicos decorrentes do processo, identificando-os.)

No cálculo da capacidade instalada máxima teve-se em conta a área da instalação afeta à operação, a dimensão/volume das pilhas, o tempo de residência do processo e a densidade média dos resíduos processados.

Cálculo da Capacidade Instalada

1. Área da instalação destinada à compostagem: 7 065 m2 2. Volume das pilhas: 7494 m3 3. N.º pilhas: 10 4. Tempo de residência: 6 semanas 5. Teor de material estruturante: 10 % 6. Densidade média dos resíduos para compostagem: 1 Ton/m3 7. Período de funcionamento da instalação: 50 semanas/ano

Atendendo a que o fator limitante do processo é o período de compostagem e considerando que o resíduo permanece em pilha 6 semanas e que a instalação terá 2 semanas/ano de paragem para manutenção, obtém-se a seguinte capacidade instalada. Capacidade Instalada (T/ano) = 750 m3 x 10 x (50/6) x 1 T/m3 = 62 448 T/ano Com o propósito de garantir margem para eventuais constrangimentos do processo ou ainda variações na densidade média dos resíduos estabeleceu-se que a unidade apresenta uma capacidade instalada para tratar 60 000 T/ano de resíduos orgânicos. Considerando 365 dias de tratamento por ano, obtém-se uma capacidade diária instalada de 164 T/dia. A zona de receção de resíduos orgânicos terá uma capacidade total aproximada de 2 300 m3, o que permite o armazenamento por um período máximo de 2 semanas, sem processamento. Para a capacidade instalada anual prevê-se uma produção de 22 000 toneladas/ano de

composto.

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Na memória descritiva anexa descreve-se de modo pormenorizado a metodologia de cálculo da capacidade instalada bem como as áreas da instalação.

4. Indicação da capacidade total estimada para o armazenamento de resíduos perigosos e de

resíduos não perigosos (em toneladas), sejam eles rececionados para armazenamento na

instalação, ou resultantes da atividade de valorização de resíduos na própria instalação, se

por período superior a 1 ano.

Note-se que, a capacidade instalada para armazenagem de resíduos (capacidade instantânea)

é a capacidade máxima de armazenagem instantânea, ou seja, o quantitativo máximo de

resíduos (em toneladas) que podem estar presentes na unidade de armazenagem num

determinado momento, em granel e/ou taras. A informação a apresentar deve ser

devidamente justificada, com os respetivos cálculos e com indicação da correspondente área

de armazenamento.

1. Unidade de Valorização de Resíduos – TUA20181115000612 - EA

A capacidade instalada da unidade de valorização de resíduos foi determinada de acordo com

o apresentado no processo de licenciamento que esteve na origem do TUA20181115000612

– EA, para as diferentes tipologias de resíduos e cujos valores constam nos Quadro seguinte.

Tipologia Capacidade Instalada (t/ano)

RCD e outros resíduos inertes 60 000

Resíduos para triagem e/ou produção de CDR 90 000

Resíduos para triagem ou para encaminhamento para valorização

agrícola

50 000

Resíduos para armazenagem e encaminhamento para valorização ou

eliminação em entidades autorizadas

1000

Relativamente à distribuição por operação de gestão de resíduos apresenta-se no quadro seguinte as respetivas capacidades instantânea e anual.

Operação Capacidade

Instantânea (T)

Capacidade Anual

(T/ano)

R12 - Troca de resíduos com vista a submetê-los a uma das operações enumeradas de R1 a R11. Esta operação inclui operações preliminares anteriores à valorização, incluindo o pré-processamento, tais como o desmantelamento, a triagem, a trituração, a compactação, a peletização, a secagem, a fragmentação, o acondicionamento, a

15 000 150 000

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Operação Capacidade Instantânea

(T)

Capacidade Anual

(T/ano) reembalagem, a separação e a mistura antes de qualquer das operações enumeradas de R1 a R11.

R13 - Armazenamento de resíduos destinados a uma das operações enumeradas de R1 a R12 (com exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde os resíduos foram produzidos).

5 000 50 000

D15 - Armazenamento antes de uma das operações enumeradas de D 1 a D 14 (com exclusão do armazenamento temporário, antes da recolha, no local onde os resíduos foram produzidos). Esta operação inclui a limpeza dos solos para efeitos de valorização e a reciclagem de materiais de construção inorgânicos.

30 1 000

A seguir é descrito e fundamentado o cálculo efetuado para obtenção das capacidades instantânea e total anual vertidas na licença em vigor.

Cálculo da Capacidade Instantânea e Anual

A zona de triagem receção e armazenamento dispõe de uma área total de 2 114 m2. A zona de produção de CDR dispõe de uma área total de 2 144 m2. A zona de armazenagem de inertes dispõe de uma área total de 5 000 m2.

No cálculo da capacidade instantânea e total instalada máxima teve-se em conta a área disponível para a receção e armazenamento na zona de triagem, na zona de preparação e produção de CDR, na zona de armazenagem de inertes e a altura das baias de armazenamento. Para o cálculo foram assumidas as seguintes condições e pressupostos:

1. Área disponível afeta a receção e armazenamento (inclui armazenamento na zona de produção de CDR): 1200 m2

2. Altura máxima dos resíduos nas baias (não aplicável aos inertes e aos resíduos para “eliminação”): 6 m

3. Altura máxima dos resíduos nas baias de armazenamento para “eliminação”: 3 m 4. Área disponível para armazenagem de resíduos inertes: 1 000 m2 5. Altura máxima de resíduos inertes: 3 m 6. Densidade média dos resíduos (T/m3): varia em função da tipologia (V. tabela) 7. Rotatividade média dos resíduos – para cálculo da capacidade anual, 10 x /ano, com

exceção, resíduos perigosos, cujos limites são os impostos pela legislação em vigor e resíduos para CDR, cuja capacidade é imposta pelo processo de tratamento (V. cálculo)

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Pela aplicação dos pressupostos acima referidos obtêm-se as seguintes capacidades instantâneas e instaladas, não cumulativas, para as diferentes tipologias de resíduos geridas na instalação:

Resíduos (tipologia) Área (m2) Densidade

(T/m3)

