chave de sabedoria nÚmero 4
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Do Éden saía um rio para o jardim e dali se dividia repartindo-se em quatro braços *. A Bíblia contém quatro Evangelhos. Segundo os sábios, a escada que Jacó viu, tinha quatro degraus, que significam quatro níveis de vida: física, emocional, intelectual e espiritual **. Na realidade o número “4” é uma chave que abre uma ou mais portas dimensionais, e o estudo a seguir ensina como o ser humano pode se beneficiar destas dimensões espirituais... *Gênesis (2/10) ** Gênesis (28/12)TRANSCRIPT
JUAREZ FRAGATA
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ÍNDICE
1-Sinopse.........................................................2-Abertura........................................................3-Os 4 Leprosos...............................................4-Três Vezes o 4..............................................5-Nota..............................................................6-Elias No Monte Horebe.................................7-A Cama a Mesa a Cadeira e o Candeeiro....8-Zaqueu e o Número 4...................................9-Israel e o Número 4......................................10-Nota............................................................11-Um Quarto de Síclo....................................
SINOPSE
Do Éden saía um rio para o jardim e dali se dividia repartindo-se em quatro braços *.
A Bíblia contém quatro Evangelhos.Segundo os sábios, a escada que Jacó viu, tinha quatro
degraus, que significam quatro níveis de vida: física, emocional, intelectual e espiritual **.
Na realidade o número “4” é uma chave que abre uma ou mais portas dimensionais, e o estudo a seguir ensina como o ser humano pode se beneficiar destas dimensões espirituais...
*Gênesis (2/10) ** Gênesis (28/12)
ABERTURA
Do meio de uma nuvem saía à semelhança de quatro seres viventes cuja aparência era esta: tinham a semelhança de homem.
Cada um tinha quatro rostos, como também quatro asas.Debaixo das asas tinham mãos de homem, aos quatro lados;
assim todos os quatro rostos e asas.Vi os seres viventes; e eis que havia uma roda na terra, ao
lado de cada um deles.
O aspecto das rodas e a sua estrutura eram brilhantes como o berilo; tinham as quatro a mesma aparência, cujo aspecto e estrutura eram como se estivera uma roda dentro da outra.
Andando elas, podiam ir a quatro direções, e não se viravam quando iam.
Na medida em que vão andando, essas quatro rodas vão se alargando e se encompridando.
Não! Não são máquinas: são seres viventes.Para onde o espírito queria ir, iam, pois o espírito os impelia;
e as rodas se elevavam juntamente com eles, porque nelas havia o espírito dos seres viventes.
As suas cambotas eram altas, e metiam medo; e, nas quatro rodas, as mesmas eram cheias de olhos.
Na medida em que vão andando, as quatros rodas vão se alargando e se encompridando, e como são cheias de olhos vêm tudo o que acontece . Ezequiel (1/5-18)
OS QUATRO LEPROSOS
Ajuntou Ben-Hadade, rei da Síria, todo o seu exército, subiu e sitiou a Samaria, e por causa disso houve grande fome em Samaria.
Quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros:
- Para que estaremos nós aqui sentados até morrermos? Se dissermos: entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos lá; se ficarmos sentados aqui, também morreremos. Vamos, pois, agora, e demos conosco no arraial dos sírios; se nos deixarem viver, viveremos; se nos matarem, tão-somente morreremos!
Levantaram-se ao anoitecer para se dirigirem ao arraial dos siros; e, tendo chegado à entrada do arraial, eis que não havia lá ninguém.
Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos siros ruído de carros e de cavalos e o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros:
-Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós!
Ezequiel (1/ 5,6): Do meio dessa nuvem saía a semelhança de quatro seres viventes, cuja aparência era esta: tinham a semelhança de homem.
Cada um tinha quatro rostos, como também quatro asas.Ezequiel (1/24): Andando eles, ouvi o tatalar das suas asas,
como o rugido de muitas águas, como a voz do Onipotente; ouvi o estrondo tumultuoso, como o tropel de um exército.
