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2º ano do Ensino Médio
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Geografia
Professor Vinícius Vanir Venturini
3v
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
Até o início do século XIX - a metrópole portuguesa impôs
barreiras ao desenvolvimento industrial brasileiro.
Alvará de 05 de janeiro de 1785:
D. Maria I determinava a extinção de todas as manufaturas
têxteis da Colônia - com exceção das que produziam panos
grossos para a vestimenta dos escravos.
Favorecimento da Inglaterra.
Em abril de 1808 o Regente D. João revogou a Alvará de 1785,
e em 1809 concedeu isenção aduaneira às matérias-primas
necessárias às fábricas.
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D. João abriu os portos ao comércio exterior, fixou uma taxa
de 27% para produtos importados, exceto os portugueses
(taxa de 16%).
Em 1810, por meio de um acordo comercial, os produtos
ingleses passaram a ser taxados em 15% por um período de
15 anos.
Até 1850 - fraco desenvolvimento industrial:
-concorrência de produtos ingleses;
-resistência dos grandes proprietários rurais.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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Lei Alves Branco (1844):
- devido às dificuldades financeiras do Tesouro, taxava as
importações entre 20% e 60%, conforme o produto tivesse ou
não similar nacional (Manuel Alves Branco – Ministro da
Fazenda).
- 1846 - incentivos tributários às indústrias têxteis;
- 1847 - isenção de taxas alfandegárias às matérias-primas.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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1850 - a Lei Eusébio de Queirós proibia o tráfico de escravos,
provocando:
- mais disponibilidade de capitais;
- a vinda de imigrantes para trabalhar na cafeicultura, entre
eles muitos dominavam técnicas de produção de
manufaturados.
Entre 1861 e 1865 – desenvolvimento do setor têxtil, devido à
Guerra de Secessão nos Estados Unidos da América.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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Outras razões para o fraco desenvolvimento industrial do
Brasil:
- relações escravagistas de trabalho perduram até a segunda
metade do século XIX;
- pequeno mercado interno;
- Estado dominado por uma aristocracia agroexportadora
(manutenção e expansão da produção de café, Política do Café
com Leite);
- Meios de produção e força de trabalho pouco desenvolvidos.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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A primeira Revolução Industrial no Brasil
- concluída por volta de 1930;
- entre 1880 e 1930 foram implantados alguns setores da
indústria de bens de consumo não-duráveis ou indústria leve
(alimentos, calçados, tecidos, sabões, velas, vestuário,
perfumes, etc. - industria tradicional) - poucos investimentos
de capitais, tecnologias simples e consumo imediato;
- não houve a implantação de indústrias de bens de capital
ou de produção - importação de máquinas -dependência
tecnológica;
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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Vista do bairro do Brás, na cidade de São Paulo, em 1910, um
dos bairros industriais e de operários da cidade no início de
sua industrialização.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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A primeira Revolução Industrial no Brasil
Concentração espacial no Sudeste, principalmente no Rio de
Janeiro e São Paulo, devido:
- disponibilidade de capitais acumulados com a cafeicultura;
- existência de rede bancária e comercial;
- disponibilidade de energia elétrica (São Paulo, em 1889, e
Rio de Janeiro, em 1905 - Grupo Light and Power Company);
- existência de ferrovias;
- maior mercado consumidor do país.
- surgimento das ligas operárias (primeiros sindicatos).
- Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918).
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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A Era Vargas (1930 - 1945)
“Façamos a revolução antes que o povo a faça!”
Antônio Carlos de Andrada - Presidente de MG.
ERA
VARGAS
Governo Provisório (1930 - 1934)
Governo Constitucional (1934 - 1937)
Estado Novo (1937 - 1945).
GETÚLIO
VARGAS
Pai dos
Pobres ou
Mãe dos
Ricos?
Populismo: fenômeno típico da América Latina,
onde um líder se mostra como representante
dos anseios populares e nacionais, colocando-
se acima e como mediador das classes sociais,
promovendo a intervenção do Estado na
economia através de um nacionalismo
econômico. É um fenômeno de manipulação das
massas populares.
Getúlio Vargas = Brasil.
Lázaro Cardenas = México.
Juan D. Perón = Argentina.
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Governo Provisório (1930 - 1934)
•Nomeação de interventores federais para os estados (Flores
da Cunha no RS)
•Criação do Ministério do Trabalho, Industria e Comércio
(Lindolfo Collor)
•Promulgação de “Leis Trabalhistas”
•Criação da Justiça do Trabalho
•Controle do câmbio pelo governo
•Publicação do Código Eleitoral (instituindo o voto secreto e
o voto feminino)
•Compra e queima de 78 milhões de sacas de café e
proibição de novas plantações do produto para reduzir a
oferta
•Criação do Departamento Nacional do Café e o Instituto do
Açúcar e do Álcool
•Editado o Código de Minas e das Águas (nacionalização)
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Revolução Constitucionalista de São Paulo em 1932
A oligarquia cafeeira de SP, destituída do poder político com a
Revolução de 1930, aproveitou-se da recessão econômica do
período e atacou o centralismo político do governo. Exigiram
um interventor paulista e civil em lugar de João Alberto (
tenentista pernambucano) e a imediata convocação de uma
Assembléia Constituinte.
