ciência das finanças e direito financeiro - pedro caymmi - 2012.1

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  • 8/17/2019 Ciência Das Finanças e Direito Financeiro - Pedro Caymmi - 2012.1

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    a) Necessidades indi+iduais: s%o aAuelas Aue podem ser satisfeitas e cu=o ob=eto pode serobtido isoladamente pelo indi+duo/ Dessa forma> a pessoa conse!ue resol+er a necessidade delaso2in;a> sem Aue isso impliAue a resoluç%o dos problemas al;eios/ E$emplo de necessidadeindi+idual < a necessidade de alimento/

     b) Necessidades comuns: s%o aAuelas Aue podem ser satisfeitas isoladamente e cu=oob=eto at< pode ser obtido isoladamente tamb por mas trata@se de uma opç%o dacoleti+idade/ %o e$emplos de necessidades comuns os ser+iços públicos tarifados> em !eral>como o es!otamento> a distribuiç%o de á!ua e de ener!ia/

    c) Necessidades coleti+as: s%o aAuelas Aue de+em ser satisfeitas e cu=o ob=eto de+e serobtido em con=unto> n%o ;a+endo meios para fracionar entre os indi+duos essa sua satisfaç%o ea obtenç%o do seu ob=etoB n%o < poss+el indi+iduali2ar onde começa a necessidade de umindi+duo e onde termina a do outro/ Essas necessidades se!uem a ló!ica de Aue ou todosconse!uem supri@las ou todos n%o conse!uem/ %o e$emplos os direitos difusos> em !eral> comoa se!urança pública e a tutela do meio ambiente/

    's necessidades comuns e as coleti+as compõem as necessidades públicas> ou se=a> asnecessidades ;umanas Aue de+em ser atendidas coleti+amente/ Necessidade pública é, portanto,

    tudo aquilo que incumbe ao Estado prestar, em decorrência de uma decisão política, inseridaem norma jurídica. ' enumeraç%o das necessidades públicas < uma opç%o poltica de certoor!anismo social> em determinada con=untura/ No caso do rasil> tal enumeraç%o está re!istradana (onstituiç%o Federal/

    !"' Funç(o do Estado: as atribuições coleti+as 8necessidades públicas) costumam e$i!ir umor!anismo especfico Aue> representando a coleti+idade> possa satisfa2-@las/ Esse or!anismo < oEstado> o a!ente das necessidades públicas/ 'ssim> o fim institucional do Estado < =ustamente asatisfaç%o das necessidades públicas/ #ercebe@se> portanto> Aue n%o basta o re!istro de taisnecessidades na (onstituiç%o Federal> fa2@se necessária aç%o do Estado> +isando C satisfaç%odelas/ " Estado> por sua +e2> a!e de tr-s modos:

    a) de modo direito: Auando constrói estruturas e capacita pessoas> a!indo> portanto> de

    forma direta e ati+a para satisfaç%o das necessidades públicas> atra+ do e$ daconstruç%o de presdios> dos pro!ramas de sociali2aç%o> por e$emplo/

     b) de modo omissi+o: Auando o Estado n%o a!e de forma Aue pre=udiAue os direitos dosindi+duos 8trata@se da !arantia ne!ati+a das liberdades)> ou se=a> o Estado n%o afetainterferenas ações de terceiros/

    c) pela promoç%o de polticas públicas: tais polticas +isam indiretamente a promo+erasse!urar a satisfaç%o das necessidades públicas> dos direitos/

    #ara Aue o Estado possa reali2ar seu fim de satisfaç%o das necessidades públicas> ele carece demeios imediatos e mediatos/ "s meios imediatos s%o os recursos ;umanos e materiais/ #araaAuisiç%o dos meios imediatos o Estado necessita de meios mediatos/ "s meios mediatosreferem@se ao padr%o uni+ersal de troca pelo Aual se mede a unidade de riAue2a Aue cada coisa+ale> isto referem@se ao din;eiro/ Nesse sentido> entende@se Aue> mesmo mediatamente> oEstado precisa de din;eiro 8e> portanto> de uma or!ani2aç%o financeira) para reali2ar seusde+eres institucionais> para satisfa2er as necessidades públicas/

    !" Coneito de ati*idade finaneira do Estado: < a ati+idade administrati+a Aue o Estadodesen+ol+e para a arrecadaç%oobtenç%o 8receita)> o !erenciamento 8!est%o ? administraç%o dosrecursos e do patrim3nio do Estado) e o disp-ndio 8despesa ? a aplicaç%o dos recursos no pa!amento das +erbas autori2adas no orçamento anual) de recursos públicos> dos Auais necessita para reali2ar as ati+idades Aue l;e foram atribudas pela sociedade> atra+ e> assim> para a concreta reali2aç%o das necessidades públicas/ o!o> a ati+idade financeira do Estado <administrati+a por en+ol+er a !est%o do recurso público/ #ortanto> trata@se de uma ati+idadere!ulada pelo re!ime =urdico administrati+o 8nos termos dos princpios da le!alidade>

    moralidade> publicidade> efici-ncia> ra2oabilidade> impessoalidade etc)> ou se=a> Aue se submeteC administraç%o pública/ * 's necessidades imputadas ao Estado normalmente s%o ilimitadas> por

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    0/N',RE' D" FENG9EN" FIN'N(EIR" 8 < o Aue le!itima o Estado): inúmerasteorias sur!iram para e$plicar o fen3meno financeiro> para e$plicar o Aue dá le!itimidade aoEstado para reali2aç%o de suas funções/

    '"! Teoria do onsu+o: < defendida por 'dam mit; e afirma Aue o Estado < umconsumidor da riAue2a social e a destrói 8de modo =ustificá+el) para !arantir o mnimoindispensá+el C +ida social> Cs necessidades públicas/ " Estado portanto> encarado como ummal necessário e> por isso> de+e ser mantido no seu !rau mnimo/ Esta toda+ia> uma +is%olimitati+a do fen3meno financeiro> pois n%o ;a+eria !rande e$pans%o das necessidades públicas/

    '"' Teoria da iru&aç(o: < defendida por astiat e se baseia no retorno social> naredistribuiç%o de riAue2a/ #ara essa teoria> o Estado> muito embora consuma riAue2a> promo+eum eAuacionamento dela na sociedade> de acordo com as necessidades sociais mais rele+antes>!arantindo um mnimo de distribuiç%o social 8eAuacionamento social)/

    '" Teoria re#roduti*a, < tratada como uma resposta ás outras teorias/ 'firma Aue o Estadon%o apenas !asta a riAue2a pri+ada> mas tambamplificando a própria ati+idade econ3mica/ 'ssim> o !asto público < retornado em forma deci+ili2aç%o 8mel;ores condições de infraestrutura> soluções de lo!stica de transporte)/

    '"- Teoria de uti&idade re&ati*a, conforme essa teoria> a riAue2a só +ai mel;orar a +ida deuma pessoa at< certo ponto/ ltrapassado este ponto> a riAue2a e$cedente seria mais bemempre!ada se destinada ao Estado> Aue promo+eria o bem da coleti+idade 8o Aue si!nificariatamb proporcionalmente C capacidade contributi+a de cada membroda coleti+idade/ Representa> nesse sentido> uma redistribuiç%o de renda 8dentro de determinadoslimites)> Aue se dá por imposiç%o do Estado/ "u se=a> o fen3meno financeiro < marcado pela suaimpositi+idade> +isto Aue n%o confi!ura uma faculdade do indi+duo/ ,al teoria n%o ne!a asanteriores> apenas absor+e parte delas> completando@asB por isso> < a teoria mais aceita sobre anature2a do fen3meno financeiro/ 's premissas da teoria do custo público s%o:

    a) " modo pelo Aual o Estado +ai pa!ar os encar!os Aue l;e incumbem +ai atender Ccon+eni-ncia> ao interesse público> e C capacidade contributi+a de cada ente federado/

     b) N%o ne!a o fen3meno financeiro como fen3meno de redistribuiç%o de renda dentro dedeterminados limites/

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    c) " fen3meno financeiro < marcado pela impositi+idade> n%o sendo> pois> uma merafaculdade/

    1/ DIREI," FIN'N(EIR" 8ramo do direito públicoB estudo da ati+idade financeira do EstadoAuando encampada pela norma =urdica)

    * ' principal conseAu-ncia do sur!imento do Estado de Direito < a e$ist-ncia de normas =urdicas 8diretri2es compulsórias> padrões de comportamento) Aue re!ulamlimitam asati+idades do Estado/ Dessa forma> a ati+idade financeira do Estado> tamb passa a ser pre+iamente delimitada/

    "! Coneito, direito financeiro < a disciplina =urdica da ati+idade financeira do Estado> Aueelenca um con=unto de padrões> procedimentos> para impor ao !estor público o modo atra+ assim> Aue sempre pre+alecerá omarco le!al 8o direito financeiro) ? padr%o institucionali2ado de acordo com o interesse público@> diante da autonomia da +ontade do !estoradministrador/

    "' Ci1nia das finanças, < uma disciplina Kau$iliarL> complementar> Aue en+ol+e o estudoda ati+idade financeira do Estado> mas n%o a partir da perspecti+a =urdica> e sim sob uma perspecti+a socioló!ica> poltica e econ3mica/ " ponto de discuss%o n%o < mais ou menosimportante> < apenas diferente> sendo menos utili2ado na área =urdica/ "s subsdios obtidos a partir de tais perspecti+as s%o at< importantes para compreender conceitos de direito financeiro> para a análise =urdica> mas n%o a en!lobam/ N%o se pode +aler de ar!umentos pertencentes puramente C ci-ncia das finanças para e$plicar fatos =urdicos> Aue de+em ser analisados a partirda ótica do!mática da le!islaç%o/ #or e$emplo> < pertinente C ci-ncia das finanças umadiscuss%o sobre se < realmente mel;or 8para a sociedade e para as empresas) a tributaç%o sobre afol;a de salários das empresas/ Segundo Aliomar Baleeiro, ciência das inan!as é "a disciplinaque, pela in#estiga!ão dos atos, procura e$plicar os en%menos ligados & obten!ão e dispêndio

    do din'eiro necess(rio ao uncionamento dos ser#i!os a cargo do Estado, ou de outras pessoasde direito público, assim como os eeitos outros resultantes dessa ati#idade go#ernamental).

     Essa deini!ão conirma o car(ter de ati#idade pré*normati#a da ciência das inan!as,

     pertencente ao mundo da economia, que analisa en%menos sociais, econ%micos e estatísticos

     para encontrar elementos para a estrutura da política inanceira do Estado. Nesse sentido, tal

    ciência se oca, principalmente na ati#idade iscal, aquela desempen'ada com o prop+sito de

    obter recursos para o custeio das ati#idades estatais. A partir dessa ciência, o direito encontra

    meios para estudar o en%meno inanceiro.

