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6 CIDADES São Luís, 19 de junho de 2017. Segunda-feira O Estado do Maranhão Amigos nossos vieram e recomendaram a cidade. Ficamos admirados com as fotos que eles nos mostraram, por isso, viemos este ano” ARIELA DANTAS, mineira Biné Morais Turistas visitam São Luís e passeiam pelo Centro Histórico Eles conheceram a história da cidade e aproveitaram para conferir as atrações do arraial da Praça Nauro Machado; se divertindo e provando pratos típicos Flanelinha cobra estacionamento Turistas fazem pose para fotos de família, na Praia Grande, via do Centro Histórico de São Luís Biné Morais Flanelinhas cobram caro em arraiai s Motoristas reclamam e muitos afirmam que pagam por causa do medo de ter carro danificado muitas vezes os flanelinhas lo- teiam as vagas e se você não qui- ser pagar o preço que eles cobram tem que estacionar longe ou ficar rodando com o carro até achar onde estacionar”, disse Marcelo Ferreira, universitário. Lidiane da Conceição ponde- rou que o problema não ocorre apenas no período junino. “A falta de locais para estacionar veículos é um problema sério em São Luís. E só aumenta à medida que cresce o número de veículos circulando pela cidade. A carência desse tipo de serviço é tamanha que provoca a nossa indignação”, afirmou. Ela comentou ainda que já pas- sou por situações de risco ao dei- xar seu carro sob a vigilância de um flanelinha. “Eu já assisti ver- dadeiras brigas pelo dinheiro, fi- cando no meio da confusão e sem ter a quem recorrer para resolver a pendência, ouvindo toda a troca de palavrões entre os vigias. Para quem pagar pelo serviço? Eis a questão”, disse. Quem está frequentando os ar- raiais da cidade está encontrando uma grande dificuldade para es- tacionar devido ao excesso de veí- culos que circulam pelos arredo- res dos locais de apresentações juninas. O problema, no entanto, não necessariamente é este. É que estacionar próximo aos arraiais está se tornando caro, por causa do preço abusivo cobrado por fla- nelinhas. Motoristas reclamam e muitos afirmam que pagam por causa do medo de terem o carro danificado. O bancário Jean Mendes esteve com a família no arraial da Praça Maria Aragão no sábado à noite, dia 17. Ele ficou feliz por não ter tido dificuldade para conseguir uma vaga para estacionar pró- ximo à saída do arraial, mas sabia que a comodidade tinha um preço. “O flanelinha me disse assim que eu saí do carro que o estacionamento custa R$ 5,00. Eu acho caro. Geralmente, dou o quanto posso, mas aqui parece que tem preço tabelado”, disse. A estudante de Direito Mylla Sampaio considera uma extorsão os preços cobrados pelos flaneli- nhas, mas destaca também outro problema. “Um negócio bastante lucrativo é ser flanelinha em época de São João. Estacionar um carro próximo à Praça Maria Ara- gão, numa rua pública, custa R$ 10. A via é pública. A gente não de- veria pagar para estacionar ali”, indigna-se. Outro arraial onde os flaneli- nhas estipulam o preço a ser pago pelos condutores é o arraial do Ipem. “O maior problema é que P rincipal manifestação folclórica local, os feste- jos juninos atraem mi- lhares de turistas para São Luís. Na capital, o bairro Praia Grande, principal do Centro His- tórico da capital, acaba concen- trando a maioria dos visitantes por causa da arquitetura, artesanato e outros produtos tipicamente ma- ranhenses. No fim de semana, muitos turistas circularam pela Praia Grande e, além de conhecer a história da cidade, aproveitaram para conferir as atrações do arraial da Praça Nauro Machado. O comerciante paulista Rui Frei- tas, 44 anos, e um grupo de mais oito pessoas, veio pela primeira vez a São Luís. Eles chegaram ao Ma- ranhão dia 15 e vão embora hoje. Antes de desembarcar na capital maranhense, passaram quatro dias conhecendo os Lençóis Mara- nhenses. “Escolhemos o Maranhão para nossa viagem por causa da cultura local, da beleza das dunas e a arquitetura da capital. É tudo muito bonito”, disse. Sábado, 17, foi o primeiro dia que o grupo passeou pelas ruas do Centro Histórico. Entre uma rua e outra, o grupo parava para fotogra- far os casarões, detalhes dos azule- jos coloniais, a decoração junina e comentava entre si suas impressões sobre a cidade. “Estamos gostando muito de tudo que vimos no nosso passeio. A cidade é muito bonita e ainda tem esse clima quente. Esta época do ano em São Paulo é muito frio. Estamos adorando passar estes dias aqui”, comentou Rui Freitas. Além deles, diversos grupos de amigos ou casais passeavam pelo Centro Histórico de São Luís, fo- tografando cada detalhe da arqui- tetura colonial portuguesa ou do artesanato local que lhes chamava atenção. Muitos deixaram para ir no fim da tarde para poder assis- tir às apresentações juninas que ocorreram a partir das 19h na Praça Nauro Machado. Foi o caso da mineira Ariela Dantas, que veio com o marido e as duas filhas conhecer o São João do Maranhão. “Amigos nos- sos vieram e recomendaram a ci- dade. Ficamos admirados com as fotos que eles nos mostraram, por isso, viemos este ano. Começa- mos o passeio hoje mais tarde para chegar mais próximo do iní- cio das apresentações”, contou. Suporte ao turista A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Turismo (Setur), está prestando suporte aos visitantes durante todo o ano, dis- ponibilizando atendimento espe- cializado na Central de Informações Turísticas, localizada na Praça Be- nedito Leite, no Centro. No local, os visitantes são orientados quanto aos atrativos da cidade, horário de funcionamento de museus e de- mais espaços turísticos, desloca- mentos na cidade e municípios da Região Metropolitana de São Luís, mapas e outros serviços. De acordo com a secretaria, du- rante o São João, a Central de In- formações terá programação es- pecial: no dia 22, das 9h às 12h e das 14h às 18h, os visitantes serão recepcionados com música e per- sonagens típicos do período ju- nino maranhense, como índias de bumba meu boi e coreiras do tam- bor de crioula; no dia 23, às 10h e 17h, terá apresentação de grupo de boi; no dia 24, mais música e personagens de 9h às 12h. Durante os três dias haverá distribuição de mingau de milho. PERFIL DOS VISITANTES Segundo a Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), o turista que visita a capital maranhense vem principalmente dos estado de São Paulo – a maioria – e Pará. Minas Gerais e Piauí ocupam a terceira colocação no ranking dos maiores emissores de visitantes a São Luís. O turista que costuma vir à capital tem de 28 a 45 anos e costuma passar de 2 a 3 dias na cidade. A Sectur atua ainda junto ao trade turístico local, prestando orientações à rede hoteleira, restaurantes, pousadas, agências de viagens e guias turísticos, para capacitar e preparar os profissionais e estabelecimentos da área para oferecer um serviço cada vez mais especializado aos visitantes.

