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Circular nº 313 1º de Novembro 1976 1 CIRCULAR Nº 313 Aos estabelecimentos bancários autorizados a operar em câmbio Comunicamos que, na forma de decisão da Diretoria do Banco Central, em sessão de 8.9.1976, deverão ser observadas, a partir de 1.1.1977, no registro contábil dos atos e fatos administrativos com vínculo à Carteira de Câmbio, bem como na apuração dos resultados de câmbio, as normas constantes do anexo documento, denominado "CARTEIRA DE CÂMBIO - NORMAS CONTÁBEIS", o qual constitui separata, para a área de câmbio, da padronização da contabilidade dos estabelecimentos bancários. 1º de novembro de 1976. Fernão Carlos Botelho Bracher Diretor Ernesto Albrecht Diretor Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

1

CIRCULAR Nº 313

Aos estabelecimentos bancários autorizados a operar em câmbio

Comunicamos que, na forma de decisão da Diretoria do Banco Central, em sessão

de 8.9.1976, deverão ser observadas, a partir de 1.1.1977, no registro contábil dos atos e fatos

administrativos com vínculo à Carteira de Câmbio, bem como na apuração dos resultados de

câmbio, as normas constantes do anexo documento, denominado "CARTEIRA DE CÂMBIO -

NORMAS CONTÁBEIS", o qual constitui separata, para a área de câmbio, da padronização da

contabilidade dos estabelecimentos bancários.

1º de novembro de 1976.

Fernão Carlos Botelho Bracher

Diretor

Ernesto Albrecht

Diretor

Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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CARTEIRA DE CÂMBIO – NORMAS CONTÁBEIS

ÍNDICE GERAL

CAPITULO 1 – Critérios Aplicáveis ao Registro Contábil dos Atos e Fatos Ad-

ministrativos Vinculados à Carteira de Câmbio.

CAPITULO II – Apuração de Resultados da Carteira de Câmbio.

CAPÍTULO III – Balancete Analítico da Carteira de Câmbio.

CAPÍTULO IV – Títulos de Razão e Subtítulos.

CAPITULO 1 – Critérios Aplicáveis ao Registro Contábil dos Atos e Fatos Ad-

ministrativos Vinculados à Carteira de Câmbio.

ÍNDICE

(ordem numérica)

1. Disposições preliminares

2. Contratação de câmbio

3. Alteração de contrato de câmbio

4. Liquidação de contrato de câmbio

5. Cancelamento de contrato de câmbio

6. Baixa de contrato de câmbio na posição cambial

7. Exportação ao amparo de carta de crédito

8. Cobrança sobre o exterior, em moeda estrangeira

9. Cota de contribuição sobre exportação

10. Comissão de agente, frete e prêmio de seguro sobre exportação

11. Adiantamentos sobre contratos de câmbio

12. Financiamento à exportação com recursos externos

13. Exportação financiada com recursos do FINEX

14. Importação amparada em carta de crédito

15. Cobrança do exterior, em moeda estrangeira

16. Comissão de agente sobre importação

17. Financiamento à importação

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18. Cartas de crédito de importação e de exportação, vinculadas (“Back to Back C

dits”)

19. Transferências financeiras do e para o exterior

20. Câmbio manual (operações com cédulas e moedas e “traveller‟s checks”(

21. Operações ao amparo da Resolução n? 63, de 21.8.67

22. Operações simbólicas ao amparo da Resolução n? 229, de 1.972

23. Garantias prestadas por conta de terceiros

24. Garantias recebidas de clientes

25. Empréstimos, no País, com vínculo à Carteira de Câmbio

26. Arbitragens em moedas estrangeiras

27. Repasses de câmbio entre bancos e interdepartamentais – Repasses e cobertura

com o Banco Central do Brasil

28. Utilização de linhas de crédito em moedas estrangeiras

29. Retenção para recolhimento de imposto de renda

30. Despesas e receitas – Rendas e lucros, em suspenso

31. Contas no exterior, em moedas estrangeiras

32. Elaboração de lançamentos contábeis – Uso de valor índice

33. Escrituração de contas representativas de direitos e obrigações em moedas es-

trangeiras

34. Posição de câmbio – expressão contábil............................................................6

35. Relações com o exterior em cruzeiros

ÍNDICE

(em ordem alfabética)

Título

Adiantamentos sobre contratos de câmbio.............................................................11

Alteração de contrato de câmbio..............................................................................3

Arbitragens em moedas estrangeiras......................................................................26

Baixa de contrato de câmbio na posição cambial

Câmbio manual (operações com cédulas e moedas e “traveller‟s checks”)..........20

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Cancelamento de contrato de câmbio......................................................................5

Cartas de crédito de importaçâo e de exportação, vinculadas (“Back to Back

Credits”)18

Cobrança do exterior, em moeda estrangeira15

Cobrança sobre o exterior, em moeda estrangeira8

Comissão de agente, frete e prêmio de seguro sobre exportação10

Comissão de agente sobre importação16

Contas no exterior, em moedas estrangeiras31

Contratação de câmbio2

Cota de contribuição sobre exportação9

Despesas e receitas – Rendas e lucros, em suspenso30

Disposições preliminares1

Elaboração de lançamentos contábeis – Uso de valor índice32

Empréstimos, no País, com vínculo à Carteira de Câmbio25

Escrituração de contas representativas de direitos e obrigações em moedas estran-

geiras

Exportação ao amparo de carta de crédito7

Exportação financiada com recursos do FINEX13

Financiamento à exportação com recursos externos12

Financiamento à importação17

Garantias prestadas por conta de terceiros23

Garantias recebidas de clientes24

Importação amparada em carta de crédito14

Liquidação de contrato de câmbio4

Operações ao amparo da Resolução n° 63, de 21 8.6721

Operações simbólicas ao amparo da Resolução n~? 229, de 1 .9.7222

Posição de câmbio – expressão contàbil34

Relações com o exterior em cruzeiros35

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Repasses de câmbio entre bancos e interdepartamentais – Repasses e coberturas

com o Banco Central do Brasil27

Retenção para recolhimento de imposto de renda29

Transferências financeiras do e para o exterior19

Utilização de linhas de crédito em moedas estrangeiras28

1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1. O registro contábil dos atos e fatos administrativos relacionados à Carteira de

Câmbio deve ser feito com observância das normas constantes do presente documento, obedeci-

das na sua aplicação as disposições legais e regulamentares pertinentes à matéria, assim corno as

regras de contabilidade normalmente aceitas.

1.2. As diretrizes e normas consubstanciadas no presente documento não pressu-

põem permissão para a prática de operações ou serviços vedados por lei, regulamento ou ato ad-

ministrativo, ou dependentes de prévia autorização deste Banco Central.

2. CONTRATAÇÃO DE CÂMBIO

2.1. A contratação de compra ou de venda de câmbio, pelos estabelecimentos au-

torizados a realizar tais operações, ocasiona registro, na mesma data, em contas de compensação,

na forma abaixo:

a) compras de câmbio

– débito: “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR”

– subtítulo adequado

– crédito: “MOVIMENTO DE CÂMBIO”

b) vendas de câmbio

– débito: “MOVIMENTO DE CÂMBIO”

– crédito: “CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDAR”

– subtítulo adequado

2.2. Os registros nas contas “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR” e

“CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDAR” devem ser feitos com utilização de um dos seguintes sub-

títulos, conforme o caso:

a) “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR” – subtítulos:

– “Exportação”

– para registro das compras de câmbio de exportação sem refinanciamento do

FINEX, abrangidas, além do valor FOB, as parcelas de frete e seguro;

– “Exportação – FINEX”

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– para registro das compras de câmbio de exportação (FOB, frete e seguro), refi-

nanciadas pelo FINEX;

– “Financeiro”

– para registro das compras de câmbio de natureza financeira (no mercado sacado

ou manual) e de compras de câmbio simbólicas, nestas inclusive as realizadas com o Banco Cen-

tral. Não abrange compras de câmbio por arbitragens, nem as referentes a juros de exportação re-

financiado pelo FINEX;

– “Financeiro – FINEX”

– restrito ao registro das compras de câmbio referentes à parcela de juros inciden-

tes sobre exportações refinanciadas pelo FINEX;

– “Coberturas”

– destinado ao registro das compras de câmbio do estabelecimento, por cobertura,

efetuadas no mercado interbancário, bem como a departamentos do próprio banco, no País, ou ao

Banco Central do Brasil. Não abrange compras de câmbio de natureza simbólica ao Banco Cen-

tral do Brasil;

– “Arbitragens”

– para registro das compras de câmbio por arbitragens, realizadas com banqueiros

no exterior (inclusive departamentos, matriz ou congêneres do estabelecimento), com outros

bancos no País ou com departamentos do próprio banco no País.

b) “CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDAR” – subtítulos:

– “Importação”

– para registro das vendas de câmbio de importação, abrangidas, além do valor

FOB, as parcelas referentes a frete e seguro;

– ~

–para registro das vendas de câmbio financeiro (no mercado sacado ou manual) e

das vendas de câmbio simbólicas, nestas inclusive as realizadas com o Banco Central. Não a-

brange vendas de câmbio por arbitragens;

– “Repasses”

– para registro das vendas de câmbio por repasses efetuados a outros bancos no

País (inclusive Banco Central), ou a departamentos do próprio banco no País. Não abrange os re-

passes de compras de câmbio objeto de refinanciamento do FINEX;

– “Repasses–FINEX”

– restrito ao registro das vendas efetuadas ao Banco do Brasil S.A. – CACEX, por

repasse das compras de câmbio referentes a exportação e respectivos juros de operações refinan-

ciadas pelo FINEX;

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– “Arbitragens”

– destinado ao registro das vendas de câmbio por arbitragens, realizadas com ban-

queiros no exterior (inclusive departamentos, matriz ou congêneres do estabelecimento), outros

bancos no País ou com departamentos do próprio banco no País.

2.3. Excluem-se do registro de que trata o tem “2.1“, todavia, as compras e vendas

de câmbio, efetuadas ao Banco Central do Brasil, para, respectivamente, constituição e liberação

de depósito ao amparo da Circular n° 230, de 29.8.74, do Banco Central, de vez que tais opera-

ções, mesmo quando realizadas por bancos autorizados a operar em câmbio, não se conceituam

como computáveis na sua posição de câmbio.

24. Quando a contratação do câmbio for efetuada com a intermediação de corre-

tor, o valor da despesa de corretagem será contabilizado da seguinte forma:

– débito: – nas operações com clientes – “DEPÓSITOS

(titular o cliente)

– nas operações no interbancário, se for o caso (no banco que assuma a despesa de

corretagem) – “RESULTADOS DE CÂMBIO”

– subtítulo “Despesas”

– desdobramento de uso interno “De corretagens sobre operações de câmbio”.

– crédito: – em se tratando de sociedade corretora – “DEPÓSITOS DE

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS”

– subtítulo “Outras instituições financeiras” (titular a sociedade corretora)

– em se tratando de firmas individuais – “DEPÓSITOS SEM LIMITE”

(titular o corretor)

2.5. No caso de corretagens creditadas a firmas individuais, na forma do item an-

terior, simultaneamente ao crédito, será efetuado o seguinte lançamento relativo à provisão pela

parcela devida para, se for o caso, ocorrer à retenção do imposto de renda na fonte:

– débito: “DEPÓSITOS SEM LIMITE”

(titular o corretor)

– crédito: “CREDORES DIVERSOS – PAIS”

– subtítulo de uso interno – “Câmbio – Provisão para retenção de imposto de ren-

da sobre corretagens”

(titular o corretor)

Nota:as provisões efetuadas na forma supra serão liberadas, mediante lançamento

inverso, caso o seu total mensal não atinja o nível mínimo estabelecido na regulamentação em

vigor para retenção do imposto de renda na fonte, Na hipótese contrária – isto é, se devido o im-

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posto de renda na fonte, sobre o total mensal – a contabilização da retenção do imposto será pro-

cessada na forma do item “29,1.“, do presente,

2.6. Como critério alternativo ao procedimento indicado nos itens “2.4.” e “2.5.”,

precedentes, o valor das corretagens poderá, se assim convierem o banco e a sociedade ou firma

corretora, ser creditado à conta “CREDORES DIVERSOS

– PAIS” – subtítulo de uso interno “Câmbio – Corretagens a creditar” – titular a

sociedade ou firma individual corretora – para transferência, para a conta de depósitos do titular

da corretagem, até o último dia útil do mês de apresentação por este da respectiva nota de corre-

tagem e após verificada a exatidão dos valores envolvidos. No caso e em se tratando de firmas

individuais corretoras, simultaneamente ao crédito á conta “DEPÓSITOS SEM LIMITE”, pelo

valor das corretagens do mês, proceder-se-á à retenção – se devida – do imposto de renda na fon-

te, observado o disposto no item “29.1”, do presente.

3. ALTERAÇÃO DE CONTRATO DE CÂMBIO

3.1 – Das alterações de contratos de câmbio têm repercussão contábil apenas a-

quelas que se refiram à modificação da moeda estrangeira objeto da operação, em face da neces-

sidade de se ajustar, convenientemente, a escrituração existente em moeda estrangeira. Em tais

casos, o procedimento contábil a adotar é o seguinte:

a) procede-se ao estorno do lançamento original de registro do contrato em contas

de compensação (item “2.1.“), pelos valores correspondentes à moeda alterada;

b) realiza-se novo registro da operação, em contas de compensação, pelos valores

relativos à nova moeda estrangeira pactuada.

3.2. Em se tratando de alteração referente ao valor de cota de contribuição, deverá

ser promovido o correspondente ajustamento no lançamento de registro do valor da cota, indica-

do no item “9.1.”, do presente.

4. LIQUIDAÇÃO DE CONTRATO DE CÂMBIO

4.1 – A liquidação dos contratos de câmbio envolve, contabilmente, registros em

contas patrimoniais e em contas de compensação.

4.2. – O registro em contas patrimoniais, referente à liquidação dos contratos de

câmbio, é promovido:

a) na liquidação das compras de câmbio dos estabelecimentos:

– a débito de conta adequada, representativa do ingresso do valor em moeda es-

trangeira, e crédito à conta devida, pelo contravalor em moeda nacional da operação;

b) na liquidação das vendas de câmbio dos estabelecimentos:

– a débito da conta devida, pelo contravalor em moeda nacional da operação, e

crédito à conta adequada, representativa da saída do valor em moeda estrangeira.

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4.3. A conta patrimonial representativa do valor em moeda estrangeira, a ser debi-

tada ou creditada pela liquidação, respectivamente, de compras ou de vendas de câmbio dos es-

tabelecimentos, dependerá da natureza da operação, como a seguir exemplificado:

a)Iiquidaçâo de compras ou de vendas de câmbio manual (não abrange £~tra~ vel-

ler‟s checks”):

–conta: “VALORES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subt(tulo “Cédulas e moedas”

b)liquidação de compras de câmbio sacado (de exportaçâo ou financeiras, inclu-

sive “traveller‟s checks”) a que corresponda o imediato aumento de disponibilidades dos bancos

em moedas estrangeiras:

– conta:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subt(tulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro – vide item “4.4”)

c)liquidaçâo de compras de câmbio de exportaçâo quando o valor em moeda es-

trangeira seja aplicado, diretamente, no resgate de empréstimo obtido no exterior, destinado ao

financiamento da exportaçâo:

–conta: “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subt(tulo adequado

(titular o credor no exterior)

d)liquidação de compras de câmbio de exportação, com base em documentos em

ordem, para pagamento a prazo, ao amparo de carta de crédito irrevogável ou com base em cam-

biais a prazo, aceitas ou avalizadas por banqueiros no exterior:

– conta:“CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOEDAS ES-

TRANGEI RAS”

(titular o banqueiro – vide item “4.4”)

nota:os valores existentes na conta supra serão, na data do respectivo venci-

mento, transferidos para débito da conta devida, observados os critérios indicados nas letras “b”

e “c”, anteriores;

e)liquidação de vendas de câmbio sacado (de importaçâo ou financeiras, inclusive

“traveller‟s checks”) a que corresponda o imediato desembolso do valor em moeda estrangeira:

– conta:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta de movimento” (titular o banqueiro sacado)

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f)liquidaçâo de vendas ae câmbio de importação quando o correspondente valor

em moeda estrangeira tenha sido, originalmente, registrado como financiamento ao importador:

–conta: “FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo adequado

(titular o importador)

g)liquidação de compras e de vendas de câmbio simbólicas, ao amparo da Resolu-

ç~o n° 229, de 1.9.72:

–conta: “CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Operações simbólicas – ResoIuç~o n? 229”

4.4.Nas compras de câmbio relativas a transações ao amparo de convênio bilateral

de pagamentos ou conduzidas sob convênio de crédito recíproco, o titular da conta devedora re-

presentativa do ing,resso da moeda estrangeira (indicada nas letras “b” e “d” do item anterior)

será, respectivamente, “Banco Central do Brasil – Convênio bilateral” ou “Banco Central do

Brasil – CCR”. Os registros em tais titulares serâo encerrados com a transferência do valor para

o banqueiro efetivo, quando da remessa ao exterior do correspondente cheque recebido do Banco

Central do Brasil.

4.5.Em conseqüência da liquidaçêo de contratos de câmbio deverá, na mesma da-

ta, ser promovido lançamento em contas de compensação, na forma abaixo:

a)pela liquidação de compras de câmbio dos estabelecimentos:

–débito: “CÂMBIO LIQUIDADO”

–crédito: “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR”

–subtítulo adequado

b)pela liquidaçâo de vendas de câmbio dos estabelecimentos:

–débito: “CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDAR”

–subtítulo adequado

–crédito: “CAMBIO LIQUIDADO”

Os lançamentos acima poderêo ser globais para as compras (letra “a”) ou para

vendas (letra „b”) liquidadas no dia, sendo indispensável, todavia, a discrimina-Ção por subtítulo

dos respectivos totais em moeda estrangeira e cruzeiros.

5.CANCELAMENTO DE CONTRATO DE CÂMBIO

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5.1 .O cancelamento de contrato de câmbio acarreta, pelos valores cancelados,

lança-mentos em contas de compensação inverso ao realizado quando da celebração do contrato

de câmbio (item “2.1.”). Assim, registrarão os bancos:

a)pelo cancelamento de suas compras de câmbio:

–débito: “MOVIMENTO DE CÂMBIO”

–crédito: “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR”

subtítulo adequado

b)pelo cancelamento de suas vendas de câmbio:

–débito: “CAMBIO VENDIDO A LIQUIDAR”

– subtítulo adequado

–crédito: “MOVIMENTO DE CÂMBIO”

5.2.O valor de diferença de taxa produzida por cancelamento de contrato de câm-

bio será contabilizado na conta “RESULTADOS DE CÂMBIO” – subtítulo “Despesas” ou “Re-

ceitas”, conforme o caso – desdobramento “Diferenças de taxas de cancelamentos”, em contra-

partida com a conta adequada do cliente.

6.BAIXA DE CONTRATO DE CÂMBIO NA POSIÇÃO CAMBIAL

6.1.A baixa de contratos de câmbio na posição cambial implica na inversão, pelos

valores da baixa, do lançamento original, em contas de compensação. efetuado quando da cele-

bração de contrato do câmbio (item “2.1.”). Assim, será conta-bilizado:

a)pela baixa de compras de câmbio dos bancos:

–débito: “MOVIMENTO DE CAMBIO”

–crédito: “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR”

–subtítulo adequado

b)pela baixa de vendas de câmbio dos bancos:

–débito: “CAMBIO VENDIDO A LIQUIDAR”

–subtítulo adequado

–crédito: “MOVIMENTO DE CÂMBIO”

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6.2.Simultaneamente ao lançamento na forma do item anterior, será promovido,

pelo valor-índice de Cr$ 1,00, o seguinte registro, em contas de compensação,

para controle da existência de contratos de câmbio baixados e pendentes de solu-

ção:

–débito: “DEVEDORES POR CONTRATOS DE CÂMBIO BAIXADOS”

–(t(tular o cliente)

–crédito: “CONTRATOS DE CÂMBIO BAIXADOS”

–subtítulo “Protestados”ou “Sem protesto”, conforme o caso.

6.3.O registro contábil de que trata o item “6.2.” será encerrado, mediante inver-

são do lançamento ali indicado, em virtude:

a)da solução da pendência que originou a baixa do contrato de câmbio na posição

cambial; ou

b)de ser considerada inviável a solução da pendência e desde que decorridos, no

mínimo, 5 anos da baixa do contrato de câmbio.

7.EXPORTAÇÃO AO AMPARO DE CARTA DE CRÉDITO

7.1.As cartas de crédito abertas no exterior a favor de exportadores sediados no

País, recebidas e simplesmente avisadas aos beneficiários, não são objeto de registro contábil.

7.2.Ocorrendo a confirmação, pelo estabelecimento, de cartas de crédito de expor-

tação, institu(das no exterior a favor de beneficiários no Pa(s, deverá ser promovido o seguinte

lançamento em contas de compensação, com valor-índice ao par, em cruzeiros, para registro da

responsabilidade do estabelecimento:

– débito:“CRÉDITOS DE EXPORTAÇÃO CONFIRMADOS” (titular o banquei-

ro instituidor)

–crédito: “RESPONSABILIDADES POR CRÉDITOS DE EXPORTAÇÃO

CONFI RMADOS”

(titular o exportador)

Nota:a respeito do valor-índice ao par, ver item “32.4.”.

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7.3.Quando do recebimento dos documentos, em ordem, correspondentes a expor-

tação amparada em carta de crédito que tenha sido aceita para negociação pelo estabelecimento

operador, por constituir garantia efetiva para o recebimento do respectivo valor em moeda es-

trangeira, será promovido lançamento, na forma abaixo, referente à liquidação da compra do

câmbio de exportação e, se for o caso, ao valor recebido de cota de contribuição que incida sobre

a exportação:

a)no caso de a carta de crédito prever o seu reembolso contra a apresentação dos

documentos:

– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro onde ingressem as dividas)

ou, se o valor for diretamente aplicado no resgate de obrigação no exterior –

“OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– subtítulo adequado

(titular o credor)

–crédito: pelo valor do câmbio negociado – “DEPÓSlTOS (titular o cli-

ente)

ou, se tiver havido adiantamento sobre o contrato de câmb~:

“ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO

–subtítulo adequado (titular o exportador)

–se houver incidência de cota de contribuição – encerrando o registro correspon-

dente â responsabilidade do exportador – “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE

EXPORTA-DORES”

(titular o exportador)

b)no caso de a carta de crédito estabelecer o seu reembolso a prazo:

– débito.„CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOEDAS ES-

TRANGEI RAS”

(titular o banqueiro – vide item “4.4.” do presente)

–crédito: idêntico ao indicado no lançamento da letra anterior

Observações:

la.–os registros na conta “CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOE-

DAS ESTRANGEIRAS” serão, na data do respectivo vencimento previsto na carta de crédito,

transferidos para a conta “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movi-mento” – ou, se aplicado o valor no resgate de o-

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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brigação em moeda es-trangeira, para a conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS”

– subtítulo adequado;

2a. –n~o se conceitua como “em cobrança” a remessa ao exterior de títulos e do-

cumentos decorrentes da negociação de cartas de crédito de exportação e com câmbio, conse-

qüentemente, liquidado na forma das letras “a” ou “b”, deste tem. Assim, é dispensável registro,

em contas de compensação, relativo à remessa ao exterior de títulos e documentos referentes à

nego-ciação de tais cartas de crédito.

7.4.Lançamento idêntico ao indicado na letra “a” do tem “7.3.” será efetuado rela-

tivamente à liquidação de compra de câmbio – e, se for o caso, ao ingresso do valor correspon-

dente à cota de contribuição – em virtude da negociação de carta de crédito destinada a paga-

mento antecipado de exportação.

7.5.Relativamente aos casos em que os documentos correspondentes à exportação,

entregues pelo exportador, apresentem discrepâncias das condições estabeleci-das na carta de

crédito, bem como na hipótese de a carta de crédito não ter sido aceita para negociação, pelo

banco, por não ser considerada garantia efetiva para a exportação – inclusive por inexeqüibilida-

de de suas condições – a operação será conduzida como cobrança sobre o exterior, com obser-

vância do procedi-mento contábil indicado no Título “8” do presente.

7.6.Em se verificando o aceite, pelo banqueiro no exterior, para documentos de

exportação remetidos com discrepância, referentes a carta de crédito acolhida para negociação

pelo banco comprador, deverá ser promovida a liquidação da compra de câmbio da exportação,

processando-se o lançamento adequado na forma do item “73.”, seguido da baixa do registro da

cobrança que, em tais casos, terá sido efetuado em conformidade com o item precedente.

7.7.Quando da negociação das cartas de crédito confirmadas kelo estabelecimen-

to, da alteração para menor do seu valor, ou em face da sua não utilização, será promovido pelo

importe correspondente, lançamento inverso ao indicado no item “7.2.”.

7,8.As receitas decorrentes do aviso, alteração, confirmação ou negociação das

cartas de crédito de exportação são contabilizadas:

a)quando recebidas em moeda estrangeira – em liquidação da compra de câmbio

referente ao ingresso das divisas –

– débito:„CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

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–subtítulo “Conta Movimento”

(titular o banqueiro – vide item “4.4.”, do presente)

–crédito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subt(tulo “Receitas”

–desdobramento de uso interno “De créditos de exportação”

b)se recebidas em cruzeiros:

–débito: “DEPÓSITOS

–crédito: “RESULTADOS DE CAMB1O”

–subtítulo “ Receitas”

–desdobramento de uso interno “De créditos de exportação”

7.9Além dos lançamentos indicados, promoverão os bancos, pela contratação e li-

quidaç~o de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na forma dos itens

“2.1 .“ e “4.5” do presente.

8.COBRANÇA SOBRE O EXTERIOR, EM MOEDA ESTRANGEIRA

81.Os títulos e/ou documentos em moeda estrangeira remetidos ao exterior sem

pré-via liquidação de câmbio, para cobrança, devem ser registrados em contas de compensação,

com valor-índice ao par, em cruzeiros, através do seguinte lança-mento:

–débito: “TÍTULOS EM COBRANÇA NO EXTERIOR”

–subtítulo de uso interno “Câmbio” ou “Câmbio – FINEX”, conforme o caso

(titular o banqueiro incumbido da cobrança)

–crédito : – nas cobranças com câmbio já contratado – “COBRANÇA

VINCULADA A OPERAÇÕES”

–subtítulo “No exterior”

–desdobramento de uso interno “Câmbio” (titular o cedente)

–nas cobranças com câmbio a contratar – “COBRANÇA POR CONTA DE

TERCEIROS” .- subtítulo “Do País”

–desdobramento de uso interno “Câmbio” (titular o cedente)

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Nota:a respeito do valor-índice ao par, ver item “32.4,”.