As facções oligárquicas do PRP e PD fundaram a FUP (Frente
Única Paulista). Manifestações constitucionalistas
aumentaram na Guanadara (RJ), Minas Gerais, Mato Grosso e
Rio Grande do Sul (sob o comando de Borges de Medeiros), na
cidade de São Paulo uma manifestação estudantil terminou
com a morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e
Camargo, após confronto com a polícia, dando origem ao
Movimento MMDC.
Governo Provisório (1930 - 1934)
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Revolução Constitucionalista de São Paulo em 1932
Em 9 de Julho eclodiu a guerra civil, com as tropas
constitucionalistas comandadas pelo gal Bertoldo Klinger,
comandante do estado de Mato Grosso. A marinha promoveu
um bloqueio naval à Santos e depois de três meses de combate
as tropas federais venceram as constitucionalistas.
A derrota militar dos constitucionalistas foi acompanhada por
uma vitória política: em 1933, Vargas convocou a Assembléia
Constituinte.
Governo Provisório (1930 - 1934)
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Governo Constitucional (1934 - 1937)
Constituição de 1934
•Terceira constituição do Brasil e segunda da República
•Promulgada (aprovada por assembléia constituinte)
•Federação, Presidencialismo e Três Poderes (executivo,
Legislativo e Judiciário)
•Criação da Justiça Eleitoral
•Criação de uma Legislação Trabalhista (salário mínimo
regional, jornada de trabalho de oito horas diárias, descanso
semanal aos domingos, férias anuais remuneradas,
indenização por demissão sem justa causa, regulamentação
do trabalho infantil e feminino e direito a aposentadoria)
•Extinção do cargo de vice-presidente da República
•Anistia de todos os presos políticos do país
•Mandato presidencial de quatro anos
•Direito presidencial de decretar estado de sítio por trinta
dias
•Elegeu, indiretamente, Getúlio Vargas para a Presidência da
República
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Polarização ideológica
AIB ANL
Ação Integralista Brasileira Aliança Nacional Libertadora
Nazi-Fascista Socialista-comunista
Líder: Plínio Salgado Líder: Luís Carlos Prestes
“Deus, Pátria e Família” (O Cavaleiro da Esperança)
Saudação: anauê Organizada pelo PCB
Os Camisas Verdes Financiada pela URSS
(Internacional Comunista)
Sigma: letra do alfabeto grego
(Σ) correspondente ao “s”
latino, símbolo matemático do
somatório.
Anauê: em língua tupi, “você é
meu parente”.Essa saudação
é usada pelos escoteiros do
Brasil desde 1923.
Os membros da ANL eram
denominados Aliancistas (sociais-
democratas, socialistas,
comunistas e anarquistas) e
pregavam a nacionalização das
empresas estrangeiras, o não
pagamento da dívida externa
brasileira, a reforma agrária e a
garantia das liberdades
industriais.
Governo Constitucional (1934 - 1937)
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Intentona Comunista (1935): militares ligados a ANL em
Natal, Recife e no Rio de Janeiro, tentam tomar o poder, o
movimento é rapidamente derrotado.
É criado o Tribunal de Segurança Nacional, que em 1937
condena Luís Carlos Prestes (que passa quase nove anos
em uma solitária, até ser libertado em 1945, com a anistia
política), e dá início a repressão política.
Utilizando como pretexto o radicalismo político da esquerda,
o governo notificou que o serviço secreto do Exército
descobrira o Plano Cohen, plano fictício atribuído aos
comunistas que pretendiam tomar o poder no Brasil.
Em nome do combate ao “perigo comunista”, Vargas decreta
estado de guerra, fecha o Congresso Nacional e instaura a
ditadura.
Governo Constitucional (1934 - 1937)
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ESTADO NOVO (1937 - 1945)
Ditadura de Getúlio Vargas
Constituição de 1937
•Quarta Constituição do Brasil e terceira republicana
•Baseada na constituição fascista da Polônia (polaca)
•Outorgada (imposta)
•Extinção dos partidos políticos
•Supressão da federação e de todos os hinos, bandeiras,
escudos e armas estaduais e municipais (Estado Unitário)
•O Executivo Federal (Presidência da República) tem o poder
de modificar a constituição e governar por decretos
•Introdução da pena de morte
•Proibição de greves e controle dos sindicatos pelo Estado
(sindicatos pelegos), e imposto sindical obrigatório
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A Intentona Integralista (1938): a princípio os Integralistas
apoiaram o golpe varguista, porém afastados do poder e com
o partido na ilegalidade, membros da AIB invadem o palácio
presidencial para assassinar Getúlio Vargas. São
rapidamente derrotados e presos.
•Criação do Dasp (Departamento Administrativo do Serviço
Público), corpo de burocratas para supervisionar os
interventores nas Unidades Administrativas e reestruturar a
administração pública, tornando-se “cabides de empregos”
para “apadrinhados”.
•Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda),
órgão responsável pela censura e propaganda do Estado
Novo (criação da Hora do Brasil, depois A Voz do Brasil)
ESTADO NOVO (1937 - 1945)
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•CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), baseada na “Carta
del Lavoro” do Fascismo Italiano.
●Criação do Senai e do Sesi
•Criação do Instituto do Mate e Instituto do
Pinho
•Criação do Conselho Nacional do Petróleo
•Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda -
Industria de Base
•Companhia Vale do Rio Doce em Minas Gerais
Durante o Estado Novo a repressão coube ao DOPS
(Departamento de Ordem Pública e Social) e Pela Polícia
Especial comandada por Filinto Müller.
ESTADO NOVO (1937 - 1945)
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O Estado Novo Varguista manteve uma política ambígua em
relação ao Eixo e os Aliados (“o Brasil só entra na guerra se a
cobra fumar”), porém os estadunidenses, pretendendo utilizar
bases no Nordeste, para atingir o norte da África, concederam
crédito inicial, tecnologia e mão de obra especializada para a
construção da Companhia Siderúrgica Nacional.
O Brasil declara guerra ao Eixo (agosto de 1942): envio da FEB
(“os pracinhas”) e da FAB em 1944
A OAB e líderes liberais de Minas Gerais em Belo Horizonte
(Manifesto dos Mineiros), manifestam-se contra a ditadura
A vitória dos Aliados demonstrou a contradição no Brasil:
brasileiros lutaram contra ditaduras no exterior quando
tínhamos uma no país
ESTADO NOVO (1937 - 1945)
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Getúlio Vargas anistiou presos políticos, reatou relações com
a URSS, marcou eleições para o fim de 1945, permitiu ainda a
volta de partidos políticos (UDN, PSD, PTB, PCB e PRP)
O Queremismo: surgiu da união entre trabalhistas e comunista,
com o apoio de Luís Carlos Prestes. O movimento surgiu do
slogan do PTB: “queremos Getúlio”
Temendo a aproximação de Vargas com a esquerda, o Exército
depõe Getúlio Vargas em outubro de 1945
ESTADO NOVO (1937 – 1945)
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A República Liberal - Populista
(1946 - 1964)
Eurico Dutra - PSD (1946 - 1951)
Eleito com o apoio do PTB e de Getúlio Vargas: “Ele disse:
para presidente vote Dutra”
Constituição de 1946
Quinta constituição do Brasil e quarta da República
Promulgada
República Federativa
Presidencialismo (com mandato presidencial de cinco anos)
Independência entre os três Poderes
Autonomia estadual e municipal
Voto universal e obrigatório para alfabetizados maiores de 18
anos
Votação para Presidente e Vice-Presidente
Liberal e redemocratizante
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Eurico Dutra - PSD (1946 - 1951)
•Alinhamento do Brasil aos EUA no contexto da Guerra Fria
(Imperialismo Cultural)
•Rompimento das Relações Diplomáticas com a URSS, e
fechamento do PCB
•Os políticos do PCB são cassados
•Aumento das importações e do déficit comercial
•Aumento do custo de vida
•Proibição de greves e intervenção em sindicatos
•Plano Salte (saúde, alimentos, transporte e energia)
•Pavimentação asfáltica da Rio-São Paulo (Via Dutra)
•Proibição do jogo do bicho e fechamento dos cassinos
A República Liberal - Populista
(1946 - 1964)
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Getúlio Vargas - PTB (1951 - 1954)
Política econômica nacionalista e intervencionista
•Plano Lafer (Horácio Lafer), estímulo a industria de base
(Plano Qüinqüenal)
•Criação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico)
•Campanha “O petróleo é nosso”, com o apoio de Monteiro
Lobato , que culminou em 1953 com a criação da Petrobrás
•Aumento de 100% do salário mínimo, concedido pelo
Ministro do Trabalho João Goulart
•Empresários nacionais, associados ao capitais
internacionais, financiaram a oposição ao governo através
da UDN e do seu líder e governador da Guanabara Carlos
Lacerda (dono da Tribuna da Imprensa)
A República Liberal - Populista
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Getúlio Vargas – PTB (1951 – 1954)
Política econômica nacionalista e intervencionista
•Atentado a Carlos Lacerda (rua Toneleros, Copacabana no
Rio de Janeiro)
•Suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto de 1954). Carta
Testamento: “...saio da vida para entrar na História.”
•Carlos Lacerda foge para Portugal
•Assumem: Café Filho (vice-presidente), Carlos Luz
(presidente da Câmara dos Deputados) e Nereu Ramos
(presidente do Senado)
A República Liberal - Populista
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Segunda Revolução Industrial do Brasil
Período 1956 a 1961:
- Plano de Metas - governo JK (1956-1961) - 2/3 dos recursos
orçamentários do país para estimular os setores de energia e
transportes;
- Período Desenvolvimentista - internacionalização da
economia brasileira (transnacionais) - Modelo de
Desenvolvimento Associado ao Capital Estrangeiro.
- crescimento de 370% no setor de bens de produção e de
63% no setor de bens de consumo.
