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Page 1: Circular 39 2013

CIRCULAR N.º 39/2013c / 1 Anexo

ASSUNTO: CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS

- ESCLARECIMENTOS DA AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E

ADUANEIRA (AT) SOBRE DOCUMENTOS DE TRANSPORTE

SETOR: Mercado e Concorrência DATA: 5 de julho de 2013

Caros Colegas:

Por força do disposto na Portaria n.º 161/2013, de 23 de abril, entraram em vigor em 1 de julho corrente as alterações ao regime de bens em circulação, que implica o cumprimento da obrigação de comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) dos documentos de transporte.

Trata-se de matéria sobre a qual a ADIPA se tem vindo a pronunciar, divulgando, quer a legislação aplicável, quer os esclarecimentos a que tem tido acesso, por forma a que os prezados colegas possam dar atempado cumprimento a tais disposições legais (cf. nossas circulares n.ºs 13, 25 e 38/2013).

Entretanto, veio a referida AT divulgar um vasto acervo de informação, constituído por um conjunto de perguntas / respostas sobre os “documentos de transporte” que esclarecem, designadamente, aspetos relativos à

Circulação de bens - Gerais- Emissão (dos documentos de transporte - DT)- Comunicação (dos elementos dos DT)

Questões tecnológicas- Gerais- Acesso telefónico (para comunicação dos elementos dos DT)

Devido à importância da matéria em apreço, divulgamos em anexo para vosso conhecimento e devida conformidade de procedimentos os esclarecimentos prestados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Com as melhores saudações associativas.

A DIREÇÃO

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ANEXO ÀCIRCULAR N.º 39/2013

DOCUMENTOS DE TRANSPORTE

Esclarecimentos da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)

PERGUNTAS FREQUENTES

CIRCULAÇÃO DE BENS - Gerais

1 - Qual a legislação que regula o Regime de Bens em Circulação (RBC)?

O Regime de Bens em Circulação está previsto no anexo ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho. Este regime foi alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, sendo posteriormente alterado pela lei do OE para 2013 (Lei n.º 66-B/2012, de 30 de dezembro). Em execução do art.º 8.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, foi publicada a Portaria n.º 161/2013, de 23 de abril.

2 - Quando entram em vigor as alterações ao regime de bens em circulação?

As alterações ao regime de bens em circulação entram em vigor no dia 1 de julho de 2013 (artigo 9.º da Portaria n.º 161/2013 de 23 de abril).

3 - Quem está sujeito ao processamento do documento de transporte?

Os documentos de transporte são processados pelos sujeitos passivos de IVA (referidos na alínea a) do n.º 1 do art. 2º do Código do IVA), que sejam remetentes dos bens e pelos detentores dos bens, antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do regime de bens em circulação.

4 - O que é uma guia de transporte?

A guia de transporte é um documento de transporte que acompanha a circulação, em território nacional, dos bens que possam ser objecto de operações realizadas por sujeitos passivos de IVA (ressalvadas as devidas exclusões previstas no art. 3º do Regime de Bens em Circulação).

5 - Que documentos, para efeitos deste regime, são considerados documentos de transporte?

Consideram-se documentos de transporte:- a Fatura;- guia de Remessa;- a Guia de Transporte- a Nota de Devolução;- o Documento Equivalente (Guia de movimentação de ativos próprios;Guias de consignação; Folha de obra ou outros).

6 - Quais são os elementos obrigatórios que o documento de transporte deve conter?

O documento de transporte deve conter obrigatoriamente os seguintes elementos:

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- nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente dos bens;- nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente dos bens;- número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo de IVA (art.º 2.º do CIVA);- menção, sendo caso disso, de que o destinatário ou adquirente não é sujeito passivo de IVA;- designação comercial dos bens, com indicação das quantidades;- locais de carga e descarga;- data e a hora em que se inicia o transporte.

Os documentos de transporte emitidos em papel devem ainda conter em impressão tipográfica:- a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu;- a respetiva numeração atribuída; e ainda- os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal.

7 - Quais as diferenças entre uma guia de transporte, uma guia de remessa ou outros documentos equivalentes?

Não existem diferenças de conteúdo entre a guia de transporte, a guia de remessa ou outros documentos a elas equivalentes, podendo ser utilizados de acordo com os usos comerciais. Qualquer daqueles documentos será um documento de transporte se contiver os elementos referidos no artigo 4º do Regime de Bens em Circulação.

8 - O que é considerado documento de transporte global?

