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CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

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CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

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1° Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMA – II SEMEX

PROJETO DE EXTENSÃO “5a DE ARTE”. Ana Teresa Desterro Rabelo1 A realização do projeto de extensão 5a de Arte, nasceu da necessidade de fomentar entre os alunos do curso de Educação Artística, a prática das teorias aprendidas em sala de aula fazendo com que eles experimentem, testem, troquem, enriqueçam seus conhecimentos, indo além do espaço formal. O projeto existe desde 1996, portanto perfazendo oito anos de existência integrando todas as linguagens, tais como: apresentação de peças teatrais, show musicais, exposição de artes plásticas, danças clássicas e populares, festival envolvendo todas as áreas de arte, oficinas culturais, seminários, exibição de vídeos, festa de integração de arte (Junina e natalina), onde envolve alunos, tem a possibilidade de participar como apreciador e produtor de arte. Podendo-se ressaltar, que um projeto que iniciou a partir de uma idéia diminuta, hoje se alarga de forma singular e plural, trazendo, para dentro da universidade, trabalhos de professores, alunos e da comunidade de artistas em geral, fortalecendo de algum modo, o Curso de Educação Artística. Palavras-chave: Expressões artísticas. Extensão. Linguagens. 1 Profª Departamento de Artes / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 501

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1° Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMA – II SEMEX

A IMPORTÂNCIA DAS AÇÕES DO ‘PROJETO JOVENS COM A BOLA TODA’ NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS: PERCEPÇÃO DOS EDUCADORES, EDUCANDOS E PAIS Rosângela Maria Guimarães Rosa1

O “Jovens com a Bola Toda” – JBT, projeto extensionista da Universidade Federal do Maranhão, em parceria com o Instituto Ayrton Senna atende a 180 crianças e adolescentes na faixa etária de 8 a 14 anos, dos bairros Vila Embratel e Sá Viana, diariamente no campus da UFMA. A equipe técnica é composta de vinte pessoas, professores e estudantes da UFMA. A proposta pedagógica que norteia as ações do JBT fundamenta-se nos quatro pilares da educação definidos pela UNESCO: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser., compreendendo a educação como principal instrumento para a inclusão social. As ações são desenvolvidas nas áreas de Pedagogia (atividades de leitura e escrita com apoio à escolarização), Artes (percepção, apreciação e produção artísticas), e Educação Física (atividades recreativas, dança, capoeira e esportes como: natação, futebol., handebol. Basquetebol e voleibol). O trabalho a ser apresentado trata-se de uma pesquisa realizada com as crianças e adolescentes atendidos pelo JBT, objetivando identificar a percepção destes jovens e dos seus pais ou responsáveis, alem da avaliação dos educadores, acerca do processo de desenvolvimento das competências relacionais, cognitivas, produtivas e pessoais, objeto educativo da proposta pedagógica do Projeto. Utilizamos a aplicação de questionários semi-abertos de avaliação e auto-avaliação para crianças, educadores e pais através dos quais buscamos investigar referências relativas aos resultados das ações do projeto, alem de sugestões e contribuições. Palavras-Chave: Pesquisa. Percepção. Educação. 1Profª do Departamento de Psicologia / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 502

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1° Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMA – II SEMEX

PROJETO DE EXTENSÃO “ARTE EDUCAÇÂO NA VIDA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE” Ana Teresa Desterro Rabelo1 O projeto acima referido é realizado junto a comunidades carentes de São Luís: atualmente na vila Conceição - setor Coroadinho – e na Vila Palmeira – Santa Júlia, integrando crianças na faixa etária de 8 a 11 anos, pré-adolescentes e adolescentes com idade entre 12 a 17 anos. O projeto se destaca pelo enfoque na formação de lideres e no desenvolvimento de crianças e de adolescentes, no tocante à capacidade de criação, integração e socialização da pessoa com o mundo e com a vida. Tem ainda como adjetivo a ampliação das atividades artístico-culturais nas comunidades, nas quais o grupo se integra. Nesse projeto, há ainda, uma série de atividades nas várias áreas de Artes e Educação, que são desenvolvidas, tais como: improvisação teatral, dança aplicada à educação, artes visuais música, teatro de bonecos, literatura infantil, leitura de livros e temas interessantes; capoeira, tambor de crioula, festa junina, palestras de temas variados, como: aborto, trabalho infantil, namoro adolescência, sexo, etc. Passeios pelos lugares históricos da cidade, passeios ecológicos e de lazer, festival de artes, apresentação de espetáculos teatrais, e tantas outras atividades. Posso assegurar que é um trabalho digno, realizado com bastante esforço, carinho e dedicação, já reconhecido nas comunidades por onde passa, alcançando sua finalidade maior que é esclarecer as pessoas, para o resgate de uma vida de qualidade, em que, elas próprias, sejam os agentes de sua mudança. Em pleno funcionamento desde 1996 até os nossos dias. Palavras-Chave: Arte-educação. Comunidades artístico-culturais. 1 Profª do Departamento de Artes / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 503

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BIBLIOTECA SETORIAL DE ARTES Ana Teresa Desterro Rabêlo1 e Centro Acadêmico de Artes A BSA – Biblioteca Setorial de Artes surgiu de forma embrionária no ano de 1998, quando da gestão da coordenação de curso do professor Paulo César Alves de Carvalho. Ajudado pela professora Nerine Lobão, começou a realizar campanhas de doação de livros para a montagem do acervo da biblioteca. Tarefa abraçada pelo Centro Acadêmico de Artes “Ferreira Gullar”, da gestão de 1999 em diante, na tarefa de cadastrar os livros, guardá-los, adquirir novos volumes e coordenar o empréstimo dos mesmos aos discentes e docentes do curso. Sendo assim, em 2001, foi inaugurada oficialmente a Biblioteca Setorial de Artes em uma pequena sala do Centro de Ciências Humanas, localizada ao lado da Coordenação do curso. Dessa vez, a ação foi empreendida por uma parceria entre o Centro Acadêmico e a professora Ana Teresa Rabello, do DEARTE. E foi esta parceria, entre o C.A. e a professora Ana Teresa, que intensificaram as tentativas para a contratação de dois bolsistas para trabalhar na BSA em dois expedientes, de forma que os alunos do curso pudessem efetivamente utilizar a biblioteca. Faz-se necessário destacar que a BSA conta com um pequeno acervo, entre periódicos, revistas, enciclopédias, monografias de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado (entre eles, doações de alunos do curso e alunos de outras universidades do país, doações de professores do DEARTE, e de outros departamentos e de outras universidades do país). E este acervo da biblioteca é emprestado apenas para cópia e consulta local. Também funciona como um espaço de exposição de trabalhos de alunos dentro das variadas linguagens artísticas, e ainda, medidas que orientem a permanente visitação deste espaço para transformá-lo em um local de circulação habitual do alunado do curso. Enfim, por todos esses fatores destacados acima, entendemos ser imprescindível a existência da Biblioteca Setorial de Artes. Palavras-Chave: Biblioteca. Setorial. Artes. 1 Profª do Departamento de Artes / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 504

