ciesp oeste - maio/junho de 2009

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2 • CIESP OESTE

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CIESP OESTE • 3

editorial

Diretor TitularFábio Paulo FerreiraVice - Diretores

João Henrique MartinJosé Antonio Gregório

Conselheiros TitularesCarlos José Silva Bittencourt

Hélio de JesusThomas Barbosa DuckworthRodolfo Inácio Vieira Filho

Sebastião Aparecido Alves de CarvalhoOdila Sene GuandaliniCésar Rabay Chehab

Romolo CiuffoEdson AmatiHélio Mauser

Carlos BegliominiAccácio de Jesus

Pedro AmatiJorge Luiz Izar

Givaldo de Oliveira Pinto JuniorPaulo Antonini

Alcebíades de Mendonça AthaydeMarco Antonio Afonso da Mota

Conselheiros SuplentesBoaventura Florentim

Sérgio VezzaniBlanca Margarita Toro de Sasso

César Valentin ZanchetUrbano José FerreiraJosé Antonio Urea

José Rubens RadomyslerDelfim da Silva FerreiroRonaldo Amâncio GózGerente CIESP Oeste

Laura Gonçalves

CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA DISTRITAL OESTE

Rua Pio XI, 500 – Alto da LapaCEP 05060-000 – São Paulo – SP

Tel. (11) 2894-9606Email: [email protected]

Site: www.ciespoeste.org.br

Revista Ciesp OesteProjeto, Edição e Comercialização: Página Editora

Ltda. Redação e Publicidade: Rua Marco Aurélio, 780. Vila Romana. Telfax: (011) 3874-5533. E-mail: [email protected]. Diretor: Ubirajara de Oliveira. Textos: Eduardo Fiora e Lúcia Helena Oliveira. Fotografia: Alexandre Virgílio, Julia Braga e Tiago De Carli. Produção de anúncios: Alcir Gomes. Publicidade: Patrícia Segura, Rosa Paulino e Rosana Braccialli. Impressão: Arvato do Brasil Gráfica. Tiragem: 3 mil exemplares. Capa: SENAI Mariano Ferraz, fotografado por Julia Braga.

Distrital Oeste

Maio/Junho • 2009

radiografia da crise econômica global com um recorte espe-

cífico remetendo à atividade da indústria paulista é o tema

de capa desta edição da revista. Enquanto Distrital do CIESP

endossamos, como não poderia deixar de ser, as palavras do presidente

da entidade e da FIESP, Paulo Skaf: somente a união da indústria e mão

firme do poder público podem nos levar a um cenário favorável, com

retomada da atividade industrial e a melhora no nível de emprego.

Na missão que nos é confiada, ou seja, tutelar os interesses da indústria

na região de abrangência da Distrital, seguimos exatamente o cami-

nho indicado por Skaf, trabalhando para criar condições favoráveis

ao desenvolvimento industrial e apoiando direta ou indiretamente

nossos associados. Um bom exemplo disso é o programa que o CIESP

Oeste monitora visando a recuperação de tributos, algo que pode

gerar importantes reflexos no fluxo de caixa das empresas, conforme

mostramos na edição passada.

Também ressaltamos a perfeita interação entre o CIESP Oeste e a Es-

cola Mariano Ferraz, pertencente ao sistema do SENAI. Preocupada

em oferecer um ensino de qualidade, a Mariano Ferraz foi buscar nas

parcerias com empresas de grande importância no mercado nacional

(Siemens, Ford, Voith, Alfatest, Tecnomotor, Volkswagen, General

Motors, entre outras), os recursos para garantir aos alunos o acesso às

tecnologias mais atuais.

Embora os números da economia não sejam favoráveis no momento,

devido aos efeitos da crise, projetos desse porte mostram que temos

muito a celebrar neste Dia da Indústria, comemorado no mês de maio.

Afinal de contas, a indústria local, dinâmica e repleta de vitalidade,

continua e continuará sendo a razão de ser no nosso trabalho.

Outro lado da crise

Fábio Paulo Ferreira

Diretor-Titular CIESP Oeste

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4 • CIESP OESTE

capa

A crise sem rodeios

o início do ano, o empre-sário que tivesse a curio-sidade de olhar para o

calendário de datas comemorativas e mantivesse o foco em 25 de Maio, Dia da Indústria, certamente haveria de questionar: será que temos algo a comemorar?

De fato, poucos meses atrás, os cenários global e nacional eram bem sombrios. Em janeiro, segundo dados da FIESP, a indústria paulista tinha fechado 32,5 mil vagas, o que representava uma queda de 1,86% em relação a dezembro, com ajustes sazonais. Na comparação com janei-ro de 2008, a queda era ainda maior, de 2,22%. Consolidado o balanço do primeiro trimestre, o Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista ainda trazia notícias ruins, mas já um pouco menos sombrias. O índice registrava, em termos ajus-tados, pequena alta, de 0,5%, na passagem mensal. O resultado final do trimestre, no entanto, fechou com queda de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior. ”Este resul-tado mostra o quanto os efeitos da crise interferiram no desempenho da indústria até agora. Há seis anos não

Nesta edição comemorativa do Dia da Indústria, a Revista CIESP Oeste

abre espaço para discutir o cenário econômico atual. Em entrevista

exclusiva, o presidente da FIESP/CIESP, Paulo Skaf, defende que é

preciso manter a união para atravessar este momento.

ocorre uma queda tão expressiva no INA”, avalia Paulo Francini, diretor-titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da FIESP/CIESP.