    " Co+#et1nia 8sob o ponto de +ista le!islati+o): trata@se de uma compet-ncia concorrente8art/ 04> I> (F)> ou se=a> todos os entes federados podem le!islar sobre direito financeiro> emboran%o de forma indiscriminada/ ' própria (onstituiç%o Federal determina em Aue Mmbito cadaente federado pode atuar: C ni%o> cabem as normas !eraisB aos Estados> as normassuplementares complementares e suplementares supleti+asB e aos 9unicpios> as normassuplementares complementares/

    a) ni%o: < compet-ncia da ni%o editar normas !erais sobre direito financeiro 8art/ 04>.O> (F)> ou se=a> fi$ar os parMmetros e institutos fundamentais da mat em tese/ Essas normas +-m se fortalecendo muito> no rasil/ ,em@se dado a elas uma superioridade muito si!nificati+a> no sentido de se entend-@las como normas

    (IPN(I' D' FIN'NQ'

    @ (i-ncia n%o normati+a@ (i-ncia pura> especulati+a@ (i-ncia n%o coerciti+a

    DIREI," FIN'N(EIR"

    @ (i-ncia normati+a@ (i-ncia +alorati+a@ (i-ncia coerciti+a

     X

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    !lobaistotais 8aAuelas Aue s%o ilimitadas e n%o admitem leis complementares> pois n%onecessitam)/ " ,F> inclusi+e> compreende as normas !erais de direito financeiro comodisciplina plena do instituto/ Em funç%o disso> a complementaç%o se tornou basicamenteresidual/ (abe destacar ainda Aue> embora o arti!o 04 da (onstituiç%o n%o e$i=a> o direitofinanceiro> por força de disposiç%o especfica> determina Aue as normas !erais de tal mat SO> (F)/

     b) Estados e Distrito Federal: < compet-ncia dos Estados e do Distrito Federal editarnormas suplementares complementares sobre direito financeiro 8art/ 04> 0O> (F)> ou se=a>complementar> conforme suas especificidades> as normas !erais> no Aue couber/ 'lcabe a eles tamb de conteúdo !eral> para suprir casosde aus-ncia de norma !eral federal/ Tuando uma norma complementarsupleti+a colide comuma norma !eral posterior a ela> perde sua eficácia e> se essa norma !eral for re+o!ada> osefeitos da norma complementarsupleti+a +oltam a +i!er/ 'tualmente> tais normas decompet-ncia dos Estados e do Distrito Federal restrin!em@se a re!ular o Aue foi esAuecido pelasnormas !erais/

    c) 9unicpios: < compet-ncia dos 9unicpios editar normas suplementarescomplementares sobre direito financeiro> no Aue tan!e aos interesses locais 8art/ 1U> II> (F)/

    Essas normas suplementares possuem> ;o=e> papel secundário no Mmbito do direito financeiro/"- 2e3u&os nor+ati*os

    a) (onstituiç%o Federal de .SVV: < a fonte suprema do direito financeiro> Aue estrutura aati+idade financeira do Estado> sob o ponto de +ista =urdico/ ' parte da (onstituiç%o FederalAue trata com mais detal;es as Auestões financeiras está entre os arti!os .61 e .6S> embora n%ose=a essa parte o único ponto da (onstituiç%o rele+ante para a construç%o do direito financeiro/

     b) eis complementares: s%o instrumentos das normas !erais de direito financeiro/ 'sduas leis KcomplementaresL mais importantes s%o a ei 410U64 e a ei complementar .U.UU/

     b/. ei 410U64: tambAuando ainda n%o se e$i!ia Aue as normas !erais sobre direito financeiro fossem editadas na

    forma de lei complementar/ Nesse sentido> ela sofreu> posteriormente> recepç%o com mudançade status> confi!urando lei formalmente ordinária> por na ela obser+ou o processo ent%o pre+isto pela (onstituiç%o 8processo de lei ordinária)>sendo +álida at< sur!ir a e$i!-ncia do processo adotado para lei complementar/ Wo=e> essa lei8!eral do orçamento) só pode ser modificada por lei complementar/

     b/0 ei complementar .U.UU: < con;ecida como lei de responsabilidade fiscal/c) eis ordináriasd) Resoluções do enado: atos normati+os 8com ;ierarAuia de lei) editados somente com

    a participaç%o do enado> no e$erccio de sua compet-ncia pri+ati+a 8art/ 50> (F)/e) #ortarias federais: atos normati+os infrale!ais editados pela ecretaria do ,esouro

     Nacional e pela ecretaria de "rçamentos e Finanças/ 'pesar de infrale!ais> eles possuem>

    atualmente> !rande importMncia para a or!ani2aç%o orçamentária e contábil 8dos entesfederati+os) das receitas e despesas 8art/ 5U> 0O> RF)/

    4/ RE#"N'IID'DE FI(': n%o e$iste si!nificado sint a ser> ent%o>tautolo!icamente> uma fiscali2aç%o responsá+el/ H um con=unto de posturas Aue de+em seradotadas na !est%o dos recursos públicos> de forma Aue esta se=a ponderada e responsá+el/ Essae$press%o < a tentati+a de traduç%o do termo KaccountabilitXL> Aue si!nifica> basicamente> ode+er de prestar contas> de !erir de modo transparente> =ustificado/

    -"! Ins#iraçõesa) E$ternas

    a/. Estados nidos: apresentam um modelo de responsabilidade fiscal +oltado para aideia de eAuilbrio> de Aue n%o se pode !astar mais do Aue se tem/ De+e ;a+er sempre uma

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    compensaç%o: se ;á uma pretens%o de !astar mais> < necessário mostrar Aue se +ai !an;ar maistamb o !asto público de+ese manter em eAuilbrio dinMmico com a receita/

    a/0 ni%o Europeia: impõe limites de !asto 8metas fiscais) para os pases Aue ainte!ram> ;a+endo> portanto> um controle dos poderes> com a pre+is%o de multas para Auemdescumprir as metas> +isando a impedir o deseAuilbrio sist-mico e os d essainflu-ncia < +ista nas penalidades tamb Aue cobra a prestaç%o de contas/

    a/1 No+a elMndia: apresenta a+ançados instrumentos de transpar-ncia/ b) Internas: conforme a ideia de risco moral> caso se permita Aue cada ente federado a=a

    do modo Aue Aueira> será necessário socorr-@lo futuramente> o Aue> pro!ressi+amente> +aides!astando a ima!em da Federaç%o> condu2indo@a ao descr nesse sentido> umconsenso de Aue se de+e pre+enir para n%o ter Aue remediar/

    -"' Funda+entos, necessidade de eAuilbrio> pre+isibilidade e transpar-ncia/a) EAuilbrio: < preciso eAuilibrar as receitas e as despesas para e+itar o endi+idamento/

     b) #re+isibilidade: < preciso um estudo dos impactos e análise dos recursos> no sentido dea+aliar as conseAu-ncias dos atos antes de reali2á@los/c) ,ranspar-ncia: < preciso Aue os cidad%os possam fiscali2ar se o !estor público está

    a!indo conforme a lei ou n%o> pois este está !erindo coisa daAueles/ (abe ressaltar> inclusi+e> o paradi!ma de transpar-ncia eletr3nica> Aue reflete a possibilidade de todos acompan;arem o Aueestá sendo feito com seu din;eiro/ #ortanto> < necessário Aue o !estor público preste contas doAue +ai !astar> e o contribuinte de+e ter o acesso a essa prestaç%o/

    -" 4eanis+osa) ei complementar .U.UU ou ei de Responsabilidade Fiscal b) ei .UU0UUU ? ei de crimes financeiros

    II) Orça+ento #$%&io

    ./ Introduç%o./. Noç%o./0 etor público./1 E+oluç%o ;istórica

    0/ (onceito

    1/ Nature2a1/. Nature2a formal1/0 Nature2a material

    4/ (lassificaç%o4/. "rçamento neutro4/0 "rçamento estrat

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    7/1 #rincpio da periodicidade7/4 #rincpio da unidade7/5 #rincpio da pro!ramaç%o 8art/ .65> 0O> 4O> 7O> (F e art/ .66> 4O> (F)7/6 #rincpio da le!alidade 8art/ .67> &> &I> &II> IY> (F)7/7 #rincpio da transpar-ncia

    a) (lare2a b) Fidelidadec) Especialidaded) #ublicidade

    7/V #rincpio do eAuilbrio7/S #rincpio da economicidade ou #rincpio do custo benefcio7/.U #rincpio da afetaç%o constitucional

    a) Educaç%o 8art/ 0.0> (F) b) aúde 8art/ .SV> 0O> 1O> (F art/ 77> 'D(,)

    V/ #rocesso le!islati+o orçamentário 8 arts/ 6. ? 67 .66> (F)V/. Iniciati+a 8art/ .65> caput> (F)

    V/0 (omiss%o de orçamento 8art/ .66> .O> (F)V/1 Emendas parlamentares 8art/ .66> 1O @ 4O> (F)V/4 9ensa!em modificati+a 8art/ .66> 5O> (F)V/5 &otaç%o

    S/ #lano plurianualS/. Duraç%oS/0 Funç%oS/1 Elementos 8art/ .65> .O> (F)

    .U/ ei de diretri2es orçamentárias.U/. Duraç%o

    .U/0 Funç%o.U/1 Elementosa) (onstituiç%o Federal de .SVV ? art/ .65> 0O art/ .6S> .O> II> (F) b) ei de responsabilidade fiscal ? arts/ 4O> 5O> .4> .6> 05

     b/. 'ne$os: art/ 4O> .O @ 4O> RF

    ../ ei orçamentária annual../. Duraç%o../0 Funç%o../1 Elementos 8art/ .65> 5O> (F)

    a) "rçamento fiscal b) "rçamento de in+estimento

    c) "rçamento de se!uridade social

    ./ IN,R"DQZ": < a partir do orçamento público Aue se desen+ol+em os demais aspectos dodireito financeiro> sendo aAuele o esAueleto deste/

    !"! Noç(o: orçamento pode ser entendido como um Auadro> uma pre+is%o> uma estimati+aem relaç%o a despesas e receitas/ ,rata@se> portanto> do plane=amento da conduç%o de suasfinanças> atra+

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    !" E*o&uç(o 5istória, ' ideia simples de orçamento público < anti!a> no Aue se refere aesse Auadro sem nen;um poder impositi+o com relaç%o ao !estor> assemel;ando@se a umorçamento pri+ado/ Isso porAue o orçamento> antes> era apenas um au$lio para o trato dasreceitas e despesas> sem obri!ar o !estor/ anto no direito romano, como na -dade édia, não'a#ia propriamente um controle or!ament(rio, porém j( se a/ia intuiti#a a necessidade de

    abastecimento do er(rio para arcar com os de#aneios dos soberanos. 0s autores, como 1ené

    Storm e aurice 2u#erger, deiniam or!amento, inicialmente, como "ato contendo a apro#a!ão

     pré#ia das receitas e das despesas públicas). No Brasil, 3osé Aonso da Sil#a deendia que o

    or!amento era "uma pe!a de pre#isão das receitas e autori/a!ão das despesas públicas,

    classiicadas estas por objeto, sem se cogitar das necessidades reais da administra!ão e da

     popula!ão, nem dos objeti#os econ%mico*sociais a atingir com sua e$ecu!ão). Aliomar

     Baleeiro, por sua #e/, airma sobre o or!amento que, "sob certo ponto de #ista, é um quadro de

    técnica cont(bil para coordenar comparati#amente despesas e receitas públicas, de sorte que o

     Estado possa imprimir ordem e método na administra!ão). 0 or!amento, portanto, não

    contin'a quaisquer obriga!4es, resumindo*se a mera pe!a de ic!ão, uma lei para não ser

    cumprida. Ele +ai dei$ando> aos poucos> de apresentar funç%o meramenteinstrumentalindicati+a e passando a adAuirir caráter impositi+o> a partir da ascens%o da

    República de Direito/ "u se=a> o orçamento público passa a ser uma autori2aç%o/  5omo obser#a Baleeiro, "nasceu a concep!ão do or!amento moderno, gra!as ao qual os representantes doscontribuintes condiciona#am sua apro#a!ão ao emprego dos undos aos ins que mais

    interessam ao po#o representado). Essa e+oluç%o para um orçamento com compromissosocorre a partir da introdu!ão do or!amento participati#o> do entendimento de Aue se fa2ianecessário consultar a populaç%o para apro+ar um orçamento> sendo> pois> imprescind+elsubmeter os !astos C pr

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    '"' 6e&o 7egis&ati*o #ara o E8euti*o, o orçamento < autori2ado pre+iamente #E"e!islati+o> Aue corporifica a populaç%o/ Tuem recebe essa autori2aç%o para arrecadar receita ereali2ar despesa> por < o !estor público> Aue < funç%o e$ecuti+a/ o!o> o orçamento < um atole!islati+o de autori2aç%o pr Aue +ai e$ecutá@lo/

    * H mel;or usar o termo Kfunç%oL do Aue K#oderL para tratar do E$ecuti+o e do e!islati+o/Isso porAue> em SS[ dos casos> Auem dá autori2aç%o ao orçamento < o #oder e!islati+o e sóele/ E$iste> por uma única e$ceç%o> Aue está no art/ .67> 1O> (F/ ,rata@se da possibilidadede ;a+er um !asto ur!ente e impre+is+el> Auando < poss+el Aue a autori2aç%o de despesa se d- por cr o Aual pode ser editadobai$ado por medida pro+isória> ou se=a> pormeio do #oder E$ecuti+o> em e$erccio> contudo> de funç%o le!islati+a/