A ação dos quatro leprosos abrira o portal dos quatro seres viventes, e o arraial dos siros ouviram o barulho dos quatro seres viventes andando, pelo que se levantaram, e, fugindo ao anoitecer, deixaram as suas tendas, os seus cavalos, e os seus jumentos, e o arraial como estava; e fugiram para salvar sua vida.
Chegando, pois, aqueles leprosos à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram, e beberam, e tomaram dali prata, e ouro, e vestes, e se foram, e os esconderam; voltaram, e entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa, e a esconderam.
Então, disseram uns para os outros:-Não fazemos bem; este dia é dia de boas-novas, e nós
calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois vamos e o anunciemos à casa do rei!
Vieram, pois, e bradaram aos porteiros da cidade, e lhes anunciaram, dizendo:
-Fomos ao arraial dos siros, e eis que lá não havia ninguém, voz de ninguém, mas somente cavalos e jumentos atados, e as tendas como estavam!
Então, os porteiros gritaram e fizeram anunciar a nova no interior da casa do rei.
2 Reis (6/ 24,25) 2 Reis (7/3-9)
TRÊS VEZES O QUATRO
Baal era o nome do deus mais importante e mais popular da Síria, Fenícia e Canaã.
Era ele considerado o senhor do céu e, consequentemente, o deus da chuva, da vegetação e da fertilidade...
O profeta Elias propusera um desafio aos seus sacerdotes,
para provar quem era o verdadeiro Deus: Jeová, também conhecido como Javé, ou Baal.
Aquele que respondesse com fogo era o verdadeiro Deus.Os adversários de Elias clamavam em altas vozes e se
retalhavam com facas e com lancetas, segundo o seu costume, até derramarem sangue.
Profetizavam eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.
Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas.Tomou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos
de Jacó, ao qual viera a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o seu nome.
Com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois, fez um rego em redor do altar tão grande como para semear duas medidas de sementes.
Então, armou a lenha, dividiu o novilho em pedaços, pô-lo sobre a lenha e disse:
-Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha!
Disse ainda:-Fazei-o segunda vez!E o fizeram.Disse mais:-Fazei-o terceira vez!E o fizeram terceira vez.Elias fez uso do número (quatro), três vezes.Os três (quatro) chegaram ao número (doze), número das
tribos dos filhos de Jacó, ao qual viera a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o teu nome.
E no devido tempo, para se apresentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse:
-Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel...
Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego.
O que vendo todo o povo caiu de rosto em terra e disse:
-O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!O número (doze) encerra o ciclo de Jacó, dando início ao
ciclo de Israel, onde o Senhor é Deus.
1 Reis (18/20-39)
NOTA
Hebreus (1/1): Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam a convicção de fatos que se não veem.
Não fora um ato de loucura do profeta Elias, mas uma atitude de fé: e, diga-se de passagem, uma fé consciente.
O mesmo sabia muito bem o que estava fazendo, ou seja, ele conhecia o poder contido no número quatro, e também no número doze, que encerra o ciclo de Jacó, e dá início a fase de Israel.
A convicção do profeta Elias a respeito de fatos que se não veem, é uma coisa extraordinária.
ELIAS NO MONTE HOREBE
O profeta Elias havia sido incumbido por Deus para acabar com os sacerdotes de Baal.
Terminada esta missão, o mesmo ficou vulnerável, tanto fisicamente como mentalmente, uma vez que não mais tinha objetivos na vida.
Por isso diante da ameaça de Jezabel, levantou-se, e, para salvar sua vida, se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse:
- Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais!
Deitou-se e dormiu debaixo do zimbro.Um anjo lhe trouxe alimento e água duas vezes, e com a
força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus.
Ali lhe disse Deus:-Sai e põe-te neste monte perante o Senhor!Eis que passava o Senhor; e um grande e forte vento fendia
os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; depois do vento um terremoto, mas o
Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto, um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e, depois do fogo, um cicio tranquilo e suave.