Um documento de transporte global é um documento emitido quando o destinatário dos bens não seja conhecido, no momento da saída dos bens. A emissão do documento de transporte global obriga à emissão de um documento de entrega efetiva do bem ao destinatário ou, no caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente, o registo em documento próprio (folha de obra ou outro documento equivalente).

9 - Quais os bens que têm de ser acompanhados pelo documento de transporte?

Devem ser acompanhados pelo documento de transporte: - todos os bens em circulação em território nacional; - que possam ser objecto de operações realizadas por sujeitos passivos de IVA.

Consideram-se, para estes efeitos, bens em circulação: - todos os bens que se encontrem fora dos locais de produção, fabrico, transformação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmissão gratuita, de devolução, de afectação a uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência; - os bens encontrados em veículos nos actos de descarga ou transbordo, mesmo quando tenham lugar no interior dos estabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados, que não sejam casa de habitação; - os bens expostos para venda em feiras e mercados.

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10 - A fatura pode ser utilizada como documento de transporte?

Sim, a fatura pode ser utilizada como documento de transporte, desde que contenha os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado e, ainda, a indicação dos locais de carga e descarga, referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte. Sendo utilizada como documento de transporte, a fatura deve ser impressa em triplicado.

11 - Um Documento de Transporte pode servir para mais do que uma viatura, se os bens não puderem ser transportados na mesma?

Não, por cada viatura deve ser processado pelo menos um documento de transporte.

12 - Quais os bens que se encontram excluídos do âmbito do regime de bens em circulação?

Encontram-se excluídos do regime de bens em circulação os seguintes bens: - os bens de uso pessoal ou doméstico do próprio; - os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais bens se destinem a consumidores finais que previamente os tenham adquirido, com exceção dos materiais de construção, artigos de mobiliário, máquinas elétricas, máquinas ou aparelhos recetores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias; - os bens pertencentes ao ativo imobilizado; - os bens provenientes de produtores agrícolas, apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta; - os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se destinem a venda; - os filmes e material publicitário destinado à exibição e exposição nas salas de espetáculos cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empresas distribuidoras; - os veículos automóveis com matrícula definitiva; - as taras e embalagens retornáveis; - os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas efetuadas pelas entidades competentes;- os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, quando circularem em regime suspensivo nos termos do respetivo Código; - os bens respeitantes a transações intracomunitárias; - os bens respeitantes a transações com países terceiros quando em circulação em território nacional sempre que sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente os regimes de trânsito e de exportação; - os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam comunicados às direções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer–se acompanhar de cópia dessas comunicações.

13 - É obrigatório introduzir a matrícula no documento de transporte?

Não é obrigatória a referência da matrícula no documento de transporte. No entanto, tal menção pode constar do documento de transporte.

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CIRCULAÇÃO DE BENS - Emissão

1 - Quais as vias de emissão dos documentos de transporte?

Os documentos de transporte devem ser emitidos por uma das seguintes vias:- por via eletrónica, desde que garantida a autenticidade e integridade do conteúdo dos documentos;- por programa informático certificado pela AT;- por programa informático produzido internamente pela empresa ou pelo grupo, de cujos direitos de autor seja detentor;- Através do Portal das Finanças;- em papel, utilizando-se impressos numerados seguida e tipograficamente.

2 - Quais os sujeitos passivos obrigados à emissão dos documentos de transporte, por mecanismos de saída de computador?

Os sujeitos passivos que utilizem, ou sejam obrigados a utilizar, programas informáticos de facturação certificados devem proceder à emissão dos documentos de transporte por mecanismos de saída de computador, através de um dos seguintes meios:- via webservice;- através de programa informático que tenha sido objecto de prévia certificação pela AT;- através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respectivos direitos de autor seja detentor;- Estes sujeitos passivos podem, ainda, emitir os documentos de transporte diretamente no portal das finanças.

3 - A empresa transportadora dos bens está obrigada a emitir o documento de transporte pela prestação de serviço de transporte dos bens?

A empresa transportadora dos bens deve exigir aos remetentes dos bens, sujeitos passivos de IVA, o original e o duplicado do documento de transporte ou, sendo caso disso, o código de identificação atribuído aquando da comunicação por transmissão electrónica de dados.

4 - O documento de transporte é apenas emitido quando exista uma venda de bens com transporte?