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“PROJETO ESCOLA EXTENSIONISTA DE CANTO CORAL -ECCO” Alberto Pedrosa Dantas Filho1 A necessidade de criar respostas efetivas com relação ao ensino formal de música no âmbito da UFMA é a convergência de dois fatores que sempre nortearam a elaboração e a execução desta empresa: a preocupação com a continuidade das atividades musicais desenvolvidas pelo DAC – PREXAE e a busca de qualidade aliada à preocupação formacional e crítica; criação de um curso básico de música com duração de três anos, preparatório ao futuro Curso de Graduação em Música do DEART. A ECCO propõe duas modalidades de curso: Regular de Música com três anos de duração (360 horas) estruturado em seis módulos semestrais. com seis disciplinas: Teoria, Solfejo e Ditado; História da Música, Violão Auxiliar e Canto Coral. É oferecido ainda o Curso Suplementar de Canto e Violão. A outra modalidade de curso oferecido são as Oficinas Temporárias de Voz Infantil, Regência Coral e Musicalização estruturadas em módulos de trinta horas a quinze horas. Desta modalidade já foi oferecido dois módulos de Voz Infantil e um de Regência Coral. A ECCO conta hoje com 55 alunos divididos em seis turmas. Estará a ECCO formando sua primeira turma no final do primeiro semestre de 2005. Cerca de dez alunos da ECCO utilizarão os conteúdos aprendidos para participar com êxito da prova de seleção da Escola de Música do Estado. O Projeto– ECCO pode ser considerado um projeto vencedor pela solidez que vem apresentando obtendo uma resposta satisfatória junto à comunidade dentro e fora da UFMA.

Palavras Chave: Educação. Música. Extensão. 1 Prof. do Departamento de Artes / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 505

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PROJETO DE EXTENSÃO GRUPO UNIVERSITÁRIO DE TEATRO - “GUT” Ana Teresa Desterro Rabêlo1 O projeto de Extensão Grupo Universitário de Teatro – Gut (como é mais conhecido), nasceu da vontade dos alunos graduados da administração da disciplina Expressão em Cênicas II do Curso de Educação Artística, oferecida no período letivo de 1996; a partir daí, foi elaborado o projeto acima referido, nascendo, por assim dizer, o grupo. “O castigo do Santo”, comédia de autoria do professor do Departamento de Artes, Aldo Leite, representa portanto, os primeiros resultados positivos desse projeto; tantas outras peças foram encenadas, apresentadas, realização constante de cursos, oficinas, encontros, seminários etc., esse rol de atividade vem enriquecendo e fazendo parte do cenário teatral de São Luís, desse momento até os nossos dias. Palavras-Chave: Teatro. Extensão. Universidade. Cenário teatral. 1 Profª do Departamento de Artes / UFMA

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REITORIA VAI À ESCOLA Rosélis de Jesus Barbosa Câmara1 Ediane Leão Dias Pedro Reis dos Santos Filho Cíntia dos Santos Moreira Davi Uruçu Rego O potencial turístico do patrimônio histórico e cultural de São Luís é a razão do estreitamento do vínculo que há mais de 30 anos se formou entre a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a comunidade. Trata-se do projeto “A Reitoria vai à Escola”, iniciativa da Reitoria da UFMA em parceria com a coordenação de Turismo e o Núcleo de Pesquisa e Documentação em Turismo da UFMA. O Projeto é realizado junto às escolas de ensino fundamental de São Luís, visando promover um maior entendimento e aproximação dos estudantes com o patrimônio da cidade e à atividade turística. Acontece uma vez por mês, alternadamente entre escolas públicas e particulares, realizado nas dependências da escola, no horário do recreio, em ambos os turnos (matutino e vespertino), uma mostra com painéis temáticos sobre patrimônio e turismo. A Reitoria estabelece um contato com as escolas para apresentar o projeto e verificar o interesse da instituição. Os alunos do ensino fundamental de 5° à 8° séries são orientados por estudantes do curso de turismo da UFMA com o objetivo de contribuir para a construção de novos conhecimentos. Por fim, são selecionados 20 alunos para uma visita ao Centro Histórico e ao Palácio Cristo Rei, a fim de visualizar e avaliar a atual situação do patrimônio edificado. O Projeto foi iniciado no mês de junho e já foi realizado nas seguintes escolas: Colun, Upaon-Açu e Unidade Integrada Francisco Ximenes. Baseados nos resultados obtidos verifica-se que o projeto tem conseguido atingir suas metas e objetivos propostos. Palavras-Chave: Turismo. Universidade. Escola. 1 Profª do Departamento de História / UFMA; Apoio Financeiro: UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 507

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NÚCLEO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇÃO DE TURISMO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Conceição de Maria Belfort de Carvalho1 Liz Renata Dias Roberto Gomes Karolyne Carvalho Erica Ferreira O espectro de atuação do Bacharel em Turismo apresenta-se sob o fulcro de uma matriz multifacetada, na qual se evidenciam pólos interdependentes, tais como planejamento, consultoria, recreação, eventos. Esses campos emergentes necessitam de profissionais multifuncionais, a fim de exercerem eficazmente suas funções. No que concerne ao Curso de Turismo da Universidade Federal do Maranhão, a constituição de um Núcleo de Pesquisa e Documentação em Turismo- NPDTUR visa atender à essa premissa, através da dinamização das áreas de pesquisa e extensão. Dentre as ações viabilizadas pelo Núcleo, destacam-se a implantação de um Grupo de Estudos em Análise Sistêmica, a consecução de projetos de extensão “Quarta Científica” e “ Comunidade Ativa”- voltado para grupos de crianças do bairro do Sá Viana, além da promoção de mini- cursos direcionados ao corpo acadêmico e à comunidade. O Núcleo de Turismo dispõe de um vasto acervo bibliográfico nas áreas de Turismo e assemelhados, o qual possibilita ao alunado a construção de um aporte teórico sobre o fenômeno turístico; possui linhas de pesquisa que versam sobre Patrimônio Cultural e Análise Sistêmica do Turismo, fato que amplia a participação do Curso na produção científica da Universidade. Trata-se, portanto, de iniciativas integradoras entre o corpo docente e discente, e que ampliam a socialização e o aperfeiçoamento dos conhecimentos necessários para a formação holística do Bacharel em Turismo. Dessa forma, o Núcleo de Pesquisa em Turismo contribui para a função social deste profissional, confrontando-o com a realidade e alicerçando-o para o exercício pleno e eficaz da práxis turística na cidade.