    * ' autori2aç%o> por sua +e2> < dada para todo poder ou ór!%o aut3nomo para arrecadar e!astar no e$erccio de sua funç%o e$ecuti+a/ Essa está concentrada no #oder E$ecuti+o> para oAual> portanto> < ma=oritariamente dada a autori2aç%o/ Tuem reali2a a maior parte dos !astos> portanto> < o #oder E$ecuti+o/

    '" 4ode&o de gest(o finaneira, Auadro de descriç%o de receitas e despesas públicas/ Em

    relaç%o Cs receitas> o orçamento tra2 apenas uma pre+is%o> uma estimati+a 8um número Aue pode ou n%o se reali2ar)> n%o sendo condicionante/ #or isso> no Aue tan!e C receita> o orçamento brasileiro < estimati+o/ (ontudo isso =á foi diferente> =á Aue> antes> o orçamento> em relaç%o Csreceitas> era autori2ati+o> ou se=a> só era cobrada anualmente uma receita se> a cada ano> estafosse autori2ada/ Wo=e> basta uma lei determinando a cobrança de tal receita Aue todo ano pode@se cobrar/ Em relaç%o Cs despesas> o orçamento reali2a uma fi$aç%o 8indica Auais despesas est%odentro do marco le!al) e possui funç%o condicionante/ Destarte> o orçamento> no Aue se refere Cdespesa> < muito mais ri!oroso> autori2ati+o 8art/ .67> II> (F)/ * (abe ressaltar Aue e$iste aindaum tipo de orçamento impositi+o> Aue +incula o !estor de modo pleno ao orçamento> obri!ando@o a arrecadar e !astar tudo o Aue o orçamento impõe/ No orçamento autori2ati+o> se se !astarmenos do Aue o pre+isto> n%o ;á !randes problemas> =á no impositi+o> ;á/ " orçamentoimpositi+o> ent%o> fa2 com Aue se=a feito o Aue está escrito/

    '"- 6eriodiidade do orça+ento, o orçamento sempre funcionará em determinado perodode tempo> pois a proposta de receitas e despesas n%o pode ser estabelecida em caráter definiti+o>de+endo ;a+er um marco temporal/ Em funç%o disso> o orçamento público funciona dentro deciclos orçamentários> perodos dentro dos Auais o orçamento se reali2a/ Esses ciclos>determinados pelas doutrinas> s%o:

    a) (iclo de elaboraç%o: < o perodo durante o Aual o orçamento < feito/ " orçamento público n%o pode ser indefinidamente discutido> de+endo estar pronto antes da data pre+ista para começar a +aler para Aue o !estor público possa !astar/ "u se=a> Auando acabar oorçamento passado> o outro de+e estar pronto pra autori2ar !astos 8=á Aue> no rasil> orçamento>em relaç%o Cs despesas> < autori2ati+o)/

     b) (iclo de e$ecuç%o: < o perodo no Aual o orçamento de cada ente federado estará

    +alendo> sendo e$ecutado/ Esse < o ciclo mais importante/c) (iclo de controle: < o perodo referente C prestaç%o e =ul!amento de contas/ Tuem

     =ul!a o relatório de prestaç%o < um ór!%o le!islati+o de controle> se=a o tribunal le!islati+o decada local> se=a o tribunal de contas/

    1/ N',RE'

    "! Nature9a for+a&, uma +e2 Aue o orçamento < um ato le!islati+o> a forma adotada paraele < a forma de e$press%o do e!islati+o/ o!o> o orçamento < lei> em sentido estrito> produtode processo le!islati+o> em Aue < discutida e editada/ Essa lei orçamentária Aue +eicula oorçamento < uma lei ordinária/ H importante lembrar Aue apenas as normas !erais do direitofinanceiro como um todo s%o editadas +ia lei complementar> pois s%o abstratas> padrões>modelos de como de+e ser feito o orçamento em si/ Já esse orçamento> especfico de um ente

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    federado em determinado ano> < editado +ia lei ordinária> a Aual possui +i!-ncia delimitada 8oAue normalmente n%o ocorre com as leis complementares> Aue pressupõem uma no+a leicomplementar para re+o!ar a anti!a)> conforme a +i!-ncia do orçamento Aue re!ula/ (aberessaltar tamb uma +e2 Aue trata da

    !est%o do din;eiro do po+o/

    4/ ('IFI('QZ"E,'#' D' E&"QZ" WI,\RI(' D' IDEI' DE "RQ'9EN,"

    -"! Orça+ento neutro, o orçamento < mera peça contábil> uma formalidade necessária edescomprometida com planos de !o+erno/ " !estor público elabora o orçamento só paracumprir essa etapa le!al da or!ani2aç%o do Estado> sem se preocupar em +incular os !astos auma postura ideoló!ica ou a uma +is%o estrutural/

    -"' Orça+ento estrat:gia, < uma transiç%o entre o orçamento neutro e o orçamento pro!rama/ No orçamento estrat começam a ser traçadas metas de !o+erno> identificando@se

    os !astos n%o só por serem ob=eto> mas por sua finalidade/ 'inda n%o se reali2a> toda+ia>nen;um controle/

    -" Orça+ento #rogra+a, < o padr%o adotado atualmente> em Aue o orçamento está+inculado a um modelo de aç%o estatal definido pela (onstituiç%o/ "u se=a> ao analisar oorçamento> +-@se um modelo de Estado> as prioridades daAuela !est%o/ Ele passa a ser inte!radoao con=unto de ações Aue se espera do Estado> confi!urando um instrumento n%o só do modelode Estado> como tamb assim> de um instrumento para Auese alcance a pauta de +alores> Aue> no nosso caso> < estabelecida pela (onstituiç%o> ou se=a> parali!ar o discurso C aç%o/ Essa necessidade de +incular o orçamento Cs metas de !o+erno < muitoimportante> mas tamb

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    unidades orçamentárias ?> por e$emplo> for pedir autori2aç%o para seus !astos> eles de+em =ustifica@los plenamente/

    5/ EFI(^(I' D" "RQ'9EN," ? Aual a força =urdicaimpositi+a do orçamento] ' eficáciado orçamento < distinta para as receitas e as despesas/

    5/. Em relaç%o Cs reeitas> o orçamento < estimati+o> n%o apresentando> portanto> !randeeficácia =urdica> n%o sendo +inculante/ Ele apenas tra2 uma suposiç%o fundamentada de Auantoserá arrecadado pelo Estado> naAuele perodo/ #or ser uma mera estimati+a> n%o ;á problemasem as receitas +irem a ser efeti+amente maiores ou menores do Aue o pre+isto> na medida emAue dependem da aç%o de terceiros/

    5/0 Em relaç%o Cs des#esas> o orçamento < autori2ati+o> condicionante e especfico/ "u se=a>o !estor só pode !astar o Aue ele foi> por uma dotaç%o orçamentária> autori2ado a !astar e de+eidentificar o montante dos !astos e o ob=eto a Aue se destina/ 'inda Aue o poder público possuadin;eiro e se=a necessário o !asto> esse de+e ser autori2ado/ ' eficácia =urdica do orçamento> no

    Aue tan!e Cs despesas> portanto> muito maior do Aue no Aue tan!e Cs receitas/ Nossoorçamento ;o=e> por n%o < impositi+o> n%o obri!a o !estor a !astar tudo o Aue ele determina>mas tudo o Aue o !estor !astar tem Aue ser permitido por ele 8autori2ar o !asto> por n%osi!nifica ter recursos no cai$a público> Auando da efeti+aç%o da despesa)/ Tuando n%o foremreali2adas todas as despesas pr o !estor de+e demonstrar efeti+amente Aue n%o;a+ia din;eiro para reali2ar o Aue faltou> =ustificando ra2oa+elmente a n%o reali2aç%o dos !astos pre+istos/

    * "rçamento < diferente de cai$a público: orçamento < uma #RE&IZ"> enAuanto conta8cai$a) < uma EFE,I&'QZ"/

    6/ ("N,R"E JDI(I': pode se dar pela +ia difusaconcreta ou pela +iaconcentradaabstrata/

    6/. " ontro&e difuso < reali2ado de modo incidental> inspirado nos Estados nidos> e <muito comum na tutela do direito C saúde/

    6/0 " ontro&e onentrado < reser+ado ao ,F e analisa o ato normati+o em tese>resol+endo com eficácia !eral/ "s tipos de controle concentrado admiss+eis> em face doorçamento s%o:

    a) 'D#F: Auando a lei orçamentária infrin!ir um preceito fundamental/* (abe a 'D#F diante de AualAuer ato do #oder #úblico> normati+o ou n%o> Aue +iole um

     preceito fundamental 8ob=eto> portanto> muito mais abran!ente ? e$i!e apenas Aue ;a=a

    descumprimento> independendo de o ato ser anterior C (onstituiç%o> ser municipal> federal ouestadual> re+o!ado ou n%o)/

     b) 'DIN'D(: n%o cabem frente C lei municipal> pois se trata de instMncia do upremo,ribunal Federal/ Wistoricamente> o ,F n%o admitia 'DIN e 'D(> em face do orçamento8concretoespecfico)> pois elas só podiam ser a=ui2adas contra ato normati+o 8!en no =ul!amento da 'DIN> e medida cautelar 4U4V do Distrito Federal> reali2ou@se uma+otaç%o> uma no+a análise sobre o cabimento de 'DIN'D( frente C lei orçamentária/(oncluiu@se Aue cabia 'DIN'D( para AualAuer ato com força de lei> pois o Aue ;a+ia antesera uma restriç%o inde+ida ao te$to constitucional/

    * " ob=eto do controle de constitucionalidade reali2ado pela 'DIN < lei estadual oufederal e o do controle reali2ado pela 'D( < somente lei federal/

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    7/ #RIN(_#I" "RQ'9EN,^RI": princípio são regras mais ortes que resultam do todo sistemati/ado do ordenamento jurídico e que dirigem a sociedade em determinado momento

    'ist+rico. 8rincípios or!ament(rios, por sua #e/, são características especíicas de tais leis,

    que as dierenciam dos demais atos go#ernamentais. "s autores di+er!em> toda+ia> com relaç%oa Auais e Auantos s%o esses princpios/ ,rataremos dos Aue s%o especificamente orçamentáriosou se mostram> de al!uma forma> especiais para o orçamento/ Dentre estes> os dois maisimportantes s%o os dois primeiros> Aue definem a estrutura do orçamento> sendocomplementares um ao outro/ 'l o princpio da pro!ramaç%o merece uma especialatenç%o> de+ido ao modelo orçamentário adotado pelo rasil/

    0"! 6rin3#io da uni*ersa&idade 8arts/ .65> 5O .67> II> (F): o orçamento de+e seruni+ersal> em relaç%o CAuilo Aue ele de+e tratar 8receitas e despesas)/ Isso si!nifica Aue todas asreceitas e despesas de+em estar pre+istas na lei orçamentária> identificando@se a uma relaç%ocom o princpio da transpar-ncia/ ' abran!-ncia dessa uni+ersalidade> contudo> +aria> conformese está tratando das receitas 8com relaç%o Cs Auais o princpio < apenas uma indicaç%o de comode+e ser elaborado o orçamento) ou das despesas/

    a) " princpio tem menos força sobre a receita> n%o apresentando efeito condicionante e

    e$i!indo somente Aue todas as re>ceitas e$istentes no momento da elaboraç%o do orçamentose=am declaradas> o Aue n%o implica obri!atoriedade de Aue só se arrecade aAuilo ou no mnimoaAuilo/

     b) " princpio < mais ri!oroso> no Aue tan!e Cs despesas> apresentando efeitocondicionante/ ,em@se> assim> a autori2aç%o ou fi$aç%o das despesas/ e n%o ;ou+er pre+is%o noorçamento> a despesa n%o pode ser reali2ada/ 8E$emplo: o precatório ? o pa!amento dasdecisões =udiciais tamb AualAuer pa!amento feito pelo Estado demanda autori2aç%o pr por en!essar o !estora ponto de impedi@lo de +ir a fa2er !astos necessários/ Nesse sentido> < poss+el Aue se altere oorçamento para contemplar no+os !astos> atra+ Aue passam pelo mesmo processo le!islati+o das leis orçamentárias e tra2em> ent%o> essas no+as autori2ações de !astos>os cr na medida em Aue se e$i!e Aue eles se=am editados como no+as leis>compreendendo uma autori2aç%o adicional> ou se=a> at< para no+os !astos precisa@se deautori2aç%o le!al> Aue passa pelo mesmo processo le!islati+o do orçamento/ Esse cr especial ou e$traordinário/

     b/. (r "): < uma autori2aç%o para umno+o !asto 8o ob=eto de !asto < completamente no+o)/

     b/1 (r pre+istas no arti!o .67> 1O da (onstituiç%o Federal/

    * 9( apenas uma e$ce!ão ao princípio da uni#ersalidade, a qual compreende os tributosque podem ser cobrados de um ano a outro, mesmo não constando na lei or!ament(ria, uma

    #e/ que podem ser pre#istos ap+s a apro#a!ão e san!ão da lei pr+pria. H o Aue afirma a úmula66 do ,F: < le!tima a cobrança do tributo Aue ;ou+er sido aumentado após o orçamento> masantes do incio do respecti+o e$erccio financeiro/ -sso se justiica em un!ão de o tributo

     sujeitar*se ao princípio da anterioridade, conorme o qual basta que o tributo ten'a sido

    instituído ou aumentado no e$ercício anterior para que possa ser cobrado no ano seguinte.