Não. É obrigatório o processamento do documento de transporte, ainda que não exista uma transmissão de bens, bastando apenas que estes se encontrem fora dos locais de produção, fabrico, exposição, armazéns, etc. (Ver FAQ. N.º 9 – Gerais)

5 - É possível emitir diferentes séries do documento de transporte?

Sim, é possível emitir diferentes séries de documentos de transporte, desde que convenientemente referenciadas, efetuando-se a distinção através de prefixo ou sufixo na numeração do documento de transporte.

6 - A data e hora de início do transporte podem ser diferentes da data de emissão do documento?

A data de emissão do documento de transporte é sempre anterior à data de início do transporte. Tecnicamente, o documento de transporte pode ser emitido até 30 dias antes da data de início do transporte.

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7 - A hora do início do transporte poderá ser alterada?

Sim. A hora do início do transporte pode ser alterada até ao momento em que o mesmo se inicia.

8 - Como proceder no caso de ocorrerem alterações do local de destino no decurso do transporte ou não aceitação dos bens pelo adquirente ou destinatário?

Nos casos de alteração ao local de destino, ocorridas durante o transporte, ou de não aceitação imediata e total dos bens pelo destinatário, deve emitir-se um documento de transporte adicional. Esse documento de transporte adicional, enquanto documento de transporte subsidiário do inicial, é emitido em papel e deve referenciar sempre o documento de transporte inicial. Não obstante a sua emissão em papel, o documento de transporte adicional não necessita de ser previamente comunicado à AT. O emitente deve, no entanto, comunicar os elementos do documento de transporte adicional, até ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte, por inserção no Portal das Finanças, ou através de transmissão eletrónica de dados.

9 - Como proceder no caso da devolução dos bens por parte do destinatário?

Nos casos de devolução de bens pelo destinatário, este deve processar um novo documento de transporte (nota de devolução), que acompanhará os bens.

10 - O transporte de material a aplicar na prestação de serviço pelo remetente obriga à emissão de documento de transporte?

No caso de transporte de material a aplicar ou não na prestação de serviços, o remetente deve fazer-se acompanhar de uma guia global onde conste todo o material transportado.À medida que se aplica o material, deve ser emitida a respetiva folha de obra, procedendo, posteriormente, à inserção dos seus elementos no Portal das Finanças, até ao 5º dia útil seguinte ao do transporte.

11 - Que documento é necessário juntar no transporte de materiais para aplicação em obra?

É necessário emitir um documento de transporte global e elaborar a respectiva folha de obra, discriminando os bens incorporados na obra.

12 - As Aquisições Intracomunitárias de bens estão abrangidas pela obrigação da emissão do documento de transporte do regime de bens em circulação?

Não.

13 - Que tipo de documento deve acompanhar os bens importados em Portugal entre o posto aduaneiro de desalfandegamento e o local do primeiro destino?

O documento que deve acompanhar os bens importados é o documento probatório do desalfandegamento dos bens.

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14 - É obrigatória a introdução do valor unitário de cada bem?

Por lei, o valor unitário não é um elemento obrigatório do documento de transporte.

15 - Os transportes de bens que se destinam à exportação estão abrangidos pela obrigação da emissão do documento de transporte do regime dos bens em circulação?

O transporte de bens que se destinam à exportação não estão abrangidos pela obrigação de emissão do documento de transporte, desde que os bens sejam sujeitos a um destino aduaneiro, designadamente aos regimes de trânsito e exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro.

16 - Não sendo exigível um documento de transporte nos termos do Regime de Bens em Circulação (RBC), como justificar os bens transportados?

Nos casos em que não é obrigatória a emissão de um documento de transporte, pode ser solicitada a prova da proveniência e destino dos bens.Tal prova pode ser feita mediante a apresentação de um documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, da sua proveniência e destino.

17 - Existe a obrigação de emissão de documento de transporte para as transferências de bens entre armazéns da mesma empresa?

Sim, nos casos de transferência de bens entre armazéns da mesma empresa, existe a obrigação de emissão do documento de transporte.

18 - Quem está obrigado à emissão do documento de transportes no caso de recolha de resíduos hospitalares efetuados por empresas especializadas?

Cabe ao remetente dos resíduos hospitalares proceder à emissão do documento de transporte.

19 - No transporte da recolha de leite junto dos vários produtores, existe a obrigação de processamento do documento de transporte?

