ciÊncia, tecnologia e inovaÇÃo livro verde

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Desafio para a sociedade brasileira Livro Verde Brasília, Julho 2001 Coordenadores Cylon Gonçalves da Silva Lúcia Carvalho Pinto de Melo Ministério da Ciência e Tecnologia Academia Brasileira de Ciências

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CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃODesafio para a sociedade brasileira

Livro Verde

Brasília, Julho 2001

Coordenadores

Cylon Gonçalves da SilvaLúcia Carvalho Pinto de Melo

Ministério da Ciência e TecnologiaAcademia Brasileira de Ciências

2001 Projeto Diretrizes Estratégicas para Ciência, Tecnologia e Inovação - Projeto DECTITodos os direitos reservados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Os textos contidos nesta publicação, desde que não usados para fins comerciais,poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos. As imagens não podem ser reproduzidas, transmitidas ou utilizadas, sem expressaautorização dos detentores dos respectivos direitos autorais.

Ministro de Estado da Ciência e TecnologiaEmbaixador Ronaldo Mota Sardenberg

Secretário ExecutivoCarlos Américo Pacheco

Presidente da Academia Brasileira de CiênciasEduardo Moacyr Krieger

Coordenação Geral do Projeto DECTICylon Gonçalves da SilvaLúcia Carvalho Pinto de Melo

Ministério da Ciência e Tecnologia – MCTEsplanada dos Ministérios, Bloco E70067-900, Brasília – DF, Brasilhttp://www.mct.gov.br

Ciência, tecnologia e inovação: desafio para a sociedade brasileira- livro verde / Coordenado por Cylon Gonçalves da Silva e Lúcia

Carvalho Pinto de Melo. – Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia /Academia Brasileira de Ciências. 2001.

250p. : il ; 23 cm.

ISBN: 85-88063-03-4

1. Ciência – Tecnologia – Inovação. 2. Conhecimento.3.Qualidade de Vida. 4. Desenvolvimento Econômico. 5. DesafiosEstratégicos. 6. Desafios Institucionais. I. Silva, Cylon Gonçalves da. II.Melo, Lúcia Carvalho Pinto de. III. Brasil. Ministério da Ciência e Tecnologia.IV. Academia Brasileira de Ciências.

CDU 301.15:004(81)

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2001Impresso no Brasil

Livro Verde

Coordenação GeralCylon Gonçalves da Silva – LNLS/ABTLuSLúcia Carvalho Pinto de Melo – MCT e FJN

Grupo de Concepção e RedaçãoAntonio José Junqueira Botelho – PUC-RioAntônio Márcio Buainain – Unicamp, CoordenadorRuy Quadros de Carvalho – UnicampSérgio Salles Filho – Unicamp e Finep

Colaboradores do Projeto DECTIA equipe de redação do Livro Verde contou com especial apoio dasseguintes pessoas:

Alfredo H. Costa Filho – UnescoCarlos Henrique Cardim – CEE/MCTFlávia Maia Jesini – UnBGuilherme Euclides Brandão – MCTHenriqueta Borba – UnescoIone Egler – MCTLeonardo R. Genofre – UnBReinaldo Ferraz – MCTRoberto Medeiros – LNLSSandra Holanda – MCTSimone H. Cossetin Scholze – MCTSinésio Pires Ferreira – MCT

Documentos Técnicos de SubsídioO Livro Verde beneficiou-se de documentos, notas técnicas econtribuições escritas preparadas, a pedido da coordenação geral, peloscolaboradores a seguir relacionados:

Abraão Benzaquem Sicsu – FJNAdemar Ribeiro Romeiro – Unicamp e EmbrapaAdriano Dias – FJNAkira Homma – FiocruzAlice Rangel de Paiva Abreu – CNPqAna Lúcia Delgado Assad – MCTAndré Furtado – UnicampÂngelo Pavan – IBGECarlos Henrique de Brito Cruz – FapespCarlos Nassi – UFRJCarlos Nobre – CPTEC/InpeCarlos Vogt – UnicampCelso José Monteiro Filho – IBGECelso Pinto de Melo - UFPe e CNPqDébora Mello – UnicampEduardo Moacyr Krieger – Incor e Academia Brasileira de CiênciasElísio Contini – EmbrapaElizabete Rondelli – UFRJElói de Souza Garcia – MCTEugênio Neiva, ConsultorEvando Mirra de Paula e Silva – CNPqFernando Galembeck – UnicampFrancisco Ariosto Holanda – Secretário da Ciência e Tecnologia/CearáFrancisco César de Sá Barreto – UFMGGuilherme Euclides Brandão – MCT

Henrique Lins de Barros – MAST/MCTIone Egler – MCTJoão Alziro Herz da Jornada – InmetroJoão Batista Dias de Paiva – UFSMJoão Carlos Ferraz – UFRJJoel Weisz – FinepJosé Carlos Albano do Amarante – IMEJosé Galízia Tundisi – Instituto Internacional de EcologiaJosé Maria da Silveira – UnicampLeopoldo de Meis – UFRJLuiz Fernando Vieira – EmbrapaLuiz Gylvan Meira Filho – AEB/MCTLuiz Pinguelli Rosa – UFRJLuiz Tomáz Carrilho T. Gomes – MCTMárcio de Miranda Santos – Embrapa e CGE/MCTMaria Antonia Gazzeolli – Unicamp e Ministério da EducaçãoMariza Barbosa – EmbrapaMaurício Antonio Lopes – EmbrapaMaurício Compiani – UnicampMaurício Otávio Mendonça Jorge – MCTMichelangelo Trigueiro – UnBMurilo Flores – EmbrapaNelson Brasil – AbifinaPaulo Arruda – UnicampPaulo Roberto Tosta – FinepPedro Wongtschowski – OxitenoRegina Gusmão – FapespReinaldo Dias Ferraz de Souza – MCTRenato Janine Ribeiro – USPRex Nazareth Alves– IMERoberto Bernardes – Fundação Seade/SPRogério Meneghini – LNLSRui de Araújo Caldas – MCTSandra Holanda – MCTSelma Leite – UFPASérgio L. A. de Queiróz – UFRJSérgio Neves Monteiro – UENFSidney Mello – UFFSilvia Figueiroa – UnicampSílvio Zancheti – UFPeSimon Schwartzman – AIRSimone H. Cossetin Scholze – MCTSinésio Pires Ferreira – MCTStefan Bodgan Salej – FiemgWaldimir Pirró y Longo – Observatório Nacional/MCT e UFF