1- Um grande e forte vento.2- Um terremoto.3- Um fogo.4- Um murmúrio em voz baixa, tranquilo e suave, e então
Deus falou com o profeta Elias.
1 Reis (19/1-13)
A CAMA A MESA A CADEIRA E O CANDEEIRO
Certo dia passou o profeta Eliseu por Suném, onde se achava uma mulher rica, a qual o constrangeu a comer pão.
Daí, todas as vezes que passava por lá, entrava para comer.Ela disse ao seu marido:-Vejo que este que passa sempre por nós é santo homem de
Deus. Façamos-lhe, pois, em cima, um pequeno quarto, obra de pedreiro, e ponhamos-lhe nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; quando ele vier à nossa casa, retirar-se-á para ali!
Uma cama (1), uma mesa (2), uma cadeira (3) e o candeeiro (4).
Mulher sunamita, sem ter consciência do que estava fazendo, assim como Saul, usou o número (4) e abriu uma porta numa esfera espiritual, que despertou no homem de Deus, um desejo ardente de abençoá-la.
Um dia, vindo Eliseu para ali, retirou-se para o quarto e se deitou.
Então, disse ao seu assistente Geazi:-Chama esta sunamita!Chamando-a ele, a mesma se pôs diante do profeta.Este dissera ao seu auxiliar:-Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com muita abnegação;
que se há de fazer por ti? Haverás alguma coisa de que se fale a teu favor ao rei ou ao comandante do exército?
Ela respondeu:-Habito no meio do meu povo!
E retirou-se.Então, disse o profeta:-Que se há de fazer por ela?Agora o homem de Deus não pensava em outra coisa a não
ser em abençoar a sunamita.Geazi, seu assistente, lhe respondeu:-Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho!Disse Eliseu:- Chama-a!Chamando-a ele, ela se pôs à porta.Disse-lhe o profeta:-Por este tempo, daqui a um ano, abraçarás um filho!A mesma disse:-Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva!Concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tempo
determinado, quando fez um ano, segundo Eliseu lhe dissera.A mulher sunamita fez uso do número (4), e conseguiu
aquilo que não mais tinha esperança de conseguir: um filho.
2 Reis (4/8-17)
ZAQUEU E O NÚMERO QUATRO
Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade.Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos
publicanos e rico, procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura.
Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar.
Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe:
-Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em sua casa!
Ele desceu a toda à pressa e o recebeu com alegria.Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se
hospedara com homem pecador.Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor:-Senhor, eu decido dar aos pobres a metade dos meus bens!
Seguramente Zaqueu pensou que Jesus iria aplaudi-lo por essa nobre atitude.
Contudo Cristo nada disse.Provavelmente surpreso com o silêncio de Jesus, ele
acrescentou:-...; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo
quatro vezes mais!Então, Jesus lhe disse:-Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é
filho de Abraão!Continuou Cristo:- Porque o filho do homem veio buscar e salvar o perdido!O número quatro só é dado a conhecer aos filhos espirituais
de Abraão.Zaqueu conhecia o poder contido no número quatro, só que
até então não havia praticado-o, e apenas o simples fato de proferir o número quatro abriu o portal dos quatro seres viventes, e esses passaram a zelar pela salvação de Zaqueu.
Lucas (19/1-10)
PARÁBOLA DO SEMEADOR
Eis que saiu o semeador a semear.1- E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram
as aves e a comeram.2- Outra caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo
nasceu, visto não ser profunda a terra.Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz,
secou-se.3- Outra parte caiu entre os espinhos; e os espinhos
cresceram e a sufocaram, e não deu fruto.4- Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e
cresceu, produzindo a trinta, a sessenta e a cem por um.O semeador semeia a palavra.1- São estes os da beira do caminho, onde a palavra é
semeada; e, enquanto a ouvem, logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles, para que, vendo, vejam e não percebam; e,
ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e haja perdão para eles.
