circular nº 3.108, de 10 de abril de 2002 · ras redes que não a rede do sistema financeiro...

24
BANCO CENTRAL DO BRASIL Diretoria Colegiada CIRCULAR Nº 3.108, DE 10 DE ABRIL DE 2002 Altera o Regulamento do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 10 de abril de 2002, tendo em vista o dis- posto no art. 11, inciso VII, da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e no art. 9º da Resolução 2.882, de 30 de agos- to de 2001, decidiu: Art. 1º Aprovar o anexo Regulamento do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), que substituirá o con- stante do Título 6, Capítulo 3, do Manual de Normas e Instruções (MNI). Art. 2º Com a entrada em vigor do anexo Regulamento, e até 2 de junho de 2002, o atual participante custodiante passa a ser o liquidante-padrão dos atuais participantes titulares de conta de subcustódia que lhe sejam subordinados - inclusive clientes especiais e específicos - e todos estes, por sua vez, passam a ser classificados como participantes não-liquidantes subordinados daquele. § 1º A partir de 15 de abril de 2002, os titulares de conta de subcustódia no Selic não mais poderão trocar de institu- ição custodiante. § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos bancos múltiplos sem carteira comercial e aos bancos de investimento que vierem a ser titulares de conta Reservas Bancárias no Banco Central do Brasil, hipótese em que passarão a ser classificados, automaticamente, como participantes liquidantes. Art. 3º A condição de liquidante-padrão referida no artigo anterior perdurará até manifestação em contrário do(s) interessado(s), manifestação essa que: I - implicará a adoção das providências previstas nos itens 6.3.2.9 a 6.3.2.11 do Regulamento anexo; II - produzirá efeitos somente a partir de 3 de junho de 2002, sem prejuízo dos prazos previstos nos itens citados no inciso anterior. Art. 4º A partir de 3 de junho de 2002, a condição de participante não-liquidante subordinado, mencionada no art. 2º: I - do cliente específico permanecerá inalterada; II - do cliente especial poderá ser alterada para a de participante não-liquidante autônomo, desde que satisfeita a condição estabelecida na alínea ¿b¿ do item 6.3.2.7 e recebida, pelo administrador do Selic, o documento previsto no item 6.3.2.8 do Regulamento anexo; III - dos demais titulares de conta de subcustódia poderá ser mantida, desde que satisfeita a condição estabelecida na alínea ¿a¿ do item 6.3.2.7 e recebida, pelo administrador do Selic, o documento previsto no item 6.3.2.8 do Regulamento anexo. Parágrafo único. As câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação serão classificados, já na data em que entrar em vigor o Regulamento anexo, como participantes não-liquidantes autônomos. Art. 5º Entre 22 de abril e 2 de junho de 2002, será permitido o acesso dos participantes liquidantes ao Selic por out- ras redes que não a Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) para transmitirem, exclusivamente, os comandos Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

Upload: vuhanh

Post on 19-Jan-2019

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

BANCO CENTRAL DO BRASIL

Diretoria Colegiada

CIRCULAR Nº 3.108, DE 10 DE ABRIL DE 2002

Altera o Regulamento do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 10 de abril de 2002, tendo em vista o dis-posto no art. 11, inciso VII, da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e no art. 9º da Resolução 2.882, de 30 de agos-to de 2001, decidiu:

Art. 1º Aprovar o anexo Regulamento do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), que substituirá o con-stante do Título 6, Capítulo 3, do Manual de Normas e Instruções (MNI).

Art. 2º Com a entrada em vigor do anexo Regulamento, e até 2 de junho de 2002, o atual participante custodiantepassa a ser o liquidante-padrão dos atuais participantes titulares de conta de subcustódia que lhe sejam subordinados -inclusive clientes especiais e específicos - e todos estes, por sua vez, passam a ser classificados como participantesnão-liquidantes subordinados daquele.

§ 1º A partir de 15 de abril de 2002, os titulares de conta de subcustódia no Selic não mais poderão trocar de institu-ição custodiante.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos bancos múltiplos sem carteira comercial e aos bancos de investimentoque vierem a ser titulares de conta Reservas Bancárias no Banco Central do Brasil, hipótese em que passarão a serclassificados, automaticamente, como participantes liquidantes.

Art. 3º A condição de liquidante-padrão referida no artigo anterior perdurará até manifestação em contrário do(s)interessado(s), manifestação essa que:

I - implicará a adoção das providências previstas nos itens 6.3.2.9 a 6.3.2.11 do Regulamento anexo;

II - produzirá efeitos somente a partir de 3 de junho de 2002, sem prejuízo dos prazos previstos nos itens citados noinciso anterior.

Art. 4º A partir de 3 de junho de 2002, a condição de participante não-liquidante subordinado, mencionada no art. 2º:

I - do cliente específico permanecerá inalterada;

II - do cliente especial poderá ser alterada para a de participante não-liquidante autônomo, desde que satisfeita acondição estabelecida na alínea ¿b¿ do item 6.3.2.7 e recebida, pelo administrador do Selic, o documento previsto noitem 6.3.2.8 do Regulamento anexo;

III - dos demais titulares de conta de subcustódia poderá ser mantida, desde que satisfeita a condição estabelecida naalínea ¿a¿ do item 6.3.2.7 e recebida, pelo administrador do Selic, o documento previsto no item 6.3.2.8 doRegulamento anexo.

Parágrafo único. As câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação serão classificados, já nadata em que entrar em vigor o Regulamento anexo, como participantes não-liquidantes autônomos.

Art. 5º Entre 22 de abril e 2 de junho de 2002, será permitido o acesso dos participantes liquidantes ao Selic por out-ras redes que não a Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) para transmitirem, exclusivamente, os comandos

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

das operações dos participantes não-liquidantes subordinados.

Art. 6º O disposto no item 6.3.5.13 do Regulamento anexo somente produzirá efeitos em data a ser oportunamentedivulgada pelo Departamento de Operações de Mercado Aberto (Demab), ficando, até então, facultada a antecipaçãoda data do compromisso para liquidação imediata da recompra/revenda.

Art. 7º A associação de operações contratadas com a intermediação de outros participantes, prevista na alínea ¿b¿ doitem 6.3.7.28 do Regulamento anexo, será permitida somente a partir de data a ser divulgada pelo Demab.

Art. 8º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, exceto o Regulamento anexo, que entrará em vigor em22 de abril de 2002, quando ficarão revogadas as Circulares 2.727, de 14 de novembro de 1996; 3.014, de 6 dedezembro de 2000; 3.041, de 20 de junho de 2001; 3.044, de 5 de julho de 2001; e 3.052, de 9 de agosto de 2001.

LUIZ FERNANDO FIGUEIREDO

Diretor

ANEXO

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 1- Disposições Preliminares

1 - O Selic é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de emissão do TesouroNacional e do Banco Central do Brasil, bem como ao registro e à liquidação de operações com os referidos títulos.

2 - As operações registradas no Selic são liquidadas por seus valores brutos em tempo real.

3 - Além do sistema de custódia de títulos e de registro e liquidação de operações, integram o Selic os seguintesmódulos complementares:

a) Oferta Pública Formal Eletrônica (Ofpub);

b) Leilão Informal Eletrônico de Moeda e de Títulos (Leinf).

4 - A administração do Selic e de seus módulos complementares é de competência exclusiva do Departamento deOperações de Mercado Aberto (Demab) do Banco Central do Brasil.

5 - Para efeito deste capítulo, designa-se como:

a) câmara: a câmara ou o prestador de serviços de compensação e de liquidação de que trata a Lei 10.214, de 27 demarço de 2001;

b) dia útil: o assim considerado, pelo Conselho Monetário Nacional, para fins de operações praticadas no mercadofinanceiro;

c) operação definitiva: a compra e venda de títulos sem assunção dos compromissos mencionados na alínea seguinte;

d) operação compromissada: a compra e venda de títulos com compromisso de revenda assumido pelo comprador

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

conjugado com o compromisso de recompra assumido pelo vendedor;

e) recompra/revenda: a compra e venda de títulos decorrente dos compromissos de que trata a alínea anterior.