Capacidade

Instantânea

(T)

Capacidade

Instalada

(T/ano)

RCD

outros resíduos inertes a granel

(operação R12)

950

1 000

0,9

1,5

5 000

4 500

60 000

Resíduos para triagem e/ou produção de

CDR a granel

(operação R12)

1 200 0,7 5 000 90 000

Resíduos para triagem ou para

encaminhamento para valorização agrícola

(operação R12)

950 0,9 5 000 50 000

Resíduos para armazenagem e

encaminhamento para valorização em

entidades autorizadas

(operação R13 - resíduos não perigosos)

950 0,9 5 000 50 000

Resíduos para armazenagem e

encaminhamento para eliminação em

entidades autorizadas

(operação D15 – resíduos não perigosos)

114 0,9 300 3 000

Resíduos para armazenagem e

encaminhamento para valorização em

entidades autorizadas

(operação R13 - resíduos perigosos)

114 1 50 (Nota) 3 000 (Nota)

Resíduos para armazenagem e

encaminhamento para eliminação em

entidades autorizadas

(operação D15 – resíduos perigosos)

114 1 50 (Nota) 3 000 (Nota)

Nota: A capacidade instantânea e total para a armazenagem de resíduos perigosos está limitada pelos limites estabelecidos na legislação em vigor designadamente no que respeita às “Emissões Industriais” e à “Avaliação de Impacte Ambiental”.

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2. Unidade de Compostagem

A capacidade instalada da unidade de compostagem de resíduos orgânicos foi determinada de

acordo com o apresentado no processo de licenciamento e cujos valores constam no Quadro

seguinte.

Tipologia Capacidade Instalada (t/ano)

Resíduos orgânicos 60 000

Relativamente à distribuição por operação de gestão de resíduos apresenta-se no quadro seguinte as respetivas capacidades instantânea e anual.

Operação Capacidade

Instantânea (T)

Capacidade Anual

(T/ano) R3 - Reciclagem/recuperação de substâncias orgânicas não utilizadas como solventes (incluindo digestão anaeróbia e ou compostagem e outros processos de transformação biológica).

15 000 60 000

A seguir é descrito o cálculo efetuado para obtenção das capacidades instantânea e total que decorrem do projeto da unidade.

Cálculo da Capacidade Instantânea e Anual

A capacidade de armazenamento na unidade de compostagem teve em conta,

a) área das zonas de receção e armazenamento dos resíduos orgânicos b) altura de armazenamento dos resíduos orgânicos em baia c) dimensão das pilhas de acordo com o descrito no projeto, no qual se obtém um volume

por pilha de 750 m3 d) densidade média dos resíduos de 1 t/m3 e) área da zona de pós compostagem (considera-se uma taxa de ocupação máxima de

80%) f) volume dos cones de armazenamento do composto maturado (consideraram-se cones

com diâmetro da base de 12 m e altura máxima de 4 metros) Estes valores são adaptáveis em função da tipologia de resíduos a utilizar. No cálculo da capacidade instantânea de armazenagem teve-se em conta a totalidade das áreas de armazenagem e processamento de resíduos.

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Zona Área (m2) Volume (m3) Capacidade instantânea

armazenamento (T)

Receção – Fração Orgânica 491 1718 1227

Receção – Fração Orgânica 171 598 428

Compostagem 7 065 7 500 7 500

Pós-compostagem 3 929 4 190 4 190

TOTAL 11 656 15 846

Por uma questão de arredondamento estabeleceu-se uma capacidade máxima de armazenamento total instantâneo de 15 000 T para a unidade de compostagem.

3. Capacidade Instantânea e Anual da Instalação de Armazenagem

Em resumo as capacidades instalada e instantânea de armazenagem por unidade de tratamento são as seguintes:

Unidade Tratamento Capacidade Instantânea Armazenamento (t)

Capacidade Instalada (t/ano)

Unidade de Triagem de Resíduos 5 000 60 000

Unidade CDR 90 000

Unidade de Compostagem 15 000 60 000

5. Apresentação dos cálculos formulados para a determinação da capacidade instalada, em

toneladas por dia, da unidade de produção de combustível derivado de resíduo (CDR). (Os

cálculos a efetuar devem ter em consideração o descrito no ponto 3. do presente pedido de

elementos.)

A unidade de produção de CDR existente no CITRI encontra-se preparada para processar resíduos com elevado poder calorífico, cujo destino são as cimenteiras, ou em alternativa, resíduos de madeira – para produção de estilha, cujo destino são as unidades produtoras de pellets. Neste seguimento apresenta-se a seguir o cálculo das capacidades instaladas atendendo às duas realidades. No cálculo da capacidade instalada máxima teve-se em conta a capacidade do equipamento de trituração final e a densidade média dos resíduos processados.

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Cálculo da Capacidade Instalada

1. Capacidade do equipamento de trituração para resíduos de madeira: 2 x 5 T/h 2. Capacidade do equipamento de trituração para resíduos de madeira: 2 x 6 T/h 3. Período: 24H x 365 dias/ano

A capacidade total da unidade de produção de CDR determinou-se admitindo que 2/3 do ano são utilizados na produção de CDR e 1/3 é destinado à produção de combustível derivado de resíduos de madeira. Resíduos (tipologia) Capacidade

horária (T/h)

Dias trabalho

(N.º)

Capacidade

Instalada

(T/dia)

Capacidade

Instalada

(T/ano)

Resíduos para produção CDR 10 250 240 60 000

Resíduos para produção CDR -

estilha

12 115 288 30 000

TOTAL - - - 90 000

6. Confirmação de que a operação de valorização de resíduos orgânicos,

através do processo de tratamento por biopilhas, se encontra atualmente

a ser realizada na instalação.

Confirma-se que a operação de tratamento por biopilhas se encontra a ser realizada na

instalação. No âmbito do processo de alteração do TUA foi solicitada a alteração da

localização onde se realiza a operação de tratamento por biopilha. O desenho com a

localização pretendida consta do processo de licenciamento.

7. Reformulação do documento Memória Descritiva, contemplando uma

descrição detalhada das operações efetuadas na Unidade de

Compostagem.