Substituição da estrutura espacial em arquipélagos
econômicos pelo modelo centro-periferia.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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Tentativa de golpe dos udenistas (com o apoio de Carlos Luz),
que tentam impedir a posse de Juscelino Kubitschek e João
Goulart -Jango -, acusando-os de “comunistas”e não terem
conseguido a maioria absoluta de votos, com o apoio de
oficiais da Aeronáutica sediados em Samtarém (PA). A
tentativa de golpe foi desarticulada pelo general Henrique
Teixeira Lot (Ministro da Guerra).
Juscelino Kubitschek - PSD (1955 - 1961)
•JK o presidente Bossa Nova”
•Anistia aos envolvidos ns tentativa de golpe
•Plano de Metas: “50 anos de desenvolvimento em 5 de
governo”
A República Liberal - Populista
Interiorização do país.
Reestruturação da ocupação
nacional
Empréstimos e investimentos
estrangeiros.;
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Juscelino Kubitschek - PSD (1955 - 1961)
•O Plano de Metas previa investimentos em: energia,
transporte, alimentação industria de base e educação.
•Política econômica modernizadora e desnacionalizadora,
criticava os oposicionistas;
•Construção de Brasília (Oscar Niemeyer e Lúcio Costa),
construída pelos candangos;
A República Liberal - Populista
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Juscelino Kubitschek (1955 – 1961)
•Instalação de industrias de bens duráveis, principalmente
multinacionais automobilísticas
•No final do governo JK, o país teve um aumento considerável da
dívida externa e da inflação (superinflação), o que provocou o
aumento do custo de vida e poder aquisitivo do salário mínimo
caiu consideravelmente
•Criação da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste)
•Concentração das industrias em São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais
•Início do processo de sucateamento das ferrovias brasileiras,
pois o governo federal passou a investir somente em rodovias,
satisfazendo os interesse das multinacionais automobilísticas
O aumento da inflação do custo de vida e da dívida externa,
levou o governo a romper com o Fundo Monetário Internacional –
FMI, e a decretar moratória
A República Liberal - Populista
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Juscelino Kubitschek (1955 - 1961)
•Instalação de industrias de bens duráveis, principalmente
multinacionais automobilísticas
•No final do governo JK, o país teve um aumento considerável da
dívida externa e da inflação (superinflação), o que provocou o
aumento do custo de vida e poder aquisitivo do salário mínimo
caiu consideravelmente
•Criação da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste)
•Concentração das industrias em São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais
•Início do processo de sucateamento das ferrovias brasileiras,
pois o governo federal passou a investir somente em rodovias,
satisfazendo os interesse das multinacionais automobilísticas
O aumento da inflação do custo de vida e da dívida externa,
levou o governo a romper com o Fundo Monetário Internacional e
a decretar moratória
A República Liberal - Populista
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Jânio Quadros - PTN (1961)
•Eleito com o apoio da UDN: “Jânio Quadros é a UDN de porre!”
•Teve como símbolo de campanha a “vassourinha” que varreria a
corrupção da administração pública
•Adoção do câmbio flutuante
•Manteve uma política externa independente:
Reatou relações diplomáticas com a URSS e China
Popular
Condecorou o ministro cubano, o médico argentino e líder
revolucionário de esquerda, Ernesto “Che” Guevara, com
a comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul.
•A UDN rompe com o Governo e Carlos Lacerda, em rede de TV,
acusa Jânio de abrir as portas do Brasil ao “comunismo
internacional”
•Sem apoio Jânio Quadros renuncia (26 de Agosto de 1961)
“...forças terríveis levantaram-se contra mim e me intrigam ou
infamam... A mim não falta a coragem da renúncia”
A República Liberal - Populista
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Jânio Quadros (1961)
Com a renúncia de Jânio, deveria assumir o vice-presidente.
Jango estava em visita oficial a China Popular e era
considerado pelos grupos reacionários, simpatizante do
comunismo.
Setores ligados ao grande capital nacional e internacional,
com o apoio de parte das Forças Armadas tentaram impedir
a posse de Goulart.
Em Porto Alegre , depois se espalhando pelo Rio Grande do
Sul e Brasil, o Movimento da Legalidade, liderado pelo
governador Leonel Brizola (com o apoio do III Exército), que
exigia o cumprimento da constituição e a posse de João
Goulart.
A República Liberal - Populista
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João Goulart - PTB (1961 - 1964)
•Adoção do sistema Parlamentarista, que deveria ser
referendado por um plebiscito, tendo como Primeiro
Ministro Tancredo Neves;
•Realização do plebiscito (6 de janeiro de 1963), de um total
de 12 milhões de votos, quase 10 milhões de cidadãos
votaram contra o parlamentarismo
•Governo nacionalista e política externa independente
•Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social:
buscava melhor distribuição das riquezas, atacando os
latifúndios improdutivos
•Encampar as refinarias particulares de petróleo
•Reduzir a dívida externa brasileira
•Diminuir a inflação, mantendo o crescimento econômico.
A República Liberal - Populista
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João Goulart - PTB (1961 - 1964)
Comício da Central do Brasil no Rio de Janeiro (com a presença de
300 mil pessoas). Jango anuncia um conjunto de medidas
denominadas de Reformas de Base:
Reforma Agrária
Reforma Urbana
Reforma Educacional
Reforma Eleitoral
Reforma Tributária
Lei de remessas de lucro para o exterior
Os trabalhadores começaram greves para pressionar os deputados
e senadores a aprovarem as reformas, as classes dominantes.
