ciclo hidrológico e a interferência do homem

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CICLO HIDROLÓGICO E A INTERFERÊNCIA DO HOmen

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FACULDADE DE CINCIA E TECNOLOGIAGRADUAO EM ENGENHARIA CIVIL, ELTRICA, PRODUO E AUTOMAO E CONTROLE. CARMEN ALMEIDA FBIO RENATO

KELLE FREITAS

JONATAN ARAJOMRCIO GLEIDSON LIMA DOS SANTOSOTON CARLOS PEREIRA DA SILVACICLO HIDROLGICO E A INTERFERNCIA DO HOMEMPesquisa apresentado disciplina Cincias do Ambiente como requisito parcial de aprovao.

Salvador2015ResumoO objetivo desta pesquisa entender o funcionamento do ciclo biogeoqumico da gua e os efeitos das intervenes humanas no mesmo.A gua utilizada pelo homem nem sempre devolvida em condies adequadas. Alm disso, a atividade humana tambm interfere no ciclo da gua, principalmente nas cidades, com o desmatamento e a impermeabilizao desordenada do solo, para a construo de ruas e habitaes. Contudo, espera-se sedimentar o conhecimento sobre o tema, afim de poder contribuir para a manuteno desde bem to precioso.

Palavras-chaves: ciclo biogeoqumico gua homemCiclo HidrolgicoA gua pode ser encontrada no planeta em trsestados fsicos: slido, lquido e gasoso. Durante o processo que chamamos de Ciclo da gua ou Ciclo hidrolgico ela passa pelos estados lquido e gasoso de forma que vai sempre se renovando cada ciclo completo. Em alguns lugares muito frios do planeta ela pode ser encontrada em estado slido (ex.:geleirasnaAntrtida), ou ainda, se solidificar depois de cair na forma de chuva ou neve (pequenos flocos de gua solidificada) como, por exemplo, no pico de montanhas que permanecem congelados durante o inverno e derretem parcialmente no vero dando origem a rios como oRio TigrenaMesopotmiaque nasce do derretimento de gelo em uma cadeia de montanhas: as montanhas Taurus na Turquia.

Quando a terra estava se formando a superfcie do planeta era muito quente e toda a gua existente estava na forma de vapor. Podemos dizer ento, que o ciclo da gua comeou com um processo chamado de condensao: a passagem do estado gasoso para o estado lquido. Nesse caso, a gua se condensou devido diminuio de temperatura ocorrida na superfcie do planeta, que possibilitou que ovapor de guapassasse para o estado lquido.

Hoje em dia, isso acontece quando o vapor de gua chega a certa altura. A temperatura cai e a gua condensa, passando para o estado lquido em pequenas gotculas que vo se juntando e movimentando por causa da ao dos ventos e das correntes atmosfricas e formando as nuvens. Por fim, elas caem na forma de chuva (precipitao).

Ao cair a gua escorre para os rios, ou para lenis subterrneos e depois para os rios e mares, oceanos e lagos. Ento ela fica novamente exposta ao do sol que a esquenta transformando-a novamente atravs do processo deevaporao: passagem do estado lquido para o gasoso.

Esquema mostrando o ciclo da gua (acesse o link Porque Falta gua no Basil?).Pode acontecer tambm da gua da chuva ser absorvida pelas plantas. Nesse caso ela ir evaporar por um processo conhecido comoevapotranspirao: transpirao + evaporao.

Todos esses processos ocorrem de forma natural h muitos milhares de anos garantindo a distribuio da gua por todo o globo. Mas esse processo vem sendo alterado de forma muito rpida pela ao do homem.

A construo de barragens, usinas hidreltricas e apoluio da guaafetam e muito o ciclo hidrolgico do planeta causando transformaes que podem ser prejudiciais. No caso de usinas hidreltricas muito grandes (como, por exemplo, a Usina de Trs Gargantas na China e Itaipu, entre o Brasil e Paraguai) a alterao se d na quantidade de gua que passa a evaporar naquela regio onde se encontra o reservatrio. O processo de evaporao mais intenso no local pode alterar sua temperatura e umidade, alterando consequentemente as correntes atmosfricas que passam por ele e o microclima da regio. Nesse caso, a melhor sada tem sido a construo de PCHs Pequenas Centrais Hidreltricas que tem um tamanho e um impacto reduzidos.