---------------------------------------

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 2- Disposições Preliminares

-------------------------------------------------------------------------------------

1 - Podem ser participantes do Selic, na qualidade de titulares de contas, satisfeitas as normas expressas neste capítulo:

a) o Banco Central do Brasil;

b) o Tesouro Nacional;

c) bancos múltiplos com carteira comercial, bancos comerciais e caixas econômicas;

d) bancos múltiplos sem carteira comercial, bancos de investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobi-liários e sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários;

e) bancos de desenvolvimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento e sociedades de crédito imobiliário;

f) sociedades de arrendamento mercantil;

g) fundos de investimento financeiro, fundos de investimento em cotas de fundos de investimento financeiro, fundosde investimento em títulos e valores mobiliários, fundos de investimento em cotas de fundos de investimento em títu-los e valores mobiliários e fundos mútuos de privatização - FGTS;

h) sociedades seguradoras, sociedades de capitalização, entidades abertas de previdência, entidades fechadas de pre-vidência e resseguradoras locais;

i) câmaras;

j) outras entidades, a critério do administrador do Selic.

2 - Para efeito de liquidação financeira das operações, o participante é conceituado como:

a) liquidante, se liquida operações diretamente em sua conta Reservas Bancárias no Banco Central do Brasil;

b) não-liquidante, se liquida suas operações por intermédio de participantes liquidantes.

3 - O Banco Central do Brasil e os participantes detentores da conta Reservas Bancárias são, necessariamente, li-quidantes e os demais participantes, não-liquidantes.

4 - A liquidação financeira de operação do participante:

a) liquidante deve sempre ser realizada por ele próprio;

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

b) não-liquidante pode ser realizada por qualquer participante liquidante, ressalvado o disposto no item seguinte.

5 - Todo participante não-liquidante deve eleger um único liquidante-padrão por intermédio do qual são liquidadas:

a) as operações relativas a pagamento de juros, amortizações e resgates dos títulos custodiados em sua(s) conta(s);

b) suas recompras/revendas do dia em que os títulos, objeto dessas operações, forem resgatados;

c) todas as demais operações, na hipótese de o participante estar sujeito à retenção de imposto de renda na fonte sobrerendimentos ou ganhos líquidos em aplicações financeiras de renda fixa.

6 - O participante não-liquidante, quanto à transmissão dos comandos de suas operações a serem registradas no Selic,é classificado como:

a) autônomo, se os comandos são transmitidos por ele próprio;

b) subordinado, se os comandos são transmitidos pelo liquidante-padrão, ressalvado o disposto na alínea ¿b¿ do itemseguinte.

7 - Relativamente às categorias referidas no item anterior, o participante não-liquidante mencionado:

a) nas alíneas ¿d¿, ¿e¿ ou ¿f¿ do item 1 é classificado como autônomo, podendo, no entanto, optar por ser subordina-do, desde que o seu liquidante-padrão integre o mesmo conglomerado financeiro, assim considerado pela transaçãoPCIF600 - Consulta ao Cadastro de Instituições Financeiras - do Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen);

b) na alínea ¿g¿ do item 1, é classificado como subordinado, podendo, todavia, optar por ser autônomo, desde que oseu administrador seja participante não-liquidante autônomo, hipótese em que, excepcionalmente, cabe a este transmi-tir os comandos daquele;

c) na alínea ¿h¿ do item 1 é, obrigatoriamente, não-liquidante subordinado;

d) na alínea ¿i¿ do item 1 é, obrigatoriamente, não-liquidante autônomo, ressalvado o disposto no item 6.3.5.4.

8 - O exercício da opção, de que tratam as alíneas ¿a¿ e ¿b¿ do item anterior, deve ser formalizado com o encami-nhamento de correspondência ao Selic, conforme modelo nº 30001-0 ou nº 30002-9, respectivamente, do Catálogo deDocumentos do Banco Central do Brasil (Cadoc).

9 - A decisão do participante de não mais ser o liquidante-padrão deve ser comunicada, com antecedência mínima dequinze dias, ao administrador do Selic por meio de correspondência, modelo nº 30003-8 do Cadoc, acompanhada decópia da carta em que informou tal decisão ao respectivo participante não-liquidante.

10 - Considerando que as funções do liquidante-padrão não podem sofrer solução de continuidade, o participante não-liquidante, ao tomar conhecimento da decisão referida no item anterior, deve informar, tempestivamente, o seu novoliquidante-padrão ao administrador do Selic, conforme modelo nº 30004-7 do Cadoc.

11 - A mudança de liquidante-padrão, por iniciativa do participante não-liquidante, deve ser por este comunicada, for-malmente e com antecedência mínima de um dia útil, ao administrador do Selic, conforme modelo nº 30004-7 doCadoc, e ao liquidante-padrão a ser substituído.

--------------------------------------

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 3- Disposições Preliminares

-------------------------------------------------------------------------------------

1 - Os participantes liquidantes e as câmaras têm acesso ao Selic pela Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) eos demais participantes, por outras redes, observado o disposto nos itens 4 a 10.

2 - O acesso aos módulos complementares do Selic - Oferta Pública Formal Eletrônica (Ofpub) e Leilão InformalEletrônico de Moeda e de Títulos (Leinf) - dá-se pelas mesmas redes de acesso ao Selic, com exceção da RSFN.

3 - Os procedimentos para a conexão à RSFN, as mensagens que nela podem trafegar e os requisitos de segurança darede constam dos seguintes documentos, respectivamente:

a) Manual Técnico da Rede do Sistema Financeiro Nacional;

b) Catálogo de Mensagens do Sistema de Pagamentos Brasileiro;

c) Manual de Segurança de Mensagens do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

SISTEMA DE CONTROLE DE ACESSO (LOGON)

4 - O acesso ao Selic, por rede que não a RSFN, e a seus módulos complementares é controlado pelo Logon.

5 - Os usuários do Logon são classificados em três categorias: administrador, supervisor e operador.

6 - A senha inicial que habilita o participante do Selic ao Logon deve ser solicitada por meio do ¿Formulário deCadastramento de Administrador da Instituição¿, modelo nº 30005-6 do Catálogo de Documentos do Banco Centraldo Brasil (Cadoc).

7 - O administrador da instituição cadastrado na forma do item anterior pode habilitar, pelo próprio Logon, um segun-do administrador com igual nível de competência.

8 - O(s) administrador(es) pode(m) habilitar supervisores e operadores, definindo a abrangência do acesso, sistema emódulos. Os operadores também podem ser cadastrados pelos supervisores.

9 - Com o envio do documento referido no item 6, o participante assume total responsabilidade pelos comandos trans-mitidos ao Selic e a seus módulos complementares por qualquer de seus usuários do Logon.

10 - O descredenciamento do usuário e o bloqueio/desbloqueio de seu acesso ao Logon podem ser efetivados porquem tenha competência para credenciá-lo.

HORÁRIO DE ACESSO

11 - O horário de funcionamento do Selic é estabelecido pelo Banco Central do Brasil em normativo veiculado peloSistema de Informações Banco Central (Sisbacen).

12 - Eventual alteração no horário referido no item anterior será informada, no próprio dia da ocorrência, por meio deaviso do Selic a seus participantes.

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

13 - As propostas relativas às ofertas públicas e aos leilões informais são acolhidas, respectivamente:

a) pelo Ofpub, no horário fixado no edital da respectiva oferta pública;

b) pelo Leinf, no horário estabelecido pelo Demab a cada evento.

---------------------------------------

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 4- Disposições Preliminares

-------------------------------------------------------------------------------------

CONCEITUAÇÃO

1 - Denomina-se conta o conjunto de registros relativos às operações de seu titular, evidenciando, por meio de saldo, aposição de títulos.

