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principal Braslia, 12 de outubro de 2011 - 14:47 ATENDIMENTO STF | MAPA DO PORTAL

ESPAO DO SERVIDOR | ENGLISH | ESPAOL Parte superior do formulrio

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A Constituio e o Supremo ImprimirParte superior do formulrio

Art.

Item 38 de 354.

CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL TTULO III - Da Organizao do Estado CAPTULO VII - DA ADMINISTRAO PBLICA Seo I - DISPOSIES GERAIS

Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: (Redao da EC 19/98)

A nomeao de cnjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, at o 3 grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica, investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de confiana, ou, ainda, de funo gratificada na administrao pblica direta e indireta, em qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, compreendido o ajuste mediante designaes recprocas, viola a CF. (Smula vinculante 13)

"No cabe recurso extraordinrio por contrariedade ao princpio constitucional da legalidade, quando a sua verificao pressuponha rever a interpretao dada a normas infraconstitucionais pela deciso recorrida." (Smula 636.) "A Administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornem ilegais, porque deles no se originam direitos, ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial." (Smula 473.) "A Administrao Pblica pode declarar a nulidade dos seus prprios atos." (Smula 346.)

Ao aplicar o princpio da publicidade administrativa, o Plenrio desproveu agravo regimental interposto de deciso do Min. Gilmar Mendes, Presidente poca, proferida nos autos de suspenso de segurana ajuizada pelo Municpio de So Paulo. A deciso questionada suspendera medidas liminares que anularam, provisoriamente, o ato de divulgao da remunerao bruta mensal, com o respectivo nome de cada servidor, em stio eletrnico da internet, denominado De Olho nas Contas. Na espcie, o Municpio impetrante alegava grave leso ordem pblica, retratada no descumprimento do princpio da supremacia do interesse pblico sobre interesses particulares. Na impetrao originria, de outra monta, sustentara-se violao intimidade e segurana privada e familiar dos servidores. Reputou-se que o princpio da publicidade administrativa, encampado no art. 37, caput, da CF, significaria o dever estatal de divulgao de atos pblicos. Destacou-se, no ponto, que a gesto da coisa pblica deveria ser realizada com o mximo de transparncia, excetuadas hipteses constitucionalmente previstas, cujo sigilo fosse imprescindvel segurana do Estado e da sociedade (CF, art. 5, XXXIII). Frisou-se que todos teriam direito a receber, dos rgos pblicos, informaes de interesse particular ou geral, tendo em vista a efetivao da cidadania, no que lhes competiria acompanhar criticamente os atos de poder. Aduziu-se que a divulgao dos vencimentos brutos de servidores, a ser realizada oficialmente, constituiria interesse coletivo, sem implicar violao intimidade e segurana deles, uma vez que esses dados

diriam respeito a agentes pblicos em exerccio nessa qualidade. Afirmou-se, ademais, que no seria permitida a divulgao do endereo residencial, CPF e RG de cada um, mas apenas de seu nome e matrcula funcional. Destacou-se, por fim, que o modo pblico de gerir a mquina estatal seria elemento conceitual da Repblica. (SS 3.902-AgR-segundo, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 9-62011, Informativo 630.)

Inqurito Publicidade. Norteia a Administrao Pblica gnero o princpio da publicidade no que desgua na busca da eficincia, ante o acompanhamento pela sociedade. Estando em jogo valores, h de ser observado o coletivo em detrimento, at mesmo, do individual. (HC 102.819, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 5-4-2011, Primeira Turma, DJE de 30-5-2011.)

Supremo Tribunal Federal, nos casos de inscrio de entidades estatais, de pessoas administrativas ou de empresas governamentais em cadastros de inadimplentes, organizados e mantidos pela Unio, tem ordenado a liberao e o repasse de verbas federais (ou, ento, determinado o afastamento de restries impostas celebrao de operaes de crdito em geral ou obteno de garantias), sempre com o propsito de neutralizar a ocorrncia de risco que possa comprometer, de modo grave e/ou irreversvel, a continuidade da execuo de polticas pblicas ou a prestao de servios essenciais coletividade. (ACO 1.534-REF-TA, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 17-3-2011, Plenrio, DJE de 11-4-2011.)

Ao direta de constitucionalidade. Art. 4 da Lei 3.769, de 26 de janeiro de 2006, que veda a realizao de processo seletivo para o recrutamento de estagirios pelos rgos e entidades do Poder Pblico do Distrito Federal. Violao aos princpios da igualdade (art. 5, caput) e da impessoalidade (caput do art. 37). (ADI 3.795, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 24-2-2011, Plenrio, DJE de 166-2011.)

Em concluso de julgamento, o Plenrio, por maioria, concedeu mandado de segurana impetrado contra ato omissivo do procurador-geral da Repblica e da procuradora-geral da Justia Militar, consistente na negativa de nomeao da impetrante, aprovada em concurso pblico para o cargo de promotor da Justia Militar, no obstante a existncia de dois cargos vagos (...). Prevaleceu o voto proferido pela Min. Crmen Lcia que reputou haver direito lquido e certo da impetrante de ser nomeada, asseverando existir, poca da impetrao, cargo vago nos quadros do rgo e necessidade de seu provimento, o que no ocorrera em razo de ilegalidade e abuso de poder por parte da segunda autoridade tida por coatora. (...) Entendeu que essa autoridade teria incorrido em ilegalidade, haja vista a ofensa ao princpio da impessoalidade, eis que no se dera a nomeao por questes pessoais, bem como agido com abuso de poder, porquanto deixara de cumprir, pelo personalismo, e no por necessidade ou convenincia do servio pblico, a atribuio que lhe fora conferida. (MS 24.660, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 3-2-2011, Plenrio, Informativo 614. Vide: RE 227.480, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 16-9-2008, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009.)

(...) a jurisprudncia do STF assentou ser possvel o controle de legalidade dos atos administrativos pelo Poder Judicirio. (AI 796.832-AgR, voto da Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 1-2-2011, Primeira Turma, DJE de 23-2-2011.) Vide: RMS 24.699, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 30-11-2004, Primeira

Turma, DJ de 1-7-2005.

(...) pode a CGU fiscalizar a aplicao de dinheiro da Unio onde quer que ele esteja sendo aplicado, isto , se houver um repasse de verbas federais a um Municpio, ele pode ser objeto de fiscalizao no tocante sua aplicao. (...) ressalto que a fiscalizao operada pela CGU realizada de forma aleatria dada a impossibilidade ftica de controlar as verbas repassadas a todos os Municpios brasileiros , por meio de sorteios pblicos, efetuados mensalmente pela CEF, a partir dos mesmos equipamentos empregados nas loterias, sem que nisso haja qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade, que inclusive, atende ao princpio da impessoalidade abrigado no art. 37 da CF. (RMS 25.943, voto do Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 24-11-2010, Plenrio, DJE de 2-32011.)

(...) os valores arrecadados com tributos servem para custear atividades de interesse pblico. Porm, a circunstncia no imuniza o Estado de assumir responsabilidades e a responder por sua conduta. Os princpios da moralidade, da legalidade e da propriedade impedem que o argumento seja levado s ltimas consequncias, de modo a impedir pura a simplesmente qualquer restituio de indbito tributrio. Dessa forma, compete ao ente federado demonstrar com exatido numrica o risco continuidade do servio pblico, causada pela reparao devida. Meras conjecturas ou ilaes caem na vala das falcias ad terrorem. Alis, o ltimo argumento tambm um apelo catstrofe. Como os entes federados atuam no contexto republicano, todos os custos so repartidos pelos administrados. A opo pelo aumento da carga tributria ou pela gesto mais eficiente , antes de tudo, poltica e que deve ser partilhada com os administrados pelos caminhos prprios do sistema poltico-legislativo. Abstrados outros tipos de problema, a escolha pelo aumento da carga tributria para custeio da correo de erros imputveis administrao, se legitimada pelo processo legislativo correto, no interfere no direito de ressarcimento das pessoas lesadas pelos erros. (AI 607.616-AgR, voto do Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 31-8-2010, Segunda Turma, DJE de 1-10-2010.)

Processo administrativo tributrio. (...) A circunstncia de inexistir previso especfica para a interposio de recurso hierrquico em favor do sujeito passivo no afasta o poder-dever da administrao de examinar a validade do ato administrativo que implica a constituio do crdito tributrio, ainda que no provocada, respeitadas a forma e as balizas impostas pelo sistema jurdico (Smula 473/STF). (RE 462.136-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 31-8-2010, Segunda Turma, DJE de 1-10-2010.)

"H risco de grave leso ordem pblica, bem como de efeito multiplicador, na deciso judicial que determina remoo de servidor para acompanhar cnjuge transferido a pedido, quando no h interesse pblico em remov-lo." (STA 407AgR, Rel. Min. Presidente Cezar Peluso, julgamento em 18-8-2010, Plenrio, DJE de 3-9-2010.) Vide: MS 23.058, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 18-9-2008, Plenrio, DJE de 14-11-2008.

"Ao direta de inconstitucionalidade. Arts. 7 a 10 do Decreto 5.820, de 29-62006, expedido pelo presidente da Repblica. Adoo do Sistema Brasileiro de Televiso Digital (SBTVD). (...) Consignao de canal de radiofrequncia (ou autorizao de uso de espectro de radiofrequncia) no se confunde com concesso ou autorizao do servio pblico de radiodifuso de sons e imagens.

A primeira (consignao), regulada pela Lei 9.472/1997, acessria da segunda (concesso ou permisso). A norma inscrita no art. 7 do Decreto 5.820/2006 (e tambm nos arts. 8 a 10) cuida de autorizao de uso do espectro de radiofrequncias, e no de outorga de concesso do servio pblico de radiodifuso de sons e imagens. O que se deu, na verdade, foi o seguinte: diante da evoluo tecnolgica, e para a instituio no pas da tecnologia digital de transmisso de sons e imagens, sem interrupo da transmisso de sinais analgicos, fez-se imprescindvel a consignao temporria de mais um canal s atuais concessionrias do servio de radiodifuso de sons e imagens. Isso para que veiculassem, simultaneamente, a mesma programao nas tecnologias analgica e digital. Tratou-se de um ato do presidente da Repblica com o objetivo de manter um servio pblico adequado, tanto no que se refere sua atualidade quanto no tocante sua continuidade. Ato por isso mesmo serviente do princpio constitucional da eficincia no mbito da administrao pblica. A televiso digital, comparativamente com a TV analgica, no consiste em novo servio pblico. Cuida-se da mesma transmisso de sons e imagens por meio de ondas radioeltricas. Transmisso que passa a ser digitalizada e a comportar avanos tecnolgicos, mas sem perda de identidade jurdica." (ADI 3.944, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 5-8-2010, Plenrio, DJE de 1-10-2010.)