De acordo com o levantamento da entidade, embora o nível de ativi-dade pré-crise ainda não tenha sido recuperado, os números mostram que, pelo menos, a queda sofrida em 2008 foi interrompida. “Janeiro, fevereiro e março estão em seme-lhante patamar e indicam estabili-dade comparativamente à trajetória de queda dos meses anteriores”, constata Francini.

Entre os setores que mais estão sofrendo os efeitos da crise a pes-quisa destaca artigos de borracha e plástico; produtos de minerais não-metálicos; metalurgia; máqui-nas e equipamentos; aparelhos e materiais elétricos; e veículos. Estes segmentos, que concentram 40% da atividade industrial, recuaram 23% no primeiro trimestre e tiveram participação de 62,3% na queda acumulada no ano.

De acordo com a análise de economistas de peso como David Kupfer, do Grupo de Indústria e

N

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Competitividade do Instituto de Eco-nomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a crise mundial pegou a economia brasileira em um bom momento, mas que desfavore-ceu a indústria.

“Para se recuperar, após esse período de turbulência o setor pro-dutivo terá de fazer uma correção de rota, pois haverá maior competição entre as empresas no mercado inter-no”, prevê Kupfer.

Diante desse quadro, o desa-fio, daqui para frente, será buscar um novo patamar a partir do qual a indústria terá que decolar. “As empresas têm condições de se re-cuperar a partir de 2010, desde que permaneçam unidas e o governo seja mais incisivo em suas ações”, reforça o presidente da FIESP/CIESP, Paulo Skaf, em entrevista exclusiva concedida à Revista CIESP Oeste.

Skaf não hesita em colocar o dedo na ferida quando o assunto é a perspectiva da produção industrial no cenário de crise econômica: “Embora tenha adotado medidas corretas, o governo Lula deveria ter agido com maior rapidez no caso da queda das taxas de juros e sido mais ousado na hora de decidir o quanto ela deve recuar”, afirma.

Em uma mensagem de otimis-mo, o presidente lembra que, “apesar das dificuldades, a indústria paulista já passou por muitas crises e venceu todas, pois o que a une hoje é a ini-ciativa de enfrentar as dificuldades, evitando efeitos cruéis na cadeia produtiva, no trabalho e nas famílias dos trabalhadores”.

União e ousadiaComo a indústria avalia

as ações do governo Lula e do próprio Banco Central diante do cenário da crise global?

PAULO SKAF: O governo tomou medidas corretas, mas ainda deixa a desejar na velocidade e na dosagem das ações. Este é um momento atípico, quando estamos sob ataque de uma crise mundial e que exige um combate rápido. E, infelizmente, na questão da política monetária brasileira, não é o que estamos vendo. Por exemplo, se o Banco Central tivesse baixado a taxa básica de juros em outubro do ano passado, agora, em maio, esta-ríamos sentindo seus reflexos. Isto porque leva seis meses para que a redução dos juros surta efeito na atividade econômica. Essa demora contribuiu para quedas drásticas do PIB e do emprego. E o Comitê de Política Monetária persiste no erro, pois, na última reunião, em abril, decidiu por cortar apenas um ponto percentual, em vez de acelerar o ritmo de queda. A taxa básica de juros deveria estar hoje em torno de 7% ao ano, número compatível com uma inflação sob controle e com a necessidade de retomarmos o crescimento. Precisamos de me-didas urgentes: redução dos juros e do ‘spread’ bancário, desoneração fiscal nas transações financeiras, aprovação do cadastro positivo, entre outras.

Diante dos números dis-poníveis até o momento, é possível dizer que, no âmbito

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industrial, os piores momentos já passaram?

PAULO SKAF: Gostaria muito de afirmar que o pior já passou, mas isto seria uma irresponsabilidade. Uma coisa é ser otimista, outra é não enxergar a realidade. Vivemos uma crise cuja dimensão é desconhecida e os últimos dados econômicos do País são pouco animadores. Devemos lembrar, ainda, que alguns velhos problemas, como juros elevados, crédito excessivamente caro e pesada carga tributária, apenas agravam o cenário atual. Eles poderiam ter sido evitados se o governo fosse menos conservador e mais firme. Porém, la-mentar-nos apenas, não vai adiantar. Devemos nos unir e trabalhar para que um novo período de prosperida-de se inicie o quanto antes. Um dia esta crise acabará. Vamos torcer para que este dia não demore a chegar.

Quem sofreu mais com a freada no crescimento? A grande indústria ou aquela de pequena e médio porte?

PAULO SKAF: Empresas de todos os portes, pequenas, médias

ou grandes, estão sofrendo com a queda na atividade econômica. A in-dústria exportadora sofre mais, pois é afetada diretamente pela retração no comércio internacional. Já a indústria voltada ao mercado interno também sentiu o encolhimento da demanda doméstica, mas num nível menor. Setores menos dependentes do cré-dito e do mercado estrangeiro, como alimentos, bebidas e confecção, são os que sofreram menos. Ou seja, neste momento de recuo mundial, vale à pena olharmos para o imenso potencial de nossos consumidores e investirmos cada vez mais no Brasil. Tenho certeza de que, sustentados pelo poder de compra interno, saire-mos da crise antes de muitos países desenvolvidos.