     2essa orma, o tributo não depende de pre#isão na pe!a or!ament(ria.

    * #rincipal conAuista do Estado orçamentário: caráter autori2ati+o do orçamento> emrelaç%o Cs despesas/

    0"' 6rin3#io da e8&usi*idade 8art/ .65> VO> (F): < um princpio de ori!em americana> oAual determina Aue apenas receitas e despesas podem constar no orçamento/ ,al princpio

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    define> portanto> o Aue n%o pode estar no orçamento> isto define Aue n%o se permitirá noorçamento mat por e$emplo> C lei orçamentária disciplinar aremuneraç%o de pessoal> apenas autori2ar !astos !erais na área/ N%o < funç%o do orçamentotamb mas apenas pre+er Auanto aAuelas fontes e$istentes+%o !erar/ Esse princpio e+ita> portanto> as caudas orçamentárias> que eram dispositi#os nãorelacionados com o conteúdo do or!amento 6como mudan!a de nome de um logradouro, por

    e$emplo7 requentemente inseridos nos projetos de lei or!ament(ria como orma de acilitar

     sua apro#a!ão, na época da 1epública :el'a 6quando o 8residente s+ podia sancionar ou #etar 

    totalmente os projetos de lei apro#ados pelos ;egislati#o7/ " E$ecuti+o pressiona+a aelaboraç%o do orçamento pelo e!islati+o para poder dispor de +erbas e reali2ar as ações Auel;e competiam/ " e!islati+o> ent%o> inseria nas leis orçamentárias esses dispositi+osimpertinentes 8caudas orçamentárias) Aue l;e fa+oreciam> apro+eitando@se da pressa doE$ecuti+o> Aue lo!o aceitaria/ 'ssim> o princpio da e$clusi+idade impede a e$ist-ncia de brec;as para des+io de finalidade no orçamento/ Esse princpio < especfico da ei"rçamentária 'nual 8orçamento de e$ecuç%o propriamente dito)> Aue de+e obedec-@lo/ " princpio possui duas e$ceções> Aue se referem a autori2ações le!ais 8por lei comum ou pela ei

    "rçamentária 'nual)> as Auais podem constar ou n%o na ei "rçamentária 'nual/a) 'utori2aç%o le!al pelo crestando as tr-s leis orçamentárias em ;armonia> representando um orçamento unidirecionado>marcado pela complementariedade entre as leis> o Aue remonta e$atamente ao princpio de pro!ramaç%o/

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    0". 6rin3#io da #rogra+aç(o 8art/ .65> 0O> 4O> 7O> (F e art/ .66> 4O> (F): possui doisaspectos fundamentais:

    a) Necessidade de ;armonia e complementariedade entre o #lano #lurianual> a ei dediretri2es orçamentárias e a ei "rçamentária 'nual/ ma lei n%o pode ser elaborada de mododes+inculado das outras/ Funciona como uma escala ascendente> as etapas s%o complementares/

     b) " orçamento de+e ser um instrumento de concreti2aç%o constitucional> sustentado pela pauta de +alores eleita pela (onstituiç%o Federal como base para o Estado/ 'ssim> o principio da

     pro!ramaç%o está na base do orçamento@pro!rama> Aue e$i!e a identificaç%o da funcionalidade>do porAu- de cada !asto/ Nesse sentido> o orçamento indicará> nesta ordem: b/. ' funç%o do !asto tamb por 

    e$emplo> cultura> la2er> se!urança) b/0 ' subfunç%o> no #lano #lurianual 8por e$emplo> na área de saúde> pode@se indicar

    a subfunç%o de medicina pre+enti+a) b/1 " pro!rama de aç%o ao Aual está +inculado o !asto> na ei de Diretri2es

    "rçamentárias 8por e$emplo> se se trata de um pro=eto ? aç%o pontual ?> ati+idade ? aç%ocontinuada ? ou operaç%o especial ? n%o !era retorno diretoimediato)/

     b/4 " ob=eto de !asto> na ei "rçamentária 'nual 8ob=eti+o de tornar o orçamento umespel;o do Estado)/

    0" 6rin3#io da &ega&idade 8art/ .67> &> &I> &II> IY> (F): n%o < e$clusi+o da mat todo o direito se aplica dele/ Em mat ;á uma esp aspectos da transpar-ncia:

    a) (lare2a: o modo de redaç%o do orçamento e dos demonstrati+os de e$ecuç%oorçamentária de+e ser claro> tradu2ido para uma lin!ua!em acess+el> +isto Aue o orçamento <

    muito t Aue de+e poder ser compreendido pela populaç%o> Aue a ele tem acesso/

     b) Fidelidade: necessidade de Aue o !asto reali2ado corresponda ao !asto pre+isto/ Isso permite> atra+ identificar os !astos públicos/

    c) Especialidade: n%o pode ;a+er uma dotaç%o orçamentária !lobal!en mas simuma identificaç%o precisa no orçamento das receitas e> sobretudo> das despesas/

    d) #ublicidade: < o principal aspecto da transpar-ncia> Aue implica tornar público>di+ul!ar os dados sobre o orçamento e a e$ecuç%o orçamentaria> admitindo o acesso da populaç%o a esses dados/

    0"; 6rin3#io do e < implcito/ Esse princpiodetermina uma adeAuada proporç%o entre receitas e despesas/ 't< ;o=e se Auestiona> toda+ia> aideia de esse orçamento eAuilibrado ser sempre o mais adeAuado> em AualAuer con=unturasocial> poltica e econ3mica/ Wá> nesse sentido> a proposta de um eAuilbrio dinMmico> fluido>

    (FVV

    Etapas da pro!ramaç%oorçamentária

    #/#/'/

    /D/"/

    /"/'/DespesasReceitas

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    Aue admite uma mar!em de alteraç%o> conforme a con=untura/ ' opç%o adotada> atualmente> por < por um eAuilbrio mais r!ido> !uiado pela responsabilidade fiscal/

    0"= 6rin3#io da eono+iidade ou 6rin3#io do usto %enef3io, < um refle$o no direitofinanceiro do princpio administrati+o da efici-ncia 8arti!o 17> (F)/ ,ra2 a ideia de Aue se de+edar a mel;or alocaç%o poss+el aos recursos públicos> para Aue se alcance o má$imo deefici-nciautilidade no orçamento público/ "s !astos com publicidade institucional> pore$emplo> de+em obedecer a uma proporç%o/

    0"!> 6rin3#io da afetaç(o onstituiona&, esse princpio < +endido como soluç%o para os problemas do Estado> mas acaba !erando mais problemas do Aue solucionando@os/ ,rata@se da pre+is%o de áreas de aplicaç%o de recursos fi$as> Auais se=am a educaç%o e a saúde> Cs Auais sedestina um percentual das autori2ações orçamentárias de despesa 8ad+indo de uma parte dasreceitas arrecadadas no ano)> n%o se especificando a subfunç%o a ser desempen;ada por esse percentual em cada área/ (abe ressaltar Aue n%o se trata de um orçamento fi$o> como e$iste emal!uns pases> onde ;á autori2ações de !astos Aue n%o s%o analisadas e rea+aliadas a cadaorçamento 8e$emplo: remuneraç%o de pessoal)> n%o se admitindo a opç%o poltica de reali2ar ou

    n%o o !asto/ " Aue e$iste no rasil s%o !astos indiscut+eis e despesas fi$as> Aue> mesmo assim>de+em ser pre+istos no orçamento anual/ 'fetados os supramencionados percentuais> o Auesobra do orçamento dos estados e municpios < muito pouco para despesas de in+estimento>+oltadas a reali2ar o dito orçamento pro!rama 8orçamento como instrumento de poltica pública)/ Já na ni%o se sobra mais para in+estimentos> por isso estados e municpios recorremC +erba federal para seus in+estimentos/ Assim, pode*se #eriicar uma espécie de retorno aoantigo regime de "caudas or!ament(rias), na medida em que o que de#eria ser desen#ol#ido

    atra#és de políticas públicas, passa a ser ruto de oportunidades moment uma +e2Aue o !estor reali2a despesas> sem crit apenas para alcançar o percentual/a) Educaç%o 8art/ 0.0> (F): no mnimo .V[ da receita da ni%o e 05[ da receita dos

    Estados e 9unicpios s%o destinados C educaç%o/ b) aúde 8art/ .SV> 0O> 1O> (F art/ 77> 'D(,): lei complementar de+erá estabelecer

    os percentuais/

    V/ #R"(E" EI',I&" "RQ'9EN,^RI" 8 arts/ 6. ? 67 .66> (F): sob o ponto de+ista formal> o orçamento < lei 8com e$ceç%o do cr no sentido de atoeditado pelo e!islati+o> para submeter o modelo de !est%o ao po+o> ainda Aue por meio de seusrepresentantes/ 't< as leis de cr portanto> < do c;efe do #oder E$ecuti+o> Aue remete para o e!islati+o a propostaorçamentária 8art/ 00> ei 410U)> na Aual consta uma mensa!em de encamin;amento 8em Aue o#residente re+ela como fe2> o Aue estima)> um pro=eto de lei orçamentária com o atoorçamentário propriamente dito e tabelas e$plicati+as/ E$istem pra2os para a remessa do pro=eto8art/ 15> 0O> 'D(,)/ " pra2o para remessa do #lano #lurianual 8feito a cada Auatro anos) < 1.de '!osto do primeiro ano de mandatoB o da ei de diretri2es orçamentárias < .5 de 'brilB e oda ei "rçamentária 'nual < 1. de '!osto/ Esses pra2os> por s%o fi$ados em caráter

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    supleti+o> podendo os Estados e 9unicpios alterá@los> atra+ permanente> de controle e temática 8cu=otema < o plane=amento orçamentário público)/ No caso da ni%o> a comiss%o < mista> formadacon=untamente por deputados e senadores/ 's atribuições fundamentais da comiss%o deorçamento s%o:

    a) Emitir um parecer pr em obser+Mncia ao princpio da pro!ramaç%o do orçamento e ao princpio da unidade material> conforme os Auais todas as leis

    Aue tratem do orçamento de+em apresentar um sentido con=unto> a mesma diretri2/ 'ssim> se asleis orçamentárias de+em ser ;arm3nicas entre si> uma poss+el emenda tamb apenas corri!e erros e

    omissões da sua redaç%o/ ' única condicionante da emenda formal < a compatibilidade/ b/0 Emenda material: +ai implicar aumento de despesa e> para isso> al de+e indicar os recursos Aue ir%o financiar esse no+o !asto> em respeito ao principio do eAuilbrio/ ' única possibilidade de no+o recurso Aue a emenda pode indicar> nessesentido> < a anulaç%o de outra despesa/ "u se=a> far@se@ia a troca de uma despesa pre+ista peloE$ecuti+o por uma outra despesa proposta pelo e!islati+o> le!itimado por representar umaconsulta ao po+o/ Wá ainda certas +edações> pois e$istem determinadas despesas cu=a pre+is%o

    n%o pode ser retirada do pro=eto ori!inal para colocaç%o de uma despesa proposta peloe!islati+o/ Essas despesas compreendem:

    Despesa com pessoal 8com ser+idores)/ Despesas com ser+iços da d+ida> isto com +alores Aue o Estado se obri!ou a pa!ar por uma

    operaç%o de cr essencialmente> os =uros)/ Despesas com as transfer-ncias constitucionais tributárias> ou se=a> +alores Aue um ente

    federado transfere para outro por imposiç%odeterminaç%o e$pressa na (onstituiç%o/ E$emplos: parte do I#&' arrecado pelo Estado Aue de+e ser transferida para o 9unicpio no Aual o carrocirculaB parcela da receita da ni%o Aue < transferida para o fundo de participaç%o do EstadoB parcela da receita do Estado Aue < transferida para o fundo de participaç%o dos 9unicpios/

    ;"- 4ensage+ +odifiati*a 8art/ .66> 5O> (F): possibilidade de o #oder E$ecuti+o alterarum pedaço do pro=eto> dentro de um pra2o 8o incio da +otaç%o na comiss%o de orçamentodaAuele pedaço Aue se dese=a alterar)> en+iando uma mensa!em ao (on!resso Nacional/

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    ;". 2otaç(o: a +otaç%o tem por finalidade apro+ar ou re=eitar a lei orçamentária 8em tese> sefor re=eitada> o E$ecuti+o de+e fa2er tudo de no+o) e < feita> no caso da ni%o> em sess%ocon=unta de deputados e senadores> sendo a conta!em> por reali2ada separadamente>e$i!indo@se> para apro+aç%o Auórum de maioria simples em cada (asa/ No caso da ei deDiretri2es "rçamentárias> o pra2o para +otaç%o < o final do primeiro perodo le!islati+o 81U de =un;o)/ "s pra2os para o #lano #lurianual e para a ei "rçamentária 'nual correspondem aofim da sess%o le!islati+a/ 'ssim> teoricamente> o pra2o seria 00 de De2embro> mas ele pode ser prorro!ado> pois a sess%o só se encerra Auando apro+adas tais leis/ e ;ou+er omiss%o do#arlamento> ou se=a> se n%o se apro+ar a ei "rçamentária anual em seu pra2o> tem@se duassituações poss+eis:

    a) (aso este=a pre+isto na ei de Diretri2es "rçamentarias referente a este e$ercciofinanceiro> autori2am@se !astos de ..0 do orçamento> por m-s> at< ser apro+ada a ei"rçamentária 'nual/

     b) (aso a ei de Diretri2es "rçamentárias nada pre+e=a> pode@se> nesses casos deomiss%o> decretar a aus-ncia de orçamento como situaç%o de calamidade> em tese> e autori2ar!astos +ia cr uma +e2 Aue ser+e de base para ele/

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    !>"! Duraç(o, a maior parte da doutrina entende Aue tem duraç%o de um ano> mas ;á Auementenda Aue a lei de diretri2es orçamentárias dura um ano e meio> pois ela +ale do meio do anoem Aue < elaborada at< o final do ano se!uinte> considerando@se Aue ela influencia a elaboraç%odo orçamento subseAuente a sua elaboraç%o tamb"' Funç(o, com a (onstituiç%o Federal de .SVV> a lei de diretri2es orçamentáriasfunciona+a apenas como uma orientaç%o para a elaboraç%o do orçamento anual +indouro/ ' leicomplementar número .U.> de responsabilidade fiscal> de 0UUU> toda+ia> ampliou muito o papeldela> Aue passou a ser uma lei de orientaç%o de poltica financeira !eral do ente Aue a elabora/#assou@se a e$i!ir Aue a lei de diretri2es orçamentárias tratasse do eAuilbrio entre receitas edespesas 8art/ 4O/ I> a)/

     !>" E&e+entos

    a) (onstituiç%o Federal de .SVV ? art/ .65> 0O art/ .6S> .O> II> (F: os elementos da eide diretri2es orçamentárias referidos na (onstituiç%o relacionam@se C funç%o clássica Aue a(onstituiç%o determina para a lei de diretri2es orçamentárias> Aual se=a a de orientar o pró$imoorçamento/

     b) ei de responsabilidade fiscal ? arts/ 4O> 5O> .4> .6> 05: os elementos da ei dediretri2es orçamentárias determinados pela ei de Responsabilidade Fiscal relacionam@se Cfunç%o determinada por esta para aAuela> Aual se=a a de orientar a poltica financeira> no !eral/

     b/. 'ne$os: art/ 4O> .O @ 4O> RF: o prop+sito desses ane$os é bali/ar ocomportamento do agente público, no sentido de obriga*lo a se justiicar, quando dei$ar de

    atender &s inalidades tra!adas na lei or!ament(ria.

     b/0 'ne$o de metas fiscais 8art/ 4O> .O): estudo da e+oluç%o dos indicati+os de receita>despesa e endi+idamentoB estudo sobre o comportamento> a +ariaç%o desses indicadores/  0u

     seja, de#e i$ar as receitas e despesas, resultados nominal 6dieren!a de todas as receitas e

    despesas7 e prim(rio 6dieren!a entre receitas e despesas, e$cluídos juros e o principal da

    dí#ida, tanto pagos como recebidos7 e montante da dí#ida pública, para o e$ercício a que se

    reerirem e para os dois seguintes 6art. ?G, FDG7. 0 ane$o de metas iscais é importante para que

    as metas que de#em ser alcan!adas pelo ente estatal sejam deiniti#amente estabelecidas, comoa 5onstitui!ão e$ige da ;ei de diretri/es or!ament(rias. 0 ane$o ainda de#e conter uma

    a#alia!ão do cumprimento das metas relati#as ao ano anterior, com dados objeti#os 6números,

    estatísticas, etc7 que possam undamentar qualquer an(lise.

     b/1 'ne$o de riscos fiscais 8art/ 4O> 1O): estudo de despesas necessárias 8passi+oscontin!entes) Aue possam sur!ir no ano se!uinte> !astos Aue t-m al!um risco de sur!ir/ * ,odasas unidades federadas de+em ter/

    I 0 que acontece se o 8residente não encamin'ar o projeto de lei de diretri/es or!ament(riasJ

     8ode*se eetuar atuali/a!ão na lei do e$ercício anterior, cujo te$to seria então, promulgado

     pelo 5ongresso, sem prejuí/o da instaura!ão de processo por crime de responsabilidade. 0utra

     situa!ão complicada ocorrer( quando da aprecia!ão do projeto de or!amento anual. 5omo não

     oram instituídos par o #lano#lurianual e a ei de Diretri2es "rçamentárias tamb e$ercendo papel condicionante sobre a ei "rçamentária 'nual/

    !!"! Duraç(o, apresenta duraç%o de um e$erccio financeiro> ou duraç%o anual/

    !!"' Funç(o, a funç%o da ei "rçamentária 'nual < ser o orçamento stricto sensu> oorçamento de e$ecuç%o> diretamente operacional> Aue < condicionante para as despesas 8tem

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    uma preocupaç%o mais pra!mática de autori2aç%oorientaç%o de !astos) e parMmetro para asreceitas/ Está li!ada ao princpio da uni+ersalidade> Aue a!e t%o somente sobre essa lei/

    !!" E&e+entos 8art/ .65> 5O> (F)a) "rçamento fiscal: < o mais importante dos orçamentos Aue compõem a ei

    "rçamentária 'nual e tra2 as despesas e receitas de um ente federati+o em caráter mais amplo>consagrando o princípio da uni#ersalidade/ &ai en!lobar> ent%o:

    a/. " orçamento de cada ente federati+o ? dentro dos Auais ;á poderes e ór!%os comautonomia financeira/

    a/0 " orçamento das autarAuias e fundações públicas ? pessoas =urdicas de direito público distintas dos entes federados parciais> mas li!adas a um deles> de modo Aue seusorçamentos ser%o inseridos no orçamento dos respecti+os entes/

    a/1 " orçamento das empresas estatais dependentes 8art/ 0`> III> RF) ? entende@se por empresa estatal a pessoa =urdica de direito pri+ado> cu=o capital social ad+ Aue> por isso> det como> por e$emplo> a #etrobrás e a Embasa/ o!o> toda empresa estatal <

    controlada pelo Estado> por

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    1/0/0 (r e$ecutar as despesas e analisar o perodo detempo no Aual se dá essa e$ecuç%o/ (abe ressaltar Aue estamos falando substancialmente da ei"rçamentária 'nual 8as demais leis orçamentárias funcionam a partir do condicionamento Aueimpõem C ei "rçamentária 'nual)/

    0/ EYE(QZ" DE RE(EI,': as receitas s%o meramente orçadas> estimadas> pre+istas> pro=etadas> mas> apesar disso> sua pre+is%o n%o < inútil> pois permite o alcance do eAuilbrioorçamentário> na medida em Aue +ai embasar a autori2aç%o de despesas/ er+e tamb para saber se a receita real corresponde C estimada pelasmetas de !o+erno/ * 's receitas n%o s%o fi$adas ou condicionadas pelo orçamento porAuedemandam +ontade de terceiros para se efeti+arem/

    '"! 6re*is(o: comporta duas etapas ? a pre+is%o anual> na ei "rçamentária 'nual> e a pre+is%o bimestral> nas metas de arrecadaç%o/ ' estimati+a de receitas de+e obedecer aos maisob=eti+os reAuisitos poss+eis> confi!urando um pro!nóstico 8n%o uma adi+in;aç%o) t%o pró$imoAuanto poss+el da realidade/ ' pre+is%o de+e constar de:

     a) 9 paraAue al!u se necessário/

     b) #onderaç%o sobre os fatores Aue podem pro+ocar +ariações na receita> como flutuaçõesna le!islaç%o> +ariações econ3micas e Auestões con=unturais da re!i%o/

    Feita a pre+is%o anual> aos poucos> de+e@se elaborar a pre+is%o bimestral 8parMmetro para apurar a meta de receita)/

    '"' 7ança+ento, < o ato Aue confere C receita e$i!ibilidade e liAuide2> formali2ando asoperações =urdicas de cr o I#, e o I#&'> por e$emplo> e$i!em lançamento/ Já os preços públicostarifas n%o/

    '" Arreadaç(o, pode ser espontMnea 8sem necessidade de medida coerciti+a de cobrança)ou compulsória e> normalmente> < feita =unto ao arrecadador> Aue concede ao contribuinte umcompro+ante de Auitaç%o/ Wo=e> os a!entes arrecadadores de receitas públicas s%o os bancos>

    Aue conferem compro+antes ? autenticaç%o mecMnica/

    '"- Reo&5i+ento, < uma esp Auando o a!entearrecadador repassa o +alor arrecadado ao ente público/ No caso atual> dá@se o recol;imentoAuando o banco transfere o +alor arrecadado para o cai$a público> Aue < uma conta bancária/

    #rincpio da unidade de cai$a de tesouraria de conta: o recol;imento de+e obedecer a esse princpio> conforme o Aual todos os recursos públicos de um ente federado de+em serdepositados em conta única> possuindo cada ente a sua/ Esses recursos públicos s%o> na +erdade>a KsobraL de din;eiro> a disponibilidade de cai$a> os recursos dispon+eis/ %o e$ceções a esse princpio:

    "s fundos públicos 8arts/ 7. a 74> ei 410U) ? afetações de recursos a fins especficos> Aue>

     =ustamente por serem afetados a esse fim> e$i!em conta separada/

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    's contas especficas: recursos afetados C educaç%o e C saúde ou a con+-nios> para se e+itaremdes+ios e serem controlados mel;ormente 8em decorr-ncia dos muitos repasses en+ol+idos)>de+em ser mantidos em contas separadas/