Em oposição, organizavam, em várias cidades, as Marchas com
Deus pela Liberdade, em São Paulo a Marcha teve como uma de
suas líderes a socialite Hebe Camargo.
Quando Jango chegou a Porto Alegre, Leonel Brizola, de fuzil na
mão, já organizava a resistência, forçando o governador do Rio
Grande do Sul, Ildo Meneghetti, a fugir para Passo Fundo, para onde
transferiu a capital do estado e instaurou o seu governo.
A República Liberal - Populista
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João Goulart - PTB (1961 - 1964)
Em 31 de março de 1964 começou o Golpe Militar em Minas
Gerais (gal Olímpio Mourão Filho, apoiado pelo governador
Magalhães Pinto), que recebeu a adesão de unidades no Rio
Grande do Sul, São Paulo e Guanabara.
Em 1 de abril Jango deixou Brasília e ruma para Porto
Alegre, onde Brizola, com o apoio da Brigada Militar, tentou
convence-lo inutilmente a resistir, ambos fugiram para o
Uruguai.
O Golpe Militar no Brasil contou com o apoio dos EUA
(Operação Brother Sam)
A República Liberal - Populista
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Segunda Revolução Industrial do Brasil
Período de 1964 a 1980:
- Modelo econômico dependente, modernização conservadora
(crescimento econômico - poucos avanços na área social);
- significativo desenvolvimento da indústria de bens de
produção, o que levou o Brasil a completar sua Segunda
Revolução Industrial por volta de 1980;
- Entre 1967 e 1974 - “Milagre Econômico Brasileiro” -
Tecnoburocracia - Projeto “Brasil Potência” – crescimento de
mais de 10% ao ano, em média;
Em 1979, pela primeira vez, as exportações de produtos
industrializados superaram as exportações de bens primários.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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Segunda Revolução Industrial do Brasil
Período de 1964 a 1980:
- para financiar a industrialização e o Projeto “Brasil Potência”,
o governo brasileiro realizou um crescente endividamento no
exterior (grande disponibilidade de petrodólares disponíveis nos
mercados financeiros europeu e norte-americano);
Década de 1980:
- Crescimento do PIB: 16,9% entre 1980 e 1991 - “Década
Perdida” - Saldos da balança comercial não eram mais
suficientes para pagar os juros da dívida externa;
- 1985 - Redemocratização;
- Capitais estrangeiros deixaram de ser investidos no setor
produtivo - “Ciranda Financeira” - emissão de títulos pelo governo
(juros altos e correção monetária atrativos).
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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A Ditadura Militar (1964 – 1985)
Com a deposição de João Goulart, assumiu a presidência
Ranieri Mazzilli (presidente da Câmara dos Deputados). Em 9
de abril de 1964 foi decretado o AI-1 (Ato Institucional n° 1)
que estabelecia eleições indiretas para o próximo Presidente
da República e dava ao Executivo Federal, durante seis
meses, poderes para cassar mandatos, suspender direitos
políticos, modificar a constituição e decretar o estado de
sítio.
No dia 10 de abril, pressionado, o Congresso Nacional elegeu
o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que
assumiu a presidência no dia 15 do mesmo mês.
Ato Institucional: conjunto de normas superiores, baixadas
pelo governo, que se sobrepunham a própria Constituição
Federal
Estado de sítio: suspensão temporária dos direitos e
garantias individuais previstos na constituição
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A Ditadura Militar (1964 - 1985)
Castelo Branco (1964 - 1967)
•Revogou a lei de remessas de lucro para o exterior
•Rompimento das relações diplomáticas com Cuba
•Adoção do Paeg (Programa de Ação Econômica do Governo):
Roberto Campos (Ministro do Planejamento) e Otávio
Gouveia Bulhões (Ministro da Fazenda)
•Combate à inflação
•Redução dos salários
•Favorecimento da entrada no país de capital estrangeiro
•Fim da estabilidade no emprego e criação do FGTS
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Castelo Branco (1964 - 1967)
Criação do SNI (Serviço Nacional de Informação) sob
comando do general Golbery do Couto e Silva
AI-2: estabelecimento do bipartidarismo, a Arena (Aliança
Renovadora Nacional) de situação, e o MDB (Movimento
Democrático Brasileiro) de oposição consentida e controlada
Lei de Segurança Nacional
Criação do BNH – Banco Nacional de Habitação (Cohab)
Criação do Banco Central do Brasil
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
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Castelo Branco (1964 - 1967)
AI-3: estabelecendo que os governadores dos estados seriam
indicados pelo Presidente da República para aprovação das
Assembléias Legislativas, esses indicariam os prefeitos das
capitais e cidades de segurança nacional
AI-4: Constituição de 1967 que garantia o controle do
Legislativo e Judiciário pelo Executivo e estabelecia o
Decurso de Prazo
Criação da Frente Única em Montevidéu - para fazer oposição
a ditadura – criada por João Goulart, Juscelino Kubtischek e
Carlos Lacerda
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
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Costa e Silva (1967 - 1969)
•Criação do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social)
•Passeata dos 100 mil no Rio de Janeiro e greves em Osasco
(SP) e Contagem (MG) contra a ditadura
•Contestação ao regime ditatorial, surgem a ALN (Carlos
Marighela), o PCBR, VPR (Carlos Lamarca) e o MR-8
•Início do Milagre Econômico
•AI-5: dava ao presidente o poder de legislar, colocava o
Congresso Nacional, as Assembléias Legislativas e as
Câmaras Municipais em recesso, suspendia direitos políticos
e as garantias individuais, suspendia as imunidades da
magistratura e decretava estado de sítio por tempo
indeterminado.