"Lei 8.736/2009 do Estado da Paraba que institui programa de incentivo aos pilotos de automobilismo. (...) A Lei estadual 8.736/2009 singulariza de tal modo os beneficirios que apenas uma nica pessoa se beneficiaria com mais de 75% dos valores destinados ao programa de incentivo fiscal, o que afronta, em tese, o princpio da impessoalidade. Medida cautelar concedida para suspender, com efeito ex nunc, at o julgamento final da ao a Lei 8.736, de 24-3-2009, do Estado da Paraba." (ADI 4.259-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 23-6-2010, Plenrio, DJE de 20-8-2010.)

"Auditoria realizada pela Superintendncia Estadual do INSS no Rio de Janeiro apurou que servidores daquela autarquia haviam cadastrado senhas fantasmas nos sistemas de informtica e, utilizando-se dessas matrculas, autorizaram a concesso indevida de benefcios previdencirios, gerando prejuzos ao errio. O Superintendente Estadual determinou, a partir dessas informaes, a instaurao de sindicncia, destituindo os servidores das funes comissionadas que exerciam e afastando-os preventivamente de suas atividades. O afastamento preventivo dos impetrantes no lhes cerceou a defesa no processo disciplinar. Trata-se a de medida prevista no art. 147 da Lei 8.112/1990, permitindo maior liberdade e iseno da comisso de inqurito em suas atividades, principalmente no que tange instruo probatria. O afastamento, em situaes graves, tem por objetivo ainda restaurar a regularidade da atividade administrativa, reafirmando os princpios do caput do art. 37 da Constituio. Resguarda-se, igualmente, a integridade do servidor pblico durante as investigaes. (...) O fato de a comisso no se ter utilizado da faculdade do 1 do art. 159 da Lei 8.112/1990, que diz da possibilidade de acareao entre depoentes, no afeta a legalidade do feito. O juzo sobre a necessidade da acareao exclusivo da autoridade responsvel pela direo do inqurito disciplinar. No cabe ao Poder Judicirio reexaminar as razes que levaram a autoridade impetrada a concluir pela desnecessidade daquele procedimento." (MS 23.187, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 27-52010, Plenrio, DJE de 6-8-2010.)

A Administrao Pblica tem o direito de anular seus prprios atos, quando ilegais, ou revog-los por motivos de convenincia e oportunidade [Smulas 346 e 473, STF]. O prazo decadencial estabelecido no art. 54 da Lei 9.784/1999 contase a partir da sua vigncia [1-2-1999], vedada a aplicao retroativa do preceito para limitar a liberdade da Administrao Pblica. (RMS 25.856, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-3-2010, Segunda Turma, DJE de 14-5-2010.)

"Aps a declarao da inconstitucionalidade de dispositivos da Lei Estadual 6.556/1989, ocorrida na sesso de 18-9-1997, foi editada a Lei paulista 9.903, de 30-12-1997, agora impugnada no recurso extraordinrio que ora examinamos. Verifico que essa lei, alm de elevar originariamente (no se tratando, portanto, de prorrogao de majoraes anteriores) a alquota do ICMS em um ponto percentual, estabeleceu em seu art. 3 que: O Poder Executivo publicar, mensalmente, no Dirio Oficial do Estado, at o dia 10 (dez) do ms subsequente, a aplicao dos recursos provenientes da elevao da alquota de que trata o art. 1. (...) Ressalto que a necessidade de publicao da destinao dada receita oriunda do aumento da alquota, embora no tenha previso constitucional, foi criada em harmonia com os princpios da publicidade e da moralidade, previstos no art. 37, caput, da C F." (RE 585.535, voto da Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1-2-2010, Plenrio, DJE de 21-5-2010, com repercusso geral.)

Separao dos poderes. Possibilidade de anlise de ato do Poder Executivo pelo Poder Judicirio. (...) Reexame de matria ftica e interpretao de clusulas editalcias. (...) Cabe ao Poder Judicirio a anlise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos trs Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mcula no ato impugnado, afastar a sua aplicao. (AI 640.272-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 2-10-2009, Primeira Turma, DJ de 31-102007.) No mesmo sentido: AI 746.260-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 9-6-2009, Primeira Turma, DJE de 7-8-2009.

"Os encargos de capacidade emergencial, de aquisio de energia eltrica emergencial e de energia livre adquirida no Mercado Atacadista de Energia Eltrica (MAE), institudos pela Lei 10.438/2002, no possuem natureza tributria. Encargos destitudos de compulsoriedade, razo pela qual correspondem a tarifas ou preos pblicos. Verbas que constituem receita originria e privada, destinada a remunerar concessionrias, permissionrias e autorizadas pelos custos do servio, incluindo sua manuteno, melhora e expanso, e medidas para prevenir momentos de escassez. O art. 175, III, da CF autoriza a subordinao dos referidos encargos poltica tarifria governamental. Inocorrncia de afronta aos princpios da legalidade, da no afetao, da moralidade, da isonomia, da proporcionalidade e da razoabilidade." (RE 541.511, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 22-4-2009, Plenrio, DJE de 26-6-2009.) No mesmo sentido: RE 576.189, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 22-42009, Plenrio, DJE de 26-6-2009, com repercusso geral.

Ato decisrio contrrio Smula vinculante 13 do STF. Nepotismo. Nomeao para o exerccio do cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paran. Natureza administrativa do cargo. Vcios no processo de escolha. Votao aberta. Aparente incompatibilidade com a sistemtica da CF. Presena do fumus boni iuris e do periculum in mora. (...) A vedao do nepotismo no exige a edio de lei formal para coibir a prtica, uma vez que decorre diretamente dos princpios contidos no art. 37, caput, da CF. O cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paran reveste-se, primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que exerce a funo de auxiliar do Legislativo no controle da administrao pblica. Aparente ocorrncia de vcios que maculam o processo de escolha por parte da Assembleia Legislativa paranaense. (Rcl 6.702-AgR-MC, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 4-3-2009, Plenrio, DJE de 30-4-2009.)

"Concurso para a Magistratura do Estado do Piau. Critrios de convocao para as provas orais. Alterao do edital no curso do processo de seleo.

Impossibilidade. Ordem denegada. O Conselho Nacional de Justia tem legitimidade para fiscalizar, inclusive de ofcio, os atos administrativos praticados por rgos do Poder Judicirio (MS 26.163, Rel. Min. Crmen Lcia, DJE de 4-92008). Aps a publicao do edital e no curso do certame, s se admite a alterao das regras do concurso se houver modificao na legislao que disciplina a respectiva carreira. Precedentes. (RE 318.106, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ de 18-11-2005). No caso, a alterao das regras do concurso teria sido motivada por suposta ambigidade de norma do edital acerca de critrios de classificao para a prova oral. Ficou evidenciado, contudo, que o critrio de escolha dos candidatos que deveriam ser convocados para as provas orais do concurso para a Magistratura do Estado do Piau j estava claramente delimitado quando da publicao do Edital 1/2007. A pretenso de alterao das regras do edital medida que afronta o princpio da moralidade e da impessoalidade, pois no se pode permitir que haja, no curso de determinado processo de seleo, ainda que de forma velada, escolha direcionada dos candidatos habilitados s provas orais, especialmente quando j concluda a fase das provas escritas subjetivas e divulgadas as notas provisrias de todos os candidatos. (MS 27.165, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 18-12-2008, Plenrio, DJE de 6-32009.)

"Remoo de ofcio para acompanhar o cnjuge, independentemente da existncia de vagas. Art. 36 da Lei 8.112/1990. Desnecessidade de o cnjuge do servidor ser tambm regido pela Lei 8.112/1990. Especial proteo do Estado famlia (art. 226 da CF). Em mandado de segurana, a Unio, mais do que litisconsorte, de ser considerada parte, podendo, por isso, no apenas nela intervir para esclarecer questes de fato e de direito, como tambm juntar documentos, apresentar memoriais e, ainda, recorrer (pargrafo nico do art. 5 da Lei 9.469/1997). Rejeio da preliminar de incluso da Unio como litisconsorte passivo. Havendo a transferncia, de ofcio, do cnjuge da impetrante, empregado da Caixa Econmica Federal, para a cidade de Fortaleza/CE, tem ela, servidora ocupante de cargo no TCU, direito lquido e certo de tambm ser removida, independentemente da existncia de vagas. Precedente: MS 21.893/DF. A alnea a do inciso III do pargrafo nico do art. 36 da Lei 8.112/1990 no exige que o cnjuge do servidor seja tambm regido pelo Estatuto dos Servidores Pblicos Federais. A expresso legal servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios no outra seno a que se l na cabea do art. 37 da CF para alcanar, justamente, todo e qualquer servidor da administrao pblica, tanto a administrao direta quanto a indireta. O entendimento ora perfilhado descansa no regao do art. 226 da CF, que, sobre fazer da famlia a base de toda a sociedade, a ela garante especial proteo do Estado. Outra especial proteo famlia no se poderia esperar seno aquela que garantisse impetrante o direito de acompanhar seu cnjuge, e, assim, manter a integridade dos laos familiares que os prendem." (MS 23.058, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 18-9-2008, Plenrio, DJE de 14-11-2008.) No mesmo sentido: RE 549.095-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-92009, Segunda Turma, DJE de 23-10-2009. Vide: STA 407-AgR, Rel. Min. Presidente Cezar Peluso, julgamento em 18-8-2010, Plenrio, DJE de 3-9-2010; RE 587.260-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-9-2009, Segunda Turma, DJE de 23-10-2009.

"Nomeao de irmo de Governador de Estado. Cargo de Secretrio de Estado. Nepotismo. Smula vinculante 13. Inaplicabilidade ao caso. Cargo de natureza poltica. Agente poltico. Entendimento firmado no julgamento do RE 579.951/RN. Ocorrncia da fumaa do bom direito. Impossibilidade de submisso do reclamante, Secretrio Estadual de Transporte, agente poltico, s hipteses expressamente elencadas na Smula vinculante 13, por se tratar de cargo de natureza poltica. Existncia de precedente do Plenrio do Tribunal: RE 579.951/RN, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE de 12-9-2008. Ocorrncia da

fumaa do bom direito." (Rcl 6.650-MC-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 16-10-2008, Plenrio, DJE de 21-11-2008.) "Administrao pblica. Vedao nepotismo. Necessidade de lei formal. Inexigibilidade. Proibio que decorre do art. 37, caput, da CF. (...) Embora restrita ao mbito do Judicirio, a Resoluo 7/2005 do Conselho Nacional da Justia, a prtica do nepotismo nos demais Poderes ilcita. A vedao do nepotismo no exige a edio de lei formal para coibir a prtica. Proibio que decorre diretamente dos princpios contidos no art. 37, caput, da CF. Precedentes. Recuro extraordinrio conhecido e parcialmente provido para anular a nomeao do servidor, aparentado com agente poltico, ocupante de cargo em comisso." (RE 579.951, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 20-8-2008, Plenrio, DJE de 24-10-2008, com repercusso geral.)