2 - As contas são classificadas segundo os seguintes tipos:

a) custódia própria de livre movimentação - conta que tem como titular qualquer participante do Selic e que se destinaao registro de suas operações;

b) custódia de clientes de livre movimentação - grupo de contas mantidas por participante mencionado nas alíneas ¿c¿ou ¿d¿ do item 6.3.2.1 e destinadas ao registro de operações realizadas por seus clientes;

c) custódia de movimentação especial - contas que têm como titular qualquer participante do Selic e que se destinamà vinculação de títulos para atendimento de disposições legais ou regulamentares;

d) corretagem - conta de titularidade de participante citado nas alíneas ¿c¿ ou ¿d¿ do item 6.3.2.1, já detentor de contade custódia própria de livre movimentação, destinada à identificação da intermediação nas operações de compra evenda de títulos;

e) garantia - conjunto de contas de titularidade de câmara e que se destinam à custódia dos títulos oferecidos emgarantia por titulares de conta de custódia de livre movimentação, ou por clientes seus, participantes do sistema porela operado;

f) depósito - conjunto de contas que têm como titular câmara responsável por sistema de compensação e de liquidaçãode operações com títulos custodiados no Selic e que se destinam à guarda de títulos depositados por titulares de contade custódia de livre movimentação, ou por clientes seus, para a liquidação de operações que possam ter contratado ouvir a contratar no mencionado sistema;

g) liquidação - conta de titularidade de câmara responsável por sistema de compensação e de liquidação de operaçõescom títulos custodiados no Selic e que se destina à liquidação definitiva dos resultados apurados entre a câmara e oparticipante do referido sistema.

CONTAS DE CUSTÓDIA DE CLIENTES

3 - As contas de custódia de clientes de livre movimentação estão subdivididas em dois grupos:

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

a) Cliente 1 - mantidas por participante mencionado nas alíneas ¿c¿ ou ¿d¿ do item 6.3.2.1 para o registro das ope-rações por ele realizadas com seus respectivos clientes;

b) Cliente 2 - mantidas por participante referido na alínea ¿c¿ do item 6.3.2.1 para o registro das operações realizadaspor seus clientes de depósito à vista com outros participantes do Selic.

4 - A escrituração das contas de custódia de clientes é feita sem indicação dos nomes dos beneficiários dos títulosnelas custodiados; os registros analíticos, por beneficiário, são de responsabilidade dos mantenedores das contas.

5 - Os registros analíticos referidos no item anterior devem conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) identificação do cliente proprietário dos títulos;

b) data da operação;

c) identificação, quantidade e preço unitário do título objeto da operação.

6 - As instituições que mantêm contas de custódia Cliente 2 obrigam-se, também, a exercer rigoroso controle sobre oscompromissos de recompras/revendas assumidos por esses clientes.

ABERTURA DE CONTAS

7 - Para a abertura de conta de custódia própria de livre movimentação, o participante deve encaminhar, juntamentecom o cartão de autógrafos, modelo nº 30006-5 do Catálogo de Documentos do Banco Central do Brasil (Cadoc), umdos seguintes modelos de correspondência:

a) Cadoc nº 30007-4, se participante liquidante;

b) Cadoc nº 30009-2, se participante não-liquidante não classificado na alínea ¿g¿ do item 6.3.2.1;

c) Cadoc nº 30010-8, se participante não-liquidante subordinado classificado na alínea ¿g¿ do item 6.3.2.1;

d) Cadoc nº 30011-7, se participante não-liquidante autônomo classificado na alínea ¿g¿ do item 6.3.2.1.

8 - A abertura das contas de custódia Cliente 1 e Cliente 2 e da conta de corretagem é processada automática e simul-taneamente com a da conta de custódia própria de livre movimentação da respectiva instituição participante.

9 - As contas de custódia de movimentação especial são abertas, à medida que sejam necessárias ao atendimento dedisposições legais ou regulamentares:

a) automaticamente, nos casos previstos no Manual do Usuário do Selic; ou

b) mediante pedido formal do interessado, conforme modelo nº 30012-6 do Cadoc, nos demais casos.

10 - Na hipótese da alínea ¿b¿ do item anterior, e dependendo da finalidade da conta a ser aberta, o interessado tam-bém deve encaminhar o cartão de autógrafos mencionado no item 7, caso não seja titular de conta de custódia própriade livre movimentação.

11 - Relativamente às câmaras, a abertura:

a) da conta de liquidação, quando pertinente, é processada automática e simultaneamente com a de sua conta decustódia própria de livre movimentação;

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

b) de contas de depósito e de contas de garantia deve ser solicitada de acordo com o modelo nº 30013-5 do Cadoc.

12 - A abertura de contas de depósito e de garantia é processada no dia útil subseqüente ao do recebimento do respec-tivo pedido.

ENCERRAMENTO DE CONTAS

13 - O encerramento de conta de custódia própria de livre movimentação pode ocorrer:

a) a pedido de seu titular, conforme modelo nº 30014-4, sanadas eventuais pendências apontadas pelo administradordo Selic;

b) por decisão do Banco Central do Brasil, na hipótese de o titular infringir normas de mercado ou de técnica bancáriaou disposições legais e regulamentares a que esteja sujeito;

c) em decorrência de insolvência civil, falência, liquidação judicial ou liquidação extrajudicial do titular da conta;

d) por decisão do administrador do Selic, quando o titular infringir normas deste capítulo;

e) a critério do administrador do Selic, quando inativa por mais de trinta dias.

14 - O encerramento da conta de custódia própria de livre movimentação implica, para o participante titular que nãoseja câmara, o encerramento:

a) das contas de custódia de clientes por ele mantidas;

b) de sua conta de corretagem;

c) das contas de depósito e das de garantia em que figure como depositante ou prestador de garantia, respectivamente.

15 - O encerramento da conta de custódia própria de livre movimentação de câmara acarreta o encerramento de suaconta de liquidação e de suas contas de garantia e de depósito.

16 - As contas de custódia de movimentação especial são encerradas automaticamente quando cessados os motivosoriginários de sua abertura.

17 - Além das hipóteses previstas na alínea ¿c¿ do item 14 e no item 15, as contas de depósito e as de garantia tam-bém podem ser encerradas mediante pedido de seus titulares, conforme modelo nº 30015-3 do Cadoc.

BLOQUEIO DE CONTAS

18 - Qualquer conta do Selic, a critério de seu administrador, pode ser bloqueada durante o período diário de trans-missão de dados ou por tempo indeterminado.

19 - As contas bloqueadas não aceitam qualquer comando, exceto os transmitidos pelo administrador do Selic.

CONSULTAS E EXTRATOS DAS CONTAS

20 - O participante do Selic tem acesso, para fins de consulta e de extrato, somente às contas de que seja titular e àsde seus clientes, ressalvados os seguintes casos:

a) contas tituladas ou mantidas por não-liquidante subordinado, a que também tem acesso o respectivo liquidante-padrão;

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

b) contas de depósito e contas de garantia, cujo acesso também é permitido ao participante, respectivamente, deposi-tante e prestador de garantia.

21 - O participante liquidante, além das contas a que tem acesso, também dispõe de informações sobre os valoresfinanceiros das operações, por ele liquidadas, dos participantes não-liquidantes.

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 5- Disposições Preliminares

-------------------------------------------------------------------------------------

1 - Os títulos custodiados no Selic não podem ser objeto de negociação sem que as respectivas operações sejam neleregistradas ou em sistema, administrado por câmara participante do Selic, de compensação e de liquidação de ope-rações com os mencionados títulos.

2 - Nas operações registradas no Selic, observadas as disposições legais e regulamentares, não cabe ao seu admi-nistrador interferir nas condições estabelecidas pelas partes contratantes.