8.2.No caso de aceite, pelo banqueiro no exterior, a documentos de exportação

remetidos com discrepância, relativos a carta de crédito acolhida pelo banco para negociação,

deverá ser promovida a imediata liquidação do câmbio, seguida da baixa do registro da cobrança,

na forma do item “7.6.”, do presente.

8.3.Pelo pagamento no exterior de cobrança em moeda estrangeira promoverão os

bancos o seguinte lançamento relativo à liquidação da compra de câmbio e, se for o caso, à cota

de contribuição recebida:

– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular adequado)

ou, em se tratando de cambial de exportação objeto de operação de financiamento

no exterior, cujo produto da cobrança seja aplicado diretamente na liquidação da obrigação rela-

tiva ao financiamento – “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo adequado (titular o banqueiro credor)

–crédito: – Pelo valor do câmbio negociado – “DEPÓSITOS........,,,”

(titular o cliente)

ou, se tiver havido adiantamento sobre o contrato de câmbio –

“ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO”

–subtítulo adequado (titular o exportador)

–se houver incidência de cota de contribuição – encerrando o registro correspon-

dente à responsabilidade do exportador – “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE

EXPORTA-DORES”

(titular o exportador)

8.4.Lançamento inverso ao indicado no item “B.l.”, retro, será efetuado em vir-

tude do resgate (parcial ou total) da cobrança ou do seu desconto sem direito de regresso, assim

como em face da sua devolução.

8.5.Prescinde de registro em contas de compensação o envio ao exterior de tftulos

e/ou documentos com câmbio previamente liquidado.

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86.As comissões e despesas pagas a banqueiros no exterior, sobre cobranças de

que tenham sido incumbidos, são contabilizadas na forma abaixo, em liquidação da venda de

câmbio efetuada para tal fim, sem prejuízo do que faculta o tem “30.6”, do presente:

–débito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “Despesas”

–desdobramento de uso interno “De cobranças sobre o exterior”

– crédito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro)

Nota:quando deduzidas do aviso da cobrança, o valor das despesas deve ser lan-

çado a débito de “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOE-. DAS

ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movimento” – titular “Despesas bancárias – Comissões”

ou “Despesas bancárias – De comunicação”, conforme o caso, em conjunto ao débito à conta a-

dequada pelo valor líquido creditado da cobrança, em contrapartida com a conta adequada do

cliente, compondo o lançamento de liquidação da compra do câmbio. O encerramento dos regis-

tros nos titulares indicados, referentes a despesas bancárias, se processará com observância do

disposto nas letras “b” e “c” do item “30.6.”, do presente.

87.As com~tsões e taxas recebidas por cobranças sobre o exterior, são contabiliza-

das a crédito de “RESULTADOS DE CAMBIO” – subtítulo “Receitas” – desdobramento de uso

interno “De cobranças sobre o exterior” – em contrapartida com a conta adequada do cliente,

8.8.Por ocasião dos balancetes mensais e dos balanços semestrais, deverão os

bancos, com base na taxa de compra fixada pelo Banco Central do Brasil para efeito d. balancete

ou balanço, reajustar os saldos das contas de compensação de registro de títulos em cobrança no

exterior, em moeda estrangeira. Os reajustes da espécie terao caráter meramente indicativo e se-

rão efetuados mediante lançamento envolvendo, conforme o caso, os conjuntos contábeis indica-

dos no item “8.1.”, devendo ser inscritos no titular simbólico „ Reajuste de saldos”, que será ado-

tado para tal fim. No dia útil seguinte ao do balancete ou balanço, será promovido o estorno de

referido reajuste, de modo que os saldos das contas abrangidas rever-tam ao seu valor primitivo.

8.9.Além dos lançamentos indicados, promoverâo os bancos, pela contrataçáo e li-

quidaç~o de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na forma dos itens

2.1 .“ e „4.5.” do presente.

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9.COTA DE CONTRIBUIÇÃO SOBRE EXPORTAÇÃO

9.1.Oimporte de cota de contribuição devida sobre exportação deverá ser registra-

do

contabilmente pelos bancos, quando da contratação do câmbio da exportação,

através do seguinte lançamento em contas patrimoniais:

–débito: “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE EXPORTADO-

R ES”

(titular o exportador)

–crédito: “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A ENTREGAR”

9.2.Pela entrega do valor da cota, ao Banco Central do Brasil, promoverão os ban-

cos o débito à conta “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A ENTREGAR”, em contra-partida a:

a)nas exportações em moedas conversíveis:

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro sacado)

b)nas exportações em moedas de convênio:

“CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Cotas de contribuição em moedas de convênio”

9.3.Quando da liquidação de suas compras de câmbio referentes a exportações su-

jei-tas à entrega de cota de contribuição, efetuarão os bancos o crédito à conta

“COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE EXPORTADORES”, pelo

valor relativo à cota, mediante débito a:

a)nas exportações em moedas conversíveis:

–a conta adequada (dentre as indicadas, conforme o caso, nas letras “b” a “d” do

tem “4.3.”) representativa do ingresso do valor em moeda estrangeira;

b)nas exportações em moedas de convênio:

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–“CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Cotas de contribuição em moedas de convênio”

9.4.Ocorrendo o cancelamento de contrato de compra de câmbio de exportação

sujeita a cota de contribuição,e não tendo havido o embarque da mercadoria, promoverão os

bancos, pelo valor relativo à cota, lançamento inverso ao indicado no item “9.1.”.

9_5_Atribuir-se-á aos lançamentos nas contas “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A

RECEBER DE EXPORTADORES” e “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A ENTRE-

GAR” valor em cruzeiros calculado à mesma taxa aplicada ao contrato de câmbio

de exportação a que se vincule a cota.

10.COMISSÃO DE AGENTE, FRETE E PRÉMIO DE SEGURO SOBRE

EXPORTA-çÃo

1o_1_Conceitua-se como em “conta gráfica” o valor de comissão de agente, de

frete ou de prêmio de seguro sobre exportação, cujo recebimento e transferência para o benefici-

ário no exterior (observadas as disposições sobre a matéria) são processáveis sem fechamento de

câmbio.

10.2.Conduzidos em “conta gráfica” os valores de que se trata somente produzirão

registro contábil no caso de a sua transferência ao beneficiário no exterior não ser ordenada, dire-

tamente, na carta de remessa ao exterior dos documentos da exportação.

10.3.Ingressos em moedas estrangeiras correspondentes a valores em “conta gráfi-

ca” de comissão de agente, frete ou prêmio de seguro sobre exportação, serão registrados pelos

bancos a crédito da conta “CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEI RAS” – subtítu-

lo “Comissões de agentes sobre exportação” ou “Fretes e prêmios de seguros sobre exportação”,

conforme o caso – em lança-mento conjunto ao do registro, em contas patrimoniais, da liquida-

ção do contrato de compra de câmbio da exportação a que se vincule o valor em “conta gráfica”.

10.4.A transferência para o beneficiário no exterior de valor registrado em “conta

gráfica” relativo a comissão de agente, frete ou prêmio de seguro sobre expor-tação será contabi-

lizada da seguinte forma:

–débito: “CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

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–subtítulo adequado

– crédito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro sacado)

10.5.Ocorrendo o pagamento, no País, do valor de comissão de agente sobre ex-

porta-ção recebido pelo banco em “conta gráfica” será promovido o seguinte registro, em contas

patrimoniais, relativo à liquidação da compra de câmbio efetuada ao agente, para tal fim:

–débito: “CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Comissões de agentes sobre exportação”

–crédito: “DEPÓSITOS SEM LIMITE” ou “CAIXA” (titular o agente)

10.6.No histórico dos lançamentos na conta “CONTAS GRÁFICAS EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Comissões de agentes sobre exportação” ou “Fretes e

prêmios de seguro sobre exportação” – deverão ser indicados o número, a data do fechamento e a

data da liquidação do contrato de câmbio de expor-taçsto correspondente.

107.Além dos lançamentos indicados, promoverão os bancos, sempre que correr a

contratação e a liquidação de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação,

na forma dos itens “2.1 .“ e “4.5.” do presente.

1 1.ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO

1 1.1A concessão, pelos bancos, de adiantamentos sobre contratos de câmbio será

repistrada a débito da conta “ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE CAMBIO” –

subt(tulo “Letras a entregar”, “Letras entregues”, “Letras a entre-gar – FINEX” ou “Letras entre-

gues – FINEX”, conforme o caso – titular o exportador, mediante crédito à conta adequada deste.

Os subtítulos “ Letras a entregar – FINEX” e “Letras entregues – FINEX” s~o de utilização res-

trita aos adiantamentos refinanciados pelo Banco do Brasil S.A. – CACEX com recursosdo

FINEX.

1 1 .2.Os adiantamentos registrados em subtítulo referente a letras a entregar da

conta “ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO” deverào ser transferidos pa-

ra o respectivo subtítulo relativo a letras entregues, da mesma conta, uma vez recebidos pelos

bancos os documentos referentes à exportação e mantido o adiantamento.

1 1 .3.Sempre que o resgate do adiantamento ocorrer normalmente, isto é, com o

produto da liquidação de câmbio de exportação, o crédito à conta “ADIANTAMENTOS SOBRE

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CONTRATOS DE CAMBIO” – subtítulo próprio – deverá compor o lancamento de liquidação

do contrato de càmbio respectivo, em contrapartida, assim, ao débito à conta adequada represen-

tativa do ingresso do valor em moeda estrangeira. No caso de resgate do adiantamento por resti-

tuição (parcial ou total) do seu valor, o crédito à conta “ADIANTAMENTOS SOBRE

CONTRATOS DE CAMBIO” será efetuado em contrapartida ao débito à conta de depósitos do

cliente.

11.4.Deverão os bancos transferir para a conta “CRÉDITOS EM LIOUIDAÇÂO”

– subtítulo de uso interno “Câmbio” – em nome do exportador, o valor de adiantamento que não

seja resgatado até 30 dias após o vencimento do contrato de câmbio em que se baseou a sua con-

cessão.

1 1.5.Os deságios de adiantamentos sobre contratos de câmbio devem ser contabi-

liza-dos a débito da conta adequada do exportador e crédito à rubrica “RESULTA-DOS DE

CAMBIO” – subtítulo “Receitas” – desdobramento adequado.

12.FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO COM RECURSOS EXTERNOS

12.1.As obrigações em moedas estrangeiras contra(das pelos bancos para financia-

mento à exportação brasileira – realizada antes ou depois do embarque da mercadoria – devem

ser registradas a crédito da conta “OBRIGAÇÕES EM MOE-DAS ESTRANGEIRAS” – subtítu-

lo adequado na forma do item “12.2.” – titular o credor no exterior – debitando-se, em contrapar-

tida, pelo ingresso das divisas, a conta “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movimento”. O lançamento relativo a esse registro pode-

rá ser feito com valor-índice de Cr$ 1,00 ou com valor indicativo em cru-zeiros, à taxa de com-

pra do dia, na moeda, devendo constar de seu histórico o prazo da operação, as taxas de juros e

comissões incidentes e, sempre que possível e seja o caso, as condições pactuadas para a liquida-

ção antecipada da opera-çao.

12.2.De acordo com a natureza da operação, deve ser empregado um dos seguin-

tes subtítulos da conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”, para reqi~o das o-

brigações vinculadas a financiamento concedidos – em quaisquer de suas modalidades – à expor-

tação:

–“Aceites bancários vinculados à exportação” – quando a obrigação no exterior,

seja contraída através de aceite do banco, antes ou depois de realizado o embarque da mercadori-

a;

–“Letras de exportação descontadas” – quando a obrigação no exterior, para o fi-

nanciamento, seja contraída mediante o desconto – com direito de regresso sobre o banco – de

cambial de exportação;

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–Vinculadas a financiamentos à pré-exportação” – quando a obrigação no exteri-

or, destinada a financiamento à exportação em fase anterior à do em-barque da mercadoria, seja

contraída por outras formas que não a de aceite bancário;

–“Vinculadas a financiamentos à exportação, até 360 dias” – utilizável para regis-

tro das obrigações contraídas no exterior, para resgate a prazo de até 360 dias, não referentes a

aceite bancário ou desconto de letras de exporta-ção, embora destinadas ao financiamento de ex-

portação já realizada;

–“Vinculadas a financiamentos à exportação, acima de 360 dias” – de finalidade

análoga à do desdobramento anterior, mas restrito aos casos em que o prazo para resgate da obri-

gação no exterior exceda a 360 dias.

12.3.O resgate no exterior de obrigações em moedas estrangeiras assumidas pelos

bahcoa para financiamento à exportação será contabilizado mediante débito à conta

“OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo adequado – e crédito à conta:

–“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”–

subtítulo “Conta movimento” – na hipótese de, no pagamento ao credor, serem utilizados fundos

já disponíveis em conta no exterior;

–“CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–quando se aplique, diretamente, no resgate da obrigação o produto, em moe-da

estrangeira, de letras e/ou documentos de exportação, com câmbio já liquidado, registrado em tal

rubrica;

–“ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO” – subtítulo ade-

quado – quando se promova o resgate da obrigação com a aplicação direta do valor em moeda

estrangeira produzido pela liquidação da compra de câmbio de exportação;

–“COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE EXPORTADORES” – pela

parcela relativa à cota, quando o resgate da obrigação seja efetuado com a apli-

cação direta do produto de exportação, em cobrança, que inclua o valor de cota de contribuição;

–“OBRIGAÇOES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Outras linhas

de crédito utilizadas” – no caso de a obrigação ser resgatada com a utilização de linha de crédito,

no exterior.

12.4.No caso de o registro de obrigações relativas a financiamento de exportação

ser efetuado de forma centralizada, em um único departamento, deverá ser observado o seguinte

procedimento em face da liquidação, em outros departamentos, de compras de câmbio cujo pro-

duto seja diretamente aplicado no resgate de tais obrigações:

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a)no departamento comprador de câmbio – a liquidação da compra de câmbio será

registrada a débito de “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movimento” – titular para fins de centralização “Regis-

tros Centralizados”, indicando-se no histórico do lançamento todos os elementos necessários à

correta apropriação do valor na conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”;

b)no departamento que centralize os lançamentos na conta “OBR~GAÇÕ EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS” – ao recebimento da cópia do Iançamen~ to indicado na letra “a”,

que lhe será imediatamente encaminhada pela ag~n~ cia que efetuou a liquidação do câmbio –

ou com base em aviso deste últirr~‟ por telex ou telefone – será promovido o débito do valor en-

volvido á conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo adequado– titu-

lar o banqueiro credor – em contrapartida a “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta mo. vimento” – titular “Registros centraliza-

dos”.

12.5.Na hipótese de o financiamento à exportação ser realizado através do descon.

to no exterior, sem direito de regresso, de cambial de exportaçâb – n~o se coo. figurando, assim,

a assunção pelo banco de obrigação em moeda estrangeira – o registro contábil da operação será

processado da seguinte forma:

a)pelo desconto da letra (valor total da cambial):

l– no caso de letra amparada em carta de crédito e com câmbio já liqui. dado:

~- débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ES.

TRANGEI RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro onde ingressem as divisas)

–crédito: “CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOEDAS

ESTRANGE 1 RAS”

(titular o banqueiro instituidor da carta de crédito)

l 1 – em se tratando de letra remetida ao exterior, em cobrança:

i– registrando o ingresso do valor em moeda estrangeira, em liquida-

ção da compra de câmbio da exportação e, se for o caso, relativo

à cota de contribuiç~o:

– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

subtítulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro onde ingressem as dividas)

–crédito: – pelo contravalor do câmbio negociado com o expor-tador –

“DEPÓSITOS

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(titular o exportador)

ou, se tiver havido adiantamento sobre o contrato de

câmbio –

“ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE

CÂM B lO”

–subtítulo adequado (titular o exportador)

–se houver incidência de cota de contribuição – encerrando o registro relativo à

responsabilidade do expor-tador – “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE

EXPORTADOR ES”

(titular o exportador)

ii– registrando a baixa da cobrança:

–débito: “COBRANÇA VINCULADAA OPERAÇÕES”

–subtítulo “No exterior”

–desdobramento de uso interno “Câmbio” (titular o cedente)

–crédito: “TÍTULOS EM COBRANÇA NO EXTERIOR”

–subtítulo de uso interno “Câmbio” (titular o banqueiro incumbido da cobrança)

b)pelas despesas de desconto: será adotado procedimento na forma do item

“12.6”.

12.6.O valor de comissão e despesas de juros ou descontos, pagos a banqueiros no

exterior, relativas a operações realizadas para financiamento à exportação de-verá ser contabili-

zado a débito de “RESULTADOS DE CÂMBIO” – subtítulo “Despesas” – desdobramento de

uso interno “Juros , descontos e comissões pagos a banqueiros” – e crédito à conta

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Con-

ta movimento” – em Iiquidaç~o da venda de câmbio que será realizada para tal fim.

127.Tendo em vista que, na forma da reguIamentaç~o em vigor, estio isentos de

imposto de renda os juros, descontos e comissões pagos pelos bancos sobre obrigações no exte-

rior que, contraídas para financiamento à exportaç3o, sejam efetivamente liquidadas com o pro-

duto de exportações, deverão os estabelecimentos – para fins de exibição, quando solicitada, a

prepostos do Banco Central do Brasil ou da Receita Federal – conservar, por prazo não inferior a

seis anos, os documentos de natureza contábil relativos à operação, inclusive os referentes a ju-

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ros e comissões pagos no exterior, bem como aqueles que comprovem o resgate da obrigação

com o produto de exportação.

12.8.Além dos lançamentos indicados, promoverão os bancos, pela contratação e

li-quidaç~o de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na forma dos i-

tens “2.1 .“ e “4.5.”, do presente.

13.EXPORTAÇÃO FINANCIADA COM RECURSOS DO FINEX

13.1 .A contratação das compras de câmbio a exportadores, relativas a exporta-

ções refinanciadas com recursos do FINEX, bem como referentes aos juros incidentes sobre o fi-

nanciamento concedido pelo exportador ao importador, deve ser registrada a débito da conta

“CAMBIO COMPRADO A LIQUIDAR” – subtítulo “Exportação – FINEX” ou, no caso de ju-

ros, “Financeiro – FINEX” – em contrapartida com a conta “MOVIMENTO DE CAMBIO”.

13.2.A contratação das vendas de câmbio, ao Banco do Brasil S.A. – CACEX, por

repasse das compras referidas no tem anterior, deve ser contabilizada a crédito da conta

“CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDAR” – subtítulo “Repasses – FINEX”

–em contrapartida com “MOVIMENTO DE CÂMBIO”.

13.3.Os adiantamentos, concedidos aos exportadores, sobre as compras de câmbio

da espécie e os correspondentes refinanciamentos obtidos pelo banco junto ao Banco do Brasil

S.A. – CACEX serão registrados da seguinte forma:

a)pelo adiantamento ao exportador:

–débito: “ADIANTAMENTOSSOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “Letras a entregar – FINEX” ou “Letras entregues

–FINEX”, conforme o caso (titular o exportador)

–crédito: “DEPÓSITOS (titular o exportador)

b)pelo refinanciamento do adiantamento, com recursos do FINEX:

–débito: “BANCO DO BRASILS.A. – CONTA DEPÓSITOS”

–crédito: “OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS COM INSTITUIÇÕES FINAN-

CEIRAS OFICIAIS”

–subtítulo “CACEX-FINEX – Pré-exportação” ou “CACEX-FINEX – Exportação

realizada”, conforme

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se trate, respectivamente, de letras a entregar ou letras entregues.

13.4.Os adiantamentos registrados no subtítulo “Letras a entregar – FINEX”. da

conta “ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO”, deverão ser transferidos

para o subt(tulo “Letras entregues – FINEX”, da mesma conta, uma vez recebidos os documen-

tos correspondentes à exportação e mantido, ou complementado, o adiantamento, com vínculo a

refinanciamento do FINEX:

No caso, procederá o banco à simultânea transferência, pelo valor correspondente,

do subtítulo “CACEX-FINEX – Pré-exportação” para o subtítulo “CACEXFINEX – Exportação

realizada” da conta “OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS COM INSTITUÇÕES FINANCEIRAS

OFICIAIS”.

13.5.A liquidação das compras de câmbio aos exportadores, vinculadas aos refi-

nanciamentos de que se trata, será contabilizada na forma abaixo:

a)no caso de transações sem direito de regresso – com base nos documentos da

exportaçâo, satisfeitos os requisitos exigidos:

– débito:“CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOEDAS ES-

TRANGEI RAS”

(titular”CACEX – FINEX”)

–crédito: “ADIANTAMENTOSSOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO”

–subtítulo adequado (titular o exportador)

ou, se não tiver sido concedido adiantamento sobre o contrato de câmbio,

“DEPÓSITOS

(titular O exportador)

b)nas transações com direito de regresso – com base no recebimento das divisas:

– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro onde ingressem as divisas)

–crédito: “ADIANTAMENTOSSOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “Letras entregues – FINEX” (titular o exportador)

136.A liquidaçâo das vendas de câmbio dos bancos por repasses, ao Banco do

Brasil S.A. – CACEX, de suas compras de câmbio da espécie será contabilizada da se-guinte

forma:

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a)transações sem direito de regresso – mediante o endosso e entrega das cambiais

à CACEX:

– débito:“OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS COM INSTITUIÇÕES FINAN-

CEIRAS OFICIAIS”

–subtítulo “CACEX-FINEX – Pré-exportaçáo” ou “CACEXFINEX – Exportação

realizada”, conforme o caso

–crédito: “CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOEDAS ES-

TRANGEI RAS”

(titular “CACEX-FINEX”)

b)transações com direito de regresso – mediante a entrega das divisas:

– débito:“OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS COM INSTITUIÇÕES FINAN-

CEIRAS OFICIAIS”

–subtítulo “CACEX-FINEX – Exportaçâo realizada”

–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro sacado)

13.7.As cambiais remetidas ao exterior para cobrança ou para aceite, referentes a

ex-portaçõesrefinanciadas pela CACEX, devem ser registradas contabilmente a débito de

“TITULOS EM COBRANÇA NO EXTERIOR” – subt(tulo de uso interno “Câmbio – FINEX” –

titular o banqueiro incumbido da cobrança – e crédito a “COBRANÇA VINCULADA A

OPERAÇÕES” – subt(tulo “No exterior” – titular o cedente. Quando mantidas em poder do ban-

co aguardando oportuna remessa ao exterior, em cobrança, as cambiais referentes às opercções

de que se trata serão registradas a débito de “TITULOS EM COBRANÇA DIRETA” – subtítulo

“De terceiros” – desdobramento de uso interno “Câmbio – FINEX

–Sobre o exterior, em Carteira” e crédito à conta “COBRANÇA VINCULADA A

OPERAÇÕES” – subtítulo “No exterior” – titular o cedente.

13.8.As receitas produzidas pelos adiantamentos sobre contratos de câmbio, rela-

tivos às operações refinanciadas com recursos do FINEX,_de que se trata, serâo conta-bilizadas a

crédito da conta “RESULTADOS DE CAMBIO” – subt(tulo “Receitas” – desdobramento de uso

interno “De ACC” ou “De ACE”, conforme se trate, respectivamente, de letras a entregar ou le-

tras entregues – mediante débito à conta de depósitos do exportador.

3.9.A parcela da comissâo pela dispensa do direito de regresso, cobrada ao expor-

tador, nas transações assim conduzidas, será registrada pelo banco a crédito da conta

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“RESULTADOS DE CÂMBIO” – subtítulo “ Receitas” – desdobramento de uso interno “De

ACE”.

13.1O.As despesas pagas pelos bancos ao Banco do Brasil S.A. – CACEX, em

decorrência dos refinanciamentos da espécie, devem ser registradas a débito da conta

“RESULTADOS DE CÂMBIO” – subtítulo “Despesas” – desdobramento de uso interno “Ou-

tras”.

flhl.AIém dos lançamentos indicados, promoverâo os bancos, pela Iiquidaçâo dos

contratos de câmbio referidos, os correspondentes registros em contas de compensa-

ç~o mencionados no item “4.5.”, do presente.

IMPORTAÇÃO AMPARADA EM CARTA DE CRÉDITO

~ A instituiçâo de cartas de crédito de importaçâo, em moedas estrangeiras, deve

ser registrada em contas de compensação, da seguinte forma:

a)operações a serem cobertas, no exterior, com recursos do banco emitente

~da carta de crédito:

–débito: “CRÉDITOS ABERTOS PARA IMPORTAÇÂO”

–subtítulo “Câmbio contratado” ou “Câmbio a contratar”, conforme o caso

(titular o importador)

–crédito: “RESPONSABILIDADES POR CRÉDITOS PARA IMPORTA-ÇÂO”

–subtítulo “Operações à vista”, “Operações a prazo de até 360 dias” ou “Opera-

ções a prazo acima de 360 dias”, con

forme o caso.

(titular o banqueiro sobre o qual seja instituída a carta de crédito)

b)importações financiadas no exterior, ao amparo da Circular n? 198, de 24.1.73,

do Banco Central do Brasil – parcela coberta pelo financiamento no exterior:

–débito: “CRÊDITOS ABERTOS PARA IMPORTAÇÃO”

–subt(tulo “Importação financiada – Circular n~? 198” (titular o importador)

–crédito: “RESPONSABILIDADES POR CRÉDITOS PARA IMPORTA-ÇÂO”

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–subtítulo “Importação financiada – Circular n? 198” (titular o banco agente, no

exterior)

Nota:atribuir-se-á aos lançamentos de registro, acima indicados, valor em cru-

zeiros com base na taxa aplicada à respectiva venda de câmbio do banco ou – no caso de câmbio

a contratar e de importaçôes financiadas sob a Circular n‟? 198 – com base na taxa de venda, pa-

ra a moeda, vigente na data da instituiçâo da carta de crédito, nesta hipótese apenas para fins in-

dicativos.