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Abílio Afonso Baeta Neves – Presidente, CapesAdalberto Luiz Val – INPAAdalberto Vasquez – CapesAdão Vilaverde – SCT/RSAfonso Carlos Correa Fleury – USPAlaíde Mammana – ITI/MCTAlberto Duque Portugal – Presidente, EmbrapaAlberto Pereira de Castro – Diretor-Presidente, IPT/SPAlcir Monticelli – UnicampAleksandra Reis – EmbraerAlessandra Beatriz Rodrigues de Castro – MCTAlexandre Camargo Coutinho – EmbrapaAna Curi – MCTAna Francisca Fernandes Corrêa – MCTAna Lúcia Gazzola – UFMGAna Maria Martins – IEA/CTAAna Maria Sampaio – IELAna Paula Saint´Clair – CNEN/MCTAnderson Lopes de Moraes – MCT/CGEAndré Amaral Araújo – Diretor, FinepAndréa Koury Menescal – CNPqAndréa Lessa – INT/MCTAndres Trancoso Vilas – CGE/CTHidroÂngela Maria Cohen Uller – UFRJÂngela Paulista – MCTAngelo Pavan – IBGEAntonio Afonso Lamounier – Trópico TelecomunicaçõesAntonio Carlos de O. Barroso – Diretor, CNENAntonio Figueiredo – MECAntônio Gomes Cordeiro – CNEN/MCTAntonio OliveiraAntonio Sérgio Pizzarro Fragomeni – MCTArmando Dias Mendes – UFPAArmando Mariante de Carvalho – InmetroArmando Mendes – UFAMCarlos A. Dompieri – ex-Presidente, FinepCarlos Alberto Eiras Garcia – Reitor, FURGCarlos Cruz – CNPq/MCTCarlos Eduardo Morelli Tucci – UFRGS e CGE/CTHidroCarlos Gastaldoni – BNDESCarlos Lombardi – MCTCarlos Oití Berbert – MCTCarlos Roberto Colares Gonsalves – MCTCarlos Z. Ignácio Mammana – ITI/MCTCélia Bona – CBPF/MCTCélia Poppe – FinepCélio Andrade – LNA-MCT

Contribuições

Ao longo de mais de 10 meses de trabalho para elaborar o Livro Verde, o Grupo de Concepção e Redação se beneficiou de comentários técnicos,sugestões, críticas, entrevistas, apoio técnico-administrativo e, mesmo, de puro estímulo da parte de incontáveis pessoas no País e no exterior, emreuniões formais e informais, inclusive via internet. Muitos participaram ativamente de um conjunto de reuniões de trabalho sobre os cinco temascentrais que compõem a estrutura do Livro. Outros comentaram versões preliminares do documento, sugerindo modificações e também possibilitaramobter imagens utilizadas no Livro.

Na tentativa de dar o merecido crédito e registrar os justos agradecimentos ao maior número possível de colaboradores, optou-sepor listar o nome de todos que contribuíram, sem distinção de papel ou posição, para o Livro Verde:

Celso Barbosa – AnpeiCelso Cruz – FinepCelso José Monteiro Filho – IBGECelso Pinto – Jornal O ValorCharlote Stephanie – FinepClaudenicio Ferreira – UnicampCláudia Diogo – CNPqCláudia Penha – MAST/MCTCláudia Regina de Almeida Souza – CNEN/MCTClaudio Cavalcanti Ribeiro – Secretário de Ciência e Tecnologia/ParáCláudio de Almeida Loural – CPqDCláudio Soligo Camerini – PetrobrasClovis Andrade Junior – MCTCristiano de Lima Logrado – MCT/CGE/CTEnergCristina Clark – Fiocruz/MSCristina Tavares – Fiocruz/MSDalci Maria dos Santos – MCT/CGEDominique Ribeiro – UFRJDonald Sawyer – MCTDurval Costa Reis – MAST/MCTEdmundo Antonio Taveira Pereira – MCTEdson Vaz Musa – EVM ConsultoriaEdvaldo Fonseca – IPENElaine Rose Maia – CEE/MCTEliana de Souza Lima – EmbrapaEliane Oliveira – UnifespElisa Pereira Reis – UFRJElizabeth Babachevski – USPElizabeth Pinto Guedes – FinepEric Jan Roorda – ProcompÉrica Batista Vargas – MCTEsper Abrão Cavalheiro – MCTEugenio Emílio Staub – Presidente, GradienteFábio Celso Macedo Soares – FinepFábio Erber – UFRJFábio Veras – FiemgFernando Cunha – FapespFernando Luís de Castro Miquelino – CPqDFernando Luz – MCTFernando Nery – Módulo InformáticaFernando Varejão Freire – MCTFrancisco Mauro Salzano – UFRGSFrancisco Romeu Landi – FapespFrançois René – MCTGabriela Campos Teixeira – MCTGeraldo Falcão – PetrobrasGerson E. Ferreira Filho – ex-Presidente, Finep

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Gilberto Câmara – INPEGilberto M. Januzzi – MCT/CGE/CTEnergGlaci Terezinha Zacan – UFPrGláucia Maria Cleibe de Oliveira – MCTGlaucius Oliva – USPGuilherme Emrich – BiobrásHelenise Brant – MCTHélio Guedes de Campos Barros – MCTHenrique Lins de Barros – MAST/MCTHerman Wever – Presidente, SiemensHernan Chaimovich G. – Pró-Reitor, USPHugo Fragnito – UnicampHulda Gesbrecht – AbiptiHumberto S. Brandi – UFRJIrma Rosseto Passoni – ex-Deputada FederalIsa Helena O. G. de Almeida Pereira – MCTIsabel Tavares – CNPqIsaias de Carvalho Macedo – CoopersucarIvone P. Mascarenhas – USP São CarlosJ. P. von der Weid – Pipeway Engenharia Ltda.Jacob Palis Junior – Diretor, IMPAJacques Marcovitch – Reitor – USPJeter Bertoletti – Museu de Ciência e Tecnologia/PUCRSJoão Batista Dias de Paiva – UFSMJoão Carlos Brum Torres – UFRGSJoão Evangelista Steiner – MCTJoão F. Gomes de Oliveira – Diretor, NUMA e USP São CarlosJoão Furtado – UnespJoão Lucas Marques BarbosaJoão Metello de Mattos – MCT/CGE/CTHidroJoão Paulo dos Reis Veloso – Presidente, INAEJoão Roberto Rodrigues Pinto – MCT/CGE/CTEnergJorge Ávila – Diretor, FinepJorge Pereira da Silva – INT/MCTJosé Antônio Pimenta Bueno – PUC-RioJosé Augusto Coelho Fernandes – CNIJosé Augusto Pereira da Silva – Pipeway Engenharia Ltda.José Carlos Albano do Amarante – IMEJosé Carlos Gomes Costa – MCT/CGE/CTEnergJosé Claudio Castoldi – Replan/PetrobrasJosé D’Albuquerque e Castro – UFRJJosé Domingos Miguez – MCTJosé Eduardo Cassiolato – UFRJJosé Elio Trovatti – CPqDJosé Ellis Ripper Filho – ASGAJosé Gilberto Aucélio – MCTJosé Graça Aranha – INPIJosé Guilherme Ribas Sophia Franco – LNLSJosé Márcio Correa Ayres – MCTJosé Maria Cardoso da Silva – UFPeJosé Mauro dos Santos Esteves – Presidente, CNENJosé Murilo Costa Carvalho Júnior – MCTJosé Paulo Silveira – MPO/SPIEJosemar Xavier de Medeiros – MCT/CGE/CTEnergJucilene Gomes Pereira – Ibict/MCTJúlio Cezar Rodrigues Martorano – CPqDJurandir Fernando Ribeiro Fernandes – UnicampKátia Godinho Gilaberte – MCTKatia Lanes – CNEN/MCTKurt Politzer – Abiquim