    * ' disponibilidade de cai$a < a manutenç%o de uma única conta/ "nde de+e ficar essa contaúnica] Isso < pre+isto nos arti!os .64> 1O> (FVV e 41> RF/ ' sistemática (ai$a Federal> anco do rasil)/ Wo=e> trata@seou da (ai$a Econ3mica ou do anco do rasil> pois a maioria dos bancos estaduais foi pri+ati2ada e absor+ida por bancos pri+ados/ Nessa operaç%o> o 'NE e outros bancosestaduais se comprometeram a permanecer com o depósito do cai$a do Estado por um tempo para tornar o ne!ócio de sua +enda mais lucrati+o> dando credibilidade ao banco/ Isso>entretanto> em muitos casos 8embora n%o no do 'NE)> foi considerado inconstitucional pelo,F/ (abe ressaltar Aue essa obri!atoriedade de depósito em instituiç%o financeira oficial refere@

    se t%o@somente C conta única> o Aue n%o si!nifica Aue os entes públicos n%o possam pa!ar osser+idores e terceiros em bancos pri+ados> pois> nesta relaç%o> os clientes dos bancos pri+adoss%o os ser+idores e terceiros> n%o os entes federados/

    1/ EYE(QZ" DE DE#E': como as receitas s%o meramente orçadas> o orçamento n%o <condicionante/ 9as> como em relaç%o Cs despesas> a força normati+a condicionante doorçamento < muito maior> conforme o princpio da uni+ersalidade 8art/ .67> II> (F)> o estudo dae$ecuç%o das despesas +ai analisar como se dá a autori2aç%o le!al e Aue procedimentos +%o serutili2ados para efeti+aç%o das despesas/

    "! Autori9aç(o &ega&: ' autori2aç%o le!al < imprescind+el e condicionante para e$ecuç%ode despesas/ Essa autori2aç%o ou estará na "' 8maioria dos casos) ou será dada por cr

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    @ Dotações para pro!ramas especiais de trabal;o para os Auais n%o < poss+el odetal;amento antecipado 8aç%o pública Aue no momento de sua pre+is%o no orçamento n%o se pode precisar Auais elementos de !asto est%o en+ol+idosB e$: afetados por si!ilo @ se!urança)/

    @ Reser+a de contin!-ncia 8ane$o de riscos fiscais): n%o pode ser especificada porAue < uma dotaç%o para !astos Aue ainda n%o s%o pre+is+eis> por sua própria nature2a ?reser+a@ n%o ;á como detal;ar antecipadamente/ Tuando < poss+el delimitar os elementos de!asto> trata@se de um !asto esperado> n%o contin!encial/

    a/1 "rçamento bruto: a dotaç%o orçamentária constará no orçamento pelo seu +alor bruto 8n%o lAuido)/ ,em importMncia maior para a contabilidade pública do Aue para efeitos =urdicos por e+itar a contabili2aç%o em duplicidade de uma receita ou de uma despesa/

     b) (r sem abrir m%o da le!alidade/ 'ssim> os cr em certa medida>Auebram a ri!ide2 do orçamento> mas> em compensaç%o> submetem@se a uma autori2aç%o le!al> pelo mesmo processo le!islati+o das leis orçamentárias re!ulares> n%o sendo uma e$ceç%o ao princpio da uni+ersalidade/ ,rata@se de uma possibilidade de se obter no+as autori2ações de!astos durante a e$ecuç%o orçamentária e$cepcionalmente e de modo pontualB s%o no+asdotações orçamentária apro+adas durante o e$erccio financeiro/

     b/. ReAuisitos para aberturareali2aç%o de um cr "):@ 'utori2aç%o le!al 8a medida pro+isória tambembora n%o precise de #RH&I' autori2aç%o)

    @ 'bertura por decreto e$ecuti+o 8ato le!islati+o infrale!al) instituindo na prática aabertura do cr osaldo positi+o Aue permite começar o outro e$erccio com din;eiro> moeda do e$erccioanterior/ eria uma esp a sobra do e$erccio atual/ (ontudo> esse e$cesso n%o precisa estar em cai$a>

    +isto Aue se pode ter e$ecutado mais do Aue o pre+isto/ Resultantes de anulaç%o total ou parcial de outra dotaç%o orçamentária 8< afonte mais comum)

    #roduto de operações de cr portanto> de+e ser entendido com reser+as/ 'penas o cr

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    decreto> se!uido da remessa do pro=eto de lei com ur!-ncia C (asa e!islati+a/ " ,F tem sidori!oroso com a apro+aç%o de cr parae+itar Aue ;a=a des+ios públicos/ 'l!uns autores> como Ricardo obo ,orres> defendem ae$ist-ncia de Auatro fases no procedimento de despesa 8pois eles di+idem a fase de pa!amentoem duas)/ (ontudo> indiscuti+elmente> tem@se tr-s fases: empen;o> liAuidaç%o e pa!amento/ "sautores entendem Aue a pro!ramaç%o < Aue elabora a despesa e Aue se de+e !arantir o controleda re!ularidade da despesa/ Essas fases s%o muito importantes para !arantir a impessoalidade eo bom uso do din;eiro público> os procedimentos n%o s%o burocráticos> s%o necessários/

    1/0/. Empen;o: < o ato inicial/ Reali2a a despesa propriamente dita/ ' definiç%o le!al doempen;o se encontra no art/ 5V> "/

    'to autoridade obri!aç%o de pe!ar 

    " empen;o n%o dei$a de ser uma manifestaç%o da +ontade da 'dministraç%o #ública>lo!o> trata@se de um ato/ ' autoridade competente < o "rdenador de Despesa> Aue seria umór!%onúcleo> mas Auem pede a despesa < o !estor da nidade "rçamentária/

    ' lei di2 Aue o empen;o cria 8no sentido de Kdar ori!emLB < eAui+ocado di2er Aue se cria)obri!aç%o de pa!amento 8dá impress%o Aue o Estado passa a ter uma obri!aç%o de pa!ar)/

    H um de+er =urdico Aue < imposto ao Estado de reali2ar uma prestaç%o ? de di+ersasnature2as ? ao credor/ ó s%o obri!ados aAueles Aue t-m +alor pecuniário/ ,udo Aue n%o se=aAuantia em din;eiro n%o cabe ao empen;o/

     Na ;ora do empen;o> a obri!aç%o pode ser e$i!+el ? a despesa se conclui no momento ?

    ou n%o e$i!+el ? a despesa n%o +ai ser concluda naAuele momento> podendo ocorrer portermos ou condições/E$emplo: m municpio> no Aual a aposentadoria aos seus ser+idores < dada pelo IN>

    tem seu +encimento dado por lei/ Wá uma obri!aç%o de pa!ar o tributocontribuiç%o C ni%o/" empen;o n%o cria nem e$tin!ue a obri!aç%o de pa!ar/ ' obri!aç%o de pa!ar ocorre

    independentemente do empen;o/,em funç%o de controle orçamentário financeiro> < de ordem formal/ ' lei di2 Aue o

    empen;o cria condições C concreti2aç%o de pa!ar/1/0/././ (onceito: empen;o < a +inculaç%o de uma despesa propriamente dita e a

    dotaç%o orçamentária autori2ada> +erificando se ;á mesmo a autori2aç%o le!al/ " empen;o fa2li!aç%o e identificaç%o e> mais importante> fa2 o bloAueio da dotaç%o/

    1/0/./0/ Funç%o: bloAuear a dotaç%o orçamentaria> !arantindo a +inculaç%o daAuela

    dotaç%o ou de parte dela a uma despesa/ " empen;o +isa a impedir Aue n%o se !aste al !astar mais do Aue ;á no orçamento/ ,rata@se de uma funç%o mais formal> !arante are!ularidade formal do orçamento/ e !arante o pa!amento formal da despesa/ 'ssim> AualAuerno+o !asto n%o pode utili2ar +erba empen;ada Na maioria dos caos> se e$i!e a nota deempen;o> em Aue se di2 Aual dotaç%o fa2 o empen;o> Auanto se bloAueia da dotaç%o> e Auantosobrou da dotaç%o> para se ter uma base em futuras dotações> sendo> dessa forma> documentado/Em notas de peAuenas despesas> se dispensa a e$pediç%o da N",' D" E9#ENW"> embora oE9#ENW" n%o possa ser dispensado/

    1/0/./1 Esp normalmente> para aAuelas despesas certas Auanto a sua

    e$ist-ncia> mas n%o Auanto ao seu montante> embora e$ista uma m ent%o> umaestimati+a> por e$emplo> nas contas de a!ua> lu2> ;á uma m

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    despesa m se empen;a mais o +alorB se se !asta menos>cancela o empen;o para a dotaç%o e fa2 um no+o empen;o com a no+a m por mas se pa!a parcelado/ E$emplo: obras públicas/ Fa2 o empen;o !lobal do +alor total> e +ai liAuidando m-sa m-s/

    1/0/0/ iAuidaç%o: tem funç%o de !arantir Aue o estado está pa!ando aAuilo Aue realmenteele de+e> para Auem de+e e Auando ele de+e/ H muito importante para se controlar asubstanciamaterial da despesa> e+itar fraudes/ &erificar Auem < o credor> se < mesmo aAuela pessoa> Aual < o montante e$ato e Aual o moti+o da despesa/

    Tuem> Auando> por Aue ? < atra+ relatórios> Aue se +erifica elementosAue autori2am o pa!amento para !arantir a re!ularidade material do !asto/

    1/0/1 #a!amento: < a conclus%o> e$ecuç%o propriamente dita da despesa/ E$istem doisatos Aue o formali2am: ordem de pa!amento dada por autoridadeB e depois ocorre o pa!amentoefeti+o com a liberaç%o de recursos para e$ecuç%o 8normalmente a partir de instituiçõesfinanceiras ?e$ecutor do pa!amento@ credenciadas pelo Estado) H a entre!a da Auantia aocredor/ ' ordem de pa!amento < de compet-ncia da autoridade/ " pa!amento < a e$ecuç%o da

    despesa> a e$emplo de um banco Aue coloca din;eiro na conta de ser+idores por pa!amento desalário/ ,udo isso < necessário para !erar impessoalidade da administraç%o e o bom uso dodin;eiro público/

    "" 4odos es#eiais de e8euç(o: por caractersticas próprias =ustificam alterações nase$ecuções> sendo estas aparentes/

    1/1/. uprimento de fundos: < o re!ime de adiantamento/ H usado para despesas maisinformais> ur!entes> si!ilosasB despesas Aue impedem a formali2aç%o da despesa/ Wá o empen;o>a liAuidaç%o e o pa!amento do adiantamento/ " adiantamento < a entre!a do din;eiro> Aue saido cai$a público> ao ser+idor público/ " ser+idor +ai reali2ar a despesa propriamente dita> emnome do Estado 8tem@se a fase orçamentaria e a de prestaç%o de contas) e> após> fara a prestaç%ode contas/ ' discriminaç%o no Estado < o din;eiro Aue saiu para adiantamento> Aue pode +im dedotaç%o especfica> ou cai$a para peAuenas despesas/*

    1/1/./0/ #restaç%o de contas: < o Aue complementa o suprimento dos fundos/ e oser+idor n%o presta contas> pode@se caracteri2ar como crime> pode !erar conseAu-ncias ci+is>administrati+as e penais/

    1/1/./1 &edações: s%o situações n%o permitidas ? o ser+idor n%o Aualificado a recebero adiantamento ou suprimento de fundoB ser+idores em alcance 8receberam adiantamento antese n%o se prestou contas ou estas foram re=eitadas> ou prestou contas de forma incorreta*)BaAueles Aue t-m dois adiantamentos e est%o afastados 8no caso da ni%o especificamente> masos outros entes se oscilam similarmente)/