Sim. A empresa que procede à recolha do leite deve:- comunicar, em documento de transporte próprio, o número de identificação fiscal de cada produtor e a data do início do transporte;- emitir documentos de transporte em papel, impressos em tipografias autorizadas, à medida que os bens forem objeto de carga, com indicação do número de identificação fiscal do produtor, a designação comercial dos bens e as quantidades, bem como o local, o dia e a hora de carga; estes documentos deverão acompanhar o transporte dos bens;- inserir os elementos destes documentos de transporte, no portal das finanças, até ao 5º dia útil seguinte ao do início do transporte, fazendo menção do documento de transporte próprio comunicado previamente.

CIRCULAÇÃO DE BENS – Comunicação

1 - Quem está obrigado à comunicação dos elementos dos documentos de transporte?

Estão obrigados à comunicação dos elementos dos documentos de transporte os

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sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios superior a € 100 000.

2 - Quais os documentos de transporte que se encontram excluídos da obrigação de comunicação?

Encontram-se excluídos da obrigação de comunicação os elementos dos documentos de transporte em que o destinatário ou adquirente seja consumidor final.

3 - Quais as formas de comunicação dos elementos dos documentos de transporte?

As formas de comunicação dos elementos dos documentos de transporte para a AT são as seguintes: - a comunicação por transmissão eletrónica de dados; - a comunicação através de serviço telefónico.

4 - Quais as vias admitidas para a comunicação por transmissão eletrónica de dados?

A comunicação por transmissão eletrónica de dados pode ser efectuada: - por transmissão eletrónica em tempo real, integrada em programa informático, utilizando o Webservice disponibilizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT); ou - através do envio de ficheiro exportado pelo programa informático de emissão, recorrendo à aplicação de envio de dados disponibilizada no Portal das Finanças na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt); ou - através da emissão direta no Portal das Finanças do documento de transporte.

5 - Quando se considera cumprida a obrigação de comunicação dos elementos do documento de transporte nos casos de comunicação por transmissão eletrónica de dados?

A obrigação de comunicação considera-se cumprida no momento em que é disponibilizado o código de identificação atribuído ao documento.

6 - Quais os sujeitos passivos que se encontram obrigados a comunicar os elementos dos documentos de transporte, por transmissão eletrónica da dados?

São obrigados a utilizar a comunicação, por transmissão eletrónica de dados, os sujeitos passivos que: - se encontrem obrigados a utilizar, exclusivamente, programas informáticos de faturação que tenham sido objeto de prévia certificação pela AT; ou - emitam os documentos de transporte através de sistemas informáticos.

7 - O código de comunicação do documento fornecido pela AT tem de ser impresso obrigatoriamente e acompanhar a mercadoria?

Não. O código comunicação fornecido pela AT não tem de ser impresso. O código pode ser armazenado, pode ser inscrito no documento de transporte, pode ser memorizado, pode ser escrito num papel, pode ser enviado por mensagem de telemóvel, etc. O importante é que, num controlo de estrada, o motorista esteja em condições de informar, quer a AT, quer a Unidade de Ação Fiscal (antiga Brigada Fiscal) da GNR, que a mercadoria constante daquela viatura se encontra ao abrigo de um ou vários códigos da AT.

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8 - Se a fatura for utilizada como documento de transporte e acompanhar os bens, terei que efetuar a comunicação à AT?

Caso a fatura contenha os elementos referidos no art 36º do CIVA, assim como todos os elementos que devam constar do documento de transporte fica o remetente (proprietário dos bens) dispensado de comunicação à AT.

9 - Se efetuar a comunicação dos elementos do documento de transporte por transmissão eletrónica de dados, terei que imprimir o documento de transporte em papel?

Se efetuar a comunicação dos elementos dos documentos de transporte por transmissão eletrónica de dados, não é necessário imprimir o documento de transporte em papel. O código de identificação atribuído pela AT substitui o documento de transporte impresso em papel, mesmo para efeitos de fiscalização no decurso do transporte. Contudo SEMPRE que se trate de um documento de transporte global, o mesmo deve ser obrigatoriamente impresso.

10 - A devolução de bens com guia ou nota de devolução emitida pelo adquirente dos bens serve de guia de transporte e dispensa a comunicação prevista no Regime de Bens em Circulação à semelhança do que acontece com a factura?

Sim, a guia ou nota de devolução emitidas pelo adquirente dos bens servem como documento de transporte nos termos do RBC. No entanto, esses documentos não dispensam a obrigação de comunicação à AT, devendo o sujeito passivo comunicar pelas vias previstas no n.º 6 do artigo 5.º do RBC, consoante o seu enquadramento.