Junta-se como anexo a esta resposta a revisão da Memória Descritiva com a introdução da

descrição das operações a efetuar na Unidade de Compostagem (Anexo 8).

8. Esclarecimento relativamente ao(s) possível(eis) destino(s) para o

composto orgânico e CDR produzidos no estabelecimento, assim como as

respetivas quantidades produzidas e escoadas.

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Composto Orgânico

O destino previsto para o composto orgânico será a agricultura designadamente as explorações

agrícolas existentes na região de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo atendendo à proximidade da

instalação. De notar que em função das características do produto final serão privilegiadas

determinadas culturas. A ação comercial junto dos agricultores será iniciada após a

concretização do projeto.

Prevê-se a produção de 22 000 T/ano de composto e o escoamento da sua totalidade.

CDR

O atual destino do CDR produzido pelo CITRI são as cimenteiras. O CITRI mantém um

contrato comercial com a empresa AVE (operador de gestão dos resíduos encaminhados para

as cimenteiras nacionais) que define o destino das cargas. Atendendo à proximidade, o destino

do CDR produzido pelo CITRI é a cimenteira da Secil no Outão.

9. Apresentação de fluxograma que inclua os balanços de entradas e saídas

de todas as operações realizadas no estabelecimento, em toneladas.

Junta-se para o efeito no Anexo 1 o fluxograma que inclui os balanços de entradas e saídas com

todas as operações realizadas no estabelecimento:

1. Unidade de valorização de resíduos – armazenamento e triagem de resíduos / triagem

de RCD

2. Unidade de valorização de resíduos – preparação e produção de CDR

3. Unidade de tratamento de resíduos por biopilha

4. Unidade de tratamento de resíduos por compostagem

Dar nota que no caso do aterro não existem saídas de resíduos, apenas as entradas diárias que

corresponde à capacidade declarada no formulário.

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10. Completar o preenchimento do quadro Q44 do Formulário LUA, com todas

as atividades PCIP desenvolvidas na instalação. Solicita-se ainda a

reformulação do quadro Q40 do Formulário LUA.

Reviram-se os Quadros Q44 e Q40 de modo a incluir a unidade de preparação e produção de

CDR e a unidade de compostagem conforme apresentado a seguir.

Q44: Atividades PCIP desenvolvidas na instalação

Rubrica PCIP

Descrição Capacidade BREF Limiar PCIP Capacidade

Instalada Unidades Valor Unidades Valor

5.4 Aterros, na acepção da alínea g) do artigo 2.º da Directiva 1999/31/CE do Conselho, de 26 de Abril de 1999, relativa à deposição de resíduos em aterros, que recebam mais de 10 toneladas de resíduos por dia ou com uma capacidade total superior a 25 000 toneladas, com excepção dos aterros de resíduos inertes

t/d 10 t/d 500 BREF ICS (sistemas de refrigeração industrial)

BREF EFS (emissões resultantes do armazenamento)

REF ECM (efeitos económicos e conflitos ambientais)

BREF ENE (eficiência energética)

5.3 b)i) Valorização, ou uma combinação de valorização e eliminação, de resíduos não perigosos com uma capacidade superior a 75 toneladas por dia, envolvendo a atividade de tratamento biológico

t/d 75 t/d 164 BREF WT (Indústrias de Tratamento de Resíduos)

BREF ICS (sistemas de refrigeração industrial)

BREF EFS (emissões resultantes do armazenamento)

REF ECM (efeitos económicos e

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14

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Rubrica PCIP

Descrição Capacidade BREF Limiar PCIP Capacidade

Instalada Unidades Valor Unidades Valor

conflitos ambientais)

BREF ENE (eficiência energética)

5.3 b)ii)

Valorização, ou uma combinação de valorização e eliminação de resíduos não perigosos, com uma capacidade superior a 75 toneladas por dia, envolvendo a atividade de pré-tratamento de resíduos para incineração ou coincineração.

t/d 75 t/d 164 BREF WT (Indústrias de Tratamento de Resíduos)

BREF ICS (sistemas de refrigeração industrial)

BREF EFS (emissões resultantes do armazenamento)

REF ECM (efeitos económicos e conflitos ambientais)

BREF ENE (eficiência energética)

Q40: Caracterização do estabelecimento/instalação

Instalação de

tratamento de

resíduos

Tipo de

tratamento

Operação de valorização ou

eliminação

Capacidade

instalada

Unidade Capacidade

de

armazenagem

instantânea

(t)

Quantidade

máxima

anual

(t/ano)

Célula C Deposição em aterro

D1 — Depósito no solo, em profundidade ou à superfície

1000 t/d 0 150 000

Unidade de Compostagem

Compostagem de resíduos orgânicos

R 3 — Reciclagem/recuperação de substâncias orgânicas não utilizadas como solventes (incluindo digestão anaeróbia e ou compostagem e outros processos de transformação biológica).

164 t/dia 15 000 60 000

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Instalação de

tratamento de

resíduos

Tipo de

tratamento

Operação de valorização ou

eliminação

Capacidade

instalada

Unidade Capacidade

de

armazenagem

instantânea

(t)

Quantidade

máxima

anual

(t/ano)

Unidade de de produção de combustível derivado de resíduos (CDR)

Tratamento mecânico - Produção de combustível derivado de resíduos (CDR)

R12 - Troca de resíduos com vista a submetê-los a uma das operações enumeradas de R1 a R11. Esta operação inclui operações preliminares anteriores à valorização, incluindo o pré-processamento, tais como o desmantelamento, a triagem, a trituração, a compactação, a peletização, a secagem, a fragmentação, o acondicionamento, a reembalagem, a separação e a mistura antes de qualquer das operações enumeradas de R1 a R11.

164 t/dia 5000 60 000

11. Esclarecimento relativamente ao procedimento aplicado na gestão dos RCDA (Resíduos de

Construção e Demolição contendo Amianto) e do Amianto, desde a sua receção até à

deposição em aterro.