Palavras Chave: Turismo. Núcleo de Pesquisa. Sociedade. 1 Profª. do Departamento de História

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 508

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PROJETO DE EXTENSAO “ESCUTA” Edla Maria Batista Ferreira1 Elise da F. Lima Correa1

Regina Cibele S. dos Santos Jacinto1

Orientadora: Valéria Maia Lameira2

O projeto de extensão “Escuta” tem por objetivo possibilitar aos alunos do Curso de Psicologia da UFMA um exercício teórico-prático em clínica psicanalítica que tem como ponto central a transferência que permite que a fala do sujeito o implique no curso do tratamento, favorecendo o deslocamento do sintoma. O atendimento psicológico à clientela-alvo dá-se a partir da inscrição no Núcleo de Psicologia Aplicada, durante o plantão psicológico. O aluno-estagiário faz contato como o inscrito, para, as primeiras entrevistas preliminares que, determinam o inicio do tratamento e o compromisso contratual entre terapeuta e paciente. O projeto importa por seu caráter social, uma vez que, vem oferecendo, desde a sua criação, ano 2000, atendimento psicoterápico a comunidade economicamente menos favorecida e universitária. A partir da escuta dos discursos daqueles que buscam tratamento no N P A – onde funciona o projeto -, que são feitas as discussões de supervisão sobre a condução de tratamentos e direção da cura. Há assim, um interrogar à teoria psicanalítica quanto ao exercício dessa prática que tem como prioridade o apelo inconsciente que se estrutura como linguagem, conforme demonstrou Lacan em seu retorno a Freud. Palavras-chave: Atendimento psicoterápico. Psicanálise. Transferência. 1 Graduandas do Curso de Psicologia; 2 Profª do Departamento de Psicologia / Coordenadora do Projeto de Extensão / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 509

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PSICO-HANSENOLOGIA: a estigmação do ser Claudia Regina Santos de Castro1 Danielle Cristina Azoubel Oliveira1

José Rodrigues Rocha Júnior2 A Hanseníase é um dos mais antigos males que estigmatiza a humanidade, uma vez que há registros de sua existência em textos bíblicos, e até em esqueletos do século II a.C. descobertos no Egito recentemente. Antes chamada de “lepra”, termo considerado pejorativo, a Hanseníase ataca lentamente a população e hoje o Brasil ocupa o segundo lugar no rank de foco de contaminação e São Luis, encabeça a lista nacional. É causada pelo “Bacilo de Hansen” (mycobacterium leprae) e ataca a pele olhos e nervos, não é hereditário e é transmitida pelas vias aéreas. O homem é o único reservatório conhecido dessa infecção, que tem cura. O nosso objetivo enquanto acadêmicos de psicologia é trabalhar na desestigmatização da doença, tanto na população acometida por ela como na equipe de saúde que a trata, para nós o importante é o ser que à apresenta, portanto, trabalhamos para que a Hanseníase não condene o individuo ao Isolamento Social. A pesquisa utiliza-se do método dialético e participativo e realiza-se no Hospital Universitário (Nila) no setor de dermatologia enfocando os casos de Hanseníase. O universo em questão corresponde a um total de 524 casos relativos aos anos de 2001 a 2003, utilizando como instrumento o levantamento de dados estatísticos, a pesquisa bibliográfica e a própria observação “ïn loco” com margem de erro de 10%, aproximadamente, desse universo. Verificamos que apesar da presença do profissional de psicologia ser de incontestável importância, ainda lidamos com dificuldades primárias, bem como, a aceitação do “estar doente”. Palavras-Chave: Psico-Hansenologia. Estigmatização. Isolamento social. 1 Alunas do curso de Psicologia pela UFMA

2 Professor Mestre em Psicologia Social pela UFPB, Doutorando em Psicologia Clinica pela PUC-SP

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 510

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NCL – 25 ANOS DE TRADIÇÃO Fernando Oliveira Pinheiro1 Marla Silva Brito1

Orientadora: Maria Elza de Souza Bello2 O Núcleo de Cultura Lingüística – NCL, criado em 1979 por cinco professoras do departamento de Letras com o nome de Centro de Cultura Lingüística, é um programa de Extensão que atua na comunidade há 25 anos, tendo sido reconhecido pelo Conselho de Ensino e Pesquisa – CONSEPE n.º 14/87 com a denominação de Núcleo de Cultura Lingüística. Em convênio com a Associação dos Amigos da UFMA – AAUFMA, funciona à Praça Gonçalves Dias, n.º 66, desde 1994 sob a coordenação de 03 professoras integrantes da equipe fundadora do programa (Maria Helena, Maria Tereza e Maria Elza Bello). Tem como objetivo principal oferecer à comunidade cursos de língua estrangeira – inglês, espanhol e francês – com preço acessível ao estudante maranhense.Concede bolsas a servidores e seus dependentes, através da AAUFMA e a alunos carentes da UFMA.Visando desenvolver as 04 habilidades (expressão oral e escrita, compreensão oral e escrita), o NCL é equipado com métodos modernos nas 03 línguas estrangeiras (inglês, espanhol e francês), podendo, assim, concorrer em qualidade de ensino, com instituições similares em a São Luís.O NCL é reconhecido pela sociedade como uma instituição que preza o conhecimento e incentiva a cultura.O corpo Docente é constituído por professores do Departamento de Letras da universidade e por professores contratados pela AAUFMA. Os recursos financeiros do NCL são provenientes das taxas de inscrição pagas durante cada semestre letivo.De acordo com o último relatório apresentado à AAUFMA e à UFMA, durantes o ano letivo de 2003, o NCL teve 1977 alunos inscritos. Palavras-Chave: Idioma. Cultura. Ensino. 1 Bolsistas do Curso de Ciências Econômicas / UFMA; 2 Profª do Departamento de Letras / UFMA