11 - Se a data comunicada para a saída da mercadoria for alterada face a hora efetiva da saída da mercadoria, deve este documento ser anulado e impresso um outro documento de transporte?

A data e/ou hora de início de transporte só pode ser retificada no portal das finanças, antes da hora/data prevista para o seu início. Se a retificação for posterior à hora prevista para início transporte, o sistema informático não irá permitir essa alteração. Nesta situação, tem de ser emitido um documento de transporte acessório pré-impresso, cujos elementos devem ser introduzidos no portal das finanças, no prazo de 5 dias, fazendo referência ao documento inicial.12 - É obrigatória a introdução do valor unitário de cada bem?

Por lei, o valor unitário não é um elemento obrigatório do documento de transporte.

13 - Quais os casos em que os elementos dos documentos de transporte são comunicados através de serviço telefónico?

A comunicação, antes do início do transporte, por serviço telefónico, pode ser efectuada em duas circunstâncias:- nos casos de emissão manual, em papel impresso em tipografias autorizadas, dos documentos de transporte; - nos casos de inoperacionalidade do sistema de comunicação do agente económico desde que devidamente comprovada pelo respetivo operador de telecomunicações.

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Em qualquer dos casos em que esteja consentida a comunicação prévia por serviço telefónico, o agente económico tem a obrigação de, no Portal das Finanças e até ao 5º dia útil seguinte ao do início do transporte, completar a informação sobre o documento de transporte.

14 - Quais as situações que podem ser consideradas inoperacionalidade do sistema da AT e como se deve proceder?

Em caso de inoperacionalidade do sistema da AT (portal das finanças) o documento de transporte a acompanhar os bens, deve ser emitido em suporte de papel e comunicado à AT, no prazo de 5 dias. (se possível, deve guardar a prova da anomalia reportada pelo sistema da AT)

15 - Quando o transporte de bens for efectuado por um transportador, que não seja remetente dos bens, ou pelo adquirente, quem deverá comunicar os elementos dos documentos de transporte à AT?

A obrigação de comunicação dos elementos dos documentos de transporte cabe à entidade que emitir o documento de transporte, ou seja, ao sujeito passivo remetente dos bens ou ao adquirente que tome posse dos bens, antes do início do transporte.

16 - As alterações ao local de destino e a não aceitação de bens pelo adquirente obrigam à emissão de um documento de transporte adicional. Nestes casos, como devem ser comunicados à AT?

A comunicação do documento de transporte adicional varia em função do modo de emissão do mesmo:1) Quando emitido em papel, o documento de transporte adicional deve fazer referência ao documento de transporte inicial, não sendo necessário efetuar a prévia comunicação à AT, através de serviço telefónico. No entanto, o sujeito passivo deve comunicar os elementos do documento de transporte adicional, por inserção no portal das finanças, até ao 5º dia útil seguinte ao do transporte. 2) Quando emitido pela via eletrónica, desde que garantida a autenticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo (p.e. através de aposição de assinatura eletrónica avançada ou emissão pelo sistema EDI), e com a consequente atribuição do código de identificação, fica dispensada a impressão do documento de transporte adicional e a necessidade de, até ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte, inserir no portal das finanças os elementos dos documentos de transporte.

17 - As entidades "não residentes" (sem sede, nem direção efetiva ou estabelecimento estável em Portugal) são obrigadas a emitir e comunicar os elementos dos respetivos documentos de transporte?

Não. As entidades "não residentes" (sem sede, direção efetiva ou estabelecimento estável em Portugal) são obrigadas a emitir os respetivos documento de transporte, mas não têm de os comunicar à AT.

18 - Como deve proceder um fornecedor de tabaco que tem máquinas de distribuição automática em vários estabelecimentos comerciais quando vai proceder ao abastecimento dessas máquinas?

O fornecedor de tabaco, quando sai do seu armazém com várias caixas, não sabe as quantidades a abastecer em cada máquina. Por isso, deve emitir um documento de

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transporte global processado por qualquer das vias referidas no artigo 5.º n.º 1 do RBC e nas condições aí mencionadas. Quaisquer que seja a via utilizada para o processamento, os documentos de transporte globais devem ser sempre impressos em papel, em 3 exemplares, e acompanhar os bens, ainda que exista o código de identificação. No momento das entregas efetivas de bens, deve ser emitido um documento “definitivo” por cada entrega, com referência expressa ao documento de transporte global. Este documento “definitivo” pode ser uma fatura. O documento das entregas efetivas deve ser processado em duplicado, servindo este para justificar a saída dos bens. Estes documentos das entregas efetivas são comunicados por inserção no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte.