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Page 1: CIDADES São Luís, 19 de junho de 2017. Segunda-feira O ... · dade. Ficamos admirados com as fotos que eles nos mostraram, por isso, viemos este ano. Começa-mos o passeio hoje

6 CIDADES São Luís, 19 de junho de 2017. Segunda-feira O Estado do Maranhão

Amigos nossos vieram e recomendaram acidade. Ficamos admirados com as fotos queeles nos mostraram, por isso, viemos este ano”

ARIELA DANTAS, mineira

Biné Morais

Turistas visitam SãoLuís e passeiam peloCentro Histórico Eles conheceram a história da cidade e aproveitaram para conferir as atraçõesdo arraial da Praça Nauro Machado; se divertindo e provando pratos típicos

Flanelinha cobra estacionamento

Turistas fazem pose para fotos de família, na Praia Grande, via do Centro Histórico de São Luís

Biné Morais

Flanelinhas cobramcaro em arraiaisMotoristas reclamam e muitos afirmam quepagam por causa do medo de ter carro danificado

muitas vezes os flanelinhas lo-teiam as vagas e se você não qui-ser pagar o preço que eles cobramtem que estacionar longe ou ficarrodando com o carro até acharonde estacionar”, disse MarceloFerreira, universitário.

Lidiane da Conceição ponde-rou que o problema não ocorreapenas no período junino. “A faltade locais para estacionar veículosé um problema sério em São Luís.E só aumenta à medida que cresceo número de veículos circulandopela cidade. A carência desse tipode serviço é tamanha que provocaa nossa indignação”, afirmou.

Ela comentou ainda que já pas-sou por situações de risco ao dei-xar seu carro sob a vigilância deum flanelinha. “Eu já assisti ver-dadeiras brigas pelo dinheiro, fi-cando no meio da confusão e semter a quem recorrer para resolvera pendência, ouvindo toda a trocade palavrões entre os vigias. Paraquem pagar pelo serviço? Eis aquestão”, disse.�

Quem está frequentando os ar-raiais da cidade está encontrandouma grande dificuldade para es-tacionar devido ao excesso de veí-culos que circulam pelos arredo-res dos locais de apresentaçõesjuninas. O problema, no entanto,não necessariamente é este. É queestacionar próximo aos arraiaisestá se tornando caro, por causado preço abusivo cobrado por fla-nelinhas. Motoristas reclamam emuitos afirmam que pagam porcausa do medo de terem o carrodanificado.