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PROJETO DE EXTENSÃO PET: “Casa do Guri” Regimeire Oliveira Maciel; Ana Tereza Rocha; Anne Caroline Nava Lopes; Matheus Gato de Jesus; Márcio de Jesus Azevedo Matos; Bruno Pimenta Dias; Juciana de Oliveira Sampaio; Liana Cristina Lobo; Andréa Joana Sodré de Sousa; Denise Araújo do Nascimento; Rafael Moscoso Lobato Rego; Rafael Santos Ribeiro; Suellem Gardênia Santos Bastos; Antonio Marcos Gomes. O grupo PET-CS, no que se refere à extensão, caminhou ao encontro da nova política do governo federal. Tal política vê no retorno para a comunidade em geral uma obrigação de todos os estudantes que estão inseridos na estrutura governamental de ensino superior. Nesse sentido, o grupo PET-CS iniciou uma parceria com o projeto “CASA DO GURI”, sendo esse desenvolvido, durante o primeiro semestre de 2004, no bairro da Ilhinha, entidade com sede e foro no município de São Luís, fundada em 12 de dezembro de 2001. O referido projeto atende a um número estimado de quarenta crianças, na faixa etária de oito a quinze anos, desenvolvendo atividade de reforço escolar e recreação. Dessa forma, os bolsistas PET-CS se inseriram no projeto desenvolvendo oficinas temáticas, realizadas as segundas, quartas e sextas, pela manhã. As temáticas trabalhadas abordam questões de Gênero e Sexualidade, Meio Ambiente, Questões Raciais, Expressão Artísticas, Cidadania e Xadrex. Assim, procurou-se, a partir das discussões realizadas, despertar, em conjunto com as crianças, um senso crítico em relação ao contexto social do qual fazem parte. Palavras-Chave: Cidadania. Gênero. Questão Racial.

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 512

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AAUNI: uma nova opção de cultura, lazer e esperança Hortencia Maciel Gago Araújo Ezon Moreira Ferraz Filho Graça de Fátima Pires de Carvalho Fernando Antonio Belo de Carvalho A Associação dos Amigos da Universidade Integrada da Terceira Idade, criada em 1996, por iniciativa dos Idosos – uma experiência inédita – com objetivo de receber os alunos egressos do Curso de Formação Continuada do Projeto UNITI, evitando assim que o Idoso retornasse ao seu estado de inércia, desinteresse, etc., em que se encontravam quando da sua inscrição para o Curso acima citado. Hoje reconhecida como Organização Social por Decreto Estadual nº 18278, datado de 29/10/01, apesar da inexistência de recursos assegurados para o cumprimento do seu programa anual, vem prestando ao seu associado, momentos agradáveis de cultura, lazer e esperança por um envelhecimento ativo, saudável e alegre, com conhecimento de seus direitos e deveres, passando a exercer sua cidadania com dignidade e respeito. Em sua programação anual encontramos: cursos, palestras, oficinas, atividades de Educação Física, Coral excursões, confraternizações, etc. A AAUNI vem promovendo articulação, intercâmbio e participação junto a Entidades governamentais e não-governamentais na realização de estudos e pesquisas na definição de políticas públicas para o pessoal da terceira idade. Os seus associados deverão apresentar afinidades com os seus princípios, ideais e finalidades devendo sua proposta de admissão ser aprovada pela Diretoria na forma definida pelo Conselho de Administração. Alem das atividades sócio-educativas e culturais (oficinas pedagógicas e eventos) a AAUNI desenvolve e executa 02 (dois) projetos sociais em parceria com a UFMA: “Idoso, cidadão do Patrimônio da Humanidade” e “Revivendo Músicas de ontem, hoje”. Hoje a AAUNI congrega 827 associados inscritos, sendo 131 participantes ativos e colaboradores envolvidos nas ações diretas da AAUNI, inclusive, prestando serviços nos bairros da área Itaqui-Bacanga, São Francisco (Ilhinha) e Alemanha.

Palavras-Chave: Amigos. UNITI. Articulação.

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 514

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“PROJETO CALU”: A interdiscplinalidade, a interinstitucionalidade e o conjunto de suas ações desenvolvidas em comunidades afrodescendentes na zona rural do Município de Alcântara. Isidoro Cruz Neto1

Projeto Calú é fruto de um programa de extensão da Universidade Federal do Maranhão cuja proposta tem como objetivo fundamental implementar ações em Itamatatiua e Samucangaua, comunidades afrodescedentes localizadas na zona rural do Município de Alcântara, através de atividades sócio-educativas e culturais bem com o desenvolvimento sustentável das mesmas. As ações foram desenvolvidas de forma interdisciplinar, considerando-se a importância da interação das diversas áreas, de modo a facilitar a participação individual e grupal, norteada por uma dinâmica metodológica, organização de seminários de capacitação, atuações teórico-práticas compreendendo os aspectos educativos e culturais, planejamento integral e avaliações sistemáticas. O atendimento as duas comunidades foram desenvolvidos quinzenalmente contanto com as parcerias do SEBRAE, Universidade Estadual do Maranhão, Instituto do Homem, Fundação de Assistência à Criança, Gerência Estadual de Esporte e Lazer. Ações: Visita ás comunidades, seminários de capacitação, planejamento das ações, ciclos de palestras, assessoria jurídica, ações de medicina preventiva e alternativa, campanha de higiene bucal, noções básicas de primeiros socorros, gincanas culturais, jogos recreativos, palestras educativas sobre higiene e saúde, jogos teatrais e dramáticos, jogos pedagógicos, oficinas artísticas e culturais, oficina de brinquedos populares, estudo da memória oral velhos. O Projeto Calú desenvolveu suas ações nas comunidades durante o ano de 2003, destas atuações foram apresentadas duas monografias ( arquitetura e geografia), e mais quatro monografias estão em fase de acabamento, atualmente estamos aguardando resultados de solicitações de financiamento, com a proposta de transformarmos o projeto em organização não governamental. Palavras-Chave: Afro-descendente. Sustentabilidade. Interdisciplinalidade. 1Prof. Departamento de Educação Física / UFMA. Apoio financeiro: CNPQ/Universidade Solidaria

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 515

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PROJETO ESCOLA-LABORATÓRIO: uma alternativa para a melhoria da qualidade do ensino fundamental – construindo a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão Marise Marçalina de Castro Silva Rosa1 Liduína Maria da Conceição Castelo Branco1 Vivianne Peixoto2 Danielle Fonseca2 O Projeto de Extensão Escola-laboratório: uma alternativa para a melhoria da qualidade do Ensino Fundamental, vem, desde o segundo semestre de 1999, desenvolvendo a linha de ação “Classe Experimental de Alfabetização” visando desenvolver práticas alfabetizadoras voltadas para o atendimento de crianças em processo de alfabetização, pertencentes às áreas circunvizinhas desta Universidade, envolvendo alunos estagiários do Curso de Pedagogia bem como alunos de cursos afins. O trabalho pedagógico fundamenta-se na metodologia de Projetos de Trabalho pautada na interação dos sujeitos envolvidos, na vivência de atividades didáticas de caráter interdisciplinar e valorização da ação investigativa acerca do processo de alfabetização que lhes possibilite o conhecimento da práxis docente. O Projeto tem relevância, sobretudo, junto às comunidades do Sá Viana, Vila Jambeiro e Vila Embratel, o que evidencia seu alcance social nas referidas comunidades. Os resultados quantitativos, em termos de atendimento, revelam a amplitude do Projeto, de 1999 ao primeiro semestre de 2004 chegou-se a trabalhar com mais de 550 crianças distribuídas nos turnos matutino e vespertino. Em relação aos estagiários e estagiárias do Curso de Pedagogia, participaram, nesse mesmo período, 136 acadêmicos bem como alunos de outros cursos da UFMA. Articula-se ensino, pesquisa, e extensão através da integração de atividades de ensino e práticas extensionistas numa perspectiva investigativa, envolvendo acadêmicos de pedagogia. Palavras-Chave: Projeto de trabalho. Interdisciplinaridade. Alfabetização. Prática de ensino. 1 Profª UFMA; 2 Bolsistas de Extensão