Ladislau Cid – EmbraerLaila Dantas – Ibict/MCTLauro T. G. Fortes – AEB/MCTLeila Mendonça Raulino - SocinfoLélio Fellows – CNPqLeonor M. Câmara – MCTLeopoldo de Meis – UFRJLilian Bayma de Amorim – Museu Goeldi/MCTLindaura Campos de Faria - FinepLívia Barbosa – UFFLívio Amaral – UFRGSLuis Carlos Mendonça de Barros – Presidente, MBGLuís Valcovi Loureiro – Capes/MECLuiz Bevilacqua – LNCC/MCTLuiz Carlos Joels – MCTLuiz Carlos Scavarda do Carmo – PUC-RioLuiz Cláudio Braz – CNEN/MCTLuiz Claudio Marigo – MamirauáLuiz Hildebrando Pereira da Silva – CepemLuiz Marques Couto – MCTLuiz Roberto Liza Curi – MECLynaldo Cavalcanti de Albuquerque – AbiptiM. Dalila T. Andrade – EmbraerManoel Abílio de Queiróz – EmbrapaManoel Barral Netto – UFBA e FiocruzMarcelo Coelho – Folha de S. PauloMarcelo Juni Ferreira – LNLSMárcia Maro da Silva – MCTMarco Antonio Raupp – Diretor – LNCCMarco Aurélio Garcia – Secretário Municipal da Cultura/SPMargarida Maria Pion da Rocha Paranhos – MCTMaria da Graça Duarte Ramos – CNPqMaria das Graças Nunes – N.I. Lingüística ComputacionalMaria Isabel Fonseca – MCTMaria Isabel Tavares – CNPqMaria José Gazzi Salum – UFMGMaria Laura da Rocha – MCTMaria Lúcia Horta – FinepMaria Luiza Braz Alves – MCTMaria Sílvia Dipietro – USPMaria Sylvia Romero Derenusson – MCTMariana Barnes Small – CEE/MCTMarileusa D. Chiarello – MCTMarilia Giovanetti de Albuquerque – MCTMariluce Moura – FapespMário Araújo – CCT/UFPBMário Dias Ripper – PUC-RioMarisa Barbar Cassim – MCTMarta Kühl – Trópico TelecomunicaçõesMaura Pacheco – FinepMaurício Nogueira Frota – PUC-RioMauro Marcondes – FinepMauro Miagute – FiespMoema Soares de Castro – CCT/UFPBMoema Tavares da Costa – SocinfoMonica Berton – ITI/MCTMonica da Silva Fernandes – INT/MCTMúcio Roberto Dias – AEB/MCTNassim Gabriel Mehedff – MTNelson Simões – RNP

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Nilton Marlúcio de Arruda – Cenpes/PetrobrasOnildo João Marini – MCT/CGE/CTHidroOrestes Marracini Gonçalves – USP e ABNTOscar Cordeiro Neto – CGE/CTHidroOswaldo Biato – MREOswaldo Cruz – CPqDPaula Regina Kuser – CBME/LNLSPaulo César Gonçalves Egler – ABCPaulo Cesar Silva – LME/LNLSPaulo de Goes – ABCPaulo Escada – INPE/MCTPaulo Estevão Cruvinel – Diretor, EmbrapaPaulo Haddad – Presidente, PhorumPaulo Kliass – MCTPaulo Sizuo Waki – MCTPedro Carajilescov – UENF e ANEPedro Wilson Leitão Filho – FunbioPlínio Asmann – IPT/SPRaimundo Aroldo Silva Queiróz – CEE/MCTRaimundo Tadeu Corrêa – MCTRamiro Wahrhaftig – Secretário de C&T e Ensino Superior/ParanáRegina Célia França – AEB/MCTReinaldo Fernandes Dana – MCTReinaldo Guimarães – UERJRenato Baumgratz Viotti – MCTRoberto Freire – SenadorRoberto Pinto Martins – MCTRoberto Sbragia – USPRogério Henrique de Araújo Júnior – IbictRogério Mamão Gouvêa – CNEN/MCTRômulo Ângelo Zanco Filho – CPqDRonaldo Cardoso Lemos – ITIRonaldo Seroa Mota – IPEARubens Amador – MCTRui Albuquerque – UnicampRuy Coutinho do Nascimento – BNDESSandoval Carneiro – UFRJSandra Fernandes – PetrobrasSérgio Besserman Vianna – Diretor, IBGESérgio Danilo J. Pena – UFMGSérgio F. G. Bath – MRESérgio Haddad – Presidente – AbongSérgio Machado Rezende – UFPeSérgio Mascarenhas de Oliveira – Presidente, IEASérgio R. R. Queiróz – UnicampSteferson Faria – PetrobrasSueli Maffia – Ibict/MCTSuely Martins da Silva – MCTTânia Mendes – CGE/MCTTatiana Pires – CEE/MCTTereza Simpson – FinepTomás Bruginski de Paulo – MCTVanda Regina T. Scartezini – MCTVania Gurgel – CNPq/MCTVera Marina da Cruz e Silva – FinepVera Pinheiro – MAST/MCTVilmar Faria – PR/GAP/AEPRVilson Nava – Fundação CPqDWalter Bartels – AIEBWilson Suzigan – Unicamp

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APRESENTAÇÃO

O Livro Verde da Ciência, Tecnologia e Inovação,que apresento, resulta de amplo debate, coordenadopelo Ministério da Ciência e Tecnologia, acerca dopapel do conhecimento e da inovação, na aceleraçãodo desenvolvimento social e econômico do País.

Ao resgatar a trajetória da Ciência e Tecnologia brasi-leira e estimular a reflexão sobre seu futuro, o LivroVerde traz à luz os sólidos alicerces em que se fun-dam seus avanços contemporâneos. Explicita, sobre-tudo, valiosos elementos da visão estratégica quehoje orienta a sustentação e a ampliação do esforçonacional em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I),como condição necessária de desenvolvimento, bem-estar, justiça social e de exercício da soberania.

O presidente da República, professor Fernando Hen-rique Cardoso, desde o primeiro momento, associou-se diretamente à dinâmica de transformação e atua-lização da C&T e, ao liderar esse movimento, orien-tou o governo como um todo para que apoiasse osesforços que ora ingressam em nova etapa, para aqual o Livro Verde funciona com verdadeira portade entrada.

Mais do que veicular a opinião do Ministério da Ciên-cia e Tecnologia, este Livro reflete e sintetiza o diá-logo aberto, de âmbito nacional, entre o Ministério ea sociedade em suas diversas esferas interessadas nofuturo da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil.Mais de um ano transcorreu entre as primeiras dis-cussões sobre a necessidade e viabilidade deste exer-cício, a concepção, a preparação e a publicação des-te Livro. Um prazo ao mesmo tempo longo e curto.Longo, dada a premência de discussão desses temas,

e curto, dada a magnitude da tarefa. A preparação doLivro beneficiou-se de um amplo processo – aindaem curso – de consultas, do qual vêm participandolideranças políticas, empresariais, acadêmicas e dogoverno. Nesta primeira etapa, foram realizadas cin-co reuniões de trabalho sobre os temas centrais destedocumento e entrevistadas mais de cinqüenta perso-nalidades de destaque, em uma rica troca de idéias eno propósito comum de buscar consensos. No total,mais de uma centena de pessoas foram ouvidas, e seuscomentários, sugestões e contribuições diretas para oLivro foram incorporadas a este debate.