Entretanto, a maior inimiga das guas atualmente a poluio. Menos de 3% de toda a gua presente no planeta doce e se encontra disponvel para consumo humano e essa parte que estamos poluindo. Normalmente o ciclo hidrolgico conseguiria recuperar a qualidade da gua por si s. Mas a quantidade de poluentes que jogamos na gua to grande que isso no mais possvel ocasionando o transporte de poluentes pelas chuvas fazendo com que eventos como a Chuva cida se tornem cada vez mais comuns.

Recursos Hdricos e a Ao do Homem

A gua em circulao no ciclo hidrolgico pode ser captada pelo Homem e utilizada com vrias finalidades e, como tal, constitui um bem - os recursos hdricos - cujo carcter renovvel consequncia de o ciclo hidrolgico ser fechado.

A gua das calotas polares e a gua subterrnea, profunda, praticamente no mobilizadas pelo ciclo hidrolgico, tambm podem ser includas nos recursos hdricos; a sua captao conduz, porm, diminuio das reservas que se constituram durante um perodo muito longo.

Os recursos hdricos classificam-se em potenciais e disponveis. Os recursos potenciais correspondem quantidade mxima de gua que teoricamente possvel captar no ciclo hidrolgico. Os recursos disponveis so necessariamente inferiores aos primeiros, pois a gua movimenta-se no ciclo hidrolgico natural de uma forma que nem sempre permite a sua utilizao. Na realidade, por um lado, as quantidades de gua que ocorrem num dado setor do ciclo hidrolgico natural no se distribuem ao longo do tempo de forma coincidente com a das utilizaes.Para concretizar: toda a gua que passa numa dada seo de um rio em regime natural constitui recurso potencial, mas s uma frao utilizvel em consequncia da irregularidade do caudal. Com efeito, o excesso de gua nas pocas chuvosa implica que uma parte se escoe sem poder ser utilizada. A gua parada criada por uma barragem que se erigisse numa seo de um rio permitiria transferir gua de pocas das chuvas para pocas secas, dentro de um ano, ou de anos chuvosos para anos secos. Por outro lado, h um desajustamento de carcter espacial entre a ocorrncia e a utilizao da gua: as zonas de maiores necessidades no coincidem frequentemente com as que mais ricas so em recursos hdricos.Tem de mencionar-se ainda o desajustamento entre a qualidade natural da gua (com partculas em suspenso e substncias dissolvidas) e a que exigida pelas utilizaes. Os recursos hdricos potenciais passam a recursos disponveis na medida em que o Homem intervm no ciclo hidrolgico por meio de obras e instalaes que permitam captar gua e transferi-la no tempo ou de um local para outro ou ainda melhorar a sua qualidade, por forma a conferir-lhe condies de ser utilizada. Tais obras e instalaes consistem, nos sistemas distribuio de gua, em captaes de gua superficial, captaes de gua subterrnea (por minas, poos e furos), barragens de usinas eltricas, sistemas de transporte de gua, (incluindo estaes de bombeamento), reservatrios de gua e estaes de tratamento.

Dois outros tipos de interveno tambm importantes, mas menos frequentes, so a recarga artificial de aquferos e a precipitao provocada.A recarga artificial a alimentao de aquferos por gua proveniente do escoamento superficial, por infiltrao favorecida artificialmente ou por conduo direta da gua aos aquferos, atravs de poos ou furos. Tem em vista aproveitar a capacidade natural que os aquferos possuem para armazenar gua, aumentando, assim, a disponibilidade de gua subterrnea.No mundo, a recarga artificial tem sido efetuada em escala muito pequena. Tem sido muito limitado o sucesso das numerosas experincias realizadas em varias regies para provocar artificialmente a precipitao, mediante a inseminao de nuvens por algumas substncias (mais usualmente, o iodeto de prata e a neve carbnica).

Observa-se que qualquer utilizao da gua constitui uma interveno no ciclo hidrolgico que pode ter consequncias muito diferentes.Assim, uma central hidroeltrica, sem barragem de regularizao, turbinado a gua medida que esta flui, no modifica praticamente o regime do rio.