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 516

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LENDO E RELENDO LOBATO: práticas extensionistas na formação de mediadores de leitura Leoneide Maria Brito Martins1 Aldinar Martins Bottentuit1 Maria Cléa Nunes1 Elizsabete Pitman Berniz1 Relato de experiência sobre o processo de formação de mediadores de leitura, a partir de estratégias metodólogicas desenvolvidas com alunos universitários, através da atividade Semana de Monteiro Lobato. Aborda-se a importância de resgate da literatura lobatiana como necessidade de se compreender o universo infantil e juvenil, marcado por contradições em relação ao mundo adulto, assim como incentivar o gosto pela arte literária entre crianças. Enfatizam-se as várias possibilidades que o profissional bibliotecário pode construir coletivamente, no que se refere à promoção da leitura e da formação de leitores, junto às comunidades carentes de São Luis-MA, como forma de possibilitar o acesso ao livro literário, integrado às diferentes linguagens artísticas. A metodologia adotada insere-se no campo da arte-educação, buscando-se desenvolver o ensino acadêmico de forma indissociável das práticas extensionsitas. Como resultados alcançados destaca-se o grau de satisfação dos alunos, professores e comunidade envolvida, em que se observa um reconhecimento por parte de todos sobre a importância do Curso de Biblioteconomia da UFMA na formação de leitores e mediadores de leitura , como forma de se construir coletivamente uma sociedade leitora e escritora. Palavras-Chave: Leitura. Literatura Lobatiana. Literatura Infantil. Extensão universitária. 1 Profª. Departamento de Biblioteconomia / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 517

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1° Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMA – II SEMEX

NATAL COM LEITURA Aldinar Martins Bottentuit1 Leoneide Maria Brito Martins1 Maria Cléa Nunes1 Elisabete Pitman Berniz1 Práticas extensionistas vivenciadas no Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão -UFMA, no período natalino. O natal para as crianças se reveste de uma simbologia de festas, brincadeiras e trocas de presentes e o livro, nesse contexto, é mais uma possibilidade de presente que agrega prazer e conhecimento. Com essa perspectiva, buscou-se, oportunizar aos/as alunos/as do referido Curso, uma vivência com os/as alunos/as da educação infantil e ensino fundamental da rede pública municipal de São Luís e comunitários/as no que se refere às práticas leitoras visando incentivá-los e inseri-los de forma lúdica no mundo da leitura e da escrita, condições necessárias para o exercício da cidadania na Sociedade da Informação. Desenvolveram-se atividades tendo como referência a literatura infantil, pela sua riqueza e diversidade de linguagem, de autores como Bojunga, Ana Maria Machado, Ziraldo, Lobato, Marcelo Xavier, Sylvia Orthof, Abramovich, Ruth Rocha, entre outros/as, o que possibilitou a produção de textos, dramatização, contação de histórias, leitura de poesia ; outras atividades como colagem, desenho, bingo, confecção de brinquedos com sucata. Depreende-se, com esta experiência, a necessidade de se manterem práticas dessa natureza no Curso de Biblioteconomia, alicerçada numa qualidade política, para (re)significar as nossas aulas, oferecer para os/as alunos/as um contato mais significativo com os textos literários e assim potencializar a nossa prática docente e bibliotecária. Palavras-Chave: Leitura. Literatura infantil. Extensão universitária. 1 Profª Departamento de Biblioteconomia – UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 518

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1° Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMA – II SEMEX

UNIVERSIDADE INTEGRADA DA TERCEIRA IDADE – UNITI: exemplo de parceria UFMA/ UEMA/ SESC/ Governo do Estado – SEPLAN Hortencia Gago Araújo Ezon Ferraz Filho Maria Alves Feitosa Em outubro de 1995, por iniciativa das Universidades Federal e Estadual do Maranhão, o Serviço Social do Comércio, Governo do Estado, através da Secretaria de Planejamento, foi criado o Projeto de Extensão “Universidade Integrada da Terceira Idade” – UNITI, com base na Lei 8.842 de 04 de janeiro de 1994, que estabelece a Política Nacional do Idoso. Referido Projeto objetiva maior resgatar a cidadania do idoso na tentativa de provocar na comunidade uma mudança de conceito e identidade social. O Projeto iniciou suas atividades em março de 1996 através do Curso de Formação Continuada, com duração de 01 ano, carga-horária de 280 horas, distribuídas entre disciplinas básicas e optativas (oficinas pedagógicas). A clientela constitui-se de maiores de 50 anos, tendo como um aspecto inovador a não exigência de escolaridade. O Curso baseia-se numa metodologia extensionista, dinâmica e auto-construída através de atividades sócio-educativas, esportivas, culturais, de lazer, realizadas em oficinas pedagógicas, privilegiando a experiência de vida, o prático, o reflexivo, atualizando conhecimento e incentivando o ingresso do aluno, em atividades produtivas. É aspecto inovador, a estruturação da grade curricular com a participação dos alunos num processo contínuo de avaliação, através de sondagem de interesses e opiniões, favorecendo a flexibilidade e a renovação da programação. A UNITI vem se apresentando como campo de estágio, para diferentes áreas de conhecimento: Educação Física, Medicina, Odontologia, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Psicologia, Pedagogia, Turismo, Serviço Social, Letras, História, Informática. Durante quase 10 anos os participantes têm demonstrado um grau de satisfação excelente em relação às atividades desenvolvidas, uma vez que se tornam mais politizados, conhecedores dos seus direitos e deveres, evidenciado pela demonstração do seu aperfeiçoamento individual e social. Palavras-Chave: UNITI. Cidadania. Idoso.