É possível, hoje, fazer proje-ções dos indicadores da atividade industrial?

PAULO SKAF: Não devemos ser pessimistas, mas temos que re-conhecer a realidade. Dificilmente teremos um PIB positivo neste ano. A falta de crédito, maior vilã desta crise, engessa o setor produtivo,

que, sem financiamento, deixa de investir. Para o primeiro trimestre, estimamos que o Brasil apresente um crescimento negativo entre 1% a 1,5%, o que configuraria uma recessão econômica, uma vez que o quarto trimestre de 2008 revelou uma queda do PIB de 3,6%. Assim, para que o País não termine o ano com saldo negativo, teria que crescer nos próximos trimestres, até o final do ano, de 1,7% a 2% — ou seja, uma missão bastante difícil. Para a produção industrial, nossa projeção é fechar 2009 com um recuo de 5%. Tivemos uma grande queda no último trimestre do ano passado, de cerca de 20%. Sendo assim, é natural que de janeiro a março deste ano tenhamos tido um crescimento. No entanto, por melhor que seja a recuperação nos próximos meses, ela não será suficiente para conse-guirmos um crescimento positivo no ano, nem em relação ao PIB, nem em relação à produção industrial. O Brasil não é, lamentavelmente, uma ilha de prosperidade em meio ao mundo em crise. Nosso desenvolvi-mento depende do resultado dos Es-

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tados Unidos, do Japão e da Europa, regiões que devem viver momentos mais difíceis que nós neste ano, com quedas bruscas do PIB e início de recuperação só em 2010.

Diante desse cenário qual a mensagem do presidente da FIESP e CIESP para os empresários?

PAULO SKAF: O momento

é de união, trabalho e muita cora-gem. Já passamos por muitas crises e vencemos todas. O que nos une hoje é a iniciativa de enfrentar a crise e evitar que seus efeitos sejam cruéis à cadeia produtiva, ao traba-lho e às famílias dos trabalhadores. Precisamos aumentar a oferta de crédito — principalmente para micro, pequenas e médias empre-

sas — e, para isso, são necessárias ferramentas como o Fundo de Aval do Estado de São Paulo, que acaba de excluir a exigência de garantias, e, no âmbito federal, o Fundo Ga-rantidor da Competitividade, por meio do BNDES. Mas precisamos que as medidas sejam tomadas na velocidade que o momento requer; o tempo não vai nos esperar. Mas não devemos perder a esperança. O povo brasileiro já sobreviveu a muitas crises, maiores ou menores que esta, e venceu todas.

O que esperar do sistema “S” da indústria paulista para este ano e 2010?

PAULO SKAF: Eu tenho muito orgulho do trabalho desenvolvido pelo SENAI e pelo SESI de São Pau-lo. Um trabalho que transcende a educação e abrange a responsabili-dade social, com práticas de saúde, esporte e lazer para a comunidade em geral. E por acreditar que o pro-gresso da indústria e do País passa pela educação, desde nossa primeira gestão à frente do Sistema FIESP, bus-camos dar ênfase a projetos como

Ensino profissionalizante da Escola Mariano Ferraz, na Vila Leopoldina, em São Paulo, contribui para a formação de mão-de-obraespecializada para a indústria paulista

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a introdução da jornada integral em nossa rede de escolas do SESI de São Paulo, que conta com mais de 120 mil alunos e assistência de nutricionista, psicólogo, fonoaudi-ólogo e outros. Além disso, criamos a possibilidade do aluno fazer curso profissionalizante integrado, por intermédio do SENAI-SP que, em 2008, teve mais de um milhão de matrículas em nossos cursos de ca-pacitação espalhados por todo o Es-tado. Também estamos construindo novas escolas para substituir antigas instalações que inviabilizavam espa-ços destinados à cultura, à saúde, ao esporte e lazer, princípios básicos para a cidadania plena e a formação integral do indivíduo. Estas são ini-ciativas pioneiras e inovadoras que queremos ampliar e que consolidam a rede SESI e SENAI de São Paulo como um exemplo de ensino de qualidade a ser seguido.

A Distrital Oeste do CIESP abrange municípios da Grande São Paulo, como Francisco Mo-rato, que quer deixar de ser uma cidade dormitório e passar a ser

um centro de atração de atividade industrial. Como o presidente do CIESP vê esse tipo de situação?

PAULO SKAF: O CIESP Oeste tem atuado bastante e em diversas frentes no caso de Francisco Morato, município que ainda abriga poucas iniciativas na área industrial, mas com espaço para crescer. Trabalha-mos, junto à prefeitura, em projetos que preparam a região para ser um centro de atração de empresas, como o treinamento das merendeiras da rede municipal pelo programa “Alimente-se Bem”, do SESI de São Paulo e o projeto que tramita na Câmara Municipal da cidade para levar treinamentos de mão-de-obra do SENAI às empresas locais. Além disso, a Distrital atua para a resolução de um problema crônico na região, que é a documentação para imóveis em situação irregular na cidade. Nós sempre apoiamos iniciativas no sentido de estabelecer áreas para o desenvolvimento dos municípios, dando condições para que a indústria possa se instalar com uma boa rede de infraestrutura para produzir e ter acesso rápido ao

mercado consumidor.