A gua captada para abastecimento pblico , depois de utilizada, lanada em grande parte, nas massas de gua dos continentes (rios, lagos, aquferos) ou oceanos. Uma pequena frao, em geral, da ordem de 30% enviada para a atmosfera por evaporao.Um caso em que a gua captada retirada, praticamente na totalidade, circulao superficial ou subterrnea e enviada diretamente para a atmosfera, por evapotranspirao, o da rega localizada, em que a gua fornecida junto do p das plantas. J nos outros processos de rega, inevitvel que uma frao da gua captada se infiltre para os aquferos ou se escoe diretamente para os cursos de gua.

A interveno do Homem no ciclo hidrolgico no se faz somente em termos da quantidade de gua, mas tambm em termos da sua qualidade. Assim, a gua que, depois de utilizada, lanada nas massas de gua naturais apresenta em geral, a menos que receba tratamento prvio, m qualidade, sendo capaz de degradar a prpria qualidade dos meios de recepo.

importante notar que a interveno no ciclo hidrolgico no se limita a tornar a gua disponvel para ser utilizada, como precedentemente se tem descrito, mas visa tambm o domnio do excesso de gua. Este excesso pode causar nveis freticos prejudicialmente elevados, submerso, eroso dos solos e efeitos da corrente nos leitos dos cursos de gua e nas zonas marginais.

Nveis freticos que quase atinjam a superfcie do terreno podem ocorrer nas zonas baixas, em consequncia de dificuldades de drenagem subterrnea dos solos. A submerso pode ser causada pela acumulao do escoamento superficial produzido em zonas prximas, sem que esteja assegurada a drenagem superficial necessria, ou por transbordamento dos leitos dos cursos de gua.

A eroso hdrica provoca a perda de solos e a jusante, em zonas de menor velocidade de escoamento, a deposio de sedimentos que podem contribuir para a degradao de solos cultivveis, subida dos leitos fluviais, obstruo dos sistemas de drenagem artificial, reduo da capacidade de armazenamento de barragens e assoreamento de esturios e portos.

O excesso de gua nos rios pode provocar eroso dos leitos e inundao dos terrenos marginais, com os consequentes danos em culturas, infraestruturas, construes e equipamentos.

O domnio da eroso hdrica promove-se, em primeiro lugar, pela ocupao adequada do solo. A eroso dos leitos e a inundao dos terrenos marginais podem ser aliviadas com o reflorestamento em reas degradadas e a manuteno da mata ciliar e evitar a regularizao fluvial.

A diversidade de objetivos para a utilizao e o domnio da gua, com interesses frequentemente antagnicos, e a complexidade das obras e medidas necessrias para atingi-los, obrigam a um planejamento e gesto da gua em termos globais e racionais.Consideraes finaisO Homem interfere no processo natural do ciclo hidrolgico, onde acarreta diversos problemas, como por exemplo, inundaes em algumas regies e estiagem em outras. O simples fato de poluir os solos (atravs da m instalao de lixes, aterros sanitrios e uso de agrotxicos nas lavouras), os rios (despejo de esgotos domsticos e industriais nas fontes de gua superficiais) e a emisso de poluentes na atmosfera (disperso de gs carbnico por automveis e indstrias), vai contribuir para a alterao do ciclo natural.

Portanto, vemos a importncia do entendimento do funcionamento do ciclo hidrolgico, nos cabendo a preservao e manuteno desde bem findvel.

Referncias bibliogrficas:

FARIA, Caroline. Ciclo Hidrolgico (ciclo da gua). Disponvel em: < http://www.infoescola.com/geografia/ciclo-hidrologico-ciclo-da-agua/ > Acesso em: 27 de Setembro de 2015.

BIOGIL. INTERFERNCIA HUMANA NO CICLO HIDROLGICO. Disponvel em: < http://biogilmendes.blogspot.com.br/2012/04/interferencia-humana-no-ciclo.html > Acesso em: 27 de Setembro de 2015.Fundao Grupo Boticrio de Proteo Natureza. Por que falta gua no Brasil? ). Disponvel em: < https://youtu.be/DxvHMilNM_Q/ > Acesso em: 27 de Setembro de 2015.