Os condicionamentos impostos pela Resoluo 07/2005, do Conselho Nacional de Justia, no atentam contra a liberdade de prover e desprover cargos em comisso e funes de confiana. As restries constantes do ato resolutivo so, no rigor dos termos, as mesmas j impostas pela Constituio de 1988, dedutveis dos republicanos princpios da impessoalidade, da eficincia, da igualdade e da moralidade. Improcedncia das alegaes de desrespeito ao princpio da separao dos poderes e ao princpio federativo. O CNJ no rgo estranho ao Poder Judicirio (art. 92, CF) e no est a submeter esse Poder autoridade de nenhum dos outros dois. O Poder Judicirio tem uma singular compostura de mbito nacional, perfeitamente compatibilizada com o carter estadualizado de uma parte dele. Ademais, o art. 125 da Lei Magna defere aos Estados a competncia de organizar a sua prpria Justia, mas no menos certo que esse mesmo art. 125, caput, junge essa organizao aos princpios estabelecidos por ela, Carta Maior, neles includos os constantes do art. 37, cabea. Ao julgada procedente para: a) emprestar interpretao conforme Constituio para deduzir a funo de chefia do substantivo direo nos incisos II, III, IV, V do art. 2 do ato normativo em foco; b) declarar a constitucionalidade da Resoluo 07/2005, do CNJ. (ADC 12, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 20-8-2008, Plenrio, DJE de 18-12-2009.)"Agncia reguladora. Deciso judicial que determina a busca e a apreenso de equipamentos radiofnicos de emissora de rdio comunitria clandestina. No julgamento da ADI 1.668-MC/DF, entre vrios dispositivos questionados e julgados, decidiu-se pela suspenso do inciso XV do art. 19 da Lei 9.472/97, que dispunha sobre a competncia do rgo regulador para realizar busca e apreenso de bens. Deciso reclamada que determinou o lacre e a apreenso dos equipamentos da rdio clandestina fundamentada no exerccio do regular poder de polcia. Ao tempo da deciso judicial reclamada, j estava em vigor a Lei 10.871/04, na redao da Lei 11.292/2006, que prev aos ocupantes dos cargos de fiscal dos rgos reguladores as prerrogativas de apreenso de bens e produtos. Ausncia de descumprimento da ADI 1.668-MC/DF." (Rcl 5.310, voto da Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 3-4-2008, Plenrio, DJE de 16-5-2008.)

"Ao direta de inconstitucionalidade. EC 35, de 20 de dezembro de 2006, da Constituio do Estado de Mato Grosso do Sul. Acrscimo do art. 29-A, caput e

1, 2 e 3, do Ato das Disposies Constitucionais Gerais e Transitrias da Constituio sul-mato-grossense. Instituio de subsdio mensal e vitalcio aos exGovernadores daquele Estado, de natureza idntica ao percebido pelo atual chefe do Poder Executivo estadual. Garantia de penso ao cnjuge suprstite, na metade do valor percebido em vida pelo titular. Segundo a nova redao acrescentada ao Ato das Disposies Constitucionais Gerais e Transitrias da Constituio de Mato Grosso do Sul, introduzida pela EC 35/2006, os exGovernadores sul-mato-grossenses que exerceram mandato integral, em 'carter permanente', receberiam subsdio mensal e vitalcio, igual ao percebido pelo Governador do Estado. Previso de que esse benefcio seria transferido ao cnjuge suprstite, reduzido metade do valor devido ao titular. No vigente ordenamento republicano e democrtico brasileiro, os cargos polticos de chefia do Poder Executivo no so exercidos nem ocupados 'em carter permanente', por serem os mandatos temporrios e seus ocupantes, transitrios. Conquanto a norma faa meno ao termo 'benefcio', no se tem configurado esse instituto de direito administrativo e previdencirio, que requer atual e presente desempenho de cargo pblico. Afronta o equilbrio federativo e os princpios da igualdade, da impessoalidade, da moralidade pblica e da responsabilidade dos gastos pblicos (arts. 1; 5, caput; 25, 1; 37, caput e XIII; 169, 1, I e II; e 195, 5, da Constituio da Repblica). Precedentes. Ao direta de inconstitucionalidade julgada procedente, para declarar a inconstitucionalidade do art. 29-A e seus pargrafos do Ato das Disposies Constitucionais Gerais e Transitrias da Constituio do Estado de Mato Grosso do Sul." (ADI 3.853, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 12-9-2007, Plenrio, DJ de 26-10-2007.)

"(...) a controvrsia suscitada em sede recursal extraordinria j foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal. (...) O art. 139, II, da Lei estadual 1.762/1986, assegurou o direito de incorporar aos seus proventos 20% da remunerao percebida quando da atividade. Note-se que, poca da edio da referida lei, estava em vigor a Constituio do Brasil de 1967-1969, que, em seu art. 102, 2, vedava a percepo de proventos superiores remunerao da atividade. Todavia, eventual inconstitucionalidade do art. 139, II, daquela lei estadual, em face da CF/1967-69, nunca foi arguida e a gratificao por ela instituda incorporou-se ao patrimnio dos recorridos. Esta Corte firmou o entendimento no sentido de que os proventos regulam-se pela lei vigente poca do ato concessivo da aposentadoria, excluindo-se, assim, do desconto na remunerao, as vantagens de carter pessoal incorporadas pelo funcionrio pblico, tornando-se, deste modo, plausvel a tese do direito adquirido. A concesso da gratificao, com a aposentadoria, deu-se com observncia do princpio da boa-f e retir-la, a esta altura, quando por efeito da lei estadual, est placitada pela ordem jurdico-constitucional vigente, constituiria ofensa ao princpio da irredutibilidade de vencimentos. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 384.334-AgR/AM, Rel. Min. Eros Grau). (...) A lei inconstitucional nasce morta. Em certos casos, entretanto, os seus efeitos devem ser mantidos, em obsquio, sobretudo, ao princpio da boa-f. No caso, os efeitos do ato, concedidos com base no princpio da boa-f, viram-se convalidados pela CF/1988 (...) (RE 341.732-AgR/AM, Rel. Min. Carlos Velloso). Esse entendimento no estranho experincia jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal, que j fez incidir o postulado da segurana jurdica em questes vrias, inclusive naquelas envolvendo relaes de direito pblico' (MS 24.268/MG, Rel. p/ o acrdo Min. Gilmar Mendes MS 24.927/RO, Rel. Min. Cezar Peluso, v.g.) e de carter poltico (RE 197.917/SP, Rel. Min. Maurcio Corra), cabendo mencionar a deciso do Plenrio que se acha consubstanciada, no ponto, em acrdo assim ementado: (...) Obrigatoriedade da observncia do princpio da segurana jurdica enquanto subprincpio do Estado de Direito. Necessidade de estabilidade das situaes criadas administrativamente. Princpio da confiana como elemento do princpio da segurana jurdica. Presena de um componente de tica jurdica e sua aplicao nas relaes jurdicas de direito pblico. (MS 22.357/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes)." (RE 358.875-AgR, voto do Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 23-10-2007, Segunda Turma, DJ de 7-12-2007.) No mesmo sentido: RE

566.832-AgR e RE 572.814-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 26-52009, Primeira Turma, DJE de 1-7-2009; RE 431.957-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 10-3-2009, Segunda Turma, DJE de 3-4-2009.

"O Conselho de Coordenao e Controle das Empresas Estatais anulou vrias decises concessivas de anistia, com base no Decreto 1.499/1995. E o fez, na forma da Smula 473/STF, pela comprovao de indcios de irregularidade nos processos originrios. Mais tarde, o art. 11 do Decreto 3.363/2000 ratificou os atos praticados pelo citado Conselho de Coordenao e Controle das Empresas Estatais. Presuno de legitimidade desses atos que no foi infirmada pelos impetrantes. Recurso ordinrio desprovido." (RMS 25.662, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 29-5-2007, Primeira Turma, DJ de 28-9-2007.)

"O Supremo Tribunal fixou orientao no sentido de que aos servidores pblicos estaduais, independentemente de lei local, aplicada a Lei federal 8.880/1994." (AI 649.383-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 26-6-2007, Segunda Turma, DJ de 24-8-2007.)

Processo Ato administrativo Declarao de insubsistncia Audio da parte interessada Inobservncia. Uma vez constituda situao jurdica a integrar o patrimnio do administrado ou do servidor, o desfazimento pressupe o contraditrio. Precedente: RE 158.543-9/RS, por mim relatado perante a Segunda Turma, com acrdo publicado no Dirio da Justia de 6 de outubro de 1995. (AI 587.487-AgR, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 31-5-2007, Primeira Turma, DJE de 29-6-2007.)

"Cabe ao Poder Judicirio verificar a regularidade dos atos normativos e de administrao do poder pblico em relao s causas, aos motivos e finalidade que os ensejam. Pelo princpio da proporcionalidade, h que ser guardada correlao entre o nmero de cargos efetivos e em comisso, de maneira que exista estrutura para atuao do Poder Legislativo local." (RE 365.368-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 22-5-2007, Primeira Turma, DJ de 296-2007.) No mesmo sentido: ADI 4.125, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 10-6-2010, Plenrio, DJE de 15-2-2011.

"Converso, em URV, da remunerao dos servidores pblicos estaduais Aplicabilidade da Lei 8.880/1994, editada pela Unio Federal Competncia privativa da Unio para legislar sobre sistema monetrio (CF, art. 22, VI) (...) A Unio Federal, no sistema de repartio constitucional de competncias estatais, pode exercer, legitimamente, as atribuies enumeradas que lhe foram conferidas, em carter privativo, pela Carta Poltica, sem que a prtica dessa competncia institucional implique transgresso prerrogativa bsica da autonomia polticojurdica constitucionalmente reconhecida aos Estados-membros. Precedentes. Hiptese em que a Unio Federal exerceu, validamente, a competncia que a Carta Poltica lhe atribuiu, para legislar, privativamente, sobre o sistema monetrio (CF, art. 22, VI)." (RE 505.795-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 133-2007, Segunda Turma, DJ de 22-6-2007.) No mesmo sentido: RE 358.810-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 11-2-2003, Segunda Turma, DJ de 28-32003.

"Administrao pblica Princpios Extenso. Surgindo, no ato normativo abstrato, a ptica, assentada em princpio bsico da administrao pblica, de

observncia apenas em relao ao Executivo, tem-se a lei como a conflitar com a razoabilidade." (ADI 2.472, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 1-4-2004, Plenrio, DJ de 9-3-2007.)