Qual o papel do governo estadual quando se fala em inte-gração metropolitana?

PAULO SKAF: É função do po-der público estabelecer e intervir nas políticas públicas de desenvolvimento. Francisco Morato, por exemplo, não é uma região de acesso privilegiado. Um primeiro passo para que se possa falar de integração metropolitana e a consequente atração de atividade industrial, é melhorar as vias de acesso ao município, que são muito precárias — a região conta apenas com a antiga Estrada Velha de Campinas [SP-332] e uma estação da CPTM. Esta é a missão do CIESP e da FIESP: mobilizar a pre-feitura local para investir em melhorias nas vias de acesso, fundamentais para o escoamento de produção. Além disso, com o nosso apoio, o governo municipal estuda disponibilizar uma área para a implantação do distrito industrial — a exemplo do que já foi feito em Caieiras —, de maneira que possa atrair empresas para a região, gerando emprego e renda à população.

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As faces do emprego

ações

Parceria do CIESP Oeste com o grupo EmpreendeRH traz

benefícios tanto para quem emprega quanto para aqueles que

se lançam no mercado de trabalho ou buscam uma reinserção

mais qualificada e melhor remunerada no campo profissional.

m tempos de crise, o CIESP Oeste aposta em ações que favoreçam a contratação

de mão-de-obra. Exemplo disso foi o apoio da entidade ao evento Semana do Emprego, iniciativa do grupo Em-preendeRH (Núcleo Região Oeste). Entre os dias 18 e 20 de maio, um grande painel orientador abriu hori-zontes e transmitiu informações para quem procura emprego, propondo oportunas reflexões para o empresário disposto, não somente a contratar, como também a valorizar o quadro de

funcionários mantido atualmente. O evento, realizado nas de-

pendências da Estação Especial da Lapa, foi dividido em dois blocos: um com palestras e oficinas e outro com estandes de expositores ligados à área de RH e de benefícios aos trabalhadores.

O objetivo do evento foi inserir no mercado de trabalho o maior número possível de desempregados. Assim, os participantes da Semana do Emprego puderam conhecer as vagas disponíveis em todas as empre-

sas participantes do Empreen-deRH, bem como participar dos processos seletivos em questão. Constituído por empresas de trabalho temporário, terceiri-zação e assessoria de Recursos Humanos, o EmpreendeRH disponibiliza aproximadamen-te 2000 oportunidades de em-prego todo mês.

No site www.empreen-derh.com.br é possível conhe-cer a proposta desse grupo de empresas e ter acesso ao link www.paineldotrabalho.com.br, onde estão centralizadas vá-rias oportunidades emprego.

Palestrantes que participaram da Semana do Emprego apontaram caminhos tanto para o empresário que quer e precisa contratar quanto para quem procura trabalho

Empresários do CIESP Oeste e EmpreendeRHcomemoraram o sucesso do evento realizadonas dependências da Estação Especial da Lapa, na Rua Guaicurus

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Reciclamos cartuchos com qualidade, tecnologia avançada e aprovação da Cetesb

Rua Baumann, 1235 Vila Leopoldina

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[email protected] www.onport.com.br

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RECICLAGEM DE CARTUCHOSRetiramos no local

Retiramos no local

associado

Sabor de queijo

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Produtos da Ryco incluem, além do pão de queijo, salgados, broas, sanduíches e croissants elaborados para atender às exigências do mercado de food-service.

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m busca da melhor matéria-prima para seus produtos, os sócios Nelson Camargo,

George Lebedenco e Ronaldo Góz, proprietários da Ryco Pão de Queijo, nunca hesitaram em se arriscar numa aventura. Nelson e George já che-garam a sair de São Paulo, de carro, percorrendo 1.200 quilômetros até a pequena cidade de Santa Maria de Suassuí, no Norte de Minas Gerais, apenas para provar o parmesão pro-duzido na região. Isso porque tinham ouvido falar que o produto de lá era o mais indicado para a massa de pão de queijo. “Valeu a pena o sacrifício”, diz Camargo. “Realmente encontra-mos em Suassuí o parmesão certo para dar o sabor que queríamos ao

Fundada há 24 anos, a Ryco nasceu como uma distribuidora de sorvetes

e tornou-se pioneira na produção de pão de queijo para atender o

segmento de food-service. Hoje a empresa oferece uma gama de

produtos que inclui broas, salgados, folhados, croissants e bolos.

nosso produto”.Detalhes como esse tornaram

possível o sonho de Camargo de prosperar em um negócio próprio e transformaram a Ryco de uma peque-na distribuidora de sorvetes em uma grande fornecedora de pão de queijo, salgados e variados tipos de pães e bolos prontos para o segmento de food-service. Com a ajuda da esposa, Nelson abriu a empresa, em 1985, numa pequena sala comercial nos Jardins, em São Paulo. Aproveitando a experiência de anos de trabalho em uma multinacional fabricante de sorvetes, passou a fornecer o produto para uma rede de lanchonetes espe-cializada em pão de queijo.