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 519

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A ASSESSORIA JURÍDICA E A JUVENTUDE: modificando espaços sociais Maíra de Jesus Freitas Passos; Pilar Bacellar Palhano; Márcia Daleth Gonçalves Garcez; Josimary Lima Da Silva; Rita de Cássia Pereira Souza; Alessandro Neres Lindoso; Carlos Eduardo De Oliveira Lula; Dicson Amorim Oliveira. Orientador: Mário de Andrade Macieira1

O Projeto “Juventude, Justiça e Cidadania” é uma iniciativa do Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Negro Cosme, núcleo pesquisador e extensionista do curso de Direito/UFMA, em parceria com o Instituto do Homem. O Najup Negro Cosme baseia-se no ideário da assessoria jurídica popular, distinta da assistência jurídica gratuita, optando pelo trabalho de conscientização de direitos através da educação popular. Em tal processo, a relação entre assessor jurídico e a comunidade objetiva-se igualitária, posto que há a troca de sabedorias e culturas entre os sujeitos envolvidos. O objetivo do projeto é a emancipação social do jovem, através do acesso à justiça e da efetivação dos direitos humanos e da cidadania. Para tanto, trabalha com jovens do ensino médio do Colégio Universitário–COLUN, visando incitar a reflexão crítica da juventude, para que, munida da consciência sobre direitos, busque a efetivação destes, atuando como cidadãos participativos. A sistemática do projeto é a seguinte: através de reuniões quinzenais, aos sábados, discutem-se temas relacionados ao direito e à realidade juvenil, utilizando-se dinâmicas de grupo, teatro, debates orais, músicas e poesias, artes plásticas, utilizando a metodologia da educação popular. Os resultados têm se traduzido numa postura mais crítica e reflexiva dos participantes sobre a realidade e desejo de participação e intervenção no espaço social. Conclui-se que a realidade excludente e as deficiências educacionais brasileiras, sonegam o conhecimento de direitos e garantias impedindo o exercício da cidadania. Daí a necessidade de um serviço jurídico inovador, constituindo-se espaço de reflexão acerca do direito, cidadania e direitos humanos. Palavras-Chave: Assessoria Jurídica. Juventude. Cidadania. Direitos Humanos. 1 Prof. Msc do Departamento: Direito / UFMA; Apoio Financeiro: Instituto do Homem

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PROJETO DE EXTENSÃO “DIREITO À VELHICE”: informação e amparo Rafael Lima da Costa1 Milena Sousa Lima1 Roberta Pinheiro Barros1 Orientador: Paulo Roberto Barbosa Ramos2 Considerando a relevância do fenômeno do envelhecimento na sociedade brasileira, que fez com que o Brasil deixasse de ser considerado um país eminentemente jovem para ser visto como país maduro, nós, acadêmicos de direito/UFMA, resolvemos nos engajar na luta pela conscientização do grupo de indivíduos mais atingido com essa transformação, os idosos; além de buscar esclarecer a parcela da população que os cerca da necessidade de se respeitar seus direitos e auxiliá-los no desenvolvimento pleno da sua capacidade. Assim, formamos o Grupo D.V.I.A – Direito à Velhice: Informação e Amparo. Intencionando desenvolvermos um trabalho que alcançasse os melhores resultados práticos possíveis, dividimos as atividades em três etapas. Num primeiro momento, delimitamos a área de nossa atuação, restrita à região da Vila Embratel, considerado um dos bairros mais problemáticos da cidade. Iniciamos, então, um estudo de campo visando conhecermos melhor o grupo com quem trabalharíamos através de entrevistas que nos deram a clara noção dos anseios e agruras daquele grupo. Na segunda etapa, realizamos diversas atividades, como palestras e dinâmicas de grupo, com o escopo de informar aos idosos sobre seus direitos assegurados em lei e motivá-los para uma vida mais prazerosa, entendendo que a velhice não é o fim da mesma. Visando potencializarmos a eficácia de nossas atividades, estamos elaborando uma cartilha informativa, um dos principais objetivos do projeto, que discriminará os principais direitos da população idosa, os deveres do restante da população para com os idosos e as instituições engajadas na luta pela observância dos sobreditos direitos e deveres. Na última etapa, buscaremos auxiliar efetivamente nosso público alvo, servindo como ponte entre a população idosa e os supracitados órgãos competentes para solucionar seus problemas. Com a realização desse projeto, temos certeza que estaremos retribuindo à sociedade pelo menos uma pequena parcela do seu investimento na nossa educação. Palavras-Chave: Constitucional. Idoso. Direitos. 1 Bolsista de Extensão do Curso: Direito Noturno; 2 Prof. Dr. do Departamento de Direito / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 521

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O NAJUP NEGRO COSME NO CONTEXTO DA ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR Pilar Bacellar Palhano; Igor Martins Coelho Almeida; Diana Mello Pereira; Gioliano Antunes Damasceno; Maíra de Jesus Freitas Passos; Márcia Daleth Gonçalves Garcez; Carolina Raquel Costa Ferreira Tavares; Josimary Lima da Silva; Rita de Cássia Pereira Sousa; Valéria de Souza Portugal; Alessandro Neres Lindoso; Carlos Eduardo de Oliveira Lula; Antônio Mendonça Barbosa Filho; Carlos Bruno Corrêa Aguiar; Renata dos Reis Cordeiro. Orientador: Mário de Andrade Macieira1 Formado em 2000, o Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular Negro Cosme desenvolve uma ação integrada de pesquisa e extensão. Objetiva construir um elo extensionista com a sociedade, através de ações que envolvam prioritariamente práticas político-pedagógicas em direitos humanos. Visa promover formação voltada para o engajamento político dos acadêmicos com as demandas populares. É marcado por práticas tendentes à afirmação da cidadania e da dignidade humana, sendo traço marcante o atendimento às demandas metaindividuais, com o desenvolvimento de atividades de educação e socialização do conhecimento jurídico. Possui metodologia pautada na Assessoria Jurídica Popular, destacando-se: desenvolvimento de atividades tendentes à emancipação das comunidades e sujeitos; ênfase a projetos de educação popular em direitos humanos; organização do Núcleo prioritariamente discente, com relativa autonomia quanto à estrutura departamental. Projetos atuais: “Agentes Multiplicadores de Cidadania”, na Ilhinha-São Francisco; “Direito à Moradia”; Projeto “Juventude, Justiça e Cidadania”, no COLUN. Concluídos: Curso “Agentes Populares de Direito” em parceria com SMDH; e levantamento de violações de direitos humanos em Alcântara-MA. Pesquisas: cinco monografias concluídas, três não-concluídas, uma pesquisa não-institucional, dois bolsistas-PIBIC. Plano de Estudos: Direito e Sociedade. Conclui-se que a efetivação dos direitos está intimamente relacionada com a plenitude daquilo que os instrumentaliza: o direito de acesso à justiça. Este, por sua vez, deve levar em conta a superação de barreiras de ordem econômica e outras, que subtraem multidões de tal acesso. Assim, é necessário construir uma práxis inspirada no modelo de assessoria, trabalhando não só juridicamente, mas, sobretudo político-pedagogicamente a prática do Direito nas demandas populares. Palavras-Chave: Assessoria Jurídica. Educação Popular. Cidadania. Direitos Humanos. 1 Prof. Msc. Departamento de Direito / UFMA. Apoio Financeiro: Instituto do Homem e Instituto Ekos