Conforme comunicado à entidade coordenadora de licenciamento ao aterro, a CCDR – LVT,

o CITRI interrompeu a receção de resíduos de construção e demolição contendo amianto

(RCDA) em outubro de 2019. Neste seguimento e atendendo à Nota Técnica emitida

recentemente pela APA, para a adequada gestão desta tipologia de resíduos em aterros que

recebem resíduos biodegradáveis, o CITRI informou a CCDR que efetivamente não apresenta

atualmente condições técnicas para o tratamento de RCDA. A CCDR procedeu ao

averbamento do Alvará de licença para a gestão de resíduos n.º 30/2019 e retirou os respetivos

códigos LER dos RCDA.

12. Esclarecimento relativamente à implementação de um sistema de gestão

ambiental (SGA), uma vez que existe discrepância entre a LA nº

714/0.1/2018, e o último relatório de inspeção da IGAMAOT (2019)?

O CITRI mantém implementado um sistema de gestão ambiental (SGA) segundo o referencial

normativo NP EN ISO14001. Contudo, em virtude de se encontrar em processo de aquisição e

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restruturação, em 2018 optou por suspender a certificação, mantendo, não obstante o SGA do

CITRI implementado. Com a aquisição em 2019 da empresa Blueotter Circular, o grupo

pretende a certificação integrada de todas as suas sociedades.

13. Esclarecimento relativamente ao cumprimento da condição definida na LA

n.º 714/0.1/2018: “(…) submeter à APA a licença de construção das

instalações de compostagem, a emitir pela Câmara Municipal de Setúbal”.

Em sede de submissão do RAA de 2018, o CITRI procedeu ao envio do parecer favorável da

Câmara Municipal de Setúbal sobre o processo de licenciamento camarário da Unidade de

Compostagem.

Atendendo a que a adjudicação da empreitada não foi concluída, não foi solicitada a respetiva

Licença de Construção junto da Câmara Municipal de Setúbal, não obstante o parecer positivo

do projeto.

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Módulo III – Energia

14. Reformulação do quadro Q14 do Formulário LUA, com os “Tipos de energia

ou produtos energéticos gerados”, se aplicável.

Não obstante a produção e venda de energia não seja efetuada pelo CITRI, dado que a unidade

de valorização de biogás existente nas instalações não ser propriedade e exploração do CITRI,

o CITRI procede à monitorização da produção de energia elétrica e das emissões resultantes

desta unidade, tendo para tal contemplado esta atividade no âmbito do seu licenciamento

ambiental.

Neste seguimento vimos reformular o quadro Q14.

Q14: Tipos de energia ou produtos energéticos gerados

Código Origem Produção anual Destino/Utilização Observações

Tipo Unidades Quantidade Consumo próprio Vendas

Descrição % %

E1 Motogerador Elétrica MWh 1813 - 0% 100 Dados de 2019

Atendendo à pretensão de se aumentar a quantidade de drenos na célula C, com ligação à

Unidade de Valorização de Biogás, sugere-se manter o valor constante na atual Licença

Ambiental, cujos dados reportam ao ano 2017.

15. Clarificação sobre quais os combustíveis utilizados na unidade de

compostagem, bem como indicação se os consumos médios anuais de

energia e de gasóleo referidos no Formulário LUA incluem a unidade em

apreço. Caso não inclua, solicita-se a devida retificação do quadro Q07A.

A operação de compostagem consome energia sob a forma de combustíveis fósseis. O consumo

de energia elétrica será afeto às atividades de apoio, já caracterizadas em outras operações.

A estimativa do consumo de gasóleo dos equipamentos a afetar às instalações é o seguinte:

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Equipamento Consumo (L/dia)

Trator para acoplamento do revolvedor 30

Crivo rotativo 30

Outros equipamentos (multifunções/pá carregadora) 30

Total 90

Considerando 250 dias de operação da unidade de compostagem obtém-se um consumo anual estimado em 22 500 L/ano.

Neste seguimento importa atualizar o quadro Q07A de modo a contemplar a totalidade das atividades PCIP da instalação atual e futura.

Códig

o

Nome da

substância /

Identificação

Tipo de

substânc

ia /

Utilizaçã

o

Orgânico /

Inorgânico

Origem

do

produto

Capacidade

de

Armazename

nto

Unidade Consumo

anual /

Produção

anual

Unidade Observaçõ

es

SUB1 Gasóleo Tipos de

energia

utilizada

na

instalaçã

o

Orgânico Externa 6,5 Metro

cúbico

142,5 Metro

cúbico

Consumo

global nas

instalações

SUB1 Energia

Eléctrica

Tipos de

energia

utilizada

na

instalaçã

o

Inorgânico Externa 0 Outra

(especifiq

ue na

coluna

observaç

ões)

200 Outra

(especifiq

ue na

coluna

observaç

ões)

kWh

16. Solicita-se a apresentação de cópias da Licença de armazenamento de

gasóleo e/ou do posto de abastecimento de combustível, ao abrigo do

Decreto-Lei n.º 217/2012, de 9 de outubro, que republica o Decreto-Lei n.º

267/2002, de 26 de novembro, relativo aos procedimentos e competências

de licenciamento e fiscalização de instalações de armazenamento de

produtos de petróleo e de instalações de postos de abastecimento de

combustíveis.

Atendendo à capacidade do depósito de combustível existente na instalação, de 6,5

m3, ser enquadrado na classe B2 ao abrigo do Decreto-Lei n.º 217/2012, de 9 de

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outubro, o mesmo não requer licenciamento, mas apenas comunicação à respetiva

Câmara Municipal.

Para o efeito junta-se em anexo cópia da comunicação da Câmara Municipal de

Setúbal de 2011 com a autorização para a exploração do depósito de combustível

(Anexo 2).

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Módulo IV – Recursos Hídricos (Abastecimento)

17. Esclarecimento quanto à alteração da localização dos piezómetros, face às alterações da

célula C (ampliação), e alteração da linha de água.

Atendendo à localização dos piezómetros existentes na envolvente da célula C, o

piezómetro 7 a montante e o 1 e 2 a jusante, verifica-se não ser necessário a sua

mudança e nova implantação mantendo-se assim na localização atual.

Todavia, identificou-se a necessidade de acrescento da tubagem de modo a atingir as

futuras cotas das zonas de implantação nos piezómetros 1 (jusante) e 7 (montante)

atendendo a que se situam em zona de intervenção do projeto. Neste caso será

necessário proceder ao seu prolongamento em 2,38 e 1,75 m, respetivamente.