QUESTÕES TECNOLÓGICAS - Gerais

1 - Quais as datas de fim do período experimental e início do funcionamento efetivo do sistema dos Documentos de Transporte?

O período experimental deste sistema termina às 24 horas do dia 30 de Junho de 2013. A partir das zero horas do dia 1 de Julho de 2013 todos os dados submetidos a este sistema serão considerados como informação fiscal válida e relevante. De forma a permitir aos utilizadores registarem documentos reais antes da entrada em funcionamento efetivo do sistema, serão adicionalmente considerados como válidos todos os documentos submetidos após as zero horas de 27 de Junho e cuja data de transporte seja posterior às zero horas do dia 1 de Julho de 2013. Os documentos de transporte considerados como experimentais serão oportunamente eliminados do sistema.

2 - Para que serve a aplicação informática disponibilizada pela AT no Portal das Finanças, site e-fatura para emissão direta dos Documentos de Transporte (DT)?

Esta aplicação informática permite dar cumprimento, simultâneo, à obrigação de emissão e de comunicação de documentos de transporte.

3 - Além da emissão de Documentos de Transporte no site e-fatura, que outras opções existem para comunicação de documentos de transporte à AT?

Os DT que não sejam emitidos no site e-fatura, são comunicados à AT por transmissão electrónica de dados, podendo ser em tempo real (por utilização de webservice), ou através de ficheiro exportado pelo programa informático de emissão, recorrendo à aplicação disponibilizada no Portal das Finanças.Nalguns casos a comunicação prévia pode ser efectuada por serviço telefónico, sob condição de ser complementada a informação necessária, até ao 5º dia útil seguinte ao do início do transporte.

4 - Quando é atribuído o código de identificação do documento?

O código de identificação do documento é atribuído logo que a informação do DT é recebido na AT e a hora/data de início do transporte é posterior à hora/data de comunicação.Quando a comunicação do DT é posterior à hora/data de início do transporte, a AT aceita o documento mas não atribui código de identificação do mesmo.

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QUESTÕES TECNOLÓGICAS - Acesso telefónico

1 - Quais os casos em que os elementos dos DT são comunicados através de serviço telefónico?

A comunicação, antes do início do transporte, por serviço telefónico, pode ser efectuada em duas circunstâncias:- nos casos de emissão manual, em papel impresso em tipografias autorizadas, dos documentos de transporte;- nos casos de inoperacionalidade do sistema de comunicação do agente económico desde que devidamente comprovada pelo respetivo operador de telecomunicações.Em qualquer dos casos em que esteja consentida a comunicação prévia por serviço telefónico, o agente económico tem a obrigação de, no Portal das Finanças e até ao 5º dia útil seguinte ao do início do transporte, completar a informação sobre o documento de transporte.

2 - Como posso aceder ao serviço telefónico automático da AT?

Ligando para o número de telefone 210 49 39 50, indicando o número de identificação fiscal e o código de acesso telefónico.

3 - Que elementos do DT são comunicados por via telefónica?

Os elementos a comunicar são os seguintes:- os quatro últimos dígitos do número do documento de transporte, devendo, se inferior ao milhar, ser precedido de “zeros” até completar os quatro dígitos;- a data de início do transporte (dia e mês, por esta ordem, com a inserção de quatro dígitos);- a hora do início do transporte (hora e minuto, por esta ordem, com a inserção de quatro dígitos);- o número de identificação fiscal do adquirente, quando aplicável.

4 - Como posso obter o código para comunicação telefónica dos DT, para os casos previstos na Lei?

Após autenticação no Portal das Finanças, selecionando a opção “obter acesso telefónico” disponibilizada na primeira página do lado direito do Portal. O código é criado por si e confirmado de imediato. Para o alterar deve utilizar a opção “Alterar senha”.

5 - Como proceder nas situações de inoperacionalidade do sistema da AT de comunicação dos documentos de transporte?

Em caso de inoperacionalidade do sistema da AT, fica dispensada a comunicação prévia ao início do transporte.Porém, o documento de transporte deve ser impresso em suporte de papel e acompanhar os bens em circulação, uma vez que não foi possível a obtenção do código de identificação do documento.A sua comunicação à AT deve ser efetuada posteriormente, até ao 5º dia útil seguinte ao do início do transporte.