    1/1/0 Diárias: as diárias s%o +alores entre!ues ao ser+idor público para cobrir os !astosAue ele tem para se locomo+er para um local no e$erccio de sua funç%o/ m professor Aue precisa cumprir uma funç%o fora do seu ambiente de trabal;o de+e receber diárias/ H o custoadicional de subsist-ncia por estar em local diferente do Aue se +i+eB compreende> portanto> a

    cobertura de despesas 8inerentes> sempre arcadas pelo ser+idor Auando tem Aue se locomo+er)Aue o ser+idor público ten;a Auando se deslocar por e$i!-ncia do ser+iço e em caráter e+entuale transitório/ ,eoricamente> de+e suprir transporte> alimentaç%o e repouso/ Em al!uns casos>muito comum com os militares> Auando =á l;e < dado alimentaç%o e repouso> a diária < redu2idaat< a metade> ou nem e$iste 8pois ela n%o < uma !ratificaç%o)/ e n%o for necessária pernoite>tamb o ser+idor precisa sair do seu domicilio/ sualmente> n%o se pa!adiária dentro de re!i%o metropolitana> sal+o se for necessária pernoite/ Isso porAue o moti+o dadiária de+e ser a necessidade do ser+idor/ E$istem situações especiais> como o afastamento paramel;oramento 8ir para outra cidade fa2er uma pós> uma capacitaç%o> uma palestra)/ 9as nestescasos> de+e@se analisar o caso concreto para +erificar se o aperfeiçoamento está li!ado> <realmente necessário par ao ser+iço ou < desen+ol+ido em paralelo a ele/

     N%o se aplica a uma transfer-ncia 8deslocamento em definiti+o)> pois a muda@se odomicilio e desloca@se o custo de +ida para lá/

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    's diárias s%o> portanto> despesas com pessoal 8+erba de titularidade do ser+idor)/ 'diária está indeni2ando o suposto custo Aue ele +ai ter se deslocandoB os !astos Aue ele fa2 s%oem nome próprioB ele n%o presta contas/ " ser+idor só precisa de+ol+er o +alor da diária se elen%o efetuar o deslocamento/

    1/1/0/./ (onceito: < empen;o> liAuidado e pa!o antes de c;e!ar ao ser+idor/ "din;eiro < do ser+idor> de modo Aue este o !asta como ac;ar mel;or/ ' diária n%o < umadiantamento> o ser+idor recebe a diária porAue tem uma funç%o desempen;ar/ N%o tem prestaç%o de contas/ " Estado se preocupa apenas se o ser+idor está cumprindo seu de+er/

    1/1/0/0/ (oncess%o: de+e ser feita pela autoridade administrati+a C Aual estásubordinado o ser+idor/ Entende@se> atualmente> Aue de+e ;a+er uma decis%o fundamentada/

    1/1/0/1/ #a!amento: em re!ra> < pr se o perodo Aue o ser+idor for passar fora de seu domiclio formenor Aue .5 dias> o pa!amento de+e ser pr o pa!amento de+e ser reali2ado de .5 em .5 dias/ (abe destacar Aue s%o +erbas denature2a indeni2atória/

    4/ #ER_"D" DE EYE(QZ": a noç%o de orçamento cclico < essencial para a própria ideia de

    orçamento> considerando Aue estamos falando prioritariamente da "'/-"! E8er3io finaneiro 8art/ .65> SO> I> (F art/ 14> "): < o perodo base da e$ecuç%oorçamentária/ H um perodo de tempo no Aual se compreendem os ciclosB perodo padr%o daor!ani2aç%o da +ida financeira como um todo> pois +incula uma s n%osó públicos/ " e$erccio financeiro de+e ser definido por lei complementar> =á Aue a(onstituiç%o n%o tra2 um conceito e$presso/ ' ei (omplementar Aue define o e$ercciofinanceiro < o art/ 14 da "> o Aual nos di2 Aue o e$erccio financeiro < o ano ci+il 8perodocorrido de 165 dias)/ ' Auest%o n%o ;a+endo moti+o para alterações): n%o estáe$presso na (onstituiç%o Aue o e$erccio financeiro de+e ser anual> por como> pore$emplo> com a pre+is%o da "' e do plane=amento anual da 'dministraç%o #ública/ Isso <+erdade> mas n%o podemos i!norar Aue o le!islador constituinte usa uma lin!ua!em n%ocientficaB tal+e2 n%o ;a=a uma intenç%o/ (aXmmi ac;a Aue está implcito na (onstituiç%o Aue oe$erccio financeiro de+e ser anual> mas n%o Aue ele de+e se iniciar em primeiro de Janeiro eterminar em 1. de De2embro/

    -"' Regi+e de e8euç(o 8art/ 15> "): < o re!ime de re!istro das receitas e despesas/ H

    como se +oc- pretende estruturar> re!istrar nos demonstrati+os> a Aue datas +%o estar +inculadasas receitas e despesas/

    H um re!ime misto 8caso únicoB !era problemas de e$ecuç%o orçamentária no tempoB noMmbito pri+ado> < o contrário)/ "u se=a> ;á um re!istro para as receitas e outro para as despesas> para al de mo+imentoflu$o financeiro> Aue> em certa medida> < umespel;o da e$ecuç%o orçamentária/ Wá> ent%o> dois re!istros paralelos: o de cai$a e o dee$ecuç%o/ N%o +ai ser a mesma coisa> pois o mo+imento do orçamento < diferente domo+imento de din;eiro/

    Em relaç%o Cs receitas> s%o re!istradas no momento em Aue s%o arrecadadas 8< o Aue sec;ama de re!istro de cai$a> no re!ime pri+adoB n%o interessa Auando sur!iu o d o re!istro de receita +ai coincidir com o re!istro de cai$a 8isso < o normal)/

     No entanto> as despesas públicas s%o re!istradas na data do empen;o> pois isso !arante Auee$ista a dotaç%o orçamentária/ H um re!ime de compet-ncias/ Ent%o> o re!istro de cai$a n%o +aicoincidir> normalmente> com o re!istro de despesa 8re!istro orçamentário)/ Tuando se empen;a

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    e pa!a tudo no mesmo orçamento> n%o ;á problemas/ 9as> se> em 1. de De2embro> ;ou+erempen;os pendentes> eles de+em ser cancelados e de+e@se fa2er um no+o empen;o +inculandoum no+o !asto ao e$erccio financeiro se!uinte/ Isso en+ol+e muita burocracia/ E$iste> por isso>um instituto Aue permite Aue determinadas despesas> =á empen;adas> mas n%o concludas>continuem K+alendoL no orçamento se!uinte/ Esse instituto < o instituto dos restos a pa!ar/

    -"" Restos a #agar 8art/ 16> "): < o resduo do orçamento anterior Aue ficou para se pa!ar no e$erccio se!uinte/ %o despesas empen;adas em um e$erccio> mas n%o pa!as at< ofim dele 8leia@se 1. de De2embro)> Aue podem> ent%o> ser inscritas no orçamento se!uinte econtinuar sobre+i+endo/ Esse instituto> por < pensado para peAuenas despesas> Aue de+iamser pa!as rapidamente/

    ,rata@se> portanto> de resduos financeiros fantasmas do e$erccio anterior> Aue compõem ad+ida flutuante 8d postoAue inte!ram a e$ecuç%o orçamentária anterior> o Aue n%o si!nifica Aue essas despesas n%o t-mautori2aç%o> mas apenas Aue elas n%o t-m autori2aç%o naAuela e$ecuç%o)/

    eu pa!amento constitui despesas e$traorçamentárias 8e$istem receitas e despesas Aueconstituem apenas re!istros de cai$a)/

    "s restos a pa!ar t-m uma sobre+ida de um ano> podendo ser pa!os> assim> em at< um ano/

    Do contrário> tais despesas s%o canceladas/4/1/./ (onceito ? despesas empen;adas n%o pa!as at< 1. de de2embro: s%o despesasempen;adas> mas n%o pa!as/ %o resduos financeiros Aue s%o +inculados ao e$erccio anterior> pa!os no e$erccio se!uinte> sendo consideradas despesas e$traorçamentárias> di+idasflutuantes/

    a) Resduos financeiros b) Despesa e$traorçamentáriac) D+ida flutuante

    4/1/0/ (lassificaç%oa) #rocessados: aAueles onde =á ocorreu> =á se encerrou a liAuidaç%o da despesa 8os

    restos a pa!ar só s%o classificados como processados após a conclus%o da liAuidaç%o)/ b) N%o@processados: só ;ou+e o empen;o/ E$iste uma outra subcate!oria em Aue

    ;ou+e o empen;o e se INI(I" a liAuidaç%o/ Normalmente> s%o canceladas/4/1/1/ Inscriç%o 8decreto S1V70.SV6): < apenas da ni%o> n%o < obri!atório para osoutros entes federados/ (omo a ni%o di+ide os !astos empen;ados e n%o pa!os Aue ser%oinscritos como restos a pa!ar e os Aue ser%o cancelados] Ela defende Aue todos os empen;osainda n%o pa!os> mas =á processados> de+em ser inscritos/ Entretanto> nem todos os n%o processados ser%o inscritos/ E$istem Auatro casos em Aue ser%o:

    a) Tuando ainda esti+er no pra2o para cumprimento do empen;o> porAue só pode pa!ar em data posteriorB Auando n%o ;ou+er nen;um adimplemento pelo contratante> contratadoe credor/

     b) 'inda n%o concluda a liAuidaç%o> está em processo de liAuidaç%o/c) Empen;o n%o liAuidado> mas ;á interesse da ni%o no cumprimento do ob=eto da

    despesa/ H um crit em Aue se pre+inem riscos e corri!em des+ios capa2es de afetar o eAuilbrio dascontas públicas> mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e aobedi-ncia a limites e condições no Aue tan!e a renúncia de receita> !eraç%o de despesas com

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     pessoal> da se!uridade social e outras> d+idas consolidada e mobiliária> operações de crinclusi+e por antecipaç%o de receita> concess%o de !arantia e inscriç%o em Restos a #a!ar/ ma das funções da Responsabilidade Fiscal < fi$ar um limite para os restos a pa!ar/ Isso seriafeito pelo art/ 4.> mas ele foi +etado> sob o ar!umento de Aue seria feito outro/ Wo=e> ent%o> n%o;á nen;um ato especifico Aue limite e$pressamente o total de restos a pa!ar/

    Art" .=B/ "rdenar ou autori2ar a inscriç%o em restos a pa!ar> de despesa Aue n%oten;a sido pre+iamente empen;ada ou Aue e$ceda limite estabelecido em lei: #ena ? detenç%o>de 6 8seis) meses a 0 8dois) anos/ Art" .=BF/ Dei$ar de ordenar> de autori2ar ou de promo+er ocancelamento do montante de restos a pa!ar inscrito em +alor superior ao permitido em lei:#ena ? detenç%o> de 6 8seis) meses a 0 8dois) anos/ Normas penais em branco> porAuedependiam de complemento pelo arti!o 4.> Aue foi +etado/

    " má$imo Aue se tem de controle dos restos a pa!ar atualmente < a análise comra2oabilidade reali2ada pelo ,ribunal de (ontas> um crit um limite!eral> baseado em crit ;o=e n%o e$iste/

     b) ltimos dois Auadrimestres 8art/ 40> RF): o Aue a RF tra2 < um limite para osúltimos dois Auadrimestres> Auando o !estor> para assumir no+as obri!ações> tem Aue seenAuadrar em uma de duas opções:

     b/. 's obri!ações se encerram no mesmo e$erccio financeiroB n%o dei$a nada pendente para o e$erccio se!uinte/ b/0 e dei$ar> precisa dei$ar tamb o !estor sofre multa> improbidade> e uma s penais@ < um crime financeiro/

    Isso> indiretamente> +isa a impedir Aue ele> nos últimos V meses de mandato> criedespesas Aue fiAuem a pa!ar para o pró$imo !estor/

    Art" -'" H +edado ao titular de #oder ou ór!%o referido no art/ 0U> nos últimos doisAuadrimestres do seu mandato> contrair obri!aç%o de despesa Aue n%o possa ser cumpridainte!ralmente dentro dele> ou Aue ten;a parcelas a serem pa!as no e$erccio se!uinte sem Aue;a=a suficiente disponibilidade de cai$a para este efeito/

    4/1/5 E$tinç%o: ou eles s%o pa!os 8Auitados) ou s%o cancelados/ " pa!amento constitui

    uma despesa e$traorçamentária> re!istrada no cai$a> mas n%o naAuele orçamento/ "cancelamento < mais uma Auest%o de ordem formal orçamentariaB n%o si!nifica Aue a despesan%o +ai ser pa!a> mas sim Aue> para pa!ar> +ai ter Aue empen;ar de no+o> em no+a dotaç%o>no+o orçamento/

    @ Determinaç%o administrati+a 8ato do !estor): durante o e$erccio> descobre@se umdefeito> +icio da despesa/