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EDUCAÇÃO POPULAR EM DIREITOS E DEMOCRACIA: prática de extensão na comunidade da Ilhinha – São Luís Igor Martins C. Almeida Diana Melo Pereira Orientador: Mário de Andrade Macieira1

Em 1988, por pressão dos movimentos sociais, a Constituição Federal Brasileira passou a delinear espaços de participação efetiva da comunidade a fim de que fosse garantido um espaço no Estado para que a sociedade pudesse construir sua própria história de forma direta. São exemplos desses o Orçamento Participativo e o novo Plano Diretor, além do referendo, do plebiscito e da ação popular. Porém, estes espaços ou não são ocupados, ou o são insatisfatoriamente, não atingindo suas finalidades, devido à falta de informação ou falta de cultura participativa da sociedade. Uma das formas de superar essa falta de informações e cultura de apatia é construí-las segundo métodos participativos e dialógicos, como o Método da Educação de Paulo Freire, que coloca a necessidade da construção do conhecimento como forma de desnaturalização do mundo na edificação de uma cultura que rompa os laços de opressão. Esse corpo de idéias é o que norteia as atividades do projeto “Agentes Multiplicadores de Cidadania”, do programa de extensão “NAJUP Negro Cosme”, com lideranças comunitárias na Ilhinha, em São Luís. São realizadas oficinas com base nos princípios da educação popular nas quais se discute se e como o direito pode servir às lutas populares. São enfatizados os direitos de participação nos espaços construtores de políticas públicas. Observou-se que as lideranças retransmitem as informações recebidas, formando uma grande rede. Estão menos descrentes quanto à utilização do Direito nas lutas diárias, aliando os meios institucionais e de pressão política para alcançar o que lhes pertence, lutando pela verdadeira democracia. Palavras-Chave: Assessoria Jurídica Universitária. Educação Popular. Direito. 1 Prof. Msc. do Departamento de Direito / UFMA. Apoio Financeiro: Instituto Ekos

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ESCOLHAS E DECISÕES: O planejamento familiar em questão Jocenilde Oliveira Amarall Orientadora: Selma Maria Muniz Marques da Silva2 O Programa de Planejamento Familiar é importante para a construção de uma mulher não mais inferiorizada, reconhecendo e valorizando o seu papel na sociedade. A falta de discussão sobre esse tema, principalmente pelas mulheres, tem contribuído para uma realidade dramática devido à proliferação de doenças, aborto, gravidez indesejada, e o número elevado de filhos. Foi enfocada a importância do planejamento familiar na possibilidade de contribuir para o fortalecimento da sexualidade feminina e de sua auto-estima de modo a fundamentar os seus processos de escolha e decisões. A pesquisa situou-se no campo teórico-metodológico histórico-crítico. O objeto é considerado como totalidade histórica, dinâmica, plena de contradições e compreendida em suas múltiplas determinações. Tem um desenho de pesquisa qualitativa-quantitativa. Realizou-se entrevistas semi-estruturadas com dez puérperas após leitura e assinatura do termo de aceite livre e esclarecido. Conforme os resultados obtidos 70 % das mulheres não demonstraram compreensão sobre o planejamento familiar e nunca participaram do programa, as demais, entenderam que ajuda a planejar, prevenir contra doenças, evitar filhos e orientar sobre relacionamentos e uso de métodos contraceptivos. A grande maioria das mulheres demonstrou perceber o planejamento familiar como uma prática distante, quase inacessível. Mais que uma prática contraceptiva, este deveria expressar a autonomia e independência dessas mulheres em termo de conhecimentos biológicos e de suas necessidades sexuais e reprodutivas. Palavras-Chave: Relações de gênero. Direito reprodutivo. Planejamento familiar. 1 Discente do Curso de Serviço Social; 2Profª do Departamento de Serviço Social / UFMA

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UM ESTUDO SOBRE A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DOS MORADORES DA COMUNIDADE NEGRA RURAL DE ITAMATATIUA – ALCÂNTARA, MA: Perspectivas e desafios. Cecília Ruth B. da Silva1 Suely Cordeiro Abreu1 Isidoro Cruz Neto2 Este trabalho se consubstanciou na interação com o projeto multi e interdisciplinar Calú, que durante sua atuação em Itamatatiua, Alcântara-MA, observou que um dos principais problemas dessa localidade é a precariedade das políticas publicas existentes. Com base nesta problemática, este trabalho tem por objetivo analisar a forma de organização política da comunidade, aprendendo as perspectivas e desafios concernentes ao processo de cidadania e as melhorias das condições de vida. Utilizou-se o método crítico dialético, e para a obtenção de dados fez-se: entrevistas semi-estruturadas; observações sistemáticas; pesquisas de campo bibliográficas; e reuniões com moradores. A partir das grandes reuniões com moradores e das atividades individualizadas, obteve-se um amplo movimento de participação e envolvimento dos comunitários no seu processo de conscientização e organização coletiva por melhores condições de vida. É na luta organizada e coletiva que os agentes sociais subalternizados, expressam-se qualitativamente como atores e autores da sua própria história. Palavras-Chave: Organização Política. Condições de Vida. Comunidade Negra Rural. 1 Graduandas em Serviço Social – UFMA; 2 Prof. Ms do Curso de Educação Física – UFMA

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PROJETO SABER VIVER: proposta curricular de prevenção à violência sexual Cláudia Rejane Fontes Melo de Oliveira1