Foi a resposta dos militares aos movimentos de oposição,
armados ou não
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
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Costa e Silva (1967 - 1969)
•Seqüestro do Cônsul dos EUA (Charles Elbrick) na Cidade do
Rio por membros da ALN e do MR-8
•O PCB, seguindo orientações de Moscou, rejeitava a hipótese
de luta armada contra o regime militar
•A Junta Militar que substituiu Costa e Silva instituiu a
Emenda Constitucional nº 1, que modificou a Constituição de
1967, dando mais poderes ao Executivo
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
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Garrastazu Médici (1969 - 1974)
•Auge da Ditadura, com a aplicação do AI-5
•Atuação do Doi-Codi (Destacamento de Operações
de Informação e Centro de Operações de Defesa
Interna)
•Guerrilha do Araguaia por membros do PC do B
•Criação do PIS (Programa de Integração Social)
•Crise do Petróleo de 1973
•Auge do Milagre Econômico Brasileiro (Ministro
Delfim Netto);
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
Sobre o Milagre Econômico: “vamos esperar o bolo
crescer, para depois dividí-lo” Delfin. Netto
3v
Garrastazu Médici (1969 – 1974)
•Ufanismo Nacionalista: “Brasil, ame-o ou deixe-o”,
Ninguém segura este país”, “Brasil, conte comigo”
e “Pra frente Brasil”;
•Construção de obras faraônicas (I PND): INCRA,
Mobral, Ponte Rio-Niterói e Transamazônica.
Empréstimos
externos.
Crescimento
acelerado do
PIB.
Desenvolviment
o dependente e
sem conquistas
sociais.
O Governo Médici
coincide com a
conquista do tri
campeonato de
futebol em 1970
no México
A Ditadura Militar (1964 – 1985)
3v
Ernesto Geisel (1974 - 1979)
Distensão Política, início do processo de abertura
política: “Lenta, gradual e segura”.
Efeitos da Crise do Petróleo (1973 e 1979), início da
decadência do Milagre Econômico aumento dos
juros no mercado internacional
•II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento),
baseado na: substituição de importações - petróleo,
aço, alumínio e fertilizantes - e bens de capital -
máquinas e ferramentas
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
3v
Ernesto Geisel (1974 - 1979)
•Proálcool e a assinatura com a Alemanha Ocidental
de um Acordo Nuclear (usinas de Angra dos Reis)
•Eleições Legislativas de 1974, com grande
crescimento do MDB;
•Lei Falcão: restringia a propaganda política nos
meios de comunicação
•Pacote de Abril: mandato presidencial de seis anos,
senadores biônicos, manteve a eleição indireta para
governadores e os deputados federais seriam
proporcionais a população dos estados e não mais
ao número de eleitores
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
3v
Ernesto Geisel (1974 - 1979)
•Morte do jornalista Wladimir Herzog nas dependências do
Doi-Codi em São Paulo
•Intensifica-se o movimento da sociedade civil em favor da
recuperação dos direitos democráticos, sob liderança da ABI
e OAB
•Greves dos metalúrgicos em 1978 e 1979 no ABCD Paulista,
lideradas por Luís Inácio “Lula” da Silva
Revogação do AI-5
Na cultura destacou-se, em oposição a ditadura, a Tropicália
(Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa), Chico Buarque (A
Ópera do Malandro), o Cinema Novo (Glauber Rocha) e
Augusto Boal (Show Opinião no Teatro de Arena no Rio),
principalmente.
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
3v
João Figueiredo (1979 - 1985)
•Lei da Anistia, ampla geral e irrestrita (exceto os envolvidos
em terrorismo e luta armada)
•Surgimento da CUT (SP) e do MST (RS)
•Fim do bipartidarismo e instituição do pluripartidarismo.
Como o PDS (tendo como presidente José Sarney) em
substituição a Arena - 1980 e o PMDB, PDT, PTB, oriundos do
MDB – 1980
•Surge o PT, criado em 1979, recebe o seu registro em 1982
•Reação da “Linha Dura” contra a Abertura Política - atentado
do Riocentro, pacote-bomba nas sedes da ABI e OAB
•Crise do Milagre Econômico: desvalorização do Cruzeiro,
achatamento do salário mínimo, aumento do custo de vida,
do desemprego e ocorrência de superinflação
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
3v
João Figueiredo (1979 - 1985)
•Eleições Gerais (com voto vinculado) em 1982, exceto
Presidente da República, o PMDB elege os governadores dos
estados mais importantes, exceto do Rio Grande do Sul onde
é eleito Jair Soares do PDS
•Crise da dívida externa, o país recorre ao FMI
•Aumento da dívida externa - que seria herdada por José
Sarney, década de 80 (1980) - década perdida
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
3v
A década de 80 no Brasil (governos Figueiredo e Sarney) é
conhecida como Década Perdida, por causa do
insiguinificante crescimento da economia e do PIB.