Essa operação será executada por empresa especializada, de acordo com o projeto, a

qual emitirá um relatório de boa execução. Findo o trabalho será efetuada a

monitorização do novo nível piezométrico e restantes parâmetros para avaliação de

potenciais impactes da intervenção nos piezómetros.

18. Clarificação sobre quais as origens da água consumida na unidade de compostagem, bem

como o destino dado às águas residuais naquela unidade, em concreto aos lixiviados

produzidos no processo de compostagem e às águas pluviais (potencialmente contaminadas

e não contaminadas).

Não se prevê que o processo consuma água potável. As instalações sociais são comuns

às restantes atividades. Na eventual necessidade de humidificar as pilhas de

compostagem será utilizada água recirculada do próprio processo e da zona de

armazenagem.

No que respeita às águas residuais geradas na unidade de compostagem, informa-se

que no seguimento da exigência da entidade licenciadora todas as plataformas serão

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cobertas pelo que a produção de águas residuais será muito reduzida. Não obstante

será contemplado uma bacia / reservatório para encaminhar os lixiviados gerados no

processo e na zona de armazenagem. As águas lixiviantes serão recirculadas ao

processo para garantir o humedecimento das pilhas e o teor de água desejável ao

processo.

Relativamente às águas pluviais afetas à unidade de compostagem serão as geradas

nas coberturas das plataformas, pelo que, não serão contaminadas. (Nota: é requisito

da entidade licenciadora – CCDR, que todas as plataformas onde se realizará a

operação sejam efetivamente cobertas)

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Módulo IV – Recursos Hídricos (Águas Residuais)

19. No que respeita ao ponto de descarga, em coletor ED1, solicita-se esclarecimento se o

contrato celebrado com a entidade gestora e submetido, ainda se mantém válido, caso

contrário deverá ser apresentado o referido contrato renovado/atualizado, ou o pedido de

renovação/atualização, bem como das respetivas condições impostas.

O contrato entre o CITRI e a entidade gestora da ETAR da Cachofarra, para onde são

encaminhadas as águas residuais produzidas na instalação, Águas do Sado, é renovado

atualmente mantendo-se até à data as condições iniciais.

Junta-se em anexo o contrato atualmente em vigor com a Águas do Sado (Anexo 3).

20. Descrição das medidas a implementar para garantir que as águas pluviais e sub-superficiais,

da instalação, encaminhadas para o solo, não apresentam qualquer contaminação, face às

novas alterações.

O projeto de ampliação da célula C contempla, a reformulação do sistema de drenagem de

águas pluviais nas zonas intervencionadas, envolvendo o estabelecimento de novos órgãos de

drenagem pluvial na zona da ampliação. Para o efeito, e de acordo com os desenhos de projeto

será implantada uma valeta triangular ao redor da zona de intervenção para estabelecer uma

separação clara entre as águas pluviais e as águas que confluem para o interior das células.

À semelhança do método de exploração atual, será mantido um afastamento da massa de

resíduos relativamente ao perímetro da célula garantindo-se uma vala entre a crista do talude

do aterro – adjacente à vala de amarração, e o 1º talude da célula. A existência desta vala

permite garantir que as águas da chuva que caiem no interior do perímetro da célula são

encaminhadas para a rede de drenagem de lixiviados e posteriormente conduzidas para o

sistema de tratamento de lixiviados, não transpondo a crista do talude da célula por transbordo.

As águas pluviais que caem na via perimetral da célula são conduzidas para a valeta e

descarregadas nos respetivos pontos de descarga previstos no projeto.

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O CITRI mantém procedimentos de limpeza periódica das instalações, incluindo os resíduos

que possam dispersa por ação do vento, com o propósito de minimizar a potencial

contaminação das águas pluviais.

Atendendo às características do terreno e da zona de intervenção não se verificou até à data a

ocorrência de águas sub-superficiais, não sendo expectável que tal venha a ocorrer.

Face ao descrito não se prevê que as alterações previstas tenham impacto negativo na

qualidade das águas pluviais e sub-superficiais.

21. Esclarecimento se é efetuada a recirculação do lixiviado para aterro? Em caso afirmativo,

solicita-se indicação do volume (anual e mensal), referente ao ano de 2019 e 2020.

Solicita-se, ainda, indicação do volume de passivo de lixiviado, se aplicável. Em

caso afirmativo, indicação do plano para minimização e/ou extinção do passivo.

No período de verão e com propósito de prevenção de incêndios nas células de deposição de

resíduos, procede-se à recirculação de lixiviado para garantir a humidificação da massa de

resíduos e consecutivamente o seu arrefecimento.

Este procedimento é realizado no período após a jornada de trabalho normal e receção de

resíduos diária.

Relativamente à quantidade de lixiviados recirculada nos anos 2019 e 2020 estima-se ser

aproximadamente 1500 m3/ano, no período que decorre de junho a setembro (4 meses). Nos

restantes meses este procedimento não é realizado.

Por fim, informa-se que no decorrer do período de verão é habitual a eliminação do passivo

existente nas células e nas lagoas de lixiviado sendo praticamente nulo no arranque do período

húmido (outubro/novembro). O plano que o CITRI dispõe para minimização ou extinção de

eventuais passivos, decorrentes de anos com precipitação muito acima da média, é a colocação

da unidade de osmose inversa em funcionamento. Nos últimos anos (2019-2020), o passivo

foi eliminado não se verificado a necessidade de funcionar com a unidade de osmose inversa.

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22. Esclarecimento se é efetuado o encaminhamento do concentrado para aterro? Em caso

afirmativo, solicita-se indicação do volume (anual e mensal), referente ao ano de 2019 e

2020.

Nos anos de 2019 e 2020 não houve necessidade de colocar em funcionamento a unidade de

osmose inversa, razão pela qual não ocorreu produção de concentrado bem como a respetiva

recirculação do mesmo e/ou encaminhamento para entidade externa.