142.O depósito de garantia recebido dos importadores, incidente nas vendas de

câmbio destinadas a abertura de cartas de crédito que amparem importações com prazo de paga-

mento inferior a 360 dias contados do embarque da merca-dona, bem como o recolhimento a este

Banco Central do seu valor, na forma estabelecida no Comunicado GECAM n? 312, de 4.6.76,

serão registrados da seguinte forma:

a)relativamente ao depósito recebido do importador:

–débito: “DEPÓSITOS (titular o importador)

–crédito: “DEPOSITOS VINCULADOS”

– subt(tulo “A operações da Carteira de Câmbio”

– desdobramento de uso interno “Comunicado GECAM n~?

312”

(titular o importador)

b)pelo recolhimento, ao Banco Central, do valor do depósito:

–débito: “BANCO CENTRAL – DEPÓSITOS PARA A CONTRATAÇÃO

DE CÃMBIO”

–crédito: “BANCO DO BRASIL SA. – CONTA DEPÓSITOS”

143.Pelo recebimento, em ordem, dos documentos relativos à utilização da carta

de crédito, promoverão os bancos a baixa do respectivo registro em contas de com-pensação, a

qual, nos casos das operações nas condições da letra “a” do tem “14.1 .“, será precedida de lan-

çamento na forma abaixo:

a)nas cartas de crédito à vista:

1 –quando a respectiva venda de câmbio seja liquidada na ocasião do re

cebimento dos documentos:

– débito: “DEPÓSITOS

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(titular o importador)

ou, se for o caso,

“DEVEDORES POR CRÉDITOS LIQUIDADOS NO EX-

TER 10 R”

– subt(tulo “Importações à vista”

(titular o importador)

– crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ES-

TRANGEI RAS”

– subtítulo “Conta Movimento”

(titular o banqueiro)

ou, se houver utilização de linha de crédito no exterior

“OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– subtítulo “lmportaç~o – Linhas de crédito utilizadas,

até 360 dias”

(titular o banqueiro credor)

II –quando a liquidação da correspondente venda de câmbio n3o ocorra por

ocasião do recebimento dos documentos:

– débito: “FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– subtítulo “De importaçâo – Cartas de crédito utilizadas”

– desdobramento de uso interno “À vista”

(titular o importador)

– crédito: idêntico ao indicado no inciso anterior.

b)nas cartas de crédito reembolsáveis a prazo:

1 –emitidas para pagamento à vista ao exportador, mediante utilização de

linha de crédito no exterior:

– débito: “FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– subtítulo “De importaçâo Cartas de crédito utilizadas”

desdobramento de uso interno, conforme o caso:

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– “Com aceite em saques, até 360 dias”

– “Com aceite em saques, acima de 360 dias”

– “Com recurso a linhas de crédito, até 360 dias”

– “Com recurso a linhas de crédito, acima de 360 dias”

(titular o importador)

– crédito: “OBRIGAÇÔESEM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– subtítulo, conforme o caso:

– “lmportaçâo – Aceites bancários, até 360 dias”

– “lmportaçêo – Aceites bancârios, acima de 360 dias”

– “Importação – Linhas de crédito utilizadas, até 360

dias”

– “Importação – Linhas de crédito utilizadas, acima de

360 dias”

(titular o banqueiro)

II –emitidas para pagamento a prazo ao exportador:

– débito: “FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– subtítulo “De importação – Cartas de crédito utilizadas”

– desdobramento de uso interno, conforme o caso:

– “A prazo de até 360 dias”

– “A prazo acima de 360 dias”

(titular o importador)

– crédito: “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– subtítulo, conforme o caso:

– “lmportaçâb – Cartas de crédito utilizadas, até 360

dias”

– “lmportaçêo – Cartas de crédito utilizadas, acima de

360 dias”

(titular o banqueiro)

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14.4.A conta “FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtí-

tulo “De importação – Cartas de crédito utilizadas” – desdobramento adequado – deverá ser en-

cerrada mediante débito na conta de depósitos do importador ou em “DEVEDORES POR

CRÉDITOS LIQUIDADOS NO EXTERIOR” – subt(tulo “Importações à vista” ou “Importa-

ções a prazo”, conforme o caso – ou, ainda, na conta “CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO” –

subt(tulo de uso interno “Câmbio” – em liquidação da venda de câmbio da importação, observa-

do que:

a)os valores registrados no desdobramento de uso interno “À vista”, deverão ser

encerrados, no máximo, até 30 dias após a data do respectivo débito do banqueiro no exterior, re-

ferente à negociação da carta de crédito;

b)os valores registrados nos demais desdobramentos de uso interno da rubrica em

causa serão encerrados até o dia útil seguinte ao do respectivo vencimento previsto para tal fim

na carta de crédito.

14.5.Quando do resgate das responsabilidades decorrentes da utilização de cartas

de crédito de importação, inscritas na conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ES.

TRANGEIRAS” – subt(tulo adequado – promoverão os bancos o correspondente débito à referi-

da rubrica, em contrapartida com a conta “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movimento”.

14.6.As comissões e demais despesas cobradas por banqueiros no exterior inci-

dentes em créditos de importação são contabilizadas na forma abaixo, sem prejuízo do que facul-

ta o item “30.6.” do presente:

–débito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subt(tulo “Despesas”

–desdobramento de uso interno “De créditos de importação”

–crédito: –pelo valor transferido para o exterior, em liquidaçâo de venda

de câmbio –

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAN

G E 1 R AS”

– subtítulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro)

–pela retençâo do imposto de renda devido referente à comissão

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transferida –

“CREDORES DIVERSOS – PAÍS”

– subtítulo “Outros”

– desdobramento de uso interno “Retenções de imposto de ren

da sobre operações de câmbio”.

14.7.As comissães recebidas sobre cartas de crédito de importação são contabili-

za-das a crédito de “RESULTADOS DE CAMBIO” – subtítulo “Receitas” – desdobramento de

uso interno “De créditos de importação”, em contrapartida com a conta de depósitos do importa-

dor.

14.8.Por ocasião dos balancetes mensais e dos balanços semestrais, promoverão

os bancos, com base na taxa de compra fixada pelo Banco Central para efeito de balancetes men-

sais e balanços, o reajuste, por subtítulo, dos saldos das contas

“CRÉDITOS ABERTOS PARA IMPORTAÇÃO” e “RESPONSABILIDADES

POR CRÉDITOS PARA IMPORTAÇÃO” – mediante lançamento envolvendo referidas rubri-

cas. Os reajustes da espécie terão caráter meramente indicativo, devendo ser lançados no titular

simbólico, “Reajuste de saldos”, que será adotado para tal fim. No dia útil seguinte ao do balan-

cete ou balanço será efetuado o estorno do reajuste relativo, apenas, às cartas de crédito com

câmbio já contratado, de modo que o saldo contábil em cruzeiros das contas de registro às mes-

mas referentes reverta ao seu valor primitivo.

14.9.No caso de utilização parcial da carta de crédito ou de alteração, para menor,

do ~ u valor, deverá ser processada a baixa do lançamento de registro pelo valor devido, para a-

juste, inclusive, da correspondente escrituração extracontábil em moeda estrangeira.

14.10.Vencido o prazo previsto na carta de crédito sem que se verifique a sua uti-

liza-ção deverá ser realizada a baixa dos respectivos saldos existentes nas contas de registro indi-

cadas no item “14.1.”.

14.11.Além dos lançamentos citados, efetuarão os bancos, pela contratação e li-

quida-ção de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na for-ma dos

tens “2.1.” e “4.5.” do presente.

15.COBRANÇA DO EXTERIOR, EM MOEDA ESTRANGEIRA

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15. 1.Os títulos e documentos em moeda estrangeira recebidos do exterior para

cobrança devem ser registrados, em contas de compensação, com valor-índice ao par, em cruzei-

ros, através do seguinte lançamento:

–débito: “TI~ULOS EM COBRANÇA DIRETA”

–subtítulo adequado

–desdobramento de uso interno “Câmbio”

–crédito: “COBRANÇA POR CONTA DE TERCEIROS”

–subtítulo “Do exterior” (titular o cliente da cobrança)

Nota:a respeito do valor-índice ao par ver tem “32.4.”.

15,2.Quando do resgate da cobrança promoverão os bancos o seguinte lançamen-

to, relativo à liquidação da respectiva venda de câmbio ao cliente:

–débito: “DEPÓSITOS (titular o importador)

–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAN-

GEIRAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro sacado)

ou, se for utilizada linha de crédito junto ao banqueiro – “OBRIGAÇÕES EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Importação – Linhas de crédito utilizadas, até 360 dias”

(titular o banqueiro credor)

15.3.Por ocasião dos balancetes mensais e dos balanços semestrais, promoverão

os bancos, com base na taxa de compra fixada pelo Banco Central do Brasil para fins de balance-

tes mensais e balanços, o reajuste dos saldos das contas “TITULOS EM COBRANÇA DIRETA”

– subtítulo adequado – desdobramento de uso interno “Câmbio” – e “COBRANÇA POR

CONTA DE TERCEIROS” – subtítulo “Do exterior”– referentes a cobranças do exterior em

moedas estrangeiras. Os reajustes da espécie terão caráter meramente indicativo e serão efetua-

dos mediante lançamento envolvendo mencionadas rubricas, utilizado, para tal fim, o titular sim-

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bólico “Reajuste de saldos”. No dia útil seguinte ao do balance-te ou balanço, será efetuado o es-

torno de referido reajuste, de modo que os saldos das contas revertam ao seu valor primitivo.

15.4.Lançamento inverso ao indicado no item “15.1.”, supra, será efetuado quan-

do do resgate (parcial ou total) da cobrança ou da sua devolução ao cedente no exterior.

15.5.Os pagamentos referentes a comissões e despesas que sejam devidas a ban-

queiros no exterior sobre t(tulos dos mesmos recebidos para cobrança, s~o contabilizados:

–débito : “DEPÓSITOS.

(titular o cliente)

–crédito: –pelo valor transferido para o exterior, em liquidação de venda de

câmbio –

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAN

GEI RAS”

– subt(tulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro)

–pela retenção do imposto de renda devido sobre comissões

“CREDORES DIVERSOS – PAIS”

– subtítulo “Outros”

– desdobramento de uso interno “Retenções de imposto de ren

da sobre operações de câmbio”

15.6.As comissões recebidas por cobranças do exterior serão contabilizadas por

crédito

a “RESULTADOS DE CAMBIO” – subtítulo “Receitas” – desdobramento de

u~ interno “De cobranças do exterior” – e débito de:

–quando recebidas em cruzeiros – a conta de depósitos do responsável pelo paga-

mento;

–quando recebidas em moeda estrangeira, dos cedentes – em Iiquidaçâo da res-

pectiva compra de câmbio:

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

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–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro)

15.7.Além dos lançamentos indicados, promoverâo os bancos, pela contratação e

liqui. daç~o de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na forma dos

itens “2.1.” e “4.5.” do presente.

16.COMISSÃO DE AGENTE SOBRE IMPORTAÇÃO

16.1.O valor de comissão de agente sobre importação produz registro contábil

quando pagável em cruzeiros, no País.

16.2.O importe de comissão de agente, nas condições do tem precedente, deve ser

creditado à conta “CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Co-

missões de agentes sobre importação”, compondo o lançamento relativo à liquidação da venda

de câmbio da importação, como se ilustra a seguir:

–débito: “DEPÓSITOS (titular o importador)

–crédito: – pela parcela que se transfere para o exterior –

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro sacado)

–pela parcela relativa à comissâo de agente, pagável em cruzeiros, no País –

“CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Comissões de agentes sobre importação”

16.3.O registro contábil da liquidação da compra de câmbio efetuada ao agente

para pagamento, em cruzeiros, do valor da comissão é processado da seguinte forma:

–débito: “CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Comissões de agentes sobre importação”

–crédito: “DEPÓSITOSSEM LIMITE” (titular o agente) ou

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“CAIXA”

16.4.Além dos lançamentos indicados, promoverão os bancos, pela contratação e

liquidação de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na forma dos i-

tens “2.1.” e “4.5.” do presente.

17.FINANCIAMENTO À IMPORTAÇÃO

17.1.Para fins de indicação do correspondente procedimento contábil são conside-

rados, em relação ao financiamento à importação:

a)a utilização de linhas de crédito no exterior;

b)o financiamento interno, em cruzeiros, de vendas de câmbio de importação.

17.2.As linhas de crédito utilizadas no exterior para financiamento à importação

são registradas a crédito de “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo

“Importação – Aceites bancários, até 360 dias”, “Importação – Aceites bancários, acima de 360

dias”, “Importação – Linhas de crédito utilizadas, até 360 dias” ou “Importação – Linhas de cré-

dito utilizadas, acima de 360 dias”, conforme o caso.

17.3.O registro dos financiamentos concedidos a importadores, pela utilização,

pelos bancos, de linhas de crédito no exterior, destinadas ao financiamento de importa.

ções,éfeito, em contrapartida à conta indicada no item anterior, mediante débito a

“FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – utilizados os subtítulos e desdo-

bramentos seguintes:

a)no caso de importação amparada em carta de crédito:

–subtítulo “De importação – Cartas de crédito utilizadas”

–desdobramento de uso interno, conforme o caso:

–“Com aceite em saques, até 360 dias”

–“Com aceite em saques, acima de 360 dias”

–“Com recurso a linhas de crédito, até 360 dias”

–“Com recurso a linhas de crédito, acima de 360 dias” b) não havendo amparo de

carta de crédito:

–subtítulo “De importação – Outros”

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–desdobramento de uso interno, conforme o caso:

–“Com aceite em saques, acima de 360 dias”

–“Com recurso a linhas de crédito, acima de 360 dias”

17.4.O encerramento da conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS”, referida no item 17.2., do presente, se dará, quando do resgate da respectiva

obrigação, mediante débito à citada rubrica, em contrapartida com “CORRES-PONDENTES NO

EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subt(tulo “Conta movimento”.

17.5.Ouanto ao encerramento da conta “FINANCIAMENTOS EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS” – subtítulo “De importação – Cartas de crédito utilizadas” ou “De importa-

ção – Outros” – cabe notar o seguinte:

a)em se tratando de valores registrados no subtítulo “De importação – Cartas de

crédito utilizadas”, o seu encerramento se processará com observância do

disposto no item “14.4.” do presente;

b)no caso de valores inscritos no subt(tulo “De importação – Outros”, o seu encer-

ramento deverá ocorrer até o dia útil seguinte ao vencimento para resgate da obrigação com o

banqueiro no exterior e será promovido, mediante a liquidaç~o da venda de câmbio da importa-

ção, a débito da conta de depósitos do importador ou, na ausência de fundos para acolher o débi-

to, de “DEVEDORES DIVERSOS – PAIS” – subt(tulo de uso interno “Câmbio”; neste último

caso, a dívida será transferida para “CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO”, no máximo, até 30 dias

após o vencimento, caso n~o seja resgatada pelo importador nesse prazo.

17.6.Relativamente ao financiamento interno, em cruzeiros, de vendas de câmbio

de importação, cabe considerar, sob o aspecto contábil, os seguintes pontos:

a)os empréstimos destinados à constituição de depósitos de garantia da venda de

câmbio ou para aplicação na sua imediata liquidaçâo;

b)a liquidação de vendas de câmbio de importação a débito da conta “DEVEDO-

RES POR CRÉDITOS LIQUIDADOS NO EXTERIOR”.

17.7.Os empréstimos concedidos – inclusive através do desconto de títulos – para

constituição de depósitos de garantia de vendas de câmbio de importação ou para aplicação na

sua imediata liquidação (letra “a” do item anterior),~bem como as respectivas receitas de juros e

comissôes e o Imposto sobre Operações Financeiras incidente, serão contabilizados consoante

disposto no Título “25” do presente.

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17.8.No que concerne à liquidação de vendas de câmbio de importação conduzida

ao amparo de carta de crédito, mediante débito ao importador na conta “DE-VEDORES POR

CRÉD1TOS LIQUIDADOS NO EXTERIOR” (letra “b” do tem “17.6.”), cabe notar o seguinte:

a)o débito, ao importador, na conta “DEVEDORES POR CRÉDITOS LIQU IDA-

DOS NO EXTERIOR” – subtítulo “Importações à vista” ou “Importações a prazo” – será efeti-

vado em contrapartida com a rubrica representativa do valor em moeda estrangeira, em liquida-

ção da venda de câmbio da importação, conforme indicado nos itens “14.3.a” e “14.4.” do pre-

sente;

b)os débitos da espécie serão resgatados mediante transferência do valor envolvi-

do da conta “DEVEDORES POR CRÉDITOS LIQUIDADOS NO EXTERIOR” para a conta

adequada de depósitos do importador, até 180 ou 60 dias corri-dos, contados da data do lança-

mento, conforme se trate, respectivamente, de registros no subtítulo “Importações à vista” ou

“Importações a prazo”. Esgota-do referido prazo, sem que se verifique o resgate do débito, deve-

rá o correspondente valor ser transferido para a conta “CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO” – subtí-

tulo de uso interno “Câmbio” – em nome do importador;

c)as rendas de juros, comissões e taxas cobradas sobre os débitos registrados na

conta “DEVEDORES POR CRÉDITOS LIQUIDADOS NO EXTERIOR” serão contabilizadas

da seguinte forma:

–débito: “DEVEDORES POR CREDITOS LIQUIDADOS NO EXTERIOR”

–subtítulo adequado

(titular o importador)

–crédito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “Receitas”

–desdobramento de uso interno “Rendas de financiamentos para liquidação de

vendas de câmbio”

d)o valor do Imposto sobre Operações Financeiras incidente sobre os débitos re-

gistrados na conta “DEVEDORES POR CREDITOS LIQUIDADOS NO EXTERIOR” deve ser

contabilizado mediante débito à referida conta, em contrapartida com a rubrica “IMPOSTO

SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS” – subtítulo “Operações de crédito”.

LCARTAS DE CRÉDITO DE IMPORTAÇÃO E DE EXPORTAÇÃO,

VINCULA. DAS (“BACK TO BACK CREDITS”)

1.1.As operações denominadas “back to back credits” – que consistem na institui-

ção de carta de crédito de importação, por conta de Agente no País, a favor de expor-tador no ex-

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terior, cobrindo o pagamento de mercadoria destinada ao comprador final em terceiro país, ao

amparo de carta de crédito de exportação aberta por conta do comprador final, no exterior, a fa-

vor do Agente no País – devem ser registradas contabilmente com observância do seguinte:

a)a compra de câmbio ao Agente no País, relativa à carta de crédito de exporta-

ção, será registrada a débito da conta “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR”

–subt(tulo “Exportação” – em contrapartida com “MOVIMENTO DE

CÂMBIO”;

b)a venda de câmbio, ao Agente no Pa(s, para instituição da carta de crédito a fa-

vor do exportador no exterior será registrada a crédito de “CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDAR”

– subtítulo “Importação”, em contrapartida com “MOVIMENTO DE CÂMBIO”;

c(a instituição da carta de crédito de importação, por conta do Agente no País, a

favor do exportador no exterior, será registrada a débito de “CRÉDITOS ABERTOS PARA

IMPORTAÇÃO” – subtítulo “Câmbio contratado” – titular o Agente – mediante crédito a

“RESPONSABILIDADES POR CRÉDITOS PARA IMPORTAÇÃO” – subtítulo “Operações à

vista” ou “Opera-ções a prazo de até 360 dias”, conforme o caso – titular o banqueito no exteri-

or;

d)pelo recebimento dos documentos em ordem, relativos à utilização da carta de

crédito de ímportação, no exterior, promoverá o banco os respectivos lan-çamentos, observado, a

propósito, o disposto no Título “14”, do presente;

e)entregues, pelo Agente no País, os documentos em ordem relativos à utiliza-ção

do crédito de exportação aberto pelo comprador final no exterior, será promovida a liquidação da

respectiva compra de câmbio, observado o disposto no Título “7” do presente;

f)relativamente às despesas e receitas incidentes sobre as operações de que se tra-

ta, procederão os bancos na forma recomendada para a particular, nos Títulos “7” e “14” do pre-

sente.

8.2.Cumpre lembrar que a realização de operações de “back to back credits” de-

pende, em cada caso, da prévia autorização do Banco Central, ao qual deverá ser submeti-do o

pedido dos agentes no Pa(s.

19.TRANSFERÉNCIAS FINANCEIRAS DO E PARA O EXTERIOR

19.1.As ordens recebidas do exterior para pagamento no País – exclusive se con-

duzi-das ao amparo de convênios bilaterais ou de convênios de créditos rec(procos – cujo cum-

primento não se efetive até 7 dias corridos contados da data do recebi-mento da ordem, devem

ser registradas, contabilmente, da seguinte forma:

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– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro onde ingressem as divisas)

–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subt(tulo “Ordens do exterior a cumprir”

Observaçôes:

1 a. –o lançamento acima – que objetiva o cômputo dos valores da espécie nos

saldos registrados, no estabelecimento, nas respectivas contas junto a banqueiros no exterior, evi-

tando, inclusive, pendências na conciliação dos extratos – poderá, se julgado mais conveniente,

ser efetuado imediantamente após o recebimento da ordem;

2a. –atribuir-se-á aos lançamentos da espécie valor em cruzeiros na forma do tem

“323.”.

19.2.As compras de câmbio relativas a transferéncias financeiras do exterior – ex-

ceto as referentes a empréstimos externos ao amparo da Resolução n? 63 – têm sua liquidação

registrada, contabilmente, da seguinte forma:

– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAN-

GEIRAS”

–subt(tulo “Conta movimento” (titular o banqueiro onde ingressem as divisas– ou,

no caso de ordens de pagamento registradas na forma do item anterior –

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI RAS”

–subt(tulo “Ordens do exterior a cumprir”

– crédito: “DEPÓSITOSou “CAIXA” (titular o cliente)

19.3.As vendas de câmbio referentes a transferências financeiras para o exterior –

exceto as concernentes a empréstimos externos objeto da Resolução n? 63 – ocasionam, por sua

liquidação, o seguinte lançamento:

– débito: “DEPÓSITOSou “CAIXA” (titular o cliente)

–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAGElA

AS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro)

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19.4.As comissões e despesas devidas a banqueiros, incidentes em transferências

para o exterior, serão contabilizadas na forma abaixo, sem prejuízo do que faculta o item “30.6”,

do presente:

–débito: “DEPÓSITOSou “CAIXA”

(titular o cliente)

–crédito: –pela transferência a favor do banqueiro, em Iiquidaçêo de venda de

câmbio –

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAN

GEI RAS”

– subtítulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro)

–pela retenção do imposto de renda, devido, sobre a parcela relativa

à comissão:

“CREDORES DIVERSOS – PAÍS”

– subtítulo “Outros”

– desdobramento de uso interno “Retenções de imposto de renda

sobre operações de câmbio”

19.5.As comissões e taxas cobradas pelos estabelecimentos sobre transferências

financeiras do ou para o exterior registram-se na forma a seguir:

–débito: – se recebidas em moedas estrangeiras – em liquidação de compra de

câmbio -

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAN

GEI RAS”

– subtítulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro)

–se recebidas em cruzeiros –

“DEPÓSITOS ou “CAIXA”

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(titular o cliente)

– crédito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “ Receitas”

–desdobramento de uso interno “De comissões sobre transferências”

19.6.Os valores recebidos para ressarcimento de despesas de portes ou comunica-

ção, nas transferências do ou para o exterior, serão registrados da seguinte forma:

– débito: «DEPÓSITOSou “CAIXA” (titular o cliente)

–crédito: “RESULTADOS DE CAMBIO”

–subtítulo “ Receitas”

–desdobramento de uso interno “Ressarcimento de despesas de co-municação”

19.7.Além dos lançamentos indicados, promoverão os bancos, pela contratação e

liquidação de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na for-ma dos i-

tens “2.1 .“ e “4.5.” do presente.

19.8.Relativamente ao procedimento contábil aplicável, no que concerne à Cartei-

ra de Câmbio, para as transações ao amparo da Resolução n~? 63, de 2 1 .8.67, do Banco Cen-

tral, ver item “21” do presente.

20.CÂMBIO MANUAL (Operações com cédulas e moedas e “traveller‟s

checks”)

20.1.Os contratos de câmbio relativos a compras ou a vendas de moeda estrangei-

ra em espécie têm sua liquidação assim registrada:

a)pela liquidação das compras de câmbio:

–débito: “VALORES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Cédulas e moedas”

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– crédito: “DEPÓSITOSou “CAIXA” (titular o cliente)

b)pela liquidação das vendas de câmbio:

– débito: “DEPÓSITOSou “CAIXA” (titular o cliente)

–crédito: “VALORES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Cédulas e moedas”

20.2.Os “traveller‟s checks” recebidos dos banqueiros, para venda a clientes, de-

vem ser registrados a débito da conta “VALORES EM CUSTÓDIA” – subtítulo de uso interno

“Traveller‟s checks em consignação” – e crédito a “DEPOSITANTES

DE VALORES EM CUSTÓDIA” – subt(tu$o de uso interno “Consignação de

traveller‟s checks” – titular o banqueiro fornecedor. Atribuir-se-á aos lançamentos da espécie va-

lor-índice ao par, em cruzeiros, observado nesse sentido, o disposto no item “32.4.”.

20.3.As compras ou vendas de câmbio relativas a “traveller‟s checks” têm sua li-

quida-ç~o contabilizada na forma abaixo:

a)pela liquidaçâo das compras de câmbio:

– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro)

– crédito: “DEPÓSITOS .ou “CAIXA”

(titular o cliente)

b)pela liquidaçâo das vendas de câmbio:

– débito: “DEPÓSITOS .ou “CAIXA”

(titular o cliente)

–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANG E

1 RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro)

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20.4.As comissões e despesas pela venda de “traveller‟s checks” s~o contabiliza-

das:

–débito: “DEPOSITOSou “CAIXA”

(titular o cliente)

–crédito: –pela comissão e despesas do estabelecimento vendedor do câm

bio –

“RESULTADOS DE CÂMBIO”

– subtítulo “Receitas”

– desdobramento de uso interno “Outras”

–pela parcela transferível para o banqueiro a título de ressarci

mento de despesas – em liquidaçâo de venda de câmbio –

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAN

G E 1 RAS”

– subtítulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro)

20.5.Por ocasião da venda ou da devoIuç~o de “traveller‟s checks”, os bancos efe-

tua-r~o lançamento inverso ao citado no item “20,2,” do presente.