O Livro Verde é também um instrumento de trabalho.Serve como uma das principais bases para os debatesda Conferência Nacional da Ciência, Tecnologia e Ino-vação, tendo em vista a elaboração de Diretrizes Es-tratégicas, com o horizonte temporal até 2010. Diretri-zes, neste sentido, constituem orientações de ordemgeral, formuladas dentro de princípios realistas, e com-prometidas com as necessidades nacionais; estratégicassão elas, por se pautarem pela capacidade de planeja-mento, visão de futuro e de projeto nacional, com fococlaro e voltado para resultados.

Neste momento de transição para realizações aindamais significativas por parte da ciência e tecnologiabrasileiras e sua integração definitiva na agenda so-cial, política e econômica do País, a adoção de Dire-trizes Estratégicas faz-se não apenas oportuna, masnecessária.

O Livro Verde foi concebido para ser utilizado pe-los participantes da Conferência Nacional e por todosos que se envolverem na discussão das Diretrizes

APRESENTAPRESENTAPRESENTAPRESENTAPRESENTAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃOAÇÃO

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Estratégicas. Não se trata de simples documento dereferência, pois é substantivamente orientado e em-bute avaliações do que poderá vir a ser a CT&I bra-sileira. Supõe um percurso positivo e tem inegáveisintenções e conseqüências políticas.

Tomado no conjunto, o Livro Verde divulga varia-díssimos elementos de informação que, no essen-cial, substanciam a percepção de que a sustentaçãodo esforço nacional de CT&I não só é imprescindí-vel, mas tem viabilidade na emergente ordem inter-nacional. O papel da CT&I, nessa ordem, diz res-peito à aceleração da produção do conhecimento eda inovação; mas também é sua vocação tornar-se oprincipal fator de agregação de valor a produtos, pro-cessos e serviços. A ordem internacional abriga atendência no sentido da concentração do saber, dosaber-fazer e da introdução de produtos sofisticadose inovadores no mercado mundial.

As conquistas no avanço do conhecimento e das tec-nologias indicam possibilidades objetivas de o Paíscolocar-se, de forma satisfatória, no seio dessa or-dem, de modo a aproveitar as oportunidades inter-nacionais existentes e evitar suas disfunções. Essepapel da CT&I refere-se, portanto, à necessidade deacompanhar e, na medida do possível, participar doque se passa nas fronteiras avançadas do conheci-mento e das tecnologias de ponta; refere-se à buscada excelência e da qualidade da pesquisa; ao cum-primento das vocações nacionais e regionais brasi-leiras; ao atendimento dos reclamos da sociedade,no quadro da correção dos desequilíbrios e da obten-ção de melhor qualidade de vida para todos; às neces-sidades do setor produtivo, em termos de superaçãodo déficit tecnológico nacional, e dos novos modosde organização, gestão e financiamento da CT&I noBrasil. Tampouco descuida da necessária internaliza-

ção das informações sobre o País existentes em cen-tros de pesquisa no exterior e dos novos limites eoportunidades da cooperação internacional emCT&I.

O Livro Verde demonstra não a ruptura com o pas-sado, mas sua superação, em processo que está deci-didamente em curso em nossos dias. Evidência dissoé o apoio prestado pelo Ministério da Ciência e Tec-nologia (MCT) a áreas de impacto social e econômico– desde os programas de biotecnologia, tecnologiasda informação, nanotecnologias, materiais especiais,ciência e tecnologia do mar, pesquisa e aplicaçõesespaciais, até projetos inovadores recentes, como osde combate à violência e em prol da segurança pú-blica, de apoio da C&T à comunidade negra, alémda iniciativa de atração e fixação de pesquisadoresconduzida pelo Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (CNPq).

Nesse quadro, é crescente a obsolescência da pro-blemática tradicional da CT&I brasileira e a emer-gência de novas e desafiadoras questões. Sua agendase renova a grande velocidade e a aceleração da pro-dução de artigos indexados e o rápido crescimentonos números relativos à formação de doutores/anoindicam, de forma inequívoca, que estamos no ca-minho certo e vamos alcançar nossas metas.

Em anos recentes, tornou-se muito mais nítida a per-cepção da importância da ciência e tecnologia e da am-pliação dos objetivos da respectiva política nacional.Os recursos disponíveis para a pesquisa e desenvolvi-mento (P&D) aumentaram significativamente. Cria-ram-se novos instrumentos de financiamento da pes-quisa, organizou-se um novo e arrojado quadro jurídicoe institucional, e a inovação tecnológica aparece comoobjetivo central dos esforços nacionais. Em paralelo

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ao estabelecimento de laços mais robustos com a co-munidade científica – convidada, de forma sistemática,a integrar comitês científicos, comitês de seleção deprojetos e comitês de busca, a participar na elaboraçãode editais, bem como no exame de políticas públicas –,objetivou-se também intensificar a participação do se-tor privado nos investimentos em P&D.

A implantação de novos instrumentos financeiros,sobretudo os fundos setoriais, recebeu grande im-pulso, tendo-se fixado objetivos mais amplos, maiscomplexos e mais definidos, com ênfase no foco, nabusca de resultados, na gestão compartilhada e trans-parente. A perenização do Fundo Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)permitirá estabilidade dos recursos, há muito reivin-dicada pela comunidade científica. Outros avançosrecentes de grande importância – devidamenteregistrados no Livro Verde – dizem respeito à estrutu-ração de redes nacionais e regionais, ao apoio à incu-bação de empresas e ao capital de risco, à ênfase nosestudos prospectivos, acompanhamento e a avalia-ção, ao fortalecimento dos sistemas locais de inova-ção, com foco nas cadeias produtivas.

Um campo que também merece atenção especial dizrespeito ao desenvolvimento institucional. Com a incor-poração da Comissão Nacional de Energia Nuclear(CNEN) e da Agência Espacial Brasileira ao MCT, osistema torna-se mais complexo, mais eficiente e maisintegrado. Esse processo avança, nestes dias, com acriação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, areforma dos institutos do MCT e a criação dos novosInstitutos do Milênio em áreas estratégicas para o esforçonacional de pesquisa. Nesse campo, a importância daatuação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia(CCT) traduz-se, inter alia, na nova ênfase hoje conferidaàs ações de prospecção.

No plano da legislação afeta à CT&I, alcançaram-se tam-bém progressos consideráveis, com a aprovação no Con-gresso – com agilidade e apoio pluripartidário – das leisque estabeleceram os fundos setoriais. Outras iniciativaslegislativas relevantes se referem às áreas de propriedadeintelectual (patentes, novos cultivares, software e topo-grafia de circuitos integrados), às novas leis de Informá-tica, de Acesso à Biodiversidade, de Biossegurança. Asfuturas Leis da Inovação e de recuperação dos incentivosà P&D privada serão, em breve, levadas ao debate público.