23. Tal como definido na LA n.º 714/0.1/2018, “Excecionalmente, o efluente tratado nas lagoas

de regularização poderá ser encaminhado para a unidade de osmose inversa existente na

instalação. Neste caso, as águas residuais tratadas nesta unidade poderão ser recirculadas

para utilização na instalação, ou descarregadas no ponto de descarga ED1”, deste modo,

solicita-se esclarecimento se este procedimento se encontra atualmente a ser realizada na

instalação. Em caso afirmativo, reformular o quadro Q25 do Formulário LUA.

Caso se verifique a necessidade de operar com a unidade de osmose inversa, as águas residuais

tratadas são recolhidas e armazenadas na respetiva lagoa de água tratada e reutilizadas na

instalação na rede de águas industrial e na rede de incêndio. Se a quantidade reutilizada for

inferior à produção de água tratada, o excedente é descarregado no ponto ED1, à semelhança

do que acontece com o efluente homogeneizado.

Neste seguimento procedeu-se à revisão do quadro Q25. considerando uma estimativa da

quantidade de água reutilizada na instalação considerando 60 dias de operação da unidade de

osmose inversa anual.

Q25: Águas residuais: reutilização ou recirculação

Código Proveniência Água reutilizada /

recirculada

(m3/ano)

Utilização Observações

ED1 Tratamento de Águas Residuais

por Osmose Inversa

5 800 Rede industrial – lavagem

equipamentos, pavimentos e

instalações

Rede de incêndio

Capacidade da OI

140 m3/dia e taxa de

recuperação de 70 %

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Módulo V – Emissões

24. Reformulação dos quadros Q26, Q27A e Q27B (nomeadamente a potência), dado que

existem discrepâncias entre o definido na LA n.º 714/0.1/2018 e o indicado no Formulário

LUA.

Identificação, de quais os pontos de emissão de poluentes para a atmosfera na unidade de

compostagem, bem como descrição do respetivo tratamento.

No Anexo 8 são apresentados os quadros com a informação revista.

Unidade de Compostagem

A decomposição da matéria orgânica é responsável pela formação de gases nas deposições de

resíduos que contenham um teor de matéria biodegradável significativa. O fluido produzido é

constituído por uma mistura de gases, fundamentalmente, anidrido carbónico (CO2) e metano

(CH4).

A instalação não contempla fontes fixas ou pontuais de emissões gasosas. Apenas serão

expectáveis emissões difusas de metano e dióxido de carbono provenientes da atividade de

compostagem.

Sendo a atividade centrada na gestão de resíduos orgânicos existe a probabilidade de

ocorrência de odores provenientes da operação.

Assim, muito embora as instalações se situem numa zona industrial distante de habitações ou

aglomerados populacionais, logo sem recetores sensíveis, irá proceder-se à introdução de

algumas medidas que visam a minimização dos odores.

Como medidas de controlo e redução de odores serão implementados sistemas de exaustão de

emissões difusas e odores e canalizada para sistema de tratamento de ar, ex. biofiltros.

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Além do sistema de exaustão de poluentes a instalar com a construção da unidade existem

medidas já implementadas na instalação para controlo de odores,

• Barreira arbórea em toda a envolvente das instalações;

25. Esclarecer se foi efetuada a monitorização às fontes pontuais, tal como referido na LA n.º

714/0.1/2018, solicitando-se a apresentação dos relatórios de monitorização efetuados.

O CITRI procedeu à monitorização das fontes pontuais, tal como estabelecido na Licença

Ambiental. Os resultados foram comunicados à CCDR-LVT, de acordo com o estabelecido

no Decreto-lei n.º 39/2018, de 11 de junho, e à APA, via Relatório Ambiental.

Junto se anexam os respetivos relatórios das monitorizações efetuadas em 2019 (Anexo 4).

26. Identificação das fontes de emissão difusas e odores em todas as operações/atividades

realizadas no estabelecimento, bem como a sua caracterização e clarificação de quais as

técnicas utilizadas/ implementadas para a redução da emissão.

Das atividades desenvolvidas são geradas emissões difusas no aterro, no tratamento de resíduos por biopilha, na unidade de valorização de resíduos e na unidade de compostagem.

São gerados odores no aterro, no tratamento de resíduos por biopilha e na futura unidade de compostagem.

Aterro

No aterro são geradas emissões difusas de biogás, de partículas e de odores.

Para minimização das emissões de biogás procede-se à cobertura diária, da frente de trabalho, dos resíduos rececionados com os materiais inertes disponíveis.

Procedeu-se também ao reforço da rede de poços de biogás nas células em exploração à ligação dos drenos de biogás à unidade de valorização energética, minimizando assim a emissão difusa do mesmo.

Relativamente ao controlo da emissão de partículas, decorrente da movimentação de resíduos e da circulação de viaturas e equipamentos em célula, estão implementadas como medidas de

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minimização de emissões de partículas provenientes dos resíduos, a cobertura diária com os materiais inertes disponíveis.

No período seco procede-se à humidificação dos caminhos de acesso como o objetivo de redução da emissão de poeiras e partículas.

O controlo dos odores é garantido com a cobertura periódica com materiais inertes e com a extração do biogás da célula.

Biopilha

Na biopilha são geradas emissões difusas de partículas e odores.

O controlo das emissões difusas de partículas e de odores no decorrer do processo de tratamento é garantido com recurso à cobertura com telas das pilhas.

O controlo das emissões de partículas provenientes da circulação de viaturas é efetuado de forma similar ao descrito para o aterro.

Unidade de valorização de resíduos – Produção de CDR

No processo de trituração são geradas emissões difusas de partículas que são recolhidas maioritariamente pelo sistema de extração e despoeiramento existente na instalação pelo que a emissão difusa de partículas é minimizada. Acresce ainda que se trata de uma instalação fechada pelo que eventuais emissões difusas que ocorram permanecem no seu interior.

Neste processo e atendendo à tipologia de resíduos rececionada não são gerados odores significativos.

Unidade de Compostagem

No processo de compostagem são geradas emissões difusas de odores atendendo a que serão geridos resíduos orgânicos. Para o controlo e minimização dos odores será previsto um sistema de extração e encaminhamento para tratamento. O projeto e dimensionamento do sistema de exaustão será concretizado na fase de construção da unidade.