3 - São passíveis de registro no Selic, as seguintes operações:

a) emissão ou baixa de títulos;

b) pagamento de juros, amortização ou resgate de títulos;

c) compra e venda de títulos em operação definitiva;

d) compra e venda de títulos em operação compromissada, com ou sem livre movimentação dos títulos;

e) recompra/revenda de títulos;

f) repasse de valor financeiro relativo a tributos, juros e amortizações;

g) transferência de títulos, sem contrapartida financeira, de propriedade e a pedido de pessoa física ou de pessoajurídica não-financeira, desde que não haja transferência de propriedade dos títulos;

h) transferência de títulos, sem contrapartida financeira, de propriedade e a pedido de pessoas jurídicas em decorrên-cia de incorporação, fusão, cisão ou extinção;

i) vinculação e desvinculação de títulos;

j) desmembramento e remembramento de títulos;

l) registro de operações a termo;

m) regularizações diversas;

n) registro documental;

o) transferência de títulos decorrente de constituição, liberação ou execução de garantia prestada a câmara;

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

p) transferência de títulos relacionada a depósito em conta de câmara responsável por sistema de compensação e deliquidação de operações com títulos custodiados no Selic;

q) transferência de títulos decorrente da liquidação definitiva dos resultados compensados apurados nas operaçõesentre a câmara referida na alínea anterior e o participante do respectivo sistema de compensação e de liquidação.

4 - Além das operações referidas no item anterior, também podem ser registradas no Selic as operações de que tratamos itens 48 e 6.3.7.41 a 43, sendo que, nas operações mencionadas nesses quatro últimos itens, as câmaras atuam, emcaráter excepcional, como participantes liquidantes.

5 - Ao administrador do Selic reserva-se o direito de efetuar transferências de títulos relativas a operações não previs-tas nos dois itens anteriores.

6 - Relativamente às operações que impliquem transferência de títulos, podem ser registradas nos sistemas administra-dos pelas câmaras, de que trata o item 1, somente as operações mencionadas nas alíneas ¿c¿, ¿d", ¿e¿ e ¿l¿ do item 3e as correspondentes operações de estorno no próprio dia, excluídas, em qualquer hipótese, as contratadas entre o par-ticipante do Selic e os seus clientes das contas de custódia Cliente 1.

7 - As operações são identificadas por códigos relacionados no Manual do Usuário do Selic.

PAGAMENTO DE JUROS, AMORTIZAÇÕES E RESGATES

8 - Para fins de pagamento de juros, amortizações e resgates, a posição de títulos de cada conta corresponde ao saldode fechamento do dia útil imediatamente anterior, exceto quanto aos títulos a serem resgatados no dia do evento, casoem que a esse saldo são somados os títulos objeto de recompra e deduzidos os títulos objeto de revenda.

9 - Para efeito do disposto no item anterior, considera-se também como:

a) título, o cupom de juros desmembrado do principal;

b) resgate, a amortização da última parcela do título.

10 - O pagamento de juros, as amortizações e os resgates que recaiam em dia não-útil são processados no dia útil sub-seqüente.

11 - Não é permitida qualquer movimentação de títulos no dia de seu resgate, à exceção das recompras/revendas ante-riormente assumidas para aquele dia e, a critério exclusivo do Banco Central do Brasil, de outras operações.

OPERAÇÕES COMPROMISSADAS E RECOMPRAS/REVENDAS

12 - O compromisso de recompra/revenda pode ser acordado para o próprio dia ou para dia posterior ao da liquidaçãoda operação compromissada, observado que a data do compromisso:

a) não pode ser posterior à data do vencimento dos títulos objeto da operação, exceto se esta recair em dia não-útil,hipótese em que o compromisso pode ser assumido para o dia útil subseqüente, coincidindo com o do resgate dos títulos;

b) de prazo igual ou superior a dois dias úteis, deve ser, no mais tardar, o dia útil imediatamente anterior ao do resgatedos títulos objeto da negociação.

13 - Registrada a operação compromissada, a data do respectivo compromisso de recompra/revenda pode ser alterada,desde que atendido o disposto no item anterior.

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

14 - O preço unitário da recompra/revenda é, obrigatoriamente:

a) igual ao da respectiva operação compromissada, se o compromisso de recompra/revenda for assumido para opróprio dia;

b) o estabelecido pelo Departamento de Operações de Mercado Aberto (Demab), se a data do compromisso, de umdia útil, coincidir com a do resgate dos títulos objeto da operação compromissada.

15 - Para fins do disposto na alínea ¿b¿ do item anterior, o Selic divulgará, até a sua abertura do dia útil imediata-mente anterior ao do resgate do título, os preços unitários das recompras/revendas a serem observados no registro dasrespectivas operações compromissadas.

16 - As operações compromissadas registradas sem o preço de recompra/revenda têm a rentabilidade ou o parâmetrode remuneração predefinido e consignado:

a) no documento de que trata o item 6.3.6.1 - ¿Ordem para Registro e Liquidação de Operação¿ - de emissão obri-gatória nesse caso; ou

b) em nota de compra/venda, quando se tratar de operações com clientes de conta de custódia Cliente 1.

17 - O título que se encontre sob compromisso de recompra/revenda no dia útil imediatamente anterior ao de seu res-gate não pode ser objeto de compra e venda em operação definitiva.

18 - Os compromissos de recompra/revenda que ocorrerem em dia não-útil são liquidados no dia útil seguinte.

REPASSES DE VALORES FINANCEIROS

19 - O Selic dispõe de códigos de operações que possibilitam repasses de valores financeiros, entre seus participantes,relativos a:

a) tributos incidentes sobre operações registradas e liquidadas no Sistema;

b) juros e amortizações devidos ao participante que tenha vendido os respectivos títulos com o compromisso derecomprá-los.

20 - O cálculo, a retenção e o recolhimento de tributos incidentes sobre operação liquidada no Selic são de exclusivaresponsabilidade dos participantes nela envolvidos.

OPERAÇÕES COM INTERMEDIAÇÃO

21 - As operações de compra e venda, definitivas ou compromissadas, com intermediação têm por características:

a) existência de, no máximo, duas instituições intermediárias, uma vinculada à parte vendedora e a outra, à parte com-pradora dos títulos;

b) atuação das instituições intermediárias identificada pelos números de suas contas de corretagem e das partes com-pradora e vendedora, pelos números de suas contas de custódia, própria ou de Cliente 2, de livre movimentação;

c) movimentação financeira e de títulos por meio de contas transitórias, quando necessárias para preservar a não iden-tificação, entre si, das partes vendedora e compradora dos títulos.

22 - O resultado financeiro da intermediação, obrigatoriamente positivo, é devido no próprio dia da liquidação da

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

operação definitiva ou no da liquidação da recompra/revenda, tratando-se de operação compromissada, observadoque:

a) nas operações definitivas, o preço unitário de corretagem, ou a soma deles, corresponde à diferença entre os preçosunitários de compra e de venda do título; e

b) nas operações compromissadas:

1. o preço unitário de compra é igual ao de venda do título;

2. o preço unitário de corretagem, ou a soma deles, corresponde à diferença entre os preços unitários de recompra ede revenda do título.

23 - O disposto no item anterior não se aplica às operações compromissadas quando o vencimento do compromissocoincidir com a data do resgate dos títulos que lhes servirem de objeto, hipótese em que:

a) o resultado financeiro da intermediação, obrigatoriamente positivo, é devido no próprio dia da liquidação da oper-ação compromissada;

b) o preço unitário de corretagem, ou a soma deles, corresponde à diferença entre os preços unitários de compra e devenda de títulos;

c) o preço unitário de recompra é igual ao de revenda dos títulos.

TRANSFERÊNCIAS ESPECIAIS DE TÍTULOS

24 - As operações de transferência de títulos sem contrapartida financeira, previstas nas alíneas ¿g¿ e ¿h¿ do item 3,são de inteira responsabilidade dos participantes que autorizaram a transmissão dos respectivos comandos.

25 - Os participantes referidos no item anterior devem manter documentação hábil a comprovar o cabimento da ope-ração. O participante a quem compete a entrega dos títulos fica também obrigado a fornecer, ao participante para oqual são transferidos os títulos, os elementos que possibilitem o cálculo de eventuais tributos incidentes sobre as ope-rações posteriores à de transferência.