Com o tempo percebeu que o

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50 anos ajudando a preservar o seu patrimônio

Escritório Central: Av. Queiroz Filho, 435 - City BoaçavaFones: 3026-3999 / 3022-7070 - Fax: [email protected] • www.py.com.br

Sede Centro de distribuição

Pinturas Industriais

Diretoria da empresa investe, no momento, em dar maior visibilidade à marca Ryco, apostando na abertura de quiosques para venda direta ao consumidor

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Ricomassa Indústria de Produtos AlimentíciosEndereço: Rua Paolo Agostini, 654 – Parque Ipê – São Paulo – SPTelefone: (11) 3789-6667Site: www.rycopaodequeijo.com.br

Serviço

pão de queijo, na época ainda uma novidade, tinha maior aceitação do que o sorvete. Teve, então, a idéia de mudar o foco de sua empresa e investir na fabricação do produto para abastecer cafeterias e padarias. Como se tratava de implantar um conceito novo – até então as redes que produziam pão de queijo em escala vendiam o produto apenas para o consumidor final – a mudança de rumo exigiu grande investimen-to em pesquisa para aquisição de know-how. O primeiro passo foi encontrar a formulação correta para que a massa pudesse ser transportada e assada em outro local sem perder

a crocância e o sabor. De-talhe: a produção era toda artesanal e, como ainda não se conheciam as técnicas para o congelamento desse tipo de massa, o produto era feito e rapidamente precisava chegar ao cliente.

A etapa seguinte consis-tiu em convencer os donos de padarias e cafeterias de que um pão de queijo quen-tinho faria sucesso entre os fregueses. “Para provar isso,

nos propusemos a fornecer não só a massa pronta, mas o forno para assá-la e os displays de exposição, além do treinamento do pessoal”, diz Camargo.

Hoje, os mais de 50 itens do cardápio da Ryco podem ser encon-trados na maior parte das padarias da Grande São Paulo e nas principais re-des varejistas do País. A produção da empresa chega a 350 toneladas/mês e é feita em equipamentos de última geração. “Além do cuidado com a produção, a distribuição é um dos nossos maiores diferenciais”, lembra Lebedenco. “A Ryco está preparada

para atender clientes de todos os por-tes, entregando desde uma caixa de pão de queijo até quantidades bem maiores de produtos variados”.

Hoje a Ryco passa por uma nova fase: os sócios passaram a fazer parte de um conselho administrativo, profissionalizando a empresa, e a administração está a cargo do diretor executivo Carlos Saes. Com o nome já bem conhecido no segmento de food-service, o foco da empresa, ago-ra, está em trabalhar para dar maior visibilidade à marca entre o público consumidor. Em locais estratégicos de São Paulo, como estações de metrô e trem, já é possível degustar, na hora, em um dos quiosques Ryco Express, um pão de queijo saído do forno. Acompanhado, é claro, de um bom cafezinho.

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informe

linha de produção da me-talúrgica JotaeMe Fitafer, localizada em Franco da

Rocha, na Grande São Paulo, traba-lha em ritmo de renovação constan-te. Para sincronizar a fabricação de 40 milhões de peças por mês entre os 2.100 itens produzidos, a empresa lança mão de três importantes pila-res: estratégia, flexibilização e inves-timento em tecnologia. “O ritmo da produção e a exigência em relação à qualidade dos produtos torna funda-mental o foco nestes três itens”, res-salta o gerente industrial da JotaeMe Fitafer, Sérgio Luiz Gennari.

No primeiro quesito, a Fitafer inovou implantando recentemente um recurso denominado mapa es-tratégico industrial. O objetivo do mapa é nortear a empresa, ajudando a definir ações em relação a quatro premissas básicas: finanças, clientes, processos e potenciais.

Além do mapa estratégico, outra ferramenta inovadora usada para auxiliar na definição das ações e me-dir a eficiência produtiva é o índice OEE – ou, na sigla em português, Eficiência Global do Equipamento. O recurso é utilizado em cada linha

Oxigênio novoFundada há 50 anos, a metalúrgica JotaeMe Fitafer ganha espaço no

mercado nacional e no exterior investindo na utilização de técnicas

e equipamentos para incrementar a qualidade da produção.

Diversidade de produtos garante a competitividade da empresa.

de produção, sendo capaz de medir índices como tempo de operação, desempenho e quantidade de produ-tos aprovados dos equipamentos.

Os dois outros pilares que nor-teiam as ações na área de produção da empresa – flexibilização e tecno-logia – estão interligados, segundo Gennari. Ele explica que a flexibili-zação da produção acontece porque a aplicação de recursos na renovação de maquinário é constante.

Ao completar 50 anos de ati-vidade, a JotaeMe Fitafer procura guardar ainda um suspiro de em-presa familiar, mas com um forte ar de profissionalismo. “A empresa cresceu, mas quem trabalha aqui se sente como se estivesse em uma pequena cidade do interior, onde todos se conhecem”, compara Sérgio Gennari.