O bancário Jean Mendes estevecom a família no arraial da PraçaMaria Aragão no sábado à noite,dia 17. Ele ficou feliz por não tertido dificuldade para conseguiruma vaga para estacionar pró-ximo à saída do arraial, mas sabiaque a comodidade tinha umpreço. “O flanelinha me disseassim que eu saí do carro que oestacionamento custa R$ 5,00. Euacho caro. Geralmente, dou oquanto posso, mas aqui pareceque tem preço tabelado”, disse.

A estudante de Direito MyllaSampaio considera uma extorsãoos preços cobrados pelos flaneli-nhas, mas destaca também outroproblema. “Um negócio bastantelucrativo é ser flanelinha emépoca de São João. Estacionar umcarro próximo à Praça Maria Ara-gão, numa rua pública, custa R$10. A via é pública. A gente não de-veria pagar para estacionar ali”,indigna-se.

Outro arraial onde os flaneli-nhas estipulam o preço a ser pagopelos condutores é o arraial doIpem. “O maior problema é que

Principal manifestaçãofolclórica local, os feste-jos juninos atraem mi-lhares de turistas para

São Luís. Na capital, o bairro PraiaGrande, principal do Centro His-tórico da capital, acaba concen-trando a maioria dos visitantes porcausa da arquitetura, artesanato eoutros produtos tipicamente ma-ranhenses. No fim de semana,muitos turistas circularam pelaPraia Grande e, além de conhecera história da cidade, aproveitarampara conferir as atrações do arraialda Praça Nauro Machado.

O comerciante paulista Rui Frei-tas, 44 anos, e um grupo de maisoito pessoas, veio pela primeira veza São Luís. Eles chegaram ao Ma-ranhão dia 15 e vão embora hoje.Antes de desembarcar na capitalmaranhense, passaram quatro diasconhecendo os Lençóis Mara-nhenses. “Escolhemos o Maranhãopara nossa viagem por causa dacultura local, da beleza das dunase a arquitetura da capital. É tudomuito bonito”, disse.

Sábado, 17, foi o primeiro diaque o grupo passeou pelas ruas doCentro Histórico. Entre uma rua eoutra, o grupo parava para fotogra-far os casarões, detalhes dos azule-jos coloniais, a decoração junina ecomentava entre si suas impressõessobre a cidade. “Estamos gostandomuito de tudo que vimos no nossopasseio. A cidade é muito bonita eainda tem esse clima quente. Estaépoca do ano em São Paulo é muitofrio. Estamos adorando passar estesdias aqui”, comentou Rui Freitas.

Além deles, diversos grupos deamigos ou casais passeavam peloCentro Histórico de São Luís, fo-tografando cada detalhe da arqui-tetura colonial portuguesa ou doartesanato local que lhes chamavaatenção. Muitos deixaram para irno fim da tarde para poder assis-tir às apresentações juninas que

ocorreram a partir das 19h naPraça Nauro Machado.

Foi o caso da mineira ArielaDantas, que veio com o maridoe as duas filhas conhecer o SãoJoão do Maranhão. “Amigos nos-sos vieram e recomendaram a ci-dade. Ficamos admirados com asfotos que eles nos mostraram, porisso, viemos este ano. Começa-mos o passeio hoje mais tardepara chegar mais próximo do iní-

cio das apresentações”, contou.

Suporte ao turistaA Prefeitura de São Luís, por meioda Secretaria Municipal de Turismo(Setur), está prestando suporte aosvisitantes durante todo o ano, dis-ponibilizando atendimento espe-cializado na Central de InformaçõesTurísticas, localizada na Praça Be-nedito Leite, no Centro. No local, osvisitantes são orientados quanto

aos atrativos da cidade, horário defuncionamento de museus e de-mais espaços turísticos, desloca-mentos na cidade e municípios daRegião Metropolitana de São Luís,mapas e outros serviços.

De acordo com a secretaria, du-rante o São João, a Central de In-formações terá programação es-pecial: no dia 22, das 9h às 12h edas 14h às 18h, os visitantes serãorecepcionados com música e per-sonagens típicos do período ju-nino maranhense, como índias debumba meu boi e coreiras do tam-bor de crioula; no dia 23, às 10h e17h, terá apresentação de grupode boi; no dia 24, mais música epersonagens de 9h às 12h. Duranteos três dias haverá distribuição demingau de milho.�

PERFIL DOS VISITANTES

Segundo a Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), o turista que visita a capitalmaranhense vem principalmente dos estado de São Paulo – a maioria – e Pará. Minas Gerais e Piauíocupam a terceira colocação no ranking dos maiores emissores de visitantes a São Luís. O turistaque costuma vir à capital tem de 28 a 45 anos e costuma passar de 2 a 3 dias na cidade. A Secturatua ainda junto ao trade turístico local, prestando orientações à rede hoteleira, restaurantes,pousadas, agências de viagens e guias turísticos, para capacitar e preparar os profissionais eestabelecimentos da área para oferecer um serviço cada vez mais especializado aos visitantes.