VINCULAÇÃO E DESVINCULAÇÃO DE TÍTULOS

26 - Para o atendimento de disposições legais ou regulamentares, o participante do Selic pode proceder à vinculaçãode títulos mediante sua transferência de conta de custódia de livre movimentação para conta de custódia de movimen-tação especial.

27 - Não cabe ao administrador do Selic qualquer responsabilidade pela verificação da real finalidade da vinculaçãode títulos.

28 - As vinculações mencionadas no item 26 e as desvinculações mediante transferência de títulos de conta de custó-dia de movimentação especial para conta de custódia de livre movimentação são de inteira responsabilidade dos par-ticipantes que autorizaram a transmissão dos respectivos comandos.

29 - Os valores relativos a juros, amortizações e resgates de títulos vinculados são creditados ao titular da respectivaconta de custódia de movimentação especial, salvo disposição em contrário do normativo que deu origem à vincu-lação dos títulos ou de quem tenha ordenado tal vinculação.

DESMEMBRAMENTO E REMEMBRAMENTO DE TÍTULOS

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

30 - Os títulos registrados em contas de custódia de livre movimentação podem ter seus cupons de juros desmembra-dos do principal, quando prevista tal faculdade na emissão dos títulos, observado o disposto no item 32.

31 - O remembramento de todos os cupons de juros vincendos ao principal do título também é permitido, desde queambos, cupons e principal, encontrem-se registrados em conta de custódia de livre movimentação.

32 - Não são admitidos desmembramentos de títulos no dia útil imediatamente anterior ao de pagamento de juros ouao de seu resgate.

REGISTRO DE OPERAÇÕES A TERMO

33 - As operações a termo registradas no Selic restringem-se a compras e vendas definitivas de títulos:

a) já emitidos e em circulação, hipótese em que a data de liquidação deve ser anterior à do vencimento dos títulos; ou

b) objeto de oferta pública, já divulgada mas ainda não liquidada, caso em que a data de liquidação deve coincidircom a da liquidação da oferta pública.

34 - Na hipótese da alínea ¿b¿ do item anterior, a liquidação da operação a termo está condicionada à venda, na ofertapública, de 51% (cinqüenta e um por cento), no mínimo, da quantidade ofertada de títulos.

REGULARIZAÇÕES DIVERSAS

35 - As regularizações podem ocorrer para anulação de comando lançado no dia ou em dias anteriores (estorno) oupara efetivação de lançamento de comando que deixou de ser transmitido em dias anteriores (valorização).

36 - Podem ser objeto de regularização:

a) o registro de operação a termo, que só admite estorno;

b) as operações de compra e venda, definitivas ou compromissadas, observado o disposto nos quatro itens subseqüentes;

c) as operações de vinculação ou de desvinculação de títulos referidas nos itens 26 a 29, a critério do Banco Centraldo Brasil.

37 - As operações referidas na alínea ¿b¿ do item anterior passíveis de regularização restringem-se:

a) na hipótese de estorno, às contratadas entre:

1. o participante e o seu cliente de conta de custódia Cliente 1;

2. o participante não-liquidante subordinado e o seu liquidante-padrão;

3. dois participantes não-liquidantes subordinados que tenham o mesmo liquidante-padrão;

b) na hipótese de valorização, às contratadas por:

1. cliente de conta de custódia Cliente 1;

2. qualquer dos participantes mencionados nas alíneas ¿g¿ e ¿h¿ do item 6.3.2.1;

3. participante não-liquidante classificado na alínea ¿d¿ do item 6.3.2.1 com participante liquidante.

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

38 - Ainda que atendido o pré-requisito do item anterior, somente pode ser estornada ou valorizada a operação quenão tenha ou não teria implicado liquidação financeira pelo Sistema de Transferência de Reservas (STR).

39 - São vedadas regularizações de operações:

a) compromissadas após a data do vencimento do compromisso;

b) compromissadas ou definitivas com intermediação de que trata o item 21;

c) associadas ou conjugadas, de que tratam os itens 6.3.7.26 a 33.

40 - Os comandos relativos a estorno e valorização das operações mencionadas na alínea ¿b¿ do item 36 devem sertransmitidos no prazo máximo de dois dias úteis, contado do dia em que ocorreu ou em que deveria ter ocorrido olançamento original.

41 - O comando referente à valorização de operação compromissada, quando transmitido no próprio dia do vencimen-to do compromisso, autoriza o registro e a liquidação da operação compromissada a ser valorizada e da respectivarecompra/revenda.

42 - Também podem ser objeto de estorno:

a) a valorização de operação referida na alínea ¿b¿ do item 36, observado o prazo mencionado no item 40;

b) a documentação de operação referida no item 43, observado o prazo mencionado no item 44.

DOCUMENTAÇÃO DE TRANSFER NCIA DE TÍTULOS

43 - É documentada, mediante código específico, a operação compromissada que, tendo por parte contratante ocliente de conta de custódia Cliente 1 ou o participante referido nas alíneas ¿g¿ ou ¿h¿ do item 6.3.2.1, não haja sidoregistrada até a data do vencimento do compromisso e cujos títulos que lhe serviram de objeto ainda não tenham sidoresgatados.

44 - A operação compromissada referida no item anterior deve ser documentada até o segundo dia útil seguinte ao dacontratação com a transmissão do comando que autoriza o registro das seguintes operações:

a) ¿Documentação de Transferência de Títulos com Compromisso de Recompra/Revenda¿; e

b) ¿Documentação de Recompra/Revenda¿.

45 - O comando mencionado no item anterior não sensibiliza a posição de títulos das contas, constituindo-se simplesregistro documental.

DEPÓSITO DE TÍTULOS

46 - As operações relacionadas a depósito em conta de câmara restringem-se às de transferências de títulos entre:

a) conta de custódia, própria ou de Cliente 2, de livre movimentação e a correspondente conta de depósito; ou

b) conta de depósito e conta de liquidação, ambas do mesmo titular.

47 - Ao final de cada dia, podem permanecer custodiados em contas de depósito somente os títulos objeto de revendas

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

ou de vendas a termo relativas a operações aceitas para liquidação pela câmara; os demais títulos devem ser transferi-dos para as correspondentes contas de custódia, próprias ou de Cliente 2, de livre movimentação.

LIBERAÇÃO CONDICIONADA DE GARANTIA

48 - A garantia oferecida em títulos. que se encontrem custodiados na conta referida na alínea ¿e¿ do item 6.3.4.2,pode ser liberada, total ou parcialmente, a critério do titular da mencionada conta, em operação por meio da qual:

a) a câmara titular da conta de garantia libera os títulos a favor do prestador da garantia;

b) o prestador da garantia providencia o depósito do valor estabelecido pela câmara na conta que esta, na qualidade departicipante do Sistema de Transferência de Reservas, mantém no Banco Central do Brasil.

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 6- Disposições Preliminares

1 - Os comandos para registro e liquidação das operações são instruídos, observado o disposto neste capítulo, com osdados previstos no Manual do Usuário do Selic para o preenchimento do formulário ¿Ordem para Registro eLiquidação de Operação¿, constante do Catálogo de Documentos do Banco Central do Brasil (Cadoc) como modelonº 30008-3.

2 - O preenchimento do formulário referido no item anterior só é de caráter obrigatório na hipótese prevista na alínea¿a¿ do item 6.3.5.16.

3 - Os comandos e os dados referidos no item 1, quando transmitidos pela Rede do Sistema Financeiro Nacional, emmensagem definida no Catálogo de Mensagens do Sistema de Pagamentos Brasileiro, sujeitam-se a regras específicasconstantes do Manual do Usuário do Selic.

4 - O processo de registro e liquidação das operações compreende as seguintes etapas:

a) transmissão dos comandos instruídos com os dados do documento de que trata o item 1;

b) crítica dos dados transmitidos;

c) verificação do(s) duplo(s) comando(s) requerido(s);

d) bloqueio dos títulos a serem transferidos, se for o caso;

e) certificação da liquidação financeira, quando necessária;

f) lançamentos a débito e a crédito nas contas de custódia, se for o caso.