"No caso concreto, a recorrida pensionista do INSS desde 4-10-1994, recebendo, atravs do benefcio 055.419.615-8, aproximadamente o valor de R$ 948,68. Acrdo recorrido que determinou a reviso do benefcio de penso por morte, com efeitos financeiros correspondentes integralidade do salrio de benefcios da previdncia geral, a partir da vigncia da Lei 9.032/1995. Concesso do referido benefcio ocorrida em momento anterior edio da Lei 9.032/1995. No caso concreto, ao momento da concesso, incidia a Lei 8.213, de 24 de julho de 1991. Ao estender a aplicao dos novos critrios de clculo a todos os beneficirios sob o regime das leis anteriores, o acrdo recorrido negligenciou a imposio constitucional de que lei que majora benefcio previdencirio deve, necessariamente e de modo expresso, indicar a fonte de custeio total (CF, art. 195, 5). Precedente citado: RE 92.312/SP, Segunda Turma, unnime, Rel. Min. Moreira Alves, julgado em 11-4-1980. Na espcie, o benefcio da penso por morte configura-se como direito previdencirio de perfil institucional cuja garantia corresponde manuteno do valor real do benefcio, conforme os critrios definidos em lei (CF, art. 201, 4). Ausncia de violao ao princpio da isonomia (CF, art. 5, caput) porque, na espcie, a exigncia constitucional de prvia estipulao da fonte de custeio total consiste em exigncia operacional do sistema previdencirio que, dada a realidade atuarial disponvel, no pode ser simplesmente ignorada. Considerada a atuao da autarquia recorrente, aplica-se tambm o princpio da preservao do equilbrio financeiro e atuarial (CF, art. 201, caput), o qual se demonstra em consonncia com os princpios norteadores da administrao pblica (CF, art. 37). " (RE 415.454 e RE 416.827, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 8-2-2007, Plenrio, DJ de 26-10-2007.) No mesmo sentido: RE 603.344-ED-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 24-8-2010, Primeira Turma, DJE de 24-9-2010; AI 676.318-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 23-6-2009, Segunda Turma, DJE de 7-8-2009; RE 540.513-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE de 28-82009.

"Embora a lei inconstitucional perea mesmo antes de nascer, os efeitos eventualmente por ela produzidos podem incorporar-se ao patrimnio dos administrados, em especial quando se considere o princpio da boa-f." (RE 359.043-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 3-10-2006, Segunda Turma, DJ de 27-10-2006.)

"Princpio da moralidade. tica da legalidade e moralidade. Confinamento do princpio da moralidade ao mbito da tica da legalidade, que no pode ser ultrapassada, sob pena de dissoluo do prprio sistema. Desvio de poder ou de finalidade." (ADI 3.026, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 8-6-2006, Plenrio, DJ de 29-9-2006.)

Diretor-geral de Tribunal Regional Eleitoral. Exerccio da advocacia. Incompatibilidade. Nulidade dos atos praticados. Violao aos princpios da moralidade e do devido processo legal (fair trial). Acrdo recorrido cassado. Retorno dos autos para novo julgamento. (RE 464.963, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-2-2006, Segunda Turma, DJ de 30-6-2006.) "Bacharel em Direito que exerce o cargo de assessor de desembargador: incompatibilidade para o exerccio da advocacia. Lei 4.215, de 1963, arts. 83 e 84. Lei 8.906/1994, art. 28, IV. Inocorrncia de ofensa ao art. 5, XIII, que deve ser interpretado em consonncia com o art. 22, XVI, da CF, e com o princpio da

moralidade administrativa imposto administrao pblica (CF, art. 37, caput)." (RE 199.088, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 1-10-1996, Segunda Turma, DJ de 16-4-1999.)

"A teoria do fato consumado no se caracteriza como matria infraconstitucional, pois em diversas oportunidades esta Corte manifestou-se pela aplicao do princpio da segurana jurdica em atos administrativos invlidos, como subprincpio do Estado de Direito, tal como nos julgamentos do MS 24.268, DJ de 17-9-2004 e do MS 22.357, DJ de 5-11-2004, ambos por mim relatados. No entanto, no presente caso, no se pode invocar a teoria do fato consumado sob o manto da segurana jurdica. A aplicao desta teoria enfrenta temperamentos neste Tribunal." (RE 462.909-AgR, voto do Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 4-4-2006, Segunda Turma, DJ de 12-5-2006.)

"A Constituio de 1988 instituiu o concurso pblico como forma de acesso aos cargos pblicos. CF, art. 37, II. Pedido de desconstituio de ato administrativo que deferiu, mediante concurso interno, a progresso de servidores pblicos. Acontece que, poca dos fatos 1987 a 1992 , o entendimento a respeito do tema no era pacfico, certo que, apenas em 17-2-1993, que o Supremo Tribunal Federal suspendeu, com efeito ex nunc, a eficcia do art. 8, III; art. 10, pargrafo nico; art. 13, 4; art. 17 e art. 33, IV, da Lei 8.112, de 1990, dispositivos esses que foram declarados inconstitucionais em 27-8-1998: ADI 837/DF, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25-6-1999. Os princpios da boa-f e da segurana jurdica autorizam a adoo do efeito ex nunc para a deciso que decreta a inconstitucionalidade. Ademais, os prejuzos que adviriam para a administrao seriam maiores que eventuais vantagens do desfazimento dos atos administrativos." (RE 442.683, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 13-122005, Segunda Turma, DJ de 24-3-2006.) No mesmo sentido: RE 466.546, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-2-2006, Segunda Turma, DJ de 17-32006.

"Constitucional. Administrativo. Concurso pblico. Prova fsica. Alterao no edital. Princpios da razoabilidade e da publicidade. Alteraes no edital do concurso para agente penitencirio, na parte que disciplinou o exerccio abdominal, para sanar erro material, mediante uma errata publicada dias antes da realizao da prova fsica no Dirio Oficial do Estado. Desnecessria a sua veiculao em jornais de grande circulao. A divulgao no Dirio Oficial suficiente per se para dar publicidade a um ato administrativo. A administrao pode, a qualquer tempo, corrigir seus atos e, no presente caso, garantiu aos candidatos prazo razovel para o conhecimento prvio do exerccio a ser realizado." (RE 390.939, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 16-8-2005, Segunda Turma, DJ de 9-9-2005.)

"(...) consentnea com a Carta da Repblica previso normativa asseguradora, ao militar e ao dependente estudante, do acesso a instituio de ensino na localidade para onde removido. Todavia, a transferncia do local do servio no pode se mostrar verdadeiro mecanismo para lograr-se a transposio da seara particular para a pblica, sob pena de se colocar em plano secundrio a isonomia art. 5, cabea e inciso I , a impessoalidade, a moralidade na administrao pblica, a igualdade de condies para o acesso e permanncia na escola superior, prevista no inciso I do art. 206, bem como a viabilidade de chegar-se a nveis mais elevados do ensino, no que o inciso V do art. 208 vincula o fenmeno capacidade de cada qual." (ADI 3.324, voto do Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 16-12-2004, Plenrio, DJ de 5-8-2005.)

"A administrao pblica norteada por princpios conducentes segurana jurdica da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficincia. A variao de enfoques, seja qual for a justificativa, no se coaduna com os citados princpios, sob pena de grassar a insegurana." (MS 24.872, voto do Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 30-6-2005, Plenrio, DJ de 30-9-2005.)

Paciente denunciada por omitir dado tcnico indispensvel propositura de ao civil pblica (art. 10 da Lei 7.347/1985). Alegada nulidade da ao penal, que teria origem em procedimento investigatrio do Ministrio Pblico e incompatibilidade do tipo penal em causa com a CF. Caso em que os fatos que basearam a inicial acusatria emergiram durante o inqurito civil, no caracterizando investigao criminal, como quer sustentar a impetrao. A validade da denncia nesses casos proveniente de elementos colhidos em inqurito civil se impe, at porque jamais se discutiu a competncia investigativa do Ministrio Pblico diante da cristalina previso constitucional (art. 129, II, da CF). Na espcie, no est em debate a inviolabilidade da vida privada e da intimidade de qualquer pessoa. A questo apresentada outra. Consiste na obedincia aos princpios regentes da administrao pblica, especialmente a igualdade, a moralidade, a publicidade e a eficincia, que estariam sendo afrontados se de fato ocorrentes as irregularidades apontadas no inqurito civil. Da por que essencial a apresentao das informaes negadas, que no so dados pessoais da paciente, mas dados tcnicos da Companhia de Limpeza de Niteri, cabendo ao Ministrio Pblico zelar por aqueles princpios, como custos iuris, no alto da competncia constitucional prevista no art. 127, caput." (HC 84.367, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 911-2004, Primeira Turma, DJ de 18-2-2005.)

A administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de ilegalidade (Smula 473), no podendo ser invocado o princpio da isonomia como pretexto de se obter benefcio ilegalmente concedido a outros servidores. (AI 442.918AgR, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 4-5-2004, Primeira Turma, DJ de 4-6-2004.)

Servidor pblico estadual: policiais militares que exercem funes de magistrio: incorporao dos honorrios prevista no 1 do art. 3 da Lei estadual 7.323/1998: controvrsia decidida luz da legislao local e da prova produzida, de reexame invivel no recurso extraordinrio (Smulas 279 e 280): alegada violao do princpio da legalidade (CF, art. 37, caput) que, se existente, seria indireta ou reflexa, no ensejando o extraordinrio. (AI 402.657-AgR, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 15-4-2003, Primeira Turma, DJ de 16-5-2003.)

"Princpios constitucionais: CF, art. 37: seu cumprimento faz-se num devido processo legal, vale dizer, num processo disciplinado por normas legais. Fora da, tem-se violao ordem pblica, considerada esta em termos de ordem jurdicoconstitucional, jurdico-administrativa e jurdico-processual." (Pet 2.066-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 19-10-2000, Plenrio, DJ de 28-2-2003.)

Invivel a invocao dos princpios de direito administrativo consagrados no caput do art. 37 da CF para garantir embargante estabilidade no emprego no prevista na legislao pertinente, ante o disposto no art. 173 da Lei Maior. (RE 363.328ED, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 2-12-2003, Segunda Turma, DJ de 1912-2003.) No mesmo sentido: AI 651.512-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 5-5-2009, Primeira Turma, DJE de 5-6-2009.

"Concesso de anistia de multas de natureza eleitoral (...) Reafirmao, quanto ao mais, da deliberao tomada quando do exame da medida cautelar, para rejeitar as alegaes de ofensa ao princpio isonmico (CF, art. 5, caput); ao princpio da moralidade (CF, art. 37, caput); ao princpio da coisa julgada (CF, art. 5, XXXVI) e aos limites da competncia do Congresso Nacional para dispor sobre anistia (CF, art. 48, VIII, bem como, arts. 1, 2 e 21, XVII)." (ADI 2.306, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 21-3-2002, Plenrio, DJ de 31-10-2002.)