Com o intuito de acompanhar o ritmo de avanço daCT&I mundial, o Brasil começa a instalar e ampliar acapacidade de buscar, ao mesmo tempo, variados macro-objetivos. Deram-se os primeiros passos em direção àuma política suficientemente flexível e a uma gestão sistê-mica e abrangente, capazes de abrigar atividades atérecentemente consideradas, em larga medida, antagô-nicas ou mutuamente excludentes, como a equivocadae ultrapassada antinomia entre ciência básica e tecno-logia.

A um só tempo, fortalece-se a pesquisa e recupera-se o déficit nacional de desenvolvimento tecnológi-co; estimulam-se a indução e a espontaneidade napesquisa básica; buscam-se excelência, qualidade erelevância, mas também a desconcentração regionalda pesquisa e dos investimentos; promove-se a si-multânea expansão do sistema nacional de CT&I eda ação regional conduzida ou apoiada pelo MCT.Se, de um lado, com o Fundo de Infra-Estrutura ex-pandem-se os projetos de pesquisa e revigora-se ainfra-estrutura de pesquisa, por outro, recebe reforçoa execução de bolsas pelo CNPq, via fundos seto-riais. Com o Fundo Verde Amarelo, dispõe-se de umvigoroso instrumento para que a aproximação univer-sidade-empresa abandone definitivamente o planodas intenções e ganhe concretude e eficácia.

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O campo internacional é similarmente caracterizadopor uma nova visão: a política de fortalecimento doesforço nacional brasileiro vem acompanhada do duploreconhecimento do caráter crescentemente global daCT&I, como de que o panorama internacional nessaárea comporta muitas complexidades não é necessa-riamente “amigável”. Requerem-se, portanto, o apro-fundamento conseqüente de nossas ações internas eum tratamento sofisticado de nossa postura externa.

Empreendem-se, neste último sentido, esforços ati-nentes ao avanço no tratamento das questões globaise à consolidação da confiabilidade do Brasil como atorimportante no concerto das nações. São numerososos campos de trabalho: biodiversidade, camada deozônio, proibição de armas químicas, regime de tec-nologias de uso duplo nos campos civil e militar, acandente questão das mudanças climáticas, a supera-ção do hiato digital entre países desenvolvidos e emdesenvolvimento, a recuperação dos financiamentosdo Banco Mundial e do Banco Interamericano de De-senvolvimento para P&D, o início de uma política deatração de investimentos de empresas de base tecno-lógica e de ações conjuntas com as mesmas.

A reforma da política brasileira de cooperação interna-cional, tanto com os países avançados, quanto com asnações em desenvolvimento, adquire ênfase revigorada,quando o pesquisador brasileiro ganha novo alento enovos horizontes em termos programáticos e de finan-ciamento de suas pesquisas, quando as necessidadesdo desenvolvimento tecnológico e a inovação ascen-dem ao primeiro plano de nossas considerações.

No entanto, despertar e mobilizar a sociedade parao debate sobre a importância da CT&I e de sua in-serção definitiva na agenda da sociedade brasileiradepende ainda, em grande medida, de nossa capaci-

dade de transmitir, com clareza, seus reais impactose os motivos do interesse do País em participar dogrupo de países que atuam na linha de frente dosavanços científicos e tecnológicos internacionais.Compreender e difundir amplamente as razões pelasquais o Brasil participa e continuará a participar ati-vamente dessas ações significa legitimá-las perantea sociedade e permite angariar o apoio permanentedesta ao imprescindível esforço nacional em CT&I.

Ao levar em consideração todos esses elementos, aimportância do Livro Verde, reflete-se nas evidên-cias que emergem de suas páginas – às vezes comoadvertências, às vezes como expectativas – de queo diálogo democrático é o caminho privilegiado paradefinir os interesses gerais, superar condições deatraso e fazer preponderar o ideal da contempora-neidade. O Livro Verde busca mostrar, por fim, acontribuição que podem a Ciência e Tecnologia pres-tar para que o País alcance definitivamente seu lugarno cenário mundial.

Finalmente, desejaria agradecer vivamente a todosque, no Ministério da Ciência e Tecnologia e na co-munidade científica, por sua dedicação profissional,talento, competência e espírito público, contribuírampara a idealização e elaboração deste Livro Verde,em especial o Dr. Carlos Américo Pacheco, Secretá-rio Executivo do MCT, o Dr. Cylon Gonçalves daSilva, a Dra. Lúcia Melo e a equipe de redação lide-rada pelo Prof. Antonio Márcio Buainain.

Ronaldo Mota Sardenberg

Ministro da Ciência e TecnologiaBrasília, julho de 2001

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PREFÁCIO

PREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIOPREFÁCIO

A Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia eInovação que será realizada em Setembro de 2001representa certamente um marco para o desenvolvi-mento do setor no País.

Será a grande oportunidade de mobilizar todos osprincipais atores que estão engajados em transformara Ciência e Tecnologia em instrumentos efetivos deuma grande mudança econômica e social do Brasil,enfrentando desafios, resolvendo problemas, aten-dendo aos anseios da sociedade. Envolve não só oGoverno e a comunidade científica e tecnológica,mas outros segmentos da sociedade que esperam queo País alcance, no mais curto espaço de tempo pos-sível, um padrão de desenvolvimento compatívelcom suas potencialidades.

Trata-se, além disso, de um esforço que se faz numcontexto em que Ciência, Tecnologia e Inovação sãoencaradas segundo um novo paradigma, o da susten-tabilidade, ou seja, de utilizar o conhecimento pro-duzido de forma eticamente responsável, garantindoa preservação dos recursos disponíveis no planetapara as futuras gerações.

Não é por acaso que o presente trabalho, o Livro

Verde de CT& I foi organizado de forma a cobriras seguintes questões Avanço do Conhecimento;

Qualidade de Vida; Desenvolvimento Econômi-

co; Desafios Estratégicos; Desafios Institucio-

nais, temas que se relacionam diretamente a essenovo paradigma. Trata-se de um documento preli-minar apresentando, para discussão com a sociedadee apreciação durante o processo preparatório e naConferência Nacional de Ciência e Tecnologia para

Inovação, um conjunto de diretrizes para a CT&I,uma visão estratégica com a respectiva alternativapara o desenvolvimento da CT& I, linhas de ação,prioridades, instrumentos, arcabouço institucionale fontes de financiamento. Por essa razão, é um do-cumento aberto para discussão, preparado para re-ceber contribuições que virão dos mais diversos se-tores e regiões.

A Academia Brasileira de Ciências, ao aceitar a in-cumbência de organizar a Conferência em parceriacom o Ministério da Ciência e Tecnologia e suasagências, assume de forma consciente a responsabi-lidade de garantir que esse empreendimento seja bemsucedido. Aos que contribuíram para a elaboraçãodeste documento, nossos agradecimentos pelo enor-me esforço em agregar dados, informações e percep-ções que muito nos ajudarão nas discussões da Con-ferência e, finalmente, na produção do Livro Brancoque irá conter um elenco de compromissos realistaspara o desenvolvimento de nossa Ciência, Tecnolo-gia e Inovação nos próximos dez anos.