TIPOS DE COMANDOS

5 - São dois os tipos de comandos a serem transmitidos:

a) comando 1, que autoriza o lançamento a débito da quantidade de títulos e/ou o lançamento a crédito do valor finan-ceiro;

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

b) comando 2, que autoriza o lançamento a crédito da quantidade de títulos e/ou o lançamento a débito do valor financeiro.

6 - Considerando que títulos não transitam por conta de corretagem, os comandos transmitidos por seu titular auto-rizam, apenas, o crédito da corretagem devida pela intermediação da compra e venda de títulos.

TRANSMISSÃO DOS COMANDOS

7 - Os comandos podem ser transmitidos:

a) por participante liquidante, para registro e liquidação de suas operações e das de seus clientes;

b) por participante não-liquidante autônomo, para registro e liquidação de suas operações e das de seus clientes;

c) por participante liquidante-padrão, para registro e liquidação das operações de participante não-liquidante subordi-nado e de seus clientes;

d) pelo Departamento de Operações de Mercado Aberto (Demab), para registro e liquidação das operações do BancoCentral do Brasil e de operações do Tesouro Nacional;

e) pelo Tesouro Nacional, excepcionalmente, para registro e liquidação de operações suas;

f) pelo administrador do Selic.

8 - O participante não-liquidante subordinado deve autorizar a transmissão dos comandos de suas operações pelorespectivo participante liquidante-padrão dentro do horário por este estabelecido.

9 - Observado o disposto no item 6.3.7.35, os participantes são responsáveis pela iniciativa de transmitir ou de auto-rizar que sejam transmitidos os comandos relativos às suas recompras/revendas, não cabendo ao administrador doSelic ou, quando for o caso, ao participante liquidante-padrão qualquer responsabilidade pela omissão dessa iniciativa.

10 - Tratando-se de recompras/revendas de instituição sob regime, decretado após a assunção do compromisso, deadministração especial temporária, de intervenção ou de liquidação judicial ou extrajudicial, a iniciativa, referida noitem anterior, de autorizar a transmissão dos comandos das operações das recompras/revendas é de responsabilidadedo administrador, interventor ou liquidante.

11 - Para o registro e a liquidação das operações das instituições participantes com seus clientes das contas de custó-dia Cliente 1, os comandos podem ser transmitidos pelos respectivos totais, observando-se conta, operação e título.

12 - O disposto no item anterior não se aplica às operações previstas nas alíneas ¿g¿ e ¿h¿ do item 6.3.5.3, caso emque deverá ser respeitada a regra geral de um comando para cada operação.

13 - Constatados erros ou omissões nos dados transmitidos, o Selic rejeita o comando e informa a ocorrência ao par-ticipante para que este, se for o caso, providencie nova transmissão.

DUPLO COMANDO

14 - O registro e a liquidação de cada operação requer, ressalvado o disposto nos itens 15 e 16, a transmissão deduplo comando, ambos instruídos com os mesmos dados.

15 - Constituem exceções ao disposto no item anterior, o registro e a liquidação de:

a) operações do participante com seus clientes das contas de custódia Cliente 1, que exigem a transmissão de um só

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

comando, podendo este englobar operações com diversos clientes, conforme previsto nos itens 11 e 12;

b) transferências de títulos entre contas de titularidade de uma mesma câmara, que requerem a transmissão de um sócomando, ressalvados os casos de desvinculação de títulos da conta de patrimônio especial, classificada na alínea ¿c¿do item 6.3.4.2, que estão sujeitos à regra geral do duplo comando;

c) compra e venda com a intermediação de terceiros, que exigem dois ou três duplos comandos com dados nem todoscoincidentes, mas em conformidade com o expressamente previsto no Manual do Usuário do Selic;

d) operações associadas e operações conjugadas, referidas nos itens 6.3.7.26 a 33, em que:

1. cada comando é instruído com chave específica para associar ou conjugar a respectiva operação à outra contratadapela parte responsável pela transmissão do comando; e

2. são requeridos todos os comandos das operações a serem liquidadas pelos resultados compensados;

e) operações de redesconto, assim consideradas as operações compromissadas contratadas no Sistema de Redescontodo Banco Central, que exigem um único comando, a ser transmitido por esse Sistema.

16 - Para fins de liquidação financeira da operação, as partes contratantes informam as correspondentes instituiçõesliquidantes e apenas uma delas, a responsável pela transmissão do comando ¿2¿, o nível de preferência dessa li-quidação no Sistema de Transferência de Reservas (STR).

17 - Transmitido um comando, todos os demais requeridos para o registro e a liquidação da operação ou das ope-rações associadas ou conjugadas devem ser transmitidos no período de tempo estabelecido pelo Banco Central doBrasil em normativo veiculado pelo Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen).

CANCELAMENTO DE COMANDOS PELO SELIC

18 - São cancelados pelo Selic:

a) os comandos instruídos com dados divergentes, ressalvado o disposto nos itens 15 e 16;

b) os comandos aceitos para fins de lançamento, mas dependentes de outros comandos, necessários para registro e li-quidação das operações, que não foram transmitidos no prazo referido no item anterior;

c) os duplos comandos de operações não liquidadas por insuficiência ou inexistência de títulos, observado o dispostonos itens 6.3.7.16 a 19, ou por falta de certificação da liquidação financeira, conforme previsto no item 6.3.7.7.

19 - O disposto na alínea ¿b¿ do item anterior não se aplica aos comandos mencionados no item 21.

20 - Os comandos cancelados pelo Selic poderão ser retransmitidos, se de interesse das partes.

COMANDOS DE OPERAÇÕES CONTRATADAS NOS SISTEMAS OFPUB E LEINF

21 - Salvo em situações excepcionais, são transmitidos até as 9 horas os comandos do Departamento de Operações deMercado Aberto (Demab) relativos à liquidação no dia de:

a) operação, de compra ou de venda de títulos, proveniente dos módulos Oferta Pública Formal Eletrônica (Ofpub) eLeilão Informal Eletrônico de Moeda e de Títulos (Leinf), na hipótese de o resultado da oferta pública ou do leilãoinformal ter sido divulgado em dia anterior;

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

b) recompra ou revenda decorrente de compromisso assumido em dia anterior.

22 - Os comandos do Demab relativos a eventos e situações não previstos no item anterior são transmitidos emhorário a ser comunicado pelo próprio Demab às partes interessadas.

23 - Relativamente às operações referidas no item:

a) 21, o comando da outra parte é transmitido no horário estabelecido pelo Banco Central do Brasil, em normativoveiculado pelo Sisbacen;

b) 22, o comando do Demab e o da outra parte sujeitam-se ao disposto na alínea ¿b¿ do item 18.

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 7- Disposições Preliminares

-------------------------------------------------------------------------------------

1 - A operação sem transferência de títulos e sem liquidação financeira, inclusive a relativa à emissão ou à baixa detítulos, é registrada e liquidada com a aceitação, e conseqüente lançamento pelo Selic, do(s) comando(s)transmitido(s) por quem de direito.

2 - Na operação com transferência de títulos e sem liquidação financeira, o registro e a liquidação ocorrem, havendosaldo de títulos, mediante lançamentos, pelo Selic, a débito e a crédito nas contas dos participantes.

3 - Envolvendo transferência de títulos e liquidação financeira, o Selic, no registro e na liquidação da operação:

a) aparta os títulos, objeto da operação, da conta do participante cedente/vendedor;

b) certifica-se da liquidação financeira;

c) efetiva os lançamentos a débito e a crédito nas contas dos participantes.

4 - Requerendo apenas liquidação financeira, a certificação desta implica o registro e a liquidação da operação peloSelic.