"Lei estadual que autoriza a incluso, no edital de venda do Banco do Estado do Maranho S/A, da oferta do depsito das disponibilidades de caixa do tesouro estadual (...) Alegao de ofensa ao princpio da moralidade administrativa Plausibilidade jurdica (...). O princpio da moralidade administrativa enquanto valor constitucional revestido de carter tico-jurdico condiciona a legitimidade e a validade dos atos estatais. A atividade estatal, qualquer que seja o domnio institucional de sua incidncia, est necessariamente subordinada observncia de parmetros tico-jurdicos que se refletem na consagrao constitucional do princpio da moralidade administrativa. Esse postulado fundamental, que rege a atuao do Poder Pblico, confere substncia e d expresso a uma pauta de valores ticos sobre os quais se funda a ordem positiva do Estado." (ADI 2.661MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 5-6-2002, Plenrio, DJ de 23-82002.)

"Transao. Validade. Em regra, os bens e o interesse pblico so indisponveis, porque pertencem coletividade. , por isso, o Administrador, mero gestor da coisa pblica, no tem disponibilidade sobre os interesses confiados sua guarda e realizao. Todavia, h casos em que o princpio da indisponibilidade do interesse pblico deve ser atenuado, mormente quando se tem em vista que a soluo adotada pela administrao a que melhor atender ultimao deste interesse." (RE 253.885, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 4-6-2002, Primeira Turma, DJ de 21-6-2002.)

No cabe ao Banco do Brasil negar, ao Ministrio Pblico, informaes sobre nomes de beneficirios de emprstimos concedidos pela instituio, com recursos subsidiados pelo errio federal, sob invocao do sigilo bancrio, em se tratando de requisio de informaes e documentos para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimnio pblico. Princpio da publicidade, ut art. 37 da Constituio." (MS 21.729, Rel. p/ o ac. Min. Nri da Silveira, julgamento em 5-10-1995, Plenrio, DJ de 19-10-2001.)

"Em face do princpio da legalidade, pode a administrao pblica, enquanto no concludo e homologado o concurso pblico, alterar as condies do certame constantes do respectivo edital, para adapt-las nova legislao aplicvel espcie, visto que, antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito nomeao ou, se for o caso, participao na segunda etapa do processo seletivo." (RE 290.346, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamento em 29-5-2001, Primeira Turma, DJ de 29-6-2001.)

"Os princpios gerais regentes da administrao pblica, previstos no art. 37, caput, da Constituio, so invocveis de referncia administrao de pessoal militar federal ou estadual, salvo no que tenha explcita disciplina em ateno s peculiaridades do servio militar." (ADI 1.694-MC, Rel. Min. Nri da Silveira,

julgamento em 30-10-1997, Plenrio, DJ de 15-12-2000.)

Edital de concurso pblico da Corregedoria-Geral de Justia do Estado de Alagoas. Previso de pontuao aos servidores no estveis, bem como a aprovao em qualquer concurso pblico, sem diferenciao de nvel de graduao, desiguala os concorrentes, em ofensa ao princpio da isonomia. Ofensa ao princpio da publicidade, ao no trazer o nome dos candidatos e os respectivos nmeros de inscrio. Fumus boni iuris e periculum in mora configurados. Suspenso de itens do edital. Liminar deferida. (ADI 2.206-MC, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 8-11-2000, Plenrio, DJ de 1-8-2003.)

Discrepa da razoabilidade norteadora dos atos da administrao pblica o fato de o edital de concurso emprestar ao tempo de servio pblico pontuao superior a ttulos referentes a ps-graduao. (RE 205.535-AgR, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 22-5-1998, Segunda Turma, DJ de 14-8-1998.)

"Tribunal de Contas: aposentadoria de servidores de sua secretaria: anulao admissvel antes da submisso do ato ao julgamento de legalidade do prprio Tribunal (CF, art. 71, III) , conforme a Smula 473, que corolrio do princpio constitucional da legalidade da administrao (CF, art. 37), violado, no caso, a pretexto de salvaguarda de direitos adquiridos, obviamente inoponveis desconstituio, pela administrao mesma, de seus atos ilegais." (RE 163.301, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 21-10-1997, Primeira Turma, DJ de 28-11-1997.)

"O ato municipal, retificando o ato de aposentao do impetrante, ora recorrente, reduziu seus proventos aos limites legais, cumprindo, assim, o princpio constitucional da legalidade (art. 37, caput, da CF)." (RE 185.255, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 1-4-1997, Primeira Turma, DJ de 19-9-1997.)

"Bolsa de estudos para dependentes de empregados da Fundao de Assistncia ao Estudante FAE. Mandado de segurana impetrado contra deciso do Tribunal de Contas da Unio, que suspendeu a concesso do benefcio. Alegao de direito adquirido e invocao do princpio da irredutibilidade de vencimentos. Arts. 5, XXXVI, 7, VI, e 39, 2, 39, caput, 37 e 169, pargrafo nico, da CF. Lei 8.112, de 11-12-1990 (Regime Jurdico nico). (...) Outros princpios constitucionais estariam a impedir a observncia, tambm, do alegado direito adquirido, em casos como o da espcie. Um deles, o do art. 37, segundo o qual a administrao pblica direta, indireta ou fundacional obedecer ao princpio da legalidade. E, no caso, a vantagem no ter sido estabelecida por lei." (MS 22.160, Rel. Min. Sydney Sanches, julgamento em 22-2-1996, Plenrio, DJ de 1312-1996.)

"Extenso, a servidores estaduais, independentemente de lei local, de norma editada pela Unio Federal, a respeito da converso de vencimentos em unidades reais de valor (URVs). Execuo de liminar, por meio de bloqueio e sequestro da conta nica do Estado." (SS 665-AgR, Rel. Min. Presidente Octavio Gallotti, julgamento em 29-9-1994, Plenrio, DJ de 4-11-1994.)

"Impedimentos e suspeio. Presuno juris et de jure de parcialidade. Sendo a

prpria imparcialidade que se presume atingida, no possvel ao juiz, enquanto tal, praticar ato de seu ofcio, jurisdicional ou administrativo, sem essa nota que marca, essencialmente, o carter do magistrado. Se se desprezarem esses impedimentos, o ato administrativo infringir os princpios da impessoalidade e moralidade previstos no art. 37 da Constituio." (MS 21.814, Rel. Min. Nri da Silveira, julgamento em 14-4-1994, Plenrio, DJ de 10-6-1994.)

"Os Estados-membros encontram-se sujeitos, em face de explcita previso constitucional (art. 37, caput), aos princpios que regem a administrao pblica, dentre os quais ressalta a vedao de qualquer vinculao e equiparao em matria de vencimentos. As excees derrogatrias dos princpios gerais concernentes aposentadoria dos agentes pblicos s se legitimam nas estritas hipteses previstas no texto da Constituio. O Estado-membro no dispe de competncia para estender aos membros integrantes da Advocacia-Geral do Estado o regime jurdico especial que, em matria de aposentadoria, a CF conferiu aos Magistrados." (ADI 514-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 13-61991, Plenrio, DJ de 18-3-1994.) Redao Anterior: Art. 37. A administrao pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, tambm, ao seguinte: I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redao da EC 19/98)

"S por lei se pode sujeitar a exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo pblico." (Smula 686) "O limite de idade para a inscrio em concurso pblico s se legitima em face do art. 7, XXX, da Constituio, quando possa ser justificado pela natureza das atribuies do cargo a ser preenchido." (Smula 683) "No admissvel, por ato administrativo, restringir, em razo da idade, inscrio em concurso para cargo pblico." (Smula 14)

(...) Cargo pblico efetivo. Provimento por estrangeiro. (...) At o advento das Emendas 11/1996 e 19/1998, o ncleo essencial dos direitos atribudos aos estrangeiros, embora certamente compreendesse as prerrogativas necessrias ao resguardo da dignidade humana, no abrangia um direito ocupao de cargos pblicos efetivos na estrutura administrativa brasileira, consoante a redao primitiva do art. 37, I, da Lei Maior. Portanto, o art. 243, 6, da Lei 8.112/1990 estava em consonncia com a Lei Maior e permanece em vigor at que surja o diploma exigido pelo novo art. 37, I, da Constituio. (RE 346.180 AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 14-6-2011, Segunda Turma, DJE de 1-8-2011.) Vide: RE 544.655-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-9-2008, Segunda Turma, DJE de 10-10-2008.

Estrangeiro. Acesso ao cargo de professor da rede de ensino do Estado de Roraima. Ausncia de norma regulamentadora. Art. 37, I, da CF/1988. Por no ser a norma regulamentadora de que trata o art. 37, I, da Constituio do Brasil matria reservada competncia privativa da Unio, deve ser de iniciativa dos Estados-membros. (AI 590.663-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 15-122009, Segunda Turma, DJE de 12-2-2010). Vide: RE 544.655-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-9-2008, Segunda Turma, DJE de 10-10-2008.

A exigncia de experincia profissional prevista apenas em edital importa em ofensa constitucional. (RE 558.833-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 89-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.)

"Constitucional. Concurso pblico para cargo de tcnico de provimento de apoio. Exigncia de trs anos de habilitao. Inexistncia de previso constitucional. Segurana concedida. O que importa para o cumprimento da finalidade da lei a existncia da habilitao plena no ato da posse. A exigncia de habilitao para o exerccio do cargo objeto do certame dar-se- no ato da posse e no da inscrio do concurso." (MS 26.668, MS 26.673 e MS 26.810, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 15-4-2009, Plenrio, DJE de 29-5-2009.) No mesmo sentido: MS 26.862, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 15-4-2009, Plenrio, DJE de 22-5-2009.

Comprovao de atividade jurdica para o concurso do MPF. Peculiaridades do caso. A interpretao do art. 129, 3, da Constituio foi claramente estabelecida pela Suprema Corte no julgamento da ADI 3.460, Rel. Min. Carlos Britto (DJ de 15-6-2007), de acordo com o qual (i) os trs anos de atividade jurdica pressupem a concluso do curso de bacharelado em Direito e (ii) a comprovao desse requisito deve ocorrer na data da inscrio no concurso e no em momento posterior. O ato coator tomou como termo inicial da atividade jurdica do impetrante a sua inscrio na OAB, o que correto, porque, na hiptese, o impetrante pretendeu comprovar a sua experincia com peas processuais por ele firmadas como advogado. Faltaram-lhe, consequentemente, 45 dias para que perfizesse os necessrios trs anos de advocacia, muito embora fosse bacharel em Direito h mais tempo. O caso peculiar, considerando que o perodo de 45 dias faltante corresponde ao prazo razovel para a expedio da carteira de advogado aps o seu requerimento, de tal sorte que, aprovado no exame de ordem em dezembro de 2003, deve ser tido como preenchido o requisito exigido pelo 3 do art. 129 da CF. (MS 26.681, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 26-11-2008, Plenrio, DJE de 17-4-2009.) No mesmo sentido: MS 27.608, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 15-10-2009, Plenrio, DJE de 21-5-2010.