27. Apresentação de plano de resposta aquando ocorrência de avarias na Unidade de

Compostagem e Unidade de produção de CDR, e que podem implicar a paragem de

funcionamento da mesma, e consequentemente a acumulação de resíduos.

Unidade de Compostagem

Em caso de avaria dos equipamentos da unidade de compostagem, que obrigue a paragem

superior à capacidade de armazenagem, os resíduos serão encaminhados para tratamento por

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biopilha (operação R12), caso não seja excedida a capacidade instalada neste tratamento. Caso

a avaria se prolongue no tempo, os resíduos que não puderem ser encaminhados para

tratamento por biopilha, serão encaminhados para operadores externos autorizados para a

gestão de resíduos orgânicos.

Unidade de Produção de CDR

Atendendo à capacidade de armazenagem disponível na unidade de produção de CDR

de 5 000 T permite intervenções até à duração de 20 dias, sem desvio para outras

operações de gestão de resíduos. Não obstante, caso se verifiquem paragens mais

prolongadas ou risco acrescido para a instalação, motivado pela acumulação de

resíduos, o CITRI procede ao desvio das cargas rececionadas para o aterro, sendo-lhe

consecutivamente atribuída a operação D1 na receção.

28. Preenchimento do quadro Q24 do Formulário LUA “Identificação de resíduos gerados nas

etapas de tratamento de águas residuais”, se aplicável.

O processo de tratamento de águas residuais potencialmente gerador de resíduos é a unidade

de osmose inversa. Neste processo são gerados dois resíduos, o concentrado e os cartuchos

filtrantes da fase de microfiltração. Relativamente ao concentrado, prevê-se a sua recirculação

à lagoa de lixiviados pelo que não será enquadrado como resíduo.

Atendendo a que atualmente a unidade de osmose inversa se encontra maioritariamente sem

operar, a quantidade de resíduos gerada é uma estimativa do que pode ser potencialmente

produzido anualmente.

Q24: Identificação de resíduos gerados nas etapas de tratamento de águas residuais

Tipo de tratamento/etapa Resíduos Gerados

Quantidade

(T/ano)

Código LER Observações

Filtros de microfiltração 0,01 19 08 99 -

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29. Esclarecimento relativamente ao cumprimento da condição definida na LA n.º 714/0.1/2018:

“No que respeita à unidade de compostagem, o operador deverá elaborar um estudo, em

sede de RAA (vide ponto 6.2 desta LA), indicando as medidas a adotar para a minimização

das emissões difusas e produção de odores, provenientes da zona de compostagem, bem

como um estudo da viabilidade de captação e canalização das mesmas, para um sistema de

exaustão de poluentes atmosféricos”.

No RAA de 2018 foi apresentado como anexo o ponto de situação relativamente às medidas

que se preveem adotar para a minimização das emissões difusas e produção de odores,

provenientes da zona de compostagem.

À data foi equacionado como possível solução a implementar a instalação de sistemas de

aspersão de substâncias neutralizadoras de odores na extremidade da unidade que reduzam e

limitem a sua propagação para o exterior.

Todavia a opção de sistema de exaustão e tratamento de ar por sistema de biofiltros será

também outra solução a ponderar. A decisão de qual a solução a implementar será efetuada

em fase de consulta e adjudicação da empreitada.

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Módulo IX – Peças desenhadas

30. Reformular a planta geral do aterro, com a implantação de todas as infraestruturas que o

compõem, assim como das redes de drenagem de águas residuais domésticas e industriais

(lixiviados e outras) e pluviais, dos órgãos que integram os respetivos sistemas de

tratamento, dos circuitos hidráulicos estabelecidos entre eles e do ponto de descarga na rede

pública de drenagem de águas residuais, por forma a verificar-se concordância com a

situação existente no terreno.

Neste âmbito, deverá ser:

a) Completada a legenda da peça desenhada com a identificação das redes de

drenagem de águas residuais e pluviais e respetiva simbologia;

b) Esclarecida a razão pela qual foi eliminado o circuito hidráulico que permitia a

ligação da central de bombagem/rede de incêndio à zona da ETAR compacta I; se se

tratou de um lapso, deverá ser corrigido;

c) Esclarecido o motivo pelo qual na zona de armazenagem de materiais passou a haver

uma caixa de visita que tem simultaneamente ligação às redes de drenagem de

águas residuais (ETAR compacta I) e pluviais, quando anteriormente só tinha à rede

de águas pluviais; se se tratou de um lapso, deverá ser retificado;

d) Reposto o circuito hidráulico de ligação da lagoa de regularização II à unidade de

osmose inversa, que foi eliminado;

e) Eliminado um dos dois circuitos hidráulicos praticamente sobrepostos de saída da

osmose inversa para a lagoa de água tratada; julga-se que se tratou de um lapso;

f) Esclarecido se os circuitos de águas residuais provenientes da lagoa de regularização

I, da ETAR compacta I e da lagoa de água tratada se intersectam conforme consta da

planta, para serem encaminhados para o ponto de descarga na rede pública de

drenagem de águas residuais; afigura-se que esta situação poderá não estar correta,

uma vez que o efluente seria supostamente descarregado na rede pública somente a

partir da lagoa de regularização II, órgão este que, direta ou indiretamente,

receberia todos os efluentes produzidos na instalação; caso se trate de um lapso,

deverá ser corrigido;

g) Representado o circuito hidráulico de saída da lagoa de regularização II, a partir do

qual é efetuado o encaminhamento do efluente para descarga na rede pública de

drenagem de águas residuais.

Nota:

As correções que eram necessárias realizar na planta de implantação das redes de drenagem

de águas residuais da instalação, e que já tinham sido previamente solicitadas, inclusivamente

durante a vistoria, foram efetuadas na sua totalidade. Contudo, foram realizadas outras

alterações nessa planta, que carecem de esclarecimento e/ou retificação.

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Procedeu-se à atualização da planta geral da instalação, incluindo o projeto de alteração, com

a inclusão de todas as redes existentes (Anexo 5). Foi incluída na planta geral a respetiva

legenda e simbologia das redes de drenagem.

Relativamente às notas constantes do pedido de esclarecimentos procurou-se corrigir a

totalidade das situações identificadas, importa, contudo, dar nota de algumas questões

levantadas e que merecem a devida clarificação.