Eduardo Moacyr Krieger

Presidente da Academia Brasileira de Ciências

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O LIVRO VERDE

A elaboração deste Livro Verde não teria sido possí-vel sem o apoio decidido do Ministro Ronaldo MotaSardenberg e do Secretário Executivo Carlos Amé-rico Pacheco. Foi deles a idéia de que era necessário,com urgência, iniciar uma discussão sobre o plane-jamento da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil.Transformá-la em realidade é uma tarefa de todosnós. Este Livro Verde, cuja concepção iniciou-se hámais de um ano e cuja redação ocupou boa parte deum semestre, é uma primeira tentativa de organizar,ampliar e difundir o debate sobre essas questões cen-trais para o futuro da sociedade brasileira. Uma ten-tativa, certamente, cheia de lacunas e imperfeições,como cumpre a um Livro Verde. Agravadas, entre-tanto, pelo fato de ser a primeira vez que se tentaum exercício desta magnitude, com tal abrangênciade temas em um prazo tão curto. Aprender é aprenderfazendo, é errar e tirar ensinamentos desses erros. Éde se esperar que em um futuro não muito distanterenove-se este exercício. A equipe que assumir talresponsabilidade poderá aproveitar esta experiênciae fazer melhor.

Tecnologia e Inovação foram trazidas no Livro Ver-de, propositadamente, para a boca de cena. Isto nãosignifica menosprezar a Ciência. A razão destaescolha prende-se à percepção de que o grande de-safio, hoje, reside mais na necessidade de incremen-tar a capacidade de inovar e de transformar conhe-cimento em riqueza para a sociedade brasileira co-mo um todo, do que no potencial do sistema de C&Tbrasileiro de gerar novos conhecimentos.

O processo de desenvolvimento, por sua própria na-tureza, é uma sucessão de desequilíbrios e disfun-

cionalidades. O Brasil investiu, durante meio século,na construção de um sistema de pesquisa e, depois,de pós-graduação que já alcançou, apesar de suaslimitações, dimensões respeitáveis. Mas este sistemase erigiu sobre um alicerce pouco sólido. Dois indi-cadores demonstram isto.

Entre 1981 e 1999, a escolaridade média do brasileiropassou de cerca de quatro anos para cerca de seisanos. Ou seja, em uma geração, a escolaridade médiano Brasil cresceu apenas dois anos. Isto significa que,em que pesem os avanços no topo da pirâmide edu-cacional, a sociedade brasileira, como um todo, aindaestá longe de ser uma sociedade do conhecimento.É preciso, pois, urgentemente, universalizar comqualidade o ensino no Brasil, mobilizando ao máximoo que já se construiu no ensino superior e na pós-graduação.

A transformação de conhecimento em riqueza se dá,preponderantemente, pela ação inovadora de empre-sas. Entretanto, os investimentos do setor privadoem P&D são claramente insuficientes – o Estadoainda é responsável por cerca de dois terços dessesinvestimentos no País. Não se trata de fazer comque o Estado diminua sua contribuição absoluta -muito ao contrário, como o demonstra a criação dosfundos setoriais –, mas de fazer com que o setorprivado se torne, num prazo relativamente curto, oparticipante maior no esforço de P&D no País, cujosbenefícios sejam apropriados, prioritariamente, pelapopulação brasileira. A experiência histórica dospaíses que se desenvolveram mostra, também, opapel fundamental das empresas nacionais naconstrução da riqueza desses países e na montagem

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de um sistema de inovação forte. Aprender obser-vando a trajetória de quem teve sucesso é umamelhor opção do que tentar seguir as prescriçõescontemporâneas dos bem sucedidos para aqueles quebuscam trilhar os mesmos caminhos.

A baixa escolaridade do brasileiro e a reduzida propor-ção de investimentos privados em P&D são fatos in-dependentes, mas não inteiramente dissociados. Nãofaltam empreendedorismo e criatividade ao brasileiro:faltam conhecimentos, providos por uma educação, emtodos os níveis, universal, sólida e moderna, que capa-citem a população a aproveitar Ciência, Tecnologia eInovação na busca de uma vida melhor. Conhecimentopara todos é, acima de tudo, poder para construir umBrasil melhor – uma sociedade do conhecimento seráuma sociedade mais justa e eqüitativa.

Dar um papel mais relevante à Tecnologia e Inova-ção, neste momento, significa criar as condições paraobter um maior apoio futuro por parte da sociedadebrasileira à Ciência, à pesquisa fundamental e àfascinante e infinita exploração do Universo em quevivemos. Atenta a isto, em paralelo a este Livro Ver-de, a Academia Brasileira de Ciências está prepa-rando uma série de estudos sobre áreas de conheci-mento, sua situação atual no Brasil, os grandes avan-ços que se desenham para os próximos anos, e osdesafios que terão de ser vencidos para permitir aoBrasil contribuir para esses avanços. Outros estudosrealizados por sociedades profissionais, entidades declasse e organizações preocupadas com Ciência,Tecnologia e Inovação, enriquecerão o debate, com-plementarão e corrigirão o Livro Verde, preenchendomuitas das lacunas aqui deixadas.

Cabe, ainda renovar os agradecimentos a todos quecolaboraram com esta empreitada, compartilhando

generosamente seus conhecimentos, fornecendo in-formações, produzindo textos, criticando e melho-rando este Livro Verde. Ele é, sobretudo, uma obracoletiva - muitos co-autores se reconhecerão no textofinal, apesar de, na tentativa de produzir um docu-mento mais coerente, suas contribuições terem sidoeditadas. A opção por um Livro de aparência menosacadêmica e de leitura mais fácil (vã esperança!) fezdispensar o aparato de notas e referências bibliográ-ficas, que seriam necessárias para fazer a devida jus-tiça a todos os colaboradores. Optou-se por listá-losnas páginas iniciais. Além dos agradecimentos, cabeaqui, portanto, também um pedido de desculpas.

Pessoalmente, quero agradecer aos colegas da equipede redação, responsável por grande parte do trabalhode criação do Livro Verde: Tuca (Antonio Márcio),Botelho, Ruy e Sérgio. Quero, também, agradecer àLúcia, liderança inteligente, pertinaz e dedicada, que,além de tudo, nos lembrou suave, mas firmemente,que o mundo não é só dos homens, nem o Brasil, sóo Sudeste... Finalmente, mas não menos importante,quero agradecer ao Ministro Sardenberg e ao Secre-tário Executivo Pacheco por terem me honrado como convite para participar desta missão. Erros, lacunase deficiências que persistem, bem como cortes eedições de textos, são de inteira responsabilidade dosignatário.

Cylon Gonçalves da Silva

LNLS/ABTLuS

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xviii

Desde a segunda metade do século XX, está em curso

uma revolução radical, certamente a mais profunda

de toda a história da espécie humana até o presente.

Impulsionada por dois grandes avanços do conheci-

mento - a ampliação da capacidade dos sistemas de

comunicação e processamento de informação, repre-

sentada pelo computador e sua integração com os

meios de comunicação e os progressos da biologia

molecular - ela deve nos preocupar, enquanto nação,

por suas profundas implicações políticas e econômicas.