Estrangeiro. Acesso ao servio pblico. Art. 37, I, da CF/1988. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que o art. 37, I, da Constituio do Brasil [redao aps a EC 19/1998], consubstancia, relativamente ao acesso aos cargos pblicos por estrangeiros, preceito constitucional dotado de eficcia limitada, dependendo de regulamentao para produzir efeitos, sendo assim, no autoaplicvel. (RE 544.655-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 9-9-2008, Segunda Turma, DJE de 10-10-2008.) No mesmo sentido: RE 602.912-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 9-11-2010, Primeira Turma, DJE de 2-12-2010. Vide: RE 346.180-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 14-6-2011, Segunda Turma, DJE de 1-8-2011; AI 590.663-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 15-12-2009, Segunda Turma, DJE de 12-2-2010.

(...) Conselho Nacional de Justia. Anulao do XVIII concurso para ingresso na magistratura do Estado de Rondnia. Ofensa aos princpios da moralidade e impessoalidade. Inocorrncia. Concesso da segurana. O exame dos documentos que instruem os PCAs 371, 382 e 397 no autoriza a concluso de que teria ocorrido afronta aos princpios da moralidade e da impessoalidade na realizao do XVIII concurso para ingresso na carreira inicial da magistratura do Estado de Rondnia. No possvel presumir a existncia de m-f ou a ocorrncia de irregularidades pelo simples fato de que duas das candidatas

aprovadas terem sido assessoras de desembargadores integrantes da banca examinadora (...). (MS 26.700, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 21-5-2008, Plenrio, DJE de 27-6-2008.) No mesmo sentido: MS 26.703, MS 26.705, MS 26.708 e MS 26.714, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 21-5-2008, Plenrio, DJE de 27-6-2008.

Concurso pblico. Lei 7.289/1984 do DF. Limitao de idade apenas em edital. Impossibilidade. A fixao do limite de idade via edital no tem o condo de suprir a exigncia constitucional de que tal requisito seja estabelecido por lei." (RE 559.823-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 27-11-2007, Segunda Turma, DJE de 1-2-2008.) No mesmo sentido: RE 599.171-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 27-10-2009, Primeira Turma, DJE de 20-11-2009. Vide: RE 523.737-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-6-2010, Segunda Turma, DJE de 6-8-2010; RE 558.833-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 8-9-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.

"Lei orgnica do DF que veda limite de idade para ingresso na administrao pblica. Caracterizada ofensa aos arts. 37, I, e 61, 1, II, c, da CF, iniciativa do chefe do Poder Executivo em razo da matria regime jurdico e provimento de cargos de servidores pblicos. Exerccio do poder derivado do Municpio, Estado ou DF. Caracterizado o conflito entre a lei e a CF, ocorrncia de vcio formal." (ADI 1.165, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 3-10-2001, Plenrio, DJ de 14-62002.) No mesmo sentido: ADI 2.873, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 20-92007, Plenrio, DJ de 9-11-2007.

"Concurso pblico: alm da necessidade de lei formal prevendo-o como requisito para o ingresso no servio pblico, o exame psicotcnico depende de um grau mnimo de objetividade e de publicidade dos atos em que se desdobra: precedentes." (RE 417.019-AgR, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 14-8-2007, Primeira Turma, DJ de 14-9-2007.) No mesmo sentido: AI 517.278AgR, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 19-10-2010, Primeira Turma, DJE de 29-11-2010; AI 758.533-QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 23-62010, Plenrio, DJE de 13-8-2010, com repercusso geral; AI 595.541-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 16-6-2009, Segunda Turma, DJE de 7-82009; AI 711.570-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 3-2-2009, Primeira Turma, DJE de 13-3-2009; AI 634.306-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Julgamento em 26-2-2008, Segunda Turma, DJE de 18-4-2008.

"O exame psicotcnico, especialmente quando possuir natureza eliminatria, deve revestir-se de rigor cientfico, submetendo-se, em sua realizao, observncia de critrios tcnicos que propiciem base objetiva destinada a viabilizar o controle jurisdicional da legalidade, da correo e da razoabilidade dos parmetros norteadores da formulao e das concluses resultantes dos testes psicolgicos, sob pena de frustrar-se, de modo ilegtimo, o exerccio, pelo candidato, da garantia de acesso ao Poder Judicirio, na hiptese de leso a direito. Precedentes." (AI 625.617-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 19-6-2007, Segunda Turma, DJ de 3-8-2007.)

"A exigncia temporal de dois anos de bacharelado em direito como requisito para inscrio em concurso pblico para ingresso nas carreiras do Ministrio Pblico da Unio, prevista no art. 187 da Lei Complementar 75/1993, no representa ofensa ao princpio da razoabilidade, pois, ao contrrio de se afastar dos parmetros da maturidade pessoal e profissional a que objetivam a norma, adota critrio objetivo

que a ambos atende." (ADI 1.040, Rel. p/ o ac. Min. Ellen Gracie, julgamento em 11-11-2004, Plenrio, DJ de 1-4-2005.) Vide: Rcl 3.932, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 21-11-2007, Plenrio, DJE de 9-10-2009.

Prova de aptido fsica: deciso que no negou a necessidade do exame de esforo fsico para o concurso em causa, mas considerou exagerado o critrio adotado pela administrao para conferir a tal prova, sem base legal e cientfica, o carter eliminatrio: inexistncia de afronta ao art. 37, I, da Constituio (...). (RE 344.833, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 10-6-2003, Primeira Turma, DJ de 27-6-2003.)

"Pode a lei, desde que o faa de modo razovel, estabelecer limites mnimo e mximo de idade para ingresso em funes, emprego e cargos pblicos. Interpretao harmnica dos arts. 7, XXX, 37, I, 39, 2. O limite de idade, no caso, para inscrio em concurso pblico e ingresso na carreira do Ministrio Pblico do Estado de Mato Grosso vinte e cinco anos e quarenta e cinco anos razovel, portanto no ofensivo Constituio, art. 7, XXX, ex vi do art. 39, 2. Precedentes do STF: RMS 21.033/DF, RTJ 135/958; RMS 21.046; RE 156.404/BA; RE 157.863/DF; RE 136.237/AC; RE 146.934/PR; RE 156.972/PA." (RE 184.635, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 26-11-1996, Segunda Turma, DJ de 4-5-2001.)

"O acrdo recorrido, em ltima anlise, decidiu que a avaliao do candidato, em exame psicotcnico, com base em critrios subjetivos, sem um grau mnimo de objetividade, ou em critrios no revelados, ilegtimo por no permitir o acesso ao Poder Judicirio para a verificao de eventual leso de direito individual pelo uso desses critrios. Ora, esta Corte, em casos anlogos, tem entendido que o exame psicotnico ofende o disposto nos arts. 5, XXXV, e 37, caput e incisos I e II, da CF. Dessa orientao no divergiu o acrdo recorrido." (RE 243.926, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 16-5-2000, Primeira Turma, DJ de 10-8-2000.) No mesmo sentido: AI 746.790-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 31-8-2010, Segunda Turma, DJE de 24-9-2010; RE 469.871-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 30-6-2009, Segunda Turma, DJE de 14-8-2009; AI 660.840-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 17-3-2009, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009; AI 680.650-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 16-12-2008, Primeira Turma, DJE de 13-2-2009; AI 265.933-AgR, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 7-12-2004, Primeira Turma, DJ de 4-12-2005.

"A habilitao legal para o exerccio do cargo deve ser exigida no momento da posse. No caso, a recorrente, aprovada em primeiro lugar no concurso pblico, somente no possua a plena habilitao, no momento do encerramento das inscries, tendo em vista a situao de fato ocorrida no mbito da Universidade, habilitao plena obtida, entretanto, no correr do concurso: diploma e registro no Conselho Regional. Atendimento, destarte, do requisito inscrito em lei, no caso. CF, art. 37, I." (RE 184.425, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 1-10-1996, Segunda Turma, DJ de 12-6-1998.) No mesmo sentido: AI 733.252-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 3-2-2009, Segunda Turma, DJE de 6-3-2009. Redao Anterior: I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei; II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em

concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao; (Redao da EC 19/98)

" inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prvia aprovao em concurso pblico destinado ao seu provimento, em cargo que no integra a carreira na qual anteriormente investido." (Smula 685). " inconstitucional o veto no motivado participao de candidato a concurso pblico." (Smula 684) "A nomeao de funcionrio sem concurso pode ser desfeita antes da posse." (Smula 17) "Funcionrio nomeado por concurso tem direito posse." (Smula 16) "Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito nomeao, quando o cargo for preenchido sem observncia da classificao." (Smula 15)

NOVO: (...) Concurso pblico. Quesito no previsto no edital, mas mencionado na prova discursiva. Desconsiderao por ocasio da correo. Ausncia de prejuzo. Inexistncia de direito lquido e certo. (MS 30.344-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 21-6-2011, Segunda Turma, DJE de 1-8-2011.) Vide: MS 27.260, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 29-10-2009, Plenrio, DJE de 263-2010; RE 434.708, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 21-6-2005, Primeira Turma, DJ de 9-9-2005.

A Primeira Turma proveu recurso extraordinrio para assentar a impossibilidade de que fossem exigidos requisitos de candidatos em concurso pblico que lograram xito no prosseguimento do certame pela via judicial , no impostos queles que permaneceram na disputa sem interveno do Poder Judicirio. Ressaltou-se, nesse sentido, que os recorrentes j teriam sido prejudicados por terem a sequncia do concurso obstaculizada, muito embora logrado xito judicialmente. (RE 596.482, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 7-6-2011, Primeira Turma, Informativo 630.)

NOVO: Nos termos da jurisprudncia do STF, cabvel a indenizao por danos materiais nos casos de demora na nomeao de candidatos aprovados em concursos pblicos, quando o bice imposto pela administrao pblica declarado inconstitucional pelo Poder Judicirio. (RE 339.852-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 26-4-2011, Segunda Turma, DJE de 18-8-2011.)

Mostrando-se abrangente o ato mediante o qual o CNJ determinou a realizao de concurso pblico para provimento de serventias vagas, descabe concluir pela existncia de direito lquido e certo no que se sustenta a ausncia de vacncia de certa serventia. (MS 28.103, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 14-4-2011, Plenrio, DJE de 4-5-2011.)

A jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que os editais de concursos pblicos so inalterveis no decorrer dos certames, salvo quando alguma alterao se fizer necessria por imposio de lei ou para sanar erro material contido no texto. Permite-se ainda a correo de ambiguidade textual, nos termos da jurisprudncia firmada acerca dos erros meramente

materiais, desde que o sentido adotado tenha por base deliberao tomada prvia e publicamente pela comisso organizadora, em momento anterior ao incio do prprio certame. (AI 332.312-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 13-2011, Segunda Turma, DJE de 6-4-2011.)

No fere a ADC 4 deciso que determina a lotao e a posse de candidato aprovado em concurso pblico dentro do nmero de vagas, por ser o pagamento de verbas remuneratrias mero consectrio lgico do ato de investidura. (Rcl 7.583-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 24-2-2011, Plenrio, DJE de 18-3-2011.) No mesmo sentido: Rcl 5.983-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 3-12-2008, Plenrio, DJE de 6-2-2009. Vide: Rcl 4.751, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 19-6-2009; Rcl 4.879, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 2-10-2009; Rcl 5.008-AgR, Rcl 5.042-AgR, Rcl 5.065-AgR, Rcl 5.194-AgR e Rcl 5.416-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 27-11-2008, Plenrio, DJE de 6-2-2009.

O art. 236, 3, da CF norma auto aplicvel. Nos termos da CF, sempre se fez necessria a submisso a concurso pblico para o devido provimento de serventias extrajudiciais eventualmente vagas ou para fins de remoo. Rejeio da tese de que somente com a edio da Lei 8.935/1994 teria essa norma constitucional se tornado auto aplicvel. (...) Situaes flagrantemente inconstitucionais como o provimento de serventia extrajudicial sem a devida submisso a concurso pblico no podem e no devem ser superadas pela simples incidncia do que dispe o art. 54 da Lei 9.784/1999, sob pena de subverso das determinaes insertas na CF. (...) Reafirmada a inexistncia de direito adquirido de substituto que preenchera os requisitos do art. 208 da Carta pretrita investidura na titularidade de Cartrio, quando a vaga tenha surgido aps a promulgao da Constituio de 1988, pois esta, no seu art. 236, 3, exige expressamente a realizao de concurso pblico de provas e ttulos para o ingresso na atividade notarial e de registro. Os princpios republicanos da igualdade, da moralidade e da impessoalidade devem nortear a ascenso s funes pblicas. (MS 28.279, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 16-12-2010, Plenrio, DJE de 29-4-2011.)

Mandado de segurana contra ato do procurador-geral da Repblica. Portaria 286/2007. (...) Contraria direito lquido e certo do servidor pblico a alterao, por meio de portaria, das atribuies do cargo que ocupa. A inexistncia de direito adquirido a regime jurdico no autoriza a reestruturao de cargos pblicos por outra via que no lei formal. (MS 26.955, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 1-12-2010, Plenrio, DJE de 13-4-2011.)

"No h risco de grave leso ordem pblica na deciso judicial que determina seja observada a ordem classificatria em concurso pblico, a fim de evitar a preterio de concursados pela contratao de temporrios, quando comprovada a necessidade do servio." (SS 4.189-AgR, Rel. Min. Presidente Cezar Peluso, julgamento em 24-6-2010, Plenrio, DJE de 13-8-2010.) Vide: SS 3.583-AgR, Rel. Min. Presidente Gilmar Mendes, julgamento em 1-7-2009, Plenrio, DJE de 28-82009.

No h violao aos princpios da isonomia e da publicidade quando a divulgao das notas dos candidatos em concurso pblico ocorre em sesso pblica, mesmo que em momento anterior ao previsto no edital, ainda mais quando, como no caso, todos forem informados de sua ocorrncia. A inobservncia de regra

procedimental de divulgao de notas no acarreta a nulidade de concurso pblico quando no demonstrado prejuzo aos concorrentes. (AO 1.395-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 24-6-2010, Plenrio, DJE de 22-10-2010.)

Concurso pblico da polcia militar. Teste de esforo fsico por faixa etria: exigncia desarrazoada, no caso. Ofensa aos princpios da igualdade e legalidade. O Supremo Tribunal Federal entende que a restrio da admisso a cargos pblicos a partir da idade somente se justifica se previsto em lei e quando situaes concretas exigem um limite razovel, tendo em conta o grau de esforo a ser desenvolvido pelo ocupante do cargo ou funo. No caso, se mostra desarrazoada a exigncia de teste de esforo fsico com critrios diferenciados em razo da faixa etria. (RE 523.737-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-6-2010, Segunda Turma, DJE de 6-8-2010.)

Recorrente que foi exonerado do servio pblico em 1990, em decorrncia do processo de liquidao da Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Em 2006, foi reintegrado no cargo de tcnico de nvel superior do Ministrio dos Transportes, em virtude de deciso proferida pelo STJ. Pretendida transposio para a carreira de assistente jurdico da AGU, com base na Lei 9.028/1995, ante o exerccio de atividades eminentemente jurdicas desde 17-12-1992, data em que (o recorrente) concluiu o bacharelado em Direito. Inexistncia de direito lquido e certo, devido a que, desde a poca da concluso do curso superior, o acesso a cargo privativo de bacharel em Direito somente era possvel mediante aprovao em concurso pblico (inciso II do art. 37 da Carta Magna). O que no ocorreu no caso em exame. (RMS 28.233, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 8-6-2010, Primeira Turma, DJE de 13-8-2010.)

"Ao direta julgada procedente em relao aos seguintes preceitos do ADCT Constituio estadual: (...) Art. 46: o preceito permite a realizao de concurso pblico interno, o que viola o disposto no art. 37, II, da CB/1988." (ADI 336, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 10-2-2010, Plenrio, DJE de 17-9-2010.)

"O Tribunal julgou parcialmente procedente pedido formulado em ao direta ajuizada pelo Governador do Estado do Paran para declarar a inconstitucionalidade do pargrafo nico do art. 233 da Constituio desse Estadomembro (Art. 233. Os servidores pblicos civis estveis, da administrao direta, autrquica e das fundaes pblicas estaduais, sero regidos pelo Estatuto dos Funcionrios Civis do Estado a partir da promulgao desta Constituio. Pargrafo nico. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio, para o cumprimento do disposto neste artigo, faro a devida adequao em seus quadros funcionais.) e para dar interpretao conforme ao caput desse mesmo artigo, no sentido de que seja observado quanto a ele o prazo de cinco anos previsto no art. 19 do ADCT (...). No que tange ao pargrafo nico do citado art. 233, reputou-se que se teria viabilizado o ingresso dos servidores que l j estavam sem o devido concurso pblico e sem a criao de cargo pblico por lei, conforme exigido pela CF. Registrou-se que, em 1992, sobreviera a Lei estadual 10.219, e que todos os empregos pblicos teriam sido transformados em cargos pblicos, dando-se cumprimento ao art. 233 da Constituio estadual, no obstante a vigncia desse dispositivo estivesse suspensa por fora da concesso da medida cautelar nesta ao direta pelo Supremo em 26-10-1989." (ADI 114, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 26-11-2009, Plenrio, Informativo 569.)

"A modificao de gabarito preliminar, anulando questes ou alterando a

alternativa correta, em decorrncia do julgamento de recursos apresentados por candidatos no importa em nulidade do concurso pblico se houver previso no edital dessa modificao. (...) No cabe ao Poder Judicirio, no controle jurisdicional da legalidade, substituir-se banca examinadora do concurso pblico para reexaminar os critrios de correo das provas e o contedo das questes formuladas (...)." (MS 27.260, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 2910-2009, Plenrio, DJE de 26-3-2010.) Vide: MS 30.344-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 21-6-2011, Segunda Turma, DJE de 1-8-2011; RE 434.708, Rel. Min. Seplveda Pertence, julgamento em 21-6-2005, Primeira Turma, DJ de 9-9-2005.

"Agravo regimental. Alegao de ausncia de grave leso ordem pblica no demonstrada. Risco organizao administrativa no preenchimento de vagas de mdico em hospital pblico. Observncia das regras previstas no edital de concurso pblico. Necessidade. Precedentes." (STA 106-AgR, Rel. Min. Presidente Gilmar Mendes, julgamento em 17-9-2009, Plenrio, DJE de 9-102009.)

A exigncia de experincia profissional prevista apenas em edital importa em ofensa constitucional. (RE 558.833-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 89-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.) Vide: RE 559.823-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 27-11-2007, Segunda Turma, DJE de 1-2-2008.

"Direito nomeao e posse de candidatos aprovados em concurso pblico em carter precrio (sub judice). Ausentes os pressupostos autorizadores da suspenso de segurana. Deciso liminar que garante o respeito ordem classificatria." (SS 3.583-AgR, Rel. Min. Presidente Gilmar Mendes, julgamento em 1-7-2009, Plenrio, DJE de 28-8-2009.) Vide: SS 4.189-AgR, Rel. Min. Presidente Cezar Peluso, julgamento em 24-6-2010, Plenrio, DJE de 13-8-2010.

O edital de concurso, desde que consentneo com a lei de regncia em sentido formal e material, obriga candidatos e administrao pblica. (RE 480.129, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 30-6-2009, Primeira Turma, DJE de 23-102009.) Vide: RE 290.346, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamento em 29-5-2001, Primeira Turma, DJ de 29-6-2001.

"O pedido de nomeao e posse em cargo pblico, decorrente de preterio na ordem de classificao dos aprovados em concurso pblico, no se confunde com o pagamento de vencimentos, que mera consequncia lgica da investidura no cargo para o qual concorreu. (...) As consequncias decorrentes do ato de nomeao da Interessada no evidenciam desrespeito deciso proferida nos autos da ADC 4/DF. Precedentes." (Rcl 4.879, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 2-10-2009.) No mesmo sentido: Rcl 7.402-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 9-12-2010, Plenrio, DJE de 9-2-2011; Rcl 5.672-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 18-112010, Plenrio, DJE de 23-3-2011; Rcl 6.092-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 24-6-2010, Plenrio, DJE de 25-10-2010. Vide: Rcl 7.583-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 24-2-2011, Plenrio, DJE de 18-3-2011; Rcl 4.751, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 196-2009; Rcl 5.008-AgR, Rcl 5.042-AgR, Rcl 5.065-AgR, Rcl 5.194-AgR e Rcl 5.416-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 27-11-2008, Plenrio, DJE de 6-2-2009; Rcl 5.013-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 10-3-2008, Plenrio, DJE de 18-4-2008.