JotaeMe FitaferEndereço: Rua Miguel Segundo Lerussi, 53 – Parque Industrial – Franco da Rocha – SPTelefone: (11) 4443-1100Site: www.jmfitafer.com.br

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Linha de produção da empresa se diferencia pela alta tecnologia do maquinário e pela utilização de recursos modernos de gestão que avaliam equipamentos e produtividade

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sustentabilidade

Te quero verdeCom o tema “O Estado de São Paulo que Queremos”, encontro

macrorregional definiu bases para documento apresentado na

XI Semana FIESP/CIESP de Meio Ambiente. Evento discutiu questões

como capacitação tecnológica, fiscalização e incentivos.

Empresários da Grande São Paulodiscutem formas de colaborar com a questão ambiental. As idéias compõem um documento divulgado pela FIESP

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A inserção da indústria na questão da sustentabilidade ambiental é um processo

irreversível e vai além da adoção de tecnologias limpas e da conscienti-zação do uso adequado de recursos hídricos e energéticos. Os empresários também têm como missão abrir discus-sões entre si e, principalmente, com os poderes públicos para, juntos, buscar formas de preservar o planeta.

A importância desse comprome-timento por parte da indústria ficou clara durante o Evento Macrorregional organizado pelos CIESPs da Grande São Paulo e coordenado pela Distrital Oeste. Incluído em uma série de oito encontros envolvendo as macrorre-giões do CIESP, o debate colaborou

para a elaboração de um documento inédito divulgado durante a XI Semana FIESP/CIESP de Meio Ambiente, em junho. Entitulado “O Estado de São Paulo que Queremos”, o documento será amplamente divulgado entre o meio político e governamental.

Durante o evento ficou claro que é necessário investimento em educação ambiental e maior gestão junto ao poder público para aumentar os incentivos na área. Outro ponto destacado foi a necessidade de uma mudança de mentalidade nos órgãos que atuam no segmento. “Há muitos órgãos fiscalizadores, mas poucos atuam orientando as indústrias”, sa-lientou Valério Bonelli, diretor-titular de Meio Ambiente do CIESP Oeste.

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conveniados

nir arte e tecnologia em um mesmo trabalho foi o primeiro desafio de Ro-

rian e Julian Guimarães ao criar a Fractals, empresa especializada na criação e produção de imagens para múltiplos usos. Em 1987, a dupla criou e produziu a primeira de uma série de exposições inéditas no País, batizada de “Fractals a Realidade do Inimaginável”. Com o sucesso da exposição, a em-presa foi convidada pela IBM Brasil, dois anos mais tarde, a desenvolver o primeiro projeto de multimídia interativo com toque na tela e vídeo full-screen, full-motion a ser exibi-do no Museu de Arte de São Paulo – MASP .

Esse know-how permitiu à Fractals investir na diversificação de produtos e tecnologias, como a cria-ção de sistemas digitais para edições de vídeos computadorizados e o de-senvolvimento de ferramentas para compressão profissional de vídeos para Internet em todos os formatos existentes. A partir de 2006 a em-presa se capacitou na produção de filmes corporativos no formato FULL-HD e gravação em BLUE-RAY

Imagens múltiplasDa criação e produção de filmes a soluções inovadoras em multimídia,

computação gráfica, vídeos corporativos e multimídia interativa, a

Fractals Produções se destaca há 23 anos pelo pioneirismo e visão de

futuro, desenvolvendo projetos que primam pela alta qualidade.

“Nossa criatividade em apre-sentar soluções pioneiras ajudou a conquistar clientes de peso, como Nestlé, LG, Siemens e Credicard”, diz Rorian.

Fractals Produções Site: www.fractals.com.brTel.: (11) 3078-9266Email: [email protected]

Serviço

Os irmãos Julian (E) e Rorian fundaram a Fractals a partir de um projeto pioneiro no segmento artístico e hoje investem na diversificação de produtos e serviços

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UInformática limpa

Em tempos do politicamente cor-reto em termos de meio ambiente, cresce no Brasil o mercado de reciclagem de cartuchos de impressora (jato de tinta e laser). Na Zona Oeste da capital, mais especificamente na Vila Leopoldina, fun-ciona a Onport, empresa que atua nesse importante e movimentado setor. “Além de colocarmos no mercado cartuchos remanufaturados, produzimos máquinas para esse segmento e importamos vários insumos (toners,esponjas, tintas etiquetas, entre outros)”, explica a diretora e funda-dora da empresa Blanca Sasso. “Temos 23 anos de tradição e podemos garantir que vale a pena comprar cartuchos com o selo Onport. São mais baratos que os originais e de alta qualidade”, afirma Blanca, que recentemente foi homenageada no Dia In-ternacional da Mulher, como Empresária de Destaque, num evento comunitário apoiado pelo CIESP Oeste.