    @ #assa!em do tempo: normalmente> os entes trabal;am com o pra2o de duraç%o deum e$erccio financeiro para os restos a pa!ar/

    a) #a!amento* b) (ancelamento

    -"-" Des#esas de e8er3ios anteriores 8D/E/'/) ? art/ 17> ": s%o dotações do orçamento+i!ente 8daAuele ano)> mas Aue ser+em para o pa!amento de despesas pretainda Aue a obri!aç%ode pa!ar +en;a de

    'tual

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    antes/

    I2) Reeitas e des#esas #$%&ias

    ./ Receitas públicas./. (onceito././. (onceito contábil././0 (onceito le!al

    ./0 (lassificações./0/. "ri!inárias Y Deri+adas./0/0 In natura Y er+iços Y 9onetário./0/1 eral Y De aplicaç%o especial./0/4 #róprias Y ,ransferidas./0/5 Fiscal Y E$trafiscal

    0/ Despesas públicas

    0/. (onceito0/0 (lassificações0/0/. Interna Y E$terna0/0/0 De !o+erno Y De e$erccio0/0/1 Fi$a Y &ariá+el0/0/4 'deAuada0/0/5 (ompat+el0/0/6 Irrele+ante

    1/ (lassificações para receitas e despesas1/. Federal Y Estadual Y 9unicipal1/0 "rdinárias Y E$traordinárias

    1/1 "rçamentárias Y E$traorçamentárias1/4 Intraorçamentárias1/5 Efeti+as Y N%o@efeti+as1/6 (ate!orias econ3micas

    4/ (lassificaç%o funcional@pro!ramática

    4/. Fundamento normati+o 8arts/ [email protected]> " #ortaria .610UU.)4/0 (rit 4O .S5 0.0> 5O 01S 04U>(,N)

    4/1/./1 #atrimoniais4/1/./4 Econ3micas4/1/./5,ransfer-ncias4/1/./6 "utras 8receitas correntes)

    4/1/04/1/0/. "perações de cr

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     b) D+ida indiretac) Empr

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    ' ideia c;a+e < =ustamente Aue a definiç%o de receita pública < um ato poltico/ EssaAuantidade pode ir de tudo 8re!ime .UU[ socialista) at< um percentual muito peAueno 8Estadomnimo)/ Ine+ita+elmente> por nen;uma sociedade conse!ue se or!ani2ar sem a e$ist-nciado Estado e este n%o conse!ue e$istir sem um mnimo de riAue2a conferido a ele/

    9odos Aue essa parcela da riAue2a social pode c;e!ar ao Estado: ou o Estado pe!a essariAue2a atra+ ou ele =á tem a própria riAue2a 8estado feudal ? terras) ou ele seendi+ida 8cria um passi+o> pede emprestado para obter receita)/ E$iste uma certa distinç%o entreo conceito contábil e o le!al de receita/

    ././. (onceito contábil 8ou t esse recurso Aue in!ressa nos cofres públicos só pode serem din;eiro> antes podia ser em ser+iço ou in natura) Aue se=am definiti+os e efeti+os/Definiti+os porAue s%o os Aue se incorporam de modo definiti+o ao patrim3nio publico> n%o precisam ser de+ol+idos> pertencem restriti+amente ao Estado/ Efeti+os porAue s%o os Auerealmente aumentam o patrim3nio publico/ Essa obser+aç%o < importante porAue nem todoin!resso aumenta o patrim3nio público> al!uns possuem uma contrapartida passi+a> Aue anula oefeito patrimonial do in!resso 8e$: din;eiro Aue o Estado recebe em funç%o da +enda de umimó+el públicoB +alor Aue o Estado recebe em funç%o de um empr os in!ressos n%o efeti+os n%o s%o receitas/ E$emplo de receita> conforme oconceito contábil: o alu!uel de imó+el público < receita efeti+a e definiti+a/././0 (onceito le!al de receita @ arts/ 1O> 57> " 8conceito do!máticoB ainda Aue n%o o

    ac;emos o mel;or> < o escol;ido pelo direito posto e> dentro de suas considerações> de+e ser oobser+ado): tamb a receita representará umin!resso)/ (onforme o conceito le!al> receita < todo e AualAuer in!resso de recursos nos cofres públicos 8embora possa ;a+er receita efeti+a ou e$traorçamentáriaB os in!ressos n%o efeti+osrecebem a Aualificaç%o de receita> como mera transiç%o econ3mica)/ H uma +is%o Aue n%o < amais correta> =á Aue> mesmo um +alor Aue ten;a Aue ser restitudo> será receita> nesse ponto de+ista/

    !"' C&assifiações

    ./0/. "ri!inárias Y Deri+adas 8' 9'I I9#"R,'N,E): essa classificaç%o ad+

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    compulsoriamente transmite um bem pri+ado para sua propriedade> mas ele tem a obri!aç%oindeni2ar 8+enda compulsória para o Estado)/ 4u&tas: receitas puniti+as/ Tri%utos: receitascontributi+as/ ' diferença> do ponto de +ista operacional> entre multas e tributos < Aue> no casodas multas> +oc- < obri!ado a pa!ar em funç%o da prática de um ilcito 8ultrapassar o sinal+ermel;o> por e$emplo)B =á o tributo < a imposiç%o a +oc- de um de+er de pa!ar uma Auantia aoEstado apenas porAue ;á uma pre+is%o le!al de Aue +oc- de+e pa!ar naAuela ;ipótese e uma =ustificati+a 2et +oc- pa!a por cometer al!o lcito/

     Nas primeiras or!ani2ações sociais 8r Roma)> as receitas ori!inárias eram maisimportantes do Aue as receitas deri+adas 8o Estado era o titular direto das riAue2as)/ ' partir daEra 9oderna 8formaç%o dos Estados absolutos)> ;ou+e uma concentraç%o maior da riAue2a nosetor pri+ado 8o Estado cada +e2 tin;a menos a posse direta das riAue2as)> obri!ando o Estado arecorrer C in+as%o do patrim3nio pri+ado por meio de receitas deri+adas/

    'tualmente> as receitas deri+adas pre+alecem sobre as ori!inárias/ Dentro das receitasderi+adas> tem@se Aue> no Estado moderno> a e$propriaç%o e o confisco> Auando admitidos> só os%o em situações e$cepcionais 8normalmente> o Estado n%o pode e$propriar e confiscar bens)/Ent%o> o Estado moderno se sustenta de multas e tributos/ (omo multa < resultante de um ilcito>

    n%o se pode supor Aue o Estado +ai se manter a partir da ilicitude/ #ortanto> a base do sustentodo Estado < o tributo 8tributo base da receita pública tributária)/./0/0 In natura Y er+iços Y 9onetário 8classificaç%o Auanto ao modo de prestaç%oB

    discrimina Aual o capital Aue < entre!ue ao Estado por meio das receitas): as receitas in naturas%o as Aue se reali2am pela entre!a de bens ao Estado/ Elas praticamente n%o e$istem>atualmente> porAue elas s%o caractersticas ou de sociedades muito pouco comple$as ou deEstados onde ;á planificaç%o da economia> como em re!imes feudais> sociedades a!rárias> noE!ito anti!o/

    's receitas em ser+iço s%o aAuelas em Aue o su=eito presta ser+iço ao Estado em pa!amento> ele disponibili2a o seu esforço> a sua força produti+a> em fa+or do EstadoB eletrabal;a para o Estado como pa!amento pela receita Aue de+e/ ' maioria dos autores> ;o=e> di2Aue no rasil> n%o ;á receita em ser+iço 8os casos de mesários> =urados e outros representariam

    uma pre+is%o le!al de colaboraç%o do particular com o EstadoB #edro (aXmmi tem dú+idasAuanto a isso> porAue> apesar de n%o estar pre+isto como uma forma de obter receita> acabasendo> na prática)/ Era caracterstica dos re!imes de ser+id%o coleti+a/

    " Aue ;o=e permanece < a receita monetária ou receita em din;eiro/ Inclusi+e> no caso dostributos> o art/ 1O do (,N dei$a bem claro Aue a prestaç%o de+e ser em din;eiro/ Na +erdade> odireito brasileiro dei$a bem claro Aue tributo 8portanto> praticamente toda receita) no rasil só pode ser em din;eiro/

    ./0/1 eral Y De aplicaç%o especial 8distinç%o pelo modo de utili2aç%o do +alorarrecadado): a receita !eral < aAuela Aue pode ser usada para a reali2aç%o de AualAuer !asto> <aAuela Aue n%o tem predestinaç%o especifica 8n%o tem uso predefinido> ou se=a> o recursoarrecadado pode ser !asto com AualAuer dotaç%o orçamentária)/

    's receitas de aplicaç%o especial s%o pr

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    arrecada 8se=a cobrando tributo> multa> de modo ori!inário> deri+ado)B ele capta os recursos demodo direto/

    's receitas transferidas s%o aAuelas em Aue um ente público arrecada o +alor> mastransfere para Aue os outros entes públicos utili2em@no/ Elas s%o muito comuns no rasil> porAue temos um federalismo desa=ustado/ (omo < a ni%o Aue arrecada a maior parte dasreceitas> ela acaba transferindo para os demais entes/ H o caso do #'(> um pro!rama federal>Aue> em Auase sua totalidade> < reali2ado mediante transfer-ncia 8a ni%o n%o e$ecutadiretamente a maioria das obras do #'()/ Wá tr-s tipos de transfer-ncias: constitucionais8processo le!islati+o)> le!ais e +oluntárias/ ,ransfer-ncias constitucionais s%o aAuelas em Aueum ente transfere para o outro por imposiç%o da (onstituiç%o> n%o < uma opç%o do ente federado8s%o as repartições constitucionais de tributosB porcenta!em do I#&' transferida pelos estados para os municpios> por e$emplo)/ ,ransfer-ncias le!ais s%o determinadas por leiB uma leifederal cria a obri!aç%o para a ni%o de transferir recursos para um ente 8caso do FNDE)/,ransfer-ncias +oluntárias s%o deri+adas de acordo ou con+-nio administrati+oB < Auando umente público assina um acordo com outro> normalmente en+ol+endo a obri!aç%o de reali2ardeterminado fim> e o outro ente transfere a ela o din;eiro> +ia transfer-ncia +oluntária> parareali2ar esse fim/ ofrem uma s se está acima do limite de endi+idamento> casos em Aue n%o pode receber umatransfer-ncia +oluntária)/./0/5 Fiscal Y E$trafiscal 8distinç%o pela finalidade da receita): receitas fiscais constituem

    a !rande maioriaB o ob=eti+o primordial 8ób+io Aue toda receita interfere de um modo ou deoutro na +ida das pessoas) < simplesmente arrecadar> conse!uir din;eiro para financiar o EstadoBn%o ;á uma intenç%o por trás disso> ao menos n%o de modo direto/ "u se=a> < uma receitanormal> capital para custear a ati+idade do Estado/

    Já a receita e$trafiscal < aAuela Aue> muito embora arrecade 8n%o dei$a de ter acaracterstica de arrecadar recursos para o cai$a público)> sua finalidade primordial < um efeitore!ulatório ou indutor de comportamento/ H o uso daAuela receita n%o preponderantemente parafinanciar a administraç%o públicaB a funç%o principal < ser+ir como meio indireto dedirecionamento de comportamento/ ,emos e$emplos bem claros no campo dos tributos> por

    e$emplo> o imposto territorial rural/ ' (onstituiç%o di2 Aue o +alor do I,R de+e +ariar pelo usoou n%o uso adeAuado do imó+el 8cumprimento ou n%o da funç%o social)/ N%o se trata só detributosB a tarifa de á!ua pode +ariar para n%o onerar pessoas mais carentes> por e$emplo/'lteraç%o do I"F ? ob=eti+o de fa2er com Aue n%o ficasse t%o atrati+o comprar fora/ 'umento dealAuotas de produtos importados ? fa2er com Aue +oc- n%o opte por comprá@los> fa+orecendo aindústria nacional/"s bancos s%o obri!ados a depositar din;eiro no '(EN para Aue ;a=a umamaior ou menor liAuide2 de cr aAui a intenç%o #RI9"RDI' n%o obterrecursos/