"Ao conceder a medida cautelar na ADC 4, o Supremo Tribunal Federal vedou apenas a concesso de tutela antecipada que contrarie o disposto no art. 1 da Lei 9.494/1997. A reclassificao ou equiparao de servidores pblicos e a concesso de aumento ou extenso de vantagens (art. 5 da Lei 4.348/1964) cuidam da especfica situao em que um servidor pblico postula tais direitos em Juzo. O mesmo vale para o pagamento de vencimentos e vantagens pecunirias de que trata o 4 do art. 1 da Lei 5.021/1966. A simples determinao para que candidatos participem das demais etapas de concurso pblico (curso de formao) no ofende a deciso do STF na ADC 4-MC, mesmo que da decorra o pagamento de bolsa." (Rcl 4.751, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 19-6-2009.) Vide: Rcl 7.583-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 24-2-2011, Plenrio, DJE de 18-3-2011; Rcl 4.879, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 2-10-2009; Rcl 5.008-AgR, Rcl 5.042AgR, Rcl 5.065-AgR, Rcl 5.194-AgR e Rcl 5.416-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 27-11-2008, Plenrio, DJE de 6-2-2009; Rcl 5.013-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 10-3-2008, Plenrio, DJE de 18-4-2008.

"Concesso de pontos aos detentores do ttulo de Pioneiros do Tocantins. Anulao do concurso pblico por deciso judicial. Desnecessidade de instaurao de processo administrativo prvio para exonerao dos aprovados. A deciso proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 598/TO acarretou a nulidade de todo o certame e, consequentemente, dos atos administrativos que dele decorreram. O estrito cumprimento da deciso proferida por este Supremo Tribunal Federal torna desnecessria a instaurao de processo administrativo prvio exonerao dos candidatos aprovados." (Rcl 5.819, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 19-6-2009.)

O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que a eliminao do candidato de concurso pblico que esteja respondendo a inqurito ou ao penal, sem pena condenatria transitada em julgado, fere o princpio da presuno de inocncia. (AI 741.101-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 28-4-2009, Segunda Turma, DJE de 29-5-2009.)

"Lei mineira 13.054/1998. (...) Criao de quadro de assistente jurdico de estabelecimento penitencirio e sua insero na estrutura organizacional de secretaria de estado. (...) A investidura permanente na funo pblica de assistente penitencirio, por parte de servidores que j exercem cargos ou funes no Poder Executivo mineiro, afronta os arts. 5, caput, e 37, I e II, da Constituio da Repblica." (ADI 2.113, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 43-2009, Plenrio, DJE de 21-8-2009.)

"Provimento derivado de cargos. Inconstitucionalidade. Ofensa ao disposto no art. 37, II, da CF (...). So inconstitucionais os artigos da Lei 13.778/2006, do Estado do Cear que (...) ensejaram o provimento derivado de cargos. Dispositivos legais impugnados que afrontam o comando do art. 37, II, da CF, o qual exige a realizao de concurso pblico para provimento de cargos na administrao estatal. Embora sob o rtulo de reestruturao da carreira na Secretaria da Fazenda, procedeu-se, na realidade, instituio de cargos pblicos, cujo provimento deve obedecer aos ditames constitucionais. (ADI 3.857, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 18-12-2008, Plenrio, DJE de 27-2-2009.) No mesmo sentido: RE 583.936-AgR, Rel. Min Crmen Lcia, julgamento em 152-2011, Primeira Turma, DJE de 21-3-2011.

"No ofende a deciso liminar proferida na ADC 4, a antecipao de tutela que garante a inscrio de candidato em concurso pblico, ainda que da aprovao lhe resultem vantagens financeiras." (Rcl 5.008-AgR, Rcl 5.042-AgR, Rcl 5.065-AgR, Rcl 5.194-AgR e Rcl 5.416-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 27-112008, Plenrio, DJE de 6-2-2009.) No mesmo sentido: Rcl 5.013-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 10-3-2008, Plenrio, DJE de 18-4-2008. Vide: Rcl 7.583-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 24-2-2011, Plenrio, DJE de 18-3-2011; Rcl 4.751, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 19-6-2009; Rcl 4.879, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 20-5-2009, Plenrio, DJE de 2-10-2009.

Concurso pblico. Reexame de fatos e provas e clusulas do edital. Teoria do fato consumado. Inaplicabilidade. Inexistncia de direito adquirido. A anlise do recurso extraordinrio depende da interpretao do teor do edital do concurso pblico e do reexame dos fatos e das provas da causa. A participao em curso da Academia de Policia Militar assegurada por fora de antecipao de tutela no apta a caracterizar o direito lquido e certo nomeao. Esta Corte j rejeitou a chamada teoria do fato consumado. Precedentes: RE 120.893-AgR/SP e AI 586.800-ED/DF, dentre outros. (RE 476.783-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 28-10-2008, Segunda Turma, DJE de 21-11-2008.) No mesmo sentido: AI 813.739-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 2-12-2010, Primeira Turma, DJE de 1-2-2011.

Constitucional. Administrativo. Concurso pblico. Policial militar. Altura mnima. Previso legal. Inexistncia. Somente lei formal pode impor condies para o preenchimento de cargos, empregos ou funes pblicas. Precedentes. (AI 723.748-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 30-9-2008, Segunda Turma, DJE de 7-11-2008.) No mesmo sentido: AI 623.035-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 2-12-2010, Primeira Turma, DJE de 1-2-2011.

Concurso pblico. Nomeaes. Anulao. Devido processo legal. O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudncia no sentido de que necessria a observncia do devido processo legal para a anulao de ato administrativo que tenha repercutido no campo de interesses individuais. (RE 501.869-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 23-9-2008, Segunda Turma, DJE de 31-10-2008.)

Os candidatos aprovados em concurso pblico tm direito subjetivo nomeao para a posse que vier a ser dada nos cargos vagos existentes ou nos que vierem a vagar no prazo de validade do concurso. A recusa da administrao pblica em prover cargos vagos quando existentes candidatos aprovados em concurso pblico deve ser motivada, e esta motivao suscetvel de apreciao pelo Poder Judicirio. (RE 227.480, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 16-9-2008, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009.) Em sentido contrrio: RE 290.346, Rel. Min. Ilmar Galvo, julgamento em 29-5-2001, Primeira Turma, DJ de 29-6-2001. Vide: MS 24.660, Rel. p/ o ac. Min. Crmen Lcia, julgamento em 3-22011, Plenrio, Informativo 614.

Concurso pblico. Interpretao das clusulas editalcias. Impossibilidade. Critrio de classificao dos candidatos para acesso segunda fase do concurso pblico. Interpretao das clusulas editalcias e reexame da matria ftica no que se refere ordem de classificao e convocao dos aprovados na primeira fase do

certame. Impossibilidade. Smulas 279 e 454 do STF. (AI 721.705-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 16-9-2008, Segunda Turma, DJE de 3-10-2008.) No mesmo sentido: RE 606.755-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 1-32011, Segunda Turma, DJE de 24-3-2011; AI 776.259-AgR, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 6-4-2010, Primeira Turma, DJE de 30-4-2010.

"Concurso pblico. Carreira judiciria. Analista. Escolaridade. Lei 9.421/1996. Alcance. Provimento 81/1999 do Superior Tribunal Militar. A Lei 9.421/1996 deixa definio dos tribunais a distribuio dos cargos de analista, sem impor a admissibilidade de todo e qualquer diploma de curso superior. A exigncia de certa especialidade estabelecida ante as necessidades da Corte, observado o que previsto na lei que haja criado tais cargos." (RMS 25.294, Rel. Min. Marco Aurlio, julgamento em 9-9-2008, Primeira Turma, DJE de 19-12-2008.)

Concurso pblico. Policial civil. Idoneidade moral. Suspenso condicional da pena. Art. 89 da Lei 9.099/1995. No tem capacitao moral para o exerccio da atividade policial o candidato que est subordinado ao cumprimento de exigncias decorrentes da suspenso condicional da pena prevista no art. 89 da Lei 9.099/1995 que impedem a sua livre circulao, includa a frequncia a certos lugares e a vedao de ausentar-se da Comarca, alm da obrigao de comparecer pessoalmente ao Juzo para justificar suas atividades. Reconhecer que candidato assim limitado preencha o requisito da idoneidade moral necessria ao exerccio da atividade policial no pertinente, ausente, assim, qualquer violao do princpio constitucional da presuno de inocncia. (RE 568.030, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 24-102008.)

Oficial de justia. Cargo de provimento comissionado. Art. 37, II e V, da Constituio da Repblica. Vnculo jurdico-administrativo. Descumprimento da ADI 3.395. Competncia da Justia Federal. Interessado nomeado para ocupar cargo pblico de provimento comissionado que integra a estrutura administrativa do Poder Judicirio sergipano. Incompetncia da Justia Trabalhista para o processamento e o julgamento das causas que envolvam o poder pblico e servidores que sejam vinculados a ele por relao jurdico-administrativa. Precedentes." (Rcl 4.752, Rel. Min. Crmen Lcia, julgamento em 21-8-2008, Plenrio, DJE de 17-10-2008.)

Os condicionamentos impostos pela Resoluo 07/2005, do Conselho Nacional de Justia, no atentam contra a liberdade de prover e desprover cargos em comisso e funes de confiana. As restries constantes do ato resolutivo so, no rigor dos termos, as mesmas j impostas pela Constituio de 1988, dedutveis dos republicanos princpios da impessoalidade, da eficincia, da igualdade e da moralidade. Improcedncia das alegaes de desrespeito ao princpio da separao dos poderes e ao princpio federativo. O CNJ no rgo estranho ao Poder Judicirio (art. 92, CF) e no est a submeter esse Poder autoridade de nenhum dos outros dois. O Poder Judicirio tem uma singular compostura de mbito nacional, perfeitamente compatibilizada com o carter estadualizado de uma parte dele. Ademais, o art. 125 da Lei Magna defere aos Estados a competncia de organizar a sua prpria Justia, mas no menos certo que esse mesmo art. 125, caput, junge essa organizao aos princpios estabelecidos por ela, Carta Maior, neles includos os constantes do art. 37, cabea. Ao julgada procedente para: a) emprestar interpretao conforme Constituio para deduzir a funo de chefia do substantivo direo nos incisos II, III, IV, V do art. 2 do ato normativo em foco; b) declarar a constitucionalidade da Resoluo 07/2005, do CNJ. (ADC 12, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 20-8-2008, Plenrio, DJE

de 18-12-2009.)

Magistrio superior. Professor titular. Provimento por meio de concurso pblico de provas e ttulos. O art. 206, V, da Constituio, embora no tenha repetido a exigncia do art. 176, 3, VI, da CF/1969, no impede que a lei estabelea, para o magistrio superior, alm da carreira que vai de professor auxiliar at professor adjunto, o cargo isolado de professor titular, cujo provimento se d por meio de concurso pblico de provas e ttulos, e no por simples promoo. Precedentes. (AI 710.664-AgR