Onport Indústria e Comércio Rua Baumann, 1235. Vila Leopoldina - São Paulo. Tel.: (11) 3833-9840

Serviço

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Blanca recebeu a homenagem das mãos da gerente do CIESP Oeste, Laura Gonçalves, na Distrital-Lapada Associação Comercial de São Paulo

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Aconteceu

BELEZA PURAParceira do CIESP Oeste, a fabricante de cosméticos Bel Col realizou em março um evento para lançar sua nova linha de cuidados para a pele Conforté RPL. Composta por pro-dutos com princípios ativos naturais – extraídos de plantas cultivadas, controladas e processadas biologica-mente para não agredir as peles mais delicadas -, a linha RPL é feita sob me-dida para quem necessita de cuidados especiais. “Os produtos Conforté são indicados para suavizar e tratar problemas em peles com rosáceas, psoríase e lupus”, explica a diretora da empresa Cláudia Eveline. n

HERMANOSA Distrital Oeste apoiou iniciativa da Câmara de Comércio Argentino-Bra-sileira, que trouxe para o Memorial da América Latina o espetáculo “Via-je al Sentimiento”, um

belíssimo show de tango e bolero. Antes da apresentação, o diretor de Turismo da entidade, Ruben Eduardi Ali, ofereceu a empresários do CIESP e outros convidados a oportunidade de degustar renomados vinhos ar-gentinos. n

HOMENAGEMAcacio de Jesus, Conselheiro Titu-lar do CIESP e Diretor Jurídico da

Companhia Melhoramentos de São, recebeu das mãos de Fábio Paulo Ferreira, diretor-titular do CIESP Oes-te , e do deputado estadual Gilson de Souza, placa comemorativa por oca-sião da homenagem da Assembléia Legislativa aos 80 anos do CIESP. A solenidade ocorreu no dia 27 de abril e reuniu empresários e diretores do CIESP e da FIESP. A inscrição da Me-lhoramentos no sistema do Centro das Indústrias data de 1928, ano de fundação da entidade. n

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Especial

Rio a bordoDistrital Oeste organiza viagem de empresários para visitar o Arsenal de

Marinha e conhecer mais a fundo a realidade da força armada marítima

do País. Para surpresa geral, descobriram que as empresas têm muito

a colaborar para o desenvolvimento da indústria naval brasileira.

A ncorada na Baía de Guana-bara, em espaço do Arsenal de Marinha, no Rio de Ja-

neiro, existe uma verdadeira cidade flutuante de aço, com 260 metros de comprimento e 33 mil toneladas de

peso, por onde circu-lam diariamente entre 1.200 e 2.000 pessoas e podem pousar e de-colar helicópteros e aviões de guerra. Trata-se do navio aeródromo São Paulo, único porta-aviões brasileiro, cons-truído na década de 50, na França, e adquirido da marinha francesa em 2000.

De lá para cá, o País vem amadurecendo no setor da indús-tria naval, deixando de encarar o assunto “defesa nacional” como tabu, passando a considerá-lo algo necessário para garantir nossa so-berania. O Brasil já domina, hoje, a tecnologia para construir todos os tipos de embarcações de guerra, de corvetas a porta-aviões. Os investi-mentos no setor, agora, estão focados na construção de um submarino de propulsão nuclear – o mais moderno existente no mundo, aproveitando o fato de que nossa Marinha é capaz de controlar o ciclo do combustível atômico e a engenharia de reatores. A última etapa desse processo, que será feita por meio de uma parceria

Comitiva dos CIESPs Oeste e Norte embarcou no porta-aviões São Paulo, único navio aeródromo da Marinha Brasileira

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com o governo da França, é adquirir know-how para, também, projetar esse tipo de embarcação.

Foi isso que puderam com-provar os empresários das distritais Oeste e Norte do CIESP que visitaram o Arsenal de Marinha no início de maio – visita que incluiu no roteiro um “passeio” pelo interior do porta-aviões São Paulo, parado desde 2005 para reparos depois de sofrer avarias

em uma missão de treinamento. A iniciativa, promovida pelo

CIESP Oeste, faz parte de um projeto da distrital de dar oportunidade aos associados de conhecer mais de perto diversos aspectos da realidade nacional. A idéia é que, dessa for-ma, a indústria possa, de um lado, identificar nichos interessantes de mercado e, de outro, colaborar para o progresso e o desenvolvimento do

País nos mais diversos segmentos.O grupo ouviu do diretor-pre-

sidente da Emgepron – Empresa Gerencial de Projetos Navais -, vice-almirante Marcelio de Castro Pereira, que a Marinha precisa, e muito, da colaboração da indústria. “A defesa nacional não é apenas uma questão das Forças Armadas, mas diz respei-to a todos os brasileiros”, afirmou ele. “As empresas podem contribuir

Em palestra do capitão de corveta Márcio Santos, realizada a bordo do navio aeródromo São Paulo, empresários descobriram que a indústria tem muito a colaborar com a Marinha

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conosco já que produzem a maioria da matéria-prima e das peças que utilizamos na construção dos navios. Se vocês fabricam borracha, por exemplo, e nós usamos borracha em nossas embarcações, nada mais produtivo do que fazermos uma parceria em que as duas partes saiam

ganhando”, ressaltou.No caso específico da reforma

do porta-aviões o apoio da indústria seria fundamental. “Os recursos da Marinha são escassos, o que está atrasando a conclusão dos reparos. A ajuda de vocês certamente con-tribuiria para que o navio voltasse a operar mais rapidamente”, afirmou o capitão de corveta Márcio Santos, que acompanhou o grupo na visita ao aeródromo.

O diretor-titular do CIESP Oes-te, Fábio Paulo Ferreira, entendeu prontamente o recado e deixou cla-ro o compromisso da entidade em colaborar. “Temos muito a oferecer e contribuir com as Forças Armadas não é apenas uma questão de fazer negócios, mas um dever para com a pátria”, disse. De imediato, a Distri-tal Oeste colocará a disposição da Marinha o Portal de Negócios recen-

temente inaugurado pela entidade, no qual é possível fazer cotações on-line para a compra de insumos e serviços.