Os países cujas populações não alcançarem o nível

educacional requerido para acompanhar e se adian-

tar a essa revolução estarão condenados a um atra-

so relativo crescente e a uma dependência política

daquelas nações que dominam o conhecimento, mais

opressora do que qualquer outra jamais vista na histó-

ria da humanidade. Não se trata de subjugação mili-

tar, visível nas forças de ocupação de uma potência

estrangeira, ou econômica, perceptível nas limitações

externas às opções de uma política nacional. Trata-

se de uma subjugação completa, invisível e inescapável.

A situação atual do Brasil não o condena a uma

perpetuidade de atraso. Bem ao contrário, o que

este Livro Verde mostra é o extraordinário caminho

percorrido nos últimos cinquenta anos, as iniciativas

transformadoras atualmente em curso e as fantásti-

cas oportunidades para o futuro. Mostra, igualmente

que, para a próxima década, há uma consciência

clara das demandas mais prementes e das dificulda-

des a vencer. No curto prazo, muito do que precisa

ser feito já se encontra bem encaminhado e delineadas

as linhas mestras de atuação. A chave do caminho

do futuro encontra-se no exemplo da ação pertinaz

e consequente, orientada por uma visão de longo

prazo da construção do País, que caracterizou o cres-

cimento da Ciência e Tecnologia no Brasil nas últimas

cinco décadas.

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Coordenação geral, concepção e redação do Livro Verde iiiColaboradores iiiApresentação viiPrefácio xiiiO Livro Verde xvÍndice de Gráficos, tabelas e quadros xxiii

Introdução 1O debate necessário 2Um projeto de longo prazo 5Os grandes temas 7

Capítulo 1. Ciência, Tecnologia e Inovação: a dimensão do sistema no Brasil 11As transformações do Brasil no último meio século 17A dimensão do sistema de CT&I no Brasil 21Desafios do Sistema Brasileiro de CT&I 35O Plano Plurianual do MCT: 2000-2003 39Tendências internacionais em políticas para CT&I 41

Capítulo 2. Ciência, Tecnologia e Inovação: o avanço do conhecimento 43Educação para a Ciência, Tecnologia e Inovação 51Formação de recursos humanos para CT&I 55Profissionais e pesquisadores na construção do futuro 65Avanço do conhecimento 71Ciências Sociais para uma sociedade do conhecimento 77Nanociências e Nanotecnologias 79

Capítulo 3. Ciência, Tecnologia e Inovação: qualidade de vida 83Qualidade de vida no meio urbano 87Qualidade de vida no meio rural 99Alimentação e nutrição no Brasil 103Saúde 105

Capítulo 4. Ciência, Tecnologia e Inovação: desenvolvimento econômico 113C&T e Inovação tecnológica para o desenvolvimento 119A necessidade de incrementar a inovação e o esforço tecnológico das empresas 123Políticas de incentivo à P&D nas empresas 133A baixa intensidade tecnológica do comércio exterior brasileiro 139A necessidade de ampliar a participação dos setores de alta tecnologia na estrutura produtiva: tecnologias da informação e comunicação 143A necessidade de fortalecer a inovação e a difusão tecnológica nas micro e pequenas empresas e a questão regional 149Normas técnicas e metrologia para a competitividade 151Agricultura 155

SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

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Plantas transgênicas 163Capítulo 5. Ciência, Tecnologia e Inovação: desafios estratégicos 165

Parte 1: Conhecimento e gestão do patrimônio nacional 169Levantamento geográfico e estatístico do território 169Meteorologia e climatologia 170Gestão do meio ambiente 173Biodiversidade 175Recursos do mar 178Recursos hídricos 181Recursos minerais 183

Parte 2: Grandes vulnerabilidades e oportunidades 185Fármacos 185Energia 188Tecnologia da informação 191Telecomunicações 199Biotecnologia 203Tecnologia espacial 207Tecnologia aeronáutica 211Tecnologia nuclear 211

Perspectivas da Cooperação Internacional em CT&I 215

Capítulo 6. Ciência, Tecnologia e Inovação: desafios institucionais 225A organização para CT&I e o marco institucional 229Políticas de CT&I: uma revisão de instrumentos 233A competitividade institucional da pesquisa: a necessidade de um novo arranjo legal 245As agências de fomento na organização dos sistemas de inovação 253

Travessia: Cooperação, diversidade e sustentabilidade 255

Anexo Metodológico 263

Siglas, Acrônimos e Similares 269

Legendas e créditos de fotos 273

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ÍNDICE DE GRÁFICOS, ÍNDICE DE GRÁFICOS, ÍNDICE DE GRÁFICOS, ÍNDICE DE GRÁFICOS, ÍNDICE DE GRÁFICOS, TTTTTABELAS E QUABELAS E QUABELAS E QUABELAS E QUABELAS E QUADRADRADRADRADROSOSOSOSOS

Gráficos

Capítulo 1Gráfico 1 – Recursos do Governo Federal aplicados em Ciência e Tecnologia (C&T), segundo Ministérios 23Gráfico 2 – Recursos aplicados em C&T pelo MCT 24Gráfico 3 – Recursos dos Governos Estaduais aplicados em Ciência e Tecnologia 25Gráfico 4 – Pedidos de patentes depositados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial 33

Capítulo 2Gráfico 1 – Brasil: média de anos de estudo da população em idade ativa (10 ou mais anos de idade) 63Gráfico 2 – Ocupação de Profissionais de Nível Superior 67Gráfico 3 – Índice do Número de Artigos publicados em periódicos científicos internacionais 72

Capítulo 4Gráfico 1 – Evolução da Área e Produção de Grãos 116Gráfico 2 – Taxa de Inovação da Indústria de Transformação em estados selecionados 126Gráfico 3 – Balanço Tecnológico 129Gráfico 4 – Valores Globais dos PDTI/PDTA ano a ano 134Gráfico 5 – Importação e Exportação de Produtos Acabados de Informática 144Gráfico 6 – Universidades e Instituições de Ensino e Pesquisa que receberam recursos da Lei de Informática 145Gráfico 7 – Agentes Softex Centros Genesis 147

Capítulo 5Gráfico 1 – Backbone da RNP 196Gráfico 2 – Requisitos de Processamento de Alto Desempenho para Grandes Desafios em P&D 197

Cooperação InternacionalIniciativas Recentes do Brasil em Cooperação Internacional em Ciência, Tecnologia e Inovação 224

Tabelas

Capítulo 1Tabela 1 – Recursos do Governo Federal aplicados em Ciência e Tecnologia (C&T), por modalidade 23Tabela 2 – Fundos Setoriais: previsão de recursos para 2001 25Tabela 3 – Participação percentual dos Dispêndios em C&T em relação à Receita Total dos estados 27Tabela 4 – Valor da renúncia fiscal pelo Governo Federal segundo as leis de incentivo à pesquisa,

desenvolvimento e capacitação tecnológica 28Tabela 5 – Esforços em C&T e dispêndios em P&D financiados pelo Setor Público 29Tabela 6 – Esforços em Ciência e Tecnologia (C&T) e dispêndios em Pesquisa e Desenvolvimento

(P&D) por setores de aplicação – Dados Preliminares 30Tabela 7 – Dispêndio Nacional em P&D como percentagem do PIB 30Tabela 8 – Indicadores selecionados da Pós-Graduação 31Tabela 9 – Doutores titulados em área de Ciências e Engenharias 32Tabela 10 – Número de artigos científicos e técnicos publicados 33Tabela 11 – Patentes registradas no Escritório de patentes Norte-americano 34

