cisterna de produção melhora a qualidade de vida das pessoas no semiárido

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 7 • nº 1249 Julho/2013 Cisterna de Produção melhora a qualidade de vida das pessoas no semiárido Pedro Alexandre Na Comunidade de Poços, localizada no município de Pedro Alexandre – BA, vive a família agricultora Marinalva Alves Silva, conhecida como dona Marinalva, e do senhor José Augusto Alves Teles, Neguinho como é conhecido. Juntos eles têm três filhos. Dona Marinalva nasceu e se criou na comunidade, onde vive há 47 anos, e apesar das dificuldades enfrentadas nessa região seca, nunca desistiu de lutar pela sobrevivência. Da sua propriedade a família tira o seu sustento. No ano de 2011, a família teve acesso à cisterna de placas com capacidade para 52.000 litros de água, através do Projeto Cisternas, desenvolvido pela Articulação Semiárido Brasileiro – ASA, gerenciado pela Associação Regional de Convivência Apropriada a Seca – ARCAS. Depois da chegada da cisterna de produção aconteceu uma grande transformação na vida dessa família. "Nossa vida era muito complicada, pois eu e meu marido Neguinho fazíamos longas caminhadas, cerca de 12 Km, até outras propriedades em busca de água para os gastos diários. Hoje a realidade é outra, temos água pertinho de casa, temos água tanto para o consumo, como para produção de alimentos"”.(D. Marinalva, agricultora, Pedro Alexandre - Ba). O que antes era comprado na cidade, hoje é produzido no quintal da casa, sem agrotóxicos, como ela mesma ressalta, tanto para o consumo, como para melhorar a renda da família, pois parte da produção é vendida.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 7 • nº 1249

Julho/2013

Cisterna de Produção melhora a qualidade de vida das pessoas no semiárido

Pedro

Alexandre

Na Comunidade de Poços, localizada no município

de Pedro Alexandre – BA, vive a família agricultora

Marinalva Alves Silva, conhecida como dona

Marinalva, e do senhor José Augusto Alves Teles,

Neguinho como é conhecido. Juntos eles têm três

filhos.

Dona Marinalva nasceu e se criou na comunidade,

onde vive há 47 anos, e apesar das dificuldades enfrentadas nessa região seca, nunca

desistiu de lutar pela sobrevivência. Da sua propriedade a família tira o seu sustento.

No ano de 2011, a família teve acesso à cisterna

de placas com capacidade para 52.000 litros de

água, através do Projeto Cisternas, desenvolvido

pela Articulação Semiárido Brasileiro – ASA,

gerenciado pela Associação Regional de

Convivência Apropriada a Seca – ARCAS. Depois

da chegada da cisterna de produção aconteceu

uma grande transformação na vida dessa família.

"Nossa vida era muito complicada, pois eu e meu marido Neguinho fazíamos longas caminhadas, cerca de 12 Km, até outras propriedades em busca de água para os gastos diários . Hoje a realidade é outra, temos água pertinho de casa, temos água tanto para o consumo, como para produção de alimentos"”.(D. Marinalva, agricultora, Pedro Alexandre - Ba).

O que antes era comprado na cidade, hoje é produzido no quintal da casa, sem

agrotóxicos, como ela mesma ressalta, tanto para o consumo, como para melhorar a

renda da família, pois parte da produção é vendida.

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Bahia

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Realização Patrocínio

"An tes nó s só p la ntáv am os o m ilh o e o fei jã o. Ho je p rod u zimo s v ários tip os d e fru tas e v erdu ra s, tom ate , a lface , cou ve, co en tro , ce bo lin h a, pim e ntã o, cen o ura , ab ób ora, b eter ra ba , ba tata do ce, além de fru tas co mo p inh a , m aracujá e m an ga ”.(D . M arina lva,a gr icul tora, Pe dro A lex an dre - B a) .

Para famí lia de dona Marina lva e seu N eguinho, a ciste rna de produção tem uma grande

importância na melhoria da qua lidade de vida da sua famí lia . Ho je sobra bem mais tempo

par a os f ilhos, as crianças podem ir para esco la bem a limentadas, a renda familiar

melhorou , en fim, a famí lia se to rnou mais un ida , po is todos a judam na colheita e nos

cu idados dos can teiros, e podem se preparar para passar pelos per íodos de estiagem

prolongada na reg ião Semiárida .

Segundo dona Marinalva , durante o período de se is meses de seca , o que a ciste rna tinha

armazenado de água fo i su ficien te para produção e com sobra .

O reconhecimento positivo da família com re lação aos t raba lhos da ASA e da ARC AS na

região re fle tem d ire tamente na alegr ia estampada no rosto de cada um (a). O que mostra

que é possível viver bem no Semiárido .Basta aprove ita r cada tecnologia apoiada pela

ASA, tirando de las o sustento da família. E como conseqüência terá uma grande melhoria

na qua lidade de vida .