Tecnologia exportada

Empresa pública de direito privado, a Emgepron foi criada em 1982 com o objetivo de alavancar a indústria naval nacional, gerencian-do projetos e executando atividades relacionadas à obtenção e manuten-ção do material militar naval. Hoje tem como clientes, além da própria Marinha do Brasil, as marinhas de vários países. “É um mercado bas-tante competitivo, onde é preciso usar de criatividade para desenvolver tecnologia própria, já que se trata de uma área estratégica”, explicou o almirante Marcelio.

A boa notícia é que o País tem

Grupo em visita à sede da Emgepron, empresa nacional que gerencia e executa os projetos navais militares, foi recebido pelo Almirante Marcelio Pereira

Almirante Marcelio Pereira entre os diretores-titulares do CIESP Oeste, Fábio Ferreira (D) e CIESP Norte, Mário dos Santos

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cumprido seu papel nesse quesito. Nosso know-how na construção de navios já é reconhecido no mundo e começa a ser exportado. O Brasil tem, por exemplo, um acordo fecha-do com a Namíbia para moderniza-ção da frota e treinamento da força naval daquele país.

Turismo naval

Durante a estada no Rio de Janeiro, os empresários tiveram a oportunidade de fazer um tour pela história da indústria naval nacional. Numa viagem no tempo, voltaram à época do Brasil colônia, quando D. João VI era visto com frequência

passeando pela Baía de Guanabara a bordo de uma galeota, charmosa embarcação a remo. O barco impe-rial, sem similar em toda a América, foi um dos primeiros construídos no Brasil, em 1808, e hoje está “ancora-do” no Espaço Cultural da Marinha. Foi nessa época, com a presença da família real em terras brasileiras, que teve início o investimento na Marinha do País.

Do período da II Guerra pude-ram entrar no submarino Riachuelo, que hoje funciona como museu, e comprovar que a vida embaixo d´água pode ser bastante descon-fortável – as instalações são tão apertadas que as minúsculas camas

da tripulação ficam no meio dos corredores, sob a tubula-ção – embora a aventura ex-cite. Para vislumbrar a Baía de Guanabara do mar, fizeram um passeio no rebocador Laurindo Pitta. Segundo o vice-almirante Armando De Senna Bittencourt, que acompanhou o grupo no passeio, o rebocador, constru-ído na Inglaterra em 1910 por encomenda do governo bra-sileiro, é o único navio rema-nescente da Divisão Naval em Operações de Guerra do Brasil, que participou, em 1918, da I Guerra Mundial.

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Viagem da comitiva ao Rio de Janeiro incluiu visita ao submarino Riachuelo, que participou da II Guerra Mundial

Galeota Imperial, usada pela família real,está exposta no Espaço Cultural da Marinha.A riqueza de detalhes da embarcação chamou a atenção dos visitantes

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artigo

Guilherme Arb de Oliveiraé Diretor-adjunto de Meio Ambiente do CIESP - Distrital Oeste e Diretor de Meio Ambiente do IBRADA - Inst i tuto Brasileiro do Direito Ambiental

“Na questão ambiental, a indústria saiu do estágio de consciente para o de comprometida. Prova disso é o documento divulgado na Semana do Meio Ambiente.”

Compromisso verdeH á muito tempo o setor produtivo vem se preocupando com as

questões ambientais, investindo em tecnologias para uma produ-

ção mais limpa, reuso de água, eficiência energética e reflores-

tamento. Agora chegou o momento de registrar esse comprometimento

e, com isso, criar uma ferramenta de discussão com todas as esferas

governamentais - municipais, estadual e federal.

A Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, sempre

preocupados em defender os interesses do setor, tiveram a iniciativa de

promover fóruns de discussão sobre o tema “O Estado de São Paulo que

Queremos”, em diversas regiões do Estado, e extrair desses encontros

um documento de fundamental relevância para o posicionamento não

apenas da indústria mas das esferas governamentais e sociedade civil.

Acredito que, se cada um fizer a sua parte, poderemos alcançar o Esta-

do de São Paulo que queremos. Ou seja, uma região do País em que as

empresas contam com incentivos em termos de capacitação de pessoal

e tecnológica, possam estreitar relações com órgãos ambientais visando

a conformidade ambiental da indústria e tenham facilidade na obtenção

de linhas de crédito para que as micro e pequenas indústrias invistam em

equipamentos e tecnologias para produção mais limpa.

Um fato importante é que esse momento de trabalho que culminou com

a publicação do documento mostra uma mudança de estágio de extrema

relevância: saímos do estágio de “consciente” e entramos no estágio de

“comprometido”. Essa é uma mudança que eu gostaria que todos tives-

sem - indústria, governo e sociedade civil - para alcançarmos o Estado

de São Paulo que queremos.

Parabenizo a atitude tanto da FIESP quanto do CIESP pela elaboração

do documento, que considero o início de uma discussão com as esferas

governamentais visando a conformidade ambiental de todo o setor e,

assim, servindo de exemplo para toda sociedade. Parabenizo também a

todos os atores que contribuíram para a realização desse trabalho.

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