OPERAÇÕES COM LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA

5 - Só geram liquidação financeira, para os efeitos desta seção, as operações mencionadas nas alíneas ¿b¿ a ¿f¿ doitem 6.3.5.3 e nos itens 6.3.5.48 e 6.3.7.41 a 43, excluídas, em qualquer hipótese, as contratadas pelo participante comseus clientes das contas de custódia Cliente 1.

6 - Para fins do disposto nos itens 3 e 4, o Selic certifica-se de que a liquidação financeira:

a) está autorizada pelo participante liquidante, mediante definição de limite operacional previsto nos itens 8 a 15, relativamente às operações de participante não-liquidante; e

b) foi realizada pelo Sistema de Transferência de Reservas (STR).

7 - Não certificada a liquidação financeira nos termos do item anterior, o Selic cancela o(s) duplo(s) comando(s) da

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

operação ou das operações associadas ou conjugadas.

LIMITE OPERACIONAL A PARTICIPANTE NÃO-LIQUIDANTE

8 - O participante liquidante pode estabelecer limite operacional para a liquidação financeira das operações do partici-pante não-liquidante.

9 - O limite operacional é dado, a cada momento, pelo que for inicialmente definido, com a ampliação ou a reduçãode que trata o item 12, deduzidos os valores correspondentes aos débitos financeiros computados no dia, relativos àsoperações do participante não-liquidante já liquidadas pelo participante liquidante.

10 - O limite operacional, bem como suas alterações, deve ser informado pelo participante liquidante ao Selic pormeio de mensagem definida no Catálogo de Mensagens do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

11 - O disposto no item anterior só produz efeitos a partir do dia útil subseqüente ao dia em que aceita a respectivamensagem pelo Selic.

12 - A qualquer momento, porém, o participante liquidante pode ampliar ou reduzir o limite operacional, com efeitosapenas para o dia e a partir do momento em que aceita, pelo Selic, a mensagem prevista no Catálogo de Mensagensdo SPB.

13 - Os débitos financeiros, mencionados no item 9, são computados operação por operação, exceto quando liquidadas naforma prevista nos itens 20 e 21, hipótese em que o débito considerado é o relativo ao resultado compensado.

14 - Considera-se como não autorizada, para efeito do disposto nos itens 6 e 7, a liquidação financeira de operação departicipante não-liquidante que ultrapasse o limite operacional definido no item 9.

15 - O disposto nos itens 9 a 14 não se aplica ao participante não-liquidante subordinado relativamente às operaçõesliquidadas por seu liquidante-padrão, caso em que se considera, sempre, a liquidação financeira como previamenteautorizada pelo liquidante-padrão.

OPERAÇÕES PENDENTES DE LIQUIDAÇÃO POR TÍTULOS

16 - São admitidas operações pendentes de liquidação por insuficiência ou inexistência de títulos na conta da qualserão transferidos os títulos.

17 - Os duplos comandos das operações pendentes de liquidação por títulos são cancelados, ressalvado o disposto noitem 40:

a) após o decurso do prazo de pendência ou no respectivo horário-limite, o que ocorrer primeiro, estabelecidos peloBanco Central em normativo veiculado pelo Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen);

b) imediatamente, se transmitidos após o mencionado horário-limite.

18 - O prazo de pendência, previsto na alínea ¿a¿ do item anterior, é contado a partir do momento em que tenhamsido aceitos todos os duplos comandos exigidos pelas operações, inclusive das associadas e das conjugadas.

19 - Para fins de liquidação, dado o saldo de títulos na conta, têm prioridade as operações passíveis de serem li-quidadas com o mencionado saldo e, entre elas, a que se encontre pendente há mais tempo.

LIQUIDAÇÃO PELOS RESULTADOS COMPENSADOS

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

20 - Na liquidação pelos resultados compensados, o Selic:

a) apura as posições líquidas vendedoras e aparta essas quantidades das respectivas contas;

b) certifica-se da liquidação financeira, operação por operação, mas considerando o resultado financeiro compensadode cada participante;

c) efetiva os lançamentos a débito e a crédito, conjuntamente e pelas quantidades brutas de títulos, nas contas dos par-ticipantes.

21 - São liquidados pelos resultados compensados:

a) o grupo de operações, de acordo com o disposto nos itens 22 a 25;

b) as operações associadas, nos termos dos itens 26 a 31;

c) as operações conjugadas, nos termos dos itens 32 e 33;

d) as recompras/revendas de títulos a serem resgatados no dia e as operações de resgate, amortização e pagamento dejuros que se vençam no dia, conforme previsto no item 36.

GRUPOS DE OPERAÇÕES

22 - O administrador do Selic, nas oportunidades em que julgar conveniente e até o horário- limite referido na alínea¿a¿ do item 17, aciona mecanismo de otimização com o intuito de identificar operações que:

a) individualizadas, encontrem-se pendentes de liquidação por insuficiência ou inexistência de títulos;

b) agrupadas, viabilizem a liquidação conjunta.

23 - Para a liquidação conjunta, faz-se necessário, preliminarmente, que pelo menos um dos participantes tenha tidodisponível na conta de custódia de livre movimentação, em algum momento do dia, a quantidade de títulos por elevendida no grupo de operações.

24 - Identificado um grupo de operações que satisfaça o pré-requisito mencionado no item anterior, o Selic dá inícioao processo de liquidação pelos resultados compensados.

25 - Não confirmada a liquidação financeira pelos resultados compensados, as operações voltam ao estado em que seencontravam anteriormente, isto é, pendentes de liquidação por insuficiência ou inexistência de títulos e, portanto,sujeitas ao disposto nos itens 16 a 19.

OPERAÇÕES ASSOCIADAS

26 - Para fins de liquidação pelos resultados compensados, são associáveis:

a) o financiamento, total ou parcial, obtido para a compra de títulos e a respectiva operação de compra;

b) a operação de venda de títulos para a quitação, total ou parcial, do financiamento obtido e a respectiva quitação,total ou parcial, desse financiamento;

c) a obtenção do financiamento, a operação de compra e venda e a quitação do financiamento de que tratam as alíneasanteriores.

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

27 - Para efeito do disposto nesta seção, define-se financiamento como a operação compromissada, com compromissode recompra/revenda para o mesmo dia, contratada entre:

a) participante não-liquidante e participante liquidante, observadas as normas legais e regulamentares aplicáveis; ou

b) participante liquidante e o Banco Central do Brasil, sob a forma de operação de redesconto.

28 - A operação de compra e venda prevista no item 26 pode ser:

a) definitiva ou compromissada, sendo esta com prazo de um dia útil, pelo menos;

b) contratada com ou sem a intermediação de instituições detentoras de conta de corretagem.

29 - Podem também ser associadas:

a) a compra de títulos, a obtenção de financiamento pelo participante não-liquidante e a obtenção de redesconto peloparticipante liquidante;

b) a venda de títulos, a quitação de financiamento pelo participante não-liquidante e a quitação de redesconto peloparticipante liquidante; ou

c) a operação de compra e venda com as operações de redesconto e de financiamento referidas nas alíneas anteriores.

30 - Relativamente às operações de redesconto do Banco Central do Brasil, o compromisso de recompra, para omesmo dia ou dia posterior, do participante liquidante pode ser liquidado mediante associação com:

a) nova operação de redesconto com prazo de pelo menos um dia útil;

b) operação de venda, definitiva ou compromissada, contratada com qualquer outro participante do Selic.

31 - São associáveis, ainda:

a) a operação de liberação condicionada de garantia prevista no item 6.3.5.48, e a de financiamento referida no item27; bem como a mencionada operação de liberação condicionada de garantia, a obtenção de financiamento pelo par-ticipante não-liquidante e a obtenção de redesconto pelo participante liquidante;

b) a operação contratada em oferta pública e as operações de que tratam os itens 41 a 43.

OPERAÇÕES CONJUGADAS

32 - São liquidadas pelos resultados compensados:

a) a operação compromissada de venda de títulos conjugada com a operação compromissada de compra de outrostítulos, tendo ambas as operações as mesmas partes contratantes, sendo uma delas o Banco Central do Brasil;

b) a recompra e a revenda relativas às operações compromissadas referidas na alínea anterior.