Ou seja, no estágio um Deus permite que Satanás tire a palavra semeada, porque essas pessoas ainda não estão preparadas para converter-se, e receber o perdão.
2- Semelhantemente, são estes os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria.
Mas eles não têm raiz em si mesma, sendo, antes, de pouca duração; em lhes chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.
Não são poucos os que ouvem a palavra, e ficam entusiasmados. No entanto, no primeiro obstáculo que encontram, abandonam tudo, e voltam a praticar as mesmas coisas de antes.
3- Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a fascinação das riquezas e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera.
Ou seja, na fase três os cuidados do mundo, a fascinação das riquezas e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra, tornando-a infrutífera.
4- Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.
São como a parábola do tesouro escondido.Mateus (13 /44): O reino dos céus é semelhante a um
tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.
São como a parábola da pérola.Mateus (13/ 45,46):O reino dos céus é também semelhante
a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.
Lucas (8/4-15)
ISRAEL E O NÚMERO QUATRO
Ao pôr-do-sol caiu profundo sono sobre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o acometeram; então, lhe foi dito:
-Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, será afligida por quatrocentos anos!
Continuou o Senhor:-Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e
depois sairão com grandes riquezas!Acrescentou:-Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu
ainda a medida da iniquidade dos amorreus !Três geração de descendentes legítimos de Abraão, sofreram
o pesado jugo da escravidão, afligida, sofrendo todo o tipo de humilhação, tudo porque ainda não havia se enchido a medida da iniquidade dos amorreus, que chegaria a quarta geração do povo de Israel.
Durante três gerações o Senhor não pôde fazer nada para ajudar o seu povo.
Contudo, na quarta geração, o portal se abriu, então, Deus viu a aflição do seu povo, que estava no Egito, e ouviu o seu clamor por causa dos seus exatores, e disse:
-Conheço-lhe o sofrimento; por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios!....
Acrescentou Deus:- Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até, mim, e
também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo!Na quarta geração, Deus ouviu o clamor, e viu a opressão do
seu povo, e por isso desceu para livrá-lo.
Gênesis (15/12-16) Êxodo (3/1-9)
NOTA
O número quatro também da origem a algo extraordinário: ele produz um processo de funcionamento que resulta na abertura de um portal espiritual que causa a ação do encontrar e ser encontrado.
Saul se deu conta deste fenômeno, e em certo momento chegou a fazer uma brincadeira com este conhecimento.
UM QUARTO DE SÍCLO
Pouco tempo depois do fato que será narrado, Saul tornar-se-ia o primeiro rei de Israel.
Na companhia de um empregado, o mesmo saiu a procura das jumentas de seu pai que haviam extraviado-se.
Procuraram em determinado lugar, mas não as acharam. Depois em outro lugar. No entanto elas não estavam ali.
Passaram ainda em outro lugar; todavia, não as acharam.Dirigindo-se à terra de Zufe, Saul disse ao moço, com quem
ia:-Vem, e voltemos; não suceda que meu pai deixe de
preocupar-se com as jumentas e se aflija por causa de nós!O jovem, porém lhe respondeu:-Nesta cidade há um homem de Deus, e é muito estimado;
tudo quanto ele diz sucede; vamo-nos, agora, lá; mostrar-nos-á, porventura, o caminho que devemos seguir!
-Eis, porém, se lá formos, que levaremos, então, àquele homem? Porque o pão de nossos alforjes se acabou, e presente não temos que levar ao homem de Deus. Que temos?
Nesta época para se consultar um profeta, era necessário levar no mínimo quatro moedas.
O moço revolveu suas coisas, encontrou uma, duas, três, quatro e respondeu:
-Eis que tenho ainda em mãos um quarto de síclo de prata, o qual darei ao homem de Deus, para que nos mostre o caminhos!
-Dizes bem, anda, pois, vamos!E foram-se à cidade onde estava o homem de Deus.