20.6.Além dos lançamentos indicados, promoverêo os bancos, pela contratação e

li-quidaçêo de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na forma dos i-

tens “2. 1 ,“ e “4,5.” do presente.

21.OPERAÇÕES AO AMPARO DA RESOLUÇÃO N°63, de 21.8.67

21.1.O registro da liquidação de compras de câmbio relativas a ingressos de em-

préstimos externos ao amparo da Resoluçêo n? 63, é efetuado da seguinte forma:

– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

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–subtítulo “Conta movimento”

(titular o banqueiro onde ingressem as divisas)

–crédito: “OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS EXTERNOS”

–subtítulo “Vinculadas a repasses a mutuários – Resolução n? 63”, “Vinculadas a

Letras do Tesouro Nacional – Resolução n? 63” ou “Vinculadas a depósitos no Banco Central –

Resolução n? 63”, conforme o caso

(titular o credor no exterior)

21.2.Relativamente à utilização da conta “OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS

EXTERNOS”, cabe notar o seguinte:

a)a sua escrituração deve ser feita com observância do disposto no item “33.1.” do

presente;

b)os saldos em cruteiros dos seus subtítulos indicados no item “21.1.” devem ter,

sempre, exata correspondência com os respectivos saldos apresentados nas contas representativas

da aplicação do contravalor em cruzeiros dos em-préstimos externos conduzidos sob a ResoI-

uç~o fl~? 63;

c)os saldos apresentados nos subtítulos referentes a operações da ResoIuç~o n? 63

devem ser reajustados, nas datas de balancetes mensais e balanços semestrais, com base na taxa

de compra da moeda estrangeira do empréstimo ex-terno, fixada pelo Banco Central para fins de

balancetes e balanços, processando-se o reajuste em contrapartida, conforme o caso:

1 –com as respectivas contas de empréstimo correspondentes a repasses efetuados

a mutuários no País;

II–com a conta “BANCO CENTRAL – DEPOSITOS EM MOEDAS ES-

TRANGEIRAS (CIRCULAR N? 230, DE 29.8.74)”, em relação ao valor que se encontre depo-

sitado no Banco Central, na forma da Circular n , 230, de 29.8,74;

III –com a conta “LUCROS” ou “PREJUIZOS” – utilizado, em ambas, o subtítulo

“Diversos”, com o desdobramento de uso interno “ Reajuste de empréstimos externos (Resolu-

ção n? 63)” – em relação a parcela que, na forma do que faculta a Circular n? 180, de 29.5.72, se

encontre aplicada em Letras do Tesouro Nacional;

d)os reajustes, em virtude de variação de taxas, quando do resgate dos emprés-

timos por repasses de recursos, com vínculo à Resolução n~ 63, a mutuários no País ou por oca-

sião do levantamento de depósito efetuado sob a Circular n? 230, s~o contabilizáveis na conta

“OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS EXTERNOS” – subtítulo “Vinculadas a repasses a mu-

tuários – Resoluçto n? 63” ou “Vinculadas a depósito no Banco Central – ResoIuç~o n~? 63” –

em contrapartida com respectivamente, a conta adequada de empréstimo ou a conta “BANCO

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CENTRAL – DEPÓSITOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS (CIRCULAR N?230, DE

29.8.74);

e)os demais reajustes decorrentes de variação de taxas, que se verifiquem sobre as

transações relacionadas à Resolução n~? 63, sâo igualmente contabilizáveis na conta

“OBRIGAÇÕES POR EMPRESTIMOS EXTERNOS” – subtítulo adequado na formado item

“21.1.” – em contrapartida com as contas “LUCROS” ou “PREJUIZOS”, observado o seguinte:

1 –a crédito da conta “LUCROS” – subtítulo “Diversos” – desdobramento “Rea-

juste de empréstimos externos (Resoluçâo n?63)” – pelo rédito, correspondente à diferença de

taxas, apresentado entre:

i–o resgate interno do empréstimo a mutuário no País e a aplicação do valor em

novo repasse a mutuário, em Letras do Tesouro Nacional ou em depósito sob a Circular n? 230;

ii–o levantamento de depósito realizado no Banco Central, sob a Circular n? 230,

e a aplicaç~o do valor em repasse a mutuário no País ou em Letras do Tesouro Nacional;

II –a débito da conta “PREJUÍZOS” – subtítulo “Diversos – desdobramento “Rea-

juste de empréstimos externos (ResoIuç~o n0 63)” – pela diferença de taxa verificada quando da

realização de depósito no Banco Central, sob a Circular n~? 230, sempre que o valor depositado

prove-nha, diretamente, do ingresso de empréstimo externo;

III –a débito da conta “PREJUÍZOS” ou, se for o caso, a crédito da conta

“LUCROS” – utilizado em ambas o subtítulo “Diversos”, desdobra-mento “Reajuste de emprés-

timos externos (Resolução n0 63)” – pela diferença de taxa verificada entre o resgate de Letras

do Tesouro Nacional, vinculadas a operaçôes da Resolução n? 63, e a apIicaç~o do valor em re-

passes a mutuários no País, em depósito sob a Circular n? 230 ou no resgate do empréstimo ex-

terno.

21.3.O registro na conta “OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS EXTERNOS”

deve ser convenientemente ajustado, mediante transferência interna nos respectivos subtítulos,

em virtude da alteraçto na aplicaçêo do contravalor do empréstimo externo sob a Resolução n?

63 – consideradas as alternativas admitidas para a aplicação – de modo a preservar a correspon-

dência de saldos referida na letra “b” do item anterior.

21 .4.As vendas de câmbio realizadas para resgate (parcial ou total) de emprésti-

mos externos ao amparo da Resoluçâo n? 63 têm a sua liquidação assim contabilizada:

–débito: “OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS EXTERNOS”

–subtítulo adequado

(titular o credor no exterior)

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–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro sacado)

21.5.As transferências para pagamento de juros incidentes sobre empréstimos ex-

ternos conduzidos ao amparo da Resolução n0 63, produzem lançamento na forma abaixo, em li-

quidação da respectiva venda de câmbio efetuada para tal fim, jé efetiva-do o recolhimento do

imposto de renda devido:

–débito: “DEPÓSITOS (titular o cliente)

–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEI

RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro sacado)

21 .6.Além dos lançamentos indicados, promoverão os bancos, pela contratação e

liquidação de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na forma dos i-

tens “2.1.” e “4.5.” do presente.

22.OPERAÇÕES SIMBÓLICAS AO AMPARO DA RESOLUÇÃO N? 229, DE

1.9.72

22.1.A liquidação das vendas de câmbio simbólicas, a clientes, pela parcela cor-

respondente ao resgate interno de operação de empréstimo sob a Resolução n~? 229 é registrada

da seguinte forma:

–débito: “DEPÓSITOS (titular o cliente)

–crédito: “CONTASGRÁFICASEMMOEDASESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Operaçôes simbólicas – Resolução n? 229”

22.2.As compras de câmbio simbólicas, a clientes – a serem celebradas simultane-

amente à contrataçâo das vendas da mesma natureza mencionadas nos itens “22.1.” ou “22.4.” –

relativas à reaplicação, pelo credor externo, em novo empréstimo no País, da parcela resgatada

internamente, na forma do tem anterior, terão a sua liquidação assim contabilizada:

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–débito: “CONTASGRÁFICASEM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Operaçôes simbólicas – Resolução n~? 229”

–crédito: “DEPÓSITOS (titular o cliente)

22.3.No caso de a parcela do empréstimo externo resgatada internamente, na for-

ma do item “22.1.” ser recolhida ao Banco Central, para depósito em moeda estrangeira em no-

me do credor no exterior, será adotado o seguinte procedimento contábil relativamente à liquida-

ção da respectiva compra de câmbio simbólica, que será efetuada pelo banco operador ao Banco

Central, simultaneamente à contratação de venda de câmbio referida no tem “22.1.”:

a)pela emissão do cheque, em cruzeiros, a favor do Banco Central do Brasil:

–débito: “DEVEDORES DIVERSOS – PAIS”

–subtítulo de uso interno “Câmbio”

(titular “Banco Central do Brasil”)

–crédito: “BANCO DO BRASILS.A. – CONTA DEPÓSITOS”

b)pela liquidação da compra de câmbio:

–débito: „CONTASGRÁFICASEMMOEDASESTRANGEIRAS

–subtítulo “Operações simbólicas – Resolução n°229”

–crédito: “DEVEDORES DIVERSOS – PAIS”

–subtítulo de uso interno “Câmbio” (titular “Banco Central do Brasil”)

22.4.As vendas de câmbio simbólicas ao Banco Central do Brasil – contratáveis

simultaneamente às compras da mesma natureza, referidas no item “22.2.” – para reaplicação no

País do valor de empréstimo externo conduzido ao abrigo da Resolução n? 229 e cujo importe

em moeda estrangeira, objeto primitivamente de resgate interno, se encontre depositado junto ao

Banco Central na forma do item “22.3.” terão sua liquidação assim contabilizada:

–débito: – a conta adequada, pelo recebimento do valor em cruzeiros

–crédito: “CONTAS GRAFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Operações simbólicas – Resolução n? 229”

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50

22.5.Além dos lançamentos indicados, promoverão os bancos, pela contratação e

liquidação de câmbio, os correspondentes registros em contas de compensação, na forma dos i-

tens “2.1.” e “4.5.” do presente.

23.GARANTIAS PRESTADAS POR CONTA DE TERCEIROS

23.1.As garantias prestadas no exterior, por conta de terceiros, inclusive sob as

formas de „bid bond” ou “performance bond”, ou confirmadas no Pa(s, por conta de clientes do

exterior, conduzidas através da Carteira de Câmbio, devem ser registra-das, em contas de com-

pensaçâo, da seguinte forma:

–débito: “BENEFICiÁRIOS DE GARANTIAS PRESTADAS”

–subtítulo de uso interno “Câmbio”

(titular o cliente)

–crédito: “R ESPONSABI LIDADES P0 R GARANTIAS PRESTADAS”

–subtítulo “No exterior” ou “No País”, conforme o caso

–desdobramento de uso interno “Câmbio”

Observações:

la. –atribuir-se-á ao lançamento acima valor em cruzeiros com base na taxa de

venda de câmbio, para a moeda, vigente no dia da concessâo da garantia, taxa essa que terá efei-

to meramente indicativo;

2a. –o desdobramento de uso interno “Câmbio” poderá, a critério do estabele-

cimento, ser complementado para identificaçâo da natureza da garantia.

23,2.Por ocasiâo dos balancetes mensais e dos balanços semestrais promoverão os

bancos, com base na taxa de compra fixada pelo Banco Central do Brasil para fins de balancetes

mensais e de balanços, o reajuste devido sobre os saldos das contas de registro indicadas no item

anterior, representativas das garantias presta-das em moedas estrangeiras, mediante lançamento

envolvendo referidas rubricas. Os reajustes da espécie terão caráter meramente indicativo, po-

dendo, no caso da conta “B ENE F ICIÂR lOS D E GARANTIAS PR ESTADAS”, ser inscritos

direta-mente em nome dos respectivos titulares ou, a critério do estabelecimento, ser lançados no

titular simbólico “Reajuste de Saldos”.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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23,3.Pela utilização ou liberação de garantia prestada promoverão os bancos a

baixa do registro da garantia, mediante a inversão do lançamento indicadono tem “23.1 .“. Cabe

notar que a baixa por utilização da garantia será precedida da li-quidação de venda de câmbio ao

cliente, pelo desembolso em moeda estrangeira.

23.4.Os valores a título de comissões e taxas recebidos relativamente a garantias

presta-das por conta de terceiros e conduzidas através da Carteira de Câmbio serão regis. trados a

crédito da conta “RESULTADOS DE CÂMBIO” – subtítulo “Receitas”

–desdobramento de uso interno “Por garantias prestadas (Câmbio)” – em con-

trapartida com:

a)se recebidos em moeda estrangeira – em Iiquidaçâo de compra de câmbio

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro)

b)se recebidos em cruzeiros – a débito de conta adequada de depósitos do cliente.

23,5,Além dos lançamentos indicados, promoverão os bancos, sempre que se ve-

ri~ fique contratação e liquidação de câmbio, os correspondentes registros em contas de compen-

sação, indicados nos itens “2.1 .“ e “4.5.” do presente.

24.GARANTIAS RECEBIDAS DE CLIENTES

24,1,O registro das garantias recebidas pelos estabelecimentos, relativas a opera-

ções de compra ou de venda de câmbio, ou como contragarantia a garantias prestadas através da

Carteira de Câmbio, é processado com observância do seguinte:

a)garantias constitu ídas por depósito em dinheiro ou com o produto da cobrança

de títulos, referentes a operações de câmbio ou como contragarantia a garantia

prestada a favor de cliente, conduzida através da Carteira de Câmbio –

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–débito: acontaadequada

–crédito: “DEPÓSITOS VINCULADOS”

–subtítulo “A operações de Carteira de Câmbio”

–desdobramento de uso interno “A compras de câmbio”, “A vendas de câmbio”,

“Comunicado GECAM n0 312” ou “A garantias prestadas (Câmbio)”, conforme o caso

(titular o cliente)

b)garantias constituídas pela entrega de títulos em cobrança:

–débito: – a conta adequada de registro da cobrança, utilizado o desdobra-mento

de uso interno “Câmbio” –

–crédito: “COBRANÇA VINCULADA A OPERAÇÕES”

–subtítulo “No País” ou “No exterior”, conforme o caso

–desdobramento de uso interno “Câmbio”

c)garantias constituídas por hipotecas, penhor, fiança, caução de valores em geral

(exceto títulos em cobrança), assim como outorgadas por banqueiros no exterior e as recebidas

sob condição resolutiva:

–débito: “VALORES EM GARANTIA”

–subtítulo de uso interno “Câmbio”

ou, se for o caso,

“DEPOSITÁRIOS DE VALORES”

–subtítulo de uso interno “Câmbio”

–crédito: – no caso de fiança – “FAVORECIDOS DE FIANÇAS RECEBIDAS”

–subtítulo de uso interno “Câmbio”

–nos demais casos – “DEPOSITANTES DE VALORES EM GARANTIA”

–subtítulo de uso interno “Câmbio” (titular o depositante)

Nota:O desdobramento de uso interno “Câmbio” poderá, a critério do esta-

belecimento, ser complementado para identificação da natureza da garantia.

24.2.Procedimento contábil idêntico ao indicado nas letras “b” e “c” do item ante-

rior será observado, conforme o caso, para registro das garantias ali mencionadas, referentes a

operações de empréstimos ou financiamentos com vínculo à Carteira de Câmbio.

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25.EMPRÈSTIMOS, NO PAÍS, COM VÍNCULO À CARTEIRA DE CÂMBIO

25.1.Os empréstimos – inclusive por desconto de títulos – efetuados pelos bancos,

a clientes no País, para ocorrer ao resgate ou ao financiamento de operações condu. zidas junto à

Carteira de Câmbio, devem ser registrados, em nome do mutuário, a débito da adequada rubrica

de empréstimos (título de razão e subtítulo), utilizado o desdobramento de uso interno “Câmbio”.

25.2.Os juros, comissôes e taxas cobrados sobre as operações de empréstimos de

que se trata devem ser contabilizados a crédito da conta “RENDAS DE JUROS E CO-

MISSÕES” – subtítulo adequado – desdobramento de uso interno “Câmbio – Outras”.

25.3.Relativamente ao Imposto sobre Operações Financeiras incidente nos em-

préstimos registrados no desdobramento de uso interno “Câmbio”, na forma do item “25.1 .“, a

sua contabilizaçâo será efetuada normalmente, a crédito da conta “IMPOSTO SOBRE

OPERAÇÕES FINANCEIRAS” – subtítulo “Operações de crédito” – promovendo-se o seu re-

colhimento na forma das instruções sobre a matéria.

25.4.Deverão os bancos transferir para a conta “CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO”

– subtítulo de uso interno “Câmbio” – em nome do devedor, o valor das opera-ções de emprés-

timo com vínculo à Carteira de Câmbio, cuja liquidação nâo se processe até 30 dias após o seu

vencimento.

26.ARBITRAGENS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS

26.1.A liquidação das compras e vendas de câmbio por arbitragem é registrada a

débito (liquidação da compra de câmbio), ou a crédito (liquidação da venda de câmbio), da conta

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Con-

ta movimento” – em contrapartida com a conta “DEVE-DORES DIVERSOS – PAIS” – subtítu-

lo de uso interno “Câmbio” – ou “DE-VEDORES DIVERSOS – EXTERIOR”, conforme o outro

estabelecimento parceiro na arbitragem esteja localizado no País ou no exterior.

26.2.Nas arbitragens realizadas entre departamentos do mesmo banco no País, o

titular da conta “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ES-TRANGEI RAS”

– subtítulo “Conta movimento” – será “Arbitragens inter-departamentais” uma vez que, em face

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da conta única para o estabelecimento junto a cada banqueiro no exterior, a arbitragem, nesses

casos, não ocasiona qualquer alteração nos saldos do estabelecimento, no exterior.

26.3.Além dos lançamentos indicados no item “26.1 .“, serão também normal-

mente efetuados os registros, em contas de compensação, correspondentes à contrata-ção e liqui-

dação do câmbio, na forma dos itens “2.1.” e “4.5.” do presente.

27.REPASSES DE CÂMBIO ENTRE BANCOS E INTERDEPARTAMENTAIS

– REPASSES E COBERTURAS COM O BANCO CENTRAL DO BRASIL

27.1.O registro relativo à liquidação de compras e vendas de câmbio entre bancos

(inclusive Banco Central do Brasil), ou entre departamentos do mesmo banco, é processado a

débito (liquidação de compras) ou a crédito (liquidação de vendas) da conta

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Con-

ta movimento”, em contrapartida com a conta adequada em cruzeiros pelo pagamento ou rece-

bimento do contravalor em moeda nacional da operação.

27.2.Nos repasses entre departamentos do mesmo banco, o titular da rubrica

“COR-

RESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – “Con.

ta movimento” – será “Repasses interdepartamentais”, uma vez que, em virtude da

conta única para o estabelecimento junto a cada banqueiro no exterior, a operação de repasse,

nesses casos, não ocasiona qualquer alteração nos saldos do estabelecimento, no exterior.

27.3.Além dos lançamentos indicados no item “27.1.”, serão também normalmen-

te efetuados os registros, em contas de compensação, correspondentes à contrata-ção e liquida-

ção de câmbio, na forma dos itens “2.1 .“ e “4.5.” do presente.

28.UTILIZAÇÃO DE LINHAS DE CRÊDITO EM MOEDAS ESTRANGEIRAS

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28.1 .A utilização de linhas de crédito em moedas estrangeiras deve ser registrada

na conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo adequado, conforme a

natureza a que se destinem os recursos.

28.2.Na ocorrência de descobertos de caráter eventual, regularizáveis imediata-

mente, que se verifiquem sobre contas correntes de depósitos junto a banqueiros no exterior, é

dispensável a transferência do valor da conta “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movi-mento” para a conta “OBRIGAÇÕES

EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Outras linhas de crédito utilizadas”.

28.3.Os lançamentos para registro das obrigações por linhas de crédito utilizadas

que se incorporem a ativos em moedas estrangeiras do banco (destinados, por exempIo, à criação

de disponibilidades necessárias em conta corrente no exterior) podem ser efetuados com valor-

índice contábil de Cr$ 1 ,OO ou com valor mdi-cativo, em cruzeiros, à taxa de compra do dia, na

moeda, na forma do item

“32.3,”.

28.4.As linhas de crédito utilizadas pelos bancos para ocorrer à constituição de

mar-gens de garantias em moedas estrangeiras em operações de “hedge”, que sejam financiadas

ao cliente, no País, devem ser registradas na forma abaixo, com valor em cruzeiros na forma do

item “32.3.”:

–débito: “FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Outros” (titular o cliente)

–crédito: “OBRIGAÇÕESEM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Outras linhas de crédito utilizadas” (titular o banqueiro credor)

Nota:Os registros acima serão encerrados mediante lançamento inverso, se satis-

feita a obrigação em moeda estrangeira com a liberação de margens ou com a aplicação de lucros

obtidos em contratos de “hedge” do cliente, No caso de o resgate do débito do cliente se verificar

pelo seu contravalor em moeda nacional, o encerramento da conta “FINANCIAMENTOS EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS” ocorrerá com o crédito à mesma efetuado no lançamento relativo

à liquidação da correspondente venda de câmbio que será realizada para tal fim. Nesta última hi-

pótese, o registro na conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” será encerrado

em contrapartida ao crédito à conta “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movimento” – em face do pagamento do valor em moeda

estrangeira efetuado pelo banco ao banqueiro credor.

28.5.Relativamente às linhas de crédito utilizadas para financiamento de importa-

ção, ver título “1 7.”, do presente.

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29.RETENÇÃO PARA RECOLHIMENTO DE IMPOSTO DE RENDA

29.1.A retenção de valor para ocorrer ao recolhimento do imposto de renda na

fonte sobre rendimentos transferidos para o exterior ou sobre corretagens de câmbio creditadas a

firmas individuais de corretores, quando devida em quaisquer desses casos, será contabilizada a

crédito da conta “CREDORES DIVERSOS – PAÍS”

–subtítulo “Outros” – desdobramento de uso interno “ Retençôes de imposto de

renda sobre operações de câmbio” – em contrapartida com a conta adequada do responsável pelo

pagamento do tributo,

30.DESPESAS E RECEITAS – RENDAS E LUCROS, EM SUSPENSO

30.1.Devem ser contabilizadas na conta “RESULTADOS DE CÂMBIO” as des-

pesas e receitas decorrentes do movimento operacional da Carteira de Câmbio. Dentre as despe-

sas e receitas assim conceituáveis, se incluem:

a)as diretamente decorrentes de operações de câmbio (prêmios, bonificações, rea-

justes de taxa sobre prorrogações de vendas, diferenças de taxas de cancelamentos, etc.);

b)as resultantes de transações relacionadas a contratos de câmbio (tais como: de-

ságios de adiantamentos sobre contratos de câmbio, comissões e taxas mci-dentes: em cobranças

do e sobre o exterior, créditos de exportação, créditos de importaçâo, ordens de pagamento, ne-

gociação de “traveller‟s checks”);

c)os juros, descontos e comissões sobre linhas de crédito, pagos a banqueiros no

exterior;

d)o imposto de renda incidente nos juros, descontos e comissões pagos a ban-

queiros no exterior, sobre financiamentos obtidos e linhas de crédito utiliza-das;

e)as rendas de aplicações no exterior;

f)as rendas de financiamentos à importação, inclusive juros, comissões e taxas so-

bre débitos registrados na conta “DEVEDORES POR CRÉDITOS LIQUIDADOS NO

EXTERIOR”;

g)as despesas relativas a operações de redescontos especiais correspondentes a a-

diantamentos sobre câmbio de exportação;

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h)as comissões e taxas sobre garantias prestadas ou confirmadas, por conta de cli-

entes, conduzidas através da Carteira de Câmbio;

i)as despesas de comunicação verificadas nas operações com vínculo à Carteira de

Câmbio, bem como os respectivos ressarcimentos.

30.2.No registro, na conta “RESULTADOS DE CÂMBIO”, das despesas e recei-

tas referidas no tem anterior devem ser utilizados os subtítulos a seguir indicados:

a)subtítulo “Despesas”

–para registro das despesas relacionadas a operações da Carteira de Câmbio, utili-

zados os desdobramentos de uso interno:

1–“De cobranças sobre o exterior”

– para registro das despesas pagas a banqueiros no exterior, reIs-

tivas a cobranças sobre o exterior;

II–“De comunicação”

– para inscrição das despesas de porte, telex, telegrama e telefone,

com v(nculo a operações da Carteira de Câmbio;

III–“De corretagem sobre operações de câmbio”

– para registro das despesas da espécie, incidentes sobre operações

no mercado interbancário realizadas com a intermediação de

corretor;

IV–“De créditos de importação”

– registra as despesas de comissões e taxas pagas a banqueiros no

exterior, referentes a aviso, alteração, confirmação e negociação

de créditos de importação instituídos pelo estabelecimento;

V–“De imposto de renda sobre juros, descontos e comissões”

– destinado ao registro das despesas de imposto de renda, de conta

do estabelecimento, devido sobre juros, descontos e comissões

pagos a banqueiros no exterior relativos a financiamentos obti

dos e linhas de crédito utilizadas;

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VI–“De redescontos – câmbio”

– para registro das despesas relativas a operações de redescontos

especiais correspondentes a adiantamentos sobre câmbio de

exportaçâo;

VI 1 – “Diferenças de taxas de cancelamentos”

–registra os dispêndios relativos ao pagamento do valor produzido por diferenças

de taxas de cancelamentos de contratos de câmbio;

VIII– “Juros, descontos e comissões pagos a banqueiros”

–para registro das despesas de juros, descontos e comissões pagas

a banqueiros no exterior, decorrentes de financiamentos obtidos

e da utilização de linhas de crédito. Abrange, também, os juros

sobre descobertos em conta junto a banqueiros no exterior;

IX–“Por compensação de receitas”

– destinado ao registro dos valores apropriados como receita em

semestres anteriores, por crédito à conta “RESULTADOS DE

CÂMBIO”, e que não se venham a realizar;

X–“Prêmios sobre compras de câmbio”

– registra as despesas correspondentes ao pagamento de prêmios

pactuados nas compras de câmbio do estabelecimento;

XI–“Prêmios sobre vendas de câmbio”

– para registro dos valores pagos a clientes, decorrentes de prêmios

pactuados sobre vendas de câmbio do estabelecimento;

XII–“Outras”

– para registro das despesas relacionadas a operações com v(nculo

à Carteira de Câmbio e para as quais inexista desdobramento

próprio;

b)subtítulo “Receitas”

–para registro das receitas vinculadas a operações da Carteira de Câmbio, uti-

lizados os desdobramentos de uso interno:

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1– “DeACC”

–para inscrição das rendas decorrentes de adiantamentos sobre contratos de câm-

bio, na fase anterior à da entrega dos documentos referentes à exportação;

II– “DeACE”

–para inscrição das rendas produzidas por adiantamentos sobre contratos de câm-

bio, na fase em que já tenham sido entregues ao banco os documentos correspondentes à expor-

tação;

III– “De bonificações sobre vendas de câmbio”

–registra as receitas decorrentes de bonificações pactuadas por

garantia de taxa de vendas de câmbio do estabelcimento;

Iv–“De cobranças do exterior”

– registra as comissôes e taxas recebidas pelo estabelecimento re

ativas a cobranças do exterior;

v–“De cobranças sobre o exterior”

– para inscriçto das comissões e taxas recebidas pelo banco pelos

serviços da espécie;

VI– “De comissões sobre transferências”

– para inscrição das comissões e taxas cobradas pelo estabeleci-

mento, incidentes sobre transferências do e para o exterior;

VIl–“De créditos de exportação”

– destinado ao registro das comissões e taxas recebidas pelo esta-

belecimento, concernentes a aviso, alteraçto, confirmação e ne

gociaç~o de cartas de crédito de exportaçto;

VIII– “De créditos de importação”

–registra as comissões e taxas recebidas pelo estabelecimento, relacionadas a cré-

ditos abertos para importação;

IX– “De prorrogações sobre compras de câmbio”

–para inscrição das bonificações cobradas a clientes por prorrogação de compras

de câmbio do estabelecimento;

x– “Diferenças de taxas de cancelamentos”

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–para registro dos valores recebidos pelo estabelecimento, decorrentes de diferen-

ça de taxa produzida por cancelamentos de contratos de câmbio;

Xl– “Por compensação de despesas”

–destinado ao registro, mediante anulação das respectivas provi-sões, do valor

correspondente a despesas apropriadas em se-mestres anteriores, a débito da conta

“RESULTADOS DE CAMBIO”, e que não se venham a efetivar;

XII– “Por garantias prestadas (Câmbio)”

–registra as receitas decorrentes de garantias prestadas ou conf ir-madas, por conta

de clientes, conduzidas através da Carteira de Câmbio;

xl II – “Reajuste de taxas sobre prorrogações de vendas de câmbio”

–registra os valores recebidos pelos bancos a título de reajuste de taxa pactuado

sobre prorrogações de vendas de câmbio;

XIV– “Rendas de aplicações no exterior”

–para registro dos juros recebidos pelo estabelecimento, decorrentes de aplicações

de saldos disponíveis, em moeda estrangeira, no exterior, sob as diversas modalidades praticadas

nos mercados internacionais (“overnight”, “weekend”, “cali accounts”, “time deposita”, etc,);

xv– “Rendas de créditos recuperados”

–destinado ao registro das receitas efetivamente realizadas, registráveis na conta

“RESULTADOS DE CÂMBIO”, incidentes em créditos que, anteriormente compensados como

prejuízos, tenham revertido ao ativo realizável;

xv i – “Rendas de exercícios anteriores”

–para registro das receitas realizadas, registráveis na conta “RESULTADOS DE

CÂMBIO”, correspondentes a semestres precedentes;.