João Figueiredo (1979 - 1985)
•Campanha das “Diretas Já” (Emenda Dante de Oliveira /
PMDB - Mato Grosso), que é rejeitada pelo Congresso
Nacional (1984)
•Eleições indiretas para a Presidência da República:
•Na véspera de tomar posse Tancredo Neves é internado,
vindo a falecer, assume o Vice-Presidente eleito José Sarney,
marcando o fim da Ditadura Militar
Paulo Maluf
PDS
(situação)
Tancredo Neves
Vice: José Sarney
Aliança Democrática
(oposição)
versus
A Ditadura Militar (1964 - 1985)
3v
A Nova República (1985 - hoje)
José Sarney (1985 - 1990)
Transição Democrática
•Plano Cruzado do Ministro Dílson Funaro: extinção do cruzeiro, que
perdia três zeros, e a criação do Cruzado
•Fim da correção monetária.
•Congelamento dos preços e salários
•Atuação da população na fiscalização de preços, através da SUNAB e
desabastecimento (fiscais do Sarney)
•Gatilho Salarial: correção automática dos salários sempre que a
inflação atingisse 20%
•O Governo Sarney segurou artificialmente o Plano Cruzado até a
realização da eleições de 1986 (para a Assembléia Constituinte), onde
o PMDB fez ampla maioria de governadores deputados e senadores -
Pedro Simom (RS)
•Plano Cruzado II, reajuste das tarifas públicas, do álcool, da gasolina
e empréstimo compulsório para conter o consumo
Decretação de Moratória (crise das contas externas)
3v
José Sarney (1985 -1990)
Constituição de 1988 - A Constituição Cidadã - onde vários
artigos faltam ser regulamentados e que vem sendo
continuadamente reformada
Destaque para Ulisses Guimarães, que foi Presidente da
Constituinte, do Congresso Nacional e do PMDB
•Plano Bresser do Ministro Bresser Pereira:
Novo congelamento de preços por dois meses;
Aumento de impostos e tarifas públicas;
Extinção do gatilho salarial.
•Desgaste do governo e avanço da oposição nas eleições
municipais:
Porto Alegre – Olívio Dutra (PT),
São Paulo – Luiza Erundina (PT),
Rio de Janeiro – Marcello Alencar (PDT),
Belo Horizonte – Eduardo Azeredo (PSDB).
A inflação atingia 30% ao mês.
A Nova República (1985 - hoje)
3v
José Sarney (1985 – 1990)
•Prorrogação do mandato presidencial, pelo Congresso
Nacional, por mais um ano, graças a “compra” de
parlamentares através da distribuição de concessões de
canais de rádio e de televisão
•Plano Verão do Ministro Maílson da Nóbrega:
Corte no gastos públicos
Criação do Cruzado Novo
Ajuda do FMI
•Superinflação: 54% em dezembro de 1989 e 84% em
fevereiro de 1990
•Eleições Diretas para a Presidência da República:
Fernando Collor de Melo Luis Inácio “Lula” da Silva
(PRN) (PT)
A Nova República (1985 – hoje)
3v
Terceira Revolução Industrial do Brasil
Década de 1990:
- A economia continuou a apresentar um baixo desempenho,
com crescimento médio anual de 2,72%;
- 1994 - Plano Real - Crescimento do PIB de 5,9%;
- Fragilidade diante da instabilidade econômica e financeira
mundial – Crises: Mexicana (1994), Sudeste Asiático (1997),
Russa (1998);
- pequena expansão do setor industrial - modernização
imposta pela abertura comercial (Globalização);
- Inserção de alguns setores produtivos na 3ª Revolução
Industrial ou Tecnológica.
- Superávits comerciais devido à expansão da agropecuária.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
3v
Concentração industrial na Região Sudeste
Concentração industrial nas Regiões Metropolitanas
- manutenção da tendência à concentração industrial no
Sudeste no Governo JK (1956 -1961);
- Plano de Metas baseou-se nas condições favoráveis de infra-
estrutura, qualificação da mão-de-obra e mercado consumidor
existentes no estado de São Paulo;
- O planejamento governamental acreditava na necessidade de
se criar um grande pólo de desenvolvimento, tendo São Paulo
como centro, que atingiria outras regiões do país;
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
3v
Concentração industrial na Região Sudeste
Concentração industrial nas Regiões Metropolitanas
- A política de concentração espacial da atividade econômica
e industrial aprofundou mais os desequilíbrios regionais,
consolidando o Sudeste como o centro industrial, financeiro,
comercial e populacional do país;
- O triângulo formado pelas regiões metropolitanas de São
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte passou a constituir o
“coração econômico do país.
Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
3v
Fernando Collor (1990 - 1992)
•Plano Collor ou Brasil Novo da Ministra Zélia Cardoso de
Mello:
Instituição do Cruzeiro
Congelamento de preços e salários
Confisco das contas correntes, poupanças e
aplicações do que excedesse 50 mil cruzeiros que
seriam devolvidos em 18 meses
•Início efetivo no Brasil do neoliberalismo:
Livre negociação salarial
Abertura do mercado nacional aos produtos
importados
Início da privatização de estatais, começando pela
Usiminas
•Corrupção - Caso PC Farias:
Passeatas contra o governo “caras-pintadas”
CPI e pedido de impeachment
•Renúncia de Fernando Collor
A Nova República (1985 - hoje)
3v
Itamar Franco (1992 - 1994)
Assumi o vice-presidente, com o impeachment, renúncia de
Fernando Collor
Recessão e aumento da inflação
Corrupção no Orçamento da União (Os Anões do Orçamento -
João Alves):
CPI cassa o mandato de 18 parlamentares, sendo que nenhum
foi preso
Plano Real do Ministro Fernando Henrique Cardoso:
Instituição do Cruzeiro Real
Adoção da URV (Unidade Real de Valor)
Criação do Real
Estabilidade Econômica
Realização do plebiscito (1993) sobre a Forma e o Sistema de
Governo, sendo mantido respectivamente a República e o
Presidencialismo
Eleições presidenciais com a vitória de Fernando Henrique
Cardoso, do PSDB, em primeiro turno
A Nova República (1985 - hoje)
3v
Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2002)
Utilizando o Plano Real como política de campanha Fernando
Henrique foi eleito e reeleito (pela primeira vez na História
do Brasil), em primeiro turno presidente do país
Aumento dos juros, queda do consumo e baixa inflação
Aumento da violência no campo (MST) e nas cidades (crime
organizado)
Empréstimos externos e internos aumentando
consideravelmente a dívida pública
•Aceleramento das privatizações (auge do neoliberalismo),
sob o argumento de estimular a modernização e saldar a
dívida pública
A Nova República (1985 - hoje)
3v
Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2002)
•Emenda da reeleição do poder executivo - presidente,
governadores e prefeitos poderiam ser reeleitos
A dívida externa quadruplicou
Adoção do Câmbio Flutuante
Instituição da CPMF e da Lei de Responsabilidade Fiscal
Racionamento energético (“apagão” de 2001)
Destaque internacional para o Programa Brasileiro de
combate a AIDS (Ministro José Serra)
Queda na popularidade do Presidente FHC
A Nova República (1985 – hoje)
3v
Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2002)
Eleições Presidenciais
José Serra Luís Inácio “Lula” da Silva
(PSDB) (PT)
Luis Inácio “Lula” da Silva (2002 - 2009)
Manutenção de juros altos e política monetária ortodoxa,
através do Presidente do BC Henrique Meireles (ex-PSDB)
O Governo Lula, através de “favores e barganhas políticas”
recebe o apoio do PMDB
Reforma Tributária e Previdenciária, recebendo críticas da
extrema esquerda e do PFL e PSDB
Fome Zero (combate a subnutrição), pouco articulado.
A Nova República (1985 - hoje)
3v
Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2002)
Eleições Presidenciais
José Serra Luís Inácio “Lula” da Silva
(PSDB) (PT)
Luis Inácio “Lula” da Silva (2002 - 2009)
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), projeto que
vissa ampliar a infraestrutura (transporte, geração de
energia, saneamento) nacional defasada em mais de 20
anos.
O PAC recebe duras críticas pelo desrespeito a natureza
como para com as comunidades indígenas afetadas pelas
obras
A Nova República (1985 - hoje)
3v
Meio Técnico-Científico Informacional
- tempos lentos da natureza comandando as ações humanas
- escassez de instrumentos artificiais necessários ao domínio da
natureza.
Mecanização seletiva - conjunto de “ilhas;
- técnicas pré-máquina;
- período técnico-científico (Revolução das comunicações na década
de 1970);
- meio técnico ultrapassa pontos e manchas;
- meio técnico-científico-informacional circunscrito a algumas áreas;
-informação e finanças no processo de globalização configuram uma
“Nova Geografia”;
- agravamento de diferenças regionais; Urbanização interior e
formação da “região concentrada”;
Meios geográficos segundo
Milton Santos
3v
Meio Técnico-Científico Informacional
- integração nacional no pós-guerra (estradas de rodagem, novas
ferrovias e indústrias);
- integração do território e do mercado (hegemonia paulista).
- aumenta a importância da “região concentrada”; Algumas áreas
periféricas com produção moderna;
- comando técnico das operações produtivas relativamente disperso;
- comando político (regulação normativa, financeira e informacional
tende a se concentrar em um número menor de lugares - no Brasil
esse papel é exercido por São Paulo);
- no Brasil, embora Brasília possa criar grandes normas
impulsionadoras ou limitadoras da ação, o uso dessas normas está
subordinado ao interesse de agentes poderosos.
Meios geográficos segundo
Milton Santos