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Notícias do Mar Tiragem: 0 País: Portugal Period.: Mensal Âmbito: Outros Assuntos Pág: 10 Cores: Cor Área: 21,20 x 30,10 cm² Corte: 1 de 3 ID: 63697973 01-03-2016 1 ...,ibliaaradll~~ • 0.~. as. de..4 111111111.11% Imagens cedidas pelos autores do estudo INVESTIGAÇÃO Cientistas Estudam Mortalidade da Fase Larvar da Sardinha DO GABINETE DE COMUNICAÇÃO, IMAGEM E CULTURA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA RECEBEMOS OS RESULTADOS DE UM TRABALHO REALIZADO NO ÂMBITO DO PROJETO DE INVESTIGAÇÃO VITAL, OCORRIDO ENTRE 2010 E 2014, LIDERADO POR SUSANA GARRIDO, NA ÉPOCA INVESTIGADORA DE PÓS—DOUTORAMENTO DE CIÊNCIAS ULISBOA, ATUALMENTE A DESENVOLVER A SUA ATIVIDADE PROFISSIONAL NO INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA (IPMA). projeto VITAL lide- rado pela Facul- dade de Ciências da Universidade de Lisboa, em colaboração com o Oceanário de Lisboa e o Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve, surge na sequência do projeto MODELA, lidera- do pelo IPMA. Ambos foram financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O primeiro visou mo- delar a fase larvar da sardinha ao largo da costa continental portuguesa com o intuito de compreender as principais causas de mortalidade nesta fase. O segundo procurou ob- ter parãmetros reais da varia- ção da sobrevivência e cres- cimento das larvas em função dos fatores ambientais. O PROJETO VITAL Cada fêmea de sardinha emi- te aproximadamente 20.000 óvulos por semana. Apesar da grande fecundidade da es- pécie, uma parte muito signifi- cativa das larvas de sardinha morrem logo após a fase de ovo - independentemente do alimento disponível e na au- sência de predadores - e as que nascem mais pequenas não têm qualquer hipótese de sobrevivência. Outros investigadores já haviam estudado o assunto, mas a maioria desses traba- lhos centraram-se nas causas ambientais desta mortalidade, Larva da sardinha

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Page 1: Cientistas Estudam Mortalidade da Fase Larvar da Sardinha · ID: 63697973 01-03-2016 Corte: 1 de 3 1 ...,ibliaaradll~~ 0.~. as. de..4 111111111.11% INVESTIGAÇÃO Imagens cedidas

Notícias do Mar Tiragem: 0

País: Portugal

Period.: Mensal

Âmbito: Outros Assuntos

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 21,20 x 30,10 cm²

Corte: 1 de 3ID: 63697973 01-03-2016

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...,ibliaaradll~~ • 0.~. as. de..4 111111111.11%

Imagens cedidas pelos autores do estudo INVESTIGAÇÃO

Cientistas Estudam Mortalidade da Fase Larvar da Sardinha DO GABINETE DE COMUNICAÇÃO, IMAGEM E CULTURA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA RECEBEMOS OS RESULTADOS DE UM TRABALHO REALIZADO NO ÂMBITO DO PROJETO DE INVESTIGAÇÃO VITAL, OCORRIDO ENTRE 2010 E 2014, LIDERADO POR SUSANA GARRIDO, NA ÉPOCA INVESTIGADORA DE PÓS—DOUTORAMENTO DE CIÊNCIAS ULISBOA, ATUALMENTE A DESENVOLVER A SUA ATIVIDADE PROFISSIONAL NO INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA (IPMA).

projeto VITAL lide-rado pela Facul-dade de Ciências da Universidade

de Lisboa, em colaboração com o Oceanário de Lisboa e o Centro de Ciências do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve, surge na sequência do projeto MODELA, lidera-do pelo IPMA. Ambos foram

financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). O primeiro visou mo-delar a fase larvar da sardinha ao largo da costa continental portuguesa com o intuito de compreender as principais causas de mortalidade nesta fase. O segundo procurou ob-ter parãmetros reais da varia-ção da sobrevivência e cres-

cimento das larvas em função dos fatores ambientais.

O PROJETO VITAL Cada fêmea de sardinha emi-te aproximadamente 20.000 óvulos por semana. Apesar da grande fecundidade da es-pécie, uma parte muito signifi-cativa das larvas de sardinha morrem logo após a fase de

ovo - independentemente do alimento disponível e na au-sência de predadores - e as que nascem mais pequenas não têm qualquer hipótese de sobrevivência.

Outros investigadores já haviam estudado o assunto, mas a maioria desses traba-lhos centraram-se nas causas ambientais desta mortalidade,

Larva da sardinha

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"Bom small, die young: Intrinsic, size-selective mortality in marine larva!' fish" — Foi o trabalho da autoria de Susana Garrido, Radhouan Ben-Hamadou, Mi-guel Santos, Susana Ferreira, Alexandra Teodósio, Unai Co-tano, Xabier Irigoien, Myron Peck, Enric Saíz e Pedro Ré, que apresenta os resulta-dos desta investiga-ção e foi publicado online na Scientific Reports, a 24 de No-vembro de 2015.

Larva da sardinha

como a falta de alimento e a predação das larvas. Neste trabalho, os cientistas estuda-ram a mortalidade da fase lar-var da sardinha, procurando determinar se fatores intrín-secos, como o tamanho com que as larvas eclodem - rela-cionado com fatores genéticos ou maternais -, influenciam a viabilidade das larvas.

Susana Garrido: "Num contexto de alterações cli-máticas, em que o aumento da temperatura influencia as taxas metabólicas e con-sequentemente o tamanho à eclosão das larvas, esta mortalidade seletiva pode ter importantes consequên-cias na dinâmica destas po-pulações com elevado inte-resse económico"

Susana Garrido liderou a

investigação e desenhou as experiências em colaboração com o investigador do IPMA, Miguel Santos e o professor de Ciências ULisboa, Pedro Ré, contando ainda com a colaboração dos consultores do projeto — o professor da Universidade de Hamburgo, Myron Peck e o investigador do CSIC Barcelona, Enric Saiz.

Os autores do artigo estu-daram larvas cultivadas em laboratório, em particular nas instalações do Oceanário de Lisboa, onde um cardume de sardinhas foi mantido em con-dições controladas desovan-do frequentemente e também em larvas recolhidas no mar, nomeadamente na Baía da Biscaia. Susana Garrido co-labora há vários anos com in-

vestigadores do AZTI, no País Basco, estudando a ecologia de larvas de peixes pelágicos. Unai Cotano e Xabier lrigoien, investigadores do AZTI, foram responsáveis pela colheita das larvas no mar.

Pedro Ré coordenou o tra-balho experimental dedicado à análise de otólitos, realizado maioritariamente pela bolseira Susana Ferreira, orientada por Susana Garrido e pela profes-sora Alexandra Teodósio do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve (CC-MAR). A análise estatística e a apresentação gráfica dos resultados foram realizadas por Radhouan Ben-Hamadou, presentemente na Universi-dade do Qatar.

O grupo continua os es-tudos nesta linha de investi-gação. Querem aprofundar o conhecimento da ecologia dos peixes pelágicos, no-meadamente as causas das variações da abundância e distribuição da sardinha, es-pecialmente da fase larvar. Desta forma também esperam conseguir uma melhor gestão destes recursos.

"Uma vez que o sto-ck ibérico de sardinha se encontra nos mínimos his-tóricos de abundância, tor-na-se essencial avançar no conhecimento da sua eco-logia, permitindo no futuro uma abordagem ecológica à sua gestão", conclui Susana Garrido.

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