Alínea b) – Existe um circuito hidráulico que liga a lagoa de água tratada à ETAR compacta

para permitir que em caso de sobreenchimento da lagoa, o efluente retorne à cabeça do

tratamento. O entendimento é correto e trata-se de uma falha na representação.

Alínea c) – a caixa de visita existente junto ao vértice nascente na zona de armazenagem é

uma caixa de pluviais. Caso o desenho anteriormente submetido contenha outra informação,

tratou-se efetivamente de um lapso.

Alínea e) – Existe apenas um circuito da unidade de osmose inversa para a lagoa de água

tratada. Foi efetivamente um lapso.

Alínea f) – os circuitos hidráulicos da lagoa de regularização I para a lagoa de regularização

II e da ETAR compacta I para a lagoa de regularização II são impendentes entre si e distintos

do circuito que permite a descarga de efluente da lagoa de regularização II para a EE - junto à

portaria – e simultaneamente ponto de descarga. A interpretação da APA é, portanto, correta

e trata-se de uma falha de definição no desenho.

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Módulo XII – Licenciamento Ambiental

31. De modo a determinar a necessidade de elaboração do Relatório de Base previso no n.º 1 do

artigo 42.º do Diploma REI, deve ser enviada uma nova avaliação das substâncias perigosas

relevantes, efetuada de acordo com as orientações constantes da Nota Interpretativa n.º

5/2014, de 17.04.2014, disponível em www.apambiente.pt/Licenciamento Ambiental.

Junto se anexa (Anexo 6) a listagem das substâncias perigosas existentes nas instalações com as

respetivas quantidades armazenadas, localização e condições e a conclusão interna sobre a

necessidade de elaboração do Relatório Base, decorrente de uma avaliação de risco.

32. Apresentação da avaliação detalhada e atualizada do ponto de situação face à

implementação das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD) descritas no documento de

referência (Reference Document on Best Available Techniques for Waste Treatments

Industries – BREF WT, Comissão Europeia).

Para além deste documento de referência deverá ser avaliada a implementação das MTD

descritas em:

− BREF ENE - Reference Document on Best Available Techniques for Energy Efficiency;

− REF ROM - Reference Document Monitoring of emissions from IED - installations;

− BREF EFS – Reference Document on Best Available Techniques on Emissions from

Storage.

Alerta-se que, caso sejam aplicáveis à instalação, as MTD são de implementação obrigatória.

No entanto, se esta implementação se mostrar técnica e economicamente inviável, poderá a

instalação aplicar o REF ECM - Reference Document on Economics and Cross-media Effects,

com vista a justificar, através de uma análise custo-benefício, a não implementação de

determinada MTD.

A avaliação detalhada sobre a implementação das MTD à instalação, descrita nos BREF

aplicáveis (disponíveis em http://eippcb.jrc.ec.europa.eu/reference/) e solicitada nos pontos

anteriores, deverá ser efetuada recorrendo ao template disponível no site de internet da APA

(www.apambiente.pt/ Instrumentos > Licenciamento Ambiental (PCIP) > Documentos de

Referência sobre MTD (BREF) > Sistematização das MTD).

Junta-se no Anexo 7 o ficheiro com a atualização do ponto de situação de implementação das

MTD aplicáveis ou potencialmente aplicáveis à instalação.

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Sem outro assunto e antecipadamente gratos subscrevemo-nos.

Atentamente,

Sofia Patrício

(Direção Compliance)

ANEXOS

1. Fluxograma das operações com balanço mássico

2. Comunicação da Câmara Municipal de Setúbal sobre o depósito de combustível da classe

B2 instalado no CITRI

3. Contrato de ligação ao sistema de tratamento de águas residuais – ETAR da Cachofarra

gerido pela Águas do Sado

4. Relatórios de monitorização das fontes pontuais FF1 e FF2 de 2019

5. Planta geral do aterro com as infraestruturas (redes de drenagem de águas lixiviantes,

águas residuais domésticas e industriais e pluviais)

6. Avaliação das substâncias perigosas presentes na instalação

7. Avaliação das MTD – Sistematização das MTD

8. Memória Descritiva atualizada

9. Quadros Q26, Q27A e Q27B do formulário LUA

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Anexo 9.

Q26: Identificação dos pontos de emissão pontuais

Código da fonte Código interno Origem da emissão (unidade ou secção da instalação) Caudal médio diário

(Nm3/dia)

Nº de horas de

funcionamento

(horas/dia)

Nº de dias de

funcionamento

(dias/ano)

Regime de funcionamento

FF1 Motogerador Unidade de Valorização Biogás – Motogerador 21600 24 365 Contínuo

FF2 Despoeiramento Sistema de despoeiramento 30000 8 250 Descontínuo

FF3 Motogerador Unidade de Valorização Biogás – Motogerador 0 0 0 Descontínuo – funcionamento apenas em situação de

emergência

Q27A: Caracterização das fontes pontuais

Código da

fonte

Altura acima

do nível do

solo (m)

Secção de saída Secção de amostragem Caudal volúmico

(m3N/h)

Velocidade de

saída dos gases

(m/s)

Temperatura de

saída dos gases

(ºC)

Observações

Área (m2) Forma Existência de

pontos de

amostragem

Existência de

orifícios

normalizados

Localização

em altura (m)

FF1 6,5 0,096 Circular Sim Sim 4,1 900 8,5 550 - FF2 11 0,3 Circular Sim Não 11 15000 15 20 Temperatura

ambiente FF3 5,5 0,94 Circular Não Não 5,5 250 0 900 Funcionamento

apenas em situação de emergência

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Q27B: Unidades contribuintes

Código

da fonte

Nome de

equipamento

contribuinte

Caudal horário

(Nm3/h)

Rendimento Combustível (caso aplicável) Observações

Produção de

vapor/água

(kg/h)

Potência

térmica/consumo

térmico (MWth)

Tipo de combustível Consumo máximo

de combustível

(kg/h)

Teor de enxofre

FF1 Motogerador 1000 145 2,096 Biogás 419 <0,05 % Unidades do consumo de

combustível em Nm3/h