XVII– “Rendas de financiamentos à importação”

–para inscrição das rendas produzidas por financiamentos concedidos à importa-

ção, inclusive juros, comissões e taxas sobre débitos registrados na conta “DEVEDORES POR

CRÉDITOS LIQUIDADOS NO EXTERIOR”;

XVIII– “Ressarcimento de despesas de comunicação”

–para registro dos valores recebidos pelo banco em ressarcimento das despesas de

portes, telegramas, telex e telefone, verificadas nas operações com vínculo à Carteira de Câmbio;

XIX– “Outras”

–para registro das receitas relacionadas a operações com v(nculo à Carteira de

Câmbio e para as quais inexista desdobramento pró-prio,

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,3_Integram, ainda, a conta “RESULTADOS DE CÂMBIO”, os subtítulos “Lu-

cros em operações” e “Prejuízos em operações”, cuja utilização – destinada ao registro dos resul-

tados por variação de taxas sobre direitos e obrigações em moedas estrangeiras ou por diferenças

de taxas entre a compra e a venda de câmbio – é demonstrada nos Títulos “2” e “3”, do Capítulo

“1 1”, do presente.

30.4.Além dos desdobramentos indicados no item “30.2.”, é facultado aos bancos

a instituição de outros desdobramentos, também de uso interno, subordinados aos subtítulos da

conta “RESULTADOS DE CAMBIO”, cuja utilização seja considerada conveniente a melhor

especificação dos registros contábeis das despesas e receitas com vínculo à Carteira de Câmbio.

30.5,O registro na conta “RESULTADOS DE CÂMBIO” – subtítulo e desdobra-

mento adequado – referente a receitas ou despesas em moedas estrangeiras será efetuado em

contrapartida com a conta “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta Movimento” – compondo o lançamento relativo à liqui-

dação da correspondente operação de câmbio (compra de câmbio, no caso de receitas; venda de

câmbio, no caso de despesas( realizada pelo estabelecimento para recebimento ou pagamento do

valor envolvido.

30.6.Relativamente às despesas debitadas por banqueiros no exterior, incidentes

em créditos de importação, cobranças sobre o exterior (não deduzidas do aviso de liquidação da

cobrança( e transferências financeiras para o exterior, poderão os bancos – se assim julgarem

mais conveniente – em vez do procedimento mdi-cado para o particular nos respectivos Títulos

do presente, adotar a sistemática abaixo:

a)ao recebimento do aviso do banqueiro efetuar, pela parcela relativa à despesa, o

seguinte lançamento, com valor-índice contábil de Cr$ 1,00 –

– débito:“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRAN.

GEIRAS”

–subtítulo “Conta movimento”

(titular “Despesas bancárias – Comissões” ou “Despesas bancárias – De comuni-

cação”, conforme o caso)

–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANG E

1 RAS”

–subtítulo “Conta movimento” (titular o banqueiro)

b(apropriar, até o último dia útil do mês, o valor das despesas, através do seguinte

lançamento, em liquidação de venda de câmbio –

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–débito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “Despesas”

–desdobramento de uso interno, adequado

–crédito: “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANG E

1 A AS”

–subtítulo “Conta movimento”

(titular “Despesas bancárias – Comissões” ou “Despesas bancárias – De comuni-

cação”, conforme o caso)

c)promover, na forma abaixo, simultaneamente ao lançamento indicado na letra

anterior, a retenção do imposto de renda na fonte, devido, sobre o valor de comissões pagas aos

banqueiros –

–débito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “Despesas”

–desdobramento de uso interno, adequado

–crédito: “CREDORES DIVERSOS – PAÍS”

–subtítulo “Outros”

–desdobramento de uso interno “ Retenções de imposto de renda sobre operações

de câmbio”.

30,7.As rendas de juros e comissões decorrentes de operações de empréstimos

com vínculo à Carteira de Câmbio devem ser registradas a crédito da conta “RENDAS DE

JUROS E COMISSÕES” – subt(tulo adequado – desdobramento de uso interno “Câmbio – Ou-

tras”,

30.8,As demais despesas vinculadas à Carteira de Câmbio, tais como de impostos

e taxas, de instalação, de pessoal, de encargos sociais, de aluguel, de material de expediente, de

publicidade, as despesas gerais e outras despesas administrativas concernentes ao funcionamento

da Carteira, devem ser inscritas nas contas próprias, para registro dos gastos da espécie, utilizado

o desdobramento de uso interno “Câmbio”,

30.9.As despesas relacionadas com a prestação ou confirmação de garantias con-

duzidas através da Carteira de Câmbio são contabilizáveis diretamente a débito da conta adequa-

da do cliente,

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63

30.10,As receitas que, vinculadas a operações da Carteira de Câmbio, somente se-

jam realizáveis em época posterior à da apuração de resultados, serâo registradas, para fins da

apropriação da parcela correspondente ao período apurado, a cré. dito da adequada conta de re-

ceita em contrapartida com a conta “RENDAS A RECEBER” – subtítulo “Câmbio – Outras ren-

das”, Os registros assim existentes na conta “RENDAS A RECEBER” serão encerrados quando

da realiza. ção da receita ou, na eventualidade de esta não se efetivar, serão anulados mediante

débito à conta “CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO” – subtítulo de uso interno “Cambio” – hipótese

em que se promoverá, simultaneamente, a contabilização do valor envolvido, na forma a seguir:

a)em se tratando de receitas anteriormente registradas em “RESULTADOS DE

CÂMBIO”:

–débito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “Despesas”

–desdobramento de uso interno “Por compensação de receitas”

–crédito: “RENDAS EM SUSPENSO”

–subtítulo de uso interno “Câmbio”

b(em se tratando de juros e comissões sobre empréstimos com vínculo à Carteira

de Câmbio:

–débito: “PREJUIZOS”

–subtítulo “Em operações de exercícios anteriores”

–desdobramento de uso interno “Câmbio”;

–crédito: “RENDAS EM SUSPENSO”

–subtítulo de uso interno “Câmbio”,

30.11.As despesas que, vinculadas a operações da Carteira de Câmbio, somente

sejam exigíveis em época posterior à da apuração de resultados – inclusive juros de fi-

nanciamentos externos – serão registradas, para fins de apropriação da parcela correspondente ao

período apurado, a débito da conta adequada de despesa, em contrapartida com a conta

“PROVISÂO PARA PAGAMENTOS A EFETUAR”

–subtítulo “Câmbio – Outras provisões”. Os registros assim existentes na conta

“PROVISÃO PARA PAGAMENTOS A EFETUAR” serão encerrados quando o pagamento da

despesa ou, se esta não se efetivar, mediante sua transferência para:

–“RESULTADOS DE cÂMBIo” – subtítulo “Receitas” – desdobramento de uso

interno “Por compensação de despesas” – no caso de a provisão para a despesa ter sido constitu-

ída mediante débito à conta “RESULTADOS DE CAMBIO”;

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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–“LUCROS” – subtítulo “ Rendas de exercícios anteriores” – desdobramento de

uso interno „ „Câmbio” – no caso de previsões constituídas por débito às demais contas de despe-

sas, a que alude o tem “30.8.”.

30.12.As despesas e receitas com vínculo à Carteira de Câmbio pertencentes a

semestres seguintes e que sejam realizadas por antecipação devem ser ajustadas, para fins de a-

puração de resultados, mediante transferência do valor devido, da rubrica de despesa ou receita

em que se encontre registrado, para as contas, respectivamente, “DESPESAS DE EXERCÍCIOS

FUTUROS”, ou “RENDAS DE EXERCICIOS FUTUROS”, utilizado em ambas o subtítulo de

uso interno “Câmbio”. Os lança-mentos assim realizados serão revertidos no primeiro dia útil do

semestre seguinte, para registro do valor na conta de despesa ou receita efetiva.

3013.As rendas de operações conduzidas pela Carteira de Câmbio, cujo recebi-

mento seja considerado de realização incerta, devem ser registradas na conta “RENDAS EM

SUSPENSO” – subtítulo de uso interno “Câmbio” – em contrapartida com a conta adequada do

cliente. O encerramento da conta “RENDAS EM SUSPEN50”, com referência aos valores da

espécie, será promovido:

a)se a realização da receita se verificar no próprio semestre do seu registro em

“RENDAS EM SUSPENSO”:

–mediante transferência do valor para a conta adequada de receita, observado o

disposto nos itens “30.2.b” ou “30.7.”, conforme o caso;

b)se a realização da receita se verificar em semestre posterior ao do seu registro

em “RENDAS EM SUSPENSO”:

–mediante transferência do valor para a conta “RESULTADOS DE CÂMBIO” –

subtítulo “Receitas” – desdobramento de uso interno “Rendas de exercícios anteriores” – ou, no

caso de juros e comissões sobre empréstimos com v(nculo à Carteira de Câmbio, mediante trans-

ferência do valor para a conta “ LUCROS” – subtítulo “Rendas de exercícios anteriores” – des-

dobramento de uso interno “Câmbio”;

c)não se verificando a realização da receita – pela sua anulação:

–mediante transferência do valor para a conta “CRÉDITOS EM LIQUIDA. ÇÃO”

– subtítulo de uso interno “Câmbio”.

30i4,Igualmente na conta “RENDAS EM SUSPENSO” – subtítulo de uso interno

“Câmbio” – deve ser registrado o valor das receitas cabíveis – inclusive as ante-riormente anula-

das – decorrentes da reversão ao ativo realizável de créditos, com

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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vínculo à Carteira de Câmbio, já compensados como prejuízo. Em tal hipótese, o

registro na conta “RENDAS EM SUSPENSO” será encerrado, quando do recebimento efetivo da

receita, mediante a transferência do seu valor para a conta “RESULTADOS DE CAMBIO” –

subtítulo “Receitas” – desdobramento de uso interno “Rendas de créditos recuperados” – ou, no

caso de rendas de juros e comissões sobre empréstimos com vínculo à Carteira de Câmbio, me-

diante trans-ferência do valor para a conta “LUCROS” – subtítulo “ Rendas de créditos re-

cuperados” – desdobramento de uso interno “CÂMBIO”.

30.15.Registram-se em contrapartida com a conta “LUCROS EM SUSPENSO” –

subt(tulo “Créditos compensados, em recuperação” – desdobramento de uso interno “Câmbio” –

as reversões ao ativo realizável, para fins de recebimento, relativas ao valor do principal de ope-

rações com vínculo à Carteira de Câmbio e que tenham sido compensadas, em balanço anterior,

como prejuízo. Os registros em referida rubrica serão encerrados, na oportunidade em que se efe-

tive o seu recebimento, mediante transferência do valor para a conta “LUCROS” – subtítulo

“Recuperação de créditos compensados” – desdobramento de uso interno “Câmbio”.

30.16.As comissões cobradas a mutuários no País, relativas a repasses de emprés-

timos externos ao amparo da Resolução n? 63, de 21.8.67, são contabilizáveis em “RENDAS DE

JUROS E COMISSÕES” subtítulo adequado. Deverão ser registrados no desdobramento de uso

interno „Câmbio – Resolução n0 63”, que figurará no balancete analítico da Carteira de Câmbio,

os valores relativos a comissões da espécie que, a exclusivo critério do estabelecimento e se for o

caso, sejam atribuídos à Carteira de Câmbio.

31.CONTAS NO EXTERIOR, EM MOEDAS ESTRANGEIRAS

31.1.As contas de depósito junto a banqueiros (correspondentes, departamentos,

matriz e congêneres) no exterior, mantidas por bancos que operam em câmbio no País, devem

abranger, de forma unificada, o movimento de todos os seus departamentos autorizados a realizar

compras e vendas em moedas estrangeiras.

31.2.É recomendável que os estabelecimentos solicitem aos banqueiros depositá-

rios no exterior a remessa, sempre que possível, de extratos de conta abrangendo movimento não

superior a uma semana.

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32.ELABORAÇÃO DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS – USO DE VALOR

ÍNDICE

32.1.Os lançamentos relativos a atos ou fatos administrativos com vínculo à Car-

teira de Câmbio, serão efetuados com observância dos critérios e práticas aceitos, no particular,

de acordo com os princípios gerais de contabilidade.

32.2.Sempre que o ato ou fato administrativo registrado envolver outra moeda, a-

lém do Cruzeiro, deverá figurar no lançamento, de forma clara e facilmente identificável, o res-

pectivo valor em moeda estrangeira, para fins de escrituração, na forma do item “321.” do pre-

sente.

32.3.Os lançamentos reunindo duas contas patrimoniais, ambas registrando valo-

res ou obrigações em moedas estrangeiras – não configurando, portanto, liquidação de câmbio –

podem ser efetuados com valor-índice contábil de Cr$ 1,00, ou com valor indicativo em cruzei-

ros, à taxa de compra do dia, na moeda, ficando facultado aos estabelecimentos a adoção, no par-

ticular, do critério que julgarem mais conveniente, o qual deverá ser uniformemente observado

por todos os seus departamentos.

324.O uso do valor-índice nos lançamentos em contas de compensação, quando

esta-belecido na forma indicada nos diversos T(tulos deste Capítulo, objetiva igual-mente simpli-

ficar o processo de execução. Como valor-índice ao par em cruzeiros se entende a atribuição de

valor em cruzeiros na base 1/1 em relação ao importe em moeda estrangeira (ex.US$ 120,45 Cr$

120,45; DM 0,95 – Cr$ 0,95).

32.5.Com vistas a facilitar o processo de conciliação de extratos de contas, é re-

comendável que conste dos lançamentos em contas passíveis de conciliação referência

\numérica que permita, se necessário, a rápida identificação do departamento de

origem do lançamento e do fato envolvido.

33_ESCRITURAÇÃO DE CONTAS REPRESENTATIVAS DE DIREITOS E

OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS

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33.1.A escrituração das contas patrimoniais ou de compensação – e seus subtítu-

los – utilizadas no registro de direitos e obrigações, assim como de serviços, em moedas estran-

geiras deve ser efetuada com observância do seguinte:

–analiticamente por moeda estrangeira – com indicação do valor na moeda es-

trangeira envolvida e valor em cruzeiros;

–sinteticamente – em cruzeiros.

Manter-se-á, também, sempre que for o caso, escrituração anal(tica em moeda es-

trangeira, por titular, em relação ao qual será dispensável, a critério do estabelecimento, escritu-

ração em cruzeiros.

33.2.A escrituração, a nível de titular, dos valores lançados na conta

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subt(tulo”Conta

movimento” – deverá ser feita, pelos estabelecimentos, de forma centralizada, para a totalidade

dos registros na mesma realizados pelos departamentos autoriza-dos a operar em câmbio, de mo-

do que se obtenha, através da escrituração unifica-da, o adequado acompanhamento da respecti-

va movimentação nos banqueiros de-positários no exterior. Em face de tal procedimento, será

dispensável, a critério dos estabelecimentos, a escrituração a nível de titular, para o referido con-

junto contábil, nos departamentos de origem dos lançamentos.

33.3.O procedimento indicado no item anterior poderá ser estendido, a critério dos

estabelecimentos, à escrituração, por titular, nos subtítulos da conta “OBRIGA-

ÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”.

33_4_Considerado o constante dos itens “33.2,” e “33.3.”, deverão ser encami-

nhados ao setor do estabelecimento incumbido da escrituração centralizada ali indicada, cópia

dos lançamentos efetuados à rubrica “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movimento” e, se for o caso, “OBRIGAÇÕES EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo adequado. O envio de tais documentos deverá ser fei-

to pelos departamentos de origem dos lançamentos no mais tardar até o dia seguinte ao do mo-

vimento,

através de correspondência própria, com numeraçâo seqüencial, contendo a indi-

cação da quantidade de cópias anexadas e dos totais, em moeda estrangeira e em cruzeiros, dos

débitos e dos créditos nos conjuntos contábeis objeto de es-crituraç~o centralizada, totais esses

que deverão ter sido conferidos com os valo-res registrados na escrituração do departamento.

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68

33.5.No último dia útil do mês, deverão ser anexadas às cartas de remessa citadas

no item anterior, além das cópias de lançamentos relativos aos reajustes de saldos das contas en-

volvidas – na forma do item “2.4.”, do capítulo li, do presente – relaçêo discriminativa dos sal-

dos finais do mês em moedas estrangeiras e em cru-zeiros (estes, pelo valor reajustado), apresen-

tados no subt(tulo “Conta movimento” de “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS” e, se for o caso, nos subtítulos de “OBRIGAÇÕES EM

MOEDAS ESTRANGEI RAS”.

33.6.Ao receber as cartas de remessa que lhes sejam encaminhadas na forma dos

itens “33.4.” e “33.5.”, o Setor encarregado da escrituraçêo centralizada deverá verificar se o

número de cópias anexadas e se os totais em moedas estrangeiras e em cruzeiros conferem com

os respectivos elementos expressos na carta de remessa, adotando, junto ao departamento de ori-

gem do movimento, imediatas providências para soluç~o de eventuais discrepâncias, em caso

contrário.

33.7.A escrituraçâo no setor centralizador das contas de que se trata deverá ser fei-

ta em cartelas mensais, analiticamente por titular e por moeda, de modo a se obter, ao encerra-

mento do mês, exata igualdade com o somatório dos saldos registrados em todos os departamen-

tos. Em conseqüência, enquanto n~o recebido o movi-mento relativo ao último dia de

movimento do mês, de cada departamento, o movimento do mês subseqüente será lançado com

puxada de saldos provisórios. Em face do exposto, é de toda conveniência a adoção pelos bancos

de medidas com vistas a agilizar a expedição, nos departamentos de origem dos lançamentos, e a

recepçêo, no setor que centralize a escrituração, das cartas de remessas de documentos, aludidas

nos itens “33.4.” e “33.5.”.

33.8.Ao encerramento do mês, o Setor que centralize a escrituração das contas

mdi-cadas deverá, com vistas a comprovar a exatidâo dos saldos registrados em sua escrituração,

estabelecer os seguintes confrontos entre estes e os respectivos saldos apresentados nos departa-

mentos de origem dos lançamentos, constantes das relações referidas no item “33.5.”:

a)os saldos, por moeda estrangeira e cruzeiros, verificados na escrituração cen-

tralizada da conta “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– subtítulo “Conta movimento” – devem coincidir com o balanceamento apresentado entre os

respectivos saldos dos departamentos;

b)os saldos, por moeda estrangeira e cruzeiros, inscritos, por subtítulo, na escri-

turação centralizada da conta “OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”, devem coin-

cidir com a soma dos respectivos saldos apresentados nos departamentos.

33.9.Por ocasiêo dos balanços semestrais e após constatada a igualdade a que se

refere a letra “a” do item anterior, o Setor incumbido da escrituração centralizada de-verá, ainda,

verificar se a condensaçto dos saldos constantes dos balancetes anal(ticos dos departamentos,

sem qualquer compensação, relativos à conta “CORRES-PONDENTES NO EXTERIOR EM

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MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo “Conta movimento” – expressa, efetivamente, o con-

travalor dos direitos e obrigações da espécie, do estabelecimento, junto a banqueiros no exterior,

consoante demonstrado pela escrituração centralizada. Em caso contrário, deverá ser observedo

pelo Setor incumbido da centralização da escrituraçêo o seguinte procedi-mento – cujos decor-

rentes lançamentos serto incorporados junto ao Departamento de Contabilidade do Estabeleci-

mento – de modo a evidenciar, com propriedade, os direitos e obrigações junto a banqueiros no

exterior, sob registro na conta indicada:

a)osvalores ativos e passivos correspondentes aos saldos registrados, nos balan-

cetes dos departamentos, em relação ao subtítulo “Conta movimento” da conta

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” devem ser trans-

feridos, respectivamente, a crédito ou débito do referido conjunto contábil – titular “Balanço –

Centralização de registros” – em contrapartida com “CORRESPONDENTES NO EXTERIOR

EM MOEDAS ESTRANGEI RAS” – subtítulo de uso interno “Centralização de registros para

balanço” – especificando-se, em relação anexa a tais lançamentos, os saldos apresentados nos ba-

lancetes, na data, em cada departamento;

b)em seguida, os valores ativos e passivos apresentados na escrituraçto centrali-

zada em relaçêo ao subtítulo “Conta movimento” da conta “CORRESPONDENTES NO

EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – necessariamente obtidos com base nos saldos

por titular – serão registrados, respectivamente, a crédito ou débito do referido conjunto contábil

– titular “Balanço

–Centralização de registros” – em contrapartida com “CORRESPONDENTES

NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” – subtítulo de uso interno “Centralização de

registros para balanço” – especificando-se, em relaçto anexa a tais lançamentos, os valores em

moeda estrangeira dos saldos por banqueiro, o seu total por moeda e o contravalor desse total em

cruzeiros, convertido à taxa de compra aplicada para fins do balanço;

c)no dia seguinte ao do balanço, deverão ser estornados os lançamentos indicados

nas letras “a” e “b”, anteriores, de modo que os saldos apresentados na conta

“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–subtítulo “Conta movimento” – revertam aos valores registrados nos de-

partamentos;

d)tanto em face da elaboração dos lançamentos referidos nas letras “a” e “b”, an-

teriores, como em virtude do seu estorno (letra “c”, acima), nào deverá resultar saldo no subtítulo

de uso interno “Centralização de registros para balanço” da conta “CORRESPONDENTES NO

EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”, bem como no titular “Balanço – Centralizaçto

de registros” – subordinado ao subtítulo “Conta movimento”, da mesma conta.

331O.Ao setor encarregado da escrituração centralizada, na forma dos itens ante-

riores, incumbirá, também, promover a conciliação dos respectivos extratos de contas recebidos

dos banqueiros no exterior, a qual deverá ser realizada até 15 dias corridos contados da data da

recepçto de cada extrato.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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33.11.Acertos contábeis requeridos em virtude da conciliação dos extratos de con-

ta serão, necessariamente, incorporados ao movimento do departamento de origem da pendência,

n~o podendo, assim, ser realizados pelo setor centralizador da escrituração, o qual nêo terá mo-

vimento contábil próprio.

3a12.Dever&~ os bancos comunicar ao Banco Central – Departamento de Fiscali-

za-ç~o Bancária – as pendências de extratos de contas em banqueiros, que rema-nesçam por

mais de 60 dias após sua identificação inicial. As comunicações da espécie servo efetuadas ime-

diatamente após a conciliaçào do extrato em que se verifique a manutenção da pendência por

prazo superior ao limite indicado,

devendo ser descritas de forma circunstanciada e indicadas as providências que

venham sendo adotadas pelo estabelecimento para solução do assunto.

3a13.Poder~o os estabelecimentos submeter ao Banco Central – Departamento de

Fiscalização Bancária – proposta de sistemática diferente da descrita nos itens “33.4.” a “33.10.”,

para a escrituração centralizada ali referida, que abranja, inclusive, outras contas em moedas es-

trangeiras. No caso, a adoção do procedimento sugerido somente poderá ser feita após a prévia

autorização do Banco Central.

34.POSIÇÃO DE CÂMBIO – EXPRESSÃO CONTÁBIL

34.1.A posição de cámbio se expressa, contabilmente, da seguinte forma:

a)posiçêo geral de câmbio –

–através da conta “MOVIMENTO DE CÂMBIO, cujo saldo, se devedor, repre-

senta posição geral vendida e, se credor, posição geral comprada;

b)posiçêo liquidada de câmbio –

–através da conta “CÂMBIO LIQUIDADO”, cujo saldo, se devedor, representa

posição liquidada comprada e, se credor, posição liquidada vendid-‟;

c)posiçêo futura de câmbio –

–através do confronto entre os saldos das contas “CÂMBIO COMPRADO

A LIQUIDAR” e “CAMBIO VENDIDO A LIQUIDAR”, representando

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oexcesso da primeira sobre a segunda posição futura comprada e, o oposto, posi-

ção futura vendida.