Nubia de Cássia C. de Oliveira2

O Projeto Saber Viver, coordenado pelo GACC, é resultado de uma articulação entre OG’s e ONG’s, representadas pela Rede Amiga da Criança, que atendem crianças e adolescentes em situação de risco, para estimular por meio de formação à comunidade escolar da rede municipal, a inclusão do tema violência sexual – abuso e exploração sexual infantil, nos projetos político-pedagógicos destas instituições das áreas Itaqui, Centro, Cidade Olímpica e Turu; bairros que lideram o número de denúncias em São Luís, conforme dados dos Conselhos Tutelares, cedidos ao GACC. A operacionalização se deu por etapas de: diagnóstico e formação para: educadores sociais; a formação de cerca de 840 crianças e adolescentes da 5ª a 8ª séries, encontra-se em fase de implementação as 64 oficinas com duas horas de duração e também para 160 lideranças comunitárias; a etapa de formação dos professores se dará pelo CDMP – com o curso Rompendo o Silêncio. Os resultados serão avaliados pela equipe de coordenação, que monitora o desenvolvimento de cada etapa e que dá indícios promissores ao alcance de seus objetivos, quanto à inclusão do tema nos projetos político-pedagógicos das escolas municipais. A importância desse projeto ainda inconcluso, pauta-se no poder transformador expressado em um currículo comprometido com o saber viver de seus comunitários, na construção de sujeitos protagonistas de sua história. SIGLAS: GACC – Grupo de Apoio à Comunidades Carentes do Maranhão; CDMP – Centro de Defesa Padre Marcos Passerine. Palavras-Chave: Violência doméstica. Violência sexual. Protagonismo infanto-juvenil. 1 Curso de Pedagogia; 2Coordenadora, Profª do Departamento de Educação / UFMA. Apoio Financeiro: CHILDHOOD - Instituto WCF – Brasil

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1° Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMA – II SEMEX

RELAÇÕES SÓCIO-PEDAGÓGICAS EM ESCOLA COMUNITÁRIA DA VILA EMBRATEL Francisco Azevedo Berredo Júnior; Maria Gorete Marinho Pereira; Marizélia Rodrigues Costa Ribeiro; Débora Sousa Algarves; Carla Fernanda Moraes Alves; Keila Cristina Viana Cantuário. Orientadora: Maria de Fátima Costa Lobão1

Relações sócio-pedagógicas em uma escola comunitária do bairro da Vila Embratel (São Luís-Maranhão). Coleta dados entre julho e setembro de 2004, com todos os 4 docentes/administrativos e 5 familiares de nove crianças, do total de 15 alunos. Aplica questionário, entrevista semi-estruturada e realiza observação. Detecta relação entre professores e alunos com idades entre 8 e 11 anos fundamentada, principalmente, na autoridade: “...Quando eles estão mais agitados... Eu digo que vou deixar eles um pouquinho mais tarde... Sempre digo que vou conversar com os pais...”. Demonstra afetividade para crianças com idades entre 3 e 6 anos: “... A gente sente mais dificuldade em se aproximar das crianças maiores. Das pequenas, não. Elas são amorosas...”. Evidencia distanciamento entre familiares de alunos na faixa etária de 8 a 11 anos e professores, a partir da percepção docente: a) “... A minha parte, assim né?... Que é do reforço, eu não tenho, assim, comunicação com os pais. Porque os pais deles não vem na escola. A gente não tem uma boa comunicação”. Expõe familiares não questionarem esse distanciamento. Demonstra a percepção de “boa relação” entre familiares e professores de crianças entre 3 a 6 anos: “A relação é boa, porque todos os dias eles trazem, né?... Os recados, também, todos são dados. Comunicação boa”. Desvenda compreensão docente da escola ser, para os pais, opção para manter as crianças ocupadas. Desvenda professoras reconhecerem falta de ações motivadoras para a participação dos alunos nas atividades. Conclui necessidade de maior interação entre escola e famílias.

Palavras-Chave: Educação Infantil. Escola comunitária. Extensão Universitária. Relações Sociais. Processo Ensino-Aprendizagem. 1 Pedagoga. Instituições: Núcleo de Extensão da Vila Embratel - UFMA / PLAN BRASIL.

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 527

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SEXUALIDADE: um olhar para as adolescentes assistidas na Maternidade Marly Sarney. Jeanne Silveira Nascimento Orientadora: Selma Maria Muniz Marques da Silva1

A sexualidade é um fato sócio-histórico irreversível que não é uma simples adaptação às transformações corporais, mas um importante período no ciclo vital, onde ocorre tomada de posição social, familiar, sexual e entre o grupo, no qual a identidade está sendo reestruturada nos aspectos emocional, psicológico, hormonal e social. O presente estudo monográfico pretendeu construir subsídios para repensar e reconstruir a sexualidade vivenciada pelas adolescentes, assim como, estudar as estratégias de compreensão e possibilidades de emancipação sexual da mulher, como forma de mostrar a sexualidade como um direito. A pesquisa situou-se no campo teórico-metodológico histórico-crítico. O objeto é considerado como totalidade histórica, dinâmica, plena de contradições e compreendida em suas múltiplas determinações. Tem um desenho de pesquisa qualitativa sustentada na compreensão e interpretação das percepções das adolescentes sobre sua sexualidade. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com dez adolescentes após leitura e assinatura do termo de aceite livre e esclarecido. Os resultados obtidos verificaram que as adolescentes expressaram concepções sobre sexualidade como sinônimos de: sexo, procriação, romantismo e sensualidade. Sobre sexo manifestaram como condicionado à gravidez e como necessidade orgânica. As adolescentes percebem a sexualidade como vivência de práticas sexuais que conduz à maternidades vivenciadas na maioria dos casos analisadas, de forma solitária e que expressa o distanciamento destas dos direitos sexuais e reprodutivos garantidos na sociedade brasileira. Palavras-Chave: Adolescência. Sexualidade. Gravidez. 1 Profª do Departamento de Serviço Social / UFMA

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 528

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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NO BAIRRO DA VILA EMBRATEL: dor privada, assunto público. Welma Sousa Santos; Silvane Magali Vale Nascimento; Maria de Jesus Torres Pacheco Orientador: Silvane Magali Vale Nascimento O interesse em estudar as manifestações da violência doméstica contra a mulher no bairro da Vila Embratel surgiu a partir da nossa experiência de estágio extracurricular no Núcleo de Extensão da Vila Embratel – NEVE. O trabalho tem como objetivo identificar e analisar as situações vivenciadas frente à violência doméstica contra a mulher, suas causas e expressões mais freqüentes e, demonstrar as atitudes das mulheres frente à violência doméstica. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: levantamento bibliográfico e documental; elaboração e aplicação de questionários; entrevistas; contatos e conversas informais com as entrevistadas. Para caracterizar o público-alvo utilizou-se de critérios como: faixa etária (adolescentes e/ou adultas), nível sócio-econômico, escolaridade, local de moradia (residentes na Vila Embratel), e participação e assiduidade no Projeto Planejamento Familiar do Núcleo de Extensão da Vila Embratel – NEVE, totalizando 10% das inscritas no projeto. Acreditamos que este estudo representa uma pequena contribuição para o avanço do conhecimento com relação à violência doméstica contra a mulher, ao ultrapassar a simples descrição de fatos e analisar as falas dos sujeitos, trazendo a luz à compreensão da realidade estudada, participando, assim, do desafio de construir o saber. Palavras-Chave: Violência. Violência doméstica. Mulher.

Cadernos de Pesquisa, Vol 15, supl 1-2; 2004 529