33 - A diferença entre os valores financeiros das operações compromissadas de venda e de compra, de que trata aalínea ¿a¿ do item anterior, tem de ser, necessariamente, inferior ao preço unitário do título objeto da compra peloBanco Central do Brasil.

PROCEDIMENTOS DE ABERTURA DO SELIC

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

34 - As seguintes operações são liquidadas nos procedimentos de abertura do Selic:

a) recompras/revendas de títulos que estão sendo resgatados no dia;

b) pagamento de juros, amortizações e resgates de títulos;

c) operações a termo, observado o disposto nos itens 38 a 40.

RECOMPRAS/REVENDAS

35 - Os comandos das recompras e das revendas são transmitidos pelas partes, salvo no dia em que os títulos, objetoda operação, forem resgatados, caso em que os comandos das recompras/revendas são transmitidos automaticamentepelo Selic, nos procedimentos de sua abertura.

36 - Todas as recompras e as revendas de títulos a serem resgatados no dia e as operações de pagamento de juros,amortizações e resgates que se vençam no dia são liquidadas pelos resultados compensados.

37 - As recompras/revendas referidas no item anterior de participante não-liquidante são liquidadas, obrigatoriamente,pelo respectivo liquidante-padrão.

OPERAÇÕES A TERMO

38 - Na data prevista para a liquidação da operação a termo, os comandos de compra e de venda são transmitidosautomaticamente pelo Selic - nos procedimentos de sua abertura, logo depois de encerrada a liquidação das operaçõesmencionadas no item 36 - com observância da ordem cronológica em que foram registradas as operações a termo.

39 - Transmitidos os comandos das operações a termo, o Selic, em seus procedimentos de abertura, exclui as ope-rações mencionadas no item seguinte e liquida ou cancela as demais operações.

40 - Nas operações pendentes de liquidação por insuficiência ou inexistência de títulos, os comandos referidos noitem 38 são mantidos pelo Selic até expirado:

a) o prazo de pendência previsto na alínea ¿a¿ do item 17, quando a operação a termo referir-se a títulos já emitidos eem circulação;

b) o horário previsto na alínea ¿a¿ do item 6.3.6.23, quando a operação a termo referir-se a títulos objeto de ofertapública que, à época do registro da operação, já havia sido divulgada mas ainda não liquidada.

OPERAÇÕES CONTRATADAS EM OFERTAS PÚBLICAS

41 - Além da hipótese de associação prevista nos itens 26 a 29, a operação de compra contratada no módulo OfertaPública Formal Eletrônica (Ofpub) pode ser associada com as duas seguintes operações, observado o disposto no itemsubseqüente:

a) transferência dos títulos da conta de custódia própria de livre movimentação do participante comprador para a cor-respondente conta de depósito da câmara; e

b) transferência dos títulos da conta de depósito para a conta de liquidação da câmara em decorrência de venda feitapelo participante comprador no respectivo sistema de compensação e de liquidação.

42 - A liquidação financeira das operações referidas no item anterior é feita mediante ordens de crédito para o Sistemade Transferência de Reservas (STR):

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

a) da câmara a favor do participante comprador no Ofpub;

b) do participante comprador no Ofpub a favor do Tesouro Nacional ou do Banco Central do Brasil, conforme o caso.

43 - As ordens de crédito referidas no item anterior devem observar os preços unitários apurados no resultado da ofer-ta pública dos títulos em questão.

OPERAÇÕES REGISTRADAS EM SISTEMAS OPERADOS POR CÂMARAS

44 - As operações, referidas no item 6.3.5.6, das câmaras com cada participante do respectivo sistema de compen-sação e de liquidação são liquidadas, no Selic, pelos resultados compensados apurados entre as partes.

45 - A liquidação das operações mencionadas no item anterior efetiva-se com a transferência dos títulos:

a) de conta de custódia de livre movimentação ou de conta de depósito para a conta de liquidação; e

b) da conta de liquidação para conta de custódia de livre movimentação ou, opcionalmente, tratando-se de títulosobjeto de revenda ou de venda a termo, para conta de depósito.

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 8- Disposições Preliminares

OFERTA PÚBLICA FORMAL ELETRÔNICA (OFPUB)

1 - O Ofpub tem por objetivo acolher propostas das instituições e apurar os resultados de ofertas públicas formais:

a) de títulos públicos federais com custódia no Selic;

b) de operações com instrumentos financeiros derivativos a serem contratadas com o Banco Central do Brasil.

2 - São participantes do Ofpub as instituições mencionadas nas alíneas ¿c¿ a ¿e¿ do item 6.3.2.1.

3 - Efetuado o cadastramento da oferta pública, de acordo com as condições específicas contidas no respectivo edital,o Ofpub:

a) é liberado, no horário fixado no edital, para as instituições participantes transmitirem suas propostas;

b) apura e divulga o resultado da oferta pública.

LEILÃO INFORMAL ELETRÔNICO DE MOEDA E DE TÍTULOS (LEINF)

4 - O Leinf destina-se ao processamento de leilões informais, do Banco Central do Brasil/Departamento de Operaçõesde Mercado Aberto (Demab), de títulos públicos federais ou de moeda e de títulos públicos federais custodiados noSelic.

5 - São participantes do Leinf as instituições referidas nas alíneas ¿c¿ e ¿d¿ do item 6.3.2.1 credenciadas a operar como Demab.

6 - Cadastrados os parâmetros do leilão:

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002

a) o Demab comunica a liberação do Leinf para os participantes transmitirem suas propostas;

b) o sistema apura e divulga o resultado do evento.

TÍTULO 6 - REGULAMENTOS E DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

CAPÍTULO 3 - Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic)

SEÇÃO 9- Disposições Preliminares

1 - Todo participante deve manter em seus locais de trabalho pessoa habilitada à transmissão de comandos de ope-rações:

a) preferencialmente, durante todo o período de funcionamento do Selic;

b) obrigatoriamente, nos sessenta minutos que antecedem o encerramento do Selic.

2 - Devem ser objeto de contrato a ser firmado entre as partes:

a) a transmissão dos comandos de participante não-liquidante subordinado pelo respectivo liquidante-padrão;

b) a definição, pelo participante liquidante, do limite operacional aberto ao participante não-liquidante;

c) a extinção da obrigação decorrente da liquidação de operações de participante não-liquidante por participante li-quidante.

3 - As câmaras responsáveis por sistema de compensação e de liquidação de operações com títulos custodiados noSelic estão obrigadas a fornecer, ao Departamento de Operações de Mercado Aberto (Demab), os dados sobre todasessas operações liquidadas pelo mencionado sistema.

4 - As informações mencionadas no item anterior devem ser enviadas, por uma das redes de acesso ao Selic, de acor-do com os padrões e nos prazos estabelecidos pelo Demab.

5 - Os participantes do Selic estão sujeitos à cobrança de valor mensal com vistas a ressarcir as despesas de custeio ede investimento da Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto (Andima) e do Banco Central do Brasilrelativas ao funcionamento do Selic e de seus módulos complementares, bem como as despesas incorridas pelaAndima em suas atividades de fomento ao mercado de títulos públicos federais.

6 - Os valores devidos pelos participantes são apurados segundo metodologia de cálculo a ser divulgada pelo Demabpor meio de comunicado no Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen).

7 - A metodologia de cálculo para fins de ressarcimento pode ser revista a qualquer tempo, entrando em vigor noprimeiro dia útil do mês seguinte ao de sua divulgação no Sisbacen.

8 - O acesso inicial ao Selic e aos seus módulos complementares está condicionado ao pagamento, pelo participante,de importância definida pela Andima, a título de adesão.

9 - Ao participante liquidante-padrão é facultada a cobrança de tarifa mensal pelos serviços prestados ao participantenão-liquidante subordinado, relativos à transmissão dos comandos das operações deste.

10 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Demab.

Informativo Tributário Deloitte Touche Tohmatsu - Nº 5/2002