34.2.Tendo em vista que a conta “MOVIMENTO DE CÂMBIO” exprime a glo-

balidade da posição de câmbio, os seus saldos em moeda nacional e em moeda estrangeira

devem corresponder em valor, porém em natureza oposta, à soma algébrica dos i

respectivos saldos em moeda nacional e em moeda estrangeira apresentados nas

contas “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR”, “CÂMBIO VENDIDO A LI-

QUIDAR” e “CÂMBIO LIQUIDADO”.

34.3.A posição liquidada de câmbio, traduzida nos saldos em moeda nacional e

em moeda estrangeira apresentados na conta “CÂMBIO LIQUIDADO”, deve c~incidir, em va-

lor e em natureza, com a soma algébrica dos saldos apresentados nas contas patrimoniais repre-

sentativas de direitos ou obrigações em moedas estrangeiras, a saber:

–“CORRESPONDENTESNOEXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAE”;

–“CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS”:

–“VALORES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS;

–“COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE EXPORTADORES”;

–“CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”;

–“FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”;

–“OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” e

–“COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A ENTREGAR”.

34.4.É indispensável a verificaçâo, pelos departamentos ou agências do~ ~ancos

que operem em câmbio, no País, ao encerramento do movimento diário, da existência das igual-

dades obrigatórias indicadas nos itens “342” e “34.3” precedente.

35.RELAÇÕES COM O EXTERIOR EM CRUZEIROS

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35.1.Devem ser contabilizados na conta “CORRESPONDENTES NO

EXTERIOR EM MOEDA NACIONAL” os débitos e créditos para com banqueiros no exterior

com os quais o estabelecimento mantenha relações de correspondente (exclusive departamentos,

matriz ou congêneres), resultantes de transações conduzidas em cruzeiros, admitidas na regula-

mentaçâo em vigor.

35.2.Os débitos e créditos em cruzeiros de bancos brasileiros para com suas agên-

cias no exterior, bem como de bancos estrangeiros para com a matriz e congêneres no exterior,

igualmente relativos a transações admitidas na regulamentação em vigor, devem ser contabiliza-

dos, respectivamente, nas contas “DEPARTAMENTOS NO EXTERIOR – EM MOEDA

NACIONAL” e “MATRIZ E CONGÉNERES NO EXTERIOR – EM MOEDA MACIONAL”.

35.3.Devem ser registrados em “DEVEDORES DIVERSOS – EXTERIOR” ou

“CREDORES DIVERSOS – EXTERIOR”, conforme o caso, eventuais relações em cruzeiros

com banqueiros no exterior, não correspondentes, e quando os respectivos titulares n~o mante-

nham, junto ao estabelecimento, conta de depósitos em cruzeiros, na forma do item seguinte.

35.4.Os depósitos em cruzeiros, no Pa(s, de pessoas físicas ou jurídicas residentes,

domiciliadas ou com sede no exterior, são realizáveis exclusivamente em bancos autorizados a

operar em câmbio, que os contabilizarão, a crédito do depositante, na conta “DEPÓSITOS DE

DOMICILIADOS NO EXTERIOR” – subtítulo “Contas livres (provenientes de vendas de câm-

bio)” ou “Contas livres (de outras origens)”, conforme o caso – observado o seguinte, consoante

disposto na Carta-Circular n0 5, de 27.2.69, do Banco Central:

a)tais contas sêo de livre movimentação, no País, para fins de interesse dos pró-

prios titulares, pelo que independe o seu uso de autorização do Banco Central, devendo-se regis-

trar, sempre, porém, além da origem dos recursos a identidade do depositante e a do favorecido;

b)é igualmente livre a transferência para o exterior do saldo apresentado no subtí-

tulo “Contas livres (provenientes de vendas de cámbio)”, no qual serão contabilizados, exclusi-

vamente, os recursos resultantes de ordens de pagamento ou créditos em moeda estrangeira ne-

gociados, no País, com bancos autorizados a operar em câmbio;

c)nas transferências de que trata a letra anterior, caberá aos bancos intervenientes

encaminhar ao Banco Central (Departamento de Fiscalização e Registros de Capitais Estrangei-

ros – FIRCE) os respectivos extratos da conta, instruídos com os comprovantes das vendas de

câmbio de que se originaram os saldos remetidos.

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73

CAPI‟IULO li – Apuração de Resultados da Carteira de Câmbio

ÍNDICE

1.Disposições preliminares

2.Resultados por variação de taxas sobre direitos e obrigações em moedas estran-

geiras

3.Resultados por diferença de taxas entre compras e vendas de câmbio

4.Comissões e juros internos e alocação de custos internos

ANEXOS:

1 – Mapa„DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS POR VARIAÇÃO DE

TAXAS – CÂMBIO LIQUIDADO”

II–Mapa “DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS POR VARIAÇÃO DE

TAXAS – CÂMBIO FUTURO”

CAPI~rULO ii – Apuração de Resultados da Carteira de Câmbio DISPOSIÇÕES

PRELIMINARES

1.1.A apuração dos resultados com vínculo à Carteira de Câmbio compreende:

a)o cômputo das receitas e despesas, lucros e prejuízos objeto do Título “30” do

Capítulo 1, do presente;

b)os ganhos e perdas decorrentes da variação de taxas sobre os direitos e obri-

gações em moedas estrangeiras, que constituem a posição de câmbio dos bancos;

c)os resultados obtidos pelas diferenças de taxas entre compras e vendas de câm-

bio.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

74

1.2.Além dos resultados indicados no item anterior e com vistas a melhor aferir a

rentabilidade da Carteira de Câmbio, deverão os estabelecimentos:

a)apurar a remuneração interna que caiba à Carteira de Câmbio, ou que por ela se-

ja devida, pelos recursos líquidos em cruzeiros que produza para aplicação em outras Carteiras

ou que destas absorva;

b)identificar, por processo extracontábil, as parcelas correspondentes à Carteira no

rateio dos gastos administrativos indiretos.

Os estabelecimentos devem informar ao Banco Central os critérios adotados, no

particular; alterações introduzidas deverão ser previamente informadas ao Banco Central e serão

válidas somente para o semestre seguinte.

2.RESULTADOS POR VARIAÇÃO DE TAXAS SOBRE DIREITOS E OBRI-

GAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS

2.1.Os resultados decorrentes da variação de taxas de câmbio sobre direitos e obri-

gações constitutivos da posição, em moedas estrangeiras, dos bancos autorizados a operar em

câmbio devem ser apurados por ocasião dos balancetes mensais e balanços semestrais, para sua

incorporação como resultado de câmbio.

2.2.Com vistas à apuração de resultados indicada no item anterior, conceitua-se

como:

a)“Resultados por Variação de Taxas – Câmbio Liquidado” – o valor dos resul-

tados da espécie determinados sobre as seguintes contas patrimoniais:

–“CORRESPONDENTES NO EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”;

–“CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO, EM MOEDAS ESTRANGEI-

RAS”;

–“VALORES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”;

–“COTAS DECONTRIBUIÇÂOA RECEBER DE EXPORTADORES”;

–“CONTAS GRÁFICAS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”;

–“FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”;

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–“OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS” e

–“COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A ENTREGAR”

Osomatório dos resultados apurados nas contas patrimoniais acima traduz,

com exatidão, os resultados, por variação de taxas, da conta de compensa-

ção “CÂMBIO LIQUIDADO”;

b)“Resultados por Variação de Taxas –Câmbio Futuro” – o valor dos resultados

da espécie relativos à posição de câmbio a liquidar, com base nas contas de

compensação:

–“CÂMBIOCOMPRADOALIQUIDAR”e

–“CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDAR”.

2.3.Para cálculo dos resultados objeto dos itens precedentes deve ser adotada, com

base para avaliação em moeda nacional dos direitos e obrigações em moedas estrangeiras, a taxa

de compra, nas respectivas moedas, fixada pelo Banco Central do Brasil para fins de balancetes e

balanços.

2.4.No que concerne à apuração dos “Resultados por Variação de Taxas – Câmbio

Liquidado”, cabe observar que:

a)o resultado equivalerá ao valor necessário, a ser lançado a débito ou a crédito da

conta patrimonial devida (letra “a” do item “2.2.”), de modo que o seu saldo em moeda nacional

reajustado corresponda, em natureza (devedora ou credora) e valor, ao saldo em moeda estran-

geira nela registrado convertido à taxa mencionada no item “2.3”;

b)o resultado apurado na forma da letra anterior representará:

–Lucro – quando o seu valor deva ser levado a débito da conta patrimonial reajus-

tada;

–Prejuízo – quando o seu valor deva ser creditado à conta patrimonial reajustada;

c)o débito ou crédito à conta patrimonial devida, pelo reajuste correspondente aos

resultados apurados consoante a letra “a”, deste item, será processado com especificação do va-

lor reajustado por moeda estrangeira – a nível de subtítulo nas contas que sejam assim desdobra-

das – em contrapartida com

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“REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E OBRIGAÇÕES EM MOEDAS

ESTRANGEI RAS”;

d)paralelamente à contabilização indicada na letra “c”, precedente, serão também

reajustados, por moeda, na forma abaixo, os saldos apresentados nas contas “CÂMBIO

LIQUIDADO” e “MOVIMENTO DE CÂMBIO”, pelo valor corres-pondente ao somatório dos

respectivos reajustes efetuados sobre as contas patrimoniais, a fim de se preservar a igualdade a

que se reporta o item “34.3.”, do Capítulo 1, do presente:

1 –no caso de o somatório dos resultados apurados, na moeda, sobre as contas pa-

trimoniais representar “LUCRO”:

–débito: “CÂMBIO LIQUIDADO” (moeda)

–crédito: “MOVIMENTO DE CÂMBIO” (moeda)

II –no caso de o somatório dos resultados apurados, na moeda, sobre as contas pa-

trimoniais representar „PREJUÍZO”:

–débito: “MOVIMENTO DE CÂMBIO” (moeda)

– crédito: “CÂMBIO LIQUIDADO”

(moeda)

e)para cálculo e demonstração dos “Resultados por Variaçk de Taxas – Câmbio

Liquidado” deverão os bancos utilizar mapa na forma do anexo 1 do presente Capítulo, o qual se

encontra preenchido, em bases hipotéticas, a t(tulo de ilustração.

2.5.Relativamente à apuração dos “Resultados por Variação de Taxas – Câmbio

Futuro”, deve ser observado o seguinte procedimento:

a)com base nos valores registrados nas contas “CÂMBIO COMPRADO A LI-

QUIDAR” e “CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDAR” – e após confirmada a sua exatidão através

de inventário da existência de contratos de compra e de venda de câmbio a liquidar – apura-se o

saldo líquido da existência, de-vedor (comprado) ou credor (vendido), em moeda estrangeira e

em moeda nacional, expurgando-se, previamente, os valores correspondentes a contra-tos de

câmbio que se encontrem em situação irregular, assim considerados os contratos em fase de can-

celamento ou baixa na posição cambial;

b)à taxa indicada no item “2,3.”, calcula-se o valor reajustado em cruzeiros do

saldo líquido da existência em moeda estrangeira;

c)através do confronto entre o valor em cruzeiros do saldo líquido da existência

(letra “a”, precedente) e o respectivo valor reajustado em cruzeiros (letra “b”, anterior), obtém-se

o lucro ou o prejuízo resultante do câmbio a liquidar;

d)o resultado, por moeda estrangeira, corresponderá a lucro quando:

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1 –o valor em moeda nacional reajustado seja devedor e maior do que o saldo

líquido, também devedor, da existência em moeda nacional. O resultado

será a diferença entre referidos valores;

II –o valor em moeda nacional reajustado seja devedor e o saldo líquido da

existência em moeda nacional seja credor. O resultado corresponderá

à soma de referidos valores;

III –o valor em moeda nacional reajustado seja devedor e o saldo líquido da

existência em moeda nacional seja nulo. O resultado será igual ao valor

em moeda nacional reajustado;

IV –o valor em moeda nacional reajustado seja credor e menor do que o saldo

líquido, também credor, da existência em moeda nacional. O resultado

corresponderá à diferença entre referidos valores;

V –seja nulo o saldo líquido em moeda estrangeira da existência e se apre-

sente credor o respectivo saldo líquido em moeda nacional. O resultado

será igual ao saldo líquido em moeda nacional da existência;

e)o resultado, por moeda estrangeira, equivalerá a prejuízo quando:

1 –o valor em moeda nacional reajustado seja credor e maior do que o saldo

líquido, também credor, da existência em moeda nacional. O resultado

corresponderá à diferença entre referidos valores;

II –o valor em moeda nacional reajustado seja credor e o saldo líquido da

existência em moeda nacional seja devedor. O resultado corresponderá

à soma de referidos valores;

III –o valor em moeda nacional reajustado seja credor e o saldo líquido da

existência em moeda nacional seja nulo. O resultado será igual ao valor

em moeda nacional reajustado;

IV –o valor em moeda nacional reajustado seja devedor e menor do que o

saldo líquido, também devedor, da existência em moeda nacional. O

resultado corresponderá à diferença entre referidos valores;

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–seja nulo o saldo líquido em moeda estrangeira da existência e se apresen

te devedor o respectivo saldo líquido em moeda nacional. O resultado

será igual ao saldo líquido em moeda nacional da existência;

f)para cálculo e demonstração dos “ Resultados por Variação de Taxas – Câmbio

Futuro” deverâo os bancos se utilizar de mapa na forma do anexo II do presente Capítulo, o qual

se encontra preenchido, em bases hipotéticas, a título de ilustração;

g)o valor líquido do resultado sobre o câmbio futuro, evidenciado no mapa mdi-

cado na letra anterior, será contabilizado da seguinte forma:

1–nocasode LUCRO:

–débito: “RENDASA RECEBER”

–subtítulo “Câmbio futuro – Lucro”

–crédito: “REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E OBRIGAÇÕES EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS”

II– no caso de PREJUÍZO:

– débito:“REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E OBRIGAÇÕES EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS”

– crédito: “PROVISÃO PARA PAGAMENTOS A EFETUAR”

– subtítulo “Câmbio futuro – Prejuízo”

h)previamente à contabilizaçâo indicada na letra anterior, deverá ser transferido

para a conta “REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E OBRIGAÇÕES EM MOEDAS

ESTRANGEIRAS” o saldo já existente na conta “RENDAS A RECEBER” – subtítulo “Câmbio

futuro – Lucro” – ou “PROVISÃO PARA PAGAMENTOS A EFETUAR” – subtítulo “Câmbio

futuro – Preju(zo”;

i)cumpre ressaltar que nenhuma alteração contábil deve ser promovida envol-

vendo as contas “CAMBIO COMPRADO A LIQUIDAR” e “CÂMBIO VENDIDO A

LIQUIDAR” em decorrência da apuração de resultados sobre o câmbio a liquidar;

j)os mapas a que alude a letra “f”, deste tem, serão instruídos, sempre que seja o

caso, com relaçêo especificando os seguintes elementos referentes aos contratos de câmbio em

situação irregular: o número, data do fechamento, valor em moeda estrangeira e valor em moeda

nacional do contrato, o nome do interveniente comprador ou vendedor do câmbio e, se for o ca-

so, a data do pedido, ao Banco Central, para autorizaçâo do cancelamento ou baixa.

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2.6.O saldo apresentado na conta “REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E

OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”, em face dos lançamentos relativos aos re-

sultados apurados no câmbio liquidado (item “2.4.c?‟) e no câmbio futuro (item “2.5.g.”), e após

a transferência a que alude o tem “2.5.h.”, será encerrado na data de apuraçâo dos resultados,

mediante débito ou crédito à conta “RESULTADOS DE cÂMBIo”, na forma abaixo:

a)no caso de saldo final credor em “REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E

OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”:

– débito:“REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E OBRIGAÇÕES EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS”

–crédito: “RESULTADOS DE CÂMBIO‟

–subtítulo “Lucros em operaç5es”

b)no caso de saldo final devedor em “REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E

OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”:

–débito: “RESULTADOS DE CÂMBIO”

–subtítulo “Prejuízos em operações”

–crédito: “REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E OBRIGAÇÕES EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS”

2.7.Exemplar dos mapas “Resultados por Variação de Taxas – Câmbio Liquida-

do” e “ Resultados por Variação de Taxas – Câmbio Futuro”, este último instruído, sempre que

seja o caso, com exemplar da relação de contratos em situação irregular, serão encaminhados ao

Departamento de Fiscalização Bancária do Banco Central, juntamente ao Balancete Anal(tico da

Carteira de Câmbio, Cópias de tais documentos deverão ser entregues, pelos departamentos dos

bancos, ao Setor de Controle Cambial, da praça, apensas à cópia do Balancete Analítico da Car-

teira de Câmbio do departamento.

3.RESULTADOS POR DIFERENÇA DE TAXAS ENTRE COMPRAS E

VENDAS DE CÂMBIO

3.1 .A respeito dos resultados por diferença de taxas entre compras e vendas de

câmbio (“spread”), cabe notar, preliminarmente, que os resultados da espécie são apura-dos en-

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globadamente com aqueles decorrentes de variação de taxas (Título “2” deste Capítulo) sempre

que referentes a compras e vendas de câmbio a liquidar ou no caso de câmbio já liquidado e em

que se verifique, na conta patrimonial objeto da apuração, saldo em moeda estrangeira da mesma

natureza do respectivo saldo em moeda nacional,

3.2.Na eventualidade de uma das contas patrimoniais indicadas na letra “a” do

tem “2.2,”, deste Capítulo, apresentar, ainda que em relação a uma única moeda, quaisquer das

situações abaixo configuradas, deverá ser imediatamente apurado o resultado de câmbio corres-

pondente, com vistas à compatibilização dos respectivos saldos:

a)saldo devedor em moeda estrangeira e saldo nulo ou credor em cruzeiros; b)

saldo credor em moeda estrangeira e saldo nulo ou devedor em cruzeiros; c) saldo nulo em moe-

da estrangeira e saldo credor em cruzeiros;

d)saldo nulo em moeda estrangeira e saldo devedor em cruzeiros.

3.3.Nos casos previstos nas letras “a” e “b” do item anterior, dever-se-á, com base

na taxa de compra mais recentemente estabelecida pelo Banco Central para fins de balancete

mensal ou balanço semestral, calcular o valor do reajuste a ser efe-tuado sobre a conta, na moe-

da, de modo que o seu saldo reajustado em cru-zeiros corresponda, em natureza (devedora ou

credora) e valor, ao saldo em moeda estrangeira nela registrado convertido à taxa aplicada ao re-

ajuste. O valor do reajuste, nas situações indicadas, representará:

–lucro – na hipótese da letra “a”; e

–prejuízo – na hipótese da letra “b”.

3.4.Em reIaç~o aos remanescentes casos objeto das letras “c” e “d” do item

“3.2.”,

retro, inexistindo saldo em moeda estrangeira o respectivo saldo em cruzeiros

representará:

–lucro – se credor (letra “c”); e

–prejuízo – se devedor (letra “d”).

3.5.No que tange à contabilização dos resultados ~ identificados nos tens “3.3.” e

“3.4.”, precedentes, deverão ser os respectivos valores transferidos para a conta “RESULTADOS

DE CÂMBIO” – subt(tulo “Lucros em operações” ou “Prejuízos em operações”, conforme o ca-

so – procedendo-se também, na forma da letra “d” do item “2,4.”, deste Capítulo, à simultânea

adequação dos saldos apresentados nas contas “CÂMBIO LIQUIDADO” e “MOVIMENTO DE

CÂMBIO”.

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4.COMISSÕES E JUROS INTERNOS E ALOCAÇÃO DE CUSTOS

INTERNOS

4.1 .Com vistas a melhor aferição dos resultados da Carteira de Câmbio, deverão

sofrer a incidência de juros internos os excessos verificados entre aplicações e recursos captados

pela Carteira que constituam, observado o disposto no item “1 .5. , do Capítulo III, do presente, o

“SALDO REAL DA CARTEIRA DE CÂMBIO‟.

4.2.Os juros internos referidos no item anterior, apurados com base na taxa remu-

neratória fixada pelo estabelecimento, serão contabilizados na forma abaixo:

a)juros positivos a favor da Carteira de Câmbio:

–débito: “COMISSÕES E JUROS INTERNOS”

–subtítulo de uso interno “Outros”

–crédito: “COMISSÕES E JUROS INTERNOS”

–subtítulo de uso interno “Câmbio” b) juros negativos para a Carteira de Câmbio:

–lançamento inverso.

4.3.Vale ressaltar que, como se vê do procedimento contábil indicado no item an-

tenor, os resultados referentes a Comissões e Juros Internos da Carteira de Câmbio se compen-

sam no próprio departamento em que esteja localizado o Setor Câmbio, não podendo, assim, em

hipótese alguma, influir no valor do resultado do departamento ou do estabelecimento.

4.4.Além da apuração de comissães e juros internos deverão os estabelecrrentos,

para melhor análise da rentabilidade da Carteira de Câmbio, promovei , po~ processo extracon-

tábil, a identificação da parcela à mesma correspondente no rateio dos gastos administrativos in-

diretos, tais como os relativos a serviço de cadastro, serviços de computação avançada, assistên-

cia médica, propaganda, arquivo 9era, etc.

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CAPÍrULO iii – BALANCETE ANALI1ICO DA CARTEIRA DE CÂMBIO

ÍNDICE

1.Disposições Gerais

ANEXO:

Modelo do “BALANCETE ANALÍTICO DA CARTEIRA DE CÂMBIO”

DISPOSIÇÕES GERAIS

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1.1.O Balancete Analítico da Carteira de Câmbio é o documento formal, específi-

co, que os bancos autorizados a operar em câmbio deverão elaborar nas datas pró-prias dos ba-

lancetes mensais e balanços, utilizado impresso com as dimensões de 420 mm x 650 mm, obede-

cido o modelo cujo fac-símile, em tamanho reduzido, constitui anexo do presente Cap(tulo.

1,2.Somente deverão ser inscritos nos balancetes analíticos da Carteira de Câmbio

saldos de contas à mesma vinculadas, sendo vedada a inclusão de quaisquer outras contas e a-

créscimos de palavras ou expressões ao modelo padronizado.

1.3,Relativamente à indicação, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, dos

saldos apresentados nas contas, cabe notar que:

a)os saldos de empréstimos com vínculo à Carteira de Câmbio – inscritos no des-

dobramento de uso interno “Câmbio” das contas de empréstimos adequadas – figurarão, no ba-

lancete de que se trata, de forma globalizada, sob a rubrica

“EMPRÉSTIMOS (CÂMBIO)”;

b)as demais contas de uso comum ao registro de atos e fatos administrativos com

vínculo a outras Carteiras, além da Carteira de Câmbio, e que não contenham subtitulação pró-

pria para esta última, serão expressas no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio pelo saldo

apresentado no subtítulo ou desdobramento de uso interno “Câmbio” que será utilizado para i-

dentificação dos valores relacionados à Carteira de Câmbio;

c)a conta “BANCO CENTRAL – RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO” terá in-

dicação de saldo apenas no balancete da Matriz dos Estabelecimentos (ou da agência ou filial in-

cumbida de controlar e promover os recolhimentos da espécie), devendo, no caso, ser demons-

trada no verso do balancete a forma pela qual se compôs o montante relativo à Carteira de

Câmbio, sobre o qual foi cal-culado o depósito compulsório devido;

d)o saldo da conta “CAMBIO LIQUIDADO” deverá expressar o valor líquido re-

sultante do confronto entre os saldos devedores e credores nela registrados;

e)procedimento idêntico ao mencionado na letra anterior será adotado em relaÇêo

à conta “MOVIMENTO DE CAMBIO”;

f)ressalvados os casos indicados nas letras “d” e “e” e observado o disposto na le-

tra “b”, nas demais contas deverão ser inscritos os respectivos saldos deve-dores e/ou credores,

sem qualquer balanceamento.

1.4.O valor a ser inscrito como “SALDO CREDOR DA CARTEIRA DE

CÂMBIO”, no Ativo, ou como “SALDO DEVEDOR DA CARTEIRA DE CÂMBIO”, no Pas-

sivo, nos balancetes em causa, representa, sem qualquer efeito contábil a diferença entre o total

dos saldos das contas do Ativo (grupamentos “ Realizável” + “ Resultado Pendente”) e o total

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dos saldos das contas do Passivo )grupamentos “Exigível” + “ Resultado Pendente”), constantes

do balancete.

1.5.O saldo real da Carteira de Câmbio, a ser expresso no quadro existente no can-

to inferior esquerdo dos balancetes analíticos da Carteira de Câmbio é obtido da seguinte forma:

a)no caso de “SALDO DEVEDOR DA CARTEIRA DE CÂMBIO”

–deduz-se do seu valor o saldo da conta “DEPARTAMENTOS NO EXTERIOR –

CONTA CAPITAL” e se adiciona ao resto o saldo de “OBRIGA-ÇÕES POR EMPRESTIMOS

EXTERNOS”. O saldo real será devedor se o resultado for positivo e credor se negativo;

b)no caso de “SALDO CREDOR DA CARTEIRA DE CÂMBIO”

–deduz-se do seu valor o saldo apresentado em “OBRIGAÇÕES POR EM-

PRESTIMOS EXTERNOS” e se adiciona ao resto o saldo da conta “DE-

PARTAMENTOS NO EXTERIOR – CONTA CAPITAL‟. O saldo real será cre-

dor se o resultado for positivo e devedor se negativo.

16.Deverão os bancos indicar, em observaçáo no Balancete Analítico da Carteira

de Câmbio, a taxa percentual, ao ano, aplicada para cálculo dos juros internos inscritos na rubri-

ca “COMISSÕES E JUROS INTERNOS”.

17.Deverá ser elaborado pela Matriz dos bancos autorizados a operar em câmbio –

no caso de bancos cuja sede se localize no exterior, pela Agência principal no Pa(s – Balancete

Anal(tico Geral da Carteira de Câmbio, globalizando, sem qualquer balanceamento, os respecti-

vos saldos de contas constantes dos balancetes anal(ticos, da espécie, de cada departamento ou

agência que opere em câmbio no País.