A simples intenção de dar um quarto de síclo de prata ao profeta, abriu uma porta espiritual, e a lei do encontrar e ser encontrado passou a agir na vida de Saul.
Antes os mesmos não encontravam ninguém. Agora, subindo pela encosta da cidade, encontraram umas moças que saíam a tirar
água e lhes perguntaram:-Está aqui o vidente?Antigamente, em Israel, o profeta se chamava vidente.Elas responderam:-Está. Eis aí o tens diante de ti; apressa-te, pois, porque, hoje,
veio à cidade; porquanto o povo oferece, hoje, sacrifício no alto!As moças continuaram:-Entrando vós na cidade, logo o achareis, antes que suba ao
alto para comer; porque o povo não comerá enquanto ele não chegar, porque ele tem de abençoar o sacrifício, e só depois comem os convidados; subi, pois, agora, que, hoje, o acharás!
Subiram, pois, à cidade; ao entrarem, eis que Samuel lhes saiu ao encontro, para subir ao alto.
Saul se chegou a Samuel no meio da porta e disse:-Mostra-me, peço-te, onde é aqui a casa do vidente?Agora o mesmo estava encontrando as coisas, antes do
tempo previsto, e seguramente ficou tomado de surpresa quando Samuel lhe disse:
-Eu sou o vidente!....Quanto às jumentas que há três dias se te perderam, não se preocupe o teu coração com elas, porque já se encontraram!
Às jumentas ficaram perdidas durante três dias. No entanto foram encontradas, assim que Saul e o seu moço resolveram levar ao profeta quatro siclo de prata.
Samuel disse a Saul:-Quando te apartares, hoje, de mim, acharás dois homens
juntos ao sepulcro de Raquel, no território de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste procurar!...
Um achar nesta esfera espiritual informa outro achar.-Acharás dois homens que dirão: Acharam-se.Continuou o homem de Deus:-Quando dali passares adiante e chegares ao carvalho de
Tabor, ali te encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três cabritos; outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho. Eles te saudarão e te darão dois pães, que receberás da sua mão!
Os pães que Saul e o seu moço haviam comido, durante aqueles três dias que procuraram as jumentas, sem encontrá-las, agora iriam ser restituídos.
Acrescentou Samuel:-..., e há de ser que, entrando na cidade, encontrarás um
grupo de profetas que descem do alto, precedidos de saltérios, e tambores, e flautas, e harpas, e eles estarão profetizando!
Sucedeu, pois, que, virando-se ele (no caso Saul) para despedir-se de Samuel, Deus lhe mudou o coração, e todos esses sinais se deram naquele mesmo dia.
As coisas, agora, estavam acontecendo de imediato na vida do futuro rei de Israel.
Convocou Samuel o povo ao SENHOR, em Mispa....Tendo feito chegar todas as tribos, foi indicada por sorte a de
Benjamim.Tendo feito chegar a tribo de Benjamim pelas suas famílias,
foi indicada a família de Matri; e dela foi indicado Saul, filho de Quis.
Mas, quando o procuraram, não podia ser encontrado.Saul estava tão deslumbrado com aquela ação de encontrar e
ser encontrado que decidiu esconder-se para ver uma vez mais esta lei em ação.
Contudo, o mesmo aprendeu na prática que ela não funciona quando se tenta ocasioná-la propositadamente.
Então, tornaram a perguntar ao SENHOR se aquele homem viera ali.
Respondeu o SENHOR:-Está aí escondido na bagagem!Correram e o tomaram dali.Então, disse Samuel a todo o povo:-Vedes a quem o SENHOR escolheu? Pois em todo o povo
não há nenhum semelhante a ele!Então, todo o povo rompeu em gritos, exclamando:-Viva o rei!Declarou Samuel ao povo o direito do reino, escreveu-o num
livro e o pôs perante o SENHOR e despediu todo o povo, cada um para sua casa.
1 Samuel capítulos (9 e 10)