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Capítulo 2Tabela 1 – Matrículas por Dependência Administrativa. 56Tabela 2 – Alunos matriculados em cursos de Pós-Graduação 60Tabela 3 – Papel das Bolsas no Apoio à Pós-Graduação. Bolsas de Mestrado e Doutorado

concedidas no País, por agências federais 61Tabela 4 – Número de Ocupados Formais: total e com Educação Superior em Ocupações Científicas, Técnicas e Artísticas 66Tabela 5 – Brasil: Distribuição dos Grupos de Pesquisa segundo as Regiões Geográficas 68Tabela 6 – Brasil: Distribuição dos Grupos de Pesquisa segundo a Grande Área de

Conhecimento predominante de suas atuações 69

Capítulo 3Tabela 1 – Atividades Humanas e Qualidade das Águas 93

Capítulo 4Tabela 1 – Porcentagem do Dispêndio Nacional em P&D financiado pelas Empresas. 121Tabela 2 – Taxa de Inovação das Empresas Industriais, segundo tamanho da Empresa. 125Tabela 3 – Gastos em P&D das Empresas em percentagem do PIB 127Tabela 4 – Remessas e Receitas ao Exterior por Contratos de Transferência de Tecnologia 128Tabela 5 – Estimativa das Despesas realizadas pelas Empresas do “Universo Anpei” em Atividades Inovativas 128Tabela 6 – Gastos com P&D de Subsidiárias de Empresas Norte-americanas realizados fora dos EUA 130Tabela 7 – Distribuição das Exportações segundo Intensidade Tecnológica 141Tabela 8 – Exportações e Importações de Manufaturas segundo Intensidade Tecnológica 141Tabela 9 – Participação de Cultivares da Embrapa 156Tabela 10 – Brasil – Estab., Área, Valor Bruto da Produção (VBP) e Financiamento Total (FT) 158Tabela 11 – Zoneamento Agroecológico 162

Capítulo 5Tabela 1 – População e número de Hosts em Países Selecionados 192Tabela 2 – Participação Econômica do Setor Aeroespacial 210

Quadros

IntroduçãoMarcos Importantes da Construção do Sistema Nacional de C&T 10

Capítulo 1Quadro 1 – Conceitos e Definições 16Quadro 2 – Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia – CCT 20Quadro 3 – Bolsas IEL – Sebrae – CNPq para o Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico de Micro e Pequenas Empresas 37Quadro 4 – Programa de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas - RHAE 37Quadro 5 – Programas do Plano Plurianual 2000-2003 40Quadro 6 – Recomendações da OCDE com relação a Políticas para CT&I 42

Capítulo 2Quadro 1 – Avanços na Área de Biotecnologia: o Projeto Genoma 47Quadro 2 – Química 49Quadro 3 – Uma conquista invisível na Agropecuária 50Quadro 4 – Divulgação Científica 52Quadro 5 – Matemática no Brasil: a premência de crescer 54Quadro 6 – Ensino de Engenharia 58Quadro 7 – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – Pibic 62

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Quadro 8 – A Fábrica do Futuro 69Quadro 9 – Genética moderna no Brasil 73Quadro 10 – A Física brasileira: as duas últimas décadas e perspectivas 74Quadro 11 – Programa Especial de Fixação de Doutores – Profix 75Quadro 12 – Ciências Sociais para uma Sociedade do Conhecimento 78

Capítulo 3Quadro 1 – Combate à Violência e Segurança Pública 89Quadro 2 – Inovação no Sistema de Esgotamento Sanitário 94Quadro 3 – Programa de Apoio às Tecnologias Apropriadas – PTA 101Quadro 4 – O Semi-Árido nordestino e o Programa Xingó 102Quadro 5 – Instituto do Coração (Incor): Centro de Assistência, Ensino e Pesquisa de Qualidade Mundial 107Quadro 6 – Pesquisa em Medicina Clínica 110Quadro 7 – Centro para Controle de Enfermidades (CDC) de Atlanta 111Quadro 8 –Vacinas no Brasil 112

Capítulo 4Quadro 1 – A Elaboração de Indicadores de Inovação no Brasil 125Quadro 2 – Programas Tecnológicos Offshore da Petrobras 131Quadro 3 – A Indústria Química Brasileira 132Quadro 4 – Projeto Inovar 136Quadro 5 – Proposta de Política de Desenvolvimento Tecnológico do IEDI 137Quadro 6 – Progex 140Quadro 7 – Comércio Exterior segundo Intensidade Tecnológica 141Quadro 8 – Softex: A Sociedade para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro 147Quadro 9 – A Atuação do CPqD 148Quadro 10 – Sebrae 150Quadro 11 – CNI/IEL/Senai 152Quadro 12 – Capacitação Científica e Tecnológica em Metrologia 153Quadro 13 – Tecnologia para os Agricultores Familiares 160Quadro 14 – Plantio Direto 161Quadro 15 – Zoneamento Agroecológico 162

Capítulo 5Quadro 1 – Sistema Avançado de Informações para a Agricultura 170Quadro 2 – El Niño/La Niña e o Clima no Brasil 171Quadro 3 – O Valor dos Serviços Meteorológicos 172Quadro 4 – Iniciativas brasileiras em Mapeamento e Gestão da Biodiversidade 177Quadro 5 – Acesso a Biodiversidade 178Quadro 6 – Ciência e Tecnologia para a Amazônia 179Quadro 7 – A Questão das Patentes de Fármacos 187Quadro 8 – Governo Eletrônico 193Quadro 9 – O Desafio da Exclusão Digital 194Quadro 10 – O Programa Sociedade da Informação 198Quadro 11 – Comunicações Ópticas no Brasil 200Quadro 12 – Novos Paradigmas em Telecomunicações – a Agenda de P&D do Centro de Pesquisa e

Desenvolvimento (CPqD), no início do século XXI 201Quadro 13 – Cartão Telefônico Indutivo 202Quadro 14 – Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio 205Quadro 15 – Vitória da Biotecnologia 206Quadro 16 – O Plano Nacional de Atividades Espaciais – PNAE e seus atores principais: AEB, INPE e Deped 208Quadro 17 – Programa China-Brasil de Desenvolvimento de Satélites (CBERS) 209Quadro 18 – Aplicações de larga escala de Técnicas Nucleares no Brasil 212

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Capítulo 6Quadro 1 – Pesquisa Inovadora em Pequenas Empresas – PIPE/Fapesp 235Quadro 2 – Encomendas Tecnológicas pelo Setor Público 237Quadro 3 – ProspeCTar 238Quadro 4 – Acordos de Pesquisa e Desenvolvimento Cooperativos (Crada) 239Quadro 5 – Centros de Pesquisa Cooperativa (CRC) 239Quadro 6 – Plataforma Tecnológica 240Quadro 7 – Rede ONSA 241Quadro 8 – Programa Institutos do Milênio 242Quadro 9 – Organizações Privadas de Pesquisa 247Quadro 10 – Lei Francesa de Incentivo à Inovação 248Quadro 11 – Projeto de Lei do Senado nº. 257 249Quadro 12 – Lei da Inovação 250