1 .8.Os estabelecimentos deverâo remeter, nas datas próprias, ao Departamento de

Fiscalização Bancária do Banco Central, exemplar de cada um dos seguintes documentos, em

conjunto:

–Balancete Analítico da Carteira de Câmbio de cada um de seus departamentos,

agências ou filiais que operem em câmbio, no País;

–Balancete Analítico Geral da Carteira de Câmbio;

–mapa de apuração de “Resultados por Variação de Taxas – Câmbio Liquidado”,

na forma do anexo 1 do Capítulo II, do presente;

–mapa de apuração de „ Resultados por Variaçâo de Taxas – Câmbio Futuro”, na

forma do anexo II do Capítulo II, do presente;

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reIaç~o discriminativa dos contratos de câmbio em situação irregular, na forma do

tem “2.5.j” do Capítulo II, do presente;

–relação discriminando, por titular, os saldos apresentados nas contas “DEVE-

DORES DIVERSOS – PAIS” e “CREDORES DIVERSOS – PAIS”, referentes à Carteira de

Câmbio, bem como aqueles inscritos nas contas “DEVEDORES DIVERSOS – EXTERIOR” e

“CREDORES DIVERSOS – EXTERIOR”,

1 .9. Deverão os estabelecimentos entregar ao Setor de Controle Cambial, da pra-

ça, até

o5~ dia útil seguinte à data dos balancetes mensais:

–exemplar do Balancete Analítico da Carteira de Câmbio local;

–exemplar dos mapas de apuração de “Resultados por Variação de Taxas – Câm-

bio Liquidado” e “ Resultados por Variaçâo de Taxas – Câmbio Futuro”;

–relaçâo discriminativa dos contratos de câmbio em situação irregular, na forma

do item “2.5.j” do Capítulo II, do presente.

Além desses documentos, a Matriz ou, no caso de bancos com sede no exterior, a

Agência principal no País entregará, imediatamente após a elaboração do Balancete Analítico

Geral da Carteira de Câmbio do estabelecimento, exempL: do mesmo ao Setor de Controle

Cambial da praça.

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CAPtÏLJLO Iv – TI~rULOS DE RAZÃO E SUBTIÏULOS ÍNDICE

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1.Disposições gerais – Nomenclatura, classificação e finalidade

1.DISPOSIÇÕES GERAIS – NOMENCLATURA, CLASSIFICAÇÃO E

FINALIDADE

1.1.O registro dos atos e fatos administrativos com vínculo à Carteira de Câmbio

será feito de maneira uniforme, utilizados nos correspondentes documentos de contabilidade, in-

ternos ou para efeito externo, com observância rigorosa das respectivas nomenclaturas, finalida-

des e enquadramentos, os Títulos de Razâo e Subtítulos constantes deste Capítulo.

1.2.Os Títulos de Razão e seus Subtítulos são codificados para efeito de apuração

mecanizada. Os números-código precederão sempre a designação de cada Título e/ou Subtítulo,

sendo obrigatória essa indicação nos documentos de contabili. dade em que figurem.

1.3.Ê facultado aos estabelecimentos, para atendimento das conveniências de seus

serviços, a utilização de subtítulos ou desdobramentos de uso interno subordina-dos, respectiva-

mente, aos Títulos de Razão ou Subtítulos.

1.4.Observado o disposto no item anterior, no caso de Títulos de Razão e/ou Sub-

títulos de uso comum ao registro de atos e fatos administrativos com vínculo a outras Carteiras,

além da Carteira de Câmbio, dever-se-á adotar, para identi. ficação dos valores correspondentes

a esta última, a utilização do subtítulo ou desdobramento de uso interno “Câmbio”.

1.5.Nas folhas seguintes são indicadas a nomenclatura, classificação e finalidade

dos Títulos de Razão, e seus Subtítulos, de que se trata.

ADIANTAMENTOS SOBRE CONTRATOS DE CÃMBION° código

~2.04.116

Ativo Realizável. Para contabilização, em nome dos clientes, dos

adiantamentos concedidos sobre contratos de compra de câmbio de exportação.

Subtítulo a utilizar:

02 – Letras a entregar

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04–Letrasaentregar– FINEX

12 – Letras entregues

14–Letrasentregues– FINEX

BANCO CENTRAL – DEPÓSITOS EM MOEDAS ESTRANGEIRASN°código

(Circular n? 230, de 29.8.74)2.04.250

Ativo Realizável. Para o registro dos depósitos em moedas estrangeiras realizadas

junto ao Banco Central do Brasil, decorrentes de não aplicação, em speraçôes de repasse, dos re-

cursos oriundos de empréstimos externos.

BANCO CENTRAL – DEPÓSITOS PARA A CONTRATAÇÃO DE CÂMBIO

N° código 2.04.252

Ativo Realizável. Para registro dos depósitos vinculados à contra-tação de câmbio

de importação, para liquidação futura, destinada à abertura de carta de crédito, recolhidos ao

Banco Central do Brasil.

– BANCO CENTRAL – RECOLHIMENTO COMPULSÓRION?código

2.04.002

Ativo Realizável. Para contabilização dos depósitos, em dinheiro, feitos pelas ins-

tituiçõe~ financeiras no Banco Central do Brasil, de acordo com o artigo 4?, tem XIV, da Lei n .

4.595, de 31.12.64, e normas regulamentares vigentes.

Observação:no que concerne à apresentação desta conta no Balancete Analítico da

Carteira de Câmbio, cabe notar que o valor correspondente à mesma constará apenas do balance-

te da Matriz (ou da Agência ou Filial incumbi-da de controlar e promover os recolhimentos da

espécie), à qual caberá discriminar, no verso do referido documento, a forma pela qual se com-

pôs o montante relativo à Carteira de Câmbio, sobre o qual foi calculado o depósito compulsório.

BENEFICIAR lOS DE GARANTIAS PRESTADASN? código

8.00.320

Ativo de Compensação. Para contabilização, pelo exato valor, em contrapartida

com “RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS”, das responsabilidades de

clientes para com o Estabelecimento, resultantes de fianças e garantias bancárias a eles prestadas,

ou por sua conta, em favor de terceiros.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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Observações:

1 –os valores de garantias em moedas estrangeiras ou sujeitas a risco de variação

de taxa de câmbio serão obrigatoriamente reajustados, por ocasião dos balancetes mensais e ba-

lanços, com base na taxa de compra do dia, indicada pelo Banco Central do Brasil;

1 1 –esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelo

saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câm. bio”, que deverá ser utilizado para identifi-

cação dos valores que se vinculem a operações conduzidas através da Carteira de Câmbio.

CAMBIAIS E DOCUMENTOS APRAZO, EM MOEDAS ESTRANGEIRAS

N°código 2.06.045

Ativo Realizável. Para registro das cambiais e documentos a prazo, em moedas

estrangeiras, amparados em cartas de crédito de exportação, bem como das cambiais avalizadas

ou aceitas por banqueiros no exterior, objeto de negociação pelo estabelecimento, em liquidação

de compra de câmbio, na forma das instruções cambiais vigentes.

CÂMBIO LIQUIDADON°código

Ativo – 8.00.520

Passivo – 9.00.521

Ativo e Passivo de Compensação. Para registro, em contrapartida

com “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR” ou “CÂMBIO VENDIDO A

LIQUIDAR”

da liquidação, respectivamente, das compras e vendas de câmbio.

Observação:por ocasião dos balancetes mensais e balanços, o saldo desta conta se-

rá reajustado, em contrapartida com “MOVIMENTO DE CÂMBIO”, pelo

valor correspondente ao resultado, por variação de taxas sobre o câmbio liquida-

do, apurado com base na taxa de compra para as respectivas moe -das, fixada pelo Banco Central

do Brasil, para fins de balancetes e balanços,

CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDARN?código

8.00.500

Ativo de Compensação. Para contabilização, em contrapartida com

“MOVIMENTO DE CÂMBIO”, dos contratos de compra de câmbio celebrados

pelo

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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estabelecimento. O seu encerramento se verifica mediante débito à conta

“CÂMBIO

LIQUIDADO”, no caso da liquidação da compra de câmbio, ou “MOVIMENTO

DE

CÂMBIO”, na hipótese de cancelamento ou baixa do contrato.

Subtítulos a utilizar:

02– Exportação

04–Exportação FINEX

12–Financeiro

14–Financeiro – FINEX

22 – Coberturas

32–Arbitragens

CÂMBIO VENDIDO A LIQUIDARN° código

9.00.501

Passivo de Compensação. Para contabilização, em contrapartida

com “MOVIMENTO DE CÂMBIO”, dos contratos de venda de câmbio celebra-

dos

pelo estabelecimento. O seu encerramento se verifica mediante crédito à contâ

“CÂMBlO LIQUIDADO”, no caso da liquidação da venda de câmbio, ou “MOVIMENTO DE

CÂMBIO”, na hipótese de cancelamento ou baixa do contrato.

Subtítulos a utilizar:

01–Importação

11–Financeiro

21 – Repasses

23–Repasses – FINEX

31–Arbitragens

COBRANÇA POR CONTA DE TERCEIROSN?código

9.00.161

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Passivo de Compensação. Para registro, em contrapartida com

“TÍTULOS EM COBRANÇA DIRETA” ou “MANDATÁRIOS POR

COBRANÇA”, conforme o caso, em nome dos mandantes, dos títulos em moeda nacional ou es-

trangeira recebidos em cobrança simples.

Subtítulos a utilizar:

01–DoPaís

03–Do exterior

Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo do subtítulo “Do exterior” e pelo saldo do desdõbramento de uso interno “Câm-

bio”, que deverá ser utilizado com subordinação ao subtítulo “Do País”, para identificação dos

valores no mesmo inscritos e que se vinculem a operações conduzidas através da Carteira de

Câmbio.

COBRANÇA POR CONTA PRÓPRIAN?código

9.00.101

Passivo de Compensação. Para registro, na dependência responsável pela opera-

ção, dos títulos, em cobrança, de propriedade do Estabelecimento. Faz contrapartida com

“MANDATÁRIOS POR COBRANÇA” ou “TITULOS EM CO-BRANÇA NO EXTERIOR”.

Subtítulos a utilizar:

01–No País

03–No exterior

Observações:

1 –é dispensável o registro, nesta rubrica, no caso de cambiais amparadas em car-

tas de crédito de exportação, com câmbio liquida-do, uma vez que, em tais casos, o envio ao ex-

terior dos títulos é feito em atendimento das condições da carta de crédito e para prova da correta

negociação desta, não se configurando como remessa em cobrança;

1 1 –esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelo

saldo do subtítu‟o “No exterior” e pelo saldo do desdobramento de uso interno “Câmbio”, que

deverá ser utilizado com subordinação ao subtítulo “No País”, para identificação dos valores no

mesmo inscritos e que se vinculem à Carteira de Câmbio.

COBRANÇA VINCULADA A OPERAÇÕES N?código

9.00.351

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Passivo de Compensação. Destina-se ao registro, em nome dos cedentes, dos títu-

los recebidos para cobrança, em caução de operações de empréstimo que não impliquem rotati-

vidade do crédito concedido ou como contragarantia a garantias prestadas pelo estabelecimento

ou, ainda, com vínculo a operações de câmbio ou outras operações.

Subtítulos a utilizar:

01–NoPaís

03 – No exterior

Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo do subtítulo “No exterior” e pelo saldo do desdobramento de uso interno “Câm-

bio”, que deverá ser utilizado com subordinação ao subtítulo “No País”, para identificação dos

valores no mesmo inscritos e que se vinculem a operações conduzidas pela Carteira de Câmbio.

COMISSÕES E JUROS INTERNOSN?código

Ativo –6.00.910

Passivo – 5.00.301

Ativo ou Passivo de Resultado Pendente. Conta de uso facultativo, destinada ao

registro dos juros e comissões interdepartamentais, isto é, cobrados pelos departamentos do esta-

belecimento, no País, entre si.

Observações:

1 –nos balanços globais do Estabelecimento, anular-se-á eventual diferença entre

o total dos saldos devedores e dos saldos credores apre-sentados nesta conta, mediante débito a

“DESPESAS DEEXERCíCIOS FUTUROS” ou crédito a “RENDAS DE EXERCICIOS FU.

TUROS”, conforme o caso. Dessa forma, a presente conta não pode-ré, em hipótese alguma, in-

fluir no resultado global do estabelecimento; ~

II– esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelo

saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para identifica-

ção do valor das despe-sas e receitas da espécie, relativas à Carteira de Câmbio.

CONTAS GRAFICAS – EM MOEDAS ESTRANGEIRASN?código

Ativo – 2.06.054

Passivo – 3.03.401

Ativo Realizável ou Passivo Exigível. Para registro de valores referentes a fretes,

prêmios de seguros e comissões de agentes sobre exportações em moedas

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estrangeiras, dispensados de contrataçâo de câmbio para efeito de seu pagamento

no

exterior (Portaria n? 391, de 25.7.46, do Ministério da Fazenda). Registra, tam-

bém, o

valor de comissões de agentes sobre importações, para oportuno pagamento ao

agente.

Destina-se, outrossim, à contabilização do valor de cotas de contribuição em mo-

edas

de convênio, quando da liquidação de compras de câmbio de exportação conduzi-

da

em moeda de convênio e sujeita a cota, ou por ocasião da entrega de tais cotas ao

Banco Central. Utilizável, ainda, como conta transitória na liquidaçâo de compras

e

vendas simbólicas, conduzidas ao amparo da Resolução n~? 229, de 19.72.

Subtítulos a utilizar:

–no ativo – 02 – Cotas de contribuição em moedas de convênio

04–Fretes e prêmios de seguro sobre exportação

06–Operaçôes simbólicas – Resolução n?229

–no passivo – 01 – Comissões de agentes sobre exportação

03 – Comissões de agentes sobre importação

05 – Cotas de contribuição em moedas de convênio

07 – Fretes e prêmios de seguro sobre exportação

09 – Operações simbólicas – Resolução n~ 229

CONTRATOS DE CÂMBIO BAIXADOSN? código

9.00.562

Passivo de Compensação. Para registro, em contrapartida com “DE-

VEDORES POR CONTRATOS DE CÂMBIO BAIXADOS”, dos contratos de

câmbio

objeto de baixa na posição cambial.

Subtítulos a utilizar:

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01 – Protestados

03 – Sem protesto

Observação:os registros nesta conta serão encerrados, mediante lançamento inver-

so, em virtude da solução da pendência que originou a baixa do contrato na posição cambial ou

em face de ser considerada inviável a solução do caso, nesta última hipótese desde que decorri-

dos, no mínimo, 5 anos da baixa do contrato de câmbio.

CORRESPONDENTES NO EXTERIOR – EM MOEDA NACIONALN?código

Ativo – 2.04.354

Passivo – 3.03.353

Ativo Realizável e Passivo Exigível. Para contabilização dos débitos e créditos

para com banqueiros no exterior com os quais o estabelecimento mantenha relaçôes de corres-

pondente (exclusive departamentos, matriz ou congêneres), decorrentes de transações conduzidas

em cruzeiros, admitidas na regulamentação em vigor.

CORRESPONDENTES NO EXTERIOR – EM MOEDAS ESTRANGEIRAS

N°código

Ativo –2.04.356

Passivo – 3.03.355

Ativo Realizável e Passivo Exigível. Para contabilização dos débitos

e créditos em moedas conversíveis, em contas de movimento, e dos depósitos de

aviso

prévio e prazo fixo junto a banqueiros (correspondentes, departamentos, matriz ou

congêneres( no exterior.

Subtítulos a utilizar:

–no ativo – 02 – Conta movimento

04 – Aviso prévio

06 – Prazo fixo

–no passivo – 01 – Conta movimento

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03 – Ordens do exterior a cumprir

Observações:

1 –o subtítulo “Ordens do exterior a cumprir” destina-se ao registro transitório em

contrapartida com o subtítulo “Conta movimento” do valor das ordens de pagamento do exterior

já creditadas à conta do estabelecimento junto a banqueiro no exterior, sendo a sua utilização fa-

cultada em relação às ordens que se encontrem pendentes de cumprimento há menos de 7 dias

corridos, contados da data do recebimento da ordem, e obrigatória nos demais casos (ver a pro-

pósito T(tulo “19”, do Capítulo “1” do presente(;

1 1 –no caso de os saldos condensados dos balancetes dos departamentos apresen-

tar, em relação ao subtítulo “Conta movimento”, desta conta, posição divergente da que efetiva-

mente traduza os direitos e obrigações da espécie, demonstrada na escrituração centralizada de

referido subtítulo, deverão ser promovidos os ajustamentos devidos, na forma do tem “33.9.”, do

Capítulo “1”, do presente, utilizando-se para tal fim o subtítulo de uso interno “Centralização de

registros para balanço”, o qual, em razão da sistemática de seu emprego, terá saldo sempre nulo

no próprio dia de sua utilização.

COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A ENTREGARN?código

3.03.263

Passivo Exigível. Destina-se ao registro, em contrapartida com “COTAS DE

CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE EXPORTADORES”, no ato da contratação do câmbio a

que se vincule, do valor das cotas de contribuição a entregar ao Banco Central do Brasil, inciden-

tes sobre exportações. Encerra-se, pela entrega da cota, por crédito à conta adequada representa-

tiva do valor em moeda estrangeira ou, em se verificando o cancelamento da cota, mediante cré-

dito a “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE EXPORTADORES”.

COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE EXPORTADORESN?código

2.04.050

Ativo Realizável. Para registro, em contrapartida com “COTAS DE

CONTRIBUIÇÃO A ENTREGAR”, no ato da contratação do câmbio a que se vincule, do valor

das cotas de contribuiçâo a receber de exportadores. incidentes sobre exportações. Encerra-se,

quando da liquidação da compra do câmbio de exportação a que se vincule a cota, mediante dé-

bito à conta adequada representativa do valor em moeda estrangeira, ou, em se verificando o

cancelamento da cota, por débito a “COTAS

DE CONTRIBUIÇÃO A ENTREGAR”.

CRÉDITOS ABERTOS PARA IMPORTAÇÃON?código

8.00.420

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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Ativo de Compensação. Para contabilização, em contrapartida com

“RESPONSABILIDADES POR CREDITOS PARA IMPORTAÇÃO”, das responsabilidades de

terceiros perante o Estabelecimento, pela abertura de cartas de crédito de importação, no exteri-

or. Encerra-se, mediante lançamento inverso, pela negociação ou pela n~o utilização da carta de

crédito.

Subtítulos a utilizar:

02 – Câmbio contratado

04 – Câmbio a contratar

06–Importação financiada – Circular n? 198

CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃON~?codigo

2.04.128

Ativo Realizável. Para contabilização dos créditos considerados de liquidação di-

fícil, desde que observado o disposto no artigo 129, alínea “c”, do Decreto-lei n? 2.627, de

26.9.40, no que concerne à formação obrigatória de reserva.

Observações:

1 –os créditos prescritos ou perdidos não podem permanecer nesta conta, como

em nunhuma outra do Ativo, devendo ser contabili zados como prejuízo, no primeiro balanço.

Manterse-á, todavia, registro do fato nesta rubrica, por valor-índice de Cr$ 1,00, do-rante, pelo

menos, cinco anos;

II– esta conta se expressará no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelo

saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câm bio”, que deverá ser utilizado para identifi-

cação dos valores da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio.

CRÉDITOS DE EXPORTAÇÃO CONFIRMADOSN?cõdigo 800.440

Ativo de Compensação. Para registro, em nome dos respectivos banqueiros emi-

tentes, do valor das cartas de crédito de exportação institu(das no ex-tenor e que sejam objeto de

confirmação, no País, pelo estabelecimento. Faz contra-partida com “RESPONSABILIDADES

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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POR CRÉDITOS DE EXPORTAÇÃO CON FIRMADOS”. Encerra-se, em lançamento inverso,

pela negociação ou pela nãc utilização da carta de crédito.

CREDORES DIVERSOS – PAÍS~ codigo

3.03245

Passivo Exigível. Para registro das importâncias devidas pelo Estabelecimento a

pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no País, inclusiv‟~ resultas teu de exercício de mandato,

que não possam ou não devam ser escrituradas como depósitos.

Subtítulos a utilizar:

01 – Provisão para cheques especiais

03–Outros

Observações:

1 –no subtítulo “01 – Provisão para cheques especiais”, serão regis tradas as pro-

visães de fundos para tipos especiais de cheques, emitidos com base no Decreto n~? 24.777, de

14.7.34, que serão sempre nominativos e sacados contra a própria dependência bancária que os

emitir (quando a dependência encarregada do pagamento for outra que não a emissora, ver “Or-

dens de Pagamento”);

1 1 –esta conta se expressará no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio pelo

saldo apresentado nos desdobramentos de uso interno que, quando for o caso, deverão ser utili-

zados com subordinação ao subtítulo “Outros”, para identificação dos valores vinculados à Car-

teira de Câmbio.

CREDORES DIVERSOS– EXTERIORN°código 3.03.247

Passivo Exigível. Para registro dos créditos em cruzeiros de clien‟ teu do exterior,

inclusive resultantes de execução de mandato, decorrentes de operaçães com vínculo à Carteira

de Câmbio, que não possam ou não devam ser inscritos em

“DEPÓSITOS DE DOMICILIADOS NO EXTERIOR”.

DEPARTAMENTOS NO EXTERIOR – CONTA CAPITALN?código 2.04.366

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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Ativo Realizável. Para contabilização, como aplicação da Matriz, do capital decla-

rado das dependências de estabelecimento nacional no exterior, ou de do‟ tações a elas atribuídas

no caso de inexistir aquela exigência.

DEPARTAMENTOS NO EXTERIOR – EM MOEDA NACIONALN?código~

Ativo – 2.04.364~

Passivo – 3.03.363

Ativo Realizável e Passivo Exigível. Para contabilização dos débitos e créditos,

para com agências, no exterior, do estabelecimento, decorrentes de transações conduzidas em

cruzeiros, admitidas na regulamentação em vigor.

DEPOSITANTES DE VALORES EM CUSTÓDIAN?códi~

9.00.201

Passivo de Compensação. Para registro, em contrapartida com “VA LORES EM

CUSTODIA” ou “DEPOSITARIOS DE VALORES‟, em nome dos depe sitantes, dos valores

recebidos em depósito.

Observações:

1 –no caso especial previsto no item l-2-B-5 da Padronização da Conta-bilidade

dos Estabelecimentos Bancários será utilizado, nesta conta, subtítulo na forma ali indicada;

1 1 –esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Cães bio, pelo

saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para identifica-

ção dos valores que se vinco‟ lem a operações conduzidas através da Carteira de Câmbio

N?côdigo

9.00.231

DEPOSITANTES DE VALORES EM GARANTIA

N?código

6.00.990

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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Passivo de Compensação. Para registro, em contrapartida com “VALORES EM

GARANTIA” (ou, eventualmente, “DEPOSITÁRIOS DE VALORES”), dos valores recebidos

pelo estabelecimento em garantia de empréstimos e outras opera-çôes ou contratos, exceto se a

garantia for constituída por fiança.

0bservaç~o:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para

identificação dos valores que se vinculem a operaç8es conduzidas através da Carteira de Câm-

bio.

DEPÓSITOS DE DOMICILIADOS NO EXTERIORN?código

3.01.031

Passivo Exig(vel. Para registro dos créditos em cruzeiros, de livre movimentaçâo,

resultantes ou nâo de operações de câmbio, de pessoas f(sicas ou jurídicas domiciliadas ou resi-

dentes no exterior.

Subtítulos a utilizar:

01 – Contas livres (provenientes de vendas de câmbio)

03 – Contas livres (de outras origens)

Observaçâo:a respeito da utilização desta conta cabe observar o que dispõe o arti-

go 57 do Decreto-lei n?55.762, de 17.2.65:

“As contas de depósito no País, de pessoas físicas ou jurídicas residentes, domici-

liadas ou com sede no exterior, qualquer que seja a sua origem, são de livre movimentação, in-

dependentemente de qualquer autorização, prévia ou posterior; quando os seus saldos provierem

exclusivamente de ordens em moeda estrangeira ou de vendas de câmbio, poderão ser livre-

mente transferidas para o exterior a qualquer tempo, independentemente de qualquer autoriza-

ção.”

DEPOSITÁRIOS DE VALORESN?código

8.00.220

Ativo de Compensação. Para registro, em contrapartida com

“DEPOSITANTES DE VALORES EM CUSTÓDIA”, “DEPOSITANTES DE

VALO. RES EM GARANTIA”/‟FAVORECIDOS DE FIANÇAS RECEBIDAS” ou “VALO-

RES EM DEPÓSITO À NOSSA ORDEM”, em nome dos depositários, dos valores à ordem do

estabelecimento, quer os recebidos em custódia, quer os recebidos em garan. tia.

Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, o qual será utilizado para iden-

tificação dos valores que se vinculem a operações conduzidas através da Carteira de Câmbio.

Page 101: CIRCULAR 313, de 01/11/1976 - bcb.gov.br · de 8.9.1976, deverão ser observadas, a partir de 1.1.1977, no registro contábil dos atos e fatos administrativos com vínculo à Carteira

Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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DEPÓSITOS VINCULADOSN?código

3.01.027

Passivo Exigível. Para contabilização das importâncias recebidas pelo estabeleci-

mento para um fim pré-determinado ou especial, inclusive garantias prestadas em dinheiro e de-

pósitos vinculados à liquidação de operações.

Subtítulos a utilizar:

01 – A operações de empréstimos

03–A operações da Carteira de Câmbio

09–Outros

DESPESAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Ativo de Resultado Pendente. Para contabilização, no dia do balanço, das despe-

sas que, realizadas no semestre balanceado, pertençam ao semestre seguinte ou a semestres sub-

seqüentes. No dia útil imediato ao do balanço, deverá ser promovido o encerramento do saldo e-

xistente nesta conta, mediante reversão dos respectivos lança-mentos originais.

Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, o qual deverá ser utilizado pa-

ra identificação do valor correspondente às despe-sas que, no caso, se vinculem à Carteira de

Câmbio.

DESPESAS DE IMPOSTOS E TAXASN? código

6.00.700

Ativo de Resultado Pendente. Para registro das despesas feitas pelo Estabeleci-

mento com impostos e taxas.

Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para

identificação das despesas da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio.

DESPESAS DE INSTALAÇÕESN? código

6.00.900

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

102

Ativo de Resultado Pendente. Para contabilização dos gastos efe-tuados com a a-

daptação do imóvel da Sede e das Agências.

Observações:

1 – ver, ainda, a propósito da utilização desta conta, o tem l-4-B da

Padronização da Contabilidade dos Estabelecimentos Bancários;

II– esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelo

saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para identifica-

ção das despesas da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio.

DESPESAS DE MATERIAL DE EXPEDIENTE

N°código 6.00.710

Ativo de Resultado Pendente. Para contabilização, pelo respectivo custo, do mate-

rial de expediente consumido.

Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para

identificação das despesas da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio.

DESPESAS DE PESSOALN? código

6.00.500

Ativo de Resultado Pendente. Para contabilização dos gastos de pessoal do Esta-

belecimento.

Observaç~o:esta conta se expressará, no Balancete AnaI(tico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subt(tulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para

identificação das despesas da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio.

DESPESAS GERAISN?código

6.00.800

Ativo de Resultado Pendente. Para contabilizaçâo das despesas efetuadas pelo Es-

tabelecimento e para as quais nâo exista conta específica.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

103

Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para

identificaçâo das despesas da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio.

DEVEDORES DIVERSOS– EXTERIORN?código

2.04.248

Ativo Realizável. Para contabilização dos débitos em cruzeiros de clientes do ex-

terior, inclusive resultantes de execuçâo de mandato, decorrentes de operaçôes conduzidas atra-

vés da Carteira de Câmbio.

DEVEDORES DIVERSOS – PAÍSN° código

2.04.246

Ativo Realizável. Para contabilizaçâo das importâncias devidas ao estabelecimen-

to por pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no País, inclusive resultantes de exercício de man-

dato, que nâo possam ou não devam ser escrituradas como empréstimos.

Observaçâo:esta conta se expressará, no Balancete Anal(tico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para

identificaçâo dos valores com vínculo à Carteira de Câmbio.

DEVEDORES POR CONTRATOS DE CÂMBIO BAIXADOSN?código

8.00.460

Ativo de Compensaçâo. Para registro, em nome do cliente compra-dor ou vende-

dor do câmbio, em contrapartida com “CONTRATOS DE CÂMBIO BAIXADOS”, dos contra-

tos de câmbio objeto de baixa na posiçâo cambial e que se encontrem pendentes de solução.

Observação:os registros nesta conta serão encerrados, mediante lançamento inver-

so, em virtude da solução da pendência que originou a baixa do contrato na posição cambial ou

em face de ser considerada inviável a solução do caso, nesta última hipótese desde que decorri-

dos, no mínimo, 5 anos da baixa do contrato de câmbio.

DEVEDORES POR CRÊDITOS LIQUIDADOS NO EXTERIORN?código

2.0‟t244

Ativo Realizável. Para contabilização dos débitos, em nome dos importadores, pa-

ra ocorrer à liquidação de contratos de venda de câmbio de importação

amparada em carta de crédito.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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Subtítulos a utilizar:

02 – Importações à vista

04–lmportaçôes a prazo

(EMPRÉSTIMOS) N?cádigo

(. .

NOTA:as operações de empréstimos com v(nculo à Carteira de Câmbio – inclusi-

ve as por desconto de títulos – deverão ser registradas nas contas adequadas de em-préstimos,

observados os Títulos de Razão e Subtítulos estabelecidos pela Padronização da Contabilidade

dos Estabelecimentos Bancários, utilizando-~, para sua identificação, o desdobramento de uso

interno “Câmbio”.

Os saldos dos empréstimos inscritos no desdobramento de uso interno “Câmbio”,

na forma acima, figurarão no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio de forma globalizada,

sob a rubrica “EMPRÉSTIMOS (CÂMBIO)”, para sim-pies evidência do seu valor e cômputo

nas aplicações inerentes à Carteira de Câmbio.

ENCARGOS SOCIAISN°código

6.00.510

Ativo de Resultado Pendente. Para registro das contribuições patronais e seme-

lhantes, de natureza social, estabelecidas em leis ou regulamentos em

vigor.

Subtítulos a utilizar:

02 – Previdência Social

04–Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)

06–Programade lntegração Social (PIS)

08 – Patrimônio do Servidor Público (PASEP)

98–Outros

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo total de saldos apresentados no desdobramento de uso interno “Câmbio”, que deverá

ser utilizado, com subordinação aos subt(tulos, para identificação das despesas da espécie com

vínculo à Carteira de Câmbio.

FAVORECIDOS DE FIANÇAS RECEBIDASN?código

9.00.827

Passivo de Compensação. Para contabilização, em contrapartida com “VALORES

EM GARANTIA” ou “DEPOSITARIOS DE VALORES”, pelo exato valor, em nome dos bene-

ficiários, das garantias por fianças recebidas.

Observação:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que será utilizado para identi-

ficação dos valores que se vinculem a operações conduzidas através da Carteira de Câmbio.

FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRASN?cõdigo

2.06.062

Ativo Realizável. Para registro, em nome dos financiados, do valor utilizado em

carta de crédito de importação à vista, quando a Iiquidaç5o do c$mbio da

importação n5o seja promovida por ocasi~o do recebimento, em ordem, dos res-

pectivos documentos. A débito desta conta registram-se, também, em contrapartida com “OBRI-

GAÇOES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”, as responsabilidades de importadores de-

correntes da utiIizaç~o de cartas de crédito de importação a prazo, bem como por financiamentos

a importaç~o efetuados mediante a utiIizaç~o, pelo banco, de linha de crédito no exterior ou de

concessão de aceite em saques a prazo. Destina-se, ainda, à contabiliza-ção de outros financia-

mentos permitidos pela regulamentaçâo em vigor, como de mar-gens de garantia, no exterior, de

operações de “hedge” em que intervenham firmas no País.

Subtítulos a utilizar:

02 – De importação – Cartas de crédito utilizadas

04–De importaçào – Outros

98–Outros

Observaç6es:

la.– Subordinam-se ao subtítulo “De importaçào – Cartas de crédito

utilizadas” os seguintes desdobramentos de uso interno:

–“À vista”

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

106

–“A prazo de até 360 dias”

–“A prazo acima de 360 dias”

–“Com aceite em saques, até 360 dias”

–“Com aceite em saques, acima de 360 dias”

–“Com recurso a linhas de crédito, até 360 dias”

–“Com recurso a linhas de crédito, acima de 360 dias”

2a. –Subordinam-se ao subtítulo “De importação – Outros” os seguintes

desdobramentos de uso interno:

–“Com aceite em saques, acima de 360 dias”

–“Com recurso a linhas de crédito, acima de 360 dias”.

LUCROSN°cádigo

5.00.501

Passivo de Resultado Pendente. Para registro, quando da efetiva realização, dos

valores recuperados, anteriormente apropriados como prejuízo em balanço, das rendas de crédi-

tos recuperados anteriormente anuladas quando da compensaç~o de crédito como preju(zo, das

rendas em suspenso cujo recebimento se verifique em semestre posterior ao do seu registro na

conta “RENDAS EM SUSPENSO”, dos excesaos de provisões efetuadas não utilizadas nos fins

específicos a que se destinem, bem como dos demais ganhos eventuais que não se conceituem

como receitas.

Subtítulos a utilizar:

01 – Recuperação de créditos compensados

03 – Em transações com valores e bens

07 – Reajuste de imóveis, móveis e utensílios

09 – Reajuste de material em estoque

1 1 – Rendas de créditos recuperados

13 – Rendas de exercícios anteriores

19–Diversos

Observações:

1 –observar, a propósito da utilizaçâo desta conta, o disposto no item “1-10-A” da

Padronizaçào da Contabilidade dos Estabelecimentos Bancários;

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

107

II –registrar-se-ào no subtítulo “ 19-Diversos” os lucros apurados por agências no

exterior, que sejam transferidos para a Matriz;

III –esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelos

saldos apresentados no desdobramento de uso inter-no “Câmbio”, que deverá ser utilizado com

subordinação aos subtítulos “01–Recuperação de créditos compensados”, “1 1–Rendas de crédi-

tos recuperados”, “13–Rendas de exercícios anteriores” e “19–Diversos”, para identificaçâo dos

lucros da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio, considerado, a respeito, o que se contém no

Título 28, do Capítulo 1, do presente.

LUCROS EM SUSPENSON? c&iigo

5.00.701

Passivo de Resultado Pendente. Para registro das valorizações, em relação ao pe-

ríodo balanceado, de bens não alienados pertencentes ao Ativo Realizável (em cumprimento ao

Decreto-lei n~? 2.627, de 26.9.40). Incluem-se neste título, ainda, com utilização do subtítulo

“Créditos compensados, em recuperação” as rever-sões ao Ativo Realizável, para fins de rece-

bimento, de importâncias já compensadas em balanços anteriores, como prejuízo; neste caso, a

conta se encerra com a efetivaçáo do recebimento, mediante transferência da importância recebi-

da para a conta “LUCROS”.

Subtítulos a utilizar:

01 – Reajuste de valores e bens

03 – Créditos compensados, em recuperação

09–Outros

Observação:esta conta se expressa, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio,

pelo saldo apresentado no desdobramento de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado com

subordinação ao subtítulo “Créditos com-pensados, em recuperação”, para identificação dos va-

lores no mesmo inscritos que se vinculem a transações conduzidas pela Carteira de Câmbio.

MANDATÁRIOS POR COBRANÇAN° código

8.00.120

Ativo de Compensação. Para registro, em nome dos mandatários, dos títulos a eles

encaminhados para cobrança. Faz contrapartida com “COBRANÇA

POR CONTA DE TERCEIROS”, “COBRANÇA POR CONTA DE

AGÊNCIAS”, “COBRANÇA POR CONTA PRÓPRIA”, “COBRANÇA CAUCIONADA” ou

“COBRANÇA VINCULADA A OPERAÇÕES”.

Observaçâo:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, o qual será utilizado para iden-

tificação das cobranças que se vinculem a opera-çôes conduzidas através da Carteira de Câmbio.

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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MATRIZ E CONGÉNERES NO EXTERIOR – EM MOEDA NACIONAL

N°código

Ativo – 104.358

Passivo – 3.03.357

Ativo Realizável e Passivo Exigível. Para contabilização, pelas agências, no País,

dos estabelecimentos bancários com sede no exterior, dos débitos e créditos para com a matriz

ou congêneres no exterior, decorrentes de transações conduzidas em cruzeiros, admitidas na re-

gulamentação em vigor.

MOVIMENTO DE CÂMBION?código

Ativo – 8.00.540

Passivo – 9.00.541

Ativo e Passivo de Compensação. Para registro, a seu crédito ou a seu débito, em

contrapartida, nessa ordem, com “CÂMBIO COMPRADO A LIQUIDAR” ou “CÂMBIO

VENDIDO A LIQUIDAR”, do valor, respectivamente, das com-pras e vendas de câmbio contra-

tadas pelo estabelecimento. Utilizado de forma oposta, em contrapartida com as contas indica-

das, registra os cancelamentos e baixas de com. pras ou vendas de câmbio, respectivamente.

Observação:por ocasião dos balancetes mensais e dos balanços, o saldo desta con-

ta será reajustado, em contrapartida com “CÂMBIO LIQUIDADO”, pelo valor correspondente

ao resultado por~ variação de taxas sobre o câmbio liquidado, apurado com base na taxa de

compra, para as respectivas moe-das, fixada pelo Banco Central do Brasil para fins de balancetes

e balanços.

OBRIGAÇÕES CONTRAÍbAS COM INSTITUIÇÕES FINANCEI RAS

OFICIAIS

N?código

3.05.351

Passivo Exigível. Para registro das responsabilidades do estabelecimento por a-

genciamento, refinanciamento e repasses.

Subtítulos a utilizar:

01–BNH–FGTS

11–FINAME

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

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13–FIPEME

15–FUNDECE

17 – CACEX-FINEX – Pré-exportaçâo

19 – CACEX-FINEX – Exportaçâo realizada

21– FUNAGRI

23–FUNFERTIL

25–PROTERRA – À ordem do Banco Central

45 – Outras origens

OBRIGAÇÕES EM MOEDAS ESTRANGEIRASN?código

3.05.501

Passivo Exigível. Para contabilizaçâo das obrigações em moedas

estrangeiras, assumidas pelo Estabelecimento junto a banqueiros no exterior.

Subtítulos a utilizar:

1 1 – Aceites bancários vinculados à exportação

1 3 – Letras de exportação descontadas

21 – Vinculadas a financiamentos à pré-exportação

25 – Vinculadas a financiamentos à exportação, até 360 dias

27 – Vinculadas a financiamentos à exportação, acima de 360 dias

41 – Importação – Cartas de crédito utilizadas, até 360 dias

43– Importação – Cartas de crédito utilizadas, acima de 360 dias

45 – Importação – Aceites bancários, até 360 dias

47 – Importação – Aceites bancários, acima de 360 dias

49 – Importação – Linhas de crédito utilizadas, até 360 dias

51 – Importação – Linhas de crédito utilizadas, acima de 360 dias

99 – Outras linhas de crédito utilizadas

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS EXTERNOSN?código

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

110

3.05.560

Passivo Exig(vel. Destina-se ao registro, pelo seu contravalor em

cruzeiros, dos empréstimos contraídos no exterior, pelo estabelecimento, para re-

pa~e

a mutuários no País, ao amparo da Resolução n? 63, de 21,8.67, do Banco Central

do

Brasil, assim como à inscrição do contravalor de outras obrigações por operações

especiais de empréstimos junto a entidades do exterior.

Subtítulos a utilizar:

01 – Vinculadas a repasses a mutuários – Resolução n? 63

03 – Vinculadas a Letras do Tesouro Nacional – Resolução n~? 63

05 – Vinculadas a depósitos no Banco Central – Resolução n°63

99–Outras

Observações:

1 –o subtítulo “Outras” somente poderá ser utilizado quando autorizado pelo Ban-

co Central do Brasil;

II– os saldos desta conta serão obrigatoriamente reajustados, nas datas de balance-

tes e balanços, com base na taxa de compra de câmbio para as respectivas moedas, indicada pelo

Banco Central do Brasil, na forma das disposições sobre o assunto.

PREJUÍZOSN?código

6.00.920

Ativo de Resultado Pendente. Para contabilização dos prejuízos

decorrentes da compensação de créditos em liquidação não recuperados, da anula-

ção

de receitas apropriadas em balanços anteriores e que não sejam realizadas, das de-

ficiências de provisões verificadas no ato de sua utilização, bem como das demais perdas

eventuais que não se conceituem como despesas.

Subtítulos a utilizar:

10 – Em operações de exercícios anteriores

20 – Em transações com valores e bens

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

111

30 Reajuste de imóveis, móveis e utensílios

40–Reajuste de material em estoque

98 – Diversos

Observações:

1–observar, a propósito da utilização desta conta, o disposto no tem “l-lO-B” da

Padronização da Contabilidade dos Estabelecimentos Bancários;

II –registrar-se-ão no subtítulo “98--Diversos” os valores correspondentes a provi-

sões efetuadas para ocorrer a prejuízos apurados em balanço por agências no exterior;

III –esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelos

saldos apresentados no desdobramento de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado com

subordinação aos subtítulos “10–Em operações de exercícios anteriores” e “98–Diversos”, para

identificação dos prejuízos da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio, considerado, a respei-

to, o que se contém no Título 28, do Capítulo 1, do presente.

PROVISÃO PARA PAGAMENTOS A EFETUARN?código

3.05.701

Passivo Exigível. Para contabilização, quando dos balancetes e balanços, das pro-

visões destinadas a pagamentos futuros de encargos e despesas referentes ao período balanceado.

Subtítulos a utilizar:

01 – Câmbio futuro – Prejuízo

03 – Câmbio – Outras provisões

09– Outras

REAJUSTES DE DISPONIBILIDADES E OBRIGAÇÕES EM MOEDAS

ESTRANGEI

RASN?côdigo

2.04.370

Conta transitória que, em razão da sistemática de seu emprego, terá sempre saldo

nulo no próprio dia da sua utilizaçáo. Destina-se ao acolhimento dos valo-ris correspondentes

aos reajustes dos direitos e obrigações em moedas estrangeiras, fazendo contrapartida, pelos re-

sultados da espécie, inerentes ao câmbio liquidado, com as contas “CORRESPONDENTES NO

EXTERIOR EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”, “CAMBIAIS E DOCUMENTOS A PRAZO,

EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”, “VALO-RES EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”, “COTAS

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

112

DE CONTRIBUIÇÃO A RECEBER DE EXPORTADORES”, “CONTAS GRÁFICAS EM

MOEDAS ESTRANGEIRAS”, “FINANCIAMENTOS EM MOEDAS ESTRANGEIRAS”,

“OBRIGAÇÕES EM MOE-DAS ESTRANGEIRAS” e “COTAS DE CONTRIBUIÇÃO A

ENTREGAR”, bem

como, pelos resultados da mesma natureza, decorrentes do câmbio futuro, com as

contas “RENDAS A RECEBER” – subtítulo “Câmbio futuro – Lucro” – ou “PROVISÃO PARA

PAGAMENTOS A EFETUAR” – “Câmbio futuro – Prejuízo”. O seu encerra-mento se verifica

no mesmo dia de sua utilização, com a transferência do saldo final nela apresentado para a conta

“RESULTADOS DE CÂMBIO” – subtítulos “Lucros em operaç6es” ou “Prejuízos em opera-

ções”, conforme o caso.

Observaçêo:ver a propósito da utilizaçâo desta conta o Título “2”, do Capítulo

“II”, do presente.

REDESCONTOSN° código

3.05.101

Passivo Exigível. Para contabilizar as obrigaçôes decorrentes de

operações de redesconto.

Subtítulos a utilizar:

01 – Cédulas e promissórias rurais

03–Títulos com garantia real de produtos

05–Duplicatase letrasde câmbio

07 – Notas promissórias

21 – De adiantamentos sobre câmbio de exportaçâo

RENDAS A RECEBERN°código

2.04.124

Ativo Realizável. Destina-se à contabilizaçâo, em contrapartida à

adequada conta de receita, das rendas pertinentes ao exerício e que sejam realizá-

veis

em semestre(s) seguinte(s).

Subtítulos a utilizar:

02 – Câmbio futuro – Lucro

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

113

04–Câmbio – Outras rendas

98–Outras

RENDAS DE EXERCÍCIOS FUTUROSN?código

5.00.801

Passivo de Resultado Pendente. Para contabilizaçâo, no dia do balanço, das recei-

tas que, realizadas no semestre balanceado, pertençam ao semestre seguinte ou a semestres sub-

seqüentes.

Observações:

1 –no dia útil imediato ao do balanço, deverá ser encerrado o saldo apresentado

nesta conta, mediante a reversâo dos respectivos lan-çamentos originais;

II– esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelo

saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para identifica-

ção do valor corres-pondente às receitas que, no caso, se vinculem à Carteira de Câmbio.

RENDAS DE JUROS E COMISSÕESN°código

5.00.001

Passivo de Resultado Pendente. Para contabilizaçâo dos juros e

outros encargos dos empréstimos, assim como das comissões sobre operações,

que

constituam renda efetiva do estabelecimento, no semestre.

Subtltulos a utilizar:

01 – Sobre empréstimos à produção

03 – Sobre empréstimos ao comércio

05–Sobre empréstimos a entidades públicas

07 – Sobre empréstimos a instituições financeiras

09 – Sobre empréstimos a atividades não especificadas

19 – Sobre outras operaçôes

Observação:esta conta se expressará no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio pelo saldo agresentado nos desdobramentos de uso interno “Câmbio – Resolução n . 63” e

“Câmbio – Outras “, que deverão ser utilizados com subordinação aos subtítulos para identifica-

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

114

ção das rendas da espécie relativas a operações de empréstimo com vínculo à Carteira de Câm-

bio.

RENDAS EM SUSPENSON? código

5.00.601

Passivo de Resultado Pendente. Para registro das rendas de juros, desconto, co-

missões e outros acessórios, cujo recebimento seja considerado incerto ou que não sejam exigí-

veis quando de sua contabilização, por força de norma legal, decisão judicial ou medida adminis-

trativa (por exemplo, moratórias concedidas).

Observaçâo:esta conta se expressará no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para

identificação das rendas da espécie com vínculo à Carteira de Câmbio.

RESPONSABILIDADES POR CRÉDITOS DE EXPORTAÇÃO

CONFIRMADOS

N?código

9.00.604

Passivo de Compensação. Para registro, em nome dos beneficiários, do valor das

cartas de crédito de exportação confirmadas, no País, pelo estabelecimento- Faz contrapartida

com “CREDITOS DE EXPORTAÇÃO CONFIRMADOS”. Encerra-se, em lançamento inverso,

pela negociação ou pela não utilização da carta de crédito.

RESPONSABI LIDADES POR CRÉDITOS PARA IMPORTAÇÃON° código

9.00.581

Passivo de Compensação. Para registro, no momento da emissâo de

cartas de crédito de importação, em contrapartida com “CRÉDITOS ABERTOS

PARA

IMPORTAÇÃO”, da responsabilidade do estabelecimento perante banqueiros no

extenor pela abertura de cartas de crédito. Encerra-se, mediante lançamento inverso, pela

negociaç5o ou pela n~o utilizaçk da carta de crédito.

Subtítulos a utilizar:

01 – Operaçôes à vista

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

115

05 – Operações a prazo de até 360 dias

09 – Operações a prazo acima de 360 dias

19 – lmportaç~o financiada – Circular n? 198

RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADASN° código

9.00.451

Passivo de CompensaçSo. Para registro, pelo exato valor, em contrapartida com

“BENEFICIÁRIOS DE GARANTIAS PRESTADAS”, da responsabilidade do estabelecimento

perante terceiros pelas fianças e garantias bancárias prestadas (exceto operações de aceite e en-

dosso em títulos cambiários).

Subtítulos a utilizar:

01–NoPa(s

03 – No exterior

Observações:

1 –os valores de garantias em moedas estrangeiras ou sujeitas a risco de variação

de taxa de cámbio serão obrigatoriamente reajustados, por ocasião dos balancetes mensais e dos

balanços, com base na taxa de compra do dia, indicada pelo Banco Central do Brasil;

II– esta conta se expressará, no Balancete AnaI(tico da Carteira de Cámbio, pelo

saldo do subtítulo “No exterior” e pelo saldo do desdobra-mento de uso interno “Câmbio”, que

deverá ser utilizado com subordinação ao subtítulo “No País”, para identificaçâo dos valores no

mesmo inscritos que se vinculem a garantias conduzidas pela Carteira de Câmbio.

RESULTADOS DE CÂMBION°código

Ativo – 6.00.400

Passivo – 5.00.201

Ativo e Passivo de Resultado Pendente. Para contabilizaçâo das

receitas e despesas decorrentes de operações com vínculo à Carteira de Câmbio,

assim

como dos resultados ocorridos por variação de taxas sobre o câmbio liquidado e o

de

Iiquidaçâo futura.

Subtítulos a utilizar:

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Circular nº 313 1º de Novembro 1976

116

–no ativo –

12–Despesas

16–Prejuízos em operações

–no passivo –

11–Receitas

15 – Lucros em operações

TI‟FULOS EM COBRANÇA DIRETAN?código

8.00.100

Ativo de Compensação. Para contabilizaçâo dos títulos de cuja cobrança o Depar-

tamento esteja encarregado. Faz contrapartida com “COBRANÇA

CAUCIONADA”, “COBRANÇA VINCULADA A OPERAÇÕES”,

“COBRANÇA POR CONTA DE TERCEIROS” ou “COBRANÇA POR CONTA DE

AGÊNCIAS”, conforme a procedência do título.

Subtítulos a utilizar:

02–De terceiros

52 – De outros Departamentos

82 – De correspondentes

Observaçâo:esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo total dos saldos do desdobramento de uso interno “Câmbio”, que será utilizado com su-

bordinaçâo aos subtítulos, para identificação dos valores que se vinculem a operações conduzi-

das através da Carteira de Câmbio.

TIÏULOS EM COBRANÇA NO EXTERIORN?código

8.00.140

Ativo de Compensação. Para registro das cambiais giradas sobre o exterior. Faz

contrapartida com “COBRANÇA POR CONTA PRÓPRIA”, “CO-BRANÇA POR CONTA DE

TERCEIROS” ou “COBRANÇA VINCULADA A OPERAÇÓES”.

VALORES EM CUSTÓDIAN?código

8.00.200

Page 117: CIRCULAR 313, de 01/11/1976 - bcb.gov.br · de 8.9.1976, deverão ser observadas, a partir de 1.1.1977, no registro contábil dos atos e fatos administrativos com vínculo à Carteira

Circular nº 313 1º de Novembro 1976

117

Ativo de Compensação. Para registro, em contrapartida com “DEPOSITANTES

DE VALORES EM CUSTÓDIA”, dos valores recebidos em depósito e que sejam conservados

em poder do próprio departamento que os recebeu.

Observações:

1 –esta conta deverá ser desdobrada em subtítulos, por espécie dos valores regis-

trados, conforme se mostre necessário. No caso especial previsto no item I-2-B-5 da Padroniza-

ção da Contabilidade dos Estabelecimentos Bancários, será usado o subtítulo ali indicado;

II– esta conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câmbio, pelo

saldo apresentado no desdobramento de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para i-

dentificação dos valores que se vinculem a operações conduzidas através da Carteira de Câmbio.

VALORES EM GARANTIAN°código

8.00.300

Ativo de Compensação. Para registro, pelo exato valor, em contrapartida com

“DEPOSITANTES DE VALORES EM GARANTIA” ou “FAVORECIDOS DE FIANÇAS

RECEBIDAS”, dos valores recebidos pelo estabelecimento, em garantia de empréstimos e outras

operações ou contratos, e que se mantenham em poder do Departamento que os recebeu.

Observação:essa conta se expressará, no Balancete Analítico da Carteira de Câm-

bio, pelo saldo apresentado no subtítulo de uso interno “Câmbio”, que deverá ser utilizado para

identificação dos valores que se vinculem a operações conduzidas através da Carteira de Câm-

bio.

VALORES EM MOEDAS ESTRANGEIRASN?código

L06.050

Ativo Realizável Para cont~iIizaç5o dos haveres em cédulas e

moedas estrangeiras, bem como de outros valores em moedas estrangeiras, per-

tencentes ao estabelecimento. A seu débito ou a seu crédito se processa, respectivamente, a li-

quidação das compras ou vendas de câmbio, referentes à negociação dos valores da espécie.

Subtitulos a utilizar:

02–Cédulas e moedas

08–Outros

Observação:o subtítulo “Outros” somente poderá ser utilizado quando autorizado

pelo Banco Central do Brasil.